as dez virgens, uma exposição da parábola das dez virgens, por robert murray m'cheyne

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Louvamos agradecidos a Deus por Ele ter nos concedido o privilégio de meditar nesse escrito solene e precioso pela pena de Robert M´Cheyne; e pela graça de podermos fazer esta publicação em parceria com o irmão Rafael Abreu, pela graça de Deus, para Sua glória somente. Este volume é composto de quatro sermões sobre a Parábola das Dez Virgens (Mateus 25:1-13). Esta parábola é tão solene, por isso recomendamos vossa leitura atenta e esperamos que Deus nos abençoe, desperte e nos atraia para Si nestes tempos de terrível impiedade e mornidão. “Como as dez virgens, vocês estão divididos em duas classes. Alguns de vocês são prudentes, eu acredito; outros, ai! São tolos. Como as virgens, todos vocês professam a fé, e ainda, alguns têm o dom do Espírito Santo, e outros carecem dele. Mas o dia em que vocês serão separados se aproxima rapidamente. Os verdadeiros salvos entre vocês entrarão com Cristo, o restante será impedido de entrar pela eternidade”.Eis o esboço deste volume: • Parte I I. Os filhos de Deus são prudentes, os demais são loucos (v. 2).II. Os prudentes e os loucos são parecidos em muitas coisas (versículos 3 e 4).III. Existe uma diferença: As virgens loucas não têm azeite em seus vasos.• Parte III. A demora do esposo.II. Todas tosquenejaram e adormeceram.III. A vinda do esposo.• Parte IIIHá algo doce naquele clamor da meia-noite: “Aí vem o esposo”. Será um dia terrível até para os filhos de Deus.Primeiro, todas as mudanças repentinas são espantosas. Muitas pessoas foram mortas pela notícia inesperada de algo alegre. Quão terrível e alegre, então, será aquele clamor, quando ouvirmos que todas armadilhas e preocupações se passaram, que o pecado não reinará mais no mundo!Segundo, o destino de nossos amigos impiedosos será espantoso. Todos nós temos amigos ímpios, por quem oramos para que se convertam. Quando aquele clamor vier, será o lamento de suas almas; apesar disso, será um dia de alegria. Em Mateus 24:32, esse dia é comparado ao verão. Será o verão da alma: o inverno será passado. “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas” (Malaquias 4:2). “E será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando pelo seu resplendor e pela chuva a erva brota da terra” (2 Samuel 23:4). “Ele descerá como chuva sobre a erva ceifada, como os chuveiros que umedecem a terra” (Salmos 72:6).Mas, acima de tudo, o clamor “Aí vem o esposo” reavivará os corações abatidos daqueles a quem Ele escolheu. Isto nos lembrará do tempo em que Ele mesmo nos escolheu para sermos Seus, o tempo do amor, quando Ele nos cortejou e disse: “Vocês serão meus, e não te prostituirás” (Oséias 3:3). Aquele que nos amou e morreu por nós, e prometeu que voltaria e nos receberia para Si mesmo: “Aí vem o esposo”. Ah! Considerem, amados amigos, se será um tempo de alegria ou de gemido para vocês. Pecador descuidado, o que será de ti?I. A descoberta: “nossas lâmpadas se apagaram”.II. O pedido do aflito.III. O desapontamento — os piedosos não poderão dar: “Não seja caso que nos falte a nós e a vós”.• Parte IV“E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir” (Mateus 25:10-13).I. Quem está preparado?II. A recompensa daqueles que estão preparados.III. O destino dos hipócritas.“Cristo possuirá o Seu próprio povo: ‘Eu os conheço’. Ele possuirá os pobres e desprezados crentes. Embora o mundo não os tenha conhecido, Cristo os conhecerá. Naquele dia nenhum será deixado. Mas não [será] assim com as virgens loucas, que não têm azeite em suas vasilhas. Cristo não os possuirá. Ah! Se

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  • AS DEZ VIRGENS, UMA

    ESPOSIO DA PARBOLA

    DAS DEZ VIRGENS .

    .

  • Issuu.com/oEstandarteDeCristo

    Traduzido do original em Ingls

    Lecture I The Ten Virgins, Parts 1, 2, 3 and 4

    By R. M. M'Cheyne

    Extrado da obra original, em dois volumes,

    The Works of The Late Rev. Robert Murray MCheyne

    Minister of St. Peter's Church, Dundee.

    Volume I

    Via: Grace-Ebooks.com

    Traduo por Rafael Abreu

    Reviso por Camila Almeida

    Capa por William Teixeira e Camila Almeida

    1 Edio: Maro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permisso

    do Ministrio Grace-Ebooks (Grace-Ebooks.com), sob a licena Creative Commons Attribution-

    NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

    desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo

    nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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    As Dez Virgens, Uma Exposio Da Parbola Das Dez Virgens Por R. M. M'Cheyne

    Parte I

    Ento o reino dos cus ser semelhante a dez virgens que, tomando as suas lm-

    padas, saram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.

    As loucas, tomando as suas lmpadas, no levaram azeite consigo. Mas as pruden-

    tes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lmpadas. (Mateus 25:1-4)

    No h, em toda Bblia, uma parbola que se aplique mais precisamente a esta congrega-

    o. Como as dez virgens, vocs esto divididos em duas classes. Alguns de vocs so

    prudentes, eu acredito; outros, ai! So tolos. Como as virgens, todos vocs professam a f,

    e ainda, alguns tm o dom do Esprito Santo, e outros carecem dele. Mas o dia em que vo-

    cs sero separados se aproxima rapidamente. Os verdadeiros salvos entre vocs entraro

    com Cristo, o restante ser impedido de entrar pela eternidade. Hoje, posso apresentar-

    lhes apenas trs fatos.

    I. Os filhos de Deus so prudentes, os demais so loucos (v. 2).

    Aqueles de vocs que so filhos de Deus, so verdadeiramente prudentes. Primeiro, no

    conforme o mundo. Isso negado:

    Irmos, pensem no que vocs eram quando foram chamados. Poucos eram sbios segun-

    do os padres humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas

    Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sbios, e escolheu as coi-

    sas fracas do mundo para envergonhar as fortes (1Corntios 1:26-27).

    Porque a sabedoria deste mundo loucura aos olhos de Deus (1 Corntios 3:19).

    Naquela ocasio Jesus disse: Eu te louvo, Pai, Senhor dos cus e da terra, porque escon-

    deste estas coisas dos sbios e cultos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus 11:25).

    Dos lbios das crianas e dos recm-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza, por

    causa dos teus adversrios, para silenciar o inimigo que busca vingana (Salmos 8:2).

    No muitos de profundo conhecimento so salvos, no muitos dos instrudos, no muitos

    dos inteligentes, homens mundanos, sbios para conduzir uma barganha. Estes so fre-

    quentemente esquecidos; e Deus usa Seus filhinhos, que no sabem nada do mundo, para

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    trazer glria a Si mesmo. Porque? Para que nenhum homem se vanglorie e diga: foi a mi-

    nha inteligncia que me salvou.

    Segundo, os filhos de Deus so prudentes, os nicos sbios neste mundo.

    1. Eles veem as coisas como realmente so.

    Vocs que so meros crentes nominais no veem as coisas como realmente so.

    a) Tempo. Vocs no veem o tempo como ele realmente : o limiar da eternidade. Vocs

    no veem quo curto ele , que setenta anos nada mais que um palmo. Vocs no veem

    quo rapidamente ele passa, como um navio no redemoinho, como a guia sobre a presa.

    No percebem que ele no retornar, e que cada momento precioso, que o tempo para

    converso, o nico tempo; seno, vocs no o desperdiariam fingindo piedade. Aquele

    que de Cristo v o tempo da maneira como realmente .

    b) A si prprio. Vocs no se veem como realmente so. Vocs nunca viram o que ser,

    por natureza, filhos da ira. Vocs nunca viram as terrveis montanhas de pecado amontoa-

    das sobre suas almas. Vocs nunca viram as concupiscncias que cegam a alma, o vulco

    de cobia abrasadora que est em seu prprio corao. Aquele que de Cristo v isso da

    maneira como realmente .

    c) O favor de Deus. Vocs no veem o favor de Deus. Vocs nunca viram quo precioso

    ele . Vocs reconhecem o favor do homem, e, por isso, vestem capas de Cristos; mas

    vocs no conhecem o valor da graa de Deus, ou vocs fugiriam para Cristo. Aquele que

    de Cristo v isso da maneira como realmente .

    2. O filho de Deus no descansa no conhecimento.

    O hipcrita sempre descansa em seu prprio conhecimento. Nunca se pode dizer a ele algo

    novo. Ele diz: Eu sei disto. Fale com ele sobre pecado, sobre Cristo, sobre o julgamento

    porvir; ele acha que ser salvo por que tem conhecimento, embora esse conhecimento nun-

    ca o tivesse levado a descansar em Cristo, a orar e abandonar seus pecados. Mas vocs

    que so de Cristo no se contentam com isso. No apenas conhecem a Cristo e falam dEle,

    mas praticam o que pregam. Abandonaram os dolos. Vocs so os nicos prudentes.

    3. O filho de Deus vive para a eternidade.

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    O hipcrita vive pelo agora. Isso foi tudo pelo que Judas viveu; se passar por um verdadeiro

    discpulo apenas por um tempo, manter as aparncias apenas por um tempo, satisfazer

    sua cobia e ainda assim ser considerado um Cristo e apstolo. Ele tentou manter as apa-

    rncias at o fim. Assim Demas quis enganar a Paulo, fazendo-o pensar que era um irmo.

    Ai! Quantos de vocs so loucos! Vivendo assim, para manter a aparncia de Cristos mas

    sabendo que vivem no pecado e sabendo que sero descobertos logo. Somente os que vi-

    vem para a eternidade, os que vivem como gostariam de ter vivido quando estiverem

    beira da morte, so realmente prudentes.

    4. O filho de Deus parecido com Deus.

    Deus o nico sbio. NEle esto todas as fontes de sabedoria Divina. Deus luz, e nEle

    no h treva alguma. Se tornar parecido com Ele tornar-se verdadeiramente sbio. Aque-

    les de vocs que fugiram para Cristo, esto se tornando parecidos com Deus. Vocs tm

    Seu Esprito, e esto se conformando Sua imagem [Romanos 8:29]. Vocs tm a mesma

    vontade que Deus. Vocs se identificam com o propsito de Deus neste mundo. A alegria

    dEle sua alegria. Os que so crentes nominais no se parecem com Deus. No O buscam,

    no O desejam.

    II. Os prudentes e os loucos so parecidos em muitas coisas (versculos 3 e 4).

    1. Desfrutam das mesmas ordenanas.

    a) Vocs ouvem o mesmo pastor, e sentam-se nos mesmos lugares. Vocs vm juntos

    para a casa de Deus, uns com os outros.

    b) Cantam os mesmos Salmos. Suas vozes se misturam e ningum alm de Deus pode

    distinguir a voz dos hipcritas das virgens prudentes.

    c) Vocs fazem as mesmas oraes e, aparentemente, so de igual modo reverentes.

    d) Vocs ouvem os mesmos sermes. Algumas vezes, ambos ficaram comovidos. O senti-

    mento de simpatia corre entre vocs e ningum pode dizer se como o orvalho da madru-

    gada ou o orvalho do Esprito, simpatia natural ou devido graa.

    e) Vocs se sentam na mesma mesa do Senhor e compartilham o po de mo em mo,

    passam o clice de um para o outro. Ah! Que triste pensar que muitos nessa congregao

    nada so alm de virgens loucas que, pela eternidade, sero apartados.

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    2. Usam a mesma linguagem.

    Os filhos de Deus falam a lngua de Cana; mas os crentes nominais aprendem a imit-la

    e ningum pode descobrir a diferena. Eles falam sobre a convico do pecado, aviva-

    mento, receber a luz, buscar Cristo, encontrar Cristo, se aproximar de Cristo e encontrar

    paz. Ainda assim, seus coraes esto longe de Deus o tempo todo, e amam mais os pra-

    zeres que Deus. Oh! Que triste pensar que muitos dos que falam de Cristo, regenerao

    e do Esprito Santo, ainda clamaro por uma gota de gua para se refrescarem no lago de

    fogo.

    3. Proferem as mesmas oraes.

    Uma das maiores marcas dos filhos de Deus a orao: eis que ele est orando. Ele ama

    a orao. Mas at isso os crentes nominais, que esto mortos, imitam. Frequentemente,

    eles oram em secreto com grande comoo e afeto; frequentemente oram em pblico com

    grande fervor; e ainda assim, esto vivendo em pecado, o tempo todo, e sabem disso. Quo

    triste que muitos de vocs, cujas vozes foram frequentemente ouvidas em orao, sero

    ouvidas clamando: Senhor, Senhor! Abra para ns!, clamando para que montanhas e ro-

    chas os escondam da ira de Deus e do Cordeiro.

    4. Tm, aparentemente, o mesmo comportamento.

    A mais verdadeira marca dos filhos de Deus que eles evitam o pecado. Eles fogem das

    velhas companhias e dos velhos caminhos, eles andam com Deus. At isso as virgens lou-

    cas imitam. Elas saem para encontrar seu Senhor. Fogem do pecado por um tempo, vo

    do trabalho para a casa de Deus apressadamente, procuram a companhia dos filhos de

    Deus, talvez at tentam salvar outros e se tornam muito zelosos nisso. Triste que muitos

    dos que agora se apegam piedade logo se desviaro dela e se voltaro para os demnios

    e homens perversos.

    III. Existe uma diferena: As virgens loucas no tm azeite em seus vasos.

    Crentes nominais frequentemente contendem com o Esprito. Nos dias de No, Ele conten-

    deu com os homens para que estes deixassem seus pecados (Gnesis 6:3). Assim tambm

    com Israel no deserto: Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Esprito Santo (Isa-

    as 63:10). E tambm nos dias de Estvo: [...] vs sempre resistis ao Esprito Santo; assim

    vs sois como vossos pais (Atos7:51). Na Bblia, no ministrio, pelas misericrdias, pelas

    aflies, Ele luta contende com vocs. Ele luta para que vocs abandonem seus pecados

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    e fujam para Cristo. A maioria tem, de uma ou de todas estas maneiras, sentido o esforo

    do Esprito. Mesmo assim,

    1. No so ensinados pelo Esprito.

    Todos os salvos so ensinados pelo Esprito, todos ensinados por Deus. Sem isso, ne-

    nhum homem vai at Cristo, pois sua alma est morta. Ele nos ensina nossa condio de

    perdidos, e ento, glorifica a Cristo.

    2. O Esprito no habita neles.

    O Esprito habita em todos que vo Cristo (Joo 7:37-39).

    a) Como um selo: e, tendo nele tambm crido, fostes selados com o Esprito Santo da pro-

    messa (Efsios 1:13). O corao a cera, o Esprito Santo o selo, a imagem de Cristo a

    impresso. Ele amolece o corao. Mas no como os outros selos, no se perde, se man-

    tm l.

    b) Como uma testemunha: O mesmo Esprito testifica com o nosso esprito que somos

    filhos de Deus (Romanos 8:16). O esprito de adoo, clamando Aba no corao, o Es-

    prito testemunhando.

    c) Como um penhor: O qual tambm nos selou e deu o penhor do Esprito em nossos cora-

    es (2 Corntios 1:22). Um pouco da plena recompensa. O Esprito Santo no corao

    um pedao do Cu, o comeo.

    Ah, meus amigos! No se enganem. No me digam que ouvem esse ou aquele ministro,

    tm aquelas convices, liberdade na orao. Vocs foram transformados? Obtiveram no-

    vos coraes? Este o incio do Cu? Vocs tm azeite nas vasilhas para suas lmpadas?

    18 de dezembro de 1841.

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    Parte II

    E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. (Mateus 25:5)

    impossvel encontrar uma parbola mais solene e estimulante do que esta. Na primeira

    parte mostrei a vocs: primeiro, que os filhos de Deus so realmente prudentes e os crentes

    nominais so tolos; somente os que so filhos de Deus veem as coisas como elas realmente

    so, vivem para a eternidade e tm a mente de Deus. Segundo, os prudentes e os loucos

    se parecem em muitas coisas: tm as mesmas ordenanas, mesma linguagem, as mesmas

    oraes, e aparentemente o mesmo comportamento. Em terceiro, a diferena entre eles,

    que deveremos considerar agora; apenas uma classe tem, a outra no: o Esprito Santo.

    I. A demora do esposo.

    Naquele discurso memorvel do Salvador aos Seus discpulos, na noite da Ceia, Jesus dis-

    se:

    Um pouco, e no me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis; porquanto vou para o

    Pai (Joo 16:16).

    E novamente, Joo, em Apocalipse, escuta-O dizer:

    Eis que venho como ladro. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas,

    para que no ande nu, e no se vejam as suas vergonhas (Apocalipse 16:15)

    Sua ltima palavra, a qual pareceu msica do Cu ao ouvido arrebatado de Joo, foi: eis

    que venho sem demora e certamente, venho sem demora. Ao que parece, muitos dos

    primeiros Cristos pensaram que Ele viria nos seus dias, de modo que Paulo, em Segundo

    Tessalonicenses, teve que adverti-los que a apostasia deveria acontecer primeiro. Tambm

    encontramos os escarnecedores, no tempo de Pedro, que costumavam dizer: Onde est

    a promessa de Sua volta?. Desde ento, sculos aps sculos se passaram e Jesus nunca

    voltou. Isso explica o trecho E, tardando o esposo. Certamente Ele deseja vir. Ser um

    dia de alegria para Seu corao, o dia de npcias. Aqueles que amam a Cristo, amam Sua

    vinda. Eles clamam, como Joo, Ora vem, Senhor Jesus (Apocalipse 22:20). Ainda assim,

    Ele demora. Por qu?

    1. Ele no quer que alguns se percam.

    O Senhor no retarda a sua promessa, ainda que alguns a tm por tardia; mas longnimo

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    para conosco, no querendo que alguns se percam, seno que todos venham a arrepender-

    se (2 Pedro 3:9). Essa a razo da demora: Ele longnimo. s vezes, quando vejo al-

    guns atos de homens brutais e perversos, meu corao treme dentro de mim. Ento penso

    em como o Senhor v tudo isso, toda a maldade cometida em todo o mundo, e ainda assim,

    Ele a tolera. Ah! Que demonstrao de tolerncia e compaixo sofredora essa! Esta a

    razo da demora: Ele se compadece dos mais vis, e espera longamente antes de vir.

    2. Para prover o nmero dos Seus eleitos.

    Cristo est, neste momento, ajuntando um povo dentre os gentios. Ele est construindo o

    grande templo do Senhor, pedra por pedra. Ele no pode vir at que isso esteja feito. Quan-

    do tudo tiver sido feito, ento Ele vir. Ele disse a Paulo para continuar e pregar em Corinto:

    [...] pois tenho muito povo nesta cidade (At.18:10). Pela mesma razo Ele faz com que

    Seus ministros continuem e preguem; Ele ainda tem muitas pessoas. Quando vier, aqueles

    que estiverem prontos entraro com Ele para o casamento e a porta ser fechada. H, sem

    dvidas, muitos eleitos, muitos que foram dados Ele pelo Pai antes da fundao do mun-

    do, mas esto, ainda, naturalmente mortos. Ele espera para que estes sejam ajuntados.

    Quando o ltimo dos Seus eleitos for ajuntado, ento vir.

    3. Para testar a dignidade do Seu povo.

    Existe uma planta que o jardineiro deve esmagar com os ps para que a faa crescer me-

    lhor. Assim com os filhos de Deus, eles crescem melhor sendo tentados. H muitas carac-

    tersticas do povo de Deus que s podem crescer em tempo de aflio:

    a) F em Suas palavras. O mundo diz: Onde est a promessa da volta?. Todas as coisas

    continuam como eram. Tudo parece contrrio. Voc pode enxergar pelo mundo invisvel?

    Isso o que se requer: No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no

    veem (2 Corntios 4:18). Essa a razo pela qual o Noivo tarda: para que a f cresa.

    b) Longanimidade com os adversrios. Se Ele viesse agora, e se vingasse de nosso adver-

    srio, no teramos oportunidade de perdoar ofensas nem de ter pacincia por causa do

    Seu nome. Devemos nos conformar Sua morte. Portanto, Ele longnimo conosco.

    c) Compaixo pelas almas. Essa foi a caracterstica mais memorvel do carter de Cristo.

    Isso O trouxe do trono da glria; isso o fez chorar no Monte das Oliveiras. Nos convm ser

    feitos como Ele nisso tambm. Mas, quanto a essas coisas, este o nico tempo em que

    podemos ser como Ele. Quando Jesus vier, clamaremos: Justos e verdadeiros so os teus

    caminhos, Rei dos santos (Apocalipse 15:3), enquanto Ele esmaga Seus inimigos sob

    Seus ps. No se maravilhe que Jesus demora.

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    II. Todas tosquenejaram e adormeceram.

    Essas palavras tm sido interpretadas de vrias maneiras. No tenho dvidas de que a ma-

    is simples a verdadeira, que antes de Cristo vir, todas as igrejas Crists cairo em profun-

    do sono. A Bblia mostra que no apenas os hipcritas cairo em sono, mas os verdadeiros

    crentes tambm. Por isso vemos os apstolos dormindo no Monte da Transfigurao e, de

    novo, no Getsmani; e Paulo exorta aos romanos: [...] j hora de despertarmos do sono

    (Romanos 13:11).

    1) Como os Cristos dormem.

    a) Os olhos comeam a se fechar. Quando, primeiro, trazidos Cristo, os olhos dos pecado-

    res foram abertos para que vissem:

    i) A brevidade do tempo, que no mais que um palmo.

    ii) A vaidade do mundo. Tudo se mostra vo; a excessiva pecaminosidade do pecado. Eles

    veem o pecado cobrindo-os completamente como demnios, e se maravilham de no esta-

    rem no inferno. Eles viram a Cristo em Sua beleza, plenitude e glria.

    Mas agora, todas estas coisas se obscureceram, assim como para o homem sonolento. To-

    dos os objetos exteriores esto, agora, escondidos; a alma no mais v a brevidade do

    tempo, o vazio do mundo, a vileza do pecado e a glria de Cristo.

    b) Os ouvidos no O ouvem bater porta. Uma vez o ouvido ouviu Sua voz. Entre outros

    milhares, a voz de Cristo foi doce e poderosa. Agora, a alma ouve como se Ele no tivesse

    dito: J despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? J lavei os meus ps; como os

    tornarei a sujar? (Cantares 5:3).

    c) O sonho dos que dormem. A alma se ocupa com dolos. Fantasias vs. Quando desper-

    tada pela primeira vez, a alma diz: O que tenho mais, eu, com os dolos?. Mas agora,

    quando Cristo e as coisas Divinas esto ofuscadas, a alma novamente se apega aos dolos.

    Ento:

    i) deixa de orar. Quo doce a orao para a alma do crente! Existe um acesso maravilhoso

    ao trono, derramamento do corao, sem separao, nada retido. Mas agora h uma es-

    terilidade absoluta, alma no tem mais vontade nem livre acesso.

    ii) fica com um esprito temeroso. Uma sensao de culpa repousa sobre a alma, uma sen-

    sao estupefata de ter ofendido Deus, um esprito de escravido.

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    iii) o crente deixa de temer o pecado. Uma vez, docemente temia o pecado, se mantendo

    distante das ocasies em que pecaria, ([...] como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria

    contra Deus? Gnesis 39:9). Agora h uma familiaridade assustadora com o pecado.

    2. Como os hipcritas dormem.

    a) Eles perdem todas suas convices. Num tempo tinham profunda e clara convico do

    pecado; mas agora eles a perderam. Praticam pecado publicamente afogados em suas

    convices. Eles extinguem o Esprito.

    b) Perdem a alegria nas coisas Divinas. Os que ouvem a palavra, mas so como terreno

    pedregoso, recebem a palavra com alegria, um flash de deleite. Alguma coisa que o mundo

    tem atrai sua fantasia, eloquncia ou imagens; ou esperando que sero salvos, se agradam

    e tm grande prazer em ouvir. Mas logo morrem.

    c) Desistem da orao. Oram fervorosamente por um longo perodo. Quando ainda tm

    convices, ou iluminados e sob falsa esperana, ou perante aos outros, oram com fluncia;

    mas agora, eles desistem da orao por etapas. Todas tosquenejaram e adormeceram.

    Eles so sonolentos ou no apreciam mais a orao, e, portanto, desistem delas.

    Entre os dois grupos existe uma grande diferena: os piedosos ainda tm azeite em suas

    vasilhas, os outros no. Eu no encorajaria vocs que so piedosos a dormirem; ao con-

    trrio, tempo de acordar do sono. Mas eu no poderia deixar de mostrar quo diferente

    o sono dos dois.

    a) Os piedosos acordaro de seu sono. muito pecaminoso e perigoso, mas no fatal. Os

    hipcritas nunca acordam. A mais rara converso do mundo a do hipcrita endurecido.

    b) Enquanto os piedosos [em seu estado de sono] esto sob o descontentamento de Deus,

    ainda assim no esto debaixo de Sua maldio; mas os hipcritas esto condenados ao

    inferno.

    III. A vinda do esposo.

    1. A hora.

    meia noite, numa hora inesperada, Cristo vir. Toda a Bblia mostra isso:

    Mas daquele dia e hora ningum sabe, nem os anjos do cu, mas unicamente meu Pai

    (Mateus 24:36).

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    Vigiai, pois, porque no sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem h de vir

    (Mateus 25:13).

    comparado ao relmpago:

    Porque, assim como o relmpago sai do oriente e se mostra at ao ocidente, assim ser

    tambm a vinda do Filho do homem (Mateus 24:27).

    O que h mais terrivelmente sbito que um relmpago? Primeiro, um silncio assustador,

    as nuvens negras encobrindo o cu, ento, de repente um claro de leste ao oeste. Assim,

    dever ser Sua vinda. Como as dores de parto da grvida: Pois que, quando disserem: H

    paz e segurana, ento lhes sobrevir repentina destruio, como as dores de parto quela

    que est grvida, e de modo nenhum escaparo (1 Tessalonicenses 5:3). Como um ladro:

    Porque vs mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor vir como o ladro de noite

    (1 Tessalonicenses 5:2). assim em dois aspectos:

    a) Na incerteza da hora. Quando o ladro vai assaltar a casa, no diz a hora em que ir;

    no d sinais de que se aproxima. Se o dono da casa soubesse a hora em que ele viria, se

    sentaria espera e no deixaria que sua casa fosse assaltada. Assim ser a vinda do noivo

    [...] porque no sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem h de vir (Mateus

    25:13).

    b) O ladro vem na hora do descanso. Quando toda famlia foi descansar, quando o dono

    da casa tranca a porta, quando todas as luzes so apagadas, e todos os olhos fechados

    em sono, ento vem o ladro, fora a porta e entra. Assim ser a volta do Salvador. Quando

    o mundo estiver mergulhado em sono, Jesus vir.

    Alguns de vocs diro: Certamente teremos convidados na hora de Sua volta. Agora, se

    h algo muito simples, que voc no sabe o dia nem a hora: Por isso, estai vs apercebidos

    tambm; porque o Filho do homem h de vir hora em que no penseis (Mateus 24:44).

    Se eu lhes perguntasse:

    Vocs acham que o Filho do Homem vir essa noite?.

    Vocs responderiam:

    No achamos.

    Bem, Ele vir em tal hora. Vocs esto prontos?

    2. Uma palavra aos no-convertidos.

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    a) Alguns de vocs vivem em desonestidade. Comprando e vendendo; talvez alguns de

    vocs usam dois pesos e uma balana falsa, ou, de alguma maneira, enganam o seu pr-

    ximo. Que terrvel ser se Cristo vier e encontr-los assim. dito que os homens estaro

    comprando e vendendo quando Ele vier.

    b) Alguns vivem em obras das trevas. Talvez vocs digam: Certamente a escurido me

    cobrir.

    Porque da janela da minha casa, olhando eu por minhas frestas, vi entre os simples, des-

    cobri entre os moos, um moo falto de juzo, que passava pela rua junto sua esquina, e

    seguia o caminho da sua casa; no crepsculo, tarde do dia, na tenebrosa noite e na escu-

    rido (Provrbios 7:6-9).

    Alguns de vocs cometem coisas vergonhosas at mesmo para se falar. Que terrvel ser

    para vocs quando Sua face santa aparecer!

    c) Alguns de vocs sufocam a convico. Como Agripa, vocs esto quase persuadidos a

    se tornarem Cristos (Atos 26:28). Como Felix, vocs vacilam e dizem: em uma outra opor-

    tunidade (Atos 24:25). Alguns deixaro suas convices por uma pequena alegria, por um

    prazer mundano, dizendo: Ainda h muito tempo antes de eu morrer. Ah! O que vocs fa-

    ro quando o clamor vier meia noite? No haver tempo para uma orao, nem para a

    abrir a sua Bblia; no haver tempo para converso.

    Mas meia-noite ouviu-se um clamor (Mateus 25:6).

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    Parte III

    Mas meia-noite ouviu-se um clamor: A vem o esposo, sa-lhe ao encontro.

    Ento todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lmpadas. E as

    loucas disseram s prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lmpadas

    se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: No seja caso que nos falte a

    ns e a vs, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vs. (Mateus 25:6-9)

    H algo doce naquele clamor da meia-noite: A vem o esposo. Ser um dia terrvel at

    para os filhos de Deus.

    Primeiro, todas as mudanas repentinas so espantosas. Muitas pessoas foram mortas

    pela notcia inesperada de algo alegre. Quo terrvel e alegre, ento, ser aquele clamor,

    quando ouvirmos que todas armadilhas e preocupaes se passaram, que o pecado no

    reinar mais no mundo!

    Segundo, o destino de nossos amigos impiedosos ser espantoso. Todos ns temos ami-

    gos mpios, por quem oramos para que se convertam. Quando aquele clamor vier, ser o

    lamento de suas almas; apesar disso, ser um dia de alegria. Em Mateus 24:32, esse dia

    comparado ao vero. Ser o vero da alma: o inverno ser passado. Mas para vs, os

    que temeis o meu nome, nascer o sol da justia, e cura trar nas suas asas (Malaquias

    4:2). E ser como a luz da manh, quando sai o sol, da manh sem nuvens, quando pelo

    seu resplendor e pela chuva a erva brota da terra (2 Samuel 23:4). Ele descer como

    chuva sobre a erva ceifada, como os chuveiros que umedecem a terra (Salmos 72:6).

    Mas, acima de tudo, o clamor A vem o esposo reavivar os coraes abatidos daqueles

    a quem Ele escolheu. Isto nos lembrar do tempo em que Ele mesmo nos escolheu para

    sermos Seus, o tempo do amor, quando Ele nos cortejou e disse: Vocs sero meus, e

    no te prostituirs (Osias 3:3). Aquele que nos amou e morreu por ns, e prometeu que

    voltaria e nos receberia para Si mesmo: A vem o esposo. Ah! Considerem, amados

    amigos, se ser um tempo de alegria ou de gemido para vocs. Pecador descuidado, o que

    ser de ti?

    I. A descoberta: nossas lmpadas se apagaram.

    Um pavio seco brilha por um instante. Da mesma maneira, os hipcritas frequentemente

    professam a f at o fim; s vezes, muito vistoso e evidente. Muitas coisas podem des-

    pertar o hipcrita:

    1. Sua situao descrita nos sermes.

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    Frequentemente o ministro guiado por Deus para falar exatamente sobre a condio des-

    ses. Frequentemente a Palavra chega muito perto de sua conscincia. Muitas vezes, certa-

    mente, eles levam a Palavra para casa. Mas, de uma forma ou outra, eles so derrotados.

    2. Veem a converso de outros.

    Os hipcritas, com frequncia, veem outros, a seu lado, passarem por uma transformao

    salvadora. Eles os veem convictos do pecado, deitados no p, trazidos a Jesus, cheios de

    alegria, vivendo uma nova vida, vencendo o mundo. Isso pode abrir seus olhos para que

    vejam que a mudana que professam ter falsa e vazia.

    3. A morte dos outros.

    Ver outros que se foram, deve ser algo solene para os hipcritas. A morte tira toda mscara,

    pois chama a alma. Convices fingidas, graa fingida e falsas palavras de piedade, agora

    no sero de nenhum proveito. Quando hipcritas veem outros cortados da terra, sempre

    penso que certamente se convertero, mesmo assim, isso no acontece.

    4. Eles vivem pela aparncia, e no querem se desfazer dela.

    Eles fizeram uma profisso de f, e no gostam de voltar atrs. Os pregadores tm estado

    contentes e satisfeitos com eles, e pessoas piedosas os estimam, e eles no querem desis-

    tir de tudo. Assim, Judas foi estimado como verdadeiro discpulo por um longo tempo, e

    manteve sua profisso de f at o fim.

    5. Frequentemente enganam a si mesmos.

    Eles tm um conhecimento, e confundem isso com graa. Tm forma de piedade, oram se-

    cretamente e com a famlia, mas enganam a si mesmos e aos outros. Suas lmpadas se

    apagaro na volta de Cristo. Nenhum brilho, nenhuma centelha. Qual a razo?

    6. No h graa em seu interior.

    Suas lmpadas se apagaro porque no tero leo. Eles queimaro por um tempo, como

    acontece com o pavio seco, com grande brilho; mas logo a chama diminui, e se apaga por

    falta de leo. Este o caso dos hipcritas. Eles no tm uma fonte de leo gracioso em

    seus coraes. O Esprito de Deus com frequncia vem sobre eles, mas no habita neles.

    Assim foi com Balao. Seus olhos foram abertos, viu muito da alegria do povo de Deus, de-

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    sejava morrer a morte de um justo (Nmeros 23:10); mas no tinha o leo em sua lmpada,

    e por isso, sua lmpada se apagou. Assim foi com Saul. Deus mudou seu corao em

    outro e o Esprito de Deus se apoderou dele (1 Samuel10:9-10); mas ele no tinha leo

    em sua lmpada, no tinha a habitao graciosa do Esprito. Isso fez com que se desviasse

    de Jesus, e sua lmpada se apagou.

    7. Eles tero que comparecer perante Cristo.

    muito fcil parecer Cristo diante dos homens. [...] pois o homem v o que est diante

    dos olhos, porm o SENHOR olha para o corao (1 Samuel 16:7). Enquanto os hipcritas

    tiverem que comparecer apenas diante dos homens, eles podero manter as aparncias.

    Eles podem falar, ler e orar como se fossem filhos de Deus; mas quando o clamor vier A

    vem o esposo (Mateus 25:6), eles sabero que devero comparecer diante de Cristo, que

    sonda os coraes. Quando Jess trouxe seus sete filhos, Samuel olhou para Eliabe e

    disse: Certamente est perante o SENHOR o seu ungido, mas Deus disse: No atentes

    para a sua aparncia, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; por-

    que o SENHOR no v como v o homem, pois o homem v o que est diante dos olhos,

    porm o SENHOR olha para o corao (1 Samuel 16:6-7). Ah, irmos! H muitos de vocs

    que agora podem vir audaciosamente perante o homem, embora vocs mesmos saibam

    que so mpios, que nunca nasceram de novo e vivem em pecado. Voc pode sentar pe-

    rante algo sagrado sem medo ou vergonha, mas quando Cristo vier, sua lmpada se apaga-

    r, voc no ser capaz de suportar o brilho de Seu olho santo. Oh! Ore por um interesse

    em Cristo agora, para que voc esteja diante do Filho do Homem em Sua volta.

    II. O pedido do aflito.

    Naquele dia, hipcritas pediro aos piedosos por misericrdia: Dai-nos do vosso azeite,

    porque as nossas lmpadas se apagam (Mateus 25:8).

    1. Os hipcritas ento vero a diferena entre eles e os piedosos.

    Suas lmpadas se apagaro. Mas a lmpada dos verdadeiros piedosos continuar quei-

    mando com brilho e clareza. No presente, os hipcritas pensam que so to bons quanto

    os outros. Eles pensam que no existe diferena entre eles e o povo de Deus. Porm, na-

    quele dia ficaro convictos de que existe um grande abismo fixado entre si.

    2. Eles vero que felicidade ter azeite em suas lmpadas.

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    No presente, muitos de vocs no veem que precisam da graa. No veem que seriam mui-

    to mais felizes com a graa em seus coraes. Vocs preferem continuar do jeito que esto.

    Mas naquele dia, vocs clamaro: Dai-nos do vosso azeite! Vocs vero a paz dos piedo-

    sos naquele dia. Eles estaro firmes em meio a um universo em destruio. O sangue de

    Cristo na conscincia deles os dar paz permanente. Vocs vero as suas faces alegres,

    ao ouvirem o clamor, ao ouvirem os passos do Noivo chegando. Vocs ouviro deles o som

    de louvor ao receberem seu Senhor e Redentor. No presente, os piedosos so pobres e

    desprezados. Frequentemente em dificuldades, castigados a cada manh, e vocs no se

    uniriam a eles. Mas naquele dia, eles sero como pedras numa coroa, como filhos de um

    rei.

    3. Eles pediro aos piedosos.

    No presente, os hipcritas desprezam os piedosos e no pediriam nada a eles. Quando

    uma pessoa verdadeiramente piedosa lhes adverte ou chama-lhes a ateno, vocs ficam

    ofendidos. Mas naquele dia vocs, em desespero, ficaro satisfeitos em pedir a qualquer

    um. Vocs ficaro satisfeitos em solicitar seus amigos e ministros piedosos. Vocs que se

    perguntam o que faz algum ir falar com os ministros, vocs que zombam e ridicularizam

    os verdadeiros piedosos, diro a eles: Dai-nos do vosso azeite. Hoje, ministros e piedosos

    batem sua porta, suplicando a vocs para que obtenham o azeite da graa em seus cora-

    es; mas naquele dia, vocs batero porta deles, clamando: Dai-nos do vosso azeite,

    porque as nossas lmpadas se apagam.

    III. O desapontamento os piedosos no podero dar: No seja caso que nos falte

    a ns e a vs.

    1. No est ao alcance deles dar a graa.

    Agrada a Deus usar os piedosos como instrumentos, mas Ele no concedeu a eles que fos-

    sem fonte de graa: Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento (1 Corntios

    3:6). Raquel disse Jac: D-me filhos, se no morro. E a ira de Jac se acendeu contra

    Raquel: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre? (Gnesis 30:2).

    Da mesma maneira, a graa no est nas mos do homem. Aqueles que receberam a

    Cristo no nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,

    mas de Deus (Joo1:13-14). Portanto, em vo que vocs olhem para outros meios para

    alcanar graa salvadora sua alma. O machado no pode cortar a mo do lenhador. O

    jarro que carrega a gua no a fonte. Ser em vo solicitar aos filhos de Deus naquele

    dia terrvel. V a Jesus agora!

    2. Eles no possuem de sobra.

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    Apenas os justos sero salvos. Todos filhos de Deus possuem a quantidade de graa que

    os levaro para o Cu, e nada mais. At mesmo agora, os filhos de Deus sabem que no

    tm nenhuma reserva. Eles no tm muito do Esprito Santo, os ajudando em orao, a la-

    mentarem o pecado e a amarem a Cristo. Em tempos de tentao o crente sente como se

    no tivesse o Esprito Santo. Ele tem mais necessidade de receber do que habilidade para

    compartilhar. Quando Cristo vier naquela hora solene, ele sentir como se no tivesse

    sobras para dividir com outros.

    Oh, queridos irmos, vo e comprem por si mesmos! Vocs que sabem que so mpios,

    vo Jesus, antes que o clamor seja feito, e obtenham graa. Os santos no podem d-la

    a vocs, ministros tambm no. Toda nossa fonte est em Jesus. NEle o Esprito habita

    sem medidas.

    Senhor, incline os coraes deles para que corram a Ti!

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    Parte IV

    E, tendo elas ido compr-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas

    entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram tambm

    as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse:

    Em verdade vos digo que vos no conheo. Vigiai, pois, porque no sabeis o dia

    nem a hora em que o Filho do homem h de vir. (Mateus 25:10-13)

    I. Quem est preparado?

    Nem todos esto prontos. Esta parbola mostra que nem todos que professam ser de Cristo

    esto prontos. As virgens tolas pareciam estar prontas. Elas tinham vestes, suas prprias

    lmpadas, o pavio e a chama; mesmo assim, no estavam prontas. Muitos de vocs vm

    casa de Deus, sentam-se perante as coisas sagradas e professam cuidar de suas almas;

    mesmo assim, vocs no esto prontos. Nem todos que esto ansiosos esto prontos. As

    loucas estavam aflitas. Seus coraes vibravam. Elas foram comprar azeite, seus gritos

    eram altos e amargos, talvez tenham derramado lgrimas amargas; mesmo assim, no es-

    tavam preparadas. Muitos de vocs esto aflitos, indo comprar azeite. Vocs ficam com o

    rosto molhado quando procuram o Senhor; mesmo assim, no esto prontos. Se fossem

    morrer esta noite, no seriam encontrados prontos.

    Quem, ento, est pronto?

    1. Aqueles que tm vestes de npcias.

    Isto vemos em Apocalipse 19:7-8: Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glria;

    porque vindas so as bodas do Cordeiro, e j a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que

    se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino so as justias dos san-

    tos. E tambm em Salmos 45:9,13: [...] tua direita estava a rainha ornada de finssimo

    ouro de Ofir [...] A filha do rei toda ilustre l dentro; o seu vestido entretecido de ouro.

    E em Mateus 22:11 vemos que isso foi a primeira coisa que atingiu o corao do Rei, que

    o homem no tinha vestes nupciais. Esta veste nupcial a justia de Deus, as vestes de

    Cristo sobre a alma, a justia imputada.

    Este o primeiro requisito para se encontrar com o Noivo celestial. Foi mostrado a vocs

    sua prpria e terrvel repugnncia, que so todos como coisas sujas, todos vis e imundos?

    Descobriram gloriosamente o caminho da justia que Jesus fez por ns? Voc est deitado

    sobre o sangue e com a veste branca do Senhor Jesus? Ento voc est pronto.

    No se engane:

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    a) No seu conhecimento dessa justia imputada. Muitas pessoas ouvem e sabem muito

    sobre essa veste de justia, mas nunca a vestem e no so nem um pouco melhores. O

    conhecimento ir conden-los e afund-los ainda mais.

    b) No o desejo de ter essa justia. O preguioso deseja, mas nada tem (Provrbios 13:4).

    Muitos desejam Cristo preguiosamente, nunca so satisfeitos, e no fazem nada quanto

    a isso, como mendigos desejando se tornarem ricos.

    c) No ter a veste colocada sobre ns uma vez e depois outra veste qualquer.

    d) Este linho fino deve estar sobre ns para sempre. Cristo no nossa justia por um mo-

    mento e depois ns mesmos com nossa prpria santidade; mas Cristo at o fim. Nossa

    veste nupcial no Cu, deve ser o sangue de Cristo, veste limpa; devemos t-la, concedida,

    todo dia, todo momento. Feliz a alma que diariamente v sua prpria perversidade mas

    tambm, diariamente, recebe aquela veste nupcial para cobrir sua nudez.

    2. Aqueles que tm um novo corao.

    Porventura andaro dois juntos, se no estiverem de acordo? (Ams 3:3). impossvel

    que duas almas sejam felizes juntas se amam coisas opostas. como dois bois no jugo

    puxando para caminhos diferentes. Por isso h profunda sabedoria no mandamento que

    probe os filhos de Deus se casarem com o mundo. Que comunho tem a luz com as tre-

    vas? (2 Corntios 6:14). Da mesma maneira a Noiva de Cristo deve ter uma s mente com

    Ele, se quiser entrar com Ele para o casamento.

    Suponha que algum de vocs, que tem um corao no-regenerado, seja admitido com

    Cristo para o casamento. Seu corao inimigo de Deus. Voc odeia o povo de Deus, o

    Dia do Senhor tedioso, voc serve vrias concupiscncias e prazeres. O Cordeiro que

    est no trono guiaria voc, e Deus enxugaria as lgrimas de seus olhos. Mas voc odeia a

    Deus e o Cordeiro. Como voc poderia ser feliz ali? Ningum alm dos filhos de Deus ou

    companheiros (cantores de salmos, hipcritas, como vocs costumam cham-los); vocs

    poderiam ser felizes com eles? Um eterno Dia do Senhor! Meu melhor conceito de Cu

    um eterno Dia do Senhor com Cristo. Voc poderia ser feliz? Voc desfrutaria isso? Ah,

    meus amigos, no entrar ningum que pratica ou ama a mentira. Se voc ainda no nas-

    ceu de novo, voc no est pronto.

    3. Aqueles que tm suas lmpadas acessas.

    Enquanto as virgens prudentes dormiam, elas no estavam preparadas. Verdade, elas ti-

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    nham vestes nupciais e azeite em suas vasilhas, embora suas lmpadas estivessem se a-

    pagando, seus olhos estavam fechados. Mas quando ouviram o clamor, acordaram e abas-

    teceram suas lmpadas, ficaram prontas para se encontrarem e entrarem com o noivo.

    Nem todos os filhos de Deus esto prontos. Algum apstata que acumulou culpa alma, e

    no foi lavado; que est deitado sobre a culpa e que no tem pressa de ir Fonte; que d

    as costas casa de Deus e sua face aos dolos; est pronto? Um idlatra que uma vez a-

    mou a Cristo, e agora coloca dolos em Seu lugar, enredado com afeies ilcitas; est pron-

    to? Est pronta a alma que deixou o primeiro amor e se esfriou nas coisas Divinas? Estava

    Salomo pronto, quando seu corao foi atrs de vrias esposas? Ou Pedro, quando negou

    a Cristo?

    Ah! Aprendam, queridos amigos, a despertar a graa que est em vocs. Desperte a sua

    f em Jesus, seu amor por Ele e pelos santos, se quiser estar pronto. Vigie! Viva entre as

    coisas Divinas. Mantenha o olho aberto para a glria vindoura.

    II. A recompensa daqueles que esto preparados.

    1. Ser de Cristo.

    Cristo os levar, com Ele, diante do Pai, e dir: Veja, Eu, e os filhos que destes a Mim.

    So eles por quem morri, orei e reinei. No presente, Cristo no possui Seu povo publica-

    mente, nem os diferencia dos hipcritas.

    a) O mundo no os conhece.

    O sol nasce para justos e injustos. Homens mundanos acham que somos como eles.

    b) Os santos no nos conhecem.

    Frequentemente suspeitam de ns. Frequentemente os filhos de Deus suspeitam uns dos

    outros injustamente. Eles no tm esta ou aquela experincia, esta ou aquela marca de fi-

    lhos de Deus.

    c) Frequentemente no conhecemos a ns mesmos.

    Quando a guerra contra a corrupo intensa dentro de ns, quando camos em pecado,

    quando a graa pequena na alma, posso julgar a mim mesmo filho de Deus?.

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    Mas, ento, Cristo nos possuir e isso por fim a toda dvida para todo o sempre. Os escar-

    necedores sabero que Cristo nos ama, desejaro que estivessem entre ns. Os santos

    sabero que somos de Cristo tanto quanto eles, no suspeitaro mais uns dos outros. No

    teremos mais dvidas sobre ns mesmos: no haver mais apatia, inconsistncia, corrup-

    o, treva e pecado. Cristo confessar nosso nome ao Pai. Ele dir: Vinde, benditos de

    meu Pai, possu por herana o reino que vos est preparado desde a fundao do mundo

    (Mateus 25:34).

    2. Os santos estaro com Cristo: as que estavam preparadas entraram com Ele para as

    bodas.

    a) A maior alegria do crente nesse mundo desfrutar a presena de Cristo no visto,

    nem sentido, no ouvido, mas ainda assim, real, a presena real do Salvador nunca visto.

    Isto faz a orao em secreto doce; as pregaes, doces; os sacramentos, doces; quando

    encontrarmos Jesus: Tenho posto o SENHOR continuamente diante de mim; por isso que

    ele est minha mo direita, nunca vacilarei (Salmos 16:8).

    b) Frequentemente, Jesus esconde Sua face e entramos em dificuldades. Procuramos A-

    quele a quem nossa alma ama, mas Ele se foi. Ns nos levantamos e procuramos, mas

    no O encontramos.

    c) Suponha um marido e esposa separados por muitos mares. doce ter cartas e smbolos

    de amor, e ver algum amigo que faz bem, mas isso no compensar a falta um do outro.

    Da mesma maneira ns lamentamos a ausncia do Senhor.

    Mas quando Ele vier, estaremos com Ele. Far-me-s ver a vereda da vida; na tua presena

    h fartura de alegrias; tua mo direita h delcias perpetuamente (Salmos 16:11). Aqui

    temos gotas e vislumbramos o prazer. Somos o corpo de Cristo. Leve-nos s ruas de outro,

    aos portes de prolas, s msicas, aos tronos, s palmas, aos anjos e ainda diramos:

    Onde est o Deus-homem que morreu por mim? [...] Onde est Jesus? Onde est o lado

    perfurado? Queremos ver a Sua face. O Cordeiro a luz. Estaremos com o Cordeiro no

    monte Sio. Nunca mais estaremos afastados.

    III. O destino dos hipcritas.

    1. [...] fechou-se a porta.

    A porta de Cristo permanece escancarada por um longo tempo, mas finalmente se fechar.

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    Quando Cristo vier, a porta ser fechada. Agora a porta est aberta, e fomos enviados para

    convidar voc a entrar. Em breve esta porta ser fechada e voc no mais poder entrar.

    Assim foi no dilvio. A porta da arca permaneceu aberta por cento e vinte anos. No saiu e

    pregou por todo lugar, convidando os homens a entrarem. O Esprito contendeu com o

    homem. Mas eles apenas zombaram. At que o dia veio. No entrou e Deus o fechou ali.

    A porta foi fechada. O dilvio veio e carregou todos os homens. Assim ser com muitos a-

    qui. A porta est escancarada agora. Jesus diz: Eu sou a porta; se algum entrar por mim,

    salvar-se-, e entrar, e sair, e achar pastagens (Joo 10:9). Cristo no diz Eu fui, ou

    Eu serei, mas Eu sou a porta. Hoje, qualquer homem pode entrar. Mas, em breve Cristo

    vir como um ladro, como uma armadilha, como as dores de parto em uma mulher com

    uma criana; e voc no escapar. Entre pelo caminho estreito.

    2. Naquele dia, eles diro: Senhor, Senhor, abre-nos.

    Agora os hipcritas no oram, ou no levam a srio. Eles tm uma orao fria, formal e es-

    tpida. Mas naquele dia eles choraro de verdade. Hoje, muitos de vocs ficariam envergo-

    nhados de serem vistos tratando a alma com seriedade, chorando, ou orando, ou indo ao

    ministro. Naquele dia voc perder toda vergonha, ir chorar e gemer, e correr porta de

    Cristo em agonia de esprito. Hoje, muitos de vocs so procurados por Cristo: Porque o

    Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19:10). Ele o Pastor

    procura da ovelha perdida. Ele bate porta. A vs, homens, clamo (Provrbios 8:4).

    Convertei-vos, convertei-vos!; Pecador, pecador, abra para mim!.

    Naquele dia ser o contrrio. Voc procurar pelo Salvador mas no vai encontr-lO; voc

    bater em Sua porta; voc levantar a voz e clamar: Senhor, Senhor, abra para mim.

    Que cena esta igreja apresentar naquele dia! Aqueles que no vm casa de Deus, ho-

    mens e mulheres de idade, com cabelos grisalhos, indiferentes e em pecado, jovens loucos

    pelos prazeres, filhos que viveram sem Cristo, estaro todos srios naquele dia. Isso no

    repreende a vocs que no oram, ou oram de maneira fria e estpida? Ah! Vocs oraro

    naquele dia, quando for tarde demais.

    Por que no antecipar a ansiedade e comear a orar agora?

    O desapontamento:

    [...] vos no conheo. Cristo possuir o Seu prprio povo: Eu os conheo. Ele possuir

    os pobres e desprezados crentes. Embora o mundo no os tenha conhecido, Cristo os

    conhecer. Naquele dia nenhum ser deixado. Mas no [ser] assim com as virgens loucas,

    que no tm azeite em suas vasilhas. Cristo no os possuir. Ah! Ser algo temvel ser

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    negado por Cristo diante do Pai e dos santos Anjos. Vigiai, pois, porque no sabeis o dia

    nem a hora em que o Filho do homem h de vir (Mateus 25:13).

    Vejam se vocs tm a verdadeira graa em seus coraes, se Cristo a sua justia, se a

    sua alma est viva.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

    Sola Scriptura Sola Fide Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon

    Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer

    Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina

    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.