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Boletim nº 700 20/04/15 F1LIADO À Órgão da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados e do Frio no Estado de São Paulo Companheiro trabalhador, não fique calado! Denuncie os problemas de seu setor de trabalho ou de sua empresa no Sindicato para que possamos tomar providências. Entre em contato por telefone (11) 5584-7040 JBS FOODS (BRASLO) TRABALHADOR ADOECE E FICA SEM SALÁRIO EM UM DOS SETORES MAIS VULNERÁVEIS ÀS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO, OS FRIGORÍFICOS, HOJE NÃO É PERMITIDO SEQUER IR AO MÉDICO Na empresa que hoje é cha- mada de JBS Foods (Braslo), do grupo JBS/Friboi, os traba- lhadores, por conta das retira- das de vários direitos estão sen- do forçados a cancelar o convê- nio médico. O convênio que era pago um valor irrisório, hoje cada tra- balhador, para utilizar a modalidade mais simples tem que pagar, só para ele o valor de R$ 55,00, caso queira incluir mais dependentes, terá que desembolsar mais R$ 111,00 por pessoa inclu- sa. Se um trabalhador ti- ver 03 (três) dependen- tes terá que desembolsar todo o mês R$ 388,00 um valor altíssimo diante dos salários re- cebidos numa categoria onde os patrões tratam os operários que nem escravos, apesar de chamá- los “colaboradores”. Vários trabalhadores denun- ciaram que tem que pagar, tam- bém, a consulta, quando forem utilizar o convênio, consulta essa que varia de R$ 30,00, até 80,00, dependendo do tipo de trata- mento que será realizado. Apesar dos frigoríficos serem um dos ramos de atividades mais vulneráveis às condições de vida e trabalho, inclusive com um grande número de mortes, os operários da JBS Foods (Braslo) estão sem as mínimas condições de se cuida- rem. Vários trabalhadores can- celaram o convênio, pois, dian- te das condições impostas pela empresa terão que trabalhar, somente para o pagamento do convênio, caso continuem com o plano. Não bastasse toda essa situação, o setor de re- cursos humanos da Braslo não aceita as de- clarações e atestados dos médicos quando os tra- balhadores necessitam ir em alguma consulta. Há uma enorme quan- tidade de irregularidades dentro da JBS Foods (Braslo) e que estão afe- tando o conjunto dos fun- cionários, portanto, o nosso sindicato está cha- mando os trabalhadores para uma reunião nas proximidades da empresa para discutirmos e esclarecer sobre estas questões. Vamos também, chamar uma mesa redonda na SRTE (Supe- rintendência Regional do Tra- balho e Emprego).

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Boletim nº 70020/04/15

F1LIADO À

Órgão da Diretoria doSindicato dosTrabalhadores nas

Indústrias de Carnes eDerivados e do Frio noEstado de São Paulo

Companheiro trabalhador, não fique calado! Denuncie os problemas de seu setor de trabalhoou de sua empresa no Sindicato para que possamos tomar providências.

Entre em contato por telefone (11) 5584-7040

JBS FOODS (BRASLO)

TRABALHADORADOECE E FICA SEM

SALÁRIOEM UM DOS SETORES MAIS VULNERÁVEIS ÀS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO, OS FRIGORÍFICOS, HOJE NÃO

É PERMITIDO SEQUER IR AO MÉDICO

Na empresa que hoje é cha-mada de JBS Foods (Braslo),do grupo JBS/Friboi, os traba-lhadores, por conta das retira-das de vários direitos estão sen-do forçados a cancelar o convê-nio médico. O convênioque era pago um valorirrisório, hoje cada tra-balhador, para utilizar amodalidade mais simplestem que pagar, só paraele o valor de R$ 55,00,caso queira incluir maisdependentes, terá quedesembolsar mais R$111,00 por pessoa inclu-sa.

Se um trabalhador ti-ver 03 (três) dependen-tes terá que desembolsartodo o mês R$ 388,00 um valoraltíssimo diante dos salários re-cebidos numa categoria onde ospatrões tratam os operários quenem escravos, apesar de chamá-los “colaboradores”.

Vários trabalhadores denun-ciaram que tem que pagar, tam-

bém, a consulta, quando foremutilizar o convênio, consulta essaque varia de R$ 30,00, até 80,00,dependendo do tipo de trata-mento que será realizado.

Apesar dos frigoríficos serem

um dos ramos de atividadesmais vulneráveis às condiçõesde vida e trabalho, inclusivecom um grande número demortes, os operários da JBSFoods (Braslo) estão sem asmínimas condições de se cuida-rem. Vários trabalhadores can-

celaram o convênio, pois, dian-te das condições impostas pelaempresa terão que trabalhar,somente para o pagamento doconvênio, caso continuem como plano.

Não bastasse toda essasituação, o setor de re-cursos humanos daBraslo não aceita as de-clarações e atestados dosmédicos quando os tra-balhadores necessitam irem alguma consulta.

Há uma enorme quan-tidade de irregularidadesdentro da JBS Foods(Braslo) e que estão afe-tando o conjunto dos fun-cionários, portanto, onosso sindicato está cha-

mando os trabalhadores parauma reunião nas proximidadesda empresa para discutirmos eesclarecer sobre estas questões.

Vamos também, chamar umamesa redonda na SRTE (Supe-rintendência Regional do Tra-balho e Emprego).

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Órgão da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados e do Frio no Estado de São Paulo

Eles fracassaram na “mobilização” dos coxinhas do dia 12, mas querem impor a política de “ajustes” eataques aos trabalhadores por meio da vontade do congresso de picaretas e dos governos inimigos do povo.

É preciso intensificar a mobilização das organizações de luta dos explorados contra o golpe e pelasreivindicações operárias e populares

MILHARES SAÍRAM ÀS RUAS NO DIA 15 DE ABRIL

VAMOS DERROTAR O PL DATERCEIRIZAÇÃO E DA ESCRAVIDÃOAPOIADO PELA DIREITA GOLPISTA

Nem os números mentirosos da Polícia eda imprensa golpista escondem o estrondo-so fracasso dos atos da direita pró-imperia-lista do último domingo, apesar dos milhõespor eles gastos e de contarem, mais uma vezcom o apoio escancarado do governosdireitistas como o do PSDB de SP (da suaPM, metrô com catraca livre etc.) e de umaampla campanha favorável dos monopóliosde comunicação como a Rede Globo, Veja,Folha etc.

Por todos os ângulos que se veja, amanifestação foi um fracasso, diante daspromessas e ameaças da direita de queseriam “muito maiores” e do seu propósitode dar um caráter “popular” aosseus planos de derrubar o governoDilma, seja pelo impeachment, pela“justiça” ou por meio de um golpemilitar que garanta a imposição dosinteresses de grupos econômicos epolíticos vinculados e patrocina-dos pelo capital imperialista.

Um dos principais motivos paraeste fracasso é que a direita passoua ser mais amplamente denunciadapelas organizações operárias e po-pulares e da esquerda que nãocaíram no conto de fadas de que adireita golpista quer combater acorrupção, por meio das empre-sas, partidos e governos mais cor-ruptos e reacionários do País.

A luta dos trabalhadores, princi-palmente a partir de 13 de marçoestá deixando cada dia mais claro que o queeles querem impor uma nova etapa de escra-vidão ainda maior contra os trabalhadores,com a aprovação de medias como o PL 4330que visa impor a milhões de trabalhadores aterceirização, para rebaixar ainda mais ossalários, aumentar o desemprego, acontratação de milhões sem direitos con-quistados em anos de luta e, dessa forma,garantir os lucros de punhado de abutrescapitalistas que querem que os exploradospaguem pelo colapso capitalista que cresceem todo o mundo.

Greves, como a dos professores de SãoPaulo (do PR, PA etc.) evindenciam que portrás da mobilização golpista estão os queremdestruir totalmente o ensino e a saúde públi-cas, em favor dos capitalistas da educação emercadores da doença; os querem privatizar

a Petrobras, os correios etc. e impor umaprofunda repressão contra a população po-bre e negra, em particular, contra a juventu-de, com medidas como a redução da maio-ridade penal.

Eles tiveram um revés, mas não desisti-ram. Sabe que a força deles não vem damobilização nas ruas, mas das negociatas degabinetes dos grandes capitalistas e de suasmáfias políticas inimigas do povo trabalha-dor e da juventude.

Por isso, para derrotar de vez toda estacorja e avançar na luta na defesa das reivin-dicações dos trabalhadores diante da crise épreciso fortalecer a luta dos explorados.

A situação reforça a necessidade de inten-sificar a campanha de denúncia da políticagolpista da direita, em defesa dos direitosdemocráticos dos explorados e na defesa desuas reivindicações diante da crise – como aderrubada do PL 4330, contra asprivatizações, em apoio às greve dos profes-sores contra a política de “ajustes” do gover-no Alckmin etc.

Mais do que nunca, dia 15 de abril todosàs ruas. É hora dos trabalhadores e suasorganizações de luta, avançarem contra osque, neste domingo, fracassaram em avan-çar um pouco mais na defesa dos interessesdo imperialismo golpista, contra os explora-dos

Se comprovou - sem sombra de dúvidas- que a “neutralidade” preconizada por

setores da esquerda pequeno burguesa dian-te da ofensiva da direita é uma verdadeiracumplicidade com os objetivos desta direitae contribui para a conspiração tem torno aogolpe de Estado e no ataque aos direitos dostrabalhadores.

Mais do que nunca é hora de cerrarmosfileiras para marcharmos juntos em defesados interesses dos trabalhadores contra uminimigo muito mais forte e perigoso do quea política de conciliação de classes do PT eque está por detrás desta política: o imperi-alismo e seus representantes no Brasil.

Reafirmamos nosso chamado a que,como parte desta luta, no dia internacional de

luta da classe operária, realizemosum ATO DE 1o. DE MAIO UNIFI-CADO DE LUTA CONTRA A DI-REITA GOLPISTA EM DEFESADAS REIVINDICAÇÕES DOSTRABALHADORES.

Que unifiquemos nossas bandei-ras de luta e nossos punhos, paragritar alto e bom som: “FASCIS-TAS, GOLPISTAS, NÃO PAS-SARÃO!.

Derrotar nas ruas a direita golpistae seus planos de “ajustes”:

Abaixo o PL 4330 e toda políticade “ajustes” e cortes nos orçamen-tos públicos. Nenhum direito a me-nos para os trabalhadores

NÃO À PRIVATIZAÇÃO! Na-cionalização do Petróleo eReestatização da Petrobras sob con-

trole dos trabalhadoresOcupar as fábricas contra as demissões.

Escala móvel de salários e horas de trabalhoReforma Agrária com expropriação do

latifúndioReforma Urbana com expropriação dos

especuladores e plano nacional de constru-ção de casas populares sob o controle dasorganizações populares

Em defesa das reivindicações dos profes-sores contra a destruição do ensino público

Não à redução da maioridade penal e aoaumento da repressão contra o povo traba-lhador. Dissolução da PM, máquina de guer-ra contra a população pobre e negra.

FORA OS GOLPISTAS! Por umgoverno dos trabalhadores da cidade edo campo