aula 06 transformadas z - webx.ubi.ptwebx.ubi.pt/~felippe/texts2/analise_sinais_ppt06p.pdf · a...
TRANSCRIPT
“Transformadas z”
Aula 06
Na análise de sistemas contínuos por vezes é mais vantajoso o uso da frequência
complexa ‘s’.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
No caso de sistemas discretos, uma ferramenta bastante comum usada para passar um sinal no domínio do tempo para o domínio da frequência é a Transformada z.
A Transformada z também faz o uso de uma frequência complexa que neste caso
é ‘z’.
Portanto, as Transformada z são uma espécie de Transformadas de Laplace para sistemas discretos.
As Transformadas z são baseadas em séries de potências, nas “Séries de Laurent”, publicadas em 1843 pelo matemático francês Pierre Alphonse Laurent (1813-1854).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Mas, tudo indica que, embora não tivessem sido publicadas anteriormente, estas séries já tinham sido desenvolvidas dois anos antes, em 1841, por Karl Theodor Wilhelm Weierstrass (1815-1897), um matemático alemão que frequentemente é citado como sendo o pai da análise moderna.
As séries de Laurent são uma representação de um sinal por séries de potências, generalizando a conhecida expansão em séries de Taylor para casos em que esta não pode ser aplicada.
As Transformadas z têm grande importância nos métodos actuais de análise de sistemas de controlo discreto, em processos de amostragem, no processamento de sinais digitais, etc.
As séries de Taylor tinham sido criadas pelo matemático inglês Brook Taylor (1685-1731).
Brook Taylor (1685–1731)
Karl Weierstrass (1815–1897)
Pierre Alphonse Laurent (1813–1854)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Da expansão em série de Taylor sabemos os seguintes resultados clássicos:
ν∀ν= ∑∞
=
ν ,!n0n
n
eeq. (6.1)
1,1,n
)1()1(log
1n
n1n
−≠ν<νν⋅−=ν+ ∑∞
=
+eq. (6.2)
resultados que serão utilizados mais adiante.
Como trataremos de séries de potência infinitas, será útil relembrar aqui nesta introdução a conhecida fórmula do limite da soma de ‘progressões geométricas’
(P.G.) de razão q ≠ 0.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Isto é, se
xn = { a1 : a2 : a3 : … : an : … } = { a1 : a1q : a1q2 : a1q
3 : … },
ou seja,
an+1 = an ⋅ q , ∀n = 1, 2, 3, … ;
ou, equivalentemente
an = a1 ⋅ qn-1 , ∀n = 1, 2, 3, …
A soma Sn dos n primeiros termos da P.G. é dada por:
∑=
=⋅++⋅+=n
0kk
nn aqaqaaS 111 L
eq. (6.3)
)1q(
)1q(aS
n
n1
−−⋅=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Outro resultado conhecido é o limite da série infinita abaixo:
20n
n
)1(n432 432
α−α=α⋅=+α⋅+α⋅+α⋅+α ∑
+∞
=L eq. (6.5)
–1 < α < 1 ,
enquanto que, se a P.G. for ilimitada (ou infinita) e a razão q satisfaz
, isto é
–1 < q < 1 ,
então, a soma S de todos os termos é dada por:
∑∞
==+⋅+⋅+⋅+=
0nnaqaqaqaaS 3
1
2
111 L
eq. (6.4))q1(
aS 1
−=
Transformadas z definição
Z { x[n] } ou X(z)
Transformada zunilateral (para n ≥ 0)
{ } n
0n
z]n[x)z(X]n[x −+∞
=⋅== ∑Z
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
eq. (6.6)
∀
=
=−
=
−=
=
ndevaloroutro,0
2nse,4
1nse,2
0nse,3
1nse,5
]n[x
]2n[u4]1n[u2]n[u3]1n[u5]n[x 0ooo −+−−++=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
21 z4z23)z(X −− +−=
Note que o termo com
valor 5, para
n = –1desaparece pois está à esquerda da origem.
Exemplo 6.1:
Transformadas z da exponencial discreta
Sinal x[n] = an⋅u1[n] (exponencial discreto)
]n[ua]n[x 1
n ⋅=
{ })za1(
1)z(X]n[ua
11n
−⋅−==⋅Z
{ })az(
z)z(X]n[ua 1
n
−==⋅Z
ou
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
eq. (6.7)
eq. (6.8)
Usando a definição eq. (6.6) vemos que a Transformada z deste sinal é:
n
0n
n
0n
n )za(z]n[ua)z(X 1
1 ∑∑∞
=
−∞
=
−⋅=⋅⋅=
Transformadas z do degrau discreto
Sinal x[n] = u1[n] (degrau unitário discreto)
{ })1z(
z)z(X]n[u1 −
==Z
ou
x[n] = u1[n]
{ })z1(
1)z(X]n[u
11 −−==Z
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
eq. (6.9)
caso particular de a = 1 no sinal anterior (exponencial)
Logo, do resultado obtido no sinal anterior, obtemos que a Transformada z do degrau unitário discreto u1[n] é:
]n[u3
12]n[u
2
15]n[x 11
nn
⋅
⋅−⋅
⋅=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.2:
A Transformada z deste sinal é:
{ }
∑ ∑
∑ ∑
∑
∞+
=
∞
=
−−
∞+
−∞=
∞
−∞=
−−
−∞+
−∞=
⋅⋅−
⋅⋅=
⋅⋅
−⋅⋅
=
⋅
⋅
⋅−⋅
⋅=
==
0n 0n
11
n n
1
n
1
n
11
nn
nnn
nnn
z3
12z
2
15
z]n[u3
12z]n[u
2
15
z]n[u3
12]n[u
2
15
)z(X]n[xZ
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Então, usando eq. (6.4) para cada uma destas 2 somas, temos:
11 z3
11
2
z2
11
5)z(X
−− −−
−=
eq. (6.10)
∑∞+
=
−
⋅0n
1
n
z2
1∑
∞
=
−
⋅0n
1
n
z3
1
Note que
e
são 2 somas de progressões geométricas e que as mesmas têm a1
(primeiro elemento) e q (razão) respectivamente iguais a
a1 = 1
1z2
1q −⋅=
a1 = 1
1z3
1q −⋅=e
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Usando as equações eq. (6.7) para a = ½ e a = 1/3, descobre-se que:
−=
−=
⋅
−
2
1z
z
z2
11
1]n[u
2
1
11
n
Z
e que
−=
−=
⋅
−
3
1z
z
z3
11
1]n[u
3
1
11
n
Z
e logo, o resultado obtido na eq. (6.10) acima significa que:
⋅
⋅−
⋅
⋅=
=
⋅
⋅−⋅
⋅
]n[u3
12]n[u
2
15
]n[u3
12]n[u
2
15
11
11
nn
nn
ZZ
Z
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Este resultado obtido se dá devido à propriedade da linearidade da Transformada z, à semelhança das Transformadas de Laplace no capitulo 5, e será visto mais adiante na seção 6.9 (Propriedades da Transformada z).
Agora, continuando os cálculos a partir da eq. (6.10) temos que:
{ }
−
−
−
=−−
−
11
1
z3
11z
2
11
z3
23
]n[xZ
que também equivale a:
{ }
−
−
−⋅
=
3
1z
2
1z
3
2z3z
]n[xZeq. (6.11)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.3:
Considere a Transformada z do sinal exponencial x[n] = an⋅u1[n] já vista nas eq. (6.7) e eq. (6.8), ou seja,
.az
z
az1
1)z(X
1 −=
−= − eq. (6.12)
Fazendo a divisão de z por (z – a) temos que:
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Logo,
L+++=−
= −− 221 zaaz1az
z)z(X
Comparando com eq. (6.6), a definição de Transformada z, temos
≥∀
===<
=
0npara,a
2npara,a
1npara,a
0npara,1
0npara,0
]n[x
n
2
M
e portanto,
n1x[n] a u [n]= ⋅
que de facto corresponde ao sinal x[n] que tem como Transformada z este X(z) da
eq. (6.12).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Pólos discretos
Conforme visto no capítulo anterior [na seção 5.8, eq. (5.20) ], uma fração racional é uma fração em que ambos o numerador e o denominador são polinómios:
)z(q
)z(p
)s(q
)s(pou
As raízes do polinómio do denominador [ q(s) ou q(z) ] são chamados de “pólos”.
A Transformada z do sinal x[n] do Exemplo 6.2, dada pela eq. (6.11), é uma fração
racional cujos pólos são:
2
1=z e3
1z =
As Transformadas z dos sinais x[n] = an⋅u1[n] e x[n] = u1[n], dadas pelas eq. (6.8) e eq. (6.9) , são frações racionais cujo único pólo é:
z = a
no caso eq. (6.8), e
z = 1
no caso eq. (6.9).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.4:
Considere o sinal discreto da exponencial truncada
≥∀<∀
<<−≤≤=
Nn,0n,0
1a0,1Nn0,a]n[x
n
que encontra-se esboçado na figura abaixo:
0 < a < 1
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A Transformada z deste sinal é:
( )n
0n
n
0n
n
0n
1N1
1Nn
n
za
za
za)z(X
∑
∑
∑
−−
−
=
−
=
−+∞
=
⋅=
=⋅=
=⋅= e portanto X(z) é a soma SN dos Nprimeiros termos da progressão
geométrica com o primeiro termo a1 = 1e a razão
( )1zaq −⋅=
Logo, usando a eq. (6.3) tem-se que ( )
( )( )
( )( ) 1N
NN
1
NN
1
N
z
1
az
az
1az
1az
1za
1za)z(X
1
−
−
−
−
⋅−−=
−−⋅=
=−⋅
−⋅=−
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Em principio esta Transformada z parece ter um pólo em z = a e (N–1) pólos em
z = 0 (ou seja, pólos múltiplos na origem).
Entretanto, analisando agora o numerador desta Transformada z
0az NN =−ou seja
NN az =
que nos dá a seguinte solução:
1N,,...2,1,0k,azk
N2
j
−=⋅=
π
e
que são N pontos igualmente espaçados no círculo de raio a, e são as raízes (ou zeros) do numerador desta Transformada z.
Portanto, para k = 0 na equação eq. (6.13) acima temos que:
z = a.
Ou seja, z = a é um pólo e um zero do numerador ao mesmo tempo.
Logo eles se cancelam e esta Transformada z só tem (N – 1) pólos em z = 0.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sinal x[n] = u2[n] (rampa unitária discreta)
]n[un
]n[u]n[x
1
2
⋅=
=
tem a seguinte Transformada z:
L++++=
=⋅=
−−−
−∑+∞
=321
n
z3z2z0
zn)z(X0n
que é uma série infinita do tipo da eq. (6.5) com α = z–1.
{ } ( ) 21
1
z1
z)z(X]n[un 1 −
−
−==⋅Z
ou
{ } ( ) 21z
z]n[un 1 −
=⋅Z
Logo, usando a eq. (6.5) temos que:
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sinal x[n] = uo[n] (impulso unitário discreto)
≠∀
==
=
0n,0
0n,1
]n[u]n[x o
tem a seguinte Transformada z:
{ } 1z1z]n[u)z(X]n[u 0
oo
n
0n
=⋅=⋅== −+∞
=∑Z
ou seja,
{ } 1]n[uo =Z
que é um resultado análogo ao obtido com as Transformadas de Laplace no capítulo anterior:
{ } 1)s(X)t(uo ==L
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.5:
Considere o sinal discreto x[n],
]1n[u]n[x o −=
que é o impulso unitário discreto transladado (i.e., com um “shift”) de uma unidade de tempo para a direita.
A Transformada z deste sinal é:
11 zz1z]1n[u)z(X n
0no
−− =⋅=⋅−= −+∞
=∑
ou seja,
{ }z
1z]1n[u 1
o ==− −Z eq. (6.14)
Este resultado também pode ser obtido pela propriedade da translação (shift)da Transformada z que será visto mais adiante na seção 6.9 (Propriedades da Transformada z).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.6:
Considere o sinal discreto x[n],
0m,]mn[u]n[x o ≥−=
que é o impulso unitário discreto transladado (i.e., com um “shift”) de m unidades de tempo para a direita.
A Transformada z deste sinal é:
mmn
0n
zz1z]mn[u)z(X o
−− =⋅=⋅−= −+∞
=∑
{ }m
m
z
1z]mn[uo ==− −
Z
ou seja,
eq. (6.15)
Note que a eq. (6.15) só é válida para m ≥ 0 pois a Transformada z adoptada aqui é a unilateral [eq. (6.6)].
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A expressão encontrada no Exemplo 6.1
{ } 1]n[uo =Z
{ } 0m,z]mn[u mo ≥=− −
Z
{ } 0]1n[uo =+Z
]2n[u4]1n[u2]n[u3]1n[u5]n[x 0ooo −+−−++=
21 z4z23)z(X −− +−=
poderia ser obtida usando a Transformada z do impulso uo[n] e o resultado dos exemplo 6.5 e 6.6, dados nas equações eq. (6.14) e eq. (6.15), ou seja,
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.7: (exponencial multiplicada por um seno)
Considere o sinal discreto:
]n[un4
sen3
1]n[x 1
n
⋅
⋅π⋅
=
Usando a equação de Euler temos:
]n[u3
1
j2
1]n[u
3
1
j2
1]n[x 1
4j
14
jnn
⋅
⋅−⋅
⋅=
π⋅−π⋅ee
A Transformada z deste sinal é:
{ }
⋅−⋅−
−⋅=
⋅⋅−
⋅⋅=
⋅
⋅
⋅−⋅
⋅==
−π⋅−−⋅
π⋅
−π⋅−∞+
=
−π⋅
−∞+
=
π⋅−π⋅
∑∑
∑
∞+
=
14j14
j
n
14j
n
0n
14j
n
0n
n
4j
n
4j
z3
11
1
j2
1
z3
11
1
j2
1
z3
1
j2
1z
3
1
j2
1
z]n[u3
1
j2
1]n[u
3
1
j2
1)z(X]n[x
0n
11
ee
ee
eeZ
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
⋅−⋅
⋅−
⋅=
π−π4
j4
j
3
1
3
1
23
1
zz
z
)z(X
ee
Note que os dois pólos desta Transformada z são:
4j
3
1z
π±⋅= e
ou seja,
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A exemplo da Transformada z do degrau discreto, visto acima, em que primeiramente apresentamo-lo multiplicado pela exponencial discreta
an, também aqui vamos inicialmente apresentar a Transformada z para
os casos de seno e co-seno multiplicados por exponenciais discretas an.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sinal seno discreto multiplicado pela exponencial
x[n] = an⋅sen(ωon)⋅u1[n]
tem a seguinte Transformada z:
{ }221
o
o1
on
zaz)cos(a21
)(senza)z(X]n[u)n(sena 1 −−
−
+⋅ω⋅⋅−ω⋅⋅==⋅ω⋅Z eq. (6.17)
que equivale a
eq. (6.19) { }2
o2
oo
n
a)cos(za2z
)(senza)z(X]n[u)n(sena 1 +ω⋅⋅⋅−
ω⋅⋅==⋅ω⋅Z
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
x[n] = an⋅ cos(ωon)⋅u1[n]
{ }221
o
o1
on
zaz)cos(a21
)cos(za1)z(X]n[u)ncos(a 1 −−
−
+⋅ω⋅⋅−ω⋅⋅−==⋅ω⋅Z eq. (6.18)
Sinal co-seno discreto multiplicado pela exponencial
tem a seguinte Transformada z :
que equivale a
{ }2
o2
oo
n
a)cos(za2z
)]cos(az[z)z(X]n[u)ncos(a 1 +ω⋅⋅⋅−
ω⋅−⋅==⋅ω⋅Z eq. (6.20)
Note agora que o sinal que tinha sido visto no exemplo 6.7 é
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
x[n] = an⋅sen(ωon)⋅u1[n]
com
=3
1a
π=ω4
o eq. (6.21)
e a Transformadas z encontrada naquele exemplo, dada pela eq. (6.16), pode ser reescrita como:
2
3
1
2
12z
z2
9
11z
z
)z(X
4j
4j
24
j4
j2
3
2
3
1
3
23
1
+
+⋅⋅−
⋅
=+
+⋅−
⋅=
π−ππ−π
eeee
eq. (6.22)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2
3
1
4cos
12z
z4
sen
)z(X
3
3
1
2
+
π⋅⋅−
⋅
π⋅
=
que, usando as equações de Euler e substituindo
( ) 2/24/sen =π
a eq. (6.22) se torna em
que corresponde à eq. (6.19) com a e ωo dados em eq. (6.21).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sinal seno discreto
x[n] = sen(ωon)⋅u1[n]
{ }21
o
o1
ozz)cos(21
)(senz]n[u)n(sen 1 −−
−
+⋅ω⋅−ω⋅=⋅ωZ eq. (6.23)
eq. (6.25) { }1)cos(z2z
)(senz]n[u)n(sen
o2
oo 1 +ω⋅−
ω⋅=⋅ωZ
que equivale a
tem a seguinte Transformada z :
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sinal co-seno discreto
y[n] = cos(ωon)⋅u1[n]
eq. (6.24) { }21
o
o1
ozz)cos(21
)cos(z1]n[u)ncos( 1 −−
−
+⋅ω⋅−ω⋅−=⋅ωZ
que equivale a
tem a seguinte Transformada z:
eq. (6.26) { }1)cos(z2z
)]cos(z[z]n[u)ncos(
o2
oo 1 +ω⋅⋅−
ω−⋅=⋅ωZ
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.8:
Considere o sinal x[n]
]1n[un
)(]n[x 1
n
−⋅λ−−=
ou seja,
−−=
=λ⋅−=+
L
L
,2,1,0n,0
,3,2,1n,n
)1(]n[x
n1n
Pela definição de Transformada z, eq. (6.6), tem-se que:
{ } ∑∞
=
−+ ⋅λ⋅−==1n
nn1n
n
z)1()z(X]n[xZ
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e da expansão em série de Taylor, eq. (6.2), obtém-se que a Transformada zdeste sinal é:
( ) az,z1log)z(X 1 >λ+= −eq. (6.27)
As Transformadas z introduzidas aqui dos sinais
uo[n],
uo[n-m],
u1[n],
n u1[n],
n2 u1[n],
sen(ωon),
cos(ωon) ,
an sen(ωon),
an cos(ωon
estão na Tabela das Transformadas znas pág. 22 e 23 do Capítulo 6 das ‘Notas de Aula’.
Na pág. 22 e 23 do Capítulo 6 das ‘Notas de Aula’ tem uma Tabela das Transformadas z dos sinais que precisaremos.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Tabela 6.1
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Na pág. 22 e 23 do Capítulo 6 das ‘Notas de Aula’ tem uma Tabela das Transformadas zdos sinais que precisaremos.
Tabela 6.1 (continuação)
Na pág. 22 e 23 do Capítulo 6 das ‘Notas de Aula’ tem uma Tabela das Transformadas zdos sinais que precisaremos.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Tabela 6.1 (continuação)
Tabela 6.1 (continuação)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Homogeneidade (“homogeneity”)
Z k · x n = k · Z x n = k · X(z)
Aditividade (“additivity”)
{ } { } { })z(X)z(X
]n[x]n[x]n[x]n[x
21
2121
+=
+=+ ZZZ
eq. (6.29)
eq. (6.28)
Linearidade (“linearity”)
Como já vimos em anteriormente, a linearidade é a propriedade da aditividade,eq. (6.29), e da homogeneidade eq. (6.28) juntas:
{ } { } { })z(X)z(X
]n[x]n[x]n[x]n[x
21
2121
⋅β+⋅α=
⋅β+⋅α=⋅β+⋅α ZZZ
eq. (6.30)
onde α, β ∈ C são constantes e x1[n], x2[n] são dois sinais discretos com Transfor-
madas z dadas por X1(z) e X2(z) respectivamente.
Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Conforme já mencionado anteriormente (no Exemplo 6.2), a propriedade da linearidade da Transformada z permite escrever
−−
−=
−⋅−
−⋅=
⋅
⋅−
⋅
⋅=
=
⋅
⋅−⋅
⋅
−−
3
1z
z2
2
1z
z5
z3
11
12
z2
11
15
]n[u3
12]n[u
2
15
]n[u3
12]n[u
2
15
11
11
11
nn
nn
ZZ
Z
que corresponde à equação eq. (6.10)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Translação (“time shifting”):
Se x[n] é um sinal discreto definido apenas para n = 0, 1, 2, … , ou seja
x[n] = 0, n < 0, e com Transformada z dada por X(z), uma translação de
m = 1 (shift de 1 unidade para direita):
{ } ]1[x)z(Xz]1n[x 1 −+⋅=− −Z
Para m = 2 (shift de 2 para direita):
{ } 12 z]1[x]2[x)z(Xz]2n[x −− ⋅−+−+⋅=−Z eq. (6.32)
eq. (6.31)
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Estes termos aparecem pois estamos considerando a Transformada zunilateral, conforme a definição na eq. (6.6), assim como no capítulo 5 consideramos a Transformadas de Laplace unilateral.
eq. (6.33)
e no caso geral, m = 1, 2, 3, … (shift de m > 0 para direita)
{ }1m2m2
1m
z]1[xz]2[xz]2m[x
z]1m[x]m[x)z(Xz]mn[x
+−+−−
−−
⋅−+⋅−++⋅+−+
+⋅+−+−+⋅=−
L
Z
Os termos x[–1], x[–1]⋅z-1, x[–2], x[–m+1]⋅z-1, … etc. correspondem aos “resíduos” na propriedade da derivada em Transformadas de Laplace.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
As translações (“time shifting”) acima, x[n – 1]. x[n – 2], … x[n – m], m > 0, shift para direita, são também chamadas de ‘atraso no tempo’ (“time delay”).
Isto é, no caso de condições iniciais nulas [eq. (6.34)], temos que os termos residuaisdesaparecem e as eq. (6.31), eq. (6.32) e eq. (6.33) se transformam na forma bem mais simplificada, resumidas na eq. (6.35).
{ } z)z(X)z(Xz]1n[x 1 =⋅=− −Z
{ } 22 z)z(X)z(Xz]2n[x =⋅=− −Z
M
{ } mm z)z(X)z(Xz]mn[x =⋅=− −Z
eq. (6.35)
Note que se x[n] tem condições iniciais nulas (x[n] = 0, n < 0), isto é, se
x[−1] = 0, x[−2] = 0, x[−3] = 0, ⋯ , etc. eq. (6.34)
então estes termos residuais são todos nulos e uma translação de m > 0 (shift de m
para direita) equivale a multiplicar por z–m (no domínio z, da frequência).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Translação (shift) de 1 unidade para esquerda:
{ } z]0[x)z(Xz]1n[x ⋅−⋅=+Z
eq. (6.37)
Translação (shift) de 2 unidades para esquerda:
{ } 2z]0[xz]1[x)z(Xz]2n[x
2 ⋅−⋅−⋅=+Z
e no caso geral, a translação (shift) de m unidades para esquerda):
{ }m1m3
2m
z]0[xz]1[xz]3m[x
z]2m[xz]1m[x)z(Xz]mn[x
⋅−⋅−−⋅−−
+⋅−−⋅−−⋅=+
−L
Z
eq. (6.38)
eq. (6.36)
No caso de shift para esquerda, x[n + 1]. x[n + 2], … x[n + m], m > 0, são também chamadas de ‘avanço no tempo’ (“time advance”).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Mudança de escala no domínio z (“z-domain scaling”):
{ }
α=⋅α z
X]n[xnZ
onde α ∈ C é uma constante e x[n] é um sinal discreto com
Transformada z dada por X(z).
Portanto, a mudança de escala no domínio z equivale à multiplicação por
αn no domínio do tempo.
Em particular, se α = ejω, então, como e
jω = 1, ∀ ω,
⋅=
⋅
ωωzX]n[x
jnjeeZ
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=Expansão no tempo (“time scaling”):
Para um sinal discreto x[n] considere o sinal expandido x(k)[n] definido abaixo.
=k
k
,0
,]k/n[x]n[x )k(
demúltiploénãonse
demúltiploénse
o qual está ilustrado na figura abaixo para k = 2 e x[n] = 1, n = 1, 2, …
Estes sinais expandidos x(k)[n] satisfazem a seguinte propriedade
{ } ( )kzX]n[x )k( =Z
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Conjugado (“conjugate”)
{ } ( )∗∗∗ = zX]n[xZ
onde x[n] é um sinal discreto com Transformada z dada por X(z).
Note que, se x[n] for um sinal real (x[n] ∈ R) então:
X(z) = X*(z*)
logo, se X(z) tem um pólo em z = a também terá em z = a*.
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
a convolução entre dois sinais x1[n] e x2[n]
{ } ( ) )z(XzX]n[x*]n[x 2121 ⋅=Z
[ ] [ ] [ ] [ ]kxknxnxnx 2
k
121 ⋅−=∗ ∑+∞
−∞=
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
[ ] [ ]knxkx 2
k
1 −⋅= ∑+∞
−∞=soma de convolução
Semelhantemente às transformadas de Laplace, também na Transformada z temos que a transformada da convolução é o produto das Transformadas z:
Convolução (“convolution”)
eq. (6.39)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(continuação)Propriedades da Transformada z { }]n[x)z(X Z=
Derivada do domínio de z (“z-domain derivative”)
{ } ( )dz
zdXz]n[xn ⋅−=⋅Z
Portanto a derivada do domínio de z equivale à multiplicação por n no domínio do tempo.
Na tabela Tab 6.1 pode-se ver as Transformadas z dos sinais:
x[n] = u1[n] , x[n] = n⋅u1[n] e x[n] = n2⋅u1[n]
e com esta propriedade pode-se generalizar para os sinais:
x[n] = n3⋅u1[n] , x[n] = n4⋅u1[n] , … , etc.
Nessa mesma tabela também se encontram as Transformadas z dos sinais:
x[n] = an⋅u1[n] , x[n] = an⋅n⋅u1[n] e x[n] = an⋅n2⋅u1[n]
e com esta propriedade pode-se generalizar para os sinais:
x[n] = an⋅n3⋅u1[n] , x[n] = an⋅n4⋅u1[n] , … , etc.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Teorema Valor Inicial (TVI) e Teorema Valor Final (TVF)
A exemplo dos teoremas TVI e TVF para Transformadas de Laplace, estes teoremas para Transformadas z permitem que se descubra o valor
inicial x[0] e o valor final x[∞] de um sinal x[n] cujo X(z), a Transformada z, seja conhecida.
Teorema do valor inicial (TVI):
Teorema do valor final (TVF):
)z(Xlim]0[xz ∞→
=
)z(X)1z(lim)(x1z
⋅−=∞→
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.9:
Considere o sinal discreto do exemplo 6.2, x n = 5 · 1 2⁄ � − 2 · 1 3⁄ � ·
u� n cuja Transformada de Laplace é dada pela eq. (6.11).
Aplicando-se os teoremas TVI e TVF obtemos:
x 0 = lim ⟶"
X z = lim ⟶"
3z# −
23
z
z −12
z −13
= 3
e
x ∞ = lim ⟶�
z − 1 · X z = lim ⟶�
z − 1 ·3z# −
23
z
z −12
z −13
= 0
que estão de acordo com o esperado pois que como temos x[n], claro, sabemos
que neste caso são de facto x[0] = 3 e x[∞] = 0.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.10:
Se tomarmos o sinal degrau unitário discreto x n = u� n cuja Transformadas z é
dada por (tabela Tab 6.1 da secção 6.8) X z = 1 1 − z%�⁄ , então, aplicando-se os teoremas TVI e TVF para Transformada z, obtemos:
x 0& = lim ⟶"
X z = lim ⟶"
1
1 − z%� = 1
e
x ∞ = lim ⟶�
z − 1 · X z = lim ⟶�
z − 1 ·1
1 − z%�= 1
que novamente estão de acordo com o esperado pois, claro, sabemos que para o
degrau unitário discreto x 0 = 1 e x ∞ = 1.
Por outro lado, se tomarmos o sinal rampa unitária discreta x n = u# n cuja
Transformadas z é dada por (tabela Tab 6.1) X z = z z − 1 #⁄ , então, aplicando-se os teoremas TVI e TVF para Transformada z, obtemos:
x 0& = lim ⟶"
X z = lim ⟶"
z
z − 1 # = 0
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e
x ∞ = lim ⟶�
z − 1 · X z = lim ⟶�
z − 1 ·z
z − 1 #= lim
⟶� ·
z
z − 1= ∞
que novamente estão de acordo com o esperado pois, claro, sabemos que para a
rampa unitária discreta x 0 = 0 e x ∞ = ∞.
Finalmente, se tomarmos o sinal impulso unitário discreto x n = u' n cuja Trans-
formadas z é dada por (tabela Tab 6.1) X z = 1, então, aplicando-se os teoremas TVI e TVF para Transformada z, obtemos:
x 0& = lim ⟶"
X z = lim ⟶"
1 = 1
e
x ∞ = lim ⟶�
z − 1 · X z = lim ⟶�
z − 1 · 1 = 0
que novamente estão de acordo com o esperado pois, claro, sabemos que para o
impulso unitário discreto x 0 = 1 e x ∞ = 0.
Transformada z inversa
As Transformadas z dos principais sinais de interesse para sistemas lineares inva-riantes no tempo (SLIT) vêm em forma de uma fração racional, ou seja, uma fraçãodo tipo:
onde p(z) e q(z) são polinómios em z.
Conforme podemos observar na tabela das Transformadas z
etc.ou
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
eq. (6.40)
Assim como nas Transformadas inversas de Laplace, vamos apresentar aqui, através de exemplos, três casos de expansão em frações parciais para Transformadas z inversa:
o pólos reais e distintos,
o pólos complexos e
o pólos múltiplos.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
De forma semelhante a que é feita para se achar a Transformadas inversas de Laplace, aqui também, para se achar a Transformadas z inversa é necessário
desmembrar o X(z) na forma de frações menores, ou seja, é preciso se fazer a
expansão de X(z) em frações parciais.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Caso 1 – Pólos reais e distintos
( )( )2/1z)(3/1z6
4z9z2
1z5z6
z8z18)z(X
2
2
−−−=
+−−= eq. (6.41)
que, separando-se em duas frações temos:
−+
−=
2
1z
B
3
1z
A
z
)z(X
( ) ]n[u3
1
3/1z
z1
n1-
=
−Z ( ) ]n[u
2
1
2/1z
z1
n1-
=
−Z
]n[u2
1]n[u
3
12]n[x 11
nn
⋅⋅
+
⋅=
facilmente calculamos que A = 2 e B = 1, logo
eq. (6.42)
e podemos escrever a Transformada z inversa de X(z)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Alternativamente pode-se calcular este x[n] reescrevendo X(z) na forma:
−
−
−=
−−
−
11
1
z2
11z
3
11
z3
43
)z(X
−+
−=
−− 11 z2
11
B
z3
11
A)z(X A = 2 e
B = 1
que, separando-se em duas frações temos:
]n[u2
1]n[u
3
12]n[x 11
nn
⋅⋅
+
⋅=
e chegamos ao mesmo resultado:
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Caso 2 – Pólos complexos conjugados
22
2
z)cos2(z
z)z(X
ρ+θρ−=
ρ > 0 e
0 < θ < π
X(z) tem 2 pólos complexos conjugados:
)senj(coszj θ⋅±θ⋅ρ=⋅ρ= θ±
e
zz)cos2(z
)sen(z
)sen(
1)z(X
22⋅
ρ+⋅θρ−θ⋅ρ⋅⋅
θ⋅ρ=
eq. (6.43)
ondeeq. (6.44)
Para calcular )]z(X[]n[x 1−=Z reescreve-se X(z) na forma,
{ }
]1n[usen
])1n[(sen
]1n[u])1n[(sen)sen(
1]n[x
1
n
11n
+⋅θ
θ⋅+⋅ρ=
+⋅θ⋅+⋅ρ⋅θ⋅ρ
= +
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e, usando a tabela Tab 6.1 das Transformadas z e a eq. (6.36)
que neste caso equivale a
eq. (6.45) ]n[usen
])1n[(sen]n[x 1
n
⋅θ
θ⋅+⋅ρ=
pois para n = –1, sen (n+1) = sen(0) = 0, então x[–1 ] = 0.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Alternativamente pode-se calcular este x[n] reescrevendo X(z) na forma:
221 zz)cos2(1
1)z(X −− ρ+⋅θρ−
=
que pode ser colocado na forma:
zzz)cos2(1
z)sen(
)sen(
1)z(X
221
1
⋅
ρ+⋅θρ−⋅θ⋅ρ⋅
θ⋅ρ= −−
−
e, novamente, usando a tabela Tab 6.1 das Transformadas z, podemos escrever a
Transformada z inversa de X(z) obtendo x[n] e chegando ao mesmo resultado.
]n[usen
])1n[(sen]n[x 1
n
⋅θ
θ⋅+⋅ρ= eq. (6.45)
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Esta solução da Transformada z inversa de X(z) da eq. (6.43) engloba a família de
transformadas X(z) do tipo eq. (6.40) cujo denominador
cbzz)z(q 2 +−=
c4b 2 <
satisfaz
eq. (6.46)
ou seja, tal que o polinómio q(z) tem raízes complexas conjugadas.
Uma fração racional do tipo
212
22
czbz1
1
cbzz
z
)z(q
z
−− +−=
+−=
onde a condição eq. (6.46) é satisfeita, pode sempre ser reescrita na forma da eq. (6.43)
22
2
z)cos2(z
z)z(X
ρ+θρ−=
com ρ > 0 e 0 < θ < π.
eq. (6.43)
Logo, usando eq. (6.45) com ρ = 2 e θ = 1,318 rad, x[n], a Transformada z
inversa de X(z), é
]n[u)318,1(sen
]318,1)1n[(sen2]n[x 1
n
⋅⋅+⋅=
Exemplo 6.12:
4zz
z
z4z1
1)z(X
2
2
21 +−=
+−= −−
b = 1 e
c = 4
=θ
=ρ⇒
==θρ
==ρ
4
1cos
2
1bcos2
4c2
e portanto,
1arccos 1,318 rad 75,5º
4
θ = = =
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4zzcbzz)z(q 22 +−=+−=Aqui o polinómio do denominador
que está na forma da eq. (6.43)
Logo, usando eq. (6.45) com e θ = – 0,79 rad, x[n], a Transformada z
inversa de X(z), é
Exemplo 6.13:
b = – 5 e
c = 10
e portanto,
10z5z
z
z10z51
1)z(X
2
2
21 ++=
++= −−
−=−=θ
=ρ⇒
−==θρ
==ρ
79,0102
5cos
10
5bcos2
10c2
( )arccos 0,79 2,482 rad 142,2ºθ = − = =
]n[u)482,2(sen
]482,2)1n[(sen)162,3(]n[x 1
n
⋅⋅+⋅=
10=ρ
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10z5zcbzz)z(q 22 ++=+−=Aqui o polinómio do denominador
que está na forma da eq. (6.43)
Caso 3 – Pólos múltiplos (duplos, triplos, etc.)
2
2
22
2
)z(
z
z2z
z)z(X
ρ−=
ρ+ρ−=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Observe que,
i) θ = 0 → cos θ = 1 → ρ > 0, ou
eq. (6.47)
Se na eq. (6.43) considerarmos agora os casos
então a eq. (6.43) pode ser reescrita como:
ii) θ = π → cos θ = –1 → ρ < 0, que não estavam incluídos na eq. (6.44),
i) θ = 0 → cos θ = 1 → ρ > 0, ou
ii) θ = π → cos θ = –1 → ρ < 0.
Além disso, será considerado também o caso ρ = 0,
iii) ρ = 0
que também não estava contemplado na eq. (6.44).
Note que ρ é o próprio pólo
duplo (z = ρ) que pode ser positivo ou negativo e até
mesmo zero (ρ = 0).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
com ρ = 0, nos fornece
1z
z
)0z(
z)z(X
2
2
2
2
==−
=
ou seja, X(z) = 1, e logo, x[n] é o impulso unitário
]n[u]n[x o=
ou seja pólos duplos na origem (i.e., pólos duplos em z = 0). A equação eq. (6.47)
z = ρ = 0,
Começamos com este último caso (iii),
Pólos múltiplos na origem:
( )2
2
z
z)z(X
ρ−= eq. (6.47)
No caso de pólos triplos na origem (em z = 0), por exemplo, X(z) terá a expressão:
z
1
)0z(
z)z(X
3
2
=−
=
e a Transformadas z fica:
]1n[u]n[x o −=
No caso de pólos quádruplos em z = 0, X(z) terá a expressão:
24
2
z
1
)0z(
z)z(X =
−=
]2n[u]n[x o −=e a Transformadas z fica:
e assim por diante.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Agora vamos considerar o caso de ρ ≠ 0. Ou seja, casos (i) e (ii)
z)z(
z1)z(X
2⋅
ρ−⋅ρ⋅
ρ=
]n[u]n[u1
]n[x 22n1n ⋅ρ=⋅ρ⋅
ρ= +
e, usando a tabela Tab 6.1 das Transformadas z, pode-se obter x[n], a
Transformadas z inversa de X(z),
que neste caso equivale a
]n[u)1n(]n[x 1n ⋅ρ⋅+=
pois u2[n] = n⋅u1[n].
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Reescrevendo eq. (6.47) como
eq. (6.49)
i) ρ > 0, ou
ii) ρ < 0.
Pólos múltiplos fora da origem:
Alternativamente pode-se calcular este x[n] reescrevendo X(z) na forma:
e, usando a tabela Tab 6.1 das Transformadas z, obtém-se x[n], a
Transformadas z inversa de X(z)
o mesmo resultado já obtido, isto é, x[n] da eq. (6.49).
z)z1(
z1)z(X
21
1
⋅ρ−⋅ρ⋅
ρ= −
−
]n[u)1n(]n[x 1
n ⋅ρ⋅+=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
eq. (6.50)
Esta solução da Transformada z inversa de X(z) engloba uma família de X(z)do tipo
cbzz)z(q 2 +−=
c4b2 =
ou seja, tal que o polinómio q(z) tem raízes duplas z = ρ = – b/2
onde
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
eq. (6.51)
2
2
2
2
2 )3z(
z
9z6z
z
z9z61
1)z(X
1 +=
++=
++= −−
Exemplo 6.14:
Logo, x[n], Transformada z inversa de X(z), com ρ = – 3, é dada por:
]n[u)3()1n(]n[x 1
n ⋅−⋅+=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b = 6 e
c = 9Além disso, ρ = – 6/2 = – 3
9z6zcbzz)z(q 22 ++=+−=
Aqui o polinómio do denominador é dado por
Exemplo 6.15:
b = –8 e
c = 16
2
2
2
2
2 )4z(
z5
16z8z
z5
z16z81
5)z(X
1 −=
+−=
+−= −−
]n[u4)1n(5]n[x 1
n ⋅⋅+⋅=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Além disso, ρ = – (–8)/2 = 4
Logo, x[n], Transformada z inversa de X(z), com ρ = 4, é dada por:
16z8zcbzz)z(q 22 ++=+−=
Aqui o polinómio do denominador é dado por
Exemplo 6.16:
221
1
)2z(
4z
4z4z
z4z
z4z41
z41)z(X
2
2
++=
+++=
+++= −−
−
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b = – 4 e
c = 4Além disso, ρ = – (– 4)/2 = 2.
4z4zcbzz)z(q 22 ++=+−=
Aqui o polinómio do denominador é dado por
Logo, reescrevemos X(z) na forma
122
z)2z(
z4
)2z(
z)z(X −⋅
+⋅−
+=
122
z)2z(
z)2(2
)2z(
z)2(
2
1)z(X −⋅
+⋅−⋅−
+⋅−⋅
−=
que equivale a
]1n[u)2()1n(2]n[un)2(2
1]n[x 11
1nn −⋅−⋅−⋅−⋅⋅−⋅−= −
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Logo, x[n], a Transformada z inversa de X(z), com ρ = 2, é facilmente obtida usando as propriedade da Transformada z (linearidade, translação/time shift, etc.)
⋅+
⋅−⋅−
+⋅−⋅
−=
⋅+
⋅−⋅−+
+⋅−⋅
−=
−
−
12
1-2
1-
12
1-2
1-
z)2z(
z)2(2
)2z(
z)2(
2
1
z)2z(
z)2(2
)2z(
z)2(
2
1]n[x
ZZ
ZZ
ou seja,
Solução de equações de diferençasusando Transformadas z
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo 6.17:
]n[x]1n[y3]n[y =−+
)z(X)z(Yz3]z[Y 1 =⋅+ −
( ) )z(Xz31]z[Y 1 =+⋅ −
)z(X3z
z)z(X
z31
1]z[Y
1⋅
+=⋅
+= −
com condição inicial nula, y[–1] = 0.
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Considere a equação de diferenças de 1ª ordem
Fazendo-se a Transformada z termo a termo,
e logo,
isto é,
e o problema de achar a solução
y[n] da equação de diferença se converte no problema de achar a
Transformada z inversa de Y(z)
{ })z(Y]n[y 1−=Z
Se x[n] = uo[n] (impulso unitário discreto), por exemplo,
{ }
+==
3z
z]z[Y]n[y 1-1-
ZZ
]n[u)3(]n[y 1
n ⋅−=
que é a solução da equação de diferenças com condição inicial nula,
i.e., y[–1] = 0 e entrada x[n] = uo[n] (impulso unitário discreto).
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
então X(z) = 1
ou seja,
Pode-se facilmente verificar que
]n[u)3(]n[y 1
n ⋅−=
de facto satisfaz a equação de diferenças com x[n] = uo[n] e que y[–1] = 0.
Se entretanto x[n] = u1[n] (degrau unitário discreto), então
{ } ( ) ( ) ( ) ( )
−+
+=
−⋅
+==
1z
Bz
3z
Az
1z
z
3z
z]z[Y]n[y 1-1-1-
ZZZ
e facilmente se calcula que A = ¾ e B = ¼ , logo
]n[u4
1)3(
4
3]n[y 1
n ⋅
+−⋅
=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
X(z) = 1/(z – 1)
portanto
( ) ( )
−⋅
++
⋅
=1z
z
4
1
3z
z
4
3]n[y 1-Z
e agora, usando a tabela Tab 6.1 das Transformadas zassim como a propriedade da linearidade obtém-se:
que é a solução da equação de diferenças com condição inicial nula, i.e., y[–1] = 0 e
entrada x[n] = u1[n] (degrau unitário discreto).
Pode-se facilmente verificar que y[n] de facto satisfaz a equação de diferenças com
x[n] = u1[n] e que a condição inicial, y[–1] = 0, se verifica.
Exemplo 6.18:
]n[x]1n[y3]n[y =−+
com condição inicial y[–1] = 1.
)z(X)z(Yz3]1[y3)z(Y 1 =⋅⋅+−⋅+ −
)z(X3]z31[)z(Y 1 +−=⋅+⋅ −
)z(X)z31(
1
)z31(
3)z(Y
11⋅
++−= −− +
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Considere agora a mesma equação de diferenças do exemplo anterior (exemplo 6.17), ou seja,
1
zero input response
zero stateresponse
Consideremos agora que a entrada x[n] é o sinal:
x[n] = 8⋅u1[n]
)1z(
z8
)z1(
8)z(X
1 −=
−= −
Logo,
)1z)(3z(
z8
)3z(
z3
)z1)(z31(
8
)z31(
3)z(Y
2
111
−++
+−=
−++
+−= −−−
{ })z(Y]n[y 1−=Z
)1z(
z2
)3z(
z3)z(Y
−+
+=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e portanto
o que permite acharmos a solução y[n] da equação de diferença através da sua Transformada z inversa
que é a solução da equação de diferenças com condição inicial,
i.e., y[–1] = 1.
[ ] ]1n[u2)3(3
]1n[u2]1n[u)3(3]n[y
1
11
n
n
+⋅+−⋅=
+⋅++⋅−⋅=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e entrada x[n] = 8u1[n] (degrau de amplitude 8 discreto).
Note que, como a equação de diferenças é de 1ª ordem e y[–1] ≠ 0, foi necessário
recuar uma unidade de tempo, o que corresponde de u1[n] para u1[n+1].
Pode-se facilmente verificar que y[n] de facto satisfaz a equação de diferenças
com x[n] = 8u1[n] e que a condição inicial, y[–1] = 1, se verifica.
Exemplo 6.19:
com condição inicial nula y[–1] = 0, onde a entrada x[n] é
]1n[x2
1]n[x]1n[y
3
1]n[y −+=−−
x[n] = u1[n] = degrau unitário discreto
[ ]( ) [ ]( ))z(Xz1x2
1)z(X)z(Yz1y
3
1]z[Y 11 ⋅+−⋅+=⋅+−⋅− −−
Note também X(z) = 1/(1 – z-1) e que x[–1] = u1[–1] = 0. Logo,
−
⋅
+=⋅
+=⋅
− −−−−
1
111
z1
1z
2
11)z(Xz
2
11]z[Yz
3
11
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Considere a equação às diferenças de 1ª ordem
0 0
e portanto,
( )1z3
1z
z2
1z
z1
1
z3
11
z2
11
]z[Y
2
11
1
−⋅
−
+=
−⋅
−
+= −
−
−
{ })z(Y]n[y 1−=Z
( ) ( )1z
z25,2
3/1z
z25,1]z[Y
−+
−−=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e mais uma vez pode-se achar a
solução y[n] da equação de diferenças achando-se a
Transformada z inversa de Y(z), ou seja,
que é a solução da equação de diferenças com condição inicial nula, i.e., y[–1] = 0 e
entrada x[n] = u1[n] (degrau unitário discreto).
]n[u25,23
125,1]n[y 1
n
⋅
+
⋅−=
Transformadas z______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Pode-se facilmente verificar que y[n] de facto satisfaz a equação de diferenças com
x[n] = u1[n] e que a condição inicial, y[–1] = 0, se verifica.