Gouveia Art Rock 2009

1, 2 e 3 de Maio

Fotografias de Augusto Aveleira

October EquusGatto MarteFocusKBBGordon GiltrapVolapükCalifornia Guitar TrioStick ManKoenji HyakkeiDaevid Allen’s University of ErrorsPFM - Premiata Forneria Marconi

Nos dias 1, 2, e 3 de Maio de 2009 realizou-se a 7ª edição do Gouveia Art Rock. Esta edição fi cou marcada pelo desígnio da mudança. Pela primeira vez no historial do festival, o evento teve três dias, oferecendo uma ampla e variada gama de espectáculos. O grafismo geral do festival sofreu, igualmente, profundas alterações, relegando o aspecto naife, que era imagem de marca desde o seu inicio. De menor relevo, foi a mudança do já carismático toque de chamada dos inícios concertos, que le-vou muito boa gente a perder o inicio dos espectáculos. A organização, como já vem sendo habitual, foi de elevada qualidade, e nem mesmo o aumento de dias e o correspondente acréscimo de concertos, fez baixar a capacidade organizativa da equipa liderada por…. O Gouveia Art Rock é uma referência no panorama do rock progressivo, sendo considerado com um dos melhores a nível europeu. O cartaz deste ano revelou ser equilibrado, mas de grande qualidade, mesmo não trazendo bandas de maior relevo, como sucedeu em edições anteriores. No en-tanto, o resultado foi consideravelmente mais homogéneo, não se verificando um desnível de qualidade musical que por diversas ocasiões foi notório no pas-sado. Tal como em edições anteriores, as atracões principais eram constituídas por bandas veteranas, nomeadamente, os Focus, que encerram o primeiro dia, e os Premiata …, que fecharam o festival. No segundo dia, coube aos Stick Man, um projecto recente, que se encontra actualmente a preparar o primeiro disco, a atrair as maiores atenções. Este foi sem duvida um dos grandes concertos desta edição, juntamente com os japoneses Koneji… e Daevid Allan, que animou a pla-teia com a sua exuberância e a sua juvialidade dos seus 70 anos…

Nesta páginaThijs van LeerFocus

Focus

Do universo das bandas dos anos 70, os Focus são uma das ban-das que melhor combinam os elementos característicos da músi-ca rock com os da música clássica. A banda holandesa, uma das mais notáveis dos países-baixos, apresentava nos idos anos 70, um estilo inventivo com flautas, teclados e guitarras. Os Focus tornaram-se numa inspiração para bandas como os Finch, Trace, entre outros. Em 78, a banda separou-se, regressando agora no novo milénio com o som característico da formação holandesa.

Páginas seguinte:Niels van der Steenhoven;

Focus

October EquusOs October Equus são uma das mais importantes formações espanholas do panorama prog e avant-gard rock. Formados em 2003, o seu som mistura de forma hábil as influencias dos King Crimson e os Present, recriando as atmosferas sinistras destes últimos. O seu primeiro álbum, de 2006, tem sido bem recebido na internet. Dois depois editaram uma demo, Hy-dra, de seu nome, que foi distribuída durante os concertos da banda.

Amanda Pazos

Ángel Ontalva

PFM - Premiata Forneria Marconi

Desde os Anos 70 que Premiata Forneria Marconi e progressivo italiano constituem des-ignações sinónimas, qualquer que seja o contexto considerado.De facto, quando se alude ao progressivo italiano, o pensamento associa-lhe imediata-mente a banda de Milão, já que a Premiata não só contribuiu de forma decisiva para a definição daquele subgénero, um progressivo sinfónico de grande invenção melódica. Os concertos da Premiata constituem uma verdadeira festa, feita por músicos que revelam um imenso prazer em estar em palco. Músicos que se divertem intensamente, contagi-ando o público que a eles assiste.

Franz Di CioccioPatrick Djivas

Franco Mussida

Franz Di Cioccio

Patrick Djivas

Koenji Hyakkei

Entre 1994 e 2004, os Koenji Hyakkei, lançaram três discos, cuja sonoridade se centra numa amálgama de ideias musicais e de mudanças de tempos, com riffs intrincados misturados com vozes femininas apocalípticas, numa linguagem que faz lembrar os Magma. O segundo trabalho do colectivo japonês, Viva Koenji!, é provavelmente o registo mais exuberante e o mais bem conseguido até ao momento. Nivraym, o terceiro disco, apesar de ser mais audível e de apresentar uma estru-tura menos complexa, não deixa de ser um trabalho deveras interessante, sendo, para quem não anda por estes meios musicais, um bom disco de acesso á banda.

Ah

Ah

Gordon Giltrap

Gordon GiltrapGordon Giltrap é um guitarrista autodidacta, tendo feito parte da cena folk londrina. Na década de 70, Giltrap embrenhou-se pelos meandros do progressivo, tendo gravado alguns discos de suces-so a solo, e com a sua banda. No presente, Giltrap tem tocado com John Etheridge dos Soft Machine e com Rick Wakeman dos Yes.

Takumi Fukushima

Michel Mandel

VolapükA característica mais evidente da sonori-dade dos Volapük é o seu sentido melódico no âmbito da música abstracta, com delírios musicais inspirados claramente no RIO. O seu mentor é o baterista Guigou Chenevrier, que consegue com este projecto um equilíbrio difícil mas bem sucedido.

Daevid Allen’s University of ErrorsO australiano Daevid Allen é uma das mais incontornáveis figuras do progressivo internacional. Para além de ter fundado bandas lendárias como os Soft Machine em Inglaterra e os Gong em França, Allen tem-se reinventado a si próprio ao longo de uma carreira a solo que já conta mais de quatro décadas, tornando-se ele próprio uma lenda viva.Já no final dos Anos 90, entre as múltiplas colaborações que entretanto cultivou, uma houve que per-sistiu e tem dado excelentes resultados. Trata-se da University of Errors, que o quase jubilado Prof. Al-len fundou nos Estados Unidos com a ajuda de três músicos de S. Francisco. O projecto envolve desde o início algum experimentalismo e ousadia como é timbre de Allen, indo para além dos limites tímbri-cos de um quarteto rock de duas guitarras, baixo e bateria.

Daevid Allen

Daevid Allen

Johs Pollock

Daevid Allen

Josh Polock

Tony Levin

Stick Man

Centrado na exploração das (novas) sonoridades do Chapman stick, este projecto alia o tecnicismo experimentalista de Bernier à maturidade vanguardista de Levin e Mastelotto, o que acentua a componente rítmica e a electrónica de composições algo influ-enciadas pela última fase crimsoniana da música de Robert Fripp.

Pat Mastelloto

Tony Levin

Hideyo Moriya

California Guitar TrioDois anos depois de terem encantado o público com um recital fantástico na quinta edição do Gouveia Art Rock, a California Guitar Trio está de regresso ao palco do Teatro-Cine de Gou-veia.O grupo é formado pelo japonês Hideyo Moryia, pelo norte-americano Paul Richards e pelo belga Bert Lams O novo disco Echos, confirmam-se os atributos há muito reconhecidos na banda: virtuosismo, dinâmica e humor na execução dos instru-mentais; excelência nos arranjos de peças de compositores clássicos (Beethoven) ou do universo progressivo (Mike Old-field, Simon Jeffes e Pink Floyd).

Akihisa Tsuboy

KBBConsiderados pela crítica especializada como uma das rel-evantes formações do progressivo japonês a emergir nos Anos 90, os KBB têm justificado em palco os elogios que lhe são dirigidos, colocando nas suas actuações uma energia, um vir-tuosismo e um trazer de tocar raramente vistos em bandas de progressivo de fusão.Dotados de uma técnica de execução notável, os membros deste quarteto de Tóquio, dirigido pelo violinista e compositor Akihisa Tsuboy, transcendem-se ao vivo, evocando levemente a lendária Mahavishnu Orchestra, da fase em que passou por ela Jean-Luc Ponty, tanto no dinamismo da sua secção rítmica, como nos diálogos vertiginosos do violino com os teclados.

Nino Cotone

Gatto MarteUma das melhores novas bandas italianas, o trio se tornou-se um quarteto com a introdução do violino e começou a tocar suas próprias composições. Gatto Marte combina música de câ-mara tradicional com a progressiva, e, o Rio. O som do conjunto é influenciado pelo gosto e estilo de cada membro: jazz, folk italiana, clássica e world music.