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FACULDADE DE PINDAMONHANGABA Fábio Rodrigues Alves Galhardo DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM APARELHOS QUE INDEPENDEM DA COLABORAÇÃO DO PACIENTE Pindamonhangaba- SP 2012

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FACULDADE DE PINDAMONHANGABA

Fábio Rodrigues Alves Galhardo

DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM

APARELHOS QUE INDEPENDEM DA COLABORAÇÃO DO

PACIENTE

Pindamonhangaba- SP

2012

Fábio Rodrigues Alves Galhardo

DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM

APARELHOS QUE INDEPENDEM DA COLABORAÇÃO DO

PACIENTE

Monografia a ser defendida como parte dos

requisitos para obtenção do Diploma de

Especialista em Ortodontia da Faculdade de

Pindamonhangaba – FAPI

Orientador: Prof. Esp. Idélcio D. Prado

Pindamonhangaba- SP

2012

Galhardo, Fábio Rodrigues Alves

Distalização de Molares Superiores com Aparelhos que Independem

da Colaboração do Paciente / Fábio Rodrigues Alves Galhardo/

Pindamonhangaba-SP : FAPI

Faculdade de Pindaminhagaba, 2012.

30f. : il.

Monografia (Pós graduação) FAPI-SP.

Orientador: Prof. Idelcio Domingos do Prado.

1 Distalização. 2 Pendex. 3 Jones Jig. 4 Tratamento ortôntico.

I Distalização de Molares Superiores com Aparelhos que Independem da

Colaboração do Paciente II Fábio Rodrigues Alves Alves Galhardo

FÁBIO RODRIGUES GALHARDO

DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES COM APARELHOS

QUE INDEPENDEM DA COLABORAÇÃO DO PACIENTE

Monografia apresentada como parte dos

requisitos para obtenção do diploma de

Especialista pelo Curso de Ortodontia da

Faculdade de Pindamonhangaba.

Data:______________________________

Resultado:__________________________

BANCA EXAMINADORA

Prof.____________________________Faculdade de Pindamonhangaba.

Assinatura_______________________

Prof.____________________________Faculdade de Pindamonhangaba.

Assinatura_______________________

Prof.____________________________

Assinatura________________________

Ao meu pai e Mestre Wagner Antonio Galhardo, por ter sido um grande exemplo em minha

vida.

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida e o dom de clinicar,

Aos meus pais, pelos ensinamentos de vida

e investimento em mim,

Ao professor Idelcio D. Prado pela orientação do trabalho,

Aos professores e amigos da APCD por ótimos momentos e grandes conquistas no

aprendizado

"Para conseguir um resultado diferente da maioria, você

tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo obterá os

mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois,

infelizmente, ela não é modelo de sucesso."

Roberto Shinyashiki - Consultor organizacional e Psiquiatra.

RESUMO

Nos dias atuais o profissional da saúde bucal busca tratamentos conservadores evitando

extrações. No contexto das maloclusões de Classe II, a distalização dos molares superiores

atualmente é o método ideal para corrigir este problema, desta forma através de extensa

pesquisa bibliográfica, o presente trabalho teve como finalidade pesquisar as formas de um

tratamento eficiente preservando os pré molares, buscando um resultado mais conservador,

estabelecendo ao paciente o alinhamento e equilíbrio dentário, com uma relação oclusal de

classe 1 de Angle, a analise dos aparelhos Pendex Jones Jig, mostrando os malefícios e

benefícios bem como traçar os efeitos da distalização dos mesmos. Estes aparelhos por não

dependerem da colaboração do paciente, facilitam o resultado traçado pelo profissional. O

estudo nos trará a luz uma visão ampla e contemporânea sobre a utilização dos recursos

estudados. O ortodontista deve entender as múltiplas formas desses aparelhos para assim

indicar o melhor tratamento para cada paciente.

Palavras-Chave: Distalização. Pendex. Jones Jing. Tratamento ortôntico.

ABSTRACT

Nowadays the professional oral health seeking conservative treatment avoiding extractions. In

the context of Class II malocclusion, the upper molar distalization is currently the best method

to correct this problem, so through extensive literature search, this study aimed to investigate

the forms of effective treatment preserving premolars, seeking a more conservative result,

establishing the patient's tooth alignment and balance, occlusal relationship with a class I

malocclusion as well as the analysis of Jones Jig appliances Pendex, showing the harms and

benefits.These devices not depend on patient cooperation, facilitates the result by the

professional route.

The study will bring us light a broad and contemporary resources on the utlização studied.

The orthodontist must understand the multiple ways these devices so as to indicate the best

treatment for each patient.

Keywords: Distalization. Pendex. Jones Jing. Orthodontic treatmente.

LISTA DE ABREVIATURAS AEB - Aparelho extra bucal AFAI - altura facial ântero inferior

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- O aparelho Jones Jig..................................................................................................14

Figura 2- Composição do aparelho Jones Jig............................................................................15

Figura 3- Ativação do aparelho Jones Jig.................................................................................15

Figura 4- Aparelho Jones Jig....................................................................................................16

Figura 5- Aparelho Pendex......................................................................................................19

Figura 6- Aparelho Pendex......................................................................................................19

Figura 7- Aparelho Pendex.......................................................................................................20

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................10

2 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................11

2.1 Histórico.............................................................................................................................11

2.2 Distalização........................................................................................................................11

2.3. Indicações e contraindicações.........................................................................................13

2.4 Aparelho Jones Jig............................................................................................................13

2.5 Efeitos.................................................................................................................................16

2.6 Vantagens e desvantagens................................................................................................16

2.7Comparação........................................................................................................................17

2.8 Construção.........................................................................................................................18

2.9 O aparelho Pendex............................................................................................................18

2.10 Vantagens e desvantagens..............................................................................................20

2.11 Ativação............................................................................................................................21

2.12 Efeitos...............................................................................................................................21

2.13 Construção.......................................................................................................................22

2.14 Indicação e contra-indicação..........................................................................................23

3 MÉTODO.............................................................................................................................24

4 DISCUSSÃO........................................................................................................................25

5 CONCLUSÃO......................................................................................................................27

REFERÊNCIAS......................................................................................................................28

10

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a pesquisa realizada para evolução deste trabalho, foi a partir dos anos

60 que a extração dentária começa a preocupar os ortodontistas pesquisadores, nas correções

da maloclusão de classe II.

Pela dificuldade do desenvolvimento dos objetivos traçados pelos ortodontistas,

surgem novas pesquisas no campo ortodôntico que evitassem tal desequilíbrio nos

tratamentos. Desta forma começam a surgir a mecânica de distalização dos molares superiores

bem como seus métodos. Sendo assim surgiram os aparelhos que promovem o movimento de

distalização desejado, corrigindo a classe II de Angle sem a extração, devolvendo ao paciente

o alinhamento dentário e o equilíbrio de uma oclusão de classe I.

Com os inúmeros tratamentos apontados na literatura para a correção da maloclusão

de Classe II, os mesmos despertam imenso interesse na especialidade ortodôntica, esse

interesse encontra-se diretamente ligado ao fato dessa maloclusão estar presente em uma

grande parte significativa nos pacientes. O índice altíssimo de procura para o tratamento

relaciona-se ao grande desequilíbrio estético e funcional ao qual essa maloclusão encontra-se

relacionada.

É de interesse tanto do profissional quanto do paciente a realização de um plano de

tratamento o mais eficiente possível, onde os melhores resultados sejam obtidos num menor

período de tempo. Assim, quando mais de um protocolo de tratamento pode ser utilizado na

correção de uma mesma maloclusão, deve-se optar por aquele que apresente

comprovadamente maior eficiência.

A partir da idéia de que os distalizadores intrabucais surgiram no intuito de tornar

contínuo o movimento de distalização de molares, este estudo objetiva traçar os efeitos dos

distalizadores Pendex e Jones Jig

11

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Histórico

Para Hilger6

somente no século XVIII aparece o primeiro aparelho mecânico sobre os

dentes e, a partir de então, estudos e conceitos vêm sendo implementados buscando o melhor

entendimento da relação entre as arcadas dentarias e o crescimento dos maxilares usando as

forças musculares para alcançar a correção de possíveis falhas. Alguns desses estudos serão

relatados e discutidos a seguir.

A classificação das maloclusões de Angle surgiu nos Estados Unidos, em 1905,

havendo controvérsias entre diversos autores. Foram, então, desenvolvidos vários estudos

ortodônticos e ortopédicos e desta forma surgiram varias técnicas de correção em um

brilhante processo de aprimoramento.

Na década de 1980, Hilgers desenvolveu um tipo de aparelho cuja função é promover

a distalização dos primeiros molares e ou segundos molares.1

Os molares poderiam ser distalizados um a dois milímetros com mínima perda de

ancoragem, quando os segundos molares não estivessem irrompidos. Quando estes dentes

estavam irrompidos, a distalização média era de um milímetro, com maior perda de

ancoragem e um fio retangular neosentalloy.2

A eficiência da ancoragem ortodôntica conseguida por meio de mini-implantes, como

recurso para distalização de molares tem sido demonstrada em diversos trabalhos na literatura,

porém com restrição por parte dos pacientes devido ser um procedimento cirúrgico, o que

consequentemente irá onerar o tratamento.3

Kinzinger et al.4 mencionaram que desde o final dos anos de 1970, vários aparelhos

com ancoragem intramaxilar têm sido utilizados como alternativa na distalização dos molares

superiores.

2.2 Distalização

Jones e White5 preconizaram um dispositivo com ancoragem intrabucal denominado

Jones Jig, com a finalidade de distalizar molares superiores sem a necessidade da colaboração

do paciente.

Hilger6 introduziu um aparelho derivado de um pêndulo, o qual realiza a distalização

de molares sem depender da colaboração do paciente.

12

Para Carano e Testa7 o aparelho distal jet é um eficiente distalizador de molares

superiores, o qual é convertido em um aparelho de nance,com a finalidade de ancoragem,

impedindo a mesialização dos pré-molares e dentes anteriores superiores.

Para Bortolozo et al.8 a maneira mais clara de se definir a distalização é compará-la

com o movimento para a distal; para além do centro da linha da média. O aparelho de

distalização constitui-se como força mecânica, fixo ou removível, que por sua vez buscam o

seguimento dos seguimentos bucais em direção orientada ao longo do arco dentário da linha

média, para esquerda ou para direita.

A distalização busca espaço na boca, neste sentido é utilizada na correção dos casos de

Classe II, divisão 1, e de Classe III de Angle, onde existem mesiogressão e apinhamento.

Com a distalização será possível corrigir a maloclusão sem extrair o dente.

Sem dúvida a distalização dos molares sem o uso do tradicional AEB deixou de ser

uma utopia e representa um salto na evolução dos dispositivos mecânicos ortodônticos. Aliás,

representa progresso de conotação prática, uma vez que aumenta a expectativa de eliminar

uma variável importante no êxito do tratamento ortodôntico: a cooperação do paciente. Se por

um lado têm a vantagem da força incessante, por outro, os distalizadores intrabucais

apresentam inconvenientes mecânicos recorrentes, que afrontam o ortodontista. Destaca-se a

imprevisibilidade do resultado, exigindo a necessidade do controle individual ao longo do

tratamento. Afinal, avaliar riscos faz parte da equação científica: custo x benefício.9

Nesse, a distalização unilateral dos molares pode ser conseguida com o AEB, que

possui versatilidade para a aplicação de forças excêntricas. A distalização unilateral pode

também ser alcançada com os distalizadores unilaterais. Para alcançar a distalização unilateral

com o Pendex ou Pêndulo elimina-se uma das molas distalizadoras. Isso talvez corresponda à

vantagem de demandar menos ancoragem, já que a reação do aparelho é intrabucal.

Bergdahl10

falou sobre um estudo sueco apresentado em Estocolmo que revelou

quando um dentista extrai um dente, o mesmo pode estar "arrancando" também parte da

memória do paciente. Segundo o autor "os dentes parecem ter uma importância enorme para a

nossa memória".

A distalização dos molares caracteriza-se como um redirecionamento do crescimento

maxilar ou projeção mandibular através de sua postura mais anterior. Para tanto, pode-se

utilizar dispositivos intra ou extra-orais.11

O sucesso do tratamento ortodôntico da maloclusão de Classe II dentaria é a

distalização dos molares superiores permanentes, evitando assim, extrações dentarias e

13

visando maior estabilidade pós-tratamento, porem devido a necessidade de cooperação dos

pacientes, o tratamento torna-se mais longo.12

Janson13

relatou que a distalização dos molares superiores, está associada à perda de

ancoragem, a qual ocasionará uma protrusão dos dentes anteriores que posteriormente

deverão ser retraídos, isto é o que ocorre basicamente nos dispositivos intrabucais.

2.3 indicações e contraindicações

Para Leiros14

os aparelhos distalizadores, quando bem indicados, são excelentes

alternativas na correção da Classe II ou na eliminação de apinhamentos Ântero-superiores.

Dentre os diversos tipos de utensílios intrabucais utilizados para distalização de molares,

podemos destacar o Jones Jig, os magnetos e o pêndulo. A distalização é contraindicada em

pacientes com padrão de crescimento vertical.15

O aparelho Jones Jig é indicado por ser prático, bem tolerado pelo paciente, promove

maior ganho de espaço no arco superior e maior rapidez para correção da relação molar,

utilizado em casos assimétricos, com fácil correção da linha média e menor necessidade de

colaboração do paciente. È contraindicado em pacientes com padrão de crescimento vertical.16

2.4 O Aparelho Jones Jig

O aparelho Jones Jig requer um reforço de ancoragem, que corresponde a um botão de

Nance modificado, fixo nos primeiros ou segundos pré-molares ou ainda, nos segundos

molares decídos. O aparelho é contra indicado para pacientes cujo padrão de crescimento seja

vertical, embora a força do distalizador seja aplicada em direção anteroposterior, extrusão dos

molares não pode ser controlada.5

Jones e White idealizaram o aparelho Jones Jig, que requer mínima colaboração do

paciente e possibilita um tratamento mais consistente e mais rápido, tornando se um método

viável dentro das técnicas ortodônticas tradicionais para correção das discrepâncias

dentarias.17

Jones e White5 desenvolveram um distalizador denominado Jones Jig. Trata-se de uma

mola aberta de níquel titânio que libera forças que variam de 70 a 75 gramas quando estas são

comprimidas de 1 a 5mm. A aplicação desse aparelho exige a presença de um botão de Nance

modificado como ancoragem para os dentes anteriores, em relação aos molares que serão

distalizados. O aparelho é adaptado lateralmente ao arco dentário superior na região dos

14

molares e pré-molares, apoiado no botão de Nance (elemento de ancoragem), enquanto seu

apoio posterior localiza-se nos tubos duplos das bandas dos primeiros molares superiores

(elemento a serem distalizados). A média de tempo para distalização é de quatro a seis meses.

Segundo Jones e White, o movimento realizado para distal do molar com esse aparelho é mais

dentário que esquelético, sendo contra indicado nos casos de padrão de crescimento

predominantemente vertical, uma vez que a extrusão dos molares não é restringida.16

O autor16

afirma que para confecção do aparelho Jones Jig, primeiramente adaptamos

as bandas nos primeiros molares superiores permanentes, em seguida faz-se o contorno do

palatode segundo pré-molar a segundo pré-molar em casos de dentadura permanente e de

segundo molar decíduo em caso de dentadura mista, utilizando fio 0,036. Em seguida

confecciona-se o botão de Nance, porém tendo cuidado com a papila incisiva (Figura 1).

Figura 1 Ilustração do aparelho Jones Jig, com o botão de Nance.

Fonte- Fernandez e Ysla18

O Jones Jig, é constituído por uma barra deslizante (A), com um loop em uma de suas

extremidades, a outra tendo um prolongamento de 0,035´´ que ancora na bucha (A1) e outro

prolongamento 0,045´´ que é preso ao slot do tubo (A2). Existe ainda um gancho (B), uma

mola helicoidal (C) e uma alça ativadora (D) (Figura 2).

15

Figura 2- Ilustração do aparelho Jones Jig, com indicações.

Fonte- Fernandez e Ysla18

O loop é feito no sentido oclusal, atingindo o 1/3 médio da coroa do canino. A barra

.035´´ é inserida no tubo do AEB e a .045´´ no arco intra-oral , com o fio metálico .008’’ o

aparelho é imobilizado ligando o gancho (B) ao tubo do molar e a alça ativadora (D) a

unidade de ancoragem (segundos dos pré-molares permanentes ou segundo molares

decíduos). A ativação da mola, que é feita por meio de uma amarração, pode ser 1.0mm a

5.0mm, de acordo com os limites de cada individuo. A reativação é feita a cada 4 ou 5

semanas.

Figura 3- Aparelho Jones Jig.

Fonte- Cabrera e Cabrera19

Figura 4- Aparelho na boca, antes e depois

Fonte- Cabrera e Cabrera19

16

2.5 Efeitos

O aparelho Jone Jig faz um movimento para distal tanto do primeiro como do segundo

molar superior, porém, como efeitos indesejáveis esse aparelho provocou perda de

ancoragem, inclinação para vestibular dos incisivos superiores e aumento da AFAI.20

É necessário salientar que este mecanismo intrabucal promove a mesialização ou

perda de ancoragem dos dentes anteriores, principalmente se usada na dentadura permanente.5

O movimento distal do molar superior e não ocorria puramente de corpo e a inclinação

distal era clinicamente evidente. E como consequência desse movimento distal ocorre a perda

de ancoragem significante, onde os dentes anteriores tendem a inclinar para frente devido ao

nivelamento dos arcos.

Bondemark et al.21

(1994) verificaram que o sistema das molas superelásticas

produziam uma distalização mais rápida dos molares comparadas aos magnetos, porém a

inclinação axial dos dentes alterava-se devido a maior movimentação da coroa.

Freitas22

constatou em dois casos clínicos que a correção dentária com o aparelho

Jones Jig ocorreu num curto período de tempo, com pouca perda de ancoragem e sem a

colaboração dos pacientes. Já na dentadura mista, os pré-molares intra-osseos acompanharam

o movimento dos molares.

Suguino et al.23

consideraram que quando bem indicado o aparelho Jones Jig

possibilita uma rápida resolução do caso, com efeitos colaterais controláveis e com a mínima

cooperação do paciente.

Haydar et al.24

compararam o aparelho Jones Jig e a tração cervical. Observaram que,

apesar do aparelho Jones Jig ser mais rápido em atingir os objetivos no sentido ântero-

posterior, esse promoveu maior perda de ancoragem anterior e maior grau de inclinação distal

dos molares, alem de promover somente efeitos dentários, sendo a principal diferença a

unidade de ancoragem.

2.6 Vantagens e Desvantagens

De acordo com Jones e White5 a correção da Classe II com aparelho Jones Jig se dá de

120 a 180 dias, independente da colaboração do paciente.

A grande desvantagem do aparelho Jones Jig é a mesialização e protrusão da unidade

de ancoragem, no entanto, elimina-se o uso extensivo do aparelho extrabucal e corrige-se a

relação molar mais rapidamente.17

17

Para Runge et al.25

o aparelho Jones Jig foi projetado para fornecer uma força de

distalização de molar superior contra uma unidade de ancoragem intra-oral, eliminando assim

a necessidade de colaboração do paciente.

Aidar et al.26

realizaram um trabalho com aparelho Jones Jig, onde obteve a correção

da simetria dentária, coincidência das linhas médias dentárias com o plano sagital mediano,

onde observando o traçado cefalométrico não houve alteração do padrão de crescimento

facial.

Maia et al.27

observaram através de um estudo que o aparelho Jones Jig demonstrou

uma tendência a promover uma maior inclinação dos incisivos superiores, e ainda um

aumento da AFAI (altura facial antero inferior).

Brinckman et al.28

relataram que as principais vantagens do aparelho Jones Jig são a

não dependência da colaboração do paciente, fácil confecção e aplicação de força.

2.7 Comparação

De acordo com Henriques et al.17

Haydar e Under compararam o aparelho Jones Jig e

atração extrabucal serviçal e observarão que em ambos o movimento de distalização foi

efetivo.

Maia et al.27

observaram a comparação da inclinação axial mésiodistal dos molares

superiores, da altura facial ântero-inferior e do angulo nasolabial, após a utilização de dois

sistemas de distalização intrabucal: Jones Jig e distal Jet. Onde foram utilizados uma amostra

de 20 paciente brasileiros, leucodermas, sendo dez tratados com Jones Jig (grupo 1) dez

tratados em Distal Jet (grupo 2), foram usadas de cada grupo telerradiografias realizadas no

inicio do tratamento e logo após a distalização dos molares superiores. Observou-se nos

resultados que nenhum dos dois sistemas promoveu uma distalização de corpo significante

dos molares, portanto os resultados evidenciaram uma tendência ao menor movimento

pendular dos molares superiores quando se utiliza o sistema distal Jet, quanto ao Jones Jig

demonstrou uma tendência a promover uma maior inclinação dos incisivos superiores, enfim

as duas mecânicas influenciam igualmente o aumento da altura facial antero-inferior.

Gianelly29

concluiu que o grau de dificuldade e prognóstico da distalização dos

molares encontram-se relacionados com o estágio de desenvolvimento dentário e com a idade

do paciente.

18

2.8 Construção

O distalizador Jones Jig é constituído de um fio .036” colocado no tubo redondo do

acessório soldado a banda do molar. Nesse mesmo fio é inserida uma mola aberta de níquel-

titanio que , quando ativada, libera uma força que varia de 70 a 75 gramas sobre os primeiros

molares superiores a serem distalizados, sendo que a intensidade da força pode ser mensurada

por meio de um tensiômetro ou similar. Acima deste fio de .036” esta soldado um fio de

.016” que é encaixado no “slot” retangular do tubo do molar e vai orientar o movimento

distal.17

2.9 Aparelho Pendex

O aparelho apresentava um botão acrílico de Nance no palato para a ancoragem e

molas construídas com fio de titânio-molibdênio (TMA) que produzem uma força leve e

contínua sobre os molares. As molas para a distalização dos molares devem ser pré-ativadas,

de modo a manterem-se paralelas a rafe palatina mediana e perpendicular ao corpo do

aparelho14

(Figura 5).

Ogenda15

esclarece: o Pendex de Hilgers é um aparelho utilizado para a distalização

dos primeiros molares superiores na correção da Classe II em pacientes pouco colaboradores,

que apresentam a dentição superior anteriormente posicionada sem alterações esqueléticas

graves, tanto no sentido horizontal quanto no vertical. A primeira parte desta pesquisa

demonstrou o potencial do Pendex na distalização do molar superior, com movimento maior

da coroa que da raiz, perda de ancoragem e avanço dos dentes superiores.

As ativações realizadas permanecerão por um período de aproximadamente 4 meses e

tenderão a levar os primeiros molares para a relação de Classe I, e dependendo da Classe II

inicial poderá ser necessário as reativações das molas e que deverão ser realizadas

intrabucalmente com o emprego simultâneo de dois alicates.30

Para Byloff et al.31

com o uso do aparelho ocorre uma inclinação distocervical

acentuada dos primeiros molares superiores, extrusão dos segundos pré-molares, e uma leve

perda de ancoragem dos incisivos superiores.

Martins1 fala que o aparelho, que foi denominado “pendulum”, consiste de um botão

de acrílico no palato, que serve como ancoragem e molar de fio TMA .032, as quais se

encaixam nos tubos dos molares, exercendo forças moderadas e contínuas.

19

O aparelho distalizador intrabucal Pendex, constituiu-se de bandas nos primeiros pré-

molares e primeiros molares permanentes superiores, apoios oclusais na distal dos segundos

pré-molares, parafuso expansor, botão acrílico e molas distalizadoras de TMA.9

Skuzzo et al.32

descrevem uma modificação que consiste na colocação de alças

horizontais invertidas, proporcionando o controle dos movimentos das coroas e raízes dos

molares.

Conforme os molares superiores se distalizavam, como consequência indesejável a

mordida acabava cruzada, sendo assim ele inseriu um torno expansor dando nome de Pendex,

o qual tem como objetivo a correção das moloclusões de Classe II de Angle, sem o uso de

extrações, de fácil ativação e que utiliza forças leves e constantes, e ainda independe da

colaboração do paciente.6

Figura 5- Ilustração do aparelho Pendulum e do Pendex (com torno expansor ).

Fonte- Seul Dental Office33

As molas Pendulum pré-formadas de TMA 032, no formato de um V, corresponde a

ultima geração do Pendulum, a qual é angulada de modo que o braço que corresponde a

unidade de ancoragem fique paralelo a rafe mediana6 (Figura 6)

Figura 6 As molas do Pendex.

Fonte: Hilgers et al.6

20

A mola V pode ser usada bilateralmente, sendo que o loop tem que estar afastado 1mm

da rafe e 3mm do palato, dessa maneira a curvatura palatal deve ser precisa afim de não

lesionar o paciente,onde corta-se o excesso após a acrilização, respeitando a posição de

revestimento da mesial do primeiro molar33

(Figura 7).

Figura 7. Pêndulo com bandas.

Fonte- Seul Dental Office33

2.10 Vantagens e Desvantagens

Kinzinger et al.4 relata que as principais vantagens deste aparelho inovador com

ancoragem intramaxilar é não depender da colaboração do paciente. Componentes verticais

agem sobre os molares, pré molares e incisivos, como intrusão e extrusão.

Ursi e Almeida34

relataram que esse aparelho exige pouquíssima cooperação do

paciente devido à ação das molas.

A não extração de pré-molares na correção de uma maloclusão Classe II representa

uma razão convincente para distalizar os molares superiores.9

No progresso de conotação prática, uma vez que aumenta a expectativa de eliminar

uma variável importante no êxito do tratamento ortodôntico: a cooperação do paciente. Se por

um lado tem a vantagem da força incessante, por outro, os distalizadores intrabucais

apresentam inconvenientes mecânicos recorrentes, que afrontam o ortodontista. Destaca-se a

imprevisibilidade do resultado, exigindo a necessidade do controle individual ao longo do

tratamento. Afinal, avaliar riscos faz parte da equação científica: custo x benefício. Como

desvantagem mecânica dos distalizadores intrabucais refere-se à impossibilidade de

distalização dos molares, cumprindo um movimento de translação. Embora os diferentes

21

aparelhos intrabucais lancem mão de recursos para controlar o centro de rotação até o

momento isso ainda é improvável. 9

Ogeda15

relata que o aparelho Pendex é contra-indicado no tratamento de pacientes

com excessiva convexidade facial ou altura facial anterior inferior aumentada. Santos et al.35

esclarece que os aparelhos Pêndulo e Pendex, idealizados por Hilgers induzem efeitos

dentários, sem influência esquelética e sem exigir cooperação do paciente.

2.11 Ativação

Por outro lado, a ativação das molas contra os 1º e 2º molares simultaneamente, exige

cuidados com a ancoragem no segmento anterior do arco superior. 1

Kinzinger et al.4 relatou que o aparelho de pêndulo padrão introduzida por Hilgers, no

entanto, dá origem ao aparelho específico fundamental que uma vez que as molas de pêndulo

ativados foram inseridos nas bainhas palatinos das bandas molares, os molares são movidos

em um arco em raios pêndulo.

Hilger6, idealizador do aparelho Pendex, esclarece que as ativações poderiam ser

realizadas interna ou externamente, de acordo com a modificação desse dispositivo. O

aparelho Pêndulo passou a ser denominado Pendex, que ao contrário do distalizador original,

deve ser ativado a cada três dias, possibilitando uma expansão lenta e favorecendo a

distalização dos molares.6

O aparelho pêndulo se destaca pela facilidade de confecção, ativação unica, a

possibilidade de ajuste das molas, se necessário, para corrigir problemas transversais e

verticais, nas posições do molares superiores.36

2.12 Efeitos

Desde a década de 1980, quando o desenvolvimento tecnológico possibilitou a

liberação de força suave e contínua contra os molares superiores, usando ancoragem

intramaxilar fixa, a Ortodontia parece ter se imbuído da noção de que é possível distalizar os

molares com os aparelhos distalizadores intrabucais. Esse desafio é uma realidade

comprovada pelo espaço generoso que a literatura dedica-se aos distalizadores intrabucais,

inclusive em literatura pátria. Os distalizadores intrabucais são capazes de cumprir a função

indicada pelos seus nomes, isto é, distalizar primeiros e/ou os segundos molares superiores,

como explicitado mediante emprego do Pendex. 9

22

O Pendex é contra indicado em pacientes com padrão de crescimento vertical, devido

ao seu potencial extrusivo sobre o molar superior e os elementos de ancoragem, favorecendo

o aumento da dimensão vertical por rotação mandibular.15

Conclui que o Pendex promove

alteração do ponto A anteriormente e aumento do ângulo do plano mandibular

Ghosh e Nanda36

realizaram uma pesquisa com 41 indivíduos por 6 meses com o

Pendulo, o primeiro molar distalizou em média 3,37 mm, com inclinação de 8,36o e intrusão

de 0,1mm, enquanto que o primeiro pré-molar extruiu 1,7 mm. O segundo molar distalizou

2,27 mm e inclinou 11.99o, vestibularizando 2,33 mm. Ocorreu uma perda de ancoragem de

43% em media. Sobre os terceiros molares, a atuação do aparelho é variável.

Bussick e McNamara37

atentaram que o aparelho afeta primeiramente o arco dentário

superior, com efeitos menos pronunciados sobre as estruturas craniofaciais e tecidos moles.

2.13 Construção

De acordo com Ogeda,15

Hilger6

utilizou o fio TMA (Ormco Co.,CA,USA), para a

construção das molas conformadas a partir de um grande botão de Nance, formando um

helicóide próximo da sutura palatina mediana, em direção a face lingual dos primeiros

molares superiores e encaixadas em tubos linguais.

Martins et al.1 relataram a utilização das molas de tiânio-molibdênio inicialmente nos

segundo molares, por motivos de preservação de ancoragem, seguida da sua estabilização

com fios de aço inoxidável. Os tubos dos primeiros molares ajustavam-se ás molas

empregadas anteriormente nos segundo molares.

Snodgrass38

concluiu que o aparelho consistia de um parafuso expansor de 11 mm,

apoios oclusais e molas de titânio molibdênio, não é passível de soldagem as molas era pré-

ativadas de 8 a 10 mm para distal. Os parafusos expansores eram soldados na região mesial

dos molares e os apoios oclusais colados nos molares decíduos na dentadura mista e, na

permanente, os primeiro pré-molares deveriam ser bandados e os apoios colados nos segundos

pré-molares.

2.14 Indicação e contra indicação

23

O Pendex é contra indicado em pacientes com padrão de crescimento vertical, devido

ao seu potencial extrusivo sobre o molar superior e os elementos de ancoragem, favorecendo

o aumento da dimensão vertical por rotação mandibular.15

Patel et al.39

relataram um estudo em que foram comparadas as alterações dento

alveares da classe II com pacientes tratados com Jones Jig e aparelhos de pêndulo. Como

método foi utlizado um grupo experimental composto por 40 indivíduos com maloclusão de

classe II divididos 2 grupos: grupo 1 foi composto por 20 pacientes (11 meninos e 9 meninas)

em uma média de idade pré tratamento 13.7 anos tratados com o aparelho jones jig para 0,91

anos e Grupo 2 foi composto por 20 pacientes (8 meninos, 12 meninas) em média de idade

pré-tratamento de 13,98 anos, tratados com o aparelho pendulo para 1,18 ano. Apenas o

tempo de tratamento ativo de distalização molar foi avaliada na pré-distalização e na pós-

distalização nas telerradiografias laterais. Variações angulares e lineares foram obtidas nos

molares, segundos pré-molares e insisivos. De acordo com os resultados os segundo pré-

molares superiores apresentaram maior inclinação mesial e extrusão no aparelho jones Jig,

indicando uma maior perda de ancoragem durante a distalização do molar.

Kinzinger et al.4 comparou a eficiência tanto qualitativa com ancoragem intramaxilar

na distalização de molares superiores. Oitenta e cinco trabalhos foram revisados, e 22 foram

identificados como sendo indicado para inclusão. A seleção baseou-se em conformidade com

os seguintes critérios: grupo de tratamento com pelo menos 10 pacientes não sindrômicos,

projeto convencional de ancoragem intra-oral através de um botão palatino e dentes de

ancoragem, consistente em um estudo cefalométrico clínico epidemiológico com dados exatos

sobre o curso de tratamento, e apresentações estatísticas dos resultados medidos e, seus

desvios padrões. Os resultados mostram que o movimento de distalização de molares é

possível com numerosos aparelhos diferentes, enquanto a distalização do molar com o

aparelho pêndulo padrão apresentou os maiores valores para a distalização dental linear com

uma substancial inclinação distal indesejável.

24

3 MÉTODO

O trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas em periódicos

especializados. As palavras-chave foram: tratamento ortodôntico, Pendex, Jones Jig,

distalização de molares. Os documentos citados foram publicados do período de 1985 a 2010,

mas não deixaram de serem citados períodos anteriores, uma vez que o esclarecimento se faz

pertinente ao tema.

25

4 DISCUSSÃO

A odontologia moderna vem com intuito de promover um maior conforto ao paciente,

o qual está relacionado com a estética, incômodos e colaboração por parte dos mesmos. Além

desse conforto significativo por parte dos pacientes, destaca-se a eficiência dos aparelhos e o

tempo de tratamento.

Para Silva Filho et, al quando o ortodontista necessita da colaboração do paciente para

se chegar a um resultado, o tratamento torna-se arriscado pelo simples fato de o mesmo se

tornar refém desses pacientes. A falta de colaboração do paciente gera um aumento no tempo

do tratamento, aumentando assim o risco de iatrogenias e como conseqüência resultados

insatisfatórios. A manutenção da higiene bucal adequada por parte do paciente, seria a maior

colaboração no uso de aparelhos extrabucais (AEB), ou seja, aparelhos removíveis que

interferem na estética ou dicção do paciente ,e elásticos intermaxilares.34

O uso do AEB

contínuo, bem como os aparelhos funcionais removíveis necessitam de máxima colaboração,

por parte dos pacientes, para resultados eficientes.

Com a finalidade de não necessitar da colaboração do paciente, foram idealizados

aparelhos intrabucais que promovem a distalização dos molares superiores sem a cooperação

do mesmo, são eles: Distal Jet,7 Pêndulo/Pendex,

6 Jones Jig

5 e mini-implantes.

40

Os distalizadores intrabucais Pendex e Jones jig, produzem efeitos dentários, não

possuem influencias esqueléticas, sendo eficientes na correção de uma maloclusão de classe

II, corrigindo apinhamento ântero-superiores e ainda promovem espaços para erupção de um

canino impactado, alem de não necessitar da cooperação do paciente. 14,35

O aparelho Jones jig pode ser usado na correção da maloclusão de classe II uni ou

bilateral, tendo a capacidade de distalizar cerca de 2,7mm um molar superior, com inclinação

de aproximadamente 3,5 exercendo uma força de 150 gramas em 12 meses. Em pacientes com

idade inicial de 10 anos, é possível distalizar molares superiores em até 2,80 mm, em um

período de aproximadamente 2,5 meses em casos de maloclusões de classe II suaves.24

Um movimento distal de molares superiores realizado com o aparelho Jones jig, tem

como efeito um aumento do trespasse horizontal, causado pela mesialização dos incisivos

superiores, resultando em um aumento da altura facial ântero-inferior, podendo haver perda

de ancoragem dos pré-molares superiores e vestibularização dos incisivos superiores, sendo

esses efeitos considerados pontos negativos desse aparelho. Com isso, o uso do aparelho

Jones jig associado com um aparelho extrabucal, o qual seria auxiliar na ancoragem dos

dentes ântero-superiores, seria o ideal para o sucesso do tratamento.42

26

O aparelho Pendex, construído por Hilgers, em 1992, é derivado de um pêndulo e

possui molas de TMA introduzidas no acrílico de um expansor, Hass, por exemplo, por meio

de um tubo telescópio presente no mesmo. Essas molas são encaixadas nos tubos palatinos

dos molares superiores exercendo forças leves e contínuas nos mesmos, devendo ser pré-

ativadas de modo a manterem-se paralelas a rafe mediana do palato e perpendicular ao corpo

do aparelho. Esse aparelho esta contraindicado para pacientes dolicofaciais ou com algum

comprometimento vertical, pois aumentam a dimensão vertical devido à extrusão dos pré-

molares superiores, onde seriam bem indicados em casos de pacientes braquifacias.

Na mecânica de distalização realizada com o aparelho Pendex, ocorre uma inclinação

distocervical acentuada dos molares superiores distalizados, alem da extrusão dos pré-molares

e leve perda de ancoragem dos incisivos inferiores.31

Assim como no aparelho Jones Jig, a

distalização realizada com aparelho Pendex, seria interessante o auxilio do aparelho

extrabucal no ato de retração dos pré-molares.

27

5 CONCLUSÃO

Após a revisão da literatura pode se dizer que o aparelho Jones Jig e Pendex são

aparelhos distalizadores de molares superiores intrabucais que atingem o objetivo do

tratamento sem a necessidade da colaboração do paciente.

Com o desenvolvimento da odontologia contemporânea, técnicas modernas estão

sendo empregadas com o intuito de realizar forças continuas e suaves com efeitos

convincentes sobre os molares superiores, usando ancoragem intramaxilar fixa.

Estes aparelhos promovem forças leves e continuas, movendo os dentes em 5 mm em

aproximadamente 4 meses. Os aparelhos necessitam de um bom controle de ancoragem para

que não ocorra a mesialização dos pré-molares superiores e a vestibularização dos incisivos

superiores. A ancoragem é pertinente em todas as práticas, sua perda pode ser constante em

diversas técnicas, necessitando tomar cuidado com os efeitos colaterais que podem ocorrer,

como por exemplo, uma mordida aberta anterior.

Conclui-se através da pesquisa realizada, que hoje em dia na clínica cotidiana a

distalização dos molares superiores com aparelhos intrabucais tem sido freqüente na vivencia

dos ortodontistas. Em relação à mecânica de distalização de molares superiores os

distalizadores intrabucais apresentam resultados imprevisíveis alem de importantes

desvantagens quando comparados com seu antecessor clássico, o AEB. Como desvantagens

desses distalizadores intrabucais poderíamos citar:a)a perda da ancoragem na região de pré-

molares e incisivos superiores e;b) os molares distalizados sofrem uma inclinação, chamado

de movimento pendular, devido a resistência das raízes a distalização.

Uma importante restrição quanto ao uso dos distalizadores intrabucais, seria a

utilização destes em pacientes dolicofaciais e/ou face longa, ou seja, pacientes com tendência

a crescimento vertical, ou mesmo com comprometimento vertical. Essa restrição esta

intimamente relacionada com uma conseqüência da distalização dos molares superiores, a

qual seria o aumento do terço inferior da face, comprometendo ainda mais um paciente com

características verticais.

28

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