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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANASimone do Rocio Baptista Salgueiro
A APRENDIZAGEM NA EDUCA<;:Ao INFANTIL AT RAVES DA MUslCA
Cuntiba
2003
SIMONE DO ROCIO BAPTISTA SALGUEIRO
A APRENDIZAGEM NA EDUCAt;:Ao INFANTIL ATRAVES DA MUSICA
Monografia apresentada como requisitoparcial para a obten~ao do tftulo de9radua~ao no curso de Pedagogia daUniversidade Tuiuti do Parant:..
Professora Maria Francisca Leffer.
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C'
Curitiba
2003
J~ ~!l~~~~<!~~~,~~~!!.~?,~~~~~U P UNIVERSIDADE TOIUTI DO PARANA
FACULDADE DE ClI1:NClASHUMANAS, LETRAS E ARTESCURSO DE PEOAGOGIA
TERMO DE APROY A<;:AO
NOME DO ALUNO: SIMONE DO ROCIO BAPTISTA SALGUEIRO
TiTULO: A APRENDIZAGEM NA EDUCACAO TNFANTIL ATRAYES DA l\flISICA
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENt;AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGlA, CURSO DE
PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUlUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMI:J;0 AVALIADORA:
PROF'. N!;;;'f~lcfscA VILAS BOAS LEFFERORTENTADORA-----.
~'k' IPROf' MARIA LENE DO CARMO PASQUALOTTOl\TEMBRO I>AB NCA r----." 1\
I l-P <>----1.,..-) 2.~, I!~,«-----PROf" MARILZA DO RodlO MAI1'JLPESSOA1JA SILVAMEMBRO DA BANCA
DATA: 09112 12003,
CURITIBA- PARANA2003
C~m,'•••l!.Jn","~""i)l<'" "u:t&~_m.Il<l""~5:.'"IM.n'.'~M.I"k •.•.CEI'.:u\o.»O.F_ (~ljnl11'OOIr •• (I-IHI n"-!C,,"'f •••••_,,-_C! •••••"'"""'ft""" •••••-ft.or>JM.&II.a.t<OtI•••,;·CEI'.~:~l!O·'''''r.I''))W;C'.!IF ••'(.l)~.,.~c_~c~_r.~._U~ ••.•~CI •••••"..~n.••..!.i."$·UC"""· CE"Kll1o.:W· ~_ (ll)UI "llClQ/F.-: (41):J.Jll&TOC__ ,._)lWRIa __ '&c".'7t·,.~ ••••,....,..,·C€"'UCI01OO._(1I)111f6'UIF..,.:(~')3n5fj.41c-.-.>$~""",IO'li".HlllpWw._.l»-""..c..·C~""'h"lO·F_(~1Ill'~~IFfl:(41Jl..""4»'c.••..•••••...-.:,..,..-O"-"'I""t<WIOk>o;.~:u·Nat;u•.•••.cep'lICO:1lO·r.....:(H)1,.1t31{F~ •.(~I)lJI1>l1~l ••_:"~ o.m.,.,.tM••n;.,•••.159 ·.....,~·CfJ·IO~I!Hm· Fcn.'(~I)")~:4IF"'" Cl\)~ ~~Curit,,,,,.p~,:on.\.~_
A todos que acreditam na educ3r;::'O como
direito dos homens e dever da sociedade.
AGRADECIMENTOS
Afjradec;:o a Deus, pela maior Iic;:Aode vida que eu poderia ter em toda a
minha vida, pela doenc;a e pela cura e par tudo de melhor que eu pude aprender
durante todo este processo.
A minha familia pela presenya e forc;:a dedicada durante todo 0 curso de
graduac;:ao. Pelo amar de vocl!s aeima de todas as Goisas, pelos sorrisos, abrac;:os,
palavras de forc;:a, fe e esperanc;:a. Hoje eu venei e voc~s tambem! Muito obrigada,
eu ama vores: Lucimar, Jurandir, Rodrigo, Sergio, Jamille e Lars.
Aos professores do curso de Pedagogia, pelo carinho, amizade, atenc;ao, por
tode 0 conhecimento adquirido. Mas em especial a professora Maria Francisca, que
me deu multo apaio e acreditou que a realizac;:ao deste trabalho seria passive I
apesar de todos as problemas e obstaculos que tive durante a ano.
Aos colegas de curso pela lao importante amizade, pelo carinho e pela forc;:a
que me deram no momento em que eu mais precisei. Valeu Cris e Ana!
"Ensinar inexiste sem aprender e vice-
versa e foi aprendendo social mente que
homens e mulheres descobriram que era
possivel ensinar:
(Paulo FreirE!, 2000, p.26)
SUMARIO
1 INTRODUr;:AO 08
2 FUNDAMENTAr;:Ao TEORICA 112.10S0M.. . 112.20 SOM E SEUS ELEMENTOS..... . 132.3 MUSICA NA APRENDIZAGEM . . 152.4 MUSICALlZA<;:AO INTRA-UTERINA E PARA BEBt:S... . 162.5 A IMPORTANCIA DA MUSICA NA EDUCA<;:AO INFANTIL 182.60 LUDICO NAALFABETIZA<;:Ao- MUSICA.. . 19
3 METODOLOGIA 22
4 CONSIDERAr;:OES FINAlS 28
REFERENCIAS 30
REFERENCIAS COMPLEMENT ARES 31
ANEXO 1- AQUARELA (Toquinho) 33
LIST A DE FIGURAS
FIGURA 1 - A Produ<;ao da Voz .. . 12
RESUMO
Esta pesquisa focaliza a musica como 8gente facilitador na apreensao dosconteudos sistematicos na educa~o lnfantil, como ela e utilizada ern sala de aula ecomo ela e aceita pelos alunos. Esse instrumento de en sino e urna linguagemuniversal que todos as pavos utilizam para 0 lazer, para a comunicatyao, para arelaxamento, na socializatyao e no desenvolvimento das pessoas. A musica e urnaforma agradavel e ludica de tratar as conteudos trabalhados com as crianC;8s. AcrianC;8 e urn ser sincretico, aberta a todos as canais, vive intensamente cad adescoberta, quando aprende de forma Judica, explora sons, inventa rnusicas au atemesmo ouve as que ja existem e conseguem as similar rapldamente as conteudosestudados. Como metod alogia, optou-.se per uma aberdagem qualitativa, crftica ereflex iva em uma pesquisa participante. Desta forma realizou-se uma pes qui sa decampo e uma pesquisa bibliografica a fim de fundamentar teericamente a que foiconstatado na pesquisa de campo.
Palavras chaves: mlisica, aprendizagem, lOdico, crianc;a.
1 INTRODUCiio
o tema desse trabalho e ~A aprendizagem na edUC8t;;aO infantil atraves da
musica- e tern como publico alva crianyas de seis anos (turma de jardim III) de urna
eseela particular. 0 tema gerador dessa pesquisa foi a respeito das influencias da
musica na aprendizagem na eduC8c;:aOinfantil.
A musica e considerada urna linguagem universal utilizada par todas as
pessoas no mundo inteiro. E ministrada em diversas ocasiOes e para muitas
finalidades, como encontros, homenagens e ate mesma na socializac;:ao e no
desenvolvimento das pessoas. Aqui 0 ponto abordado e a aprendizagem na
eduC8c;:aOinfantil atraves da music8. Par ser muito agradavel, a musica en valve a
ambiente escolar chamando a atenc;:a.ode lodas as pessoas. A escola v~ na musica
urn agente facilitador na aprendizagem de conteudos sistematicos, exatamente par
ser de facil memorizac;:ao e uma forma ladica de tratar tais conteCJdos. A crianrya e
um ser sincretico, ou seja, sua percepc;:ao de mundo e multidimensional e
simul~nea. Aberta a todos os canais, a crianrya vive intensamente cad a descoberta,
colocando ...se par inteiro em cada situaryt1o. Quando aprende de forma ludica,
explora sons, inventa musicas ou ate mesmo ouve as que ja existern, consegue
assimilar rnelhor e mais rapido os conteados estudados.
o presente trabalho tern como objetivos desenvolver a aprendizagem dos
conteudos sistematicos atraves da musica, desenvolver a concentrac;:t1o, estabelecer
relaC;:Oesdas letras musicais com 0 cotidiano da crianc;:a e identificar a variedade dos
sons.
Ternos como hip6teses que a musica e urn agente facilitador na
aprendizagem dos conteudos sisternaticos; que a musica prende a atenyao da
crian9a, aumentando assim 0 seu poder de concentra9ao; a criant;a relembra os
contelidos trabalhados atraves da musica com mais facilidade p~r causa da
sonoridade.
Para atingir aos objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa de campo em
um centro de educat;ao infantil, com a turma de jardim 111,composta por doze
criant;as com idades entre cinco e seis anos e teve a durat;ao de duas semanas, do
dia vinte e oito de julho ao dia oito de agosto do ano de dois mil e tr~s. Como
instrumento de coleta de dados utilizo-se a musica Aquarela, de Toquinho. Nos dais
primeiros dias, foi realizada a montagem de uma orquestra, com diferentes materiais
para que as criant;as pudessem conhecer os sons que originam a musica.
Nos dois dias seguintes (trinta e trinta e urn de julho), realizamos 0
conhecimento de diversos estil05 de musica e de artistas. Essa dinamica teve como
objetivo fazer com que as criant;as conhecessem diferentes estilos musicais para
assim, poderem formar as suas pr6prias opiniOes musicais.
Ao final da primeira semana, iniciamos a locu9ilo da musica Aquarela, com 0
intuito de conhecer seu ritmo e sua letra.
Na segunda semana de aplicayao deste projeto, ainda usando a musica
MAquarela- como instrumento de pesquisa, foram realizadas atividades nas seguintes
materias: Lingua Portuguesa, Artes, Hist6ria e Geografia. Cada atividade teve como
tema a musica escolhida com 0 objetivo de mostrar que a musica pode sim auxiliar
na aprendiz8gem.
10Portanto, esse projeto fai realizado para sanar algumas duvidas que
surgiram durante urna reflexao sabre a usc da musica nas escolas. ~ certo que se a
musica realmente facilitar na aprendizagem dos con1eudos, devera ser adotada com
fervor em todas as instituil;Oes de ensino, nao 56 para a educaC;ao infantil, mas para
lod05 os niveis de ensino.
II2 FUNDAMENTACAO TEORICA
2.10S0M
o som aparece desde as tempos mais prim6rdios, 56 que de uma maneira
muito diferente do que se v~ hoje em dia.
Os nassos antepassados descobriram 0 som atraves das palmas, das batidas
dos pes, algum tempo depois, atraves da madeira. Eles batiam, raspavam a madeira
lisa e perceberam que esta produzia um som e quando eles utilizavam a madeira
trabalhada, produzia outro som. Como urn mesma material poderia produzir sons
diferentes? Assim surgiram as instrumentos de percussao.
Com a fala, tambem nao foi diferente. 0 som rufdo que sala atraves da garganta foi
descoberto para imitar as sons da natureza. Aquele instrumento que antes era
usado sem saber que era um som e que poderia transformar~se em musica vinha de
dentro da garganta de cada urn dos famosos homens primatas.
Hoje em dia, a voz e urn des maio res instrumentas de trabalho das pesseas e
e ela que conduz as lindas canylles que embalam romances, festas e tudo mais.
o esquema abaixe, retirado do jornsl Gazeta do Povo, dia 30 de Novembro
de 2003, demonstra as partes que compOem 0 aparelho fonador:
12
A PRODUCAO DA VOZo ap.uClhofooildor!""po~"lpcllorodtJl;aOda 1ala e Ii farmada por.
Cavidad. buc.l: ~taqui O11deosome modulJdo pal1fo.rmardlfercnlessons. Tam~m31uoan3 -~~t~i~c:t~do;
Cavidadenasal: AjUU33amplificar 0sam, ljel,mdo
~----Ios aoudos.
Pregas VDClis: Vibramgerando 0 rom. EuaYibralfJ-o e c3usada peteiU expthdo ~ .•Ios pulmQe$.,
IF.;Iringe: Telllp:tpe{fund:mlWtal~1 ••."mphllC3~30do-s~ons,ipnnClpillmenle!dOSlJrave;;.
Figura 1 A pradul'aa da vaz
o sam e a forma de energia que se apresenta como resultado de um
movimento vibrat6rio rapido, transmitida atraves de andas em um meio elastica, e
caracterizando-·se, principalmente, por uma sensac;ao sonora, que e capaz de
impressionar a 6rgao auditiv~ dos homens e dos animais.
Todas as causal, sejam de n.,tureza tilie. au qufmica, capaze!l de altel'ar a posiylo relativadas moh~culas, t~m capacidade de faz6-las vibrar. Se eua vibra~o atingir valorescompreendidos denlro de certa filixa, 0 fenOmeno que a causa dara origem 011 um som. Es.ufahea de freq(j~ncia e vanavel de indivlduo para individuo, mas e, em media, de dezesseiscicio, par segundo D quarenta quilociclos por se.gundo, cobrindo, pois, dez oitavos e meia.o som, considerado fisicamente, consisle em varia¢es rapidas na densidade de um meioelastico, usualmenle 0 ar. Esus rjpidlll varia¢es de den.idade I!m norm2llmenle umpadrjo uniforme, repetindo4e regularmenle. Os sons dessa especie sao peri6dicos ecaracterizando-se par wa lonalidade. Os sons nao peri6dicos sao percebidos sob a forma deruldos. Para que 0 sam pOISa propagar-.se, e necessaria a exisl~nda de um meio elastica.Islo foi provado por Boyle, grayas a uma experi~nda que consistia em fazer 30ar umecampainha no are no viK:uo. No primeiro calO, ouvia-Ie distinlamente 0 80m, enquanto que,no segundo, nada Ie ou"';a.(Barsa, vol 14. PQ.).
13
2.2 0 SOM E SEUS ELEMENTOS
Existem divers os elementos musicais importantes. Sem eles, a musica nao
teria a mesma beleza e grat;a que tern hoje. Antigamente, as musicas nao eram lao
elaboradas e nao contavam com a mesma estrutura que se tern hoje. A grande
preocUpa9aO era produzir sons geralmente para GUltuaf as deuses, dar gra9as pela
fartura, ou pela vida.
Oentre estes elementos estao: a meladia, harmonia, ritmo, timbre, forma,
altura, intensidade e tessitura.
A melodia e urna sucessao de sons musicais combinadas, e urna seqO~ncia
de notas, de diferentes sons, organizadas numa dada forma de modo a fazer sentido
musical para quem escuta.
A harmonia ocorre quando duas au mais netas de diferentes sons sao cuvidas 80
mesma tempo, produzindo urn aearde. Os acordes sao de do is tipos: consonantes,
nos quais as notas concordam umas com as outras, e dissonantes, nos quais as
notas dissoam em maior ou men or grau, trazendo 0 elemento de tensao a frase
musical. Usamos a palavra ·harmonia~ de duas maneiras: para nos referirmos a
selevao de notas que constituem determinado acorde e para descrevermos 0
desenrolar ou a progressao dos acordes durante toda uma composivao.
o ritmo e a palavra usada para descrever os diferentes modos pelos quais um
compositor agrupa os sons musicais, principalmente do ponto de vista da duravao
dos sons e de sua acentuar;ao. No plano do fundo musical, havera uma batida
regular, a pulsar;ao da musica, que serve de refer~ncia ao ouvido para medir 0 ritmo.
14o timbre e 0 que podemos chamar de ·cor do som~. 0 compositor tanto pade jogar
com a mistura de timbres, au seja, misturar a serrao de cordas de urna orquestra
com as ficas e misteriosas sonoridades do corne ingl~s, dos viola neelos e dos
fagates, como tambem pade jogar com contrastes, procurando destacar urn som do
Dutro.
A forma descreve 0 projeto au configura~ao basica de que urn compositor pade
valer-se para maldar au desenvolver urna obra musical. sao varies as tipos de
formas au configurar;Oes, obtidos atraves de diferentes metod os, nos diferentes
periodos da hist6ria da musica.
A altura e a propriedade do sam ser grave, media au agudo. E a qualidade
fisiol6gica do som que permite diferenciar com clareza os sons graves dos agudos.
Essa distinc;:ao e funC;:30direta da freqO!ncia da energia vibrat6ria e per esse motive
o som e tanto mais agudo quanta maior for sua freqOencia. Usam-se normalmente
quatro metodos para determiner a altura do som: 0 metodo gratico, devido a
Duhamel; 0 6lico ou de Lissajores; 0 metodo das chamas manometricas de Koenig e
o acustico. Esse ultimo utiliza dois processos classicos: 0 da roda dentada de Savart
eo da sereia de Cagniard de La Tour.
A intensidade e a propriedade que se caracteriza pel a gradac;:ao com que 0 som
impressiona 0 6rgao auditivo. E intima mente ligada a energia do movimento
vibrat6rio e e proporcional a sua amplitude. Oetine-se como a quantidade de energia
que atravessa a unidade de superficie normal ao feixe sonoro na unidade de tempo,
ou seja, e a propriedade do som de ser fraco ou forte.
A tessitura e com parada a trama formada pelos tios de urn tecido com a organizac;:ao
dos sons numa composic;:30. (informa¢es baseadas na Barsa, vol. 14).
15Algumas p~s musicais apresentam urn. sonoridade bern densa, rica e flu indo comfacilidade. Outrels podem mostrar·,se com 01 IOns mais rarefeitos e esparsos. por vezesproduzindo em efeito penetrante e agressivo. Existem Ir!s maneiras basicas docompositor "tecer" urna rnusica:
monofOnica: constitulda por uma (mica linha mel6dica, deslitulda de qualquerespecie de harmonia;polifOnica: dun ou mais lin has mel6dicas entretecidon ao mesmo tempo;
• homofOnica: uma (mica metodia e Qu'lidil contra urn acompanhamento de acordes.Balicamenle, e uma musica com urn mesmo ritmo em todas ;", vozes. (Sars.a,vo1.14. Pg. 364).
2.3 MOSICA NA APRENDIZAGEM
A musica na aprendizagem, urn lema muito importante, que nao chega a ser
atual, nem ultrapassado. Na verdade e urn tema ainda muito pouco explorado,
pouco escrito, 0 que dificultou muito a realiza~o do presente trabalho.
Foram horas, dias emeses de pesquisa em um tema muito interessante, que
ensinou muita coisa e continua ensinando. Durante a pesquisa, vieram musicas,
filmes, textos, livros ... Vamos a eles.
A musica pode trazer muitos beneficios e contribuic;Oes para a
desenvolvimento global da crianc;a. Conforme a pedagog a Glaucia Campos, na
pagina WNW.educadora.vilabol.uol.com.br:
eue recurso atua no corpo e despert.1 emo¢es. Pode aumentar ou equilibrar 0 metabolismo,ilument.u ou diminuir a energia muscular, aceleriJr iI re5pirav:.o ou diminuir a $ua regularidade,causar mudant;al no volume de sangue, pulsaCAo e pres~o, interferir na receptividade sensorial,minimizar 01 efeitol de fadiga ou levar a ellCitac;lo.
A musica pode tambem afetar a digestao, age nas secreC;Oes e nas redes
neurol6gicas. Segundo pesquisas recentes, alguns acidentes de carros entre jovens
ocorrem porque eles estavam ouvindo musicas muitas agitadas, como 0 Rock N'
Roll. 1550 porque a organismo reage de acordo com a origem das vibrac;Oes e
caracteristicas dos sons. 0 som age diretamente sabre 0 organismo porque e
absorvido pelas celulas e 6rgaos e indiretamente por meio das emoC;Oes que
16interferem nos processos organicos. Se a musica faz tudo iSSQ com a organismo
das pessoas, e perfeitamente capaz de auxiliar na aprendizagem de conteudos
sistematicos. A musica tambem estimula as crianJ;as a terem urn comportamento
melhor, como se pode observar em alguns filmes americanas que ja fcram exibidos
na televisao. mMeumestre, Minha vida-, "Mudan~a de habito· e "Shout dais cora¥Oes
e urna 56 batida-. Embora esses tr~s filmes apresentem estilos diferentes, eles
indicam, privilegiam a musica como urn recurs a muito importante, como urn agente
necessaria na escola.
A mensagem que as tres filmes pass am, analisando pedagogicamente, e que
a musica e capaz de mudar a vida das pessoas. De que aumenta a concentrac;ao na
eseela, a disciplina em sala de aula, a relacionamento entre professores e alunos, au
seja, traz muitos beneflcios para a aprendizagem e para a desenvolvimento da
crian~a.
2.4 MUSICALlZA<;:Ao INTRA-UTERINA E PARA BEB~S
A musica esta muito presente na vida das pessoas e ha muito tempo. Faz
parte das manifesta~Oes eulturais, comemora~Oes, rituais religiosos, festas, enfim,
manifesta~Oes soeiais e pessoais do ser humano. Antes da descoberta do fogo, a
homem ja se comunicava atraves de gestos e sons ritmieos. Da China ao Egito,
passando pela India e Mesopotamia, as povos atribuem poderes magicos a musiea.
Como a linguagem musical anteeede a fala, a musica costuma embalar os be~s
eom cantos e movimentos.
17Bern antes de nascer, ainda no utero materna, a crian9a e sensivel ao
ambiente sanoro. 0 primeiro sentido a se desenvolver no beb~, ainda no utero, e a
audi4;:ao. E a primeiro aprendizado e a escuta dos batimentos cardiacos da mae. A .
partir do setima ~s de gestat;a.o, 0 be~ reconhece vozes, musicas e sons do
ambiente. Conforme pesquisas divulgadas no site WNW.nel-som.com.br. as crianyas
cujas ma.es cantavam durante a gravidez apresentam urn significativo
desenvolvimento da intelig~ncia. Esse resultado pede ser ainda maior se a mae der
continuidade ao estimulo da criam;a. As crianc;:as que aprendem a tocar urn
instrumento au sao musicalizadas desde muito cede, aprendem a demonstrar seus
sentimentos de forma mais sensivel e sincera.
A1em disso, essas crianc;as demons tram urna grande melhora nas materias de
portugu~s e matemtdica, pois a musica melhora a concentrac;ao, a criatividade, a
percepC;ao auditiva e a perseveran-;:a. Para Danielle Brito (AgoI2003), ·Segundo os
especialistas, a musicalizayao precoce beneficia a desenvolvimento social e
emocional, a fala e, posteriormente, a aprendizado de ci~ncias exatas como a
matematica~
Nao e par acaso que nos paises desenvolvidos a musica e uma materia
obrigat6ria nos curriculos escolares, ja que a rnesrna e urn dos estimulos mais
importantes para ativar os circuitos do cerebra.
13
2.5 A IMPORTANCIA DA MUSICA NA EDUCAC;;AO INFANTIL
A musica e urn recurso bastante importante na eduC89aO infantil, mas ainda
muito pouco utilizado.
Na verdade nao e muito fadl trabalhar com a musica na escola, mesmo esla
sendo apreciada por muitas pessoas. Sendo assim, a crianya deve perceber urna
ligac;:ao entre a musica apresentada e 0 conteudo trabalhado. 86 assim a music a
pode ter urn impacto realmente importante, pois a crianc;:a liga a musica ao conteudo
e tambem a sua realidade.
Segundo consulta no site 'MVIN.intitutodombosco.ora.br, no dia 23 de
novembro de 2003, as 14:40hr,
esludar histOria atra ..••~s d~ musica vai muilo alem de lig.r 0 radio ou colocar urn CD e Qu'lirdistraidamente as can¢es. Para aprender hist6ria per meio dll musica eo necessaria criarprocedimentol adequados. E precilO que os .dunos sejam orientados a ouvir atentamente osinstrumentol, iI melodia, a letra, percebendo 8S emo¢es que a musica despert,jl. Depoisdevemos aprofundar 0 conhecimento aceral de algumas perguntas: Que relayao 8 can~olem 0 contexto cultural, polltioo e econ6ffiico dOl epoca? Este procedimento faz dOl canfjAouma fonte hist6rica porque permile conhecer ou e,tudar algum as,pecto dOl hist6ria do serhumano.
E importante ressaltar que 0 procedimento citado acima pode ser utilizado
com todas as mate-rias estudadas na educac;ao infantil. A musica tern a possibilidade
de propiciar que 0 aluno ouc;a de maneira profunda, menos descartavel, fazendo
com que a criant;:a cresc;a mais humana e sensivel as coisas do mundo.
Como se pode notar, a musica torna-se um poderoso recurso educativ~ a ser
usado na educac;ao infantil, devido ao seu poder criador e Hberador. Esse recurso
apresenta uma grande fonte de estimulos, equilibrio e felicidade para a crianc;a. Na
educac;ao infantil a musica induz comportamentos motores e gestuais e ac;Oes que
sao inseparaveis da parte perceptiva da criantt8.
19Gardner sustenta a teoria que a inteligE§ncia musical esta relacionada ell
capacidade de organizar sons de maneira criativa e a discriminac;a.o dos elementos
constituintes da mUsica. Pode-se entender que essa teoria afirma que pessoas
dotadas dessa intelig~nc;a musical naD precisam de aprendizado formal. Trata-se de
urna das intelig~ncias multiplas: a musicaVritmica. Essa facilidade de ouvir musica
de maneira esquematica e ter a sensibilidade ao som aumenta muito a musicalidade
da crianc;a e quanta maior a musicalidade, mais rapido 0 desenvolvimento.
2.60 LUDICO NA ALFABETIZAC;;I\O - MUSICA
A palavra ludico, que e usada como substantiva, e urn adjetivo que carrega
em si urna ideia de jogo, brincadeira, mas ludico e tudo aquila que esta relacionado
com divers30, recrea~o.
Segundo 0 dicionario Aurelio (p. 341), hidico e relativo a jogos, brinquedos e
divertimentos. A musica tambem esta ligada a isso: jogos e brinquedos cantados,
brincadeiras de roda.
AJem da musica, existem ao nosso alcancem outras formas de atividades
ICldicas que podem ser interessantes para a educa~ao como: a televisao, a pintura, a
dan~a, a modelagem, 0 teatro e muitas outras. Com essas estrategias, a
alfabetiza~ao sera muito mais prazerosa para os alunos e para os professores.
Alguns professores apontarn a importancia do sil~ncio e da concentra~ao dos
alunos em sala de aula para urna melhor aprendizagem na leitura e na escrita,
embora alguns autores, como Vygotsky, afirmem que a intera~ao das crian~as umas
20com as outras melhora as chances de aprendizagem. As atividades ludicas
facilitam a interac;ao entre as crianC;8s, resultando urn melhor rendimento esc alar. A
alfabetizac;ao nao comeC;8 na eseela como algumas pessoas pensam. Ao sair na
rua, a crianc;:a comec;:a a fazer leitura visual atravl!s de outdoors, placas de trAnsito.
Mas a verdadeira iniciac;:ao carnec;:a em casa, assim como a musicalizac;:ao. A
crianc;a deve ouvir varies estilos de musica para 56 assim criar 0 seu 905tO musical,
a que ela acha bela, legal, divertido.
Para Snyders (1994, p.135), ·para alguns alunos e a partir talvez da beleza
musical, tao freqOentemente presente em suas vidas de uma outra forma, que
chegarao a sentir a beleza na literatura, 0 misto de beleza e verdade existente na
matematica, a misto de beleza e eficacia que he. nas ci~ncias e nas tecnicasR
•
Todas as crian9as aprendem, mesmo em casa algumas musicas com can3ter
educacional, como par exemplo, para tamar banho, para comer, para dormir.
Existem tambem jog as cantados, que estimulam a movimento, a marca9ao do ritmo,
a lateralidade. As letras dessas e de outras musicas que sao apresentadas as
crian9as podem e devem ser mostradas para elas. ~ a partir dai que a crian9a
relacionara a musica escutada a sua letra.
A professora au as pais pede tirar palavras-chave das letras das musicas para
que as crian9as aprendam a ler, a escrever, a separar as silabas. sao exercicios
leves, divertidos e nada massantes. Alem dis so, a crian9B se diverte cantando e
dan9ando, a que traz muitos beneffcios a saude psiquica e do corpo. Conforme
Snyders (1994, p.134) "diz-se, par exemplo, que 0 canto favorece uma respira,ao
melhor, habitua a melhor dirigir a voz, a articular melhor e que tambem ajuda a
perceber melhor a voz dos outros; do que decorreriam ganhos em termos de
21ortografia".~diz~se ainda que a musica leva a movimentos mais bern coordenados,
melhor control ados; 0 dominic de si assim aperfeiyoado traria beneficios a vida em
seu conjunto".
223 METOOOLOGIA
A pesquisa foi realizada em uma escola particular, com crian~as de seis
anos, Jardim III.
Como instrumento de coleta de dad os utilizou-se a musica "AQUARELN, DE
TOQUINHO. Nos dois primeiros dias foi realizada a montagern de urna orquestra
com diferentes materiais, para que as crianyas pudessem conhecer os sons que
originam a musica. Foram divididos em tras grupos: 0 primeiro grupo recebeu folhas
de papel sulfite; 0 segundo escovas de dente e 0 terceiro, recebeu sacos plasticos.
Ao comando da professora. a orquestra comeyou a funcionar alternadamente. 0
primeiro grupo tocou com 0 segundo e depois com 0 terceiro separadamente e
assim por diante. Nos dois dias seguintes, aconteceu 0 reconhecimento de diversos
estilos de musica e de artistas. Sentados em roda no chao, a professora colocou as
musicas para serem ouvidas. Foram utilizadas as seguintes musicas: Classica
(Johann Straus, Voz Primavera); MPB (Ojavan, Sinal; Rock N' Roll (Raimundos,
Vinte e Poucos Anos); AXE (Ivete Sangalo, A Festa); CountrylSertanejo (Bruno e
Marrone, Menina). Raiz (Blindagem, Nao Posso Ver); Infanti! (Eliana, Os Dedinhos)
e a musica que depots veio a ser utilizada com as crianyas, ~AQUARELA"
(Toquinho). Essa dinamica teve como objetivo fazer com que as crianyas
conhecessem diferentes estilos musicais para assim, poderem formar as suas
pr6prias opiniOes musicais.
Ao final da primeira semana, aconteceu a locuyao da musica de Toquinho
com 0 intuito de conhecer a sua letra e seu rllmo. A professora realizou urna
dina mica de relaxamenlo com 0 auxilio da musica. Todos os alunos sentaram-se em
23suas carteiras e fecharam as olhos. Foi entao solicitado para que as crian9as
ouvissem com aten9aO 0 que a musica dizia, depois, foram feitos questionamentos
sabre a que eles Quviram, sabre a que a musica tratava e 0 que mais chamou a
aten9ao deles.
Na segunda semana de aplicayao deste projeto, ainda usanda a musica
.•Aquarela- como instrumento de pesquisa, foram realizadas atividades nas
seguintes disciplinas: LIngua Portuguesa, Artes, Hist6ria e Geografia. Cada
atividade teve como tema a musica escolhida com a objetivQ de mostrar que a
musica pode sim auxiliar na aprendizagem.
Na segunda-feira, toi realizada a atividade de Lingua Portuguesa. Colocamos
a musica e observamos lodas as cores que sao citadas nela. As crian9as
trabalharam as cores com 0 alfabeto m6vel e depois segmentaram as palavras no
cademo, observando quantas letras a palavra tinha, com tetra comeya e termina
(amarel0, azul, rosa, grena e branco). Usamos tambem os meios de transporte
citados na musica: barco a vela, avi:'o, navio e astronave.
Na terya-feira, foi realizada a atividade de Artes. Ja que trabalhamos em
Lingua Portuguesa os meios de transporte, na aula de artes produzimos dobraduras
em sala. Contextualizando, essas dobraduras de aviao e barco geraram uma
discussao de como sao utilizados, para que e para quem. Ja que falamos em barco,
foi viavel a construyao de um peixe (tamt>em feito pel a tecnica do origami) para
falarmos desse habitat onde vivem varias especies (inclusive urn mamifero) e
tarnbem onde 0 barco funciona.
Na quarta-feira, aproveitamos a atividade do dia anterior e falamos sobre a
historia do aviao, quem inventou e quando foi. Para isso, realizamos uma exposir;::'o
24de figuras de Santos Dumond e de diversos aviOes. Feito isso, ouvimos
novamente a musica e desenhamos urn aviao com a cor indicada na musica (grena).
Na quinta-feira, trabalhamos a disciplina de Geografia. Fizemos a
identificar;ao dos pontcs cardeais (Norte, Sui, Leste e Oeste), dos mapas (do Brasil,
do Parana e a Mapa Mundi), a localizar;ao dos lugares citados na music a (Havai,
Pequim e Istambul). Em papel Kraft, para finalizar, desenhamos a mapa do Brasil
para ser pintado conforma a legenda proposta: Norte: AZUL; Sui: VERMELHO;
Leste: VERDE e Oeste: AMARELO. Ressaltando que essas cores sao as cores
primarias e se misturadas podem produzir outras cores.
Fai urn trabalho bastante interessante que aproximou urn pouco mais as
crianr;as da musica. A montagern de urna orquestra com as crian~as foi uma
experi~ncia muito rica. Alem deles se divertirem muito, eles relatavarn experi~ncias
anteriores, como: ja ter vista urna orquestra de verdade ou, ja ter rnanuseado algurn
instrumento musical. 0 que foi multo interessante foi a percep~ao dos sons que as
crian~as tiveram do agudo e do grave. Foi urna atividade ludica, que descontraiu as
crian~as e introduziu de forma simples a musica na aprendizagem. 0 fato de ter
apresentado diversos estilos musicais para eles foi muito interessante, pOis
imediatamente cada urn identificou...se com 0 estilo que mais gostou ou que ja
conhecia. 0 que se podia perceber com clareza, era quais crian~as tiveram inicia~ao
musical em casa, com os pais e quais quase nem ouviam musica. A inicia~a.o
musical em casa e importante para que cada individuo construa 0 seu gosto
musical, para que essas pessoas possam escolher qual musica querem ouvir de
acordo com 0 seu 90sto e levarem essa carga musical para outras pessoas. Outra
situa~a.o importante foi 0 trabalho com a voz. 0 entendimento de que cada artista au
25cada crian~a tern a voz diferente do outro. Algumas sao mais fin as (agudo), Qutras
mais grossas (graves), 0 que fazem as mllsicas urnas diferentes das outras.
A musica instrumento utilizada para a pesquisa de campo foi Y Aquarela- e 0
trabalho com a dinamica de relaxamento foi multo interessante. As crianC;3s ficaram
sentadas ern seus lug ares, ouvindo a musica com as elhos fechados e cad a vez que
ouviam a letra, pediam para Quvir mais vezes e ja assimilavam a letra, gostavam do
ritmo.
Quando 1hes foi proposto urna atividade envolvendo a musica de Toquinho, as
crianc;as logo queriam realizar, ainda mais que era urna competic;ao. Os alunos
fcram divididos em grupos, com urn alfabeto m6vel no chao. Ao Quvirem a musica, a
professora parava em determinadas palavras que os grupos deveriam construir. Foi
uma atividade divertida e que rendeu 6timos resultados, pois as palavras que foram
trabalhadas com 0 auxilio da musica foram aprendidas de forma leve. As crian~as
construfram sozinhas umas listas de palavras e nao esqueceram rnais como se
escrevia.
o trabalho com as cores e com os meios de transporte foi muito parecido com
o citado acima, mas nao teve carater competitivo. Foi tao interessante quanto, tao
produtivo quanto, mas foi urn trabalho individual e surpreendente. Quando
acabamos este processo, as crian~as sentiam-se realizadas per conseguirem fazer
sozinhas e conseguirem imaginar cad a parte da musica trabalhada.
As atividades de Artes encontraram as Crian~as. Ah!m de eles adorarem a
musica, 0 origami e uma tecnica de dobraduras que eles gostam muito de fazer, po is
mexe muito com a criatividade, com a coerdena~ao motora deles. Fizemos as
dobraduras de aviao e eles reproduziram a parte da musica em que este meio de
26transporte constav8. 0 interessante e que eles questionavam as tamanhos e tipos
de aviOes, quem andou au nao de aviao e 0 mais interessante: Quem inventou 0
aviao? Na segunda parte desse trabalho, fizemos dobraduras de barco e peixe.
Aproveitamos para construir na parede da sala de aula urn ·fundo do mar", para a
visualiza~ao de que 0 barco (que e urn meio de transporte, que pode ser passear ou
trabalhar com a pesca) fica em eima da agua, e 0 peixe (que pede servir para a
alimenta'r30, au ate mesmo para ser urn animalzinho de estimac;:ao) fica embaixa da
agua.
Como as crian~as questionaram as diversos tamanhos de aviOes, quem
inventou, foi interessante trabalhar a hist6ria do aviao. Entao as crianc;:as realizaram
urna exposic;:a.o de figuras de aviOes, de Santos Dumond e tiveram a ideia de colocar
a musica trabalhada em sala e chamar as turmas de jardim I e jardim II para
visitarem a nossa exposiC;ao. Eles sentiam~se importantes quando estavam
explicando a hist6ria do aviao para os colegas. Enquanto as crianc;as visitavam a
exposic;Ao, eles conversavam entre si sobre a musica que eles estavam ouvindo e
contavam com entusiasmo que a profess ora havia Ihes ensinado a musica e feito
muitas atividades legais e diferentes. Ao final da exposir;:Ao, a professora propOs que
eles desenhassem 0 aviao que rna is haviam gostado da cor que a musica estava
indicando. E foi muito legal quando a maioria das crianc;as lembrou da cor atraves
do auxilio da musica e quando lembraram do trabalho realizado no inlcia da semana
com as cores e a lista de palavras, confeccionado pelos pr6prios alunos.
Finalizando este processo de atividades, trabalhamos a parte geogrAfica da
musica, ja que cita viagens em seu contexto. Fizemos 0 reconhecimento de mapas,
27pontes cardeais, que as crianc;as ate conheciam, mas nao sabiam que atendia per
este nome.
Eles ficaram encantado5 com as mapas, e gostaram muito de conseguir
localizar onde eles moram e ate mesmo de localizar as cidades que a musica citava.
As crianc;as ficaram boquiabertas de verem que as cidades eram tAo longe e logo se
questionaram como n65, que moramos no Brasil, poderiamos chegar a esses
lugares. Enta.o, algumas crianyas lembraram da atividade realizada com as
dobraduras dos me iDS de trans partes e logo constataram atraves dos mapas quais
seriam as meios de trans porte mais apropriados para chegar a esses lugares. A
confecc;ao do mapa do Brasil para localizar as pontos cardeais (N, S, L, 0) foi feito
com papel kraft e tinta guache e as crian9as adararam a atividade, acampanhada da
musica MAquarela", a atividade acabau com muita alegria, pais as crian9as ja sabiam
a letra toda da musica.
Essas atividades faram muita significativas para as alunas, pais a musica,
apesar de ser langa, deixau as tarefas mais alegres, leves e gastasas de fazer. 0
que se pade natar e que durante esse period 0, que paderiamas chamar de
"musica!", a cancentra9aa, a mativa9aa dos alunos foi surpreendente. A escala
tornou-se urn lugar mais alegre, como sempre devena ser e a musica provou que
issa e passivel no dia-a-dia escolar.
284 CONSIDERAyOES FINAlS
o presente trabalho leve como objetivQs desenvolver a aprendizagem atraves
da musica, fortalecer a concentrac;ao e estabelecer rela~Oes das letras musicais com
o cotidiano da crianty8 e identifiear a variedade dos sons.
Para isso fo; realizada urna pesqu;sa de campo com alunos na faixa etaria
entre cinco e seis anos de urna escola particular. Durante a realiz8C;a.O desta
pesquisa fo; passivel observar que os objetivos trar;ados foram alcanc;ados e com
sucesso, ternando a trabalho muito gratificante.
As crianC;8s adoraram as atividades que envolviam musiC8. Sempre que era
mencionado que have ria urna atividade envolvendo a musica, lodos as alunos
ficavam muito empolgados. Durante as tarefas, a concentrar;ao era grande, ao
contra rio das atividades comuns, que provocava dispersao, conversa e constantes
saidas da sala de aula.
Nos dias em que a musica nao entrava na sala de aula como agente
facilitador na aprendizagem, ocorriam muitos questionamentos e cobran9as por
parte dos alunos, pois sentiam falta da ale9ria que a musica adicionava as aulas.
Atraves de tais observayOes, e possivel demonstrar que os objetivos
propostos foram alcan9ados, corroborando assim, as hip6teses levantadas.
A musica e urn agente facilitador na aprendizagem de conteudos sistematicos
devido a grande capacidade de prender a aten9ao da crianc;a, aumenta 0 poder de
concentrac;ao, ou seja, a crianc;a relembra os conteudos com maior facilidade devido
a sonoridade.
29Se todas as escolas, durante a elaborarylio de seus projetos pedag6gicos,
dedicassem urn e5pa~o para 0 desenvolvimento de atividades envolvendo a musica,
a rendimento escolar de cada aluno aumentaria, tal como a concentra~o e a
motivac;:.o de ir a escola.
30REFERENCIAS
SNYDERS, Georges. A Escola pode ensinar as alegrias da musica. 2Q Edic;:a.o.sao Paulo. Editora Cortez, 1994.
BENNETI, Roy. Uma breve hist6ria da mUsica. Rio de Janeiro. Editora JorgeZabar, 1986.
GAZETA DO POVO. 0 bebe quer cantar. Curitiba. Editora Danielle Brito, 2003.
BARSA, Enciclopedia. Volume 14. Rio de Janeiro - sao Paulo. EncyclopaediaBritannica Editores Ltda, 1980.
Musica que educa. Disponivel em www.alobebe.com.br. Acesso em 23/1112003,14:40h.
CAl RES, Fernanda A. A imporUncia da muslca na educac;:io. Oisponivel em\vww.institutodombosco.com.br. Acesso em 2311112003, 14:40h.
SMOLKA, Denise. A importancia da musica na educac;ao. Disponivel emwww.carmo.com.br. Acesso em 20/1112003, 09:30h.
Por que musica? Disponivel em vMW.musickids.com.br. Acesso em 20/1112003,09:30h.
SALLES, Juliana da Mota e PRADO, Ricardo. Musica, maestro! Disponivel emwww.novaescoia.abril.uol.com.br.Acessoem22/1112003.as15:00h.
CAMPOS, Glaucia. 0 h.idico e a alfabetiza~~o. Oisponivelwww.educadora.viiabol.uol.com.br. Acesso em 2511112003, 15:00h.
Estimulo musical comec;a na gravidez. Disponivel em VV'ININ.nel-som.com.br.Acesso em 25/1112003, 15:00h.
31REFERENCIAS COMPLEMENT ARES
FERREIRA. Martins. Como usar a musica na sala de aula. 1" Ediyao. sao Paulo.Editora Contexto, 2001.
WORMS, Luciana Salles e COSTA, Wellington Borges. Brasil seculo XX ao pe daletra da can~:io popular. 111 Edi9aO. Curitiba. Editora Nova Didatica, 2002.
32ANEXO
33ANEXO 1- AQUARELA (Toquinho)
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas e facil tazer urn castelo
Cerro 0 lapis em tome da mao e me dou uma luva
E se fa-ro chaver com dais riscos tenho um guarde-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a year no ceu
Vai voando contornando
A imensa curva norte sui
Vou com ela viajando
Havai, Pequim ou Istambul
Pinto a barco a vela branco navegando
~ tanto ceu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vern surgindo
Urn lindo aviiio rosa e grena
Tudo em volta colorindo
Com suas ruzes a piscar
Basta imaginar e ele esta partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ere vai pousar
Numa folha qualquer eu desenha urn navie de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma America a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num circulo eu falto 0 mundo
Um men ina caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente a futuro esta
E 0 futuro e uma astronave
Que tentamos pilotar
Nao tem tempo nem piedade
34Nem tem hera de chegar
Sem pedir licenca muda nossa vida
E depois convida a rir OU chorar
Nessa estrada nao nos cabe
Conhecer ou ver 0 que vira
o fim dela ninguem sabe
Bern ao certa onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquareta que um dia enfim
Descolorira
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorira
E se faco chayer com dais riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorira
Giro um simples compasso e num circulo eu fac;:o 0 mundo
Que descolorira
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