feasibility of intercropping pepper with cabbage, rocket

6
36 Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006 A consorciação de culturas retrata um sistema intermediário entre a monocultura e as condições de vegeta- ção natural, na qual coabitam duas ou mais espécies numa mesma área por um determinado período de tempo. O gran- de desafio para o sucesso de um siste- ma de cultivo consorciado está na de- terminação das culturas a serem utiliza- das. De acordo com Ceretta (1986), a eficiência de um sistema de consorciação de culturas fundamenta-se na complementaridade entre as espécies envolvidas, sendo que essa será maior à REZENDE BLA; CECÍLIO FILHO AB; FELTRIM AL; COSTA CC; BARBOSA JC. 2006. Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface e rabanete. Horticultura Brasileira., 24: 36-41. Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface e rabanete Bráulio Luciano A Rezende 1 ; Arthur B Cecílio Filho 2 ; Anderson Luiz Feltrim 1 ; Caciana C Costa 1 ; José Carlos Barbosa UNESP, Via de acesso Prof. Paulo D. Castellane, s/n, 14884-900 Jaboticabal-SP; 1 Pós graduando em Agronomia; 2 Bolsista CNPq; E- mail: [email protected]; [email protected]; [email protected] medida que mais contrastantes forem as espécies. Esta forma de cultivo permite maior densidade de plantas por unidade de área que um sistema de monocultivo, ocor- rendo, então, melhor cobertura do solo, o que reduz a incidência de plantas da- ninhas e melhora a proteção do solo contra a erosão (Zaffaroni, 1987), mai- or estabilidade ao sistema de produção diante das diversidades das estações, com compensação da produção entre as culturas (Zaffaroni, 1987; Cardoso et al., 1993). Também, proporciona um au- mento na renda líquida aos agricultores, fato este verificado por vários autores (Cecílio Filho & May, 2002; Catelan et al., 2002a e 2002b; Rezende et al. 2004 e 2005a), melhor uso da mão-de-obra e dos recursos ambientais, possibilidade de obtenção de outras fontes de renda, diminuição do uso de insumos não renováveis, como fertilizantes e agrotóxicos, ou permitir uso mais racio- nal dos mesmos (Horwith, 1985). O consórcio, em função das vanta- gens proporcionadas aos produtores, pode constituir-se numa tecnologia bas- RESUMO O trabalho foi conduzido na UNESP, Jaboticabal-SP, de setem- bro/2003 a janeiro/2004, com objetivo de avaliar a viabilidade da consorciação de pimentão com as culturas de repolho, rúcula, alface e rabanete. O experimento constou de 15 tratamentos, correspon- dentes a 10 cultivos consorciados (combinações das cinco hortali- ças) e cinco monocultivos. Utilizou-se o delineamento experimen- tal em blocos casualizados, com seis repetições. Foram utilizados os híbridos Magali R e Kenzan, respectivamente, para pimentão e re- polho; e as cultivares Vera, Cultivada e Crimson Gigante, respecti- vamente, para alface, rúcula e rabanete. As produtividades de pi- mentão e repolho em cultivo consorciado não diferiram significati- vamente das obtidas em monocultivo. Maior massa fresca de parte aérea de plantas de alface (438,86 g/planta) foi observada quando a alface foi consorciada com pimentão, diferindo estatisticamente dos demais cultivos que obtiveram em média 323,05 g/planta de alface. Aumento na produtividade de raízes comerciais de rabanete foi ob- servado quando consorciado com pimentão, porém, foi significati- vamente superior apenas ao cultivo consorciado de pimentão+repolho+rabanete. A massa fresca da parte aérea da rúcula mostrou diferença estatística apenas entre os consórcios de pimentão+rúcula+alface e pimentão+repolho+rúcula. Exceto o con- sórcio pimentão+repolho que obteve índice de uso eficiente da terra (UET) de 1,92; todos os outros consórcios apresentaram UET supe- rior a 2,0, com maior UET (2,64) obtido no consórcio pimentão+alface. A superioridade de 92 a 164% na produção de ali- mento por área dos consórcios sobre os monocultivos, demonstra a viabilidade dos policultivos e maior eficiência do uso da terra. Palavras-chave: Lactuca sativa, Capsicum annuum, Brassica oleracea var. capitata, Raphanus sativus, Eruca sativa, sistema de cultivo. ABSTRACT Feasibility of intercropping pepper with cabbage, rocket, lettuce and radish This work was carried out in Jaboticabal, São Paulo State, Brazil, from September 2003 to January 2004, to evaluate the feasibility of an intercropping system of pepper with cabbage, rocket, lettuce and radish, in relation to their monocultives. The experiment consisted of 15 treatments, corresponding to 10 intercropping and five monocultives. The experimental design was a radomized block with six replications. The hybrid Magali R and Kenzan were used, respectively, for pepper and cabbage; and cultivars Vera, Cultivada and Crimson Gigante, respectively, for lettuce, rocket and radish. Yields of pepper and cabbage in intercropping did not differ significantly to that obtained in monocultive. The largest fresh mass of the aerial part of lettuce (438.86 g/plant) was observed in lettuce and pepper intercropping cultivation. In the other cultivations, 323.05 g/plant was obtained of lettuce. Increase in yield of commercial roots of radish was observed in radish and pepper intercropping, however, it was significantly larger to the intercropping cultivation of the pepper+cabbage+radish only. The fresh mass of the aerial part of the rocket showed statistical difference between pepper+rocket+lettuce and pepper+rocket+cabbage intercropping. Except for pepper+cabbage intercropping with land efficient use (LEU) of 1.92, all the intercropping cultives showed LEU higher than 2.0, with highwest LEU (2.64) obtained with pepper+lettuce intercropping. The better results obtained with intercropping in relation to production of food per area, demonstrate the viability of policultives and better land efficient use. Keywords: Lactuca sativa, Capsicum annuum, Brassica oleracea var. capitata, Raphanus sativus, Eruca sativa, production system. (Recebido para publicação em 20 de dezembro de 2005; aceito em 9 de janeiro de 2006)

Upload: luis-ruperto-flores

Post on 03-Jan-2016

19 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Feasibility of Intercropping Pepper With Cabbage, Rocket

36 Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006

A consorciação de culturas retrataum sistema intermediário entre a

monocultura e as condições de vegeta-ção natural, na qual coabitam duas oumais espécies numa mesma área por umdeterminado período de tempo. O gran-de desafio para o sucesso de um siste-ma de cultivo consorciado está na de-terminação das culturas a serem utiliza-das. De acordo com Ceretta (1986), aeficiência de um sistema deconsorciação de culturas fundamenta-sena complementaridade entre as espéciesenvolvidas, sendo que essa será maior à

REZENDE BLA; CECÍLIO FILHO AB; FELTRIM AL; COSTA CC; BARBOSA JC. 2006. Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula,alface e rabanete. Horticultura Brasileira., 24: 36-41.

Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface erabaneteBráulio Luciano A Rezende1; Arthur B Cecílio Filho2; Anderson Luiz Feltrim1; Caciana C Costa1; JoséCarlos BarbosaUNESP, Via de acesso Prof. Paulo D. Castellane, s/n, 14884-900 Jaboticabal-SP; 1Pós graduando em Agronomia; 2Bolsista CNPq; E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]

medida que mais contrastantes forem asespécies.

Esta forma de cultivo permite maiordensidade de plantas por unidade de áreaque um sistema de monocultivo, ocor-rendo, então, melhor cobertura do solo,o que reduz a incidência de plantas da-ninhas e melhora a proteção do solocontra a erosão (Zaffaroni, 1987), mai-or estabilidade ao sistema de produçãodiante das diversidades das estações,com compensação da produção entre asculturas (Zaffaroni, 1987; Cardoso et al.,1993). Também, proporciona um au-

mento na renda líquida aos agricultores,fato este verificado por vários autores(Cecílio Filho & May, 2002; Catelan etal., 2002a e 2002b; Rezende et al. 2004e 2005a), melhor uso da mão-de-obra edos recursos ambientais, possibilidadede obtenção de outras fontes de renda,diminuição do uso de insumos nãorenováveis, como fertilizantes eagrotóxicos, ou permitir uso mais racio-nal dos mesmos (Horwith, 1985).

O consórcio, em função das vanta-gens proporcionadas aos produtores,pode constituir-se numa tecnologia bas-

RESUMOO trabalho foi conduzido na UNESP, Jaboticabal-SP, de setem-

bro/2003 a janeiro/2004, com objetivo de avaliar a viabilidade daconsorciação de pimentão com as culturas de repolho, rúcula, alfacee rabanete. O experimento constou de 15 tratamentos, correspon-dentes a 10 cultivos consorciados (combinações das cinco hortali-ças) e cinco monocultivos. Utilizou-se o delineamento experimen-tal em blocos casualizados, com seis repetições. Foram utilizados oshíbridos Magali R e Kenzan, respectivamente, para pimentão e re-polho; e as cultivares Vera, Cultivada e Crimson Gigante, respecti-vamente, para alface, rúcula e rabanete. As produtividades de pi-mentão e repolho em cultivo consorciado não diferiram significati-vamente das obtidas em monocultivo. Maior massa fresca de parteaérea de plantas de alface (438,86 g/planta) foi observada quando aalface foi consorciada com pimentão, diferindo estatisticamente dosdemais cultivos que obtiveram em média 323,05 g/planta de alface.Aumento na produtividade de raízes comerciais de rabanete foi ob-servado quando consorciado com pimentão, porém, foi significati-vamente superior apenas ao cultivo consorciado depimentão+repolho+rabanete. A massa fresca da parte aérea da rúculamostrou diferença estatística apenas entre os consórcios depimentão+rúcula+alface e pimentão+repolho+rúcula. Exceto o con-sórcio pimentão+repolho que obteve índice de uso eficiente da terra(UET) de 1,92; todos os outros consórcios apresentaram UET supe-rior a 2,0, com maior UET (2,64) obtido no consórciopimentão+alface. A superioridade de 92 a 164% na produção de ali-mento por área dos consórcios sobre os monocultivos, demonstra aviabilidade dos policultivos e maior eficiência do uso da terra.

Palavras-chave: Lactuca sativa, Capsicum annuum, Brassica oleraceavar. capitata, Raphanus sativus, Eruca sativa, sistema de cultivo.

ABSTRACTFeasibility of intercropping pepper with cabbage, rocket,

lettuce and radish

This work was carried out in Jaboticabal, São Paulo State, Brazil,from September 2003 to January 2004, to evaluate the feasibility ofan intercropping system of pepper with cabbage, rocket, lettuce andradish, in relation to their monocultives. The experiment consistedof 15 treatments, corresponding to 10 intercropping and fivemonocultives. The experimental design was a radomized block withsix replications. The hybrid Magali R and Kenzan were used,respectively, for pepper and cabbage; and cultivars Vera, Cultivadaand Crimson Gigante, respectively, for lettuce, rocket and radish.Yields of pepper and cabbage in intercropping did not differsignificantly to that obtained in monocultive. The largest fresh massof the aerial part of lettuce (438.86 g/plant) was observed in lettuceand pepper intercropping cultivation. In the other cultivations, 323.05g/plant was obtained of lettuce. Increase in yield of commercial rootsof radish was observed in radish and pepper intercropping, however,it was significantly larger to the intercropping cultivation of thepepper+cabbage+radish only. The fresh mass of the aerial part ofthe rocket showed statistical difference betweenpepper+rocket+lettuce and pepper+rocket+cabbage intercropping.Except for pepper+cabbage intercropping with land efficient use(LEU) of 1.92, all the intercropping cultives showed LEU higherthan 2.0, with highwest LEU (2.64) obtained with pepper+lettuceintercropping. The better results obtained with intercropping inrelation to production of food per area, demonstrate the viability ofpolicultives and better land efficient use.

Keywords: Lactuca sativa, Capsicum annuum, Brassica oleraceavar. capitata, Raphanus sativus, Eruca sativa, production system.

(Recebido para publicação em 20 de dezembro de 2005; aceito em 9 de janeiro de 2006)

Page 2: Feasibility of Intercropping Pepper With Cabbage, Rocket

37Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006

tante aplicável e acessível, vindo a es-tabelecer-se como um sistema alterna-tivo de cultivo, possibilitando maiorganho, seja pelo efeito sinergístico, sejapelo compensatório de uma cultura so-bre a outra.

Pelo fato do cultivo consorciado ca-racterizar-se pela otimização no uso deinsumos e a olericultura por uso inten-sivo do solo e de grande emprego deinsumos agrícolas, será grande a contri-buição deste sistema de cultivo para aatividade olerícola, não só pelas vanta-gens que proporciona mas, principal-mente, pela possibilidade de situar aolericultura dentro do contexto de agri-cultura com menor impacto ambiental.

Em sistema orgânico de produçãodurante dois anos (1996 e 1997), as pro-dutividades da alface ‘Regina 71’ e‘Verônca’ não sofreram influência ne-gativa da cultura da cenoura em consór-cio. Em contrapartida, para a cultura dacenoura, houve diferença significativaapenas para o primeiro ano de cultivo,apresentando maior massa de raíz quan-do em consórcio com a alface (Sudo etal., 1997). Por outro lado, Caetano etal. (1999) e Negreiros et al. (2002) nãoverificaram influência negativa da ce-noura sobre a alface e vice-versa, emcultivos consorciados das culturas. Poroutro lado, constatou-se efeito positivoda alface sobre a produtividade do ra-banete. Rezende et al. (2003a) verifica-ram maior produtividade da cultura dorabanete quando em cultivo consorcia-do com a alface, sendo os melhores re-sultados obtidos com a semeadura dorabanete até sete dias após a semeadurada alface, enquanto a produtividade daalface em consórcio não diferiu signifi-cativamente da obtida em monocultivo.Cecílio Filho & May (2002) e Rezendeet al. (2002b), também, observaram quea produtividade do rabanete foi maiorem consorciação com alface do que emmonocultivo.

A produtividade da beterraba emmonocultivo não diferiu significativa-mente da obtida em cultivo consorcia-do; porém, a produtividade da rúcula emmonocultivo foi superior à obtida emconsórcio (Nardin et al., 2002; CecílioFilho et al., 2003). Os autores observa-ram que a produtividade da rúcula foiacentuadamente reduzida à medida que

sua semeadura foi realizada mais tardia-mente em relação ao transplantio dabeterraba.

No cultivo consorciado de cebolinhae salsa, Heredia et al. (2003) observa-ram maior acúmulo de massa fresca decebolinha (7,95 t/ha) em cultivo soltei-ro do que em consorciação com a salsa(6,63 t/ha). Resultado semelhante foiobservado para massa fresca da parteaérea das plantas de salsa.

Dentre os índices utilizados paracomparar os sistemas de cultivo consor-ciado e monocultivo, tem-se o índice deuso eficiente da terra (UET). Este é de-finido por Willey (1979) como a árearelativa da terra sob condição demonocultivo, que é requerida para pro-porcionar os rendimentos alcançados noconsórcio. Segundo Gonçalves (1982),o valor do UET=1 indica indiferença noprocesso competitivo, UET>1 indicaefeito de cooperação ou de compensa-ção entre as culturas consorciadas, comvantagens para consórcio, e UET<1 in-dica casos de inibição mútua ou com-pensação com desvantagem para o con-sórcio em relação à monocultura.

Apesar da existência de vários estu-dos com o cultivo consorciado de duashortaliças em uma mesma área, aindaexistem sistemas pouco estudados, prin-cipalmente aqueles envolvendo o culti-vo consorciado com três oleráceas. Opresente trabalho objetivou avaliar aviabilidade da consorciação do pimen-tão com as culturas de repolho, rúcula,alface e rabanete.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido emcampo, com transplantios e semeaduras,

em 03/09/2003, na UNESP emJaboticabal (SP), em Latossolo Verme-lho Eutroférrico típico de textura muitoargilosa, A moderado caulinítico-oxídico, com pH (CaCl2) de 5,8; 31g dm-

3 de matéria orgânica, 124 mg dm-3 de P(resina). Em mmolc dm-3, observou-se11,5; 57 e 14 de K, de Ca, de Mg e V%de 77. Após o preparo convencional dosolo, foram preparados canteiros parareceber as culturas.

Foram avaliados 15 tratamentos,correspondentes a 10 cultivos consor-ciados, resultantes das combinações depimentão+repolho (P+Re),pimentão+rúcula (P+Ru),pimentão+alface (P+A),pimentão+rabanete (P+Ra),pimentão+repolho+alface (P+Re+A),pimentão+repolho+rúcula (P+Re+Ru),p i m e n t ã o + r e p o l h o + r a b a n e t e(P+Re+Ra), pimentão+rúcula+alface(P+Ru+A), pimentão+rúcula+rabanete(P+Ru+Ra), pimentão+alface+rabanete(P+A+Ra), e cinco monocultivos dasrespectivas culturas. O experimento foiconduzido em blocos casualizados, comseis repetições.

Os cultivos consorciados, assimcomo os monocultivos, foram estabele-cidos pela semeadura direta (rúcula erabanete) e transplantio de mudas (alfa-ce e repolho) na mesma época dotransplantio de mudas de pimentão. Emambos os sistemas de cultivo, o pimen-tão foi transplantado em linha única, nocentro do canteiro, enquanto o repolhofoi transplantado em fileira dupla.

Para as culturas de alface, rúcula erabanete em monocultivo e em cultivosconsorciados de uma destas com outrahortaliça, haviam quatro linhas de cul-tivo. Por outro lado, no cultivo consor-

Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface e rabanete

Figura 1. Representação gráfica e parcial de uma unidade experimental e disposição dasculturas em consórcio: A) P+A, semelhante aos consórcios P+Re, P+Ra e P+Ru; B) P+Re+A,semelhante aos consórcios P+Re+Ru e P+Re+Ra e C) P+Ru+Ra, semelhante aos consórci-os P+A+Ra e P+Ru+A. Jaboticabal, UNESP, 2004.

Page 3: Feasibility of Intercropping Pepper With Cabbage, Rocket

38 Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006

ciado destas com duas outras hortaliças,a população da alface, rúcula e rabane-te reduziu-se à metade das condiçõesanteriores, ou seja, somente duas linhas(Figura 1).

Para as culturas de pimentão, repo-lho e alface foram consideradas plantasúteis para avaliação das característicassomente plantas centrais, e comobordaduras as plantas localizadas noinício e final de cada linha de cultivo daunidade experimental. Para rúcula e ra-banete, foram consideradas como plan-tas úteis, aquelas situadas no metro cen-tral do monocultivo e em cultivo con-sorciado com duas hortaliças, e nos doismetros centrais da parcela, em cultivosconsorciados de três hortaliças.

Utilizou-se os híbridos Magali R eKenzan, respectivamente, para pimen-tão e repolho, e as cultivares Vera, Cul-tivada e Crimson Gigante, respectiva-mente, para alface, rúcula e rabanete. Asmudas de pimentão e repolho foram for-madas em bandejas de poliestireno ex-pandido de 128 células e a alface embandejas de 288 células. Adotou-se oespaçamento de 1,50 x 0,60 m para opimentão, 0,70 x 0,80 x 0,30 m para orepolho, 0,25 x 0,25 m para alface, 0,25x 0,05 m para rúcula e 0,25 x 0,05 mpara o rabanete. Estas duas últimas,semeadas diretamente no canteiro, fo-ram desbastadas aos oito dias após asemeadura.

Com base na análise de solo, nãoforam realizadas calagem e adubação deplantio. A adubação de cobertura foi re-alizada separadamente para cada cultu-ra, baseando-se na recomendação deRaij et al. (1997).

A adubação de cobertura para a cul-tura do repolho constou da aplicação de4 g planta-1 de nitrato de amônio aos 15;30; 45 e 60 dias após o transplantio(DAT) e 2 g planta-1 de cloreto de po-tássio aos 30; 45 e 60 DAT. Para a cul-tura do rabanete, foram aplicados 15 gm-1 de nitrato de amônio após o desbas-te, 20 g m-1 de nitrato de amônio e 7 gm-1 de cloreto de potássio aos sete diasapós o desbaste (DAD) e 7 g m-1 decloreto de potássio aos 17 DAD. Para acultura da rúcula, foram aplicados 15 gm-1 de nitrato de amônio após o desbas-te, 20 g m-1 de nitrato de amônio aos 7DAD e 7 g m-1 de cloreto de potássio

aos 17 DAD. Para a cultura da alface,foram aplicados 2 g planta-1 de nitratode amônio aos 10 DAT, 2 g planta-1 denitrato de amônio e de cloreto de potás-sio aos 20 DAT e 3 g planta-1 de nitratode amônio e 2 g planta-1 de cloreto depotássio aos 30 DAT. Para a cultura dopimentão foram aplicados 5; 7,5; 7,5;7,5 e 7,5 g planta-1 de nitrato de amônioaos 15; 30; 45; 60 e 75 DAT, respecti-vamente, e 4 g planta-1 de cloreto depotássio aos 30; 45; 60 e 75 DAT. Alémdisso, foram realizadas pulverizaçõesdirigidas ao fruto, com 2,5 g L-1 de ni-trato de cálcio a cada 15 dias a partirdos 60 DAT até o final do ciclo da cul-tura do pimentão.

O pimentão foi conduzido com qua-tro hastes, eliminando-se o fruto da pri-meira bifurcação. As colheitas da alfa-ce e repolho foram realizadas, respecti-vamente, aos 38 e 71 DAT, enquanto arúcula e o rabanete aos 31 dias após asemeadura. Para a cultura do pimentãoforam realizadas colheitas semanais apartir dos 66 DAT e ciclo de 140 DAT.A irrigação do experimento foi realiza-da pelo sistema de aspersão.

A produção comercial de frutos depimentão foi obtida pelo somatório dascolheitas efetuadas durante o ciclo. Osfrutos foram classificados segundo seutamanho em classe 10 (10 a 12 cm decomprimento), 12 (12 a 15 cm) e 15 (15a18 cm), considerando-se como produ-ção comercial, frutos com classe supe-rior a 10 cm de comprimento(CEAGESP, 1998).

Para a cultura da alface foram avalia-dos a massa fresca e seca da parte aéreadas plantas, bem como o diâmetro trans-versal da parte aérea. Considerou-secomo comercial a alface com massa su-perior a 100 g. Para a rúcula, foram ava-liados a massa fresca, seca e altura daparte aérea. Foi considerado como co-mercial a rúcula com altura superior a20 cm. Para o rabanete, foram avalia-dos a massa fresca das raízes tuberosase massa seca da parte aérea. Para pro-dução comercial considerou-se as raízescom diâmetro superior a 20 mm e semrachaduras. Para avaliação da massaseca da parte aérea das plantas de alfa-ce e de rabanete, foi procedida a seca-gem da parte aérea das plantas em estu-fa com circulação de ar forçada, a 65oC,

por 96 h, quando então, foi pesada. Paraa cultura do repolho foram avaliados amassa fresca e o diâmetro da cabeça.Considerou-se como comercial a cabe-ça de repolho acima de 500 g.

Para o cálculo do índice de uso efi-ciente da terra (UET), em função dossistemas de cultivo, foi utilizada a fór-mula proposta por Willey (1979): UET=(Yab/Yaa) + (Yba/Ybb), onde, Yab é aprodução da cultura “a” em consórciocom a cultura “b”; Yba é a produção dacultura “b” em consórcio com a cultura“a”; Yaa é a produção da cultura “a” emmonocultivo e Ybb é a produção da cul-tura “b” em monocultivo. Para cálculodos índices foram utilizadas as produ-ções das culturas de alface, rabanete erúcula expressas em área (kg m-2), umavez que existe diferença de estande emfunção do sistema de cultivo.

As análises estatísticas foram reali-zadas pelo programa ESTAT. Para aná-lise dos resultados obtidos em caracte-rísticas relativas a alface, rúcula, raba-nete e repolho, a análise de variância foirealizada com cinco tratamentos (4 con-sórcios mais 1 monocultivo), seis repe-tições. Para a cultura do pimentão, aanálise de variância foi realizada com11 tratamentos (10 consórcios mais 1monocultivo), seis repetições, em deli-neamento de blocos ao acaso. As médiasrelativas às características das culturasforam comparadas segundo o testeTukey, a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Todas as hortaliças colhidas em cul-tivos consorciados apresentaram quali-dade comercial, não sendo constatadosdistúrbios fisiológicos ou alteraçõesmorfológicas que comprometessem acomercialização das mesmas. No culti-vo consorciado de tomate e alface,Rezende (2002a) verificou que as alfa-ces transplantadas a partir de 42 diasapós o transplantio do tomateiro, encon-travam-se estioladas, sem caracterizaçãoe, consequentemente, sem valor comer-cial, não permitindo a formação de ma-ços de alface com a junção de váriasplantas.

Efeito significativo dos sistemas decultivo não foi observado sobre a pro-dutividade do pimentão e a classifica-

BLA. Rezende et al.

Page 4: Feasibility of Intercropping Pepper With Cabbage, Rocket

39Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006

ção dos frutos. A produtividade médiaobtida pela cultura foi de 4,062 kg m-2

(3,660 kg planta-1) e as percentagens daprodução comercial nas classes 10; 12e 15 foram 3,29; 26,78 e 69,93%, res-pectivamente. Resultado semelhante foiobservado por Rezende et al. (2002c e2005b), onde a presença da alface ‘Vera’não influenciou significativamente aprodução total, comercial e qualidadedos frutos de tomate.

Para o repolho, também, não houveefeito significativo dos sistemas de cul-tivo sobre as características avaliadas,com média de produtividade de 7,582kg m-2 (1,7 kg cabeça-1) nos sistemas deconsórcios e de 8,556 kg m-2 (1,9 kgcabeça-1) no monocultivo. O diâmetromédio da cabeça foi de 19,12 cm.

Os resultados observados tanto parao pimentão como para repolho demons-tram a complementaridade espacial etemporal obtida entre estas hortaliças, edestas para com alface, rúcula e raba-nete, em virtude de diferenças entre asespécies consorciadas quanto à arquite-tura, ciclo e porte.

Maior massa fresca de parte aéreade plantas de alface foi observada quan-do a alface foi consorciada com pimen-tão, diferindo estatisticamente dos de-mais cultivos (Tabela 1). Este relacio-namento das culturas do pimentão e al-face não foi descrito por Willey (1979),pois houve cooperação do pimentão so-bre a alface sem prejuízo dessa sobreaquela. Em consórcio com duas outrashortaliças, a massa fresca da alface nãodiferiu da obtida em monocultivo. Cos-ta et al. (2003a), na primavera, emJaboticabal, também não encontraramdiferenças significativas entre os siste-mas de cultivo solteiro e consórcio dealface ‘Vera’ e rúcula. Comportamentosemelhante ao da massa fresca não foiobservado para massa seca de parte aé-rea de plantas de alface, a qual não so-freu influência significativa dos siste-mas de cultivos (Tabela 1). Este resul-tado concorda com os observados porCosta et al. (2003a e 2003b), os quaistambém não verificaram efeito signifi-cativo dos sistemas de cultivo.

Com relação ao número de folhas,houve diferença significativa apenas doconsórcio de pimentão (P)+alface (A) ede pimentão+alface+rúcula (Ru) com-

parado com P+A+repolho (Re). Paraaltura de alface apenas o cultivo con-sorciado P+Re+A diferiu de P+Ru+A.Por outro lado, para o diâmetro da parteaérea da alface houve diferença entreP+A e P+Re+A (Tabela 1). Estes resulta-dos, provavelmente, se devem à maiorcompetição interespecífica, principal-mente com relação à luz, proporciona-do pelo sombreamento exercido das fo-lhas do repolho sobre a alface, que pro-porcionou redução no número de folhase no diâmetro da planta de alface e,consequentemente em busca da luz le-vou a aumento na altura de plantas.

Para a cultura do rabanete, apenas aprodutividade de raízes comerciais so-freu influência significativa do sistemade cultivo. Maior produtividade (678,33g m-1) foi observada quando o rabanetefoi consorciado com pimentão, porém,sendo significativamente superior ape-nas ao cultivo consorciadoP+Re+rabanete (Ra) (Tabela 2). No cul-tivo consorciado de alface e rabanete,

Cecílio Filho & May (2002) e Rezendeet al. (2002b e 2003), também, verifi-caram maior produção de raízes comer-ciais em sistema de cultivo consorcia-do, atribuindo a possível efeito favorá-vel da alface na cobertura de solo, re-fletindo em menor estresse térmico porparte do rabanete.

Para massa fresca da parte aérea darúcula, observa-se, na Tabela 3, que ape-nas o consórcio do P+Ru+A e omonocultivo da rúcula diferiram signi-ficativamente do consórcio P+Ru+Re.Por outro lado, maior massa seca daparte aérea da rúcula foi obtida no con-sórcio de P+Ra+Ru, diferindo estatisti-camente apenas do consórcio deP+Re+Ru. Nardin et al. (2002) não ve-rificaram diferença significativa entre ossistemas de cultivo na produtividade darúcula, quando esta foi semeada conjun-tamente com o transplantio da beterra-ba. Entretanto, Costa et al. (2003b) ve-rificaram maior acúmulo de massa fres-ca da parte aérea da rúcula em cultivo

Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface e rabanete

1Médias na coluna, seguidas de mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Tukey 5%.

Tabela 1. Massa fresca (MF), massa seca (MS), número de folhas (NF), altura de planta(AP) e diâmetro da parte aérea (D) de plantas de alface, em função do sistema de cultivo(consórcio e monocultivo). Jaboticabal, UNESP, 2004.

1Médias na coluna, seguidas de mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Tukey 5%.

Tabela 2. Produtividade de raízes comerciais (PRC), massa fresca (MF) e seca (MS) daparte aérea de plantas de rabanete, em função do sistema de cultivo (consórcio e monocultivo).Jaboticabal, UNESP, 2004.

Page 5: Feasibility of Intercropping Pepper With Cabbage, Rocket

40 Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006

consorciado, quando a semeadura derúcula ocorreu na mesma época dotransplantio da alface.

Para altura de plantas de rúcula, hou-ve diferença significativa somente en-tre os cultivos consorciados P+Re+Rue P+Ru (Tabela 3). Nardin et al. (2002)não observaram diferença significativado sistema de cultivo sobre a altura deplantas, exceto quando a rúcula foisemeada aos 21 dias após o transplantioda beterraba. Portanto, constatou-se queo repolho apresentou efeito negativosobre a rúcula, assim como tambémobservado para o rabanete. A este resul-tado atribui-se o sombreamento que orepolho estabeleceu sobre a rúcula. Se-gundo Portes (1984), num sistema con-

sorciado, a maior competição entre plan-tas é por luminosidade do que por ou-tros fatores abióticos. Quando uma plan-ta sombreia outra, a competiçãoestabelecida causa diminuição no cres-cimento e desenvolvimento da plantasombreada (Ofori & Stem, 1987).

Verificou-se que os índices UET fo-ram maiores que 1,0 em todos cultivosconsorciados, retratando-se o efeito po-sitivo destas combinações de culturas naprodução de alimentos por unidade deárea (Tabela 4). Esses resultados con-cordam com os verificados por Sudo etal. (1997), Caetano et al. (1999), CecílioFilho & May (2002), Rezende et al.(2005b), Heredia et al. (2003), Souza etal. (2003), Oliveira et al. (2003) e Fran-

ça et al. (2004). De acordo com Gon-çalves (1982), o UET maior do que 1indica relação de cooperação ou com-pensação entre as culturas envolvidas noconsórcio.

Maior índice de uso eficiente da ter-ra foi obtido para o cultivo consorciadode pimentão e alface (Tabela 4), de-monstrando que para a obtenção damesma quantidade de alimento produ-zida em um hectare de consórcio é pre-ciso 164% de incremento na área dosmonocultivos.

Todos os cultivos consorciados de-monstraram ter aumento bastante acen-tuado na eficiência de uso da terra, comincremento que variaram de 92 a 164%,e média de 127,5% em relação aosmonocultivos das hortaliças. Isto de-monstra melhor aproveitamento das cul-turas pelos fatores de produção comoluz, solo, água e nutrientes neste siste-ma de cultivo.

Deve-se destacar que nos cultivosconsorciados entre as culturas de pimen-tão, alface, rúcula e rabanete, há possi-bilidades de se realizar até dois cultivossucessivos de alface, rabanete e rúculana mesma área com a cultura do pimen-tão. Isto se deve à grande diferença exis-tente entre estas culturas quanto à ar-quitetura e ao ciclo.

Esse duplo cultivo de alface, raba-nete e/ou rúcula em consórcio com pi-mentão não é possível de ser realizadonos cultivos consorciados com repolho,no qual, poderá ocorrer intensa compe-tição pelos fatores de produção, princi-palmente por luz, sobre as culturas dealface, rúcula e rabanete. Isto deve-se àgrande cobertura do solo proporciona-da pela parte aérea do repolho a partirde 45 dias após transplantio.

Diante das respostas individuais dashortaliças às associações avaliadas ecom base nos índices de uso eficienteda terra, conclui-se que os consórciosavaliados são sistemas de cultivo ade-quados à olericultura.

AGRADECIMENTOS

À CAPES pela concessão de bolsa deestudo, e ao CNPq pela bolsa de produti-vidade em pesquisa ao segundo autor.

1 Médias na coluna, seguidas de mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Tukey 5%.

Tabela 3. Massa fresca (MF), massa seca (MS) e altura de plantas de rúcula (AP), em fun-ção do cultivo (consórcio e monocultivo). Jaboticabal, UNESP, 2004.

*UET-índice de uso eficiente da terra

Tabela 4. Produtividade e índices de uso eficiente da terra (UET) dos cultivos consorciadosestabelecidos entre as culturas do pimentão, repolho, rúcula, rabanete e alface. Jaboticabal,UNESP, 2004.

BLA. Rezende et al.

Page 6: Feasibility of Intercropping Pepper With Cabbage, Rocket

41Hortic. bras., v. 24, n. 1, jan.-mar. 2006

Viabilidade da consorciação de pimentão com repolho, rúcula, alface e rabanete

LITERATURA CITADA

CAETANO LCS; FERREIRA JM; ARAÚJO ML.1999. Produtividade de cenoura e alface em siste-ma de consorciação. Horticultura Brasileira, 17:143-146.CARDOSO MJ; FREIRE FILHO FR; RIBEIROVQ; FROTA AB; MELO FB. 1993. Densidadesde plantas no consórcio milho x Caupi sob irriga-ção. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 28: 93-99.CATELAN F; CANATO GHD; MARTINSMIEG; CECÍLIO FILHO AB. 2002a. Análise eco-nômica das culturas de alface e rabanete, cultiva-das em monocultivo e consórcio. HorticulturaBrasileira, 20: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Tra-balho apresentado no 42º Congresso Brasileiro deOlericultura, 2002a.CATELAN F; CANATO GHD; MARTINSMIEG; CECÍLIO FILHO AB. 2002b. Análise eco-nômica das culturas de beterraba e rúcula, culti-vadas em monocultivo e consórcio. HorticulturaBrasileira, 20: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Tra-balho apresentado no 42º Congresso Brasileiro deOlericultura, 2002b.CEAGESP. 1998. Programa de Adesão Voluntá-ria, elaborada pelo Ministério da Agricultura eAbastecimento, Secretaria de Agricultura de SãoPaulo para Classificação do Pimentão. São Paulo.CECÍLIO FILHO AB; TAVEIRA MCGS;GRANGEIRO LC. 2003. Productivity of the beetculture in function of time of establishment of theintercropping with roquete. Acta Horticulturae,607: 91-95.CECILIO FILHO AB; MAY A. 2002. Produtivi-dade das culturas de alface e rabanete em funçãoda época de estabelecimento do consorcio, em re-lação aos monocultivos. Horticultura Brasileira,20: 501-504.CERETTA CA. 1986. Sistema de cultivo de man-dioca em fileiras simples e duplas em monocultivoe consorciada com girassol. 122 f. (Tese demestrado)-UFRGS, Porto Alegre.COSTA CC; CECÍLIO FILHO AB;GRANGEIRO LC. 2003a. Produtividade de cul-tivares de alface em função da época de estabele-cimento do consórcio com rúcula, no outono-in-verno de Jaboticabal-SP. Horticultura Brasileira,21: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apre-sentado no 43º Congresso Brasileiro deOlericultura, 2003a.COSTA CC; CECÍLIO FILHO AB;GRANGEIRO LC. 2003b. Produtividade de culti-vares de alface em função da época de estabeleci-mento do consórcio com rúcula, na primavera deJaboticabal-SP. Horticultura Brasileira, 21: 2, Su-plemento 2. CD-ROM. Trabalho apresentado no43º Congresso Brasileiro de Olericultura, 2003b.

FRANÇA TF; LEEUWEN R; CECÍLIO FILHOAB. 2004. Viabilidade produtiva do consórcio dechicória e rúcula em função da época de estabele-cimento do consórcio. Horticultura Brasileira, 22:2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apresenta-do no 44º Congresso Brasileiro de Olericultura,2004.GONÇALVES SR. 1982. Consorciação de cultu-ras – técnicas de análise e estudo da distribuiçãodo LER. 217 f. (Tese de Mestrado), UnB, Brasília.HEREDIA ZNA; VIEIRA MC; WEISMANN M;LOURENÇÃO ALF. 2003. Produção de cebolinhae de salsa em cultivo solteiro e consorciado.Horticultura Brasileira, 21: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apresentado no 43º CongressoBrasileiro de Olericultura, 2003.HORWITH B. 1985. A role for intercropping inmodern agriculture. BioScience, 35: 286-291.NARDIN RR; CATELAN F; CECÍLIO FILHOAB. 2002. Efeito da consorciação sobre as produ-tividades da rúcula e da beterraba estabelecida portransplantio de mudas. Horticultura Brasileira, 20:2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apresenta-do no 42º Congresso Brasileiro de Olericultura,2002.NEGREIROS MZ; BEZERRA NETO F; POR-TO VCN; SANTOS RH. 2002. Cultivares de al-face em sistema solteiro e consorciado com ce-noura em Mossoró. Horticultura Brasileira, 20:162-165.OFORI F; STERN WR. 1987. Cereal-Legumeintercropping systems. Advances in Agronomy, 41:41-90.OLIVEIRA AM; BEZERRA NETO F; NEGREI-ROS MZ; OLIVEIRA EQ. 2003. Indicadoresagroeconômicos de consórcio cenoura e alfacesamericanas em dois sistemas de cultivo em fai-xas. Horticultura Brasileira, 21: 3, Suplemento2. CD-ROM. Trabalho apresentado no 43º Con-gresso Brasileiro de Olericultura, 2003.PORTES TA. 1984. Aspectos ecofisiológico doconsórcio milho x feijão. Informe Agropecuário,10: 30-34.RAIJ B; CANTARELLA H; QUAGGIO JA;FURLANI AMC. 1997. Recomendações de adu-bação e calagem para o Estado de São Paulo.Campinas: IAC, 285 p.REZENDE BLA. 2002a. Produtividade das cul-turas de tomate e alface em função da época deestabelecimento do cultivo consorciado. 32 f. (Tra-balho de graduação), FCAV-UNESP, Jaboticabal.REZENDE BLA; CANATO GHD; CECÍLIO FI-LHO AB. 2002b. Consorciação de alface e raba-nete em diferentes espaçamentos e épocas de es-tabelecimento do consórcio, no inverno.Horticultura Brasileira, 20: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apresentado no 42º CongressoBrasileiro de Olericultura, 2002b.

REZENDE BLA; CANATO GHD; CECÍLIO FI-LHO AB. 2002c. Produtividade das culturas detomate e alface em função da época de estabeleci-mento do consórcio, em relação a seusmonocultivos, no cultivo de inverno. HorticulturaBrasileira, 20: 2, Suplemento 2. CD-ROM. Tra-balho apresentado no 42º Congresso Brasileiro deOlericultura, 2002c.REZENDE BLA; CANATO GHD; CECÍLIO FI-LHO AB. 2003. Productivity of lettuce and radishcultivations as a function of spacing and of timeof establishment of intercropping. ActaHorticulturae, 607: 97-101.REZENDE BLA; COSTA CC; CECÍLIO FILHOAB; FELTRIM AL; LEEUWEN RV; MARTINSMIEG. 2004. Viabilidade econômica do cultivoconsorciado de chicória e rúcula em função daépoca de estabelecimento do consórcio.Horticultura Brasileira, 22:, 2, Suplemento 2. CD-ROM. Trabalho apresentado no 44º CongressoBrasileiro de Olericultura, 2004.REZENDE BLA; CECÍLIO FILHO AB;CANATO GHD; MARTINS MIEG. 2005a Aná-lise econômica de consorciados de alface x toma-te, em cultivo protegido, Jaboticabal-SP. Científi-ca, 33: n. 1, (no prelo).REZENDE BLA; CANATO GHD; CECÍLIO FI-LHO AB. 2005b. Produção das culturas consor-ciadas de tomate e alface em função da época deconsorciação, em duas épocas de cultivo. Ciênciae Agrotecnologia, 29: 77-83.SOUZA JP; SOUZA CG; POLIDORO JC;ABOUD ACS. 2003. Avaliação da cultura de al-face, consorciado com beterraba, em sistema or-gânico. Horticultura Brasileira, 21: 3, Suplemento2. CD-ROM. Trabalho apresentado no 43º Con-gresso Brasileiro de Olericultura, 2003.SUDO A; GUERRA JGM; ALMEIDA DL; RI-BEIRO RLD. 1997. Avaliação do consórcio decenoura com alface em sistema orgânico de pro-dução. Seropédia: EMBRAPA, 6 p.(Communicator Técnico, 17).WILLEY RW. 1979. Intercropping: its importanceand research needs. Part 1. Competition and yieldadvantages. Field Crops Abstract; 32: 1-10.ZAFFARONI E. 1987. Yield stability of sole andintercropping systems in the northeast of Brazil.Pesquisa Agropecuária Brasileira, 22: 393-99.