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SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros MOREIRA, P., and MACRAE, E. Apêndices. In: Eu venho de longe: mestre Irineu e seus companheiros [online]. Salvador: EDUFBA, 2011, pp. 418-439. ISBN 978-85-232-1190-5. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.
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Apêndices
Paulo Moreira Edward MacRae
Apêndices
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 417 19/10/2011 18:06:20
419
Apêndice A
Família Materna de Raimundo Irineu Serra
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 419 19/10/2011 18:06:21
420
Apêndice B
Descendência de Joana d’Assunção Serra
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 420 19/10/2011 18:06:21
421
Apêndice C
Casamentos de Raimundo Irineu Serra
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 421 19/10/2011 18:06:22
422
Apêndice D
Família Paterna de Raimundo Irineu Serra
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 422 19/10/2011 18:06:22
423
Apêndice E
Família Costa
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 423 19/10/2011 18:06:23
424
Apêndice F
Família de Antonio Gomes
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 424 19/10/2011 18:06:24
425
Apêndice G
Descendência de Antonio Gomes e Maria de Nazaré
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 425 19/10/2011 18:06:24
426
Apêndice H
Descendência de Antonio Gomes e Maria Gomes
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 426 19/10/2011 18:06:24
427
Apêndice I
Família de Maria Francisca Vieira (Maria Damião)
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 427 19/10/2011 18:06:25
428
Apêndice J
Família de Percília Ribeiro
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 428 19/10/2011 18:06:25
429
Apêndice K
Descendência de Maria Marques Feitosa (Maria Franco)
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 429 19/10/2011 18:06:26
430
Apêndice L
Família Granjeiro
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 430 19/10/2011 18:06:26
431
Apêndice M
Família de Júlio e Lourdes Carioca
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 431 19/10/2011 18:06:27
432
Apêndice N
Disposição do Ritual do Bailado
Mestre Irineu_FINAL_19-10-11.indb 432 19/10/2011 18:06:27
433
Apêndice O
Hinos
Hino Ritmo Execução no Ritual
029 – Sol, Lua, Estrela Marcha Fogos
030 – Devo Amar Aquela Luz Marcha
001 – Lua Branca Valsa Vivas
002 – Tuperci Marcha
003 – Ripi Marcha
004 – Formosa Marcha
005 – Refeição Cantado no Desjejum
006 – Papai Paxá Marcha
007 – Dois de Novembro Cantado na Santa Missa
008 – A Rainha me Mandou Valsa
009 – Mãe Celestial Marcha
010 – Eu Devo Pedir Marcha
011 – Unaqui Marcha Vivas
012 – Meu Divino Pai Marcha
013 – Estrela D’Alva Valsa
014 – Rogativos dos Mortos Cantado na Santa Missa
015 – Eu Quero Ser Marcha
016 – A Minha Mãe é a Santa Virgem Marcha Fogos e Vivas
017 – Confissão Cantado em pé sem ins-trumento
018 – Equior Papai me Chama Marcha
019 – O Amor Eternamente Marcha
020 – Sempre Assim Marcha
021 – Oh! Meu Divino Pai Marcha Vivas
022 – Palmatória Marcha
023 – BG Marcha
024 – Canta Praia Marcha
025 – Oferecimento Cantado só em Reis no final do Hinário
026 – Leão Branco Marcha
027 – Seis Horas da Manhã Marcha
028 – Canta Ir Marcha
029 – Sol, Lua, Estrela Marcha Fogos e Vivas
030 – Devo Amar Aquela Luz Marcha
031 – Papai Samuel Marcha
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434
032 – Cantei Hoje Marcha
033 – Papai Velho Marcha Fogos e Vivas
034 – Estrela Brilhante Marcha
035 – Santa Estrela Marcha
036 – Amigo Velho Marcha
037 – Marizia Marcha
038 – Flor de Jagube Marcha
039 – Centro Livre Marcha
040 – Eu Canto nas Alturas Marcha
041 – Estrela D’Água Valsa Fogos e Vivas
042 – A Terra Aonde Estou Marcha
043 – O Prensor Marcha
044 – A Virgem Mãe Quem Me Ensinou Valsa
045 – Eu Estava em Pé Firmado Marcha Fogos e Vivas
046 – Eu Balanço Marcha
047 – Sete Estrelas Marcha
048 – A Rainha da Floresta Marcha
049 – A Minha Mãe é Mãe de Todos Marcha
050 – Salomão Marcha Fogos e Vivas
051 – Eu Devo Amar Marcha
052 – A Febre do Amor Marcha
053 – Virgem Mãe Divina Marcha
054 – Pedi Força a Peu Pai Marcha
055 – Disciplina Marcha
056 – Santa Estrela Que Me Guia Marcha Fogos e Vivas
057 – Eu Convido Os Meus Irmãos Marcha
058 – Todo Mundo Quer Ser Filho Marcha
059 – Divino Pai Eterno
060 – Laranjeira Valsa e Meia Valsa
061 – A Rainha da Floresta Marcha
062 – Quem Quiser Seguir Comigo Marcha
063 – Princesa Soloina Marcha
064 – Eu Peço a Jesus Cristo Marcha
065 – Eu Vou Cantar Marcha
066 – São João Marcha Fogos e Vivas
067 – Olhei Para o Firmamento Marcha
068 – Chamei Lá Nas Alturas Marcha Vivas
069 – Passarinho Marcha
070 – Firmeza Marcha
071 – Chamo o Tempo Marcha
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072 – Silencioso Marcha
073 – Eu Vi a Virgem Mãe Marcha
074 – Só eu Cantei na Barra Marcha
075 – As Estrelas Marcha
076 – A Virgem Mãe é Soberana Marcha
077 – Chamo e Sei Marcha
078 – Nas Virtudes Marcha
079 – Jardineiro Marcha Vivas
080 – Chamo a Força Marcha
081 – Professor Marcha
082 – Campineiro Marcha
083 – O Divino Pai Eterno Marcha
084 – Ia Guiado Pela Lua Marcha Fogos e Vivas
085 – Vou Seguindo Marcha
086 – Eu Vim da Minha Armada Marcha
087 – Deus Divino Deus Marcha
088 – Chamo Estrela Marcha
089 – Eu Canto, Eu Digo Marcha
090 – No Jardim, Mimosa Flor Marcha
091 – Choro Muito Valsa
092 – Sou Humilde Marcha
093 – O Cruzeiro Marcha
094 – Perguntei a Todo Mundo Marcha
095 – Mensageiro Marcha Fogos e Vivas
096 – As Campinas Marcha
097 – Centenário Marcha
097 – Sou Filho Desta Verdade Marcha
099 – Sei Aonde Está Meu Pai Marcha
100 – Eu Sou Filho da Terra Marcha
101 – No Brilho da Lua Branca Marcha
102 – Sou Filho Desta Verdade Marcha
103 – Todos Querem Marcha
104 – Sexta-Feira Santa Marcha
105 – Sou Filho Deste Poder Marcha Vivas
106 – Fortaleza Marcha
107 – Chamei Lá Nas Alturas Marcha
108 – Linha do Tucum Marcha e Marcha Valseada
Vivas
109 – Tudo, Tudo Marcha
110 – De Longe Valsa
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111 – Estou Aqui Marcha e Marcha Valseada
112 – Meu Pai Marcha
113 – Sigo Nesta Verdade Marcha
114 – Encostado a Minha Mãe Marcha
115 – Batalha Marcha
116 – Sou Filho do Poder Marcha
117 – Dou Viva a Deus Nas Alturas Valsa Fogos e Vivas
118 – Todos Querem Ser Irmão Marcha
119 – Confia Marcha
120 – Eu Peço Marcha
121 – Esta Força Valsa
122 – Quem Procurar Esta Casa Marcha
123 – Eu Andei na Casa Santa Valsa
124 – Eu Tomo Esta Bebida Marcha Vivas
125 – Aqui Estou Dizendo Marcha
126 – Flor Das Águas Marcha
127 – Eu Pedi Marcha
128 – Eu Cheguei Nesta Casa Marcha Vivas
129 – Pisei Na Terra Fria Cantado em Reis e na Santa Missa nunca é Bailado
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A Igreja Católica afirma que a origem desta cruz é milagrosa. O seu apare-cimento teria ocorrido na Espanha, no séc. XIII. A história da cruz de Caravaca origina-se a partir de um fato lendário ou mítico, que a Igreja afirma como verídico e milagroso. No ano de 1231, reinava o rei Cyd Abu Zeyd (Periodo de dominação islâmica na Espanha) na região da Murcia (Cartagena, Caravaca, Cuenca e Valência). Em Caravaca (nome da cidade originário de um período pré romano, de natureza étnica hispano-romano), na fortaleza maior, Cyd Abu Zeyd mantinha prisioneiros um grupo de cristãos, suspeitos de tramarem contra os árabes. Entre o grupo, de aproximadamente quinze pessoas, encontrava-se, incógnito, um sacerdote de nome Gines Perez Chirinos, que ministrava aos seus companheiros o conforto da religião. Essas práticas foram descobertas pelos guardas e o fato chegou aos ouvidos de Cyd Abu Zeyd que, interessado, man-dou vir à sua presença o religioso prisioneiro, para conhecer as suas atividades e descobrir se estava sendo arquitetada a insurreição. Várias foram às audiências mantidas com Cyd Abu Zeyd, que ficou impressionado com o religioso, a pon-to dele se interessar pela atividade do sacerdote e o que significava a celebra-ção da Santa Missa. Chirinos viu a oportunidade, não exatamente de melhorar a sua situação de prisioneiro, mas a de preparar a alma do Rei para uma utópica conversão ao Cristianismo. Certo dia Cyd Abu Zeyd, mais tolerante, pediu a Chirinos que lhe explicasse o mistério da Eucaristia. Chirinos disse de que não poderia fazer o desejo do Rei, porque não dispunha dos elementos necessários para celebrar o ato sagrado. Cyd Abu Zeyd, julgando que Chirinos não desejava satisfazer a sua curiosidade, irritou-se, com Chirinos e recomendou aos guardas severidade no tratamento dos prisioneiros. Com o passar dos dias, a curiosidade e talvez o toque espiritual divino, passaram a preocupar o Rei a ponto dele per-der a tranqüilidade. Mandou trazer, novamente, à sua presença Chirinos, que se apresentou em lastimável estado de penúria e sofrimento. Cyd Abu Zeyd, com palavras suaves, tornou a pedir ao sacerdote que celebrasse a Missa e que fizesse uma relação de tudo quanto necessitaria para o ato. Comovido, Chirinos foi enumerando todos os objetos necessários e pediu um local apropriado; foi escolhido um recanto da fortaleza, próximo à torre, que foi limpo, ordenado e preparado para a instalação de um altar. Ao chegarem às mãos de Chirinos, verificou-se que os artefatos haviam sido retirados dos altares das igrejas, re-sultado (no seu entendimento) de uma profanação. Assim, Chirinos negou-se a realizar a cerimônia, pois, o que havia sido profanado, não poderia servir ao
Apêndice P
A História da Cruz Caravaca
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sacrifício. Cyd Abu Zeyd então exigiu de Chirinos o prosseguimento dos preparativos, sob pena de serem os seus companheiros de cárcere tortura-dos até a morte. Assim no dia 3 de maio de 1932 (dia que é celebrado o aparecimento da cruz em Caravaca), sem alternativa Chirinos prosseguiu. Chirinos havia montado o altar, preparado o vinho e o pão e treinado dois companheiros de prisão para servirem como acólitos, todos devidamente trajados de conformidade com os costumes da Igreja; o sacerdote estava comovido. O Rei mandou chamar os seus amigos e familiares e se dispôs com grande atenção e emoção a presenciar o ato máximo de uma ‘Magia’ Cristã. Foi naquele preciso momento de expectativa que Chirinos se deu conta de que havia se esquecido de pedir o elemento principal: uma Cruz! Notando o nervosismo de Chirinos, e vendo lágrimas em seus olhos, Cyd Abu Zeyd indagou o que estava acontecendo. Quis saber o que significava a Cruz e por que era imprescindível a presença daquele símbolo. O local onde se encontravam era iluminado pela luz solar que penetrava através de uma abertura sobre o Altar. Chirinos vendo frustrado seu trabalho e temendo ser castigado como ameaçara o Rei, com palavras confusas e bal-buciantes tentou descrever a Cruz. Cyd Abu Zeyd, com o olhar posto na abertura sobre o Altar, apontou com as mãos para ela e com voz embargada pela emoção: “É isso aí, a Cruz ?”, Chirinos acompanhou o gesto de Cyd Abu Zeyd e viu assomarem pela janela dois anjos luminosos, trazendo em suas mãos uma Cruz! A Cruz, que tinha um formato curioso, uma compo-sição da Cruz Latina com Tau, (uma cruz com dois braços) revestida de pe-draria, toda de ouro, foi colocada pelos anjos, no seu devido lugar, sobre o Altar. Um dos Anjos disse que a Cruz era parte da Cruz do Calvário. Todos tinham os seus olhares fixos na Cruz e não perceberam como os Anjos de-sapareceram. O silêncio era comovente. Chirinos, como possuído por uma força estranha, começou a celebrar. Cyd Abu Zyed, seus familiares e todos os presentes, converteram-se naquele momento ao Cristianismo (ESPI-NOZA, A. Marim. “Memórias Para La Históoia de La Ciudad de Carava-ca”, Caravaca, 1856, p. 26; MARTINEZ, Q. Bas Y. “Historia de Caravaca y Su Stma. Cruz”, Caravaca, 1885). Todos os prisioneiros foram liberta-dos e aquela fortaleza foi transformada em Igreja (mais tarde transformada na torre dos templários). Fala-se que a cruz de Jesus e dos ladrões foram encontradas por Helena (Santa Helena) que retirou dos madeiros cinco
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pedaços. Helena deixou os cincos pedaços de madeira em um dos cômodos do palácio de Jerusalém, quando retornou ao cômodo, encontrou os pedaços em forma de uma cruz de dois braços. Helena deu a cruz para o Bispo de Jerusalém. O Bispo colocou a relíquia em uma capela da Basílica do Santo Sepulcro. A cruz desapareceu e apareceu várias vezes, misteriosamente, no tempo das cruzadas. Roberto Patriarca de Jerusalém encontrou-a, e fez dela um amuleto para carregar no peito. Em 1229, Frederico II, imperador da Alemanha, em acordo com os mulçumanos, invadiu a Palestina e se apoderou de Jerusalém. Foi quando Roberto, na solenidade de posse do Imperador Frederico, teve a sua cruz arrebatada do peito por dois anjos. Os anjos desapareceram com a cruz. Esta só voltou aparecer em 3 de maio de 1232 em Caravaca. Depois de muitos séculos, curiosamente, no dia 14 de Fevereiro de 1934, a Cruz desapareceu. Fa-la-se que foi a equipe de Hitler que a pegou, atrás de relíquias esotéricas (ocul-tistas). Outro fato interessante é que uma cópia foi trazida para o Brasil pelos primeiros colonizadores, na esquadra de Martin Afonso de Souza, que a usava junto ao coração. Vale lembrar que a expedição de Martin Afonso de Souza, foi uma das primeiras esquadras de Portugal que vieram começar a colonização do Brasil. Souza fundou a nossa primeira vila (São Vicente), montou o primeiro engenho e trouxe as primeiras reses; apenas a sua capitania e mais outra, deram certo, todas as demais fracassaram. Podemos assim dizer que esta Cruz se liga a própria origem de nosso país, e dos países sul-americanos que a tiveram também como símbolo de vários colonizadores.
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