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  • 8/4/2019 Bruner Dam

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    Jerome Bruner

    Psiclogo norte-americano que se formou na Universidade de Duke, em 1937.

    Em 1941, obteve o doutoramento em Psicologia na Universidade de Harvard.

    Desenvolveu varias pesquisas sobre a percepo, e mostrou que os valores e as necessidades

    influenciam o modo como se percepciona o mundo. As suas concepes contribuiram para a

    constituio da corrente americana designada por psicologia cognitiva, tendo colaborado na

    Fundao do Centro de Estudos Cognitivos da Universidade de Harvard em 1960.

    Interessou-se pela psicologia educacional e valorizou a aprendizagem por descoberta em que

    o sujeito tem um papel activo no acto de aprenderDe entre as suas obras destaca-se Actos de Significado;O Processo Educativo e a

    Cultura da Educao.

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    Bruner e a revoluo cognitiva: a mentecriadora de significados

    Se para Watson a psicologia era a cincia do comportamento, para Bruner a cincia da mente, e estepretende chamar a ateno para os aspectos sociais e cognitivos do funcionamento mental e do

    desenvolvimento intelectual.

    Nos anos 60 e 70, a psicologia cognitiva substituiu o behaviorismo como corrente dominante.

    Cognio significa conhecimento e a psicologia cognitiva consiste no estudo da nossa capacidade para

    adquirir, organizar, relembrar e usar conhecimentos e informaes para guiar e orientar o nossocomportamento.

    A revoluo cognitiva no implica uma rejeio total do behaviorismo. Os cognitivistas estudam a

    mente atravs de inferncias que tm como partida o comportamento ou actividade observvel. A

    valorizao dada aos processos por parte de Piaget ajudou a esta revoluo.

    As tecnologias de informao tambm deram auxilio revoluo, e actualmente quando pensamos naconcepo do funcionamento mental em termos das tecnologias de informao, pensamos no

    computador.

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    Bruner e a revoluo cognitiva: a mentecriadora de significados(2)

    Como funciona um computador? O computador recebe informao codificada (input), reorganiza-a e

    compara-a com outra informao armazenada na sua memria e usa os resultados para determinar quaisos sinais a enviar para o sistema do computador responder (output). Este modo de funcionamento

    anlogo ao que o crebro faz: o input semelhante recepo de informaes pelos sistemas sensoriais.

    O output semelhante resposta comportamental e o que se passa entre estes dois processos anlogo

    ao pensamento.

    Mas para Bruner o que acontece quando pensamos diferente do que acontece quando um computadorprocessa informao. Porqu? Porque processar informao implica a criao de significados. Esta

    criao de significados apesar de pessoal partilhada com os outros que fazem parte do nosso contexto

    social, cultural e ideolgico. Entre processamento da informao e a resposta aos estmulos e problemas

    do meio h um sujeito com um certo modo de pensar, agir, sentir e um mundo simblico de pensamentos,

    ideias e teorias que constituem um dos nossos contextos de vida. A pertena a um dado grupo social ecultural marca a forma de uma pessoa pensar e se comportar. Para perceber os processos cognitivos

    devemos ter em conta o factor cultura. A cultura promove diferentes narrativas sobre a forma de agir

    das pessoas, as suas motivaes, e crenas sobre a forma como se resolvem problemas.

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    Bruner e a revoluo cognitiva: a mentecriadora de significados(3)

    Desta forma, a ttulo de exemplo, um computador funciona da mesma forma no Japo e nos

    Estados Unidos mas a mente de um japons e a de um americano no interpretam a realidade

    necessariamente do mesmo modo pois tm culturas diferentes a influenciar o processamento

    de informao e as respostas comportamentais.

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    As etapas do desenvolvimento cognitivo

    Quando criamos significados, estamos a interpretar a realidade de acordo com as informaes a que

    temos acesso e com as narrativas a que demos crdito. Desta forma normal que existam sempre

    pessoas com vises divergentes sobre o mesmo assunto ou objecto, visto terem diferentesaprendizagens e narrativas a influenciarem-nos.

    A mente cria significados e desta forma realiza uma construo cognitiva da realidade ideia

    consistente com o construtivismo de Piaget. No entanto a mente no processa no vazio, as

    interpretaes ou significados dos factos so influenciados pelos contextos do conhecimento, da

    histria e da cultura.

    Para Bruner resultamos do processo de produo de significados, realizado com o auxlio dos sistemas

    simblicos da cultura. A mente constitui a cultura e constituda pela cultura. A obra de Bruner, que

    foi pioneira para o desenvolvimento da Psicologia cultural, foca-se essencialmente no processo

    interactivo em que a mente constitui cultura e constituda por esta.

    Ainda para Bruner no ser possvel o desenvolvimento cognitivo nem aprendizagem longe do

    contexto da interaco social pois no construmos sozinhos a nossa percepo do mundo. O

    desenvolvimento cognitivo depende muito das interaces com as pessoas, com os instrumentos do

    nosso mundo e com o desenvolvimento da linguagem.

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    As respostas motoras ou modo enactivo deaprendizagem

    Apesar de no ter definido estdios como Piaget, dividiu o desenvolvimento cognitivo em trs

    etapas embora. Desta forma Bruner acreditava que s acedemos a formas de representao

    mais complexas da realidade se outras formas mais simples j estiverem presentes.

    As respostas motoras ou modo enactivo de aprendizagem (at aos 3 anos de idade)Consiste sobretudo em aces ou repostas motoras. Nesta fase a aco a forma favorecida de

    representao, descoberta e compreenso da realidade. a fase em que se aprende atravs

    da manipulao de objectos. A ttulo de exemplo: se quisermos ensinar s crianas algo sobre

    dinossauros, a forma mais apropriada segundo Bruner seria pedir - lhes para construrem

    modelos de dinossauros.

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    Escola Professor Reynaldo dos Santos 7

    O pensamento icnico ou aprendizagematravs da percepo e da memoria visual

    O pensamento icnico ou aprendizagem atravs da percepo e da memria visual ( 3 aos 9

    anos)

    Baseia-se na organizao visual, no uso de imagens e na organizao de percepes e imagens.

    Predominam os elementos audiovisuais. A criana capaz de reproduzir objectos, mas est

    muito dependente de uma memria visual, concreta e especfica. Tome-se como exemplo: sequisermos ajudar as crianas a descobrir conhecimentos sobre dinossauros podemos coloc-

    las a ver um filme que envolva esses animais pr histricos, um documentrio sobre

    dinossauros ou visitar um museu de histria natural.

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    Ecola Professor Reynaldo dos Santos 8

    O pensamento simblico ou aprendizagematravs da linguagem simblica e abstractaO pensamento simblico ou aprendizagem atravs da linguagem simblica e abstracta (a

    partir dos 10 anos de idade)

    Caracteriza-se pela representao simblica e semelhante ao estdio das operaes formais de

    Piaget.

    O pensamento simblico constitui a forma mais elaborada de representao da realidade porque acriana comea a ser capaz de representar a realidade recorrendo quase s a smbolos

    abstractos ou ao significado dos termos e conceitos. Finalizando o exemplo, as crianas e

    jovens na etapa do pensamento simblico poderiam consultar textos de referncia sobre

    dinossauros, e discutir umas com as outras as suas descobertas.

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    Escola Professor Reynaldo dos Santos 9

    Concluses

    Como consequncia da sua teoria, Bruner rejeita um modelo de ensino expositivo, aquele em que

    o professor transmite informao e o aluno recebe. Para uma melhor aprendizagem, deveria

    estimular-se o dilogo activo ao modo socrtico, e o professor devia apenas orientar os alunos

    quando necessrio. Assim os alunos construiriam activamente o seu conhecimento e avanariam

    para novas descobertas baseados no conhecimento adquirido em detrimento de serem meros

    receptores acrticos de conhecimento.

    O ser humano constri significados na sua relao com o mundo mas ao mesmo tempo produto

    das narrativas mediante as quais cada cultura transmitida aos seus membros. As narrativas

    so as representaes que cada comunidade cultural elabora sobre como organizar a vida social,

    sobre valores, e aquisies fundamentais. Podem tambm ser definidas como descries de

    formas padronizadas de agir, pensar e sentir que correspondem a interpretaes da realidade

    partilhadas por certos grupos sociais ou culturais e que so transmitidas, assimiladas e

    acomodadas ao longo do processo de socializao.

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    Escola Professor Reynaldo dos Santos 10

    Concluses

    Para Bruner h uma ntima vinculao entre desenvolvimento cognitivo e cultura. No

    indiferente pertencer a um determinado grupo social porque esse facto influencia o modo

    como pensamos e agimos.

    Outro factor importante e a linguagem pois sem ela o pensamento fica limitado e como a

    linguagem forma a base da nossa compreenso do mundo, o entendimento deste tambm sereduziria.

    Abordagem pela descoberta a mais importante

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    Escola Professor Reynaldo dos Santos 11

    Diferenas entre Bruner Watson e Piaget

    Bruner no concorda com o behaviorismo pois considera que no somos tbuas e simples

    produtos do meio. No somos um agente passivo moldado pelo meio e que s reage aos

    estmulos do mesmo.

    Bruner discorda do maturacionismo: Segundo esta teoria, o desenvolvimento cumpre, numa

    sequncia temporalmente ordenada, um plano biolgico preestabelecido ao nvel do seu

    patrimnio gentico, sendo pouco relevante o papel do meio ou da experincia.

    Tanto no caso do maturacionismo como no do comportamentalismo, par Bruner, no se faz

    justia ao ser humano como criador activo de significados, no seio de uma dada cultura e dos

    instrumentos de desenvolvimento que esto sua disposio.

    Bruner segue uma linha interaccionista na qual, o ambiente sociocultural e a experincia

    influenciam o desenvolvimento mas cada indivduo elabora as suas prprias interpretaes e

    respostas aos acontecimentos e vivnciasNa linha de Piaget, Bruner atribui maturao e aco do sujeito sobre o meio uma

    importncia central no processo de desenvolvimento. Mas ao inverso de Piaget, e influenciado

    pelas crticas de Vigotsky ao mesmo, salienta o carcter contextual desse desenvolvimento

    dando mais peso ao factor scio-cultural.

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    Diferenas entre Bruner Watson e Piaget

    Piaget subvalorizou factores como a cultura e a interaco social que so necessrias para odesenvolvimento cognitivo.

    Ainda para Piaget o desenvolvimento da linguagem acontece paralelamente ao do pensamento,

    caminhando em paralelo com a lgica; enquanto que para Bruner, o pensamento da criana

    evolui com a linguagem e depende dela.

    No interaccionismo de Piaget, as crianas s so capazes de aceitar informao em dados

    nveis de desenvolvimento, mas para Bruner pode ensinar-se o que Pioaget no julgava

    possvel em alguns estdios de desenvolvimento.

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    Antnio DamsioMdico neurologista e investigador portugus, nascido em 1944;

    Actualmente professor de Neurocincias na University of Southern California, onde dirigeo Instituto de Pesquisas do Crebro e da Criatividade.

    Licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde veio

    tambm a doutorar-se

    Criou uma importante unidade de investigao para o conhecimento da actividade cerebral e

    as relaes com a memria, linguagem, emoes e os mecanismos da deciso. Trata-se de um

    dos principais laboratrios de neurocincias cognitivas do mundo cientifico;

    tambm membro de vrias academias e instituies americanas e europeias, como a

    National Academy of Sciences, a American Academy of Neurologye a European Academy of

    Sciences and Arts, para alm da Academy of Aphasiae da Behavioral Neurology Society, das

    quais foi presidente;

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    Antnio Damsio(2)

    O seu trabalho e as suas investigaes, tornaram-no num dos mais importantes cientistas do

    mundo, o que lhe proporcionou vrios prmios e distines, nos EUA e na Europa.Em 1992, foi distinguido com o Prmio Pessoa, em Portugal e em 1995, a revista americana

    Times, dedicou-lhe uma capa e um artigo de oito pginas;

    Publicou inmeros artigos, dos quais se destacam O Erro de Descartes(1995), O Corpo e a

    Emoo na Construo da Conscincia(1999), o livro O Sentimento de Si(2001)e Ao

    Encontro de Espinosa(2003);Em 2005, foi ainda distinguido com o Prmio Prncipe das Astrias de Investigao Cientifica

    e Tcnica.

    http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.knox.edu/Images/_News/news_media/img/2003/damasio-class-15s.jpg&imgrefurl=http://deptorg.knox.edu/newsarchive/news_events/2003/x3996.html&usg=__vO_QXBvpEgEPG0XD8PC0pFAbZyY=&h=272&w=280&sz=20&hl=pt-PT&start=6&um=1&tbnid=-XxEeJhyjOqonM:&tbnh=111&tbnw=114&prev=/images?q=antonio+damasio&hl=pt-PT&um=1
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    As emoes so parte integrante dosprocessos cognitivos sendo necessrias para

    agir e pensar

    Estudante de Neurobiologia do comportamento humano, e investigador das reas cerebrais

    responsveis pela tomada de decises e conduta. Observou o comportamento de doentes com

    leses no crtex pr-frontal e concluiu que, embora a capacidade intelectual se mantivesseintacta, os doentes apresentavam mudanas constantes no comportamento social e

    incapacidade de respeitar regras sociais. Os seus estudos debruam-se sobre a rea

    designada por cincia cognitiva, e tm sido decisivos para o conhecimento das bases

    cerebrais da linguagem e da memria.

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    Os casos Phineas Gage eElliot

    Antnio Damsio estudou o caso de um paciente chamado Elliot. Este, sofria de um tumor cerebral e foi operado com

    sucesso e tinha um prognostico excelente. Mas, depois da operao Elliot ficou com perturbaes na suapersonalidade. Embora no aparentasse sofrer de qualquer problema, parecia ter-se tornado incapaz de agir de

    forma coerente. Coisas simples como ler e classificar uns documentos, tornaram-se um grave problema que o afectou

    tanto no trabalho como na vida privada.

    Antnio Damsio comeou a aprofundar melhor este problema e para sua surpresa, o paciente tinha todas as suas

    faculdades mentais intactas. A memria, a ateno, a capacidade de aprender e de efectuar clculos lgicos no

    sofriam de nenhuma perturbao.

    Este caso levou Damsio a questionar-se : Nos testes de laboratrio, em situaes hipotticas, Elliot revela-se

    perfeitamente normal. Por que razo, na vida quotidiana, no pe em prtica as suas capacidades de julgamento?

    No caso de Elliot, a operao realizada afectou-lhe uma parte do seu crtex pr-frontal, regio de extrema importncia:

    desempenha um papel de ligao entre a memria, as emoes e as faculdades de raciocnio. Sem ela somosincapazes de tomar decises ou de planear qualquer aco na vida real.

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    Os casos Phineas Gage e Elliot

    Damsio concluiu que as capacidades cognitivas do seu paciente permaneciam intactas, mas este

    tinha perdido a capacidade de sentir ou de se emocionar. Este caso tinha um aspecto

    interessante, pois ia contra a perspectiva habitual da inteligncia, pois considera-se que para

    racionar correctamente e preciso manter a cabea fria. O caso de Elliot, era o seu inverso,

    ou seja, a inteligncia sem emoo inoperante.

    Damsio rejeita a ideia de uma mente separada do corpo. Existe uma interaco entre o corpo e a

    mente. Os processos mentais tm uma base biolgica, e por isso as emoes so

    fundamentais para o nosso funcionamento mental.

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    A hiptese do marcador somtico

    O marcador somtico trata-se de um mecanismo automatizado que suporta as nossas decises a

    partir de experincias emocionais anteriores. Estas experincias anteriores, ficam gravadas nas

    reas pr-frontais, responsveis por funes como a memria. Perante a necessidade de tomar

    decises, o crtex cerebral apoia-se nas emoes para decidir. De acordo com Damsio, sem

    emoo, ficaramos impossibilitados de fazer as escolhas mais simples. Os marcadores somticos

    informam o crtex sobre as decises a tomar. O nosso pensamento necessita das emoes para

    se tornar eficaz.

    Esta hiptese apresentada, de modo a explicar o funcionamento da mente quanto a nossa

    capacidade de escolha, isto e, Damsio procura atravs dessa hiptese fazer nos compreender

    o papel das emoes nas decises que tomamos. Quando se escolhe algo, temos de pensar nas

    alternativas que temos ao nosso dispor e nas consequncias das nossas aces;

    Imaginemos que algum decide ir viver para outro pas. Essa pessoa tem de pensar nasconsequncias ou no que pode advir dessa deciso. Na perspectiva tradicional, a lgica e a razo

    iriam encarregar-se de resolver o problema. A razo avaliaria os prs e contras das eventuais

    consequncias da deciso que se pensa tomar;

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    Segundo Damsio, se o processo de deciso e avaliao das consequncias dos actos funcionasse de

    um modo puramente racional, as nossas decises levariam muito tempo a serem tomadas e

    esgotariam a capacidade da nossa memria de trabalho;

    Sem a parte correspondente a emoo, o processo da razo ficaria simplesmente vazio. a partirdaqui que os marcadores somticos entram em aco. Numa certa situao, quando analisamos as

    consequncias ligadas a uma deciso, o nosso crebro vai marcar com um marcador positivo ou

    negativo, as eventuais consequncias futuras. Se desperta em ns, sentimentos negativos, a

    possibilidade ou consequncia marcada negativamente. Contudo, se nos desperta, sentimentos

    positivos, a possibilidade ou consequncia marcada positivamente. Daqui, forma se umainclinao que d normalmente preferncia ao que se sente como positivo;

    A hiptese do marcador somtico

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    A hiptese do Marcador Somtico

    Suponhamos que a pessoa que quer ir viver para outro pas, perde um ente querido. Como se

    trata de um acontecimento desagradvel, fica marcado negativamente e, perante aeventualidade de uma mudana, vai ajudar a pessoa a decidir que as coisas fiquem como

    estavam. O medo acompanhou o processo cognitivo da ponderao racional dos prs e contras

    e acabou por contribuir para que se chegasse a uma concluso. E isto pode acontecer sem que

    a pessoa se d conta que foram experincias negativas anteriormente vividas, e o medo de as

    reviver, que levaram tomada de deciso de permanncia no pas onde vivia;

    No entender de Damsio, os marcadores somticos so um caso especial do uso dos

    sentimentos que foram criados a partir de emoes secundrias. Essas emoes e

    sentimentos foram ligados, por via da aprendizagem, a certos tipos de resultados futuros

    ligados a determinados cenrios. Quando o marcador - somtico negativo justaposto a um

    resultado futuro, a combinao funciona como uma campainha de alarme. Quando, ao invs,

    justaposto um marcador -somtico positivo, o resultado um incentivo.

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    EmoesMotivam a aco e o pensamento, e so vistas como resposta de sobrevivncia, procuramos o prazer

    e evitamos a dor.

    Damsio define trs tipos de emoes:Emoes de fundo: Manifestaes subtis como o perfil dos movimentos dos membros ou do corpo inteiro

    a fora desses movimentos, a sua frequncia e amplitude e das expresses faciais e vocais (msica

    da voz, cadncias do discurso); No conscientes; reaces regulatrias.

    Inclui no s os ajustamentos metablicos necessrios a cada momento, mas tambm as reaces que

    continuamente ocorrem como resposta a situaes exteriores. ( A. Damsio In Ao Encontro de

    Espinosa)

    Emoes Primrias: Este tipo de emoes e os estmulos que as causam so rapidamente identificados

    em humanos e no humanos, e consistentes em vrias culturas: Felicidade; tristeza; medo, zanga,

    surpresa, nojo. O medo a emoo mais estudada.

    Emoes Sociais: integram componentes das emoes primrias, ingredientes de dor e prazer e reacesregulatrias: embarao, vergonha, culpa, indignao, desprezo, simpatia, compaixo, admirao,

    espanto, gratido, orgulho, cime e inveja. Tambm podemos encontrar emoes sociais nos animais.

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    Resumindo

    Atravs dos marcadores somticos vamos limitar as nossas hipteses de escolha e aumentar a

    rapidez do processo de tomada de deciso.

    Desta forma, podemos admitir que as emoes so muito importantes para o nosso

    desenvolvimento e para as decises que tomamos. Assim, no podemos olhar para o o crebrode um indivduo como para um computador, que processa a informao de forma totalmente

    racional e objectiva , pois estamos a esquecer o papel fundamental das emoes. O papel das

    emoes deve ser tido em conta em investigaes futuras, e Damsio ajuda-nos a ir mais

    alm, e a perceber mais sobre a mente humana.

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    Bibliografia

    Damsio, A. R. (2003), Ao encontro de EspinosaAs emoes sociais e a neurologia do sentir,

    Mem Martins: Publicaes Europa Amrica;

    Gleitman, H., Fridlund, A.J. & Reisberg, D. (2003), Psicologia, Lisboa: Fundao Calouste

    Gulbenkian.

    Outras fontes:

    http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1210&op=all

    http://www.centrorefeducacional.com.br/piaget.html

    http://www.centrorefeducacional.com.br/contrib.html

    http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/A%20Pedagogia%20de%20JeromeBruner.

    pdfhttp://www.knoow.net/ciencsociaishuman/psicologia/watsonjohn.htm

    http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_270.html

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