universidade tuiutl do parana marco antonio dos santos...

36
UNIVERSIDADE TUIUTl DO PARANA Marco Antonio dos Santos Junior EFEJTOS AGUDOS DO EXERCrC[O DE SUP[NO SOBRE 0 SJSTEMA CARDIOVASCULAR: PARA.METROS HEMODINAMICOS E CONTROLE AUTONOMICO DO CORA(::AO Curitiba 2007

Upload: vanhanh

Post on 24-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE TUIUTl DO PARANA

Marco Antonio dos Santos Junior

EFEJTOS AGUDOS DO EXERCrC[O DE SUP[NO SOBRE 0 SJSTEMA

CARDIOVASCULAR: PARA.METROS HEMODINAMICOS E CONTROLE

AUTONOMICO DO CORA(::AO

Curitiba

2007

EFEITOS AGUDOS DO EXERCicIO DE SUPINO SOBRE 0 SISTEMACARDIOVASCULAR: PARAMETROS HEMODINAMICOS E CONTROLE

AUTONOMICO DO CORA(::AO

Curitiba2007

Marco Antonio dos Santos .Junior

EFEITOS AGUDOS DO EXERCiCJO DE SUPINO SOBRE 0 SISTEMACARDIO' ASCULAR: PARAMETROS HEMODINAMICOS E CONTROLE

AUTONOMTCO DO CORA(:AO

Trabnlho de Conclus50 de Curso apresentado no cursode EduCfl9ao Fisico da Faculdadc de CienciasBiologicas c Sailde da Universidndc Tuiu(i do Parana,c.omo requisito parcial para nprovayao da disciplina deTraballio de Conelusao de Curso IT.Oricntador: Dou(or Gerson Luiz Cle(o Dal Col

Curitiba

2007

TERMO DE APROV ACAO

EFEITOS AGUDOS DO EXERdcIO DE SUPINO SOBRE 0 S[STEMACARDIOVASCULAR: PARA-METROS HEMODlNAMICOSE CONTROLE

AUTONOMTCO DO CORA(AO

Marco Antonio dos Santos JuniOl'

Esle trabalho de conclusao de curso foi julgado e aprovado para obtenyao do titulo

de Licenciatura Plena. do curso de Educayao Fisica da Universidade Tuiuti do Parana.

isica P,'ofessor DoutOl' Ney de Luca Mecking

Orien

OlltOl'Amo Knlg (cadeil'a TCC)

DEDTCA TORIAS

~ AFAMluA

"A voces que sempre compartilharam os meus sonhos e desalentos, vit6rias e

den'otas, alegrias e tristezas, incentivando-me a prosseguir a jornada, fossem quais fossem

os obstaculos; que mesmo distante fisicamente mantiveram se ao meu lado, lutando pelo

meu sucesso. dedico essa conquista, com a mais profunda admirac;ao e gratidiio".

Na grande batalha que e a vida, esquecemos tantas vezes de agradecer a Deus.

Nesta hora de silencio bate um arrependimento pedindo seu generoso perdao. Obrigado.

Por voce ser meu companheiro mesmo estando mllitas vezes tao distante do Senhor. Por

ser meu alicerce nas horas dificeis da vida, nllnca deixando de estar e a meu lado.

-4. AOS MESTRES

Ao completarmos mais uma etapa de nossa caminhada, vem-nos it mente a

lembranya daqueles que prepararam 0 caminho e lapidaram 0 corpo e espirito dos

caminhantes, convertendo a vontade em conhecimento, impulso em experiencIa.

ingenuidade em sabedoria. Aos professore responsavels por est a transformayaO, 0 rneu

agradecimento e respeito.

AGRADECIMENTOS

"A meus pais, por estarem sempre presentes nos momentos deeisivos da vida, mesmo

estando longe me orientaram quando duvidas surgiram me deram for"a para superar os

obstaculos que apareceram, enfim, agrade"o a voces por existirem e serem parte

fundamental desta conquista"

"Ao pl"ofessOI' DOlltOl' GeI'son Llliz Cleto Dnl Col, orientador deste trabalho e

amigo que me incentivou a participar desta pesqllisa; a bllscar sempre 0 conhecimento

como seu discente, por me aconselhar dentro de minha trajet6ria academica e profissional.

Muito Obrigado!"

SUMma

1.INTRODU<;:AO........................................................................................................ 09

1.1JUSTIFICATIVA .

1.2.PROBLEMA

130BJETTVOS

1.3.10bjetivo Gera!..

I32.0bjetivos Especificos .

09

II

II

II

II

2.REVISAO DE LITERATURA............................................................................... 13

2.I.Sistema Nervoso Autonomo .

2.2.Efeitos do Exercicio Fisico sobre ao Sistema Cardiovascular .

13

16

172J .Pressao Arterial .

3.·METODOLOGIA.................................................................................................... 19

3.1TTrOS DE PESQUISA

32.POPULA<;:Ao ..

3.3.AMOSTRA..

3.4JNSTRUMENTO ..

3.4.2Teste de Avaliayao da Contrayao Voluntaria Maxima

19

19

19

20

20

21

3.4.1 Teste de EsforQo (Cooper - 12min) .

3A.3.Pressao ArteriaL.

3AA.Freqiiencia Cardiaca

21

22

3.4.5 .Sistema Nervoso Autonomo 22

3.4.6.Protocolo Experimental... 23

35COLETADEDADOS.. 24

4.APRESENTA<;::Ao E DIscussAo DE RESULTADOS.................................... 25

5.CONCLUsAo.......................................................................................................... 32

6.REFERENCIAS....................................................................................................... 33

LlSTADE GRAFICOS

GRAFICO 1 - vo2 ATLET AS (TESTE DE COOPER) 25

GR.AFICO 2 - FREQUENCIA CARDiACA - ANTES, DURANTE E APOS A

SEssAo DE TREINO.. 26

GRAFICO 3 - PRES sAo ARTERIAL - ATLETAS ANTES E APOS 0

EXERCTCIO . 27

28

29

30

30

GR.A.FICO4 - PREssAo ARTERIAL SISTOLICA..

GRAFICO 5 - PRESsAo ARTERIAL MEDIA ..

GRAFICO 6 - PRESSAO ARTERIAL DIASTOUCA .

GR.AFICO 7 - SISTEMA NERVOSO AUTONOMO .

8

RESUMO

EFEJTOS AGUDOS DO EXKRcICTO DE SUPINO SOBRE 0 SISTEMACARDIOVASCULAR: PARAMETROS HEMODINAMICOS E CONTROLE

AUTONOM1CO DO CORACAO

Autor: Marco AJ1tonio dos Sanlos JuniorOrientador: Professor Ooutor Gerson Lui?Cleto Oal ColUniversidade Tuiuti do ParanaCurso Educ3yao FisicaE-mail: marcoanlonio.miiico({i)gmaii.com

o exerciclO de forya provoca uma serie de respostas fisiologicas, resultantes deadapta90es autonomicas e hemodinamicas que acabam por influenciar 0 sistemacardiovascular (MONTELRO et ai, 2004). "Sendo que exercicio fisico realizadoregularmente provoca importantes adaptayoes autonomicas e hemodinamicas que VaGinfluenciar 0 sistema cardiovascular" (FORJAZ et ai, 1999). Diante disso selecionamosalguns atletas para a pesquisa, todos eles nomortensos e sem a presenya de problemascardiovascu lares. Procuramos desta forma verificar qual seria a resposta da freqUenciacardiaca e pressao arterial (pariimetros hemodinamicos) apos uma sessao de treino e quaisos mecanismos que estao atuando para 0 controle dos mesmos (controle autonomico). Ede que forma eles acabam atuando nos sistema cardiovascular, na realizayao do exerciciosupino a 50 % da carga maxima dos atletas. Ao final dos testes descobrimos que 0

exercicio de forya acaba por diminuir 0 efeito do SNS imediatamente apos a sessao dotreino. Ocorrendo um aumento da freqUencia cardiaca e da pressao arterial, po rem osresultados mostram que esse numero nao e muito elevado e que apos 0 exercicio tanto apressao arterial e freqUencia cardiaca logo se estabilizam, devido a influencia do nervovago que acaba inibindo a a9ao do SNS. Deste modo concluimos que 0 exercicio de foryatem um efeito hipotensivo no sistema cardiovascular.

Palavras chaves: Sistema autonomo, para metros hemodinamicos, sistema cardiovascular.

9

1 INTRODUCAO

EFEITOS AGUDOS DO EXERCicIO DE SUPINO SOBRE 0 SISTEMACARDIOVASCULAR: PARAMETROS HEMODINAMICOS E CONTROLE

AUTONOMICO DO CORA(:AO

1.1. JUSTIFICATIVA

A atividade fisica cada vez mais vem sendo utilizada como altemati ·a eficiente de

preven<;ao e tratamento de doen<;as cardiovasculares, metab6licas, respirat6rias ou

mllsculo-esqueletico. Para ser eiiciente e segura. deve estar adequada com a patologia

existente, tanto em rela<;ao 80 tipo de atividade quanta volume e intensidade empregados.

Muitos autores vem estudando 0 efeito de exercicios sobre 0 sistema

cardiovascular, principalmente exercicios aero bios, po is a pnitica regular destes tem sido

recomendada como forma de tratamento nao medicamentoso para individuos portadores

de patologias cardiovasculares, como hipertensos, coronariopatas e outros. (SOCIEDADE

BRASILErRA DE HIPERTENSAO, SOCLEDADE BRASILE[RA DE CARDIOLOGIA

& SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2002) De modo gera!. os estudos

que investigaram os eieitos do exercicio tisico aerobio demonstraram que, tanto aguda

como cronicamente, esse tipo de exercicio possui um efeito hipotensor em hipertensos e

normotensos. sendo esse efeito maior nos individuos hipertensos. (HALL[WILL, 2001 J.

Exercicios resistidos tem sua execu<;ao muitas vezes desencorajada ou ate mesmo contra-

indicada em diversas situac;5es (como durante a hipertensao arterial), uma vez que esses

exercicios podem apresentar um risco potencial de rompimento de aneurismas cerebrais

pre-existentes (HA YKOWSKY et ai, 1996), de vido ao fato de que durante sua execu<;ao

10

ocone uma eleva9ao exacerbada da pressao arterial, porem nao se pode deixar de

observar os impoliantes beneficios, principalmente musculo-esCjueletico desses

exercicios.

Estudos tem sido realizados com 0 objetivo de determinar os efeitos do exercicio

resistido sobre 0 sistema cardiovascular. Esses estudos tem constatado aumento,

manuten9ao ou ainda redu9ao da pressao arterial sistolica e manuten9ao ou Cjueda da

pressao arterial (MCDONALD et ai, 1999.).

o Cjueleva pesCjuisasexperimentais a tantos resultados diferentes Cjuandose avalia

o mesmo tipo de exercicio sao as diferentes metodologias utilizadas na coleta de dados. 0

exercicio contra-resistido difere em sua resposta Cjuando intensidades diferentes sao

utilizadas, grupamentos ou conjunto de grupamentos musculares. Sabe-se Cjueexercicios

isometricos envolvendo maiores grupamentos musculares promovem maiores aumentos

de PA e freCjuencia cardiaca (FC), alem de maior ativa9ao do sistema nervoso simpatico.

Alem disso, cargas mais elevadas promovem tambem maior eleva9ao da atividade dos

efetores cardiovasculares (HAGBERG et ai, 1987).

Alem da controversia em rela9ao a seus efeitos, os mecanismos hemodiniimicos

sistemicos, bem como, os mecanismos neurais envolvidos na resposta pressorica pos-

exercicio contra-resistido ainda nao foram bem estudados. De fato, mesmo em rela9ao ao

exercicio aerobio, esses mecanismos permanecem controversos, pois alguns autores

(HAGBERG et ai, 1995) observaram reduc;ao do debito cardiaco, enCjllanto oulros

verificaram diminui9ao da resistencia vascular periferica durante a hipotensao pos-

exercicio. Em rela9ao aos mecamsmos neurals da hipotensao pos-exercicio aerobio,

observoll-se diminui9ao da atividade nervosa simpatica muscular (FORJAZ et ai, 1999) e

II

aumento da atividade nervosa simpittica para 0 corayao (HALLIWILL et ai, 1996)

Portanto, os efeitos dos exercicios contra-resistidos sobre 0 sistema cardiovascular

ainda nao sao bem definidos, sendo necessaria a realizac;:iio de estudos comparando

diferentes tipos de exercicios, em diferentes intensidades e em diferentes populayoes

(normais ou pOliadores de patologias) para que 0 exercicio contra-resistido possa ser, de

fonna segura e consciente, utilizado pela populac;:ao.

1.2. PROBLEMA

Quais os efeitos do exercicio contra-resistido sobre 0 sistema cardiovascular?

1.3.0BJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Verificar as adaptayoes do exercicio SUpInO em individuos normotensos e

sauditveis, observando respostas cardiovasculares em seus mecanismos de regulac;:ao

hemodinfunica e neural.

1.3.2. Objetivos Especificos

.(' Estudar respostas de Pressao Arterial e FreqOencia Cardiaca dos atletas da

categoria de base do futebol antes, durante e apos uma sessao aguda de exercicio

12

de supino a 50 % da contrayao ma'<:ima;

v" Determinar os possiveis mecanismos de regulayao hemodinamica envolvidos nas

alterayoes durante e apos exercicios resistidos em diversos grupamentos

musculares;

v" Estudar os mecanismos neurais envolvidos na regulayao cardiovascular, apos uma

unica sessao de exercicio supino.

13

2 REVISAO DE LlTERATURA

2.1. SISTEMA NERVOSO AUTONOMO

o sistema nervoso autonomico e ativado, sobretudo por centros localizados na

medula espinhal, no tronco cerebral e no hipotalamo. Tambem, poryoes do c6rtex

cerebral, especialmente de c6rtex limbico, podem transmitir impulsos para os centros

inferiores e, desta maneira, influenciar 0 controle autonomico. 0 sistema nervoso

autonomico tam bern opera frequentemente por meio de reflexos viscera is. Isto e, sinais

sensoriais que entram nos gftnglios autonomicos, na medula, no tronco cerebral ou no

hipotalamo podem provocar repostas reflexas apropriadas diretamente de volta aos 6rgaos

viscerais para controlar suas atividades. Os sinais eferentes autonomicos sao transmitidos

para 0 corpo de duas principais subdivisoes, chamadas de sistema nervoso simpatico e

sistema nervoso parassimpatico (GUYTON & HALL, 1997)

Embora os efeitos do sistema nervoso sobre 0 sistema cardiovascular se devam, em

grande parte, a a<;ao dos neurotransmissores noradrenalina e acetilcolina, a liberayao de

outros neurotransmissores nas terminayoes p6s-ganglionares simpaticas e parassimpaticas

pode potencializar e/ou minimizar a a<;ao da noradrenalina e da acetilcolina, ampliando as

oportunidades de controle cardiovascular por aumentar ou diminuir a sensibilidade do

musculo cardiaco e do musculo Iiso vascular it estimulayao simpatica e parassimpatica.

(FRANCHINl, \998)

14

Alem disto, respostas reflexas do simpatico e do parassimpatico permitem aiustes

do debito cardiaco e da resistencia vascular periferica, contribuindo para a estabiliza<;iio e

manuten<;ao da pressao arterial sistemica durante diferentes situayoes fisiol6gicas (4).

Nesse contexto. sabe-se que pelos menos tres dos maiores arcos reflexos estao envolvidos

na modula<;80 da atividade parassimpatico para 0 cora<;ao e simpatica para cora<;:ao e

vasos, ligados aos pressorreceptores alteriais (alta pressao), aos receptores

cardiopulmonares (baixa pressao) e aos quimorreceptores arteriais (IRIGOYEN et tal.

2003)

No corayao a estimulayao simpatica aumenta a atividade global do cora,ao. Isto e

teito pelo aumento da freqiiencia e da forya da contrayao cardiaca. A estimulayao

parassimpatico causa, sobretudo os efeitos opostos. Para expressar estes efeitos de outro,

modo it estimulayao simpiltica aumenta a eficacia do corayao como ma bomba, como e

necessario durante 0 exercicio pesado, enquanto a estimula,ao parassimpatico diminui

sua capacidade de bombeamento, mas permite certo grau de repouso ao corayao entre

epis6dios de ati idade intensa (GUYTON & H.ALL, 1997).

A pressao arterial e determinada por do is fatores: a propulsao do sangue pelo

coray30 e a resistt~ncia ao fluxo deste sangue pelos vasos sanguilleos. A estimulsyao

simpiltica aumenta tanto a propulsao pelo corayao quanta a resistencia ao fluxo, 0 que

geralmente faz com que a pressao arterial aumente muito. Por outro lado, a estimulsyao

parassimpatica diminui 0 bombeamento pelo corayao, mas nao tem virtualmente nenhum

efeito sobre a resistencia periferica. 0 efeito usual e uma discreta queda da pressao. No

entanto, a estimulayao parassimpiltica vagal intensa pode quase parar au, par vezes, parar

15

completamente 0 corayao e causar a perda de toda ou quase toda pressao arterial

(GUYTON & HALL, 1997).

Varios reflexos no sistema cardiovascular ajudam a controlar especialmente a

pressao sanguinea arterial e frequencia cardiaca. Um dos reflexos existentes e 0

baroceptor que esta localizado nas paredes das principais arterias, inclusive nas arterias

car6tidas e na aorta. Quando estes sao estirados pela pressao alta, sao transmitidos sinais

para 0 tronco cerebral, ode inibem os impulsos simpaticos para 0 corayao e os vasos

sanguineos, islo permite que a pressao arterial caia novamente em direyao normal

(GUYTON & HALL, 1997).

Sem duvida alguma, a palie mais importante do sistema nervoso aut6nomo e a

regulayao da circulayao consiste no sistema nervoso simpatico. 0 sistema nervoso

parassimpatico tambem e importante ao contribuir para a regulayao da funyao cardiaca.

As pequenas arterias e arteriolas possuem uma inervayao que permite a estimulayao

simpatica aumente a resistencia e, por conseguinte, reduza a taxa do fluxo sanguineo

pelos tecidos. A inervayao dos grandes vasos, em particular as veias, permite que a

estimulayao simpatica diminua 0 volume desses vasos, alterando, assim, 0 volume do

sistema circulat6rio periferico. Esse processo pode transferir sangue para 0 corayiio,

desempenhando, portanto, importante papel na regulayao da funyao cardiovascular. Fibras

nervosas simpitticas que suprem os vasos sanguineos existem tambem outras fibras

simpaticas que se dirigem para 0 corayao. A estimulayao simpatica aumenta

acentuadamente a atividade do corayao, aumentando tanto a frequencia cardiaca, quanta a

forya de bombeamento do corayao (GUYTON & HALL, 1997).

16

Apesar de ser extremamente importante para muitas outras funyoes autonomicas

do organismo, 0 sistema nervoso parassimpatico s6 desempenha pequeno papel na

regulayao da circulayao. Seu unico efeito circulat6rio realmente impOliante consiste no

controle da freqiiencia cardiaca atraves de ftbras parassimpaticas levadas ate 0 corayao

pelos nervos vagos. Os efeitos da estimulayao parassimpatica sobre a funyao cardiaca sao

discutidos de modo pormenorizado. A estimulayao parassimpatica, em particular, produz

acentuada reduyao da freqiiencia cardiaca (GUYTON & HALL, 1997).

2.2. HEITO DO EXERCICIO FisICO NO SISTEMA CARDIOVASCULAR

o exercicio fisico caracteriza-se por uma situayao que retira 0 organismo de sua

homesotase, pois implica no aumento instantaneo da demanda energelica da musculatura

exercida e, consequentemente, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova

demanda metab6lica, varias adaplayoes ftsiol6gicas sao necessarias e, dentre elas, as

referentes it funyao cardiovascular durante 0 exercicio fisico. (BRUM, FORJAZ,

TINUCCI & NEGRAO. 2004). Em relacao ao tipo de exercicio, podemos caracterizar

dois tipos principais: exercicios dinamicos ou isotonicos (ha contrayao muscular, seguida

de movimento articular) e estaticos ou isometricos (ha contrayao muscular, sem

movimento articular). Nos exercicios estaticos observa-se 0 aumento da freqiiencia

cardiaca, com manuten<;:aoou ate reducao do volume sist6lico e pequeno acrescimo do

debito cardiaco. Essas alterayoes dependem da intensidade do exercicio, de sua dura<;:aoe

da massa muscular exercitada, sendo maior quanta maiores forem esses valores.

17

(FORJAZ & TINUCCI, 2000). Por outro, lado nos exercicios dinamicos. como as

contra<;oes seguidas de movimentos articulares, nao existe obstru<;ao mecanica do f1uxo

sanguineo, de modo que, nesse tipo de exercicio, tambem se observa 0 aumento da

atividade simpatica, que e desencadeado pela ativa<;ao de mecanorreceptores musculares

e, dependendo da intensidade do exercicio, metaborreceptores musculares (FORJAZ &

TfNUCCI,2000)

Em reposta ao aumenta da atividade simpittica, ocorre um aumento da FC, do

volume sist61ico e do debito cardiaco. Alem disso, a produ<;ao de metab61itos musculares

promove a vasodilata<;ao na musculatura ativa, gerando redu<;ao da resistencia periferica.

Dessa forma, durante 0 exercicio dinamico observa-se aumento da pressao arterial

sist61ica e manuten<;ao ou redu<;ao da diast61ica (FORJAZ, MATSUDAIRA,

RODRIGUES. NUNES &NEGRAO, 1998)

2.3. PRESSAO ARTERIAL

A pressao arterial mantem 0 sangue circulando no organismo. A cada vez que bate,

o cora<;iiojoga 0 sangue pelos vasos sanguineos chamados arterias. As paredes dessas

arterias sao como bandas ehlsticas que contraem e relaxam a fim de manter 0 sangue

circulando por todas as partes do organismo. 0 resultado do batimento do cora9iio e a

propu Isiio de certa quanti dade de sangue (volume) atraves da arteria aorta. Quando este

volume de sangue passa atraves das arterias, elas se contraem como que se estivessem

espremendo 0 sangue para que ele va para rrente. Esta pressao e necessaria para que 0

18

sangue consiga chegar aos locais mais distantes, como a ponta dos pes (GUYTON &

HALL, 1997).

A pressao diast61ica e a pressao mais baixa detectada no sistema arterial sistemico,

observada durante a [ase de diastole do cicio cardiaco. E tambem denominada de oressao

minima. A pressao arterial sist61ica e a pressao mais elevada (pico) verificada nas arterias

durante a fase de sistole do cicio cardiaco, e tambem chamada de pressao maxima

(PRESSAO ARTERIAL. 2007)

19

3METODOLOGIA

3.1. TIPOS DE PESQmSA

Esse trabalho caracteriza sendo pesquisa descritiva e comparativa. Segundo

Thomas e Nelson (2002), pesquisa descritiva 6 aquela que descreve e aborda qualro

aspectos: descrir;:ao. registros, analise e interpretac;:ao de fenomenos atuais. E tamb6m 6

lima pesquisa comparativa devido ao fato de analisarmos as reac;:5es no sistema

cardioyascular utilizando dos parametros do sistema autonomo e hemodinamico antes.

durante e ap6s a realizar;ao 0 exercicio supino.

3.2. POPULA(' Ao

A popular;:ito desse trabalho foi de atletas da categoria de base do futebol

normotensos. nao obesos. nao hiperlensos, nem portadores de qualquer patologia

cardiovascular ou melab6lica, al6m de nito estarem utilizando medicar;:ao no momento do

teste.

3.3. AMOSTRA

A idade dos paliicipantes deste teste varia de 16 a 18 anos jovens. Sendo 0 nLllnerode participantes da pesC]uisaiguai a oito ailer8

20

3A.lNSTRUMENTO

o Teste de esforyo

o Teste de avaliayao da contrayao voluntaria maxima

o Analise Auto Regressiva (AR) utilizando-se 0 software LA (Programa de Analise

Linear _ versao 8.0) programas desenvolvidos pelo engenheiro Professor Doutor

Alberto Porta da Universidade de Milao, ltalia.

3.4.1 Teste de esforyo (Cooper- 12 minutos)

Obje/iva:

Predizer 0 consumo maximo de oxigenio (Y02max), atraves da relayao entre a distiincia

percorrida e 0 Y02max.

Carac/eris/icas:

-Teste Continuo

- Teste de esforyo sub maximo

-Metabolismo predominantemente aerobio

Para administrayao do teste e necessaria uma pista de 400m ou um percurso com

distiincia conhecida e marcada. Marcas devem ser colocadas de 50 em 50m, dessa forma a

distancia exata a distancia percorrida nos 12 minutos pode ser determinada com precisao.

o avaliado deve ser instruido a percorrer a maior distancia possivel em 12 minutos, e

pennitido caminhar. Ao final do teste e calculada a distancia percorrida em metros.

21

Permita ao avaliado caminhar por 3 a 5 minutos para promover a volta it calma.

Citlculo:

·Y02mitx (mllkg/min) = (distancia (m) - 504,9)/44,73

3.4.2. Teste de avaliayao da contrayao voluntitria maxima

o teste de contrayao voluntaria maxima foi realizado para cada um dos movimentos

utilizados no experimento. Esse teste sera de acordo com 0 protocolo proposto por

(KRAEMER, 1999) de cargas crescentes ate se alcanyar a carga maxima, ou seja, aquela

que 0 voluntario conseguia executar urn unico movimento completo e correto.

Previamente, a cada sessao de adaptayao e de teste, serao realizados cinco minutos de

aquecimento em cicIo - ergometro com movimentos simultaneos de membros superiores

(aquecimento articular).

3.4.3. Pressao Arterial

Durante as sessoes experimentais, a pressao arterial sera medida no bravo

dominante atraves do metodo auscultat6rio, empregando-se urn esfigmomanometro

aner6ide e definindo-se as fases I e V de Korotkoff para a identificayao das pressoes

22

arteriais sist6lica e diast6lica, respectivamente. Essa medida sera realizada pelo mesmo

observador em todas as sessoes experimentais.

3.4.4. FreCJiienciaCardiaca

A freCJiiencia cardiaca foi continuamente monitorizada por um eletrocardi6grafo

(monitor modular) e sera medida imediatamente antes da medida de pressao arterial

auscultat6ria. Alem disso, a onda eletrocardiografica sera digitalizada e registrada em

microcomputador pelo programa SAD, com uma freCJllencia de amostragem de

500Hz/canal para analise posterior.

3.4.5. Sistema Nervoso Autonomo

As modulavoes simpaticas e parassimpilticas do sistema cardiovascular serao

avaliadas pela analise espectral da freCJiiencia cardiaca e da pressao arterial. Nesse

metodo, as ondas eletrocardiograficas, press6rica e de respiravao CJueforam gravadas pelo

sistema SAD numa freCJiienciade 500Hz/canal serao analisadas pelo programa PRE, CJue

fornecera os valores de intervalo R-R, pres sao arterial sist6lica, pres sao arterial diast61ica

e respiravao a cada cicIo cardiaco. Posteriormente, a variabilidade desses valores sera

23

analisada no dominio da freqiH!ncia pelo metodo de Analise Auto Regressiva (AR)

utilizando-se 0 software LA (Programa de Analise Linear - versao 8.0).

Todos esses programas foram desenvolvidos pelo engenheiro Professor Doutor

Alberto Porta da Universidade de Milao, Italia. Resumidamente, em seguimentos

estacioll1lrios das series temporais, os parametros autoregressivos serao estimados pelo

recurso de Levingson-Durbin e a ordem dos modelos serao escolhidos pelos criterios de

Akaike. Esse procedimento permitira 0 cillculo do poder espectral total e a quantificayao

da freqiiencia central e 0 poder de cada componente relevante do espectro, tanto em

unidades absolutas, quanta normalizadas (un). 0 processo de normalizayao de cada banda

de frequencia sera realizado dividindo-se 0 valor da banda de baixa frequencia (BF= 0,09

- 0,14 Hz) ou de alta frequencia (AF= 0,15 - 0,5 Hz) pelo valor total do espectro,

subtraindo-se do valor da banda de muito baixa frequencia (MBF= <0,09Hz). 0 resultado

sera, entao, multiplicado por 100.

3.4.6. Protocolo experimental

Durante 0 protocolo utilizado na avaliayao do exercicio agudo serao avaliados

dados de pressao arterial sistolica (PAS), diastolica (PAD) e media (PAM), frequencia

cardiaca, e duplo produto (PAS x FC), registrados antes da sessao experimental em

repouso por 20 minutos, a cada 5 minutos e apos a sessao experimental durante 40

minutos, a cada 5 minutos. 0 ECG para a analise da variabilidade da FC sera registrado

durante 0 repouso, ao longo de todo 0 experimento e recuperayao.

24

3.5. COLETA DE DADOS

Aos atletas foi solicitado que executem na primeira semana um teste de esfon;:o

(protocolo ulilizado Teste de Cooper). Na segunda seman a foi utilizado 0 teste de carga

maxima no exercicio supine (protocolo Teste de contrayiio voluntaria maxima). Na

lerceira semana iniciou-se ao trabalho a cerca das variayoes da PA, FC e SNA, onde os

atletas seriam monitorados antes durante e depois da realizayiio de uma serie de 10

repetiyoes no supine reto, onde verificamos as alterayoes da PAS, PAD, PAM, FC e

alterayoes 0 sistema nervoso autonomo (SNS e SNP) atraves da Analise Auto Regressiva

(AR) utilizando-se 0 software LA (Programa de Analise Linear - versiio 8.0)

25

4. APRESENT A<;:AOE DISCUSSAO DE RESULTADOS

Atraves do teste de esfon;o (Cooper - 12 min.) os atletas demonstraram estar

apresenlando urn mesmo nivel do v02 (59,22) isso ocorre devido ao fato de serem atletas

de futebol de mesma faixa etaria e mesmo nivel de preparayao, a diferenya que podemos

observar ocorre devido ao falo do alleta atuar na posiyao de goleiro, dai a possibilidade de

apresentar lima menor capacidade aer6bica que 0 restante do grupo. (Grafico 1).

GRA-FICO J-V02 ATLETAS TESTE DE COOPER

I v02I

70 - - --65 • • • I60

• • ,,---;:-55 • 11• \/02•50

45,

40 - - - _JNota: Gralico com os valores obtidos no tcste de esfor<;o (Cooper) rcalizado pelos aita a!lctasparticipantes da pesquisa.

26

Durante 0 exercicio ha um aumento da FC decorrente do aumento do sistema

nervoso simpatico (Grafico 5) isto relaciona-se a um maior f1uxo sanguineo nos membros

superiores .Apas 0 exercicio a FC reduziu logo nos primeiros 5 minutos porem tlcou mais

elevada que na situa<;:aode repouso. 1sto esta relacionado a remo<;:aodo acido latico

acumulado durante 0 exercicio (MCARDLE et al, 1998). Mesmo apas 40 minutos a FC

ainda permanecia elevada em rela<;:aoa FC basal (Grafico 2).

GRAFICO 2 -FREQUENCIA CARDIACA - ANTES, DURANTE E APOS ASESSAO DE TREINO

Frequencia Cardiac a

10 Frequencia Cardiaca I

160~_ _ __ _ __140 -

l~NOTA: Gr;iflco ei:Jborado de acordo com as medias resllitanlcs da analise da Freqiicncia Cardiaca dosallelas.

27

A PA de repousos era 118/66 mmHg, sendo que a PA nao foi avaliada durante 0

exercicio por se tratar de uma serie para membros superiores 0 que impossibilitaria a

verificayao da PA. Apos 5 minutos a PA se mostrou elevada (128/65 mmHg) e nao

retornou ao basal mesmo apos 40 minutos de recuperayao (122/69mmHg). Isto

provavelmente esta relacionado ao aumento da FC e a presenya de metabolicos locais.

(Grilfico 3).

GRAFICO 3 - PRESSAO ARTERIAL - ATLET AS ANTES E APOS 0EXERCicIO

140

120100 ,- c----

80 r- _

60

40

20

0

o Pressao arterial sit6lica

o Pressao arterial media

o Pressao arterial diast61ica II

~OTA: Gr~~co ~1~bor3do de [I,corda, com as,medias rcsultnntes dn PA dos atletns antes capos 0 excrcicio. llrant~boJ'exerCICIQ ~Ana.., fOi afonda dCVIdo ao fato de trabalharmos com l11cmbros superiores 0 qu~JmpOSSJ J Jiou sua veTJfica~ao.

28

A PAS em repouso (basal)118 mm Hg. Apos 5 minutos de exercicio verificamos

urn aumento da PAS 128 mmHg, aos 10 min seguintes ocorre uma reduyao da PAS para

122 mmHg. Aos 20 min observamos novamenle 0 aumento da PAS 125 mmHg, a

oscilayao da PAS ocorre novamente, porem aos 40 minutos a PAS ainda nao havia

retornado a PAS basal.(Grafico 4)

GRAFICO 4 - PREssAo ARTERIAL SISTOLICA

- --,----

I

- ~ I= -r=l] 10 PAS II- --j

l

130 ,128 -126

124

122 -

120 c------118

116 ~114

112

PAS-- ---------

,--~-------Ir-I-----I-

-

Antes ap6s 5 ap6s 10 ap6s 15 Ap6s 20 Ap6s 25 Ap6s 30 Ap6s 35 Ap6s 40minutos minutos minutos minutos minutos miutos minutos miutos

NOTA: GrMico elaborado de acordo COlli as lIIedias resliltal1(cs da PAS dos a(le(as antes e ap6s 0cxcrcicio. Durall(c 0 cxcrcicio PA l1a foi aferida devido ao fa(o de (rabalhanl1os com Illcmbros sllpcriorcso que impossibilitou sua Ycrific89iio.

A PANi antes do exerciclo era de 80 mmHg, apos 0 exerciclO observamos 0

aumento da PAM para 90 mmHg, ocorrem oscila~6es da PAM durante 0 periodo de

recupera~ao com urn aumento da PAM aos 10 min 93 mmHg, 30 min 93 mmI-lge aos 40

min apos 0 exercicio a PAM ainda era maior que a basal 90 mmHg.(Gritfico 5).

GRAFICO 5- PRESsAo ARTERIAL MEDIA

PAM949290888684828078767472

-- - --- -- ---I,--,

r- ,-- -- -- -----

~1- ~- I--- -- - -1- -- -- -- - .- - ---j

l- I--- -- I- -- ,----- - ---l-- -- -- -- -- -- -- ]- - I-- -- - -- - - --

+- -- -- -- -- -- -- -- -r- -- -- -- - -- -- I- --Antes ap6s 5 ap6s 10 ap6s 15 Ap6s 20 Ap6s 25 Ap6s 30 Ap6s 35 Ap6s 40

minutos minutos minutos minutos minutos miutos minutos miutos

NOTA: GrMico elaborado de acordo com as medias resultantes da PAM dos aile las antcs e ap6s 0exercicio. Durantc 0 cxcrcicio PA no foi afcrida devido 30 fato dc lr3balhannos COIll mcmbras supcrioreso que impossibilitou sua vcrifica<;.ao.

29

30

Antes do inicio do exercicio a PAD era de 66 mmHg, Apos 0 exercicio aos 5 min a

PAD era de 64 mmHg , a exemplo da PAS e PAM ocorrem oscilar;:oes na PAD aos 20

min a PAD aumenta para 69 mmHg, aos 25 min a PAD reduz para 67 mmHg a oscilar;:ao

persiste e aos 40 min ainda verificamos uma PAD de 68 mOlHg(Grafico 6).

GRAFICO 6 - PRESSAO ARTERIAL DlASTOLICA

PAD70

696867

6665

64

63

62

- - .--- - - -f--'--- r--

.--- I-- -1-r- -- I- i-r--- - \-i- -- -- -- I--- I--

=n=----,

1- 1- -- I- i- I- I-- -"l- i- -- -- f-- -- I- r-<

IOPADli

Antes ap6s 5 ap6s 10 ap6s 15 Ap6sminutos minutos minutos 20

Ap6s25

Ap6s30

Ap6s35

Ap6s40

minutos minutos miutos minutos miutos

NOTA: Gr:Hico claborado dc acordo com as medias rcsuItanles da PA dos allclas anles capas 0 cxcrcicio.Durnnt~ ?c:xcrcicio PA na roi afarid••dcvido ao fato de trabalhannos C0111111cmbros slIpcriores 0 qu~II11POSSlbllJtOlI sua verificayao.

31

A atividade do sistema nervoso simpatico, em repouso e menor que a atividade

parassimpatica (40/65), como e de se esperar devido ao nivel de (reinamento que se

encontram os atletas. Durante 0 exercicio ha urn aumento do sistema nervoso simpatico

devido ao maior estimulo do SNS. Apes 0 exercicio ocorre uma redu,<ao importante na

atividade do SNS e 0 aumen(o do SNP, podendo significar uma vantagem no tratamento

de doen,<as cardiovasculares e 0 SNS mais elevado. (Grafico 4).

CRAFICO 7 - SISTEMA NERVOSO AUTONOMO

8070

6050

40302010o

~ H~ -- -- -'~ - --- -- -- -- 1~ r--~ - -

f--- -I--

-r=r - ~ -J--- - - l=r -Jl.- I-- I-- 11~

o Simpatico

o Parassimpatico

NOTA: Gnifico elaborado de acordo com as mo(lias rcsultantcs da analise da SNA dos atletas.

o fa to da FC e PA permanecerem elevadas ao mesmo tempo em que 0 SNS diminui pode

estar relacionado a presen(:a de adrenalina plasmatica, e a remo,<ao dos metabelicos

acumulados durante a serie de exercicios.

32

5.CONCLusAo

Os efeitos do exercicio contra-resistido sobre 0 sistema cardiovascular apes uma

serie de exercicio supino a 50% da sua contravao voluntiuia maxima provocam alteravoes

nos panlmetros cardiovasculares analisados. Durante e principalmente apes 0 exercicio, 0

fato mais importante encontrado foi 0 grande aumento da atividade do SNS durante 0

exercicio, e sua queda apes 0 exercicio SNS e 0 aumento significativo do SNP, 0 que

pode representar uma vantagem fisiolegica aos individuos praticantes do exercicio contra-

resistido. Os efeitos cronicos do exercicio podem ocasionar uma reduvao da frequencia

cardiaca sofrendo a influencia da modalidade do treino, visto que em ratos submetidos a

treinos de baixa intensidade com natavao, a bradicardia esta relacionada ao aumento do

tonus vagal cardiaco. (MEDEIROS et tal, 2004).

Alem de sofrer a influencia da modalidade de treinamento, 0 mecanismo envolvido

na bradicardia de repouso tambem se modifica no processo de doenvas cardiovasculares,

como, a hipertensao arterial. Assim em ratos espontaneamente hipertensos, observamos

que bradicardia de repouso pes-treinamento esta associada 11 diminuivao do tonus

simpatico cardiaco. (GAVA et tal, 1995). Fazem-se necessarios novos trabalhos acerca

dos efeitos cronicos e agudos do exercicio, novos grupos mllsculares sendo trabalhados

em series variadas.

33

6.REFERENCIAS

BRUM, PC, FORJAZ, CL.M.; TlNUCCI, T.; NEGRAO, C.E. Adaptavoes agudas ecronicas do exercicio fisico no sistema cardiovascular. Revis/a palliis/a de edllca(/aoFisica. Sao Paulo, v.8, p21-31, 2004.FLECK, S.1., KRAEMER, W). FlIIzdamenlosdo Ireinall/elltode /o,.,:;a.Porto Alegre,Editora Artes M6dicas SuI, 1999.FORJAZ, CL.M.; CARDOSO JUNIOR, CG., REZK,CC; SANTANELLA, D.F.,TlNUCCI, T. Post-exercise hypotension and hemodynamics: the role of exerciseintensity. J01l/'l1alo/Spor/s Medicine and Physical Fi/ness, Turin, 2004.FORJAZ, CL.M.; MATSUDAlRA, Y.; RODRIGUES, F.B.; NUNES, N., NEGRAO.CE. Post-exercise changes in blood pressure, heart rate pressure at different exerciseintensities in normotensive humans. Brazilian Joul'I1alMedicille Reseasch, RibeiraoPreto,v.31,n.l0,p. 1247-55, 1998.FORJAZ, CL.M.; SABINO, S.M.; SQUELA, S.A.F, PAULO, AC, TINUCCl, T.;RONDON, E.; BARRETO, ACP.; NEGRAO, CE. Hemodynamic mechanisms of post-exercise hypotension: influence of exercise intensity. Medicine and Science Sports Gilexercise,Madison, v.3l, p.392, 2003.FRANCHlNI, KG. Fun"ao e disfunyao autonomica na doen"a cardiovascular. Revis/a dasociedade cardiologica do eslado de Sao Palllo. Sao Paulo, v.8, p. 285-297,1998.GAVA, N.S.; VERAS-SILVA, AS.; NEGRAO, CE.; KRIEGER, E.M. Low-intensityexercise training attenuates cardiac beta-adrenergic tone during exercise in spontaneouslyhypertensive rats, Hypertension, Dallas, v.26, p.1129-33, 1995.GUYTON, Arthur C, HALL, John E., Tra/ado de Fisiologia Medica, Rio de janeiro,Guanabara Koogan Editora, 1997.HAGBERG, J.M.; MOUNTAIN, S.1.; MARTIN, W.H Blood pressure and hemodynamicresponses after exercise in older hypertensive. Joumal 0/ Applied Physiology. Bethesda,v.63, p.270-6, 1987.HALLIWILL, J.R. Mechanisms and clinical implications of post-exercise hypotension inhumans. Exercise and Sports Science Reviellls.New York, v.29, p. 65-70, 2001.HALLIWILL, J.R.; TAYLOR, J.A.; ECKBERG, D.L. [mpaired sympathetic vascularregulation in humans after acute dynamic exercise. Journal Physiology, London, v.495,p.279-88, 1996.HAYKOWSKY, M.J., FIND LAY, J.M.; IGNASZEWSKI, AP. Aneurysmalsubarachnoid hemorrhage associated with weight training: three case reports, Clinical.lo1//'I7a/o(Spor/s Medicine. Philadelphia, v.6, p.52-5, 1996.lRIGOYEN, MC; LACCHlNI S, DE ANGELIS K, MICHELINI LC Fisiopatologia daHipertensao: 0 que avan"amos? Revis/a do Sociedade de Cardiologia do bs/ado deSaoPal/lo. Sao Paulo, v.I, p.20-45, 2003.MCDONALD, J.R; MACDOUGALL, JD, INTERISANO, SA; SMITH, K.M.;MCCARTNEY, N.; MOROZ, J.S.; YOUNGLAI, E.V.; TARNOPOLSKY, M.A.

34

Hypotension following mild bouts of resistance exercise and submaximal dynamicexercise. European J01/rnal ofApplied Physiology, Berlin, v.79, p. 148-54, 1999.MCARDLE, Willian D.; KATCH, Frank 1.; KATCH, Victor L., Fisiologia do Exercicio.Energi, Nutriyao e Desempenho Humano. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,1998.MEDEIROS, A; OLIVEIRA, E.M.; G[ANOLLA,R.: CASARINI, D.E., NEGRAO, C.E.;BRUM, P.C. Swimming training increases cardiac vagal effect and induces cardiachypertrophy in rats, Brazilian Journal of Medical and Biological Research, RibeiraoPreto, 2004.MONTErRO. Maria F.; SOBRAL, Dario C. Exercicio jisico e 0 con/role da pres-saoarterial,Revista Brasileira de Medicina do esporte. Rio de janeiro, v.10, nO6, p.513-16,2004.PRESSAO Arterial. Disponivel em: http://wwwifufrj.br/teachinglfis2/hidrostatica/pres-sao art.html. Acesso em: 07 jun.2007.REVTSTA BRASILEIRA DE HIPERTENSAO. !:'xercfciojisico como Ira/amenia naofarmacol6gico da hiper/ensao ar/erial. Rio de Janeiro, v. I0, p. 134-7,2003.REVTSTA BRASILETRA DE MEDlCTNA DO ESPORTE. Efeito hipotensivo doexercfcio de forryarealizado em in/ensidades diferenles e mesmo volume de trabalho.Riode Janeiro, v.9, n.2, 2003.REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE. Exercfcio jisico e 0 con/roleda pressao arterial.Rio de Janeiro, v.10, n.6, 2004.REVIST A DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HlPERTENSAO IV Dire/rizeshrasileiras de hiper/ensao arterial.Rio de Janeiro, v.5, p.l 26-63, 2002.SOClEDADE BRASILE1RA DE HlPERTENSAO, SOClEDADE BRASLLELRA DECARDlOLOGrA, SOC[EDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGrA. LV Diretrizesbrasileiras de hipertensao arterial, Revista da Sociedade Brasileira de Hipertensao, Rio deJaneiro, v.5, p.126-63, 2002.THOMAS, Jerry R.; NELSON, Jack K; Metodos de Pesquisa em Atividades Fisicas,Porto Alegre, Artmed Editora, 2002.