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ANÁLISE COMPARATIVA DO LASER E LED NO TRATAMENTO DE FOLICULITE NO GÊNERO MASCULINO
COMPARATIVE ANALYSIS OF LASER AND LED IN THE TREATMENT OF FOLICULITE IN THE MALE GENDER
Alana Leticia Gomes Mana – [email protected] da Silva Bini – [email protected]
Tayná Cristina Araújo Pereira – [email protected]ção em Estética- Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Prof. Luciana Marcatto Fernandes Lhamas –[email protected]
Docente do Curso Bacharel em Estética Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
RESUMO
A foliculite é uma patologia causada na pele, geralmente pela bactéria Staphylococos aureus, sendo caracterizada pela presença de pus, prurido e em alguns casos dor. Pelo fato do LASER Vermelho e o LED Azul apresentarem efeitos anti-inflamatórios e cicatrizantes. O presente estudo teve como objetivos, comparar a eficácia do LASER e LED em foliculite na região da barba em pacientes do gênero masculino. Foi desenvolvida uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa, com 2 sessões semanais, e duração total de 36 (trinta e seis) dias, onde os procedimentos foram aplicados em quatro homens com idade entre 18 (dezoito) e 35 (trinta e cinco) anos com fototipo II e III, que apresentavam foliculite na região da barba. Os resultados foram analisados por meio de registros fotográficos pré e pós-tratamento e questionário de satisfação do paciente, onde a associação das técnicas LASER e LED apresentou maior eficácia perante a patologia estudada quando comparada com as técnicas individuais. O estudo obteve resultados satisfatórios, pois houve uma otimização significativa na aparência da pele dos voluntários.
Palavras-chave: Foliculite. Pelos. LASER. LED.
ABSTRACT
Folliculitis is a condition caused by the skin, usually by the bacterium Staphylococcus aureus, and is characterized by the presence of pus, pruritus and in some cases pain. By the fact the Red LASER and Blue LED have anti-inflammatory and healing effects, the aim of the present study was to compare the efficacy of LASER and LED in folliculitis in the beard region in male patients. A qualitative experimental study was developed, the 2 weekly sessions, with a total duration of 36 (thirty six) days, where the procedur6es were applied in four men aged between 18 (eighteen) and 35 (thirty five) years with phototype II and III, which presented folliculitis in the region of the beard. The results were analyzed through pre and post-treatment photographic records and a patient satisfaction questionnaire, in which the association of LASER and LED techniques it present itself more efficient in the studied pathology when compared to the individual techniques. The study obtained
1
satisfactory results, as there was a significant optimization in the appearance of the skin of the volunteers.
Key words: Folliculitis. Hair. LASER. LED.
INTRODUÇÃO
A insatisfação do homem por não ter a imagem ideal, tem influenciado
negativamente seus campos emocionais, psicológicos e sociais, podendo
desenvolver transtorno depressivo. Por esse motivo a busca pela aparência ideal
tem se tornado frequente (FREITAG, 2007 apud OLIVEIRA; RICCI; RAMOS, 2015).
A foliculite é mais comum em pessoas do gênero masculino e dificilmente é
transmitida de pessoa para pessoa (SALES; AVELAR, 2012).
O presente estudo teve como objetivos comparar a eficácia do LASER e LED
em foliculite na região da barba em pacientes do gênero masculino, compreender a
patologia apresentada, descrever as técnicas e comparar a foliculite antes e após a
intervenção do LASER e LED.
Acredita-se que a associação das técnicas LASER e LED terá um efeito
sinérgico com resultado satisfatório, devido a diminuição da inflamação e o controle
bacteriano. De acordo com Agne (2003) o LASER tem como efeito a ação anti-
inflamatória. Segundo Menezes (2017) o LED Azul atua na destruição das bactérias
e fungos, degradação dos cromóforos presentes na pele diminuindo as manchas.
1 PELOS
Os pelos surgem através de uma invaginação epidérmica denominado folículo
piloso. São distribuídos por praticamente todo o corpo e desempenham importante
papel na proteção. Eles possuem apenas três pigmentos, a melanina (preto), o
castanho e o amarelo, porém suas combinações podem produzir diferentes cores.
Quando não há presença de melanina, os pelos tornam-se brancos (GUIRRO e
GUIRRO, 2002).
O pelo apresenta uma parte visível, a haste, que está em sequência da raiz,
parte profunda alojada no interior de um saco cilíndrico, formando desta forma o pelo
(PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT, 1998 apud RESCAROLI; SILVA; VALDEMARI,
s.d).
2
1.1 A anatomia e fisiologia do pelo
A primeira manifestação de aparecimento do folículo piloso se dá por células
que se juntam e se multiplicam, estendendo-se em direção da derme,
inclinadamente em relação à superfície cutânea. O folículo piloso é dividido em dois
segmentos, o superior que é a parte permanente do folículo e o segmento inferior
onde ocorre o ciclo biológico do mesmo que possui as fases conhecidas como fases
de crescimento, repouso e queda (PEREIRA, 2001).
1.2 Estrutura do pelo
As glândulas sebáceas são responsáveis por secretar o sebo, que lubrifica e
condiciona a pele. O músculo eretor do pelo direciona o eixo dos pelos a ficarem em
pé e causa arreios na pele. Cada pelo tem três camadas separas e diferentes, são
elas: a medula que está presente apenas em pelos maduros, é a parte central do
pelo e é formada por células grandes e sem núcleo; o córtex que é a camada
intermediária, formado por células epiteliais ricas em melanina; e a cutícula é a
camada externa que é formada por células queratinizadas e não possuem nenhum
pigmento (HALAL, 2011).
1.3 Os ciclos de crescimento do pelo
Segundo Sittart e Pires (1998, p. 3), “A produção de pelos realiza-se com
marcantes modificações morfológicas do folículo piloso. O ciclo de produção do pelo
compreende três fases”:
Anágena é a fase de crescimento, os pelos se formam na derme e em todo
corpo com exceção nas palmas das mãos e planta dos pés.
Catágena é a fase regressiva que dura cerca de três semanas. Nesta fase, as
células deixam de se multiplicar e os melanócitos cessam sua atividade. O bulbo
morre completamente queratinizado e se destaca a papila dérmica.
Telógena é a fase de repouso que dura aproximadamente seis semanas. Ao
fim do repouso, o pelo cai e um novo começa nascer (PEYREFITTE; MARTINI;
CHIVOT, 1998 apud RESCAROLI; SILVA; VALDEMARI, s.d).
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1.4 Tipos de pelos
Existem três tipos de pelos: lanugem que é a pelagem que recobre o feto e se
soltam no útero entre o sétimo e oitavo mês de gestação ou logo após o nascimento
do bebê; os pelos velos são os que recobrem os bebês após o nascimento, estão
presente também na face ou em áreas de calvície masculina; e existem também os
pelos terminais que são os pelos mais visíveis, pigmentados e com medula.
Encontrados nas axilas, regiões pubianas, pernas, sobrancelhas, cílios, barba,
bigode e cabelos do couro cabeludo (TIPOS DE PELO, 2012).
1.5 Barba
A história da barba vem desde os tempos dos Impérios Romanos como sinal
de imponência e poder. Porém, com o passar do tempo, surgiu a lâmina de barbear
que em seu comercial dizia que as mulheres preferiam homens de rosto livre de
pelos, fazendo assim, com que a popularidade da barba diminuísse por um tempo.
Hoje em dia, devido o avanço científico, foram desenvolvidos produtos para
cuidados diários, fazendo com que essa tendência voltasse. Segundo Alopecia
Androgenética (2016, p. 28) “[...] aos que optarem por ostentar um discreto
cavanhaque ou uma longa barba, fica a boa notícia de que é possível manter os
pelos crescidos sem ter, necessariamente, que sacrificar a higiene e suas
consequências para a saúde”.
2 A PATOLOGIA FOLICULITE
Foliculite de barba é uma infecção, que ocorre no folículo piloso, geralmente
causada pela bactéria Staphylococos aureus ou outros fatores como: calor e alta
umidade, atrito causado por roupas apertadas ou de materiais inadequados, má
higienização, condições inflamatórias da pele como, dermatites e acnes, por
exemplo e pelos encravados que geralmente acontecem por quem usa lâmina de
barbear. “A lâmina realiza uma “raspagem” no extrato córneo, retirando, não apenas
o pelo, mas também camadas mais superficiais da pele” (ALOPECIA
ANDROGENÉTICA, 2016).
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2.1 Sintomas
A lesão característica da foliculite tem semelhança com a acne, manifestada
por pus, hiperemia folicular, podendo ou não apresentar dor (SALES; AVELAR,
2012).
2.2 Prevenção
É necessário manter a pele limpa para evitar que a pele fique sujeita às
infecções e inflamações, lavando o rosto de preferência com sabonete suave para
não ressecar a região. Antes de fazer a barba usar hidratantes e cremes de barbear
adequados, deixando agir de cinco a dez minutos. É recomendado também, fazer a
barba durante o banho, pois o vapor da água quente ajuda na dilatação dos óstios,
logo após, lavar o rosto com água fria para o fechamento dos mesmos, evitando
assim a proliferação de bactérias. Respeitar sempre a direção do crescimento sem
passar a lâmina contra o pelo. Para finalizar, utilizar cremes hidratantes com ativos
calmantes, e em caso de contaminação por micro-organismos, acrescentar ao
creme, ativos com ação anti-inflamatória e antimicrobiana (ALOPECIA
ANDROGENÉTICA, 2016).
3 LASER DE BAIXA POTÊNCIA
LASER é um acrônimo cujo o significado quer dizer light amplification of
stimulated emissions of radiation (amplificação da luz por estimulação da emissão de
radiação). Consiste na absorção de luz incidente por um átomo que faz saltar um
dos elétrons do nível energético fundamental para um nível superior. O átomo em
estado metaestável emite um fóton e uma radiação de luz de comprimento de onda
definido. O fóton pode se chocar e estimular a emissão em outro átomo, pois neste
caso se emitem dois fótons, de mesmo comprimento de onda. Finalmente, uma
fração da luz emitida e amplificada sai através de um pequeno orifício (AGNE,
2013).
3.1 Características e propriedades do LASER de baixa potência
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De acordo com Agne (2013), o LASER trata-se de uma luz especial, de uma
só cor a qual é possível dirigir e ajustar sua potência com precisão.
O LASER é emitido de modo organizado e possui três propriedades que
diferem o LASER das fontes de luz incandescente e fluorescente: colimação,
monocromoticidade e coerência (PRENTICE, 2004 apud LUIS, 2013).
Colimação significa que os fótons se movem paralelamente e sem divergência
para manter a potência óptica do aparelho agrupada (KITCHEN, 2003 apud LUIS,
2013).
De acordo com Agne (2013) a monocromoticidade possui uma radiação de
cor única.
Coerência quer dizer que a luz emitida apresenta a mesma fase, de modo que
em conjunto com as duas propriedades acima, as depressões e picos das ondas de
luz se combinem perfeitamente no tempo (coerência temporal) e no espaço
(coerência espacial) (ANDRADE et al., 2010 apud LUIS, 2013).
3.2 Mecanismo de ação do LASER de baixa potência
Na estética utilizamos o LASER vermelho de mais ou menos 660 nm que
atinge a camada da pele: extrato córneo, epiderme, junção derme e epiderme,
derme papilar e reticular (MANOEL; PAOLILLO; MENEZES, 2014).
O LASER de baixa potência aumenta os processos de reparação tecidual
pelo fato do estímulo que exerce sobre a capacidade de cicatrização do tecido
conjuntivo. A laserterapia tem uma ação em especial que é o aumento da velocidade
de regeneração das fibras nervosas lesionadas, aumento do trofismo da pele, em
específico sobre os fibroblastos que são responsáveis pela formação das fibras de
colágeno e elastina (AGNE, 2013).
3.3 Efeitos do LASER de baixa potência
Os efeitos da radiação LASER sobre os tecidos dependem da absorção de
sua energia [...], pois o efeito sobre a estrutura viva depende principalmente da
quantidade de energia depositada e do tempo em que esta foi absorvida (AGNE,
2013, p. 370).
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Os efeitos diretos ou primários se limitam no ponto de aplicação, profundidade
de penetração e o tempo que dura a aplicação, eles estimulam reações celulares
como a síntese de Trifosfato de Adenosina (ATP) e proteínas. A partir desses efeitos
surgem os indiretos ou secundários, em uma área mais extensa que continuam
depois da aplicação. O principal efeito é da microcirculação local com efeitos
tróficos, anti-inflamatório e de regulação vascular (AGNE, 2013).
3.4 Indicações de uso
O LASER de baixa potência induz a célula ao processo da
fotobioestimulação, ou seja, ela trabalhará buscando um estado de normalização da
região afetada. Sua principal indicação são os quadros patológicos onde se gostaria
de proporcionar melhor qualidade e maior rapidez do processo curativo. Busca-se
uma mediação do processo inflamatório, ou nos quadros de dores (AGNE, 2013).
3.5 Contraindicações
Está contraindicado em casos de crescimentos tumorais cancerosos e no
caso do gênero feminino no primeiro trimestre de gravidez. A exposição direta aos
olhos e a superexposição devem ser evitadas (PRENTICE, 2004 apud LUIS, 2013).
4 LED
De acordo com Menezes (2017) LED é um acrônimo cujo o significado quer
dizer ligh emitting diode (diodo emissor de luz). Quando se fala de forma abrangente
sobre energia proveniente de fontes de irradiação de luz com objetivos terapêuticos,
usa-se o termo “Fototerapia”. Esse termo recentemente, passou a chamar
“Fotobiomodulação”, cujo efeito pode ser de bioestimular ou bioinibir. O efeito
bioestimulatório, tem como benefícios, influenciar as funções celulares quanto as
alterações das atividades bioquímicas, fisiológicas e proliferativas. Já o efeito
bioinibidor, leva à estimulação e inibição de processos fisiológicos, quando ocorre o
excesso de degradação de fibras de colágeno na pele.
Após a penetração da luz nos tecidos, ela é absorvida pelos fotoaceptores
celulares chamados cromóforos. Sendo assim, as mitocôndrias são fotoativadas
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para estimular ou regular os processos fisiológicos. A luz age no metabolismo celular
onde possui diversos efeitos, como alterações de ácido desoxirribonucleico (DNA) e
ácido ribonucleico (RNA), ação anti-inflamatória e regeneração do tecido ósseo
muscular, neural e, principalmente o cutâneo (MENEZES, 2017).
A Fotobiomodulação vem sendo aplicada na estética em tratamentos de
estrias, manchas, celulite, acne, bolsas e olheiras, contra efeitos do envelhecimento,
alopecia, pós-operatório, processos de cicatrização da pele, analgesia, drenagem
linfática, hidratação, hematomas, rosáceas, entre outros (MENEZES, 2017).
4.1 Características e propriedades do LED
Cada luz de determinada cor, interage com moléculas na pele que absorvem
na mesma faixa espectral conferindo funcionalidades específicas (MENEZES, 2017).
As cores estão intrinsicamente relacionadas com a beleza e de uma forma mais direta, as modernas técnicas de tratamento estético utilizando luz como elemento atuante utilizam-se de cores distintas para atingir resultados dos mais diversos (MENEZES, 2017, p. 80)
Para entender as diferenças dos conceitos Colorimetria e Espectroscopia,
deve-se saber que a luz é uma entidade caracterizada por uma eletricidade oscilante
que interage com a constituição microscopia da matéria (átomos e moléculas). É a
interação da luz sobre as biomoléculas que dá origem a todos os efeitos. As
oscilações eletromagnéticas são ondas de eletricidade onde cada frequência
corresponde a uma cor, indo do vermelho ao violeta, ou seja, a espectroscopia
significa a determinação da composição da luz em termos das frequências
(MENEZES, 2017).
Nossos sentidos visuais detectam três cores básicas, como o vermelho, o
verde e o azul (cores primárias). O termo colorimetria significa a composição exata
da luz que chega aos nossos órgãos visuais e a sensação da cor observada. Ela é
fundamental para a estética sendo aplicada em produtos para a pele e cabelos
(MENEZES, 2017).
4.2 Tipos de LED
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Segundo Menezes (2017) as cores com menores comprimentos de onda e de
maior energia, penetram menos na pele do que as cores de comprimentos de onda
maiores e de menor energia, como âmbar, vermelho e infravermelho. Cores como
violeta, azul e verde (menor comprimento de onda e de maior energia), precisam ser
monitoradas quanto a sua dosimetria, pois podem gerar excesso de espécies
reativas de oxigênio capazes de fotoinibir os processos bioquímicos importantes até
então fotobioestimulados.
4.3 O LED Azul
O LED Azul atinge o extrato córneo, epiderme superficial e epiderme. Ele atua
na destruição das bactérias e fungos, fotoativação da queratina da pele e cabelo,
degradação dos cromóforos presentes na pele diminuindo as manchas (MENEZES,
2017).
4.3.1 Propriedades do LED Azul
Essa luz pode ser empregada para: fotoacelerar a polimerização em materiais
restauradores, degradar pigmentos na pele e atuar no controle microbiano. Além
disso, ela também ajuda na ativação da queratina, hidratando a pele e cabelos
(MENEZES, 2017).
4.3.2 Mecanismo de ação do LED Azul
A luz azul pode ser absorvida na pele pelas flavoproteínas, pela citocromo C,
pela hemoglobina, melanina e porfirinas que estão em bactérias como, por exemplo,
a bactéria da acne (P. acnes), sendo essa luz amplamente utilizada no controle
microbiano (MENEZES, 2017).
4.3.3 Indicações de uso
Essa luz é indicada para tratamento a acne e afecções causadas por
bactérias e fungos, redução da oleosidade da pele, hidratação e fortalecimento da
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barreira de proteção da pele nos processos de envelhecimento, tratamento das
manchas da pele e tratamentos de olheiras (MENEZES, 2017).
4.3.4 Contraindicações
O uso do LED é contraindicado em casos de glaucoma, gestantes, neoplasias
e processos tumorais, portadores de epilepsia, pessoas que tenham histórico de
fotossensibilidade, clientes que estejam usando ácidos e medicamentos
fotossensíveis. Deve-se tomar cuidado para não aplicar a luz sobre a retina e em
áreas hemorrágicas, especialmente em pacientes hemofílicos (TONEDERM, s.d.).
5 METODOLOGIA
O presente projeto iniciou-se pela submissão de tal na plataforma Brasil do
Ministério da Saúde, atendendo a Resolução 466/2012 e sendo aprovado pelo
comitê de ética do UniSalesiano em 22/06/17 através do Parecer n° 2.134.124. A
presente pesquisa de abordagem qualitativa e caráter experimental foi realizada na
Clínica de Estética do UniSalesiano de Lins/SP, no período de 11/09/2017 à
17/10/2017; sendo um ambiente climatizado e preparado para coleta de dados.
Foram considerados como critérios de inclusão, homens que apresentavam
foliculite e fizessem a barba com lâmina de barbear, fossem do fototipo II e III e
tivesse a idade entre 18 a 35 anos e foram excluídos os que não apresentarem os
critérios citados. O recrutamento aconteceu através de mídias sociais e convites nas
salas de aula. Foram selecionados inicialmente 6 (seis) participantes que atendiam
todos os critérios de avaliação. Inicialmente, os participantes assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e foram divididos aleatoriamente em 3
grupos, porém houve 2 (duas) desistências, posteriormente.
A análise dos resultados realizada através da coleta de imagens pré e pós-
procedimento e pelo questionário de satisfação dos clientes aplicados ao término do
tratamento proposto.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Os dados foram analisados após a organização do material coletado através
de registros fotográficos e questionários de satisfação aplicados na Clínica de
Estética do UniSalesiano de Lins/SP, no período de setembro a outubro de 2017.
Inicialmente, os voluntários eram submetidos aos procedimentos relatados no
Quadro 1, de acordo com a metodologia proposta.
Quadro 1 – Procedimentos utilizados
GRUPOS HIGIENIZAÇÃO LUZ FINALIZAÇÃO
A Sabonete líquido LED Azul 470nm Filtro Solar
B Sabonete líquido LASER Vermelho 660nm Filtro Solar
C Sabonete líquido LED Azul + LASER Vermelho Filtro Solar
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.
Durante todo o período de pesquisa, não houve nenhuma reação adversa ou
qualquer outro imprevisto que pudesse interferir nos resultados, porém teve-se 2
desistências por motivos pessoais que não prosseguiram com o estudo.
Conforme apontam os resultados das seguintes tabelas, os voluntários dos 3
grupos classificaram como: ótimo e bom a satisfação ao atendimento, confiança,
explicação do procedimento e ambiente; boa e regular na melhora da textura da
pele, patologia e auto-estima.
Tabela 1: Questionário de Satisfação
Ótimo Bom Regular PéssimoSatisfação 100% 0% 0% 0%
Confiança 100% 0% 0% 0%
Explicação 75% 25% 0% 0%
Ambiente 100% 0% 0% 0%
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.
Tabela 2: Questionário de Satisfação
Boa Regular Não apresentou melhoraTextura da pele 100% 0% 0%
Patologia 75% 25% 0%
Auto-estima 100% 0% 0%
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.
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Tabela 3: Questionário de Satisfação
Sim NãoMudança da cor 75% 25%
Expectativa alcançada 75% 25%
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.
A seguir, as figuras demonstram o registro pré e pós-tratamento dos
voluntários, separados aleatoriamente, em grupos A, B e C, de acordo com a técnica
utilizada.
GRUPO AVoluntário 1
Figura 1: com Led Azul Figura 2: com Led Azul
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017
O voluntário 1 do grupo A, foi submetido somente á técnica de LED azul. Foi
observado melhora no aspecto da pele e diminuição da inflamação local. O presente
estudo confirma dados relatados por Menezes (2017), sobre o controle
microbiológico, hidratando e clareando a pele.
GRUPO BVoluntário 1
Figura 3: com LASER Vermelho Figura 4: com LASER Vermelho
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Fonte: elaborada pelas autoras, 2017
O voluntário 1 do grupo B, foi submetido somente á técnica de LASER
vermelho. Foi observado melhora no aspecto da pele, diminuição da inflamação
local. O presente estudo confirma dados relatados por Veçoso (1993), que diz que o
LASER de baixa potência possui efeitos anti-inflamatório e cicatrizante.
GRUPO CVoluntário 1
Figura 5:com LED Azul+LASER Vermelho Figura 6:com LED Azul+LASER Vermelho
Fonte: elaborada pelas autoras, 2017
Voluntário 2Figura 7:com LED Azul+LASER Vermelho Figura 8:com LED Azul+LASER Vermelho
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Fonte: elaborada pelas autoras, 2017
Os voluntários 1 e 2 do grupo C, foram submetidos á técnica de LED azul
conjunto com LASER Vermelho. Foi observado melhora nos aspectos das peles e
diminuição da inflamação local. O presente estudo confirma dados relatados por
Menezes (2017), sobre o LED Azul a respeito da ação anti-inflamatória, clareamento
das manchas, processos de cicatrização e hidratação da pele. E sobre o LASER
Vermelho a respeito da ação anti-inflamatória, ação de normalização da região
afetada diminuindo assim a vermelhidão (AGNE, 2013).
Devido a presença mais intensa de foliculite no voluntário 2, do grupo C,
comparado ao voluntário 1 do mesmo grupo, constata-se a melhora mais
significativa da patologia. Em ambos os casos, tivemos a associação das duas
técnicas, onde o LED Azul potencializou o efeito anti-inflamatório e cicatrizante do
LASER Vermelho, melhorando o aspecto da pele e clareando as manchas causadas
pelo processo inflamatório da foliculite.
CONCLUSÃO
Confirmando a hipótese esperada, foi provado pelo presente estudo que a
associação das duas técnicas LASER e LED, obteve melhores resultados pelo fato
dos efeitos anti-inflamatórios e cicatrizantes do LASER Vermelho serem
potencializados pelo LED Azul, que além de possuir esses efeitos apresenta
também ações clareadora e hidratante. Além disso, houve uma otimização
significativa na aparência da pele dos voluntários. Vale ressaltar a importância de
pesquisas relativas ao tema.
REFERÊNCIAS
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SITTART, J. A. S.; PIRES, M. C. Dermatologia para o clínico. 2. Ed, São Paulo: Lemos Editorial, 1998.
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VEÇOSO, M. C. Laser em fisioterapia. São Paulo: Editora Lovise Ltda, 1993.
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