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    Apresentação de porto Acre

    Primeiro queria agradecer o convite feito pelo professor Dourado e agradecer a organização do

    evento e dizer que é uma honrar compartilhar uma mesa com a professora Maria José.

    Então para começar a minha pesquisa é so!re a força do "ornalismo na construção discursiva. #

    discurso que pesquisei foi o do conflito entre !rasileiros e o e$ército !olivianos no ano de %&''. E

    durante as vasculhas de ediç(es de "ornais da época e até um pouco antes aca!ei encontrando

    indagaç(es que eu acho que são interessantes fazer so!re esse evento que ficou conhecido no )rasil

    com a *+evolução Acreana, mas pelos !olivianos foi !atizado de -uerra del Acre.

    # que perce!i é que os donos do "ornal omércio do Amazonas foram os grandes incentivadores

    não s/ da invasão do territ/rio acreano mas de todas as campanhas contra qualquer ameaça de

    redução dos lucros com a e$tração do l0te$. Digo isso porque em v0rios momentos houve a ameaça

    até pelo governo !rasileiro de aumentar impostos e o "ornal enca!eçou a campanha contra. # "ornal

    tam!ém apresentava um certo conflito com peruanos na região que ho"e conhecemos como Juru0.

    Então ve"am que a imprensa estava sempre criando eventos e quando digo criando eventos é

    porque ela passa informaç(es para o p1!lico na !usca que influenciar a opinião p1!lica. #s "ornaiseram enviados para )elém )ras2lia e +io de Janeiro o que criava uma rede que não visava o

    p1!lico que estava nos seringais mas os grandes interessados na riqueza gerada pela !orracha em

    todo o pa2s especialmente o +io de Janeiro sede do governo na época.

    A2 onde quero chegar3 as informaç(es que o "ornal queria passar so!re o Acre circulavam muito

    inclusive a renda que era gerada com a e$tração do l0te$. Assim muitas pessoas se interessavam em

    ir para o Amazonas desfrutar dessa riqueza. E em %&'4 chega ao )rasil no +io de Janeiro tr5sfiguras que serão importantes nesses processo que culminou com o conflito armado nas terras

    acreanas. 6ão eles3 Ministro plenipotenci0rio da )ol2via José Paravicini -uilherme 7toff e 8uiz

    -alvez de Arias. # trio sai da Argentina no mesmo m5s e no mesmo ano e chegam ao mesmo tempo

    em terras !rasileira. E é muita coincid5ncia esses homens terem se "untado para tra!alharem "untos

    na equipe do governo !oliviano que foi respons0vel pela implantação da aduana !oliviana em

    Puerto Alonso aqui onde estamos Porto Acre. 7thoff e -alvez são amigos de inf9ncia e Paravicini

    além de parlamentar tam!ém era "ornalista assim como -alvez.

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    :uem chega primeiro ao Amazonas é -alvez. Ele se emprega no "ornal omercio do Amazonas e

    ele quem vai rece!er o ministro !oliviano quando da chegada dele em Manaus e fica durante toda a

    festa de recepção. ;a mesma equipe "0 estavam o senhor 7thoff e um !oliviano chamado

    Pouco tempo depois -alvez vai para )elém onde est0 tam!ém Paravicini e 7thoff e se emprega

    em um "ornal de l0 que por *coincid5ncia, é parceiro do omer do Amazonas, e inclusive

    compartilham reportagens que na época eram te$to !aseados no *ouvi dizer, porque os "ornalistas

    dificilmente iam para o local do acontecido verificar a veracidade das informaç(es o rep/rteres

    ficam colhendo informaç(es de quem chegava de determinadas regi(es ou de conversas de *!oteco.

    Essa era a fidelidade da informaç(es. Pois !em continuemos uma reportagem "ornal2stica era

    precisa gozar de certa verossimilhança para ser cr2vel pelo leitor. Então o fato quanto mais visto

    melhor. -alvez sa!ia muito !em disso como "ornalista europeu onde os grande conflitos como arevolução francesa nasceram e cresceram nas p0ginas dos "ornais da época. Antes de qualquer

    conflito !élico depois da invenção da prensa primeiro passava por uma !atalha panflet0ria pela

    conquista da opinião p1!lica. omo disse =oucault3 o discurso é aquilo que faz lutar e aquilo pelo

    que se luta. Então é preciso ganhar o p1!lico para uma causa. E o que -alvez usou para começar a

    tecer essa narrativa foi um navio de guerra norte americano chamado >ilmington. Esse navio

    estava de passagem para

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    !olivianos contra essa assinatura veio para ser assinado no Acre sem o presidente nem ninguém

    do governo !oliviano@

    E ainda o que foi pu!licado no "ornal não foi uma c/pia do documento foi uma transcrição do

    documento sem assinatura de nenhum !oliviano. A veracidade desse documento e até dessa

    hist/ria foi re!atida por v0rios "ornais da época.

    #utro ponto delicado. Por que tornar o Acre uma rep1!lica independente se o discurso era

    patri/tico@ Em um dos "ornais que criticavam esse poss2vel trama foi pu!licado um poss2vel acordo

    que teria sido copiado do "ornal !oliviano *# Potossi, em que constava uma minuta que -alvez e

    7thoff plane"avam tornar o Acre independente para ane$0Blo C )ol2via ou se"a a mesma proposta

    feita aos governo do Amazonas que mesmo depois do Acre errit/rio continuava pleiteando aane$ação das terras ao seu territ/rio tendo livre e integral poder so!re as terras e$ploradas. E

    nessas hist/rias todas os dois amigos de inf9ncia estão sempre presentes. #s dois "0 haviam sido

    acusado anteriormente por estelionato e isso é importante frisar.

    Mesma antes da proclamação da rep1!lica de -alvez todo o material de e$pediente "0 havia sido

    impresso na gr0fica do "ornal omercio do Amazonas inclusive em um "ornal de )elém consta que

    o omercio do Amazonas seria o "ornal oficial da +epu!lica de -alvez. # "ornal até faz umcoment0rio que eu acho interessante repetir que é3 nunca vi um /rgão oficial de um pa2s

    independente ser em outro pa2s. # mesmo "ornal ainda !rinca que a rep1!lica independente adotou

    as mesmas leis e a moeda do )rasil.

    Mas a2 alguém podia dizer que se o )rasil não se interessava pelas terras que geram a segunda

    maior riqueza do )rasil depois do café era preciso fazer alguma coisa. Então precisamos lem!rar

    que essa situação era muito complicada para o )rasil. Essas terras faziam parte da negociação entre)rasil e )ol2via em troca da neutralidade dos !olivianos na guerra do Paraguai. # )rasil "0 sa!ia das

    terras e de toda a riqueza mas não podia que!rar o acordo sem um motivo muito mais forte.

    E so!re o )rasil não sa!er so!re as negociaç(es do )olivian 6indicate o !rasil acompanhava tudo

    através de um c nsul !rasileiro na )ol2via por isso o governo !rasileiro s/ vai agir quando acredita

    que a ameaça de uma invasão norteBamericana na América que era financiada pelos !ancos

    ingleses.

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    udo !em temos um monte de inaç(es "0. ?0 alguma possi!ilidade de uma hist/ria diferente@

    6empre h0.

    # que d0 para supor é que esse conflito foi traçado em duas frentes3

    A primeira foi pensada por -alvez e 7thoff ainda na Argentina. #s dois sa!iam que se ocupassem

    o Acre o e$ército !oliviano nada poderia fazer. A situação da )ol2via era delicada. Primeiro o

    grande produto de e$portação era o minério de prata que tem uma queda a!rupta no valor de

    mercado depois havia conflitos por terras de fronteira não s/ com o )rasil mas por todos os lados.

    E ainda havia uma guerra civil. Para piorar chegar ao Acre não era uma tarefa f0cil. anto que

    quem destitui -alvez foi o e$ército !rasileiro e as terras foram devolvidas C )olivia.

    Depois de deportado -alvez é mandado para o nordeste de onde deve em!arcar para europa. Masantes ele dei$a alguns documentos. 6ão todos documentos manuscritos. Acredito que isso não foi

    apenas um descuido. Ele dei$ou de prop/sito esses documentos. ;ele ela se monta como ele queria

    ser visto. am!ém não além da literatura pelo menos acho que não e$iste nenhuma confirmação

    da hist/ria de como ele foi e$pulso da Argentina. 6er0 que ele foi realmente e$pulso@

    Depois que Paravicini foi retirado do cargo de ministro e saiu da aduana ele concedeu uma

    entrevista ele tam!ém "0 havia concedido entrevista para -alvez dizendo que ele havia contratado-alvez para comprar uma prensa e montar um "ornal em Puerto Alonso mas o espanhol havia

    sumido com o dinheiro provavelmente usou para comprar armas. E quanto a 7thoff o conheceu

    ainda no +io de Janeiro. ?0 registro de que 7thoff morava em um dos principais hotéis do +io de

    Janeiro mas havia se envolvido em algumas confus(es. 7thoff vai ainda responder um processo

    por agredir um oficial !rasileiro.

    Por fim a converg5ncia de interesses foi fundamental e a presença da imprensa tam!ém. Juntostraçaram uma narrativa muito !em feita.