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Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial
de Campo Grande 10 de novembro de 2016 Número 12, Ano I
“ I don't wanna talk about
the things we've gone
through. Though it 's hurt-
ing me, now it 's history.
I 've played all my cards
and that's what you've
done too. Nothing more
to say, no more ace to
play. – The winner takes it
all - Benny Andersson e Björn Ulvaeus.
Para comemorar uma edição
tão especial do BE 12, escolhi
uma canção do grupo Abba,
lançada em 1980. A letra
conta a história dolorida do
fim de um relacionamento
amoroso, mas o refrão de-
signa também o método utili-
zado na eleição americana: “o
vencedor leva tudo”.
Não poderia deixar de falar a
respeito das eleições munici-
pais brasileiras, nem das con-
fusas e concorridas eleições
da maior economia do
mundo.
O que tem isso a ver com
Campo Grande? Tudo!
Este BE12 é comemorativo
deste produto da ACICG e te-
mos muito a discutir, agora
que acabaram as distrações
que os meios de comunicação
nos impuseram durantes os
últimos meses.
Lava-jato, Donald Trump, po-
lítica, corrupção, vão seguir. E
a sua empresa?
Sim, eleições são importantes,
mas ainda mais do que elas
são as lições que tiramos, as
táticas e estratégias que esta-
belecemos para que nossa
empresa prospere.
Nosso país virou o paraíso do
mimimi. Reclama-se de tudo,
enquanto espera-se que a so-
lução se materialize como por
encanto. No geral, não esta-
mos interessados em cons-
truir soluções. Queremos que
se manifestem do éter.
Temos gente nova na política,
temos novos instrumentos
para atuação, temos novas
formas de comunicação.
O mundo mudou. E você?
Lembre-se: “the winner takes
it all”.
Boletim Econômico ACICG 10 de novembro de 2016
Cisnes negros. A Lógica do Cisne Negro,
de Nassim Nicholas Taleb
(http://bit.ly/2elXggt) é um
livro essencial para quem
pretenda navegar por estes
mares tão aparentemente
imprevisíveis.
O subtítulo do livro em sua
versão para o português é
muito esclarecedor: “o im-
pacto do altamente impro-
vável”.
Não temos a pretensão de
prever o futuro, mas a aná-
lise das probabilidades e de
seus riscos, pode e deve ser
praticada diuturnamente. É
disso que trata esta edição
do BE.
Todo o quadro político está
mudando, junto com as va-
riáveis sócio-econômicas. Se
não podemos interferir di-
retamente, pelo menos é
nosso dever acompanhar
tudo isso, pressionar e estar
em permanente estado de
atenção para nos precaver
de problemas ou aproveitar
oportunidades.
Temos muito a fazer:
#JuntosFaremos!
O vencedor leva tudo!
The winner takes it all.
Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial
de Campo Grande 10 de novembro de 2016 Número 12, Ano I
MCV/ACICG Out/2016
No mês de outubro de 2016 o
Movimento do Comércio Va-
rejista apurado pela ACICG
foi de 94, dois pontos inferior
a setembro deste ano e sete
pontos inferior a outubro de
2015.
Não se repetiu em outubro o
melhor desempenho em rela-
ção a 2015, que verificamos
em setembro.
Embora seja claro que a reto-
mada do mercado não está
ocorrendo de forma rápida,
deve-se considerar que outu-
bro de 2015 apresentou um
MCV igual ao de dezembro
daquele ano, o que significa
que, diferentemente do que
vem ocorrendo costumeira-
mente, a base de comparação
é relativamente alta.
Uma vez mais cabe conside-
rar que o mês de janeiro apre-
sentou um MCV de 74 e que,
na média do ano, registramos
um MCV 90, dez pontos
abaixo da média de 2014.
Componentes do índice
O MCV/ACICG compõe-se
de dois outros sub índices que
ajudam a avaliar sua evolu-
ção:
MCV-PF
Analisa as transações entre
Pessoas Físicas e as empresas
do setor terciário, também co-
nhecidas como B2C, da sigla
em inglês para “Business to
Consumer”.
93
10
9
89
107
10
3
103 10
5
10
1
120
91 91
107
97
10
6
10
3
111
101
91
10
1
84
10
1
74
78
92
87
92 91 92
100
96 94
60
70
80
90
100
110
120
130
abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out
2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016
Movimento do Comércio Varejista - MCV/ACICG (2014=100)
MCV_PF MCV_PJ MCV/ACICG 4 por Média Móvel (MCV/ACICG)
Notas Técnicas
O indicador Movimento
do Comércio Varejista da
ACICG (MCV/ACICG) é
construído a partir do re-
gistro da evolução dos da-
dos desse setor, apurados
pela entidade e compre-
ende:
as transações entre em-
presas (B2B) registradas
no MCV_PJ e
as transações entre con-
sumidores e empresas
(B2C), apuradas como
MCV_PF.
Para compensar a sazona-
lidade característica da ati-
vidade comercial, o
MCV/ACICG foi constru-
ído com base fixa, definida
pela média do desempe-
nho do ano de 2014.
Portanto:
os valores acima de 100
são os que ultrapassam a
média obtida durante
2014;
os valores abaixo de 100,
estão aquém da média de
2014.
Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial
de Campo Grande 10 de novembro de 2016 Número 12, Ano I
Tradicionalmente esse índice
é mais alto do que o MCV-PJ,
em função do número de
agentes e transações expressi-
vamente mais altos do que no
outro indicador.
O MCV-PF de outubro foi de
93, contra 103 no mesmo mês
de 2015. Este indicador é o
que melhor explica o desem-
penho negativo em relação ao
ano passado.
MCV-PJ
É o índice que avalia as tran-
sações entre as empresas,
também categorizadas como
B2B, cujo significado, a partir
do acrônimo em inglês, é “Bu-
siness to Business”.
Em outubro de 2016 o MCV-
PJ foi de 81 contra 82 em ou-
tubro de 2015. Essa pequena
retração de 1 ponto revela
que as empresas, embora não
sintam claramente a reto-
mada dos negócios, já estão
vivenciando pelo menos indi-
cativos claros de que a queda
no desempenho geral da eco-
nomia está se estabilizando,
por conseguinte, preparam-se
para o fim do ano.
Isolando-se o ano de 2016, po-
demos perceber a lenta, po-
rém clara retomada do MCV-
PJ que, como no mês passado,
apresentou um comporta-
mento mais estável do que o
MCV-PF.
Curva de Tendência
A Curva de Tendência é um
modelo matemático que nos
possibilita considerar impac-
tos sazonais e projetar o com-
portamento de uma série.
O gráfico da página 2 apre-
senta a curva de tendência (li-
nha tracejada), elaborada a
partir das médias móveis de 4
meses. Como se verifica, a
tendência de queda apresen-
tada até junho, foi alterada
em julho, apontando uma es-
tabilidade e apresenta agora,
clara tendência de alta.
Mais do que a comparação di-
reta mês a mês, o desempe-
nho comparado dos trimes-
tres 2016 / 2015 outra vez de-
monstra que, ainda que vaga-
rosamente, nos encaminha-
mos para a retomada, como
podemos constatar pela com-
paração da média dos MCV
dos primeiros três trimestres
de 2016 e de 2015, na tabela a
seguir:
2016 2015 %
1 tri 81 96 84
2 tri 90 102 88
3 tri 96 101 95
Como se percebe, se o início
do ano corrente apresentou
um desempenho 16 pontos
abaixo do verificado em 2015,
o segundo trimestre apresen-
tou ligeira melhora, redu-
zindo essa diferença para 12
pontos.
No terceiro trimestre essa di-
ferença caiu para 5 pontos.
Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial
de Campo Grande 10 de novembro de 2016 Número 12, Ano I
INC/ACICG OUT/2016
O Índice de Negativação do
Comércio apurado pela
ACICG (INC/ACICG) encer-
rou o mês de outubro em 31
pontos, 3 acima do indicador
de setembro.
Embora pequeno, o aumento
do INC em outubro frente ao
indicador de setembro não
encontra paralelo na série his-
tórica, o que, portanto, exige
um certo grau de atenção.
Cabe ressaltar, no entanto,
que em outubro de 2014 esse
indicador era de 349, e em
2015, 221, o que reforça a ten-
dência já verificada anterior-
mente nos Boletins anteriores,
mas ainda assim, deve ser
considerado como um ponto
de atenção, em função da in-
cipiente recuperação dos in-
dicadores.
As incertezas derivadas do
comportamento da economia
continuam promovendo uma
redução do consumo e, em
consequência, uma inadim-
plência menor.
A linha vermelha do gráfico
claramente voltou a situar-se
nos níveis históricos apresen-
tados antes de 2014. Mais um
sinal de que estamos dei-
xando para trás a irresponsa-
bilidade financeira.
IRC/ACICG OUT/2016
O IRC/ACIG, no gráfico re-
presentado pela linha verde,
em outubro de 2016 foi de 37,
contra 47 em setembro.
Até o mês passado, a manu-
tenção do nível de IRC num
Notas Técnicas
O INC/ACICG, Índice de
Negativação do Comércio e
o IRC/ACICG – Índice de
Recuperação de Crédito
apurados pela ACICG, são
índices para balizamento da
saúde financeira do mer-
cado, construídos a partir
da evolução dos dados de
inadimplência apurados
em uma longa série histó-
rica e englobam.
as obrigações vencidas e
não pagas entre empresas
(B2B), registradas no
INC_PJ e
as obrigações vencidas e
não pagas entre consumi-
dores e empresas (B2C),
apuradas como INC_PF
as obrigações que esta-
vam em condição de ina-
dimplência e foram regu-
larizadas por Pessoas Físi-
cas (IRC_PF) e Pessoas Ju-
rídicas (IRC_PJ).
Tanto o INC quanto o
IRC/ACICG têm base fixa
definida pela média do de-
sempenho do ano de 2014.
Os valores acima de 100 são
os que ultrapassam a média
obtida em 2014.
40
25
46
30 32
22 3
2
31
7
33
34
9
19
5
80
13
5 15
4
44
19
9
17
3 18
9
25
1
29
3
24
7
22
1
26
3
21
9
30
7
26 34
30 33 37
22 31
28 31
10
3
56
45 5
8
34
28 35
13
8
88
13
6
23
6
24
4
12
1
16
6
13
0
19
0
23
6
19
5
28
8
33
9
38
9
38
2
37
7
43
5
39
0
38
71
11
71
10
0
63
58 65
47
37
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out
2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2014 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016
IRC/ACICG - Índice de Recuperação do Crédito x INC/ACICG - Índice de Negativação
INC IRC
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de Campo Grande 10 de novembro de 2016 Número 12, Ano I
padrão confortavelmente su-
perior ao do INC indicava
que as famílias estavam recu-
perando o equilíbrio econô-
mico, no entanto em outubro
esses indicadores pratica-
mente se equivalem.
As razões parecem estar rela-
cionadas com o esgotamento
da capacidade de recupera-
ção dos orçamentos domésti-
cos, mas podem, também, ser
fruto da expectativa pela edi-
ção da já tradicional campa-
nha “Nome Limpo”, promo-
vida pela ACICG em novem-
bro.
De toda forma, houve um to-
tal de 4.098 exclusões do ca-
dastro de inadimplentes no
mês, contra 5.239 em setem-
bro e 7.289 em agosto, de-
monstrando uma redução
sensível nos últimos três me-
ses, o que não ocorreu em ne-
nhum outro período da série
histórica.
As notificações emitidas tota-
lizaram 6.441 (6.236 PF e 205
PJ) contra 5.881 em setembro,
registrando um crescimento
de 9,5%.
No entanto, ainda é decres-
cente o estoque de títulos ina-
dimplentes.
A importância de acompa-
nhar o comportamento desses
indicadores (IRC e INC), re-
side no fato de que são essen-
ciais para determinar a liqui-
dez das famílias, determi-
nando se existem condições
efetivas para uma rápida e
desejada retomada dos níveis
de atividade pré-crise.
Emprego Formal
As condições para determinar
quão sustentável é o desen-
volvimento econômico de-
pendem também do nível de
emprego da economia local.
Os dados apresentados são os
mais recentes oficiais do CA-
GED (Cadastro Geral de Em-
pregados e Desempregados
do MTE).
No gráfico verificamos que as
barras azuis representam as
admissões, enquanto as bar-
ras laranja, são as demissões.
A linha vermelha representa
a diferença entre as duas.
Com exceção de fevereiro,
que parece ser sazonalmente
um mês atípico, setembro foi
o primeiro mês do ano com
resultado positivo, ou seja,
em que as contratações supe-
raram as demissões.
Essa tendência já havia sido
constatada no mês passado e
indicava a possibilidade de
que houvesse esse saldo posi-
tivo.
O mais interessante do ponto
de vista da análise é que esse
resultado está longe de ser
consistente com a série histó-
rica registrada.
-4.000
-3.000
-2.000
-1.000
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
10.000
11.000
dez/
14
jan/
15
fev/
15
mar
/15
abr/
15
mai
/15
jun/
15
jul/
15
ago
/15
set/
15
out/
15
nov/
15
dez/
15
jan/
16
fev/
16
mar
/16
abr/
16
mai
/16
jun/
16
jul/
16
ago
/16
set/
16
Emprego Formal em Campo Grande/MS (fonte CAGED - elaboração DEcon/ACICG)
Admissões Desligamentos Var.Mês
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Pelo contrário, como pode-
mos verifica no gráfico (es-
querda) a seguir, o mês de se-
tembro de 2015 apresentou
uma redução significativa no
número de vagas de trabalho.
A expectativa da série histó-
rica é que o comportamento
se repita em outubro, o que
deve ser impulsionado tam-
bém pelo Projeto “Abre Va-
gas” da ACICG.
Independente, no entanto, de
uma leve melhora no número
de vagas de emprego na ci-
dade, é impressionante verifi-
car a trajetória desse indica-
dor, demonstrada no gráfico
da direita.
Constata-se que, desde de-
zembro de 2014 foram perdi-
das 14.371 vagas, já computa-
das as novas 86 vagas recupe-
radas em setembro.
O mergulho ocorrido em ja-
neiro de 2016, foi claramente
um reflexo das condições de
total desarranjo da economia,
aliado ao tarifaço aplicado
pelo governo do estado e que
atingiu em cheio o setor do
comércio varejista.
Se, por um lado é importante
destacar que a economia local
está se recuperando, por ou-
tro, também é necessário veri-
ficar em que condições essa
recuperação se dá, o que pode
ser avaliado a partir da com-
paração com a média do país
e com o desempenho de ou-
tros estados, em especial os
vizinhos da região.
O gráfico a seguir é extraído
da Tabela 3839 - Índice e vari-
ação da receita nominal e do
volume de serviços, do IBGE.
Seria válido descobrir o que
esses estados têm feito de di-
ferente, mas não temos notí-
cia de que tenham aplicado
qualquer tarifaço ao setor.
-3.378
-56
2
13
0
-34
-11
9
-15
9
-69
7
-1.0
60
-73
8
-1.4
41
-63
1
-57
0
-2.6
70
-25
1 80
-37
0
-38
9
-48
5
-57
7
-53
8
-24
9
86
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Empregos Formais Campo Grande - Variação no mêsfonte CAGED - elaboração DEcon/ACICG
2014 2015 2016
217.
811
21
4.4
33
21
3.8
71
214.
001
21
3.9
67
21
3.8
48
213.
689
21
2.9
92
21
1.9
32
21
1.1
94
209.
753
20
9.1
22
20
8.5
52
205.
882
20
5.9
62
20
5.5
92
20
5.2
03
204.
718
20
4.1
41
20
3.6
03
203.
354
20
3.4
40
DEZ/14 JAN/15 FEV/15 MAR/15 ABR/15 MAI/15 JUN/15 JUL/15 AGO/15 SET/15 OUT/15 NOV/15 DEZ/15 JAN/16 FEV/16 MAR/16 ABR/16 MAI/16 JUN/16 JUL/16 AGO/16 SET/16
Empregos Formais Campo Grande fonte CAGED - elaboração DEcon/ACICG
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16
Índice de Receita de Serviços - Variação Mensal - IBGEMS MT GO Brasil
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Pontos de atenção
As eleições demonstraram o
descontentamento da popula-
ção. Isso vale para o Brasil, as-
sim como para os EUA.
Na manhã de segunda-feira, o
mercado trabalhava com o ce-
nário de que Hillary venceria
- e isso seria bom. Uma even-
tual vitória republicana era,
então, não só improvável,
mas também um enorme
risco para os Estados Unidos
e para as economias globais.
Aí deu Trump, o Cisne Ne-
gro. Todos se prepararam
para choro e ranger de dentes.
Contrariando as expectativas
do consenso, isso não aconte-
ceu com o S & P.
No Brasil a taxa de câmbio
teve este comportamento:
No plano municipal as elei-
ções se definiram e o PT per-
deu todas as prefeituras nas
quais ainda concorria, redu-
zindo o seu poderio de se-
gundo para décimo partido.
Em Campo Grande aparente-
mente a população não es-
queceu a quebra de promessa
do governador e respondeu
com a arma de que dispõe.
Não é possível continuar com
o nível de endividamento
crescente do Estado, o que
significa dizer que existem so-
mente duas soluções teóricas:
aumenta-se a arrecadação a
partir de aumento da carga
tributária, ou reduz-se as des-
pesas. A primeira pode até ser
teórica, mas não é viável na
prática
Temas outrora simplesmente
impensáveis, passam a
contar até com o apoio
popular, como é o caso
da PEC 241, que trata
da vinculação do teto
de gastos à inflação.
Não será diferente em
relação à redução dos
gastos com a previ-
dência, que deverá ser votada
com rapidez.
As razões são absolutamente
racionais: não há espaço mais
para que o Estado se desvin-
cule da realidade.
Da mesma forma, as empre-
sas precisam estar preparadas
para eventos futuros, quer se-
jam promissores, quer repre-
sentem riscos à atividade.
Não há governo que afogue
por tempo indeterminado a
vontade popular.
Para citar alguns exemplos re-
centes, a população da Ingla-
terra decidiu-se pelo Brexit
contra os governos da CE; na
Colômbia, apesar de ter ga-
nho o Nobel da Paz, o presi-
dente Santos viu a população
dizer não ao acordo com a
FARC; nos EUA, apesar de
toda a imprensa internacio-
nal, Trump saiu vencedor.
Não podemos esperar dos go-
vernos as soluções para nos-
sos problemas, assim como os
governos precisam entender
que precisam considerar nos-
sas necessidades e anseios.
A ACICG representa a maior
parte do PIB da cidade e do
estado de MS. Temos as ferra-
mentas e o conhecimento
para propor soluções.