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/T ANNO DOMINGO, 7 DE AGOSTO I3E 1904 V." ibo SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA Assigííatssra |j Anno, tSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado'. £i Para o Brazil, anno. 2S5oo réis Imoeda forte,. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. , ED ITOR — José Aiiguslo Saloio | CAO. ÂDffiBTIUtiO E TÍPOíiltAPlilA 9 . RUA DIREITA—19, i.° ALDEGALLEGA í| 8BialíIi c ações Annuncios— t.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4. ■>pagina, contracto.especial. O* auto- *• graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. 1 PROPR IETÁR IO José Augusto Saloio EXPEDIENTE ltogainos aos nossos estimáveis assignantes a ftiseza de nos participa rcn* qualquer falta ma re messa do;jornal. para de p ro m p t o p ro v f d c » c i a r mos. Acceitam-se eo«i grati dão, quaesquer noticias que sejam dc iasieress.e publico. No Diario de Noticias cia passada terça feira insere a distincta escriptora que se encobre sobopseudonymo de Caiei um artigobrilhan tíssimo emque verbera as peramente aselvagem que ultimame-nte secommetteu em Hespa.nha no espectá culo emque houve a lueta entre umtigre e um touro. Effeetivãmente causa as sombro que possa chegai' a tal ponto a estupidez hu mana; os homens vão col- locar-se em nivel inferior ao das feras,- porque estas teem apenas o instincto bestial e o homemtem , ou deve ler, o raciocinio. Homens, mulheres ecre anças, numdelirioindiscri- ptivel, numa furia infrene de cannibaes, pediam mais sangue, vendo o touro e o ligre numa peleja medo nha; tinham desapparecido daquelles corações todos os sentimentos humanos; alli só havia a febre da sei ras á hespanhoja edeu um excellente resultado para quem gosta de vêr scenas de sangue; falta só a jaula do tigre. Talvez venha. Povos que apresentam ao mundoscenas de tal or dem mostrambemo esta do de decadenaa a que chegaram . JOAQUIM DOS ANJOS. vagena. Não discuto as opiniões de ninguém; no meu en tender, as touradas já são um divertimento barbaro que mostram o estado de atrazo emque seencontra a intellectuaiidade de um povo; agora, aggravadas com o espectáculo da lu cta entre um touro e um tigre, dão uma bella idéa da humanidade; fazem-n’a retroceder aos ominosos tempos de Nero, o celebre imperador romano quenão foi aindaexcedidoem actos de barbaridade. Em Portugal já se ten tou tambemalidedos tou- lo sr. administrador do concelho Pedimos ao sr. adm inis trador do concelho para que dè as necessarias pro videncias a fim de evitar que certos e determinados typos na nossa villa dêem bastantes vezes o triste es pectáculo da bebedeira, em constantes arruaças pelas ruas de Aldegallega, em al tas horas da noite. Além d’estedivertimento serpou cocivilisador, é as mais das vezes incommodativoeob sceno pelos palavrões com que os incorrigíveis málan- driris rematamas suas no josas cantilenas. Que se desculpe os que i m e n sa d am e n te cá e m nes se degradante espectáculo, muito bem; mas fechar os olhos para os que têem por dever de officio essasarrua ças, não achámos proprio nemmoralisador. Queira s. ex.a indagar do nosso pedido, e verá cia razão que a elle assiste. Nestes casos, a brandu ra da auetoridade, é pro- judicial até aos proprios beberrÕes. Alguns moradores da PraçaSerpaPintopediram- nos para chamar a atten ção do sr. administrador do.concelho para asscenas vergonhosas que alli se es tão dando todos os dias de manhã comos vendedores de hortaliça por causa do local que cada umdestina á sua venda. Armam ques tões empregandoum phra- seado chulo e obsceno, of- fendendo a moral publica. Ficaassim satisfeitoope dido das pessoas que se nos dirigiram , esperando que o sr. administrador se dignará dar as necessarias providencias para que de futuro taes scenas se não dêem . • AGRICULTURA Aproveitamento das ír? ctas: conservação ein yérdc: sceèagem. Ha este anno abundan cia de fruetas, e coincidin do esta abundancia com uma colheita vimco.la, que tambemse espera boa (em bora já disimada pelas do enças que correndo otem po húmido não cessam), o valor da fructa é rebaixa do, tratando-se só de con- sumil-a em fresco; torna- se, pois, necessasio dar-lhe outro ou outros destinos, procurar-lhe melhor appli- cação. A fructa, além de ser consumida em fresco, pó de ser esmagada para se lhe extrahir o sumo, e po de ser conservada em fres co ou emsecco. Quando seextrahe osu mo da fructa tem-se em vista fermental-o para pro duzir um liquidosim ilhante ao vinho, e este pode ser assim bebido ou reduzido a alcool. Esta fórma de aproveita mentoda fructa, para vinho e alcool, temtoda a razão de ser emanno de má co lheita de vinhodeuva, mas este anno, ou emqualquer anno de bòa colheitadeste vinho, seria uma operação de má economia produzir outro liquido idêntico, que traria em consequencia ,a depreciação dos dois; não deve, pois, este anno tra tar-se do esmagamento dos fruetos, mas sim da sua conservação em fresco ou emsecco. A conservação perfeita e demorada das fruetas fres cas depende da existencia de casas apropriadas cha madas frueteirasede meios que não estão ao alcance de todos, nem taes casas se . levantam em pouco tempo. Lembra a este res peito, como a muitos, as sociação: uma lructeira construída pela associação de todos ou de alguns vi- sinhos produetores de fru ctas permittir-lhes-ia guar dal-as, por algum tempo, em bom estado, para as exportar na melhor occa sião. Entretanto a conserva ção caseira ha de fazei-a cada. um como poder, es colhendo uma divisão da casa, onde se possa evitar a entrada da luz e onde se possa manter baixaa tem peratura do ar, ou que se ja casa fria. Uma divisão da casa, virada ao norte e sobretudo uma loja cujo fundo esteja abaixo da su perfície da terra exterior, mas onde não haja humi dade, póde, á falta de me lhor, servir de lructeira. As- fruetas que com mais abundancia se dão no nos so paiz e mais se perdem são cerejas, ameixas, pece- gos, peras, maeãs, uvas e figos. As cerejas, ameixas, pe- cego.s e figos só por pou cos dias podem ser conser vados em fresco, especial mente os figos, emquanto sperarn a sabida para a venda; o .unico processo de conservação para taes fruetas é a seccageme es se é o seu destino. As peras e especialmen te as maçãs são as fruetas que por mais tempoemais facilmente, em fresco, po dem ser conservadas: ha maçãs que emboas condi ções cie lructeira podem passar sãs de uma até ou tra colheita. São muitas e relativas ; diversas castas) as con dições para facilitar a con servação das fruetas, quan to é possivel conseguir-se. Dessas condições umas são relativas á casa; esta deve ser sêcea, fria e dis posta de fórma que possa evitar-se aentrada da luze do ar; outras são relativas á fructa que deve ser, em geral, colhida antes da per feita maturação, deve estar perfeitamente sã, sempisa duras nemferidas de qual quer ordem, pois estando a fructa beliscada ou pisa- ia mais facilmente épene trada pelos microbios da podridão que andam noar. Para diminuir a humi dade, que tanto favorece a podridão, collocam-se na frueteira pedras de cal viva que observem essa humi dade; e para anullar os m i crobiostem-se adoptadodi versosantisépticos, maspa rece reconhecido que os vapores de alcool são su periores a tudo; collocam- se para tal fim , em cada compartimento, ioo centí metros cúbicos ou 1 decili tro de alcool de 96 graus, em um pequeno frasco de vidroquese.conservaaber to. Se na frueteira se sentir cheiro de môfo deve quei mar-se umpouco de enxo fre. Mas a fórma mais con veniente dc conservar as fruetas, e muito especial mente aqueilas que menos tempo se conservam em fresco, é a seccagem . Esta operação pode fa zer-se, ou expondo as fru etas aocalor natural dosol, ou sujeitando-as ao calor artificial de fornos ordiná rios oude estufas feitas pa ra este fim especial. Para fazer a seccagem ao sol descascam-se as pe ras e as maçãs, e a estas ainda se lhes tira ocoração a parte que envolve 0 en- docarpo comas sementes) e colloca-se cada fruetoso bre si, umao ladode outro sem se tocarem , emtabo- leiros ou eiras ou emchão sêcco cobertos de palha de centeio. Os pècegos ou alperees devem ser partidos e ex traído o caroço. As outras fruetas não têem preparo para serem lançadas ao sol sobre os estrados depalha. Aseccagem ao sol tem o inconveniente de ser ás vezes interrompida por chuvas intempestivas, por nevoeiros ou orvalhadas, e então énecessáriorecorrer ao calor do forno para sal var a fructa. Para não soffrer este in conveniente, que além de dispendioso pode produzir mau gosto ou má qualida de, porque não é facil re- gularisar o calor do forno, e para andar depressa usam em Agen, para asec cagem dasUafamosaamei-

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Page 1: CAO. Â D ffiB T IU tiO E TÍPOíiltAPlilA · Que se desculpe os que i m e n sa d am e n te cá e m nes ... Ao vêr-te neste momento, Vi que eras tu a creança. JqAQUIM dos anjos

/T A N N O D O M IN G O , 7 D E A G O S T O I3E 1904 V." ib o

SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA

A s s ig í ía t s s r a |jAnno, tSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado'. £i Para o Brazil, anno. 2S5oo réis Imoeda forte,.Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ,

EDITOR— José Aiiguslo Saloio |

CAO. Â D f f i B T I U t i O E TÍPOíiltAPli lA■9 . — RUA DIREITA — 19, i.°

A L D E G A L L E G A

í| 8BialíIi c a ç õ e slí A nnuncios— t . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.■> pagina, contracto.especial. O* auto- *• graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

1 PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

EX PE D IE N T E

l t o g a i n o s aos nossos e s t i m á v e i s assignantes a ft is e z a d e nos p a r t i c i p a r c n * q u a l q u e r f a l t a ma r e ­m e s s a d o ; j o r n a l . p a r a d e p ro m p t o p r o v f d c » c i a r m o s .

A c c e i t a m - s e e o « i g r a t i ­dão, q u a e s q u e r n o t i c i a s q u e s e j a m d c ia s ie r e s s .e p u b l i c o .

No Diario de Noticias cia passada terça feira insere a distincta escriptora que se encobre sob o pseudonymo de Caiei um artigo brilhan­tíssimo em que verbera as­peramente a selvagem que ultimame-nte se commetteu em Hespa.nha no espectá­culo em que houve a lueta entre um tigre e um touro.

Effeeti vãmente causa as­sombro que possa chegai' a tal ponto a estupidez hu­mana; os homens vão col- locar-se em nivel inferior ao das feras,- porque estas teem apenas o instincto bestial e o homem tem, ou deve ler, o raciocinio.

Homens, mulheres e cre­anças, num delirio indiscri- ptivel, numa furia infrene de cannibaes, pediam mais sangue, vendo o touro e o ligre numa peleja medo­nha; tinham desapparecido daquelles corações todos os sentimentos humanos; alli só havia a febre da sei­

ras á hespanhoja e deu um excellente resultado para quem gosta de vêr scenas de sangue; falta só a jaula do tigre. Talvez venha.

Povos que apresentam ao mundo scenas de tal or­dem mostram bem o esta­do de decadenaa a que chegaram.

JOAQUIM DOS ANJOS.

vagena.Não discuto as opiniões

de ninguém; no meu en­tender, as touradas já são um divertimento barbaro que mostram o estado de atrazo em que se encontra a intellectuaiidade de um povo; agora, aggravadas com o espectáculo da lu­cta entre um touro e um tigre, dão uma bella idéa da humanidade; fazem-n’a retroceder aos ominosos tempos de Nero, o celebre imperador romano que não foi ainda excedido em actos de barbaridade.

Em Portugal já se ten­tou tambem a lide dos tou-

l o s r . a d m i n i s t r a d o r d o c o n c e l h o

Pedimos ao sr. adminis­trador do concelho para que dè as necessarias pro­videncias a fim de evitar que certos e determinados typos na nossa villa dêem bastantes vezes o triste es­pectáculo da bebedeira, em constantes arruaças pelas ruas de Aldegallega, em al­tas horas da noite. Além d’este divertimento ser pou­co civilisador, é as mais das vezes incommodativo e ob­sceno pelos palavrões com que os incorrigíveis málan- driris rematam as suas no­josas cantilenas.

Que se desculpe os quei m e n sa d am e n te cá e m nes­se degradante espectáculo, muito bem; mas fechar os olhos para os que têem por dever de officio essas arrua­ças, não achámos proprio nem moralisador.

Queira s. ex.a indagar do nosso pedido, e verá cia razão que a elle assiste.

Nestes casos, a brandu­ra da auetoridade, é pro- judicial até aos proprios beberrÕes.

Alguns moradores da Praça Serpa Pinto pediram- nos para chamar a atten­ção do sr. administrador do .concelho para as scenas vergonhosas que alli se es­tão dando todos os dias de manhã com os vendedores de hortaliça por causa do local que cada um destina á sua venda. Armam ques­tões empregando um phra- seado chulo e obsceno, of- fendendo a moral publica.

Fica assim satisfeito o pe­dido das pessoas que se nos dirigiram, esperando que o sr. administrador se dignará dar as necessarias

providencias para que de futuro taes scenas se não dêem. •

AGRICULTURA

A p r o v e i t a m e n t o d a s ír? c t a s : c o n s e r v a ç ã o e in y é r d c : s c e è a g e m .

Ha este anno abundan­cia de fruetas, e coincidin­do esta abundancia com uma colheita vimco.la, que tambem se espera boa (em­bora já disimada pelas do­enças que correndo o tem­po húmido não cessam), o valor da fructa é rebaixa­do, tratando-se só de con- sumil-a em fresco; torna- se, pois, necessasio dar-lhe outro ou outros destinos, procurar-lhe melhor appli- cação.

A fructa, além de ser consumida em fresco, pó­de ser esmagada para se lhe extrahir o sumo, e po­de ser conservada em fres­co ou em secco.

Quando se extrahe o su­mo da fructa tem-se em vista fermental-o para pro­duzir um liquido similhante ao vinho, e este pode ser assim bebido ou reduzido a alcool.

Esta fórma de aproveita­mento da fructa, para vinho e alcool, tem toda a razão de ser em anno de má co­lheita de vinho de uva, mas este anno, ou em qualquer anno de bòa colheita deste vinho, seria uma operação de má economia produzir outro liquido idêntico, que traria em consequencia ,a depreciação dos dois; não deve, pois, este anno tra­tar-se do esmagamento dos fruetos, mas sim da sua conservação em fresco ou em secco.

A conservação perfeita e demorada das fruetas fres­cas depende da existencia de casas apropriadas cha­madas frueteirasede meios que não estão ao alcance de todos, nem taes casas se . levantam em pouco tempo. Lembra a este res­peito, como a muitos, as­sociação: uma lructeiraconstruída pela associação de todos ou de alguns vi-

sinhos produetores de fru ctas permittir-lhes-ia guar dal-as, por algum tempo, em bom estado, para as exportar na melhor occa­sião.

Entretanto a conserva­ção caseira ha de fazei-a cada. um como poder, es­colhendo uma divisão da casa, onde se possa evitar a entrada da luz e onde se possa manter baixa a tem­peratura do ar, ou que se­ja casa fria. Uma divisão da casa, virada ao norte e sobretudo uma loja cujo fundo esteja abaixo da su­perfície da terra exterior, mas onde não haja humi­dade, póde, á falta de me­lhor, servir de lructeira.

As- fruetas que com mais abundancia se dão no nos­so paiz e mais se perdem são cerejas, ameixas, pece- gos, peras, maeãs, uvas e figos.

As cerejas, ameixas, pe- cego.s e figos só por pou­cos dias podem ser conser­vados em fresco, especial­mente os figos, emquanto sperarn a sabida para a

venda; o .unico processo de conservação para taes fruetas é a seccagem e es­se é o seu destino.

As peras e especialmen­te as maçãs são as fruetas que por mais tempo e mais facilmente, em fresco, po­dem ser conservadas: ha maçãs que em boas condi­ções cie lructeira podem passar sãs de uma até ou­tra colheita.

São muitas e relativas ; diversas castas) as con­

dições para facilitar a con­servação das fruetas, quan­to é possivel conseguir-se.

Dessas condições umas são relativas á casa; esta deve ser sêcea, fria e dis­posta de fórma que possa evitar-se a entrada da luz e do ar; outras são relativas á fructa que deve ser, em geral, colhida antes da per­feita maturação, deve estar perfeitamente sã, sem pisa­duras nem feridas de qual­quer ordem, pois estando a fructa beliscada ou pisa- ia mais facilmente é pene­trada pelos microbios da podridão que andam no ar.

Para diminuir a humi­

dade, que tanto favorece a podridão, collocam-se na frueteira pedras de cal viva que observem essa humi­dade; e para anullar os mi­crobios tem-se adoptado di­versos antisépticos, mas pa­rece reconhecido que os vapores de alcool são su­periores a tudo; collocam- se para tal fim, em cada compartimento, ioo centí­metros cúbicos ou 1 decili­tro de alcool de 96 graus, em um pequeno frasco de vidro que se.conserva aber­to.

Se na frueteira se sentir cheiro de môfo deve quei­mar-se um pouco de enxo­fre.

Mas a fórma mais con­veniente dc conservar as fruetas, e muito especial­mente aqueilas que menos tempo se conservam em fresco, é a seccagem.

Esta operação pode fa­zer-se, ou expondo as fru­etas ao calor natural do sol, ou sujeitando-as ao calor artificial de fornos ordiná­rios ou de estufas feitas pa­ra este fim especial.

Para fazer a seccagem ao sol descascam-se as pe­ras e as maçãs, e a estas ainda se lhes tira o coração a parte que envolve 0 en- docarpo com as sementes) e colloca-se cada frueto so­bre si, um ao lado de outro sem se tocarem, em tabo- leiros ou eiras ou em chão sêcco cobertos de palha de centeio.

Os pècegos ou alperees devem ser partidos e ex­traído o caroço. As outras fruetas não têem preparo para serem lançadas ao sol sobre os estrados de palha.

A seccagem ao sol tem o inconveniente de ser ás vezes interrompida por chuvas intempestivas, por nevoeiros ou orvalhadas, e então é necessário recorrer ao calor do forno para sal­var a fructa.

Para não soffrer este in­conveniente, que além de dispendioso pode produzir mau gosto ou má qualida­de, porque não é facil re- gularisar o calor do forno, e para andar depressa usam em Agen, para a sec­cagem da sUa famosa amei-

Page 2: CAO. Â D ffiB T IU tiO E TÍPOíiltAPlilA · Que se desculpe os que i m e n sa d am e n te cá e m nes ... Ao vêr-te neste momento, Vi que eras tu a creança. JqAQUIM dos anjos

AO ACTOR ALVARODi^em que as fadas oulfora,Com um sorriso d'esperança,Levaram beijos da aurora Ao berço d'uma creança.

Aereas e vaporosas,Duma elegancia gentil,Deitaram perfume e rosas Em torno ao berço infantil.

Disseram todos, sorrindo,()' Arte. que és nossa irmã,Dá o futuro o mais lindo A creancinha louçã.

Ea\-lhe aos olhos brilhar A chamma ardente do génio;Que o povo vá deslumbmr A viva luz do proscénio.

Que o voo auda^ Talento Mostre, na altiva pujança.»

Ao vêr-te neste momento,Vi que eras tu a creança.

Jq AQUIM d o s a n j o s .

PENS AMEM TOS

A ão ha senão duas riquezas verdadeiras:— o homem e a terra; e a terra nada vale sem o homem.— Diderot.

— A felicidade é um sonho; a dor é real. — Voltaire.— Defendei as vossas terras. que a esperança da liber­

dade está na vossa licença — Luiz de Camões.

ANECDOTAS

No tribunal:() ju iz—D'esta vez apanha a absolvição; espero que

será a ultima vez cl lle í7c7m ms appareça.0 réo-— Então o sr. juiz faz tenção de se aposentar?

______Em ebno, aos tombos, entra numa taberna e pede

meio litro.— Quer branco ou tinto? pergunta-lhe o dono. da

tasca.— Hum?. . . Qualque serve. . . E pra vomitar. . .

_»'«4S'U”S»«4_N'um salão de musica.Ema das ouvintes pergunta:— Elo é musica liturgica, pois não é, sr. Barão?— A ão, condessa. Para mim é musica lethargica. Re­

pare como Iodos dormem. . .i_____ W B M f-JE » t_____

— Conhece o dr. E. . .?— Perfeitamente.■— .-1 sua reputação, como medico, parece-me univer­

sal, hein?— Sim, estende-se até ao outro mundo!

xa, uma casa em forma de estufa, cercada de tubos onde circula o calor; nessa estufa introduzem a fructa em taboleiros, constituin­do estantes móveis sobre carris.

Na America do norte, e especialmente na Califór­nia, onde existe a mais des­envolvida industria de sec- cagem de ameixas e outras fruetas, inventaram uma machina seccadeira, ou evaporador, que tem exte­riormente a apparencia de tarara para limpar grãos ou de pequena machina de debulha, e em cujo interior, em forma de estufa, se met- tem taboleiros, que se re- vesam levando a fructa.

Esta machina foi aper­feiçoada na Allemanha; está muito diffundida e quaesquer tres pequenos produetores associados a podem comprar e usar com proveito.

M. RODRIGUES DE MORAES Agrónomo.

(Da Gazeta das Aldeias).

Foram avisados por meio de pregão, todos, os man­cebos desta villa recensea­dos para o serviço militar, para solicitarem guia de apresentação á inspecção, na secretaria da camara municipal, nos dias 9 e 10, e os de Sarilhos Grandes no dia 11.-

— —— — -xstse*-*-----------------------

íu s p e e ç ã s » M i l i t a r

Realizam-se nos Paços do Conceiho, nos dias 17, 18 e 19 do corrente a ins­pecção dos mancebos para o serviço militar.

-«o— :

Por parte da administra­ção do concelho se está procedendo á visita sanita- ria, nesta villa.

•— ------------«y> ----------------

L u í n o s a

José de Bastos Condeça, de 40 annos de edade, sol­teiro, trabalhador, natural desta villa, falleceu pela

FOLHETIM

Traducçáo de J. DOS ANJOS

D E P O I S dT p I C C A B OL i v r o § e g n n d o

I 11

O esplendido panorama que se des­cobria d'aqueHe sitio elevado fez com que a Magdaiena e o Pedro Je dem o­rassem muito tem po a contempla!-o.

— Que bonito que é! m urm urou a Magdaiena. encostando-se ao Pedro , rum to CQtnmovida.

— Se já esta' admirada agora, minha senhora, disse o guarda, que ouviia a exclamação Ja Magdaiena. que fará quando vir o ralacio p ó r dentro !

uma hora da madrugada de 1 do corrente.

P az á sua alma.

U n s s e i v a g e m

Na tarde de sexta feira passada,no matadouro mu­nicipal, Camillo Fernandes, o «Cabrinha», empregado no talho do nosso amigo, sr. José Paulo Relogio, es­pancou barbaramente com um pau um pobre gato que alli fóra encontrado, indo em seguida buscar uma fa­ca com a qual atravessou por muitas vezes o animal- sinho O facínora ria do mal que acabava de prati­car num animal que até nos serve de companhia e mostrava-o, «victorioso», a quem alli se achava.

A’ auctoridade compe­tente pedimos não abando­ne este repellente crime, a fim de que o scelerado receba o castigo pela sel- vageria que praticou, de fórma a servir-lhe de exem­plo para o futuro.

Presenciaram esta bar­baridade, os srs. Fernando Rodrigues Gouveia, José Sampaio d’Q|iveira, Do­mingos Salgado, Justino José Reis, e outros indivi­duos cujos nomes ignorá­mos.

_—__--—<«*-- — — -co>-------DECLARAÇÃO

Constando-me que um dos meus collegas, com es­tabelecimento n’esta villa, diz abertamente a todas as pessoas, quer sejam ou não seus freguezes, que faz tra­balhos para minha casa e me dá de interesse o des­conto de 20 p. c\, declaro publica mente, por este meio, que é falso o que a tal res­peito esse collega diz, e tanto assim que ainda pos­so, com a pouca pratica que tenho, (como diz o en­tendido collega) dar 5o p. c. de desconto nos meus trabalhos.

Aldegallega do Ribatejo, 6 de agosto de 1904.Avelino M. Contramestre I

Tinha aberto a porta massiça. situa da no meio do poial e que dava en­trada para u m largo vestibulo ao fun­do do qual sc avistava a escada de p e ­dra branca, com um con imno de fei­ro forjado, desenhando no fun 'o branco dos muros capr ebosos ara­bescos. A Magdaiena e o Pedro fo­ram atraz d'elle, e viram o rez-do cháo, onde havia dc um iado a cosi- nha e as- suas dependencias e do ou­tro dois salóes, uma casa de jantar c uma bibliotheca e o primeiro andar, dividido em casas espaçosas, receben do uma luz brilhante pelas largas ja- nellas largas.

A mobilia era honesta, m rs a Ma­gdaiena, com o seu bom gosto, com- p rehendeu logo que a que estava em casa da princeza .serviria muito bem paia aili.

— Que felicidade reserva esta so ­

lidão aos que vierem para aqui viver! suspirou ella, toda encostada ao ouvi­do do Pedro.

— Sim. a si e ao seu marido! res pondeu eile com a voz dilacerada.

Ella suspendeu-se-lhe febrilmente, do b r a c o.

— Que tem. a.rrgo Pedro? pergun­tou lhe.

— Perde'e-me m urm urou elle, sou fraco e cobarde e vae de certo des- presar-me; mas padeço tanto. . .

— Que padecimento é o seu?— A idéa ds qne vae ser feliz aqui

com outro homem põe-me fóra de mim. Queria octr ltar-lhe o meu pen­samento, mas isso é superior ás mi­nhas força?.

— Pois eu n§o me hei de deitar aos sens pés para lhe provar que é a si j que eu amo. tornou a Mrgdalena, a j um tem po zombei ira’e benerola. 1

0 P ed ro levantou de repente a ca­beça, in terrogando-a com os olhos sem comprehender.

— E' a mim a quem a m a ! . . .— De que meios que>‘ que me sirva

para o convencer d'isso? Sim, e a si a quem eu amo, só a si.

Magdaiena. por com paixão .. .Elle dobrara o joelho e deante d ’el-

la. bebendo-lhe as palavras, seguran do-lhe as mãos parecia esperar que ella tornasse a falar para se conven cer de que não estava enganado.

— Ama me! disse elle a final. Para que me fez então suspirar tanto tem­po ?

— Esperava que tivesse compre- hen ido e me pou; asse tal confissão.

— A mim! a mim! murmur; va elle, ebrio de alegria; é então a m im a quem ama; era de mim que falava e a quem fazia ailu^fio; sou. eu aquelle

T o u r a d a

E’ hoje que se realisa, na praça d’esta villa, a interes­sante corrida de 4 bravís­simas vaccas, que serão li­dadas por arrojados ama­dores d’esta villa. Antes da corrida, um vistoso grupo de cavalleiros desta villa, trajando á Marialva, fará cavalhadas, para o que já têem.muitas e valiosas pren­das.

O espectáculo é abrilhan­tado pela distincta phylar­monica i.° de Dezembro desta villa e fecha com um touro para curiosos, que le­vará ao pescoço um impor­tante premio para quem o pegar de cara.

Deve ser uma tarde bem passada.

A l c o c b e í e

Effectuou-se no domingo passado, no elegante thea­tro D. Manuel, promovido pelo grupo Taborda, de Lis- bôa, um attraheme espe­ctáculo composto da en­graçada comedia «Quem empresta não melhora», monologos e cançonetas.

O espectáculo agradou muidssimo.

O passeio fluvial que se realisou no domingo pas­sado a bordo do vapor '.(Al­cochete», deu occasião a que esta villa fosse visitada por muita gente.

A nova direcção da So­ciedade i5 de Janeiro com­põe-se dos srs Ramos da Costa, presidente;Eduardo Carrasquinho, vice-presi- dente; Francisco Raphael, thesoureiro; Manuel Alfei- rão, secretario; Aurélio João da Cruz, João Lavra­do, Vicente Garrett e Ma­nuel da Costa Alves.

ftánumeoNo domingo passado es­

teve muito animado o bai­le que se realisou no vasto salão da Sociedade, dan­çando-se alli até de ma­drugada.

a quem associou aos seus projectos e de quem me falava sempre?

— E ’ verdade, Pedro!— Mas eu, em relação a si, sou tão

humilde e tão pobre!— Sim, mas tão grande pela alma!

Amei-o no dia em que o tornei a vêr, ou talvez nunca tivesse deixado de o amar, e náo fiz senão ligar o p resen ­te ro passado !onginquo,a esse passa­do de que estamos separados pelos acontecimentos e pelos annos. Sim, bastou-me tornar a encontrar-me na sua sombra, ouvil-o, para ser domi­nada de repente por um sentimento que nunca tinha conhecido: era o amor. Quando o cumprimentei ao pé do leito do meu pae. quando no ce­miterio me offereceu o seu braço, comprehendi que estavamos ligados para sempre.

■ (Gontir.ua;. ‘

Page 3: CAO. Â D ffiB T IU tiO E TÍPOíiltAPlilA · Que se desculpe os que i m e n sa d am e n te cá e m nes ... Ao vêr-te neste momento, Vi que eras tu a creança. JqAQUIM dos anjos

C & te è ta n a é n to

Vae brevemente proce­der-se ao calcetamento do largo da Egreja.

— «©-«38 — ----

«ísilgasíi catesFoi julgado no tribunal

judicial d’esta comarca, no dia 4 do corrente, Annice- to José, solteiro, de 3o an­nos de idade, trabalhador, natural de Beja, freguezia de.S. Thiago Maior, por no dia 17 de julho fin- " do, cerca de 6 horas da manhã e na estalagem do sr. José Francisco Fernan­des, ter furtado a Vicente da Silva, da villa dt Canha, uma carteira com 2$ooo réis. Foi condemnado na pena de 6 mezes de pri­são e go dias de múlta a 200 réis, ficando isento do pagamento de custas por provar ser pobre.

Em audiência de policia correccional, tambem no mesmo dia foram julgados no tribunal judicial d’esta comarca, Rodrigo Cordei­ro, o «-Fadinho», João Coe­lho, o «Seis dedos» e Chris­tiano Lucas, todos pescado­res e naturaes desta villa, accusados de andarem na noite de 1 para 2 de maio pelas ruas d’esta villa que­brando os vidros das janel- las e arrancando os posti­go'- das rotulas. Foram con­demnados o «Fadinho» em seis mezes de desterro pa­ra S. Thiago do Cacem, e os outros dois em tres me­zes de prisão correccional com oito dias de multa á razão de 100 réis por dia. Não pagam custas e sellos do processo por provarem ser pobres.

Foram hontem julgados no tribunal d’esta comar­ca, José Domingues, ma­rítimo, Luiz Domingues, solteiro, trabalhador, Ber- nardino Rodrigues, soltei­ro, trabalhador, e Joaquim Martins, solteiro, trabalha­dor, todos naturaes da fre­guezia de Sarilhos Peque­nos, concelho da Moita, accusados pelo ministério publico de se terem envol­vido em desordem na noi­te de 1 de maio proximo passado, pelas 10 horas e meia, desordem esta que deu em resultado todos ficarem offendidos corpo- ralmente.

Foram condemnados o réo José Domingues, na pena de 60 dias de prisão e 8 de multa a 100 réis; Luiz Domingues, em 60 dias de prisão e 8 de multa a 100 réis; Joaquim Rodrigues, em 5o dias de prisão e 6 de multa a 100 réis; Bernar- dino Rodrigues, em 20 dias, ficando espiada a pena pe­

lo tempo de prisão já sof- frida, e bem assim todos condemnados nas custas e sellos do processo.

AOS AGRICULTORES

A Nova Empreza d"Adu­bos Artificiaes, tendo em vista satisfazer o pedido de alguns lavradores, seus cli­entes, que usam empregar a farinha de tremôço como fertilisante, resolveu iniciar a moagem deste legume na sua fabrica do Alto da Barrosa, em Aldegallega do Ribatejo, para o que fez compras importantes, a fim de poder servir todas as re­quisições, que lhe sejam di­rigidas, do mesmo genero.

Por egual se encarrega da moagem de tremoço, por conta alheia, ao preço cie 240 réis a sacca.

Muito brevemente de­vem chegar novos guanos, duma riqueza apreciavel em Azote e Acido phos- phorico, assim como se es­pera um carregamento de sulphato de potassium, vin­do directamente da Alle- manha para esta fabrica.

Opportunamente se an- nunciarão os competentes preços em relação ásdosa- gens respectivas.

Escripíorios — em Lis­boa, largo de-S. Paulo, 12, i.°; em Aldegallega, rua Conde Paçô Vieira, 24.

Durante a semana finda, houve quasi todos os dias vaccina gratuita nos Paços do Concelho, pelo sub-de­legado de audc. sr, dr. Manuel Fernandes da Cos­ta Moura. E’ extraordinarioo numero de creanças que para tal fim alli tem ido.

Continua ainda a haver vaccina no mesmo edificio dos Passos do Concelho.

Uma morada de ca.'as baixas com quimal, pòço e parreiras de uva ferral, na rua das Postas, 3i. Trata- se com Rosa Joaquina Cor­reia, moradora no sitio da Senhora da Conceição dos Mattos.

A N N U N C I O S

ANNUW GIO

COMARCA DF, ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

(t.a ME2S?íIiír;ê2‘ã<s)

Pelo juizo de direito de e ta Comarca e cartorio

do primeiro officio, se pro­cede a inventario entre maiores por fallecimento de João de Deus Costa Junior, morador que foi na vilia de Canha e em que é inventariante a sua viuva Maria Joaquina d’Almeida; e peto presente correm editos de trinta dias citan­do os crédores e legata- rios desconhecidos ou re­sidentes fora da Comarca, para no dito praso a con­tar da segunda publicação no «Diario do Governo», deduzirem seus direitos, nos termos do § 4.0 do ar­tigo 496 do codigo de Processo Civil.

Aldegallega do Ribatejo,16 de julho de 1904.Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE DIREITO

S. Mo tia.O ESCRIVÁO

José Maria de Mendonça.

ANNUNCIO

( l . a P sa fo l ica çã o )

No juizo de Direito de esta comarca correm edi­tos de trinta dias, conta­dos da segunda publicação deste, citando o interessa­do Faustino, menor pubre, com sua mãe Cecilia Men­des, ausentes em parte in­certa, para assistirem a iodos os termos aíé final do inventario orphanologi­co por obito de Gauden- cio Barbosa, residente que foi em Sarilhos Grandes, d’esta comarca e é inven­tariante a viuva Jacintha Domingas, do mesmo lo­gar e freguezia, e sem pre- juizo do andamento do mesmo inventario.

Aldegallega do Ribatejo,4 de agosto de 1904.

O escrivão do i . ° officio,

Antowo Julio Pereira Moulinho.Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE DiREITO

S. Motta.

ANNUNCIO

COMARCA DE ALDEGALLEGA D!) RIBATEJO

l Beifc I ieação)

No dia sete de agostoS proximo, peias doze ho­

ras, á porta do tribunal ju­diciai de esta villa de Al­degallega, nos autos de in­ventario orphanologico a que se procede por obito de Berardo Lopes, mora­dor que foi no sitio do Gaio, freguezia da Moita, no qual é cabeça do casal a sua viuva Joanna Maria, se hão cie vender e arre­matar em hasta publica a quem maior lanço offere­cer sobre os valores abai­xo designados, os bens seguintes: Uma fazendacomposta de terra de se­meadura, vinha, quatromoradas de casas abarra­cadas e pòço, no sitio do Gaio, prazo foreiro a An­tonio Guedes Pinto de Fi­gueiredo, em i$200 réis annuaes e uma gallinha ou 400 réis por ella, e vae á praça no valor de 100S000 réis; e uma outra fazenda, que se compõe de terra de semeadura, vinha, ar­vores e casas abarra­cadas, no mesmo sitio doGaio, praso foreiro a José Joaquim da Silva Mattos, de Lisboa, em 3$200 réis annuaes e uma gallinha ou

400 réis por elia, com lau­demio de quarentena e vae á praça no valor de réis 1 oo ooo.

Fica a cargo do arrema­tante o pagamento por in­teiro da contribuição de registo.

São citados os credores incertos para assistirem á dita arrematação e ahi usa­rem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 28 de julho de 1904.

O ESCRIVÁO

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidf.o.

O JUIZ DE DIREITO

S. Motta.

JOSE A. DA. FONSECA YAZ VELHO SOLICITADOR

Encarrega-se de solicitar em qualquer repartição pu­blica nesta comarca. Pre­ços modicos. í83R. da Calçada, Aldegallega

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den.aduras completas pelo systema mais aperfeiçoado. Obturações a ouro, platina e cimento. Extracções sem dor, com anestesia local. Desinfecção de-instrumentos com todos os rigores d’antisepsia moderna.

4|sbs2síí« depois dc qualquer tratamento ou ob­tu r a eá# o d o e s te coa itiuuar a quelxar-se. péde-se a fisseza de o d e c la ra r com ioda a framqúcza.

RUA. DIREITA, 6 5, 1.° 161

'ã r m T z e m d e m o v e i s— D Ê —

MSI MMSS ÊASfiSlARua do C'o3Éde. JL8. -18-a. 4 S-b. (predio de azulejo)

ALD EG ALLEG A DO RIBATEJOCompleto sortimento de mobílias para sala, casa de

jantar, quartos e cosinha. Camas de fino gosto, tanto em madeira como em ferro, lavatorios, baldes, regado­res, bidets, bacias para pés, tinas para banho e retretes.

Alguidares de zinco de todos os tamanhos, fogarei­ros cie chapa de ferro, tigelas da casa e baldes de ferro zincado. Malas em todos os tamanhos e feitios cober­tas de lona, oleado e folha.

COFRES A PROVA DS FOG-O

resistentes a qualquer instrumento perfurante ou cor­tante com segredos e fechaduras inglezas, recebidos directamente de uma das melhores fabricas do paiz.

Os attestados que os fabricantes possuem e cujas copias se encontram nesta casa, são garantia mais do que sufficiente. para o comprador.

Tapetes, capachos de côco e arame, de duração infi­nita. Completo sortido de colchoaria e muitos outros artigos. Emfim, uma visita a esta casa impõe-se como um dever a todas as boas donas de casa.

N’esta casa se pule e concerta mobilia com perfeição.

1 A entrada nesta casa é franca e péde-se a todos que Aisitem tão util estabelecimento, =54

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4 O ‘ DOMINGO

J I E L 8 J J à M à í i à l Á N T l f í Ã- DE — .

0 OTJTAIvTESTE■V£J-

Vende e concerta toda a qua­lidade de relogios por preços modicos. Tambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro, prata e tudo que pertença d arte de gravador e gaivanisador.

Fecha ds quintas feiras.

GARANTEM-SE OS CONCERTOS

t. Una d© Poço,168

MERCEARIA RELOGIOiSUCCESSORES;

Franco & Figueira— — -- < 3 C X ; o o

Os proprietários d’este novo estabelecimento parti­cipam aos seus amigos e ao publico em geral, que teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mer­cearia, especialidade em chá e café, confeitaria, papela­ria, louças pó de pedra. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário. Petroleo, sabão e perfumarias.

Unicos depositários dos afamados Licores da Fabri­ca Seculo X X , variado sortido em vinhos do Porto das melhores marcas, conservas de peixe e de fruetas, mas­sas, bacalhau de differentes qualidades, arroz nacional e extrangeiro, bolachas, chocolates, etc., etc.

--------------PRACA SBRPA PINTO — ALDEGALLEGA

COMMERCIO DO POVOTendo continuado a augmentar o movimento desta

já bem conhecida casa commercial pela seriedade de transacções e já tambem pela modicidade de preços por que são vendidos todos.os artigos, vem de novo recommendar ao publico em geral que nesta casa se en­contra um esplendido sortido de fazendas tanto em fan­queiro como em modas, retrozeiro, mercador, chape­laria, sapataria, rouparia, etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e

AO ALCANCE; DE TODAS AS BOLSASDevido á sabida do antigo socio desta casa, o iH.mo

sr. João Bento Maria, motivada pelo. cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários resolveram am- plear mais o actual commercio da casa, dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem.

Tomam, pois, a liberdade de convidar os s.us estimá­veis freguezes e amigos, a que, quando qualquer com­pra tenham de fazer, se inteirem primeiro das qualida­des, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vantagosos.

A divisa d'esta casa é sempre ganhai' pouco para ven­der muito e vender a todos pelos mesmos preços, pois que todos os preços são fixos.

V i s i t e m , p o i s , © C o s m u e r c io «1» Bao v o

mm m 1 íT íW a T íí õ & s ilv aRua Direita, 88 e 90 - ? •— Rua do Conde, 2 a 6

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Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

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Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava. milho, cevada, aveia, sul­phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor. 178

O.ri.. M TD ii (J Á . TIL

l ls s a «1© C a e s — ALDEGALLEGA

Romance de aconteci­mentos êensacionaes e ve­rídicos occorridos na actua­lidade e mais interessante que os Mysterios de Paris e Rocambole por Dubut de Laforest.

Pedidos á «Editora», lar­go do Conde Bai ão, 5o — Lisboa.

mimíChronica do reinado de Luiz XV)

Romance historico por E. LADOUCETTE

Os amores trágicos de Manon Les- íáu t com o celebre cavalleiro de Grieux. formam o entrecho d'este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade deveras encantador.

A corte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta magistralmente pelo auetor d ‘0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi receb do em Pa ris, onde se contaram por milhares os exemplares vendidos.

A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de iõ paginas, de grande formato, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.SO s‘è i s o f a s c le s i ! »

1 © 0 r é i s © to m ©

2 valiosos brindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular, Em ­presa Editora. 162, Rua da Rosa. 162

Lisboa.

DE

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N’este estabelecimento encontra o publico, sempre que queira, a excellente carne cie porco fresca e salga­da, assim como:

CHISPE, CABEÇA E TOUCINHOA e e e i© e s m e r a d o ! — *— P r e ç o s l i m i t a d o s !

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JOSÉ DA ROCHA BARBOSA(.'oin © í í l e ia a d e ( '© r r c e ír © e S íeJ Ie iro

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Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers , «illustrada» com numerosas zinco-gravuras de «homens celebres» do 1 ransvaal e do Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais 'cruenta ' da

G E ER R A ANGLO-BOER Por um funceionario da Cruz Vermelha ao serviço

cio Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas................ 3 o réisTomo de 5 fasciculos..................................... i 5o »A GUERRA ANGLO BOER c a obra de mais palpitante actualidade.

N ella são descrij-tas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A GUERRA ANGLO-! OER faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes batalhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroismo e tenacidade, em que são egualmente admiravéis a coragem e de­dicação p triotica cie vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d ’esta contenda e . t r e a poderosa Inglater ra e as duas p e q i r n a s republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras peripecias. jror tal maneira d rç maricas e pittorescas, que dão á GUER­RA ANGLO-BOER, conjunctámente com o irresistível- attractivo d ’uma nar» rativa h.storica dos nossos d a s , o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto, julga pres tar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam .deleitar-se e adquirir perfe :to conhecimento dos successos que mai interessam o m undo cuito na actualidade.

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Agente em Aldegallega ■ ■A. Mendes Pinheiro Junior

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