a princesatiana e o sapo...

2
Leitura partilhada O primeiro contato com o livro será através da leitura indivi- dual, para que o leitor tenha a liberdade de interpretar a histó- ria. Ao mediador de leitura compete apresentar a obra e condu- zir sua apreciação. É uma oportunidade para o enriquecimento da interpretação pela troca de ideias resultante da participação de todos, mesmo com pensamentos divergentes. Os alunos devem apoiar seus argumentos no texto e na imagem simultaneamente. Sugere-se que as crianças, colocadas em círculo, possam desenvolver este trabalho oral- mente, como se fosse um questionário, e jamais por escrito. Título Este é um livro que anuncia uma história de princesa. Você imagina que ela se passou há muito tempo ou é pura fantasia do autor? Tal questão despertará a discussão no grupo. É claro que somente o título não revelará a resposta, devendo ser a pergunta retomada ao final da leitura, explicando-se para o aluno que um autor pode escre- ver invenções misturadas à sua experiência com pessoas ou com a vida. Ou seja, às vezes nem tudo o que se escreve é totalmente mentira nem totalmente "real". Abrindo o livro Na folha de rosto, você vai numerar a página 1; continue numerando as demais até a página 32. (p. 1) Observe a imagem em que a princesa e o sapo estão de costas. Sabe por quê? (p. 2) Nesta página de créditos lê-se que é uma história de "sapos reais". O que seriam sapos reais? Observe os significados: reais, refe- rente à nossa moeda; reais, relativo à realeza; e reais, que é próprio da realidade. A dedicatória expressa a importância que as avós tiveram para o autor: as mes- mas histórias que o fizeram dormir, hoje o "acordam" para inspirá-lo na criação de outras. (p. 3) Veja a princesa nas fotos: quando bebê e menina. O que entedia- va Tiana? (pp. 4 e 5) Observe a ilustração dos pretendentes e seus varia- dos tipos. Comente-os. E agora, o que mais a incomodava? (pp. 6 e 7) Sabe o que é pepperoni? É uma palavra italiana que significa salame picante. Marshmellow é uma cobertura doce para sorvetes e bolos. Leia o crachá do cozinheiro, que era fran- cês. Na verdade, a fome de Tiana era de "magia". (pp. 8 e 9) O que a ilustração nos mostra? Leia atentamente o texto. (pp. 10 e 11) Qual era a fama de Gazé? Por quê? (pp. 12 e 13) Veja na imagem como ele guardava as lentes de contato que usava. De onde vinha a sua sombra? (Era noite e a lua estava no céu.) (pp. 14 e 15) A qual desafio Gazé se propôs? (pp. 16 e 17) A fila aumentava sem- pre pela chegada das pessoas que vinham de vários países. Comente esta afir- mação. Observe as roupas e sua origem. (pp. 18 e 19) Você acredita em feiti- ceiros? O sapo foi ouvir alguns, mas no íntimo já sabia o que queria. Era... (pp. 20 e 21) A roupa do primeiro da fila lembra o quê? (A pele do sapo.) Ele sabia fazer mágicas. O que estaria dizendo ao guarda do palácio? (pp. 22 e 23) Sabe quem é Don Juan? (O grande conquistador.) Ouvir as pessoas é um ato de edu- cação e atenção. De tanto ouvi-la, compreendeu a inquietude de Tiana: fome de magia. E também começou a senti-la. (pp. 24 e 25) A felicidade dos dois era tanta que Gazé começou a se preocupar que não fosse descoberto o seu disfarce. Ele foi salvo pelo que leu num livro, e naquela hora essa lembrança foi- lhe tão importante que aparece no texto em letras maiúsculas, do tipo bastão. (pp. 26 e 27) Que título você daria a esse parágrafo? Poderia ser: o beijo. Fale sobre este momento. Observe a amplitude da imagem e o que vai acontecer... (pp. 28 e 29) A ilustração nos mostra a transformação, em câmera lenta, ini- ciada na página anterior: de princesa à sapa. Este é um recurso que o texto escrito não conseguiria expor como mágico e a linguagem visual o descreve com a possibilidade do encantamento. (Compare a cor da pele de Tiana na página 27 e na sequência...) (pp. 30 e 31) Como um conto de amor, este só poderia acabar com muito romantismo. Descreva o cenário e a atitude dos dois. Lembra-se da sombra gorda em noite de lua? (p. 32) No tradicional conto de fadas a princesa sempre beija o sapo, que vira príncipe, e se casa com ele. Nesta história cheia de magia acontece o inverso: é a princesa que, quando beijada, vira sapa, indo coaxar em um castelo de areia na praia mais famosa do Brasil, a de Copacabana, no Rio de Janeiro. Sabemos que nesse conto a persona- gem é real (Está vendo a coroa na cabeça dela?) e o cenário também é real (Lembra-se da pergunta da página 2?). Temos a certeza disso por vermos na A princesa Tiana e o Sapo Gazé

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Leit

ura

part

ilhad

aO

prim

eiro

con

tato

com

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leit

ura

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ue e

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e 5

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dos

tipos

. Com

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-os.

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ora,

o qu

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(pp

. 6

e 7)

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pper

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É u

ma

palav

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e si

gnifi

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mel

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sorv

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e b

olos

. Le

ia o

crac

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o co

zinh

eiro

, que

era

fra

n-cê

s. N

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rdad

e, a

fom

e de

Tian

a er

a de

"m

agia"

. (pp

. 8

e 9

) O

que

a il

ustr

ação

no

s m

ostr

a? L

eia

aten

tam

ente

o t

exto

. (p

p. 1

0 e

11

) Qua

l era

a fa

ma d

e Gaz

é?

Por q

uê? (

pp.

12

e 1

3)

Veja

na im

agem

co

mo

ele

guar

dava

as l

ente

s de

cont

ato

que

usav

a. D

e on

de v

inha

a su

a so

mbr

a? (E

ra n

oite

e a

lua

esta

va n

o cé

u.) (

pp.

14

e 1

5) A

qua

l des

afio

Gaz

é se p

ropô

s? (p

p. 1

6 e

17

) A fi

la au

men

tava

sem

-pr

e pe

la ch

egad

a da

s pes

soas

que

vin

ham

de

vário

s país

es. C

omen

te e

sta

afir-

maç

ão. O

bser

ve as

roup

as e

sua o

rigem

. (pp

. 1

8 e

19

) Voc

ê ac

redi

ta e

m fe

iti-

ceiro

s? O

sapo

foi o

uvir

algun

s, m

as n

o ín

timo

já sa

bia

o qu

e qu

eria.

Era

... (p

p.

20

e 2

1) A

roup

a do

prim

eiro

da f

ila le

mbr

a o q

uê? (

A p

ele

do sa

po.)

Ele

sabi

a fa

zer m

ágic

as. O

que

esta

ria d

izen

do ao

guar

da d

o pa

lácio

? (pp

. 22

e 2

3) S

abe

quem

é D

on Ju

an? (

O gr

ande

con

quist

ador

.) O

uvir

as p

esso

as é

um

ato

de e

du-

caçã

o e

aten

ção.

De

tant

o ou

vi-la

, com

pree

ndeu

a in

quie

tude

de

Tian

a: fo

me

de m

agia.

E t

ambé

m c

omeç

ou a

sent

i-la.

(pp.

24

e 2

5) A

felic

idad

e do

s doi

s er

a ta

nta

que

Gaz

é co

meç

ou a

se p

reoc

upar

que

não

foss

e de

scob

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o se

u di

sfar

ce. E

le fo

i salv

o pe

lo q

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u nu

m liv

ro, e

naq

uela

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ess

a lem

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ça fo

i-lh

e tã

o im

port

ante

que

apar

ece

no te

xto

em le

tras

maiú

scul

as, d

o tip

o ba

stão

. (p

p. 2

6 e

27

) Que

títu

lo v

ocê

daria

a es

se p

arág

rafo

? Pod

eria

ser:

o be

ijo. F

ale

sobr

e es

te m

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to. O

bser

ve a

am

plitu

de d

a im

agem

e o

que

vai

acon

tece

r...

(pp.

28

e 2

9) A

ilust

raçã

o no

s mos

tra

a tr

ansf

orm

ação

, em

câm

era

lent

a, in

i-ci

ada

na p

ágin

a an

terio

r: de

prin

cesa

à s

apa.

Este

é u

m re

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o qu

e o

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o es

crito

não

con

segu

iria

expo

r co

mo

mág

ico

e a

lingu

agem

visu

al o

desc

reve

co

m a

pos

sibilid

ade

do e

ncan

tam

ento

. (C

ompa

re a

cor

da

pele

de

Tian

a na

gina

27 e

na

sequ

ênci

a...)

(pp.

30

e 31

) C

omo

um c

onto

de

amor

, est

e só

po

deria

acab

ar c

om m

uito

rom

antis

mo.

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io e

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doi

s. Le

mbr

a-se

da

som

bra

gord

a em

noi

te d

e lu

a? (p

. 32

) N

o tr

adic

iona

l con

to d

e fa

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prin

cesa

sem

pre

beija

o sa

po, q

ue vi

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rínci

pe, e

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o: é

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é re

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coro

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dela?

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ário

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bém

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nta d

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cant

amen

to:

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icaç

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anta

sia

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e m

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adas

e a

real

idad

e no

s con

ta e

ssas

hist

ória

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a c

um-

plic

idad

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um

am

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tra

dici

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i-ná

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sapo

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prín

cipe

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bet

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