banco santander (brasil) s.a. · 2010-07-29 · 1 destaques do perÍodo banco santander (brasil)...
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DESTAQUES DO PERÍODO
Banco Santander (Brasil) S.A. Release de Resultados em IFRS
Primeiro Semestre de 2010 29 de julho de 2010
Disclaimer: eventuais declarações que possam estar escritas neste relatório relativas às perspectivas de negócios do Banco Santander, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria do Banco, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro do Banco Santander e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras.
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ÍNDICE
ÍNDICE
RESUMO DADOS DO PERÍODO 03
DESTAQUES DO PERÍODO 04
RATINGS 06
AMBIENTE MACROECONÔMICO 07
EVENTOS RECENTES 08
SUMÁRIO EXECUTIVO 09
RESULTADOS DO SANTANDER NO BRASIL
RECONCILIAÇÃO GERENCIAL E CONTÁBIL 10 CONTA DE RESULTADOS GERENCIAL 11 BALANÇO PATRIMONIAL 16 ANÁLISE DE RESULTADO POR SEGMENTO 21 CARTÕES 22
GESTÃO DE RISCOS 23
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA 25
RESUMO BALANÇO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 27
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RESUMO DE DADOS DO PERÍODO
RESUMO DE DADOS DO PERÍODO
As informações deste release são baseadas nos resultados consolidados do Banco Santander (Brasil) S.A., preparados de acordo com as normas internacionais ‐ IFRS (International Financial Reporting Standards). As demonstrações financeiras condensadas do primeiro semestre de 2010 estão disponíveis no site de Relações com Investidores e órgãos reguladores.
Os dados abaixo, referentes aos resultados e indicadores de desempenho, são gerenciais, uma vez que se referem ao resultado contábil, ajustado pelo hedge fiscal do investimento na agência de Cayman. O ajuste, que impacta as linhas de impostos sobre a renda e os ganhos/perdas com ativos financeiros, não tem efeito sobre o lucro líquido. A reconciliação entre o resultado contábil e o resultado gerencial pode ser encontrada na página 10 deste relatório.
1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10
RESULTADOS (R$ milhões)Margem de juros líquida 11.698 10.661 9,7% 5.865 5.833 0,5%Comissões Líquidas 3.332 3.016 10,5% 1.710 1.622 5,4%Despesas de Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (4.654) (4.827) ‐3,6% (2.251) (2.403) ‐6,3%Despesas Administrativas e de Pessoal (5.429) (5.380) 0,9% (2.774) (2.655) 4,5%Lucro líquido 3.529 2.445 44,3% 1.766 1.763 0,2%
BALANÇO PATRIMONIAL (R$ milhões)Ativo total 347.246 288.878 20,2% 347.246 316.049 9,9%Títulos e valores mobiliários 93.492 46.871 99,5% 93.492 74.829 24,9%Carteira de crédito¹ 146.529 134.173 9,2% 146.529 139.910 4,7% Pessoa física 45.910 41.217 11,4% 45.910 43.992 4,4% Financiamento ao consumo 26.119 24.593 6,2% 26.119 25.509 2,4% Pequenas e médias empresas 32.260 31.845 1,3% 32.260 30.811 4,7% Grandes empresas 42.240 36.519 15,7% 42.240 39.597 6,7%Captações de clientes 135.744 150.197 ‐9,6% 135.744 133.757 1,5%Patrimônio líquido 71.619 51.805 38,2% 71.619 70.729 1,3%Patrimônio líquido excluindo ágio² 43.307 24.542 76,5% 43.307 42.417 2,1%
INDICADORES DE DESEMPENHO (%)Retorno sobre o patrimônio líquido médio – anualizado 10,2% 9,9% 0,4 p.p. 10,4% 10,5% ‐0,1 p.p.Retorno sobre o patrimônio líquido médio excluindo ágio² ‐ anualizado 17,4% 21,9% ‐4,6 p.p. 17,8% 18,0% ‐0,3 p.p.Retorno sobre o ativo total médio – anualizado 2,2% 1,7% 0,5 p.p. 2,2% 2,2% ‐0,1 p.p.Índice de Eficiência³ 34,2% 36,5% ‐2,2 p.p. 35,4% 33,1% 2,4 p.p.Índice de Recorrência4 61,4% 56,1% 5,3 p.p. 61,6% 61,1% 0,6 p.p.Índice de Basiléia excluindo ágio² 23,4% 17,0% 6,4 p.p. 23,4% 24,4% ‐1,0 p.p.
INDICADORES DE QUALIDADE DA CARTEIRA (%)Índice de Inadimplência5 ‐ IFRS 6,6% 7,0% ‐0,5 p.p. 6,6% 7,0% ‐0,4 p.p.Índice de Inadimplência6 (acima de 90 dias) ‐ BR GAAP 4,7% 6,2% ‐1,5 p.p. 4,7% 5,4% ‐0,7 p.p.Índice de Inadimplência7 (acima de 60 dias) ‐ BR GAAP 5,6% 7,6% ‐2,0 p.p. 5,6% 6,4% ‐0,8 p.p.
Índice de Cobertura8 101,7% 97,1% 4,6 p.p. 101,7% 102,8% ‐1,1 p.p.
OUTROS DADOSAtivos sob administração ‐ AUM (R$ milhões) 109.493 85.503 28,1% 109.493 106.572 2,7%Nº de Cartões de Crédito e Débito (mil) 35.339 31.306 12,9% 35.339 34.004 3,9%Agências 2.097 2.091 0,3% 2.097 2.091 0,3%PABs 1.491 1.510 ‐1,3% 1.491 1.496 ‐0,3%Caixas eletrônicos 18.117 18.101 0,1% 18.117 18.102 0,1%Total de Clientes (mil) 23.514 21.465 9,5% 23.514 22.979 2,3%Total de Correntistas ativos9 (mil) 10.503 9.929 5,8% 10.503 10.379 1,2%Funcionários 51.789 51.146 1,3% 51.789 51.747 0,1%1. Informações gerenciais.
3. Eficiência: Despesas Gerais/Total de Receitas .
5. Operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência / carteira de crédito.6. Operações vencidas há mais de 90 dias / carteira de crédito em BR GAAP.7. Operações vencidas há mais de 60 dias / carteira de crédito em BR GAAP.8. Provisões de Crédito de Liquidação Duvidosa / operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência.9. Clientes com movimentação de depósito à vista no período de 30 dias, de acordo com o Banco Central do Brasil.
4. Comissões líquidas / Despesas gerais.
2. Ágio apurado na aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência.
ANÁLISE GERENCIAL
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DESTAQUES DO PERÍODO
DESTAQUES DO PERÍODO
RESULTADOS
O lucro líquido do primeiro semestre de 2010 foi de R$3.529 milhões, com crescimento de 44,3% (ou R$1.084 milhões) em relação aos R$ 2.445 milhões do primeiro semestre de 2009.
No segundo trimestre de 2010, o lucro líquido totalizou R$ 1.766 milhões, alta de 0,2% em relação ao primeiro trimestre. Excluindo‐se os efeitos extraordinários do primeiro trimestre de 2010, de R$37 milhões, o crescimento alcança 2,3%.
O lucro antes de impostos do primeiro semestre de 2010 atingiu R$4.481 milhões, aumento de 43,9% ante igual período de 2009. No trimestre, somou R$ 2.309 milhões com alta de 6,3% em relação ao primeiro trimestre de 2010.
INDICADORES
Evolução dos indicadores de Gestão em doze meses (1S10/1S09):
− Eficiência¹: 34,2% no 1S10, com queda de 2,2 p.p.
− Recorrência²: 61,4% no 1S10, com crescimento de 5,3 p.p.
− ROAE³: 17,4% anualizado no 1S10, redução de 4,6 p.p.
Evolução positiva dos indicadores de Solidez:
− Índice de Basiléia4: 23,4% em junho de 2010, com aumento de 6,4 p.p. em doze meses
− Cobertura: 101,7% em junho de 2010, com crescimento de 4,6 p.p. em doze meses.
BALANÇO
Ativos de R$ 347.246 milhões, com crescimento de 20,2% em doze meses
Crédito a Clientes de R$ 146.529 milhões, com alta de 9,2% em doze meses
Depósito Poupança alcançou R$ 26.721 milhões, evolução de 24,8% em doze meses
Patrimônio Líquido totalizou R$ 43.307 milhões (excluindo ágio4 de R$ 28.312 milhões)
NOSSAS AÇÕES ‐ Bovespa: SANB11 (Unit), SANB3 (ON), SANB4 (PN); NYSE (BSBR)
Valor Mercado5 em 30/06/2010: R$ 71,9 bilhões e US$ 40,0 bilhões
Número total de ações (lote de mil): 399.044.117
Lucro Líquido6 no 1S10 por:
• Lote de mil Ações ‐ R$ 17,69
• Lote de dez Units ‐ R$ 18,57 1. Despesas gerais / Total de receitas 2. Comissões líquidas / Despesas gerais 3. Lucro líquido / Patrimônio líquido médio. Exclui o ágio da Aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência 4. Exclui o ágio da Aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência 5. Valor de mercado: número total de ações (ON+PN)/105 (Unit = 50 PN + 55 ON) x preço de fechamento da Unit (SANB11) e taxa de câmbio R$/U$ de 1,7995. 6. Lucro Líquido do primeiro semestre anualizado. Calculo não leva em consideração o fato de que dividendos atribuídos às ações preferenciais são 10% superiores que o montante atribuído às ações ordinárias.
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DESTAQUES DO PERÍODO
5.489 5.656 5.850 5.833 5.865
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Margem Líquida com JurosR$ milhões
6,9%0,5%
1.573 1.556 1.666 1.622 1.710
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Comissões LíquidasR$ milhões
8,7%
5,4%
1.613 1.472 1.5911.763 1.766
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Lucro LíquidoR$ milhões
9,5%0,2%
36,5 34,2
1S09 1S10
Índice de Eficiência%
‐2,2 p.p.
Pessoa Física31%
Pequenas e Médias
Empresas22%
Financ. Consumo
18%
Grandes Empresas
29%
Distribuição da Carteira de CréditoJun/10
21,917,4
1S09 1S10
ROAE1
%
1) Lucro líquido anualizado sobre o patrimônio líquido médio ajustado pelo ágio.
‐4,6 p.p.
Banco comercial
58%
Banco Global de Atacado
33%
Seguros e Gestão de
Ativos9%
Lucro antes de impostos por segmentos Jun/10
2.649 2.674 2.893 2.655 2.774
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Despesas Administrativas e de PessoalR$ milhões
4,7%4,5%
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RATINGS
RATINGS
O Santander é classificado por agências internacionais de “rating” e as notas atribuídas refletem seu desempenho operacional e a qualidade de sua administração. A tabela abaixo apresenta as classificações de risco atribuídas ao banco pelas três principais agências de rating mundiais.
AGÊNCIA DE RATING Ratings Perspectiva Ratings Perspectiva
Escala Nacional AAA (bra) Estável F1+ (bra) EstávelMoeda Local BBB+ Positiva F2 Positiva
Moeda Estrangeira BBB Positiva F2 Positiva
Escala Nacional brAAA Estável brA‐1 EstávelMoeda Local BBB‐ Estável A‐3 Estável
Moeda Estrangeira BBB‐ Estável A‐3 Estável
Escala Nacional Aaa.br Estável Br‐1 Estável
Moeda Local A2 Estável P‐1 Estável
Moeda Estrangeira Baa3 Estável P‐3 Estável
LONGO PRAZO CURTO PRAZO
Fitch Ratings
Standard & Poor’s
Moody’s
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AMBIENTE MACROECONÔMICO
AMBIENTE MACROECONÔMICO
Os indicadores econômicos recentes confirmaram a acomodação do crescimento econômico esperada para o segundo trimestre do ano. Apesar do crescimento continuar forte nas comparações anuais, o ritmo é bem menos intenso que nos primeiros três meses do ano, principalmente da produção industrial e das vendas no varejo.
O PIB do primeiro trimestre de 2010, divulgado em junho, apresentou aumento de 2,7% em relação ao trimestre anterior (dados dessazonalizados). O desempenho reflete a continuidade da recuperação industrial pelo lado da oferta (puxado pelo fim dos incentivos fiscais no último dia do trimestre, que gerou uma antecipação do consumo) e dos investimentos pelo lado da demanda. Além disso, a agricultura, que tinha apresentando fraco desempenho no último trimestre de 2009, começou a mostrar recuperação. No mercado de trabalho, a taxa de desemprego atingiu 7,5% em maio, continuando sua trajetória de recuperação iniciada após março de 2009, quando atingiu seu pico de 9,0%, durante a crise internacional.
A inflação acumulada em doze meses iniciou o ano pressionada, mas arrefeceu ao longo do mês de junho, encerrando o primeiro semestre de 2010 em 4,8% pouco acima do centro da meta, de 4,5%. Para os próximos meses do ano, espera‐se desaceleração do IPCA, porém as expectativas do mercado continuam indicando que a inflação ficará acima da meta para o fim de 2010. A alta nos preços, somada ao aquecimento da economia afetaram também as expectativas de inflação para 2011, que passaram a se descolar do centro da meta. Com isso, o Banco Central elevou a taxa Selic em 75 pontos base nas duas reuniões que ocorreram no segundo trimestre, e em 50 pontos na reunião de julho, levando a taxa básica de juros a 10,75%.
O aquecimento econômico gerou uma piora do saldo comercial e no balanço de serviços e rendas, e, com isso, aumentou o déficit em transações correntes. No entanto, a maior entrada de capital financeiro (investimento em carteira), um sinal de continuada confiança na economia brasileira, acabou por compensar este déficit. Com isso, as
reservas internacionais aumentaram para quase US$ 250 bilhões em maio ‐ o que, inclusive, melhora a percepção em relação ao Brasil.
Mesmo com esta entrada de capital, no entanto, o Real desvalorizou‐se 1,2% entre março e junho de 2010, superando o patamar de R$1,80/US$, em um trimestre de muita volatilidade cambial, no qual a moeda norte‐americana atingiu a mínima de R$1,73 no fim de abril e a máxima de R$1,88 no fim de maio.
O volume do crédito total do Sistema Financeiro Nacional segue em trajetória firme de recuperação, mas ainda apoiado sobre uma contribuição considerável do crédito direcionado, em especial do BNDES. Em maio, a relação crédito/PIB ficou em 45,3%, no nível mais alto da história.
O crédito a pessoas físicas mantém trajetória de recuperação, que pode ser explicada pela melhora no mercado de trabalho e, portanto, na massa salarial. No primeiro trimestre, as concessões PF avançaram robustos 21,6% em relação ao mesmo período de 2009, e em abril e maio esta taxa foi mantida. Por outro lado, as operações destinadas à pessoa jurídica começam a dar sinais mais consistentes de recuperação, pois cresceram apenas 3,9% a.a. no primeiro trimestre e aceleraram para 13,7% a.a. em abril e maio de 2010.
O início do ciclo de aperto monetário em abril já provocou alta nas taxas médias de juros dos empréstimos. Os prazos médios, por sua vez, estão mostrando uma tendência altista (ainda que lenta), indicando aumento nos investimentos.
De maneira geral, a solidez da demanda interna e do sistema financeiro foram fundamentais para puxar o forte crescimento brasileiro no primeiro semestre do ano, a despeito das incertezas que cercam a recuperação econômica global. A manutenção de bons fundamentos macroeconômicos do país terá papel relevante para garantir a sustentabilidade deste novo ciclo de crescimento da economia.
ÍNDICES ECONÔMICO‐FINANCEIROS 2T10 1T10 2T09
Risco país (EMBI) 248 182 284Câmbio (R$/ US$ final) 1,801 1,781 1,951IPCA (em 12 meses) 4,84% 5,13% 4,80%Taxa Selic ‐ Meta (a.a.) 10,25% 8,75% 9,25%CDI¹ 2,22% 2,02% 2,38%Ibovespa (em pontos/fechamento) 63.407 70.372 51.465
1. Taxa efetiva no trimestre.
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EVENTOS RECENTES
EVENTOS RECENTES
DECLARAÇÃO DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO E DE DIVIDENDOS
Em 30 de junho de 2010, o Conselho de Administração do Banco Santander (Brasil) S.A. aprovou a proposta da Diretoria Executiva, conforme reunião realizada no dia 23 de junho de 2010, de distribuição, ad referendum da Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em 2011, de:
(i) juros sobre o capital próprio relativos ao segundo trimestre de 2010, no montante bruto de R$ 400 milhões, que após deduzido o valor relativo ao Imposto de Renda Retido na Fonte (“IRRF”), na forma da legislação em vigor, importam o valor líquido de R$ 340 milhões;
(ii) dividendos intercalares relativos ao primeiro trimestre de 2010, na forma do art. 35, II, do Estatuto Social da Companhia, com base nos lucros apurados em balanço especialmente levantado para esse fim, em 31 de março de 2010, no montante de R$ 500 milhões.
O valor dos juros sobre o capital próprio e dos dividendos intercalares será imputado integralmente aos dividendos obrigatórios a serem distribuídos pela Companhia referentes ao exercício social de 2010, e serão pagos a partir de 25 de agosto de 2010, sem nenhuma remuneração a título de atualização monetária.
CONSTRUÇÃO DO PÓLO DE TECNOLOGIA ‐ CAMPINAS
Em 10 de junho de 2010, o Banco Santander (Brasil) S.A. comunicou ao mercado a construção de um pólo de tecnologia, pesquisa e processamento de dados na cidade de Campinas. O projeto terá um investimento inicial no valor de R$ 450 milhões, que será realizado ao longo de sua construção com término previsto para o primeiro trimestre de 2012. A construção do pólo de tecnologia está em linha com as práticas de sustentabilidade do Banco Santander (Brasil) S.A., contempla uma das estruturas tecnológicas mais modernas do país e reflete a estratégia do Banco Santander (Brasil) S.A. de expansão no Brasil.
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SUMÁRIO EXECUTIVO
SUMÁRIO EXECUTIVO
O lucro líquido do Santander totalizou R$ 3.529 milhões no primeiro semestre de 2010, com crescimento de 44,3% comparado com igual período de 2009. No trimestre o lucro líquido somou R$ 1.766 milhões, crescimento de 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Desconsiderando os resultados extraordinários observados no primeiro trimestre, de R$ 37 milhões1, o resultado registra crescimento de 2,3%.
O patrimônio líquido totalizou, em junho de 2010, R$ 43.307 milhões, excluindo R$ 28.312 milhões referentes ao ágio da aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado pelo ágio atingiu 17,4%, queda de 4,6 pontos em doze meses devido à diluição dos recursos da Oferta Global de Ações em outubro de 2009.
O índice de eficiência atingiu 34,2% no segundo trimestre de 2010, com melhora de 2,2 pontos em relação ao mesmo período de 2009. Este desempenho é consequência do aumento das receitas de margem com juros e de comissões, de 9,7% e 10,5%, respectivamente, e do controle de gastos com captura de sinergias, mantendo o aumento de despesas abaixo do índice de inflação.
O total de despesas administrativas e de pessoal apresentou crescimento de 0,9% em doze meses, como resultado de controle de custos e captura de sinergias provenientes da aquisição do Banco Real que, até junho de 2010, somava R$ 1.446 milhões.
‐ Indicadores de Solidez: o índice de Basiléia em junho alcançou 23,4%, com crescimento de 6,4 pontos percentuais em doze meses. Já o índice de cobertura atingiu 101,7% em junho de 2010, com 4,6 pontos percentuais de aumento sobre junho de 2009.
A carteira de crédito apresentou crescimento de 9,2% em doze meses, totalizando R$ 146.529 milhões. O segmento de pessoa física mostrou crescimento de 11,4% em doze meses e 4,4% no trimestre. Os produtos que apresentaram maiores crescimentos, nessa última comparação, foram: consignado, cartões de crédito e crédito imobiliário.
O volume de crédito do segmento de pequenas e médias empresas somou R$ 32.260 milhões no segundo trimestre de 2010, com alta de 1,3% em doze meses. Na comparação trimestral o segmento mostrou grande recuperação, saindo de uma queda de 2,0% no primeiro trimestre de 2010(1T10/4T09) para uma alta de 4,7% no segundo trimestre de 2010(2T10/1T10).
1 Ganho na alienação de ativos de R$ 64 milhões parcialmente compensados por provisão para contingências de R$ 28 milhões.
O total de captações, incluindo captação de clientes2 e fundos de investimentos, atingiu R$ 245.237 milhões, em junho de 2010, com 4,0% de crescimento com relação a junho de 2009. No período, os destaques foram: poupança, com crescimento de 24,8% e fundos de investimento, com evolução de 28,1%.
PROCESSO DE INTEGRAÇÃO
O ano de 2009 foi decisivo para o processo de integração. Importantes etapas foram concluídas, novos produtos, serviços e funcionalidades foram adicionados no dia‐a‐dia de nossos clientes, buscando extrair sempre o melhor de cada Banco.
Neste primeiro semestre do ano de 2010, todos os “gaps” derivados da unificação das plataformas dos dois bancos foram desenvolvidos e implantados e os projetos apresentam significativo grau de avanço. Estão sendo realizados os testes prévios nos sistemas, relativos à migração de dados de clientes e operações, bem como, os testes na nova plataforma tecnológica. Também estão em andamento as adequações necessárias no ambiente das agências do Banco Real, preparando‐as para receber a marca Santander.
Até o final de 2010, o atendimento aos clientes e a marca estarão unificados em todas as agências, ATMs, Internet Banking e canais de atendimento aos clientes. Nesta etapa, ainda não haverá alterações nos produtos, serviços e números de agência e conta, para facilitar o dia a dia dos clientes. Tais alterações ocorrerão a partir da migração tecnológica, que acontecerá no primeiro semestre de 2011. Ressaltamos que a principal premissa do processo de integração é melhorar continuamente o padrão de atendimento e o nível de serviço prestado aos clientes.
2 Inclui poupança, depósito à vista, depósito a prazo, debêntures, LCA e LCI
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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
RECONCILIAÇÃO ENTRE O RESULTADO CONTÁBIL E O RESULTADO GERENCIAL
Para melhor compreensão dos resultados em IFRS, apresentamos, neste relatório, a demonstração do Resultado Gerencial, que inclui os ajustes realizados sobre a Demonstração de Resultado Publicada (Contábil). O ajuste realizado refere‐se ao hedge fiscal de investimentos realizados na agência de Cayman. Desta forma, reclassificamos para a linha de Ganhos (Perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos, o efeito fiscal do hedge que é contabilizado originalmente na linha de impostos. Todas as informações, indicadores e comentários relativos à Demonstração de Resultados neste relatório consideram o Resultado Gerencial, exceto quando citado.
De acordo com as regras fiscais brasileiras, os ganhos (perdas) com a variação cambial (R$/US$) do investimento em dólar em Cayman não é tributável (dedutível). Esse tratamento fiscal leva a exposição cambial na linha de impostos. Uma posição de hedge, composta por derivativos, foi montada com o objetivo de tornar o Lucro Líquido protegido contra as variações cambiais relacionadas com esta exposição cambial na linha de impostos. Assim, a alíquota efetiva de impostos e o resultado com ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros ainda são impactados por variação na taxa de câmbio.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 1S10 HEDGE 1S10 1S09 HEDGE 1S09 2T10 HEDGE 2T10 1T10 HEDGE 1T10(R$ Milhões) CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL
Margem de juros líquida 11.698 11.698 10.661 10.661 5.865 5.865 5.833 5.833Resultado de renda variável 18 18 15 15 14 14 4 4
Resultado de equivalência patrimonial 23 23 257 257 13 13 10 10
Comissões líquidas 3.332 3.332 3.016 3.016 1.710 1.710 1.622 1.622
Receitas de tarifas e comissões 3.770 3.770 3.463 3.463 1.929 1.929 1.841 1.841
Despesas de tarifas e comissões (438) (438) (447) (447) (219) (219) (219) (219)
709 (189) 898 1.697 724 973 150 (140) 290 559 (49) 608
Outras receitas (despesas) operacionais (105) (105) (163) (163) (60) (60) (45) (45)
Total de receitas 15.675 (189) 15.864 15.483 724 14.759 7.692 (140) 7.832 7.983 (49) 8.032
Despesas gerais (5.429) (5.429) (5.380) (5.380) (2.774) (2.774) (2.655) (2.655)
Despesas administrativas (2.657) (2.657) (2.668) (2.668) (1.357) (1.357) (1.300) (1.300)
Despesas de pessoal (2.772) (2.772) (2.712) (2.712) (1.417) (1.417) (1.355) (1.355)
Depreciação e amortização (579) (579) (645) (645) (293) (293) (286) (286)
Provisões (líquidas)¹ (919) (919) (1.809) (1.809) (290) (290) (629) (629)
Perdas com ativos (líquidas) (4.621) (4.621) (4.899) (4.899) (2.214) (2.214) (2.407) (2.407)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa² (4.654) (4.654) (4.827) (4.827) (2.251) (2.251) (2.403) (2.403)
Perdas com outros ativos (líquidas) 33 33 (72) (72) 37 37 (4) (4)
Ganhos líquidos na alienação de bens 165 165 1.089 1.089 48 48 117 117
Lucro operacional antes da tributação 4.292 (189) 4.481 3.839 724 3.115 2.169 (140) 2.309 2.123 (49) 2.172
Impostos sobre a renda (763) 189 (952) (1.394) (724) (670) (403) 140 (543) (360) 49 (409)Lucro líquido 3.529 ‐ 3.529 2.445 ‐ 2.445 1.766 ‐ 1.766 1.763 ‐ 1.763
1. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.2. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças cambiais
11
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
A margem líquida com juros no semestre atingiu R$ 11.698 milhões, aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O incremento nas receitas de Recursos livres e outros foi parcialmente compensado por redução em receitas de crédito e depósitos, no período.
No semestre, o aumento em Recursos Livres e outros, em comparação a igual período de 2009, tem, dentre os principais fatores que explicam sua variação, a remuneração dos recursos do IPO, a incorporação da seguradora no Santander Brasil e o descasamento estrutural de taxa de juros do balanço do banco.
As receitas oriundas de crédito caíram 1,6% no primeiro semestre de 2010 comparado ao primeiro semestre de 2009, devido à redução de 0,4p.p. no spread médio por alteração, principalmente, no mix da carteira. A redução de 17,4% nas receitas de depósitos, por sua vez, é conseqüência, principalmente, da redução do saldo médio de depósitos a prazo.
No segundo trimestre de 2010, as receitas de juros atingiram R$ 5.865 milhões, alta de 0,5% em relação ao trimestre anterior. Destacamos o aumento das receitas oriundas de crédito (+4,5%) que somaram R$ 4.359 milhões, devido ao incremento no saldo médio de crédito (+2,7%) e do spread (+0,1pp) em virtude da maior concentração da carteira em pessoa física. A redução dos resultados de recursos livres e outros (‐10,7%) é explicada, principalmente, pela mudança na conjuntura macroeconômica (curva de juros, inflação, etc.) e o impacto negativo que gera no descasamento estrutural de taxa de juros do balanço.
1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10
Créditos 8.533 8.674 ‐1,6% 4.359 4.173 4,5%Volume médio 137.299 135.006 1,7% 139.120 135.478 2,7%Spread (a.a.) 12,5% 13,0% ‐0,4 p.p. 12,6% 12,5% 0,1 p.p.
Depósitos 416 504 ‐17,4% 209 208 0,4%Volume médio2 104.111 115.028 ‐9,5% 101.727 106.494 ‐4,5%Spread (a.a.) 0,8% 0,9% ‐0,1 p.p. 0,8% 0,8% 0,0 p.p.
Recursos livres e outros 2.748 1.483 85,4% 1.297 1.452 ‐10,7%Total margem de juros líquida 11.698 10.661 9,7% 5.865 5.833 0,5%
2. Considera depósitos à vista, poupança e depósito a prazo.1. Os saldos e as receitas de crédito do ano de 2009 foram reclassificadas para fins de comparabilidade com o período atual, devido a re‐segmentação de clientes ocorrida em 2010.
MARGEM DE JUROS LÍQUIDA (R$ Milhões)1
5.489 5.656 5.850 5.833 5.865
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Margem Líquida com JurosR$ milhões
1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. (R$ Milhões) 1S10x1S09 2T10x1T10
Margem de juros líquida 11.698 10.661 9,7% 5.865 5.833 0,5%
Resultado de renda variável 18 15 20,0% 14 4 n.a
Resultado de equivalência patrimonial 23 257 ‐91,1% 13 10 30,0%
Comissões líquidas 3.332 3.016 10,5% 1.710 1.622 5,4%
Receitas de tarifas e comissões 3.770 3.463 8,9% 1.929 1.841 4,8%
Despesas de tarifas e comissões (438) (447) ‐2,0% (219) (219) 0,0%
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças cambiais
898 973 ‐7,7% 290 608 ‐52,3%
Outras receitas (despesas) operacionais (105) (163) ‐35,6% (60) (45) 33,3%
Total de receitas 15.864 14.759 7,5% 7.832 8.032 ‐2,5%
Despesas gerais (5.429) (5.380) 0,9% (2.774) (2.655) 4,5%
Despesas administrativas (2.657) (2.668) ‐0,4% (1.357) (1.300) 4,4%
Despesas de pessoal (2.772) (2.712) 2,2% (1.417) (1.355) 4,6%
Depreciação e amortização (579) (645) ‐10,2% (293) (286) 2,4%
Provisões (líquidas)² (919) (1.809) ‐49,2% (290) (629) ‐53,9%
Perdas com ativos (líquidas) (4.621) (4.899) ‐5,7% (2.214) (2.407) ‐8,0%
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa³ (4.654) (4.827) ‐3,6% (2.251) (2.403) ‐6,3%
Perdas com outros ativos (líquidas) 33 (72) ‐145,8% 37 (4) n.a.
Ganhos líquidos na alienação de bens 165 1.089 ‐84,8% 48 117 ‐59,0%
Lucro operacional antes da tributação 4.481 3.115 43,9% 2.309 2.172 6,3%
Impostos sobre a renda (952) (670) 42,1% (543) (409) 32,7%Lucro líquido 3.529 2.445 44,3% 1.766 1.763 0,2%
1. Considera reclassificação do hedge fiscal de Cayman.2. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.3. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL¹
12
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
GANHOS (PERDAS) COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS (LÍQUIDOS) + DIFERENÇAS CAMBIAIS
Os ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) mais diferenças cambiais no primeiro semestre de 2010 somaram R$ 709 milhões, uma queda de 58,2%, quando comparado com os R$ 1.698 milhões no primeiro semestre de 2009.
Excluindo‐se o efeito do hedge fiscal do investimento na agência de Cayman, o resultado alcançou de R$ 898 milhões no primeiro semestre de 2010, com 7,7% de redução sobre igual período de 2009. O hedge fiscal é uma estratégia utilizada para minimizar os efeitos da variação cambial associados aos investimentos no exterior, no lucro líquido.
COMISSÕES LÍQUIDAS
As comissões líquidas somaram R$ 3.332 milhões no primeiro semestre de 2010, aumento de 10,5% em doze meses, sendo as melhores performances no período as comissões de seguros e previdência, cartões, além de fundos de investimento.
As receitas com comissões de seguros, previdência e capitalização cresceram 37,4% em doze meses, totalizando R$ 722 milhões e participação de 22% no total de comissões, incremento de 5 p.p. frente a igual período de 2009. Este aumento expressivo deve‐se, em grande parte, pela implementação de novos produtos prestamista e pelo crescimento nas vendas de seguros residencial e de acidentes pessoais impulsionado pela Rede Real. O crescimento de 28,5% das reservas de previdência, em igual período, também contribuiu para o incremento das receitas.
As comissões de cartões de crédito e débito, por sua vez, registraram R$ 441 milhões no primeiro semestre de 2010, com crescimento em doze meses de 23,6%, principalmente devido ao aumento da base de cartões de 9.015 mil para 10.735 mil e da maior penetração de produtos. Um evento importante em 2010 foi a migração de toda a base de cartões do Banco Real para o sistema do Santander, o que gerou oportunidades de aumento de penetração de produtos e serviços associados a cartões, e adoção de melhores práticas.
As comissões de fundos de investimentos foram de R$ 411 milhões no primeiro semestre de 2010, com crescimento de 15,0% em doze meses, resultado do aumento do saldo de ativos sob administração em 28,1% no período. No trimestre, as comissões de fundos atingiram R$ 210 milhões, com alta de 4,7%.
O total de comissões no segundo trimestre de 2010 foi de R$ 1.710 milhões, alta de 5,4% em três meses, parcialmente devido a efeito sazonal para comissões de comércio exterior e mercado de capitais, uma vez que o primeiro trimestre habitualmente tem menor volume de negócios. Além disso, destacamos o crescimento das comissões de cartões de crédito e de seguros e previdência, de 6,7% e 11,0%, respectivamente, no período.
GANHOS (PERDAS) COM ATIVOS E PASSIVOS 1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. FINANCEIROS (LÍQUIDOS) (R$ Milhões) 1S10x1S09 2T10x1T10
Total 709 1.698 ‐58,2% 150 559 ‐73,1%Hedge Cayman (189) 724 ‐126,1% (140) (49) 185,4%Total sem hedge de Cayman 898 973 ‐7,7% 290 608 ‐52,2%
1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10
Tarifas bancárias 1.187 1.210 ‐1,9% 599 588 1,8%
Seguros, previdência e capitalização 722 526 37,4% 380 342 11,0%
Fundos de Investimento 411 358 15,0% 210 201 4,7%
Cartões de crédito e débito 441 357 23,6% 227 213 6,7%
Recebimentos 252 247 2,3% 128 125 2,7%
Cobrança 198 188 5,4% 102 96 5,8%
Arrecadação 54 59 ‐7,6% 26 28 ‐8,1%
Mercado de capitais 233 203 14,8% 125 108 15,9%
Comércio exterior 225 183 23,2% 123 102 20,9%
Outras¹ (140) (66) 112,5% (83) (56) 47,4%Total 3.332 3.016 10,5% 1.710 1.622 5,4%
1. Inclui impostos e outras.
COMISSÕES LÍQUIDAS (R$ Milhões)
13
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
35,5 35,2 37,233,1 35,4
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Índice de Eficiência%
DESPESAS GERAIS (ADMINISTRATIVAS + PESSOAL)
As despesas gerais (administrativas + pessoal) somaram R$ 5.429 milhões no primeiro semestre de 2010, aumento de 0,9% em comparação ao mesmo período de 2009. O crescimento dos gastos abaixo da inflação no período é resultado do esforço de controle de custos e captura de sinergias.
No segundo trimestre de 2010, as despesas gerais foram de R$ 2.774 milhões, aumento de 4,5% em comparação ao primeiro trimestre.
As despesas administrativas totalizaram R$ 2.657 milhões no primeiro semestre de 2010, com redução de 0,4% no período de doze meses. Os aumentos de despesas com serviços técnicos especializados, segurança e vigilância e outros foi compensado por reduções em despesas de propaganda, promoções e publicidade, comunicações e conservação e manutenção de bens.
Já o segundo trimestre de 2010 registrou despesas administrativas de R$ 1.357 milhões, com alta de 4,4% em relação ao trimestre anterior, principalmente devido a aumento em processamento de dados, manutenção e conservação de bens e outras.
As despesas com pessoal somaram R$ 2.772 milhões no semestre, com alta de 2,2% em doze meses. Verificou‐se alta moderada em salários, benefícios e encargos, além de redução em outras despesas com pessoal.
No segundo trimestre de 2010, as despesas de pessoal foram de R$ 1.417 milhões, alta de 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2010, principalmente pelo aumento de despesas com treinamento e salários.
1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Serviços técnicos especializados de terceiros 756 671 12,7% 382 374 2,1%
Manutenção e conservação de bens 472 514 ‐8,2% 246 226 8,8%
Processamento de dados 501 495 1,2% 259 242 7,0%
Propaganda, promoções e publicidade 160 265 ‐39,6% 83 77 7,8%
Comunicações 280 312 ‐10,3% 135 145 ‐6,9%
Transporte e viagens 71 71 0,0% 38 33 15,2%
Segurança e vigilância 253 230 10,0% 124 129 ‐3,9%
Outras 164 110 49,1% 90 74 21,6%Total 2.657 2.668 ‐0,4% 1.357 1.300 4,4%
DESPESAS DE PESSOAL
Salários 1.750 1.664 5,2% 907 843 7,6%
Encargos 472 456 3,5% 234 238 ‐1,7%
Benefícios 381 362 5,2% 186 195 ‐4,6%
Treinamento 36 24 50,0% 24 12 100,0%
Outras 133 206 ‐35,4% 66 67 ‐1,5%Total 2.772 2.712 2,2% 1.417 1.355 4,6%
DESPESAS ADMINISTRATIVAS + DESPESAS DE PESSOAL 5.429 5.380 0,9% 2.774 2.655 4,5%
DESPESAS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 579 645 ‐10,2% 293 286 2,4%
DESPESAS TOTAIS 6.008 6.025 ‐0,3% 3.067 2.941 4,3%
ABERTURA DE DESPESAS (R$ Milhões)
14
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
PROVISÕES DE CRÉDITO
As despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa líquidas de recuperações somaram, no primeiro semestre de 2010, R$ 4.654 milhões, redução de 3,6% em relação à igual período de 2009, como consequência do ciclo de melhora dos índices de inadimplência observados a partir do quarto trimestre de 2009.
No segundo trimestre de 2010, o banco registrou despesas de provisão de R$ 2.251 milhões, queda de 6,3% em relação ao primeiro trimestre.
ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA (IFRS)
O índice de inadimplência (carteira vencida há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência) alcançou 6,6% no segundo trimestre de 2010, com queda pelo terceiro trimestre consecutivo, o que evidencia a continuidade do ciclo de melhora da qualidade do crédito.
No segmento de pessoa física, observa‐se queda mais acentuada no trimestre, de 0,6 ponto percentual, passando de um indicador de 8,8%, no primeiro trimestre, para 8,2% no segundo trimestre de 2010. O segmento de pessoas jurídicas também apresentou melhora, registrando uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Cabe ressaltar que o índice de inadimplência em IFRS é mais conservador que o índice utilizado no Sistema Financeiro Brasileiro, portanto não é comparável com o indicador apurado em BR GAAP.
ÍNDICE DE COBERTURA (IFRS)
O índice de cobertura é obtido por meio da divisão do saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa, pelo saldo das operações vencidas há mais de 90 dias, mais créditos normais com alto risco de inadimplência. No segundo trimestre de 2010, o indicador atingiu 101,7%, um ponto percentual abaixo quando comparado ao primeiro trimestre de 2010.
ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA EM BR GAAP (ACIMA DE 90 DIAS)
Os créditos vencidos há mais de 90 dias foram de, no segundo trimestre de 2010, 4,7% do total da carteira, com queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Observa‐se melhora acentuada no nível de inadimplência tanto para pessoa jurídica, de 0,7 ponto percentual, quanto para a pessoa física, que apresentou redução de 0,5 ponto percentual.
RESULTADO DE CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO 1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. DUVIDOSA (R$ Milhões) 1S10x1S09 2T10x1T10
(4.989) (5.144) ‐3,0% (2.413) (2.576) ‐6,3%335 318 5,6% 163 173 ‐5,8%
Total (4.654) (4.826) ‐3,6% (2.251) (2.403) ‐6,3%
Despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosaReceita de recuperação de créditos baixados como prejuízo
97,1% 101,0% 101,7% 102,8% 101,7%
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Cobertura- IFRS
6,2%6,5%
5,9%5,4%
4,7%
7,4%7,9% 7,8%
7,2%6,7%
5,1% 5,3%4,2%
3,7%3,0%
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Índice de Inadimplência¹ - BR GAAP (Over 90)
PF
Total
PJ
1. Operações vencidas há mais de 90 dias / carteira de crédito em BR GAAP
7,0%7,7%
7,2% 7,0%6,6%
8,8%9,7%
9,3%8,8%
8,2%
5,7%6,1%
5,3% 5,3% 5,1%
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Índice de Inadimplência¹ - IFRS
PF
Total
PJ
1. Operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência / carteira de crédito gerencial.
15
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA NPL (ACIMA DE 60 DIAS)
O indicador de créditos vencidos há mais de 60 dias atingiu 5,6% no segundo trimestre de 2010, mantendo o movimento de queda iniciado no quarto trimestre de 2009.
PROVISÕES PARA CONTIGÊNCIAS (LÍQUIDAS)
As provisões (líquidas) somaram R$ 919 milhões no primeiro semestre de 2010, redução de 49,2% em relação à igual período de 2009, devido, principalmente, à redução em contingências diversas. Esta queda ocorreu porque no primeiro semestre de 2009 foram constituídas provisões para contingências adicionais com os recursos oriundos dos ganhos com a oferta de ações (IPO) da Cielo (antiga Visanet).
IMPOSTOS SOBRE A RENDA
No primeiro semestre de 2010, o total de impostos atingiu R$ 952 milhões, com aumento de 42,1% quando comparado a igual período do ano anterior.
Ressaltamos que o total de impostos inclui imposto de renda, contribuição social, PIS e COFINS, e já exclui o efeito do hedge fiscal de Cayman, conforme já explicitado na página 10 deste relatório.
1S10 1S09 Var. 2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10
Total de contingências fiscais, cíveis, trabalhistas e diversas
(919) (1.809) ‐49,2% (289) (629) ‐54,0%
PROVISÕES (R$ Milhões)
7,6% 7,7%6,8% 6,4%
5,6%
9,2% 9,4% 9,2%8,7%
8,0%
6,2% 6,1%
4,7% 4,4%3,6%
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
NPL¹ - BR GAAP
PF
Total
PJ
1. Operações vencidas há mais de 60 dias / carteira de crédito em BR GAAP.
16
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
Os ativos totais somaram, em junho de 2010, R$ 347.246 milhões, crescimento de 20,2% em doze meses. O crescimento é explicado, em grande parte, pela incorporação da Seguradora, que está refletida, principalmente, na linha “Instrumentos de Patrimônio” e “Passivos por contratos de seguros”, e pela aplicação dos recursos oriundos da Oferta Pública de Ações (sigla em inglês ‐ IPO). No trimestre, registrou crescimento de 9,9% decorrente do aumento na carteira de crédito e títulos públicos.
Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10
Disponibilidades e reserva no Banco Central do Brasil 42.344 24.813 70,7% 36.835 15,0%
Ativos financeiros para negociação 35.902 15.809 127,1% 23.133 55,2%
Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado 16.213 6.068 167,2% 15.873 2,1%
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 1.076 4.627 ‐76,7% 1.225 ‐12,2%
Empréstimos e adiantamentos a clientes 221 1.150 ‐80,8% 232 ‐4,7%
Instrumentos de dívida 210 291 ‐27,8% 208 1,0%
Instrumentos de patrimônio 14.706 ‐ n.a. 14.208 3,5%
Ativos financeiros disponíveis para venda 42.579 30.593 39,2% 37.183 14,5%
Empréstimos e financiamentos 156.804 161.645 ‐3,0% 150.003 4,5%
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 20.282 31.993 ‐36,6% 20.330 ‐0,2%
Empréstimos e adiantamentos a clientes 146.308 138.811 5,4% 139.678 4,7%
Provisão para perdas (9.786) (9.159) 6,8% (10.005) ‐2,2%
Ativos tangíveis 3.977 3.600 10,5% 3.835 3,7%
Ativos intangíveis 31.630 30.589 3,4% 31.587 0,1%
Ágio 28.312 27.263 3,8% 28.312 0,0%
Outros 3.318 3.326 ‐0,2% 3.275 1,3%
Ativo fiscal 15.250 13.386 13,9% 14.834 2,8%
Outros Ativos 2.547 2.375 7,2% 2.766 ‐7,9%Total do Ativo 347.246 288.878 20,2% 316.049 9,9%
Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10
Passivos financeiros para negociação 4.668 4.887 ‐4,5% 4.505 3,6%
Passivos financeiros ao custo amortizado 232.373 207.644 11,9% 203.499 14,2%
Depósitos do Banco Central do Brasil ‐ 870 n.a. 117 n.a.
Depósitos de instituições de crédito 47.784 21.793 119,3% 24.092 98,3%
Depósitos de clientes 150.378 154.922 ‐2,9% 147.287 2,1%
Títulos de dívida e valores mobiliários 12.168 11.299 7,7% 11.271 8,0%
Dívidas subordinadas 10.082 10.996 ‐8,3% 9.855 2,3%
Outros passivos financeiros 11.961 7.764 54,1% 10.877 10,0%
Passivos por contratos de seguros 16.693 ‐ n.a. 16.102 3,7%
Provisões¹ 9.662 10.203 ‐5,3% 9.881 ‐2,2%
Passivos fiscais 9.199 7.352 25,1% 8.516 8,0%
Outros passivos 3.032 6.987 ‐56,6% 2.817 7,6%
Total do passivo 275.627 237.073 16,3% 245.320 12,4%
Total do patrimônio líquido² 71.619 51.805 38,2% 70.729 1,3%Total do passivo e patrimônio líquido 347.246 288.878 20,2% 316.049 9,9%
1. Inclui provisões para pensões e contingências.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO (R$ Milhões)
PASSIVO (R$ Milhões)
2. Inclui participação dos acionistas minoritário e ajuste de valor ao mercado.
17
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10
Títulos Públicos 64.581 37.036 74,4% 47.930 34,7%
Títulos Privados, Cotas de Fundos e Outros 9.643 3.847 150,7% 8.199 17,6%
Cotas de Fundos PGBL / VGBL 14.706 ‐ n.a. 14.208 3,5%
Instrumentos Financeiros 4.563 5.988 ‐23,8% 4.491 1,6%Total 93.493 46.871 99,5% 74.829 24,9%
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (R$ Milhões)
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
O total de títulos e valores mobiliários somou R$ 93.493 milhões em junho de 2010, crescimento de 99,5% em doze meses, principalmente em razão da incorporação da empresa Santander Seguros a partir de setembro de 2009. Com a consolidação desta empresa, foram adicionados ativos de cotas de fundos PGBL/VGBL além de outras cotas de fundos incluídas na rubrica Títulos Privados, Cotas de Fundos e Outros. Em comparação com março de 2010, o total de títulos e valores mobiliários cresceu 24,9% devido ao aumento na carteira de títulos públicos de 34,7% no período.
CARTEIRA DE CRÉDITO
A carteira de crédito gerencial totalizou R$ 146.529 milhões em junho de 2010, com crescimento de 9,2% em doze meses e 4,7% no trimestre. Cabe ressaltar, no trimestre, a grande recuperação do segmento de pequenas e médias empresas, além do significativo crescimento em grandes empresas e pessoa física.
A apreciação do Real frente ao dólar teve impacto na carteira de crédito na evolução anual. Desconsiderando este impacto, o crédito teria crescido 10,4% na comparação com junho de 2009. Além disso, no critério IFRS, a carteira de crédito não considera a compra de carteira de outros bancos com coobrigação. Incluindo o saldo dessas aquisições, o crescimento em doze meses do crédito (já desconsiderando o efeito cambial) seria de 11,5%.
O crescimento da carteira em BR GAAP, que atingiu R$ 150.837 milhões, de 9,9% em doze meses, portanto maior que o verificado em IFRS devido ao impacto das compras de carteira de outros bancos bem como a inclusão da carteira de parcerias da Financeira Aymoré Financiamentos.
CRÉDITO PESSOA FÍSICA
Em junho de 2010, o crédito à pessoa física apresentou alta de 11,4% em doze meses e 4,4% no trimestre, totalizando R$ 45.910 milhões. Os produtos de maiores crescimentos no trimestre foram crédito consignado, cartões de crédito e crédito imobiliário.
O volume da carteira de cartões cresceu 24,8% em doze meses e 6,1% no trimestre, atingindo R$ 8.869 milhões em junho de 2010.
ABERTURA GERENCIAL DO CRÉDITO POR SEGMENTO Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. A CLIENTES (R$ Milhões) Jun10xJun09 Jun10xMar10
Pessoa física 45.910 41.217 11,4% 43.992 4,4%
Financiamento ao consumo 26.119 24.593 6,2% 25.509 2,4%
Pequenas e Médias empresas 32.260 31.845 1,3% 30.811 4,7%
Grandes Empresas 42.240 36.519 15,7% 39.597 6,7%
Total 146.529 134.173 9,2% 139.910 4,7%
Avais e fianças total 20.645 22.671 ‐8,9% 21.111 ‐2,2%Total Crédito com avais e fianças 167.174 156.844 6,6% 161.021 3,8%
Total Crédito em BR GAAP ‐ s/avais e fianças¹ 150.837 137.268 9,9% 144.124 4,7%
1. A carteira no critério BR GAAP é maior que a carteira em IFRS porque inclui saldos de crédito adquiridos de outros bancos e consolida a carteira de parcerias da financeira Aymoré.
41,2 42,3 43,2 44,0 45,9
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Pessoa FísicaR$ bilhões
18
RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
O crédito consignado aumentou de R$ 9.123 milhões em junho de 2009 para R$ 11.962 milhões, alta de 31,1%, com compra de carteira. Comparando com março de 2010, o crescimento atingiu 12,6%.
A carteira de crédito imobiliário para pessoa física totalizou R$ 5.609 milhões, alta de 17,0% em doze meses e 4,6% em três meses.
FINANCIAMENTO AO CONSUMO
A carteira de financiamento ao consumo, em junho de 2010, atingiu R$ 26.119 milhões, com alta de 6,2% em doze meses e 2,4% em três meses, seguindo a tendência de recuperação iniciada no quarto trimestre de 2009.
CRÉDITO PESSOA JURÍDICA
O crédito direcionado à pessoa jurídica atingiu R$ 74.500 milhões em junho de 2010, com alta de 9,0% em doze meses e 5,8% no trimestre.
A carteira de crédito de Grandes Empresas somou R$ 42.240 milhões, com crescimento de 15,7%, em doze meses e 6,7% no trimestre. A variação no trimestre é decorrente do aumento da demanda por empréstimos no período.
O volume de crédito destinado ao segmento de pequenas e médias empresas totalizou R$ 32.260 milhões, com alta de 1,3% em doze meses. Na comparação trimestral, o segmento mostrou grande recuperação, saindo de uma queda em três meses de 2,0% no primeiro trimestre de 2010, para uma alta de 4,7% no segundo. A melhora no ritmo de crescimento é resultado da reorganização das atividades comerciais e dos procedimentos operacionais visando dar maior agilidade e eficiência na concessão de crédito neste segmento.
24,6 24,5 25,1 25,5 26,1
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Financiamento ao ConsumoR$ bilhões
36,5 35,0 38,6 39,6 42,2
31,8 31,2 31,4 30,8 32,3
68,4 66,2 70,1 70,4 74,5
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Pessoa JurídicaR$ bilhões
Pequenas e Médias EmpresasGrandes Empresas
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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
CARTEIRA DE CRÉDITO PESSOA JURÍDICA E PESSOA FÍSICA POR PRODUTO
A tabela abaixo apresenta a abertura por produtos da carteira de crédito. Como comentado anteriormente, os produtos com maiores crescimentos, em doze meses e em três meses, em Pessoa Física foram consignado, cartão de crédito e crédito imobiliário.
Em Pessoa Jurídica, os destaques foram crédito imobiliário, com aumento de 48,6%, e comércio exterior, com alta de 115,8%, em doze meses.
CAPTAÇÃO
O total de captações, incluindo captação de clientes e fundos de investimentos, atingiu R$ 245.237 milhões em junho de 2010, com alta de 4,0% em doze meses. No período, os destaques foram poupança, com crescimento de 24,8%, e fundos de investimento, com evolução de 28,1%.
Em comparação com o trimestre anterior, houve alta de 2,0%, com destaque para captação por emissão de debêntures/LCI/LCA, que apresentaram crescimento de 34,8% e fundos de investimento, com alta de 2,7% no mesmo período de comparação. As captações de clientes somaram R$ 135.744 milhões em junho de 2010, com variação negativa de 9,6% com relação a junho de 2009 e positiva de 1,5% em relação a março de 2010.
Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10
Depósitos à vista + Conta Investimento 13.888 14.121 ‐1,7% 13.699 1,4%
Depósitos de poupança 26.721 21.411 24,8% 25.781 3,6%
Depósitos a Prazo 60.051 87.463 ‐31,3% 68.252 ‐12,0%
Debêntures/LCI/LCA¹ 35.084 27.202 29,0% 26.025 34,8%
Captação de Clientes 135.744 150.197 ‐9,6% 133.757 1,5%
Fundos 109.493 85.503 28,1% 106.572 2,7%Total 245.237 235.700 4,0% 240.329 2,0%
1. Operações compromissadas com lastro em Debêntures, Letras de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito Agrícola.
CAPTAÇÃO (R$ Milhões)
ABERTURA GERENCIAL DA CARTEIRA Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var.
DE CRÉDITO POR PRODUTOS (R$ Milhões) Jun10xJun09 Jun10xMar10
Pessoa FísicaLeasing / Veículos1 2.290 1.874 22,2% 2.210 3,6%Cartão de Crédito 8.869 7.106 24,8% 8.357 6,1%Consignado2 11.962 9.123 31,1% 10.628 12,6%Crédito Imobiliário 5.609 4.794 17,0% 5.365 4,6%Crédito Rural 2.866 3.238 ‐11,5% 2.988 ‐4,1%Crédito Pessoal/Outros 17.759 16.894 5,1% 16.979 4,6%
Total Pessoa Física c/ compra de carteira 49.355 43.029 14,7% 46.527 6,1%
Total Pessoa Física 45.910 41.217 11,4% 43.992 4,4%
Pessoa JurídicaLeasing / Veículos 2.914 3.176 ‐8,2% 3.969 ‐26,6%Crédito Imobiliário 4.746 3.194 48,6% 4.324 9,8%Comércio Exterior 18.068 8.372 115,8% 15.102 19,6%Repasses 9.786 15.712 ‐37,7% 10.807 ‐9,4%Crédito Rural 1.743 2.129 ‐18,1% 2.056 ‐15,2%Capital de Giro/Outros 37.242 35.780 4,1% 34.151 9,1%
Total Pessoa Jurídica 74.500 68.363 9,0% 70.409 5,8%Financiamento ao consumo 26.119 24.593 6,2% 25.509 2,4%Carteira de Crédito Total 146.529 134.173 9,2% 139.910 4,7%Carteira de Crédito Total c/ compra de carteira 149.974 135.986 10,3% 142.445 5,3%
1. Incluindo o segmento financiamento ao consumo, a carteira total de veículos somou R$ 23.466 MM no 2T10, R$ 23.054 MM no 1T10 e R$ 21.802 MM no 2T09.2. Inclui compra de carteira
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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL
RELAÇÃO ENTRE CRÉDITO E CAPTAÇÃO
O quadro abaixo mostra as origens dos recursos aplicados nas operações de crédito. Além dos depósitos de clientes, líquido dos compulsórios, é necessário adicionar as captações de linhas externas, de linhas internas e de títulos emitidos no mercado internacional.
No segundo trimestre de 2010, a relação entre a carteira de empréstimos e o funding total captado de clientes e instituições financeiras foi de 109%. O aumento da relação crédito / captação deve‐se a dois fatores: aumento do compulsório por mudança na regulamentação e redução da captação de depósitos a prazo, principalmente com clientes institucionais.
O banco encontra‐se em confortável situação de liquidez, com fontes de captação estáveis e adequadas para cada linha de empréstimo que concede a clientes.
ÍNDICE DE BASILÉIA – BR GAAP
O índice de Basiléia alcançou 23,4% em junho de 2010, 6,4 pontos percentuais acima do atingido em junho de 2009, principalmente devido ao aumento do Patrimônio Líquido em decorrência da Oferta Global de Ações ocorrida em outubro de 2009. Lembrando que pelas regras brasileiras, o índice mínimo é de 11%.
Em doze meses, o patrimônio de referência nível II caiu 19,9%, fundamentalmente devido ao resgate antecipado do CDB subordinado no valor de R$1,5 bilhão em janeiro de 2010.
O indicador abaixo desconsidera o valor do ágio não amortizado no cálculo do patrimônio de referência.
Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10
Captações de Clientes 135.744 150.197 ‐9,6% 133.757 1,5%
(‐) Compulsório (39.624) (22.106) 79,2% (34.043) 16,4%
Captações de Clientes Líquidas de Compulsório 96.120 128.091 ‐25,0% 99.714 ‐3,6%
Obrigações por Repasses e empréstimos 23.316 21.161 10,2% 20.566 13,4%
Dívida subordinada 10.082 10.996 ‐8,3% 9.855 2,3%
Captação Externa 4.665 4.741 ‐1,6% 3.507 33,0%
Total Captações (A) 134.183 164.989 ‐18,7% 133.642 0,4%
Total Crédito Clientes (B) 146.529 134.173 9,2% 139.910 4,7%B / A (%) 109% 81% 27,9 p.p. 105% 4,5 p.p.
CAPTAÇÕES VS. CRÉDITO (R$ Milhões)
Jun/10 Jun/09 Var. Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10
Patrimônio de Referência Nível I Ajustado1 44.095 24.370 80,9% 43.912 0,4%
Patrimônio de Referência Nível II 8.211 10.256 ‐19,9% 8.451 ‐2,8%
Patrimônio de Referência Nível I e II1 52.306 34.626 51,1% 52.363 ‐0,1%
Patrimônio de Referência Exigido 24.632 22.413 9,9% 23.652 4,1%
Ativo ponderado pelo risco 223.927 203.755 9,9% 215.018 4,1%Índice de Basiléia II 23,4% 17,0% 6,4% 24,4% ‐1,0%
Valores Calculados com base nas informações consolidadas das instituições financeiras (conglomerado financeiro)1. Desconsidera o efeito do ágio referente a incorporação das ações do Banco Real e AAB Dois Par, conforme determinado pela regra internacional.
RECURSOS PRÓPRIOS e BIS (R$ Milhões)
12,019,7
5,0
3,717,0
23,4
Jun/09 Jun/10
Índice de Basiléia%
Nível II
Nível I
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ANÁLISE DO RESULTADO POR SEGMENTO
ANÁLISE DE RESULTADO POR SEGMENTO
O Banco opera com três segmentos de negócios: Banco Comercial, Banco Global de Atacado e Gestão de Ativos / Seguros. O segmento de Banco Comercial inclui produtos e serviços voltados aos clientes de varejo, financiamento ao consumo, empresas e clientes corporativos, exceto clientes globais atendidos pelo segmento Banco Global de Atacado. O segmento Banco de Atacado Global compreende as operações com os clientes corporativos globais, atividades de Tesouraria e Banco de Investimento. O segmento de Gestão de Ativos / Seguros inclui a gestão de fundos de investimento, previdência privada, capitalização e seguros.
No primeiro semestre de 2010, o Banco Comercial representou 58% do lucro antes de impostos em IFRS. O Banco Global de Atacado obteve participação de 33% e Gestão de Ativos/ Seguros, atingiu 9%.
O lucro1 antes de impostos do segmento de Banco Comercial no primeiro semestre de 2010 somou R$ 2.501 milhões, alta de R$282 milhões ou 12,7% em relação ao primeiro semestre de 2009.
O lucro1 antes de impostos do Banco Global de Atacado totalizou R$1.399 milhões no primeiro semestre de 2010, com queda de 8,0% em doze meses ou R$ 122 milhões frente ao mesmo período do ano anterior, devido ao menor volume de negócios.
O segmento de Gestão de Ativos e Seguros apresentou lucro13 antes de impostos de R$ 393 milhões no primeiro semestre de 2010, alta de 289,0% ou R$292 milhões quando comparado com igual período do ano anterior, devido à consolidação da Seguradora e da Real Asset Management no terceiro trimestre de 2009.
1Não exclui hedge de Cayman
2.218 2.501
1S09 1S10
Lucro1 antes de ImpostosBanco ComercialR$ milhões
12,7%
1.520 1.399
1S09 1S10
Lucro1 antes de ImpostosBanco Global de AtacadoR$ milhões
‐8,0%
101
393
1S09 1S10
Lucro1 antes de ImpostosGestão de Recursos de Terceiros e SegurosR$ milhões
289,0%
Banco comercial
58%
Banco Global de Atacado
33%
Seguros e Gestão de
Ativos9%
Lucro antes de impostos por segmentos Jun/10
22
CARTÕES
CARTÕES
NÚMERO DE TRANSAÇÕES E FATURAMENTO
No segundo trimestre de 2010, o número de transações de cartões de crédito apresentou crescimento de 31,0% em relação a igual período do ano anterior, totalizando 158,9 milhões.
O faturamento total atingiu R$ 26,9 bilhões, com alta de 16,1% em doze meses e 2,6% no trimestre.
CARTEIRA DE CRÉDITO
O volume da carteira de cartões cresceu 25,1% em doze meses e 6,0% no trimestre, atingindo R$ 9,2 bilhões em junho de 2010. Deste total, 33% foi de carteira financiada e 67% de carteira não financiada. Essa distribuição permanece praticamente estável em relação ao segundo trimestre de 2009. O crescimento do negócio Cartões está ancorado na estratégia de aumento da participação de mercado, por meio de inovação de produtos, esforços de captação de clientes e qualidade do serviço prestado.
Um dos exemplos é a oferta do cartão Flex, que tem como característica principal oferecer benefícios para equilibrar as necessidades financeiras dos clientes de menor e média renda. O Santander Van Gogh, segmento voltado ao cliente de alta renda, também passou a contar com os cartões Santander Elite Platinum e Santander Style Platinum, que completam a oferta de valor do segmento, valorizando o relacionamento com o cliente.
Outro fator que contribuiu para a expansão do negócio, em 2010, foi a busca pelo aumento da rentabilidade da base de cartões, que ocorreu por meio da oferta de cartões adicionais e produtos associados, como seguros, produtos de financiamento e capitalização.
BASE DE CARTÕES
A inovação em produtos, o aproveitamento das oportunidades de penetração na base de clientes e a transferência de melhores práticas entre o Banco Real e o Santander, são fatores determinantes para o aumento da base de cartões de 12,9% de junho de 2010 em relação a junho de 2009, atingindo 35,3 milhões de cartões de débito e de crédito.
O total de cartões de crédito atingiu 10,7 milhões em junho de 2010, alta de 19,1% em doze meses e de 6,9% em três meses.
Os cartões de débito somaram 24,6 milhões em junho de 2010, com crescimento de 10,4% em um ano e de 2,7% em relação a março de 2010.
23,2 24,528,3 26,3 26,9
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Faturamento TotalR$ bilhões
2,5 2,7 2,5 2,9 3,0
4,9 5,1 6,2 5,8 6,2
Jun/09 Set/09 Dez/09 Mar/10 Jun/10
Composição da Carteira de CartõesR$ bilhões
Financiado Não Financiado
121,3 129,4 138,9 148,6 158,9
2T09 3T09 4T09 1T10 2T10
Número de Transações de Cartões de Créditoem milhões
9,0 9,2 9,7 10,0 10,7
22,3 22,8 23,6 24,0 24,6
31,3 32,1 33,3 34,0 35,3
Jun/09 Set/09 Dez/09 Mar/10 Jun/10
Base de Cartõesem milhões
Cartões de Crédito Cartões de Débito
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GESTÃO DE RISCOS
GESTÃO DE RISCOS
As operações do Banco Santander estão sujeitas a vários riscos. Para gerenciar estes riscos de forma eficaz, o Santander incorporou as funções globais de gestão de risco do Grupo Santander em vários níveis de sua organização. Além disso, comitês presididos pela alta administração supervisionam os relatórios de risco financeiro, de crédito e de mercado das divisões designadas para a gestão de risco. Limites de risco e exposições em jurisdições locais são adicionalmente sujeitas à aprovação do Grupo Santander.
RISCO DE CRÉDITO
O processo de gerenciamento de risco de crédito do Banco Santander é desenhado para seguir os padrões do Grupo Santander, ao mesmo tempo em que levam em conta sua oferta de produtos e as exigências normativas específicas de suas operações no Brasil. Os processos de aprovação de crédito do Banco, particularmente a aprovação de novos empréstimos e monitoramento de riscos, são estruturados de acordo com sua classificação de clientes e produtos. A aprovação e o monitoramento de crédito são conduzidos de forma separada e em diferentes plataformas tecnológicas para cada uma das redes operadas sob as marcas Santander e Banco Real, mas as políticas e os procedimentos aplicados sãos os mesmos para cada rede, exceto pequenas variações operacionais.
MONITORAMENTO DE CRÉDITO
As linhas de crédito para clientes de serviços bancários de varejo são revisadas semanalmente. Este processo permite melhorias na exposição de crédito de clientes que tenham apresentado uma boa qualidade de crédito. Avisos com antecedência específicos são automaticamente gerados no caso da deterioração da qualidade de crédito de um cliente.
Neste caso, um processo de redução de risco de crédito projetado para impedir inadimplência, tem início com a identificação do problema de solvência do cliente (gastos e outros compromissos financeiros) e o cliente é abordado pelo gerente de relacionamento.
Avisos com antecedência são automaticamente gerados para empresas de pequeno e médio porte, e seu desempenho é monitorado mensalmente. Além disso, a situação financeira de cada empresa é discutida por comitês específicos, na presença da área comercial, com o objetivo de melhorar continuamente a qualidade de sua carteira de crédito.
As linhas de crédito para clientes do segmento Atacado são revisadas anualmente, juntamente com a qualidade do crédito
dos mesmos. Existe processo de monitoramento dos clientes e caso surja qualquer preocupação específica em relação à qualidade do crédito de um cliente específico, um sistema conhecido como FEVE (Firmas em Vigilância Especial) é utilizado, com possíveis ações a serem tomadas segundo as seguintes categorias: “acompanhar riscos”, “reduzir riscos”, “afiançar” ou “extinguir riscos”. Nestes casos, a revisão do cliente poderá ser realizada trimestral ou semestralmente, dependendo da classificação.
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
O Departamento de Recuperação de Crédito atua na cobrança e recuperação de créditos do Banco Santander. As estratégias e os canais de atuação são definidos de acordo com os dias de atraso no pagamento e com os montantes em atraso, que resultam em um Mapa de Responsabilidades. Nos primeiros dias da inadimplência, é adotado um modelo mais intensificado de cobrança, com estratégias específicas, com monitoramento interno mais próximo. Centrais de atendimento, inclusão nos órgãos de proteção ao crédito, cobrança por cartas e pela rede de agências são utilizadas durante esta fase, com o intuito de recuperar os clientes. Nos casos com atraso superior a 60 dias e valores mais expressivos, entram em ação equipes internas especializadas em reestruturação e recuperação de créditos com atuação direta junto aos clientes inadimplentes. Valores mais baixos ou atrasos mais severos têm a recuperação realizada por meio de esforços terceirizados de cobrança administrativa ou judicial, de acordo com critérios internos, que são remunerados em função do êxito na recuperação de valores em atraso.
São utilizadas ferramentas, como a pontuação comportamental, para estudar o desempenho de cobrança de certos grupos, na tentativa de diminuir custos e aumentar as recuperações. Estes modelos procuram medir a probabilidade de pagamento dos clientes ajustando os esforços de cobrança de modo que os clientes de menor probabilidade de recuperação recebem ações mais tempestivas e intensas. Nos casos de maior probabilidade de pagamento o foco é dado na manutenção de um saudável relacionamento com estes clientes. Todos os clientes com valores em atraso ou créditos re‐escalonados possuem restrições internas.
Vendas de carteira de créditos inadimplidos, com foco em operações em situação de prejuízo, também são realizadas periodicamente através de processos de leilão, nos quais se avaliam as condições e características das operações para sua avaliação, sem retenção de risco.
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GESTÃO DE RISCOS
RISCO DE MERCADO
Risco de mercado é a exposição em fatores de riscos tais como taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços no mercado de ações e outros valores, em função do tipo de produto, do montante das operações, do prazo, das condições do contrato e da volatilidade subjacente.
O Santander opera de acordo com as políticas globais, enquadradas na perspectiva de risco tolerado pelo Banco e alinhado aos objetivos no Brasil e no mundo. Para isso, desenvolveu seu próprio modelo de Gestão de Riscos, seguindo os seguintes princípios:
‐ Independência funcional;
‐ Capacidade executiva sustentada no conhecimento e na proximidade do cliente;
‐ Alcance global da função (diferentes tipos de riscos);
‐ Decisões colegiadas, que avaliem todos os cenários possíveis e não comprometam os resultados com decisões individuais, incluindo o Comitê Executivo de Riscos Brasil, que fixa limites e aprova operações e o Comitê Executivo de Ativos e Passivos, que responde pela gestão do capital e riscos estruturais, o que inclui o risco‐país, a liquidez e as taxas de juros;
‐ Gestão e otimização da equação de risco/retorno; e
‐ Metodologias avançadas de gestão de riscos, como o Value at Risk – VaR (simulação histórica de 521 dias, com um nível de confiança de 99% e horizonte temporal de um dia), cenários, sensibilidade da margem financeira, sensibilidade do valor patrimonial e plano de contingência.
A estrutura de Riscos de Mercado é parte da Vice‐Presidência de Riscos de Crédito e Mercado, área independente que aplica as políticas de risco, levando em consideração as instruções do Conselho de Administração e da Divisão de Riscos do Grupo Santander Espanha.
Um maior detalhamento da estrutura, metodologias e sistemas de controle está descrito no relatório, disponível no endereço eletrônico www.santander.com.br.
GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS E TECNOLÓGICOS
A gestão e controle do risco operacional e tecnológico buscam a eficácia do sistema de Controles Internos, a prevenção, mitigação e redução dos eventos e perdas por risco operacional. No modelo adotado, o Banco avalia as práticas e
procedimentos que adota atendendo aos requisitos e diretrizes do Grupo Santander, as exigências do Acordo da Basiléia, resoluções relevantes do Banco Central e as exigências da Lei Sarbanes‐Oxley de 2002 dos EUA.
RISCO AMBIENTAL E SOCIAL
O Banco Santander está atualmente implementando a Prática de Risco Socioambiental, que além da concessão de crédito, prevê a análise de questões socioambientais na aceitação de clientes. Segundo essa Prática, na concessão de crédito a área de Risco Socioambiental analisa clientes pessoa jurídica com limites iguais ou acima de R$ 1 milhão, mercado de capitais e que fazem parte de 14 setores de especial atenção, sendo eles:
• Prospecção, exploração de petróleo ou gás natural; distribuidor de combustível em geral e postos de combustíveis;
• Mineração;
• Metalurgia, siderurgia, ferro gusa e galvanoplastia;
• Madeireira, serraria, desdobramento, movelaria e comércio;
• Geração, transmissão e distribuição de energia;
• Indústria em geral;
• Agricultura e pecuária em geral;
• Hospital e laboratório;
• Coleta, tratamento, reciclagem e disposição de resíduos sólidos doméstico, industrial e hospitalar;
• Transporte em geral, terminais, exceto de passageiros, e depósitos;
• Construção civil em geral;
• Construtora e incorporadora;
• Pesca e aqüicultura;
• Uso da diversidade biológica, silvicultura e subprodutos florestais
A área analisa a gestão socioambiental do cliente verificando itens como áreas contaminadas, desmatamento, violações trabalhistas e outros problemas para os quais existe o risco de aplicação de penalidades.
Uma equipe especializada com formação em Biologia, Geologia, Engenharia Ambiental e Química monitora as práticas socioambientais dos clientes, e uma equipe de analistas financeiros estuda a probabilidade de danos relacionados a tais práticas que podem afetar as garantias e a condição financeira dos clientes do Banco.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Um dos principais objetivos do Santander é promover a sustentabilidade a partir da prestação de serviços, da mobilização e engajamento de colaboradores, clientes, fornecedores e da sociedade. Entre os principais acontecimentos do segundo trimestre de 2010, destaque para o lançamento mundial do Segundo Questionário do Forest Footprint Disclosure (FFD), no qual o banco foi a primeira instituição financeira brasileira a endossar o projeto. O questionário é uma auto‐avaliação das empresas com o objetivo de medir o impacto de suas operações nas florestas e o que estão fazendo para gerenciá‐lo.
No dia 23 de junho, o programa Amigo de Valor, iniciativa de engajamento de funcionários, clientes e fornecedores para o direcionamento dos recursos do Imposto de Renda aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, recebeu o 2º Prêmio de Sustentabilidade, na categoria Inovação, da Cámara Española. O prêmio foi concedido a empresas que desenvolvem projetos de ação social e de proteção do meio ambiente, relevantes e significativos.
Também no mês de junho, os gerentes de relacionamento, atacado e varejo, do Santander passaram a contar com o Netcurso de Negócios Sustentáveis. O treinamento leva os participantes a descobrir novas oportunidades de negócios ao incorporar os aspectos econômico, social e ambiental nas decisões comerciais e no relacionamento com o cliente. Além disso, Caminhos&Desafios, treinamento oferecido a clientes e fornecedores para práticas de sustentabilidade, encerrou sua primeira turma de 2010, de nº 27, com o recorde de participação, foram inscritos 118 CNPJs e 187 participantes.
Já o programa de fomento de práticas sustentáveis para a construção civil, a Comunidade Obra Sustentável (http://www.comunidadeobrasustentavel.com.br/) foi aberto ao público em 20 de abril. Em menos de dois meses, 557 usuários já faziam parte da rede virtual, 1.181 de visitas registradas e 13.197 páginas acessadas.
Em relação à gestão de ricos, o Santander vem promovendo a Implementação da Prática de Risco Socioambiental. Com objetivo de assistir os clientes e garantir um treinamento eficaz na base do banco, a prática vem sendo perpetrada em diversos segmentos do mercado. Recentemente, em abril, foi a vez do segmento Corporate. Além disso, treinamentos para empresas nas áreas de risco, comercial e produtos também estão em andamento.
Em Abril, foi iniciado, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), o primeiro Observatório do Cartão Universidade (TUI) no Brasil, iniciativa pioneira no âmbito da pesquisa científica que proporciona a geração de conhecimentos técnicos e mercadológicos para ampliar a
prestação de serviços às universidades. O Observatório envolve um projeto de integração do Cartão ao transporte público, que já é modelo para outras instituições do país. Também foi inaugurada uma agência bancária dedicada à comunidade acadêmica na PUC Minas.
No mês de maio, foram abertas as inscrições dos Prêmios Santander Universidades 2010, com um novo escopo para impactar toda a cadeia de valor do ensino superior e apoiar de forma estratégica os pilares da gestão acadêmica: ensino, pesquisa e extensão. A iniciativa está sustentada em quatro pilares: Ciência e Inovação, Empreendedorismo, Universidade Solidária e Guia do Estudante, que juntos oferecem R$ 1 milhão em prêmios e bolsas de estudos na Babson College para os orientadores dos projetos vencedores de empreendedorismo.
No mês de maio, o Universia reafirmou seu compromisso com a Educação Superior na Ibero – América ao reunir 1.057 Instituições de Ensino Superior, representadas por 985 reitores e 34 países, no II Encontro Internacional de Reitores, na cidade de Guadalajara, México. As universidades, com o apoio da sociedade, se comprometeram a tomar medidas concretas de desenvolvimento do Espaço Iberoamericano do Conhecimento.
Em Guadalajara, o presidente mundial do Santander, D. Emílio Botín, anunciou que o Brasil será o país‐sede do III Encontro Internacional de Reitores Universia. Além disso, informou que o Santander destinará, nos próximos cinco anos, 600 milhões de euros para projetos e convênios com as universidades em todo mundo, reforçando o compromisso do Banco com a educação superior.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
O modelo global de governança corporativa adotado pelo Grupo Santander caracteriza‐se especialmente pela defesa dos direitos dos acionistas e a transparência na gestão e comunicação com os públicos estratégicos, posicionando as unidades européias do Banco Santander na Espanha entre as líderes em governança corporativa do continente.
A partir dessas credenciais, o Banco Santander no Brasil tem se dedicado ao aperfeiçoamento de suas políticas e práticas, reforçadas também pelos ganhos de sinergia e complementaridade resultantes da aquisição do Banco Real.
Neste contexto, em linha com as melhores práticas de governança corporativa, o Banco Santander listou, em outubro de 2009, Units no Nível 2 da BM&FBovespa e ADRs na Nyse, estando sujeito à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) , Securities and Exchange Commission (SEC) e à Lei Sarbanes‐Oxley.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA
O Nível 2 é um segmento especial de listagem do mercado de ações da BM&FBovespa, destinado exclusivamente à companhias que atendam à requisitos mínimos e aceitem submeter‐se às regras de governança corporativa diferenciadas. Em www.santander.com.br/ri, na seção governança corporativa, pode‐se encontrar uma completa descrição dos requisitos mínimos para ser listado no nível 2 de governança corportaiva da BM&FBovespa . Adicionalmente, o Santander decidiu estender o direito de 100% de “tag along” aos detentores de ações preferenciais.
Preocupado em estar cada vez mais próximo de seus acionistas o Banco Santander criou, após a oferta pública de ações realizada em outubro de 2009, uma área específica para atendimento aos acionistas minoritários – Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas consideradas investidores não institucionais. O objetivo desta área é oferecer um atendimento diferenciado e programas específicos de relacionamento para este público. Em conjunto com a já existente área de Relações com os Investidores, atualmente responsável pelo relacionamento com os investidores institucionais e analistas de mercado, o Santander Acionistas reforça a determinação do Banco Santander em estar cada vez mais próximo e atento às necessidades de seus acionistas.
Para fixar e disseminar as normas de conduta esperadas de todos os seus funcionários, o Banco Santander mantém o Código de Ética, que estabelece valores de cidadania, dignidade, trabalho, respeito, lealdade, decoro, zelo e eficiência; o Código de Conduta nos Mercados de Valores; e os manuais de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, de Relações com a Imprensa, e de Conduta na Gestão de Compras, que é global. Além disso, respeita uma política de Segurança da Informação norteada pelos princípios da confidencialidade, integridade e disponibilidade.
O Banco Santander conta com o Conselho de Administração, órgão constituído por um mínimo de cinco membros e máximo de doze (dos quais 20% devem ser independentes) com mandato de dois anos e se reúne, no mínimo, quatro vezes ao ano. Compete a este Conselho decidir sobre a condução dos negócios, fixar a orientação geral dos negócios e operações do Banco Santander, alocação de capital e grandes investimentos. Conta com o apoio da Diretoria Executiva, a qual compete, entre outras atribuições, executar, dentro da orientação geral estabelecida pelo Conselho de Administração, os negócios e operações definidas no Estatuto Social. O Conselho de Administração conta ainda com o apoio de comitês especializados.
A Administração conta ainda com o Comitê de Auditoria, composto por no mínimo três e no máximo seis membros, nomeados pelo Conselho de Administração. Foi criado e funciona de acordo com as normas do Banco Central do Brasil.
Entre suas atribuições pode‐se destacar a revisão, previamente à publicação, das demonstrações contábeis, inclusive notas explicativas, relatórios da administração e parecer do auditor independente.
No dia 28 de abril de 2010, realizamos as Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária do Banco Santander, que teve mais de 90% de nossos acionistas presentes. Referidas Assembléias aprovaram as contas dos administradores do exercício de 2009 e a destinação do lucro do exercício, fixaram a remuneração global dos administradores e aprovaram o aumento de capital e alteração do Estatuto Social. Tal alteração, além de outros itens, contemplou a inserção de regras de funcionamento do Conselho de Administração, o que resultou em um aperfeiçoamento das práticas de Governança Corporativa adotadas pelo Banco Santander.
Nesta mesma data, realizamos a reunião do Conselho de Administração que aprovou a política institucional, os processos, os procedimentos e os sistemas necessários à efetiva implementação da estrutura de gerenciamento do risco de crédito do Banco Santander, nos termos da Resolução nº 3.721, de 30.04.2009, do Conselho Monetário Nacional.
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RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL
RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL
Jun/10 Mar/10 Dez/09 Set/09 Jun/09
Disponibilidade e reserva no Banco Central do Brasil 42.344 36.835 27.269 21.261 24.813
Ativos financeiros para negociação 35.902 23.133 20.116 19.261 15.809
Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado 16.213 15.873 16.294 16.986 6.068
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 1.076 1.225 1.907 4.003 4.627
Empréstimos e adiantamentos a clientes 221 232 389 606 1.150
Instrumentos de dívida 210 208 211 294 291
Instrumentos de Patrimônio 14.706 14.208 13.787 12.083 ‐
Ativos financeiros disponíveis para venda 42.579 37.183 46.406 44.763 30.593
Empréstimos e financiamentos 156.804 150.003 152.163 149.973 161.645
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 20.282 20.330 24.228 27.932 31.993
Empréstimos e adiantamentos a clientes 146.308 139.678 138.005 132.343 138.811
Provisão para perdas (9.786) (10.005) (10.070) (10.302) (9.159)
Derivativos utilizados como hedge 107 133 163 157 178
Ativos não correntes para venda 93 41 171 53 58
Participações em coligadas 429 423 419 417 502
Ativo tangível 3.977 3.835 3.702 3.682 3.600
Ativo intangível 31.630 31.587 31.618 30.982 30.589
Ágio 28.312 28.312 28.312 28.312 27.263
Outros Intangíveis 3.318 3.275 3.306 2.670 3.326
Créditos Tributários 15.250 14.834 15.779 15.058 13.386
Outros créditos 1.918 2.169 1.872 3.642 1.637Total do Ativo 347.246 316.049 315.972 306.235 288.878
Jun/10 Mar/10 Dez/09 Set/09 Jun/09
Passivos financeiros para negociação 4.668 4.505 4.435 5.316 4.887
Outros passivos financeiros ao valor justo no resultado 2 2 2 2 363
Passivos financeiros ao custo amortizado 232.373 203.499 203.567 205.801 207.644
Depósitos do Banco Central do Brasil ‐ 117 240 562 870
Depósitos de instituições de crédito 47.784 24.092 20.956 18.754 21.793
Depósitos de clientes1 150.378 147.287 149.440 154.548 154.922
Títulos de dívida e valores mobiliários 12.168 11.271 11.439 10.945 11.299
Dívidas subordinadas 10.082 9.855 11.304 11.149 10.996
Outros passivos financeiros 11.961 10.877 10.188 9.843 7.764
Passivos por contratos de seguros 16.693 16.102 15.527 13.812 ‐
Derivativos utilizados como hedge 42 37 10 21 63
Provisões2 9.662 9.881 9.480 11.555 10.203
Passivos fiscais 9.199 8.516 9.457 9.287 7.352
Outros passivos 2.988 2.778 4.228 4.775 6.561
Total do passivo 275.627 245.320 246.706 250.569 237.073
Patrimônio líquido 70.942 70.069 68.706 55.079 51.135
Participação dos acionistas minoritários 3 1 1 5 5
Ajustes ao valor de mercado 674 659 559 582 665
Total do patrimônio líquido 71.619 70.729 69.266 55.666 51.805Total do passivo e patrimônio líquido 347.246 316.049 315.972 306.235 288.878
1. Inclui operações compromissadas.2. Provisões para pensões e contingências.
ATIVO (R$ Milhões)
PASSIVO (R$ Milhões)
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RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL
Para melhor compreensão dos resultados em IFRS, apresentamos a demonstração de resultado gerencial que difere da demonstração contábil devido ao ajuste do hedge fiscal dos investimentos na agência de Cayman. Reclassificamos para a linha de ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos, o efeito fiscal do hedge que é contabilizado originalmente na linha de impostos. Abaixo, apresentamos por trimestre os resultados do hedge fiscal que são reclassificados na demonstração de resultado gerencial.
De acordo com as regras fiscais brasileiras, os ganhos (perdas) com a variação cambial (R$/US$) do investimento em dólar em Cayman não é tributável (dedutível). Esse tratamento fiscal leva a exposição cambial na linha de impostos. Uma posição de hedge, composta por derivativos, foi montada com o objetivo de tornar o Lucro Líquido protegido contra as variações cambiais relacionadas com esta exposição cambial na linha de impostos. Assim, a alíquota efetiva de impostos e o resultado com ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros ainda são impactados por variação na taxa de câmbio.
2T10 1T10 4T09 3T09 2T09
Receitas com juros e similares 9.839 9.278 9.841 9.731 9.775
Despesas com juros e similares (3.974) (3.445) (3.991) (4.075) (4.286)
Margem líquida com juros 5.865 5.833 5.850 5.656 5.489
Resultado de renda variável 14 4 8 7 8
Resultado de equivalência patrimonial 13 10 5 33 52
Comissões líquidas 1.710 1.622 1.666 1.556 1.573
Receita de tarifas e comissões 1.929 1.841 1.888 1.797 1.799
Despesas de tarifas e comissões (219) (219) (222) (241) (226)
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças cambiais
290 608 306 240 459
Outras receitas (despesas) operacionais (60) (45) (59) 106 (110)
Total de receitas 7.832 8.032 7.776 7.598 7.471
Despesas gerais (2.774) (2.655) (2.893) (2.674) (2.649)
Despesas administrativas (1.357) (1.300) (1.423) (1.345) (1.297)
Despesas de pessoal (1.417) (1.355) (1.470) (1.329) (1.352)
Depreciação e amortização (293) (286) (265) (339) (328)
Provisões (líquidas)¹ (290) (629) (482) (1.190) (1.250)
Perdas com ativos (líquidas) (2.214) (2.407) (2.125) (3.844) (2.518)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa² (2.251) (2.403) (2.148) (3.008) (2.467)
Perdas com outros ativos (líquidas) 37 (4) 23 (836) (51)
Ganhos líquidos na alienação de bens 48 117 34 2.280 1.040
Lucro operacional antes da tributação 2.309 2.172 2.045 1.831 1.766
Impostos sobre a renda (543) (409) (454) (359) (153)Lucro líquido 1.766 1.763 1.591 1.472 1.613
1. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.2. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL ‐ AJUSTADA PELO HEDGE FISCAL DE CAYMAN (R$ Milhões)
2T10 1T10 4T09 3T09 2T09
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças cambiais
(140) (49) 84 338 592
Impostos sobre a renda 140 49 (84) (338) (592)
HEDGE FISCAL DE CAYMAN (R$ Milhões)