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Esta ponte só vai te levar ao meio do caminho

Para essas terras misteriosas que há muito tempo você anseia em ver:Através de acampamentos ciganos e um turbilhão de feiras ÁrabesE bosques

enluarados, onde unicórnios correm livres.

Então venha e ande um pouco comigo e compartilhe

Das trilhas sinuosas e mundos maravilhosos que eu conheço.

Mas esta ponte só vai te levar ao meio do caminho-

Os últimos passos você terá que fazer sozinho.

 —  Shel Silverstein “Esta Ponte” de A Luz no Sótão . 

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Capitulo 1Lucy

Sábado à noite.  — Você tentou comer a cara do seu namorado?

Ok, essa não era a mais simpática resposta que eu poderia ter jogado emcima, mas eu não poderia ajudá-la. Eu estava cansada e tinha o que parecia seruma ressaca de adrenalina. E não só estava coberta de cinzas e contusões da lutaselvagem contra os vampiros Hel-Blar e por explodir uma cidade fantasma, mas eu

tinha certeza que havia algum tipo de engano.

Solange não faz coisas como esta.

Bem, normalmente.

Ela parecia tão tênue e pálida, praticamente translucida, exceto pelas veiasazuis que traçavam sua clavícula. Suas presas estavam pra fora, todos os trêspares.

Ela levantou a mão quando me aproximei. A luz refletia sob o medalhão Realpersonalizado em torno do seu pescoço.

 — Fique a favor do vento. — ela disse com firmeza.

Fiz uma careta.

 — Você está dizendo que estou fedendo?

Ela assentiu com a cabeça uma vez, doeu.

 — Sangue.

 —  Ah!  —  eu tinha lutado com Hel-Blar  a noite toda, provavelmente ela

estava certa. Apenas que, claramente ela não se importava com o cheiro.

Ela franziu o cenho.

 — E pólvora? Por que...  — Solange sacudiu a cabeça.  — Não se preocupe;você tem que ajudar Kieran. Agora.

 — Isso é realmente seu sangue?  — quando ela me olhou como se estivesseprestes a explodir em lágrimas, eu praguejei.  —  Merda. Onde ele está? O queaconteceu? — ela apontou para a linha de pinheiros atrás do carvalho, a gramaalta tremendo em torno das raízes expostas. Eu pensei ter visto uma bota de

combate preta. Parti em disparada. — Kieran!

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Ele gemia apoiado contra uma árvore, sangue escorrendo pelo pescoço ebraço. Havia uma marca de mordida logo acima do colarinho, a carne irregular.Sob todo o vermelho, sua cor era de cogumelos cozidos.

 — Kieran, você pode me ouvir?

Ele engoliu em seco tentando falar. O movimento fez o sangue correr maisrápido, sua camisa absorvendo.

 — Solange. — ele murmurou. — Ajude Sol...

 — Ela está bem.  — assegurei. Peguei o lenço que eu sabia que estava nobolso da calça cargo acima do joelho. Ele era padrão para um agente Hélios-Ra .Amassei e apertei sobre o ferimento, tentando não me sentir enjoada. — Você podepressionar aqui?  — perguntei a ele.  — O mais firme que você puder.  — olhei porcima do ombro. — O que diabos aconteceu com vocês dois? — coloquei meu braçosob o ombro de Kieran no seu lado bom e tentei levantá-lo. Ele pesava umatonelada.

 — Não fique aí parada! — gritei com Solange. — Ajude-me!

Ela ficou onde estava.

 — Eu não sei se posso! — ela gritou de volta, freneticamente.

 — Então ligue para o 911. Qual o problema com você? Ele precisa de umaambulância.

 — Você sabe que eles não podem vir aqui. — Solange disse.

 — Não é possível contar a ninguém.  — Kieran concordou gemendo.  — Elesvão caçá-la.

Embora eu certamente não fosse deixar ninguém caçar minha melhor amiga- mesmo ela tendo virado meu próprio namorado contra mim na semana passada -eu não ia deixar seu namorado sangrar até a morte na floresta também.

 — Nós vamos levá-lo para a enfermaria da escola então.  — grunhi, tentandocolocá-lo de pé. Ele tropeçou, deslizando para cima do tronco. Ele estava frio etremendo. — Podemos dizer que foi um ataque aleatório. Mas precisamos chegar

lá agora. Você precisa de pontos. — tentei não pensar nos dentes da Solange comoa arma que tinha arranhado ele. Pelo menos ela não tinha ido à jugular. Pequenoconforto. O sangue era pegajoso em minhas mãos. — Solange, eu não posso levá-lo sozinha para a van. Não sou a única com força de vampiro.

 — Eu ainda posso sentir seu sangue Lucy.  — suas mãos estavam fechadastão apertadas que os dedos pareciam estar fora da sua pele delicada.  —  Possosentir o cheiro em toda parte. Na grama, no ar, em mim. Não estou segura.

Eu praguejei de novo, feroz o suficiente para fazer um notório marinheiroorgulhoso. Eu me atrapalhei para pegar os plugs de nariz ao redor do pescoço de

Kieran e joguei para ela, agradecida que Kieran ainda era um Caçador de vampirosno seu âmago, mesmo ele estando namorando uma Princesa vampira.

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 — Coloque-os.

Eu estava como uma estudante da Academia Hélios-Ra agora também, masnão estava com o uniforme regulamentar, apenas minha habitual blusacamponesa bordada com contas de cristal. Eu nem havia começado as aulas ainda,

eu estava muito ocupada matando monstros.Solange prendeu o nariz, fechando as narinas apertadas contra o aroma

encharcado e violento na floresta. Até mesmo eu podia sentir o cheiro acobreadode sangue, mas, ele estava me deixando enjoada e não com fome. Os plugues denariz lhe deram um alivio momentâneo, e ela estava ao lado de Kieran tão rápidoque as flores silvestres aplainaram ao seu redor. Ela parecia horrível, massustentou o peso de Kieran e o arrastou para a van. Eu abri a porta lateral e eledeslizou para o meio do banco, com os pés ainda pendurados para fora da portaaberta.

Eu estava ofegante e suando por causa do esforço. Não conseguia melembrar da última vez que eu tinha dormido. Mas não tive tempo de parar, aindanão.

Nem mesmo para minha melhor amiga, que estava, de repente lambendo oslábios, os dentes levemente rosa, manchados com o sangue de Kieran, com osolhos vermelhos injetados e ferozes. Escutei o grosso raspar de asas de morcegos,senti as sombras deles se aproximando de nós, mesmo que eu não pudesse vê-losclaramente no escuro.

Nós estávamos em apuros e tanto que eu quase desisti ali mesmo.

 — Solange!  — tentei tirá-la de sua sede de sangue.  — Lembre-se de quemvocê é!

 — Acho que finalmente estou. — ela estava praticamente ronronando.

Eu sabia que ela estava em um mau caminho quando Nicholas e eu aencontramos alguns dias atrás, bêbada de sangue humano e um doador passivodesmaiado aos seus pés. E então ela me atacou por eu fazer comentários sobre omisterioso vampiro Constantine, a quem eu nunca tinha visto, mas que não gosto.Eu particularmente não gostei da maneira como ela disse seu nome, como se elefosse mais quente do que o Johnny Depp.

 — Entra na van, Kieran.  — eu disse, me movendo muito lentamente paraficar na sua frente enquanto ele lutava para levantar os pesados pés por todocaminho para dentro. Ele empurrou alguma coisa para mim, escondendo-o nasminhas costas. Era muito quadrado para ser uma faca ou uma estaca.

Uma arma de choque.

 — Não, não vá. — Solange disse, tirando os plugues de nariz e jogando-os delado. — Eu ainda estou com fome.

Aparentemente, adrenalina, medo, pânico e culpa só poderia resistir portanto tempo contra a sede de sangue.

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Solange se foi.

Eu não tinha certeza de quem estava de pé na minha frente. Ela pode ter abeleza etérea de Solange e sua graça de bailarina, mas não era Solange.

Alheio, Kieran se inclinou para ela, como se eu não estivesse no seucaminho.

Feromônios de Vampiro.

Sem os plugues de nariz, ele era vulnerável. Eu tinha crescido com Solangee seus irmãos, então eu era mais imune. Teoricamente.

Porque ultimamente, Solange estava quebrando todas as nossas teorias.

Kieran nem percebeu o enxame de morcegos acima de nós. Eu abaixei acabeça um pouco, tentando não gritar como uma criança em uma casa mal-

assombrada no Halloween. —  Merda.  —  eu disse sombriamente, empurrando-o para baixo em seu

assento. — Solange, para trás.

 — Não.

Kieran se inclinou mais para frente, seu sangue pingando no tapete do carroe saiu para a grama. Ele tentou me empurrar de lado para que Solange pudesseterminar seu jantar. Empurrei de volta sem me virar, certificando-me de cutucarcom força em sua ferida. A carne estava quente e áspera e pegajosa sob meu dedo.Decidi que só poderia atirar mais tarde. Valeu a pena, porém, quando Kieranrecuou, sibilando entre os dentes. A dor quebrou a atração dos feromônios deSolange, apenas por um momento. Eu lhe dei uma feroz cotovelada para que elecaísse completamente dentro da van, e então eu bati a porta atrás dele. Solangeapenas sorriu. Seus olhos estavam raiados em vermelho, como uma folha deoutono.

 — Eu ainda estou com sede. — ela murmurou.

Fiz uma careta tentando me lembrar da Solange que eu conhecia, coberta debarro e somente querendo ficar sozinha.

 —  Muito ruim.  —  eu disse através dos meus dentes, que não eram quase tãoimpressionantes quanto os dela. Suas presas brilharam quando seu sorriso sealargou. Morcegos voavam em um turbilhão sob nossas cabeças. — Vá embora Sol .

 —  Mmm, eu não penso assim.  —  ela encolheu os ombros.  —  Você podecorrer se quiser. Vou começar com Kieran primeiro. Você só tem o gosto de limão ecinzas. Posso sentir sua raiva. — ela franziu o nariz como se eu fosse carne podre. — Ela não melhora você, não como os outros.

 — Pô, eu sinto muito que o fato de eu querer dar um soco bem no seu nariz,Princesa, pode arruinar seu paladar. Nós não somos garrafas de vinho.

Ela encolheu os ombros novamente.

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E então ela estava me pressionando na van, tão perto que eu podia ver oazul sob sua pele, ouvir o bater das asas de morcego e o crepitar que elesdeixavam no ar. Eu não podia ter certeza de que ela não iria estalar meu pescoçoapenas para chegar ao Kieran, lentamente, sangrando em estado de coma atrás demim.

Então eu fiz a única coisa que eu poderia pensar em fazer.

Eu dei um choque em minha melhor amiga.

Eu não tinha certeza se era os solavancos da eletricidade correndo por elaou a proximidade da madrugada, mas ela caiu de costas sobre a grama. Eu nemsequer tive tempo de me certificar que estava tudo bem. Tecnicamente ela jáestava morta, então um pequeno choque não iria machucá-la por muito tempo. Ok.1500 volts, ou o que seja. Ela sobreviveria, mas Kieran precisava de ajuda, agora.

Fiz uma pausa.

Ela sobreviveria ao choque, mas não ao amanhecer.

Eu teria que trazê-la comigo.

 — Merda. — eu disse. — Está é apenas a pior noite de todas.

Eu me aproximei dela com cuidado, empurrando com a ponta da bota. Elaficou imóvel, pálida e fraca.

 —  Se você me morder, eu vou morder você de volta.  —  murmurei,agachando-me para levantá-la. Quando ela não abriu os olhos e tentou me comer,me senti um pouco melhor. Arrastei-a desajeitadamente em direção a van e enfiei-a pelo banco da frente. — Se você acordar irritada, eu vou dar um choque em vocêde novo. — corri para o banco do motorista. — Já explodi uma cidade hoje à noite,por isso não ache que eu não vou.

Os morcegos, irritados, mergulharam bombardeando. Coloquei minhacabeça para dentro do colarinho e corri o mais rápido, gritando. Os gritos nãoassustaram os morcegos lá fora, mas isso me fez sentir melhor. Senti agarraremmeu cabelo, então saltei fora do meu ombro.

 —  Eu realmente odeio todo mundo agora.  —  eu disse, mergulhando no

banco da frente. Arranquei a maçaneta da porta, assim que outro morcego bateuno vidro. Solange estava caída perto de mim. Mantive a arma de choque na minhamão direita, contorcendo-me para ligar a van com a minha esquerda. Kieranmoveu-se no banco traseiro. — Não morra. — disse-lhe com firmeza.

Ele tentou rir, mas se transformou em um gorgolejo molhado. Bati no pedaldo acelerador e derrapei para fora do campo, levantando torrões de terra e grama.

 — Não acorda. — eu cantarolava para Solange. — Não acorda.

Os morcegos nos seguiram como uma nuvem preta de couro. Seus olhos

estavam vermelhos quando mergulharam para dentro dos faróis.

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 — Não acorda.  — eu disse de novo.  — Eu não sou o estereótipo. Morcegos .Deus.

Eles eram tão espessos agora, era difícil ver. Rezei realmente duro para queeu não nos conduzisse direto para uma árvore. Estiquei o pescoço. A arma de

choque era pesada, fazendo meu pulso doer. Um morcego bateu no para-brisa,quebrando-o como uma pedra. Manchas de sangue no vidro.

 — Sinto muito!  — gritei.  — Saia do meu caminho, seus roedores voadoresestúpidos.

Outra batida, e mais outra. Uma rachadura serpenteava através do para-brisa. Pele e sangue emaranhados na fissura. Bile queimando no fundo da minhagarganta.

Solange se agitou.

Eu apontei a arma de choque para ela, mas ela foi mais rápida. Esquivou-separa fora do caminho. A van balançou precariamente enquanto eu lutava paramanter o controle do volante. Kieran estava desmaiado em seu próprio sangue.Solange olhou para ele e lambeu os lábios. Foi um pequeno momento de distraçãoe, provavelmente o último que eu obteria. Esfaqueei a arma nela novamente. Elaolhou por cima do seu ombro, mas foi o suficiente para congelar, seu rosto secontorcendo.

 — Eu sinto muito, sinto muito, sinto muito.  — repeti mais e mais quandobati o pé no freio. Ela voou para o painel de controle. Estendi a mão dela enquantoainda estava atordoada e abri a porta do passageiro.

Então eu a empurrei o mais forte que pude para a grama.

Ela se esparramou, os morcegos circulando como abutres. Eu fugi com aporta ainda aberta, batendo contra os galhos das árvores. O cheiro de pinho ecedro se misturando ao sangue de Kieran. Olhei para o espelho retrovisor. Solangesentou-se lentamente.

Eu pisei fundo novamente.

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Quando o sol se levantou inexoravelmente atrás das árvores, meus passosse tornaram mais pesados. Eu estava muito longe de qualquer uma de nossascasas subterrâneas seguras, muito longe da sede da fazenda, que eu não queriavoltar de qualquer maneira. Eu não podia suportar olhar para a minha família,agora para dar-lhes uma prova de que eu era mais fraca do que eles. O

acampamento Lua de Sangue estava mais perto. Eu estaria segura lá.

Eu me forcei a continuar correndo. Um ramo de pinheiro raspou em meurosto. O sol era como uma pedra nas minhas costas. Eu poderia ter sido Sísifo1,condenado a rolar uma enorme pedra morro acima todos os dias no Tártaro comopunição por seus pecados. Logan passou por uma fase de mitologia grega, e ele leuum novo conto para mim a cada noite, no verão quando eu tinha dez anos.

Foda-se Sísifo.

Eu não iria apenas deitar e morrer. Minha família e amigos lutaram muito

duro para que eu pudesse sobreviver. Tia Hyacinth ainda carregava as cicatrizesem seu rosto.

O amanhecer não me teria, não hoje.

 Tropecei em uma raiz, qualquer graça natural fugindo sob o peso laboriosodos meus membros, mas eu não iria deixá-lo me parar. Eu não estava rápida osuficiente para segurar meu equilíbrio ou meu pé. Eu caí.

Diretamente nos braços de Constantine.

Ele girou para me segurar em meu mergulho, como se estivéssemos

dançando em algum baile a fantasia. Ele deveria ter vestido um casaco bordado euma fita de cabelo de veludo, não um casaco de couro liso. Meu cabelo arrastouno chão. Eu soube o momento em que ele viu o sangue seco manchando minhacamisa e meu queixo. Suas presas se alongaram, seus olhos brilharam violetas,como contas de ametista. Ele se inclinou para frente, arrastando a ponta do narizao longo da minha garganta exposta, fazendo cócegas. Eu deveria ter tido medo ounojo. Ao invés disso eu pendia, confortada. Ele lambeu minha clavícula.

 — Mmm, fresco. — ele murmurou; seu sotaque britânico mais forte do que ohabitual.

Ele foi lambendo o sangue de Kieran em mim.Usei a mão em minhas costas para me estabilizar e empurrei meus pés no

ar, saltando em uma cambalhota. Caí no mato a poucos metros de distância, nosfrutos espalhados em torno de mim, com as mãos cerradas.

Constantine apenas ergueu uma sobrancelha em minha direção, serenocomo sempre. Eu nunca o tinha visto usar qualquer expressão de diversão, excetode ironia.

1

 Sísifo era um simples mortal que desobedeceu a Deusa Era, essa ficou brava e lhe deu o árduo trabalho delevar uma enorme pedra até o topo de uma montanha, mas quando estava quase no fim a pedra rolava devolta.

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Eu estava sentindo um formigamento por um vampiro uma hora depois detentar drenar meu namorado e ser eletrocutada pela minha melhor amiga.Claramente, eu estava indo para o inferno. Eu caminhava cambaleante, rangendoos dentes de trás. Não seja uma mártir.

Fiz uma careta olhando em volta. — Você ouviu isso?

Constantine ergueu as sobrancelhas.

 — Não, o que?

Balancei a cabeça. Devo estar mais cansada do que eu pensava.

 — Nada.

 —  Nós ainda estamos bastante longe do acampamento.  —  ele disse.  —  Suponho que é onde você está indo?

Balancei a cabeça. Ele caminhou facilmente ao meu lado, não seincomodando com o sol. Eu não sei há quantos anos ele é um vampiro, mas eratempo suficiente para que ele pudesse lutar contra a aproximação do amanhecer.Eu me transformei ainda tão recentemente, antes de todo mundo, mesmo Nicholasque tinha acabado de completar um ano antes. Fez-me vulnerável. E isso metornou estúpida por ter saído tão perto do nascer do sol. Minha mãe ia me matar.

Constantine tirou um frasco de vidro fora do bolso interno do seu casaco eme entregou. Eu não peguei imediatamente. Ele pendia de seus dedos, e no escuroparecia mais preto do que vermelho.

 — Isso vai lhe dar força.

 — Eu não quero isso.  — menti. Meus dedos estavam literalmente tremendocom a necessidade de arrebatar o frasco dele. Mordi duramente meu lábio inferiorpara me distrair.

 —  Você está fazendo me sentir como um daqueles velhos traficantes dedrogas depois da escola especial.  —  ele comentou ironicamente.  —  É apenassangue, Solange. Alimento. Sem ele você morre.

 — Eu não estou... com sede.

Seu sorriso era torto e sardônico.

 — Você acabou de mudar. Está sempre com sede.

Ele estava certo.

 — Beba-o se você quiser chegar ao acampamento. Caso contrário, você temque me deixar carregá-la. — ele encolheu um dos ombros.  — Eu não me importo,mas parece que você sim.

Sendo carregada inconsciente. Minha família iria enlouquecer totalmente.

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Peguei o frasco e arranquei a cortiça prata como tampa. Inclinei-o, deixandoa lâmina com sangue na minha garganta, engolindo avidamente. Ele brilhouatravés de mim, como se fosse feito de estrelas e raios. Eu ri. O olhar deConstantine atravessou-me dos pés a cabeça e ele sorriu lentamente, avidamente.Eu teria corado se ainda fosse humana. Peguei meu ritmo.

 — Vamos. — eu disse.

 — É claro, Princesa. — ele deu uma curta reverência.

Fiz uma careta para ele.

 — Eu lhe disse para parar de me chamar assim.

 — E eu lhe disse para parar de ter vergonha de quem você é. A maioria irialiteralmente matar para ser um vampiro e uma Princesa, não importa quanto deuma vez.

 — Eu não sou uma Princesa.  — revirei os olhos. — E o último cara me deuuma tiara acabou a usando em seu peito.

 —  Você é uma Princesa.  —  ele disse bruscamente, ignorando a minhareferência ao fim prematuro de Montmartre pela mão da minha mãe. E a minha.Eu tinha sido a única a empurrar a tiara, mas precisava da força de mamãe paraenfiá-lo através do seu coração. Eu não ia ser noiva de nenhum vampiro.  — Vocêpode querer o contrário, mas mentir para si mesma não vai mudar os fatos. Vocêdeve ter orgulho, amor.

Não foi a primeira vez que ele me disse isso. Mas ele não entendeu. O fato deque eu era uma princesa quase tinha matado tia Hyacinth, Lucy tinha sido atiradaem um calabouço, houve assassinos rastreando minha mãe. E meu ser vampiroquase matou Kieran.

Eu queria telefonar para Lucy para ver como Kieran estava, mas não haviacobertura de celular na profundidade das florestas da montanha. Não saberei atébem depois de amanhã no pôr do sol. A preocupação ofuscou o fogo do sangue emmeu sistema, o doce sabor metálico na minha língua. Estávamos pelos arredoresdo acampamento quando a névoa do rio subiu e se arrastou entre os pinheiros.Um guarda acenou para nós uma vez e nos deixou passar.

O campo de flores silvestres que geralmente hospedavam os zangões estavaagora com enormes tendas brancas de lona e enxames de vampiros vestindo umacombinação tão impar de trajes históricos como se tivéssemos tropeçado em umcirco. Em particular e para ocasiões formais de vampiros que tendem a reverter àroupa da nossa mudança de sangue. Mesmo próximo de a névoa espessa estarpara surgir em torno dos nossos tornozelos e a chamada dos primeiros pássarosnas copas das árvores, pude ver vitorianos agitados, tatuagens celtas, túnicasmedievais, um vestido melindroso de 1920 frisado, uma mulher vestida como umamuito pálida Maria Antonieta.

Um cachorro latiu do recuo das cavernas para as montanhas. Os cãesdormiam lá, e o resto de nós tinha tendas de lona, como o tipo que eu imaginava

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Os olhos violeta de Constantine piscaram de volta.

 — Nunca, mas passou o perigo, eu acho.

Uma mulher Joiik com longas tranças loiras correu em direção as cinzas soba túnica de couro, marcado com um desenho do martelo de Thor. Ela gritou alto,entrecortada.

Os sons feitos no fundo de sua garganta doíam.

A mão de Constantine me cutucou e nos movemos para trás, fora docaminho.

 — Melhor chegar a casa. — ele disse.

Nós não estávamos longe quando Bruno entrou na minha frente.

 — O guarda Chandramaa?

Eu balancei a cabeça em silencio.

 — Você está bem?

Balancei a cabeça novamente.

 — Sim.

Ele deu a Constantine um olhar longo e duro. Bruno parecia como um velhomotoqueiro, ele era careca e coberto de tatuagens, e corpulento como um carvalho.Nada intimidava.

 — Lass, você tem alguma ideia do quanto está em apuros?

Eles sabiam sobre Kieran. E se eles sabiam sobre ele, então ele deve estarem estado grave. Eu não tinha intenção de beber perto da jugular. Ele estavamorrendo. O cara que salvou minha vida estava morrendo. Meu namorado estavamorrendo.

 — Eu...

 — Seus pais estão preocupados. — Bruno continuou alheio ao meu colapso

nervoso interior.  — Este não é o momento de violar o toque de recolher.  —  Elefalou baixinho em se walkie-talkie e então apontou para a tenda azul pintada comprata Drake com o dragão e o lema latino embaixo “Nox noctis, mostra domina”,que traduzido aproximadamente a “Noite, nossa senhora”. 

 — Vou com vocês. — Bruno dirigiu.

Virei-me para Constantine, um pouco envergonhada por estar sendo tratadacomo uma criança travessa. Eu era uma Princesa vampira como todos insistiamem me lembrar. Portanto, não devo ter um pouco de poder sobre minha própriavida? Constantine piscou como se ele soubesse o que eu estava pensando, como

se fosse nossa própria piada privada.

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O amanhecer não tinha chegado ainda, mas a escuridão ia cinza, brilhandoem pintura de prata nas tendas e nos banners de ouro. Senti-me como água,incontrolável, suave e em todos os lugares ao mesmo tempo, como se até a minhapele não podia segurar-me, minha pálpebras tremularam fechando. Constantinedeu um passo mais perto e Bruno acotovelou de volta.

 —  Eu a tenho.  —  ele disse seu sotaque escocês mais grosso do que ohabitual. Ele me pegou e levou-me para a tenda da família murmurando.  —  Sangue Inglês.

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Capitulo 3Nicholas

Nós estávamos cortando perto. Gostaríamos de ter voltado para a casa da fazenda, mas o amanhecer estava

desenrolando e já estávamos nas montanhas, fugindo da fumaça e escombros deuma cidade fantasma em colapso e uma raça de vampiros que não tinha sequerideia de que existia. Quinn e Connor foram diminuindo, cada um segurando aprima de Lucy, Christabel que estava arrastando os pés tão fortemente que eladeixava um rastro no chão. Ela tinha sido uma vampira por apenas uma semana,e ela já estava envolvida na politica e assassinatos. Eu tinha sido um vampiro porum ano e meio e eu não era muito melhor equipado. Sentia minhas botassobrecarregadas com pedras. Eu quase tropecei em uma raiz de arvore.

Quinn olhou para mim.

 — Vou fazer isso?

 — Sim, sim.  — eu respondi.  — Apesar de qual é o ponto? Mamãe vai nosmatar de qualquer maneira.

 — Verdade. — Se essa coisa não nos matar primeiro.  — acrescentei quando o cheiro de

cogumelos podres nos atingiu. Galhos rachando e mandíbulas batendo seguidos.Os Hel-Blar não eram exatamente sutis. Não fizeram muito de caça e ataque, maso que lhes faltava em sutileza, eles saldavam por números e selvageria pura.

E os três fluxos entre os pinheiros e descendo em direção a nós, nãoestavam cansados como nós. Eles não estavam lutando durante a noite. Elesforam atraídos para fora de seus ninhos pelo cheiro de sangue e batalha. Eu nãosabia se eles nos seguiam desde a cidade fantasma, mas parecia improvável. Eles

provavelmente travaram o vento do fogo e luta, e má sorte eles tinham tropeçadoem nós.

 — Merda. — eu murmurei. — Vocês caras, é melhor correr.

Quinn bufou.

 — Nós não estamos deixando-o sozinho seu idiota.

 —  Christa é apenas capaz de suportar.  —  argumentei.  —  E ela não temnenhum treinamento de batalha, assim saiam daqui já.

Christabel apoiou-se no ombro de Connor.

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 — Eu estou bem. — ela disse grossa, com muito sono para enunciar. — Dê-me uma estaca.

 — Você está balbuciando. — eu apontei.

 —  Então talvez eu tenha a língua presa.  —  ela insistiu.  —  É falta deeducação de vocês tirarem o sarro de mim.

 Troquei um olhar com Connor.

 — Definitivamente parente de Lucy. — dissemos em uníssono.

Estendi a mão para uma estaca quando o Hel-Blar desceu.

 — Basta ir caramba.

 — Eu vou ficar. — Quinn disse, com as mãos cheias de estacas.  — Connor,você leva a Christabel embora.

 — Tarde demais. — Connor agarrou. Ele puxou Christabel sobre um ombroe escalou a arvore mais próxima, depositando-a na curva de um galho de umenorme salgueiro. Ele entregou-lhe uma estaca. — Não caí daí.

 — O que?  — ela perguntou confusa. Era assim para os vampiros recém-nascidos no amanhecer, os faziam estúpidos.

 — Eu vou para ti ao luar.  — Connor disse, citando seu poema favorito.  —  Ainda que o inferno barre o caminho.  — Ele beijou-a rapidamente.  — E não caía — acrescentou.

 — Não morra. — ela respondeu sonolenta.

 — Cara. — Quinn sorriu. — Você acabou de recitar poesia?

 — Cale-se.  — Connor devolveu amigavelmente. Ele caiu no chão, assim queo Hel-Blar  nos alcançou. Nós automaticamente circulamos a árvore, protegendoChristabel. Ela se deitou na copa de sucursais em sua jaqueta militar e botas decombate, seu longo cabelo avermelhado arrastando entre os ramos de salgueiroprateado.

O peso do nascer do sol se aproximando lutou como uma onda deadrenalina em meu sistema. Parecia que eu estava acordado por dias, bebendolitros de café.

Quinn soltou um grito e saltou sobre o Hel-Blar  mais próximo, atacandoantes que ele pudesse ser atacado. Ele sempre foi assim. Por sorte, ele era umbom lutador e suas mãos estavam cobertas de cinzas, Connor terminou xingandoele. Tirei o vampiro seguinte com minha última estaca.

Uma segunda onda de Hel-Blar veio rosnando através dos bosques. Quandose tornou evidente que estávamos prestes a ser perigosamente em menor número,eu fiz a única coisa que eu podia fazer.

Eu corri.

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Eu não dei tempo aos meus irmãos de parar, apenas dirigi minha estaca nopeito do Hel-Blar  que me bloqueou, então ultrapassei por cima dele quando sedesfez em cinzas. Quinn deu um grito quando ele percebeu o que eu estavafazendo, mas era tarde demais. Os dois Hel-Blar  mais próximos de Quinn eConnor ficaram onde estavam, rangendo os dentes, mas os outros mudaram de

curso.

Porque se há uma coisa além de sangue que um vampiro Hel-Blar  ou deoutra espécie não poderia resistir, era a perseguição.

O Hel-Blar me perseguiu, porque eles não podiam não me perseguir. Algunsde nós podíamos encadear o predador, mesmo que doa como o inferno, mas osHel-Blar  eram selvagens para começar. Autocontrole não estava entre seusatributos. E presas que fogem, eram mais doces. Desperta dentro de todos nósalgo primordial, mesmo meu pai que era o mais civilizado de nós.

Corri rápido o suficiente para deixar o mau cheiro de lagoa podre para tráspor um tempo, negociando com agulhas de pinheiros geladas.

Mas não durou muito.

O amanhecer estava muito perto, e eu estava muito lento. Não podia corrermais, não com qualquer tipo de velocidade real. Quando as árvores pararamindefinidas em torno de mim, parei completamente. Melhor preservar minha forçavacilante para a batalha. Pelo menos os Hel-Blar foram longe o suficiente de Quinn,Connor e Christabel. Mantive minha posição na borda de um pedaço de gramacongelada, sob uma arvore adornada com ouro em pó líquen. O chão estava

coberto generosamente de galhos quebrados. Eles teriam que servir como estacasimprovisadas se o pior ficar pior.

E, em nossa família, ultimamente, vinha sempre pior para pior.

O caso em questão era: os Hel-Blar  atualmente fechados sob mim. Tinhapelo menos cinco que eu podia ver. Ao estalido de mandíbulas, eu levantei minhaestaca.

O primeiro Hel-Blar pulou na minha garganta, enlouquecido de sede. Ele eradesajeitado com a necessidade, o que me deu a chance de esquivar-me docaminho e girar em torno e estaca-lo por trás. Cinzas resolvidas na grama aos

meus pés. O segundo Hel-Blar não era tão animal em sua sede, e havia um brilhode inteligência em seus olhos vermelhos. Era assim com alguns deles, elesestavam presentes e inteligentes o bastante para ser consciente em suaalimentação.

Não é bom.

Saliva respingando sobre minha bota.

Não é bom em tudo.

Empurrei de volta, usando a arvore para me estabilizar, para que pudessechutar com força. O Hel-Blar vaiou quando meu calcanhar pegou seu esterno. Elecambaleou para trás contra outro vampiro, e ambos cambalearam. O terceiro

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 — Obrigado. — Quinn pegou as chaves dele antes que eu pudesse e subiuna moto. Ele olhou para mim. — Vamos.

Eu pulei atrás dele, resmungando, mas muito cansado para discutir quemiria dirigir. Connor ajudou Christabel com a moto em frente a ele e sentou-se

enlaçando seus braços em volta do seu pescoço. Se ela desmaiar antes dechegarmos lá, ele terá uma chance melhor de pegá-la para que ela não caíssecompletamente. Passamos por outra unidade de guardas reais antes de chegarmosao acampamento.

Deixamos as motos no campo estreito ao lado da tenda minigaragem deDuncan. Ele passou a maior parte do seu tempo com as ferramentas,equipamentos e galões. O acampamento estava muito lotado para ele, e elesomente se juntou a nós de madrugada ou para reuniões familiares. Apesar deConnor não gostar de multidões, Duncan era totalmente antissocial. Orientamos-nos para o acampamento iluminado por tochas.

Para a direita um grupo de dançarinas do ventre.

Elas dançaram em torno de nós, usando moedas de prata manchadas eborlas tribais. Músicos ficaram ao lado em meia-lua tocando bateria. De repente,era como se estivéssemos em algum tipo de caravana no deserto antigo. Eu meioque esperava ver um camelo.

 —  Piratas, guerreiros Huron, e dançarinas do ventre em uma noite.  —  murmurei. — Minha cabeça dói.

Christabel pestanejou, suas palavras enroladas.

 — Isso é real?

Uma das dançarinas deslizou seus quadris.

 — Claro que sim. — respondeu Quinn reverentemente.

Os vampiros se reuniram ao longo das tendas, assistindo ao show. Os pésnus das dançarinas sussurravam sobre o chão de grama achatada. Uma delascomeçou a girar, seu cabelo trançado caía levantando-se no ar. Ela girou e girouaté que ela era um borrão de cores e texturas. Os tambores se esforçavam para

continuar. As outras dançarinas deslizaram no local até que suas moedas seespalhassem como estrelas cadentes.

 — Hum, que inferno? — Connor perguntou.

 —  Com os cumprimentos de uma das tribos egípcias.  —  uma meninarespondeu. Ela usava pintura salpicada e macacão e mais parecia uma estudantede arte da universidade do que uma vampira. Seu cabelo era uma nuvem decachos castanhos escuros, sua pele como o chocolate com leite.  — Este lugar éuma arte e expo-cultura. Totalmente incrível.

Christabel estava tecendo em seus pés.

 — Ás vezes, uma tropa de donzelas alegres... — ela citou.

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A menina sorriu para ela.

 — A Dama de Shalott! Essa é a minha pintura favorita por Waterhouse.

Christabel foi momentaneamente distraída do seu desmaio.

 — Você conhece A Senhora de Shalott?

 — Eu sou Sky. — a menina se apresentou sorrindo. — E nós definitivamentedevemos sair.

 — Totalmente. Qualquer um que...  — Christabel desmaiou no meio da frase.Connor a pegou.

Sky balançou a cabeça com simpatia.

 — Recentemente transformada?

 —  Muito nova.  —  Connor disse, levando Christabel no meio da multidãopara a tenda Drake.

Os tambores atingiram um pico e as dançarinas do ventre circularam pornós em suas saias de choli bordadas com contas, cheirando a incenso de sândaloe perfume âmbar. Uma delas brilhou suas presas para mim antes dos tamborespararem de repente e as meninas dispersarem no publico admirador.

 — Ela estava flertando com você irmãozinho. — Duncan sorriu para mim.

 — Ela não estava. — murmurei. — Dá um tempo.

Sky riu.

 — Ela totalmente estava. Ela tem uma queda pelos meninos Drake.

Eu já disse isso antes e vou dizer de novo. As meninas são estranhas.

 — Pronto?  — Quinn perguntou quando Sky se afastou e não conseguimosmais evitar a tenda da família.

 — Claro que não.

 — Eu também não.

Mamãe e Papai esperavam dentro da tenda. As luzes das lâmpadas a óleobrilhavam presas, estreitou os olhos e Mamãe recolheu a arma.

 —  Parabéns.  —  papai falou primeiro, sua voz suave como a fumaça queantes encheu meus pulmões.  —  Eu honestamente não sei com qual dos meusfilhos eu estou mais irritado agora.

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Capitulo 4Lucy

 — O que, estão todos loucos esta noite? A lua nem mesmo está cheia ainda.  Theo, o enfermeiro – chefe na enfermaria da escola, parecia competente,

calmo e totalmente revoltado. Como ele ainda estava lidando com asconsequências da cidade fantasma, que ajudei a explodir somente algumas horasatrás, eu não podia culpá-lo. Ele me olhou com severidade.

 — Você já não explodiu um monte de gente hoje à noite?

Balancei a cabeça envergonhada. Kieran já estava deitado em uma maca. Euajudei a empurrá-lo para dentro com Theo. Ele estava ainda mais pálido nas luzesbrilhantes da enfermaria. Não havia ninguém na sala de espera, apenas copos decafé vazios. As cortinas verdes foram desenhadas em torno de todas as camas deemergência. Meu nariz queimando com o forte cheiro de antisséptico.

Kieran gemeu o sangue encharcando o curativo improvisado. Theoamaldiçoou.

 — O que aconteceu com ele?

 — Vampiro.

 — Eu posso ver isso. — Ele ergueu as pálpebras de Kieran e fez um som naparte de trás de sua garganta que eu não poderia interpretar.

Minhas mãos começaram a suar de novo.

 — Ele vai ficar bem, certo?

Outra enfermeira correu de um dos quartos dos fundos, seu uniforme torto,resmungando.

 — Esse velho Caçador que trouxe da cidade fantasma? O que pensa que étudo difícil?  —  ela balançou a cabeça.  —  Grande bebê.  —  seus olhos searregalaram quando ela viu Kieran.  — Não é o sobrinho de Hart?  — Hart era olíder da Hélios-Ra e o chefe de todos. Tecnicamente, eu acho que ele era meu chefeagora também. Hah. A única pessoa de quem eu recebo ordens é Helena Drake.

 —  Hel-Blar ? — Theo me perguntou.

Balancei a cabeça rapidamente.

 — Não.

 — Você tem certeza?

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Adormeci pegando o telefone.

 Teria dormido direto até o jantar se Sarita não tivesse me acordado.

É evidente que ninguém tinha dito a ela que não é inteligente acordar umamenina coberta de armas e lama. Parece fundamental para mim, mas então, eucresci com os Drakes.

 — O que?  — resmunguei quando abri um olho para encontra-la de pé naminha cama. Eu durmo melhor em uma casa cheia de vampiros. Essa coisa decolega de quarto não estava sendo um grande começo.

 — Você está doente?

 —  Sim.  —  murmurei, esperando que fosse fazê-la ir embora. Puxei otravesseiro sobre a cabeça.

 — Não é a gripe, é? Estudantes morreram você sabe. —  Isso não foi uma gripe.  — disse através do meu travesseiro.  —  Isso foi

uma pílula estranha que um de seus professores deslizou para os alunos.  — Osalunos com laços com vampiros para ser mais precisa. Então, os vampirosbeberiam com eles, ficariam doentes e morreriam. Hunter descobriu a tramasecreta e salvou a escola. E então, Quinn a salvou, e tudo deu certo no final. Euainda estava recebendo um chute fora de vê-lo assim com uma menina. Só umamenina. Ele até apagou os outros números em seu telefone. No mundo de Quinnfoi cataclísmico. Ele pode muito bem ter sua serenata no gramado da frente daescola para que todos possam ver.

 —  Como você sabe?  —  Sarita perguntou.  —  A explicação faria doer suacabeça. E você sempre dorme até tarde? São cinco e meia.

Eu gemi.

 — Sarita?

 — Sim?

 Tudo o que eu queria era ser rude ou violenta.

Mordi minha língua. Veja, eu já estava aprendendo coisas nessa escola. — Não importa.  —  levantei-me e fui pelo corredor até o banheiro. Eu não

estava acordada o suficiente para lembrar os acontecimentos de ontem à noite atéque eu estava de volta no meu quarto. Vesti-me rapidamente para que eu pudessechegar até a enfermaria para checar Kieran. O sol já estava sumindo. Seriaanoitecer em breve. Eu mandei uma mensagem para Solange e Nicholas.

 —  Estudamos os clãs de vampiros históricos do Conselho Raktapa anopassado.  —  Sarita me interrompeu, olhando mais de perto o camafeu que eusempre usava. — Não é a insígnia da família Drake?

Eu toquei o pingente, protetora.

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 — Sim.  — Nicholas me deu durante o verão. Troquei a fita de veludo poruma corrente mais durável, quando se tornou obvio que veludo era muito delicadopara minhas atuais circunstancias.

 —  Eu não acho que você está autorizada a usar brasoes de vampiros na

escola. — ela ficou horrorizada.Olhei para ela por uns dez segundos antes de responder

 —  Om Namah Shivaya. 

Ela piscou.

 — Hein?

Com explicar que minha mãe me ensinou mantras Védicos como uma formade lidar com o estresse e a perda iminente do meu temperamento. Especialmente

quando socar alguém no nariz era inadequado. Ao invés, eu a transpassei com omeu melhor brilho Helena Drake. Fomos salvas por uma forte batida na porta.

Hunter estava do outro lado, olhos arregalados.

 —  Kieran está na enfermaria.  —  seu rabo de cavalo loiro balançouansiosamente.

 — Eu sei. Eu o trouxe aqui.

Vendo Hunter, Sarita era toda atenção, como se isso fosse uma escolamilitar e Hunter um general.

 — Oi Hunter.

Hunter lhe lançou um sorriso distraído, então franziu a testa para mim.

 — Eu ia perguntar por que você não veio me dizer, mas você parece umamerda.

 — Nossa obrigada. — eu disse secamente. Peguei meu suéter. — Vamos vercomo ele está.

Corremos para fora do dormitório e em uma tarde fria de final de outono.

Minha respiração embaçou no ar. O inverno estava definitivamente em seucaminho. As arvores estremeceram, espalhando as ultimas folhas. Os alunoscorreram para a sala de jantar e para baixo da academia, empacotados em blusasgrossas.

 — O que aconteceu? — Hunter perguntou. — E eu posso te dizer como estoudoente deste lugar? — acrescentou ela quando nos aproximávamos da enfermaria.As luzes fluorescentes fazendo quadrados na grama.

Eu não sabia o que Quinn havia dito a ela sobre Solange e sua luta. Ou seKieran tinha mencionado isso.

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 — Foi um vampiro. — eu disse. — Fui encontrar Solange na ultima noite eencontrei-o assim. — mentira. Mentira gorda e grande.

Hunter empalideceu.

 —  Hel-Blar ?

Eu balancei a cabeça.

 — Não, ele estava lucido. Foi apenas uma mordida de vampiro. Ele perdeuum pouco de sangue. Theo não parecia assustado, nem nada.

 — Theo nunca parece assustado.

 — Ele te ligou? O que ele disse?

 — A mãe de Kieran ligou. — Hunter respondeu quando entramos no quartolimpo e luminoso com aroma medicinal. — Ela não vai vir para o campus. Ela nãoé... bem, ela é frágil.

 — Ela é? — Kieran nunca mencionou sua família, além de seu pai, a quemele uma vez pensou que os Drakes tinham assassinado. Ele tinha sido morto porHope na verdade, uma agente Hélios-Ra que tinha tomado sobre a sociedade juntoao tio de Kieran. Ela tentou matar Solange também.

Mesmo morta, eu não gostava dela.

 Theo veio de uma das cortinas e me olhou criticamente.

 — Melhor. Mas você precisa de mais horas de sono. E proteínas. — Como está Kieran? — Hunter e eu perguntamos juntas.

 — Ele tem alguns pontos, perdeu um pouco de sangue. Provavelmente temuma cicatriz. Poderia ter sido pior.

 — Podemos vê-lo? — Hunter perguntou. — E a resposta para essa perguntaé ‘sim’, Theo. Ele é meu melhor amigo. 

 Theo apenas bufou.

 — Você precisa de mais horas de sono também Hunter. Você perdeu maissangue do que ele fez, e não foi há muito tempo.

 — Sim, sim. Onde ele está?

 — Ele foi para casa.

 — Ele fez? — ela parecia surpresa. — Sua mãe não fez...

 — Não, seu amigo Eric o pegou.

 — Kieran tem amigos?  — foi uma pergunta estupida. É claro que ele tinha

amigos. Eu estava acostumada a ver ele como namorado de Solange, ou antes,disso, como o agente irritante da sociedade secreta irritante. Que eu agora era

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membro. Quando exatamente a vida tinha se tornado tão ridiculamentecomplicada?

Ah sim, quando eu tive que dar um choque na minha melhor amiga.

 — Lucy, você está vindo?  — Hunter estava me esperado na porta.  — Theoestá certo, você precisa jantar. A cafeteria é por esse caminho.

 — Você não está indo comer?

Ela balançou a cabeça.

 —  Eu quero ligar para Kieran, então eu preciso colocar algum tempo naacademia.

 — Eu te odeio.

 — Porque todos dizem isso quando eu menciono ir para a academia?  — elamurmurou enquanto se afastava.

Quando cheguei ao refeitório senti-me perdida de uma maneira que eu nãome sentia há muito tempo. Eu tinha ido para a mesma escola e tive os mesmosamigos e conduzi pela mesma estrada para vê-los quase todos os dias duranteanos. Eu realmente nunca notei até agora. Mas os acontecimentos recenteshaviam me chutado para fora do meu casulo seguro. Nos últimos meses eu játinha sido capturada por vampiros hostis, fui presa em um calabouço, obtivepontos na parte de trás da minha cabeça e eletrocutei minha melhor amiga.Nenhuma dessas coisas me fez sentir estranha ou indefesa como este refeitório

organizado, com seus pisos antigos e vitrais e da pausa no zumbido de conversasquando todos pararam para me ver na porta.

Eu não estava acostumada a ser aquela que hesita incerta.

De jeito nenhum eu seria aquela garota agora.

Obriguei-me a dar um passo a frente, tentando sorrir com uma indiferença.Eu não estava nem perto de sentir isso. Eu lutava para ignorar o peso da coceiranos olhos de tantos rastreando cada movimento meu. O corpo estudantil Hélios-Ra  não era exatamente grande, havia apenas cerca de 30 alunos por serie, mas amaioria deles estava aqui agora, sussurrando sobre mim entre mordidas de bolo

de carne e purê de batatas.

Mesmo que eu estivesse morrendo de fome, de repente não podia suportar aideia de trazer minha bandeja de plástico para uma mesa vazia e fingir que nãopercebi todos os olhares. Normalmente eu iria apenas me apresentar ao primeirogrupo amigável de olhar, mas não faria isso ainda. Amanhã. Depois que eu falarcom Solange e Nicholas e Kieran.

Peguei uma barra de proteína e uma banana para mais tarde e decidimandar outro texto para Solange. Eu sabia que ela estava bem, já que ninguémtinha me ligado para dizer o contrario. Mas eu provavelmente deveria pedir

desculpas pela coisa do choque. E deixá-la pedir desculpas por tentar me morder.

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 —  Deus, você ainda está aqui?  —  alguém zombou. Era uma menina quetinha me dado uma atitude no primeiro dia em que me mudei para os dormitórios,só que ela estava com dois caras desta vez. Eu quase gemi em voz alta. Eu nãoestava no clima para isso. E eu tinha visto filmes de John Hughes da década de1980 suficientes para saber que isso não ia sair bem.

 — Eu não posso acreditar que eles deixariam uma espia de vampiro aqui. —  ela disse. Havia um monte de estacas no seu cinto. — Você sabe que não pertenceaqui, certo? Quero dizer, você não é estupida o suficiente para pensar que isso énormal? Especialmente com todos os agentes que chegaram para proteger acidade de todos os seus amigos.

Os outros alunos ficaram em silencio em torno de nós, escutandoabertamente.

 — Você sabe o que? Estou um pouco cansada de bater nas pessoas a noite

toda para lidar com seus problemas.  —  perguntei-me o quanto eu ficava nadetenção por iniciar uma briga no refeitório.

 — Nós estaremos vigiando você. — um dos caras avisou se aproximando.  —  Estarei rondando perto. — ele me informou. — Você precisa praticar.

 — Ah é? — ele deu um passo mais perto, batendo-me propositadamente devolta.

Eu tive um lindo sonho de quebrar seu nariz.

Na verdade eu estava fazendo um punho antes de sequer perceber.

 — Whoa. — Jenna, amiga de Hunter estava de repente do meu lado.  — Bené um idiota, mas ele não vale a penas esfregar os banheiros por um mês.

Fiz uma pausa.

 — Detenção é lavar os banheiros?

 — Por bater em outro estudante, sim.

Baixei meu punho relutantemente.

 — Nojento. — Ela é uma traidora Jenna.  — Ben insistiu, olhando vagamente surpreso

que ela não estava automaticamente do seu lado.

 — E você está sendo um Neandertal. — ela estreitou os olhos em advertênciapara ele. As sardas no nariz não a fez parecer menos intimidante. Ela virou-separa mim ignorando-os. — Quer ir para uma corrida?

 — Sim.

E isso era mais assustador do que qualquer valentão.

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 — Melhor morto do que morto-vivo.  — ela sorriu se desculpando.  — Velholema Hélios-Ra .

Eu moí meus dentes.

 — Racista. Ou especiesistas, o que for.

Ela levantou uma mão em defesa.

 — Ei, eu gosto de Spencer, com presas ou não.

 — Eu sei. Desculpe. Isso me deixa irritada.

 — Deixa Hunter irritada também. Deveria ter ouvido da boca dela. Eu nãotinha ideia que ela sabia palavras como essa. — ela pegou uma garrafa de agua desua bolsa de ginastica.  — De qualquer forma, basta ser educada e Bellwood nãodeve vir em cima de você muito duro. Ela é meio cruel, mas ela é justa.  —  ela

apontou com a cabeça em direção ao escritório.  —  No entanto, não a deixeesperando.

Olhei para o meu relógio e forcei minhas pernas de borracha em umacorrida. Eu tive que fazer isso rápido se eu quisesse tempo suficiente paraencontrar Nicholas antes do toque de recolher do campus. Eu quebraria se tivesse,mas eu prefiro não. Eu já estava no radar da escola como era.

O escritório de Bellwood era no final de uma linha de salas de aula vazias.Ele era impecavelmente organizado e limpo, quase tão cruelmente organizado elimpo como Bellwood. Sarita deve adorá-la. Esperei na porta para que ele me

reconhecesse. Ela não olhou da sua tela de computador. — Sente-se.

Eu praticamente resisti ao impulso de latir como um cão.

Ao invés disso me sentei, perguntando-me por qual das minhas muitasinfrações estava prestes a ser presa novamente. Ela finalmente olhou para mimdepois de um momento que me contorcia de constrangimento. Havia linhas de risono canto da boca, o que implica que ela deve pelo menos saber como sorrir. Vocênão sabe de olhar para ela agora. Lembrei-me que já tinha sobrevivido a LadyNatasha e incontáveis vampiros, para não mencionar a mãe de Solange. Eu

poderia sobreviver a uma diretora de colégio.

 —  Você fez muito bem em seus testes de colocação.  —  ela começou sempreâmbulos. — E por isso você foi colocada em décimo primeiro grau, apesar desua inexperiência foi admitida pela Liga. Sua compreensão dos costumes vampirosé impressionante Lucky, mas o seu conhecimento Hélios-Ra é consideravelmentemenos impressionante. Você foi atribuída a um professor particular para ajudá-laa se recuperar. Você vai ter que trabalhar duro se você pretende se formar com osoutros.

 —  Sim, Sra. Bellwood.  —  deveria tê-la chamado de diretora Bellwood?

Parecia algo saído de um colégio interno vitoriano.

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Ela me olhou, finalmente, severa, mas não cruel.

 — Eu sei que isso deve ser um grande ajuste para você.

 — Eu acho que sim. — eufemismo.

 — É um ajuste para os nossos alunos também. — será que ela já ouviu falarsobre meu encontro com Jody e Bem? Impressionante.  — O qual é parte da razãoque concordei com essa transferência quando Hart solicitou. Ele corre pela LigaLucky, mas ele não manda nesta escola.

 — Hum, obrigada?

 — Se os acontecimentos dos últimos meses nos ensinaram alguma coisa, éque o mundo esta claramente mudando e nós precisamos ser fortes o suficientepara se adaptar se quisermos suportar. Meu único proposito nesta escola é aformação de meus alunos da melhor maneira possível, de modo que eles vão

sobreviver. Eu não preciso dizer a você que a vida de um Caçador pode serabreviada.

Eu balancei a cabeça.

 —  Eu entendo que você tem subsídios especiais por causa da suaassociação com Hart, mas que só fará você chegar tão longe.

Eu ainda não tinha tirado vantagem de quaisquer licenças especiais, ainda.Eu não tinha certeza de quais elas eram.

 —  Eu estou tentando dizer que retirar Caçadores experientes que foramtecnicamente fazer seu trabalho, atacando um ninho de vampiros é desaprovado. —  ela continuou.  —  Mas desde que você também salvou o sobrinho de Hart,trazendo-o para a enfermaria na noite passada, você já conseguiu equilibrar suastransgressões. O que é bastante impressionante em si mesmo. No entanto.  — elaacrescentou rapidamente.  —  Eu prefiro que seu nome não chegue com tantafrequência.

Eu também. Ela foi quase furtiva.

 — Nós estaremos observando.

 —  Porque isso não é ameaçador.  —  murmurei.  —  Sim senhora.  —  acrescentei em voz alta.

Eu não me incomodei em dizer que ela não foi a primeira pessoa a dizer issopara mim hoje.

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Capitulo 5Solange

Domingo, pôr do sol.

A primeira coisa que eu ouvi quando acordei foi à voz da minha mãe.

Eu não tinha notado no inicio, acordando com o fogo da fome que turvavaminha visão de vermelho e fazia todos os meus sentidos afiados. Eu drenei duasgarrafas de sangue antes que eu pudesse lembrar quem eu era. Limpei minha

boca e me senti melhor. Então eu pensei sobre Kieran e me senti pior.

 — Solange Rosamund Drake.

A voz da mamãe revibrou pelas escadas de metal para a casa subterrâneasegura. Se tom de voz poderia ter sido usado como um florete, e minha cabeça jádoía, mas eu não podia dizer isso a ela. Ela saberia que eu bebi sangue humanofresco ontem à noite, acordar com o que eu considerava uma ressaca de sangue.

Constantine assegurou-me que é normal. Levou algum tempo para que osvampiros processem tanto sangue, e sangue ao vivo a partir da veia era muito

mais potente do que o sangue engarrafado e refrigerado. Você precisa de menos,mas queria mais.

 — Solange, venha até aqui. Agora.

Suspirei e subi a escada de metal com relutância. As tendas eramguardadas dia e noite, mas elas ainda estavam vulneráveis. A luz do sol nãopoderia ser piquetada, o vento pode soprar um teto fora e nós seriamos fracoscomo gatinhos. Então, nós dormimos no subsolo durante o dia, e nos reunimoscom a família à noite na tenda. Os tuneis sob as montanhas e sob a floresta foramatualmente lotados de famílias de vampiros.

O interior da tenda estava iluminada com lâmpadas de azeite, a gramaestava coberta de tapetes persas grossos, e a tapeçaria de Madame Veroniquebordada à mão com a insígnia da família Drake pendurada em uma parede. Haviasofás, mesas de madeira, bancos entalhados e uma mesa longa no estilo medieval.

Empurrei meu cabelo emaranhado do rosto e tentei não olhar culpada paramamãe.

 — Oi mãe.

 —  Não diga “Oi, mãe” para mim —  ela voltou bruscamente.  —  Você foi

trazida inconsciente ao amanhecer.  — Ela estava vestindo seus couros negros debatalha. Rainha ou não, Lua de Sangue ou não, minha mãe era a mãe.

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 — Eu perdi meu caminho na floresta.

 — É por isso que você deveria ter um guarda com você  — meu pai interveiosuavemente. Sua decepção calma era tão ruim quanto o temperamento da mamãe. — Eu tenho certeza que nós conversamos sobre isso.

Engoli uma replica que esteve me aterrando, vampira Princesa ou não.

 — Eu sou uma vampira — eu disse. — Não é como se eu estivesse indefesa.

 — Você também tem 16 anos, jovem dama. — Mamãe estalou. — E você temum toque de recolher por uma razão muito boa.

 — Eu sei  — disse calmamente.  — Sinto muito.  — Eu precisava sair daqui.Eu tinha que descobrir se Kieran estava bem. Olhei para a porta. Tochastremeluziam do outro lado da tela pintada. Mudei para ele.

 — Onde você pensa que vai? Nós não terminamos aqui. —  Mãe, eu disse que estava arrependida.  —  Eu estava tendo flashbacks

deste verão, quando todo mundo girava em torno de mim preocupados. Euliteralmente coçava sob minha pele. Eu não ia ser a Princesa na torre mais. Não épara qualquer um. — Eu tenho que ir.

 — Onde?

 — Para ver Kieran.

Ela balançou a cabeça.

 — Ele pode esperar.

Mas essa era a coisa. Eu não sabia se ele poderia.

 — Eu vou.

 — Solange.  — Papai levantou-se sob seus pés. Ele parecia preocupado.  —  Não é seguro. Para qualquer um de vocês.

 — E nós estaremos no bloqueio em um par de dias — Mamãe acrescentou.

 — Eu sei  — disse.  — Mais uma razão para você me deixar ir hoje à noiteantes do Lua de Sangue começar. Não é como se eu pudesse chamá-lo a partirdaqui.

Papai olhou brevemente orgulhoso. Ele sempre parabenizou um poucoquando um de nós ganhou um argumento usando a lógica, simples lógica. Era omesmo orgulho que Mamãe sentia quando podíamos atingir um alvo emmovimento com uma faca arremessando. Mãe viu o olhar e suspirou.

 — Tudo bem. Volte às 15 horass  — ela me disse com firmeza.  — E tenhaalguém com você.

Peguei minha jaqueta de couro da árvore de casaco. Os bolsos internos erampesados com estacas, punhais e armamentos variados. Parei sob o beiral e tomei

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 — São as Fúrias.

Eu pisquei.

 — Quem?

 — Sebastian me contou sobre elas. Eles usam para servir Lady Natasha.

Fiquei fria com a menção de seu nome. Ela pode estar morta, na ponta daestaca da minha mãe para ser exata, mas ela também tentou me matar e comermeu coração. Não era algo que você esquece.

E aparentemente, eu não era a única a me lembrar.

Havia sete Fúrias: três vampiros e quatro bloodslaves humanos, todasmulheres. Elas tinham o cabelo tingindo do mesmo branco de Lady Natasha. Atéusavam no mesmo estilo, ossos com franja reta grave. Eles usavam vestidos

brancos elaborados, como ela teve na noite que tentou me matar. Eles pareciamexatamente como ela, exceto que cada um tinha a marca da casa dela tatuado emseus rostos: três penas de corvo preto. As penas que usavam em seus cabelosforam clareadas de branco.

Era assustador.

 — London não está com eles, está?  — Nós não tínhamos visto nossa primadesde antes do meu aniversario. Até mesmo seus pais não podiam encontrá-la.Ela mandou um e-mail para que eles saibam que ela estava bem, mas elaessencialmente fugiu depois que eu transformei.

 — Não, ela não está. — Nicholas inclinou-se entre mim e as Fúrias, quandocomeçaram a assoviar.

 — Usurpadora — um deles cuspiu. — Assassina.

 Tecnicamente, minha mãe era a usurpadora, mas eu não disse isso em vozalta. Eu tinha um sentimento de semântica que não era exatamente importanteagora. Eu era uma figura de proa para eles, um bode expiatório. Essa profeciamaldita de novo.

As Fúrias se aproximaram, como os esporos de um cogumelo venenoso

branco vagando perigosamente perto. Meu pescoço arrepiou. Nicholas ficou tenso,a ponto de chegar para uma arma. Eu agarrei o braço dele, lembrando a mulher Joiik chorando sobre as cinzas do seu amado aos seus pés e as flechas de pontavermelha do Chandramaa.

 — Não — eu disse a ele. — Basta fazer backup e manter suas mãos visíveis. — Eu segurei as minhas para cima como se estivéssemos com uma arma.

 — Eu não confio neles.

 —  Então confia no Chandramaa.  —  Ele não os tinha visto em ação, no

entanto, não tinha visto as faces de Constantine ir para tão pálida que pareciafacas de osso. E eu tinha certeza que ele não se assustava facilmente. Meus

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dentes alongaram, fazendo minhas gengivas brutas e coçarem. Meus lábioslevantaram por vontade própria.

Eu pisoteei abaixo a onda de adrenalina e da necessidade de lutar para trás.Nenhuma maravilha Mamãe ser tão rabugenta. Esse tipo de coisa era o seu pior

pesadelo.Eu não estava adorando também.

 — Vamos sair daqui.

Estávamos sendo seguidos.

Não era surpreendente, nossos pais tinham colocado guardas em nós nominuto que chegaram tribos de todo o mundo. Eu estava obrigando-os a me deixarsozinha. Eu também obriguei a esperar por mim e não contar a ninguém que eusempre voltaria com eles. Eu me senti um pouco culpada por isso, mas elesestavam me deixando louca.

E hoje à noite, eu nem sequer me senti culpada.

Eu só queria que eles se fossem.

Puxei um retorno, os pneus derrapando e marcas pretas queimando na rua.Os guardas gritaram com a parada, uma confusão simples em seus rostos, mesmocom seus capacetes. Eles levantaram suas viseiras.

 — Há problemas minha senhora?

Eu pisquei distraída.

 —  Você acabou de dizer “minha senhora”? 

Simplesmente correto.

Eu balancei a cabeça.

 — Não importa.  — Tirei minha moto e fiquei entre eles, perto o suficientepara ver seus olhos claramente, perto o suficiente para que eu pudesse afeta-loscom meus feromonios. Eu realmente não preciso do contato com os olhos, masajudou.

 — Vá embora, por favor. — Eu não me incomodei dizendo-lhes para esperarpor nós. Eu só queria chegar ao Kieran.

Eles concordaram em uníssono e, em seguida, viraram suas motocicletas eforam embora. Nicholas gritou algo para mim, mas eu fingi que não o escutei

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sobre o motor das motocicletas. Eu continuei indo e ele não teve escolha a não serseguir.

Lucy e eu tínhamos dirigido para a casa de Kieran uma vez, tarde da noite,quando tivemos a certeza de que não seriamos pegas, mas eu nunca tinha estado

dentro. Parei algumas casas para baixo e empurrei minha moto para a arvore nocanto de frente a sua casa. Eu me inclinei no estribo e olhei para o jardim limpo echeio de amores-perfeitos pendurados e na luz quente das janelas. Parecia tãonormal.

Nicholas se aproximou de mim.

 — Droga, Sol. Já ouviu falar no limite de velocidade?

 — Ah certo, vindo do cara que tem três multas de velocidade na primeirasemana que teve sua licença.

 — Isso é diferente. — Pelo menos ele teve a graça de olhar envergonhado. —  E o que diabos foi isso com os guardas?

 — Eu só pedi um pouco de privacidade.

 —  Uh-huh.  —  Ele não parecia nem um pouco convencido. Depois de ummomento ele encostou-se em um galho baixo pendurado. — Sol?

 — Sim?

 — Porque estamos à espreita?

 — Não estou à espreita  — eu disse, um pouco defensivamente. — Eu estavaesperando por você. Pensei que você tinha se perdido.

Voltei-me para a casa. Eu podia ver um sofá de couro através da janela dasala e no canto uma mesa de café com uma vela e um vaso de rosas. Eu deveriabater na porta. Ou pelo menos enviar um texto para Kieran saber que eu estava depé no seu jardim. Eu sabia que ele estava bem, Lucy tinha me deixado umamensagem de voz enquanto eu e Nicholas estávamos em nosso caminho para acidade. Mas e se ele não quisesse me ver? E se ele me odiava agora? Ou pior, e seele estava com medo de mim?

Eu estava com medo de mim.

 — Vocês brigaram ou algo assim?  — Nicholas perguntou irritado.

Eu balancei a cabeça.

 — Você vem comigo?

 — Para a porta da frente?  — Ele franziu o cenho.  — Sério, Solange, o queestá acontecendo?

Eu mostrei minhas presas para ele.

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 —  E se a sua mãe abre a porta?  —  Mesmo que eu mantivesse a bocafechada ela daria uma olhada nos meus olhos vermelhos e assumiria que euestava drogada. Nenhuma dessas era a primeira impressão que eu estava ansiosapara dar. Nicholas, pelo menos, poderia passar por humano.

 —  Ah.  —  ele caminhou na minha frente e bateu na porta. Eu pairavanervosamente atrás dele, puxando para cima meu capuz debaixo do meu casaco.

A mãe de Kieran abriu a porta, como eu temia. Ela era mais frágil do que euimaginava que pareceria. Eu presumi que ela estaria dura e musculosa como aminha mãe, ou terrosa como a mãe de Lucy. Ela foi casada com um Caçador devampiros depois de tudo, antes de Hope assassiná-lo. Mas ela parecia frágil, seucabelo fino e suave em torno do seu rosto, que era tão fino que era quase magro.Mesmo as perolas ao redor do seu pescoço parecia muito pesadas para ela.

 — Sim?

 — Desculpe incomoda-la Sra. Black — Nicholas disse educadamente. — Nóssomos amigos de Kieran.

Ela sorriu, suas mãos tremulam em sua garganta. Tentei não olhar para asveias azuis pulsando lá.

 — Oh, você é da escola também?

 — Hum, não.

Ela olhou por cima do ombro e me viu.

 —  Você deve ser Solange  —  ela disse suavemente.  —  Você é tão bonitaquanto Kieran disse. — Seus olhos estavam úmidos, como se ela pudesse começara chorar. Troquei nervosamente de um pé para o outro e tentei sorrir sem mostraraté mesmo uma sugestão de dentes.

 —  Mãe, quem é que est...  —  Kieran se interrompeu quando ele dobrou aesquina e nos viu na varanda. — Solange.  — Eu franzi os lábios. Eu não poderiamesmo dizer oi ou perguntar como ele estava. Havia uma bandagem em volta dopescoço e as sombras sob seus olhos. Eu podia ver a marca na parte de trás desua mão onde o IV tinha sido anexado.  —  Mãe, eu resolvo isso  —  ele disse

suavemente. — Porque você não volta para dentro.Ela mexia timidamente.

 — Você deve convidar seus amigos para dentro.

 — Eu vou.

Ela sorriu para mim novamente e foi para a cozinha, onde uma chaleira logofoi assobiando.

 — Nós devemos ficar aqui  — Kieran disse quando teve certeza de que ela

estava fora do alcance da voz. — Ela não sabe que você é um vampiro. — Como isso é possível? — Eu perguntei.

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 —  Ela nunca foi parte da Hélios-Ra , mesmo quando meu pai era vivo. Eagora ela raramente sai de casa.  —  Ele deu de ombros e, em seguida, fez umacareta quando o movimento puxou sua ferida.  — Hunter é a única da Liga comquem ela conversa, e eu pedi-lhe para não dizer nada.

Nicholas levantou uma sobrancelha. — Cara, o que aconteceu com você?

 — Vampiro  —  ele respondeu, sem olhar para longe de mim.  —  Eles memantiveram na enfermaria da escola de dia, mas estou bem agora. Lucy me trouxepara dentro.

Nicholas acalmou.

 — Lucy encontrou você?

Kieran assentiu, não captando a borda sinistra na voz muito calma eeducada de Nicholas.

 — Sim, na floresta.

 — Sozinha? - Nicholas cutucou. - Ela estava sozinha quando encontrou vocêdurante um ataque de vampiro?

Kieran olhou para ele quando Nicholas rangeu os dentes em alerta. Eletentou um sorriso fácil.

 — Depois  — ele assegurou Nicholas.  — Quando tudo estava perfeitamente

seguro.

Ele estava mentindo para me proteger.

Novamente.

Porque eu não tinha estado perfeitamente segura.

Nem perto.

 —  É como se ela fizesse isso de propósito.  —  Nicholas pegou o telefonecelular, resmungando baixinho quando ele discou o numero de Lucy. Ele

caminhou para a árvore do canto e arrastou-se para cima de um galho mais baixopara que pudéssemos todos ter um pouco de privacidade.

Kieran inclinou-se na soleira da porta, como se ele ainda estivesse muitofraco para segurar-se. Culpa rasgou através de mim como fogo em um campo seco.

 — Sinto muito.  — Eu enfiei as mãos nos bolsos, porque eu não sei mais oque fazer com elas. — Eu sinto muito.

 — Você está bem?

Eu balancei a cabeça.

 — Sim. Você precisa se sentar?

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 — Isso é uma estaca? — Eu perguntei. — Você ia me enfiar uma estaca?

Ele inclinou a cabeça mais para trás para que meus dentes ficassem visíveis.

 — Você estava indo para a minha jugular?

Olhamos um para o outro por um momento longo e quente que queimouatravés de mim.

 —  Você ainda está indo para a faculdade na Escócia?  —  Eu finalmenteperguntei.

 — Sim — ele disse calmamente.

 — Quando?

 —  Não até depois do Ano Novo. Eu não posso deixar minha mãe sozinhapara o Natal, ela sempre fica pior depois.

 — Talvez seja o melhor  — Eu não podia acreditar no que eu estava dizendo,assim quando eu ainda estava me recuperando dos seus beijos.

 —  Talvez seja.  —  E eu realmente não podia acreditar que ele estavaconcordando comigo.

 —  Pode ser os feromonios, ou apenas tudo o que aconteceu —  eu disse,tentando desesperadamente não sentir a dor que eu estava sentindo. Porque nãopodemos apenas nos perder no fogo de novo? Quando a paixão era suficiente, e as

perguntas não importavam.  —  Nós realmente não nos conhecemos muito bem,tecnicamente.

Mas eu estava mentindo para mim mesma. Meu peito estava oco, e euestava ciente do meu coração de uma maneira que eu não tinha sido desde quehavia parado de bater. Eu me machuquei em todas as partes. Nós já estivemos dooutro lado da ponte. Nós sobrevivemos a traições, vinganças e generosidades.

Mas não conseguiríamos sobreviver um ao outro.

Eu não queria dizer adeus, mas eu não sei de outra forma de protegê-lo. Eu

não era boa para ele. A próxima vez que eu perdesse o controle, eu poderiarealmente matá-lo.

 — Adeus Kieran.

Sua voz era rouca, como se estivesse acabando de acordar.

 — Adeus Solange.

Eu sufoquei um soluço. Eu não iria chorar. Virei meu calcanhar e tropeceinos degraus da varanda. A noite estava cheia de ruídos da cidade: carros, cães,rádios. O vento espalhava as folhas secas em toda a estrada vazia.

 — Solange?

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Eu parei, mas não me virei. Eu sabia que tinha que deixá-lo ir. Mas eutambém sabia que se eu visse aqueles pacientes olhos escuros, a tatuagem de solem seu bíceps, as calças cargo de treinamento, eu me jogaria nele. Eu só tinha aforça para sair se eu não olhar para ele.

 —  Sabe aquela casa segura que se escondeu quando a unidade de Hopeestava com você?

Eu balancei a cabeça.

 — Havia uma árvore lá com raízes expostas. Você se lembra dela?

 — Sim.

 —  Essas raízes fazem vários esconderijos pequenos. Se você precisar meenviar uma mensagem  —  ele disse.  —  Se você precisar de mim, eu estarei lá.Você sabe disso, né?

Eu balancei a cabeça.

 — Eu te amo Solange.

 — Você não me conhece mais — eu disse, porque eu mal me conhecia.  —  Eu sou uma vampira.

 — Você era humana quando te conheci  — ele me lembrou.  —  E você eracorajosa e bonita. Você ainda é corajosa e bela.

 Tive vontade de chorar.

 — Eu tenho que ir.

Corri para minha motocicleta, chutando-a em marcha, mesmo antes de euestar empoleirada no banco.

Nicholas franziu cenho para mim, lutando para fora da árvore.

 — Qual é o problema?

 — Nada. Eu preciso ficar sozinha.

 — Eu não posso deixar você Sol  — ele disse, pulando em sua motocicleta epuxando-se ao meu lado. — Você sabe disso. Mamãe mataria nós dois.

Inclinei-me, perto o suficiente para que eu pudesse ver suas pupilas, mesmonas sombras. Eu me concentrei o máximo que eu podia, querendo que ele meobedecesse. Um morcego mergulhou para baixo do telhado da casa de Kieran. Aporta da frente fechou.

 — Deixe-me em paz Nicholas.

Ele recuou como se eu tivesse o esbofeteado.

 — Sol, não.

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Raiva e confusão e magoa me cozinhou por dentro.

 — Vá embora! Deixe-me em paz!

 —  Merda  —  Nicholas resmungou dolorosamente. Seus olhos estavamfuriosos e magoados.  — Você prometeu que não iria nunca fazer isso comigo denovo. — Eu poderia dizer que meus feromonios estavam repelindo-o. Ele não tinhaescolha. Suas mais crisparam seus ombros tensos.  — O que diabos está erradocom você? Onde está Kieran?

 Joguei-lhe um olhar feroz antes de tornar a descer a rua.

 — Nós terminamos.

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Capitulo 6Nicholas

Era perfeitamente possível  que minha irmã mais nova estivesse setransformando em um monstro.

Se alguém tivesse feito isso com ela, eu teria apostado neles. Mas ela estavafazendo isso para si mesma, o que tornou muito pior.

Porque eu não poderia impedi-la.

Nós tínhamos sido criados não só para proteger um ao outro, mas paraprotegê-la especialmente. Eu não estava apenas deixando-a para baixo, mas todaa minha família O zumbido de feromonios e adrenalina vibraram através de mim,como uma erupção cutânea apenas sob minha pele. Eu queria ir atrás dela eagitar algum sentido nela, mas mesmo tendo um único passo na direção que elatinha fugido me fez sentir como se houvesse aranhas dentro das minhas veias. Eunão podia acreditar que ela fez isso comigo.

Novamente.

Como eu não podia ir atrás dela, eu voltei para Kieran. Ele abriu a portaantes que eu mesmo batesse.

 —  Talvez você não tenha ouvido  —  ele disse amargamente.  —  Nósterminamos.

 — Sim, o que, três minutos atrás? Você parou de amá-la? — Eu sabia muitobem que se Lucy terminasse comigo eu ainda a amaria até que eu virasse pó.

Kieran suspirou.

 — O que você quer Drake?

 — Você sabe que isso só vai piorar.

Ele tocou o curativo em sua garganta.

 — Merda, não.

 — Posso contar com você? Mesmo agora?

Ele parou e me olhou com atenção.

 — Para que?

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 — Eu não sei ainda  — eu disse frustrado. — Mas Solange não está bem.  —  Eu peguei uma pequena caixa do bolso e empurrei-a para ele.  —  Pegue isso.Apenas no caso.

Ele franziu o cenho para o pacote.

 — O que é isso?

 — Você sabe, se você precisar usa-lo — eu disse rapidamente, olhando paratrás de mim. — Alguém está vindo. —  Tirei antes que ele pudesse responder. Olheipara o relógio. Lucy não seria capaz de escapar por um tempo ainda. Eu coloqueiminha moto em marcha e arranquei na estrada, o tapa frio do vento no meu rostosuave. Eu percebi que poderia muito bem voltar para a casa da fazendo e obteralgumas das minhas coisas. Música e fones de ouvido e meu laptop para filmes,seriam as únicas coisas para me manter são por duas semanas nos tuneis e natenda Drake. Connor, Quinn e eu estávamos presos com a família depois de hoje

à noite, pelo menos nos próximos dias, por causa da cidade fantasma. Fiqueisurpreso por mamãe não ter dirigido direto para a academia para o sermão deLucy e Hunter também.

Eu lembro quando minha vida costumava ser chata.

Vampiro ou não, eu tinha uma vida bastante normal. Apesar da nossa dietaliquida, ainda tinha tarefas e trabalhos de casa, musica para ouvir, cães parapassear, os pais para navegar.

E então Lucy aconteceu.

Não importa profecias e Caçadores de recompensa, ela era a única que tinharealmente virado minha vida de cabeça para baixo. E valeu a pena finalmente fazê-la me ver como eu e não apenas o irmão mais velho de Solange. Ela fez tudomelhor. Mas o pensamento de perdê-la para os vampiros ou Caçadores devampiros fez tudo cinza, como se até mesmo as árvores e as estrelas fossem feitasde cinzas.

Eu precisava dela.

E irritante.

Eu estava feliz que ela tinha salvado Kieran, mas eu ainda não podiaacreditar que, depois de tudo o que tinha acontecido, que tinha ido à florestasozinha. Depois de explodir a cidade.

Na verdade, eu poderia acreditar totalmente.

Eu ainda estava resmungando para mim mesmo quando eu andei até aestrada e deixei minha motocicleta pelas árvores de cedro. Desde que eu estava emcasa de qualquer maneira, posso muito bem tirar proveito disso e para Solange.Eu não sabia o que eu estava procurando exatamente, só que tinha que haver algoem algum lugar para explicar a estranha que ela estava se tornando.

Fragmentos de cerâmica quebrados deslizaram sob minhas botas, comobesouros sob uma rocha perturbados. Solange geralmente limpava sua área de

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trabalho. Suas ferramentas e quaisquer pedaços eram empilhados em uma grandecaixa para ser reaproveitados, mas agora eles estavam espalhados no chão, e aparede estava amassada e empoeirada, como se ela tivesse jogado a maior parte dotrabalho nela. As prateleiras estavam quase nuas. Algo que fez minha barrigatremer de frio, ainda mais do que o modo que ela me obrigou.

Havia um guarda esperando na varanda da frente, quando eu fui até a casapara procurar no quarto de Solange. Ela me mataria se descobrisse sobre isso.

A guarda assentiu educadamente.

 — Sua Alteza — ela disse.

Eu perdi Bruno e do jeito que ele me chamava de “ijit”. 

Eu sorri sem jeito para ela e fechei a porta da frente.

E quase perco um olho em uma estaca de marfim antiga, quando me virei.Uma mulher envolta em véus negros grossos estava no ultimo degrau da

escada, o brilhante lustre acima da sua cabeça.

 — Nicholas, é você querido?

Olhei para ela.

 — Tia Hyacinth, o inferno!

 — Que Linguagem. — Ela estalou a língua. — Honestamente, suas maneiras

estão se tornando positivamente selvagens. Eu só estava desaparecida poralgumas semanas.

 — É qual a razão de tentar me estacar?

 — São esses véus — ela admitiu. — É um pouco difícil de ver corretamente,e todos os cheiros são basicamente os mesmos em casa se eu não estou prestandoatenção.

 — Então os tire  — sugeri calmamente, enquanto sorrateiramente enrijeci epulei fora do caminha de outro projetil. Você desenvolve reflexos muito bonsquando você cresce em torno das mulheres Drake. Sem mencionar Lucy Hamilton.

 — Bem — Ela inclinou a cabeça, e eu poderia sentir o brilho dos seus olhos,mesmo através da renda. — Talvez eu pudesse encurtá-los. — Eles eram longos osuficiente para tocar a ponta dos dedos. Ela tinha começado a usa-los depois queum Caçador tinha marcado seu rosto com agua benta. Vampiros geralmente securam rapidamente e completamente, mas a agua benta às vezes era apenas maisforte. E eu não tinha pensado em nada que poderia ser mais forte do que a TiaHyacinth, não realmente. O que me deixou ainda mais assustado por Solange eminha mãe.

Enfiei as mãos nos bolsos.

 — É seguro para entrar?

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Ela riu.

 — Sim, é seguro. — Ela balançou a cabeça antes de se afastar.  — Eu nuncasoube que a casa estaria tão vazia. É bastante desconcertante.

Ela estava certa. Até mesmo os cães estão na floresta. Somente guardasficam aqui patrulhando com qualquer confiabilidade.

Parei primeiro no meu quarto para pegar as minhas coisas, então me dirigiao quarto de Solange. As cortinas foram fechadas, a colcha bordada à mão foidobrada ordenadamente, e nada estava fora do lugar. Eu passei por sua mesa emprimeiro lugar, em seguida, verifiquei debaixo da cama e em seu armário.

Eu estava indo obter minha bunda chutada por isso.

E eu não tinha nada para mostrar. Nenhum diário, sem drogas estranhas,nenhum esquema secreto para alguma conspiração nefasta, nada. Eu chutei a

cômoda xingando. A bacia de prata com os dedais de Tia Hyacinth usado pararecolher como uma menina e passou para Solange caiu no chão. Amaldiçoeinovamente.

 — O que está acontecendo canalha? — Logan estava na porta, vestindo seucasaco favorito, como de costume, mas tinha rasgos em sua calça jeans.

Eu levantei minhas sobrancelhas para suas calças.

 — Buracos? — Ele era impecável sobre suas extravagantes roupas gótica.

 — Isabeau — ele admitiu com tristeza. — Os Hounds são uma grande tribo,mas eles não têm nenhum senso de moda.

 — Então ela rasgou o seu jeans?

Ele sorriu.

 — Não, ela rasgou um Hel-Blar . Aconteceu de eu ficar no caminho.

Eu sorri de volta para ele.

 — Legal. — Já mencionei? Nossas namoradas são ferozes.

 — O que você está fazendo aqui? — Logan perguntou.

 — Eu não sei — admiti.

 — Você não sabe? — ele repetiu confuso.

Eu suspirei.

 — É complicado.

Ele bufou.

 — Sempre é. Solange ou Lucy?

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 — Solange. — Eu balancei a cabeça. — Vamos sair daqui.

Ele me seguiu descendo as escadas.

 — O que está acontecendo Nicholas?

Acenei para a guarda do outro lado da porta.

 — Espere — eu murmurei.

Saímos para a varanda e Logan sorriu facilmente para ela.

 — Nós vamos andar por trás  — ele disse.  — Para patrulhar. E, para falarsobre meninas — ele mentiu. — Você pode ficar para trás Grace? Meu irmão estáum pouco tímido.

Ela sorriu para ele.

 — Claro.

 — Você pode pegar minha motocicleta — acrescentei, atirando-lhe as chaves.

 — Doce. — Os pinos de prata no cinto de couro sobre o peito brilhava na luz,quando ela se virou para a minha moto. Ela tinha uma dúzia de estacas simplesem uma tira e uma espada amarradas às costas.

Logan olhou para a pista e fez uma careta.

 — Onde está seu guarda?

Eu esperei até que estávamos atravessando o campo para a floresta paradizer-lhe o resto. O rugido da motocicleta atrás de nós ajudou a cobrir nossasvozes. Eu disse sobre Solange convencendo nossos guardas, mesmo a parte sobreencontra-la bêbada no bosque em um bloodslave.

 — Nossa Solange? Serio? — Logan esfregou o rosto. — Você disse a mamãe eao papai?

Eu balancei a cabeça.

 — Não. Tem sido um dia ruim já.

Ficou pior.

Claro que ficou pior.

As madeiras foram rastejando com o Hel-Blar , os vampiros de todo o mundo,e os Caçadores de vampiros. Passamos uma estaca quebrada presa em umaarvore de vidoeiro, uma moita de samambaias cobertas no que pareciam sercinzas, e varias trilhas de sangue.

 —  Lembra quando ninguém vinha aqui?  —  Logan perguntou. A luaespalhava luz entre os galhos e transformava o rio em estanho.

 — Sim, eu meio que sinto falta de ser o exilado vergonhoso — eu concordei.

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E depois ouvimos, mesmo sobre o barulho andando para nós.

Batalha.

Logan e eu olhamos um para o outro e, em seguida, correremos, as árvoresem um borrão de verde e cinza em torno de nós. Os sons de uma luta, xingando, obarulho característico tranquilo de um vampiro virando pó. Nós derrapamos atéparar debaixo de uma árvore de pinheiro enorme e ponderosa.

Parecia que a luta era de três Caçadores de vampiros e uma menina vampirade calças pretas como dos filmes Matriz. Eu reconheci o cabelo curto preto e osarcasmo instantaneamente.

Ela era da família. E embora ela possa ter acidentalmente ter quase chegadoa matar Solange nesse verão, ela ainda precisava de nossa ajuda. Porque elaestava claramente perdendo.

Grace acelerou e nos cortou, deslizando a motocicleta entre nós e a luta.

 — Para trás — ela ordenou, puxando uma espada, fina como um picador degelo.

Nós desviamos em torno dela, pulando no ar e pousando em uníssono sobreo outro lado.

 — Essa é nossa prima — eu joguei de volta para ela, ainda em execução.

 — London! Segure-se!

Grace jogou para trás algumas palavras que não eram anatomicamentepossíveis. Logan puxou o Caçador mais próximo para fora no corpo a corpo e o jogou em uma moita de acônito roxa. Ele pousou seu braço e houve um estaloaudível.

 — Está quebrado? — Seu parceiro gritou.

 — Deslocado — ele resmungou.

Eu pulei em cima dele e agarrei seu parceiro. Ela virou-se rosnando e tentoume morder. E ela não era nem mesmo um vampiro. Eu evitei um soco e depois

uma estaca, mas apenas por pouco. Eu usei a velocidade vampiro e apareci de umlado dela para o outro, até que ela estava tonta e frustrada. Então eu a joguei noprimeiro Caçador apenas lutando sobre seus pés.

London usou o cotovelo no nariz do terceiro Caçador e o sangue espirrou nagrama. Ele não caiu, apenas cambaleou e agarrou outra estaca. Havia um corte nabochecha de London e um corte em seu joelho.

 — Nick, atrás de vocês!

Reagi ao grito de Logan antes de pensar. Eu caí e rolei para o ataque aoinvés de me distanciar, o que era esperado. Eu peguei o Caçador nos tornozelos e

o derrubei. Sua estaca voou o suficiente na verdade para fixar minha manga emuma raiz de arvore. Eu arranquei livre apenas quando o Caçador ferido jogou uma

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estaca em London. Ela gritou e caiu. Senti o cheiro de sangue, mas não podia verse ela estava gravemente ferida.

Logan inclinou seu corpo para frente como se tivesse fazendo ioga com Lucy,e então ele chutou para trás no ultimo segundo e pegou a Caçadora no quadril.

Grace voou da moto, com os punhos voando, e bateu-a para terminar otrabalho.

Logan chegou a London assim que seus olhos reviraram em sua cabeça e elacaiu para dentro dos galhos de pinheiro.

 — Estacas embebidas em água benta! — Gritou. — Ela caiu.

Ele me distraiu somente o tempo suficiente para ser pego pelo Caçador combarba. Ele atacou em um ângulo brutal, pegando meu joelho. Eu caí, gritando,minhas presas mordendo através da minha gengiva. Ele chutou meu ombro

quando me inclinei para pegar meu joelho, rolando-me um pouco em um ninho desamambaias murchas, mantendo-me preso. Ele era mais forte do que parecia, comcicatrizes em sua garganta e um colar de dentes de vampiro pendurado.

Logan estava inclinado sobre London e não me viu.

Grace estava ocupada tentando não ser morta.

A estaca desceu.

E então, de repente Solange surgiu.

Ela caiu de uma árvore tão rapidamente que o Caçador deve ter pensadoque ela poderia voar. Eu mal a vi, somente uma lavagem de pele pálida, um gritode batalha, e um frenesi de morcegos no ar. O Caçador caiu para trás apenas osuficiente para que eu pudesse me libertar de sua bota. Eu arranquei seu pé e elecaiu sobre um joelho. Eu empurrei-o, tossindo.

Solange era uma boa lutadora, e mais forte, mas ele teve mais anos parapraticar. Ele não era fácil entre os melhores. Eu manquei a frente, mas eu estavamuito lento. Ele socou Solange com um punho do tamanho de uma caixa de pão,como se ele fosse um lutador aposentado que virou Caçador. Ele a pegou no rostoperto o suficiente para que suas presas cortassem o lábio aberto. Sangue

respingando como uma fina nevoa. Ela bateu no olho esquerdo do Caçador, nonariz e na boca.

Eu vi o momento exato em que o gosto de sangue bateu na língua deSolange.

A lua estava brilhante o suficiente para que ela parecesse porcelana pálida,exceto pelas veias proeminentes em seus pulsos e garganta. O azul era como ocentro de uma chama, como o céu antes de uma tempestade. E eu sabia o que eleviu quando olhou para o azul.

Hel-Blar .

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Seus parceiros agitados, a mulher inconsciente sentando com os olhosturvos, o outro homem colocando seu ombro de volta para o lugar certo. Elesviram Solange da mesma forma. A mulher gritou. O Caçador barbudo enxugou orosto e começou no sangue em suas mãos por um momento. Ele estendeu a mãopara outra estaca, esta de aço inoxidável e um feitio de precisão letal para perfurar

carne e osso através da lamina com pouco esforço.

Ele não apontou para Solange.

Ele apenas cuspiu o sangue para fora de sua boca e depois se esfaqueoucom a estaca, direto no coração.

O tempo ficou lento. Os outros Caçadores congelaram, olhando tristes efuriosos.

Mas não surpresos.

Ele gorgolejou e caiu, fazendo sons sibilantes de dor não diluída. Ele tinhaapenas força o suficiente para puxar a estaca. Sangue acumulando para fora daferida, manchando sua camiseta e pingando na grama. Solange virou. O resto denós olhou incapaz de fazer qualquer outra coisa. Ele sacudiu uma vez, seus olhosrolando para trás em sua cabeça. O cheiro de seu sangue, suor e medo foi rançosoem minhas narinas. Ele me estimulou em ação.

 — Precisamos de algo para pressionar e estancar a hemorragia. Ele precisade um hosp....

Ele morreu antes que eu pudesse terminar a frase.

 — Ele se matou — Solange resmungou em descrença. — Ele só... Matou-se.

 —  Melhor morto do que morto-vivo  —  disse a mulher Caçadoraviolentamente, friamente. — Ele fez o certo.

Solange girou seus olhos queimando, seus dentes alongados.

 — Eu não sou Hel-Blar seus idiotas!

Grace se colocou entre eles.

 — Não se preocupe Princesa.O olhar do Caçador masculino bateu nela.

 — Princesa? — Ele pegou outra estaca.

 — Estamos perdendo-a! — Logan gritou, erguendo London em seus braços.Ela estava mole e pálida, o ferimento em seu ombro borbulhando. — Não há tempopara isso!

Os Caçadores pareciam sombrios e exaustos e totalmente dispostos a recuar.Solange levantou a mão e depois baixou novamente, apontando para eles.

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 —  Ele está no acamp..  —  Desliguei antes que ela pudesse terminar.  —  Acampamento  —  eu disse a Logan. Nós viramos a esquerda no rio, corremos atoda velocidade por mais dez minutos, cobertos pelos guardas e vampiroszanzando sob a luz de tochas. Nós invadimos a tenda da família, Logan carregandoos braços de London e eu as pernas.

Papai se levantou da cadeira.

 — O que...  — Ele se interrompeu. — Encontrem Geoffrey  —  ele disse àcortesã que ele estava falando. Eu a reconheci das cavernas reais.

Nós colocamos London para baixo em um sofá. Papai agachou ao lado dela.

 —  London? Você pode me ouvir?  —  Ela não fez nenhum som. Que eraincomum em si, ela era geralmente toda arrogância e bravatas. Ele tirou suacamisa longe da ferida purulenta. Era crua, como se ácido tivesse comido sua pele.

 — Agua benta — eu confirmei quando Logan caiu em uma cadeira. Solangecomeçou a andar.  — havia três Caçadores. Eu não vi quem estava com ela, elestransformaram em cinzas quando chegamos lá.

 — Você a salvou  —  papai disse com firmeza. Ele puxou uma garrafa desangue fora do refrigerador armazenado dentro do baú de madeira do sofá einclinou nos lábios de London. — Geoffrey irá leva-la bem.

 — Solange me salvou  — eu disse.  — De onde é que você veio de qualquermaneira?

 — Cheirava o sangue — ela disse com firmeza. — Desde quando Hélios-Ra apenas passeiam nos atacando? — Eu perguntei.

 — Eu pensei que nós tivéssemos um tratado, e Hart estava a bordo de tudo isso. —  E minha namorada estava atualmente presa em sua escola. Cada músculo do meucorpo pulsava para correr e encontrá-la.

 — Eles não fazem  — papai disse pensativo.  — Você tem certeza que eramHélios-Ra ?

 — Quem mais seria?

 — Caçadores.

 — Qual é a diferença?

 — Caçadores são caçadores de vampiros, só não na Liga. Eles não vierampara Violet Hill desde antes de vocês terem nascido. Nenhum ponto com toda aHélios-Ra.

 — Será que eles usam colares de presas como troféu?

Ele balançou a cabeça tristemente.

 —  E cometem suicídio se eles pensam que foram infectados?  —  Solangeperguntou calmamente.

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Papai assentiu.

 — Será que um deles... ?

 — Sim.

Papai fez uma careta.

 — Na frente de vocês?

London começou a choramingar. Ela não estava consciente, mas ela estavase debatendo no sofá. Eu ajudei meu pai a segurá-la. Sua pele estava quente,febril. Vampiros não ficam quentes. Nós apenas não fazemos.

 Tio Geoffrey finalmente chegou, carregando sua maleta medica. Ele foi diretopara London, o cientista agradável, ligeiramente confuso, substituído com precisãoclinica. Ele entrou de boca fechada quando viu a ferida.

 — Estaca embebida em agua benta  — papai disse. — Arma Hustsman.

 Tio Geoffrey parecia ainda mais sombrio.

 —  Quem sabe que outros truques eles tem  —  ele disse. Ele enganchouLondon em uma bolsa de sangue para fazer uma transfusão desde que ela nãopareceu estar engolindo. Vampiros precisam de sangue para curar. Muito sangue.E dormir.

 — Ela vai ficar bem, certo?  —  Solange perguntou.  —  Quero dizer, tiaHyacinth sobreviveu a água benta.  —  Marcada, mas sobreviveu. E os vampiros

não ficam facilmente com cicatrizes.

 —  Hyacinth tinha o sangue de Madame Veronique  —  Geoffrey disse,vasculhando sua maleta. — Isso é o que a salvou. E eu não tenho nenhum.

Vampiros não bebem sangue de outros vampiros como uma regra. Ele nãoserve como nutrição. A menos que fosse o sangue de um antigo de sua próprialinhagem, então ele poderia cura-lo. Madame Veronique era a mais velha Drakeviva, de acordo com todas as historias da família. Seus gêmeos, nascidos em 1162,foram os nossos primeiros ancestrais diretos e a razão do nosso ramo particularda árvore da nossa família se transformar em vampiros em nossos aniversários de

dezesseis anos.

 — Bem, onde ela está?  — Logan perguntou. — Podemos trazê-la aqui?

 — Será que ela até mesmo ajuda?  —  eu perguntei.  —  Ela não éexatamente filhotes e arco-íris. E você sabe como ela se sente sobre o lado dafamília de London. — London tinha servido Lady Natasha, não acreditando que elaqueria Solange morta. Ela quase entregou todos nós em uma armadilha.

 — Eu tenho o sangue dela  — Solange anunciou suavemente. Viramos-nospara olha-la. — Bem, não é?  —  Ela perguntou ao tio Geoffrey.  —  Eu bebi um

pouquinho para me curar através da minha bloodchange. Ainda está dentro demim?

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 Tio Geoffrey piscou.

 — Eu honestamente não sei. Mas vale a pena tentar.

Solange se aproximou do sofá. Havia tanto sangue sendo bombeado para asveias de London que ela estava lucida com os olhos semiabertos. Mas seus lábios já estavam secos e rachados, como se ela tivesse estado doente durante semanas eestava gravemente desidratada. Antes que tio Geoffrey pudesse passa a Solangeum bisturi ela já tinha cortado o pulso aberto com suas presas triplas. Um fio desangue desceu o braço dela e ela correu para pressionar o corte na boca deLondon. London engoliu em seco, dolorosamente uma vez, duas vezes, três vezes.Morcegos sussurravam no teto da tenda, suas sombras enormes distorcidas pelaluz das tochas.

Ao sinal de tio Geoffrey, Solange puxou para trás, pressionando as bordasde seu corte junto para ajudar a curar mais rápido. A ferida aberta de London não

curou magicamente, mas parecia um pouco menos irritada. Geoffrey mexeu sobreela por alguns minutos, depois assentiu satisfeito.

 — Bem feito Sol — ele disse com orgulho. — Eu acho que ela vai ficar bem,eventualmente. — Ele puxou tubos de ensaio vazios de sua maleta. — Fascinante.Se eu pudesse ter mais sangue de você... nunca pensei em testar.

 — Não.  — Solange recuou.  — Sem mais teste tio Geoffrey.  — Ela fugiu datenda antes que alguém pudesse impedi-la.

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Capitulo 7Lucy

Domingo à noite.

Eu escapei pra fora do campus usando a rota que Hunter me mostrou maiscedo. Era o meio usado entre ela e Quinn, que manteve livre a vigilância da escola,e foi a melhor maneira para eu ver Nicholas. Estava ficando escuro mais cedo,agora que o inverno se aproximava, tínhamos mais horas disponíveis para nósantes do meu toque de recolher da nova escola, que apesar dos aviso de Bellwood,eu tinha que ignorar essa noite. Eu esperei até que eu estava bem escondidadentro da floresta antes de pegar meu celular. Nathan, um amigo da minha antigaescola respondeu ao primeiro toque.

 — Eu ainda estou com raiva de você — ele me informou no lugar de um olá.

 — Eu sei — disse. — Se isso faz você se sentir melhor, há mais crianças másaqui.

Eu praticamente podia escuta-lo franzindo a testa.

 — Eu pensei que crianças de escola de arte deveriam ser mais legais do que

o resto de nós. — Eu também.  — Eu menti para ele sobre minha nova escola. Nathan era

estritamente um civil e não sabia nada sobre vampiros ou Caçadores de vampiros.A única coisa que ele sabia sobre Nicholas era que ele era quente. E parecia adesculpa mais convincente de os meus pais me mandarem para uma escola deartes alternativa nas montanhas. — Sinto falta de vocês.

 — Você não iria nos perder se você voltasse — ele resmungou. — Diga a suamãe que a escola é ruim para o seu chi ou o que seja.

 — Não posso. Deposito não reembolsável.

 — Isso morde.

Eu bufei uma risada.

 — Você não tem nem ideia.

 — Há uma festa na noite de sábado de Megan no campo. A última antes deestourar a neve. Você está vindo.

 — Está frio.

 — Então, vovó? Muito ocupada saindo com os caras de golas pretas falandosobre Picasso?

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Quando ele finalmente olhou para mim, suas feições estavam calmas, masferoz em sua quietude. De repente ele estava todo predador, a beleza afiada emortal. Eu tremia, não de medo dele, mas com medo por ele. Havia algo gritanteem seus olhos cinzentos, brilhando sob a luz da lua.

 — Deixe-me adivinhar  — eu disse.  — Apocalipse, desastre, blá blá blá. Eusinto que estamos constantemente vivendo um final de temporada de Buffy.

 — Com alguma sorte, isso não vai ser tão ruim assim.

 — Percebeu sua sorte ultimamente?  — Eu perguntei. — Cem pés de coelhoencantados não iriam ajuda-lo.  — Não que eu faria isso, nunca. Acontece que eugosto de coelhos e cortar seus pés é bárbaro.

 —  Verdade. Você sabe, poderia ter sido atacada pelo mesmo vampiro quepegou Kieran noite passada — ele disse, e eu sabia que não era o porquê dele estarrealmente chateado. — E se foi uma emboscada?

 — Era — eu bufei. — Mas eu lidei com isso. Solange não lhe disse?

 — Me dizer o que? Espere, ela estava lá?

Eu recuei. Era difícil pensar quando ele estava de pé tão perto de mim.Constrangedor, mas é verdade.

 — Claro que sim, ela estava lá. Eu dei um choque nela.

Ele piscou.

 — Você usou uma arma de choque na minha irmãzinha?

 — Logo depois que ela tentou comer Kieran e depois me ter como sobremesa.

Nicholas apenas piscou para mim novamente. Era raro que eu pudessesurpreendê-lo em mudez. Ele abaixou-se lentamente para o chão, como se derepente fosse um velho fraco demais para ficar em pé. As ervas daninhas e capimdevorado.

 — Ela poderia ter matado você.

Sentei-me também.

 — Mas ela não fez. E ela não queria isso, era obvio.

 — Ainda assim.

 — É. Ainda.

 —  Eu não posso acreditar que ela não disse nada  —  acrescentou comfirmeza. — E eu apenas fui com ela para ver Kieran.

 — Ele está bem?

 — Sim, ele está bem. Só que eles terminaram.

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 — Eles terminaram?  — Eu peguei meu telefone. Não há mensagens de voz,exceto a que Nicholas tinha enviado anteriormente e nenhuma de texto. Troquei-o.O tom de discagem tocou no meu ouvido. — Ele não está quebrado. — Eu fiz umacarranca. — Ela nem me ligou! Ela está bem? Ela precisa de sorvete?  — Não queela realmente coma mais, mas alguns rituais eram sagrados.

 —  Ela usou seus feromonios  —  ele disse, suas presas saindo.  —  Ela meobrigou a recuar e deixá-la sozinha. Ela está ficando mais forte, Lucy.

Eu olhei para ele.

 —  Mais uma vez? Ela fez isso com você de novo?  —  Apenas na semanapassada que ela o obrigou a me chutar para fora da casa da fazenda, porque eudesboquei sobre o misterioso Constantine.

Nicholas ficou ali sentado olhando em estado de choque e dor. Fúria chioudentro de mim. Já era ruim o suficiente que ela me atacou, mas agora ela estavabrincando com o meu namorado.

Só que não faria mais.

Fúria tornou-se raiva, queimando como uma brasa dentro do meu peito.

Nicholas fez uma careta.

 — Você está louca.

 — Você acha?

 — Não, eu quero dizer que você é louca.  — Ele lambeu os lábios.

 —  Ah, certo. Desculpe.  —  Tomei algumas respirações profundas, eacrescentei algumas Shivayas Om Namah para uma boa medida. Quando Nicholasparou de olhar como se ele estivesse com dor, soltei um ultimo longo suspiro. Foia nevoa no ar frio, como o sopro de um dragão, quando eu senti raiva o suficientepara cuspir fogo.

Ops. Outra respiração profunda.

 — Nós temos que contar aos seus pais — eu disse quando eu estava calma o

suficiente para descerrar os punhos.  — Nós não podemos manter cobertura paraela. Agora não. — Uma parte de mim, sentia-se como uma traidora. Meu trabalhocomo melhor amiga era cobrir Solange. Mas estávamos no caminho sobre asnossas cabeças. Nós não poderíamos salva-la de si mesma, sem ajuda.

E rápido.

 — Eu sei — ele disse, parecendo tão conflituoso. — Mas ela me salvou essanoite também.

Fiquei fria.

 — O que?

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 — London foi atacada. Eu fui pego por um Caçador, e ele teria me atacadotambém se não fosse por ela. São Caçadores piores que os Hélios-Ra .

 — Você está bem?  — Eu cataloguei as manchas de lama e grama sobre assuas roupas, a lágrima no colarinho da camisa, o sangue que eu não tinha notado

no punho da manga esquerda. — Eu estou bem  — ele me assegurou.

 — Você e eu a conhecemos melhor do que ninguém. O que você acha que elavai fazer?

 —  Eu não sei  —  admitiu.  —  É isso que me assusta.  —  Ele balançou acabeça. — Eu não quero falar sobre isso agora. Não temos muito tempo com isso. — Ele me entregou um conjunto de chaves de carro.

Olhei para eles.

 — Não são os meus?

 —  Yeah. Duncan tem seu carro na garagem e arrumou-o mesmo. Estáestacionado na estrada fora da sua escola.

Eu sorri brilhantemente.

 — Eu amo o seu irmão.

 — Hey!

 — Está tudo bem, eu te amo mais. — Bom, porque ele disse para não levá-lo na chuva. Uma vez que ele é está

fazendo o Mustang da Tia Ruby e as coisas do Lua de Sangue ele vai conserta-lodireito. — Suas mãos se fecharam em torno dos meus cotovelos e me levantou dochão direito.

Eu rangia. Em seguida liberada.

 — Eu nunca fiz esse som  — Eu informei a ele arrogantemente, quando eleme puxou para sentar em seu colo. — E oi.

 — Oi. — Ele sorriu torto, roçando a mão em torno da minha mandíbula e nocabelo e na nuca. — Eu estou ligando um time-out em todas as preocupações.

Coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço.

 — Ok.

 — O Lua de Sangue começa em breve.

Eu franzi o nariz.

 — Eu sei.  — Eu não queria admitir o quão estranho que eu me sentia por

não poder entrar em contato com ele ou Solange ou seus irmãos. Ou qualquer umdos Drakes para esse assunto. Eu perdi até mesmo os cães.

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A primeira estaca teria me pegado no ombro se Nicholas não tivesse meempurrado fora do caminho.

 — Hei, cuidado!  — Se socar outros alunos era contra a politica da escola,eu tinha certeza de que não foram autorizados a estacá-los também. E eu derrubei

meu CD e quase pisei nele. Agora eu estava realmente irritada. — Amigos seus? — Nicholas perguntou secamente.

 —  Sim, eles estão pensando em me fazer rainha do baile  —  eu respondi.Pisei na frente dele para protegê-lo. Ele xingou e me empurrou para trás, tentandome bloquear.

 — Pare com isso.

 — Para você com isso!

Eu tropecei nele. Então ele enganchou a perna por trás dos meus joelhos eeu caí. Pousei em um pedaço de flores murchas. Fiz uma careta para ele. Tantopara o romance.

 — Desculpe-me, mas eles não podem me estacar — o lembrei. — É ilegal. Eseriam expulsos. — Eles pareciam os tipos que se preocupam com isso.

 — Eles ainda podem te machucar — Nicholas insistiu teimosamente.

 — Sim, mas eles podem te matar. Então pare de seu um herói.

 — Você primeiro  — ele bufou. — Posso machucá-los um pouco?

Eu suspirei, pensando em tratados e detenção.

 — Provavelmente não. — Eu tinha estacas, mas elas eram inúteis agora.  —  Espere — eu disse, sorrindo lentamente. Eu ainda tinha ovos de pimenta na bolsado meu cinto. Pareciam bolinhas de borracha, mas eles estavam cheios depimenta caiena. O azul era cheio de pó Hypnos, mas eu não estava disposta adesperdiça-lo em uns poucos idiotas. Hunter me deu as embalagens, mas Marcusme ajudou a fazer a mistura para colocar dentro. Foi uma invenção Hélios-Ra combase em alguma arma ninja velha, mas Marcus já estava trabalhando em umanova receita. Ele era o irmão que mais trabalhava com o tio Geoffrey, então ele

teve acesso a fontes que o resto não tinha.

Eu arremessei um, ainda sorrindo. Ele explodiu e um dos estudantes, Ben,pensei, gritou.

 — Ha — eu disse. — Isso vai ensiná-lo a me intimidar.

 — Bom tiro. — Nicholas aprovou.

 — Obrigado. Vá para casa agora.

 — Sim, certo.

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 — Sério. Eles não vão parar até que você vá. Eu posso lidar com eles  — olembrei.

 — Mas... — Ele fez uma pausa, inclinando levemente a cabeça. Suas narinasdilataram.

E então ele amaldiçoou muito suavemente. Muito baixo.

Eu engoli nervosamente.

 — O que foi agora?

 — Não tenho certeza. — ele pegou minha mão e saímos correndo, agachadosna grama alta. Paramos debaixo de uma arvore alta de plátano. Nicholas escalourapidamente, enquanto eu esperava no chão, mantendo um olho nos valentõesainda jogando provocações. Nicholas caiu ao meu lado, tão de repente que eu puleiem um pé no ar. Eu estava balançando minha mão quando ele registrou que era

somente ele. Ele se inclinou para trás o suficiente para que eu perdesse o seunariz.

 — Os Caçadores de recompensa — ele respondeu severamente.

Eu fiz uma careta.

 — Mas não há nenhuma recompensa sobre os Drakes mais  — eu disse.  —  Certo? Então porque há vampiros depois de você agora?

 — Estes não são vampiros.

 — Eles não são?

 — Não, eles são Caçadores de vampiros.

Eu arregalei os olhos.

 — O que?

Ele acenou com a cabeça bruscamente.

 —  Solitários. Caçadores, como os que atacaram London. Aparentemente,nem todos querem seguir a linha Hélios-Ra . Alguns caçam por conta própria. Não

há regras.

 — Bem, merda — Não que eu amasse as regras, mas eu amava mais do queCaçadores de vampiros sem quaisquer restrições ou tratados.

 — Muito bonito  — Nicholas concordou.

Eu estiquei minha cabeça, procurando através da vegetação rasteira.

 — Eu não posso vê-los.

 — Eles geralmente usam colares de presas de vampiro como troféus.

 — Isso é nojento.

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Ele cheirou o ar.

 — Eu acho que há dois, talvez três.  — Ele amaldiçoou.  — Os mesmos queatacaram London. Filho da puta.

 — Podemos vencê-los?

 — Provavelmente não.

Eu estava com medo disso.

 —  As intimidações e assassinos  —  eu disse.  —  Não é o nosso melhorencontro, Drake.

Ele bufou.

 —  Não é o nosso pior também.  —  Então ele me beijou rapidamente,ferozmente. — Basta ficar abaixada.

Eu agarrei sua manga quando ele se virou.

 — Não tão rápido.

 — Não há tempo para discutir Lucy.

 —  Então não discuta  —  eu respondi.  —  Você acabou de dizer que nãopodemos vencê-los.

 — Então?

 — Então, não seja idiota. Eu gosto mais de você morto-vivo do que morto. —  Eu fechei meus punhos e cravei os calcanhares no chão para impedi-lo de partirpara bloqueá-los heroicamente. — Eu posso distrai-los enquanto você corre.

Suas presas cutucaram fora da sua gengiva.

 — Não.

Eu somente levantei uma sobrancelha para ele.

 — Sim.

 — Eles estão se aproximando. Do leste, por trás dos cedros, eu acho.

Eu insisti.

 — Então, eu vou jogar o resto dos meus ovos para eles enquanto você decolana direção oposta.

 — Eu não gosto disso.

 —  Você não precisa fazer isso. Mas o fato é que eu não estou em perigo.Você está. Portanto não me irrita Nicky.

Ele quase sorriu. Eu podia ver os lábios se mexendo.

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 — Não empurre Lucky.

Eu soltei sua camisa e enchi minhas mãos com os meus últimos dois ovos. — Pronto?

 — Não exatamente.

Ele girou em torno de mim e me inclinou para trás sobre seu braço,beijando-me até que eu senti muito quente para estar dentro da minha pele. — Euvou te ver depois do Lua de Sangue.

E então ele se foi.

Eu tinha que me lembrar de que era somente por algumas semanas e queera estupido a vontade de chorar.

Melhor chutar alguns traseiros.

Eu esperei até que tive certeza que Nicholas estava longe antes que eugritasse

 — Vampiro!

Quando o primeiro Caçador de recompensa saiu dos arbustos um ovo depimenta o acerta no meio da testa. Ele espirrou e amaldiçoou, cegamente jogandouma estaca na minha direção. Eu tive que mergulhar fora do caminho. Caí duro,cuspindo dente de leão e lama fora da minha boca.

O próximo foi mais esperto, não deixando a cobertura de folhas e escuridão.

O luar mostrou apenas um vislumbre de um colar de dentes e depois nada.Arrastei-me no meio do mato, sendo cutucada por grama seca, cocegas pelo laçoseco da rainha anne e esmagada por rebarbas.

 — Só uma vez eu gostaria de sair sem ninguém arremessando estacas emcima de mim  —  murmurei, rastejando mais rápido.  —  Eu vou conseguir umcomplexo a esse ritmo.  — Eu parei atrás de um corinho seminu, usando-o paracobrir tanto quanto eu poderia.

 — Ele foi para o sul! — Eu gritei para fora, sabendo que Nicholas tinha idopara o norte.

 — Não — Jody gritou. — Ele foi para o oeste!

Desde que ela estava errada e, na verdade ajudando a aumentar a confusãoque iria proteger Nicholas eu não joguei meu ultimo ovo de pimenta nela.

Mesmo que eu realmente quisesse.

 — Somos Hélios-Ra   — eu gritei, não querendo que eles comecem a nos caçartambém.

Houve um suspiro alto do Caçador de recompensas ainda nos arbustos.

 — Então vão para casa crianças.

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Eu poderia ter me irritado com isso se eu não quisesse sair daqui tantoquanto eles queriam que partíssemos. Olhei para fora lentamente.

 — Não atire!

O Caçador de recompensas que eu tinha atacado ainda estava esfregando osolhos.

 — Saía daqui antes que você realmente me irrite.

Eu corri. Assim como os outros.

 —  Isto não acabou  —  Jody sibilou quando estouramos fora do perigo evoltamos para os gramados do campus.

Revirei os olhos.

 — Ah, cala a boca!

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Capitulo 8Solange

Não importa o quão bem eu me escondesse Constantine sempre parecia meencontrar.

Ele estava encostado em uma pedra enorme que tinha caído para fora damontanha há mais de um século atrás. Era macia com musgos e liquens. Os olhosdele eram violetas, mesmo na escuridão.

 — Aí está você, Princesa. — ele disse.

 — Oi! — eu disse. Ele me fez sentir como se eu tivesse dez anos e mil anosde idade, ao mesmo tempo. Foi confuso.

 — Qual é o problema aqui?  — ele perguntou. Ele afastou-se da rocha e seaproximou de mim lentamente, languidamente, como se o ar fosse mel.  — Vocêestava chorando.

Eu não disse nada.

 — É tão ruim? — ele pressionou.

 — Minha prima quase morreu. Tive uma briga com a minha melhor amiga.Eu... quase a ataquei. — eu disse.

 — E ela mereceu? — ele perguntou.

 — Ela usou uma arma de choque em mim. — respondi.

 — Ela mereceu, então. — ele disse com desdém. Ele estava perto o suficientepara que eu pudesse ver as manchas de cinza em suas íris e meu próprio rostorefletido em suas pupilas. Eu estava pálida e patética.

Levantei meu queixo.

 — E eu terminei com o meu namorado. — acrescentei.

Ele parecia quase satisfeito. Eu devia ter imaginado isso. Tudo o que eledisse em uma voz rouca foi:

 — O garoto humano?

Por alguma razão eu não gosto de ouvir Kieran sendo referido como umgaroto.

 — Ele é um Caçador. — eu disse.

 — Cada vez pior. — ele disse.

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Fiz uma careta.

 — Pode não se vangloriar?

Seu sorriso foi rápido e sem remorso.

 — Por que lamentar o inevitável? Uma Princesa vampiro e um Caçador devampiros. A matemática básica falhou, querida.

Pensei em Lucy e Nicholas, Quinn e Hunter.

 — Eu não acredito nisso.

Mas ele está certo, você sabe. Você tem que ter cuidado. Você tem que ser  forte.

Ele encolheu um ombro.

 — E você ainda terminou com ele.

 — Não é porque ele é um Caçador. — porque ele era humano. Eu não queriaque Constantine tivesse razão. E eu não queria me sentir assim. Não queriapensar, saber ou me preocupar. Eu só queria que ele parasse. Mas ele não parou.

Ele estava piorando.

Eu não podia fingir o contrário, não mais. Não para mim, de qualquermaneira. Eu continuava fingindo para minha família por tanto tempo como eupodia. Eles passaram bastante tempo preocupando-se sobre como eu estava. E

certamente eu não poderia admitir para eles que tive um tipo de pressa para usaros meus feromônios, para saber como eu era poderosa sozinha, sem a força donome Drake.

Mas a verdade era: ele fazia sentir-me superprotegida, uma filha profetizadanascida de uma família Real. Mais do que qualquer outra garota vampira apenasnecessária para política, ganância ou ilusão de bebês vampiros raros. Eu gostei  desse sentimento. Gostei de saber que poderia manter as pessoas longe semlevantar uma mão, sem uma arma de qualquer espécie, até mesmo sem a ajuda demeus infames irmãos.

Apenas Constantine compreendia. Eu não o assustava. E ultimamente, euassustava todos, mesmo Lucy.

Porque ela é humana. Eles não entendem você, não como eu. 

 — O que é isso? — Constantine perguntou.

Percebi que estava esfregando minha orelha. Minha mão caiu.

 —  Nada.  —  eu respondi.  —  Esta voz parecia diferente, como se não mepertencesse mais.

 — Há outros efeitos colaterais, se você beber da veia? — perguntei. — Alémdos que eu conheço?

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A campina era circulada com salgueiros, e um riacho estreito cortava umlado, margeado com pedras pratas e geladas. A grama foi achatada sobváriostapetes persas grossos em vermelhos rubis e azuis escuros, todos empilhados unssobre os outros. Velas queimadas em lanternas de ferros penduradas das árvorese em candelabros em pé. Uma mesa estendia a parte estreita do rio, e tinha várias

cadeiras de cada lado, poltronas de brocado roídas pelas traças com braços e péscobertos de teia de aranha. Havia vários baús e bancos e fumaça espessa doincenso caindo como névoa perfumada.

 — É lindo. — murmurei. Era como as melhores partes de um livro de contos.Se Constantine trocasse seu casaco por uma armadura eu não teria sequerpestanejado. Na verdade, eu senti como se devesse estar usando veludo e mangasbufantes rendadas. Algo em mim suspirou. Eu não podia dizer se era eu ou aestranha voz interior que não conseguia calar.

 —  Este não é um território Chandramaa.  —  Constantine advertiu-me

quando os outros vampiros viraram para nos olhar.  — Nós estamos do outro ladodas fronteiras aqui.

Vampiros descansavam, bebendo de garrafas de vinho à moda antiga. Umaescrava de sangue sentava em uma almofada estofada com um sorriso de boas-vindas. Eu olhei para longe.

 —  Princesa.  —  disse uma garota da minha idade, com um forte sotaqueirlandês. Ela usava uma saia longa de tule esfarrapada na bainha e uma camisetaapertada desbotada. Seus pés estavam descalços, as unhas dos pés pintadas deturquesa e descansava entre as pernas de outro vampiro loiro com dreads. — Você

finalmente libertou-se da gaiola dourada. Lute contra o homem Drake, mesmo sevocê for o homem.

 — Marigold é a nossa pequena anarquista.  — Constantine disse devagar ecom carinho. — Não a deixe te assustar.

Marigold sorriu para mim. Eu não podia deixar de sorrir de volta. Era difícilnão gostar de uma menina com um nome como Marigold, que usava um anel dedoces em uma corrente como um colar. A mão de Constantine alisou o meu ombro,descansando na parte inferior das minhas costas. Foi uma distração, como setodas as terminações nervosas estivessem reunidas sob a palma de sua mão e

faiscassem. Eu tive que me concentrar no que ele estava dizendo. — Estes são Toby e Elijah, e, a outra ali é Ianthe. Há outros à espreita.  —  

 Toby abandonou um sofá de veludo roxo, ao qual Constantine levou-me. — Eu nãosei se ele é novo.

O cara com dreads sorriu facilmente.

 — Eu sou Spencer.

O nome soava vagamente familiar. Quando o olhei, ele acrescentou:

 — Amigo da Hunter.Ele havia sido transformado por um dos médicos da Academia Hélios-Ra  

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depois de ser infectado com saliva Hel-Blar  na enfermaria. Ele pode ser umvampiro agora, mas ainda parecia um surfista. E sua amiga Hunter estavanamorando meu irmão. Nenhum de nós mencionou qualquer uma das questõesacima.

 —  Que lugar é esse?  —  perguntei, me sentando. Uma mola quebradacutucou o meu quadril.

 —  Nós o chamamos de Bower.  —  Marigold explicou.  —  Quando nós noscansamos do sangramento monárquico - sem ofensa - e o Chandramaa respirandonos nossos pescoços, nós viemos para cá.

 —  Pense nisso como uma troca de ideias e costumes.  —  Constantineadicionou suavemente. — Um lugar seguro. As pessoas aqui têm viajado para seruma parte da Lua de Sangue. Marigold é de County Clare, Elijah é do Marrocos.

 — Nós não sabemos de onde Toby veio.  — Marigold disse, sorrindo.  — Elenão fala nada de inglês.

 — Eu sou Solange. — me apresentei, embora Marigold já tenha dito que souuma Princesa.

 — Você é Dhampir. — Ianthe disse com um forte sotaque grego. Eu pisqueidiante do seu tom prosaico. — Pai vampiro e mãe humana, certo?

 — Originalmente, sim. — eu disse.

Ela encolheu os ombros.

 —  Não é tão incomum.  —  ela disse.  —  As famílias antigas do ConselhoRaktapa geralmente acumulavam respeito ou suspeita, ou ambos.

 — Ah! — eu poderia tê-la beijado. Eu era comum. Sorri.

Constantine riu.

 — Eu te disse, você é irremediavelmente colonial. Há linhagens muito maisraras do que a sua no mundo. — ele disse.

 — Cuidado com Sarabeth agora. — Marigold disse. — Ela é certamente um

trabalho desagradável. Fácil de reconhecer, também, com essas pernas de bode.Pestanejei.

 — Sarabeth tem pernas de cabra?

 —  Sim, e se você olhar, ela vai te chutar com elas.  —  ela respondeu eesfregou os joelhos. — Machuca como uma cadela.

Ianthe assentiu.

 — Muito raro, o Baobhan-Sith.

 — E não ofereça uísque porque ela é escocesa e você acha que ela vai gostar.Isso irá irritá-la também. Basta perguntar a Jude.  — Marigold revirou os olhos. —  

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Ela não interessa, temos problemas maiores, aparentemente.

 — O quê? — perguntei.

 — Um dos nossos está desaparecido, provavelmente morto.  — Elijah dissesuavemente. — Um vampiro.

 — Sério? — perguntei surpresa. — Mesmo com a Chandramaa ao redor?

 —  Isso não foi uma disputa de vampiro.  —  Ianthe explicou.  —  Foi umamorte humana.

Elijah cuspiu.

 — Caçadores.

Senti meus olhos se arregalarem. Tentei não olhar para Spencer e denunciá-lo.

 —  Hélios-Ra ?

 — Nós não sabemos. — Jude interrompeu. — Poderia ter sido qualquer um.Caçadores, Hélios-Ra , eles são todos iguais. Humanos.

Eu engoli.

 — Mas como você sabe que não foi outro vampiro?

 — O cheiro de humano em todo o local do assassinato sangrento, você nãoestava lá? — Elijah olhava para mim especulativamente. — Esta conversa é muitosangrenta para uma garota bonita como você.  — ele não tinha ideia de que eu sóassisti um suicídio de um Caçador. Ele sorriu para mim, as presas saindo debaixodo seu lábio superior.

Feromônios. Oops. Mudei para perto de Constantine.

 — Obrigada por me trazer aqui. — eu disse-lhe baixinho, quando Spencer eIanthe argumentaram sobre se os vampiros eram ou não intrinsecamente mágicos.Ianthe disse que eles praticavam magia, enquanto Spencer disse que eles erammágicos. Elijah disse que não acreditava em magia e se poderíamos, por favor,discutir os códigos penais em vez de vampiros.

 —  Você é muito bem-vinda.  —  Constantine inclinou a cabeça para mimquando morcegos encheram o céu sobre nós.  —  Você pode fazer o seu própriodestino, Solange. Você apenas tem que olhar um pouco mais longe do que a portada frente.

Eu poderia amar este Bower. Todo mundo parecia tão confortável, bebendosangue de garrafas de vinho e conversando. Mesmo Spencer esparramado comMarigold, bebendo de um copo.

Balancei a cabeça.

 — Como você é tão bem ajustado? — perguntei para Spencer. — Você só tem

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sido vampiro pelo o quê, um mês?

Ele deu de ombros.

 — Melhor do que a alternativa. Além disso, eu ainda posso surfar à noite. —  ele piscou para Marigold. — E há vantagens.

Ela piscou e puxou os pés dele.

 — Vamos explorar essas vantagens, garoto?

Eles desapareceram na calma e fria floresta. Não demorou muito para osoutros se afastarem também, Ianthe rindo com o escravo de sangue. Algumas dasvelas apagaram e as sombras me envolveram como um grosso xale. A geadabrilhava sobre as folhas de salgueiro.

 — Você pode me passar a garrafa?  — Constantine perguntou, puxando um

copo de madeira limpo de uma cesta ao lado do sofá. Eu estava lhe entregando agarrafa quando ela partiu na minha mão, e cacos de vidro caíram no tapete. Umdeles entrou no topo do meu polegar e ficou preso lá. Sangue e vinho escorrerampelo meu braço. Meus dentes alongaram.

Constantine não disse uma palavra, apenas tirou o resto do vidro na minhaperna e depois puxou a lasca fora. O sangue imediatamente gotejou para fora docorte. Seus olhos dilataram, os azuis e roxos de um crepúsculo de verão. Suaspresas brilhavam quando ele se inclinou para mim, comprimindo-me contra o sofáde veludo. Eu não o impedi. Ele estava tão perto, me pressionando nas almofadas.Eu não sabia se iria me beijar.

E então ele apenas levantou a mão para a boca, lentamente. Ele ainda nãofalou, não olhou para longe, só fechou a boca sobre a minha ferida. Ele sugou osangue. Eu corei, mas não me afastei. O corte parou de sangrar; era tão pequenoque eu já podia sentir a cura.

Constantine arrastou os lábios sobre o meu pulso interno, pressionandocom um beijo suave, e faminto ao longo das minhas veias azuis e eu quasesuspirei. Então ele se levantou e foi embora, deixando-me deitada em um sofá nomeio da floresta, me sentindo mais como a Princesa do conto de fadas do queantes.

Constantine estava certo.

Eu precisava tomar o controle do meu próprio destino.

E Isabeau era a única pessoa que eu conhecia e que poderia me ajudar. Elatambém sabia o que era ter uma profecia sobre a sua cabeça. É claro, a dela tinha

dito que ela ficaria com um dos meus irmãos e foi o que ela fez. Minha profecia foium pouco mais sinistra.

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Pelo menos, é isso o que eu supus.

Ninguém conhecia realmente as palavras exatas da coisa estúpida. Elasforam murmuradas numa noite por uma senhora louca do século XVI na Escócia.Alguém deve ter ouvido dela, já que a estória se espalhou, mas ninguém nunca

tinha escrito. Porque isso seria, você sabe, útil.Em vez disso, minha própria existência foi cogitada como um bicho-papão

para assustar vampiros monarcas e os rebeldes da mesma forma. E eu estavacomeçando a me preocupar que com vampiros pode dar certo. Então, eu faria oque meu pai sempre nos ensinou a fazer quando estávamos com medo ouconfusos: eu obteria mais informações.

Nós nunca tínhamos acreditado em magia antes, e por causa disso, e o fatode que tinha sido expulsa do tribunal por tantos séculos, nós não sabíamos oquanto poderíamos. Mas talvez eu pudesse consertar isso. E mostrar a minha

família que eu não era feita de açúcar e luar.Porque depois de um momento em um sofá de veludo com Constantine eu

me sentia malvada, feita de pimenta, fogo e vinho.

Deixe disso. Você não pode confiar em mágica. Mas você pode confiar em mim. 

E lá estava aquela voz. Estremeci. Eu realmente precisava de respostas.

Eu finalmente rastreei Isabeau na periferia do acampamento, no caminhopara as cavernas nas montanhas onde a delegação de Hound estava hospedada.As tatuagens e cicatrizes em seus braços e pescoço estavam visíveis à luz da tocha

bruxuleante. Assim, estavam os três vampiros de pé em uma meia-lua em tornodela.

Eles não tinham ideia do que ela poderia fazer à eles.

Além de minha mãe, Isabeau era a melhor lutadora que eu já vi. Ela erarápida e cruel e podia trabalhar a magia para confundir você. Mas ela não podiafazer nada disso aqui, não no território de Chandramaa. Eles a circularam,rosnando. Eu não podia deixar de compará-los com Marigold e Spencer e mesmo Toby, que não disse uma única palavra.

 — Nós ouvimos que você tem presas duplas, como o anfitrião.  — disse umdeles.

Isabeau enrijeceu.

 — Eu nunca pertenci a Montmartre. — ela colocou a mão no pescoço do cãolobo, quando ele rosnou. — Não, Charlemagne. Obedeça.

Eu corri para frente, faiscando meu conjunto triplo de presas de propósitopela primeira vez.

Eu me senti bem.

Os vampiros congelaram, olhando para mim.

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 — Princesa. — disseram eles.

Inclinei-me mais perto, sorrindo ferozmente.

 — Vão embora. — eu disse.

Suas pupilas dilataram e assentiram mecanicamente.

 —  E sejam gratos por eu não fazer vocês latirem como um cão.  —  acrescentei.

 — Sim, Princesa. — eles disseram. Eles se afastaram, olhando confusos.

Isabeau inclinou a cabeça pensativamente.

 — Isso é novo, n’est-ce pas2? — disse ela.

Balancei a cabeça.

 — Mais ou menos. Posso falar com você? — perguntei.

 — Bien sûr3. — ela respondeu.

 — Em particular? — eu disse.

 — Sim, venha por aqui. — ela disse.

Eu a segui longe do campo, em direção às cavernas. A centena de pequenossons das tribos que coexistem ecoou sob o vento e o cheiro de aproximação daneve. Eu podia ouvir os cães em nossa direção e um tambor de algum lugar no

fundo da montanha. Paramos em um afloramento, alto o bastante para ver asestrelas sobre as copas das árvores. Eu me senti nervosa, mas de um jeito bom.Como se eu pudesse ter realmente controle sobre o meu próprio futuro.

 — Eu quero saber mais sobre a profecia.  — eu disse.  — Sobre mim.  — aneve se movia entre nós, derretendo quando tocava nas pedras. Charlemagne latiue tentou morder os flocos que caíam do ar.  — Existe alguma maneira mágica dever a profecia? Ou ouvi-la? Logan disse que você fez isso com uma das pinturasnas cavernas Reais. Você o fez ver o momento em que foi pintada.

Ela franziu o cenho.

 — Acho que deve haver.

 — Mas você não sabe como? — perguntei.

Ela olhava intrigada.

 —  Eu posso pensar em algumas magias que podem ajudar, mas não tãoclaramente como você gostaria. E levaria algum tempo para eu reunir osingredientes. Duas semanas, pelo menos. — ela disse.

2Não é? 3Certo/claro. 

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 —  Eu não tenho duas semanas!  —  eu disse suplicante.  —  Não há outramagia?

 — Acho que podemos perguntar para Kala.  — ela disse.  —  Ela pode fazerisso.

 — Ela pode? — eu disse ansiosamente.

 — Eu digo que ela pode, não que ela o fará. — disse ela.

 — Podemos perguntar-lhe agora? Por favor? — pedi.

Ela piscou por causa da minha impaciência.

 — Acho que sim.

Girei sobre os meus calcanhares e corri para perto da caverna. Ela não meseguiu. Eu voltei a minha cabeça.

 — E então?

Ela estava sorrindo.

 —  Essa caverna não leva a lugar nenhum.  —  ela apontou para outracaverna mais abaixo. — Por aqui.

Se estas eram apenas as cavernas temporárias de Hounds  eu podia sóimaginar quão incrível era o espaço permanente dela. As paredes eram cravejadascom tochas, e a entrada estava toda pintada com ocre avermelhado e decorada

com ossos de cão pendurado com miçangas. Logan me contou que depois que umcachorro morria (de causas naturais), seus ossos se transformavam em objetossagrados. Lembrei-me de encontrar um ponto de morte de patas de cão, o qualnos fez pensar que Logan estava morto.

Uma dúzia de cães nos cumprimentou com rabos abanando e um rosnarestranho. Isabeau fez um movimento brusco com a mão e os rosnados morreram.Descemos mais longe nas cavernas labirínticas, em direção ao cheiro de pedramolhada e incenso. Hounds tatuados com contas de osso no cabelo continuaramquietos e silenciosos com a nossa chegada. Mesmo o tambor parou antes que eupudesse ver quem estava tocando.

Isabeau continuou andando, parecendo mais confortável do que eu a tinhavisto dentro da montanha tranquila com cães se aglomerando em seus joelhos. Elanos levou para dentro de uma fenda profunda com miçangas penduradas. Tivemosque abrir caminho na escuridão úmida, raspando meus ombros e minhas mãosnas rochas até sangrarem. Então, a fenda abriu abruptamente em outra caverna,iluminada com uma única vela queimando em uma lanterna de estanhopendurada no teto.

Uma mulher que eu assumi ser Kala, Shamanka dos Hounds , esperava pornós sobre uma pele de animal, um tambor pintado em seu colo. Seu cabelo era

longo e trançado, e com muitas contas de ossos penduradas que estalaramquando ela se moveu. Espirais azuis foram tatuadas no lado esquerdo do seu

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rosto e por todo o caminho até o seu braço. Era o mesmo azul do arabesco datatuagem que Isabeau tinha e uma flor-de-lis, ao lado de seu pescoço.

 — Finalmente. — Kala disse. — Você veio.

Pisquei assustada.

 — Você estava me esperando?

Isabeau sorriu gentilmente.

 — É difícil surpreender Kala.

 — Sente-se! — Kala ladrou para mim. Eu estava sentando em peles antesmesmo de ter registrado o comando.

Isabeau fugiu antes que eu pedisse para ela ficar. Kala arreganhou osdentes para mim, no que eu esperava que fosse um sorriso.

 — Porque veio aqui, minha menina?

Balancei a cabeça.

 — Para ver a profecia.

Ela gargalhou. Não havia nenhuma outra palavra.

 — Ainda espero por você, então. — ela disse.

Ela sacudiu um chocalho de sementes pendurado com dentes de cão antes

que eu pudesse perguntar o que ela quis dizer com isso. O som ricocheteou nasparedes e repercutiu fora dos meus ossos. Até mesmo as minhas presas sentiram,como se elas estivessem vibrando dentro da minha cabeça. Com a outra mão, elaabanou ramos de cedro para soprar a fumaça de um pequeno fogo definido em umcírculo de pedras brancas. Eu tossi e meus olhos arderam. A fumaça era espessa,verde e tinha um gosto estranho, acobreado. Ela cantava em uma língua que nãoreconheci até que eu me senti tonta e desorientada. A fumaça se agarrou ao meucabelo, aos meus cílios, dentro das minhas narinas. O canto e o barulho pararamabruptamente, e o silêncio foi tão repentino que eu me encolhi.

Kala estendeu a mão repentinamente e perfurou a ponta de seu dedoindicador muito fortemente e apontou para o ponto entre meus olhos.

 —   Veja. — ela disse.

 —   Tudo ficou escuro.

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Capitulo 9Nicholas

 — O que aconteceu com você?  — Marcus perguntou quando eu entrei noceleiro que servia também como laboratório do tio Geoffrey. Hectares deescrupulosamente impecáveis mesas brilhavam ao abrigo de faixa de iluminação.Havia microscópios, uma máquina de ultrassom, até mesmo uma máquina deraios-X, para não mencionar as prateleiras de máquinas cujas finalidades eramdesconhecidas para mim. Marcus estava diante de uma fileira de tubos de ensaiocheios de sangue. Ele usava um jaleco branco e tinha o cabelo despenteado, comose tivesse passado a mão por ele.

Christabel estava sentada em uma cadeira em um canto, perto de umatelevisão pequena e uma caixa de madeira cheia de DVDs. Ela estava olhandopara uma caixa de pizza em seu colo, franzindo a testa.

 — O que há com você? — perguntei.

Ela olhou para cima, piscando.

 — Eu adorava pizza. — parecia desnorteada.

 — E agora não?

Ela balançou a cabeça.

 — Tem gosto de papelão. — ela farejou profundamente. — Eu posso sentir ocheiro, mas mal posso prová-lo.

Marcus assentiu tristemente.

 — Eu ainda sinto falta do café.

 — Mas é estranho. — ela mostrou a língua e ficou vesga olhando para ela. —  Ainda tenho papilas gustativas. Eu deveria ser capaz de provar isso.

Marcus sorriu com simpatia.

 — É porque seu cérebro não consegue lidar com a ideia de beber sangue. —  explicou. — Mas o seu corpo é mais esperto. Ele faz com que nada mais seja tãosaboroso quanto o sangue. Porque você precisa dele para sobreviver. Essa é ateoria atual de Tio Geoffrey de qualquer maneira. E eu estou inclinado aconcordar.  —  ele levantou uma sobrancelha para minhas calças quando

Christabel empurrou a pizza para longe com um suspiro.  — Então, o que há comvocê?

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Olhei para meus jeans rasgados e com riscas de lama e eriçada comrebarbas.

 — Encontro com Lucy.

 — Ela está brava com você?

Eu bufei.

 — Não. Eu ainda estou de pé, não é? Corremos em direção de Caçadores.

Marcus assobiou.

 — Tão ruim quanto dizem?

 — Pergunte a London.

 — Ela está bem?

 — Tio Geoffrey parece pensar que ela vai ficar bem.  — debrucei-me contra aparede, exausto.  —  Solange ofereceu seu sangue, já que ela bebeu de MadameVeronique uma vez, e isso ajudou.

Marcus pareceu interessado.

 — Sério?

Eu não podia deixar de sorrir.

 — Sim, Tio G. queria fazer alguns testes, mas Sol não deixou.

 —  Não faz mal, ainda temos alguns tubos do sangue dela guardados.  —  disse ele, apontando para a bandeja na frente dele.  — Vou continuar trabalhandonisso.

 — Você já encontrou alguma coisa?

 — Não.  — respondeu ele, revoltado.  — É sangue. É DNA Drake. Ele reagecuriosamente com diferentes aditivos e estímulos, mas nunca de formaconsistente. — rangeu os dentes de trás. — É malditamente irritante.

 — Ela está doente? É perigoso?

 — Ela não está doente.

 — Mas é perigoso? — pressionei.

Marcus suspirou. — Eu gostaria de saber.

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Capitulo 10Lucy

Domingo à noite, mais tarde ainda. 

Eu empurrei a porta da Hunter sem bater.

 — Há Caçadores de vampiros lá fora! — eu anunciei — Você sabia disso?

Chloe nem desviou o olhar do seu notebook.

 — Ela continua esquecendo que ela está em um colegial de Caçadores devampiros  —  ela disse para a Hunter. O chão ao redor da cadeira dela estavarepleto de latas de refrigerante.

Hunter estava sentada em sua cama, lendo um livro.

 —  Porque você está coberta de carrapichos?  —  ela perguntou,despreocupada.

 —  Caçadores de vampiros  —  eu expliquei impacientemente.  —  Como eudisse.

Ela abaixou seu livro, seu rabo de cavalo loiro balançando atrás dela. — Estudantes te atacaram?

 — Não. Bem, sim, mas eu não estou falando deles. Eu estou falando sobreos caras velhos usando presas como joia. Caçadores.  — Eu tirei os carrapichos eas folhas do meu suéter. Os joelhos do meu jeans estavam manchados de lama.

Chloe finalmente olhou, interessada. Seu cabelo era um emaranhado decachos escuros brotando de todos os lados, como sempre.

 — Sério?

 —  Sim  —  eu disse, relendo meus textos apenas para me lembrar que oNicholas estava seguramente longe dessa escola estranha.  — E eles não gostaramdo meu namorado.

Hunter franziu a testa.

 — Caçadores? Aqui? Você tem certeza?

 — Alô?  — Eu abri meus braços, ramos e folhas caindo no carpete.  —  Eutenho certeza. E eu tenho as contusões para provar.

Os dedos da Chloe voaram pelo seu teclado. Eu ergui uma sobrancelha paraa Hunter.

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 —  Ela está procurando no google sobre aqueles Caçadores idiotas? Euduvido que eles tenham sua própria página pessoal na internet.

Chloe bufou.

 — Você ficaria surpresa.

 — Ela está invadindo os arquivos da escola  — Hunter disse — Ela faz isso otempo todo.

 — Eles não têm segurança para esse tipo de coisa?

Chloe bufou novamente.  — Por favor.  — Eu conhecia esse tom. Connor ousava sempre que alguém duvidava do computador dele.

Eu sentei na cama de Hunter, esfregando meu cotovelo. Estava doloridoagora que a adrenalina foi diluída no meu sistema. Eu devo ter caído com mais

força do que eu pensei. — Ai. — Eu não posso acreditar que você viu um Caçador.

 — Esse é um nome estúpido — eu resmunguei.

Ela apenas sorriu.

 —  Eu sei, mas você viu o manual. Nós gostamos bastante de mundosantigos e juramentos medievais e símbolos secretos. De qualquer forma, osCaçadores quase nunca vêm para Violet Hill. Não tem por que com a academiaaqui e tudo mais.

 — No que eles são diferentes dos outros Caçadores? Além do senso de estiloselvagem?

 — Eles não são da Helios-Ra — Hunter explicou — Eles fazem seus negóciossozinhos.

 — Foi bem isso que o Nicholas falou — eu admiti.

 —  Isso deixa os professores loucos  —  Chloe disse presunçosamente.  —  Sempre que eles ameaçam nos reprovar, nós ameaçamos nos tornar Caçadores.

 —  Você ameaçou isso — Hunter disse secamente  — O resto de nós apenasfaz o dever de casa.

 — Ha. Sério? Eu sou demais.  — Ela sentou e deu um sorrisinho para suatela, e então para nós.  —  Bem o que eu pensei. Um alerta para o quadro defuncionários foi emitido sobre Caçadores na área. — Ela fez uma careta. — Esperaum pouco. Eles foram convidados .  —  Hunter se endireitou.  —  Isso é realmenteraro — ela explicou, para o meu benefício. — Helios-Ra e Caçadores se dão melhorquando nós não dividimos território.

 — Como os vampiros — eu disse.

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 — Eu quero ver a cara da York quando você disse algo assim na aula  —  Hunter sorriu. York era a sua professora menos favorita. Ela se virou novamentepara a Chloe.  — Então eu presumo que eles foram convidados por causa da Luade Sangue?

Chloe assentiu. — Patrulhas aumentadas para nos proteger e a cidade, eu acho.

 —  Vai entender  —  eu resmunguei, uma reação instintiva ao que euconsiderava o racismo galopante contra vampiros.

 —  Você não pode me dizer que você acha que todos os vampiros sãogostosos igual o seu namorado, Hamilton  — Chloe disse incredulamente, girando.As rodas de sua cadeira chiaram. — Ou tão quente quanto o namorado da Hunter.O que não é possível por falar nisso  — ela se interrompeu. — De qualquer forma,alguns vampiros matam sim, você sabe.

Eu pensei na Senhora Natasha e no Montmartre.

 — Acredite-me, eu sei.

O telefone da Hunter nos interrompeu com um toque discreto, como umbebê pássaro. Eu apenas olhei para ela.

 — Está travado nesse toque — ela admitiu, se esticando para pegá-lo na suamesa de cabeceira.

 —  Ele me deu pesadelos saídos daquele filme do Hitchcock Os Pássaros  ontem à noite quando ele tocou às três da manhã.  —  Chloe ergueu suassobrancelhas para mim. — E então ela deu uma risadinha .

 —  Eu não fiz isso  —  Hunter atirou de volta, mas ela estava corando umpouco.

Eu sorri.

 — Quinn Drake.

Ela corou mais ainda.

 — As duas calem a boca. Agora. — Ela fez uma careta para o seu telefone. —  Ah não.

Chloe gemeu.

 — Sem Ah não. Eu ainda tenho um trabalho para terminar para amanhã demanhã e é quase duas horas da manhã já.

 — Quinn? — eu perguntei. — Todo mundo está bem? — Eu verifiquei o meutelefone de novo mas não havia nada do Nicholas ou da Solange.

 — Não o Quinn. — Ela se levantou. — Lia.

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 — Quem é Lia? — Eu perguntei enquanto a Chloe e eu a seguíamos para ocorredor deserto. As luzes estavam baixas.

 — Ela é do primeiro ano — Hunter sussurrou. — Eu sou uma das monitorasdo andar dela.

 — E?

 — E ela é mais furtiva do que ela parece.  — Hunter pausou no último degrau. — Fique entre a Chloe e eu, e apenas pise onde eu piso.

Eu a olhei.

 — Por quê? São bombas? — Você nunca sabe com essa escola.

 — Só não quer ser pega zanzando depois do horário  — Hunter explicou. Elacorreu até a escada com agilidade, evitando certos degraus.

 — A escola está grampeada — Chloe sussurrou atrás de mim.

 — Isso é legal?

 — Para quem nós contaríamos?

Eu mostrei-lhe um sorriso.

 —  Minha mãe. Ela iria trazer cartazes e protestar nessa escolatransformando-a em uma massa de medo trêmula.

 — Legal.

Hunter se agachou embaixo de uma câmera que eu nem teria imaginadoque estava ali. Eu estava impressionada apesar de mim mesma. Nós alcançamos oúltimo andar e caminhamos pelo corredor, passando os banheiros. A porta da Liaestava entreaberta. Hunter passou por ela com Chloe e eu nos seus calcanhares.

Duas meninas estavam empoleiradas em seus calcanhares em um canto dacama desfeita, narizes pressionados na janela. Elas estavam de pijama e as luzesapagadas. Apenas a lua mostrava suas silhuetas. A de óculos se virou.

 —  Você recebeu minha mensagem  —  a que eu presumi ser Lia disse.  —  

Venha ver, rápido!

Nós três pulamos na cama tão repentinamente que a colega de quarto da Liafoi esmagada no canto. Ela guinchou, se virou, e caiu para fora da cama.

 —  Desculpa, Savannah  —  Hunter disse, mas ela não se mexeu e nãodesviou o olhar da vista para fora da janela. Ela estava tão perto que o seu rabo decavalo fez cócegas na lateral do meu rosto.

 — O que nós estamos olhando? — eu perguntei. Tudo que eu podia ver era ocampo escuro, a luz do poste atingindo as janelas do ginásio, e o perfil das árvores.

 — Lá — Lia apontou. — Eu vi uma van encostar com seus faróis desligadose Theo correndo para a enfermaria.

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 —  Pergunte pra ela o que ela estava procurando  —  Savannah deu umarisadinha.

Lia corou.

 — Isso não é importante.

 — Onde está o seu kit?  — Hunter perguntou severamente. Lia o pegou dochão e praticamente jogou pra ela. Óculos de visão noturna, binóculos, estacas, eoutras engenhocas se derramando pelo cobertor.

 —  Ei, eu nunca ganhei um kit  —  eu murmurei.  —  Eu totalmente queroóculos de visão noturna.  —  Hunter já estava com eles na mão enquanto eualcancei o binóculo.

Nós torcemos nossos pescoços em um ângulo que garantia a todas nósartrite quando nós ficássemos velhas. Presumindo que nós conseguíssemos a

chance de  ficarmos velhas, claro. Se eu cruzasse de leve o meu olho esquerdo euconseguia ver a porta da enfermaria. O caminho era mais fácil uma vez que vocêsabia o que você estava procurando. Houve uma agitação de movimento atrás daporta da van, mas nós não conseguíamos descobrir o que eles estavam fazendo.

 —  Então o que vocês estavam olhando quando vocês estavam entaladasaqui?  — Chloe perguntou a Lia, enquanto nós esperávamos pacientemente paraque algo acontecesse.

 — Nada.

 —  Mentirosa.  —  Savannah sorriu.  —  Ela ouviu que o Kieran estava naenfermaria e ela queria dar uma olhada.

Lia beliscou sua colega de quarto.

 — Você é uma droga, Savannah.

Savannah apenas deu de ombros, sem arrependimento.

Hunter sorriu brevemente.

 — O Kieran já foi para casa — ela disse gentilmente.

 —  Ah.  —  Lia tentou não soar desapontada e falhou miseravelmente. Elapausou. — Ele está bem?

 — Ele está ótimo — Hunter respondeu. — Foi a Lucy que trouxe ele aqui.

Lia olhou para mim, seus olhos arregalados.

 — Você conhece o Kieran?

Eu não contei a ela que ele estava namorando a minha melhor amiga. Bem,de acordo com o Nicholas ele não estava mais namorando Solange mesmo.

 — Atenção — Hunter disse.

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Lá embaixo, dois Caçadores emergiram, carregando o corpo flácido de umamulher para a enfermaria.

 —  Aqueles são os Caçadores que vieram atrás de nós na floresta.  —  Eureconheci os colares de presa como também o homem que eu havia jogado o ovo

de pimenta. — Droga — Hunter murmurou. — Eu não consigo descobrir o que eles estão

dizendo. Eu sabia que deveria ter aprendido a ler lábios.  — Era provavelmente aúnica coisa no mundo que ela não sabia ainda fazer.

Os Caçadores correram com o paciente por debaixo de um poste de luz.Hunter e eu nos atrapalhamos para conseguir um melhor ângulo. A mulher tinhacabelo curto, curto o bastante que eu podia ver o lado de seu pescoço.

E as marcas de perfuração, que poderia somente ter vindo de presas,pingando sangue.

Eu puxei uma respiração.

 — Merda.

Os Caçadores sabiam que havia vampiros nas proximidades da escola; Jodye seus amigos idiotas sabiam que o Nicholas estava comigo. E agora havia o corpode uma mulher que muito claramente havia sofrido um ataque de vampiro. Eusabia com certeza que o Nicholas não havia feito isso. E eu também sabia queninguém provavelmente acreditaria em mim.

O binóculo se afundou nas minhas bochechas, mas por mais que eutentasse, eu não conseguia ver mais nada. Eles já haviam corrido com a mulherpara dentro.

 — Ela não era uma Caçadora — Hunter disse baixinho, pensativamente.

 — Como você pode ter certeza? — eu perguntei.

 —  Primeiro eles nunca se incomodariam em trazer escondidos Caçadoresferidos para dentro do campus. Eles apenas entrariam com tudo se fossenecessário.

 — O que significa?

 — O que significa que era uma mundana, uma civil.

Eu sentei.

 — Eles fazem muito isso? Trazê-los aqui, quer dizer?

Ela olhou para mim severamente.

 —  Apenas se é um ataque de vampiro e eles querem ter certeza que apessoa não foi infectada. Hospitais seriam inúteis nesse caso.

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 — Sim. — Ela revirou os olhos. — Fora isso. — Ela acenou para a porta. —  Vamos seguir.

O quarto da Jenna era no final do corredor, ao lado de uma janelapendurada com uma cortina de renda horrível que provavelmente havia sido feito

com a intenção de ser aconchegante. Ela era apenas feia. Hunter bateu uma vezsuavemente e depois entrou. Jenna estava em sua mesa, seu cabelo ruivo em umatrança. Havia mais uma garota e dois caras com ela, nenhum deles eu reconheci.Chloe foi diretamente para a cama vazia e se estendeu em seu estômago, abrindoseu notebook.

 — Onde está a sua colega de quarto? — Hunter perguntou a Jenna.

 — Na biblioteca, fazendo um trabalho — Jenna respondeu. — Ela demorarápelo menos mais uma hora.

 — Essa é a Lucy — Hunter me apresentou. — Você conhece a Jenna, e essaé Kyla, Griffin, Drew, e o Eric.

Os olhos do Eric me perfuraram.

 — Lucy Hamilton? Você conhece a Solange?

 —  Sim  —  eu disse. Pelo menos ele não me chamou de Lucky. Euprovavelmente o deixaria viver, apesar do tom que ele estava usando, como se eupessoalmente tivesse chutado o seu filhotinho.  —  Por quê? Você conhece aSolange?

 — Eu conheço o Kieran. — Ah.

 — Ela...

 — Pare bem aí.  — Eu o interrompi com um olhar estreitado.  — Eu possoestar brava com ela, mas ela ainda é minha melhor amiga, e eu vou chutar o seutraseiro se você disser qualquer coisa sobre ela.

Ele se recostou sobre a borda da mesa.

 — Sim? Bem, o Kieran é meu melhor amigo. — Ele é meu amigo também — eu respondi baixinho.

Eric olhou para mim por um longo momento antes de finalmente acenarcom a cabeça uma vez.

 — Ok.

Hunter sentou-se no chão.

 — Se vocês dois terminaram o concurso de macho dominante, nós podemos

continuar com isso? Por que você está aqui, Eric? Você não faz parte doEsconderijo Negro.

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 — Não, mas o Kieran disse que você poderia precisar dessa informação.  —  Ele estendeu a mão e ligou o rádio da Jenna. Era um truque que eu conhecia bem.Ele mascarava as conversas nos casos de aparelhos de escuta ou vampiros, façasua escolha.

 — É sobre a mulher que foi trazida para cá?  — Chloe perguntou. — Porquenós já sabemos sobre isso.

 — Que mulher? — Jenna perguntou, intrigada.

 — Uma civil ferida — Hunter disse. — Marcas de mordida.

 Jenna soltou um assobio através de seus dentes. Eric olhou para mim. Euolhei para ele.

 — O quê? — eu disse. — Eu não a mordi.

 — Mas você é amiga dos vampiros. — Ah meu Deus — eu exclamei, enojada. Eu me deitei de costas na cama da

 Jenna para que eu não pudesse jogar algo na cabeça dele. Como uma cadeira. —  Vocês estão me deixando louca. O Kieran é amigo de vampiros. A Hunter também.Então não me encha o saco ou eu juro que eu vou botar fogo em toda essa escolaestúpida.

Eric sorriu inesperadamente.

 — Isso eu gostaria de ver. Você é de boa, Hamilton.

 — Nossa — eu respondi docemente, sarcasticamente. — Obrigada.

Ele apenas riu.

 — De qualquer forma, nós não sabíamos que havia um civil aqui, mas elanão foi a primeira a ser mordida essa semana. — Ele ficou sério. — Ela é a terceira.

Eu me sentei.

 — A terceira ? Por que isso não está nos jornais? Até agora, pelos menos umdeles deveria estar gritando sobre como tudo isso é por causa de uma conspiraçãodo governo ou chupacabras ou algum tipo de coisa estranha.

 — Estará nos jornais amanhã — ele confirmou. — Algo sobre uma cobra queescapou.

 — Uma cobra — eu disse, perplexa. — O quê, como uma cobra de estimaçãoque escapou? Quão malditamente grande tem que ser uma cobra para deixarmarcas desse jeito?

Chloe fez uma careta.

 —  Malditamente grande.  —  Ela olhou a sua tela.  —  Está no Violet Hill 

Gazette ? Ou no Journal ? Não importa  — ela acrescentou antes que ele pudesse

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responder.  — Eu posso invadir qualquer um dos servidores deles dormindo. Eupoderia com certeza apagar um artigo.

 — Não tem por quê — Eric disse. — Daí então eles realmente achariam quetêm uma história.

 — Como o Kieran conseguiu a informação? — Hunter perguntou.

 — Isso importa? — Seus dentes brancos iluminaram seu rosto escuro.

 — Eu acho que não — ela resmungou. — Mas ele não deveria ter te contadoque nós somos Esconderijo Negro. Meio que frustra todo o negócio de sigilo.

 — Com um tio como o dele, o que você esperava?  — Ele deu de ombros.  —  De qualquer forma, os Caçadores estão em todos os lugares, vampiros estão emtodos os lugares, então nós precisamos estar em todos os lugares também. Sevocês toparem.

Hunter se levantou.

 — Diabos, sim, topamos. Você está brincando?

Eles bateram os punhos como se eles estivessem em algum tipo de filme deação. Hunter nem mesmo olhou para mim.

 — Cala a boca, Lucy.

Eu sorri para ela o caminho inteiro até as escadas.

 — Você é como o Bruce Willis, cara. Ou o Rock ou algo assim. — Posso pelo menos ser a Lara Croft?

 — Você não tem os peitos.  — Eu ainda estava sorrindo quando eu entrei defininho no meu quarto.

Sarita sentou-se em sua cama.

 —  O seu pai ligou tipo cinco vezes.  —  Ela olhou para o relógiodesaprovadoramente. — E já passou do toque de recolher.

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Capitulo 11Solange

Quando eu abri meus olhos de novo o sol estava nascendo, dispersando luzrosa e laranja pelos pinheiros e uma montanha. Mas não eram os meus pinheiros

e minhas montanhas. Não era Violet Hill. Quando eu me virei não havia nada anão ser pântano se esticando até o lago mais distante. A urze estava roxa e era

intercalada por pequenas flores amarelas que pareciam com pés de aves.

E eu não estava caindo em um sono inconsciente. Eu nem estava cansada.

Pasma, eu assisti o sol subir mais alto no céu. Eu passei minha língua porcima dos dentes. Eu ainda tinha presas. Eu ainda era uma vampira.

Mas o sol não me afetava.

Eu podia sentir o cheiro de fumaça de madeira então eu subi uma colina nadireção da fumaça, descendo um vale onde uma pequena casa de pedra estava às

margens de um rio largo. Eu realmente não tinha ideia de onde eu estava ou o queestava acontecendo. A última coisa que eu lembrava era Kala balançando seus

chocalhos de dentes de cachorro para mim.

E agora isso.

Continuei a descer até a casa porque eu não sabia mais o que fazer. Eu

apenas não podia ficar mais ali naquele pântano, mesmo sendo grande e belo. Euouvi um arranhar quando eu cheguei mais perto, como um animal cavando raízese larvas. Eu olhei ao redor e ao lado da casa esperando ver um texugo ou um urso.

Em vez disso, havia uma mulher velha, resmungando para si mesma, com

suas mãos na lama. Seu longo cabelo grisalho estava numa trança e enroladocomo uma pequena coroa ao redor de sua cabeça. Ela estava usando um vestidoazul-acinzentado longo de lã com um cinto de couro com ossos e saquinhos

pendurados e uma pequena adaga com uma lâmina curva. Uma longa correntechacoalhava em seus joelhos, presa num anel de chaves.

Ela estava agachada, puxando cogumelos brancos inchados do chão e

colocando-os em uma pilha de ervas em uma tigela de madeira. Quando ela riupara si mesma eu notei que ela não tinha alguns dentes. E ela tinha cheiro defrutas e suor. Eu enruguei meu nariz.

 — Com licença?

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Ela me ignorou.

Ela ficou de pé, rangendo e gemendo e se arrastando na minha direção.

 — Olá? — eu tentei de novo, mais alto, no caso de ela ser surda. Ainda nada.

Seu olho esquerdo era de um branco leitoso. Ela era cega. Bom, ela não veria aspresas e enlouquecer. Mas ela parecia estar me ignorando.

Em vez disso, ela caminhou através de mim.

Eu me dissipei como se eu fosse feita de ar frio e fumaça, e então fundinovamente.

Não era uma sensação boa.

 —  Merda!  —  eu explodi, assustada e surpresa.  —  Estou morta? Kala

totalmente me drogou e me matou. Os vampiros podem se tornar fantasmas?

A velha estremeceu e virou sua cabeça repentinamente, me olhando como se

ela pudesse me ver. Seu olho direito estava limpo, negro como uma pérola negra.

 — Oh com vós, Povo Formoso. Eu deixei o leite para fora e eu tenho ferro frio.Sua escolha, mas eu não tenho tempo para brincadeiras. — ela riu novamente e se

moveu, batendo a porta da casa atrás dela. Eu sabia naquela lógica de sonho quealgumas vezes você tem que ela estava falando gaélico escocês, e eu havia

entendido cada palavra apesar de eu nunca ter aprendido gaélico.

Eu olhei para minhas mãos. Elas pareciam sólidas o bastante. E euconseguia sentir a terra irregular embaixo dos meus sapatos. Mas eu estava pálida.Não uma palidez de vampiro; mais como se eu estivesse em um filme em preto-e-branco quando o mundo ao meu redor estava colorido.

Claramente, eu estava alucinando.

Eu fui para a porta da frente e alcancei a maçaneta. Meus dedos deslizarampor ela. Frustrada, eu tentei de novo. E de novo. Eu tentei bater, e o meu punho

desapareceu para o outro lado da porta de madeira. Meu braço parecia estar presono melaço que parecia estar lentamente congelando e ficando sólido. Eu arranquei

meu braço para fora, me sentindo desorientada.

Levei um momento para me convencer de que eu deveria apenas passar pelaporta, que eu deveria empurrar o meu corpo através daquela estranha não-forma.

Que eu não ficaria presa dentro da porta. Ou dentro desse sonho.

Quando eu pedi ajuda, não era exatamente isso que eu tinha em mente.

Eu respirei fundo apesar de que eu não precisava respirar, e a atravessei.Eu terminei dentro de uma casa de um cômodo, com náuseas e eufórica. A velha

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estava sentada em um banco na frente da lareira emoldurada na parede. Umgancho de ferro segurava um caldeirão por cima das chamas, mas ele não estava

cheio com olhos de sapo ou rabos de gato. Ele tinha cheiro de ensopado decordeiro. Ervas secas estavam penduradas no teto, em cima de uma mesa com

duas cadeiras, uma prateleira com um copo de chifre e um prato e tigela demadeira, e uma cama estreita sob uma janela. Havia um roda de fiação antiga eum velo lavado em uma cesta. O ar estava esfumaçado, a sujeira do chãomisturada com flores.

Igual a uma casa antiga poderia parecer na Escócia.

Em 1500.

Kala havia me mandado de volta para testemunhar a profecia enquanto elaera falada. Nós nunca soubemos ao certo se ela era real, se a legendária escocesalouca durante o reinado de Henrique VIII e Ana Bolena havia sequer existido.

Agora eu sabia.

Uma emoção passou por mim, mesmo eu tentando não entrar em pânico

sobre encontrar o meu caminho de volta para casa. Morcegos esvoaçavam na janela. A velha não pareceu notar. Ela estava muito ocupada desenhando um

círculo de sal no chão ao redor de si mesma. Parecia brilhar com força do quedeveria por um momento, como se ele fosse feito de luz.

 — Santa Brígida, me proteja — ela entoou. — Noiva me proteja do mal.

Ela agitou os cogumelos e ervas em um cálice de cerveja quente. O cheiroera enjoativo e estranho. Ela desenhou uma espécie de símbolo no ar com a ponte

de seu dedo, sobre o cálice, e depois esvaziou, esticando os pedaços de matériavegetal através de seus dentes quebrados.

Ótimo.

A profecia antiga que havia deixado todo mundo tão louco estava prestes a

ser falada por uma senhora velha bêbada por causa de um chá psicodélico decogumelo.

Eu me arrastei mais para perto enquanto ela fechava seus olhos emurmurava algum tipo de oração cantada baixinho. O fogo crepitava e brilhava,

expelindo fumaça dentro da casa. Ele pairava no ar e se enrolava em torno dasvigas. Ela estremeceu, e em seguida, sua cabeça se levantou e seu olho cego olhoupara a fumaça.

 — Nas colinas violetas 4 , os olhos injetados de sangue da lua veem tudo .

4 Ela está se referindo a Violet Hills.

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Ela piscou, seu olho leitoso manchado de vermelho.

 — Quando a Princesa se tornar rainha, o verdadeiro dragão será visto. Mas cuidado com a filha real, quando a coroa a deixar atormentada, pois os mortos retornarão, e a roda irá parar na sua vez. Então, apenas o dragão será derrotado 

 pelo dragão, e apenas o amor por amor invicto.

O fogo deflagrou altas brasas, espalhando detritos. As hastes secas delavanda no chão ardiam. Ela piscou novamente, sangue em seus dentes tortos

quando ela falou.

 — Um aviso: derrube o dragão antes do seu tempo, e aumente nove vezes seus crimes; E um presente: um beijo para acordar, um beijo para morrer, e um beijo  para dizer a verdade de uma mentira.

Ela se mexeu violentamente, como se ela tivesse sido eletrocutada, e entãoela caiu cansada. Seu cabelo estava se soltando de suas tranças, e o decote de seuvestido estava molhado de suor. Suas mãos trêmulas.

 — É isso que eu vejo, senhora.

Foi aí que o canto assombreado se moveu e uma mulher se inclinou parafrente um pouco, o brilho do fogo tocando o seu rosto naturalmente pálido, o

bordado de ouro em seu véu, as longas tranças castanhas enroladas em cordas deouro correspondentes, e os olhos como água congelada.

Madame Veronique.

Eu estava tão surpresa de vê-la lá que eu pulei, tropeçando no meu próprio

pé, e cai para trás.

Através do chão. Eu caí nas lavandas secas e na sujeira e cai no chãorochoso da caverna.

A pequena fogueira estava se transformando em cinzas no círculo de pedrasbrancas; Kala e seu chocalho haviam sumido. Eu me cambaleei para ficar de pé e

passei por túneis estreitos apesar de eu estar zonza e desorientada e me sentiaestranha dentro do meu próprio corpo. Madame Veronique sabia a respeito da

profecia desde o começo, conhecia as palavras exatas, havia assistido elas seremfaladas, todo esse tempo ela fingiu não ter interesse em tais coisas.

Eu não tinha ideia do que isso significava.

Minha cabeça girou, e quando eu finalmente cheguei tropeçando do lado de

fora, a sede me atingiu. Minha garganta parecia estar cheia de vidro quebrado,minhas veias murchas e pegando fogo. Tudo que eu tinha acabado de

experimentar – alucinações, drogas, viagem no tempo – havia me deixado sentindo

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irritantemente fraca. Eu estava com tanta sede que as beiradas das árvores e aspedras e as montanhas ficaram vermelhas, como se uma mão de tinta sobre uma

fotografia. Eu lambi meus lábios dolorosamente secos e desci a montanha emdireção ao acampamento, a profecia se repetindo na minha cabeça: apenas o 

dragão será derrotado pelo dragão .Eu estava no prado nos arredores quando uma mulher sorriu para mim dos

vidoeiros, seu pescoço nu e marcado com cicatrizes.

 — Princesa, você parece exausta. Você precisa se alimentar?  — ela inclinoua cabeça, mostrando seu pescoço educadamente, como se estivesse me oferecendouma xícara de chá. Era a Penélope. Eu havia me alimentado dela antes, quando oKieran, Nicholas, e a Lucy me encontraram bêbada de seu sangue.

Eu engoli.

 — Minha família não... hum...

Ela se aproximou.

 — Eu não me importo. É por isso que eu estou aqui.

Ela estava oferecendo de vontade própria. E depois da magia de Kala eu me

sentia como uma boneca de palha de milho, mole e sem vida. Eu precisava desangue. Ela estava oferecendo. Constantine estava certo. Era tão simples. Então

porque complicar por resistir?Ela puxou uma manga solta de seu suéter e estendeu seu braço arrepiado.

Eu abaixei minha boca até o vinco do seu cotovelo, onde seu pulso batia, evitando

seu pescoço, prateado com cicatrizes desbotadas. Era como dividir um copo comque já havia sido bebido por muitas vezes. Minhas presas morderam lentamente,mas com firmeza. Eu não queria machucá-la, apenas queria o calor de seu sanguena minha boca, o florescimento das minhas veias como um cacto repentinamente

tirado do deserto e colocado na floresta tropical. Era primitivo, lindo. Instinto desobrevivência.

Eu esqueci que deveria tomar apenas um pouco, apenas o bastante para me

fazer voltar para a tenda e o sangue engarrafado, mais fácil de digerir. Eu sóqueria mais.

Penélope ficou parada, como uma marionete cujas cordas eu segurava. Seusolhos eram adoradores. Ela mal se encolheu, apenas esperou pacientemente.

Isso mais do que qualquer coisa me fez parar. Havia algo vagamenteassustador sobre a sua ansiedade passiva. Eu me afastei, limpando minha boca.

Ela ainda estava com aquele sorriso vítreo.

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 — Você gostaria de mais, Princesa?

Eu balancei minha boca sem dizer nada. Eu passei por ela e segui para oacampamento, meu corpo excitado, o resto de mim totalmente em conflito.

 —  Espera!  —  ela ergueu seus pulsos, suas veias ferozes e vulneráveis.  —  Princesa!  — Ela começou a implorar quando eu a deixei para trás.  — Por favor.Por favor, Princesa.

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Capitulo 12Nicholas

Nós esperamos pela Solange na tenda da família.

Sebastian sentou ao lado do papai; Marcus e tio Geoffrey estavam de péatrás da cadeira da tia Hyacinth. Quinn e Connor dividiam um banco, e Londonestava deitada em um dos sofás, de olhos fechados. Duncan estava esparramadoem uma cadeira com seus braços cruzados. Isabeau e mamãe estavam de pé tão

sérias e lindas como lanças na frente do Logan. Até mesmo a Madame Veronique

estava aqui, empoleirada em um banco, pálida e parada como uma estátua deosso com serviçais em cada lado. Ela nunca vinha às reuniões de família,preferindo manter sua distância e se recusando a nos encontrar até que nóssobrevivêssemos à mudança de sangue. E nós ainda não sabíamos o que ela faria.Ela poderia ou levar a Solange embora para doutriná-la ou matá-la na hora. Ou

comprar um pônei pra ela, na verdade. Você realmente não poderia ter certeza.

Eu me borrava de medo dela quando eu tinha dezesseis anos, exigindo queeu compusesse um soneto em pentâmero iâmbico na hora. Em francês. Francês

arcaico . Eu nem mesmo falava francês moderno.Ela ainda me apavorava. E eu podia admiti-lo livremente, porque ela

assustava todo mundo. Ela apenas era tão... diferente . Você não pode prever o queela poderia fazer em nome da honra da família. E agora aqui estava ela sentada,

friamente paciente.

Apenas outra reunião da família Drake.

Mas pelo menos todos nós estávamos aqui e ninguém parecia estar semalgum órgão vital.

Quando a Solange entrou, ela sorriu para nós vagamente, uma única gotade sangue fresco florescendo em sua camiseta.

 —  Estou realmente cansada.  —  Então ela suspirou suavemente e

languidamente, como se ela estivesse pronta para tirar uma soneca. Mas ela nãoparecia cansada, ela parecia dolorosamente energizada. — Boa noite.

Mamãe se mexeu para parar em cima do alçapão que levava para o abrigosubterrâneo.

 — Solange, nós gostaríamos de falar com você.

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Ela pausou.

 — Eu não perdi o toque de recolher.  — Ela viu a Madame Veronique e algopróximo de medo passou em seu rosto. Madame Veronique inclinou sua cabeçalevemente, como um pássaro.  —  Nós podemos fazer isso amanhã?  —  Solange

sussurrou.

 — Não. — mamãe disse afiadamente.

 —  Receio que não.  —  meu pai acrescentou, suavizando o seu tom. Bompolicial, mal policial. Eles faziam isso o tempo todo.

Solange fez uma volta completa nos seus calcanhares para nos observarcom suspeita.

 — O que está acontecendo? O que todos estão fazendo aqui? — Nós estamos aqui por você — o pai respondeu. — Nós achamos que você

precisa de ajuda.

Sua boca se abriu um pouco.

 — Isso é uma intervenção ? Isso é ridículo. — ela mexeu a cabeça. — Eu não

uso drogas.

 — Isso não é a respeito de drogas.

 — Nós estamos preocupados com você, garota — Duncan disse baixinho.

Ela fez um som grosseiro.

 — Deus, não isso de novo. Honestamente, vocês precisam de um hobby.  —  

Ela deu uma risadinha, e em seguida parou, como se o som tivesse assustado-a,batendo a mão sobre sua boca. Mamãe e papai trocaram um olhar sombrio.

Madame Veronique se ergueu de pé, como uma imperatriz. Solange seafastou tão rapidamente que ela bateu direto em mim.

Eu a firmei.

 — Qual é o seu problema?

 —  Eu posso sentir o cheiro nela  —  Madame Veronique murmurou.  —  Sangue e algo mais, algo curioso. Mágica.

Solange se afastou de novo e pisou no meu pé.

 — Eu pensei que os Drakes não acreditavam em mágica.

Madame Veronique arqueou uma sobrancelha imperiosamente.

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 —  Devido a ficarem exilados, os seus pais ficaram... isolados nestasmontanhas.

 — Ela acabou de nos chamar de caipiras? — Quinn falou arrastado.

 — Ei — Duncan interrompeu suavemente.  — Alguns dos meus amigos sãocaipiras.

 — Eles são povos da montanha de filme de terror como nós?

 — Eu me certificarei de perguntar a Bryn da próxima vez que eu a ver.  —  Bryn era a amiga mais próxima do Duncan. A única amiga dele, na verdade, e ela

gostava tanto de pessoas quanto ele. Ela era humana e trabalhava como mecânica,que foi como eles se tornaram amigos. A família dela era ainda mais reclusa do

que a nossa, vivendo nas montanhas e descendo apenas para comprar

suprimentos umas duas vezes por ano.

 —  Garotos  —  papai disse repressivamente  —  Pare aí mesmo  —  ele

acrescentou a Solange quando ela tentou passar escondida por mim. Suasbochechas estavam quase coradas. Isso significava apenas uma coisa: ela havia se

alimentado de sangue vivo novamente. Seus olhos brilhavam. Ela parecia quasetão bêbada como na noite que Lucy e eu havíamos encontrado-a.

Franzindo a testa, tio Geoffrey ergueu o queixo dela e olhou para os seusolhos cuidadosamente, e suas presas triplas.

 — Ela tomou da veia — ele confirmou categoricamente.

 — Olá? — Solange disse. — Vampiro. Eu bebo sangue. Que chocante.

 — Não da veia, não tão jovem quanto você é  — o pai disse.  — Você sabe

disso.

Ela encolheu um ombro.

 — Bem, eu não concordo. Sangue fresco me faz sentir mais forte.

 — Ele alimenta o animal, não a alma.

 — Ah, papai, vamos lá. Não é grande coisa.

 — Diga isso para o Kieran — mamãe disse baixinho, quase gentilmente.

Solange recuou como se ela tivesse levado um tapa.

 — O quê?

 — Nós sabemos, Solange.

Ela me olhou acusadoramente. Eu ergui as mãos, palmas abertas.

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 — Eu não contei pra eles  — eu apontei severamente.  — Como eu poderia?Você não me contou.

 — Você poderia tê-lo matado — disse o pai.

 — Eu sei . — Ela parecia quebrada, oscilando à beira das lágrimas. Então elavisivelmente endireitou sua coluna. Ela lambeu seus lábios como se ela aindapudesse sentir o gosto do sangue. Eu podia sentir o cheiro dele, fraco e metálico.

 —  É viciante  —  tio Geoffrey apontou.  —  Não para todos, mas para você,certamente. Eu posso ver os efeitos. Você não tem ainda o controle que vocêprecisa.

 — Você já bebeu da veia.

 — Eu sou consideravelmente mais velho que você. —  No meu tempo  —  Madame Veronique murmurou  —  nós teríamos te

matado.

A mão da mãe foi para o punho de sua espada. Os olhos da Solange se

arregalaram.

 — Por beber sangue vivo?

 —  Por ser imprudente. Nós não tínhamos o luxo que vocês têm agora.

Aqueles que eram uma ameaça para o nosso segredo eram dispensados.

 — Mas eu sou forte — ela insistiu. — Nicholas, diga pra eles. Eu lutei contraaquele Caçador.

 — Ela está forte — eu confirmei categoricamente.

 — Provavelmente não é grande coisa — Quinn interrompeu. — Apenas fiquelonge do suco até que você consiga lidar com ele. Fim do drama.

 — Quase matando seu namorado? — Sebastian perguntou, soando igual ao

papai. Ele tinha um tom calmo e imperturbável, o mesmo olhar intenso.

 — Ele não é mais o meu namorado  — ela atirou de volta.  — Todo mundosempre está dizendo como eu sou diferente, certo? Então talvez isso faça parte.

 Talvez, na verdade, seja uma coisa boa. Já pensou nisso?  —  Os pontos rosassumiram de suas bochechas, mas suas presas continuavam afiadas, e as íris

azuis de seus olhos estavam manchadas de vermelho.  — Eu realmente não querofalar sobre isso.

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 — Você apenas não pode ignorar isso. Não depois de você ter compelido doisguardas.  —  Mamãe arqueou uma sobrancelha.  —  Você achou que nós não

descobriríamos? Aquele que você compeliu nunca voltou.

Solange e eu piscamos um para o outro. Ninguém havia me contado isso.

 — O quê? — ela perguntou. — O que você quer dizer?

 — Ele agora é cinzas.

Ela parecia aterrorizada.

 — Eu não fiz aquilo com ele!

 — Ninguém está te acusando, querida — pai disse. — Mas quando você usaos feromônios dessa forma, há sempre consequências. Ele deixa o corpo mais

lento, confuso.

 — Mas... como você sabe que é o mesmo? Poderia ser qualquer um!

 —  Suas roupas foram encontradas, e uma estaca. Tudo com cheiro dehumano.

 — Um Caçador?

 — Parece que sim.

 — Não é culpa sua — eu disse suavemente. — Você não poderia ter sabido. — Era instinto confortá-la.

 — Estou cansada de ser encurralada  — ela disse finalmente. Ela caminhouaté o alçapão.

Mamãe não se mexeu.

 — Nós não terminamos.

 — Sim — Solange disse deliberadamente. — Terminamos.

Seus feromônios eram invisíveis, mas eu quase podia vê-los saindo dela

como calor derretendo a calçada no verão. Era quase palpável. Ela se aproximouda mamãe, mostrando seus dentes. Eu podia sentir a leve combinação de lírios e

chocolate. — Mamãe. Saia .

Mamãe apenas apertou sua mandíbula, seus punhos, cada músculo que elapodia. Ela lutou a compulsão de uma maneira que ela lutaria contra um Hel-Blar .Seus olhos se estreitaram perigosamente.

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 — Você está totalmente arraigada.  — ela disse através de dentes cerrados,como se cada palavra fosse arrancada dela contra sua vontade. Seus pés se

retorceram, assim como os músculos de suas panturrilhas.

Meu pai entrou entre elas.

 — Pare.

 —  Ei, garota, já chega.  —  Duncan colocou uma mão em seu ombro. Ela

pegou o pulso dele e o girou antes que qualquer um de nós pudesse se mexer. Elecolidiu com o Connor, e depois pousou em uma mesa de madeira pintada. Ele porpouco evitou de se empalar com uma perna estilhaçada denteada. Quinn xingou,em voz alta e de forma criativa. Sebastian não disse uma palavra, apenas foi ficar

ao lado do pai.

 — Sol. — Logan ficou boquiaberto. — Que inferno? — Ele segurou a mão deIsabeau de volta quando ela foi alcançar sua espada.

Solange não recuou.

 — Apenas provando o meu ponto. Eu sou mais forte do que vocês acham.Agora saiam da minha frente. Todos vocês.

Mamãe estava lutando com um inimigo invisível, lutando para manter suasbotas plantadas no alçapão. Ela perdeu a batalha, o que nos assustou mais do

que até mesmo a Madame Veronique vindo a frente, o ar queimando com o frio aoredor dela. Ela girou para enfrentar a Solange, o véu esvoaçando.

 — Já chega. Você irá se comportar com a dignidade própria de um Drake.

Solange cruzou os braços, sua expressão rebelde e impertinente.

 — Isso não é da sua conta.

Madame Veronique apenas permaneceu imóvel por um longo e terrívelmomento.

Elas não falaram novamente, mas estava claro que elas estavam se testando,forçando suas vontades, Solange exalava feromônios. Madame Veronique eraantiga e a matriarca direta de sua linhagem. Ela tinha uma força que nós

desconhecíamos. Mas Solange não recuou. Ela estava cheia de sangue fresco etinha algo a provar.

Alguém iria se machucar.

Papai se mexeu para proteger a Solange.

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 — Liam, não interfira. — Madame Veronique mexeu a mão e o mandou paralonge, sem nenhuma vez tirar os olhos de Solange. Papai caiu com força. Solange

parecia desconfortável, e então com medo. Madame Veronique não traiu qualqueremoção, como de costume.

Mamãe se afastou do alçapão aberto, olhando para mim enquanto ela oabria com seu pé. Eu estava em um ângulo atrás da Madame Veronique. Eu fiz a

única coisa que eu poderia ter feito, e aterrissei na Solange, jogando-a na direçãoda porta. Ela caiu tropeçando pelas escadas e então caiu na escuridão.

Eu me agachei, esperando para ver como a Madame Veronique iria retaliar.Demorou uma era para o olhar dela cair, para me perfurar com aqueles estranhose severos olhos. E então ela apenas levantou seu pé e me chutou. Com força. Eu

voei em uma das varas da tenda e ela estremeceu, ameaçando cair.

Um morcego apareceu dos túneis e voou desesperadamente em círculos porcima das nossas cabeças.

 — Aquela garotinha é problema  — Madame Veronique disse friamente, suavoz como um pingente de gelo caindo do telhado de uma casa e empalando a sua

cabeça. Ela pegou o morcego do ar enquanto nós ficávamos boquiabertos. Eleguinchou e suas asas de couro batiam freneticamente. Então ela o soltou e seafastou, suas aias a seguindo silenciosas e um morcego desorientado batendo suacabeça no telhado.

Mamãe parecia desolada, mas determinada.

 — Plano B então.

 — Você me jogou pelas escadas.

Eu estava no quarto do esconderijo que eu dividia com Quinn e Connor,deitado na cama. Havia três camas, cada uma com seu próprio refrigerador desangue engarrafado e um baú no pé para nossas roupas. Velas queimavam em

uma mesa estreita, piscando luz dourada sobre as paredes de pedra. Dentro dobaú havia mais velas, lanternas, estacas, e outras armas sortidas.

Eu tirei meus fones de ouvidos, que estavam tocando música tão altoquanto era possível. Algumas vezes audição vampírica não é um trunfo. Connor e

Christa estavam fazendo uma maratona do Dr. Who acima da minha cabeça.

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Eu pensei nas centenas de maneiras horríveis que eu poderia machucar aLucy.

 — Não. Eu não estou tentado.

 —  Realmente é diferente. É mais do que um desejo. É o que os nossoscorpos precisam, para o que eles foram feitos.  —  Ela soava sincera e quasepraticamente evangélica.

Eu dei de ombros.

 —  Eu não estou doente. Eu não preciso de sangue vivo. Não até que eu

tenha um controle da fome.

 — Mas isso faz a fome ir embora.  — Ela balançou a cabeça.  — Eu apenas

não consigo acreditar que você não esteja tentado.Minha mandíbula se apertou ao redor de uma única palavra.

 — Lucy.

Os ombros de Solange caíram.

 — Ah.

Eu não conseguia perceber se ela estava lembrando do Kieran.

 — Você já ligou pra ela? Ela está morta de preocupação.

 — Eu não posso falar com ela agora.

 — Mas ela é sua melhor amiga.

 — É por isso. E ela me deu um choque, você sabe.

Eu ergui uma sobrancelha.

 — Sim, sobre isso. Eu não posso dizer o quanto eu estou feliz que a minha

irmã mais nova e a minha namorada estão se espancando.  — Verdade seja dita,estava começando a me irritar.

Ela fez uma careta.

 — Esqueça que eu mencionei. Foi um mal entendido.

 — Mil e quinhentos volts de eletricidade foi um mal entendido?  — Eu repetisem acreditar.

 — Sim.

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 —  Pelo menos mande uma mensagem pra ela, Sol. Você deve a ela pelomenos isso.

 — Ela me deu um choque .

 — Ridículo.

Ela piscou.

 — Como é que é?

 — Essa é uma desculpa ridícula e você sabe disso.

Seus olhos brilharam.

 — Talvez. Mas não é tão simples.

 — Olha, a prima dela acabou de ser sequestrada e transformada, ela estáem uma escola nova, e a melhor amiga dela está ignorando-a. Pense nisso da

perspectiva dela.

 — Sim, mas a Lucy pode lidar com isso. Ela pode lidar com qualquer coisa.

 — Ela não consegue lidar com você deixando ela de fora — eu disse baixinho.

 — Apenas pense sobre isso.

 — Ok. — Ela se virou para ir, e então parou. — Nicholas.

 — Sim?

 — Você acha que eu... — Ela mordeu o lábio. — Esquece.

 — O quê?

 — Apenas... obrigada, Nicholas. Eu sei que posso confiar em você.

Ela se afastou e eu fique ali me sentindo como um lixo.

Eu entendia um pouco o que a Solange estava sentindo. Ser responsável poruma família tão grande que de bom grado se sacrificaria por você era mais pressãodo que podia parecer. E encontrar um momento tranquilo para pensar era quaseimpossível. E agora, eu precisava pensar.

E planejar.

Porque estava começando a parecer que eu acabaria tendo que escolherentre a minha irmãzinha e o resto da minha família.

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Capitulo 13Lucy

Segunda à tarde.

Apesar do fato de que a minha melhor amiga, a Princesa vampira, estavaficando louca, eu ainda tinha que fazer uma lição de casa.

Isso não parecia justo de forma alguma.

Ainda assim, o meu primeiro dia de aula foi bem o suficiente, considerando

todas as coisas. A aula de história, embora, obviamente, profundamenteimperfeita e tendenciosa, era bem interessante. O treinamento quase chutou aminha bunda, o que me deixou ainda mais determinada a chutar de volta. Todosos outros alunos estavam melhores do que eu em artes marciais e de kickboxer,uma vez que estavam treinando há anos. Mas eu aprendi a lutar com HelenaDrake, então eu estava confiante que fora do tatame, eu poderia levar a melhor.

Os outros alunos do décimo primeiro grau eram melhores, eles iam desdecuriosos a francamente intrometidos, mas principalmente, bons o suficiente. Jodye seu bando não eram só os valentões, mas a fofoca já se espalhou de que eu erauma pimenta. Para a maioria dos comentários sussurrados eu os olhava de soslaio.

Eu poderia ignorá-los se eu quisesse.

De repente, tive um vislumbre de como Solange deve se sentir agora.

Eu não era exatamente uma celebridade com seu status, mas ainda eraestranha para ser apedrejada ou extremamente desprezada. Solange precisava desua solidão mais do que eu, mais, os vampiros que a odiava não zombava ou aempurrava de perto, eles apenas tentavam estacar ela. Ou sua família. Ou eu.Então, eu podia sentir uma pouca de empatia.

O que não quer dizer que eu não estava ainda chateada.

Porque eu estava totalmente.

Quer dizer, uma mensagem de texto teria sido bom, é tudo que eu estoudizendo. Eu só enviei onze. Admito, a última foi grosseira, mas as dez primeirasforam educadas, se você considerar o que nós tentamos fazer uma a outra.

No corredor, enquanto eu estava tentando sentir empatia e perdoar, Jodytentou me fazer tropeçar.

Eu só passei por cima de seu pé, rindo.

 —  Por favor. Eu cresci com sete meninos Drake. Você vai ter que fazermelhor do que isso.

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Ela olhou para mim.

 — Esse brilho, poderia usar algum trabalho também.  — Eu sorri docementee mais ofensivamente que pude. Eu sabia melhor que ninguém que não iria exibiraté mesmo um grama de fraqueza perto dela.

Eu fui embora pelo corredor dos armários alinhados. Eles eram antiquados,meio baú verdes com fechaduras. Uma menina de tranças longas quase fechou aporta sobre seu polegar quando me aproximei. Sua amiga a cutucou. Ela cutucoude volta. Elas sussurravam furiosamente uma à outra. Eu ouvi um monte de “vocêpergunta a ela” e “não, você pergunta a ela”. E então a segunda menina empurrousua amiga bem no meu caminho, resolvendo o argumento.

 — É verdade que você namora vampiros? — Ela estava vermelha brilhante.

Eu pisquei.

 — Apenas um, na verdade.

 — Será que ele... Você sabe... Te mordeu?

 — Cara,  — eu disse.  —  Isso é muito pessoal? E não.  —  Eu adicionei ummental Om Namah Shivaya .

 — Ela é uma escrava de sangue.  — Jody zombou atrás de nós.  — Não falecom ela, Margaret.

 — É Meg, na verdade, — ela atirou de volta. — E eu vou falar com quem euquiser.

 — Então, olha a sua volta, — Jody aconselhou friamente. — E o seu pescoço.

Eu conheci meu tutor na biblioteca, ainda planejando as ações nefastas queeu poderia fazer para Jody.

A biblioteca foi um calmante, já não sentia vontade de gritar. Ela ocupava oandar inteiro, com salas que abriam uma para outra, com madeira sob os pés, emolduras decorativas no teto da casa vitoriana original que costumava ser. Havialâmpadas no alto em todos os cantos e abajures verde em cada mesa. Havia atéuma lareira com duas poltronas estofadas. Esse era o único lugar no campus quenão tinha algum tipo de armamento exibido nas paredes. Um banco decomputadores vertia seu brilho azul entre prateleiras de carvalho empilhadas comlivros de todos os tamanhos, estilos e descrições. Christabel iria adorar. Algunsdos livros ainda tinham encadernações de couro. Eu tinha certeza que havia uma

cesta de rolos antigos por trás da mesa do bibliotecário. Mas o bibliotecário eraum pouco assustador, então eu não perguntei o que eram.

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Eu estava disposta a apostar que não era um romance de vampiros.

Eu me perguntava se eu ia ficar de detenção por me esconder algumas vezeslá dentro.

Eu estatelei em uma cadeira ao lado de um cara magro, com um sorrisotímido.

 — Você é Tyson?  — eu perguntei, jogando minha mochila sobre a mesa. Osom ecoou alto o suficiente para que o bibliotecário me espetar com um olhar. Tyson fez uma careta.

 — Você é Lucky?

 — Lucy,  —  eu corrigi. —  Então o que você fez para ficar preso como meututor?

Ele engoliu em seco. —  Hum...

 — Ninguém seria tutor de uma menina novata e louca sem uma motivaçãoséria.

 — Eu preciso de atividades extracurriculares  — admitiu — você precisa deatividades em sua transcrição que não tenha vampiros Caçadores relacionados.Não que você não seja muito boa,  — acrescentou ele, sem jeito. — Mas é você oubaile dos formandos

Fiz uma pausa.

 — Eles têm baile de formatura? Isto é, com salões decorados? Posso decoraras estacas? Você deve ver o que posso fazer com um pouco de brilho.

Ele parecia um pouco desorientado, como se não conseguia manter-se. Eusentia muito isso. Bem, aqui de qualquer maneira. Meus velhos amigos de escolatotalmente me entendiam. Eu tinha uma vontade súbita de chamar Nathan, assimele poderia gritar comigo mais um pouco. Eu suspirei.

 —  Não importa. Então, o que está na agenda?

Ele parecia aliviado por estar de volta ao tópico.

 — Vamos começar com o básico.  — Ele puxou um gasto guia Helios-Ra decima de uma pilha de livros ao lado de seu laptop. — Você tem um desses em seupacote de orientação, certo?

 — Eu já tenho uma cópia, — eu respondi. Eu tinha roubado um do bolso deKieran este verão, para ser precisa. Eu tinha meu próprio perfil nas páginas de corcreme.

 Tyson corou.

 —  Ah. Certo. Eu esqueci que você está nele.

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 —  Eu sou famosa,  —  eu concordei suavemente.  —  Só que esta manhãalguém me trancou em um banheiro. —  

Ele corou mais uma vez.

 — Você está corando?

Ele limpou a garganta.

 — Não.

Eu sorri.

 — Você é adorável.

 — Uh...

 — Relaxa eu estou namorando o morto-vivo, lembre-se.

 — Pare de importunar o pobre Tyson, — Jenna disse atrás de mim.

Inclinei a cabeça para olhar para ela.

 — Mas é divertido.

 Jenna subiu quadril na mesa e virou o pé de tênis folheados.

 — Você vai lhe dar um enfarte.

Nós duas viramos para sorrir para ele, à espera de sua réplica. Ele só olhou

um pouco enjoado. Jenna bateu em seu joelho. Eu não acho que ela viu a formacomo as orelhas queimavam ao seu toque. Interessante.

 — Desculpe, Tyson. Nós estamos apenas incomodando.

Ele encolheu os ombros. Ela virou o pé mais pouco e quase o chutou.

 — Então, o que vocês estão fazendo?

 — Tyson é meu tutor.

 Jenna começou a rir.

 — Oh, Tyson. Você está ferrado.

 — Ei! — eu a belisquei.

Ela fugiu por cima da mesa e caiu em uma cadeira vazia.

 — Isso eu tenho que ver.

 Tyson limpou as mãos em suas calças disfarçadamente, como se eleestivesse suando. Não era apenas Jenna que o deixava nervoso. Parecia quequalquer tipo de interação de grupo pode enviá-lo a um ataque. E eu não

considerava três exatamente um grupo, ele claramente considerava uma multidão,e a ansiedade produzida só poderia esmagar sua laringe.

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 — Desculpe Tyson, —  murmurei suavemente.  — Vá em frente.

 Jenna apoiou o queixo nas mãos.

 — Eu tenho a sua volta, cara.

Eu olhei para ela.

 — Você sabe que eu saio com vampiros, certo? Você pode estar com medo demim como os outros.

Ela zombou.

 — Você e seus meninos bonitos não me assustam.

O tom zombeteiro de Jenna era calmante. Se não fosse por ela, Hunter eChloe, essa coisa toda de transição seria ainda pior.

 —  Psiu  —  eu repreendi.  —  Estou aprendendo sobre a Liga esquisita deCaçadores que pensam que estamos em uma história em quadrinhos.

 — É sua família agora também.

Eu recuei, horrorizada.

 — Desculpe-me, mas depois dos meus pais, os Drakes são minha família.Você é ralé.

 — O riffiest.

 — Isso não é uma palavra.

 — É sim.

 — O que isso significa?

 Jenna olhou para Tyson.

 — Ajude-me aqui, Tyson. Você é o único inteligente.

Ele só balançou a cabeça.

 — Vocês duas estão sempre assim?

 Jenna e eu trocamos sorrisos travessos.

 — Estamos apenas começando. Mas acho que pode ser, — eu disse.

 — Alertar os guardas, — Jenna concordou alegremente.

Meus olhos se arregalaram.

 — Há guardas? — eu precisava saber para da próxima vez eu escapasse forado campus. Eu pensei sobre os Caçadores atualmente à espreita nas bordas da

propriedade da escola.

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 — Figura de linguagem — disse ela  —  Mas, na verdade, sim. Às vezes.

 — Nós não devemos realmente estar fora do campus sem autorização porescrito de qualquer maneira — disse Tyson se desculpando.

Gostaria de saber se os Drakes poderiam pedir Hart para me escrever umanota. Falando nisso

 — Será que Hart nunca vem aqui? — eu perguntei.

 —  Ele veio para uma reunião no ano passado, logo depois que ele foipromovido — Jenna disse, parecendo descontente. — Eu perdi.

 — Ele é quente — disse ela. — Não falte da próxima vez.

 — Eu vou manter isso em mente.

Havia uma pequena multidão de estudantes agrupados em uma das janelas. Jenna e eu ficamos nas cadeiras a espreitar sobre suas cabeças.

 — O que está acontecendo? — eu perguntei.

 — Parece que mais agentes estão chegando  —  respondeu Jenna.  —  Elesvão ficar aqui durante a Lua de Sangue.

 —  Isso é um monte de calças cargo  —  eu disse secamente, quando euconsiderei fazer panfletos para postar sobre todo o campus “A verdade sobre vampiros” .

 Tyson limpou a garganta. — Uh... eu deveria estar te ensinando...

 — Tudo bem,  —  eu concordei, puxando uma barra de chocolate da minhabolsa. —  Tutoria à distância.

 —  Bem, o Helios-Ra é o nome de dois deuses do sol, Helios da mitologiagrega e Ra da mitologia egípcia. A Liga foi formada oficialmente em 892 C.E. peloAlric Skallagrim.

 — C.E. —  eu perguntei. —  O que é isso?

 — Isso significa Era Comum. É a versão do arqueólogo de d.c. E antes deAlric, os Caçadores tinham suas próprias tradições tribais, alguns dos quais foramsolidificadas e espalhados pelos exércitos de Roma. Mas todos eles nuncaoficialmente trabalharam juntos até Alric.

 — Deixe-me adivinhar, houve um grande mau?

 — Vários na verdade. Como é que você sabe?

 — Há sempre um grande mau. Você nunca assistiu Buffy?

 — Mesmo assim, o princípio original da Liga era caçar mortos-vivos.

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 — Eles não são realmente mortos-vivos,  —  eu interrompi.  — Vocês sabemcerto? Quero dizer, os Hel-Blar são, e a maioria dos outros, mas não as famílias doConselho Raktapa. Não totalmente de qualquer maneira. Quero dizer, elesadoecem e morrem. Mais ou menos. Mas não realmente. É complicado.

 — Isso nunca foi complicado para o Helios-Ra — disse Jenna. — Vampiro évampiro.

 — Existe espécie — eu resmunguei frustrada.  — Por que alguém nunca meouve?

 — Vampiros bebem sangue humano  —  Jenna apontou.  — E eu meio quepreciso do meu.

 —  Eles não têm que beber o suficiente para matá-lo. Só para viver.Sobreviver. Qualquer que seja. — eu fiz uma careta. — Não seja tão gananciosa.

 — Não seja tão ansiosa para dar o meu sangue por ai.

 — Será que você doa sangue em uma unidade de sangue?

 — Eu acho que sim.

 — Bem, lá vai você! — eu disse triunfante.

 — Mas isso é diferente.

 — Por quê?

Ela franziu a testa para Tyson. Ele franziu a testa para ela. Então ambosfranziram a testa para mim.

 — Eu não sei, — disse ela finalmente. — Ele simplesmente é.

 —  Nós sabemos que os tempos estão mudando  —  Tyson acrescentou,olhando interessado o suficiente no dilema e se esqueceu de que era um caratímido. Em vez disso, ele soava como se estivesse citando um professor em suacabeça.  —  Temos acordos com algumas tribos de vampiros. E também temosvários departamentos mais, na academia e na faculdade. E na Liga em geraltambém. Coisas como Estudos Tecnologia e Supernatural.

 — O que sobre Relações com Vampiro? — eu perguntei. Especialmente comos jornais locais agora informava sobre o aumento de pessoas desaparecidas.Aparentemente, a última vez que algo assim aconteceu foi na década de oitenta. —  Nós precisamos disso. Eu poderia perfeitamente fazer isso.

 — Fazer com seu namorado quente não contam para a sua série  — Jennabrincou.

Eu balancei a cabeça.

 — Eu sabia que este lugar era todo errado.

 — Será que Bellwood passa as regras com você? — Tyson perguntou.

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 —  Provavelmente  —  eu admiti  —  Mas ela falou muito. E ela ésurpreendentemente intimidante.

 Jenna apenas bufou.

 — As regras básicas são bastante autoexplicativas — recitei. — Não deixar ocampus depois do toque de recolher, não diga a estranhos sobre a escola ou a Liga,não seja pego ou conte segredos, e não confraterniza com vampiros. Que é umaregra estúpida, por sinal.

 Tyson olhou para Jenna, impotente. Quando ela não ofereceu nenhumconselho, ele só me deu uma cópia impressa.

 — Aqui está a lição de casa.

Eu gemi.

 — Lição de casa? Sério? Ainda por cima outra lição de casa? — Bellwood me deu uma lista de ensaios e documentos que você tem que

fazer para provar que você está recuperando o atraso.

Eu coloquei minha cabeça sobre a mesa desanimada.

 — Eu não deveria estar aprendendo a matar coisas?

 Jenna olhou o relógio.

 — Vamos lá, há um jogo de kickboxer no ginásio em dez minutos. Depois

disso, eu vou te ensinar a cair. — Eu sei como cair, obrigado.

 — Confie em mim, cair corretamente é mais difícil do que parece. Aprenda ocaminho certo e você pode se levantar mais rápido e continuar lutando.

Eu pensei em estar na masmorra de Lady Natasha, minha prima Christabelser sequestrada, porque eles achavam que ela era eu, estacas voando em meunamorado, e da esperança de estar no meio da fazenda Drake. Eu mostrei osdentes.

 — Estou dentro.

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Capitulo 14Solange

Segunda-feira, pôr do sol.

Eu acordei com saudade de Kieran.

Até o momento eu tinha bebido três garrafas de sangue e estava saciada osuficiente para deixar o meu canto privado dos túneis da família, eu já tinhapensado em lhe escrever uma carta ou checar para ver se ele me escreveu uma,cerca de cinco vezes. Talvez 10.

A última coisa que eu queria fazer era lidar com as consequências da noitede domingo. Mamãe perdeu a paciência o tempo todo, todo mundo estavaacostumado com isso. Mesmo Lucy perdeu a paciência suficiente para fazer amamãe correr para fundo. Mas eu nunca perdi meu temperamento. Francamente,até recentemente, que poderia ter sido perdoada por assumir que eu não tinhasequer um. Agora eu só o sentia o tempo todo, fervendo e queimando debaixo daminha pele.

Eu sabia que deveria pedir desculpas, e eu quis dizer, mas na hora que euvim da casa segura e senti todo mundo olhando para mim, a raiva voltou. Na

verdade, eu olhei por baixo para certificar de que não havia vapor saindo de mim.Senti cheio de brasas de novo, em vez de sangue.

Duncan estava esparramado em uma cadeira, olhando desconfiado. Eudefinitivamente deveria dizer a ele que sentia muito, mas eu não sabia se elequeria ser lembrado de que sua irmãzinha havia o derrubado. Quinn, Connor eMarcus sentaram à mesa. Apenas Connor sorriu para mim. Mamãe e papai seviraram para ver o meu progresso até o último dos degraus de metal. Uma velaqueimava entre eles. As linhas de preocupação do papai estavam tãoprofundamente gravadas entre os olhos que pareciam pintadas.

 —  Como você está se sentindo? —  perguntou ele. — Bem — eu não tive a intenção de dar resposta, era apenas que em algum

lugar entre o meu cérebro e meu tudo a língua misturou. — Como está London? —  eu pedi antes que pudéssemos entrar em outra discussão dolorosa sobre a minhaatitude.

 — Melhor —  papai respondeu — Não com força total, mas ela vai chegar lá.Seu tio está mantendo um olho nela.

 — Oh. Bom. — Eu não sabia mais o que dizer. Dei um passo em direção àporta.

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 — Você está restrita à propriedade. — Foi a primeira coisa que mamãe dissepara mim desde que eu tinha constrangido ela. Ela não olhou para mim.

 — Eu sei. —   Eles querem mantê-la fraca. Eles sempre quiseram .

 — Isso significa que você fica entre as tochas.

 — Eu sei.

 — E veja o seu tom, mocinha, ou você vai ser restrita a esta tenda.

Eu deslizei para fora antes que eu dissesse qualquer coisa que ficasse pior.O ar frio da noite ajudou, e o firmamento do céu estrelado me fez sentir um poucomenos formigamentos e claustrofóbica. Eu não sabia o que fazer ou para onde ir.Eu não tinha certeza em quem confiar. Eu sabia que eu não confiava em MadameVeronique, mas meus pais confiavam, então o que adiantava avisá-los? Elespensariam que eu estava exagerando. Eles pensariam que era feromônios ou

hormônios regulares ou quaisquer outras milhares de desculpas que as pessoastinham quando menores de 21 tinham algo importante a dizer. E era ainda piorcom os vampiros, cuja vida vã era tão ridiculamente longa, alguns dificilmenteouviriam alguém com duzentos.

Uma menina de 16 anos que tinha tentado constranger sua mãe e a maisantiga matriarca de sua linhagem?

Não é provável.

Eu saí de debaixo do toldo da tenda e vaguei pelo caminho, sem rumo.

 Tentei ignorar os vampiros que se voltaram para me ver passar e Penélope, que fezuma reverência tão profunda e abruptamente que quase tropeçou em umdignitário Amrita, a Índia. Procurei pelo cabelo preto de Constantine e seus olhosvioleta distintivos, enquanto tentava não ser demasiadamente óbvia. Por algumarazão, ele sempre me fez sentir melhor. Ou, no mínimo, ele me fez esquecer. Talvezele pudesse me levar de volta para o Bower, onde eu fosse apenas uma vampira eque não era grande coisa, onde eu era uma Princesa e que não era grande coisatambém. O Bower estava tecnicamente fora dos limites para mim agora, mas a dorde estar sentada na sala, debaixo das árvores era palpável. Eu me senti melhor sóem pensar nisso.

Melhor não o suficiente para perceber a forma como a multidão estavadespedindo na minha frente, até que fosse tarde demais.

As Fúrias.

O som de seda damasco branco esfregando cestos de vime era suave como ovento através da neve. Presas brilhavam, fivelas de sapato de diamantes brilhavam,e tatuagens de penas negras pareciam se mover por conta própria. Senti o cheirode pó facial e sangue.

 Todo mundo em torno de nós se acalmou. Curiosidade mórbida zumbia.Meu coração teria fraquejado em meu peito, se ainda batesse. Isso me deu umasacudida para vê-las olhando tão idêntico a Lady Natasha, o mesmo olhar que eutinha visto antes. Constantine podia considerar que ela é uma rainha de remanso

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colonial presunçosa, mas ela ainda era a vampira que tinha comido um coração deveado porque achava que era o meu. As Fúrias não me intimidavam, nem mesmoagora, assoviando e esguichando como ela.

Por isso que ele foi o primeiro a se mover quando a estaca espinhenta veio

para mim.Ela teria cortado meu coração se ele não estivesse lá.

 — Solange  — ele gritou, enquanto saltava incrivelmente rápido e alto. Elechutou a estaca, batendo para fora de sua trajetória antes que ela perfurasse aminha camisa. Ela roçou minha pele levemente e caiu na neve. Ao mesmo tempo,Constantine lançou sua própria estaca na Fúria mais próxima a nós. Ele era comoum lutador bom como qualquer um dos meus irmãos e quase tão bom quanto aminha mãe.

Mesmo assim, ele não foi páreo para o Chandramaa. Ninguém era.

 Tudo aconteceu tão rápido, foi como se a neve congelasse no ar, como setudo tivesse parado de se mover completamente. A fúria que tinha me atacado sedesfez em cinzas, deixando para trás um vestido bordado branco no chão, como seestivesse debaixo d'água. Alguém gritou, mas o som foi longo e estranho. Asflechas vermelhas caíram como chuva raivosa, criando uma espécie de barreiraentre mim e as outras Fúrias. Constantine estava de frente para mim, prestes acair no chão congelado.

Ele não viu as flechas vermelhas assobiando em direção a sua volta.

A justiça de Chandramaa era cega. Ele me ensinou isso.

Eu tive apenas o tempo suficiente e presença de espírito para chutar suarótula com minha bota. Ele caiu dolorosamente em descida graciosa, o olhar desurpresa em seu rosto quase cômico. Lancei-me sobre ele, cobrindo-o antes delese levantar. Na pressa de cair no chão bati meu queixo com o dele. Eu estava lácom os meus olhos apertados, me perguntando se eu estava prestes a sentir apicada de uma flecha nas costas.

Nada aconteceu.

Abri um olho, depois o outro. Constantine estava muito próximo de mim. — Eu não estou morta? — eu perguntei.

Sua boca se curvou em um meio sorriso, mas seus olhos eram ferozes.

 — Morcegos demais.

Eu pisquei, virei minha cabeça lentamente. Ele estava certo. Haviammorcegos suficientes imersos e voando sobre nós para bloquear das flechas ouestacas que vinham das árvores. A Guarda da Lua não podia nos ver para nosmatar. As Fúrias estavam ainda assobiando, mas estavam assustadas demais

para cruzar a linha de vermelho com as pontas de flechas.

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Eu disse que iria protegê-la. Somos mais fortes juntos.

Eu fiquei onde eu estava deitada em cima de um vampiro muito bonito.

 — E agora?

 — Eu não tenho ideia, Princesa.

Para alguém que tinha acabado de salvar a minha vida e quase foi estacadopor minha causa, ele parecia bastante calmo.

Mas isso era só porque ele nunca conheceu minha mãe.

 — Solange Drake!  — a trança negra de minha mãe serpenteava atrás delacomo um chicote enquanto ela e o resto da minha família empurravam através damultidão. Ela fez uma pausa, fervendo quando uma flecha quase atingiu em seudedo do pé. Sebastian se colocou de costas para ela, protegendo-a e olhando

calmamente para as árvores. — Eu não posso nem começar a expressar o quantovocê está em apuros — minha mãe disse entre os dentes.

 —  Não é minha culpa!  —  eu tentei encará-la, mas eu não conseguiacontorcer meu pescoço — Elas tentaram me enfiar a estaca.

 — O quê? — a voz da minha mãe caiu até que era como um sussurro frio eescuro, vários dos espectadores se afastaram. As presas de papai brilharam. Amultidão conversava entre si tão alto que, quando parou abruptamente me fezestremecer.

Uma mulher marchava em direção a nós. Ela era jovem, com cabelo pretocurto.

 — Eu represento o Chandramaa  — anunciou ela, como se a lua vermelhacosturada em sua jaqueta de couro preta não identificasse ela ou sua posturavagamente ameaçadora. Ela era muito jovem para ser Chandramaa completa e eladeixou-nos ver seu rosto, então ela não era claramente uma completa iniciante. —  Solte-o para nós — disse ela para mim.

Eu sabia o que aquilo significava. Constantine seria executado por me salvar.

Eu não ia deixar isso acontecer.

 — Não.

Ela piscou perplexa.

 — Talvez você não tenha me entendido. Fui enviada pelo Chandramaa.

 — Solange, — disse papai firmemente. — O que você está fazendo?

 —  Constantine salvou a minha vida  —  eu respondi quando os morcegosficaram agitado em cima. — Não deixe que eles o mate. —  Eles não entendem. Eles nunca entenderam .

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 — Ele interferiu com a justiça Chandramaa  — disse a menina bruscamente — Não há exceções.

 — Mate-a! —  As Fúrias cantavam baixinho, violentamente — Mate-a agora! Traidor do sangue!

Constantine se moveu porque as suas mãos estavam em meus quadris.Seus olhos eram como ametistas.

 — O que você quer fazer, Princesa? —  ele perguntou em voz baixa, de modoque eu pudesse ouvi-lo. Seus lábios fizeram cócegas na minha bochecha.

O que eu queria fazer?

O fato de que ele me pediu ele, estava esperando por mim para decidir o seudestino me fez ainda mais determinada a salvá-lo.

 — Nós corremos — eu sussurrei de volta. — Mate-a!

Eu não tinha certeza ainda como eu controlaria os morcegos, mas eu penseisobre isso agora, tão duro quanto eu poderia. Imaginei o enxame por entre asárvores em nossa direção, flutuando como uma nuvem negra, engolindo asestrelas e as flechas da Guarda da Lua. Eu estava visualizando-os tãointensamente que levou um momento para eu perceber os sons de centenas deasas não estavam na minha imaginação. Os morcegos se arremessaram em ummergulho em torno de nós, cortando qualquer um que tentasse chegar muito perto,

até mesmo meus pais. —  Solange, espere!  —  Papai gritou, abaixando-se como um morcego que

passou por sua cabeça — Você não sabe o que você está fazendo!

Deixe ir. Deixe-me te proteger .

 — Se você cruzar a Chandramaa, você será exilada deste lugar  — disse aguarda acrescentando um olhar com raiva e confusa. Um morcego atacou os olhosdela e ela gritou  — Uma morte instantânea para você e seu dever de estar nestelugar.

 —  Solange, não!  —  Mamãe pediu. Eu nunca tinha visto o seu som tãoassustado ou olhar tão dividido.

Mas eu não podia simplesmente ficar aqui e deixar Constantine ser morto.Isso não era justiça, era assassinato.

 — Você tem certeza? — ele perguntou quando eu fiquei tensa para saltar poros meus pés — Não há como voltar atrás.

Eu encontrei seus olhos violeta.

 —  Eu tenho certeza.

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Ele lançou-se fora da terra em um movimento fluido, um braço prendendo-me ao peito. Os morcegos se aglomeraram ao redor de nós. Todo mundo estavagritando. Chandramaa serpenteava entre os morcegos, mas eles acabaram dechegar à terra congelada. Neve apenas pairava no ar frio, nada de cinzas.

Constantine e eu começamos a correr, desviando das mãos úteis e asnocivas. Nós mergulhamos na floresta escura, os morcegos ainda estavam atrás.Alguém deu um grito estrangulado do topo de um pinheiro. Uma besta caiu nochão. Morcegos voavam entre as árvores como se tivessem sido libertados por umestilingue invisível. Corri o mais rápido que pude convencida de que eu ia seratingida por uma flecha ou uma estaca arremessada de cima. Constantinesegurou minha mão com força, arrastando-me nas raízes e musgos drapeados nosgalhos. Samambaia aplainava para nossa passagem.

Deixamos as lanternas do acampamento Lua de Sangue atrás de nós, juntocom a minha família e tudo o que eu já tinha conhecido.

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Mas morrer agora, não iria ajudá-lo.

Eu poderia tentar despistá-los nas cavernas labirínticas das montanhas,mas era mais provável que me prendesse em um beco sem saída, então não. Eupoderia ser capaz de ultrapassá-los, mas não há garantias. Também não havia

lugar decente para tomar uma posição, nada sólido para colocar nas minhascostas, além da montanha. Um olhar rápido mostrou rochas e árvores raquíticas,pinho dobrado pelo vento, e outro vampiro deslizando para mim de cima. Um flashde pele clara à minha direita, um brilho de presas atrás de mim.

 — Basta jogar — alguém riu, um latiu violento na sua voz.

O primeiro agarrou minha jaqueta e me puxou para uma parada. Eu tiveapenas espaço o suficiente para manobrar para fora das mangas e deixar isso paratrás. O ar frio bateu meus braços nus, mas eu usava o casaco em sua maioria porhábito de qualquer maneira. Eu não precisava. E eu certamente não preciso paralutar. Eu consegui estar fora do alcance, mas o caminho estava bloqueado poruma pilha de pedras de alguma avalanche há muito tempo. Luar iluminava osmusgos e geada reluzia nas folhas nua de árvores retorcidas. Saltei para frente,com a intenção de escalar o monte irregular. Era arriscar com gravidade sobre omonte atrás de mim.

Não que eu tivesse escolha.

Um pedaço de corda serpenteou sobre meus ombros e me puxou para trás.

Caí duro, meus dentes estalaram juntos. Rolei na queda e girei para trás em meuspés, dando de ombros para fora da corda. Eu joguei minha estaca quando melevantei de um agachamento. Ela pegou um dos meus perseguidores no peito, adireita de seu coração. Eu agarrei a uma das rochas e escorreguei rasgando minhacalça e meu joelho debaixo do tecido grosso. Sangue escorria na lama. O vampiroagarrou a estaca presa entre suas costelas. Eu joguei a rocha com tanta forçaquanto eu pude, bateu na estaca de madeira com um baque audível. O pontodeslizou músculos anteriores e osso, em linha reta em seu coração. Ele caiu em pó,deixando para trás uma pilha de roupas escuras.

Houve um grito de raiva de um de seus companheiros. A corda deslizoulonge, foi jogado de volta para mim. Consegui apenas desviar do caminho. Elaquase atingiu meu olho esquerdo. Eu tinha armas, mas eu não tinha espaço,nenhuma rota de fuga. Minha única chance era a usá-las antes que me matassem.Eu não estava esperançoso. Eu poderia ter eliminado um, mas havia ainda outrosquatro.

Eles me rodeavam e eu não podia parar. Eu estava muito ocupadoabaixando da corda e das estacas. Eles não parecem estar apontando para o meucoração, mas um pedaço de pau pontiagudo no pescoço ou no braço não eradivertido.

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 — Quem são vocês?  —  eu lati. Eu estava cercado agora. Não havia outrolugar para ir. — Que diabos vocês queres? — Porque no momento em que estavamperguntando se eles queriam me matar, eu já estaria em cinzas. Isto era sobreoutra coisa. Solange, minha mãe, meu sobrenome. Era tudo a mesma coisa emuma fenda escura nas montanhas. E eu não iria dar nada a qualquer um deles.

Eles sorriram para mim, mostrando presas e colares manchados de sangue.Eles mantiveram galhos grossos, uma combinação de estacas pontiagudas combastões curtos. Eles não usam os bastões estranhos para me executar ou bater-me na cabeça. Em vez disso, eles me detiveram de extremidade a extremidade efechando ao redor de mim até que eles estivem perto o suficiente para perfurar. Eulevantei meus punhos. Eu tinha a intenção lutar.

Em vez disso, o mais próximo de mim borrifou um punhado de Hypnosantes que eu pudesse abaixar. Isso não teria importância, os outros jogaram seuspróprios Hypnos e o pó branco polvilhado sobre mim, meus olhos arderam, chegouà parte de trás da minha garganta. Tinha um gosto adocicado, como líriosmurchos, chocolate, e cobre.

 — Pare de lutar — o vampiro que parecia ser o líder ordenou.

As cores mudaram, como se eu estivesse em uma fotografia superexposta,muita luz aqui, muito escuro lá, e um verde estranho ácido para os pinheiros.Meus punhos se abriram, os braços abaixaram. Eu estava preso dentro de umanuvem de pânico passivo, consciente dos meus arredores, consciente da minhanecessidade desesperada de uma briga e totalmente incapaz de fazer qualquer

coisa sobre isso. Eu descobri as minhas presas, mas era tudo que eu poderiacontrolar. Eu não poderia mesmo assobiar.

Eu tive um momento muito desconfortável de empatia pelos guardas deSolange quando ela os obrigava a algo. Pelo menos quando ela me obrigou euestava razoavelmente certo de que ela não ia me machucar.

O líder assentiu com a cabeça para o vampiro à sua direita.

 — O amarre.

As cores estranhas ficaram vermelhas enquanto raiva azeda ardia dentro demim. Eu provei fumaça sobre os lírios. Eles usaram a corda para amarrar meuspulsos atrás das costas e um tirou um pano e vendou meus olhos. Era como olharatravés de forte nevoeiro. Eu podia ver sombras tênues e a mudança de luz, masnão o suficiente para ter certeza do meu pé ou minha direção.

 — Ande — o pedido foi acompanhado de um empurrão para me mover. Doratravessou meu joelho, o sangue escorrendo de um corte que levaria algum tempopara curar. Eu ainda era muito jovem e próximo o bastante da minha mudança desangue que apenas um arranhão superficial curava quase instantaneamente.

Depois de dormir um dia, eu estaria bem. Supondo que eu teria durante o dia, éclaro.

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Empurraram-me para uma caminhada forçada, meus músculos apenas malcooperando. Tentei quão duro quanto eu podia, eu não podia lutar contra omovimento do meu joelho ferido, o impulso para frente das minhas pernas, oimpulso do Hypnos quando deslizava através de mim, encontrando cada pequeno

lugar secreto, como a água. Eu deslizei uma ladeira íngreme, espalhando seixos.Uma mão dura no meu ombro me empurrou de volta para a trilha.

 — Vamos, príncipe — ele zombou — Nós temos uma gaiola dourada só paravocê.

 — Para onde vamos? —  Inútil perguntar, impossível não. Eu não receberiauma resposta, é claro.

Caminhamos até o terreno movendo meus pés sobre rochas suaves. Eutropecei novamente, fui arrastado de volta no lugar. Eu esperava que caindo osuficiente e sendo empurrado iria afrouxar a corda, mas continuava firme. Eupoderia dizer pelo cheiro de mofo e frio que estávamos nos aproximando de umacaverna de algum tipo. A escuridão pareceu mais espessa e úmida. Havia outracombinação de perfumes por baixo, ferrugem e sangue talvez. Não havia cãesuivando, e sem bateria, de modo que os cães não estavam por perto. Elesconseguiram encontrar distantes cavernas privadas que ninguém jamais entrouantes, mas claramente não foram eles. Eu podia sentir o cheiro de seres humanose vampiros. Eu fui empurrado para uma parada. Eu encolhi os ombros quando oHypnos começou a se desgastar, esperava uma estaca nas costas. Alguémarrancou a venda.

Eu nunca poderia imaginar algo como isso fosse mesmo possível.

Nós estávamos em uma caverna enorme, com fissuras em cada parede,bloqueadas com grades de metal como uma masmorra caseira. Pálidos, rostosmiseráveis mostraram brevemente nas fendas. Alguém chorava em uma fendaescura. Alguém grunhia de dor. Havia correntes em todos os lugares e grades deferro. Tochas queimavam em suportes perfurados na pedra. A luz brilhou sobre aágua cinza escuro em um buraco, como um pequeno lago. Um braço sobre asuperfície. Eu não poderia dizer se ele estava ligado a um corpo.

Eu fui empurrado para a mesa de metal longa ajustada contra um canto,sob uma série de bateria iluminando. As lanternas brilhavam com uma luz claranatural, brilhando sem piedade junto aos copos de vidro, potes de líquidosestranhos, tubos de ensaio, de ferro com ponta de estacas, punhais irregulares, einstrumentos de tortura eu não poderia olhar sem o suor sair na parte de trás domeu pescoço. Nós gostávamos de provocar Marcus que ele era o cientista louco nafamília, seguindo os passos do tio Geoffrey. Mas seu laboratório era para a buscado conhecimento, não dor.

Mesmo de relance, este lugar não tinha outra finalidade.

Um vampiro meio-morto caiu inconsciente, pendurado em correntes presasaos pulsos. O sangue correu em riachos ao seu lado, pingando nos cotovelos,

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dedos, nos pés. Foi jogado numa vala estreita cavada no chão, entupido com águae fluidos corporais. Engasguei com cheiro de sangue velho e feridas purulentas.

Isto não era a política. Isso era algo totalmente diferente.

Mas eu não tinha ideia do que.

Eu fiz um movimento instintivo, embora como eu quisesse me libertar eunão tinha nenhuma ideia com as mãos amarradas atrás das minhas costas. Umabota me chutou atrás do meu joelho ferido e me derrubou, minha bochecha bateuna pedra. Eu vi estrelas se afastando da trincheira.

Os guardas humanos pararam nas bordas. Pareciam Caçadores, embora eupensasse ter visto o brilho de pelo menos um pingente dos Helios-Ra. Eles nemmesmo vacilaram quando eu caí em seus pés. Os quatro que me capturaramestavam num canto sorrindo para um homem vestindo um avental de couromanchado de sangue e pedaços de carne, como o Dr. Frankenstein. Ao seu lado,em pé, parado alerta, um vampiro com uma túnica marrom familiar, eu tinha ovisto antes.

Em Montmartre e seu anfitrião. Logo antes dele tentar sequestrar a minhairmã.

Eu me afastei puxando os meus pés, assobiando, presas estendendo eminha gengiva sangrava completamente. O Host lançou um ferro enferrujadocomo um prego de ferradura gigante. Ele bateu no meu ombro, me empurrandopara trás e prendendo-me contra uma viga de suporte de madeira pendurado com

correntes. A dor mordeu como dentes irregulares. Pelo menos preso a um postecom correntes convenientes e estilhaços, eu poderia trabalhar minhas mãos livres.A corda presa cedeu acentuadamente, e eu pude desgastar a cordas facilmente.

Frankenstein olhou para mim. —  Eu acho que o efeito do Hypnos estápassando.

 —  Eu sou um refém?  —  Obriguei-me a perguntar, sufocando quando mepuxou para frente, puxando a ponta para fora.

 — Você poderia dizer isso  — respondeu meu captor.  — Refém, assunto deteste, presas. Você é o que diabos nós dizemos que você seja.

Frankenstein acenou com a mão. Havia sangue sob as unhas.  —  Façaalguma coisa com ele.

 — Você não quer uma olhada? — o tom era presunçoso e auto satisfeito.

Frankenstein estreitou os olhos, circulando-me lentamente. — E?

 — Ele é um Drake.

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O vampiro Hospedeiro se moveu tão rápido que nenhum ser humanopoderia ver, era de admirar. Tudo o que eu vi foram presas e dedos cravandoviolentamente na ferida no ombro. Eu espetava com o meu polegar e os primeirosdois dedos em forma de garra, a maneira como* Duncan me ensinou. Ele lutousujo, ainda mais sujo do que a mamãe. Eu apontei para a traqueia. O Host

amordaçou, tomados de surpresa. Eu fui para os olhos próximos, mas ele serecuperou e tinha uma estaca pressionando em meu peito.

 — Espere! — Frankenstein gritou. — Pare!

O Hospedeiro pressionou a estaca mais profunda, até a minha camisa evárias camadas de pele. Seus olhos cor de âmbar queimavam, suas presasbrilharam.

Frankenstein empurrou a estaca de perto de mim, com esforço. — Paciência,ou você vai estragar a diversão.

Então, ele sorriu lentamente, quando alguém na masmorra atrás de mimcomeçou a choramingar.

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 — Yeah, yeah.

 —  Do que se trata tudo isso?  —  perguntei a Hunter, quando Chloedesapareceu na van para pegar sua mochila.

 —  A última vez que estivemos aqui, ela explodiu totalmente o plano, foiesfaqueada, e Quinn teve que nos socorrer.

 — Deixa pra lá, Selvagem — Chloe gritou.

Hunter fez uma cara, mas não disse nada. Logo após ela me cutucou e foipara fora do alcance da voz.

 — Mantenha um olho em Kieran  — ela disse calmamente  — Ele não quer

 juntar-se a mim para a varredura.

 — Como você sabe?

 —  Porque estou preocupada com ele, e ele acha que se ele finge que não

sabe, vou deixá-lo sozinho.

 — Ele conhece você, certo?

Ela sorriu, mas não havia nenhum humor nisso.

 — Exatamente. Como eu vou deixá-lo regredir.

Eu piscava.

 — Regredir? Regredir para quê?

Ela respirou fundo, olhando tão incerta como nunca tinha visto ela olhar.Geralmente ela estava calmamente confiante.

 — Isso é estritamente confidencial — ela murmurou. — OK?

Eu assenti.

 — OK.

 — Depois que seu pai morreu, Kieran passou por uma fase ruim.

 — Compreensível.

 — Uma fase muito ruim. Eu mal o reconhecia.

Eu pensei em Solange.

 — Estou começando a saber qual o sentimento.

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 —  É uma merda. Ele era amargo e duro e tão focado em vingança eencontrar o assassino de seu pai que ele desistiu da faculdade.

 —  Uma na Escócia  —  Havia mais de Kieran, do que os olhos conhecem,claramente. Eu não tinha certeza se Solange sabia tanto sobre ele. Eles não

tinham saído por muito tempo e com seus feromônios, eles não eram exatamentefortes sobre os debates filosóficos ultimamente.

 — Ele basicamente não se mostra para orientação, e os Blacks têm ido para

essa faculdade para se aproximar o quanto possível dos selvagens. Sua mãe caiufora e não havia ajuda de qualquer maneira. Acredite em mim quando lhe digo queSolange o salvou tanto quanto ele a salvou. Ele precisava de todo seu trabalhopara colocar todo mundo para acima outra vez.

 — E agora tudo esta se quebrando.

 — Exatamente.

 — Solange não está falando comigo — eu admiti. Não poderia salvar Solangede si mesma agora. Então eu conclui que seria bem melhor salvar Kieran.  — Mas

ele vai.

 Trocamos estranhos acenos conspiratórios até que uma motocicleta parou etodo mundo ficou tenso, com exceção de Eric e Kieran.

 — Calma — disse Eric — É só Connoly. — Amigo de Kieran — Hunter explicou antes que eu pudesse perguntar — Os

três foram juntos através da Academia. Eles são a razão de uma das janelas do

quarto comum ser fechadas com pregos.

 — Eu definitivamente quero saber dessa história.

 —  Se vocês garotas já terminaram com os sussurros  —  Kieran disse

brandamente — nós podemos começar.

 — Eu tanto posso ajudar como chutá-lo na bunda, certo?  — eu murmureipara Hunter.

 — Na verdade, eu insisto.

Connoly tirou seu capacete e trancou-o no assento da moto. Ele tinhacabelos longos e mais tatuagens do que o Bruno e estava dizendo algo. Bruno

tinha vinte anos a mais de tatuagens.

 — Agora que todos nós estamos aqui, estamos claros sobre o objetivo?  —  

Kieran perguntou. — Nós estamos procurando por pontos quentes em maior parte,os vampiros podem estar usando para prender os civis. Eles não conhecem

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necessariamente a cidade, então não assumam que estão nas áreas habituais. Sevocê vê um Caçador, não se envolva a menos que você precise.  —  Todos nós

assentimos. Ele olhou suficientemente firme para que eu não pode-se provocá-losobre algo como James Bond.  — Ninguém vai sozinho. Chloe e Kyla – vocês estão

com Eric, Drew tem Connoly, Hunter tem Noah e vou levar Lucy. Misturem-setanto quanto vocês podem. Os habitantes estão ficando nervosos sobre todos estesdesaparecimentos; eles podem estar assistindo fora de suas janelas maiscuidadosamente. Nos encontramos aqui de volta em duas horas e mantenham as

linhas abertas.

Os grupos foram em direções diferentes.

Kieran olhou de relance para mim.

 — Tem armas?

 — Cara, o que você está falando? Claro que eu tenho.

Ele quase sorriu.

 — Eu sei que este é um conceito estrangeiro para você, Hamilton, mas vocêsegue ordens no campo. Periodicamente.

 — Yeah, yeah.

Ele apenas olhou para mim.

 — O quê? Eu disse que sim.

 — Mm-hmm.  — ele não parecia remotamente convencido. Ele atravessou o

estacionamento em direção a calçada, suas botas mastigando através do vidroquebrado.

 — Para onde estamos indo? — eu perguntei.

 — Vamos descer a rua principal e então verificar as vielas atrás do cinema.

Eu tenho a Intel que teve alguns distúrbios nos últimos dias. — Sim, porque há um bar ao lado. Uma grosseria, onde todos os bêbados

saem juntos. Metade das lutas de facas da cidade acontece lá — eu lhe desviei umolhar pelo canto do meu olho. Ele parecia calmo, vestido com uma jaqueta e calçasde carga preto. Seu cabelo curto lhe fez parecer mais velho. Lembrou-me derepente de um Kieran que tinha uma vez me dosado com pó de Hypnos na sala de

estar dos Drake. Eu não pude deixar de cutucar-lhe um pouco por conta disso.  —  E Intel? O que é com toda essa gíria?

Ele deu de ombros.

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 — Este é quem eu sou.

 — Mm-hmm. — agora eu era a que não parecia convencida.

 — Apenas, venha.

As luzes da rua continham um amarelo aguado na calçada. Havia geada em

algumas janelas da loja. A ponta do meu nariz já estava fria.

 —  Solange não falou comigo desde que eu dei um choque nela  —  disse,

saltando para a direita quando eu não poderia pensar em uma maneira sutil deabordar o tema.

 — Você vai lidar com isso.

Eu esperei. Esperei mais um pouco

. — Você vai? — pressionei quando ele não disse nada.  — Eu sei que vocêsterminaram — acrescentei suavemente.

 — Não é um segredo.

 — Você está tentando ser irritante?

Ele suspirou.

 —  Eu não quero compartilhar meus sentimentos e fazer o cabelo um do

outro, Lucy.

 — Muito mal. É o que os amigos fazem.  — eu rolei meus olhos quando ele

atirou-me um olhar. — A parte compartilhamento, 007.

 — Estou bem.

Eu trinquei meus dentes.

 — Eu juro que se eu ouvir algo de você ou Solange, mais uma vez eu fecho a

boca de vocês com fita adesiva.

 — Posso usar sua fita adesiva para fechar?

Eu sorri.

 — Como isso me faria parar.

Ele sorriu de volta. Foi tão breve, que eu quase perdi.

 — Podemos apenas fazer essa coisa começar?

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 — Eu posso ser multitarefas  — eu assegurei-lhe, perscrutando as sombrasdo primeiro beco que passamos. — Gato, guaxinim no contentor, cheiro de xixi  —  

eu catalogava para ele. — Vê? Agora fala.

 — Sobre o que? Nós terminamos. Isso acontece.

 —  Vocês terminaram porque não gostavam mais um do outro?  —  Ele fezuma pausa. Eu pulei como se isso fosse de chocolate. — Ha! Vê? Isso significa quevocês se separaram por algum outro motivo estúpido.

 — Como você sabe se era estúpido?

 — Porque qualquer razão que seja eu-não-te-amo ou você-me-faz-miserávelé estúpido.

 — A Vida real não é tão simples.Eu parei de andar, peguei uma embalagem de chiclete do meu bolso, porque

era tudo que eu tinha e atirei na sua cabeça. Ele empurrou de volta.

 — Pra que tudo isso?

 — Você não pode rebaixar-me. Minha melhor amiga está toda louca e me

enerva, minha prima apenas morreu e se transformou em um vampiro, e aspessoas estão constantemente tentando matar os meus amigos. Eu sei que as

coisas não são simples.

Ele esfregou sua têmpora.

 — Desculpe.

 — Bom  — eu disse de forma instável.  — Você não pode calar as pessoas.

Agora não. Solange está fechando-nos e você vê agora como é que é trabalhar paraela. As coisas vão ficar pior, Kieran. Todos nós sabemos.

Ele debruçou seus ombros, mas ele não discutiu comigo, o que eu contei

como uma vitória.Nós patrulhamos os becos, pisando sobre um cara bêbado roncando

enquanto se apoiada contra a porta do bar. Ele ainda tinha as chaves do seu carrona mão. Eu os arranquei cuidadosamente para fora de seu alcance e joguei-os emuma lata de lixo nas proximidades. Então eu bati na porta. Quando um dosajudantes de garçom abriu-a, o bêbado caiu sobre seus pés. O garçom apenas

suspirou.

 — Obrigado.

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A volta pelo cinema foi deserta e cheirava a pipoca. Vimos três gatos, doisesquilos e uma raposa, mas nenhum vampiro. Atravessamos a Main Street,

verificamos os outros becos, passando pelo pequeno parque onde eu costumavasair com Solange nas tardes de sábado, bebendo café e reclamando como nunca

houve nada para fazer em Violet Hill. Parecia que foi a uma eternidade. —  Esse beco se conecta a uma rua de volta por trás da escola  —  disse

Kieran quando começou a nevar muito levemente. Não estava frio o suficiente paraficar na estrada, é apenas uma espécie de ar flutuando ao nosso redor. As estrelas

eram ainda visíveis entre nuvens finas. Nós contornamos os restos de mais umalata de lixo derrubada entre uma loja de venda de cristais e venda de um

equipamento de esqui.

 — É bastante tranquila — eu disse. Eu parei, recuei.  — Eu acabei de dizer

isto em voz alta, não foi?Kieran assentiu, verificando por cima do ombro. Ele ajeitou sua lanterna

para baixo da boca do beco escuro. A luz brilhava nas latas de refrigerante e umacerca de metal.

 — Eu simplesmente sou totalmente azarenta  — eu gemi. Eu puxei minhabesta miniatura fora do minha bolsa e carregando uma flecha nele, apenas nocaso. Eu ainda carregava estacas mas eu era mais hábil com a besta. Eu tinha oobjetivo melhor do que a força do braço. Não foi fácil empurra uma estaca de

madeira afiada através de uma caixa torácica. Para não mencionar aflitivamentebrutal.

Kieran e eu fizemos uma pausa ao som de uma briga. Ele ficou aliviado

lentamente, desligando a sua lanterna. Um gemido rasgado ao nosso redor, estavaestridente e continuando gemendo. Levantando-me os pelos em meus braços.Quanto mais nos aproximávamos, o som ficava mais alto.

E, em seguida, uma sombra bateu uma lata através do beco, ruidoso derepente. Ela saltou em direção a mim, gemendo. Eu me mexi para trás,

escorregando em uma poça líquida e caindo dura, jogando a respiração para forade meus pulmões. Kieran se atrapalhou com sua lanterna. Os olhos de um gato

brilhavam para nós, em seguida, desapareceu como um silvo.

 — Gato — Kieran disse logo.

 — Caí sobre minha bunda com dois gatos lutando?  — eu empurrei-me.  —  

Isso é apenas constrangedor.  —  A luz do Kieran girava sobre mim. Suassobrancelhas se abaixaram. Eu olhei para baixo.

Eu estava coberta de sangue.

 — Você está machucada? — ele correu em direção a mim.

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Eu balancei minha cabeça.

 — Não é o meu sangue.  — eu tinha escorregado na poça que não era águada chuva ou escoamento de lixo. Era sangue.

Muito disso.

Eu fiz uma careta com o estado de minhas calças ficaram e tentei não asamordaçar. Kieran estava agachado para dar uma olhada melhor.

A poça era muito profunda e espessa, e ainda não secou.

 — Eu não acho que qualquer um poderia perder tanto sangue e sobreviver — ele disse sombriamente.

Eu franzi a testa.

 — Vampiros não iriam perder muito de qualquer forma.

Ele olhou para mim, analisando.

 — Não os que você sabe.  — O feixe de luz azul fraca seguiu uma trilha degotas tão vermelhas que eram quase pretas para a parede de tijolos do edifício

mais próxima. Ele apontou a lanterna para o escape de fogo de metal, molhadocom o derretimento de neve e de alguma outra coisa.  — Mais sangue no degrauinferior.

 — Mas nenhum corpo  — confirmei depois de verificar atrás do contentor e

uma pilha de caixas cheias de garrafas vazias.  — E nenhum sangue levando emqualquer outro lugar.

Kieran dobrava a lanterna em seu cinto.

 — Você ficará bem se eu subir? — ele perguntou.

 — Eu tenho essa coisa. — eu ajustei meu aperto sobre a besta em miniatura. — Eu sou boa. Eu vou cobrir você. — Deus. A linguagem foi contagiante.

 —  Se não houver saída, não espere por mim  —  disse ele, escalando as

escadas. — Apenas corra.

Eu rolei meus olhos em suas costas. Então eu virei minhas costas na paredee mantive um olho na boca do beco que levava a estrada e a redor da escola, dooutro lado. O lixo era empurrado em torno de meus pés quando o vento me pegou.Com os sinais do vento alguém atrás da porta estremeceu através do ar frio. Um

carro dirigiu lentamente na rua, pneus triturando através de uma camada muitofina de gelo, faróis lançavam a neve à deriva. Um cachorro latiu mais longe no

caminho, provavelmente por causa de um dos gatos. Eu ouvi o ligeiro raspar das

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botas de Kieran quando ele arrastou-se para a última varanda. Foram só trêsandares no edifício assim não demorou-lhe muito. Eu arrisquei um olhar acima e

o vi subindo até o telhado, como se ele estivesse fazendo barra.

Havia algo inquietante em estar em um beco escuro e frio, o chão manchado

misteriosamente de sangue. Voltei a catalogar os sons, saltando quando Kieranfalou, mesmo que fosse em voz baixa o suficiente para que eu quase não o ouviu-

se.

 — Achei um corpo — ele disse firmemente. — Feminino.

Eu olhei fixamente para ele.

 — Devo chamar 911?  — com os meus dedos frios eu me atrapalhei com o

celular.

 — Tarde demais para isso.

Estremeci. Kieran estava de pé no telhado com um corpo morto.  — O quevamos fazer?

 —  Ela foi drenada  —  disse ele.  —  Marcas de perfuração no pescoço. Nósvamos ter que ligar para a Liga. Eles têm uma equipe de limpeza para este tipo de

coisa. — ele ligou e falou em seu telefone em voz baixa.

 — Lembre-me de não dar sinal para o departamento — murmurei, curvando

meus ombros contra o frio e a trepidação. Eu estava muito consciente de que asbordas das minhas calças estavam encharcadas com sangue de uma mulhermorta. Eu engoli contra a bile ardente em minha garganta.

E então eu percebi que havia algo pior do que está sendo coberta de sangue.

Sendo coberta de sangue em uma cidade invadida por vampiros. Uma sombra semexeu enchendo a boca do beco. Eu não podia sentir o cheiro de cogumelos sobreo lixo podre do contentor e a neve, mas eu sabia que era um vampiroindependentemente disso. Pálido, muito rápido e muito ágil; não apenas Hel-Blar .

Ele era um homem, dentes brilhando. Uma mulher passou por trás dele, sorrindo.Ela usava peles e pérolas. Definitivamente não era de Violet Hill.

 — Ah, bom — ela murmurou, farejando o ar. — Eu estou morrendo de fome.

 — Eu não sou comida  — eu levantei a minha besta.  — E eu estou sob aproteção de Drake.  —  eu ligeiramente angulei para que eles pudessem ver a

insignia do Camafeu da família Drake que eu usava no pescoço.

 — Queremos apenas uma pequena mordida. — o homem deu de ombros. — 

E não vejo nenhum Drake aqui. Você vê?

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 —  Ainda há tratados  — argumentei, repentinamente nervosa. Eu olhei derelance para a outra extremidade do beco. Mudei de um pé para o outro.

 — Tratados, bah. Tudo o que vejo é uma menininha, sozinha.

 — Então você não está olhando perto o suficiente — disse Kieran do telhado,exatamente quando ele apontou sua lanterna para eles. Ele só os cegoumomentaneamente, mas foi tempo suficiente para que eu pode-se me lançar emuma corrida. Kieran acompanhou-me, saltando de telhado em telhado. Uma telha

escorregou e caiu no chão atrás de mim. Corri o mais rápido que pude, tentandonão deslizar na neve e no gelo. Meus músculos das pernas tremeram, meuspulmões queimaram, e ainda corri. Eu podia ouvi-los atrás de mim. Eles erammais rápidos do que eu era e poderiam ter me pego facilmente. Eles estavam

brincando comigo.

 Tia Hyacinth me contou uma história uma vez sobre caças organizadas noséculo XIX, quando ela foi transformada. Vampiros usam os humanos

aterrorizados em vez de uma raposa. O medo e a adrenalina faziam o sangueadocicar.

O inferno que eu ia ser sua raposa.

O que era uma grande teoria eu não tinha ideia de como colocar em prática.

Minha garganta estava ofegantemente seca e o suor reunidos sob minha

 jaqueta. Forcei minhas pernas para manter o movimento. Sujeira choveu dasbotas de Kieran. Uma calha quebrou e ele tropeçou, quase caindo. Ele se jogouacima de mim como um pêndulo humano. Eu olhei para cima, e a pequena pausa

em foco me fez escorregar em um pedaço de gelo e neve. Caí em uma porta demetal. Ela esta fechada. Eu não poderia passar, e não poderia chegar a Kieran a

tempo para ajudá-lo. Sua lanterna caiu no chão, o feixes de luzes no corte atravésdo dedo do pé nas minhas botas quando eu me virei. A cerca cortou meus ombros.

Diabos de poeira de neve em miniatura e embalagens de barra de chocolatedescartados deslizaram para o canto. Eu levantei a minha besta, minha mão

tremendo um pouco no frio.

Não havia luz suficiente para ver os vampiros passeando ao redor daextremidade, bloqueando a única saída. Kieran amaldiçoo e se jogou na borda dotelhado, onde estava segurando uma calha quebrada. Ele aterrissou com força nochão e mancou para o meu lado , uma estaca em cada mão arranhada e

sangrando.

Ele era um bom lutador. E eu tinha boa pontaria. Mas esses vampiros eram

velhos, eu poderia dizer isso imediatamente. E isso significava que não éramos

páreo para eles, treinados ou não. E eu estava coberta de sangue, issoenlouquecia eles. E eu tinha fugido, e eu sabia que não deveria fazer. Isso só faz os

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vampiros mais ansiosos para persegui-lo. Mas, às vezes, ficar parado não erasimplesmente uma opção.

Falando de opções.

Nós não tinha nenhuma.

Eu poderia dizer que Kieran concordou. Seu rosto estava sombrio, seuombro cortando de um canto a outro em um esforço para me proteger. Então eu

fiz a única coisa que eu conseguia pensar.

Abri a boca e gritei.

Eu não só gritei, eu berrei e berrei e berrei estridentemente. Este não era um

grito de uma donzela em apuros para obter ajuda. Este era cada decibel de ruído

que meus pulmões e cordas vocais possivelmente poderiam reunir.Vampiros necessitavam de uma certa quantidade de sigilo, mesmo estes que

claramente não estavam seguindo as regras. Os participantes da Lua de Sangueforam proibidos de se alimentar na cidade. Havia um suprimento de sangue noacampamento e algumas das mais antigas tribos viajavam com seus própriosdoadores humanos. Então aqueles que decidiram circular através de Violet Hill

imaginei que eles poderiam ir embora com isso.

 — Cale a boca — a mulher rangeu. Ela se encolheu quando fiz a minha voz

ainda mais aguda.E eu ainda tinha minha besta. Atirei uma flecha, ainda gritando. Ela pegou

sob sua clavícula direita. Ela uivou de dor e surpresa. Próximo a ela, o homem se

 jogou em surpresa, então seus olhos se estreitaram furiosamente.

Oops.

Um dia eu poderia aprender a não chatear seriamente os vampiros.

Hoje era claramente nenhum daqueles dias.

Kieran atirou sua estaca. Cravando na garganta do homem, desenhandosangue suficiente para respingar o ar. Eu tossia, tomava uma respiração profunda

e continuava gritando.

Uma luz acendeu na outra extremidade do beco.

 —  O que diabos está acontecendo aqui?  —  um homem velho gritou com

raiva.  —  E no meio da maldita noite. Eu estou chamando a polícia. Criançasmalditas. — ele bateu com a janela fechada.

Os gritos, combinado com o GPS no telefone de Kieran, fizeram com quealguns de nossa equipe cobrissem o beco atrás de nós. Hunter utilizando um

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contentor, do outro lado da porta, para subir, mirando o seu próprio arco e flecha.Eric e Chloe vieram atrás dos vampiros.

Flechas de besta e estacas voaram através do beco. Um deles quase caindona coxa de Hunter. Ele saltou para fora do contentor, pousando nas sombras. Os

vampiros, feridos e irritados, escalaram a parede de tijolos e desapareceram sobreos telhados. Eu parei de gritar. O silêncio caindo em torno de nós. Minha garganta

estava doendo.

Kieran esfregou seus ouvidos.

 — Isto é sangue? Eu estou cego?

 — Não quer dizer surdo? — eu resmunguei.

 — Não — ele deu metade de um sorriso.  — Você grita mais alto do que todoesse prejuízo. — ele cutucou-me, como dois camaradas em um filme de guerra.  — 

Boa jogada, Hamilton.

 — Vocês dois me assustaram — Hunter murmurou do outro lado da cerca.

 — E o que diabos é esse cheiro? — Chloe acrescentou. — Que nojo.

 — É melhor sair daqui — disse Kieran . — A Liga está a caminho. Você sabecomo eles ficam quando há estudantes ao redor.

 — E vimos um Caçador não muito longe daqui — acrescentou Connoly.

 — Merda. Vamos.

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Capitulo 17Nicholas

 — Isso é verdade?

A voz era tão suave que mal pude ouvi-lo. Ele estava vindo por trás de umburaco na parede da caverna, equipado com barras de ferro. Ele deve aberto umaoutra fenda, como a que foi fechada por mim. Sentei-me com minhas costas napedra onde eu poderia manter um olho na porção do laboratório principal.

 — Você é realmente um dos Drakes?

Eu deslizei mais perto do fosso. Uma vampira fêmea com longos cachoscastanhos emaranhados com sangue e lábios rachados dobrados a vista. Eles nãoestavam dando a ela sangue suficiente, se houvesse. Eu tentei não pensar sobre oque iria acontecer quando o sol descesse amanhã e eu acordaria com um recém-nascido com sede. Era quase dois anos desde a minha mudança, e não era temposuficiente para conseguir por a boca cheia de sangue.

 — Sim — eu sussurrei. — É verdade.

 — Você é jovem, garoto — seu sotaque parecia grego. — Sua irmã é o outroDhampir?

 — Você quer dizer Solange?  — eu perguntei. Ela assentiu com a cabeça.  —  Então, sim.

Ela estava tremenda toda, de leve, como uma folha de álamo. O sofrimentofez marcas em seu rosto, que estava escuro com a sujeira e manchas de pelequeimada, como se tivesse sido mergulhado em água sanitária. Não, não águasanitária. Água benta. Amaldiçoei, suavemente.

 — Você pode sobreviver, então — disse ela — Se eles precisam de você — elasi encolhia em si própria.

 — É melhor rezar para que eles não precisem de você e deixá-lo morrer  —  disse outra voz. Havia mais alguém na cela com ela, um homem com cortes norosto, coberto de sangue e acentuadas com contusões. Ele era humano. Ele erahumano, ele foi preso, e a vampira não tinha comido ele, mesmo que ela estandoclaramente precisando de sangue.

 — Você é... humano.

 — Imaginei que fosse, não é? — disse, revoltado.

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Um barulho de correntes de ferro e um grito de um gemido fino nos cortou .Nós congelamos.

 — Mantenha sua cabeça para baixo — o homem rangeu. — Saia da luz.

Eu deslizei mais perto do fosso, me aprofundando mais nas sombras úmidas.

 — Que diabos é esse lugar?  — eu perguntei quando ninguém veio para osportões por nós.

 —  Inferno  —  ele disparou de volta. Sua mandíbula cerrada com barbacinzenta. Eu podia sentir o cheiro do suor dele. — Eles trouxeram uma meia dúziade vampiros aqui. Alguns ainda estão acorrentados, outros são cinzas.

 — Mas por quê? O que eles querem?

 — Quem sabe? Eles gostam de dor. Eles não gostam de vampiros.

 — Mas metade deles são vampiros.

 —  É melhor servir ao diabo do que queimar no inferno  —  disse ele,parecendo exausto.  —  O que eles estão procurando com todos os seus testes etorturaras, eles não me disseram.

 — Por que você está aqui? Você é humano.

 —  Eles levam nossos corpos e despejam-nos na cidade. Tomaram umamulher hoje à noite. Não sei porquê. Em primeiro lugar assumi que eu era apenascomida, embora Ianthe aqui tenha me dado cobertura muito polidamente.

 — Não iria comê-lo, Lee — a vampira disse com uma distração cansada.  —  Você sabe disso. Você cheiro terrível.

Sorriso de Lee foi breve. Quando ele olhou para mim, ele morreu.

 — Espero que você seja mais forte do que você aparenta.

 — Eu também espero.

Havia muitos sons: correntes de ferro, Caçadores falando, vítimas chorandoou tentando conquistar seu caminho para fora, ratos correndo, gotejamento deágua. Inclinei minha cabeça para trás, cobrindo minha cabeça com meus braços,mas o grito rasgado, foi tão desesperado, foi distorcido e quente nos meus ouvidos.Eu me levantei e fui para as barras. A mulher das barras de suspensão estavachorando silenciosamente através de ataques de dor. Frankenstein ficava pertodela com uma expressão de descolada curiosidade, um dispositivo de metal cheiode espinhos em sua mão, pingando sangue.

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 — Se você furar em torno do coração, mas não muito de lado, você tem areação mais interessante — ele estava dizendo a um dos guardas.

 — Pare com isso! — eu gritei quando ele levantou novamente o dispositivo ea vampiro estremeceu e implorou. — Deixe-a em paz!

Frankenstein se virou lentamente em direção a mim.

 —  Eu vou parar  —  disse ele agradavelmente.  —  Desde que você estejadisposto a tomar o seu lugar.

A mulher vampira estava pendurada feito carne. Seus olhos estavampróximos da morte. Mesmo que o resto dela sobrevive-se, ela enlouqueceria. Omedo era metálico e amargo na boca, como moedas em vinagre.

 — Feito.

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Capitulo 18Solange

Noite de segunda-feira.

Constantine levou-me para o local de veraneio. Os morcegos nos seguiramtodo o caminho, embora em números bem menores. Eu tropecei mais adiante, amão de Constantine me segurou firmemente quando tropecei em raízes e foiexatamente o oposto de um vampiro gracioso com excelente visão noturna.

Eu estava um pouco ocupada pirando um pouco.

Uma das servas de Lady Natasha tentou me enfiar uma estaca. Eu tinhaacabado de ser exilada da Lua de Sangue onde o direito de minha mãe para otrono seria ritualizado ainda esta semana sob a lua cheia. Eu era uma personanon grata*, por ser estacada a vista. Eu estava ouvindo vozes.

E não era nem meia-noite ainda.

Eu queria chamar Lucy, mas isso era muito perigoso para ela. Eu queriachamar Kieran, mas eu não sabia o que dizer. Eu queria voltar no tempo e ficar

dentro da tenda da família para que as Fúrias nunca me vissem e nada dissotivesse acontecido.

Em vez disso, eu me sentei em um sofá de brocado empoeirado sob umacoroa de morcegos. Estávamos sozinhos, neve caindo levemente entre os ramos.Senti o cheiro de pinho e cedro e gelo e os pavios queimados de velas em lanternasde lata. Gelo brilhava aqui e ali, pingando ramos verdes e candelabros de ferro. Foiassustador e bonito, mas eu mal notei.

 — O que eu vou fazer?

 — O que você quiser, amor — Constantine respondeu, sorrindo suavementequando ele caiu se esparramou em uma cadeira com os pés esculpidos de um leão.Ele parecia totalmente confortável e indiferente que ele tinha sido marcado paraexecução de Chandramaa.

 — Eles simplesmente tentaram matá-lo — me senti obrigada a lembrá-lo.

Ele deu de ombros. — Nós estamos seguros aqui.

 —  Você não sabe isso  —  eu esfreguei minhas mãos sobre os joelhos.Vampiros raramente suavam. Nossa temperatura corporal nem sequer se

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aproximava do morno, a menos que tivesse acabado de beber um monte de sanguee ele estivesse correndo a todo vapor através de nossos sistemas. Ainda assim, euestava ansiosa o suficiente para que as minhas mãos ficassem úmidas. Cem milpensamentos lotados no espaço preto da minha mente, como estrelas em umanoite clara. E eles eram tão difíceis de apanhar.  — Eu nem sabia que poderia ser

exilada — eu disse. Mesmo que os Drakes houvessem sidos exilados da corte realdurante séculos, isso foi diferente.

 — Os guardiões da lua não se preocupam com renegados fora das fronteirasdo acampamento. Eles não virão atrás de nós aqui. Eles não vão mesmo sepreocupar conosco, apenas se tentássemos voltar. É como se nós não existíssemosmais para eles.

Eu engoli.

 — E a minha família?

 — O que tem eles?

 — Será que eles vão ser punidos? Pelo o que eu fiz?

Ele balançou a cabeça.

 — Duvido.

 — Mas você não tem certeza?

 — Ninguém foi exilado durante a minha vida, amor. Estamos abrindo novoscaminhos  —  ele pegou um frasco de sangue de um dos refrigeradores cobertoscom renda. Ele levantou uma em um brinde. — Para nós.

Eu não bebi quando ele me ofereceu a garrafa. Minha garganta estava muitoapertada.

 — Eu não sei o que fazer — eu disse de novo. Beba .

 — Divirta-se — sugeriu ele. A garrafa girou negligentemente em seus dedos,como um olhar hipnotizante. Quando ele ofereceu novamente, eu bebiprofundamente. — O que mais você pode fazer?

Eu poderia voltar para a fazenda. Bruno ou algum dos meus pais estavamprovavelmente, esperando por mim. Mas eu não queria ir para casa. E talvez issoestivesse Ok. Certamente, minha família estaria mais segura. Como eles provavamtodas as noites.

Sem surpresa, a minha mãe foi a primeira a nos encontrar.

Ela marchou para o local de veraneio usando espadas em vez das pérolas

que eu imaginava que mães normais usavam. Ela parecia tão irritada, se elativesse a magia de Isabeau, eu estaria preocupada a sua trança iria se transformar

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em um carrasco com o nome de Constantine sobre ele. Seu olhar furioso o rasgava,logo que viu que eu estava ilesa.

Eu pisei na frente dele para protegê-lo.

 — Mamãe.

Eu poderia dizer que foi uma luta para ela mudar o seu olhar. Ela suavizouas faíscas de uma certa guerra nuclear. Ela me abraçou com tanta força, o cabodo punhal amarrado em seu peito deixou uma marca no meu pescoço.

 —  Solange, você está bem?  —  Eu balancei a cabeça e tentei medesvencilhar. Ela me apertou. — Volte para a fazenda. Nós vamos descobrir o quefazer.

Não deixe que eles nos levem. Eles vão nos manter longe. Eles pensam que você é um monstro.

 — Ela pode descobrir por si mesma — disse Constantine.

Mãmãe , realmente, assobiou.

 — Você fique longe da minha filha.

 — Mãe, ele salvou a minha vida!

 — É por isso que ele não é um amontoado de cinzas , enquanto falamos  —  disse ela entre os dentes.  —  Eu sou grata.  —  ela olhou incisivamente paraConstantine. — É por isso que você não está morto.

 — Ele não fez nada de errado — eu insisti .

 — Solange , você não entende.

Bem ali.

Mesmo sem querer, mamãe me deixou de fora de novo. Eu podia sentir osangue que eu ingeri arder dentro de mim. Culpa e preocupação chiou emirritação.

 — Eu entendo bem — retruquei — Eu tenho 16, não sou estúpida!

Ela franziu o cenho.

 — Eu nunca disse que era. — Seu franzido de sobrancelhas transformou-seem uma carranca quando ela olhou para Constantine. — Ele cheira mal.

Eu puxei minha mão da dela e cruzei os braços sobre o peito.

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 — Eu confio nele.

 — É isso que me assusta.

Eu me virei um pouco para Constantine.

 — Eu sinto muito. Nós somos uma espécie de família insular. E a mamãe écronicamente duvidosa.

 — Eu também sou sua rainha — Mamãe me cortou. — Então, deixe a minhafilha em paz.

 —  Isso é ela que deve decidir, com certeza  —  respondeu Constantinesuavemente, como se ele não estivesse a centímetros de uma morte pontuda. Elenunca conheceu minha mãe.

Você que deveria ser a rainha, Solange. Então, você nunca mais estaria à mercê de ninguém.

De repente eu estava envergonhada por minha mãe, o que foimarginalmente melhor do que ser aterrorizada pela crescente força da voz damenina dentro da minha cabeça. Eu sabia que Lucy estava mortificada por seunome hippie primeiro, por protestos e abraços de grupo na frente da prefeitura eda maneira que seu pai insistia em parar o carro para deixar um tabacooferecendo a cada momento que ele via uma tartaruga. Eu ainda tinha que sentira humilhação se contorcendo. Mamãe era feroz e um osso duro de roer. Mas ela

também era mandona e exigente.

Sufocante.

 — Mãe, pare com isso — eu disse rapidamente. — Você não pode controlartudo o que acontece comigo.

 —  Eu posso muito bem tentar. Eu sou sua mãe.  —  O luar refletido nopunho da espada nas suas costas.  — Lembra quando nós pensamos que Loganestava morto com um feitiço? Eu não posso passar por isso novamente. Eu nãovou. Volte para casa comigo. Podemos falar sobre isso lá.

 — Eu prefiro ficar aqui.

 — Solange. Isto não é um jogo. Eu estou preocupada com você. Assim comoseu pai.

 — Muito preocupado, na verdade — disse papai firmemente.

Eu olhei para ele por cima do ombro de mamãe quando ela virou-se paraencará-lo.

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Um vampiro que eu nunca tinha visto antes tinha uma faca na garganta domeu pai e uma estaca sobre a sua camisa, do lado direito sobre o coração. Acabeça do meu pai foi inclinada para trás, os músculos do pescoço tensos, suaspresas brilhando. Ao lado dele, Logan, Quinn, Duncan, e Sebastian estavam nomesmo perigo, se inclinaram sobre os joelhos na neve com armas destinadas a

seus corações.

A espada de mamãe brilhava. Logan fez um som estranho — URP — a estacaperfurou a camisa, tirando sangue. Mamãe congelou.

 — Pare com isso — gritei. Os morcegos assobiaram e gritaram acima de nós.Os olhos de Logan eram selvagens. Papai estava tenso para lutar, mas o sanguefloresceu em cada uma das camisas dos meus irmãos, no mesmo lugar.

 — Você ouviram a Princesa — disse Constantine , avançando — Liberte-os. — Os guardas recuaram e então de repente Logan e Quinn caíram para a frente.Sebastian estava de pé , uma estaca em cada mão antes mesmo de cair no chão.

 — Atrás de mim!  — papai gritou, mantendo seu corpo entre os guardas eseus filhos. Mas os guardas não se moveram, pois eles só obedeciam as ordens deConstantine.

Eu olhei para ele também.

 — O que diabos está acontecendo?

 —  Perdoe-me  —  Ele inclinou-se ligeiramente para mim, como seestivéssemos em um salão de baile, em vez de uma floresta.  — Eu tenho homensleais a mim. Eles devem ter vindo assim que souberam que eu tinha sido exilado.

Adrenalina e sangue, medo e raiva, fizeram minhas mãos tremerem. Minhasgengivas doíam em torno de meus dentes.

 — Ah —  Ele nos entende. Ele vai nos proteger .

 — Não é o suficiente  — disse mamãe. Eu estava vagamente surpresa, emalgum lugar distante do meu cérebro, que a cabeça dela ainda não tinharealmente explodido. Fúria deixava suas bochechas parecendo coradas. As maçãsdo rosto pareciam muito salientes, com os olhos assombrados.

Ela não conhecia Constantine como eu conhecia.

 — Mãe, está tudo bem. Sério.  — Recuei diante dos meus irmãos.  — Sintomuito.

 — Pro inferno com as Boas Vindas, criança — resmungou Duncan.

Apertei os olhos para os guardas.

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 — Você nunca prejudicará a minha família. Nunca.

 — Isso é uma ordem — Constantine concordou.

Eu espreitava a frente e marchei descendo para a linha deles, como se eu

fosse um general e eles estavam na escola militar. Olhei cada um deles no olho.Eu transpirava ferormônios, o melhor que pude, imaginando ondas de calor eeletricidade arqueando acima de mim.

 — Você nunca vai prejudicar a minha família  — eu repeti , certificando-seque eles tinham entendido completamente. Eles acenaram mecanicamente , olhosmortos. Virei-me para a mamãe.  — Veja — eu esperava que ela fica-se orgulhosada minha iniciativa e minha única tática, nada mais. Eu não esperava que elaolha-se ainda mais assustada. Eu não podia fazer nada direito.

 — Solange, por favor, venha com a gente. Não me faça te obrigar.  — Foi omesmo tom que ela usou quando Lucy e eu, costumávamos esgueirar-nos parafora.

O sangue chacoalhava na minha barriga.

 — Não. Eu preciso de algum tempo para pensar.

 — Você pode pensar em casa.

 — Nós não podemos forçá-la — disse o papai.

 — O inferno que não podemos!

 — Helena.

 —  Liam, não use esse tom racional comigo. Estou tão perto de puxardaquele homem as rótulas através de suas narinas.

 — Ela não vai te agradecer por isso  — sussurrou papai assim que eu meaproximei de Constantine.

 — Foi um acidente — disse. — Constantine nunca me machucaria. Ou você.

 — Mais uma vez, peço desculpas. Eu não sabia que eles estavam lá. Mas euespero que, e nada além disso, que eu provei que sua filha esta perfeitamentesegura aqui.

 — Eu não estou me sentindo particularmente confortável — disse a mamãeviolentamente.

 —  Retirada para lutar novamente  —  papai murmurou. Então ele me

entregou um pequeno walkie-talkie que costumávamos usar dentro da Lua deSangue, uma vez que nunca fomos tão longe. Ele parecia mais velho e triste. Isso

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me fez sentir horrível. — Use isso a qualquer momento — disse ele — e nós vamosvir  —  Seu rosto, quando ele olhou para Constantine, era pedra e gelo.  —  Nósestaremos postando nossos próprios guardas  —  acrescentou antes de ter quearrastar fisicamente minha mãe embora.

Eu estava sozinha de uma maneira que eu nunca tinha estado antes.

E, apesar do medo dentro de mim , havia uma espécie de excitação nervosa,assim, como se alguma coisa poderia acontecer. Se eu voltasse para casa, tudodeveria permanecer o mesmo. Eu me sentiria culpada e todo mundo se sentiriapreocupado. Eu tinha que aguentar firme.

Eu estava cansada de ter que aguentar firme.

Constantine fez um sinal para os guardas e eles se camuflaram de volta nassombras.

 — Eu sinto muito sobre isso — disse ele novamente — Mas você fez a coisacerta. Não é seguro para os Drakes fora do acampamento.

Eu peguei a garrafa da mesa e esvaziei antes que eu pudesse conseguirfalar:

 — Eu sou um Drake.

 — Sim, mas você é muito mais.

Limpei minha boca, sentindo-me um fiasco.

 — Você salvou minha vida.

 — Eu diria que estamos quites. — Ele sorriu quando eu peguei outra garrafade vinho de sangue.  — É tudo nosso para a conquista, amor.  — Ele tinha o rostode um anjo, do tipo que rachou mundos abertos com espadas flamejantes. Foifascinante, especialmente quando ele olhou para mim assim. Como se eu poderiaser capaz de decifrar mundos abertos também.

Eu desviei o olhar, sem saber o que dizer.

 — Onde estão os outros? — eu finalmente perguntei.

 —  Eles vão estar por perto a qualquer momento, eu tenho certeza  —  elerespondeu, ainda descansando em sua cadeira sem muito cuidado. Haviapequenas linhas nos cantos de seus olhos violeta, se você olhasse perto osuficiente. — Palavras viajam rápido, como nós descobrimos.

Ele estava certo. Eles vieram correndo entre o pinheiro vermelho e em

menos de meia hora cada assento foi tomado, incluindo alguns ramos baixos dasárvores mais próximas. Estavam ali Marigold em sua saia de tule distintas e pés

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Eu olhei boquiaberta quando Constantine riu.

 —  Fofocas de vampiros sanguessugas  —  eu disse.  —  Para ser clara: eununca quis a coroa estúpida de Lady Natasha e eu não mato coelhos. Deus.

 — Grande Fotografia — disse Constantine. — Você quer a coroa agora?

Sim. Pisquei quanto todos se viraram para olhar para mim.

 — Não!

 — E por que não?

 — Porque qualquer um que a toca, coloca um grande e gordo alvo nas suascostas — eu apontei. — Não, obrigada.

 — Às vezes, a única forma de alterar o sistema era trabalhando dentro dele.

Levantei-me quando eu não tinha nenhum outro lugar para ir.

 — Minha mãe é a rainha. Acho que a traumatizei o suficiente por uma noite,não acha?

 — Ela deixou bem claro que está segurando a coroa confiando em você. Elaé mais do que um regente, realmente.

Eu balancei a cabeça em silêncio. Você poderia proteger todos eles, se você  fosse a rainha. Deixe-me ajudá-la.

 — Eu pensei sobre isso — sugeriu ele. — A Guarda da Lua teria matado nósdois hoje à noite, se você não tivesse quebrado as regras.

Ele estava certo. Se eu me queixava de um sistema que tinha me exilado,colocado minha família em perigo constante de assassinos e Caçadores derecompensas, e depois tentado estacar um homem por tentar me proteger, entãoera hora de fazer alguma coisa sobre isso. Talvez seja esta a razão pela qual euseja tão diferente. Se eu encontrasse uma maneira de usar o meu poder, talvez elenão queimasse tão desconfortável dentro de mim. Eu não machucaria tanto aspessoas.

Essa voz poderia ir longe.

 — Vocês estão realmente cansados das velhas estruturas?  — Constantineperguntou aos outros — Porque vocês já ouviram falar sobre as profecias.

Dragão lutando com dragão. Todavia ele também disse

 —  Derrubar o dragão antes de seu tempo e aumentar nove vezes seuscrimes. — Foi a mamãe dragão? Ou eu? Ele não percebeu o que ele estava pedindo.

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 —  Vocês estão prontos para seguir uma nova rainha, para um novocaminho? Um caminho melhor?

 — Tudo isto está indo rápido demais.  — eu agarrei o braço dele. — Eu não

estou pronta para isso, Constantine.

 — É claro que você esta — disse ele, que estava perto de mim, seu braço emvolta da minha cintura. Eu não tinha certeza se ele estava me apoiando ou meimpedindo de fugir. — Olhe para eles.

Os vampiros se reuniram em torno de nós, estavam de joelhos, um por um.Eles ficaram em um joelho só, na neve, me esperando para fazer alguma coisa derainha. Eu estava completamente perdida.

Eles escolheram o local de veraneio sobre a monarquia e o Chandramaa.

E agora eles estavam escolhendo a mim.

Eu me senti alegre e doente ao mesmo tempo. Os morcegos voavam maisbaixo, como se estivessem assistindo o processo também.

 — Desculpe, amiga  — disse Marigold, suas presas formando cavidades nolábio inferior. Ela parecia uma boneca particularmente selvagem em sua doce saiacolorida e as flores de tecido no cabelo.  — Eu estou com você, mas eu não meajoelho. Para qualquer um.

Eu apenas assenti. Constantino deve ter sentido minha agitação, porque eleinclinou a cabeça em direção a minha, lábios fazendo cócegas no meu rosto.

 — É apenas um símbolo  — ele me assegurou.  — Se você compra algumaproteção, alguns seguidores para lhe dar cobertura.

 —  Eu não tenho certeza se eu gosto disso  —  eu me mexidesconfortavelmente.

 — Você irá — ele prometeu.

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derrubando a besta, quebrando seus dedos. Lee resmungou, mas não gritou.Ianthe caiu, sibilando enquanto tentava encontrar a força para puxar Lee de voltapara a segurança relativa da cela.

Fui arrastado de volta para Frankenstein. Ele não falou por um longo

momento, apenas examinou o dano que tinha sido feito. Ele tinha uma espécie dedescontentamento clínico que me dava arrrepios.

 —  Agora este não era o acordo  —  disse ele  —  E você fez uma bagunçaterrível. Acho que nós vamos ter que renegociar, não é?  — ele apontou para Lee eIanthe. — Traga-os.

 — O que você está fazendo? — Lutei violentamente até meu ombro começoua sangrar novamente.

Lee tentou puxar os guardas para longe de Ianthe, mas eles eram maisfortes. À luz das tochas eu vi que ele era mais velho do que eu pensava, o brancode seu bigode como sal em seu rosto escuro. Ianthe era magra, os ossos saindo emseu colarinho e quadris. Havia cortes no sulco de seus cotovelos e seus pulsos. Elanão havia passado fome, ela foi o lanche. Cortaram suas veias e deixaram sangraraté que ficasse muito fraca para curar.

 — Não! — eu continuei lutando mesmo que fosse inútil. Lee tentou usar seucorpo para proteger Ianthe, mas eles nos arrastaram os três inexoravelmente emdireção à lagoa e Frankenstein. Ianthe usou a última de suas forças de fanfarronae idiota quando viu a água. Ela sussurou e cuspiu palavrões que achei que fosse

grego.

 —  Uma lição valiosa.  —  Frankenstein levantou a voz para que os outrospresos pudessem ouvi-lo. Eles ainda estavam nas barras, mas estavam em silêncioagora. Eu vi pelo menos sete vampiros e três seres humanos, e eu não tinha comosaber quantos outros estavam acorrentados no escuro. Havia presas e assobios,mas nenhuma outra objeção. Não havia nada que alguém pudesse fazer para nosajudar.

E nada que pudéssemos fazer para ajudar Ianthe.

 — Um pequeno lembrete — Frankenstein disse — Não há como fugir.

Em sua homenagem, Ianthe foi jogada na água. Não, não é apenas água.

Água benta.

Ela afundou e ressurgiu, gritando. Lee não fez nenhum som, com lágrimascorrendo em sua barba, a pele de Ianthe empolada e descamada, seu cabelocaindo aos pedaços de seu couro cabeludo. Ela tentou se arranhar para sair, mashavia muita água benta na lagoa. Não realmente só água benta, era uma mistura

com UV e vitamina D em alta concentração, era tóxica para os vampiros, como apura luz solar pura.

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Lee parou os olhos dela por um simples momento em mim, depois para ochão. Eu segui seu olhar para o ponto perto de seu pé. Ele flexionou os dedos,olhou para Ianthe, engasgando com seus próprios gritos. O cheiro de carnequeimada estava me deixando enjoado.

Lee se inclinou para trás, usando aderência do guarda para manter o seupeso quando ele chutou o prego minha direção. Eu peguei, empurrando a cabeçapara trás, ao mesmo tempo e quebrar o nariz do agente Helios-Ra à minhaesquerda. De onde diabos ele tinha vindo? Eu não me incomodei tentando libertarmeu outro braço. Não se tratava de fuga. Nós sabíamos que não podiamos sair,não desta forma.

Em vez disso, eu joguei tão duro quanto eu poderia em Ianthe. E cravado emseu coração e ela sorriu brevemente antes de se tornar cinza que cobriu a

superfície da lagoa. —  Interessante. — Frankenstein observou os restos de Ianthe. Ele sacudiu

os dedos para nós, nem mesmo se preocupou em virar a cabeça a nossa direção. — Leve-os de volta para suas celas — disse ele antes de nossos guardas entraramna água até os tornozelos para continuar a sua inspeção das cinzas lamacentas. — Mas eu não me esqueci do nosso acordo, princípe.

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Capitulo 20Lucy

 Terça-feira, 01h00.

Hunter, Chloe, e eu fomos para a casa de Kieran. Kieran disse que estavaocupado, mas Hunter estava preocupada com ele, por isso escapamos do campusnovamente. Kieran não estava em casa, portanto, esperamos em um banco pertodo jardim, debaixo de uma árvore de bordo. Nós nos escondemos da iluminação davaranda para que sua mãe não nos visse. Hunter não queria incomodá-la.

Chloe estava comendo uma barra de chocolate e Hunter estava lendo amesagem de texto de Kieran novamente. Era uma noite fria, e estavamosenroladas em cachecóis e suéteres extras grossos. Hunter usava algum tipoespecial de calças como sempre preparada. Ela parecia elegante e confortável. Euparecia um pinguim pesado em grande perigo de cair.

 — Ele está a caminho — disse ela, assim quando nós ouvimos o barulho dealgumas motocicletas na rua. Os Drakes tendiam a usar motos porque poderiam iraos locais onde carros não podiam especialmente na floresta. Assumi queCaçadores de vampiros usaram pelas mesmas razões, mais eles tiveram umachance melhor de atropelar os vampiros de qualquer maneira. A pé, os seres

humanos não tinham chance. Nós simplesmente não eramos rápidos o suficiente,não importa o quanto a gente treinasse em torno de uma pista de corridas.

Não demorou muito antes de Kieran e seus amigos Eric e Connoly aparecemao virar a esquina, os refletores dos seus faróis iluminaram carros, janelas, latasde lixo, e um guaxinim assustado. Kieran se separou dos outros e entrou nagaragem. Eric e Connoly continuou com uma ronda. Chloe fez barulho gostoso.

Kieran tirou o capacete.

 — O que há de errado? Outra vítima?

 — Não — Hunter assegurou.

Ele desligou a moto, embolsando as chaves.

 — Eu não preciso de uma babá, Hunter.

 — Não, você é especial. Você precisa de três  — eu disse  — Há três garotasesperando por você na sua porta, Black. Humm. Pobre de você.

Ele balançou a cabeça.

 — Você é uma dor no meu traseiro, Hamilton.Eu sorri.

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 — Eu pratiquei com sete irmãos vampiros, lembra? Eu poderia dar aulas.

 — E eu trouxe chocolate — Chloe acrescentou, atirando-lhe uma barra extrade sua bolsa.

Eu olhei para ela.

 — Ei, você disse que tinha a acabado.

 — Eu menti.

Hunter bufou.

 —  Ela também roubou o chocolate de meu esconderijo.  —  Chloe estavaalegremente impenitente. — Você estava comendo pelo caminho.

Hunter sorriu.

 — Eu tenho mais estoque que você não conhece.

Era o mesmo tipo de brincadeira que Logan e eu costumavamos cair paradistrair Solange de pensar sobre sua mudança de sangue. Tanto o telefone deHunter quando o meu buzinaram ao mesmo tempo. Eu senti um pequenoagrupamento de ansiedade quando olhamos uma para a outra.

 — Quinn — disse Hunter.

Olhei para o visor do meu telefone antes de responder.

 — Logan? O que há? Onde está Nicholas?

 — Ele está patrulhando — respondeu Logan — Ele está bem.

O alívio fez minha voz sair aos gritos.

 — Então o que é?

 — Solange.

O alívio fugiu como fumaça no vento forte. Olhei para Kieran, de olhosarregalados. Ele franziu a testa interrogativamente.

 — O que? — ele murmurou.

Eu já estava saltando aos meus pés.

 —  Nós estaremos lá.  —  Eu desconectado quando Hunter deslizou seupróprio telefone de volta no bolso.

 — Solange foi exilada da Lua de Sangue  — eu expliquei para Chloe e embenefício de Kieran.

Kieran foi o primeiro a responder.

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 — O quê?

 —  Aparentemente, ela fugiu com Constantine e eles montaramacampamento. Ela quase teve metade de seus irmãos mortos por uma boamedida. — Eu chequei as estacas em meu bolso interno e então ajustei o cartucho

Hypnos cheio sob a minha manga.  — Connor vai me enviar as coordenadas, logoque ele encontrar um sinal. Mas está na mata, e podemos obter pelo menos tãolonge por conta própria. Então, vamos lá.

 — Hum, Kieran?  — Chloe interrompeu, olhando para a casa.  — É supostoser um cara em seu quarto?

A cabeça de Kieran virou. A silhueta de um homem apareceu brevemente emsua janela, em seguida, foi embora.

E ele moveu muito rápido para ser humano.

 — Minha mãe está lá — disse Kieran, já correndo para a porta da frente comuma estaca na mão.  — Precisamos avançar e cercá-lo do lado de fora. Ela nãopode saber.

Não havia dúvida de que haveria mesmo uma luta.

 —  Chloe, comigo. Vamos para a porta de trás  —  disse Hunter em suamelhor voz de comando. — Lucy, vá com Kieran.

Kieran abriu a porta em um rápido empurrão para que não fizesse barulho.Nós pisamos no tapete grosso na sala e fizemos uma pausa. A audição de vampiro

era extraordinariamente nítida. Eles ouviriam nossos batimentos cardíacos se elesestivessem prestando atenção, mas com alguma sorte eles atribuiriam qualqueroutro som a mãe de Kieran. Gelo tilintou em um copo como a máquina de fazergelo refrigerador resmungou.

Kieran acenou para a cozinha, depois me indicou para o outro lado daescada que leva ao segundo andar. Ele apontou para si mesmo, lá em cima, entãoa porta.

Grande, charada.

Eu escorreguei para as sombras onde ele me disse para esperar e esperar

para o inferno eu decifrei o que ele tinha dito corretamente. Espere até que Kieranseduzisse o vampiro para fora antes de seguir. Manter sua mãe segura.

 — Ei, mamãe — Kieran chamou — Eu estarei na garagem trabalhando coma moto. Não se preocupe se você ouvir algum barulho.

 — Tudo bem, querido.

Kieran voltou. Prendi a respiração, levantando uma estaca.

O vampiro estava descendo as escadas e saiu pela porta antes que ela

fechasse totalmente. Eu mal o vi mover, apenas um borrão de sua camisa brancae uma mudança de ar frio. Ele nem sequer olhou em meu caminho. Eu esperei

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 — Eu estou pedindo guarda-costas para ela. Vocês podem ficar na detençãopor sair escondidas do campus.

 — Está prestes a acontecer mais cedo ou mais tarde — eu disse.

Depois que ele desligou, ele se agachou sobre o vampiro.

 —  O que diabos você está fazendo aqui?

 — Matar Kieran.  —  Ele parecia bêbado, lutando contra a teia pegajosa deHypnos e sua própria raiva.

 — Sim — Kieran limpou o sangue de seu rosto — Eu peguei essa parte.

 — Quem te mandou? — Hunter exigiu.

 — Não sei.

Fiz uma careta para ele.

 —  Você está fazendo vampiros parecerem ruins, você é um pé no sacomorto-vivo.  —  Olhei para os outros, quando Chloe se juntou a nós.  —  Possochutá-lo? Só uma vez?

 — A casa está limpa — Chloe confirmou.

 — Você tem certeza? — Kieran perguntou.

Ela assentiu com a cabeça.

 — Varredura completa. Eu tenho certeza.

 — Obrigado.

Hunter se agachou ao lado de Kieran e soprou mais uma dose de Hypnos norosto do vampiro. Ela se jogou para trás, prendendo a respiração até que o pó seacentou.

 — Quem te mandou? — ela perguntou de novo.

 — Mate Kieran.

Ela pressionou a ponta de uma estaca sobre o seu coração com forçasuficiente que seus olhos arregalarem, os brancos praticamente brilhando emtorno de íris azuis pálidas.

 — Quem te mandou?

 — Não sei — ele rosnou — Mate Kieran.

Ela se sentou sobre os calcanhares, franzindo a testa.  — Não funciona. Elesdevem ter percebido que poderiamos drogalá-los e não lhe deu qualquerinformação que pudessemos usar.

 — E agora? — Chloe perguntou — Nós estacamos ele?

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Hunter balançou a cabeça com firmeza.

 —  Você sabe como me sinto sobre desarmados, matando prisioneirosindefesos. Eu não sou um carrasco.

 — Você matou o outro vampiro.

 — Sim, porque ele estava matando Lucy.

 — Bem, nós temos que fazer alguma coisa — Chloe insistiu.

O vampiro apenas ali olhando para nós. Ele podia não ser capaz de se mover,mas ele podia ver e ouvir bem. Eu puxei meu MP3 player do meu bolso, dobrado ovolume tão alto quanto ele iria, em seguida, empurrei os fones de ouvido de crâniorosa em seus ouvidos.

Os outros apenas piscaram para mim.

 — Hum — Chloe disse — O que você está fazendo?

 —  Ele tem ouvidos de vampiro. Esta é a única maneira que podemosplanejar sem ele saber o que estamos dizendo — eu disse a eles — Então? Próximopasso?

 — Precisamos deixá-lo ir — insistiu Hunter, limpando o sangue de seu rostoe cabelo com um lenço que ela tirou de seu bolso.

 — Ele tentou me matar  — Kieran lembrou severamente  — Ele poderia termatado a minha mãe.

Ela encontrou seus olhos com firmeza.

 — Nós podemos brigar sobre isso mais tarde. Agora, nós o deixamos ir, e oseguimos de volta ao seu buraco.

Ele acenou com a cabeça uma vez, resmungando.

 — Sim, está bem.

 —  Chloe e eu vamos segui-lo e enviamos as coordenada do GPS de ondevamos. Você dois vão até Solange, logo que possível, após os guardas da Liga

chegarem aqui. Mas temos que agir rápido. Se chegarem aqui primeiro, eles vãolevá-lo sob custódia e lá se vai a nossa oportunidade.

Kieran arrastou o vampiro pelos pés, agarrando sua camisa com seu punho.

Eu arranquei os fones de ouvido, salvando o meu leitor de MP3 antes quequebrasse.

 — Vá, pé no saco, para casa — eu bati — Para quem te colocou nisso.

Ele vaiou inaldível e, em seguida, saiu cambaleando, um escravo do Hypnos.Hunter e Chloe o empurraram. Eles mal tinham saído da vista quando um carroparou na direção oposta. Kieran correu para a direita da motocicleta dele.

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 — A Liga — ele disse-me logo — Mantenha sua boca fechada, Lucy.

Eu estava francamente amotinando.

 — Eu quero dizer — disse ele — Estes são Caçadores e não estudantes. Asregras são diferentes. E nem todo mundo são a favor do tratado pró-vampiro.

 — Tudo bem — eu murmurei, cruzando os braços.

Uma mulher se aproximou de nós em primeiro lugar. Ela estava vestindo jeans e botas de combate e parecia perfeitamente normal.

 — Black — ela o cumprimentou. — Recebi a chamada.

Outro Caçador a seguiu, jovem o suficiente para ser um agente novato. Eletinha esse tipo de arrogância. Kieran tinha também quando o conheci, mas eu fiza minha missão para matar a arrogância. Eu olhei para o recém-chegado

pensativamente. Kieran recuou, me cutucando. Desmancha-prazeres. — Obrigado por ter vindo, Janelle — Kieran disse para a mulher  — Mamãe

não sabe.

 Janelle parecia aliviada.

 — Ótimo.  — ela balançou a cabeça para o outro Caçador.  — Diego, dê umvolta.

 — Sim, senhora.

 Janelle olhou para mim. — Estudante?

Eu balancei a cabeça.

 — Sim.

 — Vou levá-la de volta ao campus — Kieran mentiu — Eu preciso que minhamãe fique segura enquando eu não estiver aqui.

 — Detalhes, estaremos aqui por algum tempo — Janelle assegurou — Então

vá em frente, antes que ela tenha que limpar os banheiros — ela abriu um sorrisopara mim. — Confie em mim, não vale a pena.

Kieran colocou a cabeça para dentro da casa para contar a sua mãe que eleestava indo e depois voltou, segurando um segundo capacete para mim. Fomosembora, a moto retirando-se e resmungando e murmurando para si mesmo.

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Capitulo 21Nicholas

Lee e eu viemos com outro plano de fuga.

Eu retiraria os parafusos da grade que separava sua cela da minha, masdevagar, para que ninguém me notasse agachado no mesmo lugar por muitotempo. Havia sombras o suficiente para que um de nós pudesse se esconder. Apróxima vez que os guardas viessem para levar um de nós, o outro iria lançar parafora da abertura e pegando-o de surpresa. Depois disso, o plano envolvia uma

série de estacas e ruptura de vários ossos.

Ele poderia ter funcionado.

Mas não tivempos a chance de descobrir.

Um dos Hospedeiros veio para mim antes de eu conseguisse soltar todos osparafusos. Lee ficou preso em sua própria cela, pacientemente fervendo. OHospedeiro sorriu para mim, mostrando uma presa entalhada.

 — Hora de ir, menino bonito.

Eu fiquei de pé antes que ele pudesse chegar e me arrastar para fora.Apenas me senti melhor por andar para fora em meus próprios pés, ainda quemeus joelhos estivessem cheios de eletricidade. Eu queria correr para a saída comcada pedaço de meu ser, mas havia outro guarda Host e mais dois Caçadoreshumanos no meu caminho. Movi para eles, mas mesmo assim o guarda nasminhas costas me chutou para o Frankenstein e uma de suas mesas de metal.Instrumentos sinistros tiniram.

Frankenstein olhou para cima de um bloco de notas na frente dele.

 — Excelente. Obrigado. Fixe-o na barra e, em seguida, nos dê espaço, sevocê puder.

Lutei determinado a fazer tudo tão difícil para eles quanto possível. Euconsegui deslocar o ombro do Caçador, mas o guarda Hospedeiro foi muito rápido.Eu estava acorrentado à barra, a luz azulada do acampamento sobre nós. Isso maltomou qualquer momento de todos.

 Tanto para minha grande revolta.

 — Agora, por onde devemos começar?

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 — É a ciência. Sacrifícios. Eles são vítimas que servem a um propósito maior. — Ele arrancou a ponta para fora, e o puxão raspando o ferro contra o meu ossodo ombro, lágrima, a mordida viciosa de dor, me fez bater nas correntes por ummomento. Meus dentes estenderam, suor reuniu na parte de trás do meu pescoço.

Eu tentei me lembrar do que mamãe faria em uma situação difícil como esta,como ela lutaria, como sobreviveria, mas eu não conseguia pensar em nada. Haviaapenas a dor, como fogo mordiscando cada parte de mim, consumindo,queimando, comendo como se eu fosse feito de papel.

Quando o barulho das correntes se acalmou novamente, o guardaHospedeiro estava sorrindo para mim por cima do ombro de Frankenstein. Eleentregou sua adaga para o cientista.

 — Aqui, use a minha.

Frankenstein circulou uma vez em torno de mim lentamente. A adaga correudentro e fora, apunhalando sob meu ombro, sobre o meu rim, em meu ouvido. Elecirculou de trás para frente, fazendo cortes superficiais no meu peito, meu pescoço,meus braços, até mesmo minhas palmas. Eu assobiei, sacudindo violentamente acada fatia. Tentei focar a imagem do rosto de Lucy, tentei imaginar o maneiraexata que ela sorria para mim.

Isso ajudou um pouco.

Eu tinha usado Lucy como um talismã para me puxar pelo pior da minha

mudança de sangue, e eu faria o mesmo agora. E tudo que eu tinha naquela épocaeram as lembrancas das várias vezes que ela quebrou o meu nariz.

A adaga cravou em mim, e Frankenstein se virou como se fosse uma chave eeu a fechadura.

A maneira que Lucy cheirava a chiclete de cereja e pimenta .

Sangue gotejou-se na rachadura do solo. Ele infiltrou pela força de lixiviaçãoe cura. Lutei, sentindo cada gota, uma vez que escorria pelo meu corpo.

A maneira que Lucy ria quando ela pensava que ninguém poderia ouvi-la .

Minhas pupilas dilataram dolorosamente quando ele virou uma lâmpada UVliberada de uma cama de bronzeamento artificial em meus olhos. Gravada em meucérebro, me deixou sentindo fraco, como se fosse meio-dia.

Lucy tocando seu violão .

Frankenstein pegou um copo de líquido claro e mergulhou a ponta dentro

 —  Água benta — disse ele, quase em tom de conversa.

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Lucy e eu estendidos sobre a grama observando as luzes do norte .

Ele jogou gotas em meus cortes, inspecionando com curiosidade como asbolhas se formavam. Engasguei com um grito, amordaçado, lutei.

A forma da boca de Lucy moveu sob minha, a maneira de seu corpo caber contra o meu, do jeito que ela sussurrava meu nome .

Ele mergulhou a ponta na água benta e arrastou-a levemente sobre a ferida,o suficiente para fazer meus olhos rolarem para trás na minha cabeça, mas não osuficiente para causar o tipo de dano duradouro que possa me tirar do jogo.

Lucy e eu sentados no forte secreto na árvore para ouvir música .

Cortes superficiais sobre meu coração. Mais sangue, mais dor.

Lucy...

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Capitulo 22Solange

 Terça-feira, 03h00.

Eu não sabia o que fazer comigo mesma.

O walkie-talkie que meu pai me deu ficou preso no meu bolso. Eu ansiavapor usá-lo. Eu poderia ligar para a mamãe para pedir desculpas, ou a Lucy parame ajudar a descobrir por que eu insistia em rasgar a minha vida em pedaçoscomo faço procurando o caramelo no meio de um doce de chocolate. Eu poderia

chamar Kieran.

Eu cerrei meus dedos juntos antes que eu pudesse chamá-los. Não era horapara rastejar de volta para casa. Havia muito que precisava descobrir. Muitasperguntas, segredos demais.

Constantine passou-me um copo de vinho adulterado com sangue. Osoutros estavam falando baixinho, atirando-me olhares curiosos. Chamas das velastremeluziam dentro das lanternas, lançando padrões de luz sobre os tapetes e ostroncos de árvores, como vaga-lumes. Estava ficando mais frio, neve degola agrama e galhos.

 — O que aconteceu? — eu perguntei, bebendo o vinho.

 —  Destino  —  Constantino sentou-se confortavelmente, com a pernapressionada contra a minha. — Ninguém disse que seria confortável.

Ele está certo. É a nossa vez agora. Meu tempo .

 Todos os outros provavelmente pensavam que eu estava jogando uma birra,mas ele entendeu que havia algo mais queimando sob a minha pele. Eu só tinhaque descobrir. Às vezes, eu não me sinto como eu mesma. E eu não tinha certezade como descobrir quem eu era, se eu não era Solange, rara filha vampiro, a

Princesa Drake, a irmã bebê.

 —  Meus irmãos foram quase estacados  —  eu ainda me sinto um poucochocada com isso.

 — Um acidente — disse Constantino, sua mão fazendo cócegas nas minhascostas, como se eu fosse um gato selvagem que precisasse se calmar. Eu me sentium pouco como ronronar. Era como se houvesse duas de mim: a Solange quesabia melhor e Solange que não se importava.  — Isso não vai acontecer de novo, — ele me assegurou — Você tem a minha palavra.

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Eu não estava preocupada com isso acontecendo de novo, não com a minhacompulsão de feromônios. Eu só estava preocupada que tinha acontecido. Issoentorpeceu o brilho de ser eu própria.

Por mim mesma.

Eu poderia tomar decisões por mim agora. Como a salvar Constantino deuma execução injusta. Eu me senti bem com isso. Eu só tinha que ficar com issono momento. Tinha que ser o suficiente.

Mas eu não podia ajudar, mas me pergunto o que Madame Veronique estavafazendo agora.

Eu tremia.

 — O que vamos fazer quando o sol nascer?

 — Eu tenho um ponto, amor. Não se preocupe. —  Então o que é que vamos fazer com esses desaparecimentos?  —  Elias

perguntou — Como é que vamos encontrar Ianthe?

 — Nós tentamos segui-la — disse Jude frustrado  — Mas, além de seu lenço,não encontramos nada.

 — Quantos estão desaparecidos? — eu perguntei.

 — Pelo menos sete que conhecemos.

 — Mesmo com a Chandramaa?Marigold bufou, esticando suas pernas sobre a mesa. Não havia esmalte em

seus dedos dos pés.

 — Chandramaa preocupou com o acampamento e a rainha, nada mais.

Eu fiz uma careta.

 — Espere, então minha mãe poderia obrigá-los a procurar?

 — Sim — respondeu Constantino.

 —  Tecnicamente, sim  —  Elias corrigiu  —  Chandramaa pode proteger arainha, mas não recebem ordens de outra pessoa. Quem quer que seja. E não éprovável que divida seu foco com as cerimônias e conselhos tão perto.

 — Isso não me parece justo.

Marigold encolheu os ombros.

 — Não tem que ser. Mas, realisticamente falando, não há necessidade dequalquer um de nós a deixar o campo. É seguro e têm sangue suficiente paratodos. Se sairmos e termos que roubar, é culpa nossa, realmente. Eles deixaram

claro quando montamos a residência.

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 — Volta para você, Hamilton — eu não tinha certeza de por que estávamosbrigando. Lucy me conhecia melhor do que eu mesma, às vezes. Eu deveria terpedido a sua ajuda. Especialmente com Kieran escondido na floresta.

 —  Você vai deixá-lo, ou o que?  —  Lucy perguntou  —  Ele veio até aqui

comigo para ter certeza de que está bem. Você sabe, depois que vocês terminarame se esqueceu de me dizer sobre isso.

 — Deixe-o passar — eu chamei em voz alta, sabendo que iria me ouvir.

Lucy se aproximou de mim.

 — Ele sente falta de você  — ela disse em voz baixa quando Kieran saiu dalinha das árvores. Ela olhou para mim.  —  E eu sei que você sente falta deletambém.

 —  É melhor assim  —  eu disse. Ela não tinha ideia da sede que gritava

dentro de mim, mesmo apenas vendo sua silhueta. Mesmo quando eu olhei paraela, ela estava ligeiramente manchada com vermelho, como se tudo estivesseencharcado de sangue. Minhas gengivas feriam em torno de meus dentes. E haviaessa coisa um pouco sobre a minha loucura. — Vocês não deveriam ter vindo.

 — Tarde demais agora — ela disse alegremente.

Kieran parecia bem. Ele usava suas calças cargos usuais, seu cabelo escurodespenteado pelo vento, os ombros curvados contra possível ataque de vampirosnas sombras. Eu sabia que ele já catalogava o brilho dos olhos no escuro, a pelepálida, o movimento de guardas do outro lado da residência.

Ele parou na minha frente. Eu não conseguia encontrar seus olhos.

 — Oi.

 — Oi.

Houve uma longa pausa embaraçosa durante o qual eu me pensava apenasem acabar com ela.

 — Patético  — Lucy finalmente xingou a si mesma.  — Uau!  — Acrescentouela, quando ela avistou a residência. As lanternas balançavam suavemente. Da

daqui, não podia ver a comida nas traça ou os remendos nos sofás de veludo.  —  Ok, isso é legal.

 — É uma habitação  — eu disse, sorrindo ligeiramente  — Não é grande?  — Kieran mal olhou para ela. Meu sorriso morreu.  —  O que vocês estão fazendoaqui?

 — Ah, eu não sei — Lucy disse com indiferença seca. — Meio que ouvi que aminha melhor amiga estava indo para o lado negro.

Eu fiz uma carranca.

 — Eu estava salvando uma vida, na verdade.

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 —  Olha, às vezes, as coisas ficam um pouco confusas quando estou comfome, ok?

 — Você está saindo do ar? — Kieran perguntou abruptamente.

 — Não. Não é assim. É só...  — eu dei de ombros, incapaz de encontrar aspalavras certas. — Eu não sei. — Eu não mencionei a voz feminina, ou as coisasque ela sussurrou para mim. Provavelmente era estúpido não dizer, mas eu nãoqueria que eles pensassem que eu estava ficando louca acima de tudo. Então elesrealmente insistiriam que eu não podia tomar conta de mim. Eu só estou aqui para te proteger. Você não tem que ter medo .

 — O que sua família diz? — Lucy perguntou.

 — Tio Geoffrey quer fazer mais testes.  — eu fiz uma careta  — Eu sou suaalmofada de alfinete morto-vivo.

Lucy meio que riu.

 —  Eu posso apenas imaginar. Ainda. Algo grande está acontecendo, Sol.Você não deveria ficar com a sua família?

 — E sacrificar alguém que me salvou?

 — Acho que não — ela parecia descontente.

 —  Por que todo mundo está tão determinado a pensar o pior deConstantine? Ele salvou minha vida. Quando Kieran salvou a minha vida, todospraticamente lhe deram a chave da casa. E ele é um Caçador. E depois queIsabeau salvou a minha vida, Logan foi e caiu de amor por ela. Ninguém sequerpiscou.

 — Você está apaixonada por ele? — Kieran perguntou calmamente.

Lucy deu um passo para trás e fingiu que não estava avidamente escutando.Sinceramente, não sei de que lado ela estava, e eu não podia culpá-la. Eu mecontorci.

 — Você está? — Kieran repetiu.

 — Não — eu respondi — Claro que não. — Eu não estou apaixonada por ele,apenas... Intrigada. E eu sentia falta de Kieran. Eu senti falta quando ele nãolutou, quando ele levantou-se e não lutou pelo que ele acreditava, mesmo quandooutros tentaram derrubá-lo. Ele era como um dos cavaleiros nas históriasmedievais. E eu era o dragão.  — Nós terminamos — eu o lembrei — E você já estáapaixonado por alguém?

Quando o vento mudou, a consulta tornou-se menos perto da retaliação emais uma questão real que precisava de uma resposta. Agora.

Porque eu podia sentir o cheiro das meninas em cima dele.

E por alguma razão que fez doer minha gengiva ao redor dos meus dentes.

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 — Sol  — disse Lucy.  — Seus olhos estão... estranhos. Eles são geralmentevermelhos?

Meu nariz se contraiu.

 — Eu posso cheirá-las em você.

Kieran parecia confuso.

 — Quem? Os vampiros?

 — Não, meninas.

 — Meninas? O que você está falando? —  Ele está mentindo para nós. Ele não  pode ser confiável.

Uma parte de mim reconheceu que ele estava realmente encantado com amudança do tema e que eu estava exagerando. Mas a raiva dentro de mim, sempreà procura de um lugar para pousar, mas não se importava.

 — Pelo menos três meninas diferentes em você  — eu disse, levantando oslábios sobre meus dentes enquanto eu ordenadas através dos aromas. Kieran mãopairou sobre o jogo de armas em seu cinto. Eu agarrei a lapela de seu paletó,mantendo-o ainda. — Não perdeu tempo, não é?

Eu estava perto o suficiente, agora que o perfume dos meus feromôniosenfurecidos fez sua mandíbula apertar. Seus dedos roçaram o topo da sua estaca,mas ele não soltou. Sua outra mão agarrou o meu quadril, lutando contra a forçada minha mão em seu casaco. Nós estávamos congelados em uma dança selvagem,com apenas a música do bombeamento de sangue violentamente nas minhas veias.Sua respiração era quente na minha bochecha.

 — Quem são elas? — eu exigi.

Lucy revirou os olhos.

 — Eu, Hunter, e Chloe. Estávamos lutando contra vampiros enviados paramatá-lo, lembra? Se controle já.

Nós dois a ignoramos.

Ele chegou mais perto, as linhas de seu rosto duro.

 — E sobre Constantine?

 — Isto não é sobre ele.

 — Então é sobre o que?

Estávamos tão perto e ele se sentia tão bem, como se fosse apenas nós doisem casa no porão onde nós realmente falamos como uma menina e um menino,não uma vampira e um Caçador, quase o beijei. Ou ele quase me beijou. Eu não

podia ter certeza. Eu era tudo fogo e faísca cortantes. Eu ainda estava com raiva e

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repente grosso como a névoa na charneca. As linhas nos olhos dele estavampronunciadas. Mesmo suas tatuagens pareciam acabadas. Ele disse:  — Onde elaestá?

 — Estou aqui.  — Solange respondeu calmamente, de repente ao meu lado.

Mesmo Bruno não viu o seu movimento, e ele estava tão acostumado comvampiros como estava com seu café da manhã. Constantine estava lá também,mas eu o ignorei. Eu não tinha tempo para ninguém além de Nicholas.

Bruno bateu no ombro dela cautelosamente, como se quisesse oferecerconforto para a menina que ele protegeu a vida toda, mas não tinha certeza se suamão poderia ter quebrado por seu esforço. Solange sorriu para ele vacilante.

Nós o seguimos rapidamente. Constantine estava à direita de Solange, com amão na parte de trás do pescoço dela. Kieran estava à sua esquerda, e ela estavasegurando sua mão nas sombras, agarrando com tanta força que eu vi osmúsculos em contração nos antebraços. Mas ele não a deixou ir e não disse umapalavra para mim, só passou a estaca com a mão que estava livre. Foi reduzido aum objeto de matar, como as varas que eu estava aprendendo a usar com Hunter.Eu me senti melhor com o peso dela na minha mão.

Os Drakes esperavam preocupados em um amontoado sobre um mapacolocado em um toco de árvore. Um riacho fino serpenteava ao lado deles,brilhando como um espelho quebrado. Eu não podia deixar de pensar nosespelhos de Lady Natasha nas cortes reais. Nicholas tinha sobrevivido a ela; elepoderia sobreviver a isso também. O que quer que isso fosse.

Houve conforto imediato na maneira calma e autoritária em que Liamordenou aos guardas para patrulhar, mesmo com a a tensão abatida ao redor dosseus olhos. Connor e Quinn eram como espadas de raiva sob os pinheiros. Marcusfranzia a testa e o queixo de Duncan parecia de pedra. Os guardas ficaramespalhados em torno deles. Sebastian estava ouvindo pacientemente como sempre,observando tudo. Ele foi o primeiro a ver nossa aproximação e cutucou Liam quevirou-se, sorrindo um pouco quando nos viu. Os irmãos de Solange a olharam comcautela. Havia sangue nas camisas deles.

Helena marchou em nossa direção, com a espada brilhando.

 — Lucy. — ela disse. Ela me deu um abraço apertado e senti meus ombrossendo moídos, mas eu não me importava. Abracei-a de volta e tentei não chorar.Ela finalmente me deixou ir, tocando minha bochecha, antes que o fogo da batalhaflamejasse em seus olhos novamente. Eu sabia que ela faria o que fosse necessáriopara ter seu filho de volta, e ela sabia que eu ia fazer o que fosse necessário parater meu namorado de volta. Foi um acordo tácito, e ajudou a empurrar para baixoo pânico frenético que fervia na minha barriga.

 — Mãe, o que aconteceu?  — Solange perguntou. Ela era mais próxima de

Nicholas e sempre tinha sido. Kieran ainda segurava a mão dela. —  Nós não sabemos ainda.  —  Helena respondeu. Ela olhou para

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Constantine e acenou com a cabeça uma vez.  — Qualquer ajuda é apreciada.  —  ela disse sem rodeios. Ele acenou de volta cortesmente. Eu podia supor que aúltima conversa deles não tinha sido polida.

 —  Nicholas ativou o seu GPS.  —  Connor disse. O simpático nerd de

computador estava escondido sob uma camada de pura ira Drake.  —  Eu sódescobri agora, quando saí à procura de um sinal.

 — E? — Solange pressionou.

 —  E eles encontraram roupas da sua guarda, cinzas e nada mais.  —  Duncan respondeu firmemente.

 — Resgate? — Eu perguntei. —  Igual com Christabel? — Resgate significavaque ele ainda estava vivo. Você não poderia cobrar se a sua vítima estava... não.Eu não poderia ir por aí.

 — Não tem como saber ainda.  — Liam disse. Bruno se juntou a ele com omapa, já dando ordens em seu telefone.

 — Logan e Isabeau já saíram. — Duncan adicionou. — Eles estão esperandoCarlos Magno pegar o cheiro do Nicholas antes que caia mais neve, ou pior, chuva. — Ele olhou para o branco céu de inverno sem muita esperança. Já tinha umaneve muito leve caindo entre nós. Mas os cães de Isabeau eram lendários. Uma vezeles rastrearam Montmartre através dessa mesma floresta.

 — Tia Hyacinth já está fora também.  — acrescentou Quinn.  — Tio G. estáhospedado no acampamento para garantir que isto não é algum tipo de isca. Epara manter um olho em Christabel e London.

Eu balancei a cabeça, porque eu não conseguia encontrar a minha voz.Meus punhos cerrados em torno da estaca, lascas de madeira entrando na palmada minha mão. A família havia indicado o local onde Nicholas tinha pedido porajuda. Era um círculo vermelho, como sangue. Não havia nada além da montanhae a floresta ao redor dele por quilômetros.

 — Você deveria voltar para a escola. — Liam disse-me gentilmente.

Eu encontrei a minha voz rapidamente.

 — O quê? De jeito nenhum!

 — Ele está certo, Luce. — Sebastian adicionou calmamente no seu jeito sério,que era tão parecido com Nicholas. Minha garganta ficou apertada com lágrimas.

 —   Você está “alto”? —  Eu perguntei, piscando furiosamente.  —  Eu nãovoltarei para casa até encontrá-lo.

 —  Você não está segura aqui.  —  ele disse.  —  A floresta está cheia de

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vampiros e Caçadores agora.

 — Eu não me importo! — eu disse.

 — Nós poderíamos dar uns guardas para protêge-la, mas seriam no mínimo

três guardas a menos para procurar Nicholas. — Sebastian apontou amavelmente.

Era como se ele tivesse me dado um soco. Ele era geralmente tão calmo egentil que você poderia esquecer tão cruel e insensível ele podia ser.

Mas ele estava certo.

O pensamento de voltar a sentar-me no meu quarto e esperar impotente mefez querer vomitar, mas ele estava certo.

 — Eu vou mantê-la informada — Connor prometeu.

Eu concordei balançando a cabeça. Eu sabia que se dissesse alguma coisaagora, seria estridente e ininteligível.

 — Vou levá-la de volta para a escola. — Kieran disse.

 — Minha moto não está muito longe daqui. — eu disse.

 — Eu vou com você, pelo menos, até lá.*  — Duncan disse, afastando-se daárvore em que estava encostado.  — Eu vou verificar novamente a sua moto para

sua segurança, antes de você ir. As trilhas são umas vadias nos cabos da bateria.

Morcegos mergulharam e deram cambalhotas ao redor dele. As calças jeansde Duncan estavam gastas nas bainhas manchadas com óle wo de motor. Eleparecia um valentão, como se pertencesse a um velho filme de James Dean. Masquando ele olhou para Solange, parecia com um filhote ferido. Eu apenas nãosabia quem era mais louco. Agora que os Drakes estavam lutando entre si,defendê-los tinha se tornado um trabalho em tempo integral.

 — Tente não se preocupar.  — Liam disse, beijando minha testa. Meu lábioinferior tremeu embaraçosamente.

Solange me parou. Morcegos baixaram à nossa volta como uma cortina decouro.

 — Nós vamos encontrá-lo.  — ela sussurrou.  — Lucy, eu prometo.  — Seusolhos eram de um azul pálido como o luar na neve, com veias vermelhas como orelâmpago do inverno. As veias em seus pulsos e clavícula praticamentequeimaram como um rastro de gasolina para dinamite.  —  Não importa o queaconteça. — ela disse.

Nós nos abraçamos brevemente, e com força. Os morcegos se afastaram.Duncan e Kieran estavam esperando por mim.

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 — Se eles não o encontrarem hoje à noite, eu vou sair à procura amanhã dequalquer maneira. — Eu disse quando saímos do bosque, abaixando-se sob galhose troncos caídos, e toras com cogumelos de neve incrustados.

 — Eu sei. — disse Kieran. — Eu já mandei uma mensagem para Hunter.

 Tentei sorrir para ele.

 — Solange foi estúpida ao terminar com você. — eu disse.

Ele apenas bufou.

Eu não fui para o meu quarto depois que Kieran me deixou atrás do campus.Eu não podia suportar a idéia de estar lá com Sarita olhando para mim enquantoeu lutava para não cair. E eu não queria que Hunter ou Chloe ou Jenna meencontrasse. Piedade era veneno agora. Eu precisava ficar sozinha.

Eu retornei e corri para um canto da floresta, parando apenas nas sombras.Não conseguia segurar as lágrimas por mais um segundo. Elas fizeram a minhavisão vacilar e arderam as minhas bochechas frias. Eu soluçei até tossir sal,

lágrimas e medo.

Nicholas tinha que estar bem.

Ele só tinha que estar.

A casca da árvore puxou meu cabelo, mantendo-me ancorada. Eu queriagritar, chorar e entregar-me ao pânico, mas tinha que ser forte. Não tinha que serforte? Eu não conseguia lembrar exatamente o motivo agora, mas tentei recuperaro folêgo de qualquer maneira. Eu limpei o meu rosto.

Eu ainda tinha a arma improvisada que Kieran tinha me dado. E mesmoque Sebastian estivesse certo de que eles não poderiam poupar todos os guardas,não havia razão para que eu não pudesse ir agora, por mim mesma. Ninguémtinha que saber. E era melhor do que ficar sentada. Qualquer coisa era melhor doque ficar sentada.

Eu pesquei um tecido do bolso, assoei meu nariz, e contornei os gramadosde volta ao estacionamento para pegar o meu carro. Eu seria pega por dirigir nomeio da noite, com certeza. Eu não podia sair às escondidas no Lemon Drop, queé como o meu pai chamava o meu carro. Eu podia caminhar até a montanha, mas

isso tomaria a maior parte da noite e da manhã também, e as trilhas não eramexatamente confiáveis. E eu realmente só tinha uma vaga idéia de onde estava

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Eu chequei meu telefone de novo, mas não houve atualizações. Senti meusolhos fundos com o cansaço, mas a minha pele estava formigando. Eu puxei outrosuéter e um cachecol e subi as escadas para o telhado do dormitório. Ele foicercado com um ferro forjado à moda antiga, coletando neve nos cantos. O vento

estava vicioso. Eu podia ver onde a floresta deu lugar para as montanhas ao longe,sob o brilho tênue da lua, desvanecendo-se no céu cor-de-rosa.

Minha mãe sempre me disse que quando você não sabe mais o que fazer,você sai. Ela disse que o céu e o sol e as árvores curavam. Que as estrelas e asrochas poderiam abrigar você, a lua poderia proteger você. E isso cantando,queimando incenso e orando poderia ajudar você quando nada mais podia.

Eu não estava com humor para cantar.

Eu inclinei minha cabeça para trás por um momento para deixar a luz tocaro meu rosto. As nuvens pareciam esfarrapadas e comidas por traças, arrastandoneve e luar intermitente. Pedi a lua para manter Nicholas seguro.

Mas o luar não era o suficiente.

O vento frio não foi suficiente, o gelo sobre o muro e a neve não foramsuficientes, e o sol nascente principalmente, não foi suficiente.

Porque quando a neve virou chuva, eu queria gritar. A chuva iria lavar seucheiro e seus rastros. De repente senti-me tão forte e perigosa que você poderia ter

me usado como um florete. Eu estava com tanta raiva que praticamente brilhava.A raiva ajudou a abafar o medo doentio e o peso de ferro frio da tristeza que pôdearrastar-me por baixo e manter-me lá. Eu não podia desistir. Eu não iria desistir.

Nicholas era forte. Os Drakes eram grandes Caçadores e guerreiros aindamelhores. Helena iria incendiar a floresta se precisasse. Eu tinha que acreditarque ele estava bem e que voltaria para casa, mesmo se eu tivesse que forçar minhavontade sobre toda a ordem cósmica. Mamãe disse que as pessoas criam suaprópria realidade. Se você acredita profundamente em algo e envia-lhe energiasuficiente, pode fazer isso acontecer. Ela era cheia de histórias de curasmilagrosas de câncer e sonhos que alertaram pessoas para saírem de aviões quecaíram do céu. Isabeau poderia ter dito a mesma coisa, chamando isso de magia.Eu só sabia que não poderia conter essa dor dentro de mim.

Então, eu a usaria como arma.

Eu gritei tão longo e alto, os pombos no telhado voaram para longehistericamente.

Eu gritei até a minha voz ter ficar rouca, minha garganta ficou em carne viva,e meu rosto ficou vermelho o bastante para explodir. Gritei até dois professores

que eu não conhecia, surgirem armados no telhado. Um deles tentou segurar-me,mas eu caí de joelhos. Eu ainda estava soluçando, chorando e gritando quando

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Capitulo 24Solange

 Terça à noite, depois do pôr do sol.

Eu acordei confusa.

Eu sabia que o sol se punha, sabia que eu estava com tanta sede que euestava vendo vermelho, mas eu não conseguia me lembrar onde eu estava. Eu nãoestava na casa segura da família. Eu não podia ouvir meus irmãos remexendo assalas contíguas, ou minha mãe evitando os guardas até que ela tivesse seu sangue

da manhã. O quarto estava menor, apertado, com água descendo do teto decimento e pelo ralo no chão. Havia uma prateleira com velas acesas estabelecidosem um canto e uma cama estreita debaixo de mim. E foi isso.

E então eu a cheirei.

Humano, quente, disposto.

A fome, na verdade, rosnou dentro de mim. Eu não tinha certeza de como oresto da minha família sentia isso, mas às vezes eu sentia como uma sede nagarganta, às vezes, como uma fome na barriga. E quando essa se mostrava, era

sempre dolorosa, como se eu estivesse desidratada e em ruínas, como se faíscasazuis arqueassem de cada movimento meu. Só uma coisa me fazia melhor: osangue. E o sangue vivo, apesar das objeções da minha família, trabalhava maisrápido e melhor. E era impossível resistir quando apresentada de forma agradávellogo depois do pôr do sol.

 — Por favor, Princesa.

Era Penélope novamente, ajoelhada ao lado da minha cama, estendendoseus braços nus. Constantine estava nas sombras atrás dela. Eu queriaperguntar-lhe o que estava acontecendo, mas o pulso estava bem ali, veias azuis

pulsando, e a fome assumiu. Mordi, sangue quente enchendo minha boca,inundando-me com vitalidade. Bebi avidamente, prendendo o pulso de Penélopena minha boca. Quanto mais eu bebia, menos minhas gengivas doíam, menos eucoçava minha pele como se fosse errado, menos fraca e confusa eu me sentia. Acabeça de Penélope caiu para trás, com os cabelos longos e encaracoladosarrastando no chão sujo. Eu bebia até que ela começou a cair e eu comecei avoltar a mim mesma o suficiente para saber parar.

Constantine adiantou-se no exato momento em que eu me perguntava comofaria para afastá-la. Ele retirou o pulso de Penélope do meu controle e ajudou-a aficar de pé, pressionando um pedaço de pano limpo nas feridas pequenas.

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 — Meu irmão — eu disse com a voz rouca.

Ele passou a mão sobre o rosto, como se ele também precisasse se recompor.O sorriso sedutor – a inclinação torta do seu sorriso que me fez sentir como se euestivesse em fogo – se foi.

 — Eu verifiquei. Nenhuma palavra ainda.

Eu passei por ele, correndo os degraus de metal e através do portão aberto.A floresta brilhava e cintilava como se fosse esculpida em diamantes e obsidiana.A neve tinha derretido e mais chuva caiu durante o dia. Quando a noite caiu e atemperatura caiu, o gelo cobria cada superfície. Ele pingava de ramos, brilhavaentre as agulhas de cedro planas como rendas, e mastigava os pés. Mesmo aspequenas veias em folhas caídas de carvalho foram traçados com geada. Euescolhi o meu caminho delicadamente por ela, com medo de fazer um som único erachar o mundo congelado em pedaços.

O local de veraneio estava ainda mais bonito. Ele estava amarrado comcontas de cristal de gelo e coberto com mantos de geada. Velas queimadasderretiam pequenas poças de água sob as lanternas que refletiam a luzbruxuleante. Alguém tinha construído um incêndio em um caldeirão de ferro, e eleretrucou alegremente. Eu queria sentar em uma cadeira de veludo e absorver tudoaquilo.

Eu virei às costas para a beleza do conto de fadas do inverno.

 — Eu preciso caçar para encontrar Nicholas.

 — Mas é claro que sim — concordou Constantine — Eu vou com você.

 — Você vai?

Ele deu um meio sorriso.

 — Eu sei que os Drakes são ferozes e tudo, amor, mas eu venho fazendo issomais do que você.

Eu balancei a cabeça, sentindo-me agradecida e um pouco embaraçada porbeijá-lo. E um pouco culpada. Kieran e eu tínhamos terminado, mas eu ainda oamava, e ele esteve lá por mim quando eu precisei dele. Eu não o tinha traído,

mas eu ainda me sentia estranha, como se ele pudesse me ver. Eu empurrei-opara fora da minha cabeça. Não há tempo para isso.

 Tempo só para encontrar Nicholas.

Havia postos avançados de busca estabelecidos entre o acampamento e olocal de veraneio, bem como onde Nicholas tinha ativado seu GPS. Eu chequeicom eles e manteve o canal da família aberto no novo walkie-talkie que me tinhasido entregue depois que eu acidentalmente quebrei o último o chicoteandonaquela árvore. Havia mapas com códigos de cores e anotações para manter ocontrole do padrão de pesquisa.

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Eu tinha tantos guardas seguindo-me, tanto dos meus pais e do local deveraneio, que, quando Constantine ignorou-me para concentrar-se na caça, mesenti tão bem quanto seus beijos. Eu fiquei longe da minha família. Pareceu-memais fácil.

Eles reduziram o paradeiro de Nicholas para a montanha, a única outrapossibilidade é que ele tinha sido tomado por entre as árvores e o cheiro já haviase dispersado. Eu não podia suportar pensar sobre isso. Enfim, eu não poderiaprocurar fora da floresta, não com minhas presas triplas e olhos alargados, comotinta vermelha na água. Bruno e sua unidade tomariam as estradas e a cidade, eassim também Lucy e seus amigos. Eu me concentraria nas cavernas com algunsdos outros.

Parecia simples no papel: encontrar a caverna onde Nicholas havia sidotomado. Mas havia centenas de cavernas e centenas de becos sem saída. Não sóprecisávamos procurar em cada uma, precisávamos mapear e narrar a nossa

busca, para não voltar e perder um tempo precioso.

Mas, mesmo com a nossa grande família e aliados, o tempo estava seesgotando.

Nós nem sequer sabíamos se ele tinha sobrevivido ao último dia. Ele poderiaser preso em pleno sol para que todos nós soubéssemos. Eu não poderia suportarisso. Ele não era apenas meu irmão, ele era meu amigo.

Aquela voz sussurrou dentro de mim de novo, como a água fechando sobreminha cabeça. Eu posso te ajudar. Deixe-me sair .

Eu empurrei-a de lado.

Nós caçamos por horas, seguindo meia trilhas e sugestões de perfume.Metade do tempo que levou para outro dos meus irmãos, não Nicholas.

E, então, nós o ouvimos.

Um grito rouco ecoando de em algum lugar dentro da montanha.

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das lágrimas, eu as afastava e continuava dirigindo.

Eu estava determinada a encontrar ele, ou no mínimo, pistas de onde eleestava.

Eu encontrei um ônibus escolar enferrujado, sete sapatos abandonados, umvestido do século XVI bordado com um buraco no espartilho bem sobre o coraçãoe um homem sem-teto que jogou uma lata na minha cabeça quando eu tentei dar-lhe . E eu gastei cada centavo da minha mesada com gasolina para o carro eimplorei para meus pais por mais dinheiro. Tudo isso para nada.

Enfiei o mapa que eu estivera debruçada sobre o meu colo para enxergar efiquei de pé, inquieta demais para ficar parada. O sol estava se pondo do outrolado da janela, refletindo nos últimos vestígios de gelo. Eu podia ver Jennacorrendo na pista novamente, sua respiração ofegante formando uma fumaçabranca sobre sua cabeça.

A classe no campo de trás praticando com suas bestas. Apenas osestudantes mais velhos tinham permissão para praticar com elas durante a noite.

Eu estava segura em meu quarto aquecido, sentada sobre meu cobertor do Jack Sparrow. Eu estava segura e aquecida e Nicholas não estava.Abruptamente eu não podia aguentar mais e segui para a porta.

 — Onde você está indo? — Sarita perguntou, olhando por sobre seu dever decasa.

 — Sair.

 — Para Onde?

Eu suspirei, virando-me.

 — Por quê?

 — Porque está escuro agora e você não tem permissão para sair do campus.Diretora Bellwood foi bem clara quando me falou isso.

Rangi meus dentes

 — Eu não estou saindo do campus.

 — Oh. — ela mordeu os lábios — Você tem certeza?

Eu apenas parti, batendo a porta atrás de mim. A culpa não era dela se elaestava presa com uma colega de quarto doida, mas se eu tivesse que me explicarpara mais uma pessoa eu iria socar alguém. Voltei para o telhado, onde eu poderia

estar sozinha para assistir o último por do sol. Esse era meu novo ritual,permanecer e testemunhar as luzes cor de lavanda e índigo mergulharem por

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entre as árvores, ver as estrelas clarearem, as montanhas escurecerem. E esperare orar com todas as minhas forçar que Nicholas estivesse a salvo lá fora. Dealguma forma, se eu estivesse ali assistindo a luz se desvanecendo, eu podiaprotegê-lo.

E congelar minha bunda.

Eu enfiei meu queixo no meu cachecol, assim que a porta do terraço rangeuaberta. Eu me recusei a afastar meu olhar das árvores. Sirita ou Hunter ouqualquer um que fosse teria apenas que esperar.

 —  Oi, docinho.  —  O braço de mamãe rodeou meu ombro.Ela inclinou-separa beijar a minha têmpora.

 —  Você esta de serviço hoje?  —  Eu perguntei. Papai tinha vindo ontem,trazendo sorrateiramente sorvete de verdade e um saco de doces.

 —  Você nunca é um serviço, Lucky Moon.  —  Finalmente estava escuro osuficiente para que as luzes fossem acesas e eu a deixei me virar. Ela meexaminou. — Como você está hoje?

 — Eu estou bem. — Eu assegurei a ela, sorrindo palidamente.

 — Eu sinto falta dele também, docinho.

 — Eu sei.

Ela me abraçou, cheirando como Nag Champa. Isso era reconfortante, mefazendo pensar em coisas simples como beber chá na cozinha e as noites de filmeem família.

 —  Eu sei que ele está bem.  —  Ela falou  —  Você teria sentido se ele nãoestivesse.

Ela soou tão segura disso que eu assenti, esperando acreditar nisso também.

 — Por que você não vem pra casa? — Ela me perguntou de novo.

Eu sacudi minha cabeça. — É melhor estar ocupada. E eu fico ocupada aqui.

Nós ficamos lá, apenas assistindo as estrelas e a lua, mamãe cantandosuavemente um de seus cânticos favoritos.

Ela pressionou outra bolsa de suprimentos de artes na minha mão antes deir embora. Entre ela e o conselheiro, eu estava prestes a usar arte como terapia.

Eu continuei em cima do telhado por mais um tempo, deixando o ar frio

limpar minha cabeça.

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Um estranho flash de luz vindo das árvores na beira do campo me fezapertar os olhos. Apenas quando eu me perguntava se eu tinha imaginado ele(grande! alucinações agora), brilhou novamente.

O flash parecia errado, como o reflexo em um espelho. Meu celular vibrou no

meu bolso.

 — Olá?

Era Logan

 — Me encontre na floresta.

 — Esta luz estranha é você?

 — Sim, é um espelho. Eu não quero alguns estudantes gritando 'vampiro',então desce aqui rapidamente e não seja vista. Nós estaremos após os salgueiros.

Eu teria escalado o lado de fora do prédio, se tivesse pensado que iria mefazer chegar lá mais rápido. Desci as escadas correndo e  irrompi lá fora, meucoração na minha garganta.

Eu tive que me obrigar a ir mais devagar para que ninguém me percebesse.Eu contornei a borda mais distante do campo de balestras e abaixei-me para omato, não me endireitando até que estivesse bem escondida entre as árvores.

Fui pelo caminho que Hunter e eu geralmente usávamos, atravessei umriacho estreito e meio congelado com a ajuda do meu bastão e virei à esquerdapara onde estavam as árvores de salgueiro.

Logan esperava lá com seu casaco de veludo favorito, perto de Isabeau e deseu cão de caça Charlemagne.

 — Alguma novidade? — eu perguntei, abraçando ele tão apertado quanto eupoderia abraçar.

Ele me abraçou de volta, balançando sua cabeça

 — Nada ainda. Mas nós temos uma ideia.

E recuei do abraço, sorri para Isabeau e cocei a cabeça de Charlemagnequando ele empurrou-a sob a minha mão.

 — Certo. O que é?

Logan parecia exausto, mas sobre a camada de tristeza havia uma faísca dealgo mais.

 — Isabeau achou um feitiço.

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Pisquei para ambos

 — Eu estou dentro.

 — Você não quer saber o que é o feitiço? — Isabeau perguntou.

 — Não importa. Estou dentro.

Ela sorriu brevemente.

 — Logan disse que você falaria isso. Venha comigo.

Atravessamos entre mais salgueiros e por um bosque de abetos tão grossose torcidos que não se podia ver o centro. Isabeau afastou os ramos, retendo-ospara que Charlemagne e eu pudéssemos passar.

Logan estava atrás de nós, lançando um último olhar sondagem antes dedeixar todo aquele verde para trás como se fechassem uma porta.

Cheirava a Natal e inverno.

Uma única vela queimava dentro de uma vasilha de água no centro de umcírculo muito apertado, irregular. Ao redor da vela havia uma bolsa feita de flanelavermelha costurada com runas, um chocalho pintado feito de um osso de cão euma dispersão de cristais.

Parecia com as mesas que minha mãe arrumava ao redor da casa para osferiados onde ela queimava incenso e deixava oferendas de leite. Isso pode terassustado algumas pessoas, mas eu estava instantaneamente confortável. Oterreno era acidentado com as raízes das árvores quando me sentei, cruzando aspernas.

 —  Então como é o negócio?  —  Eu perguntei enquanto Charlemagne seentalava entre o tronco descascado e eu e descansava a cabeça no meu joelho.

 — Esse é um feitiço que deve nos ajudar a achar a localização de Nicholas. — Isabeau explicou,

A luz da vela cintilando nas correntes do vestido dela e nos pingentes aoredor das suas tatuagens e também nas cicatrizes em sua garganta. Com seulongo cabelo escuro e olhos verdes, ela estava bonita como uma boneca.

Você sabe, o tipo de boneca que ganha vida a noite para matar monstros.

 —  Kala é mais forte, você entende, mas ela não irá deixar as cavernas, ehumanos não são bem-vindos.

 — E Isabeau acha que precisamos de você para isso — Logan adicionou em

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voz baixa. — Sua conexão com Nicholas pode fazer a diferença.

Ele tirou uma camisa de dentro da bolsa e estendeu para mim.

 — Você precisa vestir isso.

Eu escorreguei para fora do meu casaco e coloquei a camisa preta pelaminha cabeça. Ela cheirava como Nicholas, como alcaçuz e sândalo. Eu abracei amim mesma, forçando o nó em minha garganta a se desfazer.

 — O que mais?

 — Isabeau vai caminhar sonhando.  — Logan respondeu.  — Meio que comoviagem astral.

 — Certo.

 — Você sabe o que isso é? — Ela soou surpresa.

 —  Você nunca conheceu minha mãe.  —  Logan e eu trocamos um sorrisoafetado. Minha mãe fez pacotes de poder com objetos sagrados para cada um dosirmãos Drake nos seus aniversários de dezesseis anos, para ajudá-los nas suasmudanças de sangue. (bloodchange). E ela dançou nua sobre a lua cheia no nossoquintal todo o tempo. Uma pequena viagem astral não era nada ;

Isabeau assentiu uma vez, impressionada.

 — Bem. Isso tornará tudo mais fácil.

Ela cravou mais ossos pintados no chão em um círculo em torno de nós. Umdeles estava envolto em fios de cobre. Ela me passou um amuleto feito de contasde granada e prata manchada. Eu o deslizei sobre a minha cabeça.

 — Pronta?

Limpei as palmas das mãos no meu jeans, sentindo uma risadinha nervosabem na minha garganta. Eu estava finalmente fazendo algo.Algo util. Eu senti asgarras do pânico que tinham estado apertando minha garganta por dias relaxarem,só um pouco.

 — Estou pronto.

 — Eu te levarei. — disse Isabeau. — Tudo o que você tem a fazer é relaxar eme seguir.

 — É um pouco desconcertante. — Logan me avisou. — Inferno, quando issoaconteceu comigo pela primeira vez, eu pensei que alguém tivesse me dado drogas.

Eu assenti.

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 — Eu consigo fazer isso.

Eu respirei fundo e murmurei um mantra da minha mãe. Logan se sentouonde estava, uma espada equilibrada entre seus joelhos. Ele ficou focado, nos

guardando.

No início nada aconteceu. Respirei fundo várias vezes, com meu bumbumficando dormente nesse chão frio. Eu respirei um pouco mais. E então era como seo pingente que Isabeau me deu começasse a aquecer, lentamente, como umabrasa embalada sobre o meu umbigo.

 — Abra seus olhos — Isabeau murmurou. — Lucy.

 — Eu não sinto nenhuma diferença. Eu não acho que isso funcionou.Eu abri meus olhos, desapontada. — Whoa.

Isabeau estava em pé na minha frente, e ainda assim eu podia ver atravésdela para onde seu corpo ainda estava sentado entre as raízes das árvores.

Charlemagne me cheirou, e em seguida, colocou o queixo em suas patas. Asbordas dos ramos e os ossos de cães brilhavam. A espada de Logan estava tãobrilhante que era difícil de olhar. O mundo tinha sido descolorido até o osso edepois certas áreas pintadas com cores de carnaval. Até eu estava brilhandofracamente.

 — Por que eu estou rosa? — Eu ergui minha mão, vi bem através dela. Issome fez sentir realmente estranha. — Eu pareço um chiclete.

 — Isso é sua aura. — Isabeau respondeu.

 — Minha aura de cor rosa algodão-doce? Cara. Isso é embaraçoso.

 — Venha, nós não temos muito tempo.

Levantei-me, sentindo-me toda flutuante e com vertigens. Minhas botasficaram um pouco acima do solo. Eu podia sentir o vento, mas não a mordida friadele através de minhas roupas. E o pulso quente do amuleto queimado, atirandofaíscas.

 — Hm, isso supostamente deveria fazer isso?

 — Pense em Nicholas. Pense nele o máximo que você puder.

Eu não tenho feito muito mais que isso em dias então essa parte era fácil.Eu imaginei o seu cabelo escuro e despenteado, o sorriso sério, a forma como eleolhou para mim antes que ele fosse me beijar. Eu vi a sua gravata preta favorita, a

foto de nós dois em cima de sua mesa, o cinza de uma tempestade de inverno deseus olhos.

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 — Temos que ir. Seu corpo está puxando você de volta.

 — Não! Ainda não!

Ela pegou minha mão novamente.

 — Agora, Lucy.

 — Não!

Eu lutei. Ela simplesmente me virou e puxou a corrente do amuleto. Elesaiu em sua mão, e eu me senti sendo sugada de volta, as árvores cada vez maisdifusas na direção errada, espalhando cores em uma centena de tons de azul.

Eu aterrissei em meu corpo, como se eu tivesse mergulhado do penhasco.Engoli em seco alto, em seguida, e então me levantei, gemendo.

 — Ai. A ponta do meu nariz e minhas bochechas estavam dormentes. Meupé esquerdo estava dormente. Isabeau sentou-se, sorrindo triunfante. Eu fiz umacarranca.

 — Por que você está sorrindo? Nós não o encontramos!

 — Não, mas você viu que o caminho de faíscas brilhou brevemente em suasilhueta? No final, nas cavernas?

 — Sim. E então?

 — Então, — ela explicou — agora nós sabemos que ele esta vivo.

Logan e eu a encaramos por um longo momento, com medo de acreditarnela.

 — Ele está vivo? — Eu perguntei em voz baixa. — Você tem certeza?

Ela assentiu com a cabeça, e tocou a mão de Logan.

 — Eu tenho certeza.

Alívio me fez rir através das lágrimas, e se tinha um tom um pouco histérico,ninguém comentou. Logan estava muito ocupado sorrindo como idiota.

Isabeau apenas olhou para nós, com calma, como se fôssemos loucos.

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Capitulo 26Solange

Sábado à noite, 08h00min.

Andei pela habitação, querendo assobiar por causa de tudo e todos. Nósainda não tínhamos encontrado Nicholas. Eu ainda estava lutando com a minhafamília. Eu ainda estava lutando comigo mesma, consciente do vermelhoembevecido de necessidade que não pude articular.

Os outros eram tranquilos sobre beber de garrafas de vidro e discutir sobrepolítica. Eu não me importava com a política. Mas eu estava começando a meperguntar se era a única maneira de fazer as coisas.

Constantine fez sinal para Penélope e dois caras das sombras ao redor dosalão ao ar livre. Eles vieram por vontade própria, como sempre. Meus dentes

cutucaram em meus lábios.

Spencer, que estava deitado em um sofá, sentou-se carrancudo.

 —  Escravos de sangue?  — questionou.

Eu apenas dei de ombros e olhou para longe.

 —   Não é legal  —  acrescentou. Ele balançou a cabeça antes de deixar a

clareira.

Marigold pegou um pirulito em seguida, lançando-me um sorriso descuidado.

 — Desculpe Princesa, mas ele é mais bonito.

Eu só suspirei. Eu me senti enorme para meu corpo, como se minha cabeçaestivesse muito lotada. Eu queria sangue. Eu queria ser deixada sozinha. Euqueria marchar para o acampamento Lua de Sangue e exigir que todos saíssem e

procurassem o meu irmão.

Eu posso ajudá-la a fazer isso. Eu posso ajudá-la a encontrar seu irmão. Mas você tem que me ajudar primeiro .

Fiz uma pausa, morcegos mergulhando fora das copas das árvores.

Nicholas tinha arriscado sua vida de novo e de novo por mim. Maldito eu

tinha que fazer o mesmo por ele. Mesmo se eu tivesse que derrubar o Chandramaatodo acampamento Lua de Sangue.

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Mas só havia uma maneira de fazer isso.

Apesar de nossas diferenças, eu tinha certeza de que minha mãeconcordaria. Que fazia isso um pouco mais fácil.

Um pouco, mas não muito.

Constantine deve ter visto algo na minha expressão, porque ele seaproximou.

 — O que é isso?

 —   Acontece que os vampiros estão desaparecidos. Meu irmão estádesaparecido. Somente outro vampiro podia fazer isso, neste lugar, debaixo de

nossos narizes, certo?

 —  Provavelmente. Ou pelo menos alguém que trabalha com um.

 —  Então, com toda a probabilidade, o mesmo vampiro, ou vampiros, estão

no campo Lua de Sangue agora. Eles sabem o que aconteceu com Nicolau. E elesficam impunes.

Constantine sorriu lentamente e se inclinou para arrastar sua boca ao

longodo meu pescoço. Eu tremia.

 — O que você propõe Princesa?

 —   Um golpe.  —  Algo em mim se mexeu, como brasas rebentando em

chamas. Eu me senti quente, queimando por dentro. A voz suave femininaronronava como um gato. Sim. Quando formos rainhas tudo vai ser melhor. Eu  prometo isso .

Constantine riu baixinho, sombriamente.

 — Finalmente.

 —  Ninguém se machuca.

 —   Eu não posso prometer isso.  —  Ele disse suavemente, mas seus olhos

violeta brilhavam ferozmente.

Sua família é fraca. Eles só a derrubam, querem fazer você obedecer e se ajoelhar . Nós somos melhores do que isso .

 —  Minha família não se machuca  — eu alterei.

 —  Isso parece perfeitamente razoável  — ele concordou  — Quando?

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 —  Agora.  — Antes que eu pense sobre isso. Antes de mudar de ideia. Antesde Nicholas sumir por completo.  —  É a primeira noite de cerimônias. Entramos

rápido.

 —  Então você vai precisar de sangue  — disse Constantino.

Sim, mais sangue.

—  Quem é você? —  eu perguntei.

Viola.

—  O que é você? 

Sua amiga .

Constantine estalou os dedos e Penélope tropeçou em si mesma para chegaraté nós. Ela estava olhando um pouco pálida. Eu deveria beber de outra pessoa.Mas eu não podia me preocupar com isso agora. Ela empurrou as mangas. Bebi

enquanto Constantine foi falar com os seus homens, ainda à espreita protegendoao redor da habitação. Os nervos e a minha barriga dançaram de antecipação.

Quando o sangue vivo bateu no meu sistema, eu senti como se pudesseconquistar o mundo.

Deixe-me sair.

Constantine esperava com os outros. Elias foi escolhido para ficar para trás. Todo mundo estava com a gente. Foi um pouco assustador. Ou teria sido, se eunão estivesse embriagada no sangue. Agora isso parecia como um jogo, e, aomesmo tempo, como se estivesse cumprindo um propósito maior. Foi emocionante,

revigorante. Aterrorizante.

Os guardas de Constantine tinha um monte de armas.

E um mapa do acampamento.

 — Você sabia que isso ia acontecer— 

eu disse com cintas de estacas extrase punhais.

 — Eu me preparei para a possibilidade — disse ele — A profecia diz que vocêvai ser a rainha. E assim que deve ser.

 — Quando dragão luta com dragão — citei baixinho para mim novamente.

 — O que é isso?

 — Nada. Não importa.

Constantine apontou para uma área do mapa.

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 — Este é o único campo grande o suficiente para a cerimônia de coroação.Sua mãe será reconhecida oficialmente como rainha esta noite.  — Ele olhou para

a lua e o comprimento das sombras que deixam no chão salpicado de neve recente. — Dentro de uma hora. Temos que nos apressar.

 — Bruno vai estar com eles. O resto de sua equipe estará fora à procura deNicholas. Deixarei apenas um casal para guardar da habitação. — Eu deixei meus

feromônios flutuar como perfume, imaginei as ondas de calor dos lírios, acompulsão atingindo a todos. — Ninguém será estacado. Os Drakes estão fora dos

limites. Entenderam?

Eles acenaram mecanicamente. Constantine apenas inclinou a cabeça.

 — Isso não é necessário, amor.

 —  É para mim. Os morcegos devem nos manter coberto do ataque daChandramaa. — Sangue de Penélope dançou dentro de mim. Eu me senti febril,forte, confiante. — Vamos.

Deixe-me sair .

Marchamos para fora, arrastando os morcegos como véus de luto tia

Hyacinth. Os homens de Bruno caíram na hora que eu cheguei perto o suficientepara obrigá-los. Eles não se mexeram, mesmo quando passamos por eles. Eu nemsequer olhei para eles, apenas foquei no que tinha que ser feito em seguida.

Os morcegos engrossaram em torno de nós assim que nós entramos emterritório da Lua de Sangue. Setas morderam no chão à nossa volta. Um morcegoguinchou, preso a uma árvore de carvalho. Uma adaga atingiu uma das motos

fora da tenda da garagem de Duncan. Um apito de advertência ululava sobre ascopas das árvores. Era tarde demais para isso. Eu estava preparada para este tipode plano e ataque. Ironicamente, preparada pela minha própria família sobre amelhor maneira de tirá-los.

Eu podia ouvir os tambores e cheiro de fumo e sangue. Alguém aplaudiu. As

tendas estavam quase desertas, exceto pelos escravos de sangue estranho que nosolhavam com olhos arregalados de medo. Um cão latiu. Um vampiro saiu voando

para um poste quando ele tentou parar o primeiro dos guardas Bower. Seu saribordado a ouro chamou a luz. Três homens Joiik musculosos com longos cabelosloiros nos cortaram e foram levados a baixo. Um vampiro usando a cristaChandramaa passou por três dos nossos, chegando a mim. Ele não era um

Chandramaa real, já que ele nos deixou ver seu rosto. E seus olhos.

Grande erro.

Parei, sorri. Os feromônios saiam de mim como punhais. Ele fez uma pausa,confuso. Eu o chutei entre as pernas e ele caiu, ofegante. Eu pisei em cima dele,

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Eu apertei a mão no meu ouvido. A voz era mais forte agora, quase corpórea.Meu braço caiu. Eu não tinha certeza se eu estava no controle dos meus

movimentos. Ou a voz em mim.

 — É hora que eu use todo esse poder dentro de mim. Hora de para de lutar

contra esta profecia e finalmente usá-la ao meu favor.

Mamãe não desviou o olhar de mim. Ela levantou a coroa.

 —  Eu nunca iria brigar com você por algo assim  —  disse ela.  —  Você éminha filha.

 — Mãe — eu disse com a voz estrangulada. Por que não podem ver que essanão era eu? Que eu estava tentando parar, tentando salvá-los.

Sebastian pegou sua espada.Ele irá traí-la, cortá-la para baixo, mesmo que você seja sua irmã. Traidor! 

Ela queria vê-lo morto, queria suas cinzas na poeira sob minhas botas.Nossas botas. Era muito confuso. Os morcegos desceram sobre Sebastian. Suas

mãos sangraram se defendendo enquanto ele cobria o rosto, até que Quinn jogouum dos escudos decorativos em mim para me impedir. Eu queria que ele me

batesse com ele. Mas eu abaixei, ou Viola fez.

 — Não — eu implorei, mas a quem, eu não tinha certeza.  — Cuidado com a

filha real...

Eles têm que pagar. Deixe-me sair, Solange. Deixe-me sair! 

Eu transpirava feromônios tão duro quanto eu poderia.

 — Ajoelhe-se. — eu engasguei com a palavra, tentei prender os meus lábios juntos. Não, Viola, por favor, não .

Membros da minha família todos se ajoelharam, lutando em vão. Os

morcegos mergulhavam e gritavam por cima das cabeças dos outros vampiros,forçando-os de joelhos também. Constantine era o único que permaneceu de pé,ao meu lado, as correntes de ar de asas de morcego davam chicotadas sobre seucabelo. Eu me erguia como cobras pretas, pairava.

 — Eu sinto muito — eu disse.

Eu arrebatei a coroa das mãos da mamãe.

No momento em que tocou a minha cabeça, meu cabelo levantou osmorcegos gritaram, e uma parede de energia explodiu fora de mim, batendo em

todos os planos.

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à sua volta usando lenços e luvas grossas. Estava muito frio para uma festa a céuaberto, mas desde que era o último do ano, ninguém reclamou. Até a primavera asfestas teriam que ser em porões e salas de estar, muito perto da supervisão de umadulto para qualquer verdadeira diversão.

Os pais de Megan tinham uma fazenda rentável funcionando, eles nãoestavam vendendo cristais e picles caseiros ou arando neve no inverno para fazerface às despesas da maneira que os meus faziam. Mamãe falava sobre estafazenda o tempo todo. Aparentemente a avó de Megan cresceu como a melhor emsquash. Eu odiava squash. Independentemente disso, os pais de Megan a deixavater festas aqui quando estavam fora da cidade. Possivelmente, eles não sabiamsobre isso.

 — Tente não se parecer com um policial. — eu a disse Jenna. Ela sacudiu osombros e tentou novamente. — Ou um guarda-costas.

Ela estremeceu timidamente.

 — Eu não posso evitar.

 —  Tente parecer assustada, com medo como Tyson em vez disso.  —  eusugeri. Tyson engoliu, seu pomo de Adão sacudindo freneticamente. Dei umtapinha em seu ombro. — Você prefere ficar cara a cara com um Hel-Blar,não é?

 —  Inferno, sim. Bem menos assustador do que as meninas.  —  elemurmurou.

 Jenna estava tentando não parecer muito curiosa.

 — E você quer tomar notas, não é?  — balancei a cabeça. — Vocês,caras tem uma séria necessidade de socialização.

 —  O RH é uma escola pequena.  —  Jenna concordou. —  E um pequenomundo.

Eu conhecia todo mundo, e era fácil escorregar no velho ritmo. A únicadiferença era que dentre os valentões da escola, Peter, agora saiu do seu caminhopara me evitar. Christabel tinha chutado suas bolas por ameaçar Nathan. Fiqueicontente de ver Pedro evitando ele também. Nathan, sendo muito mais agradáveldo que eu, não iria tirar proveito da situação.

 — Ei, Lucy. — Megan acenou, cambaleando em um par de botas com saltosridículos. Ela queria ser uma garota da cidade grande, tanto que ela deu a simesma Crocs que haviam congelado como moda. — Você está de volta?

 —  Apenas de visita.  —  eu disse, aceitando o copo de papel com cidra damaçã que ela passou para mim. Havia um caldeirão de ferro cheio de coisas

fervendo sobre uma das fogueiras. Havia cerveja e vinho barato também, mas eupreferia algo quente. Jenna e Tyson fizeram o mesmo. Eu sabia que eles não

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 — Ela me mordeu na sexta série. Ainda tenho a cicatriz.

 — Eu ainda quero saber por que ela te mordeu?

 —  Ela alegou que eu roubei seu livro em quadrinhos do X-Men.  —  elefungou. — Quando claramente, ela que roubou de mim. Ela nem sabia o quem erao Gambit.

 — Oh, bem, eu estou surpresa que você não fugiu dela até agora.  —  eu estava acostumada com o nerd Connor falando de histórias emquadrinhos e filmes de ficção científica. —  Vamos colocá-la para fora dacidade, Nathan.

 — Se ela tocar Celine Dion, novamente, ninguém vai nos culpar.

 Jenna estava conversando com a menina ao lado dela, e Tyson parecia quequeria fugir para a floresta. A música era ruim, as fogueiras eram aconchegantes.

Isso era bom. Normal.

Você sabe, até os gritos começarem.

E esse tipo de grito em Violet Hill só podia significar uma coisa.

Vampiros.

O resto da festa achava que era alguém brincando, um grito comum de umamenina com medo por algum idiota bêbado pulando para fora das sombras emuma festa de campo. Mas eu sabia melhor. Segui Jenna e Tyson, puxando minhabolsa bordada na minha frente, caso eu precisasse de acesso fácil a uma estaca ouum spray de pimenta. Empurrei através dos ramos das árvores de vidoeiro, malnotando quando me acertou o rosto. Derrapei até parar na terra congelada efolhas em decomposição. Eu não conhecia bem as garotas, porque elas estavamum ano antes de mim, mas eu sabia os seus nomes. Rachel estavahiperventilando e chorando, seu punho cobrindo sua boca.

Libby estava esparramada na vegetação rasteira, sangue em seu pescoço. Tyson se ajoelhou ao lado dela, verificando o pulso e levantando as pálpebras paraver se as pupilas respondiam. Jenna já estava escaneando o bosque a procura devampiros. Eu me virei para Rachel, minha mão ainda pairando perto da minhabolsa, só no caso.

 — Você viu quem fez isso? — perguntei.

Rachel só continuou a chorar.

 — Rachel! — agarrei seus ombros e tentei fazer o meu tom firme e rigoroso,como um professor irritado. — Preste atenção!  — ela soluçou lamentavelmente e

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Eu levantei o medalhão. Ele tinha a marca da Realeza vampírica em um doslados, - uma espada, e coração sangrando, e a insígnia Drake, um dragão comhera na boca do outro lado.

 — Isto é da Solange. — eu disse friamente.

 — Como você sabe? Hunter tem um também. Eu ouvi que todo mundo queestava na coroação tem um.

 — Sim, eu inclusive. Mas este tem o nome dela.  — expliquei severamente,sacudindo-o para que ele girasse. —  Os irmãos têm as suas personalizadastambém.

Os olhos de Jenna ficaram tão grandes que ela teve que piscar várias vezes.Nem por um segundo eu acreditei que Solange tivesse escapado para uma festapara um lanche. Por um lado, se tivesse, ela não teria sido estúpida o suficientepara deixar para trás uma peça condenatória como prova. Mesmo que elaestivesse passando por um momento sombrio, ela ainda era uma Drake. Elainstintivamente sabia melhor do que isso, graças a anos de treinamento.

Mas ninguém mais acreditaria nisso. Não é um Caçador passeando por umamorte ou um Caçador Helios-Ra  clamando por justiça para os seres humanosdrenados na cidade. Eles apenas agiriam primeiro e procurariam por provas maistarde. Nós não sabíamos o que estava matando os humanos, quem havia atacadoLibby ou quem estava por trás dos desaparecimentos de vampiros que eu tinhaouvido a respeito.

Mas eu sabia de uma coisa, e o que eu sabia era um fato.

Solange estava sendo envolvida.

Você acha que eu teria aprendido que nunca as partes de campo terminambem.

Eu fui batendo por entre as árvores, através dos campos e para a entradaescura da floresta que abria sua mandíbula em torno da montanha.

 —  Lucy!  —  Jenna chamou. —  Que diabos?  —  ela me alcançou, correndofacilmente. Passou tempo suficiente na pista, então eu não estava surpresaquando ela estava lá ao meu lado, acompanhando o ritmo. Seu rabo de cavalovermelho balançando. — O que diabos você está fazendo?

 — Eu tenho que chegar a Solange.  — eu respondi, envolvendo a corrente deprata do medalhão ao redor do meu pulso. — Ela está sendo envolvida. Ela nãoatacou a garota.

 — E como ir sozinha para uma floresta cheia de vampiros vai provar isso?

 — ela perguntou. — Você tomou algumas pílulas estúpidas esta manhã?

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Capitulo 28Solange

Sábado à noite, 22h00min.

Quando me sentei de novo, me sentia distante, pequena.

Impotente.

 Tentei arrancar a coroa da minha cabeça, mas em vez disso, meus dedos a

acariciaram com avidez, amorosamente. As pérolas eram suaves e frescas, aspedras acidentadas.

O que aconteceu? Eu senti meus lábios se movendo, senti as palavrassaírem, mas quando saíram da minha boca elas mudaram.

 — Agora eu sou sua rainha.

Era a minha voz, mas não as minhas palavras. Viola estava de algumaforma no controle do meu corpo. Isso não poderia estar acontecendo. Lutei, masera como lutar com teias de aranha e ar. Não havia nada para segurar. Eu estava

flutuando, impotente.

Mamãe sentou-se em primeiro lugar, me olhando com cautela. Papai estavapróximo, olhando para o resto de seus filhos, avaliando os danos. Sebastianlimpou o sangue de seu rosto. Sangue atravessava as ataduras feitas emLondon. Os véus da tia Hyacinth estavam voando, tortos, mostrando aqueimadura em seu rosto. Tio Geoffrey apenas piscou para mim.

Ajude-me! 

Mas eles não me ouviram. Eles apenas a ouviam.Eles não me viam. Eles a viam.

Até mesmo os morcegos se afastaram.

Entrei em pânico, debatendo-me dentro da minha própria cabeça. Senti asua irritação. Calma, menina. Você vai estragar tudo para mim.

Pare com isso!  Deixe-os em paz! 

Ela suspirou, como se eu a estivesse incomodando. Eu queria estaqueá-laseriamente, mas minha mão tremia. Eu senti seu olhar interior.

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 — Nós vamos nos retirar. — disse ela. — Você pode ver a minha família. Elesestão proibidos de entrar no acampamento até que eu diga o contrário.  —  elasorriu docemente. — Não quero que ninguém se machuque.

Constantine!  Você pode me ouvir? 

Mas ele estava falando com os guardas e nem sequer olhou para o meulado. Seus números triplicaram agora que eu usava a coroa. Quando Viola foi atéa tenda Drake, centenas de olhos seguiram todo o nosso movimento, algunsimpressionados, alguns vingativos. Isabeau se esforçou para não deixar seus cãesnos atacarem. Eles mostravam seus dentes para mim, saliva voando.

Dentro da tenda, Viola reclinou meu corpo em uma cadeira.

 — Eu preciso de sangue. — nós estávamos sozinhas na tenda. Viola sentiu aponta dos meus dentes com a língua. —  Encantador. Você nunca as usoucorretamente.

Por que está fazendo isso comigo? 

 — Quieta. Eu tenho que pensar.

Eu não sei o que ela fez, mas era como uma pesada porta de carvalhocravejada de ferro fechando na minha cara, nos separando ainda mais. Eu podiaver o que ela fazia; ouvir seus pensamentos, mas eu não poderia expressar omeu. Estava presa em uma torre de pedra. O pânico era como pés de ratos,

suaves e insidiosos.

Marigold e Spencer entraram na tenda.

 — Então é verdade? — Marigold perguntou, caindo em uma cadeira ebalançando seus pés. — Atravessou para o lado escuro, não é?

 — O que? — Viola perguntou friamente.

Marigold sorriu.

 —  Você se tornou O homem, Sol . Você é uma rainha de sangue.  —  elabalançou a cabeça com simulada tristeza. — E eu tinha tanta esperança em você.

 — Sim. — respondeu Viola suavemente. — Será que não temos todos?

 —  O acampamento está todo polvoroso.  —  Marigold informoualegremente. — Sua mãe deve estar certamente chateada.

Ela não tinha ideia.

Eu só podia imaginar o que a minha família devia estar pensando. Eu estavavivendo isso e não sabia o que pensar. Acho que eu deveria ser grata por não ter

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 — Não, eu sei que te reconheço de algum lugar. Uma foto, talvez?

Enquanto eles conversavam, eu tentei encontrar uma maneira de contornara porta, tentando escolher o bloqueio metafórico ou me usar como um alfinete

psíquico.

Viola olhou para os dois, franzindo a testa. Arqueou uma sobrancelha paraMarigold e Spencer.

 — Deixem-nos.

 — Bem, ouça a si mesma. —  Marigold murmurou.

 —  Espere!  —  Lucy virou-se para eles, mas o guarda empurrou-a de voltaantes que ela pudesse se levantar. —  Minha amiga Jenna da escola  está nafloresta ao sul daqui, ferida.

Spencer fez uma pausa, empalideceu. E então ele estava fora da tenda antesque Viola pudesse até mesmo olhar.

Lucy! 

Lucy olhou para cima, olhando para mim de perto, como se algo não fizessesentido, como se visse mais do que os outros. Viola não gostou. Raiva borbulhoudentro dela, mas ela sorriu lindamente para o guarda.

 — Você poderia se livrar dela?

 — Certamente.

Lucy puxou uma longa corrente de prata e um medalhão de seu bolso.

 — Solange, droga, pelo menos me ouça. Alguém está tentando te incriminarpor assassinato.

 — Pensando bem.  — Viola levantou com toda a graça mortal de umpredador. — Deixe-nos a sós.

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linhas de motocicletas, passando mais guardas e sobre o córrego. Eu não podiame manter. Eu estava ofegante, o suor queimando em meus olhos. Quando elaparou eu senti um pingo de medo. ela apenas sorriu de novo, como uma menina.

 —  O que você vai fazer?  — perguntei, olhando em volta freneticamente

procurando uma arma improvisada.

 — Livrar-me de mais um problema.

Ela estava chegando até mim, quando a voz trespassou entre nós.

— Saia de perto dela.

 — Nicholas! — eu estava tão feliz de ouvir a sua voz áspera, com raiva, eupoderia ter chorado. — Você está vivo! — eu queria me jogar para ele, mas Solange

me segurava pelo pescoço. lutei mesmo que sabendo que era inútil. Os olhos deNicholas pareciam uma tempestade de inverno, todo nevoeiro e gelo negro. Eleandou em direção a nós.

 — Ah, o retorno do filho pródigo.

 — Estou avisando, Solange. — disse ele, apertando a mandíbula. — Saia deperto dela. Agora. — ele se moveu tão rápido que eu só vi um borrão de pele clarae olhos furiosos, e então ele estava bem na diante de nós. Estava coberto desangue e cortes, sua camisa rasgada, queimaduras feias no lado de seu

pescoço. Ele chegou até mim.

Solange me apertou mais ainda.

Eu teria chiado, mas não tinha fôlego nem para fazer mesmo o menor som.

Nicholas congelou. Seria fácil para ela quebrar meu pescoço. Eusabia, Solange sabia, Nicholas sabia.

Em vez disso, ela abaixou a cabeça e lambeu o sangue que estava

escorrendo do corte em meu cabelo.

 — Solange, estúpida!  — vacilei e tentei chutá-la já que as minhas pernaseram a única coisa que podia se mover.

 — Ela vai morrer se eu sequer me arranhar. — Solange avisou calmamente,quase com tristeza. —  Eu não quero isso Nicholas, por isso não force a minhamão.

 — Deixe-a ir.  — Nicholas disse entre dentes.  — Solange, ela é sua melhoramiga. Mais do que isso, ela é como sua irmã.

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 — Sim, e se você se entregar e a provar por mim, então você pode voltar parao acampamento. Lucy fica livre.

Eu realmente queria furar-lhe o olho com uma vara afiada. Ainda melhor, ocoração, a vaca dos mortos-vivos.

Ela levantou uma sobrancelha para Nicholas.

 — Ela é sua doadora humana, e ainda assim eu não senti o sangue dela emvocê.

Nicholas apenas cruzou os braços, como se a luta nunca tivesse acontecido,como se isso fosse tudo muito normal, como se ele não estivesse machucado esurrado. Como se não me machucasse só de olhar para ele.

 — Yeah. Então?

De repente, eu não sabia o que eu queria furar mais.

 — Então, eu acredito que você vá beber o sangue dela, aqui e agora, se vocêquer manter sua reclamação sobre ela. Caso contrário, eu acho que você estábrincando comigo, irmão.

Fiquei fria.

 — Você não está falando sério.  — tentei me afastar de novo, mas ela estavaatenta. Todos os músculos do meu braço gritaram. Tentei chamar a atenção deNicholas, mas ele ainda não olhava para mim. Ele chegou mais perto. —  Nicholas, não.

Quando ele finalmente me olhou, o medo sussurrou através de mim,traiçoeiro e suave, fazendo meus ossos aguarem.

Nós perdemos Solange. E agora Nicholas não estava agindo como elemesmo. Estaria ele drogado com feromônios? Teria ela o obrigou? Onde ele esteveesse tempo todo? O que tinha acontecido com ele? Ele tinha quebrado os ossos

dela para me proteger, mas agora eu tinha que perguntar, pela primeira vez, se erapossessividade vampira até agora, não amor. Nada mais fazia sentido.

Nicholas nunca tinha bebido de meu sangue antes. Ele nunca teve que fazerisso. Ele era o único que estava sempre preocupado com o que isso podiasignificar. Mas nunca tinha realmente me incomodado. Eu não estava mentindoquando disse a Jenna que era como estar doando em um banco de sangue.

Mas agora eu não tinha tanta certeza.

Sem agulha ou um saco de sangue antisséptico ou plástico, realizava talameaça, tal fome.

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Solange empurrou meu casaco fora do meu ombro, revelando o meu vestidode alça, o que era realmente feito para ser uma camisola. Era sem mangas,arrepios marcharam do pulso até a clavícula quando a neve começou a cairnovamente. A neve caiu nos meus cílios, tornando prismas de cores quando euolhei para a pele pálida de Nicholas, suas presas brilhantes. Eu tremia, de frio ou

medo, eu não poderia dizer. Provavelmente ambos.

Ele gentilmente levantou o braço para sua boca, e por um breve momento eupensei que ele iria usar o efeito de alavanca da nossa posição de alguma forma, melibertando das garras de Solange.

Ele não o fez.

Ele apenas correu os lábios sobre a vulnerável curva do meucotovelo, indo e vindo, suave como asas de mariposa, até que eu senti cada

floco de neve chiar na minha pele exposta, cada raiz da árvore e cascasdebaixo dos meus joelhos e até mesmo o cheiro dos cedros fazia cócegasnas minhas narinas. Eu estava exposta, como um fio elétricodesencapado. Meus dentes batiam.

Os olhos de Nicholas eram como névoa cinzenta sobre o oceano, otipo que afunda navios e pessoas levadas ao penhasco. Ele não era bonitoou mágico, era morto .

Mas ele ainda era Nicholas, tinha que ser.

Ele lambeu o sangue espesso sobre numerosos raspados e arranhõeseu tinha sofrido. Sua boca era suave, totalmente em desacordo com oângulo de queimação de meu ombro e a sombra sinistra e presunçosa deSolange caindo sobre mim. A neve estava começando a grudar, tornando afloresta muito suave e muito brilhante.

Quando a mordida com presas afundou nitidamente em minha pele,eu não pude deixar de fazer um pequeno som estrangulado. Doeu, masapenas brevemente. Nicholas passou a língua sobre o corte, então sugoudelicadamente até que o sangue jorrava em sua boca. Senti-o engolir,

sentiu o toque de ar frio sobre os pequenos cortes, a pressão de sua bocaquando ele se inclinou para beber de novo.

Eu me senti tonta, mesmo sabendo que, logicamente, ele mal tinhabebido o suficiente para eu notar a perda. Eu tinha sangrado mais quandoo gato psicótico da minha avó me mordeu.

 — Aí está.  — ele disse a Solange, enxugando uma pequena gota deseu lábio inferior. — Eu estou com você, mas Lucy? — ele parecia sombrioe sinistro. — Lucy é minha. 

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vampiro estrangeiro. Um Caçador teria matado independentemente e não teriaconsiderado qualquer outra opção. Eu não era um Caçador.

Ela caiu fora e eu empurrei entre cedros, emergindo em uma estranhaespécie de sala de estar ao ar livre, decorada com lanternas e cheia de sofás de

veludo. Um rio brilhava entre tapetes persas. E sob um salgueiro velas e fitaspenduradas, Lucy ajoelhada no solo gelado entre Solange e Nicholas.

Mesmo à distância, algo não estava certo.

Enquanto corria em direção a eles, Solange olhou para cima. Quando ela meviu, ela repuxou uma vez, como se tivesse sido esfaqueada. Ela empurrou Lucy afrente para que ela esparramasse sobre as raízes. Então ela se virou e desapareceuentre as árvores, com os cabelos fluindo atrás dela, sua pele lua-pálida.

 —  Sol, espere!  — Gelo e lama congelada sob minhas botas.

 — 

 O que está acontecendo?  — eu perguntei a Nicholas. Ele não deveria estaraqui, não se o sinal do GPS Lucy havia sido ativado.

A menos que ele fosse o problema.

Parei, uma estaca na minha mão. Eu cataloguei pouca informação quepercebi no segundo que levou para Lucy se levantar olhando confusa. O sangueescorria por seu braço nu, e havia folhas em seu cabelo. Solange tinha decoladoem direção ao acampamento. Havia vampiros na floresta. Nicholas fechou os olhoscomo se tivesse chutando porcaria fora dele.

E ele estava limpando sangue de seu lábio.Merda.

Eu agarrei a mão de Lucy e a puxei para longe, quando eu tirei o último dosmeus Hypnos para Nicholas. Ele já estava pulando para a árvore, fora de alcance.Ele assobiou para baixo em nós, à luz de velas piscando mostrando seus dentes eolhos claros. Lucy olhou para ele.

 —  Nicholas?

Eu puxei mais duro em sua mão.

 — Lucy, precisamos sair daqui.

Ela tropeçou em uma raiz e, em seguida, cavou em seus calcanhares.

 — Nicholas Drake  — ela sussurrou  — Pare com isso. Pare com isso agora.  —  Foi o mais próximo à mendicância do que eu já tinha a ouvido falar.  — Por favor.

A qualidade da luz mudou, queimando do rosa ao ouro. Nicholas virou paraa próxima árvore, e então o ouvi cair no chão e correr fugindo da madrugada,longe de Lucy. Ela tentou segui-lo, mas eu não iria deixá-la.

Ela estava tremendo, encolhendo os ombros para trás em seu casacoquando eu a forcei a se mover. Nós corremos entre as árvores, sem falar até que o

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 —   Ela está envergonhada, e ela vai ter um inferno de uma dor de cabeçapelos próximos dias, mas ela está bem.  —  Acenei para Lucy, para que elasoubesse que Jenna estava segura. Ela deslizou para dentro do carro, parecendoaliviada e exausta.  —  Spencer me chamou para vir buscá-la no portão  — Hunterestava dizendo.  —  Eu acho que Lucy está em apuros  —  acrescentou.  —  Jenna

disse que eles estavam perseguindo vampiros. Nós não conseguimos falar com ela.

 —  Lucy está comigo, ela está bem  — eu assegurei a ela.

Hunter deu um suspiro de alívio.

 — Tudo bem. Bom. Porra, esta noite foi uma droga. 

 —  Falou com Quinn?

 — É. Nicholas está de volta e Solange apenas se fez rainha. . 

 — 

 

Merda  —  eu disse, antes de desligar. A Solange que me apaixonei tinhaempurrado uma tiara no peito de um vampiro, em vez de reivindicá-la como sua.

 —  Há algo de errado com ela, Kieran  — Lucy disse calmamente.

 —  Nós já sabíamos disso.

 —  Não, isso é diferente. É como se ela não fosse realmente ela mesma. Eunão posso explicar isso.  — Ela esfregou seu estômago como se doesse.  — Eu possosentir isso, você sabe? Eu mal pude reconhecê-la.

 —  Então, o que vamos fazer?

 —  Nós vamos salvá-la  — disse ela, como se eu fosse um idiota  — Nós vamossalvar os dois.

Ela não estava errada. Nicholas não poderia estar ausente por mais tempo,mas ele não parecia seguro também.

 —  E como exatamente é que vamos fazer isso?  —  Eu limpei o meu rostocansado. Lucy sempre tinha ideias, mesmo se elas fossem geralmente perigosas eimprudentes.

 —  Eu não tenho ideia.

E isso me assustou mais do que tudo.

Fim... 

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