historia problemas, objetivos, metodos, misssao, visao e filosofia
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Federada ao Grande Oriente do Brasil Jurisdicionada ao Grande Oriente do Distrito Federal
1
Da
AugRespLojSimb
“Antônio Francisco Lisboa no. 3.793”
E n f o q u e h e u r í s t i c o
Enfoque não apenas com o sentido de uma teoria da arte de compreender e interpretar, mas, com os significados filosófico e pragmático para responder, pelo caráter metodológico adotado pela Ordem, por aquilo que se faz, por que se faz, como se faz...; aspectos apropriados quando
se tem meios simbólicos para entender e comunicar
SUMÁRIO
Síntese histórica da Loja Antônio Francisco Lisboa (...) 2 Necessidades e problemas na evolução espiritual: os desafios na perspectiva e a razão da Loja 5 Os objetivos da Loja 11 Os métodos utilizados na Loja 13 A filosofia 21 Conclusão 26
Federada ao Grande Oriente do Brasil Jurisdicionada ao Grande Oriente do Distrito Federal
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Fonte: Retrato de Aleijadinho -Euclasio
Ventura. Disponível em: http://pt.wik-
ipedia.org/wiki/Ficheiro:Retrato_de_aleija
dinho_euclasio_ventura.jpg. Acesso em: 4
de jun. de 2010.
Síntese histórica da Loja Antônio Francisco Lisboa (...)
A Loja do "Aleijadinho" fui fundada em 21 de jun. de 1985, às 20 horas, no Grande
Templo da Muito Respeitável Grande Loja Maçônica de Brasília, perante a presença de 35
Ir M que assinaram a "Ata de Fundação da Loja"; desses assinantes, 29 filiaram-se a
recém formada Loja.
O Ir Max Luiz de Almeida Nóbrega – o
idealizador da Loja o "Aleijadinho", no uso da
palavras, fez considerações e reflexões acerca da
criação e funcionamento da Loja, bem como do
propósito de homenagear o barroco mineiro, escultor,
entalhador (...), Antônio Francisco Lisboa - mais
conhecido como "O Aleijadinho" (retrato ao lado);
funcionamentos em dias (10. e 3
0. sábados de cada
mês) e horários (09:00 às 11:00 horas da manha),
diferentes dos dias e horários das Lojas Regulares
existentes e regulares em Brasília. Isso, para atender,
entre outros Ir especiais, professores e estudantes
de cursos noturnos.
São considerados fundadores da Loja Antônio Francisco Lisboa nº 24, pela ordem de
assinatura na Ata de Fundação da Loja, os seguintes Irmãos: Max Luiz de Almeida Nóbrega;
Hideki Ito; Eduardo Tavares de Mattos Netto; Paulo José Pereira Albuquerque; Agenor dos
Santos; Silas Candeia dos Santos; Zenon Bueno; José Maria Alves Guimarães; Luiz Carlos
Alves; Jovino Ferreira Sá; Jaime Pereira Torres; José Machado da Silveira; Hélio Franco
Borges; Jaime Venâncio de Moraes; Francisco Batista de Oliveira; José Carlos de Souza
Barbeiro; Gerardo Wilson Pinto Nunes; Agnaldo Menezes Dantas; Jonas Torraca; Luiz
Gonzaga da Rocha **; José Mário dos Santos **; José Severino Umbelino; Acetides
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Benevides; Raimundo Pereira Bertoldo**; Jurandir Domingos Barbosa; Edgar José Carlos;
Eudo Barros Vieira, Severino Herculano de Melo Filho e Roberto Alves Vieira.
A Carta Constitutiva Definitiva da Loja foi concedida em 24 de agosto de 1985, pelo
Decreto nº 13/1985, da M. R. Grande Loja Maçônica de Brasília, assinada pelos irmãos:
Delvo Ferreira Leite (Grão-Mestre); Raimundo Francisco Alves (Grande Orador) e Dilson
Santos Lima (Grande Secretário de Relações Interiores).
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A Aug Resp Loj Simb Antônio Francisco Lisboa no. 3793, para comemorar
seus 25 anos de existência em 2010, fez uma festa especial com seus obreiros e convidados.
Especial, pela manifestação e significado do festejo com diplomas (figura que segue) e
medalha (figura que segue) comemorativas, - a do jubileu, para homenagear 25
personalidades maçônicas e não-macônicas destacadas pelas suas contribuições à Ordem, ao
progresso, à sociedade (...). De seu quadro de obreiros realçou três Ir fundadores **.
Mais do que a manifestação pelo ato comemorativo, - o de jubileu de trata da Loja, o
significado e oportunidade de olhar o passado, aprender com sua história (apesar de ser
relativamente curta, evidencia valiosas lições (...), sem admitir viver apenas de glórias
passadas) e se projetar no futuro com base em valores, visão, missão, diretrizes, objetivos e
filosofia. Portanto, sem permanecer nostálgica e em inércia de atuação, mas, pró-ativa para se
preparar e agir frentes aos grandes desafios, - e não são poucos, como os de superar-romper
elos da escravidão estabelecidos pela ignorância; não tolerar, pela ação preventiva e/ou
corretiva na causa, a devassidão da corrupção; não admitir os preconceitos; não aceitar os
vícios (...); para glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade (...); e para promover o bem-estar
da Pátria e da Humanidade.
Essa é nossa Loja que prega e pugna pela fraternidade entre os homens; que busca e
defende a Liberdade em suas diversas manifestações; e que tem na Igualdade a força de
progresso e evolução: princípios de um processo perfectível (ideal) e prático (funcional).
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D i p l o m a
M e d a l h a Frente Verso
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Necessidades e problemas na evolução espiritual: os desafios
na perspectiva e a razão da Loja
A família, a sociedade, as nações e, em geral, a humanidade no mundo e em “quase”
todas as épocas, sob influências e dominações variáveis, tais como as de: egoísmos e
intolerâncias individuais e institucionais; vaidades e atitudes – comportamentos carentes de
princípios como os éticos - morais e de solidariedade, singulares e coletivos; exclusões e
desintegrações sociais, culturais (...); globalizações sem humanização nem igualdade de
oportunidades, despotismos e obscurantismos (...) s u f o c a m o c r e s c i m e n t o e
e v o l u ç ã o e s p i r i t u a l .
Tais influencias e dominações passaram (passam) a se constituírem (constituem)
condições adversas da desenvolução espiritual que determinaram (determinam) estados de
inconformidades – insatisfações, descrenças - frustrações (...).
Partes desses estados e condições se encontram e sintetizam, em níveis variáveis, no
profano temerário, porém livre e de bons costumes, - um dos descritores na escolha do
homem encetado na Ordem ao ser conduzido à porta (entrada principal no Ocidente) da
“casa” fechada e coberta que trata de necessidades e problemas e das formas de equacioná-los
“Casa” de trabalhos e estudos; de cerimônias e "viagens"; de ritos secretos (vale dizer,
discretos ou reservados, possíveis de revelar ao interessado) místicos e espirituais e de
expressões simbólicas que informam conforme sejam as evoluções e comunicam de acordo
com entendimentos dos obreiros ou, ainda, lembram mensagens ou conceitos, atitudes ou
exemplos dignos de serem seguidos.
Uma “casa” ou templo maçônico que procura representar o Templo de Jerusalém (com
semelhante disposição do Tabernáculo), simbolicamente caracterizada - representada pelos
seguintes elementos (relação de alguns):
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a) O pavimento (de) mosaico (próxima figura) no Ocidente (realidade fenomênica) e
onde se encontram duas coluna.
Nessa pavimentação e de acordo com o seu sentido simbólico, proclama-se a igualdade
entre os homens e se tem a representação da multiplicidade de opostos e conceitos. É o
caminho e cenário de sustentação no trânsito de "viagens" maçônicas do homem na vertical;
do Ir que nessa plataforma, - o mosaico, eleva seus pensamentos e transcende o real
esconderijo de aparências e incongruências.
O Ir que, além de perceber a realidade de opostos e se elevar pela internalização da
informação emblemática em sabedoria, atinge a Verdade simbolizada pelas luzes do altar no
Oriente.
O mosaico é o emblema que expressa a
diversidade de raças unidas pela Maçonaria e
os pares de opostos, tais como: o bem e o
mal, o espírito e o corpo, a luz e as trevas, o
dia e a noite, o sonho e vigília, a honra e a
calunia, o prazer e a dor, o êxito e o fracasso
etc.
Opostos que, sob determinadas
condições, - as ensinadas pela Ordem através
de lendas, alegorias, símbolos (...), devem
viver em harmonia quando os obreiros
possam entender e evidenciar, entre outros
princípios, o respeito, a tolerância, o amor (...) na pratica da igualdade, da fraternidade, da
caridade (...).
b) A sustentação do Templo por dois colunas (rigorosamente são três as colunas de
sustentação do Templo Maçônico; duas no átrio em foco, mas, não sendo possível, admite-se
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sua interiorização junto à porta da Loja, no Ocidente); uma, da força , representada em Loja
pelo 1o. Vig, ao Norte, com a arquitetura Dórica; e a outra, da beleza , representada pelo
2o. Vig, ao Sul, com a arquitetura Coríntia; (a 3
a. coluna é o da sabedoria, no Oriente,
representada em Loja pelo VM).
As colunas do átrio inspiram o Ir que se dispõe a falar ou estar entre elas para agir e
se projetar com sabedoria: é a evidência do acabamento da pedra bruta em pedra cúbica
utilizada na construção do templo interior, - condição necessária do maçom, porém não
suficiente: é preciso, - na suficiência, que dessa fonte verta o fluxo benfeitor pela retidão do
“morador” dessa "casa".
Falar ou estar entre colunas para agir e se projetar conforme significados emblemáticos
do esquadro (símbolo de retidão e da matéria) e o compasso (símbolo de espiritualidade, do
conhecimento humano e do pensamento em suas diversas formas de raciocínio) . São os
instrumentos mais antigos e comuns da representação maçônica, tidos como sinais distintivos
do VM, - imparcial, infalível (...). Esotericamente representam a justa medida com
significados material (utilidade pelo conceito da ferramenta), filosófico (expressão de uma
ideia) e metafísico (conceito esotérico). Essa representação faz lembrar ao mação o
compromisso assumido em sua iniciação de sempre agir com honestidade e retidão e de que
todas as suas ações devem ser desenvolvidas com serenidade, bom senso e justiça.
c) O Divino Geômetra, ou YOD / mistério da Cabala, o Princípio Criador , símbolo
maçônico (sétima letra do alfabeto maçônico, chamada gimel em hebreu; com significados de
Divino Geômetra / Geometria, Geração Glória, Grande, Grão...) inseparável d Ordem que, em
respeito a todas as religiões, denomina GADU .
d) A pedra bruta , alegoria-simbologia da inteligência do Apr, ainda rude (com
arestas) e com vestígios do mundo conspurco (realidade fenomênica no início do pavimento,
ao Norte), como sendo sinais de imperfeições do espírito que o iniciado, jovem ou não, deve
esquadrejar e usar na "construção".
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O sentido maçônico de desbastar a pedra bruta é disciplinar, com razão-lógica e
sentido-objetividade, sua personalidade e se instruir-educar para, com sabedoria, vencer suas
paixões (debelá-las) e subordinar-canalizar sua vontade à prática do bem.
Instrução-educação com resultados diretamente proporcionais ao esforço do Ir no
trabalho para desbastar a pedra bruta e pela vontade-empenho do iniciado no estudo-
investigação (ver Texto de reflexão para filosofar) do simbolismo de seu grau e de sua
interpretação filosófica.
A pedra bruta é, de certa forma, o ponto de partida para a transformação (sentido
simbólico) no espírito do maçom, rumo à perfeição. A aproximação a esse alvo (perfeição
infinita e seu absoluto inacessível) pressupõe superar etapas de sucessivos graus com o
reconhecimento de imperfeições em cada estágio e vontade-disposição de um ideal desejado e
possível.
Relevar aborrecimentos, exercitar a tolerância, praticar a caridade e contribuir no bem
coletivo são, entre muitas outras, manifestações do desbastar da pedra bruta com retiradas de
arestas.
e) A pedra cúbica , símbolo da obra-prima que se inicia no Grau de Comp, com
estudos-pesquisas e trabalhos no Sul, do Ir que busca o aperfeiçoamento de si mesmo e o
controle de suas paixões e impulsos até alcançar níveis de evolução espiritual: proximidade à
perfeição.
Evolução que é natural expressão de maturidade, serenidade e calma relativas e
diretamente proporcionais ao empenho (entusiasmo, vontade, ação...) na investigação e no
trabalho da pedra bruta com as ferramentas do malho (símbolo de mando na mão direita, com
energia atuante e determinação moral) e do cinzel (símbolo de resolução espiritual, na mão
esquerda, como expressão de receptividade e discernimento especulativo) transformando-a
em pedra cúbica.
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Essa transformação é, também, natural expressão de, além de maturidade (..., - porque
se trata de um processo evolutivo), da inteligência e criatividade do Ir ao serviço de sua
evolução com a prática do bem. Tais atributos são potencializáveis quando auxiliados pelo
esquadro, o nível e o prumo. Estes são os instrumentos que a Ordem confia ao Ir para a
exaltação do trabalho com a imposição de dinamismo; conhecê-los é a condição necessária de
bem usá-los.
Apesar de o Comp, ser um estado inicial na escada de Jacó, - em expressões
simbólicas como a da marcha, - em particular nos dois últimos passos, é solicitado para
expressar liberdade, firmeza e dedicação no burilar da Pedra Cúbica, isto é, no acabamento
da pedra polida para (re)construir o seu interior quando com força e conscientemente,
aproxima-se a perfeição e se deixa conduzir, nessa “casa”, entre as colunas do Norte e Sul
estendidas do Ocidente até a Balaustrada na escada do Oriente.
f) O Sol, símbolo da luz física e espiritual, da vida e saúde, da força e polo ativo; em
fim, do homem virtual perfeito, ideal de liberdade, igualdade, fraternidade, produto da soma
sinergizável de virtudes no processo evolutivo espiritual.
Na Loja, o iniciado descobre valores de riquezas intangíveis e é ensinado a proteger as
fontes de virtudes em exercícios de seu livre-arbítrio, de equidade-justiça e de amor ao
próximo. São valores superiores que se potencializam nessa “casa”.
Alinha-se na visão da Loja, ao responder para onde se orienta, ao reforçar colunas e
assumir - responder pela missão, ao internalizar os fundamentos da Ordem que a Loja
representa e segue. Descobre o prazer no dever do trabalho e se dirige conforme diretrizes:
indicações de direcionamento e direção; e adota técnicas, procedimentos e estratégias, ao
responder como fazer o caminho, para alcançar os objetivos e metas na evolução espiritual do
Ir.
Observe-se que a Loja tem a sua imagem definida pelo somatório algébrico de ações
individializadas que se sinergizam em uma ação conjunta. De ações individuais com as
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práticas ininterruptas de virtudes do maçom porque a fonte, - a fortaleza de seu templo
interior, assim o permite. De ações coletivas, pela aplicação e exercício de todos os obreiros
em atividades planejadas (com critérios: evidência das diretrizes), coordenadas (com visão
prospectiva: evidências das estratégias) e objetivas (com objetivos e metas consistentes e
exequíveis: evidências funcionais e realistas).
--------
Esta é uma síntese de necessidades que determina meios para se alcançar determinados
objetivos.
Tal determinação é condicionada à vontade, entusiasmo e empenho do mação para
estudar, pesquisar e assumir o compromisso da ação (...) responsável e beneficente; para
tornar a fonte de virtudes produtiva na prática da caridade como expressão de amor e
fraternidade.
A Maçonaria, diante de necessidades e problemas do homem, da família, da pátria (...),
que transcendem o ter e ser circunstancial, define-se como uma instituição mundial de
homens (...). Uma instituição que, utilizando formas simbólicas de antigos construtores,
voluntariamente congrega maçons para estudar, trabalhar e pesquisar para um propósito
comum: aperfeiçoar o homem, a sociedade (...).
Uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista, com
objetivos, meios e metodologia adequada aos seus propósitos.
É dentro desse esquema simbólico que a nossa Loja, o Aleijadinho, escolhe seus
iniciados e busca o aprimoramento moral de seus obreiros devidamente instruídos e
identificados pelos seus símbolos; um deles é o avental ou símbolo do trabalho, para alcançar
seus objetivos.
A parte que segue sintetiza objetivos da Ordem e, em particular, da Loja, com
semelhante estrutura e disposição da observada na síntese de problemas e necessidades
tratadas ao responder em que nos concentrar para alcançar os objetivos.
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Os objetivos da Loja
Cada pessoa procura aquilo que lhe é, real ou aparentemente, conveniente para tentar
direcionar seu crescimento e trilhar por um caminho de superação e elevação nem sempre
espiritual; alguns sensatos se refugiam na religião (...); outros, como os insensatos, no
oportunismo para “levar vantagens” com suas ações e posições de egoísmo e intolerância; os
comodistas, procrastinam; os da "passividade" esperam no determinismo o acontecer sem
causa, o "milagre"; há os que procuram instituições (...).
Nessa multiplicidade de opostos e conflitos, de exclusões e desintegrações (...) ocorrem
as detenções e sufocações de desenvoluções espirituais, conforme anteriormente indicado:
evitar tais processo degenerativos e impeditivos da desenvolução integral do homem ao
combater a tirania para se ter a bondade, a benevolência e legitimar a democracia, a justiça...;
lutar contra a ignorância para libertar da escravidão em suas diversas manifestações;
condenar os preconceitos para harmonizar a diversidade de opiniões, estados...; combater as
iniquidades para se ter a justiça; acabar com os erros para se ter a verdade (...), coloca-se em
evidência uma das instituições procuradas por aflitos e insatisfeitos, descrentes e frustrados
(...): a Ordem Maçônica.
A Ordem que tem como essência e fontes filosóficas diversas escolas do pensamento
humano; como meios, símbolos e alegorias de ensinamentos; como exercício a educação -
pesquisa, o altruísmo, a filantropia para se ter o progresso - evolução (...).
Uma Instituição iniciática, filosófica, evolucionista e adogmática que, por força de seus
postulados, direciona o seu foco e rumo, - a sua visão, na beneficência de modo mais amplo e
consistente possível para agir e esperar, como axioma, resultados positivos na assistência ao
menos favorecido: a elevação do Iré seu objetivo.
Uma Instituição que não apenas incentiva a instrução e pesquisa quando direciona seus
obreiros na tarefa de desbastar a pedra bruta, - símbolo do egoísmo, da intolerância, da
vaidade, da desonestidade etc., mas, que busca a construção de fontes superiores que irradiam
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luz e beleza; que se empenha no exercício da investigação (ver Texto de reflexão para
filosofar) para modelar e gerar a pedra cúbica – polida e obter dela um poliedro perfeito a
usar na construção do templo interior na forma de instrução para um novo conhecimento a
vivenciar - potencializar esse novo conhecimento em fluxos de sabedoria, com luz e beleza.
Por essa emanação fluídica promove-se a ética, a paz, a cidadania e os direitos
humanos, entre outros valores universais que propugnam o aprimoramento moral, social e
intelectual do homem no cumprimento do dever e na busca constante da verdade: seus
objetivos maiores.
Uma Instituição que não apenas vive de glórias do passado (e não são poucas nem
limitadas), mas que prospecta e se projeta em cenários, por vezes de ignorância e corrupção,
de aparentes desequilíbrios em opostos (...), para construir um futuro melhor.
Daí porque tenha (deve ter) um senso claro de seus propósitos e meios, de sua missão e
visão, com fundamentos e motivações consistentes e universais.
Esse discernimento e alicerce auxiliam o Ir para estudar, investigar, compreender e
cumprir com os desígnios da SubOrd, muito além de imediatismos filantrópicos, sociais
e/ou de serviços beneficentes, sem que tais meios, - intermediários, sejam dispensáveis
daqueles finalísticos maiores.
O sentido heurístico, - o da arte e ciência desvendar, descobrir, aproximar-se à solução
(...), destaca o método, o caminho (metodologia) e as possibilidades para tornar o desvendado
a iniciar, o descoberto a valorizar, o solucionado a humanizar (...) útil e progressista em um
contexto social.
Este é o desígnio de nossa Loja quando estabelece seus objetivos e metas na busca do
melhor, no profano, a iniciar e desenvolver em seu Templo. Nessa procura, dentro de
deslustres, e na instrução de iniciados utiliza procedimentos, técnicas e métodos eficazes e
consistentes, em alicerces simbólicos, alegóricos, míticos e lendários (...), capazes de evitarem
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simplismos e congregarem focos diferentes: a diversidade que se encontra representada no
simbolismo de seu pavimento.
Desses procedimentos, técnicas e métodos utilizados pela maçonaria e por nossa Loja se
trata, com notável abstração e simplificação, na parte que segue.
Os métodos utilizados na Loja
Os procedimentos adotados pela Maçonaria e seguido com fidelidade pelo Aleijadinho
para instruir, educar e projetar o Ir são definidos de acordo com as ameaças e problemas no
crescimento e evolução espiritual de seus obreiros e com os objetivos e finalidades propostos
pela Ordem e adotado pela Loja, para o maçom conhecer (processo de instrução), adotar
(processo de conhecimento) e aplicar (sabedoria para viver melhor e em comunhão com
todos).
Trata-se de uma proposição metodológica que sintetiza o caráter evolucionista da
Maçonaria e, dessa forma, destaca a necessidade de ajustes de tradições, heranças, culturas,
filosofias (...), sem perdas de legados e valores, à realidade, aos desafios do tempo e do local
em que a Loja age e se projeta.
Um destaque que “impõe” entender os desafios e problemas, traduzindo-os para os
métodos científicos – filosóficos e utilitaristas – pragmáticos que a Maçonaria utiliza a fim de
atingir seus propósitos de aperfeiçoamento moral pela práticas das virtudes. Propósitos como
os de combate a ignorância, ao fanatismo, ao orgulho, a intemperança, ao vício, a dominação
(...). É o sentido, repetindo, do trabalho na pedra bruta quando em Loja se reúnem os Ir
para "combater o despotismo [onde quer que este se encontre, dentro e fora do Templo,
porque ], a ignorância [causa de diversas formas de submissão e abdicação a liberdade], os
preconceitos [filhos da ignorância, ] e os erro [opostas à verdade, porque ]. Para glorificar
a verdade e a justiça [como formas de compreensão da verdade e da justiça; ao combater a
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ignorância com as luzes da sabedoria conhece a verdade, conhecendo-a será justo e livre].
Para promover o bem-estar da Pátria e da humanidade [na Maçonaria, o conhecimento, ao se
orientar para a sabedoria, é compartilhado na promoção do bem-estar social], levantando
Templos a Virtude [é o trabalho de construção interior] e cavando masmorras ao vício" 1
[cavar masmorras é suplantar os vícios e glorificar ao GADU pelas oportunidades de
ter, como meio, para ser, com fim].
Ao final, o que se espera desse trabalho interior que a Ordem orienta, com capacidade
para se projetar é uma energia oculta de uma força-pensamento de uma coletividade, - a
egrégora, de homens livres, virtuosos e receptivos ao bem.
Destacam-se, ao tratar dos métodos na investigação da verdade, dois aspectos: um geral
que tem em sua essência metodológica o simbolismo, lendas e exemplos; outro particular, que
tem o cerne no exemplo, neste caso, o da vida e obra do mestre barroco Antônio Francisco
Lisboa que os membros dessa Loja exaltam e nela se inspiram.
Implícito no ajuste de valores intangíveis à realidade dominada pela materialidade e na
prevalência do egoísmo, da corrupção, de atitudes aéticas (...) parece compreender um
sofismo diante da concretização de valores e ideais como são os de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade. Propositadamente se omitem considerações para esclarecer e eliminar a aparente
contradição que se magnífica pela ignorância e/ou pela perversidade do viés ao manipular
símbolos e lendas.
O simbolismo tem sido um meio da Maçonaria para preservar valores de uma f o n t e ,
- as de virtudes; para conservar – potencializar os f l u x o s com as praticas dessas virtudes
na caridade e solidariedade; e para comunicar formas de proteção desse manancial e do uso
1 GRANDE Oriente do Brasil. Ritual. 1o. Grau - Aprendiz Maçom. Rito Escocês, Antigo e Aceito.
Brasília: Grande Oriente do Brasil, 2009, p. 48.
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criterioso de seus cursos e benefícios, ao informar com sigilo e usar com discrição e
humildade seus meios.
Um intermediário entre duas realidades: uma perceptível e conhecida; outra, não tão
evidente nem conhecida, transformada no instrumento que possibilita buscar a verdade,
entender a essência espiritual e cognitiva e, por esse entendimento, dominar o conhecimento
vivenciado na sabedoria da ação maçônica individual * e social.
Da ação individual com a prática ininterrupta de virtudes a fim de que o conhecimento
adquirido e a transformação que ele provoca, - o da sabedoria, sejam aplicados no
aperfeiçoamento de costumes em ambiente como o familiar e de trabalho, entre outros.
Da ação coletiva disciplinada, com os meios, trabalhos e resultados de consenso, da
maioria, para que o efeito seja otimizado: a dispersão de forças e resultados e a indisciplina de
ações e contribuições são, com frequência, causas de enfraquecimento e desmotivação.
O simbolismo, no enfoque metodológico maçônico, destaca o conhecimento subjetivo
que leva à introspecção e à livre associação de relações existentes, de leis naturais, de causas
(...), no fundamento filosófico da Ordem.
É oportuno lembrar que o simbolismo é a ciência mais antiga, utilizada pelos povos
primitivos para se comunicar e registrar sua história.
A linguagem simbólica na maçonaria (ilustração que segue) tem o poder de provocar
transformações que se manifestam em novas vivências de realidades: mais amplas e com
outras dimensões e valores superiores.
Por tais traços, ao ser adotado pela Maçonaria com o estudo de símbolos religiosos e
iniciáticos, - simbologia mística, permitiu desenvolver um sistema de moralidade preservado
em suas fontes e conservado em suas iniciações, viagens, ritos (...).
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O sistema simbólico exige do maçom dedicação no trabalho, empenho no estudo e
constante reflexão - compreensão para entender a mensagem codificada por uma alegoria, por
uma lenda, pelo símbolo (...).
Compreensão da mensagem para e incorporá-la, vivenciá-la e possibilitar seja feita a
mudança ou reforma íntima: é a condição necessária pressuposta e observada em viagens
iniciáticas, em câmaras de reflexão (...) durante estudos e trabalhos da Loja Simbólica.
Nessas viagens e câmaras o mação tem a preparação necessária para que possa
empreender outras viagens em Lojas de Perfeição, Capítulos, Conselhos Kadosh e
Consistórios.
Os métodos maçônicos, baseados e auxiliados por lendas e símbolos, devem ser
consistentes (esse é o sentido heurístico que se destaca) com:
a) A visão da Loja: o ato de prospecção no espaço e tempo correspondentes, - os de sua
abrangência, com a imagem de si mesma e do que busca e pretende ser no futuro pela sinergia
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de esforços e resultados positivos de todos os maçons com o entendimento de ser a virtude a
força para fazer o bem.
Um ato que deve ser claro e exeqüível, motivador e desafiador, expressão de aspirações
emocionalmente estáveis e serenas dos maçons. Um ato compatível com valores e princípios
maçônicos. Sem clareza nem desafio e com inexequibilidade e desmotivação, a visão é
utópica.
A visão, no caso da Loja Antônio Francisco Lisboa no. 3.793, é:
A preparação, o incentivo, a promoção e o empenho na seleção e preparação de candidatos
a iniciar; em objetivos - metas do nível intelectual de nossos obreiros; na qualidade de
nossas reuniões e instruções; e na efetividade de resultados, - os de seleção, preparação e
ação, a se constituírem exemplos de desenvolvimento cultural, de cooperação horizontal
(lojas coirmãs) e vertical (A Loja com o GOB e outras instâncias superiores) e de
fraternidade.
b) A missão, para responder e justificar a existência da Loja ao tratar o que ela é, faz e
por que o faz de determinadas formas, com consistência de seus propósitos em princípios e
valores da Ordem; são alicers como os Landmarks, constituições e regimentos. Essa
declaração deve ser definidora, identificadora, concisa e aplicável. A missão, no caso da
ARLS Antônio Francisco Lisboa, é:
Uma instituição altruística, filosófica, progressista, filantrópica e evolucionista,
preparada para praticar a beneficência do modo mais amplo e objetivo possível;
incentivar a instrução e a cultura em todos os seus níveis; promover a ética, a paz, a
cidadania, os direitos humanos e a democracia, além de outros valores universais; e
pugnar pelo aprimoramento moral, social e intelectual, pelo cumprimento do dever e pela
investigação constante e consistente da verdade ao identificar problemas e necessidades e
mobilizar lideranças para efetivar as soluções.
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Altruística, porque ao trabalhar em seu quadro para dominar instintos egoístas (em
geral, aqueles que caracterizam o iniciado e estão simbolizados pela pedra bruta), promove e
integra a satisfação pessoal, a do obreiro da ARLS Antônio Francisco Lisboa no.
3.793, com o bem-estar e satisfação coletivo.
Filosófica, porque suas cerimônias e atos como os de instruções estão carregados de
essências, propriedades e efeitos causais das coisas naturais, orientando-os com bases morais
e éticas para um bem-estar coletivo.
Progressista, porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um Ser
Supremo, não se aferra a dogmas nem impõe obstáculos ao esforço do obreiro para buscar a
sua verdade, nem reconhece limites nessa busca, senão o da razão e sentido social de bem-
estar e felicidade.
Filantrópica, porque ao desestimular a obtenção de lucro, financeiro, material ou outro
com propósitos pessoais mesquinho e ao estimular o desenvolvimento de amizade e amor ao
próximo, busca o retorno espiritual que naturalmente decorre da ação da Loja destinada ao
bem-estar da família e coletividade como alvos em seu âmbito. Um retorno diretamente
proporcional à felicidade que socialmente gera e se reverte à fonte: o crescimento e felicidade
do próximo, do coletivo, leva e sustenta o crescimento e felicidade do mação que
discretamente e com efetividade exercita a filantropia.
Evolucionista, porque sem excluir o seu passado de glorias como fundamento de seu
presente, prospecta e se ajusta para construir o seu futuro, incorporando lições e experiências
de sua origem e evolução às mudanças - ajustes.
Essa missão, - a de preparar, incentivar, promover e pugnar, é, em parte, interpretada
por Fernando Pessoas quando aponta o profano de índole e mentalidade simbolista:
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"um homem para quem os símbolos são coisas, vidas e almas, e para quem
paralela e conversamente, as coisas e os homens tenham, em certo modo, a vida
irreal e analógica dos símbolos".
As virtudes que se cultuam na da ARLS Antônio Francisco Lisboa no. 3.793
colocam a missão em destaque e são elementos por excelência para construir o templo interior
com o verdadeiro espírito maçônico.
c) Os princípios como crenças e valores para orientar ações e comportamentos do
maçom em Loja, ao identificar e qualificar o todo como uma identidade corporativa pela qual
é reconhecida como sendo:
“uma associação de pessoas físicas, sem fins lucrativos ou econômicos, qualificável
como de interesse público, pessoa jurídica de direito privado, constituída por
prazo indeterminado, na forma prevista no Código Civil Brasileiro” (segundo o Estatuto da
Antônio Francisco Lisboa) e com o tratamento, anteposto ao seu nome, de
AugRespLojSimb.
Fazem parte desses princípios conceitos basilares, tais como: a ética e o
comprometimento no agir, com retidão e o participar com entusiasmo; respeito e honestidade
no relacionamento fraternal; verdade e integridade no que se faz e diz; caridade e fraternidade
na construção social, entre outros, com destaque para o postulado de reconhecer um SER
Superior, Princípio Criador.
A Loja Antônio Francisco Lisboa, ao adotar princípios da Maçonaria e postulados
universais da Ordem, tais como:
proclamar a prevalência do espírito sobre a matéria e, com essa proclamação,
dar sentido a sua missão;
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pugnar pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social mediante o
cumprimento do dever, a pratica da beneficência e a pesquisa constante da
verdade e, com disposição de luta, alicerçar a sua visão;
proclamar que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância
constitui o princípio fundamental nas relações humanas, para que sejam
respeitadas as convicções e a dignidade de cada um, com condição e
fundamento de igualdade;
defender a plena liberdade de expressão do pensamento, como direito
fundamental do ser humano, observada correlata responsabilidade para que
essa liberdade seja coletivamente construtiva e não degenera em libertinagem;
reconhecer o trabalho, em bases dignificantes, como dever social e direito
inalienável de oportunidades e de crescimento, possível com o justo retorno, o
do salário, proporcional à contribuição feita pelo trabalhador: princípio de
bem-estar da economia do trabalho;
considerar todos os Maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades,
convicções ou crenças como verdadeiros Ir;
sustentar, pela evidência na prática, que os Maçons têm deveres essenciais,
tais como: o amor à família, a fidelidade e devotamento à Pátria e [o respeito e
estrita] obediência à lei;
adotar sinais e emblemas de elevada significação simbólica; uma adoção
lógico-racional o que pressupõe conhecer esses significados e preservá-los de
usos indevidos e desvios;
condenar a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo,
porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na
prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade; a condição necessária
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para se condenar (...) é conhecer a perversidade dessa exploração, dos
privilégios (...); a suficiência e efetividade está no juízo justo e perfeito;
combater a ignorância, o preconceito, o erro, a superstição e a tirania em
todas as suas manifestações, reunindo-se em Loja para promover o bem-estar
da Pátria e da Humanidade ao levantar templos à virtude e cavar masmorras ao
vício; é preciso conhecer o inimigo nesse combate e agir, com ações e
estratégias adequadas: são a vontade - disposição, o estudo constante e a
pesquisa criteriosa da verdade os auxiliares, - ferramentas e estratégias, e
fundamentos desse combate;
postulados como o do sigilo da ação e manifestação, do simbolismo na
representação e comunicação de valores, a iniciação exclusiva de homens, a
proibição de discussões político-partidárias e religiosas e o uso de avental em
sessões, entre outros.
São princípios que evidenciam conceitos filosóficos, explícitos ou implícitos nesses
postulados que se sintetizam, com notável simplismo, na parte que segue.
A filosofia
A Maçonaria e, portanto, a ARLS Antônio Francisco Lisboa a Antônio no.
3.793 compreendida por ela, busca seus fundamentos em diversas escolas do pensamento para
incentivar o mação na procura de sua própria verdade, independentemente de agrupamentos
formais ou informais a que pertençam seus obreiros, deixando-os livres para buscar a
informação (matéria-prima do conhecimento) seja ela o de uma verdade como
correspondência, de uma verdade revelada ou de uma verdade como conformidade ao fato
pela evidência que os métodos permitem e assegura nos termos de sua falseabilidade,
testabilidade etc., ao se tratar de uma verdade no campo da ciência.
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São escolas como as de filósofos gregos dos períodos helenístico e, séculos depois, dos
filósofos modernos do Renascimento, Racionalismo e Iluminismo com as suas propostas de
explicar a liberação da consciência humana; de valorização da vida natural; de fundamentação
da ciência e investigação científica em seus procedimentos lógico-racionais; e de
reconhecimento de valores e direitos individuais. Daí o sentido da Maçonaria ser uma
instituição fundamentalmente filosófica, uma escola de estudos, reflexão e filosofar, para
alicerçar a justiça, a solidariedade e a paz entre os homens.
A Maçonaria é uma escola do filosofar, porque em seus atos discretos, cerimônias
simbólicas, instruções e métodos consistentes de estudo dos fundamentos da teoria do
conhecimento, trata de essências, de propriedades e de efeitos causais das coisas naturais para
se ter uma reflexão da vida e, com a inferência reflexiva, melhorá-la.
Filosofar, ao investigar (refletir) leis da natureza e relacionar fundamentos da moral e da
ética na busca da verdade com base em critérios, no exame da moral com base na lógica -
razão e no exercício das virtudes com base na sua valoração e na força de fazer o bem e
respeitar – proteger direitos individuais e da sociedade.
Filosofar, ao tratar símbolos como os de pedreiros e arquitetos, de instrumentos
herdados da maçonaria primitiva, com interpretações para definir o sentido maçônico de
construção de moradas espirituais ao ungido pela iniciação: o mação é o seu artífice: é parte
do serviço da filosofia na maçonaria.
O serviço da filosofia, - do filosofar em Loja, compreende, também, irradiar a luz de
princípios e hábitos que se orientem para a melhoria da condição espiritual humana a partir de
fontes de virtudes de cada Ir.
À luz da tarefa do filosofar no contexto da Ordem, aparecem outros conceitos como os
de ser tradicionalista e progressista, sem configurar um sofisma ou um paradoxo. Isto, porque
a Maçonaria entende a tradição como proteger e conservar o melhor do passado para utilizá-lo
no presente e se preparar, ao prospectar, na construção do futuro.
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Registra e informa-comunica pelo símbolo, pela tradição-lenda e pelo exemplo como o
derivado do mestre barroco o Aleijadinho, os melhores ensinamentos e exemplos a serem
seguidos, prévios análises, avaliações e conformidades com as realidades: um resultado da
reflexão em câmaras e viagens: sentido evolicionista. Dessa reflexão poderá resultar a
adequação e separação do valioso e pertinente do sem valor e desconexo, do proveitoso e
possível de aplicar do inútil e desaplicável no presente etc.
A filosofia maçônica, ao incitar a procura da dignidade e decoro, do respeito e
confiança, da ação ética e moralidade, no homem, coloca-o no centro de sua preocupação e
trabalha para a melhoria de suas condições vitais, cinzelada nas contingências da vida, não
para ignorar incertezas do acontecer desfavorável, mas para administrá-las com suficientes
dosagens de tolerância, humildade, vontade e inteligência.
É o trabalho filosófico – maçônico que, além de cimentar valores superiores como os de
Liberdade, Igualdade e Fraternidade e postulados como o de acreditar em um Ser Supremo,
ancoram o agir com honestidade e integridade e o ser tolerante e compreensivo diante de
diferenças sociais, religiosas e políticas.
Tanto a incitação e administração como a cimentação e ancoragem precisam de estudo e
pesquisa, pois a lógica e defesa do homem da ignorância e incultura, de temores e
necessidades, da exploração e injustiça, do fanatismo e opressão e de tiranias interiores ou
exteriores a que se referem o REAA já no 1º. Graus 1º., o de Aprendiz quando
expressa:
“VEN - Para que nos reunimos aqui?” [em Loja]
“1º.. Vig - Para combater (negritado ausente da fonte consultada 2), o despotismo,
a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a Verdade e a Justiça. Para
2 GRANDE Oriente do Brasil. Ritual. 1o. Grau - Aprendiz Maçom. Rito Escocês, Antigo e Aceito.
Brasília: Grande Oriente do Brasil, 2009, p. 48.
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promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à virtude e
cavando masmorras ao vício”.
Têm profundos significados filosóficos, além de conteúdo científico consistente. São
exigências que “impõem” ao Maçom com vontade, decisão e constância pesquisar e estudar
para, em análises comparativas e raciocínios da lógica, conhecer, por um lado, características
do poder isolado, arbitrário, absoluto e déspota que tende à tirania e opressão: o despotismo; o
estado de quem não tem informação “robusta” para internalizar – aprendizagem no
conhecimento e vivenciar na sabedoria: a ignorância; a opinião e conceito sem exame crítica e
balizada no conhecimento: o preconceito; etc.; e pelo outro, as vantagens da superação com o
combate ao erro, ao preconceito, a ignorância e ao despotismo. São resultados de dois lados, -
benefícios da vitória no combate e malefícios da persistência de tais comportamento e ações,
que permitem definir um indicador essencial de crescimento e elevação espiritual. Deve ser
entendido que a análise de argumentos e a definição de indicador têm referenciais no contexto
social, do bem comum, da economia do bem-estar.
A própria filosofia maçônica, ao situar o homem numa sociedade em que impere a
ordem e o trabalho digno, a igualdade de possibilidades e oportunidades, a paz e o progresso,
a cooperação e solidariedade (...) colocam em destaque a premissa e o reducionismo algébrico
de um indicador de valores intangíveis do progresso.
A filosofia maçônica tem a capacidade e incumbência de mostrar ao Ir
a) o incalculável valor da arte de pensar bem, de refletir e inferir sobre o que é essencial
e do domínio humano, pelo saber, sobre a natureza e a sociedade; deve-se acrescentar que
esse domínio deve ser limitado pelas próprias leis da natureza quanto à capacidade de suporte
resiliente de sistemas para que essa dominação não se estenda à exaustão de fontes, a
degradação de ciclo e a redução – eliminação de fluxos de bens e valores naturais;
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b) o valor incalculável do livre exame e da dúvida metódica (mais do que isso, do
enfoque de interações, interdependência: sistêmico) e o domínio sobre os meios e
instrumentos que necessitam de uma ação sábia, prudente e eficaz.
c) a evidência de a ciência e a lógica não satisfazem toda a ânsia humana de saber nem
sobrepujam as contingências na existência humana; mostra, contudo e dentre de esquema
prospectivos e de cenários, possibilidades de redução de incertezas, traduzindo-as para riscos
toleráveis e de ambiências resilientes (...);
d) facilitar e/ou procura fazer que a vida do maçom se desenvolva dentro do triângulo
áureo da verdade (no relativo, para o caso da ciência), do bem (no otimizável possível, ao
formar combatentes pela verdade e o bem) e da beleza, além de acender no homem sua fé e
entusiasmo pela superação espiritual e mostrar como se emerge do inferior e se ascende na
escada de Jacó.
A filosofia maçônica, ao lado do espiritualismo, considera e pondera o que é valioso e
útil no materialismo, para o crescimento e desenvolvimento espiritual do Ir, sem paradoxos,
nessas considerações, e sempre em arranjos acima de individualismos e coletivismos
obcecados. Em tais arranjos, confere sentido e disciplina, pela organização, direção e
hierarquização-subordinação, na divisão do trabalho, em ações de cooperação e solidariedade
e até na formação de agrupamentos com base em méritos, exaltações e necessidades de
regulamentos. Recorre a continentes constantes em princípios filosóficos, em simbologias e
alegorias 3 de diversas culturas, em tradições e lendas, em rituais como o que a Loja adota e
segue, - o REAA, para afeiçoar neles conteúdos circunstanciais de épocas históricas e
manter doutrinas e costumes de acordo com princípios e leis de mudanças e renasceres.
Reforça o caráter prospectivo do homem e a vantagem de estabelecer objetivos e fixar metas
3 Relatos, através de símbolos ou alegorias, de verdades, leis ou fatos da natureza que requerem
uma chave, código ou referência (pesquisas e estudos) para a sua interpretação seja ela cósmica,
individual ou místico filosófica.
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em sua existência; estabelecimento e fixações utilizando o poder, o saber, a estabilidade
emocional e a serenidade.
Conclusão
Não se pretende, com o texto acima, mostrar que a ARLS Antônio Francisco
Lisboa no. 3.793 seja uma "casa" perfeita e sem problemas de entendimentos e
relacionamentos (...), apenas perfectível e onde se valoriza e destaca o empenho e firme
propósito de cultuar a liberdade de expressão e o livre arbítrio; de buscar a informação
"consistente" para o conhecimento que leva a sabedoria de liberalização de laços fraternais e
de formas solidárias; de estudar - pesquisar, com constância e coerência, a busca da verdade
em sua forma direta e objetiva, sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas; de
valorizar tradições quando adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica e, com
sinergia e agregação de valor por sinais indicativos de que é preciso fazer ajustes - mudanças,
acompanhar evoluções, sem afetar fins supremos como os de liberdade, igualdade e
fraternidade; dessa forma continua participando da criação de futuros com o concurso de
métodos e a razão.
Ao selecionar homens de bons costumes (...) e convidar Ir que trazem amizade, paz e
prosperidade para, juntos levantar templos a virtude e cavar masmorras ao vício, espera
vencer paixões, disciplinar vontades e alcançar novos progressos. Pretende concentrar
consciências de tendências elevadas para o humanismo moral ao trabalhar de forma discreta.
Recebe luzes de todos os lados e como um prisma, ao restituí-las, procura direciona-as de
forma precisa e com objetividade.
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