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Trata-se, níí) realidade, de um documento não apenas arcaico, pelos seus 25 anos de existência, como obscurantista e retrogrado e que tem exercido um verdadeiro freio contra as possibilidades de um mais livre progresso artístico nos filmes de Hollywood. O C. H., como se sabe, estabelece uma série de restrições à criação artística, uma vez que proibe, aos produtores filiados à Associação de Produtores de Cinema, apresentar o mínimo de realismo nas cenas, seja quanto ao sexo ou ao crime, seja quanto aos costumes. No curso desses 25 anos de sua adoção, entretanto, o Código foi recebendo emendas e altera- ções como conseqüência do que uma série de experiências foi revelando e princi- palmente porque vários de seus artigos*' se foram tornando letra morta em vista de muitos produtores e diretores1 og violaram audaciosa ou habilmente. •—¦» Um filme, por exemplo, como «Uma Rua Chamada Pecado», é "uma verdadeira burla ao Código e viola quase todos os seus regulamentos, embora por vias tra- vessas. O que não quer dizer que não te- nha sido tremendamente prejudicado, exa- tamente porc^ue teve que respeitar vários artigos, considerados taxativamente ir- Evidentemente, os produtores fiine- matográficos de Hollywood não poderiam permanecer de braços cruzados ante js prejuízos que vem acarretando a apli- cação da auto-censura segundo os rigi- dos regulamentos do C. H., tanto mais que tais prejuízos se exprimem direta- mente na perda do cinema europeu, não Protesto contra a proibição de exibição de fitas de Chaplin NOVA YORK (UP) O novelista James T. Farrell, presidente da Comissão Norte-Americana de Liberdade Cultural, dirigiu um telegrama de protesto ao pre- sidente da Universidade de Muhlenberg, por haver esta cancelado a anunciada exi- bicão de uma série de «filmes» de Chaplin. «Tão incrível capitulação á pressão da Legião Americana, é algo verdadeiramente alarmante diz o telegrama pois se é certo que Chaplin demonstrou sua sim- patia pelo comunismo e não ocultou seus sentimentos antiamericanistas, não existe razão alguma para que não possamos ver suas excelentes películas, que não têm na- da que ver com o comunismo. Confio em que Vossa Excelência reconsidere decisão tão precipitada e falha de valor». Farrell disse também que a Legião Americana «com seus atos de coação para que se cancele o «Festival Chaplin», não fez mais senão imitar as táticas soviéticas para com a arte». violáveis; o exemplo serve, assim, para tão limitado por excessos de auto-censu-xvL*. . - destacar o quanto de hipócrita num FárFoT por isso aue decidiram, de cerU «*-5t?}*??* g£SM*í* i*a Comis?ao para destacar o quanto de hipócrita num tal Código ou em qualquer outro tipo de censura mais ou menos imposta. Contra o Festival Uruguaio o Sindicato Cinematográfico RIO (Asapress) O Sindicato Nacio- nal de Indústria Cinematográfica oficiou ao ministro do Exterior solicitando provi- dências no sentido de que o Brasil não compareça oficialmente ao Festival de Pun- ta dei Este, no Uruguai, nem prestigie de qualquer forma, quem quer que queira ir ao referido certame. Motivou essa atitude do sindicato o fá- to de haver a Comissão Organizadora do Festival mandado ao Brasil um represen- tante para fazer os necessários convites, não tendo esse representante procurado nem o sindicato nem o Itamarati, a quem cabe designar oficialmente as pessoas e os filmes em condições de representarem o pensamento e a cultura nacionais no ex- terior, tratando êle próprio de organizar a comissão brasileira. raLFoi por isso que decidiram, de certa forma rebelar-se contra o Código Hays. E quem lançou o primeiro grito foi Sa- muel Goldwyn, que em carta dirigida a Eric Johnston, presidente da Associação des Produtores, solicita uma renovação (Continua na pág. 2> (5 a Liberdade Cultural figuram John dos Passos, Upton Sinclair, John Steinbeck, Thornton Wilder, Dorothy Canfielu Fisher, Katherine Anne Porter, Irwin Shaw, Ro- bert Penn Warren e Whittaker Chambers. A Comissão informou que foi envia- do telegrama similar á Wilston Lutte, co- mandante da Legião Norte-Americana. Será normalizada a exibição de películas na tela panorâmica A propósito da intimação do sr. João Amoroso Neto, diretor do Serviço de Di- vert.mentos Públicos, para que os cine- mas modifiquem dentro de noventa dias, as telas panorâmicas, o sr. Fernando Guerreiro Junior, presidente do sindica- to das Empresas Exibidoras Cinemato- gráficas, informou que coincidem os pro- posites dos dois órgãos, devendo o pro- MARILYN MONROE estrela norte-americana expressou du- rante um «coquetel à imprensa», promo- vido em homenagem a Mari^m Monroe por seu advogado. Maiilyn Monroe, que se declarou pou- co satisfeita com os papéis que interpretou flindOU Uma Companhia até aSora» anunciou que acaba de fundar jp*sua Própria companhia cinematográfica, a Cinematográfica«Marilyn Monroe Productions Inc.» Se, como o afirma seu advogado, a NOVA YORK, (AFP) Marilyn atriz está de agora em diante inteiramen- Monroe desejaria vivamente que lhe fos- te desobrgiada de seus compromissos con- se confiado o principal papel feminino.em tratados com os estúdios da «20th Centu- uma adaptação cinematográfica do roman- ry-Fox», ela poderá facilmente fazer ro- ce de Dostoievsky «Os Irmãos Karama- dãr «Os Irmãos Karamazov» e atribuir- zov». Pelo menos, esse é o desejo que a .opapel que deseja. blema ser reslvido antes que expire aquele prazo. Houve algumas reclamações de es- pectadores contra a "guilhotina" porque foram exibidas películas não prepara- das para a tela panorâmica- No momen- to, cinqüenta por cento das fitas observam os requisitos técnicos do novo processo, cuja única diferença, em rela- ção ao anterior, é a colocação da legenda mais para cima. Para a teia panorâmica, redução da altura da pe ícula e aumento de sua largura, piovocando o corte na janela de proje- çt.o o sacrifício da legenda ou da cabe- ç;t dos atores. No prazo de noventa dias, porém, informa o presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras, a quase totalidade das fitas será preparada para a tela pa- noramica, deixando de existir o proble- ma. Para as películas que restarem, do anterior processo, serão utilizadas as len- tes antigas de projeção, fazendo çue as imagens apareçam, na tela grande, em quadro menor. Sobrará um pedaço do pano, mas a fita não sofrerá o corte. *__*_Cr__L*i__B__M4

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ANÁRIO CINEMATOGRÁFICO

ALTERAÇÕES NO CÓDIGO HAYSTem a mais curiosa significação o movimento que se está registrando entre os

produtores de cinema dos Estados Unidos, para alterar alguns dos artigos docélebre Código Hays, que é como se chama o conjunto de normas),que norteiam aauto-censura no cinema americano. Trata-se, níí) realidade, de um documento nãoapenas arcaico, pelos seus 25 anos de existência, como obscurantista e retrogradoe que tem exercido um verdadeiro freio contra as possibilidades de um mais livreprogresso artístico nos filmes de Hollywood. O C. H., como se sabe, estabeleceuma série de restrições à criação artística, uma vez que proibe, aos produtoresfiliados à Associação de Produtores de Cinema, apresentar o mínimo de realismonas cenas, seja quanto ao sexo ou ao crime, seja quanto aos costumes. No cursodesses 25 anos de sua adoção, entretanto, o Código foi recebendo emendas e altera-ções como conseqüência do que uma série de experiências foi revelando e princi-palmente porque vários de seus artigos*' se foram tornando letra morta em vista demuitos produtores e diretores1 og violaram audaciosa ou habilmente.

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Um filme, por exemplo, como «UmaRua Chamada Pecado», é "uma verdadeiraburla ao Código e viola quase todos osseus regulamentos, embora por vias tra-vessas. O que não quer dizer que não te-nha sido tremendamente prejudicado, exa-tamente porc^ue teve que respeitar váriosartigos, considerados taxativamente ir-

Evidentemente, os produtores fiine-matográficos de Hollywood não poderiampermanecer de braços cruzados ante jsprejuízos que vem acarretando a apli-cação da auto-censura segundo os rigi-dos regulamentos do C. H., tanto maisque tais prejuízos se exprimem direta-mente na perda do cinema europeu, não

Protesto contra a proibição deexibição de fitas de Chaplin

NOVA YORK (UP) — O novelistaJames T. Farrell, presidente da ComissãoNorte-Americana de Liberdade Cultural,dirigiu um telegrama de protesto ao pre-sidente da Universidade de Muhlenberg,por haver esta cancelado a anunciada exi-bicão de uma série de «filmes» de Chaplin.

«Tão incrível capitulação á pressão daLegião Americana, é algo verdadeiramentealarmante — diz o telegrama — pois seé certo que Chaplin demonstrou sua sim-patia pelo comunismo e não ocultou seussentimentos antiamericanistas, não existerazão alguma para que não possamos versuas excelentes películas, que não têm na-da que ver com o comunismo. Confio emque Vossa Excelência reconsidere decisãotão precipitada e falha de valor».

Farrell disse também que a LegiãoAmericana «com seus atos de coação paraque se cancele o «Festival Chaplin», nãofez mais senão imitar as táticas soviéticaspara com a arte».violáveis; o exemplo serve, assim, para tão limitado por excessos de auto-censu- xvL* . „ . -

destacar o quanto há de hipócrita num FárFoT por isso aue decidiram, de cerU «*-5t?}*??* g£SM*í* i*a Comis?ao paradestacar o quanto há de hipócrita numtal Código ou em qualquer outro tipo decensura mais ou menos imposta.

Contra o Festival Uruguaio oSindicato CinematográficoRIO (Asapress) — O Sindicato Nacio-

nal de Indústria Cinematográfica oficiouao ministro do Exterior solicitando provi-dências no sentido de que o Brasil nãocompareça oficialmente ao Festival de Pun-ta dei Este, no Uruguai, nem prestigie dequalquer forma, quem quer que queira irao referido certame.

Motivou essa atitude do sindicato o fá-to de haver a Comissão Organizadora doFestival mandado ao Brasil um represen-tante para fazer os necessários convites,não tendo esse representante procuradonem o sindicato nem o Itamarati, a quemcabe designar oficialmente as pessoas eos filmes em condições de representaremo pensamento e a cultura nacionais no ex-terior, tratando êle próprio de organizar acomissão brasileira.

raLFoi por isso que decidiram, de certaforma rebelar-se contra o Código Hays.E quem lançou o primeiro grito foi Sa-muel Goldwyn, que em carta dirigida aEric Johnston, presidente da Associaçãodes Produtores, solicita uma renovação

(Continua na pág. 2>(5

a Liberdade Cultural figuram John dosPassos, Upton Sinclair, John Steinbeck,Thornton Wilder, Dorothy Canfielu Fisher,Katherine Anne Porter, Irwin Shaw, Ro-bert Penn Warren e Whittaker Chambers.

A Comissão informou que foi envia-do telegrama similar á Wilston Lutte, co-mandante da Legião Norte-Americana.

Será normalizada a exibição de películasna tela panorâmica

A propósito da intimação do sr. JoãoAmoroso Neto, diretor do Serviço de Di-vert.mentos Públicos, para que os cine-mas modifiquem dentro de noventa dias,as telas panorâmicas, o sr. FernandoGuerreiro Junior, presidente do sindica-to das Empresas Exibidoras Cinemato-gráficas, informou que coincidem os pro-posites dos dois órgãos, devendo o pro-

MARILYN MONROE

estrela norte-americana expressou du-rante um «coquetel à imprensa», promo-vido em homenagem a Mari^m Monroe porseu advogado.

Maiilyn Monroe, que se declarou pou-co satisfeita com os papéis que interpretou

flindOU Uma Companhia até aSora» anunciou que acaba de fundarjp* sua Própria companhia cinematográfica, a

Cinematográfica «Marilyn Monroe Productions Inc.»Se, como o afirma seu advogado, a

NOVA YORK, (AFP) — Marilyn atriz está de agora em diante inteiramen-Monroe desejaria vivamente que lhe fos- te desobrgiada de seus compromissos con-se confiado o principal papel feminino.em tratados com os estúdios da «20th Centu-uma adaptação cinematográfica do roman- ry-Fox», ela poderá facilmente fazer ro-ce de Dostoievsky «Os Irmãos Karama- dãr «Os Irmãos Karamazov» e atribuir-zov». Pelo menos, esse é o desejo que a sé .opapel que deseja.

blema ser reslvido antes que expireaquele prazo.

Houve algumas reclamações de es-pectadores contra a "guilhotina" porqueforam exibidas películas não prepara-das para a tela panorâmica- No momen-to, cinqüenta por cento das fitasobservam os requisitos técnicos do novoprocesso, cuja única diferença, em rela-ção ao anterior, é a colocação dalegenda mais para cima. Para ateia panorâmica, há redução da alturada pe ícula e aumento de sua largura,piovocando o corte na janela de proje-çt.o o sacrifício da legenda ou da cabe-ç;t dos atores.

No prazo de noventa dias, porém,informa o presidente do Sindicato dasEmpresas Exibidoras, a quase totalidadedas fitas será preparada para a tela pa-noramica, deixando de existir o proble-ma. Para as películas que restarem, doanterior processo, serão utilizadas as len-tes antigas de projeção, fazendo çue asimagens apareçam, na tela grande, emquadro menor. Sobrará um pedaço dopano, mas a fita não sofrerá o corte.

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5» O -4rjt,~f&*

REPÓRTER.

SEMANÁRIO CINEMATOGRÁFICO

Direção e propriedade:ANTENOR TEIXEIRA

Redaç §_o__e_ SecretariaM. AYRES DA CRUZAvenida Ipiranga, 1071

10.» andar - Galas 1010, 1011 e 1012Telefone: 35-2970

Caixa Postal n.« 1956SAO PAULO

Oficina GRAFICA CINELÂNDIARua Vitória, 93 - Fone: 34-2604Representante Comercial no RIO:

FOMA KISCHNERRua Senador Dantas, 15 - 7.ò andar

Fone: 52-0300REPRESENTANTES

Porto Alegre: — J. S. RibeiroNO EXTERIOR

Nova York: M. Girão Jr.Buenos Aires: — Chás de Cruz

Hollywood: Dulce D. Brito

Rodará em Março«O Ser/one/o»

Toda a filmagem será feita em Cipó, ci-dade baiana — Oito milhões e meio o custo

do filme

RIO (Asapress) — O produtor cine-matográfico Joe Cantor informou á repor-tagem que já arrecadou mais de 5 milhõesde cruzeiros para a filmagem do «O Ser-tanejo», película de Lima Barreto, com aqual pretende sobrepujar os sucessos obti-dos com o «O Cangaceiro».

O filme está orçado em oito milhõese quinhentos mil cruzeiros, mas tal im-portância deverá ser coberta dentro de bre-ves dias, já se tendo noticia de que o pro-dutor Cesario Gonçalves está grandemen-

—ANIVERSÁRIOS—

Ho/c — D- BENEDITA ROCHA, esposado sr- José Rocha Jr- — MARIO PADAL1NO.chefe de publicidade dos cines do circuitoMarrocos — Oásis.

Di„ 16 — ELSIE ROCHA, filha do sr. JoséRocha Jr.

Dia 17 — JAMIL ELIAS SIMON, eni presa-rio em Cerqueira César-

Dia 1» — IRIO VAZ DE ALMEIDA, opera-dor do Cine Teatro Harmonia, de S- Gabriel-

Dia 21 —Nessa data. transcorrerá o aniver-rio nataiicio do sr. PLÍNIO CAMPOS, publicista cinematográfico, residente no Rio. Inu-

meras feliciatções e cumprimentos receberá oilustre natalicianle da parte de seus amigos eadmiradores, entre os quais se inclue "CineRepórter que, neste registro, lhe formula milvalos de felicidade pessoal.

ALTERAÇÕES...(Continuação da l.a pág.)

dos vários códigos de produção, especial-mente do Código Hays.

Diz. muito significativamente, o ve-lho produtor em sua carta: «O públicohoje compreende aquilo que as pessoas quecriam, sempre compreenderam, isto é. queuma certa integridade e semelhança como espetáculo não tem valor se não possuira vida. Para pintar a vida honestamen-te no cinema.» é preciso um grau de lati-tude, dentro dos limites da decência, maiordo que o que existe no Código».

Goldwyn acentua ainda que muitosdos artigos do Código não estão, mais sen-do obedecidos e que o problema, agora.

(Conclue na pág. 7)

te interessado em financiar parte da fitae fazer a distribuição aos mercados euro-peus, ao mesmo tempo que a Distribuído-ra Columbia manifesta igual interesse.

A filmagem d e «O Sertanejo» estámai*cada para março pi*óximo e será total-mente realizada em Cipó, no Estado daBahia, cujos principais artistas serão Ai*a-cy Oliveira, Paulo Ruschel, Rogaciano Lei-te e Renato Kosok.

CINEDISTRI LIMITADACOMPANHIA PRODUTORA E DISTRIBUIDORA DE FILMES NACIONAIS

RUA DO TRIUNFO, 159 — FONES, 34-3733 — 36-5034

Telegramas: "CINEDISTRI" — SÃO PAULO - BRASIL

' ,cinedislri

AGENTES EM:

RIO DE JANEIRO — PORTOALEGRE — BELO HORIZON-TE — RECIFE — SALVADOR(Bahia) — CURITIBA — BO-TUCATÚ — RIBEIRÃO PRE-TO — SAO JOSÉ DO RIO

PRETO

— • —

Semanalmente cinco com-plementos que contam coma preferência do público:

"O ESPORTE EM MARCHA""A MARCHA DA VIDA""ATUALIDADES EM REVISTA""BRASIL NA TELA""REVISTA ESPORTIVA"

Selecionada linha de filmes nacionais de longa me-tragem para cumprimento da lei de obrigatoriedade.

EM FOCO

FECHAMENTO DE CINEMASSegundo publicamos, em edição ante-

rior, com base em noticias procedentes doRio, cerca de vinte cinemas naquela metro-pole, já cerraram suas portas. Provavel-mente e pelas mesmas razões, outras ca-sas de espetáculos seguirão aquele exem-pio.

Inúmeras razões poderão ter ocasio-nado aquela medida por parte dos proprie-tários desses cinemas. Entretanto, o mo-tivo central reside, principalmente, num de-sencontro flagrante entre as rendas e asdespezas, uma vez que a manutenção deum centro de diversões não pode deixarde acompanhar o ritmo normal das necessi-dades de sua conservação e esta não pode,certamente, escapar ao padrão normal dasdespezas, que crescem em razão direta dosacontecimentos e fatos da economia co-mum. De mês para mês e até mesmo desemana a semana, o preço de materiaisdiversos, as exigências comerciais e ou-tros fatores essenciais ao desenvolvimen-to ou simples marcha de uma atividade,crescem de maneira estarrecedora, obrigan-do os interessados contar, justamente, coma elevação do preço de suas mercadorias,sem o que se processará uma flagrantedisparidade entre a receita e a despeza.

Em considerações expedidas nesta mes-ma coluna, «profetizamos» este fenome-no simples, ou seja, o pequeno exibidor nãopoder sustentar o seu negócio cinemato-gráfico se os preços dos ingressos não ti-vessem uma alteração proprocional, capazde compensar ou equilibrar as despezas detudo quanto se necessita para a sua con-servação. E, como vemos, já começou aacontecer.

Continuam a arrastar-se as providên-cias dos órgãos competentes para a jus-tar ou reajustar os preços das entradas decinema. Vai para dois meses que tais me-didas pareciam estar atingindo o seu úl-timo capítulo. Entretanto e apesar de pro-messas e outras deliberações feitas, dasquais se publicou amplo noticiário, nas im-prensas carioca e paulista, nada de con-creto de processos até o presente momento.E, ao que podemos conjeturar, em face dospróprios fatos, a terra dará ainda algu-mas voltas em torno do Sói, sem que esseúnico caso, no Brasil, face à calamidade

do aumento do custo de tudo, encontreuma solução já não dizemos digna mas, aomenos... precária.

M.A.C.

Le Roy premiadoDe acordo com um referendum de pro-cedência européia, (França). Mervyn Le Roy

foi considerado o melhor diretor do ano. O rea-lizddor de "Quo Vadis" recebeu, com essa lau-'rea, uma homenagem nas estúdios da Warner,reunindo muitos amigos e jornalistas, em tor-no do 'diretor.

2 — «CINE. REPÓRTER» 15 da Janeiro de 1955

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O CASO DO COLAR DEESMERALDAS DE MABIA

FELIXCIDADE DO MÉXICO, (AFP) — A bela

atriz mexicana Maria Felix está agora conven-cid<t de que as esmeraldas têm um poder malc-fico-. Está agora ameaçada de prisão por terquerido conservar o magnífico colar que lhe foioferecido por seu finado marido, o cantor JorgeNegrcte. e que tantos aborrecimentos já lhecausou.

Foi em dezembro de 1952, por ocasião dc seucasamento, que Negrete lhe ofereceu a valiosajóia, avaliada em um milhão e meio de pesos{cerca dc 4 milhões de cruzeiros)- Alguns mesesmais tarde, o cantor caia gravemente enfermo,falecendo em dezembro de 1953 sem ter tidotempo de pagar todas as letras que havia as-sinado para a compra do caiar.

A liquidação da sucessão de Negrete oferecenumerosos problemas. O cantor deixou um filhode uma primeira união, cuja mãe vive ainda.Alegando que a atriz era casada em regime decomunhão de bens, esses herdeiros exigem queo colar de esmeraldas faça parte do espolio.Maria Felix afirma que era casada em regimede separação de bens e que o colar é de sunexclusiva propriedade.

Desde que voltou do México, Maria Felixvem tendo seu lempo açambarcado pelas visitasdos advogados.

A bela atriz, é verdade, poderá invocar a leimexicana que lhe permite evitar provisoriamen-te a detenção pessoal mediante o pagamento deuma cau são. Para não se separar do colar, Ma-ria Felix foi obrigada a fazer uma caução de590-000 pesos. Qual a soma que agora irá exigira justiça mexicana para evitar a prisão da es-tréla cinematográfica?

CINEMA EM TECNICOLOR

ACENTUA-SE, CADA VEZ MAIS. A TEN-DÊNCIA PARA A PRODUÇÃO DE FILMES

COLORIDOSHOLLYWOOD — O uso de filmes coloridos se acha em marcha ascendentes nas

indústrias cinematográficas do mundo inteiro. Na Europa e na América Latina, atéagora, os filmes têm sido bastante raros, observa-se indisfarçável tendência parauma reviravolta.

Em Hollywood, a produção de filmes coloridos tornou-se fato banal e quotidianoe jamais foi tão reduzido a produção de filmes em preto e branco. Além disso, Holly-wood está aprendendo a usar a côr de maneira muito mais inteligente do que faziaantes.

Quando os filmes coloridos constituíamuma novidade, o produtor tinha em miraunicamente satisfazer o gosto, ou melhora curiosidade do público. Agora, a côr cons.titui uma parte integrante dos filmes, co-mo o som, e o público exige, também, umpouco de imaginação, de sorte que os pro-dutores tem de procurar novos rumos parasatisfazer as novas tendências.

Uma das maiores transformações ocor-ridas com os filmes coloridos nos últimosdez anos foi o desaparecimento do colori-do espalhafatoso utilizado para filmes mu-sicais ou históricos. Atualmente, o coloridopode se adaptar perfeitamente ao dramaromântico ou a um filme de mistério. Osprodutores são obrigados a procurar umcolorido mais natural. Em conseqüência dis-so, está sendo amplamente usado o proces-so Ansco Color, da General Aniline & FilmCorporation.

Coube a William Wellman utilizar damaneira mais interessante o colorido aofilmar «Tranck of the Cat». Como se tra-tava de um sombrio drama psicológico pas_sado entre as montanhas do Oeste dos Es-tados Unidos, cobertas de neve, Wellmanchegou à conclusão que as cores usuaisnão se ajustariam aos seus propósitos. Pa-ra acentuar bem a atmosfera pesada eameaçadora do filme, filmou muitas dascenas em vários matizes de preto e bran-co. Em duas ou três passagens, vêm-se,como excitantes contrastes, pedaços colo-ridos: uma jaqueta de cabeça vermelha, umvestido amarelo, a folhagem verde dasmontanhas. O efeito é tal que os especta-dores apreciam vivamente as poucas coresempregadas.

Experiências dessa natureza tornar-se-ão, sem dúvida, mais comuns para o fu-turo.

FECHARIAM OS CINEMAS Flagrantes de Hollywood

As exigências de UBC e SBACEM levam os exi-bidores a esse extremo

Aumento de 3C0 o/o pretende uma das sociedades, e 900 o/o a outra

Segundo declarações feitas à imprensapelo presidente do Sindicato dos ^Exibi-dores de São Paulo, sr. Fernando Guer-reiro, existe a probabilidade de fecharemos cinemas as suas portas, isto abrangendocerca de 900 salas da Capital e do Interior,em virtude de excessivas exigências daUBC e SBACEM, isto é, duas das socieda-iles que funcionam no país para cobrançade direitos de autores musicais.

A concessão de alvará, pela Secretariade Segurança, para funcionamento doscinemas, depende sempre da prova depagamento das mencionadas taxas, euma vez que agora as empresas não semostram dispostas a transigir de novodiante das pretensões das duas socieda-des, haverá o risco da não concessão dosalvarás pela Segurança, tornando impôs-sivel o funcionamento das salas.

«Em 27 de abril de 1951, foi assinadoum contrato entre a UBC e o sindicatode classe dos exibidores cinematográficos,no qual foi regulado o uso do repertó-rio de músicas de autoria de composito-res filiados àquela entidade.

Desse contrato, cuja duração foi es-tipulada para quatro anos, ficou estabe-lecido cue o seu rompimento ficava de-pendendo da denuncia de uma antecedên-

cia de 90 dias. Nele ficou assentado queas empresas exibidoras pagariam comodireito autoral àquela sociedade o equi-valente ao preço de uma poltrona porsessão.

Todavia, pretende agora' a referidaentidade um aumento de 300% na oo-branca dos direitos autorais, ou seja,três poltronas por sessão».

Quanto à situação da SBACEM, escla-rece o presidente do Sindicato das Em-presas Exibidores do Estado de S. Paulo:

«No caso dessa sociedade não haviacontrato assinado, e sim um entendimen-to verbal pelo qual os exibidores se com-prometiam a pagar como direito autoraldois cruzeiros e sessenta centavos porsessão, ou seja, um terço de poltrona».

Entretanto, datada em seis do corren-te, recebemos tuna carta da citada enti-dade, enviada por intermédio do Regis-tro de Títulos, na qual a mesma exige opagamento de 24 cruzeiros por sessão,referentes aos direitos autorais por elaarrecadados, imposição esta que corres-ponde a um aumento de 900%».

Julgando absurdas as pretensões da-quelas duas sociedades, os exibidores ne-garam-se a atendê-las, esclarecendo queestão dispostos a arcarem com as con-secuências decorrentes desse seu gesto.

MARIE WINDSOR nasceu a ll dedezembro "de 1924. em Utah, e foi bati-zada com o nome de Maire Bertelson-Marie, no entanto, mudou de nomequando um namorado lhe disse queWindsor seria mais fácil de guardar namemória. Ao chegar a Hollywood, estu-dou com Maria Ouspenskaya. famosaatriz, e fez carreira em pequenos papéis,conseguindo seu primeiro êxito em"Force of Evti". Seus filmes mais reeen-tes são: "Along the Ifay" e "The F.ddi"Cantor Story".

—//—Recentemente, depois de seu último

espetáculo de televisão, o comedianteRed Skelton levou seu médico parti-cular para casa, dando-lhe instruçõe--para que o fizesse dormir 24 horas se-guidas. Red estava realmente iatigado

Olivia de Havillar/I pretende casarmuito breve com Pierre Galante. E dis-se que espera desta vez encontrar a ver-dadeira felicidade.

Burt Lancaster conseguiu convencerSir Carol Reed a dirigir o seu filme"Trapeze", a ser rodado em Londres.Trata-se de uma película de mistério,que tem como cenário um parque de di-versões.

Betty Hutton rejeitou o papel de AdoAnnie em "Oklahoma!" Pediu a Rodgerse Hammerstein que fundissem os papéisde Annie e Laurie num só para ela.Mas como o "show" obteve grande êxitotal como está, os autores se recusarama fazer a adaptação.

15 de Janeiro de 1955 cCINE. REPÓRTER» 3 —

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CRITICA IMPARCIAL E INDEPENDENTE

RAPSÓDIA("Rhapsody")

Produção: MetroProdutor: Lawrence WeigartenKstréia: 23 de dezembroCines: Metro, Rio e outrosPreço: Cri? 10,00Assunto: Comédia musical, em tecni.colorDuração: 115 minutosCens.: Livre

Intérpretes: Elizabeth Taylor (LouiseDurant), Vittorio Gassman (Paul Bronte),John Ericson (James Guest), Louis Ca-lhern (Nicholas Durant), Michael Chekhov(Professor Schuman) e, em outros papéis,Barbara Bates, Richard Hageman, RichardLupino, Célia Lovky, Stuart Whitman,Madge Blake, Jack Raine, Birgit Nilsen,Jacqueline Duval e Norma Nevens.

Realização de Charles Vidor — Entrechodo Fay e Michael Kanin — Fotografia deRobert Planck — Fundo musical de JohnnyGreem e Bronislay Kaper (De abril, 1954).ARGUMENTO: Louise Durant (ElizabethTaylor) filha do milionário Nicholas Du-rant (Louis Calhem), desprezando os con-selhos paternais, abandona sua aristocrá-tica vi venda na Riviera e parte para Zu-rich, com Paul Bronte (Vittorio Gassman),por quem ela se acha apaixonada, a fimde que ele conclua seus estudos de violi-"no. Cedo, entretanto, Louise Durante ve-rifíca que Paul dá mais atenção á artedo que a ela. Em revide, Louise Durantdesposa o jovem James Guest (John Eric-son), estudante de piano, que ela em cir-cunstâncias originais vem a conhecer emZurich. Mas. a despeito disso, Louise Du-rant continua amando Paul. Entremente,James Guest. que abandona os estudos,permite que Louis Durant pague as suascontas, e, falido, entrega-se ao álcool. Umdia, porém, a jovem esposa apercebe-se dasua crueldade com o marido, e opta porêle. no momento exato em que ia fugircom o violinista, e o esposo se revela pe-rante uma platéia ilustre como excepcio-nal concertista.CRÍTICA: Eis um filme, um ótimo filme,que reúne todos os elementos — assuntointeressantíssimo, bons intérpretes, mag-nifica fotografia em tecnicolor, apresenta-ção luxuosa e, sobretudo, excelente fundomusical — para agradar plenamente o pú-blico. «Rapsódia» é filme para ser vistomais de uma vez, porquanto tudo que êleoferece é bom. O desenrolar da ação cheiode beleza e de juventude, que se enquadraem interiores e exteriores admiráveis, cujabeleza é posta em relevo pelo magníficotecnicolor, é integralmente pontuado de tre_chos de musicas clássicas para violino epiano, acompanhados por grande orques-tra. Nessa parte, Vittorio Gassaman, vi-

vendo a figura de violinista, e John Eric-son, interpretando o papel do jovem pia-nista, têm ótimo desempenho. Acontecen-do o mesmo, como intérpretes dos dois jo-vens que amam a mesma mulher. ElizabethTaylor, formando o delicioso triângulo

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amoroso, exibe linda coleção de toiletes.Assim, a linda artista, não só enfeita o fil-me inteirinho com sua beleza e juventude,mas empresta ótimo desempenho ao seupapel. Os demais intérpretes, notadamen-te Louis Calhem, como pai de Louise Du-rant, e Michael Chekhov, como professorSchuman, prestam excelente colaboração.Trata-se, pois, de lindíssimo filme paraos olhos e para o coração que realiza óti-mo programa para qualquer público.

HOTEL MONTE BRANCO("White Grale Inn")

Produção: Inglesa..Distribuição: U. C. R.Kstréia: 13 de maio.Cine: Normandie.Preço: Ci$ 10,00.Assunto: Drama.Cens.: Livre.Intérpretes: Michael Renine, Madeleine Car-

rol, Anne Marie Blanco, o menino MichaelMekeag e outros.

Realização de Harold French.

DEUS PROTEJANOSSOS FILHOS

("The Yellow Balloon")

Produção: Victor Skutezky (Inglesa)Distribuição: Allied Artists.Estréia: 30 de junho.Cines: Ritz (São João).Preço: CrS 10,00.Assunto: Drama.Duração: 79 minutos.Cens.: Proibido até 10 anos.Intérpretes: Andrew Ray (Frankie), William

Sylvester (Len) e, em outros papéis, KathleenRyan, Kenneth More, Verônica Hurst, StephenFenemore, Hy Hazell e Bernard Lee.

Realização de J. Lee Thompson — Entrechode Anne Burnaby (De novembro, 1953).

CONSPIRAÇÃO("The Tall Target")

Produção: Metro.Produtor: Richard Goldstone.Estréia: l.o de julho.Cines: Oásis e Braz.Preço: CrS 10,00.Assunto: Drama policial.Duração: 78 minutos.Cens.: Proibido até 10 anos.Intérpretes: Dick Powell (John Kennedy),

Paula Raymond (Ginny Beaford), AdolpheMenjou (Caleb Jeffers), Marshall Thompson(Lance Beauford) e, em outros papéis, RubyDee, Will Gerr, Richard Rober, Florence Ba-tes, Victor Kilian, Katharine Warren, Leif Eri-ckson, Peter Brocco, Barbara Billingssley, WillWright, Regis Toomey, Jeff Richard, Tom Po-wers, Leslie Kimmell, James Harrison e DanFoster.

Realização de Anthony Mann. Entrecho deGeorge Worthing Yates e Art Cohn. — Basea-do no original de George Worthing Yates (Deagosto, 1951).

«CINE-REPORTER»

BONITA E AUDACIOSA("She Couldnt Say No")

Produção: KKü Rádio.Produtor: Robert Sparks.Estréia: 30 de junho.Cines: Ipiranga, Majestie e outros.Preço: CrS 10,00.Assunto: Comédia dramática.Duração: 89 minutos.Cens.: Livre.Intérpretes: Robert Mitchum (Doe), Jean

Simmons (Corby), Arthur Hunnicutt (Otey) e,em outros papéis, Edgar Buchanan, WallaceFord, Raymond Walbum, Jimmy Hunt, RalphDrumke, Hope Landin, Gus Schilling, EleanorTodd e Pinky Tomlin.

Realização de Lloyd Bacon (De fevereiro,1954).

PECADOS DE JEZEBEL("Sins of Jezebel")

Produção: Robert L. Lipper .Ir.Produtor: Sigmund Neufeld.Distribuidor: Art. Filmes..Estréia: 1 <1«* julho.Cines: Marrocos, Sabará e outro*.Preço: CrS 10,00.Assunto: Biblico.Cens.: Proibido até 10 anos.Intérpretes: Paulette Goddard (Jezebel).

George Nader (Jehu) e, em outros papéis, JohnHoyt, Edward Franz, John Shelton, MargiaDean, Joe Besser, Ludwig Donath, CarmenD'An toni o e outros.

Realização de Reginald LeBorg — Entrechode Richard Landau (De outubro, 1953).TRAFICO DE BÁRBAROS

("Wagons West")Produção: Vincent M. Fennelly.Distribuição: Allied Artists.Kstréia: 5 de julho.Cine: Broadwaj.Preçp: CrS 10,00.Assunto: Western, em Cinecolor.Duração: 70 minutos.Intérpretes: Rod Cameron (Jeff Curtis),

Noah Berry Jr. (Arch Lawrence) e, em outrospapéis: Pegic Castle, Michael Chapin, HenryBrandon, Sarah Hayden, Frank Ferguson,Wheaton Chambres, Rileiy Hill, Effie Laird, J.Sanford Jolley, Almira Sessions e Harry Tyler.

Realização de Ford Beebe — Entrecho d«Dan UHman (De julho, 1952).

O PALHAÇODO BATALHÃO

("At War Wüh the Army")Produção: Paramount. •Produtor: Fred Finklehoff.Estréia: 5 de julho.Cines: Art Palácio, Rosário e outros.Preço: CrS 10,00.Assunto: Comédia.Duração: 92 minutos.Cens.: Livre.Intérpretes: Dean Martin (Sargento Piicci-

nelli), Jerry Lewis Korwin) e, em outros pa-péis, Mike Kellin, Jimmie Dundee, Dick Sta-bile. Tommy Farrell, Frank Hyers, Polly Bèr-gen, Jean Ruth, Angela Greene, Dan Òaytone Kenneth Forbes.

Realização de Hal Walker —Entrecho deFred Finklehoff (Tie janeiro- 1951).

15 de Janeiro de 195S

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NOTICIÁRIO CIMOGOIAZ — A magnífica Capital de

Goiaz contará, dentro em bre-ve, com um Cine Teatro dosmais importantes do País, to-talmente mobiliado com poi-tronas estofadas, modelo Guaí-ra.

RIO DE JANEIRO — O públicode teatro, na Capital Federal,terá a satisfação de vêr inaugu-rar ali, nos próximos meses, oluxuoso Teatro Copacabana, si-tuado no bairro do mesmo no-me, um dos mais elegantes dacidade, e que se constituiránuma monumental casa de es-petáculos. O novo teatro cario-ca terá um lotação de 497 lu-gares e será mobiliado compoltronas totalmente estofadas

em couro, modelo Guaíra-Luxo,especialmente fabricadas porMóveis Cimo S. A.

SAO PAULO - Em Franco da Ro-cha, progressista município daCapital paulista, será inaugu-rado no próximo mês de Fe-vereiro um grande cinema, do-tado de todos os aperfeiçoa-mente modernos e mobiliadocom 1.000 poltronas modeloRoxy da Cimo. Ao proprietá-rio, sr. João Rais, antigo exibi-dor local, o público da vizinhacidade ficará devendo mais ês-se empreendimento de valor.

MINAS GERAIS — Também emSacramento, nesse Estado, será

entregue ao público, no próxi-mo mês, o Cine Sacramento,de propriedade da firma M. V.Araujo & Filhos. O novo cine-ma, que está sendo caprichosa-mente montado, será mobília-do com 500 poltronas Roxy oque diz bem do cuidado comque os seus dinâmicos proprie-tários estão levando a efeito oacabamento dessa importantecasa de espetáculos, escolhen-do sempre o que há de melhorpara is suas instalações.

Assim, pois, de Norte a Sul doBrasil continua a preferência dosexibidores experimentados a confir-mar o lema.

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CÓDIGO DE GUERREIRO("Fort Vengeance")

Produção: Alüed Artists.Produtor: Walter Wanger.Estréia: 23 de junho.Cine: Ritz (São João)..Preço: CrS 10,00.Assunto: Western, em tecinirolor.Duração: 75 minutos.Cens.: Proibido até 10 anos.Intérpretes: James Craig (Dick Ross), Keith

l.arsen (Carey" Ross) e, em outros papéis, RitaMoreno, Reginald Denny, Charles Invin, Mor-ris Ankrum, Guy Kingsford, Michael Granger,Patrick White, Paul Marion e Emory Parnell.

Realização de Lesley Selander. — Entrecho-de Dan Ulman (De março, 1953).

ÂS VOLTAS COM TRÊSMULHERES(«The Promoter»)

Produção: Ronald Neame (Inglesa)Produtor: John BiyanDistribuição: UniversalEstréia: 7 de julhoCine: Ritz (São João)Preço: Cr$ 10,00Assunto: ComédiaCens.: Proibido até 10 anos

Intérpretes: Alec Guinness (EdwardHenry Machin), Glynis Johns (Ruth Earp),Valerie Hobson (Condessa de Cheli) e, emoutros papéis, Petula Clark, Edward Chap-man, Verônica Turleigh, George Devine,Gibb McLaughlin, Frank Pettingell, JoanHickson, Michael Hordern, Alison Legatt,Peter Copley, Deirdre Doyle, Harold Good-win, Lyn Evans, Michael Trubshawe, PaulHopkins e Matthew Guinnes.

Realização de Ronald Neame — Entre-cho de Eric Ambler (De outubro, 1952).

15 de Janeiro de 1955

O MORTO VIVO(«The Assassin»)

Produção: J. Arthur Rank (Inglesa)Pvodutor: Betty E. BoxDistribuição: U. A. of BrasilEstréia: 8 de julhoCines: Marrocos, Sabará e outrosPreço: Cr$ 10,00Assunto:Duração: 90 minutosCens.: Proibido até 18 anos

Intérpretes: Richard Todd (Edward Mer-cer), Eva Bartok (Adriana) e, em outrospapéis, John Gregson, George Coulouris,Margot Grahame, Walter Rilla, Jon Bai-ley, Sidney James, Martin Boddey, MichaelBalfour, Sydney Tafler, Miles Malleson,Eric Pohlman, David H u r s t, RaymondYoung, Eileen Way, Tom Lucarda, JaniceKane e Meies Tzelniker.

Realização de Ralph Thomas — Entre-cho de Victor Canning (De abril, 1953).

O príncipe valente(«DeviPs Canyon»)

Produção: Edmund Grainger.Distribuição: RKO RádioEstréia: 12 de julhoCines: Art Palácio, Rosário e outrosPreço: Cr$ 10,00Assunto: Drama, em tecnicolorDuração: 92 minutosCens.: Proibido até 18 anos'

Intérpretes: Virgínia Mayo (Abby Ni-xon), Dale Robertson (Billy Reynolds) e,em outros papéis, Stephen M-Nally, Ar-thur Hunnicutt, Robert Keith, Jay C. Flip-pen, George J. Lewis, Whit Bissell, Mor-ris Amkurm, James Bell, William Phillips,Earl Holliman e Irving Bacon.

Realização dè Alfred Werker — Entre-cho de Frederick Hazlitt Brennan — Ba-

«CINE-REPORTER»

seado no original de Bennett R. Cohen eNorton S. Parker.

A RENEGADA(«Woman They Almost Lynched»)

Produção: RepublicEstréia: 12 de julhoCines: Ópera, Anchieta e outrosAssunto: WesternDuração: 90 minutosCens.: Proibido até 10 anos

Intérpretes: John Lund (Lance Horton),Brian Donlevy (Quantril), Audrey Totter(Kate Quantril), Joan Leslie (Sally Ma-ris) e, em outros papéis, Ben Cooper, Ja-mes Brown, Nina Varela, Ellen Corby,Fern Hall, Minerva Urecal, Jim Davis,Reed Hadley, Ann Savage, Virginia Chris-tine, Marilyn Lindsey, Nacho Galindo, Ri-chard Simmons, Gordon Jones, Frank Fer-guson, Post Clark, Tom McDonough, TedRyan, Richard Crane, Cari Pitti, Joe Yri-goyen, Jimmie Hawkins, James Kirkwoode Paul Livermore.

Realização de Allan Dwan — Entrechode Steve Fisher — Baseado no originalde Michael Fessier (De março, 1953).

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ALTERAÇÕES. .",*:(Cnoclusão da pag. 2)

consiste apenas numa modernização deseu conjunto de regras sem cair, eviden-temente, no exagero de permitir a licen-ciosidade e a corrupção.

A carta de Goldwyn, como não podiadeixar de ser, provocou manifestações fa-voraveis e contrarias. Estas ultimas foramcomandadas por Jerry Wald, vice-presi-dente da Columbia, que na sua longa argu-mentação se esqueceu que um dos filmesdesta ultima companhia («A Um Passoda Eternidade»), de boa renda nas bilhe-teriasl de todo o mundo, constitui na ver-dade uma violação de muitos artigos eparágrafos do C.H., embora tenha sidoobrigado a respeitar outros muitos, o qnecontribuiu para um enfraquecimento dotom realista e honesto do filme. Outrasmanifestações contrarias a uma revisão doCódigo foram emitidas, sendo que a maisimportante foi a de Hugh Herbert, presi-dente da Associação dos Escritores Cine-matográfieos, que num artigo assinala queaquele conjunto de regras tem em vistaem primeiro lugar proteger o cinema dexima censura oficial por parte do Estado(governo federal e governos estaduais) eem segundo, proteger o público, parti-cularmente a juventude e as crianças, con-tra a corrupção e os vicios.

Todavia, apesar das manifestaçõescontrarias, é bastante provavel que napróxima reunião de produtores, especial-mente convocada para esse fim, o CódigoHays venha a sofrer alterações senão su-bstanciais, pelo menos no que diz respei-to ao seu anacronismo e arcaísmo. Talprobabilidade é confirmada pelo artigorecentemente publicado por John A. Viz-zard, assistente do diretor do Código daAssociação dos Produtores, no qual o au-tor admite que inúmeras disposições dofamoso documento podem e devem ser ba-nidas. Até onde os produtores rebeldesconseguirão chegar é que não se pode pre-ver.

Relação dos Filmes lançados em Março de 1954

TÍTULOS DISTRIBUIDORES

A NEVE DO TESOURO ALIANÇA DE SANGUE A RAINHA DE SABÁ' (Italiana) A MURALHA DA ESPERANÇA A NOIVA DE PAPAI A VOLTA DO PARAÍSO ....... A MALAGUENHA (Mexicano) ANJO DA GUARDA (Japonês) ALEM DA COLINA (Japonês) A RAINHA DOS RENEGADOS ACAPULCO (Mexicano) A INDISCRETA BUSCA DESESPERADA CORAÇÃO INDOMITO CARROCEL DA ESPERANÇA (Francês)DO OUTRO LADO DA RUA ENCRUZILHADA (Italiano) ... FEITIÇO BRANCO HONRA SEM FRONTEIRAS JULIO CÉSAR LAGRIMAS AMARGAS MARCHA TRIUNFALMELBA NA SENDA DO CRIMENOITES DE PARIS (Francês) O 13.o HOMEM (Italiano) O GRITO DE SANGUE O INFERNO N.o 17 O MANTO DE SOLEDAD (Mexicano) . ..O LADRÃO DE ESMERALDAS (Esp.) ..O CAVALEIRO MISTERIOSO (Italiano)PARIS Ê SEMPRE PARIS (Italiano) ...PÁRIAS DO VÍCIO PAIXÃO TEMPESTUOSA (Nacional) . .SENTINELAS DO DESERTO ... TAMBORES SELVAGENS TRÊS FUGITIVOS (Inglês) TRÁGICA EMBOSCADA ULTRAGE AO AMOR (Italiano) UMA ESTRELA CAÍU ÚLTIMA CHANCEÚLTIMA FELICIDADE (Sueco)

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NOTICIAS DO INTERIOR— ÁGUAS DA PRATA —

Inaugurou-se nessa estância hidro-climática paulista, o novo cinema, anexoao Pavilhão de Imprensa, ali fundadopelo comendador Antônio Anunziato.Passa, assim. Águas da Prata, a contarcom mais esse melhoramento, nascido,aliás, da iniciativa privada.

RESUMO

ART FILMES 5CÒLÚMBIA -. 4DIVERSOS 4FAMA FILME 2FRANÇA FILMES 1METRO 3MONOGRAM 2PARAMOUNT 3PELMEX 2

REPUBLIC 1KO RÁDIO 220th CENTURY-FOX 6U. A. of BRASIL 2U. C. B- 2UNIVERSAL 3

Total 42

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15 de Janeiro de 1955 c CINE .REPÓRTER»

Volta a Maristela a:%--yr:yy-- produzir

A Maristela voltou a movimentar o seuestúdio, depois que o recebeu de voltada Kino Filmes.

Com Ademar Gonzaga na direção eprodução, e fotografia de Ferete, foi ini-ciada a filmagem de «Carnaval em LáMaior», onde trabalha todo o elenco daRádio" e TV-Record.

O par principal do filme é SandraAmaral e Randal Juliano. mas a primei-ra figura do elenco é Walter Dávila Re-nata Fronzi foi convidada especialmentepara um dos principais papéis.

Em «Carnaval em Lã Maior» figuramainda numerosos artistas de rádio, tele-visão, cinema e teatro de São Paulo eRio.

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FILMES PREMIADOSno Festival de Veneza

Dos noventa filmes de 16 milímetrosinscritos pelos Estados Unidos no FestivalCinematográfico de Veneza, nove foramescolhidos para a seleção final e três rece-beram prêmios.

O seg-undo prêmio de Filmes paraCrianças fei obtido por «How to Mae aMask», inscrito pela srs. Ruby Niebauer,de San Diego, Estado da Califórnia. «AIs For Atom», inscrito pela General Ele-tric Co., conquistou o segundo lugar nasecção da filmes científicos do grupo dedocumentários. «A Time Out of War» con-quistou o primeiro prêmio de filmes do-cumentarios de longa metragem, «por seutema profundamente humano mosti*ando osabsurdos da guerra e pela sobriedade desua forma de expressão*. Esta película íoi

INCÊNDIO NO CINE LINSA EMPRESA CINEMATOGRÁFICA HAVIA REINICIADO

SUAS ATIVIDADES HA DOIS DIASNu dia 7 do corrente, por volta das 8,40

horas, uma turma de empregados do CineLins, de propridade da Empresa Cinema-tográfica Enci Ltda., localizado à AvenidaLins de Vasconcelos, 2375, procediam alimpeza daquela casa de diversões, quando

produzida por R. Denis Sanders, de LosAngeles.

Anunciando os prêmios, o dr. OttavioCroze, diretor do Festival CinematográficoInternacional de Veneza, fez comentáriossobre o elevado padrão dos filmes inseri-tos. Vinte e seis países foram representa-dos no festival por mais de cem filmes se-lecionados.

«METR0SC0PE». UlG

Rio . A direção da Metro Goldwyn-Mayer do Brasil comunica-nos oficialmente queMetroscope é o nome que vem de ser adotado, pela alta direção da corporação emNew York, para os filmes daquela marca destinados para exibição em Tela Pa-norâmica.No Rio de Janeiro (3 cines Metro), a primeira apresentação sob o termo«Metroscope» será «Meu Amor Brasileiro» (Latin Lovers), em tecnicolor, com LanaTurner e Ricardo Montalban nos principais papéis (esse filme será exibido quandoo permitir «Rapsódia», ora em pleno sucesso, iniciando a terceira semana). Em SãoPaulo, a primeira estréia sob a denominação «Metroscope» será «A Fera de ForteBravo» (Escape from Fort Bravo), em colorido Ansco, com William Holden e Elea-nor Parker à frente do elenco.Em CinemaScope (e Som Estereofônico Perspecta), como já foi noticiado,a próxima apresentação Metro Goldwyn-Mayer será «O Principe Estudante», emcores Ansco, com Ann Blyth, Edmund Purdom, John Ericson — e a voz de MarioLanza.

— 8 * C I NE. R E P O R T E R ».

foram surpreendidos por grossos rolos defumaça, seguido de «línguas» de fogo,que saiam do forro do prédio, onde estáinstalado o palco.

Aqueles funcionários da empreza ci-nematografica lançaram mão de extin-tores de incêndio e mangueiras, aliexistentes, para dar combate ao fogo.Entrementes, era providenciado a pre-sença dos bombeiros.

Depois de meia hora de luta, o incen-dio fei extinto e passou-se ao serviço derescaldo, que teve duração de duas ho-ras.

O sr. Rafael Pandolfi, um dos sóciosdaquela empresa cinematográfica, fa-lando à imprensa, informou que aquelacasa de diversões fora interditada háoito meses, aproximadamente, por apre-sentar falhas na construção. Decorridoesse tempo, o cinema foi liberado. As-sim, quarta-feira ultima, voltou a fun-cionar. Decorridos apenas dois dias dèatividades, volta aquele cinema a cerrarsuas portas, em conseqüência do incen-dio ali ocorrido. Quanto à origem do si-nistro, aquele senhor adiantou que atri-bue a curto-circuito nas instalações ele-tricas, em virtude de ter o fogo se ini-ciado no forro do predio. Sobre os pre-juízos, foram avaliados em cerca dèquinhentos mil cruzeiros, não estando aempreza segurada.

A autoridade de plantão daquele dis-trito compareceu ao local, para provi*denciar a abertura de inquérito, o qualtem andamento pela Delegacia de In**-eendios.

15 de Janeiro de 1955

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^-m fim —

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