francisco lacombe - glossario de administracao

47
Administração – Princípios e Tendências – Francisco Lacombe – Editora Saraiva Glossário 1 GLOSSÁRIO Parte 1  abordagem clássica: forma de administrar dando ênfase à maneira correta de se definir a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores, determinadas por meio de uma compreensão precisa e metódica do trabalho a ser executado. (Ver escola clássica da administração).  abordagem comportamental : Forma de administrar que prioriza a importância de se compreender e conhecer os subordinados e suas necessidades de modo a motivá-los e a obter melhores resultados por meio deles. A ênfase desta abordagem são as pessoas e suas formas de comportamento, as maneiras de integrar os objetivos das pessoas com os da organização, as melhores formas de motivá-las e as melhores formas de administrar e liderar considerando as pessoas que compõem a organização. Mary Parker Follet foi a pioneira desta abordagem com estudos que, realizados na década de 1920, são atuais ainda hoje. Esta abordagem ganhou grande ímpeto com os estudos realizados em Hawthorne  pela Western Electric Company. Os estudos, iniciados em 1924 e terminados no final da década dos trinta sob a supervisão de Elton Mayo, mostraram que, além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais importante influenciava a produtividade. Os pesquisadores concluíram, após estudos e entrevistas com o pessoal da produção, que o que realmente motivava os empregados era a tenção que lhes era dada pelos experimentadores e pela alta administração da empresa, bem como a identificação dos empregados com os administradores e a empresa. A partir daí começou a tomar vulto a preocupação com as formas de motivar os empregados e com as relações entre as pessoas. Esta abordagem teve outro ímpeto com a publicação do livro Administrative Behavior  de Herbert Simon em 1945. Entre os autores desta abordagem encontram-se Maslow, McGregor, Likert, Chris Argyris, Herzberg, Blake, Mouton, Reddin e muitos outros.  abordagem contingencial : forma de administrar que diz que o melhor estilo gerencial e as melhores decisões dependem, em cada caso, de muitos fatores, como do ambiente em que se encontra a empresa, do seu pessoal e da situação específica em que ela se encontra. Ela estimula os administradores a diagnosticar a situação cuidadosamente antes das decisões. Um aspecto importante dessa teoria é a conclusão de que as condições do ambiente é que causam as transformações no interior das organizações e a de que não se consegue alto nível de sofisticação organizacional com a aplicação de um s ó modelo.  abordagem sistêmica: a teoria dos sistemas foi idealizada pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy num esforço para criar princípios gerais aplicáveis a todos os ramos do conhecimento. A abordagem sistêmica compreende o estudo das organizações e das formas de administrar baseados no conceito de que a organização é um sistema aberto que interage permanentemente com o ambiente no qual está inserido e é composto de subsistemas que interagem entre si. O foco é a interação da organização com o ambiente. (Ver visão sistêmica).  ação ordinária: título que caracteriza ao seu possuidor a propriedade de uma parcela da companhia. As ações ordinárias dão direito a votos nas assembléias gerais proporcionalmente ao número de ações possuídas. Os proprietários de ações

Upload: afonsobds

Post on 19-Oct-2015

31 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    1/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    1

    GLOSSRIO

    Parte 1

    abordagem clssica: forma de administrar dando nfase maneira correta de sedefinir a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores,determinadas por meio de uma compreenso precisa e metdica do trabalho a serexecutado. (Ver escola clssica da administrao).

    abordagem comportamental:Forma de administrar que prioriza a importncia de secompreender e conhecer os subordinados e suas necessidades de modo a motiv-lose a obter melhores resultados por meio deles. A nfase desta abordagem so aspessoas e suas formas de comportamento, as maneiras de integrar os objetivos daspessoas com os da organizao, as melhores formas de motiv-las e as melhoresformas de administrar e liderar considerando as pessoas que compem a organizao.Mary Parker Follet foi a pioneira desta abordagem com estudos que, realizados nadcada de 1920, so atuais ainda hoje. Esta abordagem ganhou grande mpeto com os

    estudos realizados em Hawthorne pela Western Electric Company. Os estudos,iniciados em 1924 e terminados no final da dcada dos trinta sob a superviso de EltonMayo, mostraram que, alm da remunerao e das condies de trabalho, algo maisimportante influenciava a produtividade. Os pesquisadores concluram, aps estudos eentrevistas com o pessoal da produo, que o que realmente motivava os empregadosera a teno que lhes era dada pelos experimentadores e pela alta administrao daempresa, bem como a identificao dos empregados com os administradores e aempresa. A partir da comeou a tomar vulto a preocupao com as formas de motivaros empregados e com as relaes entre as pessoas. Esta abordagem teve outrompeto com a publicao do livro Administrative Behaviorde Herbert Simon em 1945.Entre os autores desta abordagem encontram-se Maslow, McGregor, Likert, ChrisArgyris, Herzberg, Blake, Mouton, Reddin e muitos outros.

    abordagem contingencial: forma de administrar que diz que o melhor estilo gerenciale as melhores decises dependem, em cada caso, de muitos fatores, como doambiente em que se encontra a empresa, do seu pessoal e da situao especfica emque ela se encontra. Ela estimula os administradores a diagnosticar a situaocuidadosamente antes das decises. Um aspecto importante dessa teoria aconcluso de que as condies do ambiente que causam as transformaes nointerior das organizaes e a de que no se consegue alto nvel de sofisticaoorganizacional com a aplicao de um s modelo.

    abordagem sistmica: a teoria dos sistemas foi idealizada pelo bilogo Ludwig vonBertalanffy num esforo para criar princpios gerais aplicveis a todos os ramos doconhecimento. A abordagem sistmica compreende o estudo das organizaes e dasformas de administrar baseados no conceito de que a organizao um sistema aberto

    que interage permanentemente com o ambiente no qual est inserido e composto desubsistemas que interagem entre si. O foco a interao da organizao com oambiente. (Ver viso sistmica).

    ao ordinria:ttulo que caracteriza ao seu possuidor a propriedade de uma parcelada companhia. As aes ordinrias do direito a votos nas assemblias geraisproporcionalmente ao nmero de aes possudas. Os proprietrios de aes

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    2/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    2

    ordinrias so sempre os ltimos a receber distribuies de lucros e, em caso deliquidao da empresa, os ativos remanescentes.

    ao preferencial: ao que tem prioridade em relao s aes ordinrias quanto aopagamento de dividendos. Do aos seus proprietrios tambm prioridade, em relao

    aos proprietrios de aes ordinrias, no recebimento dos ativos remanescentes emcaso de liquidao da companhia. Em geral, as aes preferenciais no tm direito avoto nas assemblias gerais.

    ao: 1. documento que indica que seu possuidor proprietrio de uma frao daempresa que emitiu aquela ao;2.ato; medida tomada.

    acionista:pessoa fsica ou jurdica que possui uma ou mais aes de uma companhia.

    administrao: 1. conjunto de esforos que tem por objetivo: (a) planejar; (b)organizar; (c) dirigir; (d) coordenar e (e) controlar as atividades de um grupo deindivduos que se associam para atingir um resultado comum; 2.conjunto de princpios,normas, decises e aes visando a aproveitar da melhor forma as circunstnciasexternas, de modo a utilizar o mais eficientemente possvel os recursos de que dispe

    a organizao (pessoas, mquinas, materiais e capital) para faz-la sobreviver eprogredir; 3. o conjunto de esforos e aes de planejamento, organizao, liderana,coordenao e controle das atividades de uma unidade organizacional, rea, empresaou grupo de empresas, diagnosticando as suas deficincias e identificando os seusaspectos positivos; estabelecendo metas, planos e programas para sanar asdeficincias e expandir e desenvolver os aspectos positivos; tomando, dentro do seumbito, as decises e providncias necessrias para transformar em realidade essesplanos e programas, controlando os seus resultados, visando ao cumprimento dasmetas estabelecidas; 4.processo de administrar.

    administrador: pessoa responsvel pelos resultados do trabalho de outrosempregados que lhe so subordinados e que, portanto, ele dirige. O administradorobtm resultados por meio da sua equipe.

    administrar: 1.planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar as atividades de umaunidade organizacional, conjunto de unidades, empresa, ou grupo de empresas,diagnosticando suas deficincias e os seus aspectos positivos, estabelecendo metas,planos e programas para sanar as deficincias e expandir e desenvolver os aspectospositivos; tomando, dentro do seu mbito, as providncias e decises necessrias paratransformar em aes e realidade esses planos e programas, controlando os seusresultados, visando ao cumprimento das metas estabelecidas; 2.processo de tomadade decises dentro dos critrios e do escopo aprovado na sua rea deresponsabilidade. Inclui tambm a execuo das polticas e planos aprovados; 3.tirar omelhor partido das circunstncias externas, de modo a utilizar o mais eficientemente eeficazmente possvel os recursos disponveis; 4.o ato de trabalhar com e por meio depessoas para realizar os objetivos tanto da organizao quanto de seus membros.

    ambiente externo: tudo aquilo que cerca ou envolve um sistema e que o influencia ourecebe sua influncia, de forma direta ou indireta. Os fatores ambientais podem estar,em alguns casos, fora do controle do sistema.

    ambiente interno: tudo aquilo que compe um sistema, seus rgos e recursos. Numaempresa, os recursos organizacionais, de informao, financeiros, humanos etecnolgicos.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    3/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    3

    anlise sistmica: anlise de um sistema considerando corretamente todas asvariveis de todos os seus elementos e as inter-relaes entre eles, bem como asrelaes do sistema com o meio ambiente.

    arteso: trabalhador altamente qualificado que com o uso de ferramentas simples e

    flexveis produz exatamente o que o consumidor deseja: um item de cada vez,geralmente de natureza artstica.

    assemblia geral de acionistas: reunio dos acionistas de uma empresa, convocadae instalada de acordo com a lei e o estatuto. A assemblia assim convocada einstalada tem poderes para decidir todos os negcios relativos ao objeto da companhiae tomar todas as resolues que julgar convenientes sua defesa e desenvolvimento.

    atividade: qualquer ao ou trabalho especfico.

    atividades adjetivas: o mesmo que atividades meios.

    atividades de direo: atividades que constituem o conjunto de esforos no nvelhierrquico mais alto da instituio, visando a determinar os seus objetivos e promoversua realizao por meio do acionamento de recursos de qualquer tipo como: humanos,materiais, financeiros e informao.

    atividades fins: atividades que constituem o conjunto de esforos visando a realizar osfins a que se prope a instituio. Em geral, abrangem as atividades vinculadas aociclo de produo da empresa, isto , as que se iniciam com o pedido de cotao,passando por todas as etapas produtivas e terminando com o controle da cobrana.Asatividades de direo so sempre, por definio, atividades fins, uma vez que estodiretamente vinculadas determinao e realizao dos objetivos.

    atividades improdutivas: terminologia alem para atividades meios.

    atividades meios: atividades que constituem o conjunto de esforos com o objetivo deapoiar ou facilitar a realizao dos fins ou das atividades fins da instituio.

    atividades produtivas: terminologia alem para atividades fins. atividades quase-fins: atividades ligadas ao ciclo de produo de uma empresa, que

    no so consideradas atividades fins, mas que no podem ser consideradas atividadesmeios.

    atividades substantivas: o mesmo que atividades fins.

    bolsa de valores: instituio de direito privado, regulada pelo governo, na qual soefetuadas as trocas de aes e demais ttulos mobilirios, pblicos e privados,corporificando o mercado para estes ttulos.

    bonificao: distribuio gratuita de aes novas aos atuais acionistas na proporodas aes que cada acionista j possui, em virtude de aumento de capital pelaincorporao de reservas.

    burocracia: 1. agrupamento social em que rege o princpio da competncia definidamediante regras impessoais, estatutos, regulamentos; da documentao; da hierarquiafuncional; da permanncia obrigatria do servidor na repartio, durante determinadoperodo de tempo; e da subordinao do exerccio dos cargos a normas abstratas(Weber). O burocrata decide em funo de experincias anteriores, de precedentes eda falta de confiana nas pessoas. As regras, regulamentos e tcnicas de controleesto definidos com preciso; 2. administrao da coisa pblica por funcionrio de

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    4/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    4

    ministrio, secretarias e reparties, por exemplo, sujeito hierarquia e regulamentorgidos, e a uma rotina inflexvel complicao ou morosidade no desempenho doservio administrativo (Aurlio Buarque de Holanda Ferreira).

    capital aberto: caracterstica de uma sociedade annima em que o capital,

    representado por aes, est dividido entre muitos acionistas. Para ser considerada decapital aberto, a empresa deve estar registrada na bolsa de valores e ter suas aesnegociadas em bolsa.

    capital fechado: caracterstica de uma sociedade annima em que o capital,representado por aes, est dividido, em geral, entre poucos acionistas. Mesmo que aempresa tenha muitos acionistas, se ela no estiver registrada na bolsa de valores eno tiver, portanto, suas aes negociadas em bolsa, ela ser de capital fechado.

    capital: 1. tudo aquilo que pode ser usado para gerar renda ou produzir riqueza,inclusive dinheiro, ferramentas, mquinas, direitos de propriedade sobre um bemtangvel ou intangvel, tempo do trabalhador; 2. instalaes, mquinas e ferramentasusadas no processo produtivo de um bem.

    capitalismo: sistema econmico em que cada pessoa tem o direito propriedadeprivada e, dentro de regras definidas, pode usar a sua propriedade da forma que lheparea mais conveniente; em particular ela pode investir dinheiro e receber juros, criarempresas com finalidades lucrativas, trabalhar em negcios, vender e comprar, semser impedida pelas autoridades pblicas, desde que sejam respeitadas as leis vigentes.

    capitalista: pessoa que possui capital e o investe num negcio.

    cliente: 1. usurio de bens e servios proporcionados pela empresa; 2. aquele quedecide sobre a compra dos bens e servios vendidos pela empresa; 3. aquele quepaga os bens e servios que so comprados da empresa.

    companhia aberta: companhia cujas aes e debntures so admitidos negociaoem bolsas de valores ou no mercado de balco.

    companhia: o mesmo que sociedade annima, isto , uma sociedade em que o capital dividido em aes e a responsabilidade dos scios ou acionistas limitada ao preode emisso das aes subscritas ou adquiridas, exceto no que diz respeito aosacionistas que tm o controle acionrio da empresa e a dirigem diretamente ouescolhem seus dirigentes.

    conselho de administrao:rgo de deliberao colegiada, eleito pela assembliageral de acionistas, com poderes para fixar a orientao geral dos negcios dacompanhia; eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuies;fiscalizar a gesto dos diretores e deliberar sobre os assuntos mais importantes dacompanhia.

    conselho fiscal: rgo de uma sociedade annima, cujas pessoas so escolhidaspelos scios, a quem cabe fiscalizar e aprovar as contas da sociedade.

    controlar: 1. acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos comprevistos e tomar as medidas corretivas cabveis; 2. medida do desempenho emcomparao com os objetivos e metas predeterminados, incluindo a coleta e a anlisede fatos e dados relevantes, a anlise das causas de eventuais desvios, as medidascorretivas e, se necessrio, o ajuste dos planos; 3. assegurar que as atividades daorganizao levam-na em direo aos objetivos definidos. Isso envolve: medir odesempenho, compar-lo com o desejado e tomar as medidas corretivas necessrias.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    5/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    5

    controle: funo administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho desubordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos eos planos formulados para alcan-los sejam realizados.

    cooperativa: empresa formada e dirigida por uma associao de usurios ou de

    fornecedores de um produto, os quais se renem com o objetivo de desenvolver umaatividade econmica de interesse dos associados ou de prestar servios comuns,eliminando os intermedirios.

    coordenar: 1.balancear, sincronizar e integrar as aes das pessoas e as atividadesdas unidades organizacionais, de acordo com certa ordem e mtodo, a fim deassegurar o seu desenvolvimento harmnico e equilibrado; 2.cooperar com todas asdemais unidades da organizao para que as atividades sejam executadas de forma:(a) balanceada (equilibrada, isto , na quantidade correta); (b) sincronizada (isto , nomomento certo); (c) integrada (isto , na direo certa).

    diretor: pessoa eleita por uma assemblia de acionistas ou pelo conselho deadministrao de uma empresa para participar da sua direo no mais alto nvelhierrquico.

    diretoria: conjunto dos diretores de determinada empresa.

    dirigir: liderar; comandar; dar ordens; determinar o rumo da instituio. A direorequer autoridade e, portanto, implica em poder para aplicar sanes em caso dedesobedincia. Alm disso, presume-se que a ao de dirigir exercida nos nveishierrquicos mais elevados da organizao. (Ver atividades de direo).

    dividendo: quantia paga por uma sociedade annima aos seus acionistas, em geralem funo de lucros obtidos, por determinao da assemblia geral de acionistas,geralmente em funo de recomendao do conselho de administrao. O dividendo pago aos acionistas proporcionalmente ao nmero de aes que cada um possui.

    diviso de trabalho: 1. Amplitude e diversidade das tarefas exercidas numa

    sociedade. 2. Fragmentao de uma atividade em componentes, de modo que cadapessoa seja responsvel por um conjunto limitado de atividades, permitindo, com istomaior especializao, maior eficincia e desenvolvimento de habilidades especficas. 3.O processo pelo qual cada tipo de trabalho executado pelas pessoas que so maisprodutivas na sua execuo, ou que possuem o menor custo de oportunidade aoexecut-lo.

    empresa de capital aberto: ver sociedade annima de capital aberto.

    empresa de capital fechado: ver sociedade annima de capital fechado.

    empresa estatal: empresa em que o governo (federal, estadual ou municipal) tem amaior parte do capital com direito a voto.

    empresa privada: empresa em que pessoas fsicas ou outras empresas privadas tma maior parte do capital com direito a voto.

    empresa: 1.organizao jurdica e social, constituda para produzir e/ou comercializarbens e/ou servios e que possui objetivos prprios e fins lucrativos; 2. sistemaorganizacional contendo componentes humanos e materiais, empenhados,coordenadamente, em atividades orientadas para resultados econmicos, ligados porsistemas de informao e influenciados por um ambiente externo.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    6/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    6

    escola clssica da administrao: teoria que enfatiza a estrutura organizacional e asfunes do administrador e cujo pioneiro foi o engenheiro francs Henri Fayol, quealm de definir pela primeira vez de forma holstica as responsabilidades doadministrador identificou tambm as principais funes exercidas nas organizaes.

    escola da administrao cientfica: escola de administrao, que se iniciou com oengenheiro americano Frederick Winslow Taylor e cuja nfase a diviso do trabalhoem tarefas elementares e praticamente indivisveis e a especializao das pessoas naexecuo dessas tarefas, visando a obter ganhos de produtividade. Baseava-se noprincpio de que, sendo os operrios pouco instrudos, deveriam fazer sempre a mesmacoisa, de modo a viabilizar o seu treinamento na execuo de tarefas simples,conseguindo, assim, produzir melhor e mais depressa. Acreditava tambm que bastavadescobrir a nica maneira certa de produzir com alta eficincia, levando a extremosexageros as idias pioneiras sobre diviso do trabalho. Essa Escola pressupunha queos objetivos das organizaes e os dos empregados poderiam coincidir: o mximo dedinheiro para todos. A maior motivao dos empregados seria o ganho material. Asoluo consistia em montar um conjunto de incentivos financeiros para aumentar aproduo.

    especializao:dedicao de uma pessoa a uma nica atividade ou tarefa, de modo aobter aumentos de produtividade. A especializao um conceito intimamentevinculado diviso do trabalho.

    fordismo: conjunto de mtodos de racionalizao da produo, elaborados por HenryFord, baseado no princpio de que uma empresa deve dedicar-se a produzir apenas umtipo de produto.

    gerir: o mesmo que administrar.

    gesto: o mesmo que administrao.

    grupo de interesse: grupo informal na organizao que se junta em razo de uminteresse comum, em geral no relacionado aos interesses da organizao.

    habilidade conceitual: o mesmo que viso sistmica.

    habilidade humana: capacidade de trabalhar com eficcia como membro de um grupoe de conseguir esforos cooperativos neste grupo na direo dos objetivos definidos.Refere-se s aptides para trabalhar com pessoas e para obter resultados porintermdio dessas pessoas. Requer capacidade para criar uma atmosfera desegurana, para comunicar e encorajar a comunicao entre subordinados e paracompreender as necessidades e motivaes dos membros do grupo.

    habilidade tcnica: implica compreenso e domnio de um determinado tipo deatividade. Envolve conhecimento especializado, habilidade analtica dentro daespecialidade e facilidade no uso das tcnicas e do instrumental da disciplinaespecfica.

    insumo:tudo aquilo que a organizao retira do ambiente externo para ser usado noseu processo produtivo, tais como: matrias-primas, energia, informao, trabalhofornecido por empregados ou prestadores de servios.

    liderar: conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e aes,para atingir objetivos e metas de interesse comum deste grupo, de acordo com umaviso do futuro baseada num conjunto coerente de idias e princpios. O lderempresarial deve ser capaz de alcanar objetivos por meio dos liderados e, para isso,

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    7/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    7

    conforme o tipo de liderado e a ocasio, ele age de diferentes maneiras: ele ordena,comanda, motiva, persuade, compartilha os problemas e aes, ou delega e cobraresultados, alterando a forma de agir de acordo com a necessidade de cada momentoe com o tipo de liderado, visando a alcanar os objetivos da empresa.

    linha de montagem: processo de produo em que os componentes do produto a serfabricado so transportados por meios mecnicos, em geral correias transportadoras,para os locais em que ficam os operrios incumbidos de montar cada componente ouconjunto de componentes no produto que est sendo produzido.

    macroambiente: amplo sistema que envolve as organizaes, abrangendo osaspectos demogrficos, cientficos, tecnolgicos, ecolgicos, fsicos, polticos,econmicos, sociais e culturais. O macroambiente interage permanentemente com aempresa e esta procura influenci-lo, mas sua capacidade para isso relativamentelimitada.

    matria-prima: produto natural, com ou sem beneficiamento, semimanufaturado oumanufaturado, que submetido a operaes no processo produtivo para se tornar umproduto acabado.

    mercado: em tese, significa a existncia de um grupo de compradores e devendedores (de determinado produto, servio, conjunto de produtos ou conjunto deservios e produtos) que tm contatos suficientemente prximos para que suas trocasafetem as condies de compra e venda dos demais. Existe mercado quandocompradores que pretendem trocar dinheiro por bens e servios esto em contato comvendedores desses mesmos bens e servios.

    microambiente: sistemas prximos empresa e que interagem com ela de maneiraforte e permanente. Abrange os fornecedores de insumos, os clientes reais epotenciais, os competidores reais e potenciais, e os rgos governamentais ouregulamentadores. O microambiente influencia permanentemente a empresa e estatambm procura influenci-lo, tendo, na maioria dos casos, alguma capacidade paraisso.

    nvel gerencial ou administrativo: nvel intermedirio entre o nvel institucional e o deoperaes. constitudo pelos administradores da empresa, que costumam ter o ttulode gerentes, mas podem ser tambm denominados superintendentes ou chefes deunidades.

    nvel institucional: nvel hierrquico mais elevado de uma organizao, responsvelpela definio dos seus objetivos principais, dos seus ramos de negcio, da suaestratgia e das principais interaes com o ambiente externo. Constituem o nvelinstitucional, geralmente, os acionistas controladores, os membros do conselho deadministrao, o presidente, os vice-presidentes e os diretores.

    nvel operacional: nvel hierrquico mais baixo da organizao, em que soexecutadas as atividades quotidianas. constitudo pelas pessoas sem posio dechefia que executam as tarefas operacionais.

    objetivo: um propsito, em geral permanente, a ser atingido por uma organizao(Instituio, empresa, grupo empresarial ou unidade organizacional).

    organizaocomo processo: 1.o processo de organizar; 2.processo de identificar egrupar o trabalho a ser realizado, definir e delegar responsabilidade e autoridade eestabelecer as relaes com a finalidade de possibilitar que as pessoas trabalhem

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    8/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    8

    eficazmente para atingir os objetivos (Louis Allen); 3. a arte de empregar com eficinciatodos os recursos disponveis a fim de alcanar um determinado objetivo. (HenryDutton).

    organizao como produto resultante do processo: 1. o produto resultante do

    processo de organizao; o mesmo que instituio; 2. a forma que assume todaassociao humana para atingir um objetivo comum. (James D., Mooney)

    organizar: 1. identificar e grupar logicamente, em unidades organizacionais, asatividades da empresa, em delinear e escalonar as autoridades e responsabilidades,em estabelecer as relaes de trabalho entre as pessoas e rgos que constituem aestrutura, de modo que os recursos disponveis sejam aplicados da maneira maiseficiente e eficaz, a fim de que a empresa e empregado realizem seus objetivosmtuos; 2. o processo de identificar e grupar o trabalho a ser realizado; de definirresponsabilidades e autoridades e estabelecer as relaes entre os grupos de modo apossibilitar que as pessoas trabalhem eficazmente para atingir os objetivos.

    planejar: pensar antecipadamente o que se deseja alcanar e definir os meios erecursos para concretizar esse desejo. Isso envolve coletar informaes e diagnosticar

    a situao; definir objetivos e metas; estabelecer polticas e procedimentos, de acordocom os objetivos definidos, para orientar as decises; elaborar e implantar planos,programas e projetos para alcanar as metas e montar seus respectivos cronogramaspara acompanhar sua execuo. Manter-se sempre informado de modo a atualizarpermanentemente o diagnstico.

    privado: tudo aquilo que no do domnio pblico, nem pertence ao Estado ou a umaempresa estatal.

    privatizao: transferncia da propriedade de uma empresa ou direito que pertenciaao governo para pessoas fsicas ou empresas privadas.

    produto:1.resultado do processo de produo de uma organizao, obtido por meioda transformao dos insumos e que volta ao ambiente externo sob a forma de bens

    ou servios do ponto de vista da produo; 2.tudo aquilo que possa ser oferecido aum mercado para ateno, aquisio, utilizao ou consumo e que possa satisfazer umdesejo ou necessidade. Inclui objetos fsicos, servios, pessoas, lugares, organizaese idias do ponto de vista mercadolgico (Kotler & Armstrong); 3. resultado deatividades ou processos (ABNT).

    prover recursos humanos: formar uma equipe competente, integrada e motivada,disposta a agir para o conjunto. Para isso, necessrio saber recrutar, selecionar etreinar as pessoas certas capazes de assumir responsabilidades para atingir osobjetivos definidos. Inclui ainda a avaliao dessas pessoas e o esforo para manteralta a moral do grupo, de modo a ter sempre as pessoas certas nos lugares certos. uma das responsabilidades bsicas de todo administrador.

    sistema aberto: sistema que interage com seu ambiente.

    sistema fechado: sistema isolado, que no interage com o ambiente no qual estinserido.

    sistema: 1.conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, desenvolvendouma atividade ou funo, para atingir um ou mais objetivos; 2.um todo complexo ouorganizado: um conjunto ou combinao de coisas ou partes formando um todo unitrioou complexo.(Ludwig von Bertalanffy).

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    9/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    9

    sociedade annima de capital aberto: sociedade annima que tem seus ttulosnegociados na bolsa de valores.

    sociedade annima de capital fechado: sociedade annima que no tem seus ttulosnegociados na bolsa de valores.

    sociedade annima: empresa que tem o seu capital dividido em aes e aresponsabilidade dos scios ou acionistas limitada ao preo de emisso das aessubscritas ou adquiridas, exceto em relao aos acionistas controladores, isto ,aqueles que exercem o controle acionrio da sociedade e que a dirigem ou elegem osseus diretores.

    sociedade limitada: Forma jurdica e organizacional de uma empresa que permite quea responsabilidade de alguns scios seja limitada ao montante de dinheiro queforneceram sociedade. A sociedade limitada no possui seu capital dividido emaes, mas em quotas, definidas num contrato social aceito por todos os scios. Asubscrio de capital ou alteraes nas propores das quotas de cada um exige aalterao deste contrato.

    sociedade por aes: o mesmo que sociedade annima.

    taylorismo: sistema de produo industrial baseado na organizao racional dotrabalho e na remunerao das pessoas em funo da produo alcanada, com o qualse procura estimular as pessoas para obter o mximo de produo, com alta qualidadee com o mnimo de tempo.

    taylorista: adepto do taylorismo.

    teoria:conjunto coerente de suposies inter-relacionadas para explicar alguma coisa.As suposies so aceitas sem questionamento pelos adeptos da teoria. O valor dequalquer teoria depende da sua capacidade de explicar e resolver problemas concretose prover uma base para planejar.

    utilidade marginal decrescente:princpio econmico que diz que a necessidade deum bem diminui medida que aumenta a quantidade possuda desse bem, podendoatingir um ponto de saturao com necessidade zero. Isto , o ltimo bem adicionadoao conjunto de bens possudos tem sempre uma utilidade menor que a de cada um dosdemais bens do conjunto.

    utilidade marginal: utilidade de uso da ltima unidade obtida pelo possuidor de umdeterminado tipo de bem, isto , a utilidade da ltima unidade adicionada a um conjuntode bens semelhantes que uma pessoa fsica ou jurdica possui.

    utilidade: valor de certos bens ou servios para satisfazer as necessidades de umindivduo em relao sua escala pessoal de preferncias. Utilidade marginal o valoradicional que o indivduo receberia de uma unidade adicional de determinado bem ou

    servio. Um dos princpios importantes da economia o da utilidade marginaldecrescente, isto , quanto mais um indivduo dispe de um determinado bem, menor o valor que este indivduo receber deste bem, ou seja, menor ser a sua utilidade.

    utilitarismo: teoria, defendida por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que pode serresumida no princpio de que a moral se justifica somente quando os desejos humanosconcordam com seus preceitos e coloca a felicidade como bem supremo a serperseguido pela humanidade, embora reconhea a impossibilidade de alcan-la em

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    10/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    10

    sua plenitude. De forma simplificada, podemos dizer que o utilitarismo prega que seningum prejudicado, a deciso tica. Extrapolando esse princpio, possvelconcluir que o balano lquido das boas conseqncias sobre as ms o que contapara a avaliao tica da ao.

    viso sistmica: habilidade para visualizar a organizao (instituio, empresa ougrupo de empresas) como um conjunto integrado. Implica capacidade de se posicionarno ponto de vista da organizao, perceber como as vrias funes sointerdependentes e como uma alterao em uma delas afeta todas as demais. Implicaainda capacidade de visualizar a organizao dentro do seu ambiente externo ecompreender as foras polticas, econmicas e sociais que atuam sobre ela. Implica,no s reconhecer essas relaes, mas tambm saber destacar os elementossignificativos em cada situao e identificar, do ponto de vista da organizao, aalternativa mais adequada para ao ou deciso, considerando todos os aspectosanteriores.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    11/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    11

    Parte 2

    analisar: decompor um todo nas suas partes e estudar cada uma separadamente.

    assessor: indivduo que, numa organizao, mantm uma relao de assessoria com

    o seu chefe. O assessor deve ser considerado como uma extenso da pessoa dochefe, a ele encaminhando suas sugestes e atuando sempre em nome dele. (Verrelao de assessoria).

    assessorar: estudar determinados assuntos especializados e sugerir medidas ouprovidncias.

    assistir: prestar colaborao a; auxiliar.

    auditar:1.fiscalizar, com a finalidade de assegurar que a execuo esteja de acordocom os padres e a concepo original, consubstanciados nas normas e regulamentosem vigor. 2. examinar analiticamente e avaliar os demonstrativos financeiros, bemcomo determinadas situaes, planos, operaes procedimentos ou atos e dar seuparecer a respeito.

    auditor: aquele que realiza a auditoria. auditoria externa: aquela que efetuada por profissional que no empregado da

    empresa e, portanto, presume-se que tenha independncia para fiscalizar e opinarsobre o que examina.

    auditoria independente: o mesmo que auditoria externa.

    auditoria interna: aquela que efetuada por pessoas da prpria organizao, quedevem ter uma posio na estrutura organizacional que lhes permita efetuar o trabalhocom autonomia e independncia dos rgos fiscalizados.

    autoridade administrativa:a autoridade de linha nos casos em que o subordinado ficafuncionalmente (ou tecnicamente) subordinado a outra autoridade.

    autoridade de fiscalizao: aquela que consiste em zelar pela observncia de umconjunto de regras, verificando se a execuo est sendo realizada de acordo com osregulamentos e normas em vigor. a autoridade tpica de uma auditoria.

    autoridade de linha:aquela que o chefe de um rgo exerce diretamente sobre seussubordinados, integrantes desse rgo. Ela envolve o direito de um chefe de darordens aos seus subordinados, coordenar suas aes e cobrar resultados, bem como aobrigao dos subordinados de cumprir as ordens e prestar contas dos resultadosalcanados. A autoridade de linha se manifesta por meio de ordens que emanam dossuperiores para os respectivos subordinados.

    autoridade funcional:autoridade confiada a determinada pessoa para, no mbito deuma empresa, ou grupo de empresas, estabelecer critrios e normas que dizemrespeito a um grupo especfico de atividades, basicamente homogneas, cujo

    grupamento denominado funo. Esses critrios e normas devem ser estabelecidosdentro dos objetivos e normas em vigor e aps as devidas coordenaes com as reasenvolvidas. o mesmo que autoridade normativa e autoridade tcnica.

    autoridade hierrquica:o mesmo que autoridade de linha.

    autoridade normativa:o mesmo que autoridade funcional e autoridade tcnica.

    autoridade tcnica: o mesmo que autoridade funcional e autoridade normativa.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    12/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    12

    autoridade:direito formal de decidir e agir, outorgada a algum pelas normas oficiaisda empresa.

    autorizar:dar permisso para alguma coisa.

    cadeia escalar: princpio de organizao, definido por Fayol, que diz que a linha deautoridade, partindo do principal executivo, desce, sem descontinuidade, at os nveismais inferiores.

    comercializao:processo de intermediao entre a produo e o consumo. consisteem colocar os bens e servios produzidos disposio do consumidor, na forma,momento e local em que ele esteja disposto a adquiri-los.

    critrios de departamentalizao:critrios utilizados para se grupar as atividades emrgos, para se grupar os rgos em unidades organizacionais maiores, ou para sedividir os grandes rgos em unidades menores.

    cronogramas: partes dos programas e projetos em que so estabelecidos asseqncias e os prazos das atividades a serem realizadas. Dessa forma, cadaatividade fica associada a duas datas: uma de incio de execuo e outra de trmino deexecuo. O cronograma geralmente apresentado sob a forma de grfico, com avarivel tempo no eixo das abscissas.

    definio funcional: princpio de organizao, definido por Fayol, que diz que o chefede cada rgo deve ter autoridade para coordenar as atividades do seu rgo com aorganizao em seu conjunto e, por isso, o contedo de cada posio na estruturaorganizacional, bem como as suas relaes funcionais, devem ser claramentedefinidas.

    departamentalizao funcional (ou por funo): critrio de departamentalizao emque as atividades e os rgos so grupados com base na sua natureza, afinidade ouespecializao. (Ver funo).

    departamentalizao por rea geogrfica (ou por localizao): critrio de

    departamentalizao no qual todas as atividades executadas numa determinada regioso grupadas e colocadas sob a chefia de um administrador local, independente da suanatureza ou do produto a que se referem. Ocorre principalmente em organizaescujas atividades so geograficamente desconcentradas.

    departamentalizao por clientela: critrio de departamentalizao em que ogrupamento de atividades feito com o objetivo de servir a um determinado grupo depessoas, que podem ser clientes externos ou internos, neste ltimo caso, comumentedenominados usurios. H interesse fundamental pelo cliente, que passa a ser a razoprimordial para grupar as atividades. um critrio muito comum nas reas em que aorganizao se relaciona externamente, especialmente em vendas.

    departamentalizao por produto ou servio: critrio de departamentalizao emque se grupam num mesmo rgo todas as atividades diretamente relacionadas a umdeterminado produto ou servio, independentemente da sua natureza ou especialidade.

    departamentalizao: o mesmo que critrio de departamentalizao.

    departamento: rgo de uma instituio, cujo nvel hierrquico caracterizado poresse ttulo. Tradicionalmente, o nvel de um departamento superior ao de uma seo.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    13/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    13

    descrio de funo: descrio de funo uma declarao daquilo que cabe aotitular da funo, definida em termos de objetivos, escopo e nvel dasresponsabilidades, deveres e autoridades.

    diviso: rgo de uma instituio, cujo nvel hierrquico caracterizado por esse ttulo.

    Tradicionalmente, diviso tem nvel superior a seo. Na Europa, diviso tem,geralmente, nvel inferior a departamento, ao contrrio do que ocorre nos EstadosUnidos.

    estrutura em linha: estrutura de organizao na qual s existem relaes de linha, ouhierrquicas.

    estrutura funcional: estrutura de organizao departamentalizada pelo critriofuncional no primeiro nvel e na qual o nico centro de resultado a empresa como umtodo.

    exclusividade da responsabilidade: princpio de organizao, definido por Fayol, quediz que nenhum superior pode livrar-se, por meio da delegao, da responsabilidadepelas atividades dos subordinados. Isso significa que mesmo que um chefe tenha

    delegado uma atividade a um subordinado ele continuar responsvel por essaatividade perante a sua prpria chefia.

    executivo: titular de uma posio, em nvel elevado, com autoridade de linha e/oufuncional numa organizao.

    fiscalizar: inspecionar alguma coisa com a finalidade de detectar eventuais falhas. Afiscalizao no envolve a ao corretiva e pode ser efetuada sobre rgos e pessoasque no so subordinados ao fiscalizador.

    funo:1.conjunto de atividades afins e basicamente homogneas. (As empresas tmquatro grandes funes principais: produo, comercializao, finanas eadministrao, que se desdobram, cada uma, em diversas subfunes). 2. umaposio, definida na estrutura organizacional, qual cabe um conjunto de

    responsabilidades afins e relacionamentos especficos e coerentes com a suafinalidade.

    funcionograma: organograma em que se indicam as principais responsabilidades decada rgo dentro do retngulo que o representa.

    marketing:1. conjunto de atividades que tem por fim consumar as relaes de trocaentre duas ou mais partes interessadas, sendo que cada parte tem algo de valor aoferecer como bens, servios, moeda e crdito e cada parte deve ter capacidade decomunicao. 2. todas as atividades relacionadas ao processo de planejar e executar aconcepo dos produtos e servios, a quantificao da demanda, a determinao dopreo, a promoo e a distribuio de produtos e servios para criar trocas quesatisfaam as necessidades das pessoas e das organizaes. 3. o processo deidentificar as necessidades de um conjunto de pessoas e de satisfazer a essas

    necessidades por meio de produtos e servios adequados, utilizando para isso oprojeto de produtos, sua divulgao, promoo e distribuio.

    O&M: organizao e mtodos.

    ordenar: 1. dar uma ordem; impor; determinar. 2. colocar alguma coisa em ordem;arrumar.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    14/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    14

    organizao como processo: 1. o processo de organizar. 2. o processo deidentificar e grupar o trabalho a ser realizado, definir e delegar responsabilidade eautoridade e estabelecer as relaes com a finalidade de possibilitar que as pessoastrabalhem eficazmente para atingir os objetivos. (Louis Allen). 3. a arte de empregar

    com eficincia todos os recursos disponveis a fim de alcanar um determinadoobjetivo.(Henry Dutton).

    organizao como produto resultante do processo: 1. o produto resultante doprocesso de organizao; o mesmo que instituio. 2. forma que assume todaassociao humana para atingir um objetivo comum. (James D., Mooney).

    organizar: 1. identificar e grupar logicamente, em unidades organizacionais, asatividades da empresa, em delinear e escalonar as autoridades e responsabilidades,em estabelecer as relaes de trabalho entre as pessoas e rgos que constituem aestrutura, de modo que os recursos disponveis sejam aplicados da maneira maiseficiente e eficaz, a fim de que a empresa e empregado realizem seus objetivosmtuos. 2. processo de identificar e grupar o trabalho a ser realizado; de definirresponsabilidades e autoridades e estabelecer as relaes entre os grupos de modo a

    possibilitar que as pessoas trabalhem eficazmente para atingir os objetivos. organograma linear de responsabilidade: grfico que mostra as interrelaes entre

    os rgos ou cargos e as atividades ou tarefas que lhes cabem. Consiste de umamatriz em que cada linha plotada, ao longo dos eixos das ordenadas, corresponde auma atividade ou tarefa e cada coluna, colocada ao longo dos eixos das abcissascorresponde a um rgo ou cargo. Nas quadrculas resultantes das intersees dessaslinhas e colunas, colocam-se smbolos indicativos das aes ou responsabilidades quecabem a cada rgo ou cargo em relao a cada atividade. Essas aes podem ser,por exemplo: superviso, execuo, planejamento e aprovao a forma e a disposiodos rgos e cargos do uma indicao da estrutura organizacional.

    organograma: representao grfica simplificada da estrutura organizacional de umaempresa (ou instituio), especificando os seus rgos, seus nveis hierrquicos e as

    principais relaes formais entre eles. rgo: grupo coerente de pessoas, reunidas sob uma autoridade hierrquica nica, a

    fim de assumir, de forma permanente, um papel determinado.

    prestar contas: manter o superior imediato (ou quem tenha delegado ou ordenadoalguma coisa) a respeito do andamento do trabalho ou daquilo que foi executado: osresultados alcanados, os recursos empregados, as dificuldades encontradas e tudomais que se refira ao que se esperava de quem recebeu a incumbncia.

    produo artesanal: produo realizada por trabalhadores altamente qualificados eferramentas simples e flexveis para produzir exatamente o que o consumidor deseja:um item de cada vez.

    produo em massa: produo que utiliza profissionais excessivamenteespecializados para projetar produtos manufaturados e semi-manufaturados a seremexecutados por trabalhadores semi-especializados ou no qualificados, usandomquinas especializadas em uma ou poucas tarefas. As linhas de produoconstitudas por essas mquinas so capazes de produzir em altssimos volumes. Oconsumidor obtm preos baixos, mas poucas variedades de produtos e, em geral, otrabalho executado por muitos trabalhadores montono e sem sentido para eles.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    15/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    15

    produo enxuta: produo realizada por trabalhadores multiqualificados em todos osnveis da organizao, alm de mquinas altamente flexveis e automatizadas, paraproduzir produtos em imensos volumes e alta variedade (James Womak et al.).

    produo: atividades que esto vinculadas transformao dos insumos no produto

    que a empresa oferece aos clientes. produto: 1.resultado do processo de produo de uma organizao, obtido por meio

    da transformao dos insumos e que volta ao ambiente externo sob a forma de bensou servios (sob o ponto de vista da produo).2.tudo aquilo que possa ser oferecidoa um mercado para ateno, aquisio, utilizao ou consumo e que possa satisfazerum desejo ou necessidade (sob o ponto de vista mercadolgico). 3. resultado deatividades ou processos (ABNT).

    qualidade: 1. todas as propriedades ou caractersticas de um produto ou serviorelacionadas sua capacidade de satisfazer s necessidades explcitas ou implcitasdos que o utilizam, isto , dos clientes, ou consumidores. No caso de um produto incluia aparncia esttica, a durabilidade, a confiabilidade, a preciso, a segurana, odesempenho, a facilidade de instalao, operao e de manuteno, a assistnciatcnica prestada pelo fabricante e tudo mais que o usurio possa considerar importantepara ele ou para a sociedade. 2. a totalidade de caractersticas de uma entidade quelhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explcitas e implcitas (ABNT).

    ratificar: confirmar; validar.

    relao de assessoria: 1. aquela que se caracteriza pela assistncia proporcionadapelos assessores, por meio de estudos, pareceres e trabalhos, executados para achefia e em seu nome. 2. relao que se caracteriza pela obrigao do assessor emauxiliar, apoiar e aconselhar o chefe, recebendo solicitaes formais de estudos etrabalhos apenas por seu intermdio e a ele encaminhando os resultados dessesestudos com suas recomendaes e concluses.

    relao de linha: aquela que envolve uma autoridade de linha ou hierrquica entre o

    superior e seu subordinado. relao de prestao de servios: caracteriza-se pelo fato de uma unidade

    organizacional prestar servios a outra unidade da mesma organizao sem lhe estarsubordinada. Essa prestao de servios pode ser efetuada de forma automtica erotineira, como no caso de servios de telefonia e limpeza ou mediante solicitaoespecfica como no caso de manuteno corretiva e compras aquele que se beneficiados servios geralmente denominado usurio dos servios, ou, eventualmente,cliente interno dos servios.

    responsabilidade: deveres inerentes a uma funo ou rgo.

    seo: rgo de uma instituio, cujo nvel hierrquico caracterizado por esse ttulo.Tradicionalmente, as sees tm nvel hierrquico inferior a departamento e diviso.

    servio: qualquer atividade ou benefcio intangvel que uma parte pode oferecer aoutra e que no resulte na posse de algo. (Kotler & Armstrong).

    subordinao direta: subordinao a algum sem intermedirios.

    subordinao indireta: subordinao a algum por meio de um ou mais elementosque se situam como intermedirios na relao de subordinao.

    subordinar-se: estar sob as ordens de; reportar-se a.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    16/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    16

    subproduto:um produto resultante de um processo para fabricar outro produto e quetem importncia econmica secundria em relao ao principal produto resultantedesse processo.

    superintender: o mesmo que dirigir.

    supervisionar:orientar e controlar as atividades de algum rgo ou pessoa.

    supervisor de primeira linha: aquele que chefia diretamente os trabalhadores queexecutam as tarefas operacionais e que no tm subordinados.

    terceirizar: transferir para outras empresas atividades no essenciais de determinadaempresa. (Se a terceirizao for levada a extremos, o empresrio passa a ser umadministrador de contratos).

    unidade de comando: princpio de organizao, definido por Fayol, que diz que cadapessoa na organizao recebe ordens apenas de um chefe e presta contas somente aele. Esse princpio deve ser seguido risca nos nveis inferiores da organizao.Dentro de um conceito moderno, especialmente nas estruturas matriciais, uma pessoade nvel relativamente elevado pode prestar contas a mais de um executivo naorganizao, embora tendo apenas um chefe de linha.

    usurio: aquele que usa produtos ou servios prestados por outro rgo ou por outraempresa. O usurio no necessariamente quem decide sobre a compra ou quempaga o produto ou servio, mas, geralmente, participa da definio das especificaesdo produto ou servio utilizado.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    17/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    17

    Parte 3

    ao corretiva: medida tomada com a finalidade de corrigir alguma prtica ouoperao que estava sendo executada fora dos padres aprovados e levando aresultados diferentes dos previstos.

    aferio do resultado: registro do trabalho efetuado, medida que vai sendorealizado, de modo que o desempenho (resultado) possa ser comparado com o valordo padro estabelecido.

    backlog: pedidos de fornecimento que uma empresa mantm em carteira porque noteve ainda condies atender, representando uma demanda no satisfeita.

    benchmark: padro ou ponto de referncia para a comparao entre produtos,produtividade, servios, processos, taxas de juros, por exemplo. Em geral indica umreferencial de liderana. O objetivo costuma ser descobrir como as empresa lderesrealizam alguma coisa e tentar imitar ou superar o desempenho dessas empresas.

    benchmarking: 1.expresso da lngua inglesa, que significa o processo sistemtico epermanente de identificar a melhor prtica em relao a produtos, operaes eprocessos, comparando resultados tanto dentro da organizao como fora dela, com oobjetivo de usar isto como orientao e ponto de referncia para melhorar as prticasda prpria organizao. 2. tcnica que consiste em fazer comparaes e imitarorganizaes, concorrentes ou no, do mesmo ramo de negcios ou de outros, quefaam algo de maneira particularmente bem feita. A essncia do benchmarking abusca das melhores prticas da administrao, como forma de ganhar vantagenscompetitivas (MAXIMIANO, A. C. Amaru. In: Teoria Geral da Administrao).

    cachorros: expresso inventada pelo Boston Consulting Group para designar umaempresa ou produto de lento crescimento e baixa participao no mercado, que geramrecursos financeiros apenas para se manterem na posio em que se encontram, nopermitindo reinvestimentos nem distribuio de resultados. Geralmente, no sonegcios ou produtos interessantes para grandes empresas.

    caminho crtico: Ver PERT/CPM.

    cash cow: expresso inventada pelo Boston Consulting Group para designar umaempresa ou produto bem conhecido e estabelecido no mercado, no qual ocupa umagrande parcela e que no possui muitas possibilidades de expanso da produo, porestar num mercado tradicional e relativamente saturado. Ele proporciona, portanto,para a empresa que o produz, um fluxo de caixa positivo e constante, que pode serutilizado para desenvolver novos produtos, para pagar despesas de outros negcios oupara ser distribudo aos acionistas sob a forma de dividendos.

    cash flow: expresso que significa fluxo de caixa, ou programao das necessidadesfinanceiras.

    cenrio: previso da situao geral do ambiente externo e interno de uma empresapara uma determinada poca futura, feita, em geral, com a finalidade de se formular umplanejamento estratgico.

    ciclo de vida do produto: a evoluo das vendas e dos lucros de um produto duranteseu perodo de vida, envolvendo cinco estgios: desenvolvimento, introduo nomercado, crescimento, maturidade e declnio.

    conjectura: opinio ou suposio baseada em fundamentos incertos.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    18/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    18

    controlar: 1. acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos comprevistos e tomar as medidas corretivas cabveis. 2. compreende a medida dodesempenho em comparao com os objetivos e metas predeterminados, incluindo acoleta e a anlise de fatos e dados relevantes, a anlise das causas de eventuais

    desvios, as medidas corretivas e, se necessrio, o ajuste dos planos. 3. consiste emassegurar que as atividades da organizao levam-na em direo aos objetivosdefinidos. Isso envolve: medir o desempenho, compar-lo com o desejado e tomar asmedidas corretivas necessrias.

    controle: funo administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho desubordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos eos planos formulados para alcan-los sejam realizados.

    cronogramas: partes dos programas e projetos em que so estabelecidos asseqncias e os prazos das atividades a serem realizadas. dessa forma, cada atividadefica associada a duas datas: uma de incio de execuo e outra de trmino deexecuo. O cronograma geralmente apresentado sob a forma de grfico, com avarivel tempo no eixo das abscissas.

    diagnstico empresarial: examinar a situao de uma empresa; determinar seuspontos fortes e fracos em relao sua organizao, capacidade gerencial, know-howtcnico e comercial, perspectivas mercadolgicas, resultados e perspectivaseconmico-financeiras; dar o seu parecer a respeito, consubstanciando-o emconcluses especficas em relao a cada um desses aspectos e sugerindo medidas.

    efetividade: 1.o mesmo que eficcia. 2.eficcia com eficincia. 3.grau de satisfaodas necessidades dos clientes por meio dos produtos ou servios da organizao. 4.ovalor social que deve ser atribudo ao produto ou servio, isto , a medida do valor doproduto ou servio considerando-se a sociedade como um todo e no apenas oconsumidor. (Esse tem sido o sentido mais utilizado e vem-se consagrando entre osestudiosos de administrao).

    eficcia: fazer aquilo que efetivamente precisa ser feito, ou seja, a capacidade dedeterminar metas corretas. (A eficcia no est diretamente ligada aos meios nem forma, mas sim capacidade de se atingir resultados vlidos, isto , que precisam seratingidos do the right thing).

    eficincia:fazer bem-feito, no sentido mais amplo, aquilo que est sendo feito, isso considerando todos os aspectos e a sua tendncia, mas sem levar em considerao seo que est sendo feito realmente o que deveria ser feito. Pode ser entendida como acapacidade de minimizar o uso de recursos para alcanar as metas definidas. Aeficincia engloba, portanto o conceito de produtividade, uma vez que engloba todos osfatores, mas perde, em alguns casos, em preciso, uma vez que algumas medidaspodem conter aspectos subjetivos. (A eficincia est relacionada aos meios e formautilizados para atingir os resultados, sem considerar se esses resultados so vlidos do things right ).

    estratgia: conjunto de decises e aes coerentes a serem executadas, ou os rumosa serem seguidos, para alcanar as metas de longo prazo ou os objetivos que dizemrespeito segurana, ao desenvolvimento e, no caso de uma empresa, lucratividade.

    estratgia competitiva: estratgias e mecanismos usados pelas empresas paraalcanar vantagens competitivas no mercado em que atua.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    19/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    19

    estrela: expresso, inventada pelo Boston Consulting Group, para designar umaempresa ou produto bem conhecido e estabelecido no mercado, no qual ocupa umagrande parcela, mas, estando num mercado em expanso, exige que os recursosfinanceiros positivos que so produzidos sejam reinvestidos no prprio negcio para

    assegurar rpido crescimento e manter ou ampliar sua participao no mercado, nopermitindo distribuio de grandes dividendos aos acionistas.

    feedback:realimentao, isto , um processo, por meio do qual, a sada do processo, em parte, utilizada para realimentar a sua entrada, de modo a regular a forma defuncionamento. Em administrao usado com o sentido de avaliar o resultado de umprocesso e informar, ao responsvel por ele, esse resultado e o que deve ser feito parao seu aprimoramento. usado tambm como complemento de um processo decomunicao entre pessoas na forma de uma resposta do receptor ao emissor, a fimde assegurar que a mensagem original foi captada da forma desejada pelo emissor. Nateoria dos sistemas, significa a troca de informaes sobre como uma unidade dosistema est operando, partindo-se do princpio que cada unidade de um sistema afetatodas as demais, de modo que se uma unidade est operando de forma inadequada,dever ser mudada para melhor.

    fluxo de caixa: cronograma financeiro em que so previstas as datas (ou perodos) derecebimentos e desembolsos efetivos de dinheiro, as quais no coincidem com asdatas em que os bens e servios so efetivamente vendidos ou comprados, ou oscompromissos assumidos.

    fluxo de caixa descontado:um fluxo de caixa em que os valores previstos para cadaperodo so divididos pela expresso (1+i)n, sendo ia taxa de juros eno perodo emque se dar o recebimento ou pagamento previsto, de modo que cada valor convertido pela taxa de juros i para o valor presente, isto , para a data em que iniciado o fluxo.

    fluxograma: grfico que representa, por meio de smbolos, o fluxo ou seqncia deprocedimentos e rotinas, ou o processo de produo de um bem ou servio.

    fora motriz:ponto forte da empresa em torno do qual ela elabora seu planejamentoestratgico. A idia explorar ao mximo esse ponto forte de modo a se tornar umavantagem competitiva importante para a empresa. A idia de Benjamin Tregoe quecada empresa, num determinado momento, tem apenas uma fora motriz.

    grfico de Gantt:: tipo de cronograma em que o tamanho das barras representativasdas atividades proporcional ao tempo de sua execuo.

    meta: resultado a ser atingido como conseqncia de um plano, programa ou projeto,os quais normalmente tm um prazo estabelecido para sua execuo. a meta estnormalmente vinculada a uma data e, geralmente se caracteriza por meio derealizaes especficas e mensurveis.

    mtodo: procedimento, tcnica ou processo utilizado para se alcanar finsdeterminados.

    misso: o mesmo que objetivos principais.

    norma: 1. (definio da ABNT) documento elaborado e aprovado segundoprocedimentos preestabelecidos, resultantes do consenso dos interessados, contendoprescries que visam a obter: (a) economia geral em termos de esforo humano,energia, material e outros meios necessrios produo e troca de bens e servios;( b)

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    20/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    20

    proteo aos interesses dos consumidores por meio de qualidade adequada de bens eservios; (c) segurana de pessoas e bens; (d) uniformidade dos meios de expresso ecomunicao entre as partes interessadas. 2. veculo de comunicao que tem porobjetivo: (a) definir os princpios gerais orientadores de uma ao, ou seja, as regrasque regulam o que deve/ no deve, pode/ no pode ser feito, e quem decide o que, demodo a assegurar unidade e coerncia de orientao e comportamento; (b) definir, deforma ordenada e racional, como executar a ao, ou seja, quem faz, o que faz, comofaz e em que seqncia o trabalho desenvolvido. (Ver tambm procedimentos.)

    objetivo: propsito, em geral permanente, a ser atingido por uma organizao(instituio, empresa, grupo empresarial ou unidade organizacional).

    objetivos gerais: o mesmo que objetivos principais.

    objetivos principais: os propsitos mais gerais de uma organizao, conseqnciasnaturais dos seus valores bsicos, com os quais devem estar em ntima sintonia. Osobjetivos principais de uma organizao definem a sua razo de ser, isto , o motivo dasua existncia e constituem a primeira etapa de qualquer processo de planejamento,dando origem s metas, aos objetivos setoriais e s polticas.

    objetivos setoriais: os objetivos das grandes unidades organizacionais daorganizao (rgos de nvel superior das empresas). Esses objetivos devem sercompatveis entre si e interagir na direo dos objetivos principais.

    oramento: produto do processo de orar.

    oramento base zero: tcnica de controle oramentrio em que todos os dispndiosso reavaliados, na sua utilidade e prioridade, cada vez que se prepara um novooramento, por meio de anlises do tipo custo/benefcio, em vez de se partir dooramento anterior. A finalidade reduzir dispndios desnecessrios ou noprioritrios.

    oramento de caixa: o mesmo que fluxo de caixa.

    orar: 1. calcular. 2. estimar receitas e despesas e as respectivas pocas daocorrncia.

    padro: medida desejada para resultados e utilizada para avaliar o desempenho.

    padres de desempenho: valores vlidos, mensurveis, compreensveis, significativose realistas para medir o progresso (ou o resultado) do trabalho. Os padrescompreendem duas partes: a unidade da medida e o ndice numrico para essamedida.

    PERT/CPM: 1. o instrumento de planejamento e controle em que se figura o projetonuma rede ou grfico, no qual se representam as atividades de acordo com asrespectivas relaes de correspondncia, de modo que o conjunto mostre a seqnciaem que as atividades do empreendimento devam ser executadas. 2.um conjunto de

    processos e tcnicas para planejamento, programao e controle de umempreendimento, operao ou projeto, tendo como caracterstica fundamental aindicao, dentre as vrias seqncias operacionais, daquela que possui duraomxima, alm de permitir a indicao de graus de prioridade relativos, demonstrandodistribuio de recursos e interdependncia entre as vrias aes necessrias aodesenvolvimento do projeto. (Definio da ABNT).

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    21/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    21

    planejamento: 1.o processo de planejar. 2.determinao consciente da direo a serseguida para se alcanar os resultados desejados.

    planejamento estratgico: planejamento sistmico das metas a longo prazo e dosmeios disponveis para alcan-las. Diz respeito aos elementos estruturais mais

    importantes da empresa e sua rea de atuao e considera no s os aspectosinternos da empresa, mas tambm e, principalmente, o ambiente externo no qual aempresa est inserida. O seu propsito geral influenciar os ambientes interno eexterno, a fim de assegurar o desenvolvimento timo de longo prazo da empresa. Oplanejamento estratgico visa eficcia e procura responder s perguntas: Qual onosso negcio? Qual deveria ser o nosso negcio? Como dever ser o nosso negciodaqui a X anos?

    planejamento operacional:planejamento anual, bienal, ou com um horizonte de dozemeses adiante, com detalhamento semanal, mensal ou trimestral. Especifica, com apreciso praticvel, que recursos devem estar disponveis para cada produto e servioespecfico e fornece cronogramas mais ou menos precisos para seu uso. Oplanejamento operacional visa principalmente eficincia e a fazer da melhor forma

    possvel aquilo que est previsto para cada uma das reas da empresa. planejar: 1.estabelecer, de forma sistemtica, o que se deseja para um determinado

    perodo futuro e as aes e medidas a serem tomadas, bem como a sua forma deexecuo, de controle e feedbacksistemtico e ainda os recursos necessrios, a fim deque o que foi estabelecido seja alcanado.2.decidir antecipadamente o quefazer, deque maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer. 3. coletar informaes ediagnosticar a situao; definir objetivos e metas; estabelecer polticas (ou diretrizes) eprocedimentos, de acordo com os objetivos definidos, para orientar as decises;elaborar e implantar planos, programas e projetos para alcanar as metas e montar osseus respectivos cronogramas para acompanhar a sua execuo. Manter-se sempreinformado de modo a atualizar permanentemente o diagnstico.

    plano: 1. o instrumento que expressa concretamente o propsito geral do planejamento

    e que possibilita a programao das aes e atividades necessrias para a suarealizao. O plano se desdobra normalmente em programas e estes, por sua vez, emprojetos. 2.o produto do processo de planejamento.

    plano contingencial: plano alternativo a ser usado se o plano original no tivercondies de ser executado.

    plano diretor:o plano mais geral de determinada rea funcional ou assunto, formuladode maneira abrangente e prevendo desdobramentos. em ingls, diz-se master plan.

    poltica: 1.conjunto de declaraes escritas a respeito das intenes da instituio emrelao a determinado assunto. As polticas indicam os meios e a forma desejadospara se atingir os objetivos principais. As polticas, se bem estabelecidas e executadas,conduzem a esses objetivos. So formuladas, em geral, de forma ampla e

    proporcionam as linhas mestras para orientar as decises mais importantes e aformulao dos objetivos setoriais e das normas. o mesmo que diretrizes.2.conjuntode guias e intenes que traam o rumo de uma instituio e governam suas atividadese decises para atingir o objetivo geral para o qual a instituio foi criada.

    polticas explcitas: polticas que esto oficializadas em documentos prprios daempresa.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    22/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    22

    polticas implcitas: prticas genricas correntes na empresa, que no estooficializadas nem escritas, mas orientam as decises dos administradores.

    premissa: suposio que forma a base de uma teoria ou plano.

    premissas bsicas: o mesmo que filosofia da empresa. procedimentos: formas de atuao estabelecidas por critrios predeterminados e

    detalhados para orientar decises recorrentes. Esses critrios devem ser definidos emnormas prprias, em geral denominadas normas de procedimentos. Os procedimentosdevem estar coerentes com os objetivos principais e as polticas. (Ver tambmnormas.)

    produtividade: relao entre os produtos obtidos e os fatores de produoempregados na sua obteno. a produtividade o quociente que resulta da divisoentre a produo obtida e um dos fatores empregados na produo (insumo) ou entre aproduo obtida e um conjunto ponderado dos fatores de produo.

    prognstico: antecipao de acontecimentos ou de desenvolvimento de alguma coisa,baseada em interpretao de sintomas ou aes presentes.

    programa: parte de um plano, abrangendo desdobramentos especficos.

    programar: desdobrar os planos estabelecidos em programas, definindo metasintermedirias, os projetos de que se compem, competncias e prazos.

    projeto: parte de um programa, ou, eventualmente, de um plano, cuja responsabilidadepela execuo claramente atribuda a uma empresa, unidade organizacional, ougrupos de unidades sob a liderana de determinado indivduo. O projeto tem sempreum lder, responsvel pelo que ocorre na execuo do projeto e pelos seus resultados.

    simulao: a representao de um sistema da vida real em um modelo terico,matemtico, eltrico, ou qualquer outro, que permita verificar como a mudana de umavarivel influenciaria o resto do sistema.

    vacas leiteiras: Ver cash-cow. vantagem competitiva: vantagem sobre os concorrentes, oferecendo mais valor para

    os clientes, seja por meio de preos mais baixos seja proporcionando maioresbenefcios que justifiquem preos mais elevados. (Kotler & Armstrong).

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    23/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    23

    Parte 4

    ata:relato formal e escrito dos acontecimentos de uma conversa, reunio, assemblia,seminrio, colquio e congresso, entre outros.

    balancear: proporcionar o suficiente de alguma coisa para contrabalanar algumaoutra, isto , equilibrar as quantidades.

    canal formal de comunicao: canal de comunicao que flui por meio da cadeiaescalar ou pelas linhas formais de responsabilidade definidas pela organizao.

    canal informal de comunicao: canal de comunicao que flui informalmente semconsiderar a hierarquia da organizao.

    circular: carta, memorando ou folheto enviado para muitas pessoas.

    comisso:o mesmo que comit.

    comit: rgo constitudo de pessoas, lotadas em unidades organizacionais diferentesda organizao, para formar um grupo, paralelo estrutura organizacional, com afinalidade de estudar assuntos, situaes, problemas ou circunstncias, no situadosdentro do mbito e das responsabilidades dessas unidades organizacionais, mas deinteresse comum a elas. Em princpio, o comit deve chegar a concluses e relat-las auma pessoa de alto nvel a quem competir ratificar estas concluses e tomar asdecises cabveis.

    comunicao: a comunicao uma mensagem que envolve a transmisso decontedos emocionais ou intelectuais; na maioria dos casos ambos esto presentes. Acomunicao envolve um fluxo de mo dupla, com um emissor e um receptor, em queo que recebe a informao responde a ela de alguma forma, de imediato ou aps certotempo.

    comunicar: transmitir uma informao ou pensamento de uma pessoa para outra pormeio da linguagem escrita ou falada, de smbolos, imagens, gestos, expresses faciais,

    ou qualquer outra forma de comportamento verbal ou no. Esse pensamento tercontedos intelectuais ou emocionais.

    coordenar: 1.balancear, sincronizar e integrar as aes das pessoas e as atividadesdas unidades organizacionais, de acordo com certa ordem e mtodo, a fim deassegurar o seu desenvolvimento harmnico e equilibrado. 2. consiste em cooperarcom todas as demais unidades da organizao para que as atividades sejamexecutadas de forma: (a) balanceada (equilibrada, isto , na quantidade correta); (b)sincronizada (isto , no momento certo); (c) integrada (isto , na direo certa).

    definio funcional: princpio de organizao que diz que o chefe de cada rgo deveter autoridade para coordenar as atividades do seu rgo com a organizao em seuconjunto e, por isso, o contedo de cada posio na estrutura organizacional, bemcomo as suas relaes funcionais, devem ser claramente definidas.

    equipe: grupo em que as pessoas, alm de terem um objetivo comum, atuam de formaa colocar os objetivos do grupo acima dos seus interesses pessoais dentro do grupo e,alm disso, no ficam presas burocracia e s formalidades, agindo de formaconsciente em benefcio dos objetivos a serem atingidos.

    feedback: expresso que significa realimentao, isto , um processo, por meio doqual, a sada do processo , em parte, utilizada para realimentar a sua entrada, demodo a regular a forma de funcionamento. Em administrao usado com o sentido de

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    24/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    24

    avaliar o resultado de um processo e informar, ao responsvel por ele, esse resultado eo que deve ser feito para o seu aprimoramento. usado tambm como complementode um processo de comunicao entre pessoas na forma de uma resposta do receptorao emissor, a fim de assegurar que a mensagem original foi captada da forma desejadapelo emissor. Na teoria dos sistemas, significa a troca de informaes sobre como umaunidade do sistema est operando, partindo-se do princpio que cada unidade de umsistema afeta todas as demais, de modo que se uma unidade est operando de formainadequada, dever ser mudada para melhor.

    filtragem: alterao de uma mensagem (consciente ou inconsciente) em funo decaractersticas de personalidade do emissor ou do receptor. A filtragem comfreqncia a distoro da informao para atender aos interesses pessoais do emissorou para torn-la mais aceitvel ao receptor.

    grupo: qualquer conjunto de pessoas que tenham um objetivo comum.

    grupo de trabalho:comit temporrio com prazo definido para chegar a conclusessobre determinados assuntos. O comit pode ser temporrio ou permanente. O grupode trabalho ser sempre temporrio. O mesmo que grupo de estudos.

    house organ: expresso da lngua inglesa que designa um jornal interno de umaorganizao e cuja principal finalidade informar seus empregados.

    integrar: unificar os interesses diversos num objetivo comum, fazendo com que osesforos individuais caminhem numa mesma direo, obtendo a maior resultantepossvel dessas foras individuais e um trabalho coerente, harmonioso e eficaz.

    junta: colegiado que decide sobre determinados assuntos.

    MBWA:sigla da expresso da lngua inglesa Management by Walking Around, tambmusada para Management by Wandering Around, que significa um estilo deadministrao e de comunicao em que o chefe circula pelos escritrios e locais detrabalho e conversa com freqncia com os subordinados, com a finalidade de trocarinformaes e detectar problemas, dificuldades e oportunidades e procurar as soluescom eles.

    ombudsman: especialista de alto nvel em uma organizao a quem cabe receber einvestigar, de forma objetiva, reclamaes ou sugestes de empregados e clientes.

    pblico-alvo: aquela parte de uma populao qual se destina uma mensagempublicitria ou para a qual dirigida a produo de um bem ou servio.

    rudo:tudo aquilo que, numa comunicao, altere, confunda ou perturbe a mensageme no tenha vinculao direta com o transmissor nem com o receptor.

    sincronizar: fazer com que as diferentes atividades, realizadas segundo seuscronogramas prprios, sejam processadas em fase, isto , avancem com velocidadestais que o conjunto progrida de forma harmoniosa, de modo que cada atividade termine

    no momento certo.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    25/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    25

    Parte 5

    absentesmo: ausncia do trabalho, em princpio sem uma razo legtima que ajustifique.

    acordo coletivo: pacto celebrado entre a administrao da empresa e osrepresentantes dos funcionrios para estabelecer procedimentos a serem observadosnas relaes de emprego.

    adestramento: instruo aplicada com a finalidade especfica de proporcionarhabilidade para a execuo de determinada tarefa especializada, sem preocupaocom os fundamentos e as razes que deram origem quela tarefa.

    administrao salarial: conjunto de mtodos que tm por finalidade a atribuio deremunerao adequada aos funcionrios, assegurando a coerncia interna entre osvalores de salrios e benefcios de cada um e a coerncia externa com o mercado detrabalho, visando a proporcionar constante motivao aos empregados e controle doscustos de pessoal.

    admisso: ato de contratao de um funcionrio que passa a compor o quadro depessoal da empresa, criando, assim, um vnculo empregatcio entre a empresa e oadmitido.

    assalariado: trabalhador com vnculo empregatcio com uma organizao, cujaremunerao se denomina salrio.

    aumento de mrito:aumento na remunerao de uma pessoa que trabalha para umaorganizao com base no seu desempenho ou no reconhecimento de suasqualificaes e importncia para a organizao.

    avaliao de cargo: processo de se determinar o valor relativo de um cargo emrelao aos demais numa organizao por meio do exame de suas responsabilidades edificuldades para a execuo das suas atividades.

    avaliao de 360:processo de avaliao de recursos humanos que utiliza mltiplasavaliaes independentes, incluindo uma autoavaliao para se chegar a umaconcluso sobre o desempenho e as potencialidades do avaliado, bem como para seobter informaes visando a orientar o seu desenvolvimento profissional. O nome seorigina do fato que o administrador amplamente avaliado pelas pessoas que oconhecem profissionalmente e que, em princpio atuam em reas diversas daorganizao.

    avaliar: julgar; dar opinio ou parecer a respeito do mrito de uma pessoa ou dealguma coisa.

    aviso prvio: comunicao ao funcionrio de que perder seu vnculo empregatcio noprazo estipulado no aviso. Os prazos de aviso prvio so regulados por lei.

    benefcios aos funcionrios: remunerao extra-salarial concedida aos funcionriosde uma empresa, sob forma monetria ou no. preciso distinguir entre os benefciosobrigatrios por lei e os que so concedidos espontaneamente pela empresa. Entre osobrigatrios, incluem-se, por exemplo, o auxlio transporte, frias remuneradas elicenas de gravidez. Entre as no remuneradas podemos destacar os planos desade, complementao de aposentadoria, seguro de vida em grupo, uniformes e ouso de instalaes recreativas e esportivas, entre outros.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    26/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    26

    benefcios flexveis: benefcios proporcionados por uma organizao aos seusmembros, permitindo que eles escolham dentro de um amplo pacote de benefcios,oferecidos pela organizao, aqueles que mais lhes interessam.

    cargo:conjunto de funes de mesma natureza e de requisitos semelhantes e que tm

    responsabilidades em comum. Torna-se, assim, possvel, elaborar uma descriogenrica, que inclua essas responsabilidades comuns e que caracterize o cargo.

    demisso: ato de excluir um funcionrio do quadro de pessoal da empresa, cortando,assim seu vnculo empregatcio.

    demisso imotivada:demisso de um funcionrio por deciso unilateral da empresa,sem que o empregado tenha dado motivo para que isso ocorresse. Alternativamente,pode ser que existam indcios de que a pessoa tenha agido de forma a justificar adeciso da empresa, mas essa no tem como provar. Nesse caso, a empresa tem quepagar os direitos trabalhistas previstos na legislao: aviso prvio, dcimo terceiroproporcional, frias proporcionais etc.

    demisso por justa causa:1. demisso sem direito do empregado indenizao da

    empresa, em virtude de falta que a empresa considera grave, isto , demitir umfuncionrio da organizao sem lhe pagar aviso prvio, frias proporcionais e dcimoterceiro proporcional, por exemplo. Devido ao fato de ele ter, sob o ponto de vista daempresa, cometido uma falta grave. Quase sempre a pessoa demitida nessascondies entra com uma ao na justia do trabalho reclamando o pagamento daquiloque lhe seria devido em caso de demisso imotivada. A organizao deve, portanto,estar preparada para provar na justia o seu ponto de vista.

    demover: designar algum para uma posio menos importante e com menos statusdo que a que ele j dispunha na organizao.

    descrio de funo: descrio de funo uma declarao daquilo que cabe aotitular da funo, definida em termos de objetivos, escopo e nvel dasresponsabilidades, deveres e autoridades.

    descrio de cargo: descrio do cargo em forma padronizada para fins de suaavaliao e determinao da faixa salarial em que deve estar enquadrado,especificando as atividades que lhe cabem e os pr-requisitos exigidos para aspessoas que vo exerc-lo.

    desligamento: rompimento do vnculo empregatcio por iniciativa da empresa. odesligamento pode ser por justa causa ou sem justa causa. (Ver demisso.).

    despedir:romper o vnculo empregatcio; mandar embora; desligar da organizao.

    dispensar: 1.demitir; desligar da empresa.2.desobrigar algum de alguma atividade.

    doena ocupacional: uma doena ou problema fsico causado pelas condiesambientais em que o trabalho exercido.

    efeito halo: termo tcnico de avaliao de recursos humanos que consiste em julgartodas as caractersticas do avaliado em funo de um conjunto homogneo, semconsiderar as diferenas de cada item da avaliao, ou, deixar-se influenciar pelasinformaes de terceiros sem uma crtica isenta, julgando todos os itens da avaliaoda mesma forma.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    27/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    27

    empregado: pessoa fsica que presta servios de carter no eventual a umempregador, sob a dependncia dele e mediante uma remunerao sob forma desalrio.

    empregador: pessoa fsica ou jurdica que admite, assalaria e dirige a prestao de

    servios de carter no eventual prestados por pessoas fsicas. encargos sociais: recolhimento de quantias e provises contbeis para pagamentos

    futuros, efetuadas pelas empresas, obrigatrias por lei, calculadas em funo depercentuais sobre os valores nominais dos salrios dos empregados.

    entrevista de desligamento: entrevista com os empregados que esto saindo daempresa para determinar os motivos da sua sada e obter uma opinio sobre algunspontos especficos da empresa de interesse da sua administrao.

    entrevista de sada: o mesmo que entrevista de desligamento.

    equipe: grupo em que as pessoas, alm de terem um objetivo comum, atuam de formaa colocar os objetivos do grupo acima dos seus interesses pessoais dentro do grupo e,alm disso, no ficam presas burocracia e s formalidades, agindo de formaconsciente em benefcio dos objetivos a serem atingidos.

    folha de pagamento: relao contendo o nome dos empregados, o salrio base, osdescontos, os acrscimos eventuais e o valor lquido a receber.

    funo: 1.conjunto de atividades afins e basicamente homogneas (as empresas tmquatro grandes funes principais: produo, comercializao, finanas eadministrao, que se desdobram, cada uma, em diversas subfunes). 2. umaposio, definida na estrutura organizacional, qual cabe um conjunto deresponsabilidades afins e relacionamentos especficos e coerentes com a suafinalidade.

    grupo:qualquer conjunto de pessoas que tenham um objetivo comum.

    head-hunting: atividade de recrutamento e seleo de executivos de alto nvel, pormeio de empresas especializadas, denominadas empresas de head-hunting. Trata-sede uma expresso da lngua inglesa que literalmente significa caada de cabea. Issoporque esse tipo de atividade efetuado quase sempre de forma artesanal, em que osscios e gerentes da empresa de head-hunting saem a campo pessoalmente paraprocurar a pessoa desejada pela empresa cliente, envidando todos os esforos paraencontrar o candidato ideal.

    honorrios: remunerao de profissional de alto nvel, que no tem vnculoempregatcio com a empresa, por um trabalho especfico.

    horrio flexvel: o mesmo que horrio mvel.

    horrio mvel: sistema de horrio de trabalho, no qual a empresa fixa algumas horascentrais nas quais todos os empregados tm de estar presentes, mas eles podemescolher suas horas de entrada e sada de acordo com suas convenincias pessoais,contanto que cumpram a jornada diria estabelecida.

    horista: empregado que remunerado pelas horas efetivamente trabalhadas.

    horas extras: horas trabalhadas pelo empregado alm da jornada normal fixada por leiou pelo contrato de trabalho.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    28/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    28

    integrar: 1. unificar os interesses diversos num objetivo comum, fazendo com que osesforos individuais caminhem numa mesma direo, obtendo a maior resultantepossvel dessas foras individuais e um trabalho coerente, harmonioso e eficaz. 2.treinar um novo empregado com vistas a adapt-lo s condies e peculiaridades da

    empresa. jornada flexvel de trabalho: sistema de fixao de horrios de trabalho, no qual cada

    empregado tem o direito de escolher sua hora de entrada e de sada, respeitado onmero contratado de horas semanais e um horrio base no qual todos devem estarpresentes.

    justa causa:Ver demisso por justa causa.

    mercado de trabalho: oferta e procura de mo-de-obra em determinada regio.

    meritocracia: sistema social no qual o xito de uma pessoa depende exclusivamentedos seus mritos.

    negociao: uso de habilidades de comunicao e de trocas para administrar conflitose obter resultados aceitveis pelas partes que negociam um acordo.

    negociao coletiva: processo de negociar acordos entre os trabalhadores e asadministraes das empresas como definio de salrios, benefcios e condies detrabalho, entre outros. Em geral, os trabalhadores so representados por seussindicatos. As empresas podem estar representadas pelos seus sindicatos ou pelassuas diretorias, dependendo se o acordo abrange mais de uma empresa ou no.

    nepotismo: a prtica de empregar pessoas com base em parentesco ou amizade, semconsiderar o mrito dos candidatos e suas qualificaes.

    on-the-job-training: treinamento realizado na prpria execuo do trabalho. aorientao e o exemplo da chefia so considerados parte do on-the-job-training.

    pesquisa salarial:estudo sobre o valor dos salrios que outras empresas do mesmo

    ramo ou da mesma regio pagam a seus empregados que ocupam os mesmos cargosavaliados pela empresa e considerados significativos para a elaborao do seu planode cargos e salrios.

    planejamento de recursos humanos: planejamento para as necessidades futuras depessoal de uma organizao.

    plano de cargos e salrios: documento que consubstancia os sistemas e osprocedimentos de administrao salarial da empresa. o plano de cargos e salriosengloba: a. a relao dos cargos existentes e sua descrio em formulriopadronizado; b. os fatores utilizados na avaliao dos cargos e os nveis de cada fator,bem como a descrio daquilo que se entende para cada fator e cada nvel; c. apontuao de cada nvel em cada fator e sua justificativa; d. a avaliao resultante decada cargo em funo fatores utilizados, dos nveis atribudos a cada cargo em cada

    fator e da pontuao estabelecida para cada nvel; e. o grupamento dos cargos emnveis de cargos para fins de administrao salarial; f. o resultado da pesquisa demercado salarial para cada nvel de cargos e sua respectiva faixa de variao.

    plano de sucesso: previses das posies a serem ocupadas no futuro pelosadministradores da empresa em funo de um planejamento de recursos humanosbaseado na avaliao das qualificaes individuais dos administradores.

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    29/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    29

    pro labore:expresso latina que significa a remunerao concedida a algum por umtrabalho especfico.

    Promover: 1. aumentar o nvel do ttulo, status, ou remunerao de algum. 2.fomentar; dar impulso a; fazer realizar alguma coisa.

    prover recursos humanos: formar uma equipe competente, integrada e motivada,disposta a agir para o conjunto. Para isso, necessrio saber recrutar, selecionar etreinar as pessoas certas capazes de assumir responsabilidades para atingir osobjetivos definidos. Inclui ainda a avaliao dessas pessoas e o esforo para manteralta a moral do grupo, de modo a ter sempre as pessoas certas nos lugares certos. uma das responsabilidades bsicas de todo administrador.

    recrutamento: o conjunto de prticas e processos usados para atrair candidatos paraas vagas existentes ou potenciais.

    remunerao: soma de tudo aquilo que periodicamente pago aos empregados porservios prestados, abrangendo salrios, gratificaes, adicionais (por periculosidade,insalubridade e tempo de servio, entre outros), bem como todos os tipos de

    benefcios, financeiros. rotao de cargos: prtica administrativa que de forma sistemtica move os

    administradores periodicamente de um cargo para outro, visando a proporcionartreinamento em novas tcnicas, viso sistmica da organizao e motivao comnovas atividades.

    rotatividade de pessoal: o quociente da soma do nmero total de empregadosadmitidos numa empresa em determinado perodo mais o nmero total dos que saramno mesmo perodo dividida pelo nmero total de empregados existentes no final doperodo considerado. rotatividade = (total dos admitidos + total dos que saram) / totalde empregados no final do perodo. Uma rotatividade muito elevada pode ser indcio depolticas de pessoal deficientes.

    salrio: remunerao em dinheiro recebida pelo empregado de uma instituio emtroca do trabalho que prestado ao empregador.

    salrio-mnimo: o menor salrio que legalmente pode ser pago ao empregado emdeterminada regio.

    segurana no trabalho:conjunto de esforos de planejamento e execuo, destinadosa evitar a ocorrncia de acidentes no trabalho. Um dos pontos importantes nestesentido, no Brasil, a obrigatoriedade da existncia de cipas (comisso interna depreveno de acidentes) em determinadas empresas, conforme previsto em legislao.

    seleo: o conjunto de prticas e processos usados para escolher, dentre oscandidatos disponveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente.em geral, a unidade central de seleo faz a triagem e a seleo preliminar. a escolhafinal cabe futura chefia.

    sindicato: organizao de trabalhadores que tem por objetivo promover seus prpriosinteresses em relao a empregadores, especialmente nos assuntos de salrios,promoes, condies de trabalho e segurana de emprego.

    teletrabalho: significa levar o trabalho aos trabalhadores em vez de levar esses aotrabalho. O trabalho pode ser feito em casa ou em um escritrio prximo da residncia,mas longe da organizao para quem se trabalha. Esse sistema se tornou possvel por

  • 5/28/2018 Francisco Lacombe - Glossario de Administracao

    30/47

    Administrao Princpios e Tendncias Francisco Lacombe Editora SaraivaGlossrio

    30

    meio do fax, dos microcomputadores ligados em rede, do correio eletrnico e telefonecelular, entre outros que permite que um empregado ou prestador de servio realizeparte do