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EUCATEX LTDA.

REAVALIAÇÃO DE FLORESTA DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO

BOFETE/SP

MARÇO DE 2016

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EQUIPE AVALIADORA DA FAVC

Msc. Bióloga Karen Regina Castelli – Coordenadora Alere Alexandre Bruno Moreno de Carvalho – Coordenador de Simetria Luísa Pereira Marques – Engenheira Florestal - Eucatex

CARACTERIZAÇÕES E MONITORAMENTOS DAS FAVC

Coordenação: Msc. Bióloga Karen Regina Castelli) Avifauna: Msc. Ecólogo Renan Augusto Bonança Mastofauna: Msc. Ecólogo Renan Augusto Bonança Flora: Msc. Bióloga Karen Regina Castelli

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SUMÁRIO

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES ................................................................................... 5

ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................ 6

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 7

1.1 AVC 1 ................................................................................................. 8

1.2 AVC 2 ................................................................................................. 9

1.3 AVC 4 ................................................................................................. 9

2 ÁREA DE ESTUDO ................................................................................... 10

3 AMOSTRAGEM ......................................................................................... 12

3.1 Avifauna .......................................................................................... 12

3.2 Mastofauna ..................................................................................... 13

3.3 Flora - fitossociológico ..................................................................... 13

4 RESULTADOS ........................................................................................... 15

4.1 Localização da propriedade ............................................................. 15

4.1.1 Áreas prioritárias para a conservação.............................................................15

4.1.2 Unidades de Conservação...............................................................................16

4.1.3 Comunidades Quilombolas .............................................................................16

4.1.4 Terras indígenas..............................................................................................17

4.2 Antropização ................................................................................... 18

4.3 Flora ................................................................................................ 19

4.3.1 Fitofisionomias ...............................................................................................19

4.3.2 Bordas .............................................................................................................20

4.3.3 Fitossociologia ................................................................................................21

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4.3.4 Considerações Parciais ...................................................................................24

4.3.5 Espécies de interesse para a monitoramento. ................................................26

4.4 Avifauna .......................................................................................... 27

4.4.1 Espécies de interesse para monitoramento continuado. ...............................37

4.5 Mastofauna ..................................................................................... 39

4.5.1 Espécies de interesse para o monitoramento continuado. ............................41

5 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS ................................................................. 43

5.1 AVC 1 ............................................................................................... 43

5.2 AVC 2 ............................................................................................... 44

5.3 AVC 4 ............................................................................................... 45

6 CONCLUSÕES .......................................................................................... 45

7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................... 46

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Localização, no Estado de São Paulo, do município de Bofete

(Amarelo) onde se localiza a propriedade Sta. Terezinha(Verde) e o perímetro do

fragmento (Azul) ............................................................................................................. 10

Figura 2. Uso da terra da microbacia do Reibeirão Água-Fria - Bofete (Nardini

2013) ............................................................................................................................... 11

Figura 3. Distribuição das Parcelas ...................................................................... 14

Figura 4. Localização da área de estudo quanto à prioridade para conservação.

........................................................................................................................................ 15

Figura 5. Localização da APA Corumbataí em relação ao fragmento ................ 16

Figura 6. Mapa das comunidades Quilombolas no Estado, Em Amarelo destaque

para o município de Bofete. ........................................................................................... 17

Figura 7. Localização das Terras indígenas no estado de São Paulo (em

vermelho), obtido através do site da Funai. No detalhe localização da propriedade e do

fragmento avaliado. ........................................................................................................ 18

Figura 8. Distribuição das famílias no fragmento Santa Terezinha ..................... 23

Figura 9. Classificação das espécies de acordo com o grupo ecológico. ........... 23

Figura 10. Curva coletora das parcelas................................................................ 24

Figura 11. Dendograma do índice de Jaccard de proximidade pelo método de

cluster do tipo vizinho mais próximo elaborado pelo SPSS. ......................................... 25

Figura 12. Índice de diversidade de Shannon nas áreas amostradas. ............... 26

Figura 13. Índice de equabilidade de Pielou nas áreas amostradas. .................. 26

Figura 14. Distribuição das espécies por família. ................................................ 35

Figura 15. Distribuição das espécies por sensibilidade a perturbações. ............. 36

Figura 16. Curva coletora das campanhas .......................................................... 36

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Figura 17. Distribuição das espécies por familia. ................................................. 40

Figura 18. Curva coletora da mastofauna pelas campanhas. ............................. 41

Figura 19. Propriedade localizada na região da Fazenda com a presença de

Euterpe edulis. ................................................................................................................ 43

Figura 20. Distribuição do E. edulis pelo Brasil. Em detalhe distribuição na região

de estudo. ....................................................................................................................... 44

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Mecanismos de classificação de AAVC ................................................. 7

Tabela 2. Localização das parcelas de Flora. ...................................................... 14

Tabela 3. Dados do fragmento Santa Terezinha. ................................................ 15

Tabela 4. Uso do solo no fragmento .................................................................... 19

Tabela 5. Distribuição das espécies encontradas na área .................................. 21

Tabela 6. Espécies alvo para o monitoramento. IE: Espécies com interesse

econômico para exploração. VU - Espécies classificadas como Vulneráveis pela

Resolução SMA 48/2004 ................................................................................................ 27

Tabela 7. Espécies avistadas. Classificação quanto ameaça Global [(Tem World

Conservation Union (IUCN). (IUCN, 2015), Nacional (Portaria MMA 444/2014) e

Classificação estadual Decreto n. 60.133/14. VU- Vulnerável; NT- Quase ameaçado;

EN – Em Perigo. Classificações relevantes (Snst: Sensibilidade - A: Alta; M: Média; B:

Baixa). ............................................................................................................................. 27

Tabela 8. Espécies da mastofauna avistadas. Classificação quanto ameaça

Global [(Tem World Conservation Union (IUCN). (IUCN, 2015), Nacional (Portaria

MMA 444/2014) e Classificação estadual Decreto n. 60.133/14. VU- Vulnerável; NT-

Quase ameaçado; EN – Em Perigo; AM – Ameaçado. ................................................. 39

Tabela 9. Resumo das situações encontradas na área. ...................................... 43

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1 INTRODUÇÃO

Para a classificação e ratificação das FAVC avaliada neste trabalho foi utilizado

como base o padrão FSC-STD-BRA-01-2014 V1.1 PT. Este padrão é harmonizado entre

as certificadoras e passou a vigorar em 28 de julho de 2014, com alteração a respeito

de conversão (P6c10) em junho de 2015. O PROFOREST considera seis Altos Valores de

Conservação (AVC), os quais determinam a presença e a classificação de uma FAVC ou

AAVC

Tabela 1. Mecanismos de classificação de AAVC

Ordem Atributos Critérios para identificação

AAVC1

Áreas contando concentração

significativa de valores relativos a

biodiversidade em nível global, regional

ou nacional (ex: espécies ameaçadas,

refúgios de biodiversidade e endemismo

Áreas estratégicas para a conservação da

biodiversidade

Áreas que contenham concentrações

significantes de espécies ameaçadas de

extinção e raras.

Áreas importantes para a formação de

corredores entre unidades de conservação.

AAVC2

Áreas extensas, em nível de paisagem, de

significância global regional ou nacional,

onde populações viáveis da maioria, ou

de toas as espécies naturais ocorram em

padrões naturais de distribuição e

abundância

Fragmentos com tamanho superior a 400ha,

com vegetação natural em estágio avançado

de sucessão, possibilitando a manutenção e

conservação da biodiversidade.

AAVC 3

Áreas situadas dentro de, ou que

contenham ecossistemas raros,

ameaçados ou em perigo de extinção

Fragmentos de vegetação nativa rara ou

ameaçada em estágio avançado de sucessão.

Espécies da fauna raras e ou ameaçadas de

extinção

AAVC 4 Áreas que fornecem serviços ambientais

básicos em situações críticas

Áreas de importância critica para captação de

água e controle de erosão.

AACV 5

Áreas fundamentais para manter as

necessidades básicas de comunidades

locais

Povos indígenas ou grupos tradicionais

vivendo dentro da área.

Comunidades que dependem exclusivamente

dos recursos florestais para subsistência

AAVC 6 Áreas criticas para a identidade cultural e

tradicional de comunidades locais

Área possui sitio arqueológico, sitio do

patrimônio cultural ou sitio sagrado ou

religioso.

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Para esse trabalho de reavaliação da AAVC Santa Terezinha, foram avaliados os

AVC atribuídos a área no “PLANO DE MANEJO ÁREA DE ALTO VALOR DE

CONSERVAÇÃO”, sendo dessa forma avaliados apenas os: AVC 01, AVC 02 e AVC 04.

1.1 AVC 1

Alta riqueza, diversidade ou singularidade de espécies em uma área

definida, quando comparado com outros locais dentro de uma mesma

região biogeográfica.

Múltiplas populações de espécies endêmicas ou RTE (raras, ameaçadas ou

em perigo - Rare, Threatened or Endagered).

Populações importantes ou uma grande abundância de indivíduos de

espécies endêmicas ou RTE, representando uma proporção global, nacional

ou regional substancial das populações que são necessárias para manter

populações viáveis, seja:

Ao longo do ano (ex.: habitats chave para espécies específicas) ou,

Sazonalmente, incluindo corredores migratórios, locais de

reprodução, abrigo, hibernação ou refúgios de distúrbios.

Pequenas populações individuais de espécies endêmicas ou RTE, em casos

onde a sobrevivência em termos globais, nacionais ou regionais destas

espécies é criticamente dependente da área em questão (tais espécies

estão provavelmente restritas a poucos remanescentes de hábitats e estão

classificadas como EN ou CR na lista vermelha da IUCN). Nestes casos,

frequentemente há um consenso (entre muitas partes interessadas) de que

cada indivíduo sobrevivente é globalmente significativo.

Locais com significativa riqueza de espécies RTE, ou populações (incluindo

concentrações temporárias) de espécies prioritárias próximas de áreas

protegidas importantes ou outros locais prioritários dentro dos mesmos

limites biogeográficos.

Variabilidade genética, subespécies ou variedades de particular

importância.

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1.2 AVC 2

Grandes áreas (poderia ser maior do que 50.000 ha, mas isso não é uma

regra) que estão relativamente distantes de assentamentos humanos,

estradas ou outros acessos. Especialmente se elas estão entre as maiores

áreas em uma determinada região ou país.

Áreas menores que provém funções chave na paisagem, tais como

conectividade ou amortecimento (ex.: zonas de amortecimento de áreas

protegidas, um corredor ligando áreas protegidas ou hábitats de alta

qualidade). Estas áreas menores apenas são consideradas AVC 2 se elas

têm um papel em manter áreas maiores na paisagem mais ampla.

Grandes áreas que são mais naturais e intactas que outras similares e que

provém habitats para predadores de topo de cadeia ou espécies que

exigem grandes áreas.

1.3 AVC 4

Serviços ecossistêmicos, em situações críticas, relacionados a:

A gestão do fluxo de eventos extremos, incluindo vegetação

ripária de ou planícies de inundação intactas.

A manutenção de regimes de fluxo à jusante.

A manutenção das características de qualidade da água.

A proteção e prevenção contra incêndios.

A proteção de solos vulneráveis, aquíferos e pescado.

O fornecimento de água limpa.

A proteção contra ventos, regulação da umidade, precipitação e

outros elementos climáticos.

Os serviços de polinização.

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2 ÁREA DE ESTUDO

A Fazenda Santa Terezinha está localizada no município de Bofete (Figura 1),

distando aproximadamente 10km do centro da cidade. Esse município fica no centro

do Estado de São Paulo, entre as coordenadas 23°3’ 05” de latitude Sul e 48°9’57” de

longitude Oeste.

Figura 1. Localização, no Estado de São Paulo, do município de Bofete (Amarelo) onde se

localiza a propriedade Sta. Terezinha(Verde) e o perímetro do fragmento (Azul)

A região onde se encontra a propriedade situa-se na transição das Cuestas

Arenítico-Basálticas e a Depressão Periférica Paulista. O material de origem é

resultante de arenitos, argilitos, siltitos, basaltos e diabásios sendo comum a

ocorrência de espessos depósitos de intemperismo modernos resultantes do

retrabalhamento daqueles materiais.

A partir da classificação proposta por Veloso et al. (1991) e pelo IBGE (1992), a

região insere-se no bioma Mata Atlântica. A vegetação predominante na região é de

contato/transição entre Floresta Estacional e Savana, ou seja, Mata Atlântica e Cerrado

(Figura 2). Ambas as formações já se encontram bastante alteradas pela ação humana.

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A vegetação predominante na fazenda é de Floresta Estacional Semidecidual, no

entanto no mapa de biomas apresenta uma transição de Floresta Estacional

Semidecidual e Cerrado o que acarreta na escolha das espécies a serem plantadas em

cada local. Essas duas formações diferenciam-se pela quantidade de espécies que

perdem as folhas na época seca. Embora exista essa macro-classificação da vegetação

brasileira, podem ocorrer variações da vegetação que se relacionam principalmente

com as variações do solo, como fertilidade, profundidade e umidade.

A fazenda Santa Terezinha, em consequência o fragmento, está contida na

Microbacia hidrográfica do ribeirão Água Fria. Esta possui uma área muito importante

e representativa do município onde a paisagem sofreu uma nítida transformação em

decorrência da área urbana e da extensa atividade silvicultural e pecuária.

A Bacia do Riberião Água Fria, está situada geograficamente entre as coordenadas,

48°09’30” a 48°18’30” de longitude W 22°58’30” a 23°04’30” da latitude S,

apresentando uma área territorial de 15242,84 hectares. Nardini, 2013 realizou um

estudo do uso da terra na microbacia do Ribeirão Água-Fria, através de imagem do satélite

Landsat 5.

Figura 2. Uso da terra da microbacia do Reibeirão Água-Fria - Bofete (Nardini 2013). Em

vermelho perímetro do Fragmento e em branco Perímetro da Fazenda.

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Na microbacia estudada a silvicultura de Eucalipto (23,84% e as pastagens

(42,07%) representavam aproximadamente 65% (10.046,85 ha) da área total da

microbacia, mostrando assim o domínio da silvicultura e da pecuária na região.

Contudo a área apresenta significante área coberta por vegetação nativa, 4999,32

hectares ou 32,80% de toda a microbacia do Ribeirão Água Fria.

A vegetação natural encontrada na fazenda não se encontra nos dados do

Instituto florestal, isso se deve ao macro zoneamento e nos tamanhos dos fragmentos

analisados pelo estudo.

3 AMOSTRAGEM

3.1 Avifauna

Para a criação de uma lista de espécies da propriedade foram coletados de forma

aleatória registros de aves durante todo o tempo de permanência da equipe na área

de estudo. Foram feitas caminhadas pelos diversos ambientes da área que pudessem

abrigar algum tipo específico de avifauna, dando ênfase aos ambientes florestais,

aquáticos e de cultivo de eucalipto.

As aves registradas durante a coleta de dados qualitativos foram visualizadas com

o auxílio de binóculos Bushnell 12X42 e/ou fotografadas. Algumas vocalizações foram

registradas em gravador Panassonic RR-US550.

A técnica do "play-back” utilizada com responsabilidade, ajuda a maximizar a

eficiência do levantamento das aves. Esta técnica consiste em gravar e reproduzir de

imediato a vocalização de determinada ave, que ao ouvir seu próprio canto, será

induzida a se aproximar, permitindo uma visualização clara e uma identificação mais

segura.

A combinação destes dois métodos de contatos (visual e auditivo) procurou

amostrar todos os ambientes da área de estudo e, desta maneira, produzir uma lista

fidedigna da avifauna da área em questão.

Para a complementação da lista, também poderão ser utilizados dados de

entrevistas com funcionários e do carômetro. O carômetro consiste em planilha com

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fotos de espécies mais comuns na região, onde os funcionários que transitam pela

propriedade, podem registrar o local e a espécie encontrada.

3.2 Mastofauna

No estudo dos mamíferos foram utilizadas duas metodologias específicas:

armadilhas fotográficas e busca ativa.

O método de armadilhas fotográficas consta na instalação de cinco câmeras

(Bushnell) distribuídas por vários pontos da fazendo. Para a confecção da lista

qualitativa de espécies, nesta primeira etapa as câmeras foram instaladas

assitematicamente pela propriedade, procurando cobrir todos os tipos de ambientes.

Elas permaneceram cerca de dias em cada local, após este período as fotos obtidas

serão recolhidas pela equipe de campo e se iniciará uma nova coleta, mas agora com

as câmeras sendo iscadas com frutas e mortadela, para testar uma maior atração dos

animais.

O terceiro método é o de busca ativa, e consiste em caminhadas pela fazenda em

busca de registros diretos ou indiretos. Os registros diretos serão obtidos por meio das

eventuais observações e vocalizações. Já os registros indiretos, consistem na busca de

vestígios, como: pegadas impressas no solo, fezes e/ou tocas. A identificação das

espécies e de seus vestígios será realizada com o auxílio de bibliografias especializadas,

como Becker e Dalponte (1999), Carvalho e Luz (2008) e IAP (2008).

3.3 Flora - fitossociológico

Para o levantamento florístico e fitossociológico dos fragmentos constou de

alocação de uma parcela de 10 X 30 metros (300 m2), seguindo pontos pré-

estabelecidos, de forma a amostrar 01 ponto a cada 250ha de área do fragmento.

Foram instaladas 03 parcelas em cada ponto de monitoramento, conforme Figura 3

e Tabela 2

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Tabela 2. Localização das parcelas de Flora.

Parcela Coordenadas

Fuso X Y

01 22K 786.021 7.448.494

02 22K 789.114 7.448.578

03 22K 726.399 7.450.181

Figura 3. Distribuição das Parcelas

Foram amostrados todos os indivíduos com circunferência à altura do peito (CAP)

maior ou igual a 15 centímetros.

As amostras provenientes de coletas de plantas não identificadas em campo foram

coletadas e identificadas de acordo com literatura especializada.

Com a tabulação de dados foram realizadas análises dos itens a seguir, de acordo

com MUELLER-DOMBOIS e ELLENBERG (1974); MARTINS (1993), através do programa

computacional Mata Nativa versão 3.0 e SPSS.: Densidade, Frequência, Dominância e

Valor de Importância.

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4 RESULTADOS

Tabela 3. Dados do fragmento Santa Terezinha.

Município Área do Município (ha)*

Área de Vegetação nativa de Mata Atlântica (VN)

(ha)*

Decremento (2012-2013) (ha)*

Área do fragmento (ha)

% Fragmento/

VN

Bofete 65.355 4.548 - 603,59 13,27%

* Dados obtidos do documento Estatísticas dos Remanescentes florestais 2012-

2013. SOS Mata Atlântica.

4.1 Localização da propriedade

4.1.1 Áreas prioritárias para a conservação

Uma vez que o maior impacto à Mata Atlântica se deve pela fragmentação a gleba

foi também avaliada, quanto sua localização próxima ou em áreas prioritárias para

Conservação, estabelecida por pelo Ministério do Meio Ambiente com base nos

princípios de planejamento sistemático para conservação e seus critérios básicos

(representatividade, persistência e vulnerabilidade dos ambientes), e prioriza o

processo participativo de negociação e formação de consenso).

Dessa forma conforme MAPA disponibilizado pelo MMA (Brasil, 2015) a fragmento

Santa Terezinha não está inserida em áreas com alto grau de prioridade para

conservação (Figura 4).

Figura 4. Localização da área de estudo quanto à prioridade para conservação.

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16 de 47

4.1.2 Unidades de Conservação

Quanto a proximidade ou a incidência de unidades de conservação no fragmento,

sendo verificada a presença de um APA (Área de Proteção Ambiental, Corumbataí

Tejupá, perímetro Botucatu), a qual não incide no fragmento, mas encontra-se na

região da área de estudo.

As APA (Áreas de Proteção Ambiental) são uma categoria de unidade de

conservação de uso sustentável, a APA permite a ocupação humana, de forma que

essas unidades de conservação podem abranger um município inteiro. Estas unidades

existem para conciliar a ordenada ocupação humana da área e o uso sustentável dos

seus recursos naturais.

Figura 5. Localização da APA Corumbataí em relação ao fragmento

4.1.3 Comunidades Quilombolas

Sabendo da importância da preservação das comunidades quilombolas e da sua

possível influência nas áreas de alvo valor de Conservação verificou-se através do

mapa das comunidades quilombolas do estado de São Paulo (Itesp, 2003) a influência

dessas comunidades na área de estudo. Dessa forma conforme Figura 6 a comunidade

mais próxima, localizada no município de Capivari, dista mais de 70Km da área do

estudo.

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Figura 6. Mapa das comunidades Quilombolas no Estado, Em Amarelo destaque para o

município de Bofete.

4.1.4 Terras indígenas

Da mesma forma pela importância da preservação das terras indígenas e da sua

possível influência nas áreas de alvo valor de Conservação verificou-se através do

mapa da Funai a localização das terras indígenas no estado de São Paulo conforme

Figura 7 não há nas proximidades nenhuma área classificada nessa categoria.

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Figura 7. Localização das Terras indígenas no estado de São Paulo (em vermelho), obtido

através do site da Funai. No detalhe localização da propriedade e do fragmento avaliado.

4.2 Antropização

Outro fator importante de degradação na área é a presença no entorno de áreas

bastante antropizadas com alta incidência de animais domésticos na região de estudo,

fator que mais uma vez dificulta a regeneração da área e afasta fauna nativa. Apesar

de constantes trabalhos de recuperação de cercamento na tentativa de afastar esses

fatores em períodos de seca a área ainda é invadida por gado a procura de pastagens.

Além dos fatores externos à unidade florestal, outros fatores internos

comprometem a manutenção do fragmento, visto que o principal ponto de coleta de

água para utilização da fazenda está localizado nessa área, promovendo a passagem

de veículos diariamente para a coleta de água no fragmento, fato que desestimula a

presença da fauna nessa área. Ainda do ponto de vista da manutenção da fauna no

fragmento a área é vizinha ao viveiro de produção de mudas da empresa o que

também promove alta antropização do local e além de espantar a fauna dificulta a

evolução do fragmento para estágios sucessionais mais avançados.

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Há ainda aproximadamente 100ha com presença de vegetação exótica associada

ou não com vegetação nativa, demonstrando mais uma vez a forte presença antrópica

no fragmento de estudo.

4.3 Flora

4.3.1 Fitofisionomias

A vegetação natural da do fragmento na Fazenda Santa Terezinha encontra-se em

sua maioria as margens dos córregos, corpos d’água e vales classificados como

florestas Estacionais Semideciduais, no levantamento realizado todos os fragmentos

naturais que sofreram pouco ou nenhuma influência antrópica e que permaneceram

inalterados quanto a dinâmica florestal foram classificados quanto ao seu estágio de

regeneração visto que poucos remanescente florestais do estado de São Paulo não

foram influenciado de alguma forma por ações humanas ao longo dos séculos. As

outras porções de floresta nativa ocorrentes na área foram classificadas como área

abandonadas, isso se deve por essas áreas terem sido usadas num passado próximo

ocorrendo uma quebra na dinâmica florestal natural durante esse período.

Na fazenda essas florestas apresentam três fisionomias distintas: 1) mata de

encosta ou de interflúvio 2) mata ciliar e 3) mata de brejo ou paludosa. Essa

diferenciação de fitofisionomias deve-se ao gradiente de umidade do solo, que

aumenta da mata de encosta para a mata paludosa. Essas fisionomias possuem

comunidades ecológicas bem definidas, cada qual com suas particularidades

ecológicas, o que reflete, por conseguinte, na diferenciação da composição florística e

estrutural.

Tabela 4. Uso do solo no fragmento

Uso do solo Área ha % fragmento

% VN município

Área ha

% fragmento

% VN município

Outros usos

Área abandonada para regeneração natural 43,94 7,28% 0,97%

258,87 42,89% 5,69%

Área abandonada para regeneração natural com presença de eucalipto 50,48 8,36% 1,11%

Bambuzal 0,73 0,12% 0,02%

Campos úmidos assoreados sem ou com baixa regeneração natural 47,11 7,81% 1,04%

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Uso do solo Área ha % fragmento

% VN município

Área ha

% fragmento

% VN município

Carreador 13,17 2,18% 0,29%

Eucalipto abandonado com regeneração nativa no sub-bosque 94,79 15,71% 2,08%

Eucalipto morto em pé 5,17 0,86% 0,11%

Lagos e lagoas naturais 1,36 0,23% 0,03%

Reflorestamento com espécies nativas com baixa diversidade e baixa densidade 0,1 0,02% 0,00%

Represas 0,53 0,09% 0,01%

Solo exposto ou decapeado 0,21 0,03% 0,00%

Viveiro Florestal 0,34 0,06% 0,01%

Voçoroca 0,94 0,16% 0,02%

Áreas florestais

Floresta Estacional Semidecidual em estágio avançado de regeneração 201,59 33,40% 4,43%

344,63 57,11% 7,58%

Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de conservação 31,78 5,27% 0,70%

Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de conservação 72,79 12,06% 1,60%

Floresta Paludícola (Mata de Brejo) 23,86 3,95% 0,52%

Transição de Cerradão para Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração 5,38 0,89% 0,12%

Transição de Cerradão para Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração 9,23 1,53% 0,20%

Total 603,5 100,00 13,27%

4.3.2 Bordas

A forma do fragmento é um fator muito importante para sua estruturação,

fragmentos mais arredondados possuem área de borda menor o que promove uma

melhor sustentação das espécies mais sensíveis da fauna e da flora, para analisar o

índice de Circularidade (IC) ou índice de borda, o qual é uma equação de relação entre

área e perímetro 𝐼𝐶 =2𝜋√

𝐴

𝜋

𝑃, quanto mais perto de IC=1 o resultado menor é o índice

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de borda do fragmento. O valor obtido para a área de estudo foi de IC=0,015

mostrando que o fragmento é bastante alongado sendo muito atingido pelos efeitos

de borda o que prejudica sua ascensão a estágios sucessionais mais avançados.

4.3.3 Fitossociologia

Foram encontrados 116 indivíduos de 30 Espécies e 19 famílias, a família mais

presente foi a das Meliaceae com 27 indivíduos, porém de apenas uma espécie a

Figura 8 e Tabela 5 demostram essa distribuição.

Tabela 5. Distribuição das espécies encontradas na área

Taxón Parcela

Total Ameaça

01 02 03 SP BR GL

Anacardiaceae 1 2

3

Tapirira guianensis Aubl. 1 2

3

Annonaceae 1

1

Guatteria australis A.St.-Hil. 1

1

Apocynaceae

1 1

Tabernaemontana catharinensis A.DC.

1 1

Arecaceae 3

1 4

Euterpe edulis Mart. 3

3 VU

Syagrus romanzuffiana (Cham.) Glassman

1 1

Asteraceae

11 11

Gochnatia polymorpha Less

10 10

Vernonia diffusa less

1 1

Burseraceae 9

9

Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 9

9

Euphorbiaceae 7 2

9

Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. 1 2

3

Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. 1

1

Croton floribundus Spreng. 5

5

Fabaceae 1 3

4

Andira fraxinifolia Benth. 1

1

Copaifera langsdorffii Desf.

2

2

Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld

1

1

Lacistemataceae 1

1

Lacistema hasslerianum Chodat 1

1

Lauraceae 1 3

4

Nectandra oppositifolia Nees 1

1

Ocotea velutina (Nees) Rohwer

3

3

Meliaceae 1 26

27

Trichilia pallida Sw. 1 26

27

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Taxón Parcela

Total Ameaça

01 02 03 SP BR GL

Myrtaceae 3 2

5

Eugenia florida DC.

2

2

Myrceugenia sp. 2

2

Myrcia hebepetala DC. 1

1

Peraceae

1

1

Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.

1

1

Piperaceae 2 3

5

Piper arboreum Aubl. 2 3

5

Salicaceae 1 11

12

Casearia sylvestris Sw. 1 11

12

Sapindaceae 1 2

3

Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. 1

1

Cupania vernalis Cambess.

2

2

Sapotaceae

1

1

Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl.

1

1

Siparunaceae 9

2 11

Siparuna guianensis Aubl. 9

2 11

Thymelaeaceae 1

1

Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling 1

1

3

3

Sem Identificação (Morta)

3

3

Total Geral 42 59 15 116

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Figura 8. Distribuição das famílias no fragmento Santa Terezinha

De acordo com a classificação de GANDOLFI, 35% dos indivíduos amostrados se

enquadram na categoria P - Pioneira, 56% na categoria SI - Secundária Inicial, 5% na

categoria ST – Secundária Tardia e 04% na categoria C - Clímax.

Figura 9. Classificação das espécies de acordo com o grupo ecológico.

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A vegetação existente possui um baixo grau de regeneração uma vez que há

poucas espécies dos estágios mais avançados de regeneração, não sendo encontrada

nenhuma espécie Clímax, nas parcelas.

De acordo com a implantação das parcelas em campo e, estabelecimento das

principais famílias e espécies vegetais, foi prospectado a Figura 10, indicando a

representatividade amostral do trabalho.

Figura 10. Curva coletora das parcelas

A Curva do Coletor estabelecida para identificar a representatividade amostral

ainda apresenta crescimento exponencial, não atinge sua fase de equilíbrio, com o

aparecimento de espécies novas nas últimas parcelas. De acordo com a prospecção da

curva, deve ocorrer um acréscimo significativo de espécies a partir das próximas

parcelas. Isso ocorre em virtude do estágio de regeneração da vegetação avaliada, a

qual passa por transição avançado da área.

4.3.4 Considerações Parciais

Foram encontrados 116 indivíduos de 30 Espécies e 19 famílias, apenas uma

espécie com algum grau de ameaça Euterpe Edulis (Palmito-juçara) o qual é

considerado como vulnerável pela Resolução SMA Assim como no trabalho de

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Paula,2006, realizado na Reserva Biológica de Sooretama, onde o autor também

observou a Fabaceae como a família mais presente

Aplicando o teste de Jaccard, conforme Figura 11 pelo método do vizinho mais

próximo verificou-se que a maior proximidade estatística (0,5) está entre parcelas 01 e

02 a menor similaridade com a parcela 03, isso se deve ao fato da parcela 03 estar

localizada em uma área com características marcantes de vegetação do bioma

Cerrado, diferente das outras parcelas.

Figura 11. Dendograma do índice de Jaccard de proximidade pelo método de cluster do

tipo vizinho mais próximo elaborado pelo SPSS.

Em análise para a diversidade de Shannon (H’) (Figura 12), índice que avalia a

diversidade de espécies, parcela 01 apresentou o maior valor (H’= 2,46), seguido de

H’=1,73, na parcela 02 e H’=1,081 na parcela 03 (Figura 12)

Em relação ao índice de Pielou (J’) que avalia a abundância da espécie (varia de 0-1)

a parcela01 apresentou o maior valor demonstrando que há abundância de espécies

(Figura 13).

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Figura 12. Índice de diversidade de Shannon nas áreas amostradas.

Figura 13. Índice de equabilidade de Pielou nas áreas amostradas.

4.3.5 Espécies de interesse para a monitoramento.

A determinação das espécies alvo da flora levou em consideração dois principais

fatores, sendo o primeiro caracterizado pelas espécies em vulnerabilidade, de acordo

com a classificação disposta Portaria IBAMA 48/2004 e o risco de extração ilegal de

espécies florestais de interesse comercial.

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Tabela 6. Espécies alvo para o monitoramento. IE: Espécies com interesse econômico para

exploração. VU - Espécies classificadas como Vulneráveis pela Resolução SMA 48/2004

Espécie Importância Parcela 01 Parcela 02 Parcela 03

Copaifera langsdorffii Desf. IE 0 2 0

Euterpe edulis Mart. VU 3 0 0

Total Geral 3 2 0

4.4 Avifauna

As atividades referentes ao diagnóstico de avifauna foram realizadas em Março/13,

Agosto/13, Dezembro/13, Março/14, junho/14, Setembro/14, Dezembro/14,

Março/15, Junho/15, Setembro/15 e Dezembro/15 identificaram-se um total de 129

espécies distribuídas em 41 famílias.

A Tabela 7 apresenta a relação de espécies registradas nos sítios amostrados, sua

classificação taxonômica, nomenclatura popular e grau de ameaça nacional e global.

Foi encontrada uma espécie classificada como Quase Ameaçada (NT) pela lista

global de espécies ameaçadas de extinção, Malacoptila striata (Barbudo-rajado) e uma

espécie classificada Quase Ameaçada (NT) na lista estadual de espécies ameaçadas de

extinção (Decreto n. 60.133/14) Penelope superciliaris (Jacupemba).

Tabela 7. Espécies avistadas. Classificação quanto ameaça Global [(Tem World

Conservation Union (IUCN). (IUCN, 2015), Nacional (Portaria MMA 444/2014) e Classificação estadual Decreto n. 60.133/14. VU- Vulnerável; NT- Quase ameaçado; EN – Em Perigo.

Classificações relevantes (Snst: Sensibilidade - A: Alta; M: Média; B: Baixa).

Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

ACCIPITRIDAE

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco

B

Ictinia plumbea sovi B

Rupornis magnirostris gavião-carijó M

ARDEIDAE

Syrigma sibilatrix maria-faceira M

BUCCONIDAE

Malacoptila striata barbudo-rajado M NT

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Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

CAPRIMULGIDAE

Hydropsalis albicollis bacurau B

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura B

CARDINALIDAE

Habia rubica tiê-do-mato-grosso B

CARIAMIDAE

Cariama cristata seriema B

CATHARTIDAE

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha

B

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-

preta

B

CHARADRIIDAE

Vanellus chilensis quero-quero B

COLUMBIDAE

Columbina squammata fogo-apagou B

Columbina talpacoti rolinha-roxa B

Leptotila verreauxi juriti-pupu B

Patagioenas picazuro pombão M

Zenaida auriculata pomba-de-bando B

CONOPOPHAGIDAE

Conopophaga lineata chupa-dente M

CORVIDAE

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo M

CRACIDAE

Penelope superciliaris jacupemba M NT

CUCULIDAE

Crotophaga ani anu-preto B

Guira guira anu-branco B

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Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

Piaya cayana alma-de-gato B

Tapera naevia saci B

DENDROCOLAPTIDAE

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde A

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado M

FALCONIDAE

Caracara plancus caracará B

Milvago chimachima carrapateiro B

FRINGILLIDAE

Euphonia chlorotica fim-fim B

FURNARIIDAE

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco

M

Furnarius rufus joão-de-barro M

Lochmias nematura joão-porca B

Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-

brejo

M

Synallaxis frontalis petrim B

Synallaxis ruficapilla pichororé B

Synallaxis spixi joão-teneném M

HIRUNDINIDAE

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande

B

Progne tapera andorinha-do-

campo

B

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-

pequena-de-casa

B

ICTERIDAE

Molothrus bonariensis vira-bosta B

Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo B

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Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

MIMIDAE

Mimus saturninus sabiá-do-campo B

PARULIDAE

Basileuterus culicivorus pula-pula M

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra M

Myiothlypis flaveola canário-do-mato B

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-

assobiador

M

Setophaga pitiayumi mariquita M

PASSERELLIDAE

Zonotrichia capensis tico-tico B

PASSERIDAE

Passer domesticus pardal B

PICIDAE

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela

B

Colaptes campestris pica-pau-do-campo B

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-

barrado

B

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-

branca

M

Melanerpes candidus pica-pau-branco B

Picumnus sp. pica-pau-anão B

Veniliornis passerinus picapauzinho-anão B

PIPRIDAE

Chiroxiphia caudata tangará B

Manacus manacus rendeira B

PLATYRINCHIDAE

Platyrinchus mystaceus patinho M

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Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

PSITTACIDAE

Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo

M

Forpus xanthopterygius tuim B

Pionus maximiliani maitaca-verde M

Psittacara leucophthalmus periquitão-

maracanã

M

RALLIDAE

Laterallus melanophaius sanã-parda B

RAMPHASTIDAE

Ramphastos toco tucanuçu M

RHYNCHOCYCLIDAE

Corythopis delalandi estalador M

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo M

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio B

Todirostrum poliocephalum teque-teque B

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-

orelha-preta

B

THAMNOPHILIDAE

Herpsilochmus rufimarginatus

chorozinho-de-asa-vermelha

M

Mackenziaena leachii borralhara-

assobiadora

M

Mackenziaena severa borralhara B

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata M

THRAUPIDAE

Coereba flaveola cambacica B

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-

castanho

B

Dacnis cayana saí-azul B

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32 de 47

Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

Lanio cucullatus tico-tico-rei B

Lanio melanops tiê-de-topete B

Pipraeidea melanonota saíra-viúva B

Ramphocelus carbo pipira-vermelha B

Saltator similis trinca-ferro-

verdadeiro

B

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo B

Sporophila caerulescens coleirinho M

Sporophila lineola bigodinho B

Tachyphonus coronatus tiê-preto B

Tangara cayana saíra-amarela B

Tangara palmarum sanhaçu-do-

coqueiro

B

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento M

Tersina viridis saí-andorinha B

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro B

Volatinia jacarina tiziu B

THRESKIORNITHIDAE

Mesembrinibis cayennensis coró-coró M

TINAMIDAE

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu B

Crypturellus parvirostris inhambu-chororó B

Crypturellus sp. inhambu B

Crypturellus sp. inhambu bico

amarelo

B

TITYRIDAE

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto

M

TROCHILIDAE

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Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul

M

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-

vermelho

B

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura M

Florisuga fusca beija-flor-preto M

Hylocharis chrysura beija-flor-dourado B

Phaethornis pretrei rabo-branco-

acanelado

B

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-

violeta

B

TROGLODYTIDAE

Troglodytes musculus corruíra B

TROGONIDAE

Trogon surrucura surucuá-variado M

TURDIDAE

Turdus amaurochalinus sabiá-poca B

Turdus leucomelas sabiá-barranco B

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira B

Turdus subalaris sabiá-ferreiro B

TYRANNIDAE

Camptostoma obsoletum risadinha B

Colonia colonus viuvinha B

Elaenia flavogaster guaracava-de-

barriga-amarela

B

Empidonomus varius peitica M

Gubernetes yetapa tesoura-do-brejo B

Lathrotriccus euleri enferrujado B

Megarynchus pitangua neinei B

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Taxón Nome Popular Stotz Ameaça

SP BR GL

Myiarchus ferox maria-cavaleira B

Myiarchus sp. maria-cavaleira B

Myiarchus swainsoni irré B

Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-

rabo-enferrujado

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado B

Myiophobus fasciatus filipe B

Myiozetetes similis bentevizinho-de-

penacho-vermelho

B

Pitangus sulphuratus bem-te-vi M

Tyrannus melancholicus suiriri B

Xolmis velatus noivinha-branca M

VIREONIDAE

Cyclarhis gujanensis pitiguari B

Vireo chivi juruviara B

A família com o maior número de espécies foi a família Thraupidae com 18

espécies, seguida da família Tyranidae, com 17 espécies (Figura 14).

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Figura 14. Distribuição das espécies por família.

No que tange a sensibilidade antrópica à perturbação, pode-se observar que a

grande maioria dos indivíduos tem baixa sensibilidade à perturbação antrópica (Figura

15), mostrando que tal fragmento não apresenta altas características primarias, não

sendo suporte para espécies com alta sensibilidade.

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Figura 15. Distribuição das espécies por sensibilidade a perturbações.

De acordo com o estabelecimento das principais famílias e espécies vegetais, foi

prospectado a Figura 16, indicando a representatividade amostral do trabalho.

Figura 16. Curva coletora das campanhas

A Curva do Coletor estabelecida para identificar a representatividade amostral

ainda apresenta crescimento apesar de estar próxima de atingir a estabilidade.

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4.4.1 Espécies de interesse para monitoramento continuado.

Apesar da forte descaracterização do ambiente em termos de paisagem, foi

relevante o número espécies ameaçadas registradas de acordo com International

Union for the Conservation of Nature (IUCN, 2015), Lista de espécies da flora e da

fauna ameaçadas no Estado do Espírito Santo (ESPÍRITO SANTO, 2005) e Portaria MMA

444/2014 (MMA, 2014).

Classificou-se como espécies de interesse para monitoramento além das espécies

com algum nível de ameaça, estadual, nacional ou global as espécies classificadas com

alta sensibilidade a perturbações antrópicas (STOTZ, 1996).

Segue descrição das espécies registradas:

Xiphorhynchus fuscus (Arapaçu-rajado)

Classificada como ALTA sensibilidade a

perturbações antrópicas (STOTZ, 1996).

Mede 17 cm de comprimento. Possui a

parte superior do corpo marrom, cauda

marrom avermelhada, e a lateral da cabeça

tem coloração creme. Nessa espécie de

arapaçu há manchas em forma de gota (pintalgadas) no peito e cabeça. Alimenta-se

de artrópodes em geral: lacraias, centopéias, moscas, aranhas, e até escorpiões.

Utiliza o bico como uma pinça, arrancando lascas de liquens e cascas das árvores

buscando artrópodes escondidos. Essa técnica de alimentação é chamada “espaçar”.

Faz o ninho em troncos ocos de árvores em estado adiantado de decomposição, ou

utiliza ocos de pica-paus. O casal pode se revezar no cuidado dos filhotes. Ocupa o

sub-bosque denso de matas primárias ou secundárias tardias com mais de 20-30 anos

e muitas vezes relacionadas a pequenos fios de água. Está havendo um declínio

populacional e extinção local em florestas alteradas devido à perda de locais

adequados para construção de seus ninhos. Esta espécie não habita áreas abertas,

matas muito degradadas ou em estágio secundário inicial, e, apesar de não ser uma

Foto obtida da internet: Cristiano Voitina

www.avescatarinenses.com.br

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ave globalmente ameaçada, é considerada como possuindo sensibilidade Alta à

alteração de habitat. (SIGRIST, 2009; SICK, 1997).

Penelope superciliaris (jacupemba)

Classificada como Quase Ameaçada (NT) pelo

Decreto Estadual 60.133/14.

Apesar de amplamente distribuída e comum

na maior parte da sua área de distribuição é

um dos poucos frugivoros de solo que ainda

sobrevivem em pequenos remanescentes

florestais, desempenhando um importante

papel na dispersão de sementes. Possui porte médio e ocorre do sul dos rios

Amazonas e Madeira, pelo Brasil central, nordeste do Brasil merídio-oriental, até o

leste do Paraguai e Argentina.

Habia rubica (tiê-do-mato-grosso)

Classificada como ALTA sensibilidade a

perturbações antrópicas (STOTZ, 1996).

Apresenta plumagem vermelho-apagada,

com exceção do píleo que é escarlate

reluzente, enquanto a fêmea é parda

(RIDEGLY & TUDOR 1989, SICK 1997).

Habita o interior de florestas, normalmente em pares ou em bandos mistos (SICK

1997). Alimenta-se de pequenos frutos e, preferencialmente, de insetos. Emite gritos

para advertir os inimigos sendo, por isso, considerada espécie nuclear, atuando como

sentinela e, dessa forma, contribuindo na formação e na manutenção da coesão de

bandos mistos (DEVELEY 2001).

Foto de campo: Renan Bonança

Foto obtida da internet: Red-crowned Ant-

Tanager (Habia rubica) photo. Tié do mato

grosso.

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4.5 Mastofauna

As atividades referentes ao diagnóstico de avifauna foram realizadas em Março/13,

Agosto/13, Dezembro/13, Março/14, junho/14, Setembro/14, Dezembro/14,

Março/15, Junho/15, Setembro/15 e Dezembro/15 identificaram-se um total de 30

espécies distribuídas em 18 famílias, conforme Tabela 8.

Durante as atividades referentes ao diagnóstico da mastofauna no sítio amostrado,

identificaram-se no total 22 espécies distribuídas em 14 famílias.

Tabela 8. Espécies da mastofauna avistadas. Classificação quanto ameaça Global [(Tem

World Conservation Union (IUCN). (IUCN, 2015), Nacional (Portaria MMA 444/2014) e

Classificação estadual Decreto n. 60.133/14. VU- Vulnerável; NT- Quase ameaçado; EN – Em

Perigo; AM – Ameaçado.

Taxón Nome Popular Ameaça

SP BR GL

CANIDAE

Cerdocyon thous Cachorro-do-mato

CAVIIDAE

Hydrochoerus hydrochaeris Capivara

CEBIDAE

Sapajus nigritus Macaco-prego NT

CERVIDAE

Mazama americana Veado-Mateiro AM

Mazama gouazoubira Veado-Catingueiro

Pecari tajacu Cateto-catitu AM

CUNICULIDAE

Cuniculus paca Paca NT

DASYPODIDAE

Cabassous sp. Tatu-de-rabo-mole

Dasypus novemcinctus Tatu-galinha

DIDELPHIDAE

Didelphis albiventris Gambá-de-orelha-branca

Didelphis aurita Gambá-de-orelha-preta

FELIDAE

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Taxón Nome Popular Ameaça

SP BR GL

Leopardus pardalis Jaguatirica AM

Puma concolor Onça-parda AM VU

LEPORIDAE

Lepus europaeus* Lebre-européia

MICOUREUS

Micoureus sp. Cuíca

MUSTELIDAE

Eira barbara Irara

Lontra longicaudis Lontra NT

MYRMECOPHAGIDAE

Myrmecophaga tridactyla Tamanduá-bandeira NT VU VU

Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim

PROCYONIDAE

Nasua nasua Quati

Procyon cancrivorus Mão-pelada

SCIURIDAE

Guerlinguetus ingrami Caxinguelê

* Espécies exóticas A família com maior número de espécies registradas é a Familia Cervidae com 03

espécies.

Figura 17. Distribuição das espécies por familia.

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De acordo com a implantação das parcelas em campo e, estabelecimento das

principais famílias e espécies vegetais, foi prospectado a Figura 18, indicando a

representatividade amostral do trabalho.

Figura 18. Curva coletora da mastofauna pelas campanhas.

A Curva do Coletor estabelecida para identificar a representatividade amostral a

qual apresenta uma estabilização desde a Campanha 09, poucos espécimes serão

inseridos após as próximas campanhas mostrando que se atingiu a suficiência amostra.

4.5.1 Espécies de interesse para o monitoramento continuado.

Apesar da forte descaracterização do ambiente em termos de paisagem, foi

verificada uma espécie registrada com algum grau de ameaça de acordo com

International Union for the Conservation of Nature (IUCN, 2015) e Portaria MMA

444/2014 (MMA, 2014).

Classificaram-se como espécies de interesse para monitoramento as espécies com

algum nível de ameaça, estadual, nacional ou global, as quais também representam

importantes espécies para a manutenção da teia trófica da área (espécies-guarda-

chuva).

68

10

1517

19 19 1921

22 22

0

5

10

15

20

25

nº de espécies Já Registradas nº de espécies novas Acumulado

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Leopardus pardalis (Jaguatirica)

Status de ameaça: Estadual (SP): Ameaçado.

No Brasil ocorre em todas as regiões, com

exceção do sul do Rio Grande do Sul.

Habitam principalmente florestas tropicais e

subtropicais. Alimenta-se de mamíferos

pequenos e médios, como roedores, macacos, morcegos e outros. Come também

lagartos, cobras e ovos de tartarugas. Caça aves, e alguns são bons pescadores. Assim

como outros felinos está ameaçada devido a fragmentaçã florestal.

Myrmecophaga tridactyla (Tamanduá-

bandeira)

Status de ameaça: Estadual (SP): Quase

ameaçado, Brasileira: Vulnerável.

Distribui-se desde Belize e Guatemala até o

sul da América do Sul (WETZEL, 1985),

evitando as alturas dos Andes (PARERA, 2002). No Brasil, estava presente

originalmente em todo o território (MIRANDA, 2004). Ocorre com mais freqüência em

áreas de campos e cerrados, porém sua presença também é registrada em ambientes

de florestas (CHEBEZ, 1994; PARERA, 2002; BRAGA, 2004), dos quais são dependentes

devido à limitada habilidade termo regulatória (RODRIGUES et al., 2008). A visão e a

audição são reduzidas (DRUMOND, 1994), enquanto a percepção olfativa é

desenvolvida (NOWAK e PARADISO, 1983). Não possuem dimorfismo sexual evidente,

embora as fêmeas sejam menos corpulentas e apresentem peso menor do que os

machos (MIRANDA, 2004).

Foto Obtida da internet: João Carlos Medau

Licenciado sob CC BY 2.0, via Wikimedia

Commons

Imagem de Câmera Trap

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5 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS

Tabela 9. Resumo das situações encontradas na área.

Área % Município Avifauna Mastotauna Flora

Total Florestal Total Florestal Total Ameaçada Total Ameaçada Total Ameaçada

603,50 344,63 13,27% 7,58% 129 02 22 08 30 01

5.1 AVC 1

Apesar da propriedade abrigar uma grande população de Euterpe Edulis, espécie

classificada como Vulnerável, estadualmente, foram encontradas no entorno da

propriedade, diversos locais com populações similares da espécie (Figura 19)

demonstrando que não há um endemismo local da espécie no fragmento Santa

Terezinha.

Segundo o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNFLORA) a distribuição de

E.edulis em diversas regiões do interior do estado (Figura 20).

Figura 19. Propriedade localizada na região da Fazenda com a presença de Euterpe edulis.

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Figura 20. Distribuição do E. edulis pelo Brasil. Em detalhe distribuição na região de estudo.

5.2 AVC 2

Apesar da área total do fragmento ser de 603,50ha, a área efetivamente florestada

é de 344,63ha o que não representa uma área de importância regional. A propriedade

também não está inserida em Áreas prioritárias para a conservação e também não

incide em Unidades de Conservação (Figura 4 e Figura 5), o local apresenta-se ainda

bastante antropizado e com baixo índice de circularidade o que dificulta a ascensão da

vegetação e prejudica o desenvolvimento da área.

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5.3 AVC 4

A voçoroca existente na propriedade não é uma formação natural que mantém

serviços ecossistêmicos locais, a mesma está a muito tempo estabilizada não

cumprindo funções para a manutenção da qualidade da água ou para proteção de

solos e aquíferos.

6 CONCLUSÕES

Não incide sobre a área de estudo nenhuma Unidade de Conservação, a APA de

Corumbataí que está nas proximidades do fragmento não se trata de uma unidade de

uso restrito, não há presença de comunidade quilombola, tradicional ou indígena que

faça uso da área, o fragmento sofre alto grau de antropização pela presença de gado,

transito de pessoas e veículos.

O índice de borda médio da área foi de 0,015, fator que dificulta a ascensão da

área a níveis sucessionais mais altos.

O fragmento – Santa Terezinha não apresenta nenhum atributo de AVC consistente

com os critérios de Alto Valor de Conservação do PROFOREST. Portanto, deve ser

descaracterizada como FAVC.

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7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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Agricultura Luiz de Queiroz. Universidade de São Paulo. Piracicaba, 2005. 150p.

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MAFEI, Rodolpho Antunes. Dinâmica populacional de Euterpe edulis Martius em

Floresta Ombrófila Densa no sul da Bahia. Dissertação (Mestrado) – Universidade

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(Doutorado), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Universidade de São

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