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Luiz Ricardo dos Santos Tozin Marina Galleazzo Martins Shelly Favorito de Carvalho Ana Silvia Gimenes Garcia Elton Luiz Scudeler Daniela Carvalho dos Santos (Organizadores) Universidade Estadual Paulista - UNESP Instituto de Biocências de Botucatu Botucatu 2016 ANAIS DO SIMPÓSIO DO CENTRO DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB Resumos apresentados durante o IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB - IV SCME

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Luiz Ricardo dos Santos Tozin

Marina Galleazzo Martins

Shelly Favorito de Carvalho

Ana Silvia Gimenes Garcia

Elton Luiz Scudeler

Daniela Carvalho dos Santos

(Organizadores)

Universidade Estadual Paulista - UNESP

Instituto de Biocências de Botucatu

Botucatu

2016

ANAIS DO SIMPÓSIO DO CENTRO DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB

Resumos apresentados durante o IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB - IV SCME

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IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 23 a 25 de novembro de 2016

Luiz Ricardo dos Santos Tozin

Marina Galleazzo Martins

Shelly Favorito de Carvalho

Ana Silvia Gimenes Garcia

Elton Luiz Scudeler

Daniela Carvalho dos Santos

(Organizadores)

Anais do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB

Resumos apresentados durante o IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – IV SCME

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. TRATAMENTO DA INFORM. DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE

Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB (4: 2016 : Botucatu)

Anais [do] IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB [recurso

eletrônico], 23 a 25 de novembro de 2016 / Presidente Daniela Carvalho dos Santos

; Organizadores Luiz Ricardo dos Santos Tozin ... [et at.]. - Botucatu : UNESP-

IBB, 2016

ePUB

Bianual

Resumos

Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/#!/unidades-auxiliares/centro-de-

microscopia-eletronica---cme/anais-scme/edicoes-anteriores/

ISSN: 2525-7242 (recurso eletrônico)

1. Microscopia eletrônica - Pesquisa. 2. Ciências da vida. 3. Ciência dos

materiais. 4. Resumos. 5. Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita

Filho", Instituto de Biociências de Botucatu. I. Título. II. Santos, Daniela

Carvalho dos. II. Tozin, Luiz Ricardo dos Santos. III. Martins, Marina Galleazzo.

IV. Carvalho, Shelly Favorito de. V. Garcia, Ana Silvia Gimenes. VI. Scudeler,

Elton Luiz.

CDD 578.45

Universidade Estadual Paulista - UNESP

Botucatu - SP

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IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 23 a 25 de novembro de 2016

COMISSÃO ORGANIZADORA DO IV SIMPÓSIO DO CENTRO DE

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB – 2016

Presidente: Dra. Daniela Carvalho dos Santos

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ana Silvia Gimenes Garcia

Bertha Irina Gastelbondo Pastrana

Carla de Moraes Machado

Daniela Carvalho dos Santos

Elton Luiz Scudeler

Luiz Ricardo dos Santos Tozin

Marilucia Santorum

Marina Galleazzo Martins

Shelly Favorito de Carvalho

Tayeme Cristina Piva

Wanderleia de Vargas Araujo

COMISSÃO CIENTÍFICA

Daniela Carvalho dos Santos, Edy de Lello Montenegro, Elisa Aparecida Gregório, José

de Anchieta de Castro e Horta Júnior, Luís Antônio Toledo, Maeli Dal Pai, Sandra de

Moraes Gimenes Bosco, Selma Maria Michelin Matheus, Silvia Rodrigues Machado,

Tatiane Maria Rodrigues.

Conselho do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB

Membros titulares Realização

Supervisor: Dra. Daniela Carvalho dos Santos

Vice-supervisor: Dra. Silvia Rodrigues Machado

Dra. Margarida Juri Saeki

Dra. Tatiane Maria Rodrigues

Dra. Selma Maria Michelin Matheus

Ma. Shelly Favorito de Carvalho

Me. Luiz Ricardo dos Santos Tozin

Membros suplentes Apoio

Dra. Sandra de Moraes Gimenes Bosco

Dra. Maeli Dal Pai

Dr. José de Anchieta de Castro e Horta Júnior

Claudete dos Santos Tardivo

Ma. Marilucia Santorum

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IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 23 a 25 de novembro de 2016

APRESENTAÇÃO

Prezados colegas,

O Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB é um evento bienal,

organizado pela Unidade Auxiliar Centro de Microscopia Eletrônica, e tem por objetivo

proporcionar a divulgação e discussão sobre metodologias emergentes empregadas em

diferentes linhas de pesquisa, com ênfase ao uso de diversas técnicas de microscopia

(luz e eletrônica).

Durante o planejamento do IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do

IBB priorizamos a definição de uma programação científica ampla, sobretudo a

necessidade de consolidarmos em nosso evento uma maneira de valorizar o

conhecimento gerado e divulgá-lo de forma permanente.

O evento contou com palestras, minicursos e apresentações de trabalhos

científicos, além de um concurso de fotografia científica. O público alvo foi alunos de

graduação e pós-graduação, docentes, técnicos e comunidade científica em geral.

A publicação dos “Anais do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica

do IBB” é um marco na história da Unidade Auxiliar Centro de Microscopia Eletrônica,

que conta com publicações seriadas, bienais, que englobam os resumos apresentados

durante as edições do evento.

Dra. Daniela Carvalho dos Santos

Presidente do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB

IV SCME - 2016

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SUMÁRIO

Resumos

ANIMAL

ALTERAÇÕES MOLECULARES, CELULARES E HISTOLÓGICAS EM Mus

musculus EXPOSTO A AREIA CONTAMINADA COM PÓ DE CARVÃO 09

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DE Leporinus obtusidens

(VALENCIENNES, 1836; CHARACIFORMES, ANOSTOMIDAE) EM

DIFERENTES TEMPERATURAS

10

ENVOLVIMENTO DA VIA DE SONIC HEDGEHOG (Shh) EM

MECANISMOS DE MIGRAÇÃO DE CÉLULAS PROVENIENTES DE

CARCINOMA ESCAMOSO BUCAL

11

AVALIAÇÃO DE EFEITOS HETERÓTIPOS DISPARADOS POR

FIBROBLASTOS NA ADESÃO E DIFERENCIAÇÃO DE PRE-

OSTEOBLASTOS

12

ULTRAESTRUTURA DOS OVÁRIOS DE Ceraeochrysa claveri (NAVÁS,

1911) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) 13

EFEITO DO BIOPESTICIDA AZAMAX™ NO DESENVOLVIMENTO PUPA-

ADULTO DO PREDADOR Ceraeochrysa claveri (NAVÁS, 1911)

(NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)

14

NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO: ESTUDO CITOARQUITETÔNICO E

RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL 15

DIFERENCIANDO ESPÉCIES DE Eucyclops ATRAVÉS DOS ESPINHOS

LATERAIS DO RAMO CAUDAL E DA SETA CAUDAL EXTERNA 16

MORFOMETRIA, HISTOPATOLOGIA E IMUNOHISTOQUÍMICA DE

RECEPTORES DE ESTRÓGENO ALFA (ERα), BETA (ERβ) E

PROGESTERONA (PR) EM COTILÉDONES FETAIS OVINOS ORIUNDOS

DE TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO

17

CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS NO EPITÉLIO HEPATOPANCREÁTICO EM

JUVENIS DE Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) (DECAPODA,

PALAEMONIDAE)

18

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM TESTÍCULOS E OVARÍOLOS DO

PERCEVEJO BARRIGA-VERDE, Dichelops melacanthus (DALLAS) 19

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(HEMIPTERA: PENTATOMIDAE), APÓS TRATAMENTO COM

BUPROFEZINA E PIRIPROXIFEM

RE-DESCRIÇÃO DOS PADRÕES DE ESPÍNULOS DO TERCEIRO

UROSSOMO E DOS RAMOS CAUDAIS DE Ectocyclops herbsti DUSSART

1984

20

PERFIL TESTICULAR: Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) X

Macrobrachium carcinus (LINNAEUS, 1758) 21

ANÁLISE DA SOBREVIDA DE CÉLULAS DE OSTEOSSARCOMA CANINO

APÓS IRRADIAÇÃO COM EQUIPAMENTO DE COBALTOTERAPIA 22

COMPREENDER A INTERAÇÃO NÃO ESPECÍFICA ENTRE AS CÉLULAS

CANCEROSAS DA PRÓSTATA (PC3) COM BACTERIÓFAGO T4 E M13 IN- VITRO

A PARTIR DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA ATRAVÉS DE

ANÁLISE DE EXPRESSÃO GÊNICA

23

MORFOLOGIA DOS TÚBULOS DE MALPIGHI DE Bombyx mori LINNAEUS

(LEPIDOPTERA - BOMBYCIDAE) NO FINAL DO DESENVOVILMENTO

LARVAL

24

INFLUENCIA FISIOLOGICA DO SHEAR STRESS NO COMPORTAMENTO

DE CÉLULAS DE MUSCULATURA LISA 25

IDENTIFICAÇÃO DE GÊNEROS DE CYCLOPOIDA (CRUSTACEA)

USANDO IMAGENS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

DA QUINTA PERNA NATATÓRIA

26

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS BUCAL: PARTICIPAÇÃO DA

VIA DE SONIC HEDGEHOG (Shh) EM MECANISMOS DE ADESÃO

CELULAR

27

O USO DE FUNGO ENTOMOPATOGENO NO CONTROLE BIOLÓGICO DE

LARVAS E DE OPERÁRIAS DE FORMIGA CORTADEIRA 28

MIOARQUITETURA VENTRICULAR EM TELEÓSTEOS NEOTROPICAIS 29

CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA ESPERMATOGÊNESE EM

Macrobrachium carcinus (LINNAEUS, 1758) (DECAPODA,

PALAEMONIDAE)

30

INFLUÊNCIA DA TERAPIA COM MELATONINA SOBRE A

ANGIOGÊNESE NO CARCINOMA DE OVÁRIO DE RATAS UCHB 31

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MATERIAL

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PORCENTAGENS DE GLICEROL NA

MORFOLOGIA E GRAU DE CONVERSÃO DE POLÍMEROS

DIMETACRILATOS (BIS-GMA, BIS-EMA, TEGDMA E UDMA)

FOTOSSINTETIZADOS

32

SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS DE OURO: COMPARAÇÃO ENTRE DOIS

MÉTODOS PARA NÃO-AGREGAÇÃO 33

A INFLUÊNCIA DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS NA TRANSIÇÃO

SÓLIDO-SÓLIDO A PARTIR DE NANOPARTÍCULAS DE ZIRCÔNIA

UTILIZANDO ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL CÍCLICA E

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

34

INFLUÊNCIA DE FILLERS NA MORFOLOGIA DE POLÍMEROS

FOTOCURADOS DE URETANO DIMETACRILATO E GLICEROL 35

VEGETAL

MICROMORFOLOGIA DA COLUNA E DO LABELO DE Cyclopogon PRESL

S.L. (SPIRANTHINAE, ORCHIDACEAE) 36

EXPRESSÃO DE DR5REV::MRFPER E PPIN1-PIN1::GFP EM Solanum

lycopersicum L. (SOLANACEAE) CV. MICRO-TOM 37

ULTRAESTRUTURA DAS CAVIDADES SECRETORAS DE RESINA NO

LIMBO FOLIAR DE Protium heptaphyllum (AUBL.) MARCH.

(BURSERACEAE)

38

ARQUITETURA E LIGNIFICAÇÃO DE FIBRAS GELATINOSAS 39

DIVERSIDADE MORFOLÓGICA DE TRICOMAS GLANDULARES EM

FOLHAS DE Eriosema campestre BENTH. var. campestre (LEGUMINOSAE:

PAPILIONOIDEAE: PHASEOLEAE)

40

PONTOAÇÕES GUARNECIDAS EM RAÍZES DE LEGUMINOSAE

LENHOSAS E HERBÁCEAS EM CHACO BRASILEIRO 41

ULTRAESTRUTURA DOS TRICOMAS GLANDULARES DE Hyptis villosa

POHL EX BENTH. (LAMIACEAE) E MARCAÇÃO DIFERENCIAL DOS

ELEMENTOS DO CITOESQUELETO

42

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IV Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 23 a 25 de novembro de 2016

UTILIZAÇÃO DE MICROSCOPIA ÓTICA E ELETRÔNICA DE

VARREDURA NA COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO TRICOMA DO

TIPO IV EM TOMATEIRO (Solanum lycopersicum L. cv. Micro-Tom)

43

VARIAÇÃO CORTICAL EM Hypotrachyna (VAINIO) HALE S.L.

(PARMELIACEAE, FUNGOS LIQUENIZADOS) 44

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Realização Apoio

Os conteúdos dos resumos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores

23 A 25 de NOVEMBRO – UNESP – BOTUCATU/SP

RESUMOS

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9

ALTERAÇÕES MOLECULARES, CELULARES E HISTOLÓGICAS EM Mus

musculus EXPOSTO A AREIA CONTAMINADA COM PÓ DE CARVÃO

Karina Caballero-Gallardo1*; Jesús Olivero-Verbel1

1Grupo de Química Ambiental e Computacional, Universidad de Cartagena, Cartagena, Colombia.

*[email protected]

O carvão é uma importante fonte de energia que gera diversos impactos ambientais

na sua produção, principalmente pela liberação de partículas originadas do pó; mas

existem poucos dados do seu impacto sobre os mamíferos. O objetivo deste estudo

foi avaliar os efeitos tóxicos associados à exposição de areia contaminada com pó

de carvão (<38 µm) obtido de uma amostra coletada na Loma (Cesar), Colômbia.

Areia lavada e esterilizada foi contaminada com pó de carvão, com a finalidade de

obter concentrações desde 0 (controle) até 4% de pó de carvão. Os camundongos

foram colocados durante oito semanas dentro de gaiolas que tiveram esta mistura

ao invés de maravalha, além de água e comida ad libitum. Após a exposição foi

realizada a eutanásia dos animais, com objetivo de obter amostras do sangue e

tecidos. A análise de PCR em tempo real, mostrou um aumento da Cyp1a1 para os

camundongos que ficaram expostos a concentrações de pó de carvão superiores a

2%. Inesperadamente, os camundongos expostos ao pó de carvão na areia,

apresentaram genes poucos expressos como o Sod1, Scd1 e o Nqo1. Os resultados

do ensaio cometa nas células do sangue periférico, e do teste de micronúcleos nos

esfregaços do sangue mostraram um significativo efeito potencial, somente na

concentração mais alta de pó de carvão. As amostras histopatológicas apresentaram

uma relação dose-resposta pela presença de necrose hepática, esteatose,

vacuolização e alongamento nuclear nos animais expostos. As alterações

histológicas também foram encontradas em outros órgãos, tais como pulmão, onde

foi apresentada uma inflamação peri-bronquial. Os dados sugerem que os

camundongos depois de morar em um solo contaminado com pó de carvão podem

sofrer alterações moleculares, celulares e histopatológicas. Consequentemente, o

modelo de exposição proposto pode ser usado para a identificação de efeitos

prejudiciais do pó de carvão depositado nos solos, o qual representa um risco para a

saúde das populações da fauna circundante. (COLCIENCIAS (567-2012) e

COLCIENCIAS-Universidad de Cartagena (589-2013))

Palavras-chave: partículas suspensas totais, toxicidade, mineração, fígado,

Colômbia

ANIMAL

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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DE Leporinus obtusidens

(VALENCIENNES, 1836; CHARACIFORMES, ANOSTOMIDAE) EM DIFERENTES

TEMPERATURAS

Renata Alari Chedid1,3; Ricardo Hideo Mori1,3; Claudemir Kuhn Faccioli4; Elis Marina

da Silva Cabral1,3; Carlos Alberto Vicentini2; Alexandre Ninhaus Silveira1,3 1Laboratório de Ictiologia Neotropical, Departamento de Zootecnia e Biologia, UNESP, Ilha Solteira, 2Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos, Departamento de Ciências Biológicas, UNESP,

Bauru, 3Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Animal, UNESP, 4Instituto de Ciências

Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia. *[email protected]

O desenvolvimento embrionário de peixes compreende eventos que ocorrem desde

o ovo fertilizado à eclosão das larvas, podendo auxiliar na identificação dos ovos

viáveis em estudos de produtividade, sobrevivência e em pesquisas para produção

aquícola. A temperatura é um fator abiótico que influencia de diferentes maneiras a

reprodução e desenvolvimento das espécies de peixes, sendo importante

compreender seus efeitos e consequências. Leporinus obtusidens, a piava, é uma

espécie onívora, reofílica e com reconhecido potencial para produção aquícola. Além

disso, vem sendo produzida em programas para reposição de estoques naturais em

rios modificados por barragens de usinas hidrelétricas. Diante do exposto, o objetivo

do presente trabalho foi analisar o desenvolvimento embrionário de L. obtusidens em

diferentes temperaturas. Para tanto, utilizou-se o método de reprodução induzida e

fertilização a seco. Posteriormente os ovos foram incubados e mantidos em

temperaturas de 25ºC e 28ºC. As coletas foram realizadas a cada 10 minutos até a

eclosão das larvas. As amostras foram fixadas em solução de Karnovsky, para

posterior processamento e análise sob estereomicroscópio (coloração com

hematoxilina), microscópio de luz (colorações com azul de toluidina; hematoxilina e

eosina) e microscópio de varredura. Os ovos apresentaram formato esférico,

translúcidos e amplo espaço perivitelino, foram classificados como telolécitos devido

a distribuição e quantidade de vitelo, a clivagem foi do tipo meroblástica, ocorrendo

somente no polo animal. Seis estágios de desenvolvimento embrionário foram

definidos: zigoto, clivagem, blástula, gástrula, organogênese e eclosão, com período

de incubação de 18 horas à 28ºC e de 22 horas à 25ºC. As taxas de eclosão não

sofreram influência significativa da temperatura. As larvas recém-eclodidas

apresentaram olhos bem evidentes e pigmentados, boca fechada e primórdios das

narinas com células receptoras ciliadas evidenciadas por microscopia de varredura.

(Financiamento: Fapesp; Capes)

Palavras-chave: peixes, microscopia eletrônica, vitelo, ovos telolécitos, zigoto

ANIMAL

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11

ENVOLVIMENTO DA VIA DE SONIC HEDGEHOG (Shh) EM MECANISMOS DE

MIGRAÇÃO DE CÉLULAS PROVENIENTES DE CARCINOMA ESCAMOSO

BUCAL

Geórgia da Silva Feltran, Isabel Greco Tavora, Célio Junior da Costa Fernandes,

Rodrigo Augusto da Silva, Willian Fernando Zambuzzi Laboratório de Bioensaios e Dinâmica Celular - Instituto de Biociências, Departamento de Química e

Bioquímica. Universidade Estadual Paulista – UNESP.

*[email protected]

Os carcinomas orais de células escamosas representam a neoplasia maligna mais

prevalente das estruturas bucais, estando seu prognostico relacionado principalmente ao

potencial invasivo. A transformação e proliferação neoplásicas normalmente envolvem a

desregulação de vias de sinalização que participam do desenvolvimento normal, dentre

estas vias destaca-se o papel da via Sonic Hedgehog (SHH). Neste sentido, este estudo

investigou o envolvimento da via de sinalização SHH no potencial invasivo e metastático de

células de carcinoma oral, SCC9, através do uso de um potente inibidor da via, a

ciclopamina. Metodologicamente, este objetivo foi experimentado através de ensaios

tradicionais de slit assay, onde as células foram plaqueadas em lamínulas e, na confluência,

procedeu-se com um “risco central fazendo uso de uma ponteira. Posteriormente, o perfil de

migração celular foi avaliado nos tempos 1, 3, 6, 12 e 24 horas corando estas células com

sondas fluorescentes (Faloidina + DAPI) ou HE, quando a medida do fronte de invasão

celular foi estimado. Além disso, atividade de MMPs foi avaliada por zimografia. A Faloidina

foi excitada com laser 488 nm e sua emissão capturada no intervalo 500-550 nm, TO-PRO

com laser 637 e o DAPI com laser 405 em Microscópio confocal Leica TCS SP5. As

imagens são representativas de dois experimentos independentes e foram preparadas

utilizando-se o programa Adobe Photoshop 9.2, sendo a análise da sobreposição das

imagens realizada no mesmo plano focal. Nossos resultados referente a migração celular

mostraram que em grupos onde as células foram tratadas com ciclopamina, houve uma

diminuição significante nos mecanismos de invasão celular; este mesmo perfil pode ser

acompanhado pelos zimogramas, onde mostramos haver uma maior atividade de MMPs-2 e

-9, nestas células tratadas. Assim, concluímos que a inibição da via de Shh interfere

negativamente na migração de células SCC-9, com um aumento significante na atividade de

MMPs. (FAPESP - 2014/03927-0; 2014/22689-3)

Palavras-chave: carcinoma escamoso, Shh, ciclopamina, adesão celular

ANIMAL

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12

AVALIAÇÃO DE EFEITOS HETERÓTIPOS DISPARADOS POR FIBROBLASTOS

NA ADESÃO E DIFERENCIAÇÃO DE PRE-OSTEOBLASTOS

Célio Junior da Costa Fernandes*; Rodrigo Augusto da Silva; Willian Zambuzzi* ¹Instituto de Biociências, Departamento de Química e Bioquímica, Botucatu, São Paulo, Brasil. LaBio

– Laboratório de Bioensaios e Dinâmica Celular.

*[email protected]

O tecido ósseo apresenta características mecânicas importantes resultantes da

harmonia entre as células do tecido. Dentre estas células, temos osteoblastos e

osteoclastos, sendo estas características de origem harmônica. Além dessas,

peculiares ao tecido, temos também os fibroblastos que, curiosamente, apresenta

similaridade molecular com os osteoblastos. Neste sentido, nossa proposta foi

avaliar o efeito heretótipo cruzado entre fibroblastos e células pré-osteoblasticas,

buscando conhecer, sobretudo, seu efeito em mecanismos de adesão e

diferenciação celular. Foram utilizados fibroblastos NIH-3t3 e pre-osteoblastos da

linhagem MC3T3-E1. O meio condicionado por Fibroblastos foi utilizado para tratar

pre-osteoblastos em semi-confluência, por 24 horas. Após 24 horas de tratamento,

essas linhagens foram tripsinizadas, contados e plaqueados (50 x103 células/mL) em

placas de 96 poços. Após 3, 6 e 24 horas as células aderidas foram estimadas pelo

método de cristal violeta. Para análise da Citotoxicidade, após 24 horas de

exposição ao meio condicionado, a toxicidade foi avaliada através do teste de MTT.

Para a análise de Fosfatase e Alizarina-RedS as células foram plaqueadas (80x103

células/ml) e o meio foi trocado a cada 3 dias, por 10 dias, respeitando os grupos

experimentais. Nossos resultados mostram que o meio condicionado por fibroblastos

afeta significantemente a adesão de pre-osteoblastos em 6 e 24 horas pós-

plaqueamento, enquanto houve uma diminuição do metabolismo destas células, aqui

analisado pela redução do MTT. Do mesmo modo, verificamos que o meio

condicionado por fibroblastos estimulou a diferenciação de células pre-

osteoblasticas aqui analisada pelo aumento de fosfatase alcalina e coloração de

elementos cálcio por alizarina. A partir dessas análises, podemos concluir que

fibroblastos influenciam heterotópicamente o metabolismo de células pre-

osteogênicas, favorecendo significantemente na adesão e diferenciação destas

células. (FAPESP)

Palavras-chave: tecido ósseo, crosstalk, diferenciação

ANIMAL

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13

ULTRAESTRUTURA DOS OVÁRIOS DE Ceraeochrysa claveri (NAVÁS, 1911)

(NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)

Ana Silvia Gimenes Garcia1*; Elton Luiz Scudeler1; Daniela Carvalho dos Santos1 1Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Biociências, Botucatu, SP, Brazil.

*[email protected]

Ceraeochrysa claveri é uma espécie predadora na fase larval, uma vez que se

alimenta de ovos e larvas de insetos pragas em diferentes culturas comerciais. O

controle de pragas vem se intensificando devido ao aumento do consumo de

alimentos livres de agrotóxicos e inseticidas, por isso ha necessidade do

conhecimento da biologia reprodutiva de C. claveri. O presente estudo visa

caracterizar, ultraestruturalmente, os ovários de C. claveri nas fases de larva, pupa e

adulto através de análise em microscopia eletrônica de varredura. Os insetos foram

criados em laboratório e mantidos em condições controladas de temperatura,

umidade e fotoperíodo. As larvas foram alimentadas durante todo o período larval

(ad libitum) com ovos de Diatraea saccharalis, enquanto os adultos receberam dieta

à base de levedura de cerveja e mel (1:1). Para a coleta, os ovários de larvas, pupas

e adultos foram isolados e fixados em glutaraldeído 2,5% em tampão fosfato 0,1M

pH 7.3 por 48 horas e processados seguindo o protocolo de rotina do Centro de

Microscopia Eletrônica do Instituto de Biociências de Botucatu. As amostras foram

analisadas e fotografadas em microscópio eletrônico de varredura QUANTA 200 da

FEI Company. Em larvas e pupas observa-se um par de ovários alongados contendo

pequenas protuberâncias com superfície uniforme, presença de corpo gorduroso e

traqueias envolvendo os mesmos. Tais protuberâncias são os ovaríolos em início de

desenvolvimento. Em adultos, os ovaríolos aparecem como estruturas bastante

alongadas partindo de um oviduto comum e ainda suspensos por um delgado

filamento. Assim como em larvas e pupas, os ovários de adultos também são

recobertos por massa de tecido gorduroso perivisceral. A ultraestrutura dos ovários

durante o desenvolvimento do inseto revela alteração na morfologia externa destes

órgãos durante o desenvolvimento do inseto, colaborando com as raras descrições

de ovários, existentes na literatura para Chrysopidae. (FAPESP proc. 2014/15016-2

e 2014/24264-0)

Palavras-chave: crisopídeo, morfologia, ovários

ANIMAL

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14

EFEITO DO BIOPESTICIDA AZAMAX™ NO DESENVOLVIMENTO PUPA-

ADULTO DO PREDADOR Ceraeochrysa claveri (NAVÁS, 1911) (NEUROPTERA:

CHRYSOPIDAE)

Bertha Gastelbondo-Pastrana1, Daniela Carvalho dos Santos1

1Departamento de Morfologia, Instituto de Biociências – UNESP - Botucatu, SP.

*[email protected]

O biopesticida Azamax™ tem sido escolhido como uma alternativa, para diminuir a

dependência aos inseticidas sintéticos comumente usados para o controle de pragas

em determinada plantação. Porém, embora seu ingrediente ativo (azadiractina) já

tenha sido relacionado com a indução de efeitos citotóxicos em insetos não alvo,

não existem estudos específicos do efeito do Azamax™ sobre tais insetos. Desta

forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do Azamax™ no desenvolvimento

de pupa até adulto do predador natural Ceraeochrysa claveri. As larvas foram

alimentadas ad libitum, com ovos de Diatraea saccharalis tratados com diferentes

concentrações do Azamax™ (0,3% e 0,5%), durante todo o seu período larval.

Foram utilizados 60 insetos por grupo (controle, 0,3%, 0,5%). Durante o período do

tratamento os insetos tratados apresentaram malformações importantes na fase de

pupa. No grupo controle observamos pupas viáveis com casulos íntegros e

completos. No grupo tratado com 0,3% observamos poucas pupas com coloração

esverdeada, porem com casulo incompleto. Já no grupo com 0,5% as alterações

morfológicas observadas na pupa e no casulo foram mais expressivas. Notamos

muitas pupas moveis com casulo incompleto e transparente. Os resultados parciais

obtidos até o momento indicam que o Azamax™ pode ser considerado como um

composto que tem efeitos tóxicos sobre o desenvolvimento do inseto não alvo

Ceraeochrysa claveri, especificamente nas fases de pupa e do adulto.

(Financiamento: COLCIENCIAS)

Palavras-chave: azamax, insetos não alvo, toxicidade, desenvolvimento

ANIMAL

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NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO: ESTUDO CITOARQUITETÔNICO E

RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL

Isabella Zacarin Guiati; Carla de Moraes Machado; Marina Galleazzo Martins; José

de Anchieta de Castro e Horta Júnior

Laboratório de Neuromorfologia, Departamento de Anatomia, Instituto de Biociências de Botucatu,

UNESP.

*[email protected]

O Núcleo do Trato Solitário (NTS) situa-se na parte caudal e dorsomedial do bulbo,

lateralmente ao canal central do bulbo e a parte caudal do quarto ventrículo. O NTS

é a principal região do sistema nervoso central que processa informação aferente

visceral geral e especial, veiculada pelos nervos vago, glossofaríngeo e facial.

Embora seja descrito como um núcleo, topograficamente, o NTS está organizado em

muitos subnúcleos de difícil individualização, mas que apresentam diferentes

atribuições funcionais, especialmente importantes para as aferências viscerais

torácicas e abdominais. O objetivo do nosso trabalho foi realizar a descrição

detalhada da citoarquitetura do NTS empregando a combinação de diferentes

marcadores citoarquitetônicos, como o método de Nissl, que cora especialmente o

retículo endoplasmático rugoso dos neurônios, a detecção da proteína ligadora de

cálcio calbindina D-28K, a atividade enzimática da NADPH diaforase e imuno-

histoquímica para a enzima Óxido Nítrico Sintase (NOS). Para isso, foram utilizadas

séries de cortes coronais de troncos encefálicos de 3 ratos Wistar adultos

submetidos à perfusão transcardíaca, fixados com formaldeído a 4% e processados

segundo o protocolo das técnicas citoarquitetônicas previamente citadas. O estudo

do NTS foi feito por meio da análise dos cortes com intervalos de 90 micrômetros,

confecção de esquemas bidimensionais e reconstrução tridimensional de seus

subnúcleos e estruturas adjacentes, através da utilização do sistema Neurolucida

(versão 10, MBF Bioscience, MicroBrightfield, Inc.) para criação e observação de um

modelo 3D da organização do NTS. Foi possível identificar os seguintes subnúcleos:

comissural, medial, dorsolateral, dorsomedial, lateral, ventrolateral, ventral,

intermediário, intersticial, central, gelatinoso. Esse estudo contribui de maneira

relevante para futuros trabalhos que necessitem identificar as diferentes regiões do

NTS e suas funções. (CAPES, Fapesp)

Palavras-chave: núcleo do trato solitário, citoarquitetura, reconstrução tridimensional,

calbindina D-28K, óxido nítrico sintase

ANIMAL

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DIFERENCIANDO ESPÉCIES DE Eucyclops ATRAVÉS DOS ESPINHOS

LATERAIS DO RAMO CAUDAL E DA SETA CAUDAL EXTERNA

Luisa Orbitelli Longato¹*; Bharguan Pizzol Nogueira¹; Gilmar Perbiche-Neves¹ ¹Curso de Graduação em Biologia da Conservação, Centro de Ciências da Natureza, Universidade

Federal de São Carlos – Campus Lagoa do Sino, Rodovia Lauri Simões de Barros, km 12 – SP-189

Bairro Aracaçú – Buri/SP.

*[email protected]

Os copépodes são importantes nas cadeias tróficas aquáticas, além de

responderem às perturbações ambientais como eutrofização, mudanças climáticas,

entre outras. O gênero Eucyclops, pertencente à ordem Cyclopoida, é um dos mais

ricos em espécies e também um dos mais problemáticos, devido à grande

quantidade de espécies crípticas. O tórax possui seis segmentos e o primeiro par de

apêndices é modificado, com maxilípedes para a alimentação. O último par de

apêndices, conhecido como quinta perna (P5), podem ser especializados para

a cópula, assimétricos ou até mesmo unirremes. Grande parte das espécies desse

gênero podem ser identificadas taxonomicamente através dos espínulos presentes

das margens laterais dos ramos caudais. Os ramos caudais são estruturas que

localizam-se no quinto seguimento abdominal. Espécimes do gênero Eucyclops

foram obtidos em três pontos de amostragem, situados nos rios Paraná (trecho alto,

reservatório de Ilha Solteira, Brasil; e trecho médio, próximo a Corrientes, Argentina),

e Rio Paraguai (Corumbá, Brasil). O material foi coletado com auxílio de rede cônica

de plâncton com malha de 68µm entre bancos de macrófitas aquáticas e fixado em

solução de glutaraldeído a 2%. Os organismos foram desidratados, metalizados e

posteriormente observados em microscópio eletrônico de varredura. Os resultados

variaram entre 11 e 31 quanto ao número de espínulos. Eucyclops prionophorus

(Kiefer, 1931) apresentou 23 espínulos laterais, contendo mais três na base da seta

caudal externa. Eucyclops serrulatus (Fischer, 1851) apresentou 31 espínulos

laterais e cinco na base da seta caudal externa. Eucyclops neumanii apresentou

somente 11 espínulos laterais, situados na porção mediana – distal da margem

lateral dos ramos caudais, e 3 na base da seta caudal lateral. Os números de

espínulos laterais combinados com os da base da seta caudal externa são úteis na

diferenciação de Eucyclops. (FAPESP (proc. 2008/02015-7; 2009/00014-6;

2011/18358-3 a GPN)

Palavras-chave: Copépodes, espínulos, identificação taxonômica

ANIMAL

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MORFOMETRIA, HISTOPATOLOGIA E IMUNOHISTOQUÍMICA DE

RECEPTORES DE ESTRÓGENO ALFA (ERα), BETA (ERβ) E PROGESTERONA

(PR) EM COTILÉDONES FETAIS OVINOS ORIUNDOS DE TRANSFERÊNCIA DE

EMBRIÃO

Josiane Adelaide Camargo Lourenção1*; Nathália Genú Nakazato1; Maria Denise

Lopes1; Noeme Sousa Rocha2; Francisco Eduardo Martinez3; Nereu Carlos Prestes1 1FMVZ – Botucatu – Dep. Reprodução Animal, 2 FMVZ – Dep. Clínica Veterinária, 3IBB – Dep.

Anatomia.

*[email protected]

A placenta é um órgão transitório com múltiplas funções. No presente estudo

relacionou-se a técnica de TE a histopatologia, morfometria e analisou receptores de

estrógeno alfa (ERα), beta (ERβ) e progesterona (PR). Foram utilizados 20 animais,

que foram divididos em dois grupos, 10 (TE) e 10 (controle). As amostras foram

seccionadas a 4µm e coradas em HE, PAS, tricômico de masson, von kossa e Perl.

Os cortes foram analisados da base ao ápice da microvilosidade (10 campos). Para

imunohistoquímica seis cortes de ambos os grupos foram analisados por três

observadores em 10 campos. Observou-se trombo arterial e venoso, esclerose,

necrose fibrinóide, espessamento endotelial, hialinização de vasos e infiltrados

inflamatório que foi evidente nas árvores vilosas primárias do grupo TE. Na região

do epitélio, encontrou-se acúmulo de hemossiderina, células trofoblásticas

binucleadas (CTBs), micronúcleo, condensação citoplasmática e nuclear nas CTBs,

e projeções citoplasmáticas apicais, a reação PAS foi positiva na base do epitélio

nas CTBs. Foram identificados fosfato de cálcio na região do cório e sangue

extravasado no espaço interviloso. Na morfometria houve diferença estatística entre

as medidas M2 e M3 (p<0,05). O ERα mostrou-se ausente no epitélio do grupo TE,

no grupo controle a imunorreação foi fraca nas CTBs (p<0,001). O ERβ e PR foram

imunoexpressos em ambos os grupos. O decréscimo das CTBs no grupo TE,

independente dos receptores estudados (p=0,013). Conclui-se que as alterações

vasculares, bem como os infiltrados inflamatórios, são sugestivas de placentite e

adaptações vasculares no desenvolvimento da placenta, e as alterações

encontradas no epitélio são condizentes à maturidade e descolamento. A diferença

entre ERα e ERβ que estão relacionados aos mecanismos fisiológicos no momento

do parto, a ausência de ERα supostamente está associada aos receptores de PR e

PGF2α, sugerindo a regulação hormonal negativa.

Palavras-chave: placenta, vascularização, células binucleadas, receptores

hormonais

ANIMAL

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CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS NO EPITÉLIO HEPATOPANCREÁTICO EM

JUVENIS DE Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) (DECAPODA,

PALAEMONIDAE)

Janaina Muniz Picolo*1; Carlos Alberto Vicentini1,2; Tiago Henrique Rodrigues

Siebert1; Irene Bastos Franceschini Vicentini1,2 1CAUNESP, Centro de Aquicultura da UNESP, Jaboticabal –SP, 2Departamento de Ciências

Biológicas, Faculdade de Ciências, UNESP – Bauru.

*[email protected]

O estudo do sistema digestório de Macrobrachium amazonicum é importante para

aprimorar técnicas de produção em cativeiro, uma vez que é este sistema que

processa e assimila nutrientes provenientes da alimentação. O hepatopâncreas (HP)

é um órgão com diversas funções digestivas, desempenhadas pelo epitélio

digestivo, composto por diferentes tipos celulares. Entre eles estão as células F, que

realizam digestão extracelular, posteriormente se diferenciando em células B, que

fazem digestão intracelular. Neste estudo, utilizamos espécimes juvenis de M.

amazonicum, mantidos em um grupo controle, que consistiu de animais alimentados,

e dois grupos mantidos sem alimentação por 5 e 7 dias. Após a eutanásia dos

animais por choque térmico, coletamos e fixamos os HP em solução de Bouin e

Karnovsky, e prosseguimos com a rotina histológica em historesina, assim como

com a rotina para microscopia eletrônica de transmissão. Observamos que conforme

aumentamos o tempo de inanição, originaram-se células com características

intermediárias entre células F e B, as células intermediárias I. Estas células são

colunares, com núcleo oval ou redondo, eucromático, na posição centro basal. Seu

citoplasma é acidófilo e pode apresentar em seu ápice um pequeno vacúolo. Este

tipo celular mostra pouco retículo endoplasmático rugoso quando comparado às

células F, assim como acontece na diferenciação F → B, no entanto, não apresenta

vesículas pinocíticas, tampouco vacúolos digestivos, comuns nas células B.

Também, o tempo de inanição é determinante na resposta deste tipo celular, sendo

as células I mais frequentes nos animais que ficam submetidos a maior tempo de

inanição. Provavelmente, estas células sejam um tipo celular quiescente, que está à

espera de material para digestão intracelular. Desta maneira, concluímos que o HP é

capaz de modular sua atividade a partir da oferta de alimento, modificando a

estrutura e ultraestrutura de suas células, como pudemos observar com o

surgimento das células I. (CAPES)

Palavras-chave: hepatopâncreas, inanição, epitélio hepatopancreático,

ultraestrutura, histologia

ANIMAL

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ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM TESTÍCULOS E OVARÍOLOS DO

PERCEVEJO BARRIGA-VERDE, Dichelops melacanthus (Dallas) (HEMIPTERA:

PENTATOMIDAE), APÓS TRATAMENTO COM BUPROFEZINA E PIRIPROXIFEM

Daniela de Oliveira Pinheiro1*; Paulo Sérgio Gimenez Cremonez2; Ângela Maria

Ferreira Falleiros1; Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves2 1Universidade Estadual de Londrina - UEL, Centro de Ciências Biológicas - CCB, Departamento de

Histologia, Londrina, PR, Brasil, 2Universidade Estadual de Londrina - UEL, Centro de Ciências

Agrárias - CCA, Departamento de Agronomia, Londrina, PR, Brasil.

*[email protected]

A reprodução nos insetos está na dependência de ação hormonal, como de

hormônio juvenil e ecdisônio. Sabe-se que os inseticidas reguladores de crescimento

(IRCs) agem como agonistas ou antagonistas de determinados hormônios, afetando

o desenvolvimento normal dos insetos, principalmente o sistema reprodutor de

insetos-praga. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de dois IRCs,

buprofezina e piriproxifem, na morfologia de testículos e ovaríolos do percevejo-

praga Dichelops melacanthus. Ninfas de quarto instar do percevejo barriga-verde

foram tratadas com concentrações subletais (CL30) previamente determinadas. Os

adultos sobreviventes, após a primeira cópula, foram anestesiados por resfriamento,

dissecados e tiveram os testículos e ovaríolos coletados. Os órgãos foram fixados

em Karnovsky (4h), desidratados e incluídos em resina plástica. Os cortes (5 µm)

foram corados por hematoxilina-eosina, analisados e documentados em

fotomicroscópio. Nos percevejos machos tratados com buprofezina, observou-se no

testículo um maior espaçamento entre os cistos de espermatogônias e

espermátides, além de desestruturação do tecido conjuntivo. Já no tratamento com o

piriproxifem observou-se ainda a presença de células pequenas arredondadas, com

núcleo bem corado (cromatina condensada) nas zonas de maturação e

transformação, que aparentam ser de células em processo de morte celular

programada (apoptose) e que precisaria ser melhor investigada. Nas fêmeas, a

buprofezina aparentemente alterou a distribuição lipídicas, no oócito, enquanto que o

piriproxifem promoveu uma desestruturação das células nutridoras do germário.

Para melhor elucidação desses resultados, técnicas especificas citoquímicas e

ultraestruturais deverão ser aplicadas em experimentos futuros. Pode-se concluir

que ambos os tratamentos apresentam ação na morfologia do sistema reprodutor

feminino e masculino de Dichelops melacanthus. (CNPq)

Palavras-chave: insetos, Dichelops melacanthus, controle de pragas, histologia

ANIMAL

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RE-DESCRIÇÃO DOS PADRÕES DE ESPÍNULOS DO TERCEIRO UROSSOMO E

DOS RAMOS CAUDAIS DE Ectocyclops herbsti DUSSART 1984

Stefani Pires¹, Ingrid Yoshimura¹, Amanda de Mello¹; Gilmar Perbiche-Neves¹ ¹Curso de Graduação em Biologia da Conservação, Centro de Ciências da Natureza, Universidade

Federal de São Carlos – Campus Lagoa do Sino, Rodovia Lauri Simões de Barros, km 12 – SP-189

Bairro Aracaçú – Buri/SP.

*[email protected]

Os copépodes compõe importante elo nas cadeias tróficas aquáticas, consumindo

fitoplâncton, fungos, detritos e outros invertebrados, e servindo de alimento para

peixes e demais organismos. A ordem Cyclopoida teve origem relativamente recente

comparada às demais, e é composta por aproximadamente 680 espécies no mundo.

Devido à grande diversidade e a dificuldade de estudarem-se esses animais,

somado ao diminuto tamanho, trabalhos taxonômicos são a base para os mais

variados estudos com esses organismos. O presente trabalho redescreve os

padrões de espínulos do terceiro urossomo e dos ramos caudais de Ectocyclops

herbsti Dussart, 1984, visando clarear o entendimento desses padrões usando

imagens de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Espécimes de E. herbsti

foram coletados em bancos de macrófitas aquáticas no Rio Paraná, a montante da

barragem de Ilha Solteira, usando rede cônica de plâncton com abertura de 68µm, e

o material foi fixado em glutaraldeído a 2,5%. Os padrões verificados nas imagens

foram comparados com o trabalho de descrição original. No terceiro urossomo,

verificam-se dois grupos de espínulos maiores na margem distal dorsal (07

espínulos em cada grupo), porção mediana, e em direção à margem externa,

verifica-se um grupo de espínulos menores (entre 13 e 15), seguido por espínulos de

tamanho médio (04). Na superfície dorsal dos ramos caudais, há três grupos de

espínulos: o primeiro na porção mediana-lateral contendo 04 espínulos longos e

finos, o segundo na porção mediana interna, contendo aproximadamente 4-5

espínulos longos e finos, e o terceiro na porção distal, contendo oito espínulos

menos longos que os anteriores, porém mais grossos. Os resultados reforçam que

variações polimórficas interespecíficas devem ser consideradas, se possível, na

descrição morfológica de novas espécies de copépodes, pois há pequenas

divergências quando comparado à descrição original de Dussart. (FAPESP (proc.

2008/02015-7; 2009/00014-6; 2011/18358-3 a GPN)

Palavras-chave: Ectocyclops herbsti, Cyclopoida, microscópio eletrônico de

varredura

ANIMAL

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PERFIL TESTICULAR: Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) X

Macrobrachium carcinus (LINNAEUS, 1758)

Thalles Fernando Rocha Ruiz1; Renata Mayumi Yamane1; Karina Ribeiro2; Luciene

Patrici Papa3; Carlos Alberto Vicentini1; Irene Bastos Franceschini Vicentini1 1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2Universidade Federal do Rio Grande do

Norte 3Faculdade Sudoeste Paulista.

*[email protected]

Os camarões Macrobrachium amazonicum (MA) e Macrobrachium carcinus (MC)

são nativos do Brasil e abundantes nas regiões Norte e Nordeste. Esses animais

exibem grande potencial para a carcinicultura, e o estudo da biologia reprodutiva é

importante para o aperfeiçoamento de ferramentas para o cultivo. Assim, o objetivo

foi analisar a morfologia do testículo dessas espécies, considerando que MA exibe

morfotipos segundo a coloração da quela (TC, CC, GC1 e GC2) e MC não apresenta

morfotipos. Os testículos foram submetidos à rotina histológica para historesina, e as

secções coradas com Hematoxilina/Eosina e Azul de Toluidina. Em MA foi possível

observar cistos germinativos em duas zonas distintas, a espermatogênica (ZG) e a

espermiogênica (ZM). O morfotipo TC apresentam as zonas testiculares em

proporções iguais, isto é, os testículos apresentam cistos germinativos com células

em maturação e maduras. Em CC ocorre a abundância de ZG e rara ZM, o que

mostra predominância de cistos com células germinativas em inicio de diferenciação.

Já em GC1 e GC2, a ZM ocupa a maior parte do parênquima testicular, enquanto

que a ZG se restringe ao centro do órgão. Estes morfotipos contam com maioria de

células germinativas em final de maturação. Em MC foi possível observar em todos

os animais analisados as ZG e ZM bem definidas, com cistos de células

germinativas em diferentes fases de desenvolvimento. Portanto, em MA os

morfotipos TC, GC1 e GC2 apresentam condições morfológicas para promover a

fecundação, visto que existe abundância de espermatozoides, enquanto nos CC

existem escassos espermatozoides, o que restringe sua capacidade de fertilização.

Já em MC, todos os indivíduos apresentam-se morfologicamente capazes para

fertilização, pois todos os testículos exibem espermatozoides. Assim, o perfil

morfológico do testículo das duas espécies estudadas mostra que em MA alguns

machos adultos estão aptos para reproduzir enquanto que em MC todos os machos

adultos são capazes de reprodução.

Palavras-chave: Morfotipos, Macrobrachium, espermatozoide, reprodução

ANIMAL

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ANÁLISE DA SOBREVIDA DE CÉLULAS DE OSTEOSSARCOMA CANINO APÓS

IRRADIAÇÃO COM EQUIPAMENTO DE COBALTOTERAPIA

Paula de Sanctis¹; Brunno Felipe Ramos Caetano¹; Luis Maurício Montoya Flórez²;

Valéria Barbosa de Souza4; Luís Fernando Barbisan¹; Marco Antônio Rodrigues

Fernandes³; Ramon Kaneno¹; William Fernando Zambuzzi¹; Noeme Sousa Rocha² ¹UNESP – Botucatu, Instituto de Biociências, ²UNESP – Botucatu, Faculdade de Medicina Veterinária

e Zootecnia, ³UNESP – Botucatu, Faculdade de Medicina, 4UNICAMP – Campinas, Faculdade de

Ciências Médicas.

*[email protected]

A importância prática do osteossarcoma (OSA) é relevante devido a dificuldades na

sua conduta. A radioterapia é amplamente utilizada no tratamento de pacientes

humanos e igualmente aplicável na Medicina Veterinária. Para o caso do OSA, o

protocolo mais utilizado é a incidência, em três sessões, de cobalto-60 na

intensidade de 8-10Gy. O objetivo foi demonstrar a eficiência do trabalho com

cultura de células e avaliar a sobrevida destas células após o tratamento. Células de

OSA canino foram cultivadas em frascos de cultura contendo meio de cultura DMEM

alta glicose suplementado com 10% de soro fetal bovino, mantidas em estufa úmida

e tratadas com diferentes intensidades de radiação ionizante (5, 10, 15, 20 e 30Gy)

utilizando-se o equipamento de Cobaltoterapia. Na análise da sobrevida fez-se o

teste de dupla coloração com corantes fluorescentes (laranja de acridina – AO e

brometo de etídio – EB) e o ensaio MTT. Pelo ensaio MTT verificou-se

aproximadamente 90% de inviabilidade com 30Gy e 20Gy e ≥20% para os demais.

No teste com os corantes, verificou-se que: o EB corou o núcleo das células que

perderam a integridade da membrana plasmática, células em apoptose

apresentaram núcleo mais alaranjado e células viáveis ficaram coradas

uniformemente em verde, verificando-se também núcleos intactos corados em

laranja (devido ao AO). Além disso, com 30Gy a inviabilidade foi de 48% e 64% após

24 e 72h, respectivamente. Os resultados do ensaio MTT confirmaram a resistência

da neoplasia ao tratamento e apesar dos resultados entre este ensaio e o teste com

os corantes não se assemelharem, pode-se afirmar que a terapia é eficiente para o

tratamento da neoplasia. (CNPq - 445250/2014-3)

Palavras–chave: osteossarcoma, in vitro, radiação ionizante, ensaio MTT,

microscopia fluorescente

ANIMAL

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COMPREENDER A INTERAÇÃO NÃO ESPECÍFICA ENTRE AS CÉLULAS

CANCEROSAS DA PRÓSTATA (PC3) COM BACTERIÓFAGO T4 E M13 IN- VITRO A

PARTIR DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA ATRAVÉS DE ANÁLISE DE

EXPRESSÃO GÊNICA

Swapnil Ganesh Sanmukh*, Sérgio Luis Felisbino

Laboratório de Matriz Extracelular, Departamento de Morfologia; Instituto de Biociências;

Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu, SP, Brasil. CEP 18618- 689

*[email protected]

O uso de nanopartículas é hoje amplamente aplicado em vários campos. Sendo o

bacteriófago uma nanopartícula natural, tentamos explorar sua interação não específica com

células cancerosas com a ajuda de microscopia eletrônica de varredura e correspondentes

genes mudanças de expressão atribuídos dentro de células cancerosas in-vitro. Estudamos

a interação não específica entre bacteriófagos T4 e M13 com PC-3 células humanas e seus

possíveis efeitos sobre a expressão de genes selecionados. PC-3 de células de tumor, com

70% de confluência foram expostas a uma concentração equivalente a 1x108 lítica do

bacteriófago T4 e filamentosa bacteriófago M13. Células de veículos expostos foram

utilizados como controle. Após 24 horas de exposição, as células foram colhidas e foram

processadas para análise microscópica eletrônica de varredura, que foram, mais tarde,

confirmadas por meio de alterações de expressão de genes por qPCR. Foi observado a

partir da análise de microscopia eletrônica de varredura que bacteriófago T4 e M13 foram

ligados a uma região particular da superfície da célula. As análises da expressão do gene

mostraram que integrina α v, integrina α 5, integrina β 3 e integrina β 5 foram aumentadas

significativamente por esta exposição de células após bacteriófagos. Nossos resultados

sugerem uma possível interação específica entre bacteriófagos T4 e M13 com receptores de

integrinas da superfície celular PC3. Nossa outra meta é usar essa interação célula

bacteriófagos-câncer por integrinas e por outros alvos da superfície celular para entrega da

droga eficaz e gene veículo para terapia de câncer. (CAPES (963-14-2); FAPESP (2013 /

08830-2))

Palavras-chave: não específica microscopia eletrônica de varredura, in-vitro,

integrina, terapia de câncer

ANIMAL

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24

MORFOLOGIA DOS TÚBULOS DE MALPIGHI DE Bombyx mori Linnaeus

(LEPIDOPTERA - BOMBYCIDAE) NO FINAL DO DESENVOVILMENTO LARVAL

Marilucia Santorum1*; Célia Cristina Leme Beu2; Lucinéia de Fátima Chasko Ribeiro2;

Juliana Souza dos Santos3; Daniela Carvalho dos Santos1; Rose Meire Costa

Brancalhão2

1Departamento de Morfologia, Instituto de Biociências – UNESP - Botucatu, SP, 2Universidade

Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde -

PPGBS, Cascavel, PR, 3Graduanda de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Oeste do

Paraná, Cascavel, PR.

*[email protected]

Os tubúlos de Malpighi (TM) constituem o principal órgão excretor em Bombyx mori,

responsável pela homeostase hidroeletrolítica e eliminação de substâncias tóxicas,

sendo comum a presença de 6 TM. Porém poucas são as informações morfológicas

em B. mori. Assim, objetivou-se caracterizar a morfologia dos TM de lagartas de 5°

instar. Estas foram anestesiadas e de acordo com o posicionamento dos TM foi

possível coletá-los nas regiões da ampola, proximal (RP), média (RM) e distal (RD)

seguindo processamento para microscopia de luz e MET. Os TM se apresentaram

como longas estruturas tubulares, sendo a ampola inserida uma de cada lado na

válvula pilórica e de onde partem 3 TM que seguem até o intestino médio compondo

a RP, já a RM é formada pelo retorno dos TM do intestino médio à válvula pilórica e

a RD pelas porções distais dos TM no sistema criptonefridial. Morfologicamente são

constituídos de epitélio simples apoiado sobre lâmina basal, sendo comum para

todas as regiões dos TM, células de núcleo único e volumoso, invaginações basais,

bem como microvilosidades e inúmeras mitocôndrias, porém verificou-se uma

grande variação na morfologia celular ao decorrer das regiões. A ampola apresentou

células pavimentosas baixas e uma área de transição ao seu término e início da RP,

com variação abrupta na morfologia celular, onde as células pavimentosas típicas da

ampola se tornaram colunares na área de transição. Verificou-se a presença de

microvilosidades pequenas nesta região recobertas por íntima, e a qual não estava

mais presente nas demais regiões. Já na RP as células retornaram a pavimentosas,

porém altas e no citoplasma era comum a presença de cristais e brotamento de

vesículas, também livres no lúmen. Quanto as RM e RD, o epitélio variou de

pavimentoso a cilíndrico, com brotamento de vesículas e presença de cristais e

secreções que por vezes obstruíam o lúmen. Porém verificou-se que os TM da RD

se associavam ao epitélio retal, originando assim, o sistema criptonefridial. (CAPES)

Palavras-chave: sistema excretor, lepidoptera, bicho-da-seda, ampola, sistema

criptonefridial

ANIMAL

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INFLUENCIA FISIOLOGICA DO SHEAR STRESS NO COMPORTAMENTO DE

CÉLULAS DE MUSCULATURA LISA

Rodrigo Augusto da Silva1; Célio Junior Fernandes1; Geórgia Feltran1; Willian Fernando

Zambuzzi1*

1Laboratório de Bioensaios e Dinâmica Celular – LaBIO do Departamento de Química e

Bioquímica do Instituto de Biociências-IBB da Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP.

*[email protected]

O shear-stress ou força de tensão de cisalhamento promovida pelo atrito lateral gerado pelo

fluxo sanguíneo sobre a membrana apical das células endoteliais e em células de

musculatura lisa tem sido amplamente associado como evento chave na regulação da

homeostase vascular. Em células de musculatura lisa, sabe-se que esta força

hemodinâmica é importante para a migração e proliferação após uma lesão endotelial.

Entretanto, os efeitos diretos da tensão de cisalhamento em células de musculatura lisa em

condições fisiológicas ainda não foram totalmente elucidados. Desta forma, este estudo teve

como objetivo investigar o efeito do shear stress sobre a adaptação morfológica e

localização sub-celular de proteínas relacionadas à adesão (células/substrato) e interação

(célula/células). Para isso, células primárias de musculatura lisa humana foram submetidas

ao shear stress em agitador orbital por 72h com frequencia de agitação dentro de valores

fisiologicos (6-40 ~ dynes / cm). A avaliação de alterações na arquitetura celular, localização

subcelular e expressão proteica foram realizadas por microscopia confocal e western

blotting. As análises de microscopia confocal revelaram aumento da intensidade de

fluorescência para Integrina α4 e do número de pontos de adesão focal (células/substrato) e

entre célula/célula, evidenciados pela marcação para a proteína Fak e Conexina,

respectivamente. Ainda, o padrão de distribuição dos filamentos de actina, analisado pela

fluorescência de faloidina, não mostrou alterações no citoesqueleto celular. Entretanto foi

observada redução significativa da razão entre o estado de fosforilação e conteúdo proteico

da proteína cofilina, proteína responsável pela organização do citoesqueleto. Assim, nossos

resultamos mostraram que células de musculatura lisa, submetidas ao efeito do shear-

stress, sofreram alterações bioquímicas importantes, levando a intensificação da interação

célula/substrato. (Processo FAPESP: 2014/22689-3; 2016/01139-0).

Palavras-chave: shear stress; tensão de cisalhamento; célula muscular lisa

ANIMAL

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IDENTIFICAÇÃO DE GÊNEROS DE CYCLOPOIDA (CRUSTACEA) USANDO

IMAGENS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA QUINTA

PERNA NATATÓRIA

Marina Tauche-Ferreira1*; Larissa Provasi-Santos1; Gilmar Perbiche-Neves1

1Curso de Graduação em Biologia da Conservação, Centro de Ciências da Natureza, Universidade

Federal de São Carlos – Campus Lagoa do Sino, Rodovia Lauri Simões de Barros, km 12 – SP-189

Bairro Aracaçú – Buri-SP.

*[email protected]

Copepoda (Crustacea) é um dos principais táxons dentro do zooplâncton. Com uma

estimativa de 13.000 morfoespécies conhecidas, a maior diversidade desses

organismos ocorre no ambiente marinho, mas aproximadamente 2.841 espécies

habitam água doce. Cyclopoida é uma das principais ordens de água doce,

contendo 974 espécies distribuídas no mundo. A região Neotropical tem a segunda

maior riqueza, atrás somente da Paleártica, com 210 espécies endêmicas relatadas.

Embora haja vários estudos publicados que enfocam o uso da quinta perna natatória

para a identificação de gêneros, não há tal detalhamento usando imagens de

microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os organismos foram coletados em

diferentes locais da bacia do Rio da Prata, a segunda maior da América do Sul. O

material foi fixado em solução de glutaraldeído a 2,5%. Os organismos foram

desidratados e metalizados para observação em MEV. As imagens produzidas

foram analisadas para os seguintes gêneros: Acanthocyclops, Ectocyclops,

Eucyclops, Macrocyclops, Mesocyclops, Microcyclops e Thermocyclops. Eucyclops,

Ectocyclops e Macrocyclops possuem três setas no segmento terminal da quinta

perna, e diferenciam-se entre si pelas linhas de espínulos presentes na superfície

anterior e posterior e pelos comprimentos das setas. Eucyclops possui espinho

mediano bem desenvolvido quando comparado aos demais gêneros.

Acanthocyclops e Microcyclops possuem espinho terminal curto, e no primeiro

gênero é maior do que o segundo, além do comprimento do segmento em que está

inserido. Mesocyclops e Thermocyclops possuem duas setas terminais, e no

primeiro elas estão inseridas em alturas diferentes comparado ao segundo, em

alturas iguais. As imagens obtidas permitem melhor visualização da quinta perna

natatória dos copépodes ciclopóides, confirmando que essa estrutura é útil para a

identificação dos mesmos. (FAPESP. proc. 2008/02015-7; 2009/00014-6;

2011/18358-3 a GPN)

Palavras-chave: Copépodes, Cyclopoida, espínulos

ORAL

ANIMAL

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CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS BUCAL: PARTICIPAÇÃO DA VIA DE SONIC

HEDGEHOG (Shh) EM MECANISMOS DE ADESÃO CELULAR

Isabel Greco Tavora; Rodrigo Augusto da Silva; Willian Fernando Zambuzzi

1Instituto de Biociências de Botucatu – IBB, Departamento de Química e Bioquímica.

*[email protected]

A adesão celular tem sido alvo de intensa pesquisa nos processos biológicos e em

condições patológicas envolvendo interações célula-célula e célula-matriz, já que os

mecanismos envolvidos com a adesão celular são de extrema importância para a definição

do momento de migração e metástase, e consequentemente o prognóstico dos pacientes.

Desta maneira, nosso objetivo foi avaliar a participação da via de Sonic Hedgehog (Shh) em

mecanismos de adesão de células SCC9. Inicialmente, as células SCC9 foram previamente

tratadas com ciclopamina (5 µM, inibidor da via de Shh) por 2 horas antes de serem

tripsinizadas, contadas e re-plaqueadas sobre lamínulas em placas de 25 mm de diâmetro

em meio DMEN contendo antibióticos e 20%SFB. Após 1, 3 e 6 horas de adesão, as células

foram fixadas e marcadas com 10 µg/mL de Faloidina conjugada com Alexa Fluor 488.

Paralelamente, amostras de extratos proteicos foram igualmente coletados para os testes de

western blotting. Nossos resultados mostraram que células SCC9 quando tratadas com

ciclopamina apresentam um aumento significativo na adesão, mediada pela up-regulação da

expressão de subunidades de integrinas específicas, e aumento da fosforilação de FAK, em

vários resíduos de tirosina; resultando em uma distribuição de filamentos de actina

diferencial. Nossos resultados mostram pela primeira vez que ciclopamina interfere na via de

integrina-FAK, modulando, incialmente a expressão de subunidades 1, culminando no

recrutamento/fosforilação de FAK. (FAPESP - 2014/03927-0)

Palavras-chave: carcinoma escamoso, Shh, ciclopamina, adesão celular

ANIMAL

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O USO DE FUNGO ENTOMOPATOGENO NO CONTROLE BIOLÓGICO DE

LARVAS E DE OPERÁRIAS DE FORMIGA CORTADEIRA

Raphael Vacchi Travaglini1*; Andre Arnosti2; Luiz Carlos Forti1; Maria Izabel

Camargo-Mathias2 1FCA/UNESP-Botucatu, Dep. Proteção de Plantas, 2IB/UNESP-Rio Claro, Dep. Biologia.

*[email protected]

Consideradas de hábito desfolhador, as formigas cortadeiras, atacam diversas

culturas para a manutenção do fungo simbionte da colônia, visto este ser o seu

principal recurso alimentar. Com o objetivo de se realizar o controle biológico desta,

com o uso do fungo entomopatogenico Beauveria bassiana, larvas e operárias

adultas de Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 foram expostas a uma suspensão

do fungo na concentração de 106/conídio. Os indivíduos adultos foram imersos

nessa suspensão por 3 segundos e os imaturos (larvas) foram expostos topicamente

com auxilio de micropipeta. Os indivíduos foram acomodados em potes de acrílico

contendo algodão umedecido para avaliação da mortalidade nos tempos de 24, 48 e

72 horas após exposição. A técnica de microscopia eletrônica de varredura foi

aplicada para documentar como o fungo se comportou nos diferentes tempos na

superfície do tegumento dos insetos. Para o melhor entendimento da dinâmica de

infecção do fungo no interior do inseto foi aplicada nos indivíduos amostrados a

técnica histológica com coloração pela HE, para tanto o material foi fixado,

desidratado, emblocado em resina Leica e na sequencia foi seccionado com 3 µm

de espessura para observação e documentação em fotomicroscópio. Os resultados

obtidos demonstraram que nos indivíduos imaturos a penetração do fungo B.

bassiana no integumentos do inseto ocorre no tempo de 48h, sendo que nos adultos

esse tempo passa a ser a partir de 72 horas, fato que pode ser explicado pela

organização e esclerotização da cutícula, além do fato de que no indivíduo adulto há

a liberação para superfície do corpo, de secreções que são produzidas por

diferentes glândulas exócrinas, inclusive pelas glândulas metapleurais, estas com

função de sintetizar substancias antimicrobianas. (CAPES, Cnpq e FAPESP)

Palavras-chave: formiga cortadeira, imaturo, controle biológico, fungos

entomopatogenicos

ANIMAL

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MIOARQUITETURA VENTRICULAR EM TELEÓSTEOS NEOTROPICAIS

Carlos Alberto Vicentini1; Mario Vitor Buzete Gardinal1*; Renata Alari Chedid1;

Ricardo Hideo Mori1; Irene Bastos Franceschini Vicentini1; Ricardo Vinicius Nunes

Arantes2; Claudemir Kuhn Faccioli3 1Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos, Departamento de Ciências Biológicas,

Faculdade de Ciências de Bauru/UNESP, 2Departamento de Morfologia, Faculdade de Odontologia

de Bauru/USP, 3Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Uberlândia.

*[email protected]

Estudos da mioarquitetura ventricular em teleósteos demonstraram diferentes

características de organização do músculo cardíaco indicando que algumas

espécies podem apresentar miocárdio constituído apenas por uma camada

esponjosa, ou miocárdio misto com a presença de uma camada esponjosa interna e

camada compacta externa associada à vascularização coronariana. A camada

compacta apresenta-se mais espessa e complexa quando presente em espécies

com hábito natatório intenso e do ponto de vista funcional, pode ser associada a

ventrículos piramidais. Entretanto, de acordo com a literatura, em 80% dos

teleósteos estudados tanto a camada compacta quanto a vascularização

coronariana no miocárdio não foram observadas. Diante do exposto, o objetivo do

presente estudo foi descrever a mioarquitetura ventricular em 11 espécies de

teleósteos Neotropicais pertencentes a 8 famílias. Os animais foram eutanasiados

com solução saturada de cloridrato de benzocaína. A seguir, 5 corações de cada

espécie foram fixados em solução de Bouin e ou Karnovsky e posteriormente

incluídos em paraplast ou historesina. Colorações de Tricrômico de Masson,

Picrosirius e Metanil Yellow foram realizadas para análise em microscopia óptica.

Para estudos de microscopia eletrônica de varredura o material foi fixado em

glutaraldeído. A camada compacta apresentou espessura e constituição variável,

apresentando feixes de fibras musculares orientados circularmente e

longitudinalmente com posicionamento variável ao longo do ventrículo. Já a camada

esponjosa apresentou feixes de fibras sem um padrão de organização definido. Em

Arapaima gigas foi possível observar espaços lacunares de tamanho semelhante,

demonstrando maior organização da camada esponjosa. Diferente dos dados

apresentados em literatura, todas as espécies estudadas apresentaram miocárdio

misto com circulação coronariana restrita ao epicárdio e camada compacta,

independente do hábito natatório ou formato do ventrículo. (Agencia financiadora:

Fapesp)

Palavras-chave: mioarquitetura ventricular, circulação coronariana, teleósteos

Neotropicais

ANIMAL

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CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA ESPERMATOGÊNESE EM Macrobrachium

carcinus (LINNAEUS, 1758) (DECAPODA, PALAEMONIDAE)

Renata Mayumi Yamane¹; Thalles Fernando Rocha Ruiz¹; Karina Ribeiro²; Carlos Alberto

Vicentini1; Irene Bastos Franceschini Vicentini¹

¹Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências, Campus Bauru,

²Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

*[email protected]

O camarão Macrobrachium carcinus é uma espécie nativa de grande importância para a

carcinicultura brasileira. Apesar de sua relevância, foram observados poucos estudos sobre

sua biologia e reprodução. Com relação a biologia reprodutiva estes animais apresentam

testículos contendo cistos responsáveis por abrigar as células germinativas. Segundo a

literatura alguns decápodas podem apresentar indivíduos machos com diferentes

morfotipos, porém nem todos apresentam testículos com os mesmos estágios de

diferenciação celular. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi analisar morfologicamente os

cistos de machos adultos de diferentes tamanhos. Assim, foram utilizados 15 animais

machos com tamanhos variando de 7,9 cm a 17,0 cm de comprimento. As gônadas foram

fixadas em paraformaldeído e processadas para rotina histológica. Os testículos

apresentam-se envoltos por tecido conjuntivo que subdivide o órgão envolvendo os cistos

germinativos (CG). Os cistos são subdivididos em zonas espermatogênica (ZE) e

espermiogênica (ZI). As ZE abrigam células de sustentação, espermatogônias e

espermatócitos, enquanto que as ZI abrigam células de sustentação, espermátides e

espermatozóides. As células de sustentação na ZE apresentam-se dispersas e envolvem as

células germinativas, enquanto que aquelas presentes na ZI encontram-se apenas

envolvendo as células germinativas. Quando a espermatogônia inicia sua diferenciação, a

ZE ocupa maior volume no cisto e, a medida que a diferenciação avança, a ZI passa a

ocupar maior espaço dentro do CG. A correlação de volume entre as zonas, e o tamanho

dos animais não foi observado, assim independente do tamanho, os animais apresentaram

o mesmo perfil celular. Estes resultados contribuem para o estudo da determinação

morfotípica, considerando que animais que apresentam morfotipos observa-se diferenças na

espermatogênese, o que não é encontrado em M. carcinus.

Palavras-chave: testículo, morfotipo, zona espermatogênica, zona espermiogênica,

Macrobrachium

ANIMAL

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INFLUÊNCIA DA TERAPIA COM MELATONINA SOBRE A ANGIOGÊNESE NO

CARCINOMA DE OVÁRIO DE RATAS UCHB

Yohan Ricci Zonta1; Luiz Antônio Lupi Junior; Luiz Gustavo de Almeida Chuffa;

Marcelo Martinez; Francisco Eduardo Martinez 1Unesp/IBB, Botucatu, Curso: Ciências Biomédicas.

*[email protected]

O câncer de ovário (OC) é a mais letal das malignidades ginecológicas, sendo muito

comum em mulheres pós-menopáusicas. Mesmo com tratamentos eficazes,

algumas mulheres desenvolvem quimioresistência, sendo necessários tratamentos

alternativos. Além disso, é indiscutível a influência do álcool como fator co-

carcinogênico e da melatonina como fator oncostático e anti-angiogênico. Assim, o

objetivo deste trabalho foi investigar a influência da terapia com melatonina (Mel) a

longo prazo sobre a via da angiogênese em ratas consumidoras voluntárias de

etanol (EtOH) a 10%. Para isso, os animais foram divididos em 4 grupos

experimentais (n=15): OC, que recebeu apenas DMBA; OC+Mel, que recebeu

DMBA e tratamento com melatonina; OC+ETOH, que recebeu DMBA e etanol; e

OC+Mel+ETOH, que recebeu DMBA, etanol e foi tratado com melatonina. Para a

indução tumoral foi realizada incisão dorsal e exteriorização do ovário esquerdo, que

recebeu DMBA (100µg) na bursa ovariana. Após 260 dias, os animais destinados à

terapia receberam 200 µg/100g peso corpóreo/dia, via i.p., durante 60 dias. Aos 320

dias, as ratas foram eutanasiadas, e os ovários removidos e preparados para

técnicas de imunohistoquímica, fluorescência e western blot. A terapia com Mel

aumentou os receptores MTR1 no OC. Os níveis de VEGF foram reduzidos com Mel

independente do consumo de ETOH. Em contrapartida, os níveis de VEGFR1 foram

reduzidos nos grupos OC+EtOH e OC+EtOH+Mel, mostrando que o consumo de

EtOH foi responsável por sua baixa regulação. O HIF1a, um fator tumoral induzido

por hipoxia, aumentou com o consumo de EtOH e a terapia com Mel foi eficiente na

sua redução. Concluímos que a melatonina é importante como tratamento

complementar à quimioterapia do OC, devido as suas propriedades anti-

angiogênicas. Assim, podemos sugerir a terapia com Mel a longo prazo, atuando via

receptores MTR1, como uma forma de tratamento eficaz contra a angiogênese no

OC. (Financiamento FAPESP: Proc. n. 2015/16315-6)

Palavras-chave: câncer de ovário, melatonina, angiogênese, VEGF, HIF1a

ORAL

ANIMAL

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INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PORCENTAGENS DE GLICEROL NA

MORFOLOGIA E GRAU DE CONVERSÃO DE POLÍMEROS DIMETACRILATOS

(BIS-GMA, BIS-EMA, TEGDMA E UDMA) FOTOSSINTETIZADOS

Rafael Turra Alarcon1; Marcos Vinícius de Almeida1; Caroline Gaglieri1; Arthur Rossi

de Oliveira1; Gilbert Bannach1* 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências – Campus Bauru.

*[email protected]

A fotopolimerização de dimetacrilatos tem sido largamente empregada na

odontologia como material para restauração, selamento de fissuras, cimentação, e

como adesivos dentários, além de serem utilizados na indústria para produção de

uma grande variedade de outros produtos como revestimentos para fibras ópticas,

lentes de contato, filtros e materiais para impressão. Atualmente, a produção e

aprimoramento dos polímeros com a biomassa vêm ganhando destaque na área

tecnológica, visando principalmente questões ambientais e sustentáveis. Dentre os

recursos que devem ser estudados encontra-se o glicerol, proveniente da produção

de biodiesel. O mesmo é considerado econômica e tecnologicamente estratégico

devido ao baixo custo de produção e ao fato de ser uma alternativa de

aproveitamento do glicerol que já é considerado um problema ambiental. Os

polímeros foram sintetizados com diferentes porcentagens de dimetacrilatos/glicerol

1:1; 1:3; 1:5 (mol/mol), utilizando o sistema fotoiniciador canforquinona/amina

terciária (30% mol) e um equipamento com que emite luz na faixa do Azul. As

imagens da microscopia eletrônica de varredura foram obtidas pelo equipamento

Zeiss, modelo EVO LS15. As medições de todos os polímeros foram feitas com

ampliação de 300X em alto vácuo, para visualização foi aplicado um revestimento de

ouro. Os espectros de FTIR foram obtidos em um espectrômetro Bruker modelo

VERTEX 70. Desta forma foi possível calcular o grau de conversão dos monômeros

para os polímeros A partir dos cálculos de conversão por FTIR pode-se evidenciar

que quando adicionado glicerol, polimerização tende a ter menor velocidade e menor

conversão quando comparada aos monômeros dimetacrilatos sozinhos. É

evidenciado que houve um aumento na quantidade de poros (Bis-EMA, UDMA)

conforme adicionado glicerol, devido ao excesso do mesmo, tais polímeros podem

ser testados como filtros. Nos polímeros de TEGDMA 1:3 e 1:5 houve a formação de

esferas, isto, devido a imiscibilidade dos dois reagentes. (CAPES (proc. 024/2012

Pró-equipamentos); FAPESP (2012/21450-1 e 2013/09022-7) pelo suporte

financeiro e equipamentos; CNPq pela bolsa número 116241/2016-0)

Palavras-chave: dimetacrilatos, fotossintetizados, morfologia, glicerol, grau de

conversão

MATERIAL

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SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS DE OURO: COMPARAÇÃO ENTRE DOIS

MÉTODOS PARA NÃO-AGREGAÇÃO

Caroline Rodrigues Basso1*; Claudia de Camargo Tozato2; Valber de Albuquerque

Pedrosa1 1Instituto de Biociências- Unesp- Botucatu, 2Instituto de Biotecnologia- Unesp- Botucatu.

*[email protected]

Nos últimos anos, a utilização de nanomateriais tem atraído atenção devido ao seu

tamanho, formato e propriedades ópticas em comparação com outros tipos de

materiais. As nanopartículas de ouro apresentam inúmeras propriedades, como boa

biocompatibilidade e baixa citotoxicidade, funcionalizando facilmente com aplicações

de proteína bioconjugadas com vários ligantes tais como ácidos nucléicos,

aptâmeros e anticorpos para o desenvolvimento de biossensores. O desafio em se

trabalhar com nanopartículas de ouro (AuNPs) é manter sua estabilidade e

dispersividade, sem a ocorrência da formação de agregados em solução. O objetivo

deste trabalho foi comparar dois métodos descritos na literatura para prevenir a

formação de agregados: AuNPs com a modificação do pH e AuNPs com a adição do

surfactante Tween 20. Para o experimento, soluções de AuNPs foram preparadas e

separadas em alíquotas. Em uma parte das alíquotas, o pH da amostra de AuNPS

foram ajustados para 5,9; 6,2; 6,8 e 7,2 respectivamente e na outra parte das

alíquotas foram adicionadas diferentes concentrações do surfactante (19,0; 21,0;

23,0; 25,0 e 27,0 mg/ml). Essas amostras foram armazenadas em duas condições

diferentes, geladeira e temperatura ambiente durante um ano. A caracterização das

nanopartículas foi realizada utilizando UV-Vis, Microscopia Eletrônica de

Transmissão, DLS e análise do resultado através do programa ImageJ. Os

resultados obtidos no final do experimento mostraram através da microscopia de

transmissão que as AuNPs com surfactante armazenadas na geladeira mantiveram

a dispersividade ao longo de um ano, apresentando diâmetro médio variando de 13

nm a 23 nm. Já as AuNPs com diferentes pHs não mantiveram a dispersão, vindo a

formar agrupados. (Apoio Financeiro: Capes)

Palavras-chave: nanopartículas de ouro, microscopia eletrônica de transmissão

MATERIAL

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A INFLUÊNCIA DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS NA TRANSIÇÃO SÓLIDO-

SÓLIDO A PARTIR DE NANOPARTÍCULAS DE ZIRCÔNIA UTILIZANDO

ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL CÍCLICA E MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE

VARREDURA

Caroline Gaglieri1*; Rafael Turra Alarcon1; Rafael Godoi1; David Santos Souza

Padovini1; Fenelon Martinho Lima Pontes1; Flávio Junior Caires1

1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências- Campus Bauru

*[email protected]

A zircônia (ZrO2) é um material cerâmico, refratário e considerado um importante

material funcional. Apresenta três principais fases: monoclínica, tetragonal e cúbica,

sendo a primeira a fase mais estável, e a mudança destas fases, para a zircônia

pura, ocorre em 1170 ºC (monoclínica→ tetragonal), 2370 ºC (tetragonal → cúbica).

Trabalhos na literatura mostram alguns efeitos sobre as transições sólido-sólido da

zircônia, mas não foi encontrado a influência do tamanho da partícula quando uma

nanopartícula de ZrO2 está sujeita a ciclos de aquecimento e resfriamento. O

presente trabalho tem por objetivo estudar a influência da variação do tamanho das

partículas de zircônia, a partir de nanopartículas, sob as temperaruras de transição

sólido-sólido (tetragonal→ monoclínica) quando a mesma é submetida a ciclos de

aquecimento e resfriamento. A zircônia foi sintetizada pelo método hidrotermal. O

material foi caracterizado por Termogravimetria e Análise Térmica Diferencial

Simultâneas (TG-DTA) (Netzsch, modelo STA Jupiter 449 F3), massa amostral: 11

mg; atmosfera de ar com vazão de 50 ml min-1; razão de aquecimento: 10 ºC min-1;

q: (30-1250-650-1250-650-1250-650) ºC, e por Microscopia Eletrônica de Varredura

de Alta Resolução (FEG-MEV) (JEOL, modelo 7500F) utilizando-se um subtrato de

Si. As curvas TG-DTA mostram duas perdas de massa (∆mTotal=11,23%) entre 30,0-

610,3 ºC associados a desidratação e evaporação do precursor residual. Além disso

observa-se que a cada ciclo o pico da transição → (exotérmico) na curva DTA é

deslocado para temperaturas maiores (859→ 890→ 901 ºC). Pelas imagens de

microscopia acompanha-se o crescimento da partícula a cada ciclo. A transição

→não foi detectada no primeiro aquecimento, visto que a fase obtida pela rota

hidrotermal foi a tetragonal (), enquanto que nos demais aquecimentos observa-se

a transição Tp= 1158ºC (endotérmico). Tais dados sugerem que quanto maior a

partícula, maior a temperatura Tp da transição →. (Os autores agradecem o LMA-

IQ pela disponibilidade de utilização do microscópio eletrônico de varredura)

Palavras-chave: zircônia, transição sólido-sólido, tamanho da partícula, DTA cíclico

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INFLUÊNCIA DE FILLERS NA MORFOLOGIA DE POLÍMEROS FOTOCURADOS

DE URETANO DIMETACRILATO E GLICEROL

Arthur Rossi de Oliveira1*; Rafael Turra Alarcon1; Gilbert Bannach1 1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Bauru.

*[email protected]

Atualmente polímeros fotocurados vêm ganhando espaço em pesquisas, devido sua

vasta aplicação, como em resinas dentárias para fissuras, selamentos, entre outras

utilidades. Uma síntese fácil para obtenção de materiais poliméricos é a

fotopolimerização, que consiste no emprego da luz para excitar uma molécula,

criando um radical, que irá atacar a ligação C=C do grupo metacrilato. Tendo em

vista as diferentes necessidades, não só em resinas dentárias, mas como outras

aplicações dos mesmos, surge à dopagem de polímeros com fillers, ou cargas

inorgânicas, com o propósito de modificar propriedades térmicas, mecânicas,

elétricas, ópticas, grau de conversão e morfológicas. No presente trabalho analisou-

se o efeito de cargas inorgânicas, sendo Al2O3, TiO2 e Nb2O5, na morfologia do

polímero. Utilizou-se o monômero Uretano Dimetacrilato (UDMA) e glicerol na

proporção 1:5 (mol/mol), com a finalidade de utilizar a maior quantidade do

poliálcool, devido o mesmo ser um resíduo industrial e 5% (m/m) de filler em relação

a massa final. Para a visualização da alteração, foi sintetizado um polímero não

contendo carga. Para a caracterização morfológica foi utilizado a Microscopia

Eletrônica de Varredura (MEV) com aumento de 300x. Pode-se observar que o

polímero não contendo carga é poroso, já o polímero com o Al2O3 formou-se esferas

lisas com diâmetro de 114µm na forma de clusters, já contendo o TiO2 obteve-se

esferas com diâmetro de 220µm com uma crosta ligando-as entre si, e por fim,

contendo o Nb2O5 formaram-se esferas lisas com 108µm de diâmetro contendo

pequenas partículas em algumas regiões. Através do trabalho descrito acima foi

concluido que a adição de diferentes fillers em polímeros alteram sua morfologia

significativamente podendo ser aplicado a diferentes materiais, e com acréscimo do

glicerol o custo é reduzido. (CAPES (proc. 024/2012 Pró-equipamentos); FAPESP

(processos: 2012/21450-1 e 2013/09022-7) pelo suporte financeiro e equipamentos;

CNPq pela bolsa número 116241/2016-0)

Palavras-chave: fillers, glicerol, polímeros fotocurados

MATERIAL

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MICROMORFOLOGIA DA COLUNA E DO LABELO DE Cyclopogon PRESL S.L.

(SPIRANTHINAE, ORCHIDACEAE)

Sérgio Akira Adachi1*; Fábio De Barros2; Maria Das Graças Sajo3; Gerardo Adolfo

Salazar4 1Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP,

Botucatu-SP, Brasil, 2Seção do Orquidário, Instituto de Botânica, São Paulo-SP, Brasil, 3Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Rio

Claro-SP, Brasil, 4Departamento de Botánica, Intituto de Biologia, Universidad Nacional Autónoma de

México, Distrito Federal, México. *[email protected]

O gênero Cyclopogon compreende aproximadamente 75 espécies de hábito

terrícola, cujo principal centro de diversidade encontra-se no Brasil, Equador e Peru.

Atualmente o gênero encontra-se segregado em Cyclopogon, Cocleorchis,

Warscaea, Stigmatosema e Beadlea, baseado em características morfológicas do

labelo e rostelo, tornando o gênero Cyclopogon parafilético. Considerando a

controversa circunscrição de Cyclopogon, o presente trabalho analisou a

micromorfologia do labelo e da coluna de representantes dos cinco gêneros,

apontando semelhanças e diferenças entre as flores dos gêneros segregados de

Cyclopogon s.l. Amostras florais das espécies Cyclopogon congestus, Cyclopogon

elatus, Cyclopogon luteoalbus, Cocleorchis sarcogottidis, Stigmatosema

inaequilatera, Stigmatosema polyaden, Warscaea aprica, Warscaea diversifolia e

Beadlea variegata foram fixadas em FAA 50, desidratadas em série etanólica,

submetidas ao ponto crítico, metalizadas com ouro (10nm) e analisadas ao

microscópio eletrônico de varredura a 5kV. Apesar das flores analisadas possuírem

pétalas e sépalas com morfologia semelhante, algumas características estruturais do

labelo, como presença de osmóforos, aurículas, papilas e tricomas, além de

diferenças no ápice do rostelo, são particulares a determinadas espécies. Com

relação ao ápice do rostelo, observa-se uma morfologia variada após a remoção do

polinário, com espécies apresentando rostelo laminar (Cyclopogon e Beadlea), em

forma de bolsa (Warscaea), curvado para cima (Stigmatosema) ou com as margens

curvadas para baixo (Cocleorchis), entretanto, tal variação não parece estar

relacionada a diferenças funcionais, já que o mesmo mecanismo de polinização,

realizado por abelhas da família Halictidae, é descrito para espécies típicas de

Cyclopogon e para espécies associadas à Warscaea e Beadlea. Dessa forma uma

abordagem mais conservativa preservando a monofilia do grupo Cyclopogon s.l. é

sugerida até que novos estudos sejam realizados. (FAPESP, CNPq)

Palavras-chave: Orchidaceae, Beadlea, Cocleorchis, Stigmatosema, Warscaea

VEGETAL

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EXPRESSÃO DE DR5REV::MRFPER E PPIN1-PIN1::GFP EM Solanum

lycopersicum L. (SOLANACEAE) CV. MICRO-TOM

Marcela Morato Notini1*; Mateus Henrique Vicente1; Paul Tarr2; Elliot Meyerowitz2;

Lázaro Eustáquio Pereira Peres1 1Laboratório de Controle Hormonal do Desenvolvimento Vegetal, Departamento de Ciências

Biológicas (LCB), Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ (ESALQ), Piracicaba, São Paulo,

Brasil, 2Division of Biology and Biological Engineering, California Institute of Technology, Pasadena,

California, USA.

*[email protected]

A utilização da cultivar miniatura de tomateiro Micro-Tom (MT) como modelo para

estudos genéticos e fisiológicos vem crescendo em função do seu ciclo de vida

curto, pequeno porte, vasta coleção de mutantes e eficiente protocolo de

transformação. Proteínas fluorescentes, como GFP e seus derivados, tem sido

amplamente utilizadas como marcadores de transgenia celular e em estudos de

expressão gênica. Assim, plantas de MT foram transformadas com repórteres

fluorescentes fusionados ao promotor sintético responsivo a auxina

DR5rev::mRFPer e ao transportador polar de auxina pPIN1-PIN1::GFP. Os padrões

de fluorescência de plântulas transgênicas aos 10 dias de cultivo foram analisados

em microscópio confocal Zeiss LSM 780 Meta. As imagens foram obtidas com

auxílio do software ImageJ. No ápice caulinar vegetativo de MT, PIN1 foi altamente

expresso na camada L1 do meristema e no primórdio foliar incipiente. Além disso,

PIN1 mostrou-se tipicamente localizado na base das células do tecido vascular

central das raízes. O monitoramento da sinalização de auxina (DR5) no ápice

vegetativo revelou um forte sinal no primórdio foliar incipiente. Após a emergência do

primórdio, a resposta à auxina foi verificada apenas no ápice do primórdio. Por fim,

em primórdios mais desenvolvidos, um forte sinal pDR5rev::RFPer foi detectado na

face adaxial, marcando os folíolos incipientes e recém-emergidos. Adicionalmente, o

repórter fluorescente dirigido pelo promotor DR5 foi altamente expresso na ponta

das raízes, mas não nos tecidos vasculares. O padrão de expressão de DR5 e de

distribuição do transportador PIN1 em MT permitirá elucidar a influência da auxina

em diversos processos do desenvolvimento de plantas de tomateiro, bem como sua

utilização para caracterizar diferentes mutantes quanto à sua relação com esse

hormônio. (Financiamento: Fundação de Amparo a Pesquisa do estado de São

Paulo/FAPESP)

Palavras-chave: Micro-Tom, auxina, repórter fluorescente, desenvolvimento

VEGETAL

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ULTRAESTRUTURA DAS CAVIDADES SECRETORAS DE RESINA NO LIMBO

FOLIAR DE Protium heptaphyllum (AUBL.) MARCH. (BURSERACEAE)

Fernanda Helena Palermo*; Tatiane Maria Rodrigues Departamento de Botânica, Instituto de Biociências de Botucatu.

*[email protected]

Protium heptaphyllum (Aubl.) March., conhecida popularmente como almecegueira,

é uma espécie arbórea de ampla distribuição no Brasil. Possui folhas com odor forte

e agradável relacionado à produção de secreção resinosa em cavidades secretoras.

Apesar da importância econômica e ecológica da secreção produzida por P.

heptaphyllum, estudos ultraestruturais sobre as cavidades secretoras são

inexistentes. Este trabalho teve por objetivo estudar os aspectos subcelulares das

cavidades secretoras presentes no limbo foliar de P. heptaphyllum. Amostras do

limbo foliar foram processadas segundo técnicas usuais em microscopia eletrônica

de transmissão. As cavidades secretoras apresentaram lume delimitado por epitélio

secretor unisseriado. As células epiteliais mostraram paredes relativamente

espessas, citoplasma denso, núcleo volumoso e vacúolos com diferentes tamanhos.

Plasmodesmos conectam as células epiteliais entre si. No citoplasma foram

observadas, mitocôndrias, dictiossomos hiperativos, retículo endoplasmático liso

bastante proliferado e numerosos plastídios desprovidos de tilacóides e contendo

plastoglóbulos. Numerosas vesículas e corpos multivesiculares foram observados no

citoplasma, principalmente nas adjacências da membrana plasmática, evidenciando

o processo de exocitose. Acúmulo de secreção ocorre nos amplos espaços

periplasmáticos das células epiteliais e no lume das cavidades. Embora P.

heptaphyllum seja conhecida pela produção de resina aromática, as características

subcelulares do epitélio secretor sugerem intensa produção de material hidrofílico,

além da fração lipídica, indicando a natureza mista da secreção. (Cnpq)

Palavras-chave: almecegueira, cavidades secretoras de resina, epitélio secretor,

ultraestrutura

ORAL

VEGETAL

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ARQUITETURA E LIGNIFICAÇÃO DE FIBRAS GELATINOSAS

Tayeme Cristina Piva¹*; Silvia Rodrigues Machado¹; Edna Scremin Dias² ¹Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica), Universidade Estadual Paulista IB

(UNESP), Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil, ²Programa de Pós-Graduação em

Biologia Vegetal, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Centro de Ciências

Biológicas e da Saúde, Laboratório de Botânica, Campo Grande, MS, Brasil.

*[email protected]

Fibras gelatinosas são caracterizadas por apresentarem pouca ou nenhuma

lignificação na camada mais interna (Camada-G) da parede secundária possuindo

variação em seu arranjo quanto a posição perante as outras camadas (S1, S2 e S3)

de parede celular (S1 + G; S1 + S2 + G e S1 + S2 + S3 + G). O objetivo deste

trabalho foi verificar a composição química e a estrutura das fibras gelatinosas em

três espécies coletadas no Complexo Cerrado-Chaco no estado do Mato Grosso do

Sul, sendo duas xerófitas (Eriosema campestre var. campestre Benth. e Prosopis

rubriflora Hassl.) e uma hidrófita (Ludwigia leptocarpa (Nutt.) H.Har.). Foram

coletadas folhas (nervura principal e pecíolo) e entrenós de caule jovem

(crescimento primário e início de crescimento secundário). O material foi seccionado

a mão livre com lâmina de barbear. Para a detecção de lignina os cortes foram

tratados com cloreto de zinco iodado e floroglucina ácida. Para a observação da

localização da lignina nas paredes das fibras gelatinosas, cortes ao natural foram

examinados ao microscópio confocal, sendo a documentação conduzida à laser 543,

a 70% para excitação da amostra e a detecção da fluorescência ocorreu no intervalo

de 591 a 663nm. Para análise geral da arquitetura das fibras gelatinosas, amostras

foram desidratadas em aparelho de ponto crítico, metalizadas com ouro e analisadas

ao MEV. As fibras gelatinosas da espécie hidrófita exibiram diferenças com relação

às espécies xerófitas, principalmente quanto ao arranjo das camadas das paredes

celulares. Reação positiva ao teste histoquímico para lignina foi registrada na

Camada-G unicamente das espécies xerófitas; porém ao microscópio confocal,

lignificação foi observada na Camada-G nas três espécies. Esses resultados

suportam estudos questionando a especificidade do teste histoquímico para lignina,

uma vez que sua composição é variável. Este trabalho ressalta a importância de

estudos combinando diferentes microscopias no estudo detalhado das fibras

gelatinosas. (CAPES)

Palavras-chave: fibras gelatinosas, camada-G, lignina

VEGETAL

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DIVERSIDADE MORFOLÓGICA DE TRICOMAS GLANDULARES EM FOLHAS DE

Eriosema campestre BENTH. var. campestre (LEGUMINOSAE:

PAPILIONOIDEAE: PHASEOLEAE)

Diana Pacheco Seixas1; Ana Paula Fortuna-Perez1; Tatiane Maria Rodrigues1 1Instituto de Biociências – Unesp, Departamento de Botânica, Laboratório de Anatomia Vegetal,

Botucatu, SP, Brasil.

*[email protected]

Tricomas glandulares são muito diversos em espécies de leguminosas,

representando sítios de importância ecológica e econômica. Em Eriosema (DC.)

Desv., a presença de tricomas de base bulbosa e glândulas vesiculares é relatada

em folhas como sendo um caráter de valor taxonômico; entretanto, faltam estudos

detalhados sobre a diversidade morfológica dos tricomas glandulares nessas

espécies. Nosso objetivo foi analisar a morfologia dos tricomas glandulares no limbo

foliar de E. campestre var. campestre. Amostras foliares foram coletadas a partir de

três indivíduos em remanescentes de Cerrado s.l. em Campo Grande (MS). O

material foi processado segundo técnicas usuais em anatomia vegetal e microscopia

eletrônica de varredura. Sete morfotipos de tricomas glandulares foram encontrados.

Tipo I: base unicelular, pedestal bicelular, corpo com porção inferior bulbosa com 10-

12 células, pedúnculo alongado com 10 células dispostas em pares e cabeça

secretora unicelular pequena e arredondada; Tipo II: base unicelular, pedestal

unicelular curto, corpo com porção inferior bulbosa com 5-6 células achatadas,

pedúnculo alongado com 5 células e cabeça secretora unicelular pequena e

arredondada; Tipo III: base unicelular, pedúnculo bicelular curto, cabeça secretora

unicelular volumosa e ovalada; Tipo IV: base unicelular, pedúnculo bicelular curto, 1

célula colar achatada, cabeça secretora bicelular ovalada; Tipo V: base unicelular,

pedúnculo unicelular curto, cabeça secretora arredondada com 4 células; Tipo VI:

base unicelular, pedúnculo estreito unicelular curto, 1 célula colar achatada, cabeça

globosa com 8 células; Tipo VII: base unicelular, pedúnculo bicelular curto, cabeça

unicelular globosa e pequena. A utilização de técnicas de microscopia convergentes

possibilitou a descrição morfológica de maior diversidade de tricomas glandulares

nas folhas de uma espécie de Eriosema que a descrita em literatura. Nossos

resultados poderão colaborar com a sistemática do grupo. (Capes)

Palavras-chave: Fabaceae, tricomas secretores, variedade morfológica

VEGETAL

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PONTOAÇÕES GUARNECIDAS EM RAÍZES DE LEGUMINOSAE LENHOSAS E

HERBÁCEAS EM CHACO BRASILEIRO

Jane Rodrigues da Silva¹*; Tamires Soares Yule²; Edna Scremin-Dias² 1Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas - Botânica, Universidade Estadual Paulista

“Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, Botucatu, SP, Brasil, 2Programa de Pós-graduação em Biologia

Vegetal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, Brasil.

*[email protected]

Pontoações guarnecidas são amplamente distribuídas entre diversos grupos de

Eudicotiledôneas, como por exemplo, em Leguminosae. As guarnições são

minúsculas protuberâncias na parede celular secundária que margeiam as

cavidades e/ou aberturas das pontoações. Funcionalmente, tais estruturas limitam a

deflexão e o estiramento da membrana da pontoação causados pela entrada de

bolhas de ar durante o embolismo induzido pela seca. Devido ao tamanho reduzido

das pontoações, análises em microscopia eletrônica são necessárias para detectar

as guarnições nas paredes de elementos traqueais do xilema secundário. Assim, por

meio de análises em microscopia eletrônica de varredura (MEV), verificamos a

presença de pontoações guarnecidas em raízes em espécies de Leguminosae

comuns em remanescentes de Chaco brasileiro. Coletamos raízes de 16 espécies

em vegetação chaquenha, no município de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul,

Brasil. Para as análises em MEV, utilizamos amostras de xilema secundário fixadas

em FAA70. As amostras foram desidratadas, aderidas em porta objeto e metalizadas

com fina camada de ouro no Denton Vacuum Desk III. Realizamos a

fotodocumentação ao Microscópio Eletrônico de Varredura JEOL JSM-68880LV no

Laboratório Multiusuário de Análises de Materiais, da Universidade Federal do Mato

Grosso do Sul. Visualizamos pontoações guarnecidas em raízes de 14 espécies

herbáceas e lenhosas. Filogeneticamente, as espécies com guarnições ocupam

posição mais derivadas dentro de Leguminosae em relação às espécies não-

guarnecidas. Nossos dados demonstram que pontoações guarnecidas podem ter

sido perdidas e originadas independentemente várias vezes dentro da família. Além

disso, tais estruturas nas raízes contribuem para maior segurança hidráulica em

períodos de estresse hídrico, auxiliando na reversão do embolismo, principalmente,

durante a estação seca. (CAPES, CNPq)

Palavras-chave: embolismo, microscopia eletrônica de varredura, segurança

hidráulica, xilema secundário

VEGETAL

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ULTRAESTRUTURA DOS TRICOMAS GLANDULARES DE Hyptis villosa POHL EX

BENTH. (LAMIACEAE) E MARCAÇÃO DIFERENCIAL DOS ELEMENTOS DO

CITOESQUELETO

Luiz Ricardo dos Santos Tozin¹*; Tatiane Maria Rodrigues¹

¹Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Biociências de Botucatu (IBB), Botucatu,

Brasil.

*[email protected]

Espécies de Lamiaceae são caracterizadas pela presença de diferentes morfotipos de

tricomas glandulares envolvidos na secreção de substâncias de natureza diversa. Relação

entre morfotipo glandular e composição da secreção tem sido estabelecida, sendo que os

aspectos subcelulares das células secretoras variam conforme as substâncias produzidas.

Embora o envolvimento do citoesqueleto no tráfego de organelas e na ancoragem das

vesículas seja conhecido, estudos sobre elementos do citoesqueleto em células secretoras

de plantas não foram encontrados. Nós analisamos a ultraestrutura dos tricomas

glandulares de Hyptis villosa e a distribuição dos elementos do citoesqueleto. Amostras

foliares foram processadas para análises em microscopia eletrônica de transmissão. Para

marcação dos elementos do citoesqueleto, amostras foram incubadas em anti-β-tubulina e

Faloidina e analisadas em microscópio confocal. Três morfotipos de tricomas glandulares

foram observados. Morfotipo I: peltado; cabeça tetra celular arredondada; gotas de óleo e

numerosos plastídios sem tilacóides caracterizam a cabeça secretora indicando secreção

lipídica. Morfotipo II: peltado; cabeça bicelular oval com abundância de dictiossomos

hiperativos e retículo endoplasmático liso. Morfotipo III: capitado; cabeça unicelular

arredondada com dictiossomos, vesículas, retículo endoplasmático liso e plastídios sem

tilacóides. A ultraestrutura dos morfotipos II e III indica a natureza mista da secreção.

Microtúbulos foram marcados em todos os morfotipos e são importantes no deslocamento

de organelas e substâncias dispersas no citoplasma, como lipídios. Microfilamentos foram

intensamente marcados nos morfotipos II e III, sugerindo seu envolvimento no movimento e

ancoragem de vesículas no citoplasma e sua fusão à membrana plasmática durante a

exocitose. Nossos dados indicam que a distribuição dos elementos do citoesqueleto varia de

acordo com o morfotipo glandular e com a composição da secreção. (CNPq)

Palavras-chave: aspectos celulares, glândulas foliares, microfilamentos, microtúbulos

VEGETAL

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UTILIZAÇÃO DE MICROSCOPIA ÓTICA E ELETRÔNICA DE VARREDURA NA

COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO TRICOMA DO TIPO IV EM TOMATEIRO

(Solanum lycopersicum L. cv. Micro-Tom)

Eloisa Vendemiatti1*; Frederico Almeida de Jesus1; Lucas Cutri1; Francisco Tanaka2; Lázaro

E. Pereira Peres1 1Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de

Ciências Biólogicas, 2Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,

Departamento de Fitopatologia.

*[email protected]

Tricomas glandulares são estruturas com ampla distribuição e significado ecológico. No

gênero Solanum, um papel relevante é atribuído aos tricomas do tipo IV, pois proporcionam

resistência a herbivoria. Essas estruturas são ausentes no tomateiro cultivado (Solanum

lycopersicum), mas são presentes em algumas espécies selvagens aparentadas resistentes

a insetos. Neste trabalho foram utilizadas microscopia ótica e eletrônica de varredura para

verificar a possível presença de tricomas tipo IV em uma série de cultivares de tomateiro. A

fenotipagem de tricomas foi feita utilizando microscopia de luz e amostras de folhas de

diferentes idades. Essas foram fotografadas com lupa Leica S8AP0. A microscopia

eletrônica de varredura foi utilizada para confirmar a morfologia do tricoma IV nas cultivares

analisadas. As amostras foram fixadas em solução de Karnovsky, lavadas em cacodilato e

novamente fixadas em tetróxido de ósmio. Posteriormente, foram lavadas, desidratadas em

série de acetona, submetidas à secagem ao ponto crítico, revestidas com ouro e observadas

no equipamento LEO 435 VP. Embora nunca antes relatados, tricomas do tipo IV foram

encontrados em folhas cotiledonares de todas as cultivares observadas. Um time course

feito no modelo Micro-Tom (MT) mostrou que a presença desse tricoma é restrita aos

cotilédones e ao primeiro par de folhas verdadeiras, sugerindo que a presença de tricomas

do tipo IV é uma característica juvenil que é perdida em plantas adultas. Analisou-se

também linhagens com alterações no desenvolvimento foliar, entre elas, o transgênico

superexpressando o micro-RNA miR156, um marcador da juvenilidade, apresentou grande

quantidade de tricoma do tipo IV em folhas maduras. Em conjunto, os resultados indicam

que a presença de tricomas tipo IV é um marcador de juvenilidade em tomateiro e que sua

presença em folhas adultas para conferir resistência à herbivoria pode ser manipulada

biotecnologicamente através da promoção de heterocronia. (Financiamento: Fundação de

Amparo a Pesquisa de Estado de São Paulo - FAPESP)

Palavras-chave: tricomas, tomateiro, herbivoria, juvenilidade, miR156

VEGETAL

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VARIAÇÃO CORTICAL EM Hypotrachyna (VAINIO) HALE S.L.

(PARMELIACEAE, FUNGOS LIQUENIZADOS)

Camila Aparecida Zanetti1*; Marcelo Pinto Marcelli2

1Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho” – UNESP, Botucatu, 2Seção de Micologia e Liquenologia, Instituto de Botânica, São

Paulo. *[email protected]

Liquens são a associação entre fungos e algas ou cianobactérias e se apresentam

sob diferentes hábitos que são resultado de algumas características anatômicas

especiais, como a anatomia do córtex superior. São formados por plectênquimas,

tecidos compostos por hifas frouxamente entrelaçadas e inteconectadas por

anastomoses ou firmemente compactadas entre si. Parmeliaceae é a família mais

estudada anatomicamente por ser um dos maiores e mais diversos grupos de fungos

liquenizados do mundo. Os estudos têm revelado estruturas inéditas e caracteríscas

talinas importantes que podem ser usadas como caracteres taxonômicos. Dentro

desta família há Hypotrachyna com cerca de 270 espécies e que foi recentemente

segregado em Lyngenella, Hypotrachynella, Vainia e Martiana, além de

Hypotrachyna s.s., baseado na morfologia e química dos grupos. Sendo assim, o

objetivo deste trabalho foi descrever anatomicamente Hypotrachyna s.l., verificando

se as variações corticais corroboram com a recente segregação do gênero. Para

microscopia de luz, amostras de material fresco foram processadas e descritas

seguindo os protocolos do Grupo de Estudos Liquenológicos e para Microscopia

Eletrônica de Varredura, foram secas em sílica, metalizadas em ouro e vizualizadas

em microscópio FEI Quanta 200. Diferente do que foi vizualizado em outros gêneros,

o córtex superior de Hypotrachyna s.l. varia de desestruturado a descontínuo,

parecido com o que foi visto em Parmelinopsis, recentemente colocado como

subgênero de Hypotrachyna. Lyngenella foi o único a apresentar aeroplectênquima,

Hypotrachynella é o mais homogêneo entre os gêneros e Vainia e Hypotrachyna s.s.

possuem grande variação cortical, sugerindo se tratar de grupos heterogêneos. Os

resultados corroboram estudos filogenéticos recentes a apontam mais uma vez a

importância do córtex superior para a delimitação de espécies, além de sugerir a

necessidade de estudos adicionais para uma melhor definição de Vainia e

Hypotrachyna s.s.

(CAPES e CNPq)

Palavras-chave: córtex superior, plectênquima, liquens

VEGETAL