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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
FACULDADE DE CIENCIAS AGRARIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINARIA
COCCIDIOSE
CURITIBAABRIL. 2003
ANDREA BARWINSKI
COCCIDIOSE
Monografia apresentada como requisito parcial
Para a obtenr;:ao do titulo de Medica Veterinaria
Pela Universidade Tuiuti do Parana, do curso
De Medicina Veterinaria.
Orientador: Professor Sergio Bronze.
CURITIBAAbril,2003
TERMO DE APROVAf;Ao
ANDREA BARWINSKI
COCCIDIOSE
Monografia apresentada como requisito para obtenyllo do titulo de MedicaVeterinaria no Curso de Medicina Veterin;iria da Universidade Tuiuti do Parana.
ORIENTADOR: Professor Sergio Jose M. Bronze.
Curitiba, 30 de Abril de 2003
SUMARIO
1. COCCIDIOSE 1
1.2 Etiologia ..
1.3 Cicio de vida ..
. 1
.. 2
1.4 Distribuic;ao e transmissao.... .. 3
1.5 Sintomas.. .. ..4
2. PATOLOGIAS ESPECiFICAS I E. ACERVULlNA 4
2.1 E. Mivati ..
2.2 E. Maxima ..
2.3 E. Necatrix ..
2.4 E. BrunetL ..
..5
.. 5
........6
.......7
2.5 E. Aden6ides.. .. 7
2.6 E. Meleagrimilis.. .. 8
3. DIAGNOSTICO 8
4. COMO A DOEN<;A SE ESPALHA 9
5. COMO SE EVITA A COCCIDIOSE 10
6. COMO SE COMBATE A COCCIDIOSE 12
7. DROGAS 13
8. VACINA<;AO 14
9. CONCLUSAO 16
10.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 17
1.1 COCCI DIOSE OU EIMERIOsE
A coccidiose, e urna das doen~s mais importantes da aviOJltura industrial.
o agente causa enterite e diarn§ia, consequentemente causa uma diminuiyao na
abson;ao intestinal de nutrientes (BORDIN 1997. p.163).
Os afeilos da cocci diose interagindo com uma au mais enfermidades sao
frequent.emente muito mais severos do que quando a doen~ ocorre sozinha.
A doenga pode aparecer em qualquer idade, mas em adultos e raro
encontrar form as graves, encontra S8 freqOentemente forma cronica, em que a
doen~ evolui quase que desapercebida, embora a ave eli mine as micr6bios da
doenga podendo assim transmiti - la as outras aves do mesmo local.
Entre as pintainhos, a coccidiose costuma aparecer quando ales sao
colocados no terra, e muito especial mente quando ha umidade. Poucos dias apas
as aguaceiros e muito comum observar verdadeiras explosc3es de cocddioS8, em
lotes aparentemente sOlos ( REIS, 1998, p. 163 ).
1.2 ETIOLOGIA
A coccidiose e causada por protozoarios do filo Apicomplexa da familia
Eimeriidae. Nas aves domesticas, a maioria das especies pertence ao g~nero
Eimeria spp, e infecta varios loeais no intestino ( MERCK, 2001, p. 1566 ).
Os protozoarias s~oanimais microsc6picos, formados par urna unica celula
que apresenta organelas especializadas para realizar as funyaes de mantenga da
vida como a alimenta91\o, respirayao. reprodu91\o, excreyao e locomoyao.
Possuem urn corpo de forma variada, micJeo distinto unico au multiplo, sem
6rgaos e tecidos, se locomovem pDr flage105, cilios, pseud6podes au movimentos
da pr6pria celula. Algumas especies possuem envolt6rios protetores, podendo
produzir cistos au esporos, para sobreviver em condiQ6es desfavoraveis e para
dispersao. ( FERREIRA J. D. Universidade Federal do Rio Grande do Sui ).
A coccidiose •••um processo infeccioso rapido (de 4 a 7 dias) 8 S8
caracteriza par replicay80 parasitaria nas celulas hospedeiras com danos
extensos na mucosa intestinal.
Os coccfdios das aves domesticas sao hospedeiros - especificos, e as
especies diferentes parasitam partes exclusivas do intestino. as coccidios sa
distribuem mundialmente nas aves domesticas e silvestres.
Nas galinhas, S9 reconhecem noves especies de eimerias, em perus sa
reconhecem sete especies.
Das noves especies de coccidios das aves, Eimeria acervulina , E. mivati,
E. mitis, E. lenel/a. E. necalfix, E. hagani. E. praecox, E. brunetti e E. maxima as
mais importantes economicamente sao: E. acervulina, E. maxima, E. brunetti e E.
lenel/a ( BORDIN, 1996, p. 47 ).
Nos cases de eimeriose cHnica, as les6es causadas par coccidios sao
comumente observadas a partir da serosa, que seja na forma de petequias ou
estrias branco - amareladas. E comum observar 0 intestino dilatado,
apresentando nitido engrossamento das paredes e perda de tonus, alem do
exsudato inftamat6rio, a qual •••variavel com a tipo de coccidia.
1.3 CICLO D~ \(IDA
Especies do genero Eimeria completam seu cicio de vida em urn unico
hospedeiro, apresentando reprodu~o assexuada e sexuada, dentro das celulas
dos hospedeiros e esporogonia no maio exterior. Na maioria das especies 0
hospedeiro desenvolve urna res posta imune protetora especie-especifica.
As galinhas tornam-se infectadas com especies de Eimeria ao ingerir os
oocistos esporulados juntamente com raeao ou agua (KAVAZONE, 2000, p.392).
1.4 DISTRIBUIc;:Ao E TRANSMISsAo
Os coccidios encontram-se presentes quase que universal mente nas
cria¢es de aves domesticas, mas a doen"" e clinica ocorre apenas depois da
ingestao de um numera relativamente grande de oocistos esporulados pcr parte
das aves suscetfveis. Tanto as aves clinicamente infectadas como as recuperadas
eliminam oocistos em seus excrementos, 0 que contamina alimentos, poeira,
agua, cama e solo ( MERCK, 2001, p. 1566 ).
Os oocistos podem ser transmitidos por portadores meclmicos (por
exemplo, equipamentos, roupas, insetos e outros animais). Os oocistos infectantes
nao contaminam ate que esporulam, sob condi¢es ideais 21° a 32° C, com
umidade e oxig~nio adequados. 0 periodo pre patente e de 4 a 7 dias. Os
oocistos esporulados podem sobreviver por longos periodos dependendo dos
fatores ambientais. Os oocistos s~o resistentes a alguns desinfetantes comumente
utilizados ao redor dos animais de produ~o, mas s~o mortos por congelamento
ou temperaturas ambientais altas.
A patogenicidade e inftuenciada pela genetica do hospedeira, fatores
nutricionai", doen¢as.lntercorre11lese cepa do coccidio
1.5 SINTOMAS
Nos casas mais violentos, a doen~ e muito tfpica. Acomete os animais
bruscamente, estes fieam tristes, arrepiados, amontoa-se no canto, asas caidas, e
o que e muito caracterfstico diarreia rom sangue, 0 animal mone em dais dias
Em aves cr8scidas, com mais de 2 meses, os sintomas sao menes
berrantes, podem S8 resumir em arrepiamento, emagrecimento, palidez,
encolhimento da crista, a diarreia pode faltar.
Nos planteis infectados, as sinais mais comuns incluem redu9A:o do
consumo alimentar, perda rapids de peso. des~nimo. eri<;amento das penas e
diarreia grave, sao comuns excrementos liquidos com muco. A morbi dade e
mortalidade sao altas (BORDIN. 1996. pA9).
2. Patologias especfficas I Eimeria acervulina
"Parasita 0 duooeno das aves. podendo nos casos de infestar;.!lo severa,
comprometer a parte m(;cfiado intestino delgado ate 0 fleo terminal. Normalmente
se observa lesI:Jes em forma de estrias transversais esbranquir;adas,
perfeitamente visiveis pela serosa do 6rg.!l0.Ao corte as paredes est.!lo tumefatas,
notando-se a presenr;a de exsudato seroso disposto no mucosa infiamada, na
qual demonstra as lesI:Jesas lesl:Jesesbranquir;adas que correspondem as areas
de teeido fibroso em resposta a ar;.!lo irritativa desenvolvida pela fases
intermediilrias do parasita e seus produtos.
Ao exame microsc6pico de raspados das lesI:Jes, observam-se fases
evolutivas em grande quantidade, assroados a grande numero de oocistos, isto
se 8 necropsia for rea/izada em fase do cicio de vida do coccidio jti viavel a
oocistog~nese. As les()es motivadas pela E. acervulina sllo superficiais e portanto
no exame microsc6pico a fresco deve ser feilo em raspados superficiais da
mesma forma.
A E. acervulina e uma esptlcie bastante fertil e uma das principais causas
da coccidiose 5ubclfnic8.
o curso clfnico no plantel e quase sempre prolongado, e resulta em
crescimento deficiente, desenvolvimento de descarte e baixa mortalidade "
( MERCK, 2001).
2.1 E. mivati
"Parasite da mesma pOf9llo intestinal comprometida pela especie
anteriormente citada. As lesOes que determinam sllo relativamente semelhantes,
tendendo no entanto a serem mais alTedondadas. Em fun,lIo da sua semelhanqa
com a E. acervulina, e freqOentementeenglobada no mesmo complexo" ( MERCK,
2001).
2.2 E. maxima
Parasita a parte media do inteslino delgado, embora possa comprometer
todo 0 segmento intestina/.
Casas severos determinam urn intestino bastante engrossado, paredes
tumefatas, presenqa de areas circulares esbranquiqadas, associadas as
petequias. Ao corte evidencia-se congestllo severa da mucosa e presenqa de
exsudato catarral. As les()es em forma de ponteados esbranquiqados estilo
relacionadas com reax()es org~nicas a certas fases evolulivas do parasita,
notadamente esquizontes, oocistos e mierogamet6dtos. Ao raspado, observa-se
fases evolutivas e grandes oocistos.
Surtos muitos agudos por E. maxima dao margens ao estabeleeimento de
exsudato mucosanguinolento, passivel de levar confustJo diagnostica com E.
neeatfix. Neste easo, 0 estudo do raspado intestinal fomece dados importantes
para 0 diagn6stico diferencial entre estas especies. Oeste modo 0 eneontro de
oocistos de grande tamanho inelina 0 diagn6stico para coccidiose por E. maxima,
porque ntJo se observam oocistos no mesmo local das les6es macro e
microsc6picas, motivadas pela E. neeatrix, s6 se desenvolvendo estes, nesta
especie, ao nivel dos cecos onde ocorre sua rase sexuada" ( MERCK, 2001 ).
2,3 E necatrix
"Parasita 0 mesmo ponto do intestino delgado, que a E. maxima. Trata-se
de uma especie aliamente mortal, prevalente, que se multipliea profundamente na
mucosa intestinal, atingindo regi6es bem irrigadas, dando origem a hemorragia.
o intestino das aves com coccidiose por E. neeatrix , apresenta-se dilatado,
com as paredes bastante tumefatas, presenc;a de pontos esbranquic;ados em
apreeiavel profustJo associados a areas hemorragieas difusas. As lesOes fIbr6tieas
correspondem a granulomas.
Ao corte observa-se exsudato mucosanguinolento intenso, 0 raspado
conforme referido, mostra, aD exame microsc6pico a fresco, inumeros
esquizontes, em varios estagios de evoluc;tJo,carregados de merozoitos, os quais
podem se apresentar livres, motivados pela fragmentac;tJodos esquizontes. Nota-
se freqOentementeintensa congesttJodos vasos mesenterais" ( MERCK, 2001 ).
2.4 E. brunetti
"Este coccidia exerce sua patofogia basica ao nivef da parte terminal do
intestino delgado. desembocadura dos cecos e reto. Petequias tendem a ser
observadas ao exame superficial do segmento oomprometido, a qual se mostra
engrossado e ffacido.
Ao oorte observa-se a presem;a de pseudomembranas aderidas a muoosa
inffamada. Uma necrose de ooagufac;<'lomuito severa, associada a exsuda9iJo
fibrinosa. forma a base dessa pseudomembrana. 0 raspado das lesIJes, quando
examinado a fresco, demonstra as rases evolufivas do coccidio, inclusive oocistos
de significativo tamanho" ( MERCK, 2001).
2.5 E. adenoeides
"Sintomatologicamente se evidencia diarreia, oom fezes liquidas, muoo e
ooagulos sangOineos. Trata-se de uma especie bastante petog~nica, a qual
parasita a fase final do intestino delgado, reto e oom freqO~nciaas ceoos. Edema
severo do segmento intestinal oomprometido, petequias e deposi9iJo de muoo
tingido de sangue, par vezes fibrina sao observa9lles freqOentes. Com a evofu9iJo
cronica da doen,a, nota-se exsuda,iJo caseosa intensa a nivel cecal, tendendo
tamMm a oomprometer a regitJodo ilea terminal. Ao raspado dos tecidos lesados,
evidencia-se a presenca das formas evolutivas do agente, oomprometendo esta
regilio do aparelho digestivo dos perus, sem duvida se trata de um dos ooccidios
mais importantes, pais especies oom E. meleagridis e E. in6cua, niJo slio
consideradas patog~nicas· (MERCK, 2001).
2.6 E. me/eagrimitis
"Tra/a-se tamMm de um coccidio bas/ante patog~nico. que parasita 0
intestino de/gado dos perus. no seu segmento medio. Animais comprometidos por
este tipo de coccidiose mostram sintomas e /es6es severas de desidrata9tJo. Por
ocasitJo da necropsia. observa-se 0 duodeno severamente a/argado. mcstrando
ao corte uma mucosa tumefata e agudamente inflamada. apresentando pequenos
focos hemorragicos. Dependendo do estagio e da severidade da doen9a, efreqOente0 achado de exsudato difterico cobrindo a area da mucosa inflamada.
o raspado das areas /esadas, quando examinado a fresco, mostra fases
evolutivas do coccidia.
A his/opato/ogia dos casos de coccidiose de perus causados pe/as especies
consideradas demons/ra um quadro de necrose das vilosidades intestinais,
sobre/udo nas regilJes superficiais. Presen9a de sangue livre, com intensa
congesttJo dos vasos da submucosa e mais freqOentemente observado nas
coccidioses por Eimeria aden6ides" (MERCK, 2001).
3. DIAGNOSTICO
o diagn6stico da doen9B pode ser feito ao nivel de campo e laboratorial.
Para a realiza~o do diagn6stioo, deve·se selecionar ao aeaso urn grupo de
animais do gatpao, as quais serao sacrificados e submetidos a necropsia. A
5818980 naD deve S8 limitar a anima is doentes e debilitados, assim como nao S8
deve necropsiar animais doentes no galpao, pois as altera96es pDs-mortem nos
intestinos dificullarao 0 diagnostico. Todo 0 trato intestinal deve ser examinado
(MERCK, 2001 p. 1568).
"0 diagn6stico seguro da coccidiase deve ser feita com auxifia da
microsc6pia, este e que conflrma quanda se trata de coccidiase , e em casa
positivo, qual a especie de Eimeria que esM causanda a doenqa.
'0 material que se deve colher para fazer a exame e a seguinte: fezes: quer
estejam liquidas au s6lidas , serJa misturadas com urn pauco de farmal a 10% ,
colocadas em urn frasco bern (echada e enviadas a labarat6ria. CanleLida da
intestina au das cecos: se a conteUda far sangue, sera bam fazer esfregar;o desse
sangue, seca-Ia e remeler a I~mina aa laborat6ria, se a conteuda nJa far sangue,
raspar a superficie de dentro da intestina, e fazer esfregar;o" (BORDIN, 1996
p163 ).
o escore das lesOes e uma tecnica desenvolvida para fornecer urna
classificac;ao numerica de les6es macrosc6picas causadas par cocddios e usado
para determinar a efeito de diferentes tratamentos nas infec¢es coccidianas. As
lesoes e a conteudo do intestine podem servir para S9 estabelecer 0 grau de
infec910 e determinar 0 melhar tratamento (BORDIN, 1996, p. 53).
4. COMO A DOENCA SE ESPALHA
A ave doente elimina 0 micr6bio da coccidiose em grandes quantidades nas
fezes. Mas logo que deixa 0 animal doente, esse microbia naD e perigoso para
Qutros pintainhos se casa e par ales ingerido. Para poder infectar Dutra ave enecessaria que 0 microbia amadurec;a certa tempo no solo, durante esse tempo
ale safre algumas altera95es muito tipicas e faceis de reconhecer com 0
microsc6pio.
10
o tempo necessaria para 0 amadurecimento varia conforme as
circunstancias de calor e umidade, normalmente no verao, em media sao 3 dias.
No chao muito seeD e exposto aD sol 0 micr6bic nao amadurece, e aeaba
morrendo em tempo relativamente curto, par isso que e recomendavel 0 chao de
areia. Em lugares sombrios e umidos a conserva<;<3o dos micr6bios e muito longa,
podendo durar ale mais de um ana ( REIS, 1998, p. 163).
E precise ter consciencia que todos os animais que entram au pousam no
aviario como moscas, ratos, passares, caes.. podem carregar nas patas
fragmenlos de lerra ou fezes infesladas pelo microbio.
I:: necessario proteger a com ida e a agua e evitar lugares umidos.
E preciso ainda considerar urn fator muito importante na propaga~ao da
doenC;:8, sao as aves que apresentam forma cr6nica da doenc;:a. Trata-se em geral
de aves que adquiriram certo grau de resistencia a custa de urna infec~o anterior,
que sarou. Essas aves estao sempre se reinfectando e no seu intestino 0 microbio
se desenvolve sem que ela apresentem os sintomas, nas suas fezes 0 microbio e
sempre eliminado e desse modo as camas se tornam cada vez mais infectadas.
Essas formas cronicas sao muito comuns em aves adultas.
5, COMO sE EVITA A COCCI DIOSE
Para que se far;a urn bom controle e consequentemente obtenha-se a
preven9aO de surtos, e necessario 0 uso de varios metodos associados entre si. 0
manejo adequado, deslnfecr;ao e limpeza isoladamente nao sao suficientes para 0
controle, mas sao da maior importancia. Para tal e necessaria lanc;;ar mao do uso
de anticoccidianos nas ra96es au usar vacinas existentes no mercado, em fun9030
11
de que as oocistos de Eimeria permanecem viaveis par mais de urn ana no
ambiente em condi90es ideais de temperatura. ( REIS, 1998, p.165 ).
Alguns metidos tem sido muito utilizados nas granjas como:
Absoluta limpeza das criadeiras: A limpeza das criadeiras deve ser diaria e
deve constituir na remoc;ao meticulosa das fezes. Essa remoc;ao faz-s8 a seco, S9
for usado agua e preciso que seque logo, e necessario que S8 troque as camas
freqOentemente para impedir 0 acumulo de fezes e nunca permitir que a cama
fique umida (MERCK, 2001p. 1569).
A colocac;ao de telas de arame no piso da criadeiras e uma boa medida,
pais diminui muito a quantidade de fezes ao alcanya das aves, mas a tela deve ser
limpada todos as dias, com uma escova para remover as sujeiras que fica sabre
ela, tambem nao S8 permitira que as fezes S8 acumulem em baixo da tela au
formem montantes que encostem na tela, pois nesse caso sera facil dos
pintainhos alcan~rem as fezes com 0 bico. Em resumo e necessario lembrar que
as telas nao tem nenhuma virtude especial que consiga matar os micr6bios, eapenas um metoda de preven9ao ( BORDIN, 1996 ).
Em muitas granjas adota-se 0 processo da cria9ao das aves em cama alta,
isto e sobre uma camada de palha, serragem ou sabugos recortados, que vai
periodicamente cobrindo com novas camadas. Os animais criados sobre estas
camas, mesmo que convenientemente mantidos podem contrair a doenc;a. E
necessario que as camas sejam sempre mantidas livres de umidade,
especialmente perto dos comedouros e-bebedouros.
12
ProteC;80de comedouros e bebedouros: Essa proteC;80visa impedir que as
aves pisem dentro dos bebedouros e comedouros, au fiquem nas bordas
defecando dentro.
Cuidados com as zonas perigosas: E sabido que os microbios da
cocci diose sao sempre mais abundantes debaixo dos poleiros, dentro dos ninhos,
dentro e em torna dos bebedouros, em torna dos comedouros, essas sao portanto
as zonas perigosas, que e necessaria manter lange do alcance da ave.
Ou seja todas as medidas giram em torno da higiene, que e 0 principal fator
de controle e preven~o da doen(:a.
6. COMO SE COMBATE A COCCIDIOSE
Se a doenC;8aeaba de aparecer devemos proceder da seguinte maneira:
Se 0 late e grande, a ainda sao poucos as anima is doentes, a melhor medida esacrificar imediatamente todos os animais doentes e queima-Ios depois, ao
mesma tempo fazer a limpeza rigorosa da granja, nao deixando vestigios de fezes
(REIS, 1998, p. 167).
"Se 0 lote esM quase todo doente, eo proprieMrio nao pode sacrificar todas
as aves, teremos que separar as aves sas e transferi -las para outra instalagaa,
esses animais seraa observados diariamente, e aqueles que apresentarem sinais
da doenqa deverao ser separados imediatamente.
Quer 0 lote sao, que se isolou, que 0 lote doente, serao alvos de cuidados
rigorosos de limpeza diaria, a agua e a comida serao protegidas" ( LANA, 2000).
13
7.DROGAS
Muitas sao as drogas utilizadas e recomendadas par lei905, e na grande
maioria naD oferecem resultados. Recentemente investiga90es bern conduzidas
tern revelado a utilidade de algumas substancias quando adicionadas na raryao e
na agua, para reduzir a mortalidade e a gravidade da doen~a (MERCK, 2001).
Ajustar a agua de bebida assim que a doen~a aparece com sulfato de ferro
e sulfato de cobre, ajustar a ra~o com enxofre a 5% pode ser Qutra alternativa,
mas as medicamentos que mostram melhores resultados na pratica sao as
sulfonamidas ( REIS, 1998 P 169).
Existem as drogas anticoccidianas dispon[veis no camarda para que S8
evita e para 0 tratamento da coccidiose nas aves. Todos as fabricantes fomecem
instruc;oes detalhadas quanta aD seu uso. As concentrac;6es das drogas
dependem de aprova¢es regulatorias e considerac;6es de manejo, pode-se usar
doses reJativamente baixas, de forma continua para a prevenc;ao ou para
desenvolver a imunidade. Pode-se utilizar dosagem mais altas e por periodos
curtos para tratamento ou se houver previsao de exposic;ao de alto nfvel. A
dosagem recomendada varia com a especie de coccidia ( MERCK, 2001).
Os anticoccidianos devem ser administrados nas aves por alimento para
evitar doen9a aguda e perda economica, frequentemente associ ada a infec9ao
subaguda. Prefere-se a seu usa profilatico, pois a maior parte dos danos ocorrem
antes dos sinais fica rem aparentes, e 0 tratamento retardado nao pode beneficiar
a plantel inteiro (REIS,1998, p 170).
"Existem duas classes distintas de anticoccidianos os coccidiostllticos que
inlerrompem ou inibem 0 erescimento de coccidios intracelulares, dando origem a
in(ecq~o /atente depois da suspens~o da droga e os coccidioeidas que destroem
as coccfdios durante 0 seu desenvolvimento.
A/gumas drogas anlicoccidianas podem ser inieialmente coccidiostatieas,
mas eventualmente tomam-S8 coccidiocidas.
Os anticoccidianos s~o comumente suspensos das aves de corte trlls a
sete dias antes do abate para preeneher as exigtmeias regulal6rias e para diminuir
gastos.
As drogas mais recomendadas atua/mente s~o 0 Ampr6lio, Clortetracie/ina,
Oxitetracie/ina,Sulfa, e Monoidralo s6dico· (MERCK, 2001 ).
8. VACINAC;Ao
A resposta imune protetora nas galinhas infectadas com especies de
Eimeria e conhecida ha muito tempo ( Tyzzer, 1929), A facilidade de se obter
oocistos em massa, e a adminjstra~o dessas formas em aves, fez com que a
primeira vacina viva virulenta com oocistos de todas as especies de Eimeria de
galinha, estivesse disponivel no comercio em 1952. No entanto, ate recentemente
essa vacina havia sido pouco utilizada nas granjas em con sequencia dos
medicamentos anticoccidianos serem eficientes, como as ionoforos. Com a
gradual ineficacia desses medicamentos no centrale da coccidiose aviaria e a
necessidade de alternativas para seu controle, surgiu no mercado uma outra
vacina viva no mercado ( Imunocox ), de origem canadense. Essas duas vacinas
15
tem sido utilizadas especialmente em granjas de matrizes reprodutoras com
sucesso, desde que as pintos adquiram as oocistos vadnais viiweis em pequenas
quantidades, simultaneamente e de forma uniforms. Casa contrario podera ocorrer
falta de imunizayilo, surlos de coccidiose e necessidade de uso de
quimioterapicos com consequente quada na qualidade das aves. Essas vacinas
s~o utilizadas na maiaria dos continentes com excec;ao da Europa.
A necessidade em S9 obter vacina viva mais segura e com a masma
eficiencia protetora da vacina virulenta fez com que as pesquisadores obtivessem
urna nova gerac;.ao de vacinas vivas, com caracterfsticas atenuadas, conferindo
imunidade protetora, porem naD causando quadro clinico as aves.
As vacinas atenuadas tern como caracteristicas: Cido evolutivo com
perfedo reduzido, reduyao dos estaQiDs assexuados de merogonia nas celulas
intestinais, isto e com parasitas de linhagem precoce, atenua<;Ao estavel com
produvao de menor numero de oocistos, menor disseminat;ao de oocistos na
cama durante cada cicio de infecyilo e menor dana ao hospedeiro ( KAVAZONE,
2000, p. 400).
16
9. CONCLUSAO
A coccidiose constitui-se numa das doenc;as de maior importancia
econ6mica na avicultura, tanto nas granjas de Frangosde corte, como nas granjas
de reprodutoras.
As empresas sofrem prejuizos pela alta mortalidade, perturbar;Oes no
cresci mento, parda de peso, aumento da conversao alimentar.
o manejo e procedimentos sanitarios s~o na minha opini8o as principais
fatores para urn controle eficiente da coccidioS9.
o uso de drogas seria um aliado importante para 0 controle da
enfermidade, porem fica restoto, pois empresas que exportam frangos dependem
da autoriza~o dos paises importadores para 0 uso de medicamentos.
17
10. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
MERCK. Manual de Veterinaria. 8° ediyao. Roca. Sao Paulo 2001. p.1566 -
1571.
FLORES.M.L, Cademo Didatico da Disciplina de Ornitopatologia de Santa
Maria- RioGrandedo SuI. Volume2. 2001. p. 32 - 40.
JUNIOR.B.A e MACARI.M, Doenya da Aves, Facta, 2000, Campinas. p. 391 -
401.
CASTRO.A, Cademo Didatico sobre coccidiose e qualidade intestinal.
Campinas2000.
BORDIN.LE. Tratado de omitopatologia sistemica. Sao Paulo 1996. P. 41 -
53.
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
FACULDADE DE CIENCIAS AGRARIAS
CURSO DE MEDIC INA VETERINARIA
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO
"T.C.C"
MV306
CURITIBAAbril,2003
'I
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
FACULDADE DE CIENCIAS AGRARIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINARIA
RELATORIO DO ESTAGIO CURRICULARSUPERVISIONADO NA AREA DE AVICUL TURA
CURITIBAAbril,2003
ANDREA BARWINSKI
RELATORIO DO ESTAGIO CURRICULARSUPERVISIONADO NA AREA DE AVICULTURA
Trabalho de Concludo de Curso apresenladoAo curso de Medicina Vetelin8rla da UniversidadeTuiutl do Parana, como requisito para a obtencJoDo titulo de Medica Vetennana.Orientador: Professor Sergio Bronze.
CuritibaAbril,2003
APRESENTAI;Ao
Este trabalho de Conclusao de Curso (TCC), e um dos requisitos para a
obtenc;ao do titulo de Medica Veterinaria do curso de Medicina Veterinaria, na
Universidade Tuiuti do Parana.
E composto de urn Relat6rio de Atividades de Estagio, realizado na
empresa Perdigao Agroindustrial S.A, durante 0 periodo de 28 de Fevereiro de
2003 a 30 de Abril de 2003, e tambem de uma Monografia visando 0 tema
Coccidiose, que se encontra logo ap6s a descric;aodas ativldades de estagio.
EST AGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM
MEDICINA VETERINARIA
AREA DE AVICULTURA
Andrea Barwinski'"
RESUMO
o Estagio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinaria foi realizado
na Empresa PERDIGAO AGROINDUSTRIAL S. A na cidade de Videira - SC no
periodo de 28 de Janeiro a 30 de Abril de 2003.
Na criagao de frangos de corte realizau-se assistencia tecnica aos
Integrados da Empresa observando-se visitas desde 0 preparo de instala90es ate
a abate, orientando sobre manejo em geral, realizando necropsias e diagnosticos
de enfermidades.
Na fabrica de rar;:oes, industria e granja de chuckar as atividades
restringiram-se ao acompanhamento das atividades de ratina realizadas pelos
funcionarios da empresa.
* Academica do 5° ano do curso de MEDICINA VETERINARIA da Universidade Tuiuti do Parana.
III
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Mario e Lili Marlene, pelos sacrificios, carinho, compreensao
e principalmente pelo amor e pela fof'\Alque me deram durante esses longos anos.
Voces que fcram as meus professores, amigos e pais ao masma tempo, sofreram,
choraram e sorriram comigo e me mostraram que apenas 0 conhecimento nao e
suficiente, meus atemos agradecimentos;
A minha irma Valeria e meu cunhado Adriano pelo carinho;
A minha amiga Daniele Burko pelo companheirismo;
Ao meu Professor orientador Sergio Bronze, par acreditar no meu
profissionalismo;
Ao meu orientador Medico Veterinario Francisco Xavier Bersch, pela
confianc;a,e disponibilidade;
Aos tacnicos Cenci, Peretti, Rodemar e Vivan pela dedica~o, incentiv~, e
principal mente pel a paciimda, a voces que me ensinaram que a etica e 0 principal
instrumento da minha profissa:o, meus sinceros agradecimentos;
A Empresa Perdigao Agroindustrial S.A pela oportunidade;
Agradec;oa DEUS pela vida, e por me dar a oportunidade de conviver com
pessoas tao especiais.
IV
SUMARIO
4.1 Instala¢es e construyao do aviario ...
4.2 Equipamentos ....
4.3 Agua ...
4.4 Cama de avituio ...
4.5 Ral"'lo ..
4.6 Alojamento ..
4.7 Manejo do lote ....
4.8 Apanhe e transporte ....
. 111
. IV
. V
. 6
. 8
. 10
. 12
. 12
...13
. 15
. 15
. 17
. 18
. 19
. 22
RESUMO ..
AGRADECIMENTOS ..
SUMARIO ....
1. INTRODUc;:Ao ..
2. APRESENTAc;:Ao DA EMPRESA ..
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..
4. FRANGOS DE CORTE..
4.9 Higjeniza~a das instalCJ90es e equipamentos... . 23
5. PROGRAMAS DE QUALIDADE ..........•..................................•......... 25
5.1 Qualidade total... ................. 25
5.2 Programa 5 S... . ... 28
6. CONCLUSOES ........................................................•.................•....... 30
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .........•.......•................................ 31
8. ANEXOS ...•.......•................................•............................................... 32
V
1. INTRODUC;AO
A avicultura industrial brasileira destaca-se como urna das atividades
mais dinamicas, avan9'lda tecnologicamente, competitiva e fortemente
consolidada nos mercados interno e extemo. A atividade absorve urna
porcentagem expressiva da produ~o nacional de graos, possibilila a
desenvolvimento de novas regi6es, 0 aumento da produ~o agricola.
A estabilidade economicadecorrenteda implanta~o do plano real a
partir de 1994 propiciou aumento do poder aquisitivo da popula~o,
principal mente das classes mais baixas, favorecendo 0 con sumo de protelna
de origem animal de alta qualidadee com baixo pre"", tomando a carne de
frangourndos carras - chetesdo planoreal.
Ao mesmo tempo existe urn consenso par parte dos medicos e
nutricionistas, que a carne de frango e mais saudavel que a carne vermelha,
pais a masma contem menos gordura saturada, apontada como grande
responsavel par problemas cardiacos.
o Brasil e a segundomaior produtor e exportadormundial de came de
frango. Exporta para mais de oitenta paises, sendo que as exportayaes
renderam 1,338 milhoes de d61aresem 2001, colocando a frango em terceiro
lugar na pauta de exporta~o do agroneg6cio, perdendo apenas para a
complexo de soja e cana-de-at;ucar. 0 consumo de came de frango no
mercado interno aumentou de forma espetacular, passando de 14,2 Kg I
habitante/anoem 1990, para 31,9 Kg I habitantes I ana em 2001 (MENDES,
2002).
Estes entre outros fatores, foram detenminantes para escolha de
realiza<;liode Estagio Curricular em Medicina Veterinana na area de Avicultura.
o presente relatorio descreve as atividades desenvolvidas durante a
periodo de estagio na Empresa PERDIGA.O AGROINDUSTRIAL S.A, na
cidade de Videira - SC, localizada a 408 Km de Florian6polis, no Vale do Rio
do Peixe, Meio- Oeste Catannense. A popula<;lio do municipio e de 41.589
habitantes.
o estagio foi Drientado pelo Medico Veterinario Francisco Xavier Bersch
e supervisionado pelo Professor Serio Bronze.
2. APRESENT AC;Ao DA EMPRESA
A empresa PERDIGAO AGROINDUSTRIAL S.A foi fundada em 1934
par descendentes de imigrantes italianos na vila de Perdizes, atual municipio
de Videira -SC, como urn armazem de secos e molhados, sob a nome de
Ponzoni, Brandalise & Cia. Em 1939 teve inicio a atividade da empresa e em
1942 atinge 0 abate de 100 suinos I dia.
Em 1955 iniciou 0 abate sob forma artesanal de aves e tres anos apes
a Empresa passou a denominar-se PERDIGAO S.A Comercio e Industria.
Em 1962 0 abate industrial de aves chegava a 500 aves I dia. Quatro anos
rnais tarde foi implanlado 0 sislema de criayao integrada de aves, engordando
1,2 mil pintinhos. Em 1968 0 abate de aves passa a ser automatizado, com
capacidade para 1,5 mil aves I dia. Em 1975 foi construido 0 primeiro
abatedouro exclusivo de aves e neste mesma ana ocorre uma das primeiras
exporta90es de carne de frango brasileira. 0 pais importador foi a Arabia
Saudila que comprara 3.469 toneladas.
Em 1979 a empresa importa dos Estados Unidos matrizes puras da
espl3cie Gallus gallus, iniciando seu melhoramento genetico, da qual viria a ser
a marca registrada Chester. Em 1982 iniciou 0 abate e comercializa9iio das
aves inteiras e partes com a marca Chester, e no ana seguinte foi lanyada a
linha Chester.
Em 1989, a Empresa adquire da Fran98 matrizes de codorna e chukar
(perdiz), lan9ando a linha Avis Rara, visando atender um nicho especifico de
mercado.
Com a morte de um dos fundadores da empresa em 1994, 0 controle
acionario foi adquirido por um grupo de Fundos de pensao, tendo fim a
admjnjstra~o familiar.
Atualmente integrando toda a cadeia de produ~o, a empresa possui 02
granjas de av6s, 20 granjas proprias e 29 integrados para matrizes, 4,25
milhOes de metros quadrados de aviarios de engorda com 41,9 milhoes de
aves para abate.
A empresa PEROIGAO AGROINOUSTRIAL S. A possui na sua
estrutura 13 unidades industriais de carnes, 02 de soja, 07 fabricas de ra¢es,
14 incubatorios, 3.862 integrados na avicultura e 2.379 na suinocultura.
As unidades industriais da empresa estao localizadas nos estados de
Santa Catarina ( Videira, Capinzal, Herval O"Oeste, Lages e Saito Veloso), Rio
Grande do Sui ( Marau e Serafina Correia), Parana ( Carambei) e Goias ( Rio
Verde). Sua logistica e formada por 20 centr~s de distribui~o, 10
distribuidores terceirizados e 3 escritorios no exterior.
o quadro de funcionarios Ii formado por 22.377 empregados, sendo a
maior empregadora privada de Santa Catarina, com 11 mil funcionarios.
Somando-se produtores Integrados, transportadores e outros parceiros
contabilizam-se mais de 50 mil empregos indiretos.
A Perdigao, unidade de Videira responde por 73% do movimento
econamico da cidade.
10
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Atividades desenvolvidas durante a Estagio Curricular Supervisionado
em Medicina Veterinaria, realizado na empresa PERDIGAO
AGROINDUSTRIAL S.A. unidade de Videira - SC. no Servi90 Rural Perdigao
( SRP).
TABELA 1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE 0 ESTAGIO
ATIVIDADE DlAS HORAS
Fomento 35 308
Visita fabrica de ra9ao 1 8.8
Visita a granja de chukar 1 8.8
Visita ao frigorifico 16 140.8
Integra9iio 1 8.8
Dia de campo 1 8.8
II
TABELA 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
ATIVIDADES NUMERO
Necropsia 14
Visita hknica de retina 35
Visita tecnica a chamado 4
Monitoramento cocci diose 6
Reunioes com corpo tecnico 6
Reuni~o comunitaria 1
Swab de arrasto 5
12
4. FRANGOS DE CORTE
o sistema de integra<;<'lo avicola na area e frango de corte apresenta
algumas particularidades que 0 difere dos demais sistemas. E urna parceria que
de um lado esta a PERDIGAO e do outro lado sa encontra 0 produtor rural, a partir
de entao denominado integrado.
Ao integrado compete a constru<;<'lo das instala90es como 0 aviario, a casa
de maravalha, compra de gas, e a mao-de-obra necessaria para 0
desenvolvimento da atividade. A empresa compete 0 fornecimento de pinlinhos de
um dia, ra<;<'loe assistlmcia tecnica personalizada.
A remunera<;<'lo do integrado tem por base 0 resuitado dos indices tecnicos
alcan98dos em cada lote: conversao alimentar, percentual de mortalidade e peso
medio, os melhores resultados proporcionam melhor rentabilidade da atividade.
A liga<;<'lo entre a empresa e 0 integrado e realizada pelo Servi90 Rural
Perdigao (SRP), difundindo e incentivando novas tecnicas, objetivando a eficiencia
produtiva com um produto final de qualidade. Com baixo custo e que atenda as
exigencias do mercado.
4.1INSTALAyOES E CONSTRUyAO DO AVIARIO
o aviario e uma instala<;<'lo que objetiva produzir frangos, dando-Ihes as
melhores condi90es possfveis para que possam desenvolver seu potencial.
Um aviario convencional de 1.200 metros quadrados tem a capacidade para
produzir 34.000 Kg de peso vivo de frango. A quanti dade de pintinhos a serem
alojados depende do tipo de frango a ser criado e peso de abate.
13
o aviario deve ser oonstruido em local alto, seco, arejado e ser posicionado
na dire~o leste-oeste au seja sua cumeeira dave estar na linha em que 0 sol
percorre, essa posiylio evita a incid~ncia direta do sol no interior do aviario. A
distancia do aviario em rela~o as Qutras instala¢es deve sar de no minima dues
vezes a largura do galpao.
A terraplanagem deve ser de 140 x 22 m, com desnivel de 0,2%. Para
impedir infiltraylio de agua no aviario, a terraplanagem deveTer uma inclinaylio de
3 a 5% em cada lateral do aviario.
A pintura do aviario e realizada externa e internamente visando melhorar a
aparencia, padronizar e conservar as instala<;6es.A pintura externa e leita dentro
dos padroes da empresa nas cores vermelho e branco, na parte interne a pintura erealizada uma vez ao ana, utilizando soluy8o de cal virgem.
4.2 EQUIPAMENTOS
Alguns equipamentos s:flo necessarios em urn aviario, s:io eles:
Comedouro infantit um comedouro para cada 80 a 100 pintinhos.
Comedouro helicoidal: um prato para cada 100 pintos e 50 Irangos na
fase final.
Comedouro tubula~ um comedouro para cada 40 a 50 Irangos na lase
final.
Bebedouro infantil: um bebedouro para cada 80 a 100 pintos. Utiliza-se
durante as dues primeiras semanas somente nos aviarios que n~o possuem
nipple.
Bebedouro pendula~ um para 80 a 100 frangos, sendo regulado de
maneira que a sua parte inferior fique na altura do dorsa de ave.
l~
8ebedouro tipo nipple: 4 linhas de nipple com 1.620 bicos de alta vazlio·.
Cada bico atende 25 pintinhos e 10 frangos na fase final.
·Considera-se bebedouro nipple de alta vazlo 0 equipamento que atinge 120 ml/min com
uma coluna de agua de 40 em e exige aparador de gotas
TABELA 3. EQUIPAMENTOS NECESsARIOS PARA UM AVIARIO
PADRAO DA EMPRESA PERDIGAO.
EQUIPAMENTOS QUANTIDADE
Comedouro helicoidal 3 linhas. 388 pratos
Comedouro infantil tubular 84
Comedouro adulto tubular 330
Silo com capacidade 16 ton. 1
Bebedouro nipplel alta vazao 4 linhas com 1620 bicos
Bebedouro pendular 150
Bebedouro infantil B4
Camplmulas de gas 14
Cortinado completo 1
Exaustores, ventiladores 10
Conjunto nebulizadorl aspersor 1
Chapas de eucatex 86
Lampadas 100W 16
Lampadas azuis 15W 6
Balan"" manual 1
15
4.3AGUA
A agua contribui com aproximadamenta 70% do peso de uma ave e asta
prasenta em todas as celulas que formam 0 corpo. Uma parda de 10% de peso,
por desidrata"ao resulta em serias alteray6es fisiol6gicas, com uma perda da 20%
de agua do corpo, pode levar a ave a morta.
A agua e imprescindivel a lodos os processos vitais, age como
termorreguladora do corpo e funciona como veiculo para alimina"ao dos residuos.
ORIGEM: 0 reservat6rio deve estar localizado em local fresco arajado e
protegido da incid6ncia dirata dos raios solares; sar de fonte ou po<;o artasiano,
evitando-se nachos e ayudes.
QUANTIDADE: A quanti dade de agua fornacida as aves davera ser 0 dobro
do con sumo de ra"ao.
A agua deve ser fornecida em abund~ncia,sempre limpa, fresca e cJorada*,
desde 0 primeiro dia de vida dos pintinhos.
"0 dom 56 ~ retirado quando for feita 8 vacina para Gumboro.
4.4 CAMA DE AVIARIO
A cama e todo e qualquer material que sirva para mantar um isolamento do
pi so do aviario e que seja confortavel para as aves. A cama tem influ~ncia dirata
no resultado do late par isso e importante que haja criteria ao escolher urna cama.
A cama seca favorece 0 desenvolvimento do late, devendo estar sempre
solta. E importante que a cama seja: altamante absorvente, macia, livre de fungos,
ntic t6xica e livre de umidade ou excesso de po.
A espessura da cama recomendada atuatmenta e de 15 em".
16
-Estudos realizado!li na PerdigAo comprovaram que 8 cama com uma espessurlli de 15 em
dirninui a incid!ncia de calo de pe.
TIPOS DE CAMA: Varios tipos de materiais podem ser usados como cama,
destacando-se a maravalha, sabugo de milho, allafa, casca de arroz, entre outros
( PINHEIRO, 1994). Entretanto a Empresa tem utilizado cama de maravalha de
pinus pela sua maior disponibilidade na regiao em comparac;iio com as outras.
REUTILIZAyAO DA CAMA: A reutilizac;iio da cama vem sendo praticada
na maiaria das empresas avicolas, 0 desempenho dos lotes aparentemente nao eafetado e nao e possivel relacionar esta pratica com grandes problemas
sanitilrios.
Permite-se a reutilizac;iio da cama ate 8 lotes, desde que 0 lote alojado
anteriormente nao tenha apresentado problemas sanitarios.
Para a reutiliza~o da cama, alguns procedimentos devem sar tornados, a
fim de obter uma desinfec;aoadequada:
1. rstirar as cascOes;
2. passar 0 lanya-chamas sabre a cama para queimar as pen as;
3. incorporar cal virgem em tode 0 aviario dais dias antes do alojamento
(24 bolsas de cal para cada 100 m de aviario). 0 cal virgem eleva 0 PH,
inviabilizando a sobrevivlmcia de bacterias como E. coli e Salmonella spp.
DESTINO DA CAMA: A cama retirada pode ser usada na lavoura como
adubo, quando a sua utilizac;ao nao for imediata, a cama deve ser depositada a
uma distancia minima de 30 m do aviario e das nascentes ou depositos de agua.
[7
4.5RACAO
A ra<;8orepresenta um dos principais custos da atividade avicola, portanto
lodos as esfor~s devem sar feitos para garantir que a rac;ao atenda as
necessidades das aves. Para i550 dave-s8 evilar desperdfcios causados par
deficiencias de equipamentos a/au manejo.
QUANTIDADES E TIPOS: Os tipos, periodos de fornecimento e consumo
estimado da ra<;8opara femeas leves variam de acordo com a idade.
A armazenagem e realizada em silos metalicos com capacidade minima de
16 toneladas. A cada carga nova de ra~o as silos devem sar esvaziados para
evilar a mistura de diferentes tipos de rayao.
TABELA 4. TIPOS E FASES DE UTILIZACAO DA RACAo PARA FEMEA
LEVE NA EMPRESA PERDIGAO.
TIPOS DE RACAO FASES DE UTILIZACAO
Inicial- F1 1° ao 14° dia
Crescimento - F2 15' ao 20' dia
Crescimento - F3 21° ao 24° dia
Final- F50 25' dia ate abate
DESTINO DAS SOBRAS: Ao final de cada late as sabras de ra<;8osao
ensacadas e devidamente pesadas. Quando forem superiores a 500 Kg transfere-
se para Quiros aviarios que estejam necessitando, e quando a sabra for inferior,
esla permanecera na propriedade, armazenada em plasticos sabre estrados, em
local seco e arejado para ser consumida no pr6ximo late.
18
4.6 ALOJAMENTO
SISTEMA DE PINTEIRO COBERTO: 0 alojamento e leito em uma area
denominada de pinteiro coberto a fim de garantir um ambiente que atenda as
necessidades termicas dos pintinhos na lase inicial. Este e obtido atraves da
utilizat;ao de cortinas divisorias laterais e na parte superior do aviario para
delimita9lio da area e impedir a entrada de vento.
o pinteiro coberto pode ser montado na lateral, ou centro do aviario com
uma area total de 600 metros quadrados que lornece espa<;osuficiente para os
pintinhos nos primeiros dias de vida e urna disposic;Ao adequada de equipamentos
( campanulas, comedouros e bebedouros).
CAMA: No local do pinteiro onde as aves ser~o alojadas utiliza-se cama
nova, de boa qualidade e em quantidade suliciente com umidade maxima de 14%.
Utiliza-S8 no minima 15metros cubicos de cama.
AQUECIMENTO PREVIO: Previamente a chegada das aves 0 pinteiro ja
deve ter a temperatura adequada para a acomoda~o das aves, 0 recomendado
e de 3~' C, 0 ideal e que a temperatura esteja entre 30-32' C. As campanulas sao
ligadas 30 minutos a 1 hora antes do alojamento.
AGUA: Como ja mencionado, a agua deve ser lornecida em abundancia,
sempre limpa, fresca e clorada, desde a primeiro dia de vida.
Antes do alojamento njvela~se a cama sob a linha de bebedouros e as
linhas sao enxaguadas e esvaziadas com agua sob alta pressao para remover
sedimentos.
A altura da linha do nipple deve ser controlada diariamente, de tal modo que
o pino do nipple esteja na altura dos olhos dos pintinhos.
19
RAQAO: Logo ap6s a acomoda9l!o dos pintinhos e fornecida a ra9l!o, tendo
a cuidado de distribuir os comedouros uniformemente dentro do aviario. Nos
primeiros 5 dias distribui-se ra"ao sobre papel de forra9l!o varias vezes ao dia
para estimuJar 0 consumo. A forraQBo it virada diariamente aproveitando-se 0 lado
seco, no quinto dia retira-S8 a papel, sempre ao anoitecer pois assim
proporcionamos locais cnde a maravalha esta seca para as pintinhos dormirem.
as comedouros sAo regulados com ~ da sua capacidade, sendo mexidos
seguidamente para estimular 0 consumo inicial.
4.7 MANEJO DO LOTE
MANEJO DE AQUECIMENTO: 0 controle de temperatura e realizado
atraves da instala"ao do pinteiro coberto e regulagem correta da temperatura,
sensores e altura das campanulas nos aviarios. As campanulas sAo colocadas a
1.5m do chao, com inclina9ao de 45'. Para permitir um bom desempenho do lote,
a temperatura interna do aviario segue a seguinte protocolo:
Ate a 3° dia
Do 4° ao 8° dia
00 go ao 18° dia
30"e
28 a 3O'e
25 a 28'e
Do 19' ate 0 apanhe 21 a 25'e
MANEJO DE CORTINAS: 0 cortinado deve ser duplo e realizado em todo
o aviario. As cortinas sAo instaladas nurn sistema de catraca au roda dentada.
o maneja correto das cortinas permite que a cama permaneya seca e que
niio haja forma9l!o de gases. 0 manejo e extremamente dificil e bastante relativo,
o que na maioria das vezes prevalece e a experilmcia do Integrado, que deve
observar 0 comportamento das aves no galpao. A utiliza9l!o de um termbmetro e
20
urn dos indicadores do conforta termico das aves. Quando existe a necessidade
de abertura das cortinas verificam-se as ventos dominantes e abrem-sa as
cortinas do lado oposto.
MANEJO DE LUZ: A ilumina91\o artificial e um recurso utilizado para
melhorar 0 desempenho zootecnico das aves. A quantidade de lumens
necessarios por metro quadrado de instala91\oe de 16 I~mpadas incandescentes
de 100w colocadas na extens~odo aviario.
No inverno preconiza--se 24 haras de luz nos primeiros 5 dias, a partir do 6°
ate 0 24' dia a luz e Iigada ao entardecer ate as 23:00 horas e depois do 25' dia
de acordo com 0 desenvolvimento do lote. Em dias de temperatura baixa nao e
recomendada a utiliza91\ode luz artificial durante a madrugada para pintos em
fase inicial, pois estes se afastariam da fonte de calor podendo provocar
desuniformidade do lote.
No verao a recomendac;ao para frangos na fase final e ligar as luzes as
20:00 ate as 22:00 horas e das 4:00 as 6:ooh.
VENTILAC;:AO: OS ventiladores tem a fun91\o de dispersar as altas
concentrac;:6esde amOnia, umidade e calOf, assim a cama permanece mais seca,
diminuindo a produ91\o de umidade e consequentemente de amOnia, pois 0
consume de agua e diminuido. Outro efeito observado e a movimentac;:ao do ar
diretamente abaixo do telhado, provocando diminuic;ao da sua temperatura e da
radia91\ode calor sobre os frangos.
as ventiladores sao instalados a 70 em do dorso das aves, com ligeira
inclina~o para baixo.
21
NEBULlZA<;:Ao: Sao bicos aspersores de alta pressao e baixa vazao que
aspergem no ar goticulas de agua para 0 interior do galpao que evaporam e
retiram 0 calor do interior do aviario (PINHEIRO, 1994).
o sistema de nubulizagiio e instalado de maneira que fiquem duas linhas
de bicos nebuHzadores, a cada 3 metros e colocado urn bico.
as nebulizadores 56 sao ligados quando todos as ventiladores estiverem
em funcionamento e a umidade relativa do ar for inferior a 75%, pais a ave dissipa
o calor corporal atraves da evapora~aode agua no seu trato respiratorio, S9 a ar
for muito umido a ave encontrara dificuldade para dissipar 0 seu calor corporal,
podendo provocar a morte da ave (FURLAN & MACARI, 2002).
PESAGEM DO LOTE: Para urn born acompanhamento do desenvolvimento
do late realiza-se pesagem das aves a cada 7 dias. As pesagens sao realizadas
atraves de amostragem de 1% das aves, em tres locais do aviario (inicio, meio e
fim), com a finalidade de garantir uma amostra representativa. A informagiio e
repassada ao extensionista da area em datas pre determinadas pelo mesmo para
a realiza9ao do programa de abate. Juntamente com a informa9ao do peso
tambem e repassado 0 GPD, idade e mortalidade das aves.
DESTINO DAS AVES MORTAS: Ao final de cada dia as aves mortas sao
levadas ate a composteira. A compostagem e urn processo de biodegrada9ao da
materia organica atraves de microorganismos aer6bicos, que a decomp6e,
transformando 0 nitrogenio, f6sforo e outros elementos mais complexos em
compostos mais simples como gas carbonico, nitratos, fosfatos e carbonatos.
Para a colocagiio das aves na composteira segue-se 0 esquema: 1. Coloca-
se 10 cm de material de forragao I maravalha 2. Os animais morios sao colocados
23
Nos comedouros helicoidais 0 corte da ra<;ao e realizado atraves do
levantamento do equipamento. Nos comedouros tubulares, inicia-se a retirada dos
equipamentos a partir do local de inicio do apanhe. Esse procedimento deve ser
realizado de maneira cautelosa para evitar 0 estresse das aves.
RETIRADA DA AGUA Suprime-se a agua gradativamente a medida que 0
apanhe avan~, elevando-se as bebedouros nipples ou retirando-as no caso de
pendulares. Esse maneja evita a ocorrencia de hematomas na carcac;a por
traumatismo contra os equipamentos, al9m de facilitar 0 trabalho de apanhe.
APANHE: As aves slio apanhadas pelo dorso, com as maos firmadas sobre
as ases, sendo urna a urna postas na caixa. As aves jamais devem ser apanhadas
peles pernas ou asas, pois esla forma de apanhe resulta nurn considerevel
aumento do numera de aves contundidas e conseqQentes condena96es ao nivel
de frigorifico. 0 tempo medio para fonmaylio da carga de um caminhlio truck e
estipulado em 50 minutos.
Quando 0 apanhe for noturno utilizam-se 06 liimpadas azuis ao longo do
aviario para dificultar a vis:io das aves, que permanecer:io im6veis, ja quando 0
apanhe for diurno e imprescindivel a formaya.o de circulos com folhas de eucatex
para evitar 0 amontoamento das aves.
4.9 HIGIENIZA<;:AO DAS INSTALA<;:OES E EQUIPAMENTOS
Para uma completa higieniza<;ao das instalay6es retiram-se os
equipamentos ( comedouros e bebedouros) removiveis e os fixos sAo levantados
atraves da catraca visando desobstruir a area para a retirada da cama, ap6s a
retirada total da cama realiza-se a varredura de todo 0 piso para a remoc;:aodos
residuos de materia orgimica para facilitar a agao dos desinfetantes.
A lavagem do aviario e realizada uma vez por ano, para maior eficiemcia
recomenda-se a utiliza<;liode bomba de alta pressao. A lavagem e realizada em
todas as dimens5es do aviario, interna e externamente, inclusive as cortinas.
Apes a lava<;lio utiliza-se inseticidas tendo por objetivo 0 combate de
insetos que possam atuar como vetores de enfermidade para as aves, de maneira
especial 0 cascudinho, Alphitobius diaperlnus.
o cascudinho alimenta-sa das excre¢es e ra96es, sendo responsavel por
perdas econbmicas de dificil mansura9ao. Seu controle e dificultado pelo sau curto
cicio de vida, 42.5 dias. A importlincia do controle deva-se: 1. Veicula<;iio de
patogenos aviarios, 2. Ingest~o palas aves causando aumento da conversao
alimentar, 3. Contamina<;liode carca,as no frigorifico quando se faz a extra<;iiodo
papo e da moela.
Para fazer a desjnfe~o utiliza-sa inseticida a base de cipermetrina +
diclorves ( Cypermil Plus), 1 litro para 500 litros de agua, sempra com a utiliza<;lio
de equipamentos de prote<;lioindividual.
o inseticida deve sar utilizado apes a saida das aves e retirada da cama,
deve ser aplicado nas muretas, paredes, pilares, vigas, travessas, silos, mantendo
as cortinas fechadas.
* Os equipamentos, reservat6rio de agua e silos devem ser higienizados na saida
de cada late.
22
na camara alastados da parede cerca de 15 em, 3. Depois de colocadas as
carcac;as, indiferente de sua quanti dade, caloca-sa a mesma espessura do
material de lorra\'Ao sobre as aves, 4. Umedece-se a cama posta, 5. Sobre 0
material umedecido caloca-s9 uma camada de 5 em do material utilizado como
lorrac;ao.
o periodo medio para decomposi\'Ao e de 60 dias. 0 material resultante da
compostagem e praticamente livre de rnicroorganismos patogenicos e pode ser
utilizado como adubo org~nico.
4.8 APANHE E TRANSPORTE
o apanhe muitas vezes negligeneiado por alguns e a atividade final do
proeesso de produ\'Ao e se este n~o lor corretamente realizado, todo 0 trabalho
pode sar perdido, pais as aves precisam estar com S8U aspecto integra, ou seja,
sem nenhuma les~o, causada par batidas, arran hOes ou (raturas para atender as
demandas do frigorffico e consequentemente 0 consumidor.
A tim de tamar a atividade economicamente viilvel, evitar perdas com
contusoes e paradas no abate, a Empresa terceriza 0 servic;o de apanhe, sendo
este realizado par pessoal devidamente treinado.
CORTE DA RACAo: A ra\'Ao e retirada 07 horas antes do inicio do
apanhe. Ap6s a corte da ra~a recomenda-se mavimentar as aves a cada hara,
principalmente nos dias frios para que as aves possam digerir toda a rayao
presente no trato digeslorio e para lacililar a relirada do papo no abate. Estando
com 0 papa cheio e ocorrendo a sua ruptura ocorre a contamina~o da carca98,
sendo a mesma condenada pela Inspe\'Ao Federal.
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5. PROGRAMAS DE QUALIDADE
5.1 QUALIDADE TOTAL
A empresa e vista pel a Qualidade Total como um grande proeesso, que
recebe insumos, informa<;08se racursos do ambiente, processa-os e devolve ao
ambiente.
A filosofia de Qualidade Total esta baseada em 10 principios, que devem
estar incorporados a todas as atividades executadas pela empres8, sejam alas
estrategicas au operacionais. Os principios nao sao conceitos dgidos, mas sim
parametros para uma efetiva mudan<;a de atitudes e valores que estabeleeem a
cultura da empresa.
l' Principia: SATISFACAo TOTAL DOS CLiENTES
Este principia e 0 que rege a busca da excel~ncia no atendimento, que
estabelece a diferenc;a entre a empresa e seus concorrentes, assegurando a
satisfa<;ao de todos os seus ciientes: externos e internos, diretos e indiretos,
usuarios e compradores, etc.
Esta principia dave identificar as clientes de cada processo, conhecer 0 que
os elientas pensam dos produtos e servic;os,transformar a avalia~o dos clientes
em indicadores, e sistematizar os processos de trocas para antever necessidades
e superar expectativas.
2' Principia: GERENCIA PARTICIPA T/VA
A participa<;ljo fortaleee decisoes, mobiliza for<;as e gera 0 compromisso de
tad os com as resultados, para tal e necessaria estimular novas idaias e a
criatividade dos funcionarios, informar e orientar sebre todes as processes,
participar das discuss6es para a melhoria dos processos, mobilizar atraves da
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motiva,ao, debates, compartilhamento de informa,ao, e interagir
permanentemente com todas as suas rela¢es externas.
3' Principio: DESENVOLVIMENTO HUMANO
o maior patrimonio de urna empresa sa.o as pessoas que dela fazem parte.
Nela,buscamn~oapenasremuneraglioadequada,masespa90e oportunidadede
demonstrar aptidoes, participar, crescer profissionalmente ever seus esfon;os
reconheddos. Satisfazer as aspira¢es das pessoas que trabalham na empresa eestimular 0 potencial de trabalho e criatividade. Assim deve - S9 proporcionar
crescimento e realjza~o das pessoas, capacitar para urn melhor desempenho,
realizar treinamento vinculado as diretrizes e metas, desenvolver programas de
incentivo e avaliaglio, oferecer ambiente de trabalho digno e condizente, e
preocupar-se com a seguranya fisica e adequac;Ao profissional.
4' Princlpio: CONSTANCIA DE PRop6sITOS
E importante que a empresa como urn todo tenha urn masma abjetivo e que
todos que trabalham nela tenham persistlmcia em atingi-Io. Para isso efundamental considerar a cultura existente, refon;ar as fundamentos da mudan<;a,
efetivar a¢es preventivas contra descontinuidade de direcao, ter coerencia de
ideias e transparencia da Alta Administra,ao, desenvolver planejamento
estrategico participativo de forma a obter comprometimento, persistir nos objetivos
firmados.
5° Principio: MELHORIA CONTiNUA
Vivemos numa epoca de grandes e constantes mudan<;as, enda as reais
necessidades dos clientes sofrem alterayoes. A tim de acompanharmos estas
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mudan<;as, e necessaria implantarmos uma cultura de evoluyao, comprometida
com a aperfeic;oamento continuo, superando assim as expectativas do clientes.
A melhoria continua exige da empresa: Internalizar a cultura de mudan<;a,
questionar todas as ac;aes continuamente, ler crialividade, fiexibilidade e inovac;ao,
comparar 0 desempenho com a concorrAncia, capacitar e qualificar 0 pessoal,
ausar, proper e assumir novas desafios, incorporar novas conhecimentos e
tecnologias.
6° Principio: GERENC/A DE PROCESS OS
A ger~nciade processos e 0 conceito da cadeia cliente-fornecedor, integra
as areas da empresa e faz cair as feudos e barreiras. Assim deve-sa gerenciar a
cadeia cliente - fomecedor, estabelecer sistematica de avaliac;ao.
7° Princlpio: DELEGACAO DO PODER
Delegac;ao signifrca colocar 0 poder de decisao 0 mais proximo possivel da
ac;ao. Transefrr poder e responsabilidade as pessoas que lenham condi90es
tecnicas e emocionais para assumir 0 que Ihes for delegado.
A delegac;ao faz parte da administrac;ao moderna, pois permite ampliar a
criatividade, iniciativa, flexibllidade e a capacidade de tamar decisOes rapidas e
corretas.
Em resume: Delagar autoridade e campartilhar respensabilidade, tar
agilidade na comunicac;ao e informac;ao, ter 0 poder de decisao pr6ximo da a9ao,
respaldar as a,oos delegadas, capacilar para delegar, e promover recursos ao
delegado.
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8· Princlpio: GERENCIA DE INFORMACAo E COMUNICACAO
A Qualidade Total exige transparencia no fluxo de informa96es. Todos as
funcionarios devem conhecer a missao, os prop6sitos e os planas da empresa.
9·Principio: GARANTIA DA QUAL/DADE
A base da garantia da qualidade estil no planajamanto a na formaliza<;ao de
processos. Esta formaliza<;ao estrutura-se na documenta<;ao escrita, qua deve sar
de facil acesso, permitindo idantificar 0 caminho parcorrido.
o regislro a 0 controle de tadas as etapas relativas a Garantia da Qualidade
proporcionam maior confiabilidade ao produto ou servic;;o oferecido.
10· Principio: BUSCA DA PERFEICAO
o padrao de desempenho desajaval pela Empresa Pardigao e 0 de zero
defeito. Este principia deve ser incorporado a mansira de pensar dos funcioncarios
e dirigentes de forma a que todos busquem a perfai<;ao em suas atividades.
5.2 PROGRAMA 5 S
o programa 5 S surgiu no Japao, no final da decada da 60. a partir da
constata<;ao que as fabricas eram muito sujas, e de que as desperdicios eram
incorporados a retina diaria, a ponto de nao mais sensibilizar as pessoas.
Basicamente e a determina<;ao da organizar 0 local de trabalho, mantendo-
o arrumado, limpo, ern condi¢es padronizadas e com a disciplina necessaria para
sa realizar urn born trabalho.
Na Perdigao. 0 programa 5 S foi lan<;ado em 1996, iniciando-se 0 trabalho
na lintegra<;ao em 1998, atraves de um grupo piloto composto da 33 intagrados.
o nome desse programa origina-sa de palavras japonesas que foram
traduzidas para 0 nosso idioma:
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SEIRI: Sensa de sele9iio
SEITON: Sensa de ordenac;ao
SEISO: Sensa de limpeza
SEIKETSU: Sensa de bem-estar
SH ITSUKE: Sensa de autodisciplina
Os objetivos mais importantes do Programa 5 S silo: Preven9iio de
aCidentes, melhoria da produtividade, reduc;ao de custos, conservac;ao de energia,
melhoria do ambiente de trabalho, incentivQ a criatividade e desenvolvimento dos
elementos basicos da QUALIDADE TOTAL.
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6.CONCLUSOES
As praticas de manejo e biosseguridade observadas na Empresa pod em
ser consideradas satisfat6rias, pais pequenos ajustes pod em traduzir-se em
grandes melhorias;
o Integrado tern sido valorizado com mais frequencia atrav8S dos
programas de qualidade, estimulando as masmas a desenvolver sues atividades
da melhor forma possivel;
Barreiras econ6mico-sanitanas impostas pelos paises importadores muitas
vezes tornam inviaveis a aplica~o de algumas praticas de maneja que poderiam
melhorar 0 desempenho final dos lotes;
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7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ACOSTA. Julio Cesar Barbosa. III Simp6sio De Sanidade Avicola daUNIVESIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 2002. p. 137 -144.
AIELO, S.E. Manual Merck de Medicina Veterinaria. 8 ed. Sao Paulo:Roca, 2001, p. 1555-1671.
ANDREATII, R.L.F Doen~a das aves. Campinas: FACTA, 2000 p. 369 -378.
FLORES, M.L. Cademo didatico da disciplina de omitopatologia. Sanla
Maria: UFSM, 2001, p. 133.
8. ANEXOS
AVIARIO PADRAO DA EMPRESA PERDIGAO
••• 7.1
• NJ
• •••
•
PLANTA BAIXA DA CAMARA DE COMPOSTAGEM
AVALlA<;AO 5 S IINTEGRA<;AO
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CROQUI PARA INSTALA«;AO DE CASINHAS DEROEDORES NO AVIARIO
CROQUI PARA INSTALACAO DAS CASINHAS
DE ROEDORES NOS AVIARIOS
I - SILO EXTERNO
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2 - SILO INTERNO
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