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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM
MAIANA SOUZA AZEVEDO
DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: D-PRELP
VITÓRIA 2019
MAIANA SOUZA AZEVEDO
DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR
PRESSÃO: D-PRELP
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito final para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Área de concentração: Cuidado e Administração em Saúde. Linha de Pesquisa: O Cuidar de Enfermagem no Desenvolvimento Humano. Orientadora: Profa. Dra. Karla de Melo Batista. Coorientadora: Profa. Dra. Fabiana Gonring Xavier.
VITÓRIA 2019
MAIANA SOUZA AZEVEDO
DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR
PRESSÃO: D-PRELP
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito final para obtenção do título de Mestre em Enfermagem, na área de concentração Cuidado e Administração em Saúde. Linha de Pesquisa: O cuidar em enfermagem no processo de desenvolvimento humano.
Aprovada em 09 de outubro de 2019.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________ Profª. Dra. Karla de Melo Batista
Universidade Federal do Espírito Santo Orientadora
_____________________________________________________
Profª. Dra. Fabiana Gonring Xavier Universidade Federal do Espírito Santo
Coorientadora
_____________________________________________________ Profª. Dra. Eliane de Fátima Almeida Lima
Universidade Federal do Espírito Santo Membro Interno Permanente
_____________________________________________________
Profª. Dra. Miriam de Magdala Pinto Universidade Federal do Espírito Santo
Membro Externo Permanente
_____________________________________________________ Profª. Dra. Flávia Batista Portugal
Universidade Federal do Espírito Santo Membro Suplente Interno
_____________________________________________________
Prof. Dr. Hebert Wilson Santos Cabral Universidade Federal Fluminense
Membro Suplente Externo
À professora Dra. Paula Cristina de Andrade Pires Olympio (in memorian), que durante todo esse tempo, com sua energia e brilho contagiantes, foi fonte de otimismo para que eu chegasse até aqui. A ela, toda a minha gratidão.
AGRADECIMENTOS
A Deus, fortaleza nos momentos difíceis e fonte de gratidão nos momentos de
conforto.
À minha mãe e avó Luiza, por ter o dom de curar a minha alma.
Ao meu parceiro de vida, Antonio, minha fonte de amor inexaurível.
Aos meus familiares, Jaciara, Ailton, Cosme, Adriana, Mateus e Miguel, donos da
minha alegria mais fácil. Vocês fazem parte de mim.
À minha irmã Stephanie, por todo carinho e disponibilidade.
Às minhas orientadoras, Dra. Karla de Melo Batista e Dra. Fabiana Gonring, pelo
empenho e atenção. Obrigada por terem acreditado em mim e me dado força em
meio às tempestades.
Aos meus colegas do mestrado, que suavizaram a caminhada. Nossas risadas serão
lembradas para sempre.
A todos os professores e funcionários do PPGENF, que doaram seus
conhecimentos.
À professora Miriam e ao Marquito, por todo acolhimento no início desse processo.
“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe.
Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á.” (Bíblia Sagrada, Mateus 7, 7-8)
RESUMO
Introdução: A discussão sobre o desenvolvimento de tecnologias que auxiliem na
prevenção de lesões por pressão torna-se cada vez mais importante, pois, soluções
que promovam uma melhora na qualidade de vida das pessoas portadoras desse
agravo são fundamentais. Além disso, lesões por pressão correspondem a um ônus
financeiro, psicológico e social a hospitais, pacientes e familiares que convivem com
esse problema. Dessa forma, é imprescindível desenvolvimento de produtos de
baixo custo, que possibilitem auxiliar efetivamente na prevenção de lesões por
pressão. Objetivo: Desenvolver um protótipo de dispositivo para prevenção de lesão
por pressão de baixo custo. Metodologia: Estudo de projetação com abordagem
metodológica baseada na Teoria de Resolução de Problemas Inventivos (TRIZ) de
Altshuller. Foram aplicados os passos e ferramentas ofertados pela teoria para a
concepção do protótipo, tais como o Resultado Final Ideal (RFI), os princípios
inventivos e a análise de recursos. Resultados: Foi desenvolvido o projeto de um
protótipo de baixo custo que utiliza espumas especiais e vibração como mecanismos
para promover a manutenção da pressão de interface menor que 32mmHg em
calcâneos. Produto: Protótipo do dispositivo D-PRELP para prevenção de lesão por
pressão. Conclusão: O protótipo desenvolvido é uma possibilidade para a
prevenção de lesões por pressão, podendo ser produzido em escala industrial para
futuros testes e validação. Nesse contexto, observou-se que a difusão de
conhecimentos acerca de metodologias de projetação de produtos na enfermagem,
possibilita a resolução de problemas inventivos na área da saúde, promovendo a
idealização de artefatos aplicáveis, viáveis e de baixo custo.
Palavras-Chave: Enfermagem. Lesão por pressão. Tecnologia Biomédica.
Equipamentos e Provisões.
ABSTRACT
Introduction: Fostering the development of technologies that assist in the prevention
of pressure injuries in elderly patients is becoming increasingly important because, as
this population grows, solutions that promote an improvement in the quality of life of
these individuals become fundamental. In addition, pressure injuries correspond to a
financial, psychological and social burden on hospitals, patients and family members
who live with this problem. Thus, the development of low cost products that can
effectively assist in the prevention of pressure injuries is essential. Objective: To
develop a low cost prototype of a pressure injury prevention device in the elderly.
Methodology: Design study with methodological approach based on Altshuller's
Theory of Inventive Problem Solving (TRIZ). The steps and tools offered by the
theory for prototype design were applied, such as the ideal final result (IFR), the
inventive principles and the resource analysis. Results: The design of a low cost
prototype that uses special foams and vibration as mechanisms to promote the
maintenance of interface pressure below 32mmHg in calcaneal was developed.
Product: A prototype of a pressure injury prevention device denoted as D-PRELP.
Conclusion: D-PRELP proves to be a developing support surface with potential to
be produced on an industrial scale for future testing and validation. The
dissemination of knowledge about product design methodologies in nursing enables
the resolution of inventive health problems, promoting the idealization of applicable,
viable and low cost artifacts.
Keywords: Nursing. Pressure Injury. Biomedical Technology. Equipment and
Supplies.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ. Vitória,
Espírito Santo, Brasil, 2019 51
Figura 2 Curva S. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 58
Figura 3 O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ aplicado
á lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 59
Figura 4 Fluxograma para uso dos conceitos fundamentais da TRIZ e do
matriz dos princípios inventivos. Vitória, Espírito Santo, Brasil,
2019 61
Figura 5 Esquema em alto nível preliminar do dispositivo D-PRELP.
Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 64
Figura 6 Esquema de funcionamento dos componentes elétricos do
dispositivo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 76
Figura 7 Segmentos do dispositivo D-PRELP 76
Figura 8 Segmentos do dispositivo D-PRELP 76
Figura 9 Segmentos do dispositivo D-PRELP 77
Figura 10 Segmentos do dispositivo D-PRELP 77
Figura 11 Segmentos do dispositivo D-PRELP 77
Figura 12 Segmentos do dispositivo D-PRELP 78
Figura 13 Segmentos do dispositivo D-PRELP 78
Figura 14 Dispositivo D-PRELP 79
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Resultados da busca usando os descritores “lesão por
pressão/pressure injury”, “tecnologia biomédica/biomedical
technology”, “equipamentos e provisões/equipament and
supplies” nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período
de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 43
Quadro 2 Resultados da busca usando qualificador “enfermagem”
nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de
agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 43
Quadro 3 Resultados da combinação de descritores nas bases de dados
LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória,
Espírito Santo, Brasil, 2019 43
Quadro 4 Julgamentos pré-estabelecidos para a aplicação das
ferramentas da TRIZ. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 55
Quadro 5 Identificação de recursos. Vitória, Espírito Santo, Brasil,
2019 56
Quadro 6 Recursos identificados no entorno do sistema. Vitória, Espírito
Santo, Brasil, 2019 57
Quadro 7 Hipóteses de Idealidade. Vitória, Espírito Santo, Brasil,
2019 57
Quadro 8 Restrições identificadas na confecção de um dispositivos
para prevenir lesões por pressão 59
Quadro 9 Resultado final ideal para dispositivo para prevenção de
lesão por pressão 60
Quadro 10 Princípios inventivos associados ás características de um
dispositivo para prevenção de lesão por pressão 60
LISTA DE SIGLAS
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BENDENF – Base de Dados de Enfermagem
BVS – Biblioteca Virtual em Saúde
COFEN – Conselho Federal de Enfermagem
DeCS – Descritores em Ciências da Saúde
HCD – Human Centered Design
HUCAM – Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais
IBECS – Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LabTAR – Laboratório de Tecnologias de Apoio a Redes e Colaboração
LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
LPP – Lesão por pressão
MEDLINE – Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MPI – Método dos princípios inventivos
MS – Ministério da Saúde
NIC – Classificação das Intervenções de Enfermagem
NOTIVISA – Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
NPUAP – National Pressure Ulcer Advisory Panel
NSP – Núcleos de Segurança do Paciente
OMS – Organização Mundial de Saúde
PBE – Prática Baseada em Evidências
PNSP – Programa Nacional de Segurança do Paciente
PPGENF – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem
SCIELO – Scientific Electronic Library Online
SLTP – Suspeita de Lesão Tissular Profunda
SUS – Sistema Único de Saúde
TEs – Tendência das evoluções
TRIZ – Teoria na Solução Inventiva de Problemas
UCG – Unidade de Cirurgia Geral
UCM – Unidade de Clínica Médica
UFES – Universidade Federal Do Espírito Santo
VIGIPOS – Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................... 15
1.1 Temporalidade da
autora.................................................................... 15
1.2 Aproximação com o
tema................................................................... 16
1.3 A busca de conhecimento teórico para o desenvolvimento do
projeto................................................................................................ 20
1.4 Justificativa e
relevância..................................................................... 24
2 REVISÃO DE
LITERATURA.............................................................. 27
2.1 Aspectos legais sobre lesão por
pressão............................................ 27
2.2 Lesão por pressão, cuidado da enfermagem e os fatores
predisponentes...................................................................................
30
2.3 Enfermagem e tecnologias no cuidado em
saúde............................... 35
2.4 Dispositivos e lesão por
pressão........................................................ 37
3 METODOLOGIA................................................................................ 48
3.1 Referencial metodológico................................................................... 48
3.1.1 A origem da
TRIZ................................................................................ 48
3.2.2 Conceitos fundamentais..................................................................... 49
3.2.3 As ferramentas mais usadas.............................................................. 52
3.2.3.1 Ferramentas da TRIZ para análise de contexto e formulação de
problemas.......................................................................................... 52
3.2.3.2 Ferramentas da TRIZ para ativação da
imaginação........................... 53
3.2.3.3 Ferramentas da TRIZ para a 53
ideação.................................................
4 RESULTADOS.................................................................................. 55
4.1 Utilizando a TRIZ para a criação de protótipo para prevenir o
aparecimento de lesão por
pressão.................................................... 55
5 PRODUTOS....................................................................................... 65
5.1 Produção bibliográfica........................................................................ 65
5.2 Produção
técnica................................................................................ 73
6 CONCLUSÃO.................................................................................... 80
REFERÊNCIAS................................................................................................ 81
APÊNDICES..................................................................................................... 97
ANEXOS.......................................................................................................... 119
16
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMPORALIDADE DA AUTORA
Iniciei minha vivência na área da enfermagem a partir do meu ingresso no curso
superior em Enfermagem, em uma universidade pública localizada na cidade de
Ilhéus, Bahia. Sou graduada há 8 anos, e desde o início da minha vida acadêmica
tive a oportunidade de ter contato com a docência, inicialmente com as bolsas de
monitoria disponibilizadas pela universidade, e, posteriormente, com a minha
primeira oportunidade de emprego.
Em janeiro de 2014, me especializei em enfermagem em emergência e atendimento
pré-hospitalar. Em setembro de 2014, me mudei para o Espírito Santo para atuar
como Enfermeira Assistencial no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais
– (HUCAM), localizado em Vitória. Como enfermeira assistencial, tenho minhas
funções atreladas tanto à assistência direta ao paciente quanto à gestão inerente ao
funcionamento de uma unidade de internação hospitalar. Hoje estou lotada nas
unidades de Clínica Médica (UCM) e Cirurgia Geral (UCG).
Por meio das observações realizadas no meu cotidiano profissional, surgiu a
inquietação sobre a possível criação de uma tecnologia dura, que auxiliasse na
prevenção do aparecimento de lesão por pressão (LPP). Nas UCM e UCG são
assistidas pessoas de portadoras das mais diversas enfermidades que necessitam
de um tratamento cirúrgico e/ou clínico. A depender do prognóstico, esses pacientes
ficam por um longo tempo hospitalizados nas unidades referidas e acabam
desenvolvendo LPP. Dentre essa população geral estão os idosos, que podem estar
emocional e fisicamente vulneráveis, em consequência da hospitalização.
Durante a minha prática clínica no cuidado às feridas pude retificar na prática que o
processo para a formação de LPP é multifatorial, e nesse sentido, questionei-me se
o número de novos casos desse agravo poderiam diminuir com a implementação do
uso de alguma tecnologia e, para tal, qual o processo viável para a construção de
um protótipo de baixo custo para esse fim.
17
Todos os dias, cuidamos de pacientes que, em pouquíssimo tempo de
hospitalização, desenvolvem alguma lesão, mesmo com o emprego criterioso das
práticas mais comuns de prevenção disseminadas na assistência, como a mudança
programada de decúbito do paciente e a aplicação de cremes e curativos especiais
protetores na pele suscetível ao risco.
Nesse contexto, aprofundei meu conhecimento sobre as LPP e o papel da
enfermagem nesse processo. Percebi, ao longo da minha pesquisa, que existe um
vasto material sobre protocolos assistenciais, sobre o papel da enfermagem no
tratamento de lesões, bem como estudos sobre lesões por pressão. Entretanto, o
conteúdo torna-se raro quando se refere à enfermagem como produtora de
tecnologias duras para prevenção de lesões.
Nesse sentido, meu interesse pelo tema aumentou, mesmo sabendo do enorme
desafio que viria a enfrentar, já que a criação de tecnologias duras não seria um
ponto forte para a enfermagem, e exige o subsídio de outras áreas do
conhecimento. Meus estudos independentes continuaram auxiliando a minha prática
profissional e, com o passar do tempo, ajudaram a definir meu objetivo e objeto de
estudo, com a finalidade de desenvolver uma ideia aplicável. O meu ingresso, em
2017, como aluna do mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) veio
como a oportunidade de criar pontes entre as minhas observações diárias e o
mundo acadêmico.
1.2 APROXIMAÇÃO COM O TEMA
A temática “segurança do paciente” tem sido amplamente discutida nas instituições
de saúde e no mundo, ganhando visibilidade e contribuindo para o desenvolvimento
de práticas seguras na assistência. No início dos anos 2000, a publicação do
Instituto de Medicina “Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais
seguro” trouxe à superfície a magnitude dos eventos adversos ocorridos nas
instituições hospitalares, em decorrência do erro humano. A publicação traz
implicações para redução dos erros médicos e a criação de um sistema de saúde
mais seguro, aumentando a segurança do paciente (KOHN; CORRIGAN;
18
DONALDSON, 2000).
Os incidentes causados por falhas nos sistemas de saúde, que provocam danos
permanentes ou temporários, ocasionando até mesmo a morte do paciente, são
denominados eventos adversos. Não só o paciente, mas também a sua família sofre
com os prejuízos relacionados à assistência. Com algumas complicações desses
eventos, tem-se a dificuldade na melhora do quadro de saúde, demora da alta
hospitalar, maiores taxas de infecção e maior tempo de internação (WHO, 2009).
Os eventos adversos podem ser categorizados de diversas formas. Alguns estudos
os classificam de acordo com o grupo ao qual o incidente se assemelha, outros se
referem ao tipo exato do evento e, ainda, quanto à localização da ocorrência.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os principais eventos adversos
são relacionados às seguintes situações: identificação do paciente; comunicação no
ambiente dos serviços de saúde; medicamentos; procedimentos cirúrgicos; quedas
de paciente; LPP; infecções em serviços de saúde, e; uso de dispositivos para
saúde (BRASIL, 2017).
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS), através da Portaria nº 1.660, de 22 de julho
de 2009, instituiu o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária
(VIGIPOS) como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL,
2009). Nesse contexto, uma ferramenta importante, prevista por essa Portaria, é o
Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (NOTIVISA), sistema informatizado
implantado no Brasil em 2006, inicialmente trabalhando com tecno e
fármacovigilância. Posteriormente em 2013, o NOTOVISA implantou o item
problemas relacionados a assistência de saúde, recebendo a partir desse
momento, notificações de incidentes, efeitos adversos e queixas técnicas
relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária. Por meio
dele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o MS e as Secretarias
Municipais e Estaduais de Saúde conseguem monitorar, analisar e investigar esses
eventos adversos, o que fortalece a vigilância no tocante à tentativa de melhorar os
processos envolvidos na assistência à saúde, promovendo medidas de proteção à
saúde pública (OLIVEIRA; RODAS, 2017).
19
Para assegurar a segurança do paciente e a manutenção da qualidade em serviços
em saúde, a gestão de riscos e a investigação de eventos adversos relacionados à
assistência à saúde são fundamentais. Nesse processo, opera o conceito dos “never
events”, que significa “eventos que nunca deveriam ocorrer em serviços de saúde”
(ANVISA, 2017). Esses eventos devem ser notificados pelos serviços de saúde, e
sua detecção demanda intervenção urgente, através de medidas que visam a não
reincidência dos mesmos. No escopo das LPP, são considerados “never events” as
LPP estágios 3 e 4, passíveis de notificação no NOTIVISA (ANVISA, 2017).
Segundo os dados disponibilizados pela ANVISA, no período de março de 2014 a
maio de 2018, no Brasil, foram notificados 205.290 incidentes relacionados à saúde,
divididos em 16 categorias. Em relação a faixa etária, 31.605 incidentes ocorreram
na de 56 a 65 anos, e 78.709 (38,34%) ocorreram na linha acima de 65 anos. Já no
conjunto da classificação “lesões por pressão” somam-se 37.118 casos. Em relação
ao número total de 1.157 de óbitos desse período, 42 foram em decorrência desse
agravo. No Espírito Santo, foram notificados 4.774 eventos adversos relacionados à
saúde, sendo 818 casos de LPP. Vale ressaltar, que a subnotificação e a
possibilidade da não classificação dos eventos, através da opção “outros”, disponível
no sistema, são grandes problemas para a vigilância em saúde, isso por que, esses
números podem se multiplicar quando notificados de forma consistente. O
aparecimento de LPP é hoje um importante indicador da qualidade do cuidado
prestado. (ANVISA, 2018).
No tocante ao conceito, algumas definições de LPP são apresentadas como “Lesões
decorrentes de hipóxia celular, levando à necrose tecidual, geralmente localizadas
em áreas de proeminências ósseas” (SILVA et al, 2011), ou “Lesões de pele,
provocadas pela interrupção do fornecimento de sangue para a área, consequentes
da pressão, cisalhamento, fricção ou combinação desses três elementos.”
(BLANDES; FERREIRA, 2014).
A organização norte-americana National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) é
um órgão consultivo e deliberativo e a maior referência mundial em prevenção e
tratamento de lesões por pressão. Na literatura, existem diversas definições sobre
LPP, entretanto, juntamente com os órgãos europeu, japonês e do Pacifico, a
20
NPUAP anunciou, em seu último consenso de 2016, a alteração da terminologia
“úlcera por pressão” para “LPP”, e apresentou a nova nomenclatura da classificação
das lesões por pressão, utilizadas na atualidade (NPUAP, 2016).
A LPP pode se apresentar com o aspecto de pele íntegra ou úlcera aberta dolorosa,
e é consequência da pressão intensa e/ou prolongada, com o cisalhamento da pele
ou do tecido mole subjacente que está sob proeminência óssea, podendo estar
relacionada também ao uso de dispositivos médicos. Nesse caso peculiar, a lesão
apresenta o molde do dispositivo. Fatores relacionados à pele, como microclima,
nutrição, perfusão e comorbidades, interferem na tolerância do tecido mole à
pressão e ao cisalhamento (NPUAP, 2016).
Para facilitar o reconhecimento pelo profissional de saúde do risco do paciente
desenvolver LPP, auxiliando no manejo clínico e prognóstico desse risco, alguns
instrumentos foram desenvolvidos, dentre eles, o mais utilizado no Brasil é a Escala
de Braden. Elaborada em 1987 por Braden e Bergstron, foi amplamente difundida
no Brasil no ano de 1999. A avaliação da pele através dessa escala é realizada
nos seis seguintes aspectos: atividade; fricção e/ou cisalhamento; mobilidade;
nutrição; umidade, e; percepção sensorial (MACHADO et al, 2019).
No que se refere as faixas etárias mais acometidas por LPP, a população idosa é
amplamente atingida pelos eventos adversos. Segundo o relatório da ANVISA, dos
205.290 incidentes relacionados à saúde notificados no Brasil no período de março
de 2014 a maio de 2018, 31.605 incidentes ocorreram na faixa de 56 a 65 anos, e
78.709 (38,34%) ocorreram na linha acima de 65 anos (ANVISA, 2018)
O estudo de corte prospectivo, descritivo e quantitativo, realizado com 215 idosos
internados em um hospital público na cidade de Teresina (Piauí), utilizou a escala de
Braden para determinação do escore de risco para desenvolvimento de LPP. O
estudo constatou que 47%, dos 215 idosos hospitalizados possuíam risco mínimo,
moderado ou elevado para formação de LPP, ou seja, apresentado score menor ou
igual a 18, o que, segundo a escala de Braden, caracteriza presença de risco. Nesse
estudo, a análise de confiabilidade da escala de Baden foi verificada por meio do
coeficiente global alpha de Cronbach (0,821). Pesquisas dessa relevância tornam
evidente a importância da avaliação de risco, assim como a implementação de
21
cuidados intensificados fundamentados na sistematização da assistência de
enfermagem (SAE) (VIEIRA et al, 2015).
A ocorrência de LPP possui causa multifatorial, seja de ordem interna ou externa.
Em se tratando dos idosos, mobilidade e percepção sensorial prejudicadas, perfusão
tecidual e estado nutricional diminuídos, alterações de pele relacionadas ao
envelhecimento, dentre outros, são fatores predisponentes para a formação de LPP
(VIEIRA et al, 2014).
A média da prevalência da formação de LPP, encontrada em estudo retrospectivo de
natureza quantitativa, em uma instituição de longa permanência para idosos, na
cidade de Fortaleza, Ceará, girou em torno de 18%, podendo chegar a 23% do
número total de 300 idosos institucionalizados. Para o tratamento dessas lesões,
leva-se em consideração, também, seu alto custo, sendo que a ineficiência de
recursos para tratar essas feridas está diretamente associada ao aumento do tempo
de internação (FREITAS, 2011). Nesse sentido, medidas de prevenção são
necessárias para a melhoria da qualidade de vida dessa população, garantindo,
assim, uma velhice saudável.
A prevenção das lesões por pressão por meio do cuidado com a integridade da pele
do paciente é um ponto essencial na assistência da enfermagem. O planejamento e
as intervenções são fundamentados no risco para esse tipo de lesão, já que essas
interferem no estado geral de saúde do paciente, influenciando, a curto ou longo
prazo, na sua qualidade de vida. (PEREIRA, 2014).
A formação de LPP é um problema de saúde que é de responsabilidade de todos os
membros da equipe multiprofissional em saúde. A responsabilização deve ser
compartilhada, à medida que a formação das lesões por pressão tem cunho
multifatorial, e cada profissional, dentro das suas atribuições, pode contribuir de
forma contundente para a resolução desse agravo (FERNANDES, 2012). Entretanto,
dentro da equipe, o enfermeiro é o profissional que está delegado ao cuidado
contínuo e integral a esses pacientes, devendo realizar exame físico, diagnósticos
de enfermagem, prescrição, implementação e avaliações dos cuidados prestados,
tomando a prevenção como maior objetivo da assistência (SÁ et al, 2014).
Diante do exposto, e entendendo que a prevenção das lesões por pressão deve ser
22
o padrão ouro, para evitar os “never events” e, que são prioridade da OMS, desde
2003 –, esta dissertação tem como objeto “protótipo para prevenção de lesão por
pressão”, e como objetivo, “desenvolver um protótipo para prevenção de LPP de
baixo custo”.
1.3 A BUSCA DE CONHECIMENTO TEÓRICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO
PROJETO
No PPGENF da UFES foi possível conhecer um pouco sobre tecnologia e inovação
com a disciplina optativa “Tecnologias e Inovações em Enfermagem (PENF-0064)”,
ministrada pela professora doutora Paula Olympio (in memoriam). O aprendizado
obtido ao cursar essa disciplina foi de grande valia para sedimentar conceitos
básicos que envolvem essa área.
Entretanto, considerando a necessidade de aprofundamento na temática relacionada
a recursos metodológicos voltados para construção de tecnologias na enfermagem,
o primeiro passo para a descoberta do melhor caminho para a criação do projeto de
um dispositivo foi dado durante a disciplina optativa “Tópicos Especiais de Práticas
Profissionais de Enfermagem (PENF-0059)”, ofertada pelo PPGENF no período
2017/2. Nesse momento, foi estabelecido contato com o Laboratório de Tecnologias
de Apoio a Redes e Colaboração (LabTAR) da UFES, localizado no campus de
Goiabeiras, Vitória-ES. Trata-se de um espaço destinado à criação e disseminação
de conhecimentos e tecnologias com o objetivo de desenvolver inovações através
da multidisciplinaridade.
No LabTAR, fui recebida pela professora doutora do departamento de Engenharia
de Produção da UFES, Mirian de Magdala Pinto, que faz parte do grupo de
professores pesquisadores que coordenam o laboratório. Como oportunidade de
aprendizagem, fui convidada a cursar como ouvinte a disciplina “Gestão da Inovação
Tecnológica” (EPR07950), do curso de Engenharia de Produção da UFES,
ministrada pela professora supracitada.
Em concordância com a ementa da disciplina “Tópicos Avançados de Práticas
Profissionais de Enfermagem (PENF-0060)”, do PPGENF, que é aprofundar os
estudos sobre os conteúdos de interesse para a construção da dissertação do
23
mestrando e para seu amadurecimento, a participação na disciplina DET10421 seria
uma possibilidade de conhecer teorias e ferramentas necessárias para o
desenvolvimento do meu projeto, além de oportunizar o encontro com pessoas que
abririam um leque de novas perspectivas.
Três momentos de aprendizagem foram cruciais nessa disciplina. O primeiro refere-
se à assimilação do conceito de inovação; o segundo, a realização do curso Human
Centered Design, e, por último, a apresentação da teoria da resolução inventiva de
problemas (TRIZ).
A palavra inovação é derivada do latim “innovationne”, sendo o ato ou efeito de
inovar (FERREIRA, 2010). Se refere a ideias, processos ou objetos criados,
podendo ser radical (semi-radical, radical ou radical de fachada) ou incremental,
provoca a ruptura com paradigmas, e ainda que esse rompimento se dê de forma
mínima, impacta positivamente a sociedade e, intrinsicamente, a qualidade de vida
das pessoas (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007). Inovação pode ser considerada
a criação ou o aperfeiçoamento de processos e artefatos, a aplicação do que já é
amplamente utilizado em novos contextos, a reformulação de metodologias, o uso
diferenciado e descoberta de recursos, ou ainda a abertura de novos construtos
organizacionais (NIOSI et al, 1993; SERAFIM, 2017).
Inovação é, ainda, a dinâmica de pessoas que implementam e desenvolvem novas
ideias, levando essas a outras pessoas, o que gera novas transações em uma
instituição. Tal movimento engloba quatro fatores: novas ideias, pessoas, transações
e contextos institucionais (VEN, 1986).
Para o economista autro-hungaro, Joseph Alois Schumpeter, nascido na primeira
metade do século XIX, a inovação é fundamental para o desenvolvimento da
sociedade, moldando o seu desenvolvimento cultural e econômico, sendo chamado
de empreendedor aquele que a introduz. Quando uma novidade é capaz de criar
uma nova perspectiva mercadológica, transformações, séries de negócios,
impactando positivamente a sociedade, é considerada uma inovação (CONCEÇÃO,
2000).
24
Schumpeter propôs ainda, a distinção entre invenção e inovação. A primeira refere-
se a novas ideias e conceitos sobre produtos, técnicas ou mesmo artefatos
organizacionais, e a segunda implica um novo arranjo de recursos implementados
de forma produtiva, capaz de gerar mudança. Dentro de toda inovação existe o
processo de invenção com o acréscimo de incorporação social e econômica. A
inovação ainda possui cinco categorias relacionadas à sua finalidade: introdução de
produtos novos ou melhorados; novas formas de produzir; desenvolvimento de
novos mercados; utilização de novos recursos primários, e; novos rearranjos
organizacionais para indústrias (VALE; WILKINSON; AMÂNCIO, 2008).
Em consonância com Shumpeter, Baregheh, Rowley e Sambrook (2009), entende
que as constantes mudanças e necessidades do ambiente ordenam uma infinita
adaptação que se consolida através da inovação, composta por diversas etapas que
se concretizam na materialização de ideias novas ou melhoradas sobre processos,
artefatos, serviços e pessoas, influenciando diretamente, inclusive, no
desenvolvimento econômico de países. Já Lundvall (1992) explana que inovações
são estimadas por todos, e decorrem de uma necessidade ou deficiência, resultando
de esforços coletivos, onde os atores formam um sistema, produzindo novos
produtos, mercados, técnicas e metodologias (NICOLAU; PARANHOS, 2006).
Em paralelo à apreensão do conceito de inovação, iniciou-se dentro da disciplina
DET10421 o curso Human Centered Design (HCD), uma experiência de aprendizado
intenso e prático, construído pela Acumen, em colaboração com o IDEO.org, que é
uma a organização de design sem fins lucrativos que projeta produtos, serviços e
experiências para melhorar a vida das pessoas em comunidades pobres e
vulneráveis. Eles trabalham para que o setor social adote uma abordagem centrada
no ser humano para a resolução de problemas.
O HCD utiliza a abordagem do design thinking, que propicia a utilização de
ferramentas que oportunizam encontrar a interseção entre as necessidades
humanas e a viabilidade econômica, ou seja, desenvolver ideias que possuam um
significado funcional, emocional e tecnológico, ao mesmo tempo que cumpram as
aspirações mercadológicas e econômicas (BROWN, 2018). O design thinking é uma
estratégia que valoriza as habilidades humanas e estima as potencialidades criativas
25
de cada pessoa, se atendo à criação de produtos, serviços e processos humanos
centrados (BROWM, 2012; MELO; ABELHERA, 2015).
O curso objetivou incentivar os participantes a conhecerem pessoas reais com
problemas reais, a fim de que eles entendessem suas necessidades e assim
prototipassem novas soluções e as testassem. O curso ocorreu no período entre 12
de setembro de 2017 e 14 de novembro de 2017, durante 9 semanas, com carga
horária total de 36 horas. Essa atividade foi percursora do segundo momento
imprescindível para o projeto.
O curso design centrado no ser humano consiste em três fases. Na fase de
inspiração, aprende-se diretamente das pessoas para quais estamos projetando,
mergulhando em suas vidas e conhecendo profundamente suas necessidades. Na
fase de ideação, interpreta-se tudo que se aprende, identificando oportunidades para
o projeto, para, assim, prototipar as possíveis soluções. Na fase de implementação,
o protótipo construído é inserido na realidade, observando-se, assim, se a solução
será aplicável. Essa última fase tem como usuários do protótipo os mesmos sujeitos
envolvidos no projeto, desde sua primeira fase do projeto. (BROWN; WYATT, 2010).
Ainda na fase da implementação, coletam-se as melhorias propostas pelas pessoas
que utilizaram o protótipo no período de teste, sendo possível realizar adequações,
alcançando soluções criativas (BROWN; WYATT, 2010). Ter a oportunidade de
participar de um curso como o HCD possibilita estimular a criatividade, gerando
soluções aplicáveis para problemas cotidianos. Aprender a prototipar para humanos,
baseando-se nos seus anseios, vivências e no contexto no qual estão inseridos,
proporciona resultados assertivos, causando impactos positivos. Nesse âmbito, a
possibilidade de transpor características do HCD para a criação do projeto de um
dispositivo que objetiva prevenir lesões por pressão gera uma expectativa positiva,
pois ter o ser humano como centro imprime a criação de um produto que atende
efetivamente às necessidades dos usuários.
Por fim, a temática da TRIZ foi trabalhada na disciplina e consta como referencial
metodológico para esta dissertação.
26
1.4 JUSTIFCATIVA E RELEVÂNCIA
O recurso financeiro necessário para o tratamento e manejo das complicações
decorrentes das LPP é elevado, o que torna esse agravo não apenas um custoso
problema de saúde pública, mas também uma preocupação no que tange à gestão
dos custos dos serviços de saúde. Além disso, tratamentos aplicados de forma
inadequada geram gastos potencializados e danos emocionais aos pacientes e
familiares, impactando diretamente na qualidade de vida desses e no desempenho
profissional de toda a equipe que assiste o paciente (BRANDÃO; MANDELBAUM;
SANTOS, 2013).
Em 2010, um estudo estadunidense através de pesquisa retrospectiva, analisou
prontuários de pacientes com LPP. O objetivo foi calcular e analisar o custo do
tratamento para úlceras de pressão no estágio IV. A pesquisa apontou um custo
médio, associado a tratamento hospitalar e complicações relacionadas a LPP, de
US$ 129.248 para úlceras que foram desenvolvidas em âmbito hospitalar (BREM et
al, 2010).
Embora haja impacto nos orçamentos dos serviços de saúde para prevenção do
aparecimento de LPP, ele é infinitamente menor que o custo para o tratamento
dessas lesões. Os gastos para o tratamento de LPP é substancial, pois envolve mão
de obra qualificada e a escolha de materiais adequados. Em artigo de revisão
sistemática, publicado em 2015, que considerou estudos de 2001 a 2013, o custo de
prevenção de LPP variou entre 2,65 € a 87,57 € por paciente, por dia. Já o custo de
tratamento de LPP por dia variou de 1,71 € a 470,49 €. O custo do tratamento
aumenta quanto mais complexa for a lesão (DEMARRÉ et al, 2015).
Estudo exploratório descritivo, realizado em hospital universitário de São Paulo,
publicado no ano de 2016, observou durante seis meses a realização de 228
curativos. Objetivou identificar os custos de mão de obra e de consumo de materiais
e soluções usadas para realização de curativos de LPP e, identificou que o custo
médio por curativos de LPP foi de US$ 19,18 para LPP categoria I, US$ 6,50 para
LPP categoria II, US$ 12,34 para LPP categoria III, US$ 5,84 para LPP categoria IV,
US$ 9,52 para LPP inclassificáveis, e US$ 3,76 para feridas com suspeita de lesão
27
tissular profunda (SLTP). A frequência de realização dos curativos variou de 1 a 5
vezes ao dia (LIMA et al, 2016).
Estudo observacional realizado em uma unidade de cuidados paliativos e
prolongados de um hospital de grande porte em Minas Gerais, no ano de 2013,
concluiu um custo com material para tratamento de LPP em torno de R$ 36.629,95
por paciente/mês, e de R$ 445.664,38 paciente/ano. Nesse estudo, 77,5% das LPP
foram classificadas como categoria grau IV (COSTA et al, 2015).
O levantamento de custos de curativos industrializados, realizado no ano de 2005
em instituição hospitalar pública da cidade de Recife, identificou que o custo médio
diário aumentou, à medida que o grau de lesão tecidual aumentou, e que de abril a
dezembro desse mesmo ano, 68% dos curativos utilizados foram indicados para
LPP, o que, em valores, ultrapassou 25 mil reais. O consumo total de curativos no
período de 9 meses foi de 26 mil reais, dado que demonstra que o maior consumo
para tratamento de feridas nesse hospital esteve relacionado às LPP (LIMA;
GUERRA, 2011).
Considerando que, todos os produtos, protocolos e técnicas de saúde destinadas a
prevenção de LLP, são tecnologias, faz-se importante discutir esse conceito.
Segundo Ferreira (2014), tecnologia é “conjunto de conhecimentos, especialmente
princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade”. No
dicionário Houaiss (2009) encontra-se que tecnologia é “teoria geral e/ou estudo
sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou
mais ofícios ou domínios da atividade humana; técnica ou conjunto de técnicas de
um domínio particular; qualquer técnica moderna e complexa”. Na saúde, a palavra
tecnologia é carregada de complexidade, principalmente no que se diz respeito à
finalidade do trabalho em saúde.
Quanto às categorias, as tecnologias que permeiam a saúde podem ser divididas
nas seguintes: leves, baseadas nas relações humanas, como a escuta terapêutica,
vínculo, acolhimento, desenvolvimento do processo de trabalho; leve-duras,
baseadas em saberes organizados, regidos por teorias como a epidemiologia e a
semiologia/semiotécnica, e; duras, como os aparelhos para exames e instrumentos
28
organizacionais (MERHY; FRANCO, 2006). A enfermagem, com a evolução dos
tempos, segue se adaptando às tecnologias duras sem se distanciar do seu
interesse primordial, que é o cuidado holístico ao ser humano, utilizando
sinergicamente todas as tecnologias para atender de forma integral o paciente
(SABINO et al, 2016).
Para alguns estudiosos, o trabalho gera um produto, objetivo ou subjetivo, palpável
ou abstrato, que modifica a natureza e quem o executa. A forma como o trabalho é
executado reflete na sociedade a qual ele pertence, e a forma de trabalhar molda a
cultura, gerando sentido para o ser humano (DOMINIQUE, 2013; LESSA, 2012;
MORIN, 2001; DEJOURS, 2004) . Na saúde, a produção ocorre por meio do trabalho
em ato dinâmico, que significa a produção instantânea do cuidado no momento no
qual é executado. Dentro desse conjunto, o trabalho vivo em ato está sempre
interagindo com tecnologias que auxiliam e/ou protagonizam a produção do cuidado.
Equipamentos, medicamentos, sistemas educacionais, organizacionais e
procedimentos técnicos são exemplos de tecnologias que interagem com o
trabalhador, gerando sentido no modo de produzir o cuidado (MERHY; FRANCO,
2006).
A tecnologia em saúde está em constante evolução, sendo o enfermeiro o cerne da
maioria dos processos a ela relacionados, além disso, é o enfermeiro que, em geral,
desenvolve, opera a maioria das tecnologias relacionadas à saúde (SILVA;
FERREIRA, 2009). Nesse contexto, e a fim de aprofundar sobre a produção de
tecnologias que promovam a prevenção de LPP, foi realizada uma revisão
sistemática. Para tal, a seguinte questão norteadora foi elaborada: Quais tecnologias
duras, descritas na literatura, objetivam prevenir o aparecimento de LPP?
Este trabalho justifica-se pela necessidade percebida, na prática hospitalar, da
criação de um dispositivo de baixo custo, para a prevenção de feridas, e na
observação dos produtos disponíveis no mercado, desse modo, evidenciando a
necessidade de fomento ao desenvolvimento de tecnologias que auxiliem na
prevenção de lesões por pressão em pacientes é importante. Justifica-se também
pela lacuna existente na enfermagem no que se refere à participação ativa no
processo criativo de prototipação de tecnologias duras em saúde, contribuindo,
29
assim, para o fomento da pesquisa em enfermagem.
30
2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ASPECTOS LEGAIS SOBRE LESÃO POR PRESSÃO
A LPP é o terceiro tipo de evento adverso relacionado à assistência mais notificado
pelos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) dos hospitais do Brasil (ANVISA,
2017). Órgãos públicos, como o MS e a ANVISA, discutem sobre esse tema e se
dedicam a construir documentos técnicos sobre prevenção e tratamento desse
agravo. Em 1º de abril de 2013, o MS, por meio da Portaria nº 529, instituiu o
programa nacional de segurança do paciente (PNSP), com o objetivo de qualificar a
assistência em saúde prestada por todas as instituições do Brasil. No Art. 3º,
emergiram as seguinte definições:
[...]I - Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde; II - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico; III - incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente; IV - Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente;
Nos artigos 6º e 7º da referida portaria, “úlceras por pressão” é considerada
uma área sob o escopo das ações relacionadas à segurança do paciente.
Art. 6º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Saúde, Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de caráter consultivo, com a finalidade de promover ações que visem à melhoria da segurança do cuidado em saúde através de processo de construção consensual entre os diversos atores que dele participam. Art. 7º Compete ao CIPNSP: I - propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à segurança do paciente em diferentes áreas, tais como: [...] g) úlceras por pressão;
Nos últimos anos, o conceito “segurança do paciente” foi impreterivelmente
arraigado às práticas assistenciais, ganhou força nas instituições, e auxiliou milhares
de profissionais e gestores a desempenharem as suas ações considerando
conceitos que elevam a qualidade do serviço oferecido. Considerando que a
ocorrência de LPP acarreta consequências negativas, não só para o binômio
paciente-família, mas também para o sistema de saúde, no mesmo ano de 2013 foi
lançado pelos MS, ANVISA e Fiocruz o “Protocolo para prevenção de úlcera por
31
pressão”, com a pretensão de promover a prevenção do aparecimento de LPP e
outras lesões de pele. O documento trouxe orientações acerca de diversas medidas,
baseadas em evidências, que podem ser implementadas caso haja vulnerabilidade
para o aparecimento de LPP (MS, 2013).
Em outubro de 2017, a ANVISA lançou a nota técnica GVIMS/GGTES nº 03/2017,
com o título “Práticas seguras para prevenção de LPP em serviços de saúde”, que
objetiva orientar todos os profissionais que atuam nos serviços de saúde sobre as
ações gerais para monitoramento, vigilância, práticas de prevenção e notificações de
LPP (ANVISA, 2017).
Nesse sentido, percebe-se que, diante da magnitude dos problemas relacionados à
ocorrência de LPP, a discussão sobre os cuidados prestados na prevenção e
tratamento desse agravo deve transpor as paredes das instituições de saúde, sendo
discutido também a níveis político e governamental.
Dentre os profissionais envolvidos no tratamento e manejo das LPP, a enfermagem,
antes e após a sua profissionalização, esteve como protagonista na dispensação de
cuidados para a manutenção da integridade física dos seus pacientes, assim como
nos cuidados ofertados a pessoas com lesões de pele. A responsabilidade na
prevenção, avaliação e decisão de qual terapêutica será instituída no manejo de
feridas foi atribuída a essa categoria, que, além de executar ações diretas, coordena
toda a equipe técnica de enfermagem, e também integra uma equipe
multiprofissional, sendo assim, capaz de orientar todos os profissionais envolvidos
nesse cuidado (FERREIRA; BOGAMIL; TORMENA, 2008).
No tocante às lesões por pressão, o enfermeiro desempenha ações intrínsecas ao
seu cotidiano, tendo sempre o cuidado como objeto, cuidado este que perpassa por
uma atenção holística, indo muito além da realização de tarefas bem estabelecidas,
baseadas em evidências científicas. Nesse diálogo, cuidar de feridas requer
competências técnicas e competências interpessoais (FAVRETO et al, 2017).
Entretanto, percalços são enfrentados quando fala-se da autonomia do enfermeiro
no tratamento de feridas, pois é necessário compreender que ela só é alcançada
quando o profissional está alicerçado por conhecimentos sólidos que, com o passar
32
do tempo, tornam-se fatores motivacionais que levam à completa segurança na
tomada de decisão na rotina de trabalho. Ter segurança em si mesmo, não
excluindo as inferências de outros profissionais da área de saúde, sabendo se
posicionar quando necessário, construindo diálogos profícuos com outras categorias,
se empoderando e tornando-se referência para o desenvolvimento de atividades
dentro de suas competências, é, sem dúvida, um dos maiores desafios no
desdobramento da ascensão das funções do enfermeiro, que está a reconfigurar sua
práxis profissional, passando a tomar, assim, decisões independentes (FERREIRA;
CANDIDO; CANDIDO, 2017).
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), através da Resolução nº 567, de 29
de janeiro 2018, regulamentou a atuação da equipe de enfermagem no cuidado aos
pacientes com feridas. A partir desse momento, o enfermeiro passou a ter respaldo
legal para participar ativamente na execução de procedimentos, avaliação,
elaboração de protocolos, seleção e indicação de novas tecnologias em prevenção e
tratamento de pessoas com feridas. O anexo dessa resolução detalha ações
específicas para enfermeiros e técnicos de enfermagem, tornando a categoria
absolutamente independente na realização do cuidado a pacientes portadores de
feridas. Tal regulamentação é um combustível para o fomento da autonomia
profissional (COFEN, 2018).
2.2 LESÃO POR PRESSÃO, CUIDADO DA ENFERMAGEM E OS FATORES PRÉ
DISPONENTES
Em 2016, a NPUAP, além de alterar a terminologia de úlcera por pressão para LPP,
revisou e atualizou o sistema de classificação. A partir dessa publicação, seis
categorias classificatórias foram definidas:
- LPP estágio 1, caracterizada por pele íntegra com eritema que não embranquece,
podendo apresentar mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência;
- LPP estágio 2, quando ocorre a perda da espessura parcial e exposição da derme;
- LPP 3, quando acontece perda da pele em sua espessura total, deixando a gordura
33
visível, não existindo exposição de tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso;
- LPP 4, quando ocorre a perda da pele em sua espessura total e perda tissular com
exposição da fáscia, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso, com profundidade
variando de acordo com a localização anatômica;
- LPP não classificável, quando a perda de pele não pode ser confirmada, pois está
encoberta pelo esfacelo ou escara, e;
- LPP tissular profunda, na qual existe a descoloração vermelha escura, marrom ou
púrpura persistente, e que não embranquece, estando a pele intacta ou não, cuja
ferida pode evoluir rapidamente (MORAES et al, 2016)
As LPP ainda podem ter duas classificações complementares: relacionadas ao uso
de dispositivos médicos, quando resulta da utilização de dispositivos criados para
fins diagnósticos e terapêuticos, sendo a lesão do formato do dispositivo em
questão, e; LPP em membranas mucosas, decorrentes do uso de dispositivos
médicos, não podendo ser categorizadas devido à anatomia tecidual (NPUAP,
2016).
Dentre as populações acometidas por LPP, a pessoa idosa hospitalizada demanda
um cuidado peculiar para suprir suas necessidades fisiológicas e psicossociais. A
presença de doenças crônicas, como hipertensão arterial sistêmica e acidente
vascular encefálico, aumenta os distúrbios eletrolíticos, nutricionais e vasculares,
levando à maior restrição ao leito e, consequentemente, ao aumento do período de
internação hospitalar (VIEIRA et al, 2014). A idade avançada é responsável por
modificações surgidas na pele e em tecidos subcutâneos, evidenciadas por doenças
crônicas degenerativas e circulatórias, sem esquecer do comportamento fisiológico
característico a essa faixa etária. (BAUMGARTEN et al, 2008)
Algumas condições inerentes, como o turgor e elasticidade da pele diminuídos,
redução da espessura do tecido subcutâneo, capilaridade deficitária e redução da
mobilidade, são precursoras das lesões de pele em idosos (SMELTZER et al, 2011).
Dentre as complicações comuns associadas a essas propriedades, encontra-se a
LPP, que se caracteriza como agravo em tecidos moles subjacentes que estão
sofrendo pressão sobre proeminência óssea por tempo prolongado, ou dano
causado a esse tecido relacionado ao uso de material médico (NPUAP, 2016).
34
No estudo “Úlcera por pressão em idosos institucionalizados: análise da prevalência
e fatores de risco”, foram analisados 300 prontuários de idosos no período de 2006 a
2009. Os fatores de risco para o desenvolvimento de LPP prevalentes foram
acidente vascular encefálico (60%) e hipertensão arterial (74,3%), sendo a média de
prevalência da LPP de 18,8%. No ano de 2008, dos 161 idosos institucionalizados,
32 desenvolveram LPP, tendo uma taxa de prevalência de 19,9% (FREITAS et al,
2011).
Em hospital universitário, foi evidenciado que 63% dos 53 idosos envolvidos possuía
risco para desenvolver LPP, concluindo que esse grupo é o mais propenso a sofrer
tal tipo de enfermidade. Utilizando a escala de medição de risco para o
desenvolvimento de LPP, observou-se que tanto o tecido adiposo reduzido em
pacientes caquéticos como o sobrepeso em pacientes obesos influenciam na
formação de lesões. No que se refere ao tipo de pele, aqueles que apresentavam
pele seca, úmida, edema, dentre outras alterações, estavam incluídos no risco
altíssimo para desenvolver LPP (FERNANDES, 2012).
O artigo “Fatores predisponentes para o desenvolvimento da LPP em pacientes
idosos: uma revisão integrativa”, publicado em 2017, traz algumas das principais
variáveis relacionadas aos idosos hospitalizados em instituições de longa
permanência, serviço domiciliar e centro de reabilitação, os aspectos identificados
foram: doenças crônicas não transmissíveis; índice de massa corpórea abaixo da
média; uso de cateter urinário e anemia; alterações da pele; edemas; déficit
respiratório, circulatório, sensorial, nutricional; incontinência urinária e/ou fecal;
redução da mobilidade; anemia; uso de medicamentos; déficit cognitivo;
comprometimento da independência nas realizações das atividades da vida diária;
idade avançada; audição ou visão prejudicada; declínio da capacidade funcional;
umidade; fricção; cisalhamento da pele, e; nutrição prejudicada (SOUZA et al, 2017).
O conhecimento da enfermagem acerca das lesões por pressão protagoniza o
cuidado na prevenção desse agravo, prestando uma assistência individualizada,
fornecendo medidas eficazes baseadas em estratégias fundamentadas em
evidências (ALVES; BORGES; BRITO, 2014).
35
Identificar os fatores causadores das lesões por pressão é algo imprescindível para
que o enfermeiro priorize as suas ações, atuando no seu planejamento,
primordialmente na prevenção desse agravo, o que garante a qualidade da
assistência. O conhecimento acerca da taxa de prevalência é um indicador crucial
que influencia diretamente na tomada de decisão do enfermeiro, norteando sua
práxis e proporcionando a priorização das ações de forma dinâmica e efetiva
(CAVALCANTE, 2016).
A LPP é um problema de saúde que é de responsabilidade de todos os membros da
equipe. A responsabilização deve ser compartilhada na medida em que a formação
das lesões por pressão tem cunho multifatorial, e cada profissional, dentro das suas
atribuições, pode contribuir de forma contundente para a resolução desse agravo
(FERNANDES, 2012). Entretanto, dentro da equipe, o enfermeiro é o profissional
que está delegado ao cuidado contínuo e integral a esses pacientes, devendo
realizar diagnósticos, implementações e avaliações dos cuidados prestados,
tomando a prevenção como maior objetivo da assistência (SÁ et al, 2014).
As teorias de enfermagem respaldam o emprego do processo de enfermagem como
fortalecedor das ações da enfermagem e da ciência do cuidado, pois, a prática
baseada em teorias proporciona uma atuação que leva em consideração um
raciocínio lógico, coordenado e interino, orientando o cuidado de forma sistemática,
desde a coleta de dados até a avaliação dos objetivos alcançados, assim como de
todo processo de trabalho prestado (MCEWEN; WILLS, 2016).
O conjunto de conhecimentos organizados, sejam eles científicos ou empíricos,
organizados para subsidiar o processo de trabalho na enfermagem para alcançar
objetivos específicos, é conhecido também como tecnologia. Na enfermagem, a
capacidade crítica é essencial, pois subsidia a reflexão, interpretação e análise,
considerando a complexidade e individualidade humana, fator que é essencial para
atender às necessidades peculiares de cada indivíduo (KOERICH et al, 2006).
A medida da qualidade da assistência de enfermagem nos serviços hospitalares
pode estar associada ao aparecimento de LPP, isso porque a ação de prevenção
mais difundida, que é a mudança de decúbito, está quase que totalmente atrelada à
36
prática dessa categoria. Quando a enfermagem sistematiza a assistência para
prevenção de LPP, aplicando as fases histórico de enfermagem, diagnóstico de
enfermagem, planos de cuidados de enfermagem e evolução de enfermagem, a
assistência torna-se verdadeiramente eficaz, pois possibilita a constante avaliação e
reflexão do enfermeiro sobre intervenções escolhidas para o alcance dos objetivos
relacionados à prevenção desse agravo (RODRIGUES; SOUZA; SILVA, 2008).
Um estudo realizado em 2012 objetivou analisar a incidência de LPP como indicador
de qualidade assistencial do Hospital Coronel Frota, em Porto Alegre. No período de
um ano, em um total de 21.227 pacientes, 22 lesões, em 17 pessoas, foram
desenvolvidas. Foi identificada uma baixa incidência de LPP até mesmo nas
Unidades de Terapia Intensiva. O uso de colchão piramidal e a mudança de decúbito
como prática de enfermagem foram observadas, ratificando a importância da
enfermagem para prevenção das LPP (SILVA; DICK; MARTINI, 2012).
Dentre as ferramentas clínicas para padronização das intervenções e consequente
registro das ações da enfermagem, a Classificação das Intervenções de
Enfermagem (NIC) é uma taxonomia ampla, pois abrange tanto práticas generalistas
quanto as ligadas a especialidades. O artigo “Mapeamento de cuidados de
enfermagem com a NIC para pacientes em risco de úlcera por pressão”, publicado
em 2014, identificou os cuidados de enfermagem prescritos para 219 pacientes
adultos internados em um hospital universitário. Nas prescrições foram encontrados
32 cuidados diferentes de enfermagem para prevenção de LPP, estando esses
cuidados interligados a 17 intervenções do NIC. O estudo concluiu que há uma
semelhança entre as recomendações científicas e os cuidados prescritos por
enfermeiros (PEREIRA et al, 2014).
No âmbito desse cuidado em saúde, as tecnologias leves e duras surgem como
aparato essencial para promoção da mesma, sendo ferramentas que dinamizam a
assistência, produzindo resultados consistentes e duradouros. A enfermagem, então,
pode e deve usar as tecnologias em todos os níveis da assistência, para públicos
diversificados, causando impactos positivos. Nesse contexto, percebe-se o quão
importante é a busca por inovações capazes de mudar o cotidiano, melhorar a
qualidade de vida e trazer maior realização aos profissionais, ao mesmo tempo que
37
interfere na vida dos pacientes alcançados por esse processo de modernização (DE
SOUZA, 2011).
A produção tecnológica na enfermagem, então, está conexa à criação de
alternativas para superar os entraves vivenciados diariamente por esses
profissionais. Esta vem para aumentar a capacidade humana de alterar/intervir na
sociedade, e, para a enfermagem, o objetivo final é potencializar o cuidado prestado,
podendo ser desenvolvida a partir de equipamentos, máquinas e instrumentos ou
saberes aplicados de forma assertiva (KOERICH et al, 2006).
2.3 ENFERMAGEM E TECNOLOGIAS NO CUIDADE EM SAÚDE
Em continuação ao exposto, na enfermagem, a palavra tecnologia denota
concepção de “produto” quando relacionada a artefatos e informatização, e de
“processo” quando associada a recursos de ensino e aprendizagem de recursos
humanos. No tocante ao desenvolvimento de novas tecnologias, a enfermagem vem
ganhando visibilidade na implementação e/ou no desenvolvimento dessas, trazendo
benefícios tanto para o crescimento da profissão quanto para a relação profissional
cliente (SABINO et al, 2016).
A tecnologia inclui ferramentas, técnicas, materiais e fontes de energia que o seres
humanos desenvolvem em resposta a objetivos específicos. Ela é capaz de orientar
a ciência do design, que, diferente da ciência natural, modifica o ambiente, criando
coisas para suprir os propósitos humanos. Nesse meio, os cientistas do design
aplicam conhecimento a fim de desenvolver artefatos funcionais que promovam
melhorias nos mais variados contextos, criando modelos, processos, metodologias e
implementações inovadoras. Quando há a substituição das tecnologias existentes
por outras mais eficazes, o design alcança o seu progresso. (MARCH; SMITH,
1995).
Nesse momento, a distinção entre a ciência natural e a ciência de design torna-se
necessária. As ciências naturais visam compreender e explicar os fenômenos,
enquanto isso, as ciências do design trabalham em maneiras de atingir objetivos
humanos. A primeira tende a ser ciência básica, e a segunda ciência, aplicada.
Entretanto, as duas se correlacionam e interagem harmonicamente, pois os artefatos
38
criados pela ciências do design podem gerar fenômenos que fazem parte do escopo
dos estudos das ciências naturais e, concomitantemente a isso, os fenômenos
naturais não são ignorados pelos produtos gerados pela ciência do design (SIMON,
2008).
Hebert A. Simon, economista estadunidense, pesquisador em diversas áreas, dentre
elas, a inteligência artificial, no seu livro “The Sciences of the artificial”, de 1966, traz
a ideia de que os engenheiros não são os únicos designers profissionais, pois todos
aqueles que elaboram ações e materiais destinados a alterar situações reais são
designers. Segundo ele, o design é o núcleo de toda formação profissional. Outro
ponto importante refere-se à importância da gestão de recursos, objetivando
minimizar custos dentro do próprio processo de design (SIMON, 2008).
Ainda nesse universo, há o design thinking, abordagem que incorpora insights e
ideias para resolução de problemas. É a forma de pensar que leva em consideração
que as pessoas são tão importantes quanto os problemas a serem solucionados.
Dessa maneira, a pessoa torna-se o centro de um projeto, agregando empatia a
todo o processo criativo. O uso de capacidades que o ser humano possui, uso da
racionalidade, serviço centrado em pessoas e uso da intuição na construção de
ideias com significado emocional são características do pensamento de design
(BROWN; WYATT, 2010).
Nesse contexto, verificando a participação da enfermagem na criação de tecnologias
para prevenção de LPP, foi realizada uma revisão bibliográfica onde foram incluídas
na busca e seleção publicações de periódicos científicos nacionais e internacionais,
compreendidas entre agosto de 2003 e agosto de 2018.
Foram elencadas produções que abordassem a temática “desenvolvimento de
tecnologia para prevenção de LPP”, em que ao menos um dos autores fosse
enfermeiro, indexados nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Electronic
Library Online (SciELO), COCHRANE Library e Índice Bibliográfico Espanhol de
Ciências da Saúde (IBECS), disponíveis na biblioteca virtual em saúde (BVS),
39
localizados através das palavras “tecnologia”, “enfermagem” e “lesão por pressão”,
combinados com o operador booleano AND.
Publicações das quais nenhum dos autores é enfermeiro, textos publicados em mais
de uma base, gerando duplicatas, e trabalhos publicados fora do período
considerado não foram utilizados. Como critério de classificação e ordenação, foram
escolhidas as publicações das quais ao menos um dos autores é enfermeiro, e a
temática abordada está relacionada ao desenvolvimento de tecnologia para
prevenção de LPP.
Para refinar os resultados em consonância com os critérios acima, foi feita a leitura
criteriosa do título e do resumo de cada publicação. A coleta de dados ocorreu em
agosto de 2018 e considerou as seguintes variáveis: título do artigo; autores;
periódico; ano de publicação; país de origem do estudo, e; tipo/abordagem do
estudo.
Dos 20 trabalhos encontrados, sendo 17 artigos e 3 teses, 55% foram escritos em
inglês, 30% em português, 15% em alemão. Destes, apenas 25% apresentaram
enfermeiros em sua autoria, sendo 3 brasileiros e 2 estadunidenses. Em todos os
demais, quando a temática se tratava do desenvolvimento de tecnologias duras, a
predominância era de autores engenheiros.
Os APÊNDICES 1 e 2 trazem algumas produções científicas publicadas no período
compreendido entre agosto de 2003 e agosto de 2018, abordando a temática de
tecnologias para prevenção de LPP. Dos 5 trabalhos que atendiam aos critérios de
escolha, em 3 foram desenvolvidas tecnologias leves relacionadas ao processo de
trabalho, e em 2 deles foram propostas tecnologias duras relativas ao uso de
aplicativos em dispositivos móveis. Nenhum dos trabalhos que possuíam o
enfermeiro como autor contemplou a prototipação de tecnologias palpáveis. Outra
observação relevante é que parcerias entre as diversas áreas de conhecimento
foram necessárias para o desenvolvimento dos aplicativos mencionados.
Pode-se inferir, então, que são escassas as produções científicas nas quais o
enfermeiro é participante ativo no desenvolvimento de novas tecnologias duras para
40
prevenção de LPP. Logo, existe lacuna a ser preenchida, uma vez que o enfermeiro
é um profissional crucial na instituição de medidas para prevenir o surgimento de
lesões por pressão.
2.4 DISPOSITIVOS E LESÃO POR PRESSÃO
Considerando que há a necessidade de aprofundamento sobre os dispositivos que
objetivam prevenir o aparecimento de LPP, a revisão integrativa foi o método de
pesquisa escolhido para descrever o mecanismo de ação utilizado por esses
dispositivos/equipamentos descritos na literatura, pois esse método se mostra um
estilo organizado para o fomento de síntese do conhecimento. Além de levantar
teorias e aspectos relevantes de um determinado tema, necessários para
compreensão completa dos fenômenos a serem discutidos, a revisão integrativa tem
potencial para gerar resultados aplicáveis e identificar informações imprescindíveis
que auxiliam na aplicabilidade dentro de uma realidade prática de uma determinada
área da saúde (GALVÃO; SAWADA; TREVIZAN, 2004).
Nascendo no âmbito da prática baseada em evidências (PBE), a revisão integrativa
surge em 1980 para agregar a prática profissional da assistência à saúde e à
pesquisa científica. É um método de pesquisa capaz de responder questões
baseando-se em evidências científicas a respeito de um tema ou assunto,
combinando estudos qualitativos e quantitativos de um dado período de tempo e
podendo explanar sobre conceitos complexos de forma clara e completa, gerando
uma compreensão plena sobre o fenômeno em estudo, sendo considerada, assim,
uma opção ampla de abordagem metodológica (WHITTEMORE, 2005; FERREIRA,
2015).
Quando por trás da estruturação de uma pesquisa há a análise criteriosa e ampla de
um determinado evento, possibilitando, além de categorizar os conceitos existentes,
identificar lacunas de conhecimento, trata-se da revisão integrativa. Com a
explanação de estudos relevantes, ocorre a síntese de um determinado assunto,
utilizando os níveis de evidência como norte da tomada de decisão (MOREIRA,
2014).
41
Esse tipo de metodologia permite que todo o conhecimento pré-existente seja
investigado, e para a escolha das publicações por meio de amostragem na revisão
integrativa, o leitor segue um roteiro pré-estabelecido que sistematiza todo processo
de revisão. Nesse sentido, os documentos são analisados de forma ordenada, em
relação aos objetivos, materiais e métodos utilizados, o que permite não só o
conhecimento profundo acerca de um tema, mas também a formulação de novos
problemas de pesquisa, assim como teorias. (POMPEO; ROSSI; GALVAO, 2009)
Considerando que a revisão integrativa de literatura deve seguir a mesma rigidez da
pesquisa primária, são elencadas a seguir as fases da pesquisa: identificação do
problema e hipótese da pesquisa; revisão da literatura, busca da amostragem com
foco no problema a ser estudado; coleta de dados; aplicação correta dos critérios de
inclusão e exclusão, análise de dados extraídos; discussão dos resultados, e, por
último; apresentação da síntese construindo os conceitos e seus fatores
relacionados (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
A definição do problema da pesquisa, ou pergunta norteadora, é um passo inicial e,
ao mesmo tempo, fundamental para a revisão integrativa. Essa escolha determina
qual o caminho metodológico do estudo, quais os dados serão coletados, prevê os
participantes, assim como as intervenções e resultados mensurados. Essa etapa
utiliza de conhecimentos prévios do pesquisador e deve ser definida de forma clara e
objetiva, sendo de fácil compreensão e aplicabilidade (LEAL, 2002).
A revisão integrativa sintetiza pesquisas anteriores e faz um rastreamento de
conceitos e proposições relacionados à questão norteadora, demonstrando
conclusões e pontos de similaridade entre diferentes vertentes que transitam dentro
de um fenômeno específico. Os dados são resumidos e comparados, o que
evidencia marcos atuais e antigos sobre um determinado tema (CROSSETTI, 2012).
Diante disso, considerando o tema “tecnologias para prevenção de LPP”, torna-se
necessário entender qual o mecanismo de ação dos dispositivos que objetivam
prevenir o aparecimento de LPP, citados em produções científicas. A maior hipótese
é que os dispositivos/equipamentos para prevenção de LPP usem como princípio de
mecanismo de ação a descompressão.
42
Para responder o que foi suscitado pela questão norteadora e desvendar a hipótese
posta, foi realizada uma busca em meios eletrônicos, nas fontes de informação on-
line que indexam publicações em saúde. As bases LILACS, por meio da BVS, e
MEDLINE, através do PUBMED, ferramenta de busca da US National Library of
Medicine National Institutes of Health, foram escolhidas.
Para a orientação da busca e da seleção dos estudos, foram estabelecidos os
descritores em saúde “Lesão por pressão”, “Tecnologia Biomédica” e “Equipamentos
e Provisões”, bem como o termo qualificador “Enfermagem”. Para a escolha das
descritores referidas, foi feito um levantamento dos Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS) no portal da BVS, pois era necessário identificar qual vocabulário
estruturado seria capaz de abranger os termos “lesão por pressão”, “enfermagem”,
“tecnologia”, “dispositivo” e “produto”. Os DeCS permitem o uso de terminologias
comuns e o acesso à informação por meio de uma linguagem única, dentro das
fontes disponibilizadas pelas maiores bases de dados em saúde
(BIREME/OPAS/OMS, 2019). Após a leitura das definições encontradas, os
descritores citados anteriormente foram os que mais se identificaram com as
questões norteadoras.
Essa primeira aproximação com os documentos que serviram de alicerce para a
revisão é marcada pela amplitude e variedade da amostra, o que permite o retorno
aos questionamentos iniciais, reforça a não linearidade do processo de busca na
literatura e possibilita ao pesquisador um contato profundo com o tema escolhido.
Critérios de inclusão e exclusão devem ser definidos de forma assertiva, pois uma
demanda muito elevada de estudos pode gerar vieses em etapas seguintes e
inviabilidade de conclusão da revisão (BROME, 2006).
Com o tema definido e as questões norteadoras formuladas, inicia-se a investigação
nas bases de dados diversas para identificar quais tipos de estudo serão utilizados
na revisão. Por se tratar de um problema abrangente, no qual deseja-se trabalhar
diversas variáveis, a amostra será diversificada, o que requer maior critério na
análise do pesquisador. Nesse primeiro momento, foi realizada uma seleção ampla
na tentativa de entender como se comportam as publicações sobre o tema em
questão, havendo, assim, a confirmação da viabilidade do tema e questões
43
norteadoras.
Neste trabalho foram excluídas as publicações replicadas, os estudos de revisão e
as publicações que não estavam em consonância com a temática da pesquisa.
Foram incluídas as publicações que abordaram em seu conteúdo superfícies de
suporte/apoio, equipamentos e dispositivos externos, e curativos utilizados para
prevenção do surgimento de LPP. Tendo em consideração que o assunto a ser
estudado deve ser esgotado, não foi limitado um intervalo de tempo para as buscas,
nem um grupo de idiomas.
Mesmo quando claros e objetivos, os critérios estabelecidos podem ser repactuados
durante o processo de levantamento bibliográfico. Isso ratifica o fato de que a
revisão é um processo que possibilita liberdade criativa, mesmo sendo pautado em
uma estrutura conceitual bem alicerçada. Essa movimentação na busca dos
melhores critérios é crucial para todas as outras fases seguintes. A transparência é
outra característica essencial desse processo, uma vez que o pesquisador descreve
de forma clara e objetiva quais critérios foram usados e o motivo pelos quais foram
escolhidos, além de gerar mais confiabilidade ao estudo e credibilidade no uso do
mesmo por outros pesquisadores (URSI, 2005).
Na base de dados LILACS, acessada através da BVS, foram encontrados 41.434
documentos contendo o qualificador “Enfermagem”, “Nursing” ou “Enfermería”,
sendo que desses, 25.907 estavam disponíveis na íntegra. Para o descritor “Lesão
por pressão”, “Pressure injury” ou “Lesión por presión”, 411 arquivos foram
identificados, desses, 260 tinham com texto completo. Houve a ocorrência de 11.575
resultados para o descritor “Tecnologia biomédica”, “Biomedical Technology” ou
“Tecnonología Biomédica”, sendo que, desses, 6.962 possuíam texto completo. Já
para o descritor “Equipamentos e provisões”, “Equipment and supplies” ou “Equipos
y suministros”, o número foi de 859 arquivos, sendo 254 com texto completo.
Percebeu-se que a pesquisa individual trazia à tona uma gama de documentos
variados, o que não filtra o conteúdo, dificultando o alcance dos objetivos
específicos, pois ocorre a fuga do tema de interesse. Para tornar a busca
consonante com os objetivos, ferramentas foram aplicadas e utilizou-se o operador
boleano AND, associado ao parênteses. Para manter a busca totalmente
44
relacionada ao assunto LPP, foi realizada a combinação em dupla dos termos
definidos, mantendo fixo o descritor “lesão por pressão”.
Para a utilização das bases de dados LILACS e MEDLINE, foram realizadas
adaptações nas estratégias de busca para atender às características específicas,
proporcionando o acesso aos estudos. As combinações “Lesão por pressão” and
“Enfermagem”, “Lesão por pressão” and “Tecnologia biomédica”, “Lesão por
pressão” and “Equipamentos de provisões” foram usadas. Em seguida, foi realizada
a leitura dos títulos e resumos dos estudos encontrados, acatando-se os critérios de
inclusão e exclusão.
A busca combinada foi iniciada na base de dados LILACS, e a ferramenta
parênteses foi escolhida, pois a mesma, aplicada aos termos da pesquisa, alcançou
um maior número de documentos, quando comparado ao uso das aspas. A
combinação (tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(enfermagem)), com a estratégia de
busca (tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(enfermagem)) AND (instance:"regional")
AND ( db:("LILACS")), localizou 253 documentos, desses, 181 com texto completo.
(tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(Tecnologia biomédica)), com os detalhes
tw:((tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(tecnologia biomédica))) AND
(instance:"regional") AND ( db:("LILACS")), encontrou 6 documentos, todos com
texto completo. E o cruzamento (tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(equipamentos e
provisões)), tw:((tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(equipamentos e provisões))) AND
(instance:"regional") AND ( db:("LILACS")) apresentou 2 documentos, estando
apenas 1 texto completo.
Para a base de dados MEDLINE via PUBMED foi realizada a pesquisa utilizando os
descritores na língua inglesa. No geral, foram localizados 471 artigos para o
descritor “Pressure Injury”, 10.194 artigos para o descritor “Biomedical Technology”,
34.378 para o descritor “Equipment and supplies”, e 734.975 documentos para o
qualificador “Nursing”.
Ao combinar ("Pressure Injury") AND nursing: "Pressure Injury"[All Fields] AND
("nursing"[Subheading] OR "nursing"[All Fields] OR "nursing"[MeSH Terms] OR
"nursing"[All Fields] OR "breast feeding"[MeSH Terms] OR ("breast"[All Fields] AND
"feeding"[All Fields]) OR "breast feeding"[All Fields]) AND "loattrfull text"[sb], foram
45
disponibilizados 253 itens, desses, 240 estavam no filtro full text ou texto completo.
Já para ("Pressure Injury") AND Biomedical Technology, e estratégia "Pressure
Injury"[All Fields] AND ("biomedical technology"[MeSH Terms] OR ("biomedical"[All
Fields] AND "technology"[All Fields]) OR "biomedical technology"[All Fields]) AND
"loattrfull text"[sb], ao total, 10 textos foram encontrados, sendo todos
disponibilizados completamente.
A pesquisa ("pressure injury") AND (Equipment and supplies), com a estratégia
"pressure injury"[All Fields] AND ("equipment and supplies"[MeSH Terms] OR
("equipment"[All Fields] AND "supplies"[All Fields]) OR "equipment and supplies"[All
Fields]) AND "loattrfull text"[sb] localizou 75 documentos e 60 itens textos completos.
DESCRITORES
BASE DE DADOS
LILACS MEDLINE
ENCONTRADO ENCONTRADO
LESÃO POR PRESSÃO/PRESSURE INJURY 411 471
TECNOLOGIA BIOMÉDICA/ BIOMEDICAL TECHNOLOGY
11.575 10.194
EQUIPAMENTOS E PROVISÕES/ EQUIPAMENT AND SUPPLIES
859 34.378
QUADRO 1: Resultados da busca usando os descritores “lesão por pressão/pressure injury”, “tecnologia biomédica/biomedical technology”, “equipamentos e provisões/equipament and supplies” nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
QUALIFICADOR
BASE DE DADOS
LILACS MEDLINE
ENCONTRADO ENCONTRADO
ENFERMAGEM 41.434 734.975
QUADRO 2: Resultados da busca usando qualificador “enfermagem” nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
COMBINAÇÕES LILACS/MEDLINE
ENCONTRADO DISPONÍVEL SELECIONADO
LESÃO POR PRESSÃO AND ENFERMAGEM
253 181 3
46
LESÃO POR PRESSÃO AND TECNOLOGIA BIOMÉDICA
6 6 0
LESÃO POR PRESSÃO AND EQUIPAMENTOS E
PROVISÕES 2 1 0
LESÃO POR PRESSÃO AND ENFERMAGEM
253 240 4
LESÃO POR PRESSÃO AND TECNOLOGIA BIOMÉDICA
10 10 1
LESÃO POR PRESSÃO AND EQUIPAMENTOS E
PROVISÕES 75 60 14
Quadro 3: Resultados da combinação de descritores nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Para a seleção prévia dos estudos, realizou-se a leitura dos títulos, resumos e
palavras-chave de todas as publicações identificadas pelo instrumento de busca.
Posteriormente, averiguou-se a adequação aos critérios de inclusão do estudo. Para
os momentos em que a leitura do título, resumo e palavras-chave não foram
suficientes para definir sua preferência, efetivou-se a leitura do documento na
íntegra. Com os estudos pré-selecionados para a revisão integrativa, a construção
de um quadro auxilia na sintetização de informações importantes para a
categorização dos mesmos (BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011).
Foram escolhidos e analisados, conforme critérios de inclusão e exclusão pré-
estabelecidos nessa revisão, 22 estudos (APÊNDICE 3). Essa fase tem como
objetivo sumarizar e sedimentar as informações extraídas dos documentos
identificados nas etapas anteriores. A partir desse momento, a revisão integrativa
começa a se estruturar de forma visível para o pesquisador. Faz-se recomendado o
uso de instrumentos que permitam a análise individual de cada artigo, no tocante à
metodologia utilizada e aos resultados encontrados (SOUZA; SILVA; CARVALHO,
2010).
Um dos instrumentos mais difundidos para a extração de informação de artigos
selecionados em revisão integrativa é a matriz de síntese ou matriz de análise,
popularizada em 1999 por Garrad. Além de resguardar o pesquisador de possíveis
equívocos, ela se coloca como ferramenta valiosa para interpretação e organização
de materiais, e por não possuir um padrão a ser seguido, se adéqua à necessidade
47
e criatividade pessoal do pesquisador, pois o mesmo pode configurar a sua matriz
contemplando aspectos determinantes para o seu estudo (MOREIRA, 2014).
A matriz de síntese (APÊNDICE 4) contemplou, respeitando a disponibilidade das
informações, dados sobre os itens que seguem: o objetivo dos estudos; tipos; fontes
utilizadas; dispositivos mencionados; necessidade de intervenção complementar;
mecanismo de ação e características; composição de material, e; resultados e
discussões. Tais informações são importantes, pois posteriormente fundamentarão a
construção do protótipo.
A última etapa consiste em elaborar um documento que contemple todas as fases
percorridas e os resultados alcançados. A revisão integrativa deve permitir a
exposição de informações claras e de fácil entendimento que fomentem a avaliação
por parte dos leitores. Para Mendes, Silveira e Galvão (2008, p. 763), essa etapa é
“um trabalho de extrema importância, já que produz impacto devido ao acúmulo do
conhecimento existente sobre a temática pesquisada”.
Após a interpretação e síntese dos resultados, o pesquisador evidencia as lacunas
de conhecimento identificadas, sugere pautas para futuras pesquisas, explicita os
vieses encontrados, e explica suas conclusões e deduções (ROMAN;
FRIEDLANDER, 1998).
Diversos dispositivos foram apontados como úteis na prevenção de lesões por
pressão, dentre eles, os seguintes: superfícies de apoio; espuma viscoelástica;
colchões de micro pulso; colchões à base de gel; protetores de calcâneo; filmes
transparentes de poliuretano; curativos multicamada; sensores vestíveis; dispositivos
para mudança de decúbito; dispositivos fluidizados, e; roupas especiais. Entretanto,
a maior parte deles mostrou bons resultados quando associados aos cuidados
considerados padrão para a prevenção de LPP, a exemplo da mudança de decúbito,
cuidados diários com a hidratação da pele, manejo da umidade, uso de colchão de
ar estático e aporte nutricional.
Em relação ao tipo de estudo, os níveis de evidência científica foram agrupados de
acordo com o classificador “Oxford centre for evidence-based medicine”, e
48
apresentados conforme observado no APÊNDICE 5. Dos artigos selecionados, 50%
foram classificados como nível de evidência 2B, e aproximadamente 27,3% como
nível 1A, aproximadamente 13,7% são nível 3B, e 9,1% nível 4 de evidência. Os
produtos que demonstraram nível 1A de evidência atuaram no aumento da perfusão
sanguínea, na descompressão, no controle do cisalhamento, fricção e microclima,
cujas ações foram pontuais ou multifatoriais.
No tocante ao local de publicação ou desenvolvimento das pesquisa, das 22
produções encontradas, 50% ocorreram nos Estados Unidos, 9% no Reino Unido,
9% no Brasil, 9% na Austrália, 4,5% na Colômbia, 4,5% em Hong-Kong, 4,5% no
Canadá, 4,5% na Coréia do Sul, e 4,5% na Bélgica. A predominância de países
desenvolvidos, no fomento de pesquisas a respeito de tecnologias para prevenção
de LPP, pode ser justificada pelo maior investimento em tecnologia, pela
judicialização da saúde para os casos de LPP, assim como o interesse farmacêutico
em divulgar dados concretos sobre determinados produtos.
Entendendo-se que a formação de LPP é um processo multifatorial, é possível
observar que alguns dispositivos atuaram em um ou mais fatores, na tentativa de
prevenir o aparecimento de lesões. Nas referências que elucidaram os colchões de
redistribuição de pressão, o dispositivo fluidizado de posicionamento, o protetor de
calcâneo, o colchão Apex Pro-Care, o dispositivo de reposicionamento de pacientes,
o colchão de cobertura viscoelástica, as almofadas para calcanhar, o colchão de
sobreposição de ar estático e o colchão pediátrico, percebe-se, de forma
subentendida, a atuação na descompressão como principal ou único mecanismo de
ação. (JOHNSON; LAI; GEFEN; COYER, 2018; SINGH; SHOQIRAT, 2019;
PICKHAM et al, 2018; PARK; PARK, 2017; MEYERS, 2017; SHINGFIELD; CARR;
THOMSON, 2017; EDGER, 2017; SERRAES; BEECKMAN, 2016; KNOWLES et al,
2013; LAW, 2002).
A fim da melhor visualização dos dispositivos, levando em consideração o
mecanismo de ação relacionado aos fatores predisponentes de LPP, foi
confeccionado o quadro apresentado no APÊNDICE 6. Os curativos de multicamada
de silicone foram os únicos que mostraram atuar em todos os principais fatores
extrínsecos, relacionados à formação de hipóxia em locais de proeminência óssea,
49
fator crucial para a formação e LPP (BLANES; FERREIRA, 2014). Corroborando
com isso, um estudo realizado na Austrália, em 2018, mostrou evidência nível 1A
para prevenção do aparecimento de LPP, quando utilizada uma determinada marca
de curativos de multicamadas (SANTAMARIA et al, 2018).
Tendo em vista que os estudos não detalharam mecanismo de ação dos dispositivos
discutidos, houve dificuldade na identificação/entendimento dos mesmos, de forma
especial, os seguintes: o sensor vestível; o sistema não invasivo de monitoramento;
o dispositivo de posicionamento fluidizado, e; o protetor de calcanhar. Não foram
encontrados estudos relacionados à metodologia de projetos, ou abordagens sobre
a utilização de métodos inventivos para criação de um protótipo ou produto para
prevenção de lesões por pressão. Percebe-se, então, a necessidade de divulgação
de caminhos científicos que incentivem a criação e o desenvolvimento de
tecnologias.
50
3 METODOLOGIA
3.1 REFERENCIAL METODOLÓGICO
Trata-se de um estudo de metodologia de projetação para o desenvolvimento de um
projeto de produto, com abordagem fundamentada na Teoria na Solução Inventiva
de Problemas (TRIZ). Essa metodologia é apropriada para resolver problemas de
engenharia e gestão, e tem como fases a definição e formulação de um problema, a
sinalização de contradições, o levantamento de como o problema já foi solucionado
por outras pessoas ou a seleção de princípios de resolução, e, por último, o emprego
de soluções amplas ao problema específico (NAVAS, 2011).
3.1.1 A origem da TRIZ
No russo, a TRIZ é a sigla para Teorjza Rezhenija Izobretatel‟skich Zadach,
enquanto que para o português a tradução é Teoria para a Resolução de Problemas
do Inventor, ou Teoria para a Resolução de Problemas Inventivos. Já em inglês, é
denominada Theory of Inventive Problem Solving (TIPS) ou, ainda, Systematic
Innovation (KOWALICK, 1997).
O processo da inovação sistemática, conhecido como TRIZ, foi desenvolvido em
1946 pelo engenheiro mecânico, especialista em patentes da marinha soviética,
Genrich Saulovich Altshuller, nascido em 1926 (Altshuller, 2004). Capaz de
despertar a criatividade baseada em uma estrutura científica, a TRIZ soluciona de
forma assertiva problemas em todas as áreas no mundo. Trata-se de um conjunto de
ferramentas que, quando utilizadas corretamente, são capazes de resolver
problemas (DE CARVALHO; BACK, 2001).
Altshuller identificou a ausência de métodos e teorias específicos que objetivam a
solução de problemas. Diante disso, passou a pesquisar problemas inventivos e
como eles foram solucionados (MAZUR, 1996). Mais de dois milhões de patentes
foram analisadas por Altshuller, através de um estudo sistemático onde foram
cruzadas as características, princípios e padrões semelhantes entre essas soluções
(MANN, 2001). A TRIZ pode ser interpretada como, além de filosofia e teoria, uma
51
metodologia, pois refere-se a um conjunto de regras, procedimentos e postulados
utilizados em uma área de conhecimento (MALDONATO et al, 2004; FILHO;
RAUTENBERG, 2015; MANN, 2002).
3.2.2 Conceitos fundamentais
De acordo com Altshuller, para um problema ser inventivo, a sua solução ainda não
é conhecida e, por vezes, contém contradições. Problemas inventivos são aqueles
cuja solução leva a outros problemas, sendo assim, uma metodologia para resolução
de problemas deveria possuir as seguintes características: ser um método
sistemático; guiar o pesquisador inicialmente dentro das soluções conhecidas, até a
solução ideal; ser confiável, independente, poder ser repetido, ser independente de
estratégias psicológicas; incentivar o acesso e acréscimos à base de conhecimento
das soluções inventivas, e, por fim; ser íntimo aos inventores, percorrendo um
caminho natural de criação (MAZUR, 1996).
Nesse processo, Altshuller categorizou por níveis as soluções de problema: primeiro
nível (problemas rotineiros, resolvidos por métodos amplamente difundidos entre
especialistas); segundo nível (pequenas melhorias realizadas em sistema já
existente, por conhecimentos já aplicados dentro de uma empresa); terceiro nível
(melhorias essenciais realizadas em uma solução já existente, utilizando métodos
conhecidos fora da empresa, em parâmetro industrial); quarto nível (um novo
conceito é desenvolvido por uma nova geração, sobre uma solução encontrada na
ciência); quinto nível (invenção rara, pioneira, ou descoberta, que utiliza como base
tudo que seja cognoscível). Dessa forma, quanto maior o nível de uma solução, mais
amplo é o conhecimento exigido para gerá-la (MAZUR, 1996).
São alguns princípios básicos da inovação sistemática ou TRIZ (MANN, 2001):
- Os problemas são os mesmos em diversas instâncias, mas, para resolvê-los, é
necessário analisar suas próprias experiências e a das pessoas ao seu redor;
- As soluções significativas eliminam qualquer viés que o desenvolvimento de uma
ideia possa ter, e possibilitam o uso máximo de recursos. Há um pequeno número
de estratégias para eliminar esses vieses.
52
- O caminho da evolução tecnológica é previsível.
O estudo “Recent Trends in Problem Solving through TRIZ: A Review”, publicado em
janeiro de 2018 no “International Journal of Innovative Research In Science,
Engineering and Technology”, trouxe uma visão geral da literatura sobre a TRIZ,
com o objetivo de beneficiar a produção das indústrias da Índia. No contexto
explanado, o uso da TRIZ como metodologia é viável, pois:
- Possui Caráter didático: mesmo com pouco conhecimento sobre a metodologia, é
possível gerar soluções criativas;
- Não é engessada. Pode ser aplicada nos vários níveis da criação e enfatiza o
conceito idealista, o que amplifica a criatividade individual;
- Fornece um kit de ferramentas, em que o uso de uma ferramenta, ou mais, pode
ser escolhido para o desenvolvimento de tarefas, de acordo com a necessidade do
design;
- O seu uso ainda é um campo a ser difundido e testado;
- É uma das mais abrangentes metodologias sistemáticas para inovação e
criatividade. Pode ser aplicado em problemas do mundo real;
- Pesquisadores tendem a fazer uso dos princípios da TRIZ de forma não
intencional, o que demonstra total aplicabilidade.
Para Helena V. G. Navas, professora da Universidade de Nova Lisboa, membro da
Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia Mecânica e
Industrial (UNIDEMI) e especialista em Inovação Sistemática e TRIZ, a indigência
das pessoas em resolver problemas é uma constante, e, nas ciências, existem
ferramentas e técnicas adequadas para resolver dificuldades geralistas e
específicas. Ela ressalta que a inteligência (pontuações altas nos testes de
quociente de inteligência), em alguns momentos, é confundida com a “capacidade
53
de resolver problemas”, e deixa claro que a resolução de problemas consiste em
aplicar metodologias estruturadas, aprendidas em situações inéditas (NAVAS, 2014).
A utilização da metodologia TRIZ perpassa um processo basal que começa na
existência de um problema específico, sendo possível identificar quem tem esse
problema, transcorrendo por um problema de forma genérica e, posteriormente, por
soluções já existentes para esse mesmo problema genérico, e, a partir dessa
estrutura genérica, para uma solução específica. Faz-se necessário conhecer o
problema específico, ampliá-lo de modo que seja global e realizar pesquisa sobre
todas as boas soluções disponíveis para aquele problema. A partir de todas essas
observações, torna-se possível uma invenção assertiva, consequência de um mapa
de problemas e soluções específicas (MAZUR, 1995; DATHE, 2015; NAVAS, 2013).
Figura 1: O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Altshuller, 1999 (Adaptado por Pires, 2014).
Além desse processo básico, existem cinco conceitos fundamentais que auxiliam
para a chegada a uma solução bem-sucedida (MANN, 2001; CARVALHO, 2017;
PIMENTEL, 2016; PICKAR, 2017; SAVRANSKY, 2000), a saber:
a) Idealidade: razão entre benefícios e pontos negativos de uma inovação, levando-
se em consideração o objetivo da constante redução destes últimos, pois entende-se
que, com o decorrer do tempo, os sistemas evoluem, aumentando-se as funções
úteis e esvaindo-se as funções inúteis;
b) Contradições: ferramenta que visa identificar e eliminar as incoerências e/ou
conflitos nos sistemas existentes, e consiste em procurar esses vieses e excluí-los.
Altshuller concluiu que as diversas versões criadas de um determinado sistema têm
suas partes técnicas desenvolvidas de forma não uniforme. As contradições surgem
quando, na tentativa de aprimorar um parâmetro, um outro é piorado;
c) Funcionalidade: três aspectos são peculiares. O primeiro é o de que um sistema
possui uma função de utilidade principal, e qualquer componente que impeça, ou
54
não contribua para o desenvolvimento dessa função, é prejudicial. O segundo é que
tanto as relações positivas quanto as negativas devem ser mapeadas com ênfase. O
terceiro é que as ideias para as soluções são variáveis, mas as funções
permanecem as mesmas e podem ser palpáveis e abstratas;
d) Recursos: são elementos, dentro ou em torno do sistema, que podem contribuir
para a solução de um problema. Os sistemas técnico e ideal devem ser próximos no
que se refere ao uso dos recursos. O objetivo torna-se usá-los na sua capacidade
máxima;
e) Perspectiva espaço, tempo e interface, ou sistemática: a forma de se olhar uma
situação problema estará intimamente ligada à determinação das suas soluções.
Todos esses fundamentos, quando respeitados, colaboram para o encontro de
soluções tangíveis.
3.2.3 As ferramentas mais usadas
3.2.3.1 Ferramentas da TRIZ para análise de contexto e formulação de problemas
Dentre as ferramentas que possibilitam a criação de soluções apresentadas por
Genrich Altshuller estão o Resultado Final Ideal (RFI), os diagramas funcionais, a
planilha de recursos e o operador de sistema (CARVALHO, 2017).
A estratégia do RFI incide em imaginar o resultado ideal e ponderar se ele é
tangível, e isso permite ao inventor recuar para uma formulação menos ideal, mas
melhor que a solução disponível. Os diagramas funcionais laboram como
expressões gráficas no formato de causa e efeito das interações entre os
componentes: constrói-se o diagrama, formulam-se as declarações de problemas e
seleciona-se a declaração central. A ferramenta planilha de recursos auxilia na
identificação dos recursos presentes dentro e em torno do sistema. Por último, o
operador de sistema permite tabelar de forma sistemática a visão do problema no
passado, presente e futuro, possibilitando a amplificação do problema original
(CARVALHO, 2017).
55
3.2.3.2. Ferramentas da TRIZ para ativação da imaginação
A permanência do pesquisador em padrões de imaginação já pré-estabelecidos,
potencializada pela dificuldade de transcender a eles, é denominada por Altshuller
“inércia psicológica”. As ferramentas destinadas a convidar o inventor a sair daquilo
que lhe é padrão por herança cognitiva podem ser classificadas como ferramentas
ativadoras da imaginação (CORDEIRO, 2016).
Tamanho-tempo-custo e fantograma operador são as duas ferramentas mais
conhecidas. A primeira dispõe-se a devanear como seria o contexto se o tamanho,
tempo e custo do sistema fossem extremamente pequenos ou grandes, enquanto a
segunda consiste em listar todas as características mutáveis de um objeto,
detalhando qual seria a mudança plausível para cada característica (CARVALHO
2017).
3.2.3.3. Ferramentas da TRIZ para a ideação
Outras ferramentas podem ser qualificadas como específicas para a materialização,
ferramentas estas que darão clareza à solução inventada ou transformada (MAZUR,
1995). Para esse trabalho, foram consideradas a ferramenta do método dos
princípios inventivos (MPI) e a tendência das evoluções (TEs).
A heurística dos princípios inventivos, defendida por Altshuller, é de que as soluções
que usaram os princípios inventivos no passado e resolveram problemas podem ser
utilizadas com sucesso no futuro, quando aplicadas em problemas semelhantes. Os
princípios inventivos podem ser empregados livremente, e são uma ferramenta
universal, popular e simples. Ao todo, há 40 princípios inventivos (ANEXO 1) e 39
parâmetros de engenharia (ANEXO 2) (PICKAR, 2017; ALTSHULLER, 2002).
Na ferramenta de tendência das evoluções (TEs), Altshuller pressupôs que os
sistemas técnicos evoluem, conforme apresentado no ANEXO 3, e, nesse sentido,
as inovações surgem e progridem, independente da evolução humana. De acordo
com a TRIZ, a curva S e as leis da evolução dos sistemas técnicos podem ser
utilizados como um padrão para nortear a análise da evolução das tecnologias.
Existem três fases onde um sistema pode estar: na infância, onde há oportunidade
56
de desenvolvê-lo; na fase de crescimento rápido, onde surge a dúvida se deve-se
investir no mesmo sistema ou em um novo, e, por fim; o sistema encontra-se maduro
ou em declínio, e, nesse caso, não resta alternativa senão se dedicar a um novo
sistema (PIRES, 2016).
Todas as ferramentas mencionadas nos tópicos anteriores foram empregadas para
resolver problemas ou inventar produtos, tanto na engenharia como em outros
campos técnicos e não técnicos, mas os 40 princípios inventivos é a ferramenta mais
utilizada. Segundo Altshuler, utilizando os princípios inventivos, é possível chegar a
uma inovação (MAZUR, 1995).
De caráter democrático, segundo MANN (2001), a inovação sistemática pode ser
aplicada sem a utilização de todas as suas ferramentas, entretanto, a invenção
tende a ser mais holística quando são integrados todos os conceitos disponíveis. O
método TRIZ é direcionado para uma solução inventiva, e pode ser utilizado por
diversas áreas de conhecimento, entretanto, nas áreas de design para dispositivos
médicos, seu uso ainda é raro (DATHE, 2015). Para executar a metodologia desta
dissertação, foram considerados os conceitos básicos da TRIZ.
4 RESULTADOS
4.1 Utilizando a TRIZ para a criação de protótipo para prevenir o aparecimento de
lesão por pressão.
São diversos os dispositivos relacionados à prevenção de LPP. Após a busca na
literatura para conhecer as soluções pré-existentes encontradas, identificou-se que
algumas superfícies são destinadas à descompressão do corpo inteiro do paciente,
como colchões, e outras possuem ação segmentada, como almofadas e botas. O
desafio agora consiste em desenvolver um projeto de protótipo utilizando algumas
ferramentas da TRIZ, para isso, alguns julgamentos foram definidos:
57
PROBLEMA
Aparecimento de LPP em pessoas com mobilidade restrita.
OBJETIVO
Desenvolver um projeto de protótipo para a prevenção do aparecimento de LPP de baixo custo.
O QUE AS PESSOAS MAIS BUSCAM EM UM DISPOSITIVO COMO ESSE?
Hipótese: mecanismo de ação intervindo na fricção, cisalhamento, microclima e pressão simultaneamente com pouca intervenção humana.
PREMISSAS
Superfícies de suporte encontradas na literatura para prevenção de LPP usam a descompressão e ou redistribuição da pressão como mecanismo de ação;
Poucos dispositivos atuam intervindo na fricção, cisalhamento, microclima e pressão simultaneamente;
Os dispositivos disponíveis para prevenção e LPP possuem um alto custo.
SISTEMAS
Pressão capilar maior que a normal que leva a formação de LPP; Dispositivo para prevenção de LPP.
AO REDOR DO SISTEMA
Tudo o que atua sinergicamente com o sistema podendo ser:
Quaisquer recurso que possa atuar positivamente para a prevenção de LPP; Quaisquer recurso que possa compor o dispositivo ou auxiliar a sua ação; Qualquer restrição podendo ser características fundamentais ou de recursos.
Quadro 4: Julgamentos pré-estabelecidos para a aplicação das ferramentas da TRIZ. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Esta pesquisa teve como fundamentação complementar o método indutivo, pois tal
metodologia permite que o pesquisador faça os desdobramentos mentais
pertencentes à criatividade, utilizando dados particulares, alcançando conclusões
amplas (MARCONI; LAKATOS, 2003). Tendo em vista que o conhecimento científico
é construído inicialmente pela observação, tal abordagem comunga com o objetivo
central de desenvolver um projeto de protótipo, pois permite a geração de
conclusões futuras, além de ser um raciocínio comum em ciências experimentais
(CHALMERS, 1993).
- Identificando os recursos:
Segundo Carvalho (2017), a ferramenta de planilha de recursos orienta a
identificação de recursos disponíveis dentro sistema em questão, ou os com
potencial de uso que estão localizados em seu entorno.
58
Tipo de Recurso Aspectos a Observar
Substância Resíduos de ar, aditivos, matéria-prima, subprodutos, elementos do sistema, elementos próximos ao sistema, substâncias abundantes, substância barata, fluxo de substância, substâncias modificadas.
Energia Energia do sistema ou do ambiente, energia gravitacional, energia magnética, transformações das energias disponíveis, energia dissipada.
Espaço Espaços vazios, porosidades, dimensões não utilizadas, arranjos físicos não utilizados.
Campo Campos prontamente disponíveis, transformação de campo, intensificação de campo.
Tempo Tempo preliminar de operações, tempo de operação não dependente, pausas, tempo posterior a operações.
Informação Propriedades inerentes, informação em movimento ou transiente, informações sobre mudanças de estado.
Função Funções atualmente não realizadas, transformação de funções indesejáveis, utilização de efeitos suplementares.
Quadro 5: Identificação de recursos. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: (De Carvalho, 2017).
Considerando que dentro do sistema não existem recursos a serem utilizados, há,
então, a necessidade de utilizar recursos em torno do sistema para o
desenvolvimento de um dispositivo.
RECURSOS IDENTIFICADOS NO ENTORNO DO SISTEMA
Substância barata: colchão piramidal? Possibilidade de recorte com espaços vazios? Funções atualmente não utilizadas: prevenção de LPP e reflexologias aliadas? Tempo de vibração para obter resultado terapêutico? Troca de colchão sem prejudicar a parte elétrica? Equipe de saúde? Familiares?
Quadro 6. Recursos identificados no entorno do sistema. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
- Ferramenta operador de sistemas
É necessário pensar, hipoteticamente, em como a evolução dos produtos destinados
à prevenção de LPP se deu, entender, de forma geral, como eles eram no passado,
como são e como estarão. O APÊNDICE 7 explana, de forma genérica, o operador
59
de sistema para lesão por pressão. A transição do uso do colchão piramidal para uso
dos colchões de ar e, posteriormente, para o uso dos colchões infláveis de pressão
alternada (podendo ser classificada como nível 8 de evolução) é um exemplo de
como a necessidade da diminuição do envolvimento humano e aumento da
automação são importantes no desenvolvimento de dispositivos para prevenção
lesões por pressão (APÊNDICE 8).
Hipoteticamente, pode se considerar que no passado não existiam tantas inovações
na tentativa de prevenir lesões por pressão. Posteriormente, a mudança de decúbito
por intervenção humana foi amplamente utilizada, até difundir-se o uso de
superfícies de suporte.
HIPÓTESE DE IDEALIDADE
Benefícios de um dispositivo para prevenção de LPP
Proporcionar transpiração da pele
Prevenir o aparecimento de LPP
Favorecer a circulação sanguínea
Promover conforto, diminuindo a dor
Malefícios de um dispositivo para prevenção de LPP
Gerar sensação térmica elevada, aumentando a transpiração
Gerar queda plantar
Quadro 7: Hipóteses de Idealidade. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, batista e Xavier (2019).
Após a revisão integrava e de literatura, pode-se considerar que a construção dos
dispositivos de LPP estão em crescimento, ainda havendo espaço para o
desenvolvimento de sistemas variados, incluindo a melhoria dos já existentes,
principalmente os de baixo custo e com pouca intervenção humana (FERNANDES,
2017). Apesar da curva S ser um padrão, pode haver dificuldade na correlação entre
as informações reais e o verdadeiro ponto da curva (ALTSHULLER, 1979).
60
Figura 2: Curva S. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 201 Fonte: Altshuller (1999). Adaptado para lesão por pressão.
Nesse trabalho, optou-se por projetar um sistema que auxilie na prevenção de LPP
em calcâneo, pois trata-se de uma área pequena (uma área maior de intervenção
pode ser abordada em próximos estudos). A seguir, o fluxograma do processo
básico para resolução de problemas aplicado a prevenção de LPP.
61
Figura 3: O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ aplicado á lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Assim como a identificação de recursos ajuda a impulsionar a criatividade do
pesquisador, fazendo-o enxergar todas a possibilidades existentes, a análise das
restrições torna-se uma ferramenta crucial, pois, a partir desse momento, o
pesquisador começa a entender o contexto real no qual está inserido, onde há a
necessidade de priorização de intervenção, atrelando isso à factibilidade. A
identificação dos recursos é um processo fundamental, pois, a partir dele, é possível
identificar soluções tangíveis de acordo com os objetivos e realidade do pesquisador
(DE CARVALHO; BACK, 2001).
LOCAL RESTRIÇÕES
Ao redor do sistema Disponibilidade de materiais, conhecimento sobre materiais, estudos validados sobre o mecanismo de ação de materiais, custo, preço.
Sistema O dinamismo da pele (influência na pressão capilar normal de fatores como fricção, cisalhamento, umidade).
Subsistema Energia para funcionamento, nível de autonomia.
Quadro 8. Restrições identificadas na confecção de um dispositivos para prevenir lesões por pressão. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
- Usando a ferramenta do resultado final ideal:
O objetivo dessa ferramenta é fazer o pesquisador aumentar a sua idealidade, para
que se evite resolver problemas, tendo como referência soluções já utilizadas. Mann
(2002) suscitou algumas questões a serem utilizadas como estratégia na aplicação
dessa ferramenta, e as mesmas foram adaptadas para a o objetivo de pesquisa
(APÊNDICE 9). Após a aplicação a ferramenta, tem-se o quadro a seguir:
RESULTADO FINAL IDEAL (DISPOSITIVO PARA LPP)
62
LEVE FÁCIL LIMPEZA DURÁVEL REUTILIZÁVEL FÁCIL UTILIZAÇÃO BAIXO CUSTO BAIXA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO HIPOALERGÊNICO INDEPENDENTE DE ENERGIA ELÉTRICA QUANDO POSSÍVEL DE FÁCIL MANIPULÁÇÃO PELO PRÓPRIO PACIENTE
DEIXANDO-O INDEPENDENTE
Quadro 9. Resultado final ideal para dispositivo para prevenção de lesão por pressão. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Uma forma simples de utilização dos princípios inventivos consiste em analisar todos
os princípios e fazer uma correlação ao sistema técnico desejado. O uso dos
princípios norteia uma direção para solucionar os problemas (ALTSHULLER, 1998).
O quadro a seguir mostra os princípios analisados.
PRINCÍPIOS ANALISADOS
1. Segmentação 13. Inversão
14. Qualidade localizada 18. Vibração
15. Universalização 19. Ação periódica
16. Alinhamento 30. Uso de filmes finos e membranas flexíveis
Quadro 10. Princípios inventivos associados ás características de um dispositivo para prevenção de lesão por pressão. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Além dos princípios inventivos, Altshuller (1998) listou e sistematizou os 39
parâmetros da engenharia, já mencionados anteriormente. A integração entre os
parâmetros da engenharia e os princípios inventivos resulta na matriz de
contradições. A figura a seguir mostra o processo de análise de sistema técnico.
Trata-se de uma versão modificada:
63
Figura 4: Fluxograma para uso dos conceitos fundamentais da TRIZ e do matriz dos princípios inventivos. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: De Carvalho (2017)
A análise do sistema técnico consiste em 7 passos (DE CARVALHO; BACK, 2001).
Após a análise dos princípios inventivos, optou-se por utilizar os princípios inventivos
de forma direta, e obteve-se como resultado o quadro apresentado no APÊNDICE
10.
A seguir, são descritos os componentes principais e características relacionadas às
propriedades terapêuticas do dispositivo, com as respectivas justificativas para sua
utilização:
- Dimensões
Considerando a última pesquisa sobre Antropometria e estado nutricional de
crianças, adolescentes e adultos no Brasil, realizada no período de 2008 a 2009 e
publicada em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
média da altura de adultos de 20 anos ou mais foi de 174cm para homens e 164cm
para mulheres. Através desse dado, é possível encontrar uma altura estimada de
perna de 40cm (SILVA, 2017). Considerando que o D-prelp deve ter valores
estimados e passíveis de uso para qualquer pessoa adulta, independente do sexo, a
medida da altura escolhida foi de 40 cm.
Em pesquisa realizada por Thomas A. Case, durante os meses de fevereiro e março
de 2012, com 26.339 participantes, dentre as 23.405 pessoas que responderam à
questão relacionada ao tamanho do pé, mais de 50% respondeu ter os pés dos
tamanhos do número 35 ao 42. Vale ressaltar que aproximadamente 88,84% das
pessoas que responderam ao questionário possuíam idade superior a 20 anos
(CASE, 2012). Corroborando com essa pesquisa, para atender à característica da
altura podal, a medida escolhida para a altura da superfície de espuma do apoio do
pé foi de 28 cm.
- Superfícies de apoio
64
Superfícies de apoio podem ser compostas por diferentes tipos de espuma. O D-
PRELP será composto por espuma piramidal e espuma de alta especificidade macia
(DOMANSKY, 2014).
Para dar sustentação à perna, foi selecionado o colchonete de espuma piramidal,
popularmente conhecido como “caixa de ovo”, densidade 28, com 8cm de altura. Tal
escolha foi pautada em suas vantagens, tais como ausência de risco de danificação
por materiais perfuro-cortantes, não necessidade de energia elétrica para
redistribuição da pressão, leveza, não necessidade de manutenção e,
principalmente, baixo custo de aquisição (KREUTZ, 1996; THOMPSON et al, 2008).
Já prevendo a sua duração de vida útil, o dispositivo contará com a segmentação,
característica que possibilitará a troca da espuma assim que for notado pelo usuário
o seu desgaste, sendo facilmente encaixada uma nova plataforma de espuma sem
risco de danificar seus componentes eletrônicos.
Até 2016, não existiam estudos que evidenciem a sobreposição de eficácia entre os
colchões de espuma de alta especificidade, entretanto, sabe-se que os mesmos
parecem ser mais eficazes na prevenção de LPP do que as espumas utilizadas na
confecção de colchões hospitalares padrão (EPUAP; NPUAP, 2016; STRAZZIERI,
2010).
Em 2018, o artigo “Influência das superfícies de apoio na distribuição da pressão de
interface corporal durante o posicionamento cirúrgico”, publicado na revista Latino
Americana de Enfermagem, avaliou, através de um estudo quase experimental, a
pressão de interface em superfícies de apoio em proeminências ósseas (regiões
occipital, subescapular, sacral e calcânea). O resultado sinalizou que a espuma
macia de densidade 18 e a espuma selada de densidade 33 tiveram uma média de
pressão de interface menor que a do polímero viscoelástico e outras superfícies
testadas (OLIVEIRA et al, 2018). Apoiado nesse estudo, para a superfície de apoio
do calcâneo e do pé, foi escolhida a espuma macia de densidade 18. Faixas
elásticas com ajuste firme de sustentação serão utilizadas para evitar queda plantar.
A fricção, cisalhamento e rotação da perna serão evitados acoplando-se à superfície
externa da espuma mista um suporte retrátil rígido para estabilizar a perna e o pé,
além de melhor acomodação, de acordo com a circunferência da perna. Todo
65
sistema será coberto por uma capa protetora com zíper, a fim de possibilitar a troca
da espuma quando necessário.
- Vibroterapia
A vibração de baixa frequência pode ser usada como recurso terapêutico, pois
proporciona o aumento da circulação, o estímulo dos nervos, músculos e órgãos, e
alívio da dor (BRAUN; SIMONSON, 2007). Além do exposto, massagens além de
prevenir doenças ou curá-las, têm papel protagonista na manutenção do bem-estar
(VOORMAN; DANDEKAR, 2004). O D-PRELP conta com motores de vibração de
baixo custo dispostos estrategicamente, a fim de promover os efeitos benéficos da
vibração.
Segundo Fernando e Fernandes (1978)
A Norma Internacional define e dá valores numéricos a limites de exposição a vibrações transmitidas ao corpo humano, por superfícies sólidas, na amplitude de frequência de 1 a 80 Hz. Pode ser aplicada, dentro da amplitude de frequência especificada para vibrações periódicas e não periódicas ou esporádicas com um 24 espectro difuso de frequência. Eventualmente, pode também ser aplicada à excitação de impacto, desde que a energia em questão esteja contida na banda entre 1 e 80Hz (FERNANDO, FERNANDES, 1978).
Um dos motores será posicionado no pé, pois, dentre as terapias alternativas, a
reflexologia, além de permitir o alívio de dores difusas e insônia, proporciona bem-
estar, relaxamento, alívio da ansiedade (SARAIVA et al. 2015).
- Proteção
O dispositivo foi protegido no seu interior com tecido de algodão impermeabilizado,
para manter o conforto ao toque, e tecido à base de nylon na parte externa, para
possibilitar a higienização. Os cabos serão revestidos com borracha neoprene, por
sua baixa capacidade inflamável.
Segue esquema em alto nível do dispositivo e seus componentes básicos:
Figura 5: Esquema em alto nível preliminar do dispositivo D-PRELP. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019)
66
5 PRODUTOS
Esse trabalho oruginou as produções a seguir:
- Produção bibliográfica (artigo): Tecnologias em enfermagem: uma reflexão sobre a
metodologia de uma teoria para resolução de problemas;
- Produção técnica (produto): protótipo do dispositivo D-prelp.
5.1 PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Artigo submetido à Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN).
TECNOLOGIAS EM ENFERMAGEM: UMA REFLEXÃO SOBRE A METODOLOGIA
DE UMA TEORIA PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
RESUMO
Objetivo: Refletir sobre a possibilidade do uso de uma teoria específica para
o desenvolvimento de tecnologias em enfermagem. Método: Trata-se de reflexão
67
fundamentada nos princípios da Teoria da Solução Inventiva de Problemas como
metodologia a ser utilizada pela enfermagem. Resultados: A resolução de problemas
com o uso de tecnologias é uma realidade ainda pouco explorada pela enfermagem.
Utilizamos tecnologias, inclusive tecnologias duras, mas não nos apropriamos do
seu desenvolvimento. Dessa forma, a exploração de metodologias inventivas pela
enfermagem, pode expandir seu escopo de atividades, permitindo a construção de
pontes entre os problemas e possíveis soluções. Considerações finais: A Teoria da
Solução Inventiva de Problemas pode ser adaptada para a o uso na área da saúde,
sendo uma possibilidade na área de enfermagem. É válido que os enfermeiros se
apropriem e, comecem a fazer uso de métodos inventivos, para promover e
consolidar tecnologias em saúde, e consequentemente aprimorar qualidade do
trabalho em saúde.
Descritores: Enfermagem; Inovação; Tecnologia; Metodologia; Engenharia
INTRODUCÃO
Na enfermagem, a palavra tecnologia denota concepção de “produto” quando
relacionada a artefatos e informatização, e de “processo” quando associada a
recursos de ensino e aprendizagem de recursos humanos. No tocante ao
desenvolvimento de novas tecnologias, a enfermagem vem ganhando visibilidade na
implementação e/ou no desenvolvimento dessas, trazendo benefícios tanto para o
crescimento da profissão quanto para a relação profissional cliente. Como em uma
metamorfose continua, a enfermagem segue se adaptando às tecnologias duras,
tentando não se distanciar do seu interesse primordial, que é o cuidado holístico ao
ser humano, utilizando sinergicamente todas as tecnologias para atender de forma
integral o paciente(1).
No âmbito do cuidado em saúde, as tecnologias leves, leves-dura e duras
surgem como aparato essencial para promoção de tais tecnologias, sendo
ferramentas que dinamizam a assistência, produzindo resultados consistentes e
duradouros. A enfermagem, então, pode e deve usar as tecnologias em todos os
níveis da assistência, para públicos diversificados, causando impactos positivos. Em
concomitante, faz-se importante a busca por inovações capazes de mudar o
cotidiano, melhorar a qualidade de vida e trazer maior realização aos profissionais,
68
ao mesmo tempo em que interferem na vida dos pacientes alcançados por esse
processo de transformação (2).
Nesse contexto, nota-se que, a produção de tecnologias pela enfermagem
ainda é um campo a ser desvendado, principalmente no que se refere a produção de
tecnologias duras. A discussão se torna ainda mais complexa quando se trata do
uso de metodologias e teorias que auxiliem no desenvolvimento de inovações. Em
pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados contidas na Biblioteca Vitual
em Saúde (BVS) em novembro de 2019, não foram encontradas publicações
relacionadas com a temática da utilização de metodologias específicas para a
ideação ou construção de artefatos, por profissionais da enfermagem.
Desta forma, esta reflexão justifica-se, pela lacuna do conhecimento
existente, no que tange a utilização de metodologias inventivas pela enfermagem, e
nesse sentido, a Teoria da Solução Inventiva de Problemas (TRIZ) emerge como
uma ferramenta aplicável e geradora de novas perspectivas.
Assim, este artigo tem a proposta de refletir sobre a possibilidade do uso de
APONTAMENTOS SOBRE A TEORIA DA SOLUÇÃO INVENTIVA DE PROBLEMAS
O processo da inovação sistemática, conhecido como TRIZ, foi
desenvolvido em 1940 pelo engenheiro mecânico, especialista em patentes da
marinha soviética, Genrich Saulovich Altshuller, nascido em 1926. Altshuller estudou
mais de 40 mil documentos de patentes e criou uma metodologia capaz de despertar
a criatividade baseada em uma estrutura científica, a TRIZ soluciona de forma
assertiva problemas em todas as áreas no mundo. Trata-se de um conjunto de
ferramentas que, quando utilizadas corretamente, são capazes de resolver
problemas (3).
Altshuller identificou a ausência de métodos e teorias específicos que
objetivam a solução de problemas. Diante disso, passou a pesquisar problemas
inventivos e como eles foram solucionados. Mais de dois milhões de patentes foram
analisadas por Altshuller, através de um estudo sistemático onde foram cruzadas as
características, princípios e padrões semelhantes entre essas soluções. A TRIZ
pode ser interpretada como, além de filosofia e teoria, uma metodologia, pois refere-
se a um conjunto de regras, procedimentos e postulados utilizados em uma área de
conhecimento (4).
Sendo apropriada para resolver problemas em quaisquer campos da
69
ciência, tem como fases: a definição e formulação de um problema, a sinalização de
contradições, o levantamento de como o problema já foi solucionado por outras
pessoas ou a seleção de princípios de resolução, e, por último, o emprego de
soluções amplas ao problema específico(5).
Além desse processo básico descrito no parágrafo anterior como fases,
existem cinco conceitos fundamentos que auxiliam para a chegada a uma solução
bem-sucedida segundo a TRIZ, a saber(5):
- Idealidade: razão entre benefícios e pontos negativos de uma inovação, levando-se
em consideração o objetivo da constante redução destes últimos, pois entende-se
que, com o decorrer do tempo, os sistemas evoluem, aumentando-se as funções
úteis e esvaindo-se as funções inúteis;
- Contradições: ferramenta que visa identificar e eliminar as incoerências e/ou
conflitos nos sistemas existentes, e consiste em procurar esses vieses e excluí-los.
Altshuller concluiu que as diversas versões criadas de um determinado sistema têm
suas partes técnicas desenvolvidas de forma não uniforme. As contradições surgem
quando, na tentativa de aprimorar um parâmetro, um outro é piorado;
- Funcionalidade: três aspectos são peculiares. O primeiro é o de que, um sistema
possui uma função de utilidade principal, e qualquer componente que impeça, ou
não contribua para o desenvolvimento dessa função, é prejudicial. O segundo é que,
tanto as relações positivas quanto as negativas devem ser mapeadas com ênfase. O
terceiro é que, as ideias para as soluções são variáveis, mas as funções
permanecem as mesmas e podem ser palpáveis e abstratas;
- Recursos: são elementos, dentro ou em torno do sistema, que podem contribuir
para a solução de um problema. Os sistemas técnico e ideal devem ser próximos no
que se refere ao uso dos recursos. O objetivo torna-se usá-los na sua capacidade
máxima;
- Perspectiva espaço, tempo e interface, ou sistemática: a forma de se olhar uma
situação problema estará intimamente ligada à determinação das suas soluções.
Todos esses fundamentos, quando respeitados, colaboram para o encontro de
soluções tangíveis.
A teoria fornece também, ferramentas que se utilizadas de acordo com as
necessidades do inventor, pode trazer soluções viáveis. São algumas ferramentas
de ideação: tendências da evolução (TES), método dos princípios inventivos (MPI),
heurísticas para transformação de sistemas, método da separação, método das
70
pequeninas pessoa espertas, método das partículas ou método dos agentes, análise
substância campo, ARIZ, hibridização, e método SIT. Dentre essas ferramentas, a
dos princípios inventivos e a de tendências de evoluções de sistema são
amplamente utilizadas.
Nessa breve apresentação, evidencia-se que mergulhar em campos de
aprendizagem desconhecidos, pode ser de cunho extremamente ambicioso,
principalmente, quando pensamos que a enfermagem, dentro da sua própria
coletividade, enfrenta dilemas relacionados ao meio social, científico, econômico e
político no qual está inserida.
Entretanto, as dúvidas e incertezas geradas pelo “novo”, podem sucumbir ao
desejo de transformar e se empoderar, inerente àqueles que dentro da enfermagem
vivenciam uma ciência dinâmica. Ciência essa, na qual, o seu trabalho em ato,
compõe o cuidado em saúde, perpassando por diversas formas de fazer e sentir,
gerando naturalmente a possibilidade de contato com outras áreas de conhecimento
e consequentemente de novas perspectivas para contribuições práticas.
A ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE
A tecnologia é a ciência do modo de fazer, diz respeito a processos de
métodos que se arranjam em um domínio específico, são arcabouços teórico ou
analítico das técnicas, métodos, leis, esferas ou campos da ação humana. A
depender de como seja empregada, pode ser sinônimo de conhecimento, técnica e
ciência. As tecnologias em saúde estão em constante evolução, permeando todo o
processo em saúde e, sendo assim, o enfermeiro participa de diversos processos a
ela relacionados (6).
Nessa participação, à medida que vivencia o seu fazer, a enfermagem
poderia então, usar ferramentas de ideação, para concretizar soluções que resolvam
problemas cotidianos? Se sim, parece perceptível a necessidade de lançar mão de
teorias, metodologias, ferramentas ou estratégias que caminhem para esse objetivo
de forma válida e alicerçada.
Nesse sentido, inicialmente, a discussão sobre o uso de tecnologias na
enfermagem, se faz necessária, devido as mudanças no processo do cuidar, que
solicitam do enfermeiro tomada de decisão e conhecimento, para a escolha do de
artefatos e instrumentos adequados á assistência dos seus pacientes(1). Não
obstante, em seguida não se pode esquecer que além de usar as tecnologias, a
71
enfermagem também pode impulsiona-las através da criação de inovações.
Entretanto, infelizmente, no que se refere a produção tecnológica, segundo
Santos (2015), a produção de patentes pela enfermagem no Brasil ainda é pequena,
o que evidencia um distanciamento entre a produção científica e a tecnológica, já
que a primeira se mantem vigorosa(7). Esse fato dialoga de forma direta, com a
necessidade imaterial da enfermagem de fortalecimento quanto ciência, apta para
ocupar seus espaços de forma independente e protagonista.
Sendo assim, pode-se inferir, que a possibilidade de criação, consequência
inúmeros problemas vivenciados no cotidiano, pode tornar o profissional de
enfermagem um desenvolvedor de tecnologias em potencial, tecnologias essas, que
podem ser eficazes e assim contribuírem para mudanças significativas na qualidade
da assistência em saúde e na recuperação de pacientes. Considerando a TRIZ uma
porta para um caminho de mudanças, seria então possível, deslumbrar conexões
entre essa teoria e a enfermagem?
POTENCIALIDADES DO USO DA TEORIA DA SOLUÇÃO INVENTIVA DE
PROBLEMAS
A inovação pode ser considerada a criação ou o aperfeiçoamento de
processos e artefatos, a aplicação do que já é amplamente utilizado em novos
contextos, a reformulação de metodologias, o uso diferenciado e descoberta de
recursos, ou ainda a abertura de novos construtos organizacionais. A produção
tecnológica na enfermagem, então, está conexa à criação de alternativas para
superar os entraves vivenciados diariamente por esses profissionais. Esta vem para
aumentar a capacidade humana de alterar/intervir na sociedade, e, para a
enfermagem, o objetivo final é potencializar o cuidado prestado, podendo ser
desenvolvida a partir de equipamentos, máquinas e instrumentos ou saberes
aplicados de forma assertiva.
Um estudo publicado em janeiro de 2018 no “International Journal of
Innovative Research In Science, Engineering and Technology”, trouxe uma visão
geral da literatura sobre a TRIZ. No contexto explanado, foram destacadas algumas
características pelas quais a TRIZ foi considerada uma metodologia efetiva para a
resolução de problemas, sendo elas: ter caráter didático ou seja, mesmo com pouco
conhecimento sobre a metodologia, é possível gerar soluções criativas; não ser
engessada, pode ser aplicada nos vários níveis da criação pois, enfatiza o conceito
72
idealista, o que amplifica a criatividade individual; fornece um kit de ferramentas, em
que o uso de uma ferramenta, ou mais, pode ser escolhido para o desenvolvimento
de tarefas, de acordo com a necessidade do design; o seu uso ainda é um campo a
ser difundido e testado; é uma das mais abrangentes metodologias sistemáticas
para inovação e criatividade; pode ser aplicado em problemas do mundo real e;
pesquisadores tendem a fazer uso dos princípios da TRIZ de forma não intencional,
o que demonstra total aplicabilidade(8).
Apesar da TRIZ ser desenvolvida inicialmente com o foco na engenharia, a
mesma pode ser utilizada pra resolver problemas em diversas áreas do
conhecimento. Transpondo as interpretações de Carvalho, Jesus e Quoniam (2016)
para o campo da saúde, a integração da TRIZ com a enfermagem, pode ser útil na
validação de processos; previsão de avanços tecnológicos de produtos médicos;
invenção de artefatos para a potencialização de diagnósticos, assistência e outras
intervenções; identificação soluções inventivas para problemas cotidianos;
assimilação das necessidades dos pacientes e familiares; e, prévia identificação de
falhas processuais ligadas a assistência, dentre outros(3).
De caráter democrático, a inovação sistemática pode ser aplicada sem a
utilização de todas as suas ferramentas, entretanto, a invenção tende a ser mais
holística quando são integrados todos os conceitos disponíveis. O método TRIZ é
direcionado para uma solução inventiva, e pode ser utilizado por diversas áreas de
conhecimento(8). Entretanto, nas áreas de design para dispositivos médicos, seu uso
ainda é raro. E, é nessa escassez de estudos que relacionam a TRIZ a áreas da
saúde, que a enfermagem pode encontrar espaço, para o que pode ser um salto,
rumo novos tempos.
Através da TRIZ é possível realizar uma abordagem sistemática para solução
de problemas, sendo que, a medida em que se compreende e treina as ferramentas
propostas pela teoria, os atores envolvidos aprimoram a criatividade, isso acontece
por que, a TRIZ convida o inventor, que possui experiência no tema para o qual
busca a solução, a sair de um fenômeno denominado por Altshuller como „inércia
psicológica” (9). Nessa dinâmica, pode-se imaginar por exemplo, profissionais que já
estão há anos na prática da enfermagem, criando tecnologias diversas para intervir
em situações cotidianas, como por exemplo na prevenção de lesão por pressão.
Nesse viés, a chance de ter a enfermagem como protagonista do seu próprio
fazer, podendo identificar necessidades próprias e do seu público, criando ,
73
implementando e validando tecnologias duras, constitui-se um divisor de águas em
relação a qualquer pensamento limitante sobre essa profissão. Pois, quando
enfermeiros começam a elucidar ideias, conceitos e pressupostos sobre o
desenvolvimento de tecnologias na enfermagem, nesse exato momento, abre-se um
novo caminho para mudança das suas realidades.
É permitido ainda pensar que contrapondo a ideia de que as tecnologias
podem engessar pessoas, a inferência ao pensamento crítico a respeito das práticas
tecnológicas e tudo que as sustenta, pode inclusive, emergir reflexões acerca do
processo de humanização no trabalho em saúde.
Sob essa ótica, para a enfermagem obter um olhar favorável para
desdobramento de novas ideias, é de fundamental importância refletir sobre a
capacidade que a mesma tem e pode ter, de criar, inovar e transformar, quando bem
instrumentalizada. Tal perspectiva, pode fazê-la refletir que é dotada de todos os
atributos necessários para superar os limites de criação, contribuir para a invenção
de tecnologias, ir além da prática assistencial, quebrar paradigmas e ultrapassar os
pensamentos convencionais. Nasce, assim, a necessidade de rever e propor aos
profissionais de enfermagem reflexões acerca da sua prática profissional, tendo em
vista que essa profissão além de intervencionista é um motor para o incremento
novas soluções em saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A TRIZ pode ser adaptada para a o uso na área da saúde, sendo uma
possibilidade na área de enfermagem.. É válido que os enfermeiros se apropriem e,
comecem a fazer uso de métodos inventivos, em especial o TRIZ, para promover e
consolidar tecnologias em saúde, e consequentemente aprimorar qualidade do
trabalho em saúde.
Apesar das limitações encontradas relacionadas a disponibilidade de estudos
referentes a construção de tecnologias duras ou utilização de metodologias
inventivas por enfermeiros, essa reflexão se insere como uma possibilidade de
abertura de nova perspectiva de atuação, que contribui para o possível
protagonismo da enfermagem no desenvolvimento de inovações, em seus diversos
ambientes de atuação. Este trabalho indica a necessidade de novos estudos no qual
o foco seja o desenvolvimento de tecnologias duras e o uso de metodologias
74
inventivas na enfermagem, além disso, abre o diálogo necessário sobre o
desenvolvimento de tecnologias pela enfermagem.
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75
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5.2 PRODUÇÃO TÉCNICA
Título:
Descrição técnica do D-PRELP
Equipe técnica:
Enfermeira Espª Maiana Souza Azevedo;
Prof.ª Drª Karla de Melo Batista;
Prof.ª Drª Fabiana Goring.
O D-prelp é composto por uma estrutura de espuma mista de sustentação para
perna e pé, apoiados em uma base de sustentação. Possui dois motores de corrente
contínua, fornecedores de força motriz para o sistema de vibração, e capa protetora.
Para o controle e acionamento dos sensores de vibração motor foi desenvolvido um
dispositivo utilizando um micro controlador que aciona o motor e controla o sistema
de movimentação e vibração. Para acionar o dispositivo, o usuário deve pressionar o
botão liga/desliga e, em seguida, deve escolher qual área será massageada (pé ou
76
perna), existindo para cada área um botão específico para ajustar a intensidade da
vibração.
Descrição:
O dispositivo (controle + bota) é composto pelos seguintes componentes:
1. Controle
a. Microcontrolador Arduino Uno;
b. Ponte H (L298N);
c. Interruptor (liga/desliga);
d. Potenciômetro 25k (controle da vibração da perna);
e. Potenciômetro 25k (controle da vibração do pé);
f. Compartimento para 4 pilhas AA 1,5V;
g. Revestimento externo de plástico.
2. Bota
a. Colchão piramidal 10 cm de altura (densidade 28);
b. Espuma macia 10 cm de altura (densidade 18);
c. Suporte de sustentação em L;
d. Motor corrente contínua 6V (vibração da perna);
e. Motor corrente contínua 6V (vibração do pé);
f. Revestimento de plástico para os 2 motores.
Além dos materiais acima citados, será utilizada borracha de Neoprene para o
revestimento dos fios que ligam o controle à bota.
O funcionamento do dispositivo ocorre da seguinte maneira: Primeiramente, é
preciso inserir 4 pilhas AA no controle, para que o sistema tenha a alimentação
(energia) necessária para funcionar adequadamente. Em seguida, ele pode ser
ligado através do botão ON/OFF. Com o dispositivo ligado, a intensidade da vibração
da perna e/ou do pé pode ser ajustada através dos 2 potenciômetros localizados no
controle do dispositivo.
77
Ao ajustar a posição do potenciômetro para a posição “Mínimo”, um sinal é enviado
para o microcontrolador, que, por sua vez, interrompe a passagem de corrente
elétrica para o motor. Com isso, o motor para de girar e a vibração termina. À
medida que o potenciômetro é ajustado para a posição “Máximo”, um sinal é enviado
para o microcontrolador, que, por sua vez, permite uma maior passagem de corrente
elétrica para o motor. Dessa maneira, o motor passa a girar com maior velocidade,
gerando uma maior vibração.
A composição mista das espumas permite a distribuição da pressão apropriada para
a área do calcâneo. As tiras de sustentação também são posicionadas de forma a
dar segurança ao usuário na manutenção de uma posição estática para o pé.
Figura 6. Esquema de funcionamento dos componentes elétricos do dispositivo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019). Figura 7. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Figura 8. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Figura 9. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Figura 10. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Figura 11. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Figura 12. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
Figura 13. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
78
Figura 14. Dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
6 CONCLUSÃO
A TRIZ mostrou-se um instrumento interessante, ainda a ser explanada por
enfermeiros na construção de produtos em saúde. O D-PRELP mostra-se uma
opção viável de prototipação para teste de viabilidade e, posteriormente, teste em
humanos. Por se tratar de um sistema técnico, ainda pode sofrer melhorias e
contribuir substancialmente na prevenção do aparecimento de lesões por pressão.
Além do exposto, é possível ainda identificar potencialidades de ação do dispositivo
relacionadas à prevenção de trombose, e reflexoterapia.
Tendo em vista que a produção do par de botas D-PRELP custaria em média 200
reais, sem considerar uma produção em larga escala, é possível afirmar a hipótese
que o baixo custo é um ponto positivo do dispositivo, quando levada em
consideração sua vida útil indeterminada e sua capacidade de reposição de
segmentos internos. Quando comparado a suportes de apoio para calcanhar
79
especificados nos estudos descritos neste trabalho, um dos parâmetros de custo é o
curativo multicamada para calcanhar da Molnlycke, o Mepilex Heel, que atualmente
tem um valor de mercado que gira em torno de 1.100 reais por embalagem com
cinco unidades, ao custo de 220 reais por curativo, que, vale ressaltar, é descartado
após alguns dias de uso.
Foi evidenciada a necessidade de estudos com abordagem de projetação de
dispositivos para prevenção de LPP. Além disso, a disseminação de teorias e
técnicas de desenvolvimento de produtos entre enfermeiros torna-se uma demanda
crescente, à medida que a enfermagem necessita não apenas executar ações
voltadas para a prática baseada em evidências, mas também ser protagonista na
criação de inovação em saúde.
Este estudo pode, ainda, despertar o interesse de enfermeiros na temática de
inovação e auxiliar a introdução dessa temática no campo cotidiano das discussões
da enfermagem. Essa inserção impacta diretamente na qualificação desses
profissionais, à medida que a aproximação com as inovações tecnológicas influencia
diretamente no seu desenvolvimento por profissionais de enfermagem.
80
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APÊNDICES
96
APÊNDICE 1. Produções científicas do período de agosto 2003 a agosto 2018 abordando a temática de tecnologias para prevenção de lesão por pressão, incluídas no estudo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2018.
TÍTULO AUTORES LOCAL TIPO DE
ESTUDO PERIÓDICO
SAPPIRE: a Prototype
Mobile Tool for
Pressure Ulcer Risk
Assessment.
KIM; CHUN;
WANG; JIANG;
CHOI (2014)
Califórnia: Estados
Unidos Da América Projetação
Studies in
health
technology and
informatics.
Decreasing Pressure
Ulcers Across a
Healthcare System:
Moving Beneath the Tip
of the Iceberg
SENDELBACH;
ZINK;
PETERSON,
(2011)
Minnesota -
Estados Unidos Da
América
Algoritmo de prevenção
e tratamento de úlcera
por pressão
POTT; RIBAS; DA
SILVA; DE
SOUZA; DANSKI;
MEIER, (2013)
Curitiba/ Paraná Estudo
Descritivo
Cogitare
Enfermagem
A construção e
validação de um
aplicativo de
Enfermagem de
reabilitação voltado a
pessoas com lesão
medular e seus
cuidadores sobre
prevenção e tratamento
de lesões por pressão
ALVAREZ, (2018) Rio de Janeiro/ Rio
de Janeiro
Pesquisa
convergente
assistencial
Biblioteca
Setorial de
Pós-
Graduação/
Escola de
Enfermagem
Anna Nery/
Centro de
Ciências da
Saúde
Uma tecnologia de
processo aplicada junto
ao acompanhante no
cuidado ao idoso:
contribuições à clínica
do cuidado de
enfermagem
TEIXEIRA, (2008) Rio de Janeiro
Biblioteca
Setorial de
Pós-
Graduação/
Escola de
Enfermagem
Anna Nery/
Centro de
Ciências da
Saúde
APÊNDICE 2. Produções científicas do período de agosto 2003 a agosto 2018
97
abordando a temática de tecnologias para prevenção de lesão por pressão, excluídas do estudo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2018.
TÍTULO AUTORES ANO / LOCAL TIPO DE
ESTUDO PERIÓDICO
Design and Evaluation of
a Stand-Up Motorized
Prone Cart
HARROW;
MALASSIGNÉ;
NELSON,
ROBERT,
JENSEN; AMATO;
PALACIOS,
(2015).
Estados Unidos Projetação
The Journal of
Spinal Cord
Medicine.
Iterative design and
testing of a hand-held,
non-contact wound
measurement device
SPRIGLE;
NEMETH;
GAJJALA, A. 2012 Projeto interativo
Journal of
Tissue Viability
Complex Wounds CASTRO;
JÚNIOR;
CARVALHO; e
KAMAMOTO,
(2006)
São Paulo -
Brasil
Revisão de
literatura Clinics
Technology supporting
research and quality
improvement: a success
story.
Colfer;
BRODECKI;
HUTCHINS;
STELLAR;
DAVIS, (2011)
Philadelfia -
Pensilvânia
Revisão de
literatura
J Pediatric
Nurse
Sit-stand powered
mechanical lifts in long-
term care and resident
quality indicators.
GUCER;
GAITENS;
OLIVER;
MCDIARMID,
(2013)
Estados Unidos Quali - Quanti J Occup
Environ Med
The Use of Technology
for Improved Pressure
Ulcer Prevention
COURTNEY,
(2007)
Charlottesville,
VA
Estudo de caso
Ostomy Wound
Manage
Mobility monitor
measures mobility of
bedridden patients and
alerts nurses of the
decubitus ulcer risk.
Technology for current
prevention of decubitus
ulcer.
Zimmerman,
(2016)
/Alemanha - Pflege Z
Ambiente virtual de
aprendizagem sobre
gerenciamento de custos
de curativos em úlceras
por pressão
PEREIRA;
ÉVORA; DE
CAMARGO; DE
TEIXEIRA, CRUZ;
CIAVATTA, (2014)
Ribeirão Preto -
Brasil -
Rer. Eletrônica
de
Enfermagem
Risk of decubitus ulcer
and therapy. Measuring
movement more
objectively.
PANFIL;
GATTINGER;
FLÜKIGER;
MANGER, (2013)
Alemanha - Krankenpfl
Soins Infirm
An observational study to
assess an electronic
point-of-care wound
documentation and
FLORCZAK;
SCHEURICH;
CROGHAN;
SHERIDAN;
Observacional
98
reporting system
regarding user
satisfaction and potential
for improved care.
KURTZ, D;
MCGILL;
MCCLAIN, (2012)
Cartilha educacional
para enfermeiros sobre
lesão por pressão: um
estudo de validação
PORTUGAL,
(2018)
Nitetói - Rio de
Janeiro Validação
Programa
Acadêmico em
Ciências do
Cuidado em
Saúde
(PACCS)
Teses e
dissertações da
Universidade
Federal
Fluminense
An Observational Study
to Assess an Electronic
Point-of-Care Wound
Documentation and
Reporting System
Regarding User
Satisfaction and Potential
for Improved Care
FLORCZAK;
SCHEURICH;
CROGHAN;
SHERIDAN;
KURTZ; MCGILL e
MCCLAIN, (2012)
Estados Unidos Estudo
observacional
Ostomy Wound
Manage
Reduction of pressure
ulcer incidence in the
home healthcare setting:
a pressure-relief seating
cushion project to reduce
the number of
community-acquired
pressure ulcers.
HILL-BROWN,
(2011)
Projeto de
intervenção
Home Healthc
Nurse
A study of the efficiency
and convenience of an
advanced portable
Wound Measurement
System (VISITRAK)
SUGAMA;
MATSUI;
SANADA; KONYA;
OKUWA;
KITAGAWA,
(2007)
Correlacional
descritivo J Clinical Nurse
Critical rehabilitation of
the patient with spinal
cord injury.
FRIES, (2005) - Crit Care Nurs
Q
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
APÊNDICE 3. Estudos selecionados sobre dispositivos para prevenção de lesão por pressão segundo as bases de dados LILACS e MEDLINE. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
99
ESTUDO BASE DE
DADOS TÍTULO DO ESTUDO LOCAL E ANO
1 LILACS
Uso de curativos hidrocolóides na prevenção de
úlceras por pressão em pacientes de alto risco:
uma coorte retrospectiva. Colômbia, 2018
2 LILACS
Avaliação de custo-efetividade de dois tipos de
curativos para prevenção de úlcera por pressão Brasil, 2015
3 LILACS
Prevenção de úlceras por pressão no calcanhar
com filme transparente de poliuretano. Brasil, 2013
4 MEDLINE
Avaliação de um posicionador fluidizado para
reduzir lesões por pressão occipital em pacientes
em terapia intensiva: um estudo piloto.
Estados Unidos,
2018
5 MEDLINE
Prevenção de lesões por pressão usando curativos
de espuma de silicone: Experiência em um hospital
universitário em Hong Kong. Hong Kong, 2019
6 MEDLINE Colchão de Berço de Redistribuição de Pressão:
Um Projeto de Melhoria da Qualidade. Estados Unidos,
2019
7 MEDLINE
Um ensaio clínico randomizado prospectivo de um
novo sistema de aprimoramento de perfusão não
invasivo para a prevenção de lesões de pressão
sacral hospitalares adquiridas.
Filadélfia, 2018
8 MEDLINE
Um estudo controlado randomizado da eficácia
clínica de curativos de espuma de silicone multi-
camada para a prevenção de lesões por pressão
em residentes de alto risco de cuidados a idosos:
The Border III Trial.
Austrália, 2018
9 MEDLINE
Usando o curativo de espuma de várias camadas
para evitar lesões por pressão em um ambiente de
cuidados de longo prazo. Canadá, 2018
10 MEDLINE
Efeito de um sensor de paciente vestível no
atendimento para prevenção de lesões por pressão
em adultos com doença aguda: um ensaio clínico
randomizado pragmático.
Estados Unidos,
2018
11 MEDLINE
Roupas Especiais e Lesões por Pressão em
Pacientes de Alto Risco na Unidade de Terapia
Intensiva.
Estados Unidos,
2017
12 MEDLINE
A eficácia de uma cobertura de espuma
viscoelástica na prevenção de lesões por pressão
em pacientes agudamente doentes: um estudo
prospectivo randomizado controlado.
Coréia do Sul,2017
13 MEDLINE
Eficácia e valor de curativos profiláticos de espuma
de 5 camadas para evitar lesões por pressão
adquiridas em hospitais em hospitais de cuidados
agudos: um estudo de coorte observacional.
Estados Unidos,
2017
14 MEDLINE
Prevenção de Lesões por Pressão do Calcanhar e
Contratura de Flexão Plantar Com o Uso de um
Protetor de Salto em Unidades de Terapia Intensiva
de Neurotrauma de Alto Risco, Médicas e
Estados Unidos,
2017
100
Cirúrgicas: Um Ensaio Controlado Aleatório.
15 MEDLINE
Colchão Apex Pro-Care: Como este avançado
colchão pode auxiliar na prevenção de lesões por
pressão?
Reino Unido, 2017
16 MEDLINE
Efeito de um dispositivo de reposicionamento do
paciente em uma unidade de terapia intensiva nas
ocorrências e custos de lesões por pressão
adquiridas no hospital: um estudo antes e depois.
Estados Unidos,
2017
17 MEDLINE
Curativos podem prevenir lesão por pressão -
EVIDENCECORNER Estados Unidos,
2016
18 MEDLINE
Superfícies de apoio aéreo estático para prevenir
lesões por pressão: um estudo de coorte
multicêntrico em lares de idosos belgas. Bélgica, 2016
19 MEDLINE
Um estudo piloto randomizado usando curativos
profiláticos para minimizar lesões de pressão sacral
em pacientes hospitalizados de alto risco.
Estados Unidos,
2016
20 MEDLINE
Relatar uma avaliação clínica do calcanhar de
silicone KerraPro Heel. Estados Unidos,
2013
21 MEDLINE
Tirando a pressão no Departamento de
Emergência: avaliação da aplicação profilática de
curativo sacral de silicone de baixo cisalhamento
em pacientes de alto risco.
Austrália, 2013
22 MEDLINE Avaliação do sistema de substituição do Colchão
Pediátrico Transair. Reino Unido, 2002
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
APÊNDICE 4. Matriz de síntese dos estudos sobre dispositivos para prevenção de lesão por pressão, selecionados nas bases de dados LILACS e MEDLINE,
101
Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019.
AUTOR (ES)
1 - OBJETIVOS
2 - TIPO DE ESTUDO
3 - GRUPO/
PARTICIPANTES/FONTE
4- AMOSTRA (N)
1 - DISPOSITIVOS
2 - INTERVENÇÃO
COMPLEMENTAR
3 -
AÇÃO/CARACTERÍSTIC
AS
4 - COMPOSIÇÃO DE
MATERIAL
RESULTADOS E/OU
CONCLUSÃO
1 -
Cortés; Salazar
-Beltrán; Rojas-
Castañeda; Alv
arado-
Muriel; Serna-
Restrepo;
Grinspun,
(2018).
1 - Avaliar a associação
entre o uso de curativos
hidrocolóides preventivos
e a aparição de LPP em
pacientes hospitalizados.
2 - Estudo de coorte
retrospectivo.
3- Pacientes adultos com
alto risco de LPP
admitidos em um
programa de cuidados
com a pele de um hospital.
4 - (n=170) sendo, (23 de
AH+CC e 147 de CC).
1 - Curativos
hidrocolóides (AH).
2 - Cuidado convencional
(CC) (uso de loção
hidratante, mudanças de
posição, uso de
superfícies de apoio ou
almofadas reguladoras
de pressão e colchão
anti-decúbito).
3 - Cobrir área íntegra da
pele em risco com uma
camada de curativo
hidrocolóide (não foi
mencionada a marca).
Não superioridade de
AH+CC frente a CC do
enfermeiro na prevenção de
LPP em pacientes adultos
com alto risco segundo
Braden.
2 - Inoue, Kelly
Cristina;
Matsuda),
Laura Misue,
(2015).
1 - Analisar a relação
custo-efetividade de dois
tipos de curativos para a
prevenção de LPP na
região sacral.
2 - Pesquisa de análise
secundária, comparativa.
3 - Pacientes
hospitalizados de um setor
de terapia intensiva.
4 - (n=25) sendo, (10
usaram hidrocolóide e 15
usaram filme
transparente).
1 - Comfeel® Plus
curativo contorno sacral
e o Tegaderm® filme
transparente não estéril.
2 - Mudança de decúbito,
cuidados diários com a
hidratação da pele,
manejo da umidade, uso
de colchão de ar estático
e aporte nutricional.
3 - Cobrir área íntegra da
pele com filme
transparente de
poliuretano ou placa
hidrocolóide.
4 - Hidrocolóide (CMC-
carboximetilcelulose
sódica e camada
externa) e poliuretano
(material sintético,
adesivo e
hipoalergênico).
O filme transparente foi
mais custo-efetivo do que o
hidrocolóide na prevenção
de LPP sacral.
3 - Souza;
Danski;
Johann; De
1 - Avaliar a efetividade do
filme transparente de
poliuretano na prevenção
1 - Filme transparente.
2 - Intervenção baseada
O filme transparente de
poliuretano associado a
diretrizes clínicas, foi efetivo
102
Lazzari;
Mingorance,
(2013).
de LPP o no calcâneo.
2 - Ensaio clínico
controlado não-
randomizado.
3 - Pacientes
hospitalizados de um setor
de terapia intensiva.
4 - (n=100) sendo, (200
áreas ao total, calcânea
direita e esquerda).
em diretrizes clínicas
para LPP.
3 - Possui um sistema de
troca gasosa similar à
pele saudável, que
permite a difusão de
gases como o oxigênio e
vapores. É elástico o que
permite a aplicação a
várias partes do corpo e
tem resistência a forças
de fricção e
cisalhamento.
Impermeável a fluidos,
secreções e bactérias.
4 - Poliuretano (material
sintético, adesivo e
hipoalergênico).
na prevenção da LPP no
calcanhar.
4 - Johnson;
Lai; Gefen;
Coyer, (2018).
1 - Avaliar a eficácia
clínica e viabilidade de um
dispositivo de
posicionamento fluidizado
para reduzir LPP.
2 - Pacientes
hospitalizados de um setor
de terapia intensiva.
3 - Estudo piloto estilo pós
teste.
4 - (n=127) sendo, (64
pertencentes ao grupo
intervencional e 63 ao
grupo controle).
1 - Dispositivo de
posicionamento
fluidizado - Molnlycke Z-
Flo™.
2 - Intervenção humana
na mudança de
posicionamento.
3 - Utilizada como apoio
para o corpo do paciente,
redistribuindo a pressão
da pele.
4 - Poliuretano
preenchido com uma
mistura de óleo de
silicone e microesferas
poliméricas.
O dispositivo de
posicionamento fluidizado é
uma intervenção viável e
eficaz na redução do risco
de LPP occipitais em
pacientes de terapia
intensiva pois, mostraram
uma redução
estatisticamente significativa
dos LPP occipitais em
87,7% (16/63; 25,4%
controle histórico versus
2/64; 3,13% grupo
intervencional).
5 - Kuen;
Keung; Boo;
Chan; Hui; Sze;
Kwong, (2019).
1 - Investigar a eficácia
clínica de curativo de
espuma de silicone na
redução da taxa de
incidência de LPP sacral e
coccígea em comparação
com intervenções
preventivas padrão em
ambientes de cuidados
intensivos.
1 - curativo de múltiplas
camadas.
4 - Espuma de silicone.
6 - Singh;
Shoqirat,
(2019).
1 - Avaliar um colchão de
redistribuição de pressão
projetado para uso em
berços de cuidados
intensivos.
1 - Análise
1 - Superfície de suporte
(colchão).
2 - Pacote de
intervenção.
3 - Redistribuição de
Nenhuma ocorrência de
LPP durante o período de
coleta de dados de 12
semanas. Os resultados
deste projeto de melhoria da
qualidade sugerem que o
colchão de redistribuição de
103
retrospectiva.
3 - Prontuários de
pacientes graves.
4 - (n=22).
pressão.
pressão, quando usado
como parte de um pacote de
intervenção, previne lesões
por pressão em pacientes
pediátricos gravemente
doentes.
7 - Bharucha;
Seaman;
Powers; Kelly;
Seaman;
Forcier;
McGinnis;
Nodiff; Pawlak;
Snyder; Nodiff;
Patel; Squitieri;
Wang, (2018).
1 - Determinar a eficácia
de um novo sistema não
invasivo de aprimoramento
da perfusão, versus leitos
com capacidade de
pressão alternada
integrada, para a
prevenção de LPP na
região sacral (sacro,
coccígea e ísquio),
adquiridas em hospital em
um alto risco.
2 - Ensaio clínico/Estudo
prospectivo randomizado.
3 - Pacientes agudos
adultos, escolhidos
aleatoriamente de,
internados, de alto risco
sem lesões preexistentes.
4 - (n= 399) sendo, (186
pertencentes ao grupo
experimental e 213 ao
grupo controle).
1 - Sistema não invasivo
de aprimoramento da
perfusão.
2 - Medidas de
prevenção de lesões por
pressão "padrão" de
atendimento por política
do hospital, e leitos de
pressão alternada.
3 - Colocado em cima de
leitos de pressão
alternada e cadeiras de
recuperação durante
toda a internação
hospitalar.
4 - Aumento da perfusão
sanguínea.
Os pacientes que utilizaram
um sistema não-invasivo de
aumento da perfusão
desenvolveram
significativamente menos
lesões por pressão na
região sacral do que
aqueles que usaram leito de
pressão alternada sem o
sistema de aumento da
perfusão. Esses achados
sugerem que um sistema de
realce da perfusão aumenta
o sucesso do uso dos
colchões de redistribuição
de pressão nos leitos para a
prevenção de lesões por
pressão sacral.
8 - Santamaria;
Gerdtz; Kapp;
Wilson; Gefen,
(2018).
1 - Investigar a eficácia
clínica, da aplicação dos
pensos Mepilex Border
Sacrum e Mepilex Heel,
para prevenir o
desenvolvimento de LPP
adquiridas em casas de
repouso.
2 - Estudo controlado
randomizado.
3 - Pacientes de uma casa
de repouso.
4 - (n=288) sendo, (150
receberam prevenção de
LPP conforme diretrizes
internacionais e 138
prevenção de LPP
conforme diretrizes
internacionais e aplicaram
curativos no sacro e
calcâneos).
1 - Mepilex Border
Sacrum e Mepilex Heel.
2 - Pacote de prevenção
de lesões por pressão,
conforme recomendado
pelas diretrizes
internacionais.
3 - Se molda à pele sem
aderir a ferida, possibilita
a remoção da cobertura
sem danos a pele,
protege apele íntegra,
sela as bordas da ferida
para proteger a pele de
extravasamentos e
maceração, absorve e
retém exsudato,
equilibra a umidade,
camada de contato com
adesivo de silicone,
auxilia na diminuição da
dor. Protege contra
Mais residentes no grupo
controle desenvolveram
lesões por pressão do que
no grupo de intervenção (16
vs 3, P = 0,004). Redução
do risco relativo de 80%
para os residentes tratados
com os curativos. Concluiu-
se, que o uso dos curativos
Mölnlycke Mepilex Border
Sacrum e Mepilex Heel,
conferem um benefício
protetor adicional aos idosos
com alto risco de
desenvolver uma LPP.
104
fatores extrínsecos que
causam lesões por
pressão: pressão,
cisalhamento, fricção e
microclima.
4 - Cobertura de espuma
com cinco camadas, com
camada de contato com
aderência de silicone.
9 – Woo,
(2018).
1 - Avaliar a
implementação de
diretrizes de melhores
práticas, incluindo o uso
de pensos de espuma
multicamadas para a
prevenção de LPP.
3 - Pacientes de um
ambiente de cuidados de
longo prazo.
4 - (n=62).
1 - Curativo de espuma
de multicamadas.
2 - Diretrizes de boas
práticas para prevenção
de LPP.
Taxa de incidência anterior
à implementação das
melhores práticas foi de
5,2%. A incidência após a
implementação (uso de
curativo) foi de 0%.
10 - Pickham;
Berte; Pihulic;
Valdez; Mayer;
Desai, (2018).
1 - Avaliar a eficácia
clínica de um sensor de
paciente vestível para
melhorar a prestação de
cuidados e os resultados
do paciente, aumentando
o tempo total para tornar a
conformidade e evitar LPP
em pacientes com doença
aguda.
2 - Estudo clínico
pragmático, iniciado por
investigador, aberto, único
local, randomizado.
3 - Pacientes adultos
internados unidades de
terapia intensiva.
4 - (n=1312) sendo, (653
pertencentes ao grupo
controle e 659 grupo de
tratamento).
1 - Sensor vestível.
3 - Diretrizes para
prevenção de LPP.
4 - Emite dados em
tempo real e
individualizados para
mudança de decúbito do
paciente.
A oferta da mudança de
decúbito foi maior com um
sensor de paciente vestível,
aumentando o tempo total
de giro e demonstrando um
efeito protetor
estatisticamente significativo
contra o desenvolvimento
de LPP adquiridas no
hospital.
105
11 - Freeman;
Smith;
Dickinson;
Tschannen;
James;
Friedman,
(2017).
1 - Avaliar o efeito de
roupas especiais na taxa
de LPP em pacientes de
alto risco.
2 - Revisão retrospectiva
dos registros eletrônicos
de saúde.
3 - Pacientes da unidade
de terapia intensiva
cardiovascular e unidade
de terapia intensiva
cirúrgica.
4 - (n1=44) leitos -
(n2=261) pacientes sendo,
(166 pacientes
pertencentes ao grupo
controle e 95 ao grupo de
tratamento).
1 - Roupa especial.
2 - Técnicas
padronizadas para
prevenir LPP.
3 - Aborda o microclima
em torno do paciente,
com o objetivo de
minimizar o atrito, o
cisalhamento, a umidade
e o calor.
4 - Tecido sintético
semelhante a seda.
A intervenção foi associada
a uma redução significativa
nas taxas de lesões por
pressão posterior (cóccix,
sacro, costas, nádegas,
calcanhar e coluna).
Abordar o microclima, o
atrito e o cisalhamento
usando roupas especiais
reduz o número de lesões
por pressão posterior. O uso
de lençóis especiais, além
de técnicas padronizadas
para prevenir LPP, pode
ajudar a prevenir o seu
desenvolvimento em
pacientes de alto risco em
unidades de terapia
intensiva.
12 - Park; Park,
(2017).
1 - Comparar uma
cobertura de espuma
viscoelástica (VEFO) a um
colchão hospitalar padrão
para prevenção de LPP.
Comparar as pressões de
interface (IPs) do VEFO
com o colchão hospitalar
padrão.
2 - Estudo prospectivo
randomizado controlado.
3 - Pacientes que tinham
escore de risco para LPP
de 16 ou menos na escala
de Braden, atendidos em
uma unidade de
internação de neurologia,
oncologia ou pneumologia.
4 - (n=110) sendo (55
pertencentes ao grupo
controle e 55 grupo de
tratamento)
1 – VEFO.
2 - Cuidados de
enfermagem padrão para
prevenção de LPP.
2 – Colocado sobre
colchão hospitalar
padrão com/sem
sobreposição de ar.
Pacientes tratados com um
VEFO tiveram uma
incidência significativamente
menor de LPP do que
aqueles tratados com um
colchão hospitalar padrão.
13 – Padula,
(2017).
1 - Examinar a eficácia e o
valor, dos pensos sacro-
profiláticos com 5
camadas de espuma
sacral para evitar as taxas
de LPP adquiridas no
hospital em ambientes de
cuidados agudos.
2 - Estudo de coorte
1 - Curativo de espuma
profilática de 5 camadas.
Reduções significativas na
taxa de LPP em hospitais de
cuidados agudos nos EUA,
entre 2010 e 2015 foram
associadas à adoção de
coberturas sacrais
profiláticas de 5 camadas
dentro de um protocolo de
prevenção. Pensos sacrais
profiláticos com 5 camadas
106
observacional
retrospectivo.
3 - Registros de pacientes
adultos hospitalizados em
hospitais de cuidados
agudos.
de espuma são um
componente efetivo de um
protocolo de prevenção de
lesões por pressão.
14 – Meyers,
(2017).
1 - Comparar o uso de um
protetor de calcanhar, ao
padrão de cuidado
(travesseiros) na
prevenção de lesões por
pressão dos calcanhares
adquiridas no hospital, e
na prevenção de
contraturas de flexão
plantar.
2 - Ensaio/Teste
controlado e aleatório.
3 - Prontuários eletrônicos
dos pacientes unidade de
terapia intensiva cirúrgica,
unidade de terapia
intensiva e unidade de
tratamento intensivo de
neurotrauma.
4 - (n=54) sendo, (17
pertencentes ao grupo
controle e 37 grupo de
intervenção).
1 - Protetor de calcanhar
3 - Redistribui a pressão
e mantém o pé em uma
posição neutra.
Nenhum dos pacientes no
grupo de intervenção
desenvolveu LPP dos
calcanhares, em
comparação com 7 no grupo
controle. Os resultados do
estudo indicam que um
protetor de calcanhar que
garante a descarga e
mantém o pé em uma
posição neutra é mais eficaz
para a prevenção de LPP de
calcanhar e contraturas em
comparação com o cuidado
padrão usando travesseiros
para posicionar o calcanhar
e redistribuir a pressão.
15 - Shingfield;
Carr; Thomson,
(2017).
1 - Avaliar o uso do
colchão Apex Pro-Care, na
prevenção de LPP de
calcanhar, em residentes
com alguma insuficiência
arterial.
2 - Estudo de caso.
3 - Residentes de um lar
de idosos.
4 - (n=3).
1 - Colchão Apex Pro-
Care.
2 - Mudança de decúbito.
Uma ou mais das cinco
células inferiores podem
ser esvaziadas sob o
calcanhar do paciente
para criar um vazio, que
permitirá que o calcanhar
"flutue" de modo que não
haja pressão em contato
com a área do calcanhar.
Dispositivo de
reposicionamento.
O colchão reduziria o custo
dos cuidados de
enfermagem, uma vez que
os tempos de
reposicionamento podem
ser otimizados de acordo
com a necessidade. Os três
residentes que concordaram
em avaliar o colchão
acharam extremamente
confortável e ficaram livres
de qualquer LPP.
107
16- Edger,
(2017).
1 - Determinar a taxa de
LPP adquirida no hospital,
antes e depois da
introdução de um
dispositivo de
reposicionamento, medir o
nível de esforço percebido
pelos funcionários com o
uso do dispositivo e,
avaliar o retorno do
investimento.
2 - Estudo antes e depois.
3 - Pacientes atendidos
em uma unidade de
terapia intensiva.
4 - (n=717).
Redução da taxa de LPP
significativamente de 1,3%
para 0%. O esforço
percebido para reposicionar
o paciente com um
dispositivo de
reposicionamento foi
significativamente menor do
que o reposicionamento
com o tratamento padrão.
Uma análise de custo
estimou um retorno sobre o
investimento como resultado
da intervenção na
prevenção de LPP.
17- Bolton,
(2016).
1 - Realizar um ensaio
clínico randomizado, para
explorar a eficácia de
curativos de espuma de
silicone macio de múltiplas
camadas, na prevenção
do calcanhar ou sacral,
em pacientes gravemente
doentes e /ou
traumatizados em um
hospital universitário
australiano.
2 - Ensaio clínico
prospectivo randomizado.
3 - Pacientes recém-
admitidos no pronto-
socorro por trauma ou
doença crítica
posteriormente
transferidos para a
unidade de terapia
intensiva.
4 - (n=221) sendo, (108
pertencentes ao grupo
controle e 113 grupo de
intervenção).
1 - Curativo de 5
camadas e curativo de 3
camadas.
2 - Procedimentos usuais
de prevenção de LPP.
Houve benefício
clinicamente e
estatisticamente significativo
da adição de curativos.
Cinco pacientes (3,1% de
incidência) desenvolveram 2
úlceras sacrais e 5 úlceras
de calcanhar com curativos
profiláticos adicionais,
enquanto 20 pacientes
(13,1% de incidência) que
receberam cuidados
habituais isoladamente
desenvolveram 8 úlceras
sacrais e 19 úlceras de
calcanhar.
18- Serraes;
Beeckman,
(2016).
1 - Investigar a incidência
e os fatores de risco, para
o desenvolvimento de LPP
em pacientes colocados
em superfícies de apoio
aéreo estático:
sobreposição de colchão,
cunha de calcanhar e
1 - Colchão de
sobreposição de ar
estático.
2 - Protocolos de
reposicionamento
adaptados ao paciente.
Encontrou-se uma baixa
incidência de LPP, ao usar
um colchão de sobreposição
de ar estático para
pacientes em risco em uma
população de lares de
idosos. As superfícies
estáticas de suporte aéreo,
108
almofada de assento.
2 - Estudo de coorte
multicêntrico.
3 - Residentes de lares de
Idosos.
4 - (n=176).
3 - Pressão alternada. juntamente com os
protocolos de
reposicionamento do
paciente adaptados ao
paciente, devem ser
consideradas para prevenir
os LPP nessa população de
pacientes.
19- Walker;
Huxley; Juttner;
Burmeister;
Scott; Aitken,
(2016).
1 - Examinar o efeito de
curativos profiláticos para
minimizar lesões por
pressão sacral em
pacientes hospitalizados
de alto risco e avaliar os
critérios de viabilidade
para informar um estudo
maior.
2 - Estudo piloto
randomizado controlado.
3 - Pacientes
hospitalizados de alto risco
de desenvolvimento de
LPP.
4 - (n=80)
1 - Cobertura de espuma
de silicone.
2 - Cuidados de rotina.
Critérios de viabilidade
identificaram desafios
relacionados ao viés,
cegamento, avaliação do
peso, preparo da equipe de
enfermagem e estimativa do
tamanho da amostra.
20- Knowles;
Young; Collins;
Hampton,
(2013).
1 - Avaliar a eficácia do
produto de silicone
KerraPro Heel, na
prevenção e alívio de LPP
nos calcanhares.
2 - Estudo observacional.
3 - Pacientes com risco
para desenvolvimento de
LPP nos calcanhares.
4 - (n=17).
1 - Almofadas de
calcanhar de silicone
KerraPro Heel.
3 - Alívio pressão.
4 - Silicone.
O resultado da avaliação
demonstrou a eficácia das
almofadas de calcanhar
KerraPro na prevenção e
tratamento de LPP no
calcanhar quando
comparada ao protocolo
padrão.
109
21 -Cubit;
McNally;
Lopez, (2013).
1 - Examinar a eficácia do
curativo sacral na redução
da prevalência de LPP o
em pacientes idosos e de
alto risco.
2 - Estudo experimental
não aleatório.
3 - Pacientes com risco
para desenvolvimento de
LPP de um setor de
emergência.
4 - (n= não informado)
sendo, ( x pertencentes ao
grupo controle e 51 grupo
de intervenção).
1 - Curativo sacral de
silicone.
3 - Atua na diminuição do
cisalhamento.
As descobertas sugerem
que a aplicação de um
curativo sacral protetor com
baixo apoio de cisalhamento
como parte de um regime
padronizado de prevenção
de LPP, foi benéfico em
pacientes idosos de alto
risco.
22- Law,
(2002).
1- Avaliar o sistema do
colchão pediátrico
Transair.
2 – Estudo de caso
1 - Colchão pediátrico
Transair
3 – Pressão alternada
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
110
APÊNDICE 5. Classificação dos estudos conforme nível de evidência. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019.
NÍVEL DE EVIDÊNCIA CIENTÍFICA POR TIPO DE ESTUDO - “OXFORD CENTRE FOR
EVIDENCE-BASED MEDICINE”
NÍVEL DE EVIDÊNCIA PARA TRATAMENTO/PREVENÇÃO-ETIOLOGIA
GRAU DE
RECOMENDAÇÃO
NÍVEL DE
EVIDÊNCIA ESTUDOS
A
1A 7, 8, 10, 12, 17, 19
1B
1C
B
2A
2B 1, 18, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 16, 20, 22
2C
3A
3B 11, 14, 21
C 4 13, 15
D 5
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
111
APÊNDICE 6. Mecanismo de ação dos dispositivos levando em consideração a intervenção em fatores predisponentes para formação de lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
ESTUDO DISPOSITIVO C F U P
1,2 Curativo hidrocolóide. NR NR NR NR
2
Curativo filme
transparente de
poliuretano.
X X X -
3 Filme transparente de
poliuretano. X X X -
4 Posicionador fluidizado
Molnlycke Z-Flo™. - - - X
5 Curativos de espuma de
silicone. NI NI NI NI
6 Colchão de berço de
redistribuição. - - - X
7
Sistema de
aprimoramento de
perfusão.
PERFUSÃO SANGUÍNEA
8
Curativos de espuma de
silicone multi-camada
Mepilex Border Sacrum e
Mepilex Heel.
X X X X
9 Espuma de várias
camadas. NI NI NI NI
10 Sensor de paciente
vestível. - - - X
11 Roupas Especiais. X X X CALOR
12 Cobertura de espuma
viscoelástica - - - X
13 Curativos profiláticos de
espuma de 5 camadas. NI NI NI NI
14 Protetor de Salto. - - - X
15 Colchão Apex Pro-Care: - - - X
112
16
Dispositivo de
reposicionamento do
paciente.
- - - X
17 Curativos de 5 e 3
camadas NI NI NI NI
18
Superfícies de apoio
aéreo estático para
prevenir.
- - - X
19 Curativos profiláticos. NI NI NI NI
20 calcanhar de silicone
KerraPro Heel. - - - X
21
Curativo sacral de
silicone de baixo
cisalhamento em
pacientes de alto risco.
X - - -
22 Colchão Pediátrico
Transair. - - - X
Legenda: (C) Cisalhamento, (F) Fricção, (U) Umidade, (P) Pressão, (NR) Uso não recomendado, (NI) Não informado Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
113
APÊNDICE 7. Análise genérica do operador de sistema para lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
ANÁLISE GENÉRICA
PASSADO PRESENTE FUTURO
Ao redor do sistema
Poucos profissionais de saúde; Ausência de enfermeiros; Ausência de curativos especiais e superfícies de suporte; Raras literaturas sobre o tema; Não era considerado um problema e saúde pública.
Cuidadores capacitados; Equipe de saúde capacitada; Curativos especiais; Superfícies de suporte; Judicialização das LPP.
Leitos automatizados; Leitos levitacionais; Substituição parcial de pessoas por robôs; Família e paciente conscientes sobre seus problemas de saúde; Superfícies de suporte que dispensam intervenção humana.
Sistema Pressão capilar maior que a normal que leva a formação de LPP.
Pressão capilar maior que a normal que leva a formação de LPP.
Pressão capilar menor que a pressão normal não leva a formação de LPP.
Subsistema Pressão entre saliência óssea-superfície rígida; Umidade; Fricção; Cisalhamento; Idade Avançada; Incontinência urinária ou fecal; Mobilidade prejudicada ou ausente.
Pressão entre saliência óssea-superfície rígida; Umidade; Fricção; Cisalhamento; Idade Avançada; Incontinência urinária ou fecal; Mobilidade prejudicada ou ausente.
Idade Avançada; Incontinência urinária ou fecal; Mobilidade prejudicada ou ausente; Alimentos que auxiliam na regeneração da pele.
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
114
APÊNDICE 8. Análise de dispositivo do operador de sistema para lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
ANÁLISE DE DISPOSITIVO
PASSADO PRESENTE FUTURO
Ao redor do sistema Ausência de curativos especiais Ausência de superfícies de suporte
Utilização de superfícies de suporte Utilização de curativos especiais
Leitos automatizados; Leitos levitacionais; Substituição parcial de pessoas por robôs.
Sistema Hipótese: Ausente
Dispositivo (para prevenir LPP) Função principal: descomprimir mantendo a pressão capilar menor que a normal, evitando fricção, cisalhamento e umidade. Função secundária: melhorar a circulação, evitar trombose, ter características da reflexologia.
Dispositivo (para prevenir LPP). Função principal: descomprimir mantendo a pressão capilar menor que a normal, evitando fricção, cisalhamento e umidade. Função secundária: melhorar a circulação, evitar trombose ter características da reflexologia.
Subsistema Hipótese: Ausente
Colchões, ar, adesivos, placas vibratórias.
Colchões, ar, adesivos, placas vibratórias, gravidade.
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
115
APÊNDICE 9. Resultado Final Ideal para dispositivo de prevenção de lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
QESTÕES (MANN, 2002) LPP ÓSSEA
1) Qual é o objetivo final do sistema? Não surgimento de LPP.
2) Qual o resultado final ideal? Pacientes acamados não acometidos por lesões por pressão.
3) O que impede que se alcance o RFI? A mobilidade prejudicada de uma pessoa, leva a permanência por longos períodos na mesma posição.
4) Por que impede? Gera pressão em proeminências ósseas o que leva a hipóxia local e o consequente aparecimento de lesões.
5) Como se pode fazer com que as coisas que impedem o RFI desapareçam?
Criando dispositivos capazes de não mobilizar a pessoa acamada, mesmo que apenas nos seus segmentos e consequentemente diminuir a pressão nas proeminências ósseas.
6) Que recursos estão disponíveis para ajudar a criar as circunstâncias necessárias?
Equipe de saúde, superfícies de apoio, tecidos, massageadores, soluções dermatológicas, curativos especiais.
7) Alguém já foi capaz de resolver o problema?
Mudança de decúbito em tempos pré-determinados.
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
116
APÊNDICE 10. Análise do ST para o dispositivo de lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
PASSOS DO MÉTODO DOS PRINCÍPIOS INVENTIVOS
D-PRELP
1. Identificação (nome) do ST; Dispositivo para prevenção de LPP.
7. Identificação da função ou funções principais do ST;
Descomprimir proeminência óssea do calcâneo e possibilitar a vibroterapia.
8. Identificação dos principais elementos do ST e de suas funções;
Placa rígida: sustentação da perna e pé; Colchão piramidal: distribuição peso da perna; Espuma macia: sustentação calcâneo; Compartimento com bateria: alimentação do circuito; Arduino: controlar os motores; Motor: vibração; Potenciômetro: ajuste de intensidade de vibração; Porta H: interliga o arduíno aos dois motores; Controle: acionar vibração; Capa: proteção protótipo.
9. Descrição do funcionamento do ST; O trabalho do dispositivo começa pela composição da sua espuma que prevê a manutenção da pressão interface nos calcâneos menor que 32mmHg. Para acionar o dispositivo o usuário pressiona o botão liga/desliga, em seguida escolhe qual área será massageada, (pé ou perna), para cada área existe um botão específico para ajustar a intensidade da vibração, podendo os dois serem acionados ao mesmo tempo.
10. Levantamento dos recursos; Recursos de substância: motor; Recursos de energia: corrente elétrica; Recursos de espaço: espaço entre calcâneo e dispositivo; Recursos de tempo: tempo intervalo de funcionamento do aparelho; Recursos de informação: liga/desliga, intensidade da vibração, mudança de local de vibração; Recursos de função: diminuição da pressão, efeito suplementar de massageador.
11. Identificação da características desejada a ser melhorada ou da característica indesejada a ser reduzida, eliminada ou neutralizada no ST;
Característica a ser melhorada é adicionar temporizador para que o dispositivo seja acionado e desligado automaticamente de acordo com períodos de tempo previamente selecionados. Característica indesejada a ser melhorada é o de microclima.
12. Formulação do resultado final ideal (RFI).
O dispositivo deve prevenir LPP em calcâneo.
Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).
117
ANEXOS
ANEXO 1 - 40 Princípios inventivos - fundamento da triz. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
1. Segmentação a. Dividir um objeto em partes independentes;
b. Tornar um objeto facilmente desmontável;
c. Aumentar o grau de fragmentação ou segmentação de um objeto.
2. Extração a. Extrair (remover ou separar) a parte ou propriedade desnecessária
ou “ disruptiva” de um objeto, ou;
b. Extrair apenas a parte ou propriedade desejada.
3. Qualidade Localizada a. Mudar a estrutura homogénea de um objeto ou o ambiente exterior/
ação para uma estrutura heterogénea;
b. Atribuir diferentes funções para cada parte de um objeto;
c. Posicionar cada parte de um objeto na melhor condição para sua
operação.
4. Assimetria a. Substituir uma forma simétrica por uma assimétrica;
b. Se o objeto for assimétrico, aumentar o grau de assimetria.
5. Combinação a. Combinação de objetos homogéneos destinados a operações
contíguas no espaço;
b. Combinação de operações contíguas e homogéneas no tempo.
6. Universalização a. Atribuir múltiplas funções a um objeto, eliminando a necessidade de
outro (s) objeto (s).
7. Alinhamento a. Colocar um objeto dentro de outro e este. por sua vez, dentro de
outro;
b. Passar um objeto através de uma cavidade de outro objeto.
8. Contra-peso a. Compensar o peso do objeto pela união com outro objeto que produz
sustentação;
b. Compensar o peso do objeto pela interação com o ambiente
fornecendo força aerodinâmica ou hidrodinâmica.
9. Compensação prévia a. Compensar uma ação previamente;
b. Se o objeto é (ou será) colocado sob tensão, forneça anti-tensão a
priori.
10. Ação Prévia a. Realizar uma ação previamente (completa ou parcialmente);
b. Dispor os objetos previamente para que eles atuem de forma mais
conveniente e rápida.
11. Proteção prévia a. Compensar a baixa contabilidade do objeto tomando contra-medidas
a priori.
12. Equipotencialidade a. Modificar as condições de trabalho para evitar levantamento ou
abaixamento.
13. Inversão a. Inverter a solução utilizada normalmente para solucionar o problema;
b. Fixar partes móveis e tornar móveis partes fixas;
c. Virar o objeto de “cabeça para baixo”.
14. Recurvação a. Substituir formas retilíneas ou planas por formas curvas; substituir
formas cúbicas por formas esféricas;
b. Usar rolamentos, esferas ou espirais;
c. Substituir movimentos lineares por rotativos, utilizar força centrífuga.
15. Dinamização a. Fazer com que as características de um objeto, ambiente ou
processo possam ser optimizadas durante qualquer fase da operação;
b. Dividir um objeto em partes com movimento relativo;
c. Tornar um objeto móvel ou adaptável.
16.Acção excessiva ou
parcial
a. Se é difícil obter 100% de um determinado efeito, executar um pouco
menos ou um pouco mais para simplificar o problema;
118
17. Mudança para uma nova
dimensão
a. Mudar de linear para planar, de planar para tridimensional, de
tridimensional para unidimensional;
b. Utilizar arranjos em prateleiras ou camadas em vez de uma única
camada;
c. Inclinar ou virar o objeto para o lado ou utilizar outro lado do objeto.
18. Vibração a. Produzir oscilação ou vibração de um objeto;
b. Se a oscilação existe, aumentar a frequência de vibração até à
ultrassónica;
c. Utilizar a frequência de vibração do objeto;
d. Substituir vibradores mecânicos por piezoeléctricos;
e. Combinar oscilações ultrassónicas e eletromagnéticas.
19. Ação periódica a. Substituir ações contínuas por ações periódicas (pulsar);
b. Se a ação já for periódica, mudar a frequência ou período da ação
periódica;
c. Utilizar as pausas entre os pulsos para executar ações adicionais.
20. Continuidade da ação útil a. Fazer com que todas as partes de um objeto trabalhem a plena
carga, continuamente, sem pausas;
b. Eliminar tempos mortos e pausas durante o uso do objeto.
21. Aceleração a. Executar um processo o determinadas etapas do processo em alta
velocidade.
22. Transformação de
prejuízo em lucro
a. Utilizar fatores indesejados ou efeitos ambientais para obter
resultados úteis;
b. Remover o fator indesejado pela combinação com outro fator
indesejado;
c. Ampliar o fator indesejado até que ele deixe de ser indesejado.
23. Feedback (realimentação) a. Introduzir realimentação para melhorar uma ação ou processo;
b. Se a realimentação existe, modificar ou revertê-la.
24. Mediação a. Fazer com que um objeto “se ajude” pela execução de funções
suplementares e operações de reparação;
b. Utilizar energia ou materiais perdidos.
25. Auto-serviço a. Fazer com que um objeto “se ajude” pela execução de funções
suplementares e operações de reparação;
b. Utilizar energia ou materiais perdidos.
26. Cópia a. Substituir objetos complexos de difícil obtenção, caros ou frágeis por
cópias simples e baratas;
b. Uma balança pode ser usada para reduzir ou aumentar a imagem;
c. Utilizar cópias infravermelhas ou ultravioletas do objeto em vez de
cópias ópticas.
27. Uso de objetos
descartáveis
a. Substituir o objeto caro por vários objetos baratos; descurando de
algumas propriedades (por exemplo, longevidade).
28. Substituição de meios
mecânicos
a. Substituir um sistema mecânico por um sistema óptico, acústico,
táctil ou olfativo;
b. Utilizar campos eléctricos, magnéticos ou eletromagnéticos para
interagir com o objeto;
c. Substituir campos:
1) De estáticos para móveis;
2) De fixos para móveis;
3) De não estruturados para estruturados.
d. Utilizar campos em conjuntos com partículas ativadas pelos campos.
29. Uso de pneumática e
hidráulica
a. Estas partes podem usar ar ou água para inflação ou reforços
hidrostáticos.
30. Uso de filmes finos e
membranas flexíveis
a. Substituir construções tradicionais com filmes ou membranas
flexíveis;
b. Isolar um objeto do seu ambiente externo utilizando filmes ou
membranas flexíveis.
119
31. Uso de materiais porosos a. Tornar um objeto poroso ou adicionar elementos porosos
(enchimentos, coberturas, etc.);
b. Se um objeto for poroso, introduzir substâncias ou funções úteis nos
poros do objeto.
32. Mudança de cor a. Modificar a cor do objeto ou do ambiente;
b. Mudar a transparência do objeto , processos ou do ambiente de difícil
visualização;
c. Usar aditivos coloridos para observar objetos ou processos de difícil
visualização;
d. Se os aditivos são usados, utilizar aditivos ou elementos
luminescentes.
33. Homogeneização a. Fazer objetos que interagem do mesmo material ou de material com
propriedades idênticas.
34. Descarte e regeneração a. Eliminar (por ex. descartar, dissolver , evaporar) ou modificar partes
de um objeto que já tenham cumprido as suas funções;
b. Imediatamente regenerar partes consumíveis de um objeto durante a
operação.
35. Mudança de estado físico
ou químico
a. Mudar o estado de agregação, concentração ou consistência, o grau
de flexibilidade ou a temperatura do objeto.
36. Mudança de fase a. Utilizar fenómenos relacionados a mudanças de fase (liberação ou
absorção de calor, mudança de volume, etc.).
37. Expansão térmica a. Utilizar materiais que expandem ou contraem com o calor;
b. Associar materiais com diferentes coeficientes de expansão térmica.
38. Uso de oxidantes fortes a. Substituir o ar comum por ar enriquecido com oxigénio;
b. Substituir o ar enriquecido com oxigénio por oxigénio;
c. Usar radiação ionizada num objeto em ar ou em oxigénio;
d. Usar oxigénio ionizado.
39. Uso de atmosferas inertes a. Substituir o ambiente normal por um ambiente inerte;
b. Adicionar partes neutras ou aditivos neutros a um objeto.
40. Uso de materiais
compostos
a. Substituir materiais homogéneos por materiais compostos.
Fonte: Mazur (1995)
120
ANEXO 2 – 39 parâmetros de engenharia. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
1. Peso de objeto em movimento
2. Peso do objeto imóvel
3. Comprimento do objeto em movimento
4. Comprimento do objeto imóvel
5. Área do objeto em movimento
6. Área de objeto imóvel
7. Volume de objeto em movimento
8. Volume de objeto imóvel
9. Rapidez
10. Força
11. Tensão, pressão
12. Forma
13. Estabilidade do objeto
14. Força
15. Durabilidade do objeto em movimento
16. Durabilidade do objeto imóvel
17. Temperatura
18. Brilho
19. Energia gasta por objeto em movimento
20. Energia gasta por objeto imóvel
21. Poder
22. Desperdício de energia
23. Desperdício de substância
24. Perda de informação
25. Perda de Tempo
26. Quantidade de Substância
27. Confiabilidade
28. Precisão de medição
29. Precisão de fabricação
30. Fatores prejudiciais de atuam no objeto
31. Efeitos colaterais nocivos
32. Fabricação
33. Conveniência de uso
34. Capacidade de reparação
35. Adaptabilidade
36. Complexidade do dispositivo
37. Complexidade de controle
38. Nível de automação
39. Produtividade
Fonte: Mazur (1995)
121
ANEXO 3 – Padrões de evolução de patentes. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019
1. A tecnologia segue um ciclo de vida de nascimento, crescimento, maturidade, declínio.
2. Aumento da Idealidade.
3. Desenvolvimento desigual de subsistemas resultando em contradições.
4. Dinamismo e controlabilidade crescentes.
5. Aumento da complexidade, seguido pela simplicidade por meio da integração.
6. Correspondência e incompatibilidade de partes.
7. Transição de macros sistemas para microssistemas usando campos de energia para obter melhor desempenho ou controle.
8. Diminuindo o envolvimento humano com o aumento da automação.
Fonte: Mazur (1995)