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Page 1: Ass-ignatnra 110 Al GA0 ÃDÀIÍXÍS í íll ( aO E ! I fOljltlí'1I1A · 2020. 2. 11. · // ANNO DOMINGO, G D E JU L H O D E 1 9 0 2 N° 51 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA

/ / ANNO DOMINGO, G D E J U L H O D E 1 9 0 2 N° 5 1

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R À R IO E A G R ÍC O L A

Ass-ignatnraaA n n o , 1S000 réis; semestre. Soo réis. Pagamento adeantado. li 1 1 0 A l GA0 , ÃDÀIÍXÍS í í l l ( aO E ! I fO l j l t l í '1 I1 A

Para o B ra/il, anno, 2S.5oo réis (moeda for:ej. _______ !_

Avulso- "‘L n ^ n p réis- . c , ■ P 16 — LARGO DA MISERICÓRDIA— 16p 8':,pEDIIOK—- Jose Augusto Saloio H ------ - - — - «

I*uí>IicaçôesAnnuncios— i. a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

a

M 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os a u to - « graphos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

AceeitaiM-se ««na grati­dão quaes«gMer sioticias (jíie sejam «le in teresse

RO.

IA

O luxo é um dos cancros pêrigosoá que mais cor­roem a sociedade actual. Ricos e pobres, todos lhe prestam culto; e os últi­mos são quasi sem pre arras­tados por elle num turbi­lhão que devora a felicida­de, a honra e por vezes a vida de muitas familias.

Contra o luxo excessivo . e immoderado podem fazer mais os costumes que as leis repressivas. Quando a ociosidade fòr severamente castigada e o talento fôr an­teposto á riqueza, terá o luxo menos influencia.

Em geral o luxo é privi­legio dos opulentos; e por isso havia uma lei em Roma que não consentia que cada cidadão possuisse mais de quinhentas geiras de terra.

Seneca diz que a riqueza é um grande obstáculo pa­ra a philosophia, e que, pa­ra se ter a necessaria liber­dade de espirito, é preciso não ser rico, ou viver como quem o não é.

Os seythas deveram a sua fortuna á pureza dos costumes, ao desprezo ge­ral que tinham pelo dinhei­ro, e á vida fugal que leva­vam. Platão diz que é qua­si impossível ser ao mesmo tempo muito rico e muito honesto, e que, como sem virtude não ha ventura, as pessoas muito ricas não po­dem ser felizes.

Corneiia, mãe dos Grae- chos, tribunos e oradores

.muito applaudidos em 'Ro­ma, educou os seus filhos naprática dobem,inspiran­do-lhes o amor pela gloria e pelas emprezas arrojadas. Em certa occasião uma da­ma de Campania foi mos­trar-lhe as joias que possuia, pedindo-lhe em troca que me deixasse vêr as suas. Gornelia apresentou-lhe os

dizendo que eram as suas joias de maior valia.

Digna resposta que de­

monstrou sobejamente o espirr.o e o amor materno de tão virtuosa mulher!

JO AQ U IM DOS ANJOS.

O ESPARTILHO

O espartilho tem preoc- cupado muito os hygienis- tas; não é prejudicial se fòr bem talhado, sustendo o busto sem o comprimir e deixando sahir o ar livre­mente dos pulmões. Tendo o seu ponto de apoio nos quadris, o espartilho não deve apertar o ventre, com­primir o es-.om.ago, nem espalmar o peito.

Um medico illustre fez a seguinte estatística:

De cem meninas que usam espartilho:

Marrem de doen:a.; do peito .. 23Mor em de resulta 'o do p rim e ro

p arto ........................................ 15Ficam achacadas depoi; do prim eiro

part )........................................ iSPeidem a pureza da.; form as.. . . i 5 Re isie.n. mas nunca de saude per­

feita......................................... J O

O espartilho tem atra­vessado diversas phases e soíirido muitas variações, de lorma que actualmente é quasi inoífensivo.

^ o e l e t l a í l e I . ° d e líe z e s s s - fer»

P or termos a semana pas­sada o nosso jornal atraza- do, não pudemos, por isso, informarmo-nos como é costume nosso da noticia sob a epigraphe cie que ho­je aqui nos servimos, (socie­dade 1,° cie Dezembro) afim de colhermos a verdade do que se passou o que tem sido 'sempre praxe nossa. Seria um absurdo relatar­mos claramente a uiella no­ticia tal qual nos foi infor­mada, por isso que nos re- ferimosindirectamentecom o íim de podermos hoje esclarecer os nossos esti­máveis leitores da veraci­dade daquella coincidên­cia. E’ verdade que o sr. Joaquim Duarte Pereira Rato, a quem indirecta­mente nos relerimos, esta­va proximo da casa da So­ciedade de que dignamen­te faz parte como director

e phylarmonico, e se reti­rou, mas não com a mini- ma intenção de desconsi­derar a Sociedade Phylar­monica do Lavradio, nem tão pouco lhe passou pela mente que na casa da sua Sociedade, e demais num dia festivo, não houvesse uma pessoa que recebesse aquella Sociedade e lhe of- ferecesse a casa. Sim, por­que em casos de eguul teor, em qualquer sociedade, na falta da direcção pode fi­gurar qualquer socio,*e na falta deste até mesmo o continuo.

f e s t e j o s a IPeili*© cbs A M e g a l l e g a

Com extraordinaria im­ponência, realisaram-se, conforme noticiámos os festejos a S. Pedro.

Emquanto ao arraial, foi admiravel. A phylarmoni­ca do Lavradio tocou pri­morosamente, e a illumina- ção foi de um effeito ma­gnifico. No Pateo cíAgua foi queimado um barco que alli se conservou por algum tempo enfeitado com flores, bandeiras, etc.

Pelas 7 horas da tarde de segunda-teira, foram bri­lhantemente no coreto que se fez para estes festejos, executados alguns trechos musicaes pela phylarmoni­ca í .° de Dezembro, desta villa, até ás 10 horas, sen­do enthusiasticamente ap- plaudida e levantando-se- lhe alguns vivas. A’s 10 ho­ras e meia foi procissional- mente conduzida a imagem de S. Sebastião para a sua ermida, em S. Sebastião, acompanhada da phylar­monica 1." de Dezembro e muitos devotos.

Foi enorme a concorrên­cia de forasteiros.

A ordem foi mantida por grande numero de cabos de policia desta villa, não se dando occorrenciá algu- ma digna de menção.

A laboriosa e honrada classe piscatória offereceu uma lauta ceia aos phylar- monicos da i.° de Dezem­bro, que lhes foi servida no hotel Lisbonense, do nosso amigo José de Sousa For-

tunato. Foram levantados muitos brindes.

A tourada annunciada para este dia não se reali sou em consequencia de terem fugido todos os tou­ros.

O cavallo pertencente ao si'. Francisco da Silva e que era montado pelo nosso amigo Justiniano Antonio Gouveia, foi colhido por um touro que lhe fez um buraco enorme numa viri­lha na occasião que este nosso amigo, acompanha­do de mais amadores pro­curava conduzir os touros á praça. Foram baldados todos aquelles esforços e o pobre animal no dia imme- diato morreu.

De Lisboa, veio aqui muita gente para assistir á corrida.

T « sb r a d a

Está despertando vivo enthusiasmo a tourada pro­movida pela incançavel commissão promotora da excursão a Thomar. Esta tourada é por amadores já bem conhecidos do pu­blico como o leitor póde vêr no annuncio inserto na 3.a pagina.

Os bilhetes podem ser procurados no estabeleci­mento do sr. Antonio Chris- tiano Saloio, na rua do Caes.

Sinsiea

Hoje, de tarde, toca no seu coreto na Praça Serpa iJinto a phylarmonica i.° de Dezembro.

iS s e s a rs ã o « Tfe«sss-:ír

Damos hoje aos nossos leitores o programma que será executado em Tho­mar pela phylarmonica i.” de Dezembro, por occasião do passeio áquella linda ci­dade :

P R IM E IR A P A R T E

Aldegallega sauda Tho­mar, passe doble por Bal- thazar Manuel Valente; Le Lscurial, (Ouverture) por Blançheteau; Angélica, pol- ka solo de cornetim) por

Balthazar Manuel Valente; Pol-pourri, ( 0 Vendedor de Passaros) por C. Zel- ler.

SEG U N D A P A R T E

Rapsódia de cantos po­pulares, por Balthazar Ma­nuel Valente; A Noiva do Senhor, valsa por Baltha­zar Manuel Valente; Alde­gallega sauda Thomar, pas­se doble por Balthazar Ma­nuel Valente.

Como já dissémos este passeio realisa-se definiti­vamente na manhã de 20 do presente mez.

A commissão querendo ser agradavel ao publico resolveu augmentar o nu- mero de bilhetes, os quaes só podem ser reclamados até ao dia 17. E’ preciso não esquecer tão attrahen- te passeio.

Do nosso amigo Manuel Tavares Paulada, empre­gado no commercio na ci­dade do Pará, (Brazil) re­cebemos ha dias uma carta em que nos aífirma ser fal­so tudo quanto a seu res­peito se disse. Este amigo diz-nos mais: que está de plena vontade, que ainda não foi atacado pelas fe­bres e que só passados dois annos virá visitar sua familia e amigos aos quaes muito se recommenda.

Ao nosso amigo appete- cemos uma vida cheia de venturas e prosperidades para que daqui a dois an­nos o possamos abraçar.

<39 Tempo

Todos se queixam do péssimo tempo que vamos atravessando. As chuvas, embora com pouca inten­sidade, teem causado pre- juizos nos campos. Parece que estamos em completo inverno. Durante a sema­na passada a chuva tem si­do insistente e acompanha­da quasi sempre de trovoa­das.

Tem sido innundada to­dos os dias e por algumas vezes a rua do Conselheiro João Franco, devido ás en­xurradas dagua.O

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O D O M I N G Of i n a n roeza dos fiscaes

Queixou-se-nos o nosso amigo Emygdio Tavares de Pinho, que no dia 4 do cor­rente, dois fiscaes do sello, entraram no seu estabele­cimento e intimaram sua esposa a acompanhal-os pa­ra servir de testemunha,— provavelmente de qual­quer bemfeitoria que tives­sem acabado de fazer— ao que esta senhora respon­deu que não, pois que não havia de abandonar o seu estabelecimento e dois filhi- nhos: um de collo e outro de dois annos incompletos.

Bom serviço fazem então os fiscaes do sello!

Que absolutismo! que­ro, posso e mando. Não ha nada melhor!

I2 x a n a e sFizeram exame com as

seguintes classificações os srs.:Physica 1 ,a parle (singularj

Alvaro Zeferino Campos Valente, approvado; João Affonso de Mattos, appro­vado.Malhematica 4 ° anno (sin­

gular) ,João Affonso de Mattos,

approvado.Malhematica 4.0 anno (clas­

se)Amadeu Quaresma Ven-

tura, approvado. Malhematica 6.° anno (clas­

se)Pedro Antonio Nunes de

Almeida, distincto; José Maria Móra Junior, appro­vado.

Lilleratura José Maria Móra Junior,

distincto; Amadeu Quares­ma Ventura, approvado. Curso geral dos Lyceus i.°

annoAntonio Luiz Nepomuce-

no da Silva, distincto. Pliilosophia

José Maria Móra Junior, approvado; Pedro Antonio Nunes d’Almeida, approva­do ; Amadeu Quaresma Ventara, approvado.

Aos intelligentes estu­dantes e a suas ex.mas fami­lias os nossos sinceros pa­rabéns.

C O F R E D E P É R O L A S

A M I S É R I ALá vae ganhar o pão de cada dia!Nos olhos leva a nuvem tão sombria

Da negra desventura.Ergue-se ao romper dalya; não repousa, E r a os filhos sustentar e mais a esposa

Que o ama com ternura.

Condemna-o negra sorte d eterna lida; Ha de sofrer, chorar, passar a vida

Entre agonias mil.E sempre côr da noite 0 seu futuro,Sem que possa vêr nunca assomar, puro,

0 meigo sol dabril.

0 sol, que tão formoso alli se ostenta No a”iil, após as nuvens da tormenta,

E os olhos nos scdii",Com refulgente brilho, tão fecundo,Vem, sorrindo, tra\er ao pobre mundo

0 seu calor e hq.

Mas estes nunca podem avistal-o;Não têm dos opulentos 0 regalo,

0 luxo encantador.A espuma do Champagne alli fluclua,E elles sojjrem cá f ó r a ... A vida sua

E só miséria e dôr!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

P E N S A M E N T O SOs nossos actos são como os nossos filhos; uma ve~x

nascidos, teem a sua vida. própria c independente:pode- se mesmo estrangular os filhos, mas os actos é que nun­ca os podemos supprimir.— Jorge Ellot.

— 0 Theatro Erance7 é a gloria da França, a Opera não é senão a sua vaidade.—-Napoleão I

— 0 homem mau merece que seja odiado: mas se el­le sabe que o odeiam, então torna-se ainda mais perigo­so.— Confusius.

■— Moral lisboeta: Dão-se 25 contos de réis para S. Carlos, para a vaidade, para os italianos; e não ha 5 réis de subsidio para o theatro nacional, para a lillera- tura dr ama tica, para os artistas nacionaes!

A N E C D O T A S

Uma patrulha encontrou no caminho um homem com pretensões a engraçado.

— Quem vive?— Gente de pa~v— Leva armas?— Levo.— Mostrem’as,— Só levo este revolver... e mostrou-lhes uma garra­

fa cheia de vinho.O cabo tomando-a, bebeu-lhe o contheudo de socieda­

de com o camarada.— Agora póde andar, está descarregada.

LITTERATURA

Os «lisos de •Joanninha(A. G A R R E T T )

Olhos verdes!...Joanninha tem os olhos

verdes...Não se reflecte nelles a

pura luz do céo, como nos olhos azues

Nem o fogo—-e o fumo das paixões, como nos pre­tos.

Mas o viço do prado, a frescura e animação do bosque, a fluetuação e a transparência do mar...

1 udo está n aquelles olhos verdes?

Joanninha, por que ten; tu os olhos verdes ?

Nos olhos azues de Geor- gina arde, em sereno e mo­desto brilho, a luz trunquii- la de um amor provado, seguro que deu quanto ha­via de dar, quanto tinha que dar.

Os olhos azues de Geor- gina não dizem senão uma só phrase de amor, sempre a mesma e sempre bella: Amo-te, sou lua!

Nos olhos negros e in­quietos de Soledade nuncali mais que estas palavras: Ama-me, que és meu!

Os olhos de Joanninha são um livro immenso, es- cripíos em caracteres mo­veis, cujas combinaçõ es in­finitas excedem a minha comprehensão.

Que querem dizer os teus olhos, Joanninha?

Que lingua falam elles?O h ! para que tens tu os

olhos verdes, Joanninha?A assucena e o jasmim

são brancos, a rosa verme­lha, o alecrim azul...

Roxa é a violeta, e o junquilho cor de ouro.

Mas todas as còres da natureza veem dc uma só, o verde.

No verde está a origem e o primeiro typo de toda a belleza.

As outras côres são par­te delia; no verde está o todo, a unidade da formo­sura creada.

Os olhos do primeiro ho­

mem deviam de ser verdes.O céo é azul...A noite é negra...A terra e o mar são ver­

des ...A noite é negra mas bel­

la; e os teus olhos, Soleda­de, são negros e bei los co­mo a noite.

Nas trevas da noite lu­zem as estrellas que são tão lindas... mas no fim de uma longa noite quem não suspira pelo dia?

E que se vão... oh! que se vão emfim as estrellas!...

Vem o dia... o céo é azul e formoso; mas a vis­ta fatiga-se de olhar para elle.

Oh! o céo é azul como os teus olhos, Georgina...

Mas a terra é verde: e a vista repousa-se nella e não se cança na variedade infi­nita de seus matizes tão suaves.

O mar é verde e flu- ctuante... Mas oh! esse é triste como a terra é ale-gre.

A vida compõe-se de ale­grias e tristezas...

O verde é triste e alegre como as felicidades da vi­da.

Joanninha, Joanninha, porque tens tu os olhos verdes?...

A G R I C U L T U R A

ifcegras da p lantação das a rvo res.

Quando se trata de fa­zer uma plantação de ar­vores, devemos ter em vis­ta tres condições princi­paes para conseguir bom resultado:

1.a Epocha favoravel pa­ra a plantação;

2. * Preparação da arvore antes de a plantar;

3.'1 Maneira de plantar a arvore.

A preparação precursora da plantação de uma arvo­re consiste em cortar com uma navalha bem afiada a extremidade das raizes que se tenham rompido no aeto da desplantação, e sob pre-

18 FOLHETIM

Traduccão de J. DOS ANJOS

UMA HISTORIADO

OUTRO MUNDORomance de aventuras

IXO t u i i i i i l o s e m p o r t a

" •Quando acordaram pareceu-lhe?

naturalmente que estavam um p o u ­co melhor. Partiram mais uma codea de pão, e como o somno lhes tinha restabelecido as forças,sentiram- se bem.

— Náo basta, disse então o Vario, termos dormido, comido e seccado o

fato um boccado; o que é p-eciso encontrarmos o nosso caminho e isso náo é muito facil. Estamos natural­mente em alguma caverna sem sahi- da, porque náo vejo a luz do dia em parte nenhuma. Voltar para traz é impossível. Náo quero mais banhos; fu amos bem Lvados hontem. O qu: temos a fazer é voltar as costas ao a- go. Vamos!

Deram alguns passos, dando a mão um ao outro, e chegaram assim até á agua que lhes mulhou os pés.

— /brigado, minha velha! disse o João, dando uma gargalhada. Já esta­mos fartos de t . Dizemos-te adeus!

E metteram-se afoitamente pelo es­paço negro que se abria deanted'e!les O ar era fresco, por causa do lago, c comtudo pesado e abafadiço em fon- sequencia da estagnação que havia no subterrâneo. Debaixo dos pés d’elles

rolavam calhaus e esmagava-se a areia. P or cima havia sem duvida uma abo bada alta, porque o echo dos seus passos soava com força. Onde acaba­va? Havia mais de uma hora que caminhavam assim. lentament; é ver- da e, como se pode andar n i escuri- . ão, mas avançanJosem pre. sem com­tudo encontrarem o fim da viagem. Esperavam sempre.

— Barballczdo diabo! dizia o Mario. Se aquelle pa ti fé náo tivesse dado cabo da minha caixa c c fosforos, po- di; mos ao menos vêr alguma coisa.

— Parece que me roçou um ramo pela cabeça, respondeu o João. Talvez sejam plantas que penJcm da aboba da. Chegamos sem duvida ao fim.

Eflectivamente em breve tocaram num a especie de p-rede, coberta de aspereza; agudas, e mais dura que a roi. ha.

—-Attenção! disse o Mario. Siga­mos a parede ás apalpadellas. Have­mos de ir ter a qualquer parte.

Mais meia hora de caminho! Iam mais depressa; a parede servia-lhes de corrimão e de guia. O João ia á fren­te e apertava mais o pa ;so; de repen­te exclamou:

— Os diabos levem a parede! esta­mos outra vez no lago. Bonito!

— Voltemos atraz, respondeu o Ma­rio. Sigamos sempre o mesmo syste­ma. Ao menos teremos dado a volta á nossa prisão e apalpado todas as pa­rede;.

Uma hora de viagem ainda, apalpan­do a parede com os dedos, os pés in­decisos. os olhos mu to abertos nas trevas, a esperança e a anc edade no coração. Achar am alguma abertura ?

Encontrarem outra vez agua. T i­nham percorrido toda a cjrcum fçren-

cia que formava o fundo da gruta mvsteriosa. E m frente d’elles a agua sombria, sem outra sahida # não ser o pégo. d'onde a corrente sahia, e no qual, p o r conseguinte, não podiam mergulhar, suppondo que tornassem a encontral-o. Por detraz d’elles a noite, uma prisão, a morte pela fome, sem nenhuma possibilidade desoccor- ro. O que haviam de escolher? Sen­taram-se, desesperados. Nem sequer tinham animo para comer. Tiveram ambos a mesma idéa:

— E ’ melhor matarmo-nos.Que destino! Elles, nascidos em

Paris, creados ao sol, ao ar livre, ha viam de morrer alli n’aquellas trevas, agonisar n'aquella sombra, ser enter­rados vivos n'aquella; sufFocação!

(C o n tin u a ]

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texto algum nada mais sc !hó" corta, sob pena de nos iisoòrmos a que a arvore deixe de pegar. Quanto ao tronco, devemos deixar-lhe unl certo numero de ramos proporcionai ao das raizes, com o unico íim de resta­belecer o equilíbrio entre estas duas partes.

A pratica usada cm mui­tas partes de cortar, ao transplantar uma arvore, unia parte do seu tronco propriamente dito é perni­ciosa e só a elia se deverá resignar o cultivador quan­do, no acto da transplanta­ção, as raizes soífrerem tanto que ainda mesmo, cortando á arvore todos os ramos, não seja possivel restabelecer o equilíbrio; e, neste caso, melhor será deixar de plantal-as, por­que é de presumir que ella ou morra ou fique rachi- tica.* As. arvores resinosas (co­

níferas) não estão sujeitas a estas regras e devem ser plantadas sem lhe tocar­mos no tronco nem nos ra­mas e raizes.

Quando se procede á plantação, devemos terem vista a orientação das ar­vores, a profundid ide a que devem mergulhar as suas rai/.es e a disposição em que devem collocar-se as diver­sas camadas■ de 'terra ex- trahida das covas.

Pelo que diz respeito á orientação das arvores, é sempre util collocal-as na posição que tinham antes da transplantação, isto é, voltar-se para o norte e pa­ra o sul os lados da arvore que, no viveiro, respectiva­mente olhavam para estes pontos cardinaes.

Se assim se não praticar, resultará que, pe;o facto de achar-se exposta ao sul uma arvore primitivamente exposta ao norte, a casca, endurecendo-se muito mais pro m p t am e n t e, p r e j u dica rá o crescimento daquelle la­do do tronco.

A profundidade a que as r^zes das arvores teem de ser enterradas, deve ser graduada de maneira que, ao passo que recebam a in­fluencia do ar, não sejam expostas ao inconveniente da talta da humidade.

Para se obter este duplo 'esultado, deverá o collodá lai;- estar collocado a um n;v-l de dez centímetros, terme medio, inferior á superfície do sói o. Esta pro- undidade poderá duplicar-

Re se o sólo fòr demasiado C°mPacto; e quando as ter- !ds [0l'em excessivamen’.-' jumjdasou expostas a inun- <-ações periódicas, é indis- P-n avel dispor as raize , 11:11 montículo de ter;-; eyantado para este effeito

a a-gun centímetros da su­perfície.

Para encher a cova, lan­ça-se-lhe em primeiro lo­gar no fundo uma certa quantidade de terra tirada da superfície; sobre esta camada de terra collocam- se cuidadosamente as rai­zes da arvore, as quaes se cobrem bem com terra tirada do meio da cova, co­brindo-se por fim esta ca­mada com a terra sahida do fundo da cova. Deste modo resulta que a terra mais fértil, que estava á su­perfície, se acha em contac­to immedicito com as raizes, e que a mais inferior, ex- trahida do fundo da cova, fica á superfície, onde nec- cessariamente será melho­rada por effeito das influen­cias atmosphericas.

No proximo numero pu­blicaremos a pauta do Ju­ry da Comarca de Aldegal­lega do Ribatejo que tem de funcçionar no 2.11 semes­tre do corrente anno, em crimes ordinários, o que hoje, por falta de espaço, não pudémos fazer.

Co se tra o seios* das m ãos

As pessoas que soffrem dexageradosuor das mãos, e que precisam applicar-se a trabalhos delicados que o suor estraga, podem evi­tar os effeitos do incommo- do esfregando as mãos com um pouco de lycopodio, pó que se vende em todas as pharmacias e que não é prejudicial.

ANNUNCIOS

Vende-se uma ainda no­va.-Trata-se com o sr. Do­mingos Salgado, Aldegal­lega.

A N N U N C I O

MARCA DE ALDEGALLEGA DO l i l í l AIEJO

(<£.a l®85?>iicaçã»)

No dia i 3 de julho pro­ximo, pelo meio dia,á por­ta do tribunal judicial des­ta villa de Aldegallega, na execução hypothecaria que Antonio Caetano da Silva Oliveira, move contra o herdeiros de Jotio Gomes Patego, viuvo, morador qu: foi no sitio da Ponte dos Cava los, se ha de ven­der e arrematar em hasta publica a quem maiorlanço offerecer sobre o valor abai-

xo designado, uma fazenda composta de terra de se­meadura, vinha e uma casa em ruinas, no sitio da Pon­te dos Cavallos, limites de Sarilhos Grandes, a qual constiaie um prasosubem- phyteutico em 400 réisan- nuaes, a José Antonio Valente, e é senhorio dire­cto um dos herdeiros de José Almeida Gonçalves, avaliada em 2268800 réis. Pelo presente são citados os crédores incertos, para as­sistirem á dita arrematação, e ahi usarem dos seus di­reitos.

Aldegallega do Ribatejo, 17 de junho de 1902.

O E S C R IV Á O

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

N. Souto.

O DOMI NGO

A N N U N C I O

í m liIj ALumAlLEu;

(3 .* E*0alslicaç5o)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obito de Jacintha cíAssumpção, e no qual é inventariante Anna d’As- sumpção, hão de ser pos­tos em praça á porta do tribunal deste Juizo, no dia 6 de julho proximo pe­lo meio dia os seguintes dominios uteis: O domi­nio util de um prazo de­nominado a QUINTA NO­VA, as RONGAS e a coureila da CABANA, fo- reiro em 358000 réis an- nuaes com laudemio de vintena a Dona Sophia da Silveira Nunes, de Lisboa, sito em Sarilhos Grandes no valor de 4:500.^000 réis; este predio acha-se arrendado a José dos San­tos Mingates, e o arrenda­mento finda no dia 3o de setembro de 1913, perten­cendo ao rendeiro as bem- feitorias feitas por elle. O dominio util de um prazo foreiro em 18000 réis an- nuaes á Fazenda Nacional ignorando-se o laudemio, no sitio das Pereiras, fre­guezia de Sarilhos no va­lor de 80 $000 réis.

Aldegallega do Ribatejo, e3 de junho de 1902.V erifiquei a exactidão.

O i.° substituto de

O JU IZ 1)E D IR E I TO

Joaquim José Marques Guimarães.

O l 5C M V Á O

José Maria de Mendonça.

Hoje, do meio dia ds 3 , é o ultimo leitão no pateo da casa de habitação do meretissimo juiz de direito Snr. Dr. Nogueira Souto, rua da Calçada, desta villa, para venda de mobilia e mais objectos.

PRACA DE TOUROS•»EM

A L D E G A L L E G ADomingo, ili de julho de 1902

ás 4 horas e meia da tarde

Éxtraordinaria corrida de. garraios

Promovida por uma com­missão de cavalheiros des­ta villa, e em que tomam parte obsequiosamente distinctos amadores daqui, do Barreiro e de Lisboa.

Lidar-se-hão i o garraios Generosamente offereci- dos pelo opulento lavra­dor, ex.mo. sr. José Maria dos Santos.Cavalleiro, o arrojado e muito applaudido Pedro Costa (do Barreiro'].

E B a ia d f tr iU ic ir o sAdelino Cotafo, Manuel Nunes Quintas, Manuel Li- no, João David, (de Lisboa) Carlos Canna, Gregorio dos Anjos e Juan Sebastian E l L 1 giesta, d e A1 d ega 11 e ga.

Por deferencia para com a commissão, toma parte generosamente nesta ex­cepcional corrida o distin­cto e muito applaudido ban- darilheiro desta villa o

UílbllnUm valente grupo de for­

cados deste villa.

Reapparicão do notável

ODRE MAGICOAbrilhanta esta attrahente corrida a phylarmonica i.° de Dezembro, desta villa.

l * r e ç o sCamarotes grandes, 2S000 réis; pequenos, i$ 5oo; Ga­leria, i.a fila, 400; 2.a fila, 3oo; Touril, i.a fila, 400; 2.a fila, 3oo; Sombra, 240; Sol, 160.

N. B. — No preço dos bi­lhetes está incluido o im­

posto do sello.i i o r a H o d o s v a p o r e s U s -

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D E

José Antonio Nunes

Neste estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do sen ramo de commercio, podendo por isso o fferecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.

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Aldegallega do iail»aíejo

SAiCHICM ARIA MERCANTILDE

AO COMMERCIO DO POVOA O já bem conhecidas do publico as verdadeiras vantagens que este estabelecimento oflerece aos compradores de todos os seu; artgos, pois que tem sortimento, e ia ' compras em tondxçóes de poder competir com as primeiras casas de Lisboa no que diz respeito a preços, porque vende muitos artigos

A lsda B33ííSs I»arsíose como tal esta casa para maior garantia estabeleceu o systema dc G A N H A R PO U CO P A R A V E N D E R MUITOe vendendo a todos pelos mesmos preços.

Tem e;ta casa alem de vários artigos de v e tu a rio mais as seguintes secçóes:De Fanqueiro, sortimento completo.De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de prim eira moda.

'D e Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, flanellas, cheviotes, picotilhos, e/c., etc.

Fia lambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidades por preços baratíssimos.

A O S $»6*S. A l S a y a í e s . — Este estabelecimento tem bom sortimento de fórros necessários para a sua confecção taes como: setins pretos e de cor, panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botões, etc.

à S G e n i t o r a s A B o d i s i a s . — Lembram os proprietários d'este estabelecimento uma visita, paraassim se certificarem de quanto os preços são limitados.

Grande coliecção de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que garanti­mos ser preto firme.

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Todos estes generos são de primeira qualidade e vendidos por preços excessivamente baratos.

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bres machinas SINGER F ara coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador

da casa a s & c o o í €Vl e concessionário em Porlu gal para a venda das ditas machinas.

-Envia Catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato 70 — Alcochete.

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Este importante estabelecimento é um dos mais be n sortidos de Alde galiega c o que vende mais barato. E - o unico que pode com petir com as principaes cozas da capita!, pois que para isso tem uma existencia de li zen- das de fino gosto compra as aos falriiante.;, m otvo porque pode vender mais barato e ao aleinçe de todos. S E C Ç Ã O D E F A N Q U E IR O : pannos patentes, crus; branqueados, cotins, riscados, chitas, phantasias, t bailes, etc. R E T R O Z E 1R O : sedas para enfe.tes. rendas, passcm.mter as. etc. M E R C A ­D O R : grande variedade d ; casimiras, flanellas, cheviotes e picotilhos para fatos por preços- excessivamente baratos. C H A P E L A R IA : chapéos-cm todos os modelos.. S A P A T A R IA : grande quantidade de calçado paia ho­mens. crianças e senhoras. Ultimas novidades recentemente recebidas. O proprietário d’este estabelecimento tambem á agente da incomparavel machina da Companhia Fabril «Singer», da qual faz venda a prestações ou a prom pto pagamento com grandes descontos. L O T E R IA S : enconí-a-se. dôs principaes cambistas, nesKi iasa grande sortimento de b.lhetes, déci­mos. vigésimos e cautellas de-todos os preCos, para todos as loterias.

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P A R A REVEMDERV E N D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A LUCAS & C.A — ALDEGALLEGA

viSLí-

R E L O J O A R I A G A R A N T I D AD E

AVELINO MARQUES .CONTRAMESTRE

Oxid: m-se

Relogios' de ouro. de p ara. de aço. de nic';c-l, dc flaquet, de s'a. am :ra aio s. suisso; de p .v e le , ma ri timo;, de;pertadores americanos. ae> pe-faòo:es de phantasia. desperta iores com mus:ta, suissos de ilg ibeiia cl)‘ corda pa-a oito dras.

kccc.m ncn Ja-se <> relogio de A V E L IN O M A R Q U E S C O N T R A M E b I l(l" um bom escape d ancora muJto torte por 5-?ooo réis.

oixa; d a 'o com a mavim p rfeiçáo. Garrntsm-se todos os concertos.alais cleva-lo.O p oprietuno u osf. re.oio-r a

W U A D O P O ÇJL

njlra o.ufo e ] r;.la peio p oço

^ O — l — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO


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