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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO TURISMO E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO: RELAÇÕES PÚBLICAS
FERNANDA NICACIO ZANELLA
KAMYLA MORONI MESQUITA
MATHEUS GOMES SANTOS
SARAH IDALIA DE FARIAS BATISTA
PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA CUNHÃ COLETIVO FEMINISTA
JOÃO PESSOA
2016
1
FERNANDA NICACIO ZANELLA
KAMYLA MORONI MESQUITA
MATHEUS GOMES SANTOS
SARAH IDALIA DE FARIAS BATISTA
PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA CUNHÃ COLETIVO FEMINISTA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Relações Públicas do
Departamento de Comunicação Social da
Universidade Federal da Paraíba, como
requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Relações Públicas.
Orientadora: Prof. Ma. Joelma da Silva
Oliveira
JOÃO PESSOA
2016
Catalogação da Publicação na Fonte.
Universidade Federal da Paraíba.
Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).
Zanella, Fernanda Nicacio.
Programa de relações públicas para cunhã coletivo feminista. /
Fernanda Nicacio Zanella, Kamyla Moroni Mesquita Matheus Gomes
Santos, Sarah Idalia De Farias Batista.- João Pessoa, 2016.
69 f.il.
Monografia (Graduação em Comunicação Social- Habilitação em
Relações Públicas) – Universidade Federal da Paraíba - Centro de
Ciências Humanas, Letras e Artes.
Orientadora: Prof.ª Me. Joelma da Silva Oliveira
1. Relações públicas. 2. Comunicação interna. 3. Terceiro setor. 4.
Ações estratégias planejamentos. I. Título.
BSE-CCHLA CDU 659
2
FERNANDA NICACIO ZANELLA
KAMYLA MORONI MESQUITA
MATHEUS GOMES SANTOS
SARAH IDALIA DE FARIAS BATISTA
PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA CUNHÃ COLETIVO FEMINISTA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Relações Públicas do
Departamento de Comunicação Social da
Universidade Federal da Paraíba, como
requisito para obtenção do grau de Bacharel em
Relações Públicas.
Resultado: ______________________ Nota: __________
Aprovado em ___ de ______________ de 2016.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Profa. Ma. Joelma da Silva Oliveira (orientadora)
Universidade Federal da Paraíba
__________________________________________________
Profa. Ma. Andréa Karinne Albuquerque Maia (examinadora)
Universidade Federal da Paraíba
__________________________________________________
Profa. Ma. Ana Priscila S. Gesteira (examinadora)
Universidade Federal da Paraíba
3
AGRADECIMENTOS
Por Fernanda
Agradeço esta realização primeiramente a Deus, pois se não fosse pela vontade dele não
estaria concluindo esta etapa de minha vida. Em segundo lugar, serei eternamente grata pelo
apoio dado pelo meu pai, Fernando Zanella, e pela minha mãe, Wilma Nicácio, que em todos
os momentos decisivos da minha vida estiveram ao meu lado.
Aos meus colegas, Matheus Gomes, Kamyla Mesquita e Sarah Idalia, que contribuíram
ao longo de toda a caminhada da graduação, cada um com suas características, foram peças
essenciais para a elaboração de um trabalho de qualidade.
Aos professores que sempre se empenharam para oferecer um ensino de qualidade
apesar de tantas dificuldades impostas pelo ensino público.
4
Por Kamyla
Dedico esta feliz conquista a Deus, que iluminou meu caminho nestes anos de graduação
e permitiu, com suas bênçãos, que eu nunca pensasse em desistir deste curso que tanto me
identifico.
À minha família, em especial as minhas avós Maria de Fátima Frade e Genilda Galdino,
que me sempre me mostraram a importância do estudo e me incentivam a buscar novos
conhecimentos para crescer cada vez mais.
Aos meus avôs Jeová Mesquita e Rômulo Moroni (In Memorian) que não puderam
compartilhar este momento especial, mas sei que torcem por mim lá de cima.
À minha mãe, Kátya Moroni, que me ensinou a ser uma mulher íntegra, corajosa e digna,
e ao meu padrasto, Fernando Weick. Juntos, sempre estiveram presentes me apoiando e
acreditando nos meus sonhos, me fazendo sentir segura para continuar.
Ao meu pai, Marco Mesquita, por ter sido exigente com os estudos desde o ensino
fundamental e por acreditar que, escolhendo este curso, estaria feliz e realizada
profissionalmente.
Aos meus tios Breno Mesquita, Bruno Mesquita, Franco Mesquita, Leone Mesquita, e
tias Patrícia Moroni, Melissa Maia, Alyne Mariath, que sempre torceram e acreditaram no meu
potencial.
Ao meu amor, Pablo da Cunha Lima, com quem compartilhei a felicidade de passar no
vestibular em 2011 e hoje, celebra junto comigo a conquista da minha graduação.
Aos meus amigos, Danielle Marques, Fernanda Zanella, Matheus Gomes e Sarah
Batista, com quem dividi alegrias e agonias nestes anos. E hoje, com alegria, celebram esta
conquista lado a lado.
Por fim e não menos importante, a todos os professores que, desde o primeiro período,
foram incansáveis na arte de ensinar e contribuíram significativamente para a realização desta
etapa acadêmica mesmo com todos os desafios.
5
Por Matheus
Aos meus familiares e amores que ao longo de todo o curso sempre apoiaram e
incentivaram na minha caminhada.
À nossa orientadora, Joelma Oliveira pela colaboração, ajuda, exigência e orientação
neste sonho realizado.
Aos demais professores que sempre buscaram transmitir seus conhecimentos e assim
tornar a conclusão deste trabalho algo possível. Em especial ao Professor Júlio Afonso Sá de
Pinho Neto e Andréa Karinne Albuquerque Maia.
Aos colegas de turma que, juntos, trilharam este caminho e hoje chegam lado a lado
neste momento tão importante. Principalmente à Danielle Marques, Fernanda Zanella, Kamyla
Mesquita e Sarah Idália.
E por fim, mas não menos importante, à ONG Cunhã Coletivo Feminista, pela dedicação
e apoio na efetividade e conclusão deste Programa de Relações Públicas.
6
Por Sarah
Agradeço primeiramente à Deus. Em seguida aos meu pais, João e Maria Helena, que
sempre serão os meus maiores exemplos nessa vida, que permitiram que tudo isso se tornasse
possível, que me educaram, me apoiaram e acreditaram que eu alcançaria meus sonhos, e que
merecem muito mais do que palavras como prova de gratidão e do meu amor.
Ao meu irmão, Jarbas, que me ensinou muito, mesmo nas pequenas coisas e me fez ter
vontade de me tornar sempre melhor.
À Beatriz Batinga, que me ensinou muito, me escutou quando necessário e esteve
sempre ao meu lado me apoiando em todo o percurso.
Aos meus colegas de classe. Com destaque aos que fazem parte desse grupo, Kamyla,
Matheus e Fernanda, que mais que colegas de profissão, foram colegas de um trabalho árduo e
muito gratificante, vocês são fantásticos. Danielle, você também faz parte da minha história.
Obrigada pelos anos mais intensos que dividimos.
À todas e todos que fazem a Cunhã, por estarem disponíveis e confiar no nosso trabalho.
À professora orientadora, Joelma Oliveira, que muito nos ensinou, guiou e incentivou a
nos tornarmos profissionais dedicados e de qualidade. Toda a sua dedicação e disponibilidade
foram essenciais para que esse trabalho fosse concluído com sucesso.
E por fim, à todos os professores do curso, que durante os meus cinco anos de vida
acadêmica, compartilharam comigo seus conhecimentos e experiências, me formando como
profissional de Relações Públicas.
7
RESUMO
Este trabalho é um estudo das atividades de comunicação desempenhadas na Cunhã Coletivo
Feminista. Sendo uma instituição integrante do Terceiro Setor, a Cunhã é caracterizada como
uma associação sem fins lucrativos e possui como eixo principal de atuação na defesa das
mulheres pela igualdade de gênero. Com o objetivo de identificar e sanar dificuldades
enfrentadas pela equipe de comunicação da ONG, foi realizado um planejamento que
possibilitou a execução de ações estratégicas destinadas a fortalecer significativamente a
comunicação interna através de instrumentos baseados nos princípios da área de Relações
Públicas. Após a coleta de dados e elaboração do briefing da instituição, foi possível aplicar um
projeto de pesquisa que resultou no planejamento de ações estratégicas capazes de suprir a
necessidade comunicacional do público interno. As ações executadas foram capazes de
capacitar profissionalmente a equipe e afetaram positivamente o desenvolvimento de projetos,
no estímulo à participação ativa e contínua das colaboradoras, e na reorganização dos processos
internos de planejamento. A aplicação do programa de Relações Públicas resultou em impacto
direto no desempenho do exercício das colaboradoras, ocorrência confirmada a partir de
aplicação de questionário de avaliação realizado no fim deste projeto, como também, no
estabelecimento de documentos direcionadores de atuação, constituindo assim um composto de
atuação que forneceu maior eficácia e sustentabilidade da comunicação.
Palavras-chave: Relações Públicas. Comunicação interna. Terceiro Setor. Ações estratégicas.
Planejamento.
8
ABSTRACT
This paper is a study of the communication activities performed in Cunhã Coletivo Feminista.
Being an institution of the Third Sector, Cunhã is characterized as a non-profit organization and
has as its main line of action in defense of women for gender equality. In order to identify and
remedy difficulties faced by the communications team of the NGO, it was carried out a plan
that enabled the implementation of strategic actions designed to significantly strengthen internal
communication through instruments based on the principles of Public Relations area. After a
data collection and preparation of the institution briefing, it was possible to apply a research
project that resulted in the planning of strategic actions that address the communication needs
of the internal public. The actions taken were able to professionally train the team and positively
affected the development of projects, stimulating the active and continuous participation of the
workers, and the reorganization of planning internal processes. The application of the Public
Relations program resulted in direct impact on the performance of workers, confirmed by a
assessment questionnaire conducted at the end of this project, also in establishing drivers
documents of action, thus providing a compound of activities that provide greater efficiency
and sustainability of the communication.
Keywords: Public Relations. Internal Communication. Third Sector. Strategic Actions.
Planning.
9
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Questão 1: Você se considera apto a gerenciar o Google Drive (instrumento
escolhido pela organização para armazenamento e compartilhamento de informações)? ....... 36
Gráfico 2 – Questão 2: Quão eficaz você considera que este instrumento (Google Drive) é para
a organização? .......................................................................................................................... 37
Gráfico 3 – Questão 3: Você conhece o Código de Conduta e o Regimento Interno da
organização? ............................................................................................................................. 37
Gráfico 4 – Questão 4: Quão importante você considera a contribuição de um código de
conduta e de um regimento interno em forma de documento para orientação das ações e
decisões da organização? .......................................................................................................... 38
Gráfico 5 – Questão 6: Você sente necessidade de mais reuniões e treinamentos oferecidos pela
Cunhã? ...................................................................................................................................... 39
Gráfico 6 – Questão 7: Com que frequência acontecem as reuniões gerais (com todos os
colaboradores e voluntários da organização? ........................................................................... 40
Gráfico 7 – Questão 8: Avalie a efetividade dessas reuniões gerais para o debate dos assuntos
de interesse da organização. ..................................................................................................... 40
Gráfico 8 – Questão 1: Dê uma nota de 1 a 5 referente a qualidade do manual do colaborador
disponibilizado, sendo 1 não satisfeito e 5 muito satisfeito. .................................................... 54
Gráfico 9 – Questão 3: Pontue de 1 a 5 o treinamento realizado sobre o Google Drive, sendo 1
não satisfeito e 5 muito satisfeito ............................................................................................. 55
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Eixos de atuação da ONG Cunhã Coletivo Feminista ......................................... 17
Quadro 2 – Linhas de Trabalho e Atividades da ONG Cunhã Coletivo Feminista ................ 17
Quadro 3 – Públicos da ONG Cunhã Coletivo Feminista ....................................................... 20
Quadro 4 – Cronograma de realização da pesquisa ................................................................ 35
Quadro 5 - Avaliação geral das ações propostas ..................................................................... 51
Quadro 6 - Orçamento geral das ações propostas ................................................................... 51
Quadro 7 - Cronograma geral das ações propostas ................................................................. 51
11
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14
2. PESQUISA INSTITUCIONAL – BRIEFING ................................................................. 15
2.1 Dados cadastrais da organização-cliente ................................................................ 15
2.2 História da organização .......................................................................................... 15
2.3 Estrutura organizacional ......................................................................................... 16
2.3.1 Ramo de Atividade ................................................................................. 16
2.3.2 Política de recursos humanos ................................................................ 16
2.3.3 Serviços Oferecidos ................................................................................ 16
2.3.4 Sistema de informatização .................................................................... 18
2.3.5 Organograma Principal ......................................................................... 18
2.3.6 Parceiros e Investidores ......................................................................... 19
2.4 Economia organizacional e seu mercado de atuação ......................................... 19
2.4.1 Concorrência .......................................................................................... 19
2.5 Análise dos públicos da organização ................................................................... 20
2.5.1 Relação com a Imprensa ......................................................................... 21
2.5.2 Relação com o Governo .......................................................................... 21
2.6 Análise do sistema de comunicação ..................................................................... 22
2.6.1 Denominação e equipe do setor de comunicação .................................. 22
2.6.2 Instrumentos de comunicação ................................................................ 23
2.7 Análise da cultura organizacional ....................................................................... 25
2.7.1 Missão e estratégias da organização ...................................................... 25
2.7.2 Código de Ética e Princípios Operacionais ............................................ 26
2.7.5 Tipo de cultura e Clima organizacional ................................................. 26
2.8 Análise do cenário organizacional ....................................................................... 26
2.8.1 Problemas Críticos .................................................................................. 27
2.8.2 Exame da situação .................................................................................. 27
2.8.3 Análise SWOT ......................................................................................... 28
3. PESQUISA .......................................................................................................................... 30
3.1 Introdução ............................................................................................................. 30
3.2 Justificativa ........................................................................................................... 30
3.3 Problematização .................................................................................................... 32
3.4 Objetivos ................................................................................................................ 32
3.4.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 32
12
3.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 32
3.5 Hipóteses ................................................................................................................ 33
3.6 Metodologia ........................................................................................................... 33
3.6.1 Tipo e Local de Estudo ............................................................................ 33
3.6.2 População e Amostra .............................................................................. 34
3.6.3 Instrumento para Coleta de Dados ......................................................... 34
3.6.4 Análise dos Dados ................................................................................... 34
3.7 Cronograma .......................................................................................................... 35
3.8 Orçamento ............................................................................................................. 35
3.9 Análise dos dados .................................................................................................. 35
3.10 Considerações finais da pesquisa ...................................................................... 40
4. DIAGNÓSTICO ................................................................................................................. 42
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 43
5.1 Comunicação Organizacional .............................................................................. 43
5.2 A Comunicação no Terceiro Setor ...................................................................... 44
5.3 As Relações Públicas e o Terceiro Setor ............................................................. 45
6. PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS ................................................................... 47
6.1 Missão da comunicação ........................................................................................ 47
6.2 Objetivo geral e metas da comunicação organizacional.................................... 47
6.2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 47
6.2.2 Objetivos específicos ............................................................................... 47
6.3 Propostas de ação .................................................................................................. 48
6.3.1 Propostas ................................................................................................. 48
6.3.2 Justificativa do programa ....................................................................... 49
6.3.3 Objetivos geral e específicos ................................................................... 49
6.3.3.1 Objetivo Geral ........................................................................... 49
6.3.3.2 Objetivos Específicos ................................................................ 49
6.4 Público-alvo ........................................................................................................... 49
6.5 Desenvolvimento das ações .................................................................................. 49
6.6 Formas de Avaliação ............................................................................................ 50
6.7 Orçamento Geral .................................................................................................. 51
6.8 Cronograma geral de aplicação ........................................................................... 51
7. RELATÓRIO DAS AÇÕES EXECUTADAS ................................................................. 53
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 56
13
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 58
APÊNDICES ........................................................................................................................... 60
ANEXOS ................................................................................................................................. 67
14
1. INTRODUÇÃO
Desenvolvido por um grupo de estudantes do curso de Relações Públicas da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), este Trabalho de Conclusão de Curso é um estudo
realizado na Organização Não Governamental (ONG) Cunhã Coletivo Feminista. Tendo como
objetivo analisar e ressaltar a importância da comunicação e das atividades planejadas e
executadas por profissionais de Relações Públicas principalmente em organizações do Terceiro
Setor, este trabalho é reflexo do aprofundamento de conteúdo advindo de pesquisas
anteriormente realizadas pelos autores deste trabalho nesta entidade, fator que contribuiu para
um acompanhamento das adversidades vivenciadas pelos colaboradores internos no
desenvolvimento de suas atividades no período de um ano.
Neste sentido, o profissional da área tem um papel de destaque enquanto gestor da
comunicação, pois o mesmo tem a importante função de avaliar os processos comunicacionais
vigentes na organização, detectar falhas e aprimorar os instrumentos de comunicação dirigida
existentes, bem como planejar a comunicação de maneira eficiente para que organização
obtenha êxito no seu desenvolvimento.
A aplicação de um Programa de Relações Públicas no Coletivo Feminista se mostrou
necessária a partir da análise das informações coletadas após a realização do briefing, composto
por um levantamento de dados completo da organização, histórico, organograma com o
detalhamento dos cargos compostos por voluntários, públicos, análise SWOT e, por fim, um
exame da situação que inclui a performance da entidade atualmente. Com o desenvolvimento
do briefing foi possível aprofundar os conhecimentos e desenvolver um planejamento que
atendesse às necessidades identificadas. A ausência de documentos oficiais que pudessem
nortear os atuais e futuros colaboradores foi um dos pressupostos básicos para a idealização das
hipóteses e ações que foram planejadas com o objetivo de agregar conhecimento ao currículo
profissional das colaboradoras, assim como reorganizar os processos internos na área de gestão
de projetos, para que, desta forma, fossem estabelecidas relações de compreensão mútua a
partir da integração da equipe e da adoção de ferramentas que contribuíssem para a
simplificação e aprimoramento dos processos internos.
Este Programa de Relações Públicas visa agregar estratégias que estimulem a interação
da equipe de trabalho e capacitar as colaboradoras para que se tornem aptas a utilizar as
ferramentas e plataformas online que a Cunhã disponibiliza, dessa forma trabalhando o
relacionamento com o público interno.
15
2. PESQUISA INSTITUCIONAL – BRIEFING
2.1 Dados cadastrais da organização-cliente
Razão Social: Cunhã Coletivo Feminista
CNPJ: 24.507.790/0001-64
Endereço: Avenida Abdias Gomes de Almeida, 773 - Tambauzinho. João Pessoa/PB CEP
58042-100
Telefone: (83) 3241-5916
E-mail: [email protected]
Data da abertura: 12/09/1990
Site: http://www.cunhanfeminista.org.br
Fanpage: https://www.facebook.com/cunhanfeminista
2.2 História da organização
A Cunhã Coletivo Feminista é uma organização social sem fins lucrativos, fundada em
1990 no estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, que tem como missão promover a igualdade de
gênero, baseada na defesa dos direitos humanos, o feminismo, a justiça social e a democracia.
A palavra ‘cunhã’ significa mulher na língua Tupi, sendo também uma flor bastante comum na
Paraíba, conhecida como Clitoria ternatea, muito parecida com o órgão genital feminino.
A organização contribui para o fortalecimento das mulheres no enfrentamento ao
patriarcado, ao racismo e ao machismo, visando à igualdade de gênero e raça, a ampliação da
democracia e a transformação social, por meio de estratégias de formação, incidência política,
produção do conhecimento e comunicação.
A atuação junto a grupos de mulheres jovens e adultas em situação de pobreza, nos
contextos urbano e rural, visa o fortalecimento do movimento de mulheres feministas e busca,
cada vez mais, desenvolver ações em consonância com organizações, redes e articulações
feministas no Brasil e na região latino-americana, especialmente junto à Articulação de
Mulheres Brasileiras (AMB), onde se integra a coordenação.
A Cunhã promove ações de formação e incidência junto a parlamentares, gestores (as)
públicos (as), profissionais de saúde, educação, segurança pública, entre outras áreas, e
participa de redes e articulações feministas na luta pelos direitos humanos das mulheres,
visando a igualdade de gênero e a ampliação da participação política das mulheres.
16
A organização realiza ainda processos de formação junto a grupos de mulheres,
organizações comunitárias, movimento feminista e de mulheres e movimentos sociais nas
temáticas de: direitos sexuais e direitos reprodutivos; enfrentamento à violência contra as
mulheres; enfrentamento às desigualdades de raça e de gênero; políticas públicas para as
mulheres; democratização do poder e reforma do sistema político brasileiro; seguridade,
proteção social e trabalho das mulheres; autonomia econômica das mulheres, entre outras
questões.
2.3 Estrutura organizacional
2.3.1 Ramo de Atividade
O Coletivo Feminista Cunhã é uma Associação sem fins lucrativos. Apresenta-se como
atividade econômica principal de associações que lutam pela defesa dos direitos sociais,
especificamente o direito das mulheres e tem como atividades econômicas secundárias, as ações
de organizações associativas ligadas à cultura e à arte, manejadas e elaboradas por mulheres.
2.3.2 Política de recursos humanos
A diretoria da organização é composta pelo Conselho Consultivo e pelo Conselho
Fiscal. Nestes conselhos atuam colaboradores voluntários que se apresentam de forma
esporádica e consultiva.
A coordenação colegiada é composta pela Coordenação Executiva e pelas coordenações
de eixos de trabalho. A Coordenação Executiva é a responsável pela administração,
comunicação e pelas atividades político-pedagógicas, já os coordenadores de eixos de trabalho
atuam diretamente em suas frentes de trabalho, sendo: Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos,
Fortalecimento do Movimento de Mulheres, Trabalho e Autonomia das Mulheres, e
Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. Os colaboradores que atuam na coordenação
colegiada fazem o trabalho técnico e ativo no dia a dia e são remunerados pelo seu trabalho.
Os encontros entre os conselhos e a coordenação colegiada acontecem em reuniões
anuais planejadas para este fim ou em reuniões extraordinárias, quando solicitadas.
2.3.3 Serviços Oferecidos
17
Quadro 1 – Eixos de atuação da ONG Cunhã Coletivo Feminista
Eixos de Atuação
Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Fortalecimento do Movimento de Mulheres
Trabalho e Autonomia das Mulheres
Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres
Fonte: Elaboração própria com base da Cunhã Coletivo Feminista, 2016.
Quadro 2 – Linhas de Trabalho e Atividades da ONG Cunhã Coletivo Feminista
Linhas de Trabalho Atividades
Educação Feminista
- Participação e realização de processos formativos,
em oficinas, seminários, debates ou rodas de
conversas, com temas como: sexualidade, saúde,
mortalidade materna, gravidez indesejada, saúde
sexual, reprodutiva, lutas feministas;
- Consultorias e assessorias à gestão pública, para
implementação de serviços.
Incidência Política
- Parcerias com grupos produtivos, sindicatos,
associações de trabalhadoras domésticas, organizações
sociais, movimentos sociais e organismos de políticas
públicas;
- Articulação com gestores da rede de atenção às
mulheres e sociedade civil;
- Desenvolvendo ações de mobilização social e
política na defesa do direito ao trabalho digno para
todas as mulheres;
- Participação ativa na REAMCAV (Rede de Atenção
às Mulheres em Situação de Violência);
- Realizar e/ou participar de ações junto ao movimento
feminista e de mulheres;
- Assistência técnica especializada às mulheres em
questões como trabalho, produção, comercialização,
geração de renda e acesso às políticas de crédito.
18
Produção do Conhecimento
- Pesquisas, diagnósticos e campanhas para
conhecimento da realidade em que vivem as mulheres;
- Elaboração de dossiês sobre a realidades das
mulheres.
Comunicação - Assessoria de comunicação;
- Elaboração de campanhas e produtos gráficos.
Fonte: Elaboração própria com base da Cunhã Coletivo Feminista, 2016.
2.3.4 Sistema de informatização
No que diz respeito ao uso de tecnologias para comunicação externa, a ONG utiliza as
mídias sociais Facebook e Twitter, o site institucional, criação de peças informativas e de
divulgação da organização e de sua missão. Para este fim é utilizado equipamento fotográfico
para a gravação de vídeos. Houve trabalho que utilizou o recurso de plataforma online para
aplicação de curso online e este conseguiu abrangência estadual. Faz-se conferências,
teleconferências e há o uso do Skype para reuniões coletivas com a Rede de Mulheres e
organizações parceiras. Ainda existe um trabalho com a Universidade Livre Feminista por meio
da aplicação de cursos na plataforma da Universidade. Já na comunicação interna faz-se uso do
aplicativo Whatsapp e grupos fechados no Facebook.
É uma organização que utiliza, sempre que possível, instrumentos tecnológicos que
possam agregar à visibilidade da mesma. Mas ainda é feito muito trabalho manual, nas ruas,
de porta em porta, com muito diálogo, e o meio online fica responsável por divulgar essas ações,
manifestações e posicionamentos.
2.3.5 Organograma Principal
O organograma apresentado a seguir foi elaborado pela equipe com base nas
informações coletadas por meio de entrevista, a qual informou o funcionamento cotidiano do
trabalho na organização e como este trabalho era disposto enquanto um fluxo de cargos e
responsabilidades.
19
Figura 1 – Organograma
Fonte: Elaboração própria com base da Cunhã Coletivo Feminista, 2016.
2.3.6 Parceiros e Investidores
A organização conta com vários parceiros no segmento de organizações sociais
feministas e usa essas parcerias em prol do fortalecimento da rede de mulheres, tendo como
principais parceiros a Universidade Livre Feminista, a Casa Pequeno Davi, Amazona
Associação de Prevenção à Aids, Centro da Mulher 8 de Março, Fundação Margarida Maria
Alves, Articulação de Mulheres Brasileiras, Rede de Mulheres em Articulação na Paraíba,
Instituto Chico Mendes e Concern Universal.
No segmento de investidores que impulsionam a organização financeiramente e
patrocina os projetos, o Fundo Social Elas – Avon se destaca sendo o maior investidor da ONG
atualmente. A Cunhã ainda conta com uma perspectiva futura de investimentos por parte do
Procap (Programa de Capitalização das Cooperativas) e do Fida (Fundo Internacional de
Investimento Agrícola).
2.4 Economia organizacional e seu mercado de atuação
Coletivo Feminista Cunhã é uma organização sem fins lucrativos que trabalha com a
disseminação e defesa dos direitos das mulheres, em assuntos como saúde, direitos sexuais e
reprodutivos, combate à violência contra a mulher e autonomia na geração de renda. A
organização trabalha com formação política feminista com mulheres de João Pessoa e do
interior da Paraíba, faz um serviço de assessoria para outros movimentos e organizações sociais,
além de realizar pesquisas e produção gráfica de material informativo sobre a realidade das
mulheres.
2.4.1 Concorrência
20
Considerando a concorrência como um processo de busca, disputa ou competição entre
empresas que atuam no mesmo segmento ou setor com finalidade de atrair clientes e
consequentemente conseguir lucro, atenção ou vantagem sob outra organização é possível
encontrar na cidade de João Pessoa algumas organizações sociais feministas que visam os
mesmos objetivos e público-alvo, tais como Bamidelê, Centro da Mulher 08 de Março, Grupo
de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria, Casa da Mulher Renasce Companheira, Centro Holístico
da Mulher (Afya), Católicas pelo Direito de Decidir e Coletivo Feminino Santo Dias.
Porém a Cunhã considera essa classificação como um processo de rivalidade e não
considera as outras ONGs e movimentos do mesmo segmento de atividade como concorrência,
e sim como aliados e parceiros com finalidade de formação de uma rede que fortaleça a
disseminação e conscientização da posição da mulher na sociedade. Estas organizações têm
trabalhado atualmente com consórcios (em parcerias) para quebrar a perspectiva de
concorrência, com os recursos oferecidos para esse segmento de trabalho elas unem ideias e
interesses a fim de que os grupos trabalhem e abranjam mais pessoas e localidades.
2.5 Análise dos públicos da organização
Os públicos que uma organização trabalha, buscando uma relação harmoniosa são
tradicionalmente classificados em interno e externo (PENTEADO, 1969) e Andrade (1993)
acrescenta ainda junto à essa classificação o público misto, visto que as duas categorias
anteriores não seriam suficientes para abarcar todos os públicos que uma organização venha a
possuir. O público interno é aquele que possui ligação socioeconômica e jurídica com a
empresa, o público externo é aquele que afeta a organização pois tem um interesse relativo na
mesma, por fim, o misto possui relações socioeconômicas e jurídicas, porém não ocupam
espaço físico e não vivencia a rotina na organização.
Na organização Cunhã Coletivo Feminista é possível encontrar os seguintes públicos
direcionados:
Quadro 3 – Públicos da ONG Cunhã Coletivo Feminista
PÚBLICO INTERNO - Colaboradores.
PÚBLICO MISTO - Articulação de Mulheres Brasileiras
(AMB);
21
- Centro de Referência à Mulher Maria
Ednalva Bezerra;
- Casa Abrigo;
- Rede de Atenção às mulheres em
situação de violência (REAMCAV);
- Curumim;
- SOS Corpo;
- Casa Pequeno Davi;
- NIPAM/UFPB;
- Governo Estadual.
PÚBLICO EXTERNO
- Mulheres trabalhadoras nas áreas
urbanas e rurais nos segmentos:
domésticas, agricultoras, artesãs,
rendeiras, pescadoras, marisqueiras,
catadoras de materiais recicláveis;
- Maternidades públicas da Paraíba;
- Médicos obstetras, ginecologistas,
anestesistas e enfermeiros;
- Imprensa Estadual.
Fonte: Elaboração própria, 2016.
2.5.1 Relação com a Imprensa
O relacionamento com a imprensa acontece de ambos os lados. A ONG já é conhecida
na imprensa e quando há necessidade por parte da imprensa que seja falado sobre algum assunto
relacionado ao direito da mulher, a Cunhã é solicitada nas pautas e esta, quando não pode
participar indica uma ONG parceira que trate do assunto requerido. Em contrapartida, quando
a Cunhã necessita de divulgação na mídia, entra em contato com a imprensa através de release
e contatos para disseminar a informação.
2.5.2 Relação com o Governo
O relacionamento com o governo é de nível estadual baseado em parcerias e diálogos
constantes. Existe ainda um trabalho de consultoria para este governo direcionado à Casa
22
Abrigo e os Centros de Referência do município com a temática violência e em formações de
políticas públicas.
O relacionamento com o governo é valorizado pela organização para que haja sempre o
diálogo aberto e a disseminação das políticas inclusivas, de gênero e direcionadas às mulheres,
até mesmo apresentando uma certa pressão política quando necessário.
2.6 Análise do sistema de comunicação
2.6.1 Denominação e equipe do setor de comunicação
Na percepção da organização, a comunicação vai além da venda de um produto, ela
engloba a disseminação de uma mensagem, uma ideia. Não só na escrita ou na fala, mas também
no resultado do trabalho das mulheres, como por exemplo a renda renascença representando a
cultura do seu lugar e da sua capacidade de trabalho.
Porém, atualmente não existe um setor responsável pela comunicação e promoção
institucional, nem políticas de comunicação que norteiem a tomada de decisões ou
planejamento de ações que visem otimizar a esfera comunicacional da Cunhã para com seus
públicos.
A organização social trabalha com uma dinâmica de projetos, e nessa dinâmica o setor
e a equipe a serem formados dependem da demanda e necessidade desses projetos, e a presença
desses profissionais na organização como colaboradores depende da capacitação de recursos
financeiros.
Apesar de atualmente a equipe de comunicação não estar formada, o trabalho que
envolve este setor e as responsabilidades do mesmo continua sendo elaborado e aplicado. No
momento, a coordenação colegiada está responsável por desenvolver os trabalhos de
comunicação. A equipe que compõe esta coordenação não possui formação acadêmica na área
de Comunicação, e sim em Psicologia e Serviço Social, enquanto o gerenciamento e manuseio
do e-mail institucional é realizado por um profissional de Matemática.
No que diz respeito ao planejamento das atividades de comunicação desenvolvidas na
organização, é realizado um Plano de Ação (POA), o qual, anualmente é revisado com a
finalidade de definir quem serão os responsáveis e a equipe dos projetos inclusos nesse plano.
A parte gráfica, artística, identidade e técnica fica sob responsabilidade dos componentes da
coordenação colegiada.
23
2.6.2 Instrumentos de comunicação
De acordo com informações obtidas em entrevista com colaboradoras, os instrumentos
de comunicação utilizados na organização são:
a) Programa de integração:
Ao entrar um novo colaborador na organização, acontece uma reunião geral com
apresentação de todas as pessoas da equipe, assim como as funções e o trabalho que irá
desempenhar. No primeiro momento o novo colaborador conhece a organização e o que esta
almeja e trabalha no cotidiano, missão e princípios organizacionais.
b) Programa de visitas:
Atualmente o programa de visitas está suspenso, foi discutido em reuniões que essa não era
a prioridade até então, mas estão retomando essas atividades aos poucos, pois essas visitas são
planejadas e orientadas de acordo com o grupo agendado. O interesse parte na maioria das vezes
de estudantes universitários.
c) Reuniões Administrativas:
Estas acontecem quinzenalmente e participam todas as pessoas envolvidas na coordenação
colegiada. Nas reuniões é feita a análise e decisões do POA, dos projetos, dos editais, além de
ocorrer uma avaliação do contexto e definições das atividades dos próximos 15 dias.
d) Entrevista de desligamento:
Os desligamentos acontecem após o termino dos projetos, através de conversas individuais
com cada colaborador do projeto e em conversas coletivas para avaliação do projeto. Essas
pessoas já têm ciência de que ao encerramento do projeto elas serão desligadas da organização.
Não há histórico de demissões na organização.
e) Folders e cartazes:
São feitos com base na demanda dos eixos de trabalho e nos tópicos abordados por eles,
assim como eventos e trabalhos desenvolvidos e informativos.
f) Revista Institucional:
Existia uma revista anual intitulada “Toques de saúde”, disponibilizada virtualmente e
fisicamente, mas com o fim do patrocínio, a ONG não teve condições financeiras de continuar
arcando com novas edições da revista.
g) Quadro de avisos:
Utilizam quadro de avisos, pois as informações se mantém visíveis e acessíveis a todos, o
que evidencia a sua eficiência e justifica sua utilização. Contam com 2 pontos distribuídos na
sala de reuniões e na área comum do ambiente. Existe ainda um quadro mural com calendário
24
na área comum, nele contém o mês atual e o seguinte, é compartilhado e de acesso de todos
para marcações de datas importantes para o todo da organização.
h) Sistema de comunicação interno:
Para a comunicação interna os colaboradores utilizam e-mail com domínio corporativo com
acesso através do site do Gmail, assim como as ferramentas que essa plataforma disponibiliza,
tais como agenda eletrônica no Google calendário e Google drive e também grupos no
WhatsApp.
i) Site na internet:
Visa ser um canal de informações sobre a gama de atuação da Cunhã, como também de
conter informações sobre o órgão. As informações não estão completamente atualizadas devido
a constante mudança na estrutura organizacional.
j) Serviço de Atendimento ao Consumidor:
Antes da criação e visibilidade dos Centros de Referência, a ONG atendia muitas pessoas
em caso de violência contra a mulher. Atualmente quando esta situação ocorre, a ONG realiza
o primeiro contato com a vítima para orientá-la para um dos Centros de Referência. Os casos
aparecem em grande maioria por telefone e presencialmente.
k) Campanhas publicitárias:
Em campanha recente intitulada de “Amar é um Direito de Todas”, acerca da visibilidade e
aceitação das mulheres lésbicas, foi elaborado um trabalho em outdoors espalhados pela cidade
de João Pessoa e contou com planejamento e implementação da antiga equipe de comunicação.
l) Eventos de apoio cultura/social:
A organização participa ativamente de manifestações da militância feminista, no apoio
gráfico em banners e panfletos, bem como disseminação de informações, ideologia e apoio aos
protestos.
m) Eventos voltados para o treinamento dos colaboradores:
Quando há demanda e essas capacitações externas os colaboradores entram em comum
acordo de qual a necessidade e qual a pessoa que comparecerá à capacitação e se revezam para
participar e estarem inteirados, com base nas áreas de atuação. Quanto à viabilidade financeira,
caso exista fundos e recursos na organização a própria Cunhã arca com os custos, quando não
os colaboradores entram com a captação de recursos com algum financiador ou por conta
própria.
n) Outros:
25
Ainda trabalham com E-mail Marketing1, através de um mailing list2 interno, trabalham
com campanhas e informativos nas redes sociais (Facebook, Twitter3, Instagram4, Youtube5).
2.7 Análise da cultura organizacional
A cultura organizacional significa o conjunto de valores, crenças, rituais e normas
adotadas por uma determinada organização. Segundo Schein (1984), a cultura organizacional é
formada por três níveis: Os pressupostos básicos como as crenças que são adquiridas em relação
à empresa e a natureza humana, os valores que são princípios, normas e modelos de
direcionamento comportamental importantes para a formação de um clima organizacional
favorável e em terceiro os artefatos resultados perceptíveis da ação de uma empresa que são
apoiados pelos valores.
A cultura tende a ser flexível e sofre alterações ao longo do tempo, seja no âmbito
socioeconômico, tecnológico ou cultural, que são decorrentes de condições internas ou
externas. A partir do modo de se relacionar, dos valores e, principalmente, do seu papel diante
da sociedade, fica propício o desenvolvimento da instituição como também a compreensão das
ações, situações e expressões da instituição.
A identificação de seus públicos, tanto interno como externo, com o trabalho
desenvolvido pela organização, é fator indispensável para que o serviço prestado seja
constantemente otimizado. A essência da cultura deve ser transmitida para que seja refletida
em função.
2.7.1 Missão e estratégias da organização
Missão: promover a igualdade de gênero, tendo como referências os direitos humanos,
o feminismo, a justiça social e a democracia.
1O e-mail marketing é uma mensagem de e-mail modelada, afim de buscar um impacto maior junto aos
destinatários. Pode ser uma simples informação, venda, aviso, divulgação de evento, informativo eletrônico, entre
outras muitas finalidades que pode assumir. Fonte: http://www.meumensageiro.com.br/o-que-e-e-mail-
marketing.asp 2 O mailing é uma das formas mais eficientes de marketing direto que uma empresa pode usar. Através do mailing,
uma empresa pode estabelecer contato direto e contínuo com seus consumidores, com a intenção de incentivar a
venda de produtos ou serviços. É uma excelente forma de dar a conhecer um produto ou serviço sem ter que gastar
uma soma elevada em propaganda. Fonte: http://www.listaemailparamaladireta.com.br/mailing-ferramenta-
marketing.asp 3 Twitter Institucional. Disponível em: (https://twitter.com/cunhanfeminista). 4 Instagram Institucional. Disponível em: (https://instagram.com/cunhanfeminista/). 5 Canal do Youtube. Disponível em: (https://www.youtube.com/user/cunhanfeminista1).
26
Estratégias:
- Formação político feminista;
- Mobilização social;
- Incidência política;
- Produção do conhecimento;
- Comunicação no trabalho prioritário com grupos de mulheres, jovens e adolescentes
em situação de vulnerabilidade social, em contextos urbano e rural.
2.7.2 Código de Ética e Princípios Operacionais
A organização conta com um regimento interno inacabado e não formatado, assim como
a falta de um código de ética formalizado. O trabalho e a aplicação dessas práticas e condutas
da Cunhã se dá de modo informal, através das atitudes e ações de intuições do que pode ser
consideradas éticas entre os colaboradores. Não existem documentos que ditam as práticas
diárias e operacionais, só há definição informal contida em intelecto humano dos colaboradores
que participam da coordenação colegiada.
O estatuto existente só formaliza o que já é vivenciado no cotidiano, aquilo que não está
definido em estatuto os colaboradores, que fazem parte da coordenação colegiada, definem de
forma democrática através de reuniões.
2.7.5 Tipo de cultura e Clima organizacional
A estrutura administrativa da Cunhã é distribuída de forma horizontalizada, onde, na
prática e no cotidiano, se torna descentralizada, democrática e de autogestão, onde a diretoria e
as coordenações utilizam uma postura aberta e flexível, envolvendo os colaboradores nas
tomadas de decisões referentes à organização dos processos. As decisões são tomadas de forma
democrática em reuniões planejadas e elaboradas com periodicidade. É possível perceber um
ambiente informal, aproximativo e colaborativo que permite fluidez nos processos de
comunicação, onde os colaboradores da organização são empáticos à ideologia de serem
responsáveis por disseminar e defender esses princípios no convívio diário.
2.8 Análise do cenário organizacional
27
2.8.1 Problemas Críticos
A organização entende que o maior problema atualmente se deve à dificuldade na
captação de recursos, o que impede que os trabalhos iniciados tenham continuidade e isso acaba
influenciando a organização como um todo, tanto na aplicabilidade dos projetos nos eixos de
atuação quanto na composição da própria equipe de colaboradores.
Ainda, além da falta de sustentabilidade financeira, a instabilidade política também é
uma grande preocupação visto que, este acontecimento desestabiliza o equilíbrio financeiro e
político ao qual a organização é conectada e vivencia nos seus trabalhos diários.
Por fim, apesar da falta de um setor de comunicação, a organização vê como um
problema crítico a ausência de pelo menos uma opinião técnica da área de comunicação nos
trabalhos desenvolvidos na ONG.
2.8.2 Exame da situação
Com base nas informações coletadas acerca da Cunhã, foi identificado que são
utilizadas ações de comunicação na organização, como a utilização do Programa de Integração,
que reúne a equipe para apresentação do novo colaborador para que este conheça a organização;
as reuniões administrativas realizadas quinzenalmente para análise dos projetos e editais; a
criação de folders e cartazes feitos com base nos eventos e trabalhos desenvolvidos; os quadro
de avisos; site institucional; serviço de atendimento ao consumidor; campanhas publicitárias;
participação em eventos de apoio cultura/social e eventos voltados para o treinamento dos
colaboradores e E-mail marketing, porém, além destas, foi possível identificar a grande
dificuldade da Cunhã atualmente com a captação de recursos, fato este que impede a
continuação dos projetos.
As organizações não-governamentais necessitam de recursos humanos, financeiros e
estruturais para que suas ações alcancem os resultados esperados. A Cunhã não foge dessa
realidade, quanto aos recursos humanos da organização estudada, após a análise da situação
atual, vê-se a necessidade de uma equipe com capacidades distintas e conhecimentos
específicos é necessária para proporcionar uma base estrutural interna que ofereça firmeza e
domínio no desenvolvimento e na aplicação das ações idealizadas.
Outra questão que permeia a relação da Cunhã com seus colaboradores é o desligamento
automático do colaborador ao término de cada projeto de ação desenvolvido. É de extrema
importância o envolvimento dos colaboradores para a eficácia da atuação da ONG atualmente.
28
Encontrar uma forma de manter os colaboradores que possuem identificação com a missão da
organização concretizará sua atuação na sociedade, seja em questão de alcance de ações ou pela
mobilização pessoal pela causa.
Como identificado nos problemas críticos existentes na realidade da Cunhã, uma das
maiores dificuldades vivenciadas pelos colaboradores é identificar possibilidades de fontes de
financiamento e captação de recursos, sejam eles físicos ou humanos. Diversificar a entrada de
recursos e abrir possibilidades é essencial para que a atuação da organização seja sustentável, e
não dependente de apenas uma forma de captação. A venda de produtos é uma das formas de
captação mais utilizadas pelas organizações já que podem ser confeccionados pela própria
instituição. No caso da Cunhã, é possível a criação de hashtags nas redes sociais e, após o
engajamento do público com a campanha, a produção de itens como canecas e camisas, que
chamem atenção de quem apoia o trabalho realizado pela ONG, gerando recursos para a
entidade.
Ações direcionadas a partir de uma segmentação de públicos contribuiria também para
uma elevação do nível de confiança, credibilidade e visibilidade com a sociedade. Agir de forma
estratégica aumentaria o envolvimento dos públicos em questão qualitativa, de maior interação.
2.8.3 Análise SWOT
Pontos Fortes:
a) Alcance das publicações no Facebook;
b) Bem localizada geograficamente e de fácil acesso;
c) Abrangência e conexão dos trabalhos desenvolvidos pela ONG no município, no estado
e no país;
d) Grande número de parcerias consolidadas.
Pontos Fracos:
a) Não possui um Setor de Comunicação;
b) Ausência de comunicação visual atrativa na faixada da organização;
c) Ausência de uma plataforma interna de comunicação específica entre as unidades João
Pessoa e Cariri;
d) Grande rotatividade de colaboradores na organização.
Oportunidades:
29
a) Reestruturação dos processos internos de trabalho;
b) Busca por alternativas de investimentos e fonte de renda;
c) Estabelecimento de parceria com universidades para contratação de estagiários
universitários;
d) Realização de contrato de serviço com empresas juniores de forma gratuita ou de baixo
custo para a ONG.
Ameaças:
a) Pouca ou não liberação de verba para as atividades de comunicação;
b) Pouca interação com a comunidade por meio de Facebook, Twitter e Instagram;
c) Pouca ou não abertura de editais de investimento voltados para as frentes de trabalho da
ONG;
d) Resistência ou rejeição por parte da sociedade sob os tópicos abordados pela
organização.
30
3. PESQUISA
3.1 Introdução
Como parte fundamental do Programa de Relações públicas, a pesquisa a seguir busca
comprovar os pontos positivos e negativos presentes no Briefing, como forma de traçar as
melhores ações a serem desenvolvidas, de modo que, sejam eficazes e eficientes no âmbito da
comunicação organizacional.
Os estudos preliminares, tratados com seriedade, tornam a pesquisa crível e permitem
apresentar anseios e insatisfações no trato da comunicação, além de apresentar opções
consistentes que auxiliem na tomada de decisões.
Por se tratar de uma organização do terceiro setor, optou-se então por focar a pesquisa
em seu público interno diante do entendimento que é nele que está a grande chave para as
atividades realizadas pela ONG. Seguindo este princípio, a pesquisa de opinião aplicada junto
aos colaboradores da Cunhã, foi analisada sob a metodologia qualitativa.
Para a realização da análise utilizaremos a pesquisa na modalidade descritiva,
observando o seguinte conceito: “é a pesquisa que descreve o comportamento dos fenômenos.
É usada para identificar e obter informações sobre as características de determinado problema
ou questão”. (COLLIS; HUSSEY, 2005, p. 24).
3.2 Justificativa
As organizações estão em constante mudança e adaptação para com seus públicos,
sejam eles internos, externos ou mistos. Dessa maneira, a atividade de Relações Públicas
mostra-se complementar às entidades e utiliza as ferramentas de comunicação ideais para
solucionar cada situação, além de trabalhar a aproximação e o relacionamento de harmonia
entre a organização e seus públicos, fazendo com que a comunicação organizacional seja
planejada e efetiva. O profissional da área elabora tais práticas a partir do uso de instrumentos
de comunicação dirigida. Segundo Ferreira (1997, p.73), a comunicação dirigida tem como
objetivo “a elaboração da mensagem eficiente, eficaz e apta a produzir os efeitos desejados no
público receptor”.
A maior parte das Organizações Não-Governamentais não priorizam a comunicação,
seja por falta de verba proveniente de doações e patrocínio ou por não reconhecer a importância
31
da mesma em todos os âmbitos da entidade, seja interno ou externo. Para que seja possível criar
vínculos comunicacionais e interativos entre a organização e determinado público, é necessário
conhecer e analisar o envolvimento de ambos. De acordo com Pádua (2006, p. 31), a pesquisa,
em seu sentido mais amplo “[...] é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência,
elaborar um conhecimento que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos orientes em
nossas ações”. As informações obtidas com a Pesquisa de Opinião mostram a realidade da
entidade e tem o objetivo de diagnosticar as falhas existentes para que se possa buscar meios e
instrumentos cabíveis e viáveis para tentar solucioná-los. Segundo Fortes (2003, p. 104), “os
resultados das pesquisas ajuízam o nível da informação recebida dos públicos de uma
organização, as suas reações diante das medidas por ela adotadas e a hierarquia dos desejos e
anseios das pessoas relativos à empresa ou a algum setor específico”. Sendo assim, esta
atividade de pesquisa e todo o processo de desenvolvimento e aplicação das ações deve ser
guiada por um planejamento em que se compreende as partes da organização e seus públicos
para que cada uma das ações possa ser direcionada ao seu alvo.
Sabendo que a ONG Coletivo Feminista Cunhã contribui para o fortalecimento das
mulheres no enfrentamento ao patriarcado, ao racismo e ao capitalismo, visando a igualdade de
gênero e raça, a ampliação da democracia e a transformação social, através de estratégias de
formação, incidência política, produção do conhecimento e comunicação, é importante destacar
que a comunicação interna é um instrumento estratégico que agrega os interesses dos
colaboradores com os objetivos da organização através do estímulo ao diálogo, à troca de
informações e de experiência e à participação de todos os níveis hierárquicos da mesma. É
válido compreender a comunicação interna como uma área estratégica, incorporada no conjunto
da definição de políticas, estratégias e objetivos funcionais da organização.
Diante da necessidade de integrar o público interno ao contexto da organização e
aprofundar os conhecimentos acerca da Cunhã Coletivo Feminista, inicialmente estudada pelo
grupo em 2015 e melhor aprofundada em estudos elaborados este ano de 2016, identificamos
falhas comunicacionais como: a falta de um regimento interno claro e formatado; falta de
código de ética formalizado e atualizado; práticas e condutas aplicadas de modo informal; falta
de um guia para as redes sociais; falta de um manual para os novos colaboradores, entre outras.
Por tanto, objetivamos elaborar e aplicar ações que sejam eficazes e coerentes às demandas da
entidade em relação ao público interno, visto que atuam diretamente junto às feministas que
lutam e apoiam a causa da organização e constitui um dos pontos de contato do processo de
comunicação. Para isso, é imprescindível a realização da Pesquisa de Opinião Pública com o
público-alvo para apontar as necessidades do setor para que a partir daí possamos elaborar ações
32
estratégicas cabíveis para cada falha apresentada, assim como procurar potencializar os pontos
de sucesso.
3.3 Problematização
Percebendo a preocupação de toda a equipe da Cunhã em integrar o público interno ao
contexto da entidade, a necessidade de direcionar os objetivos da organização para realizar
ações específicas que contribuam com as deficiências do setor, a falta de um código de ética e
de um regimento interno formalizados e objetivos e, principalmente, valorizando a importância
de capacitar constantemente o público interno para a longevidade da entidade, constatou-se
indispensável, medir o grau de dificuldade dos colaboradores na utilização da ferramenta de
comunicação interna, o Google Drive6, a necessidade de treinamentos e reuniões periódicas
para alinhar os objetivos, estratégias e próximos passos da ONG, identificar se há um regimento
interno e um manual do colaborador que contribua com as ações dos voluntários da
organização, verificar se as práticas e condutas são aplicadas de acordo com o manual e avaliar
se as reuniões anuais entre o conselho e a coordenação colegiada são suficientes para tratar e
debater todos os assuntos que envolvem a ONG.
Nesta diretriz, a pesquisa de opinião a ser realizada com o público interno da Cunhã,
pretende averiguar todas as dificuldades encontradas pelos colaboradores internos para que
posteriormente seja possível promover ações estratégicas que solucionem as deficiências
encontradas.
3.4 Objetivos
3.4.1 Objetivo Geral
Levantar as dificuldades dos colaboradores da organização a fim de integrar a equipe
quanto aos objetivos e diretrizes da mesma.
3.4.2 Objetivos Específicos
6 É uma ferramenta utilizada para armazenar arquivos e pastas de forma online ou em nuvem. É possível armazenar
fotos, vídeos e arquivos diversos virtualmente.
33
a) Medir o grau de dificuldade dos colaboradores no que se refere ao manuseio e
armazenamento de conteúdo no Google Drive - ferramenta utilizada para gerenciar e
compartilhar de informações internas;
b) Averiguar a necessidade de treinamentos e reuniões periódicas para alinhar os objetivos,
estratégias e próximos passos da ONG;
c) Identificar se o regimento interno e o código de conduta contribuem com a mecânica das
ações e projetos realizados;
d) Avaliar se as reuniões gerais da ONG são suficientes para debater todos os assuntos que a
envolvem.
3.5 Hipóteses
Hipótese 1: Os colaboradores da organização sentem dificuldade de manusear e
armazenar conteúdos no Google Drive;
Hipótese 2: Os colaboradores estão insatisfeitos com a periodicidade das reuniões e
treinamentos realizados;
Hipótese 3: A falta de formalização do regimento interno e do código de conduta
dificulta a realização das ações e projetos;
Hipótese 4: Os colaboradores acreditam que as reuniões gerais da ONG não são
suficientes para debater todos os assuntos que a envolvem.
3.6 Metodologia
3.6.1 Tipo e Local de Estudo
Segundo Prodonov e Freitas (2013, p.52) “Nas pesquisas descritivas, os fatos são
observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador
interfira sobre eles, ou seja, os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não
são manipulados pelo pesquisador.”.
Por isso, esta pesquisa se trata de um estudo descritivo aplicado, por compreender que,
neste caso, não deve haver interferência dos pesquisadores sobre o fenômeno estudado, tão
pouco juízo de valor sobre o estudo apontado aqui. O objetivo é estudar a estrutura, o público
interno e o comportamento da Cunhã Coletivo Feminista para com seus processos e métodos.
34
3.6.2 População e Amostra
A população a ser estudada corresponde a todo o corpo de colaboradores da ONG Cunhã
Coletivo Feminista, formada por 14 colaboradores. Sendo que deste total, 7 deles cumprem
expediente diariamente na ONG. Os demais voluntários, 3 do Conselho Fiscal, 3 do Conselho
Consultivo e 1 colaboradora externa, não estão vinculados fisicamente à organização, mas
realizam suas atividades sempre que necessário.
O grupo de trabalho entende que por se tratar de um público muito reduzido e específico,
todas as informações coletadas e analisadas são de extrema importância, sendo assim, optou-se
pela não realização de amostra nem do pré-teste, evitando que informações fundamentais
fossem descartadas. Busca-se com isso, otimizar as informações e potencializar os resultados.
3.6.3 Instrumento para Coleta de Dados
Como forma de coletar os dados necessários para a pesquisa, foi realizado um
questionário composto por 08 questões, onde 03 são de escala de opinião, 03 dicotômicas, 01
de múltipla escolha e 01 aberta (APÊNDICE A), optou-se pelo formato de perguntas compostas
de duas fases, na primeira, o grupo estudado deve escolher uma das opções disponíveis e na
segunda explicar o porquê de ter dado aquela resposta. Todos os colaboradores da ONG
receberam o questionário via e-mail na segunda semana do mês de agosto de 2016 e tiveram o
mesmo tempo (4 dias) para responder e realizar o envio das respostas através do formulário
online.
Escolheu-se o meio online para a realização do questionário pois assim, diminuiria os
custos com deslocamentos e potencializaria o tempo para aplicação, levantamento e análise dos
dados.
3.6.4 Análise dos Dados
Para Barros e Lehfeld (2007, p.105) “A coleta de dados é a fase da pesquisa em que se
indaga a realidade e se obtêm dados pela aplicação de técnicas”.
O material obtido a partir dos instrumentos propostos foi analisado qualitativamente por
meio da análise de conteúdo. Por isso, foram produzidos os gráficos para ilustrar as respostas
35
obtidas e um relatório mencionando todo o levantamento o universo estudado e questionado na
pesquisa.
“Os estudos qualitativos não pretendem generalizar de maneira intrínseca os
resultados para populações mais amplas, nem necessariamente obter amostras
representativas; não pretendem nem mesmo que seus estudos sejam replicados. Assim,
se fundamentam mais em um processo indutivo (exploram e descrevem, e logo geram
perspectivas teóricas) Vão do particular ao Geral” (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO,
2006, p.11).
3.7 Cronograma
Quadro 4 – Cronograma de realização da pesquisa
Etapas Operacionais AGO/2016 SET/2016
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 1
Elaboração do Projeto de
Pesquisa
Execução da Pesquisa
(Coleta de Dados)
Tabulação e análise dos
resultados
Elaboração do Relatório
Fonte: Desenvolvimento próprio, 2016.
3.8 Orçamento
Devido à utilização de meios online para a aplicação do questionário, a fim de facilitar
e agilizar no que diz respeito à locomoção e orçamento, não será necessário nenhum
investimento financeiro para a aplicação dessa pesquisa.
3.9 Análise dos dados
Ao longo dos vinte dias em que o questionário esteve disponível para obtenção das
respostas, apenas nove dos quinze colaboradores, entre os que exercem suas funções
36
diariamente na organização e os que prestam serviços de forma pontuais, responderam ao
questionário. De certa forma, este baixo número de respostas compromete o entendimento dos
assuntos abordados na pesquisa, mas não impossibilita a realização da análise dos pontos
delicados da organização.
Através das respostas obtidas, a pesquisa serviu de base para o planejamento e execução
das ações propostas nesse trabalho. Objetivando impactar de forma positiva no que tange a
comunicação interna da organização, potencializando os recursos disponíveis.
Nas duas primeiras perguntas feitas aos colaboradores, a pesquisa procurava detectar o
grau de entendimento acerca do Google Drive, plataforma utilizada pela Cunhã como
instrumento de compartilhamento e troca de informações do público interno. No entanto, apenas
dois colaboradores se auto declararam aptos à gerencia-lo. Quando perguntados sobre a eficácia
do método adotado e o porquê, todos classificaram com notas que variavam de 2 a 5 (pergunta
de gradação de opinião, onde 1 era pouco eficaz e 5 muito eficaz).
Estes números e as justificativas, permitem analisar que os colaboradores acreditam que
o Google Drive, é sim, um instrumento que pode atender às demandas da ONG, mas ainda não
tem o seu potencial explorado corretamente. Tal afirmação, torna a hipótese número 1
verdadeira.
Dentre as justificativas apresentadas, a segurança de arquivamento e a facilidade de
acesso aos documentos esteve presente em quase todas as respostas, além de evidenciar a
ausência de domínio por grande parte dos entrevistados.
Gráfico 1 – Questão 1: Você se considera apto a gerenciar o Google Drive (instrumento
escolhido pela organização para armazenamento e compartilhamento de informações)?
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
37
Gráfico 2 – Questão 2: Quão eficaz você considera que este instrumento (Google Drive) é
para a organização?
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
Já nas questões de número 3 e 4, a pesquisa procurou abordar variáveis sobre o Código
de Conduta e o Regimento Interno da ONG. Para isso, foi perguntado se os colaboradores
tinham conhecimento destes documentos, e foi pedido que eles fizessem uma análise do grau
de importância deles para a orientação das ações e decisões da organização e justificassem suas
respostas. Neste caso, apenas um dos colaboradores afirmou não conhecer o código e o
regimento da Cunhã mas destacou a importância de suas existências para servir de orientação
e de disciplina apontando as diretrizes organizacionais.
Os demais colaboradores também concordam com o citado e todos destacaram como
essencial à sustentabilidade da ONG, respeitando a coletividade e os objetivos organizacionais.
Sendo assim, evidencia a assertiva da hipótese número 3 onde levanta a questão de que a
informalidade do código de Código de Conduta e do manual que norteassem os trabalhos da
organização, dificulta a comunicação com o público interno.
Gráfico 3 – Questão 3: Você conhece o Código de Conduta e o Regimento Interno da
organização?
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
38
Gráfico 4 – Questão 4: Quão importante você considera a contribuição de um código de
conduta e de um regimento interno em forma de documento para orientação das ações e
decisões da organização?
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
Quando perguntados sobre a frequência de reuniões entre a equipe colegiada (aquela
formada pelos que exercem suas atividades diariamente na ONG) e os treinamento voltados ao
público interno, nas questões 5 e 6, as respostas obtidas demonstram inconstâncias, mas um
grande número afirma que as reuniões acontecem semanalmente, acontecendo no mínimo 3
vezes por mês. Um dos colaboradores afirmou que estas reuniões eram poucas e irregulares,
enquanto um outro afirmou não ter conhecimento do número exato dos encontros.
Questionou-se então, se existia a necessidade de um aumento no número de encontros e
o porquê, nas respostas obtidas, 45% afirmaram que o número de reuniões é suficiente para
debater e integrar a equipe citando ainda a facilidade de diálogo intraorganizacional. Os outros
55%, apontam que existe sim a necessidade do aumento no número de reuniões e
principalmente de treinamentos por compreenderem que é um importante mecanismo de
capacitação do público interno, fortalecendo as relações de trabalho e potencializando o
compartilhamento de conhecimentos e aprendizados. Tais números, tornam a hipótese número
2 verdadeira por compreender que as reuniões não têm sido suficientes para pouco mais da
metade de colaboradores.
39
Gráfico 5 – Questão 6: Você sente necessidade de mais reuniões e treinamentos oferecidos
pela Cunhã?
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
As duas últimas questões da pesquisa trataram das reuniões gerais, aquela que além dos
colaboradores que exercem expediente diariamente na Cunhã, conta com a participação do
Conselho Consultivo, Conselho Fiscal e Diretoria. Sobre o tema, foi perguntado sobre a
periodicidade em que acontecem, bem como solicitado que avaliassem a efetividade destes
encontros e o porquê.
Ao que cabe à periodicidade, sete, dos nove entrevistados responderam que as reuniões
gerais acontecem semestralmente, enquanto os demais apontaram que acontecem
trimestralmente. Sobre sua efetividade e eficiência, os colaboradores atribuíram notas que
variavam entre 3 e 5, sendo que o entrevistado que sinalizou a menor nota, justificou que só
havia participado de apenas uma reunião até o momento e que por isso não tinha como opinar.
Os demais, destacaram a importância deste tipo de encontro por integrar a equipe, tratar
assuntos variados de interesse da organização e deliberação e encaminhamentos para as ações
organizacionais com foco no alcance dos objetivos.
Estes dados, refutam a hipótese número 4, pois os colaboradores acreditam que da forma
que acontecem as reuniões gerais têm sido eficientes para o diálogo necessário destes encontros.
40
Gráfico 6 – Questão 7: Com que frequência acontecem as reuniões gerais (com todos os
colaboradores e voluntários da organização?
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
Gráfico 7 – Questão 8: Avalie a efetividade dessas reuniões gerais para o debate dos
assuntos de interesse da organização.
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de opinião, 2016.
3.10 Considerações finais da pesquisa
Programada inicialmente para acontecer entre os dias 17 e 21 de agosto, junto aos 15
colaboradores, internos e externos da ONG Cunhã Coletivo Feminista, a pesquisa de opinião
presente neste trabalho, apresentou uma série de imprevistos que devem ser levados em conta
nesta etapa. Diante do baixo número de respostas ao longo do prazo pré-estabelecido, fez-se
necessário que a pesquisa ficasse disponível por um maior número de dias para que assim, os
colaboradores pudessem respondê-la e com isso, nos apresentar dados mais concretos acerca
dos questionamentos levantados e consequentemente gerarem ações que pudessem atender a
demanda de forma igualitária e total.
41
Diante do ocorrido, a pesquisa que deveria ter a duração de quatro dias para a coleta de
informação e uma semana para análise dos dados, totalizando 11 dias, teve seu cronograma
alterado e tiveram essas duas etapas sendo realizadas em vinte e três dias, sendo que destes,
vinte e um apenas para que os colaboradores pudessem responder. Mesmo com o cronograma
esticado, o número de adesão foi abaixo da expectativa. Dos quinze colaboradores que
receberam o questionário, apenas nove encaminharam as informações necessárias para a análise
e conclusão da pesquisa em questão.
Atingimos assim, 100% dos colaboradores que exercem expediente diariamente na
ONG (sete colaboradores) e os demais, são aqueles que mantem contato com a Cunhã de forma
pontual, sendo da Diretoria, Conselho Consultivo ou fiscal. Por isso, as informações coletadas
foram satisfatórias para a realização de uma análise qualitativa sobre a comunicação interna da
ONG e possibilitou o prosseguimento do plano de comunicação a ser implantado junto à Cunhã.
Anterior à aplicação do questionário, a pesquisa passou por todo o processo de
delimitação do problema a ser estudado, e com as hipóteses bem definidas, chegou-se às
perguntas a serem encaminhadas aos colaboradores. Portanto, acredita-se que o questionário, o
número de respostas e a análise dos dados, acrescidos dos conhecimentos técnicos dos alunos
tenham sido suficientes e fundamentais para a conclusão deste trabalho.
42
4. DIAGNÓSTICO
Diante da análise realizada na elaboração do briefing e aplicação da pesquisa realizada
junto à Cunhã Coletivo Feminista, foi possível identificar os pontos que atualmente são
características fortes por serem vistas como foco do trabalho de comunicação atual. São elas:
- O alcance e a força da presença digital da ONG: Atualmente a organização possui perfis
nas mídias sociais Facebook, Twitter, Instagram, Pinterest e Flickr que somam em média um
impacto de 8.471 pessoas;
- Abrangência dos trabalhos desenvolvidos que possuem impacto regional e nacional;
- Grande número de parcerias consolidadas: Entre elas estão a Universidade Livre
Feminista, Casa Pequeno Davi, Instituição Chico Mendes, etc.
Em uma organização pertencente ao 3° Setor, a inexistência de um setor de comunicação
bem estruturada impacta de forma direta com todo o trabalho desempenhado. É inegável
destacar que a comunicação com seu público externo é significativa, devido à sua grande
visibilidade na mídia e em trabalhos realizados ao longo dos anos, além de grande capilaridade
no que tange à luta feminista na Paraíba e no Brasil, a ONG é considerada uma ONG referência
do estado.
Certa da necessidade de relacionamento com seus públicos também em meio online, a
ONG investe e mantém seus canais de comunicação na internet com atualizações rotineiras
como estratégia de aproximação e consolidação da marca também em redes sociais e sites.
Dentre os pontos considerados desfavoráveis identificados, os estudos apontaram que
as sucessivas trocas no corpo de colaboradores, e a ausência de um setor específico de
comunicação, impossibilitam a criação e manutenção de ações que tenham como finalidade
gerenciar e dar suporte à comunicação organizacional, impactando diretamente em todos os
setores da ONG. Sendo assim, considera-se primordial o desenvolvimento de ações
direcionadas ao público interno por compreender que a Cunhã necessita de estratégias que
consigam integrar, orientar e, sobretudo organizar as atividades desenvolvidas por aqueles que
compõem a Cunhã Coletivo Feminista, como mecanismo de fortalecimento e sustentabilidade.
Para atingir este objetivo, torna-se fundamental a criação e divulgação de manuais que
permitam o aprendizado e propagação de informações relevantes, bem como, sistematizar
reuniões periódicas com a finalidade de integração entre a equipe e planejamentos para ações
futuras.
43
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 Comunicação Organizacional
Em decorrência de várias mudanças no cenário organizacional, as empresas passaram a
reconhecer a importância estratégica da comunicação. Na visão de Kunsch (1997, p. 55), entre
as principais mudanças que contribuíram para o surgimento da Comunicação Organizacional,
estão: a) a automação proporcionada pelo progresso das indústrias que modificou as relações
entre empregadores e empregados; b) divisão do trabalho e maior especialização em função da
criação de unidades separadas na estrutura organizacional; c) as facilidades características ao
regime de produção de massa que criaram um cenário de competição entre as organizações,
exigindo maior esforço para promover seus produtos e serviços; d) o desenvolvimento dos
meios de comunicação de massa e das indústrias que influenciou o comportamento das
empresas que viram a necessidade de dar informações aos públicos; e) a conscientização do
operariado, fazendo despontar a imprensa sindical.
Sendo o instrumento essencial em qualquer relacionamento, a comunicação é um guia
imprescindível para todo processo empresarial e desempenha um papel preponderante na vida
da empresa. Deixando de ser vista como uma ‘ferramenta’ e passando a ser planejada
estrategicamente para alcançar as metas e objetivos da organização, a comunicação se fortificou
e grande parte das empresas possuem um departamento especialista na área. Segundo Bueno
(2003, p. 49), “essa área evoluiu para um processo integrado de relacionamento com os públicos
de interesse, de tal modo que uma empresa ou entidade moderna não pode prescindir, hoje,
dessa articulação”. Ainda de acordo com o autor, “a comunicação é o espelho da cultura
empresarial e reflete, necessariamente, os valores das organizações. Se eles caminham para
valorizar o profissionalismo, a transparência, a responsabilidade social e participação, a
comunicação se orienta no mesmo sentido”.
A grande influência da comunicação nos processos organizacionais e a importância de
uma comunicação eficaz que englobe todos os colaboradores e departamentos da organização
exige a capacitação constante da equipe e uma visão ampla de cada profissional da área para
que haja um excelente desempenho nas relações com os públicos. Sendo assim, os
comunicadores precisam cada vez mais se desenvolver profissionalmente, participar de cursos,
palestras, workshops e capacitações que agregam novos conhecimento a sua carreira. Caso
contrário, as falhas que podem surgir em decorrência da falta de profissionalização dos
colaboradores podem causar problemas financeiros, impactos diretos no desempenho e na
44
produtividade dos profissionais, gerando ruídos, insegurança, desmotivação e falta de
comprometimento dos públicos.
Uma comunicação eficiente, estruturada e utilizada de forma estratégica traz um
resultado positivo no trabalho em equipe e na atuação de todos os profissionais que a compõem.
Através desse relacionamento, as atividades e ações de comunicação se consolidam com os
públicos e superam as expectativas da empresa.
As ações estratégicas voltadas para a comunicação contribuem positivamente para o
desenvolvimento de todas as organizações, sejam públicas, privadas ou que compõem o terceiro
setor. A presença de práticas comunicacionais nas entidades sem fins lucrativos é ainda mais
necessária, pois é capaz de fortalecer a comunicação e externar positivamente as lutas e causas
defendidas pela entidade, transmitindo confiança no trabalho e alcançando mais defensores,
voluntários e simpatizantes pela causa.
5.2 A Comunicação no Terceiro Setor
Por meio de iniciativas e ações que buscam realizar serviços em prol da sociedade,
visando um ambiente saudável, humanitário, de bem-estar, educação e cultura no mundo em
que vivem, nasce o “terceiro setor”. Composto de entidades que lutam pelo interesse social e
não econômico, são instituídas em forma de associações e fundações que surgiram a partir do
estreitamento da relação entre o Estado e a sociedade Civil.
De acordo com Rothgiesser (2002, p.2), o Terceiro Setor são “iniciativas privadas que
não visam lucros e que, na esfera pública, não são feitas pelo Estado. São cidadãos que
participam de modo espontâneo e voluntário, em ações que visam o interesse comum”. O
Terceiro Setor foi renovado e hoje, não se contrapõe aos outros setores, mas utiliza parcerias
como alicerce fundamental para a sua existência. Identificando o surgimento deste “novo
Terceiro Setor” que não gira em torno de indicadores econômicos, mas de socioeconômicos,
internos e externos, Peter Drucker (1994) caracterizou o segmento como uma nova esfera da
economia social.
Com esta definição, podemos considerar o terceiro setor como um conjunto altamente
diversificado de instituições, incluindo organizações não governamentais, fundações e
institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim
como várias outras instituições sem fins lucrativos. São entidades que por meio da execução de
práticas de comunicação podem conquistar um grande espaço na sociedade, pois é a
45
comunicação interna permite a disseminação de informações de maneira eficaz, fortalecendo
os propósitos e os objetivos finais dessas organizações.
Portanto, as organizações sem fins lucrativos que conseguem a eficácia da comunicação
interna, atingem o objetivo de informar, mobilizar, educar e manter coesão interna em torno de
valores que precisam ser reconhecidos e compartilhados por todos e que podem contribuir para
a construção de uma boa imagem perante a sociedade.
5.3 As Relações Públicas e o Terceiro Setor
As Relações Públicas são abordadas por diversos autores que, em sua maioria, resumem
como estratégias comunicacionais eficazes que estreitam o relacionamento da organização com
seus públicos. As atividades do profissional de comunicação se destacam como diferencial nas
organizações que aplicam as práticas propostas e são responsáveis por conquistas e falhas
relacionadas ao setor de comunicação.
De acordo com Farias (2011, p.263), “as Relações Públicas são a administração dos
relacionamentos entre uma organização e seus públicos com fins de equilíbrio de interesses”.
Complementando esta definição, França e Ferrari (2002, p.4) afirmam que as
“Relações Públicas são uma atividade profissional especializada, que tem por função
gerenciar, de modo estratégico, as políticas de relacionamento das organizações com
seus diversos públicos, para que sejam bem-sucedidas em seus empreendimentos,
tenham apoio da opinião pública e desfrutem de conceito positivo nas comunidades
onde operam”.
As entidades e movimentos que compõem o Terceiro Setor são privados por sua origem,
mas públicos por sua finalidade. Promovem a articulação entre a esfera pública e o âmbito
privado como nova forma de representação, buscando alternativas de desenvolvimento
democrático para a sociedade e, com isso, vem ganhando terreno atuando com maior agilidade
(ALVES, 2004).
Da mesma forma que as Relações Públicas sentiram necessidade de se adaptar às
mudanças em um novo contexto organizacional, as entidades do Terceiro Setor precisam
inserir-se em um novo contexto social e colocar em prática um direcionamento eficaz no
desenvolvimento dos processos comunicacionais da entidade. A presença de um profissional
da área que realize o planejamento de ações estratégicas se torna ainda mais necessário nas
organizações deste segmento, pois além de solucionar as falhas, gerenciar crises e solidificar a
46
comunicação com os públicos, há o auxílio no fortalecimento dessas organizações perante a
sociedade.
47
6. PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
6.1 Missão da comunicação
A comunicação quando se encontra de forma insatisfatória, seja em contexto
interpessoal ou organizacional, gera impactos negativos, como: ruídos, crises, desmotivação
das pessoas envolvidas e descrédito. Por isto, uma organização que valoriza um trabalho
comunicacional ágil e eficaz perante seus públicos, apresenta um forte alicerce para o
estabelecimento de relações que colaborem para o alcance de seus objetivos organizacionais
previamente estabelecidos e disseminados entre seus colaboradores. Em um ambiente onde as
mudanças são constantes e a competitividade impera por meio de inovações tecnológicas,
sociais, econômicas, culturais e políticas, quaisquer ferramentas que proporcionem um
diferencial estratégico contribuirá para a sobrevivência e perpetuação das atividades de uma
instituição.
Como Chiavenato (2005) defende, missão significa uma tarefa recebida ou a razão de
existência de algo, ao tratar sobre a missão da comunicação, podemos explanar esta necessidade
por parte da sociedade, das organizações e dos indivíduos de estabelecerem relações de troca
de informações como forma de se desenvolver. A sociedade é dependente de negociações
interpessoais e compromissos que só são possíveis graças ao firmamento de relações entre si.
6.2 Objetivo geral e metas da comunicação organizacional
6.2.1 Objetivo Geral
Estabelecer relações de compreensão mútua entre indivíduos de uma mesma organização.
6.2.2 Objetivos específicos
- Promover uma comunicação efetiva de mão dupla;
- Integrar a equipe;
- Estreitar o relacionamento com os públicos;
- Alcançar os objetivos organizacionais
48
6.3 Propostas de ação
6.3.1 Propostas
Ação 1: Elaboração documental de Manual do Colaborador
Público-alvo: Colaboradores e voluntários.
Objetivo: Produção de documento físico que direcione a atuação dos colaboradores e
voluntários a partir dos valores e objetivos estabelecidos pela organização.
Justificativa: Estabelecer regras e condutas de atuação que sejam incentivadas e divulgadas
para o público interno, assegurando também os direitos e deveres em forma documental.
Ação 2: Treinamento sobre o sistema de armazenamento em nuvem – Google Drive
Público-alvo: Colaboradores e Voluntários
Objetivo: Capacitar aqueles que compartilham informações restritas à elaboração das ações e
atividades realizadas pela ONG.
Justificativa: A preparação dos colaboradores e funcionários na utilização do sistema escolhido
pela organização, para o controle de gestão dos processos e concentração de informações
pertinentes a sua atuação, é de extrema necessidade para seu melhor aproveitamento. A
utilização de um sistema de armazenamento em nuvem proporciona a minimização de ruídos
característicos da comunicação, pois permite de forma facilitadora o compartilhamento de
arquivos entre indivíduos. Outro ponto positivo de seu uso é o fator mobilidade, pois as
informações não ficam presas a um dispositivo, a exemplo de: Notebook, pen drive, HD
externo, etc.
Ação 3: Agenda geral de reuniões, treinamentos e planejamento de ações no Google Drive
Público-alvo: Colaboradores e voluntários.
Objetivo: Elaboração de uma agenda que estabeleça periodicidade da realização de reuniões
gerais e específicas, como também de treinamentos.
Justificativa: Estabelecer periodicidade definida para a realização de determinadas atividades,
contribuem para a definição de metas e objetivos organizacionais, seja em promover a sinergia
da equipe de trabalho, incentivar a produção de ideias, atualizar informações sobre o
prosseguimento das atividades ou até mesmo para estabelecer metas que favoreçam a
capacitação da equipe, visando a assertividade das estratégias da organização.
49
6.3.2 Justificativa do programa
A aplicação de um programa de Relações Públicas na Cunhã Coletivo Feminista é
necessária conforme identificado na análise das informações colhidas a partir da aplicação de
projeto de pesquisa, onde nota-se a ausência de códigos documentais norteadores que
viabilizem o estabelecimento de um direcionamento concreto aos atuais e futuros
colaboradores.
As ações propostas serão de grande importância para o alinhamento da atuação dos
colaboradores em função dos objetivos da organização não-governamental, de forma pautada
em documentos físicos de elaboração própria e da inclusão de estratégias que estimulem a
interação da equipe de trabalho.
6.3.3 Objetivos geral e específicos
6.3.3.1 Objetivo Geral
Elaborar ações com o intuito de fortalecer a comunicação interna dos colaboradores da
Cunhã Coletivo Feminista, por meio de instrumentos da área de Relações Públicas.
6.3.3.2 Objetivos Específicos
a) Capacitar o público interno;
b) Simplificar e aprimorar os processos internos;
c) Estimular a participação ativa e contínua dos colaboradores;
d) Proporcionar maior integração da equipe de trabalho
6.4 Público-alvo
O programa será destinado ao público interno da organização, constituído pelos
colaboradores que atuam diretamente na construção dos trabalhos desenvolvidos pela ONG.
6.5 Desenvolvimento das ações
50
Ação 1: Elaboração documental de Manual do Colaborador
Desenvolvimento: O manual do colaborador do colaborador constará orientações sobre a
missão visão, valores, políticas de atuação e diretrizes organizacionais que foram colhidas por
forma de entrevista online e pessoal, e que terão papel crucial para a disseminação de
informações, e também, como ferramenta que proporcione a integração dos colaboradores ao
facilitar o alinhamento pessoal com o comprometimento organizacional. Ao proporcionar uma
unicidade de visão sobre as normas de conduta, os processos e a atuação da empresa será
diretamente impactado.
O documento será entregue de forma imediata aos colaboradores existentes e servirá de
forma norteadora aos novos colaboradores que deverão receber o instrumento comunicacional
ao firmar o seu compromisso de atuação.
Ação 2: Treinamento sobre o sistema de armazenamento em nuvem - Google Drive
Desenvolvimento: Por meio de entrevista, foi realizada a coleta de informações relativas ao
uso e nível de conhecimento sobre as ferramentas disponibilizadas a partir do uso do E-mail
pela plataforma disponibilizada pela organização Google. Estas informações serviram como
base de elaboração do treinamento, que foi devidamente alinhado de acordo com as respostas
dos colaboradores.
Para a sua realização, foi convidado como ministrante, Luiz Henrique Barreto,
empresário que se encontra inserido no desenvolvimento de tecnologia em nuvem no estado da
Paraíba. Contribuindo assim, para o fomento à utilização dos aplicativos disponibilizados de
forma gratuita na própria plataforma Google.
Ação 3: Criação da agenda geral semestral de reuniões e treinamentos da organização.
Desenvolvimento: A partir da análise da necessidade da organização, serão definidos
treinamentos que possam desenvolver capacidades e habilidades que sejam pertinentes às
atividades desenvolvidas. As temáticas poderão ser sugeridas tanto pelos colaboradores
voluntários como pelos conselhos consultivo e executivo. Esta estratégia poderá resultar em
resultados diretos na questão motivacional e na retenção de voluntários.
6.6 Formas de Avaliação
51
Quadro 5 - Avaliação geral das ações propostas
Ações Formas de Avaliação
Elaboração de manual do colaborador e impressão dos
principais regimentos
Aplicação de
questionário
Treinamento sobre o sistema de armazenamento em nuvem –
Google Drive
Aplicação de
questionário
Criação da agenda geral semestral de reuniões e treinamentos da
organização.
Aplicação de
questionário
Fonte: Desenvolvimento próprio, 2016.
6.7 Orçamento Geral
Quadro 6 - Orçamento geral das ações propostas
Ações Valor
Elaboração de manual do colaborador e impressão dos principais regimentos R$ 132 ,00
Treinamento sobre o sistema de armazenamento em nuvem - Google Drive R$ 00,00
Criação da agenda geral semestral de reuniões e treinamentos da
organização.
R$ 00,00
Total R$ 132,00
Fonte: Desenvolvimento Próprio, 2016.
6.8 Cronograma geral de aplicação
Quadro 7 - Cronograma geral das ações propostas
OUTUBRO
Ações 1ª Semana 2ª Semana
52
Elaboração e distribuição do manual do colaborador e impressão
dos principais regimentos
Treinamento sobre o sistema de armazenamento em nuvem –
Google Drive
Criação da agenda geral semestral de reuniões e treinamentos da
organização.
Fonte: Desenvolvimento próprio, 2016.
53
7. RELATÓRIO DAS AÇÕES EXECUTADAS
Em virtude ao curto período de tempo decorrente de diversos impedimentos de
disponibilidade da organização, as ações propostas foram diretamente impactadas em sua
aplicação, primeiramente pelo atraso decorrente do retorno das respostas da pesquisa aplicada
com o público interno da Cunhã Coletivo Feminista. As ações executadas tiveram seu
cronograma afetado e sua aplicação adaptada devido a diversos contratempos advindos da
organização e dentre as três ações propostas, a terceira que seria o estabelecimento de uma
agenda geral de atividades e capacitações ficou impossibilitada de ser aplicada devido o
afastamento temporário de colaboradoras essenciais para sua viabilidade.
A ação 1, elaboração de manual do colaborador documental, teve o seu layout
desenvolvido por uma designer gráfica contratada para este fim e a parte textual desenvolvida
pela equipe realizadora do Programa. Foram identificados ajustes textuais pontuados pelas
colaboradoras da organização e estas necessidades foram sanadas posteriormente.
O treinamento oferecido da plataforma Google Drive foi cancelado repentinamente por
parte da organização, fator que impossibilitou a ação de ser realizada com palestrante convidado
externo. Como solução para sua aplicação, este foi realizado pela integrante do grupo, Sarah
Batista, e foi acompanhado pela integrante Kamyla Mesquita, que ao decorrer do treinamento
identificaram a necessidade de complementação da ação, sendo necessária a produção de um
manual instrutivo de utilização do Google Drive. Sobre a quantidade de colaboradores
presentes, foram contabilizados 5 colaboradores no total, sendo todos eles colaboradores que
atuam diariamente na gestão da organização.
Como modo de avaliação proposto para as ações executadas foi aplicado um
questionário de avaliação, onde este questionário proporcionou uma visão do resultado obtido
na aplicação do programa de Relações Públicas. As duas primeiras questões abordaram o
Manual para Colaboradoras (es), sendo a primeira e a segunda questão:
54
Gráfico 8 – Questão 1: Dê uma nota de 1 a 5 referente a qualidade do manual do
colaborador disponibilizado, sendo 1 não satisfeito e 5 muito satisfeito.
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de avaliação, 2016.
Um dos quesitos que influenciou este resultado foi a indisponibilidade de orientação por
parte dos componentes da ONG, desta forma, para que nosso objetivo fosse realizado dentro do
prazo disponível para conclusão, elaboramos toda a parte textual e de layout trazendo como
direcionamento as informações extraídas ao longo do trabalho. Após a aplicação do
questionário e realização de entrevista pessoal, foi realizado um levantamento de melhorias a
serem realizadas na parte textual, como por exemplo a mudança da palavra “Colaboradores”
para Colaboradoras (es) e outras mudanças relativas ao gênero principal no texto, por questão
ideológica da organização
2. Considera o documento adequado a ser utilizado como instrumento de direcionamento
aos novos colaboradores?
Todas as pessoas presentes marcaram a opção SIM, por considerar o instrumento de
comunicação adequado a ser utilizado.
As duas últimas questões foram direcionadas a avaliação do treinamento acerca dos
aplicativos disponibilizados gratuitamente a partir da plataforma Google. A capacitação foi
ministrada por uma das integrantes do grupo responsável pelo trabalho, de forma contrária ao
planejado pelo fato do cancelamento por parte das integrantes da ONG. Segue resultados
obtidos das questões três e quatro:
55
Gráfico 9 – Questão 3: Pontue de 1 a 5 o treinamento realizado sobre o Google Drive,
sendo 1 não satisfeito e 5 muito satisfeito
Fonte: Elaboração própria com base na pesquisa de avaliação, 2016.
O resultado foi considerado satisfatório, visto que as 5 colaboradoras presentes na
capacitação ficaram muito satisfeitas ou satisfeitas com o resultado obtido através da orientação
prestada pela integrante do grupo realizador do Programa, Sarah Idalia Batista. Mesmo que o
resultado tenha sido considerado positivo, ao decorrer da realização do treinamento foi
identificado uma grande diferença de níveis de conhecimento a respeito da plataforma, para
isto, como implementação da ação, foi elaborado um manual de utilização da plataforma
destinado às pessoas que sentirem necessidade de um documento que forneça informações
instrutivas de utilização. A elaboração deste manual também resultou em fatores positivos,
como, na disseminação de informação, pois as estas passadas no treinamento presencial poderão
ser acessíveis à consulta, mesmo para aqueles que não estiveram presentes.
4. Após o treinamento, você se considera mais apto a utilizar as ferramentas oferecidas
pelo Google?
Todas as pessoas presentes responderam SIM, fator que evidencia a melhor preparação
das colaboradoras para atuar na plataforma.
56
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho é um estudo das atividades desempenhadas pela equipe de comunicação
da Cunhã Coletivo Feminista com o objetivo de capacitá-las diante das dificuldades encontradas
nos processos comunicacionais presentes na rotina de trabalho.
Com a realização do briefing na primeira fase deste estudo, que reuniu as informações
estruturais do Coletivo, como: histórico, dados cadastrais, organograma, princípios
operacionais, sistema de comunicação, promoção institucional e toda a situação atual da
Instituição, assim como, a relação de todos os públicos envolvidos, foi possível identificar
problemas críticos que prejudicam as atividades planejadas. Apesar da utilização de canais de
comunicação, produção de materiais publicitários e programas de interação com a equipe,
sentiu-se a necessidade de colaboradores capacitados e acerca de conhecimentos específicos
para proporcionar uma base estrutural interna firme com capacidade de desenvolver e aplicar
as ações estratégicas idealizadas.
A partir do levantamento das dificuldades dos colaboradores da Cunhã, a fim de integrar
a equipe quanto aos objetivos e diretrizes comunicacionais, foi realizada uma pesquisa de
opinião para comprovar ou refutar os problemas identificados no briefing. Em consonância com
toda a equipe, foi decidido que a pesquisa estaria disponível durante cinco ou quatro dias por
meio online para facilitar o acesso das integrantes. Diante do baixo número de respostas ao
longo do prazo pré-estabelecido, fez-se necessário que a pesquisa ficasse disponível por um
maior número de dias para que assim, os colaboradores pudessem respondê-la e com isso, nos
apresentar dados mais concretos acerca dos questionamentos levantados. Mesmo com o prazo
adiado, o número de respostas não foi como esperado, apenas nove dos quinze integrantes da
equipe responderam as questões. Porém, foi possível obter o retorno de 100% das integrantes
que exercem diariamente suas atividades na ONG. Pôde-se, então, com a análise das respostas
obtidas nesta pesquisa, identificar concretamente as necessidades da equipe de comunicação do
Coletivo.
Com o diagnóstico da situação, foi exposto a inexistência de um setor de comunicação
estruturado e os impactos que essa falha causa de forma direta em todo o trabalho
desempenhado. Como forma de traçar as melhores estratégias comunicacionais para um
relacionamento eficaz com o público, foi considerado primordial o desenvolvimento de ações
direcionadas ao público interno por compreender que a Cunhã necessita de estratégias que
consigam integrar, orientar e, sobretudo organizar as atividades desenvolvidas por aqueles que
compõem a Cunhã Coletivo Feminista, como mecanismo de fortalecimento e sustentabilidade.
57
Com suporte bibliográfico foi possível comprovar e embasar teoricamente os temas
abordados neste estudo, como: a comunicação, terceiro setor e o papel do profissional de
Relações Públicas.
Após estudos, pesquisas e análises, foi desenvolvido o Programa de Relações Públicas
para a Cunhã Coletivo Feminista com o objetivo de estabelecer relações de compreensão mútua
entre a equipe. Foram propostas três ações estratégicas como forma de melhorar as atividades
desempenhadas e fortalecer a comunicação interna através de ferramentas da área de Relações
Públicas. Devido impedimentos de disponibilidade da organização e atraso no preenchimento
do formulário de pesquisa, o cronograma foi afetado e dentre as três ações propostas, foi
possível aplicar duas: a elaboração de um manual do colaborador para colaboradores e um
treinamento especial para a utilização da plataforma Google Drive. Esta última ação, seria
realizada por um profissional capacitado e foi cancelado por parte da organização, fator que
impossibilitou a ação de ser realizada com palestrante convidado externo. Como solução, o
treinamento foi realizado e acompanhado por integrantes do grupo.
Como forma de avaliar as ações de Relações Públicas planejadas e aplicadas pelo grupo,
por meio de um questionário, medimos o grau de satisfação das colaboradoras após a execução
das mesmas, sendo possível um feedback geral. Com a análise das respostas, identificamos
melhorias para o Manual do Colaborador, que foram incluídas e entregues posteriormente a
equipe. Assim como foi perceptível uma grande diferença de níveis de conhecimento a respeito
da plataforma, para isto, como implementação da ação, foi elaborado um manual de utilização
da plataforma Google Drive, arquivo digital em slides, destinado às pessoas que sentirem
necessidade de um documento que forneça informações instrutivas de utilização e pode ser
acessado online.
Por fim, sugere-se à Cunhã Coletivo Feminista a continuação e aproveitamento das
ações aplicadas para que a equipe esteja integradas e tenha um relacionamento eficaz com todos
os seus públicos.
A realização deste trabalho tem grande relevância pois, além de possibilitar ao grupo a
aplicação de todo o conteúdo vivenciado durante quatro anos e meio de curso, proporcionou
uma grande aprendizagem prática de todas as teorias já estudadas. Cada período e disciplina
foram essenciais e determinantes para os integrantes deste grupo de alunos. Aprender conceitos
básicos, funções da profissão, áreas de atuação, a importância de planejar e analisar a
necessidade da organização estudada foram pontos significativos para cada um pois
contribuíram positivamente para escolha da área de atuação profissional dentre um horizonte
de possibilidades que as Relações Públicas oferecem.
58
REFERÊNCIAS
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dependência de recursos. In: VASCONCELOS, F. C.; VASCONCELOS, I. F. G. (Org).
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Learning, 2004.
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BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos da
metodologia científica. 3. ed.MAkron: São Paulo-SP, 2007. 176 p.
BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial: Teoria e pesquisa. São Paulo:
Monole, 2003.
CHIAVENATO, I., Gestão de Pessoas. 9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 528p
COLLIS, J; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: Um guia prático para alunos de
graduação e pós-graduação. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
DRUCKER, Peter F. Administração em organizações sem fins lucrativos: princípios e
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MACHADO, Maria Carolina. Cunhã Coletivo Feminista. 2014. Disponível em:
<http://www.mamu.net.br/?p=644#!/loc=-7.121609999999994,-34.841104,17>. Acesso em:
20 mar. 2016.
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60
APÊNDICES
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA APLICADO COM O PÚBLICO
INTERNO DA CUNHÃ POR MEIO ELETRÔNICO
61
62
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO
TREINAMENTO E DO MANUAL DO COLABORADOR
1. Dê uma nota de 1 à 5 referente a qualidade do manual do colaborador disponibilizado,
sendo 1 não satisfeito e 5 muito satisfeito?
[ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
2. Considera o documento adequado a ser utilizado como instrumento de direcionamento aos
novos colaboradores?
[ ] Sim [ ] Não
3. Pontue de 1 à 5 o treinamento realizado sobre o Google Drive, sendo 1 não satisfeito e 5
muito satisfeito?
[ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
4. Após o treinamento, você se considera mais apto a utilizar as ferramentas oferecidas pelo
Google?
[ ] Sim [ ] Não
Este questionário tem o objetivo de avaliar as ações elaboradas pelo grupo de estudantes
de Relações Públicas da Universidade Federal da Paraíba.
Preencha os questionamentos abaixo referentes ao Manual do Colaborador e da palestra
ministrada pela graduanda Sarah Idalia Batista.
Agradecemos a sua disponibilidade!
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
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APÊNDICE C – MANUAL DO COLABORADOR
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65
APÊNDICE D – MANUAL BÁSICO SOBRE O APLICATIVO DRIVE DO GOOGLE
66
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ANEXOS
ANEXO A – MATERIAIS UTILIZADOS PARA DIVULGAÇÃO DE CAMPANHAS E
COMUNICAÇÃO COM PÚBLICO EXTERNO
68
ANEXO B – QUADROS MURAIS UTILIZADOS PARA A COMUNICAÇÃO
INTERNA NA ORGANIZAÇÃO
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ANEXO C – TREINAMENTO APLICADO COMO AÇÃO DO PROGRAMA DE
RELAÇÕES PÚBLICAS