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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO - PROGRAD PROJETO PEDAGÓGICO: um instrumento basilar na elaboração do currículo para o ensino superior AUTORIA: Luiz Carlos dos Santos Ednalva Maria Marinho dos Santos Maria Aparecida Porto Silva Carvalho Salvador 2005

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO - PROGRAD

PROJETO PEDAGÓGICO: um instrumento basilar na elaboração do currículo

para o ensino superior

AUTORIA: Luiz Carlos dos Santos

Ednalva Maria Marinho dos Santos Maria Aparecida Porto Silva Carvalho

Salvador 2005

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Luiz Carlos dos Santos Ednalva Maria Marinho dos Santos

Maria Aparecida Porto Silva Carvalho

PROJETO PEDAGÓGICO: um instrumento basilar na elaboração do currículo

para o ensino superior

Salvador EDUNEB

2005

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Copyright © 2005, UNEB Todos os direitos reservados

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S Qualquer parte desta publicação, pode ser reproduzida,

desde que citada a fonte.

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Editora EDUNEB Rua Silveira Martins, 2555 - Cabula CEP 41150-001 - Salvador - Bahia

Tel: (71) 3117-2240

Ficha Catalográfica

Santos, Luiz Carlos dos Projeto pedagógico: um instrumento basilar na

elaboração do currículo para o ensino superior / Luiz Carlos dos Santos, Ednalva Maria Marinho dos Santos, Maria Aparecida Porto Silva Carvalho. - Salvador: [s.n.], 2005.

118 p. : il.

Contém anexos

1. Ensino superior - Currículos. 2. Ensino superior - Projetos I. Marinho dos Santos, Ednalva Maria. II. Carvalho, Maria Aparecida Silva Porto. III. Título.

CDD: 378.199

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

Paulo Ganem Souto GOVERNADOR

Anaci Bispo Paim

SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

Ivete Alves do Sacramento REITORA

Mons. Antonio Raimundo dos Anjos

VICE-REITOR

Luiz Carlos dos Santos PRÓ-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

Cesário Francisco das Virgens

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Lourisvaldo Valentim da Silva PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO

Lídia Boaventura Pimenta

PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO

Luciano Rodrigues Lima CHEFE DE GABINETE

Jônatas Falcão Brandão PROCURADOR CHEFE

João Gomes Vieira

ASSESSOR CHEFE

Hamilton Farias de Lima ASSESSOR ESPECIAL

Manoelito Damasceno

ASSESSOR ESPECIAL

José Silva CHEFE DA UNIDADE DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

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PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃOPROGRAD

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OSPRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO - PROGRAD

Luiz Carlos dos Santos PRÓ-REITOR

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r Maria Cristina Elyote Santos

COORDENADORA TÉCNICA PARA ASSUNTOS DE APOIO E LOGÍSTA - COTAL PRÓ-REITORA SUBSTITUTA

Adelaide Rocha Badaró

GERENTE DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO - GERDE

Clélia Maria Vieira Dantas GERENTE DE SELEÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOCENTE - GESAD

Romilda Costa Almeida

GERENTE DE SELEÇÃO DISCENTE

Norma Neyde Queiroz de Moraes ASSESSORA TÉCNICA DE PROGRAMAS ESPECIAIS

Maria Aparecida Porto Silva Carvalho

ASSESSORA TÉCNICA PARA ASSUNTOS DE IMPLANTAÇÃO E RECONHECIMENTO DE CURSOS - ASTEP

Leomália Costa Del Rey Crusoé

SECRETÁRIA GERAL DE CURSOS - SGC

Valquíria Correia Costa SECRETÁRIA ESPECIAL DE REGISTRO DE DIPLOMAS E CERTIFICADOS -

SERD

Ivonilda Brito Silva Peixoto DIRETORA DA BIBLIOTECA CENTRAL - BC

Daniel de Cerqueira Góes

COORDENADOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CEAD

EQUIPE DE EDITORAÇÃO Djalma Almeida Fiuza

Eduardo Augusto G. Costa Telma B. Farias da Silva

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O projeto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro para fazer, um futuro a construir, uma idéia a transformar em ato.

Jean Marie Barbier

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É este envolvimento que se espera para toda e qualquer ação no âmbito da UNEB, visto que, a diferenciação pedagógica, como vetor de uma aprendizagem significativa, tem sido e deve ser o constante desafio da nossa Universidade.

PREFÁCIO

A organização do texto intitulado Projeto Pedagógico: documento basilar para a elaboração do currículo no ensino superior, tendo como idéia mestra o Projeto Pedagógico de curso (PP), embasa-se nos fundamentos filosóficos e legais do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), conforme orientações emanadas de instâncias superiores de educação, a partir da Lei nº 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nas quais se baseiam as normas do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE). Os autores tomam, ainda, como referência mais ampla, a legislação que se destina ao ensino superior e, em particular, as normas pertinentes à Universidade do Estado da Bahia (UNEB), vista como o celeiro que é dos muitos cursos de graduação e pós-graduação que oferece nos seus 24 campi localizados em Salvador e em outras cidades do interior baiano.

Na descrição dos itens que compõem a obra, são abordados tópicos atinentes ao PP, chamando a atenção para os eixos de conhecimentos e os componentes curriculares estipulados, no caso, para os cursos de graduação amostrados - História e Geografia - como exemplos para a organização de outros projetos para cursos no mesmo nível de ensino.

Amplia-se com esta obra a linha editorial da UNEB voltada para fins acadêmicos, mais um passo para a afirmação da universidade como uma instituição qualificada na educação superior.

Pressupondo que este documento possa cumprir sua função instrumental, na aplicação dos dizeres aqui contidos, esperamos contar com a disposição, a inventividade e o acolhimento dos seus destinatários, Departamentos, Colegiados de Cursos, docentes, discentes, pessoal técnico-administrativo, enfim, todos os envolvidos na construção de um Projeto Pedagógico de Curso, no que se incluem os Projetos Pró-Renovação do Reconhecimento de Cursos.

Professora Ivete Alves do Sacramento

Reitora

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Nesse novo cenário, tal organização preverá permeabilidade em relação às transformações que ocorrem no mundo científico e nos processos sociais e, internamente nos seus cursos a interdisciplinaridade, a formação sintonizada com a realidade, a perspectiva de uma educação continuada ao longo da vida e a articulação teoria-prática presente na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

APRESENTAÇÃO

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) vem conseguindo nestes últimos oito anos - 1998-2005 - percorrer um longo caminho entrecortado de debates, diálogos, oficinas, buscas permanentes de melhoria da qualidade de seus cursos de graduação. Um exemplo disso é o Redimensionamento dos Cursos de Formação de Professores - as chamadas licenciaturas, iniciado em 2003, não apenas por uma imposição legal das Resoluções do Conselho Nacional de Educação CNE/CP 01 e 02, de 4 de março de 2002, mas, sobretudo, pela necessidade de ousar no processo ensino-aprendizagem, para o qual não basta a interdisciplinaridade. Um currículo multirreferenciado, perpassado pela transdisciplinaridade, de fato, poderá transformar a realidade do nosso fazer universidade.

Em encontros informais e formais por onde passamos, constatamos a necessidade do envolvimento de cada ator, como partícipe produtivo, na construção de cada curso, a fim de traçar os perfis de seus alunos, descobrir valores referenciados na sociedade na qual está inserida a instituição e cujas demandas sócio-educacionais, políticas e econômicas devem ser consideradas.

No contexto de uma pluralidade de áreas, nessa multicampia acadêmica, que vai da metrópole ao cerrado, passando pelo recôncavo e catinga baianos, cabe a todos nos o pleno envolvimento no exercício de nossa autonomia didático-pedagógica, mesmo que não plena. Falta-nos, ainda, autoridade bastante para reconhecer os nossos próprios cursos desde que autorizados a funcionar pelos Conselhos Superiores da nossa casa, dirigir o processo formativo na UNEB, referendando-nos em princípios básicos: éticos e políticos.

Posto isso, pensando nas diretrizes curriculares específicas de cada curso, agora também para os bacharelados e as propostas de renovação de reconhecimento e, sobretudo, nas possibilidades de

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transformação dos nossos cursos e currículos, segundo nossa experiência e vontade política, é que propomos a produção coletiva dos Projetos Político-Pedagógicos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão desta Universidade que é a nossa casa. O Projeto Pedagógico deve ser um referencial para a organização e orientação da vida de um curso, assumindo o seu corpo social a imprescindível responsabilidade pela sua formulação e concretização.

Procuramos incorporar neste documento uma práxis, ou seja, ações e reflexões que vêm acompanhando a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) ao longo desses quase 26 anos de existência.

Em que pesem as cargas já efetivas de trabalho em nosso cotidiano - o que reconhecemos - mesmo assim, conclamamos os sujeitos acadêmicos a pensarem projetos de vida para nós mesmos e para a sociedade que interage conosco, influencia-nos e é influenciada por ações e atividades em uma intrínseca convivialidade.

Tudo isto nos conclama para um trabalho de criação e transformação, de maneira plural e enriquecida bastante pelo movimento dos opostos.

Os Autores

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADROS

1 - Corpo Discente 2004.2 27

2 - Quadro docente por titulação 28

3 - Pessoal técnico-administrativo

- Cargos permanentes e temporários 29

4 - Eixos temáticos no Curso de História 63

5 - EIXO 1 - Conhecimentos da Geografia 72

6 - EIXO 2 - Metodologias e Técnicas de Pesquisa 73

7 - EIXO 3 - Educação e Geografia 73

8 - EIXO 4 - Escalas Geográficas 74

9 - Legislação referente ao ensino superior na Bahia 82

10 - Dispositivos legais para o projeto pedagógico de curso 83

FLUXOGRAMAS

1 - Curso de História 71

2 - Curso de Geografia 74

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UEMA Universidade Estadual do Maranhão

LISTA DE SIGLAS

ASPES Assessoria Técnica de Programas Especiais ASTEP Assessora Técnica Para Assuntos de Implantação e

Reconhecimento de Cursos CEE Conselho Estadual de Educação CES Conselho de Educação Superior CETEBA Centro de Ensino Técnico da Bahia CFE Conselho Federal de Educação CONGRAD Conselho de Graduação CONSAD Conselho de Administração CONSEPE Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão CONSU Conselho Universitário CNE Conselho Nacional de Educação ENADE Exame Nacional de Estudantes ForGRAD Fórum de Pró-Reitores de Graduação das

Universidades Brasileiras GESEDI Gerencia de Seleção Discente IESBA Instituições de Ensino Superior na Bahia MEC Ministério da Educação PDI Plano de Desenvolvimento Institucional PNE Proposta de Política Nacional de Educação PP Projeto Pedagógico PPI Projeto Pedagógico Institucional PROAD Pró-Reitoria de Administração PROESP Programas Especiais de Formação de Professores PROEX Pró-Reitoria de Extensão PROGRAD Pró-Reitoria de Ensino de Graduação REDA Regime Administrativo SESEB Superintendência de Ensino Superior da Bahia SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior

UF Universidade de Fortaleza UFU Universidade Federal de Uberlândia UNEB Universidade do Estado da Bahia

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3.10.1 Avaliação da aprendizagem 76

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 19 1 A UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) 23 1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA 23 1.2 MISSÃO E FINALIDADES DA UNEB 25 1.3 EM BUSCA DA EXCELÊNCIA 27 2 PROJETO PEDAGÓGICO: concepção, filosofia e estrutura 31 2.1 QUALIDADE DE ENSINO E AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA 41 2.2 INSERÇÃO SOCIAL: a universidade em sintonia com o

seu contexto social 42 2.3 ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: a necessária

indissociabilidade 44 2.4 INTERDISCIPLINARIDADE: o diálogo

entre os conhecimentos 45 2.5 FLEXIBILIDADE DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 47 2.6 AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA: novo paradigma para a

educação superior 49 3 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 51 3.1 IDENTIFICAÇÃO 51 3.2 ENDEREÇOS 52 3.3 APRESENTAÇÃO 52 3.4 JUSTIFICATIVA 52 3.5 PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS 54 3.6 OBJETIVOS DO CURSO 56 3.7 PERFIL DO FORMANDO 58 3.8 ESTRUTURA CURRICULAR 59

3.8.1 Curso de História: proposta curricular 62 3.8.2 Curso de Geografia: proposta curricular 72

3.9 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE ENSINO 75 3.10 PROCESSO DE AVALIAÇÃO 76

3.10.2 Avaliação do curso 77 3.11 TEMPO MÍNIMO E MÁXIMO DE INTEGRALIZAÇÃO 77 3.12 ATOS LEGAIS 78

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CONCLUSÃO 85 REFERÊNCIAS 91 ANEXOS 99

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Logo de início, julgamos importante considerar que o processo

de elaboração de Projetos Pedagógicos de cursos de graduação

está longe de se caracterizar como a simples confecção de um

documento para atender a uma exigência legal

INTRODUÇÃO

Os diferentes cursos de graduação e os diversos

Departamentos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e

respectivos Colegiados de Curso apresentam realidades que lhes

são próprias. No seu cotidiano, vivenciam um conjunto dinâmico de

relações formais e informais e apresentam condições objetivas de

trabalho, diferenciadas e nem sempre convergentes, porém

legítimas e necessárias para a elaboração de uma proposta que,

assumida coletivamente, servirá de referência para o trabalho

pedagógico.

Assim, sem qualquer pretensão de limitar a liberdade e a

autonomia dos Colegiados de Curso, mas com o objetivo de

fornecer-lhes subsídios para a condução dos trabalhos de

elaboração/reformulação de seus Projetos Pedagógicos e de

apontar-lhes também alguns caminhos para a consolidação do

trabalho que lhes compete é que a Pró-Reitoria de Ensino de

Graduação (PROGRAD) condensou estas orientações.

1. Esse processo

também não se caracteriza pela simples formulação ou reformulação de um currículo. Como processo, a sua construção manifesta-se em todos os momentos do ato educativo e, por essa 1 A Lei 9.394/96 com seus artigos 12 e 47, as Diretrizes Curriculares Nacionais constitui as bases legais de exigibilidade do projeto pedagógico de cada curso.

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razão, expressa uma proposta de gestão acadêmica de curso que

apresenta os fundamentos, os objetivos e os caminhos

considerados necessários para o permanente aprimoramento do

ensino, portanto, para a qualidade da formação profissional.

Entendemos por Projeto Pedagógico a proposta educativa

produzida coletivamente no âmbito da Unidade Acadêmica, cuja

finalidade é enunciar as diretrizes, os propósitos e os

procedimentos adotados para a formação de profissionais numa

determinada área do conhecimento e, conseqüentemente, para as

ações político-pedagógicas do fazer universitário2. Trata-se,

portanto, do documento oficial de apresentação do curso.

A idéia de projeto reaviva a etimologia da palavra projetare

cujo sentido é o de lançar adiante, avançar com vistas ao futuro. É

um plano de realizações; uma espécie de carta de intenções na qual

estão explicitadas ações planejadas para a criação de uma

realidade futura, diferente daquela que temos no presente e que

consideramos possível de vir a existir. A perspectiva de construir

uma nova realidade que supere a atual supõe, pois, rupturas com o

presente. Significa, conforme Gadotti (1994), tentar quebrar um

estado confortável para arriscar-se na travessia de um período de

instabilidade, buscando nova estabilidade ou um novo estado

melhor do que o atual, em função da promessa que cada projeto

contém.

2 Definição inspirada no documento: “Do pessimismo da Razão para o Otimismo da Vontade: referências para a construção dos projetos pedagógicos das IES brasileiras”. ForGRAD, 1999.

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• o Projeto Pedagógico constitui-se ainda numa referência para a avaliação do próprio curso, ou seja, num instrumento para balizar avaliações periódicas realizadas interna e externamente. Como todo projeto, a sua execução é sempre entremeada pela percepção de descompassos em relação à proposta formulada e, por vezes, isso implica a correção dos rumos a seguir. Por isso, a avaliação somente terá resultados positivos se realizada continuamente, em todos os momentos, por aqueles que se envolveram, de forma consciente e comprometida, em sua elaboração e materialização;

Na elaboração de um Projeto Pedagógico consideram-se os

seguintes fundamentos:

• Um Projeto Pedagógico é construído com base nos

problemas reais do curso. Ele lança para frente inquietações e problemas concretos vivenciados no cotidiano acadêmico na busca de opções viáveis para a efetivação de uma nova perspectiva para a formação dos estudantes;

• o Projeto Pedagógico constitui-se, então, num

compromisso confirmado e aceito para ser cumprido por todos aqueles que compõem a comunidade do curso. A sua elaboração, sempre coletiva, resulta do diálogo crítico e contínuo, entre corpo docente, pessoal técnico administrativo, estudantes e gestores;

• o Projeto Pedagógico, qualquer que seja a área de

conhecimento, tem intenções políticas, filosóficas, científicas e pedagógicas que visam contribuir concretamente para a melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolvidos no âmbito do curso;

• o Projeto Pedagógico configura-se em um documento

amplo e aberto que serve de parâmetro para as decisões referentes ao ato educativo, pois orienta todas as ações relacionadas ao processo de formação de um profissional;

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Pontuando esta parte introdutória, é importante ressaltar a

possibilidade de que cada um dos cursos da UNEB tenha uma

identidade clara, estabelecendo, coerentemente, suas estratégias

de trabalho, o modo como apresenta publicamente seus princípios,

suas intenções e a proposta curricular para a formação profissional.

Em outras palavras, tudo isto depende da capacidade própria de

cada Colegiado para conduzir o processo de elaboração, execução e avaliação de um Projeto Pedagógico específico.

• um Projeto Pedagógico, por fim, não se confunde com o projeto de criação de curso e nem com o preenchimento de formulários eletrônicos de reconhecimento de curso, muito embora ofereça a quase totalidade dos dados necessários para o projeto de criação ou para os processos de reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento do(s) curso(s).

Por tudo isto, conforme recomenda Pereira (2005, p.35): Pensar o projeto pedagógico de uma instituição, e/ou de um curso, é pensar na construção de sua identidade o que implica uma análise coletiva tanto de sua história (a que lhe deu as características que apresenta no momento) quanto das direções intencionais que serão assumidas em função das definições tomadas pelo projeto pedagógico.

Tem-se ainda em vista que, na operacionalização do projeto

pedagógico, como lembra Pereira (2005, p. 39-40):

[...] busca-se cumprir o triplo papel que compete à educação - econômico, científico e cultural - devendo estruturar-se em quatro pontos que lhe são básicos: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser. Pois, a educação é uma forma de compreender a complexidade do mundo, o que impulsiona para o desenvolvimento de competências e habilidades pessoais e profissionais, saber comunicar-se eficientemente, tanto quanto viver dignamente.

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Transformado em Fundação Centro de Educação Técnica da

Bahia, em 10/4/74, manteve a sigla CETEBA e assim funcionou até

o advento da Lei Delegada nº 12 de 3/12/80 pela qual, ao mesmo

tempo em que se extinguia o CETEBA, criava-se a

Superintendência de Ensino Superior do Estado da Bahia (SESEB)

com o status de Autarquia Estadual, vinculada à Secretaria de

Educação. Com tais prerrogativas, a SESEB passou a

congregar/integrar as unidades do Sistema Estadual de Educação

Superior no Estado da Bahia: CETEBA, Faculdade de Agronomia do

Médio São Francisco; as Faculdades de Formação de Professores

de Alagoinhas, Jacobina e Santo Antonio de Jesus e as Faculdades

de Filosofia, Ciências e Letras de Caetité e de Juazeiro.

1 A UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA

Revisitar a história da Universidade do Estado da Bahia

(UNEB) faz com que se retorne ao seu núcleo embrionário, o Centro

de Educação Técnica da Bahia (CETEBA), autorizado a funcionar

mediante convênio entre o Ministério da Educação e Cultura e o

Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Educação e

Cultura. Têm-se como documentos legais da criação do CETEBA, a

Portaria Ministerial nº 111 de 19/2/1968, documento básico para o

estabelecimento daquele convênio por tempo indeterminado e, logo

no ano seguinte, o Decreto Estadual nº 21.455/69 que dispunha

sobre o funcionamento daquele Centro e sua manutenção e

administração a cargo da referida Secretaria.

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A partir da vigência da Lei Estadual nº 7.176 de 10/9/97,

regulamentada pelo Decreto Governamental nº 7.223/98 de 20/1/98,

foi instituída na UNEB a estrutura orgânica com base em

Departamentos, passando a ser administrada pelo sistema binário,

extinguindo-se as faculdades e centros existentes, o que é

referendado pela Portaria nº 909 de 31/7/98, do Ministério da

Educação e Cultura.

O passo seguinte para o surgimento da UNEB veio através da

Lei Delegada nº 66 de 1/6/83, que extinguiu a SESEB, criando a

Universidade do Estado da Bahia, constituída pelas unidades

vinculadas àquela autarquia, às quais se juntaram duas

ulteriormente criadas: as Faculdades de Educação da Universidade

do Estado da Bahia, localizadas em Salvador e em Senhor do

Bonfim.

O funcionamento da UNEB foi autorizado pelo Decreto

Presidencial nº 92.937 de 17/7/86, caracterizando-se como

instituição de ensino superior “mantida pela Autarquia Universidade

do Estado da Bahia, em regime especial e em sistema multicampi

de funcionamento, vinculada à então Secretaria da Educação e

Cultura do Estado da Bahia”.

Consolida-se o acesso ao ensino superior, também no interior

do Estado com o reconhecimento da UNEB, através da Resolução

nº 115/95 do Conselho Estadual de Educação (CEE), homologada

pela Resolução nº 351/95 do Conselho Federal de Educação (CFE)

e Portaria Ministerial nº 909 de 31/7/95.

Dessa forma, caracteriza-se a UNEB por ser uma instituição

pública, gratuita, mantida pelo Governo do Estado; possui

personalidade jurídica de direito público, autonomia acadêmica,

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Sabe-se, entretanto, que a educação superior, como um dos

segmentos do sistema estadual de ensino, depende do esforço do

Estado para o estabelecimento de faculdades e universidades além

das fronteiras da sua cidade capital, em outros espaços, nas

cidades interioranas. Entende-se, por tudo isto, conforme explica

Fialho (1998, p. 28-29), que a universidade deve estar atenta para:

administrativa e financeira, com patrimônio próprio e, atendendo a

sua estrutura, como sistema multicampi, agrega 29 Departamentos

sediados em 24 centros regionais de médio e grande porte.

1.2. MISSÃO E FINALIDADES DA UNEB

Por definição legal e em função de sua configuração estrutural

compete à UNEB difundir o saber, promovendo a formação e o

aperfeiçoamento acadêmico, científico e tecnológico, no intuito de

manter a sua colaboração para o desenvolvimento da educação

superior na Bahia e, conseqüentemente, para o desenvolvimento

das regiões onde está inserida.

Desde a vigência da Constituição de 1988 já se visualizava a

descentralização do ensino superior, abarcando todo o estado-

membro com a diversidade de campi, conforme prescreve a lei

maior: “as universidades públicas descentralizarão suas atividades,

de modo a estender suas unidades de ensino superior às cidades de

maior densidade populacional”. Pelo que parece, a modalidade

multicampi é a mais recomendada para tais fins, respeitadas as

competências dessas unidades e as disposições normativas do

sistema de ensino ao qual pertencem.

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Em síntese, ao resultar da trajetória histórica da SESEB, a

Universidade do Estado da Bahia (UNEB) mantém o compromisso

com os espaços regionais onde se localizam as suas unidades,

buscando, no seu fazer pedagógico, como partícipe vital do

crescimento desses espaços, ajustar a implantação de novos

cursos às requisições regionais nos seus aspectos sociais,

econômicos e culturais. Configuram-se as premissas já traçadas na

criação da UNEB para uma oferta de serviços com um padrão de qualidade educacional nos quais se expresse a relevância social,

econômica, política e cultural e em comprometimento com a

formação de cidadãos éticos, críticos e competentes.

[...] os variados fenômenos urbanos e regionais - nas suas mais diversificadas dimensões históricas, antropológicas, demográficas, educacionais, econômicas, culturais, etc - na condição de fatos ou objetos da ciência, inerentes, pois, à realização da sua específica missão: transformá-los em conhecimento, questionar o saber vigente que os explica, buscando mais e melhores explicações; alertar riscos e caminhos para o desenvolvimento da sociedade, da comunidade, da pessoa, da cidadania, da qualidade de vida, enfim, dar conta de uma missão que se concretiza no ensino, na pesquisa e na extensão e só se sustenta no compromisso com a busca da verdade (FIALHO, 1998, p. 29).

Esta busca da verdade na UNEB está implícita na sua missão

a qual se explicita nas finalidades da instituição, tal qual estabelece

dispositivo da Lei º 7.176/97 para as universidades estaduais

baianas, conforme registra Fialho, (1998, p. 29): Desenvolver a educação superior, de forma harmônica e planejada, promovendo a formação e o aperfeiçoamento acadêmico, científico e tecnológico dos recursos humanos, a pesquisa e a extensão, de modo indissociável, voltada para as questões do desenvolvimento sócio-econômico, em consonância com as peculiaridades regionais.

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1.3 EM BUSCA DA EXCELÊNCIA

Imbuída da sua missão de produção do conhecimento e

expansão dos seus espaços, disponibiliza a UNEB 130

opções/habilitações em nível de Licenciatura e 23 em nível de

Bacharelado, as quais são oferecidas para a formação dos seus

20.338 alunos regularmente matriculados, conforme se distribuem

no Quadro 1 a seguir:

CURSO/NÍVEL HABILITAÇÃO NÍVEL

ALUNOS MATRICULADOS TOTAL

Graduação - cursos regulares Licenciaturas Bacharelado

10.170 3.833 14.003

Intensivo de graduação para docentes / séries iniciais / Ensino Fundamental da rede oficial de ensino

Licenciatura Plena 5.422 5.422

Programa de Formação de Professores - Modalidade presencial/Convênio UNEB/SEC

Licenciatura Plena 747 747

Formação de Professores Pedagogia da Terra

Licenciatura Plena 120 120

Curso Seqüencial Complementação de Estudos 46 46

TOTAL GERAL 20.338 Quadro 1 - Corpo Discente 2004.2 Fonte: Secretaria Geral de Cursos / UNEB, jul. 2005.

Outras possibilidades para a clientela da UNEB são

disponibilizadas nos cursos oferecidos através dos Programas

Especiais da Rede UNEB-2000, em convênio com prefeituras do

interior do estado com uma matricula efetiva de 798 alunos,

conforme dados do ano letivo de 2004. Ainda, em cooperação com a

intenção do governo do Estado para a formação de professores da

rede estadual, por meio do Programas Especiais (PROESP), cuja

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formação privilegia áreas do conhecimento como: letras, história,

biologia, geografia e matemática para 748 professores-alunos, em

curso, nos onze municípios de médio e pequeno porte.

A esses dados, somam-se os alunos de cursos de Pós-

Graduação, sendo 6.102 alunos em cursos em nível de

especialização, pós-graduação lato sensu, disponibilizados por

vários Departamentos da Capital e do Interior e nos cursos em Nível

de Mestrado, pós-graduação stricto sensu, com 125 alunos no

Campus I, em Salvador e 20 alunos no Campus V, em Santo

Antonio de Jesus

Fazendo-se referência ao corpo docente, compõem o quadro

permanente e temporário, 1.474 professores, sendo 1.384 efetivos e

90 contratados através do REDA, 16 professores visitantes e 74

como substitutos. Quanto à titulação dos seus professores pode-se

notar a busca de melhor qualificação, por esses docentes sendo

bem reduzido o quantitativo de professores portando apenas a

graduação (Quadro 2).

QUADRO DOCENTE 2005.1 Categoria Graduação Especialização Mestrado Doutorado Total Efetivos 105 553 566 160 1.384 Visitantes 111 1 1 3 16 Substitutos 17 39 17 91 74 Totais 233 593 584 254 1.474

Quadro 2 - Quadro docente por titulação Fonte: Relação Alpha SRH - UNEB/PROAD, 8/6/2005.

Em se tratando do corpo técnico-administrativo, a UNEB conta

com 807 servidores ocupantes de cargos permanentes, conforme

distribuição por cargo/nível (Quadro 3).

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CARGOS QUANTITATIVO Técnico Universitário 188 Assistente Técnico Universitário 478 Auxiliar Universitário NA3 141 Técnico-Administrativos nível médio/REDA Técnico Administrativos nível superior/REDA

133

25 Total 965

Quadro 3 - Pessoal técnico-administrativo - Cargos permanentes e temporários Fonte: UNEB/PROAD, 8/6/2005.

Acompanhando a história da UNEB pudemos verificar seu

crescimento através da procura por seus cursos de graduação,

quando, segundo dados da Gerencia de Seleção Discente

(GESEDI), para o vestibular de 2005, foram contabilizadas as

inscrições de 36.955 candidatos em Salvador e 37.931 nos demais

departamentos, totalizando 72.886 inscritos.

Ressalte-se a visão social da política extensionista da UNEB,

conforme se extrai de documento oriundo da Pró-Reitoria de

Extensão (PROEX) pelo oferecimento e consecução de programas e

atividades oferecidos à comunidade interna e externa da

Universidade. Através desses programas, a extensão “difunde

saberes, sistematiza conhecimentos populares, potencializa o

ensino e a pesquisa, luta pela superação das desigualdades e

exclusão sociais, contribuindo para a formação de profissionais

cidadãos, solidários e comprometidos com a construção da coesão

social e aprofundamento da democratização do ensino superior”.

Reconhecemos que os resultados alcançados pela PROEX

têm seu grande respaldo nos convênios e parcerias estabelecidas

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com órgãos governamentais e não-governamentais (ONG’s);

empresas públicas e privadas; associações e setores da

comunidade civil; e ainda, membros da própria sociedade de

entorno dos Departamentos da UNEB que atuam como voluntários,

aderindo e tornando-se participantes/beneficiários daquelas áreas,

justamente pelo caráter social que tipifica essas atividades.

Envolvem-se nos programas da PROEX, oriundos da UNEB,

418 professores, 137 técnicos, atendendo 1.728 alunos. Entre as

ações desenvolvidas por essa Pró-Reitoria destacam-se pela

possibilidade de ingresso do beneficiário no ensino superior: o

Programa “Universidade para Todos” que já atendeu até agora

40.650 alunos da rede pública e o “Pré-Vestibular Social”

alcançando 13.280 alunos. Também nos programas para a Terceira

Idade estão vinculados 1.720 alunos.

Em resumo, nos últimos sete anos da história da UNEB,

através da PROEX, foram demandadas 3.678 ações que

beneficiaram 3.207.902 pessoas, o que vem confirmar a missão da

Instituição nos seus propósitos de promover a democratização dos

saberes, da cultura e da arte do povo baiano num contexto que se

expande para um sentimento de plena brasilidade.

Inscreve-se na segunda seção deste texto o Projeto

Pedagógico, como tema da maior importância para os objetivos

pretendidos pelos autores, conforme anunciado na inicial deste

documento.

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Logicamente, embora sejam estas as bases para um projeto

pedagógico, convém, de início, estabelecer a diferença entre Projeto

Pedagógico Institucional (PPI) e o Projeto Pedagógico dos Cursos.

Considerando-o como um instrumento de balizamento para o fazer

universitário, entendemos que o Projeto Pedagógico Institucional ou

da Instituição de Ensino Superior, deve ser concebido coletivamente

no âmbito da Instituição, para a qual deve ser orientado como um

todo. Em particular, e para cada um dos seus cursos, o projeto

pedagógico deve ensejar a construção da intencionalidade para o desempenho do papel social da Instituição de Ensino Superior (IES),

centrando-se aquele projeto no ensino, mas vinculando-se

estreitamente aos processos de pesquisa e extensão. Com base na análise crítica do momento vivido, deve-se configurar a visão

2 PROJETO PEDAGÓGICO: concepção, filosofia e estrutura

Na busca pela excelência através da adoção de seus projetos

e programas entre os quais deve destacar-se o Projeto Pedagógico,

a UNEB procura também preservar os fundamentos da educação os

quais, por sua vez, de acordo com Boaventura e Silva (2004, p 169)

devem ancorar-se em: [...] argumentos sustentadores de uma educação pluricultural e conectar-se com a filosofia que fundamenta a proposta de educação cuja função básica não é propiciar aos jovens simplesmente o conhecimento escolarizado, ordenado, de acordo com uma lógica disciplinar, mas capacitá-los com uma série de conhecimentos, habilidades e atitudes e valores que lhes permita entender a sociedade e a cultura onde vivem, participar delas e transformá-las.

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Reconhece-se, ainda que, se todo saber e todo exercício

profissional ocorrem em situações sócio-humanas concretas e,

particularmente no caso brasileiro, requerem mudanças profundas,

todo Projeto Pedagógico deve pautar-se em uma visão de mundo

cultivada com racionalidade ética. Esta visão de mundo constitui-se

em horizonte daquilo que se “projeta” como ponto de referência de

todas as ações e decisões do Curso. Desta forma, não se pode

reduzir o Projeto Pedagógico a um instrumento técnico-burocrático,

estruturado em torno de perfis esperados de formandos,

descontextualizados, ou de definições curriculares tradicionais. Seria

pretendida, efetivando as ações, refletindo sobre elas, avaliando-as

e incorporando novos desafios.

Neste sentido, endossamos a posição de Veiga (2001, p. 18),

ao declarar que “todo projeto supõe ruptura com o presente e

promessas para o futuro”. E continua esse autor Projetar significa quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém a visão de um estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.

De acordo com o Fórum de Pró-Reitores de Graduação das

Universidades Brasileiras (ForGRARD, (2003, p. 16), o Projeto

Pedagógico dos Cursos “[...] é estabelecido a partir do diálogo com

o Projeto Pedagógico Institucional a partir da identidade de cada

curso, considerando as demandas da sociedade contemporânea,

em geral e no contexto do campo de ação própria da (s) área (s) de

saber envolvida(s)”.

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Assinale-se que, como processo, conforme explica Pereira

(2005):

o caso, como bem alerta Nogueira (2001, p.181) da formação de

“meros profissionais com vasto conhecimento mas incapazes de

resolver problemas, de realizar projetos e, pior ainda, incapazes de

saber o que fazer com todo esse arsenal de conhecimentos

adquiridos nos bancos escolares e na vida.” Nesta linha de pensamento, coloca-se a posição de Gondin

(1997, p. 36-38), para o qual, na operacionalização de um Projeto

Pedagógico, deve-se pensar além das grandes questões políticas.

“[...] vai ser preciso incluir as questões ligadas ao dia-a-dia da escola

e estudar alternativas à antiga prática. Isto envolve diretamente a

discussão em torno da construção do conhecimento”.

Lembra ainda esse autor que “tratar da relação entre

construção do conhecimento e visão de mundo é tratar da relação

entre saber e poder, é politizar a discussão sobre educação num

momento histórico em que se tenta torná-la uma questão apenas

técnica.” (GONDIN, 1997, p. 37).

Estes posicionamentos recordam o pensamento do educador

Paulo Freire que recomenda se tenha conjuntamente “uma nova

visão sobre o conhecimento (o que muitas instituições escolares

vêm desenvolvendo) e uma nova visão sobre a sociedade (o que

está cada vez mais ausente das escolas)”. Estas duas novas visões

“deveriam estar presentes na construção de uma nova prática”.

(GONDIN, 1997, p. 37).

O Projeto Pedagógico está em contínua construção, indo além da necessidade de responder a uma solicitação formal, passando a ser a reflexão e a contínua expressão de nossas idéias sobre a educação superior, sobre a universidade e sua função social,

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sobre o curso, sobre o ensino, sobre a pesquisa e sua relação com o ensino, sobre a extensão e sua relação com o currículo, sobre a relação teoria e prática.

Nesta definição de um projeto pedagógico da educação

brasileira, esboça-se um novo perfil para o currículo o qual, além de

apoiar-se em competências básicas para a inserção do aluno no

mercado de trabalho, deve buscar dar significado ao conhecimento

adquirido, evitando a segmentação do conhecimento, mediante a

contextualização, a interdisciplinaridade e o incentivo ao raciocínio e

à capacidade de aprender. (PEREIRA, 2005, p. 3). Para essa

autora, cabe à Universidade buscar formas para garantir um ensino

que “contemple a diversidade do conhecimento e que, em nível de

individualidade e subjetividade, forme profissionais com

competência em áreas específicas”; mas, também “capazes de

incorporar valores que propiciem o pleno exercício da cidadania”,

condições que devem permear a organização do currículo.

Como elemento fundamental de um Projeto Pedagógico, a

definição do currículo é atualmente orientada por Diretrizes

Curriculares Nacionais (Lei nº 9.394/96), as quais superam os

estreitos contornos dos currículos mínimos obrigatórios,

possibilitando trazer a sua discussão para o campo da liberdade e

da flexibilidade curricular e pedagógica, principalmente numa

universidade multicampi como a Universidade do Estado da Bahia

(UNEB).

Preservam-se, dessa maneira, elementos fundamentais para o

processo de elaboração curricular, dos quais destacamos: a

permeabilidade às transformações, a interdisciplinaridade, a

transdisciplinaridade, a formação integrada à realidade social, a

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Por seu tempo, tratar da organização curricular, é sair do

campo da utopia para o desenvolvimento de melhor compreensão

do contexto social e, sob a ótica da flexibilidade e da complexidade,

adotar uma perspectiva holística da realidade. Tenha-se em mente

que, no campo educacional, apesar de considerado por muitos

docentes como “programas de ensino, conteúdos ou matriz

curricular”, na verdade, “o currículo representa a síntese dos

conhecimentos e valores que caracterizam um processo social

expresso pelo trabalho pedagógico desenvolvido nas instituições

educacionais.” (CARVALHO; FERREIRA, 2000, p. 23).

necessidade da educação continuada, a articulação teoria-prática

presente no princípio pedagógico da indissociabilidade entre ensino,

pesquisa e extensão. Nessa linha de raciocínio, alerta Sales (1998,

p.164) que “os mecanismos da multi, inter e transdisciplinaridade

não constituem, por si sós, fatores de progresso ou retrocesso,

estando na dependência do modo como vêm servir à dinâmica e à

natureza do seu caráter instrumental e operatório.”

Quanto à interdisciplinaridade, como fator de integração da

multireferencialidade das disciplinas na instituição, pressupõe-se um

trabalho didático que se dê através de conceitos como

tempo/espaço na dinâmica das transformações sociais, “com plena

consciência da complexidade humana e da ética nas relações, da

importância da preservação ambiental e o conhecimento básico das

condições para o exercício da cidadania”. (Disponível em:

<http://www.fundar.org.br/temas/texto__7.htm> Acesso em 10.

jul.2005).

Ratificam-se estas recomendações com o que expressam

Boaventura e Silva (2004, p. 169):

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Um currículo empreendido deve procurar desenvolver uma nova ação cultural, tentando responder questões teórico-metodológicas, políticas e históricas sobre a sociedade que temos e a que queremos e quais valores e princípios estão implicados nas práticas educativas para chegarmos a uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e igualitária.

Ressaltamos, entretanto, que todos os elementos ou

dimensões mencionados devem obrigatoriamente, articular-se a

partir de um Projeto Pedagógico que, construído coletivamente,

deve integrar tanto os diferentes cursos no Projeto Institucional,

quanto as diversas dimensões curriculares na concepção global de

cada curso. Este espaço de concepção e gestão do Projeto

Pedagógico é o lugar privilegiado de formação continuada do

professor universitário. No contexto maior deste Projeto e como um

de seus agentes materializadores, o professor não exercerá mais o

papel de simples ministrador de disciplina.

Devemos ainda notar que os processos de diversificação e

flexibilização curricular decorrem do exercício da autonomia

universitária e devem encontrar seus limites tanto nos Projetos

Pedagógicos quanto nos mecanismos de Avaliação Institucional.

Quanto à construção do Projeto Pedagógico da UNEB, este

teve início em 1999, quando através da Portaria n. 1.440/99, de

10/8/99, foi criada uma Comissão com a incumbência de apresentar

uma Proposta Preliminar, enquanto ponto de partida para análise e

discussão pela comunidade universitária.

Só no ano de 2003, por meio da Resolução n. 541, publicada

no Diário Oficial do Estado, de 3/4/2003, o Conselho Superior de

Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) aprovou o Projeto

Pedagógico da Universidade, estabelecendo suas diretrizes, filosofia

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de ação, estratégias e objetivos, dirigidos às atividades de Ensino,

Pesquisa e Extensão.

Enquanto um documento sujeito à dinâmica do processo

ensino-aprendizagem, os seus atores devem estar atentos às

transformações de ordem sócio-econômica, política, tecnológica,

cultural, étnicas e artísticas. Assim, o Projeto Pedagógico da UNEB

deve ser um instrumento a ser considerado na elaboração de

cursos, porém não dissociado do cotidiano.

Como seus pressupostos levar-se-ão em conta:

a) a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão

enquanto princípio pedagógico;

b) a dinâmica pedagógica do processo educacional: ação

docente no contexto do Projeto Pedagógico, relacionamento

professor-aluno na base do princípio da articulação entre

ensino, pesquisa e extensão;

c) a questão curricular e sua flexibilização;

d) o papel dos estágios acadêmicos (extracurricular e

curricular);

e) a iniciação científica;

f) a monitoria;

g) a avaliação discente;

h) os desafios da Educação a Distância (EAD);

i) o corpo docente e pessoal técnico-administrativo;

j) o corpo discente;

) a gestão acadêmico-administrativa; e,

l) a infra-estrutura.

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Nessa dimensão, os elementos ou componentes curriculares

adquirirão um conjunto de atividades intencionalmente

desenvolvidas para o processo formativo, mediadas pelo professor e

pelo aluno, o qual procura transformar as experiências episódicas existentes em um conjunto de atividades vinculadas a atividades

teórico-práticas em laboratórios, estágios, monografias, artigos

técnico-científicos, seminários etc. Trata-se, portanto, de

potencializar estas experiências de modo a hegemonizar aquilo que

hoje é emergente. Novas situações deverão ser criadas,

Um Projeto Pedagógico, assim construído, aponta para a

atitude reflexiva e problematizadora do aluno, que lhe permitirá ser

um produtor do conhecimento. O comportamento investigativo

aplica-se tanto para as atividades ditas em sala de aula como fora

dela, participando em: a) projetos de pesquisa e/ou extensão

realizados interna ou externamente à Instituição; b) eventos

científicos; c) atividades de monitoria; e, d) atividades de estágio e

de extensão, na qualidade de ato de criação, resolução de

problemas, mas sempre como atividade de interrogação, portanto de

pesquisa.

Nessa perspectiva, vejamos o que estabelece a Universidade

Estadual do Maranhão (UEMA, 2000, p. 18): A concepção de ensino que tem na pesquisa seu elemento constituidor, contrapõe-se as práticas baseadas na visão positivista de construção do conhecimento, na qual os conteúdos ficam fracionados, descontextualizados, desproblematizados, resultando num aprendizado memorístico. A idéia do ensino articulado à pesquisa baseia-se em atitudes analíticas, reflexivas, questionadoras, problematizadoras onde a aprendizagem parte das observações próprias para indagar o conhecimento e seu próprio mundo.

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principalmente em disciplinas teóricas e em situações não

formalizadas mas que envolvem processos formativos. Um fator

fundamental é entender que tempos e espaços curriculares

diferentes serão necessários.

Reconhece-se também que, nessa atualização e

modernização das exigências para a elaboração de um currículo,

independentemente do aspecto profissionalizante, direto e

específico, inscreve-se a aplicação da teoria na prática, através dos

estágios curriculares ou extracurriculares aos quais se associam “as

atividades de extensão e ação comunitária, mediante participação

dos alunos em procedimentos e projetos de interesse social”.

(PERELLO, 1998, p. 53).

Enfatize-se que, para efetivamente articular ensino-

pesquisa/teoria-prática na graduação, precisamos criar mecanismos

para romper a cultura dissociativa existente, inclusive da prática de

alguns docentes quando lançam mão do seu repertório de “fatias de

conhecimentos”, disponíveis nos seus “arquivos de memória” ou

práticas congêneres. Alerta também Andrade (2005, p. 3): “deve-se

ter sempre em vista que, enquanto instituição social, a escola

orientada apenas para o homem que desejava formar, era um

modelo necessário para épocas passadas.”

Hoje, na era da informática, em que é a posse da informação

que garante o poder, precisamos de um novo modelo no qual, para

Andrade (2005, p. 3): [...] impõe-se a lógica dialética, fundamentada na noção de contradição, dialógica. São estas algumas razões para se buscar uma transformação curricular às quais se soma uma razão política muito forte: hoje vivemos numa democracia e queremos formar pessoas criativas, questionadoras, críticas, comprometidas com

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Estas matérias serviram de inspiração para a elaboração

deste documento na definição dos princípios para o ensino de

graduação. Também com base nestes materiais, presumimos, o

Colegiado de Curso poderá promover a discussão, ampliando e

aprofundando a reflexão, pois o que importa é a confirmação

expressa no Projeto Pedagógico daquilo que deverá orientar ou

guiar o trabalho pedagógico de cada um dos envolvidos com as

atividades do curso.

as mudanças e não com a reprodução de modelos mais do que conservadores, realmente ultrapassados.

À universidade cabe dar direção para o processo formativo,

pautando-se no seu Projeto Pedagógico, levando em consideração

os princípios éticos e políticos fundamentais para o exercício da

cidadania, da democracia e da responsabilidade para com o meio

ambiente.

Queremos, ainda, lembrar que no caso da UNEB, esta

“universidade” somos todos nós: gestores, professores, alunos,

técnicos, posto que, como unebianos, devemos e queremos todos,

transformar a realidade baiana no plus sócio-econômico, visando

um desenvolvimento harmônico para o Estado, com reflexo no

País.

Procuramos respaldo para as nossas idéias nos textos a

seguir condensados, originários de instituições de ensino superior,

entre as quais a Universidade Federal de Uberlândia (UFU, 2003);

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA, 2000); Universidade de

Fortaleza (UF, 1999); e, da própria UNEB (1999).

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Por outro lado, a existência de espaços livres para pensar,

criticar e criar é necessária quando se pretende participar do

desenvolvimento da sociedade, contribuindo na formação

profissional de seus cidadãos. É no gozo de sua liberdade

acadêmica que a universidade torna-se capaz de orientar-se para

uma atuação contextualizada, associada aos interesses local,

regional ou nacional, sejam eles econômicos ou culturais. Deste

modo, será possível legitimar o esforço da universidade na

contraposição à tradição normativa do Estado brasileiro em relação

à educação superior para a qual se pretendia ser apenas a simples

reprodução de fórmulas pré-determinadas.

2.1 QUALIDADE DE ENSINO E AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA

Tomam-se como valores na orientação da ação acadêmica, a

qualidade de ensino e autonomia universitária. A qualidade do

ensino não é um atributo abstrato que se imprime de fora do

ambiente acadêmico para caracterizar o resultado de um processo

educativo. Qualidade do ensino é um valor social, constituído em

consonância com um determinado contexto. Tomada como valor

socialmente construído, a qualidade não deve ser pensada como fim

em si mesma, dissociada de significados coletivamente

compartilhados. A qualidade do ensino está, assim, efetivamente

ligada ao cumprimento da função social da universidade que é de

ensinar, de pesquisar e de praticar a extensão em favor do

desenvolvimento dos sujeitos e da sociedade como um todo.

No âmbito do ensino, a autonomia universitária traduz-se no

exercício da busca de soluções próprias para problemas específicos

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Na efetivação do cumprimento de sua função, a universidade

deve manter interação permanente com a sociedade, com o mundo

do trabalho e com as demandas sociais de formação profissional.

Isso não significa a caracterização da universidade como

"universidade de serviço", atrelada a um tipo de mercado e dele

e ressoa como liberdade pedagógica diante dos obstáculos para a

implementação de currículos abertos e de práticas didáticas

alternativas. Nessa perspectiva, a pluralidade e diversidade

resultantes de nossas múltiplas experiências deverão ser percebidas

como fatores de enriquecimento, mas passíveis de serem

sintetizadas em benefício da qualidade do ensino.

Reforça-se nosso posicionamento com extrato de texto

pesquisado,no qual o autor declara: [...] ser importante ressaltar que essa autonomia implica em planejamento conjunto e integrado,expressão de um compromisso tácito entre os agentes envolvidos sobre objetivos compartilhados, considerando a especificidade, as necessidades e as demandas do seu corpo docente e discente, criando expressão própria e local ao disposto na base nacional comum. (SCHNEIDER, 2005, p. 5).

A preocupação com a qualidade do ensino oferecido e o

exercício da autonomia para criar constituem os princípios gerais

que presidem toda preocupação e quaisquer ações institucionais

voltadas para o ensino de graduação.

2.2 INSERÇÃO SOCIAL: a universidade em sintonia com o seu

contexto social

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dependente ou, tão somente, como local de formação de recursos

humanos capazes de contribuir para o rompimento das

desigualdades sociais, mas também como lócus de elaboração e

disputa de visões de mundo, organização da cultura e dos meios

para sua difusão.

Em um contexto em permanente transformação, marcado por

conflitos e por realidades sociais e culturais distintas, tem-se como

exemplo a UFU que, no seu caráter de instituição pública, é

chamada a reafirmar a sua opção por um modelo de sociedade

includente, centrado no princípio da cidadania como patrimônio

universal, de modo que todos possam compartilhar dos avanços

científicos e tecnológicos alcançados.

Este é, sem dúvida, um princípio de natureza política e a sua

implementação desdobra-se na proposição de cursos preocupados

com a formação humanística, crítica e ética de profissionais

comprometidos com processos de inclusão social. Este princípio

articula, pois, o currículo ao mundo social, ao mundo da vida,

contextualizando a ação educativa. Como lembra Schneider (2005,

p. 5), “a inclusão implica na reformulação de políticas educacionais e

de implantação de projetos educacionais inclusivos, facilitando

estender o benefício aos indivíduos em uma sociedade na qual a

diversidade está se tornando mais norma que exceção”.

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2.3 ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: a necessária

indissociabilidade

A universidade é um lugar de produção e de socialização do

saber. Assim identificada como local privilegiado da produção do

conhecimento, a Universidade torna-se também local de

disseminação deste conhecimento, cuja matéria-prima deve ser a

análise e a investigação da realidade. A universidade, como local de

divulgação da cultura, inspira e legitima práticas sociais

diversificadas. É um espaço intelectual mas é, também, um espaço

político. A universidade é, portanto, o espaço do ensino, da pesquisa

e da extensão.

Pressupõe-se um ensino que exija do estudante uma atitude

investigativa e que lhe permita vivenciar a pesquisa como um

processo indispensável para a sua aprendizagem. Um ensino com

pesquisa, o que não é o mesmo que ensino vindo da pesquisa,

porque não se confunde com a forma convencional de articulação

ensino-pesquisa. Do mesmo modo, o ensino universitário deverá ser, também,

um ensino com extensão para possibilitar a compreensão da

relevância social e política do próprio processo de produção do

conhecimento tratando-o como bem público, A extensão concebida

desta forma ultrapassa a condição de uma ação assistencialista e

assume a característica de partícipe num processo formador.

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2.4 INTERDISCIPLINARIDADE: o diálogo entre os conhecimentos

A superação de uma visão fragmentada, dicotômica da

realidade e do conhecimento, típica de uma sociedade como a

nossa que se organiza pela divisão do trabalho, pela

compartimentalização de saberes e hierarquização das

especializações, é uma tarefa que demanda um grande esforço.

Por este ponto de vista, a interdisciplinaridade aparece como

alternativa para a superação da idéia de que o conhecimento se

processa em campos fechados em si mesmos, como se as teorias

pudessem ser construídas em mundos particulares de modo a

tornarem-se imunes aos acontecimentos e aos contextos histórico-

culturais.

Temos registrado na nossa experiência como professor que,

na maioria das vezes, os currículos ainda são estruturados de forma

fragmentada, cujos conteúdos, pela sua pouca relevância, não têm

sentido para os estudantes, o que é reforçado pela descrição de

Beloni (2005, p. 3), para a qual “sucedem-se as atividades

acadêmicas de acordo com uma grade curricular, em tempos

sucessivos, cujos temas são tratados dissociadamente um dos

outros”.

Falta-lhes a articulação de conhecimentos o que seria

possibilitado pela interdisciplinaridade, intimamente ligada às ações

que buscam imprimir flexibilidade aos currículos.

Trabalhar a interdisciplinaridade nos currículos, entretanto,

não significa negar as especialidades das disciplinas, mas impõe ao

professor que transita pelo território de sua especialidade, a

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Em um contexto marcado pela competitividade e práticas

individualizadas, torna-se fundamental a definição de tal princípio

como forma de contribuir com relações mais solidárias e

cooperativas no interior da Universidade.

identificação dos limites deste campo do conhecimento e dos pontos

a partir dos quais seja possível estabelecer conexões com outras

disciplinas.

Assim, a interdisciplinaridade traduz-se numa espécie de

articulação que mantém, permanentemente, uma tensão produtiva

entre disciplinas que, então, aparecem fortes e bem estabelecidas

no currículo de um curso.

Entretanto, a interdisciplinaridade também não pode ser

encarada como a somatória ou a simples justaposição de

conteúdos, porque se configura, acima de tudo, como uma forma de

abordagem do conhecimento, uma mudança de atitude em busca da

unidade do pensamento e do diálogo na compreensão dos

problemas próprios do existir humano.

Esta razão, entre outras, comprova que a interatividade está

intrinsecamente vinculada ao princípio do trabalho coletivo. Segundo

a doutora Francisca Gonçalves da Universidade de São Paulo

(USP), citada por Bordoni (2005, p. 1): [...] essa interação é um processo que pode ir da simples comunicação de idéias até a integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, terminologia, metodologia, procedimentos, dados e formas de organizá-los e sistematizá-los no processo de elaboração do conhecimento.

Essa determinação, além de se tornar um instrumento

norteador das ações, poderá contribuir com a formação discente,

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Lembra também Nogueira (2005, p. 2) que a conexão efetiva

teoria-prática, como fator de enriquecimento da experiência, passa

por uma análise crítico-reflexiva da realidade para a qual o nosso

aluno, embora egresso de um processo de ensino-aprendizagem

formalizado, porém flexível, deve estar preparado quanto àquelas

aquisições como contribuição positiva para sua vida profissional.

possibilitando a construção de valores sociais que lhe são

indispensáveis na vida em comunidade.

2.5 FLEXIBILIDADE DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A flexibilidade, como forma de imprimir dinamicidade à

formação acadêmica, implica a opção por um processo de formação

aberto às novas demandas dos diferentes campos do conhecimento

e de atuação profissional que são fundamentais para o exercício da

autonomia intelectual e da cidadania.

Imprimir flexibilidade aos currículos, tal como sugerem as

Diretrizes Curriculares Nacionais, supõe mudança nas concepções e

nas práticas universitárias que regulam os modelos rígidos de

gestão acadêmica. Supõe também, reformulações curriculares que

ultrapassem os limites de uma imediata eliminação de pré ou de co-

requisitos entre disciplinas.

Nesse sentido, adaptando o pensamento de Nogueira (2005,

p, 1) quando se refere a prática aquela flexibilidade vai auxiliar “o

desenvolvimento de competências e habilidades que o aluno deve

incorporar no seu cotidiano quando deve ter a competência para

integração dos conhecimentos, das habilidades e das atitudes”.

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A ética, como um referencial para a identidade de um curso,

orienta para atitudes de preservação, zelo e respeito ao patrimônio

público e ao ambiente.

As práticas de ensinar, de aprender e de pesquisar mais

comuns na universidade denunciam a forma linear como é

organizado o conhecimento acadêmico: do geral para o particular,

do teórico para o prático, do ciclo básico para o profissionalizante.

Este modo de agir está sustentado nos pressupostos:

a) primeiro, o estudante precisa dominar a teoria para depois

entender a prática e a realidade; e,

b) primeiro, precisa o aluno dominar idéias simples para

depois alcançar a complexidade dos conceitos e das

análises. Todavia, se pretendemos estabelecer

parâmetros novos para a organização curricular será

preciso logo perguntar sob qual ponto de vista a

simplicidade ou a complexidade será definida.

Insistir na proposição de estruturas curriculares rígidas

significa considerar que todos somos iguais em tudo e que não

temos outra alternativa senão conservarmos essa idéia de que

vivemos num mundo estratificado.

Tem-se que estar atento para esse conjunto de mudanças

necessárias no nosso contexto, acreditando-se que na forma do

atual universo social no qual inserindo-se as práticas educativas,

estas devem revelar no indivíduo o desenvolvimento de atitudes

éticas também em relação à produção e difusão dos conhecimentos,

no que se inclui o respeito à propriedade intelectual.

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Mas se compreendemos que, numa sociedade complexa e em

permanente transformação, o conhecimento aparece, por vezes,

como lacunar e provisório, sendo preciso sempre re-significá-lo e

relativizá-lo, para o que devemos lançar mão da independência

intelectual, da criatividade e da criticidade, cujas requisições devem

estar ao alcance de todos os envolvidos no processo de ensino-

2.6 AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA: novo paradigma para a

educação superior

Tomar a avaliação como um dos componentes do trabalho

educativo constitui um primeiro passo na direção de uma mudança

no paradigma do ensino universitário.

Estabelecer a distinção entre o exercício de uma simples

verificação momentânea do conteúdo e a prática de uma avaliação

que acompanha e busca compreender o caminho percorrido pelo

estudante é o passo decisivo que confirma uma transformação real

no espaço universitário.

A avaliação é um dos itens que revelam mais claramente a

compreensão que temos e o significado que imprimimos ao conceito

de qualidade do ensino, anunciado como um dos princípios

orientadores do ensino de graduação na UNEB. Muitos acreditam

que o processo de formação baseia-se na maior quantidade de

informações possível e que os estudantes devem demonstrar os

conhecimentos que vêm adquirindo no decorrer de um tempo

definido. Geralmente nesses casos, a qualidade do ensino tem sido

tomada como um fim em si mesma e a avaliação permanece situada

num campo pretensamente neutro e de natureza meramente

técnica, pois abrigada pela visão positivista de ciência.

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O nosso próximo passo nestas reflexões sobre o Projeto

Pedagógico direciona-se para o conseqüente Projeto Pedagógico do

Curso. Nesta parte, esquematicamente, são descritos os

componentes do Projeto desde a sua identificação, objetivos,

justificativa, perfil profissional do formando, metodologia e processos

de avaliação. Acrescentam-se os atos legais oriundos das esferas

federal e estadual, desde que neles se baseia toda a ação da UNEB

na formação e operacionalização dos seus cursos.

aprendizagem; assim, nossos processos avaliativos poderão estar a

serviço da autonomia e do desenvolvimento dos sujeitos e da

sociedade como um todo.

Esses processos avaliativos, de acordo com a amplitude que

lhes for dada, podem e devem trazer informações sobre a realidade

da Instituição nos seus propósitos de integração com o mundo do

trabalho onde devem aportar os egressos da Universidade. Isto,

tanto em relação às necessidades do mercado, quanto às referentes

aos avanços tecnológicos, científicos e futuras tendências que se

anunciam para as áreas de conhecimento as quais podem

direcionar o perfil que se pretende atingir para o futuro profissional.

Uma atenção especial deve ser dada ao Parecer CNE/CES

492/201 referente aos estágios e atividades complementares para

cursos de licenciaturas atendendo à “necessidade da articulação

entre a teoria e a prática e entre a pesquisa básica e aplicada”.

Essas atividades, tanto para licenciatura quanto para o

bacharelado, deverão atender, também, ao Regimento Geral da

Universidade, quando os Departamentos e Colegiados de Cursos

compatibilizarão suas normas internas às características de cada

curso e respectiva habilitação.

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• Turno(s) de oferta (integral, matutino, vespertino e/ou

noturno); e,

3 PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

3.1 IDENTIFICAÇÃO

Na elaboração do Projeto Pedagógico do Curso, sugerimos

que o documento seja iniciado com esse item. Trata-se de uma

apresentação de informações básicas sobre o curso as quais

permitem a sua rápida identificação.

• Denominação do Curso;

• Modalidade(s) oferecida(s): licenciatura / bacharelado /

seqüencial;

• Habilitação(es) e/ou ênfase(s);

• Titulação(ões) conferida(s);

• Ano de início de funcionamento do Curso;

• Duração do Curso (prazos médio, mínimo e máximo de

integralização curricular);

• Nº do ato de Criação/funcionamento e de Reconhecimento

do curso (quando o curso reconhecido não tenha tido

elaborado o seu projeto pedagógico);

• Regime Acadêmico (anual, semestral);

• Número de vagas oferecidas.

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De acordo com a UFU (2003) esse item deverá conter a

apresentação da história do curso desde a sua criação, destacando-

se sua evolução do ponto de vista do ensino, da pesquisa e da

extensão, bem como a relevância social do referido curso e sua

relação com a comunidade local, regional e/ou nacional.

3.2 ENDEREÇOS

• da Instituição Mantenedora;

• da Unidade; e,

• do Curso.

3.3 APRESENTAÇÃO

Este item será reservado para a apresentação geral do

processo de elaboração do Projeto Pedagógico: a metodologia de

trabalho adotada, as estratégias utilizadas, os estudos realizados e

que subsidiaram a elaboração da proposta etc.

Também constará desta parte a apresentação da Comissão

responsável pela coordenação dos trabalhos, nomeada pela direção

do Departamento.

3.4 JUSTIFICATIVA

Acrescem-se considerações sobre a ciência e o avanço

científico na área específica do curso e sobre as tendências teóricas

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atuais cujas informações agregam qualidade a um Projeto

Pedagógico.

Apresenta-se, em linhas breves o Departamento que abriga o

curso. As linhas de pesquisa, as principais atividades de ensino e de

extensão desenvolvidas são informações que corroboram o

entendimento sobre a abrangência e a relevância do curso proposto.

A elaboração da justificativa e do histórico requer a

identificação dos problemas concretos que o curso vem enfrentando

ao longo de sua história, seus pontos fortes, pontos fracos, suas

dificuldades e acertos. Requer, também, a identificação das causas

dos problemas que por acaso emperram o curso, não bastando

apenas descrevê-los. É o que depreendemos da leitura do acervo

consultado sobre a matéria.

Assim, neste e em outros momentos da elaboração do Projeto

Pedagógico, é fundamental:

• promover um trabalho prévio de mobilização de docentes,

discentes e técnicos administrativos em torno da tarefa de

diagnosticar problemas, identificar acertos, encorajando o

debate e a circulação de idéias e pontos de vista; e,

• buscar a troca de experiências e incentivar contribuições já

que a discussão e o diálogo são ferramentas básicas de

toda e qualquer construção em grupo.

Nesta etapa, a reflexão coletiva poderá ser suscitada por meio

de questões, tais como:

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• De acordo com nossa experiência, existe algo no curso que

oferecemos que necessita ser modificado? Ou

aperfeiçoado? Em que aspectos?

• O que diz a história do curso sobre a necessidade e a

possibilidade de implementar as mudanças que queremos?

• Nossos egressos têm apresentado as características

(habilidades e capacidades) que julgamos importantes para

o profissional que formamos?

• Os avanços científicos, as atuais tendências teóricas, a

importância social de profissionais na área de conhecimento

do curso convergem para justificar a proposição deste

Projeto Pedagógico?

3.5 PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS

Ainda de acordo com a UFU (2003), a elaboração de Projetos

Pedagógicos é sempre guiada por um conjunto de princípios

entendidos como orientadores do planejamento, organização e

desenvolvimento do curso. São princípios que guiam a reflexão

sobre questões filosóficas, políticas, éticas, pedagógicas e

administrativas, as quais fundamentam a decisão sobre o processo

de gestão do ensino e da aprendizagem e orientam as ações

pedagógicas a serem desenvolvidas.

A reflexão sobre os princípios, quando explicitada, esclarece

muito sobre o curso. Orienta para o perfil profissional que se deseja

formar, esclarece sobre a concepção dos processos de ensino-

aprendizagem que fundamentam o ato pedagógico e revela a

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compreensão que se tem sobre o papel formador da universidade e

do conhecimento na sociedade contemporânea. São os princípios,

enfim, que indicam os parâmetros de qualidade do curso proposto.

De acordo com esses princípios, os Projetos Pedagógicos dos

cursos devem evidenciar:

• a contextualização e criticidade dos conhecimentos;

• a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão de

modo a desenvolver nos estudantes, atitudes investigativas

e instigadoras de sua participação no desenvolvimento do

conhecimento e da sociedade como um todo;

• a interdisciplinaridade e articulação entre as atividades que

compõem a proposta curricular, evitando-se a pulverização

e a fragmentação de conteúdos;

• a transdisciplinaridade como elemento aglutinador dos

diversos eixos, componentes/elementos curriculares,

visando a multirreferencialidade do curso, interligando

formação geral, formação específica, contexto sócio-

econômico, ética e cidadania, política, dentre outros

aspectos na formação do indivíduo;

• a flexibilidade curricular com a adoção de diferentes

atividades acadêmicas de modo a favorecer o atendimento

às expectativas e interesses dos alunos;

• o rigoroso trato teórico-prático, histórico e metodológico no

processo de elaboração e socialização dos conhecimentos;

• a adoção de princípios éticos como orientadores das ações

educativas; e,

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• o desenvolvimento de uma prática de avaliação qualitativa

do aprendizado dos estudantes e uma prática de avaliação

sistemática do Projeto Pedagógico de cada curso de modo a

produzir resignificações constantes no trabalho acadêmico.

3.6 OBJETIVOS DO CURSO

Objetivos são pretensões de realização. Que profissional o

curso pretende formar? O que esperamos ser ele capaz de fazer ou

de realizar no seu domínio profissional específico e/ou no domínio

mais amplo da sociedade como um todo? Qual(is) a(s) área(s) de

atuação desse profissional? Enfim, com a implementação deste

curso (ou do currículo que estamos propondo) o que esperamos

realizar? Outras questões podem ser elaboradas a depender da

especificidade do curso e do mundo do trabalho para o qual deve

futuramente dirigir-se o hoje nosso aluno.

Em contributo à organização do Projeto, elencamos, a seguir,

algumas sugestões para a elaboração dos objetivos de um curso:

• Formar profissionais na área de [área do conhecimento ou

profissional].... legalmente habilitados para o exercício

profissional em instituições públicas ou privadas de ensino,

(e/ou) de saúde, (e/ou) empresas/indústrias, etc ...

• Formar profissionais aptos ao desenvolvimento da pesquisa

básica e aplicada... que venham atuar em ..[campo de

trabalho].

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• Habilitar profissionais para o exercício do magistério de ...

[nas séries iniciais/finais do ensino fundamental (e/ou) do

ensino médio]..., em instituições públicas ou privadas de

ensino e em todo o território nacional.

Pretende-se estabelecer com os objetivos a finalidade de cada

curso direcionando-o para formar profissionais capazes de:

• questionar a realidade, formulando problemas e na busca

de soluções, utilizar-se do pensamento lógico, da

criatividade e da análise crítica;

• compreender, de forma ampla e consciente, o processo

educativo, considerando as características das diferentes

realidades e níveis de especialidade em que se processam;

e,

• atuar profissionalmente sob a égide de princípios éticos e da

cidadania consciente e crítica.

Observe-se que este item, ao tratar dos objetivos, está

diretamente relacionado ao anterior que descreve as características

do egresso o qual atuará como um profissional numa área

específica. Ambos, objetivos do curso e perfil do profissional

desejado, orientam o processo de formação, razão pela qual esses

dois itens podem ser apresentados de forma integrada.

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Os princípios aqui esboçados apontam para uma concepção

de currículo, cujo objetivo não se restringe à formação de um

profissional com um "Perfil" determinado pelas leis do mercado. Os

Coordenadores dos Cursos de graduação da UNEB encarregados

da coordenação, visando a elaboração do perfil profissional

desejado para caracterizar o egresso da universidade de modo a

subsidiar a elaboração de perfis específicos e os objetivos dos

diferentes cursos, poderão levar em consideração, os aspectos

adiante discriminados, buscando contemplar, nos cursos, uma

ampla formação técnico-científica, cultural e humanística,

preparando o profissional para que tenha:

3.7 PERFIL DO FORMANDO

Se a adoção de princípios constitui uma necessidade para a

elaboração de Projetos Pedagógicos e para o estabelecimento de

currículos, também o é a indicação de um perfil para o profissional

que se deseja formar.

Esse perfil desejado para o formando ou, em outras palavras,

a caracterização do estudante egresso da UNEB, uma vez

explicitado com clareza e coerência em relação às peculiaridades

profissionais e ao contexto social, orienta a escolha de conteúdos, a

definição de ênfases, habilitações e até a composição da estrutura

de um currículo.

Assim, para definir o perfil do profissional que se deseja é

necessário considerar, além da realidade concreta de seu campo de

atuação, e as diversas possibilidades de sua inserção no mundo do

trabalho, as expectativas sociais e as possibilidades institucionais

apresentadas para sua formação.

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• autonomia intelectual, que o capacite a desenvolver uma

visão histórico-social, necessária ao exercício de sua

profissão, como um profissional crítico, criativo e ético,

capaz de compreender e intervir na realidade e transformá-

la;

• capacidade para estabelecer relações solidárias,

cooperativas e coletivas;

• possibilidade de produzir, sistematizar e socializar

conhecimentos e tecnologias e capacidade para

compreender as necessidades dos grupos sociais e

comunidades com relação a problemas sócio-econômicos,

culturais, políticos e organizativos, de forma a utilizar

racionalmente os recursos disponíveis, além de preocupar-

se em conservar o equilíbrio do ambiente; e,

• constante desenvolvimento profissional, exercendo uma

prática de formação continuada e que possa empreender

inovações na sua área de atuação.

Desse perfil geral decorrerão os perfis específicos e os

objetivos que deverão orientar o processo de formação profissional

pretendida em cada caso.

3.8 ESTRUTURA CURRICULAR

A comunidade do curso, liderada pelo seu Colegiado, dispõe

de relativa liberdade para elaborar a proposta curricular. É claro que

nesse processo todos devem estar atentos ao que dispõem as

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É importante, reforçamos, buscar a elaboração de propostas

de currículo que atendam aos princípios de interdisciplinaridade e de

transdisciplinaridade, permitindo o estabelecimento de diálogos ou

conexões entre diferentes disciplinas e áreas do conhecimento, aos

quais se soma o princípio de flexibilidade, para possibilitar ao

estudante, variadas opções de construção do seu percurso

acadêmico, tornando-o autônomo e co-responsável pela própria

formação. Conforme esclarece a UFPR (2005, p. 29):

Diretrizes Curriculares Nacionais específicas do curso, a Resolução

nº 2/2002 do CONGRAD e, para os cursos que oferecem a

modalidade de licenciatura, devem ainda ficar atentos ao que

estabelecem as Resoluções do Conselho Nacional de Educação

CNE/CP 01 e 02, de 4 de março de 2002.

Os princípios adotados, a caracterização do egresso, futuro

profissional e os objetivos propostos para o curso são guias

fundamentais nesta fase de elaboração do Projeto Pedagógico. A

visão crítica pretendida, a capacidade investigativa, o rigor teórico, o

domínio de conteúdos, enfim, todas as habilidades que se pretende

desenvolver no estudante para formá-lo como um profissional

competente e legalmente habilitado para o exercício profissional,

encontrarão, na estrutura curricular, a sua via de concretização.

Cada componente curricular cumpre uma função importante

nesse trajeto e a coerência encontrada na organização curricular

proposta significará “meio caminho andado” na consecução dos

objetivos de formação. Vale lembrar que essa coerência interna é

um quesito muito observado nos processos de avaliação do curso.

O currículo dos cursos, enquanto instrumentação da cidadania democrática, deve contemplar conteúdos e

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As ementas e bibliografias são apresentadas em formulário

próprio (ficha de disciplina) e seguirão em conjunto logo após a

apresentação da estrutura curricular. Esse conjunto revelará os

conteúdos a serem ensinados.

estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida humana, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando a integração de homens e mulheres no tríplice universo das relações políticas do trabalho e da valorização subjetiva.

Em termos técnicos, a estrutura curricular de um curso

corresponde à forma de organização de seus componentes

curriculares e deve proporcionar, portanto, uma visão geral do

currículo. Esta estrutura deve revelar o conjunto das disciplinas

previstas para o curso e das demais atividades acadêmicas

consideradas necessárias para a formação do profissional desejado.

Será preciso, então, apresentar aqueles componentes

organizados por eixos ou núcleos de formação, os quais devem

funcionar como “orientadores da seleção de conteúdos

significativos, tendo em vista as competências e habilidades que se

pretende desenvolver no Curso de Graduação”. (UFPR, 2005, p.

29). Esses eixos podem ser criados pelo Colegiado como forma de

organização de cada currículo, mas geralmente aparecem sugeridos

nos Pareceres que acompanham as diversas Diretrizes Curriculares.

Podem também estar explicitados em Resoluções do Conselho

Nacional de Educação e, nesse caso, necessariamente, devem ser

contemplados.

Objetivando consolidar o estudo, apresentamos exemplos de

estrutura curricular dos cursos de História e de Geografia no âmbito

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A organização dos componentes curriculares em eixos

temáticos visa contemplar as dimensões que articulam:

disciplinaridade, interdisciplinaridade e transversalidade, formação

comum e formação específica, conhecimentos da área de história e

conhecimentos que fundamentam a ação educativa, teoria e prática,

bem como o desenvolvimento da autonomia intelectual e

profissional.

da UNEB, ambos em nível de licenciatura plena. O curso de História

é oferecido nos Departamentos: II (Alagoinhas), IV (Jacobina),V

(Santo Antonio de Jesus) e VI (Caetité). O Curso de Geografia é

oferecido nos Departamentos: IV (Jacobina), V (Santo Antonio de

Jesus) e VI (Caetité).

Esclarecemos que tais propostas curriculares são resultantes

de uma construção coletiva efetivada pela Comissão, constituída por

ato da Reitoria, para os trabalhos referentes ao Redimensionamento

Curricular dos Cursos de Formação de Professores, no âmbito da

UNEB.

Procuramos descrever aquelas amostras, definindo as suas

características no que se incluem o fluxograma, os eixos temáticos e

o elenco dos componentes curriculares de cada curso.

3.8.1 Curso de História: proposta curricular 3.8.1.1 Eixos temáticos

A estrutura curricular tem como critério atender ao rol de

competências e habilidades, buscando contemplar os diferentes

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âmbitos do conhecimento profissional, assegurando a formação

inicial do historiador, sendo os componentes curriculares assim

definidos organizados em três eixos, a saber:

a) conhecimentos científico-culturais;

b) formação docente; e,

c) atividades complementares.

3.8.1.2 Componentes curriculares

COMPONENTES CURRICULARES

Eixo 1 - Conhecimentos científico-culturais

Articulam conhecimentos específicos da área de história, oportunizando a formação dos futuros historiadores que passam a exercer e desenvolver sua autonomia profissional e intelectual.

Eixo 2 - Formação Docente

Buscam superar a oposição do conteudismo e pedagogismo contemplando espaços, tempo e atividades que facilitem para os discentes a transposição didática dos objetos de conhecimentos específicos para o campo dos objetivos de ensino

Eixo 3 - Atividades Complementares

Buscam atender a Resolução nº 675/2005 que estabelece as atividades complementares para os currículos de formação de professores da UNEB

Quadro 4 - Eixos temáticos no Curso de História Fonte: ASTEP/PROGRAD, 10/7/05.

Na operacionalização do Eixo 1 - Conhecimentos Científico-

Culturais, inserem-se os componentes curriculares e respectivos

conteúdos a seguir descritos:

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• Fundamentação Teórico-Metodológica

Carga horária: 450 h

A fundamentação teórico-metodológica deve; a) possibilitar o estudo da produção do conhecimento histórico, identificando as diferentes correntes historiográficas, bem como de objetos, métodos e fontes da pesquisa histórica; b) promover o estabelecimento da interlocução com as demais áreas do conhecimento, tais como: Antropologia, Sociologia, Filosofia e Economia, dentre outras; e, c) incentivar o processo de leitura e produção textual, objetivando a realização de diferentes modalidades de trabalhos acadêmicos.

• Cultura Documental e Patrimonial

Carga horária: 120 h

Estudo dos modos de constituição da memória sobre o patrimônio artístico-cultural, analisando sua construção social e política, traduzida na eleição de bens materiais e imaterias, que passam a constar como parte da identidade histórica. Realização de atividades para a reflexão sobre o espaço, suas representações e diversidade cultural, cujas relações com o “saber viver” ultrapassam os limites do patrimônio cultural e assumem dimensões mais amplas nos modos culturais existentes no contexto sócio-cultural.

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• Brasil

Carga horária: 420 h

Aspectos históricos relevantes que permitam compreender a formação histórica da sociedade brasileira com ênfase na diversidade regional e nos diferentes enfoques da historiografia baiana, brasileira e mundial. Enfoque sobre o estudo das populações indígenas, o processo de colonização portuguesa e os diferentes conflitos sociais, econômicos, políticos, culturais e ideológicos, enfatizando a questão da escravidão e a resistência negra e indígena. O processo de independência política do Brasil, a formação do Estado Nacional e sua estruturação política no Império e na República. As idéias de progresso e modernização, os movimentos sociais e as revoltas populares na República.

• América

Carga horária: 180 h

Aspectos relevantes da formação histórica do continente americano dialogando com a produção historiográfica. As formações sociais existentes no continente antes da chegada dos europeus; os vários aspectos do processo de colonização européia, a escravidão e os diferentes conflitos sociais, econômicos, políticos, culturais e ideológicos; a consolidação das emancipações políticas e formação dos estados nacionais; as novas relações de dependência em face do neocolonialismo e a instabilidade política da América Latina. A situação atual dos países americanos, considerando os aspectos sociais, econômicos, políticos, artísticos e culturais.

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• Europa

Carga horária: 390 h

Aspectos relevantes da formação política, econômica e cultural do continente europeu, dialogando com a produção historiográfica. A civilização greco-romana e sua contribuição para a formação histórica européia. O feudalismo e a sociedade medieval. A expansão comercial européia, a formação dos estados nacionais e a consolidação do capitalismo. A constituição do pensamento ocidental, as produções artísticas e literárias e o conhecimento científico.Os movimentos sociais, as revoluções e os conflitos internacionais protagonizados pelos Estados Europeus, bem como as suas relações imperialistas com os outros estados.

• Ásia

Carga horária: 60 h

As sociedades asiáticas no que concerne à sua estrutura material e institucional, com base na dinâmica interna de seus processos de formação. Elementos específicos que conferem sentido ao conjunto da experiência de povos, culturas e etnias da Ásia nas suas relações recíprocas em diferentes circunstâncias, com ênfase nos sistemas religiosos e nos modos de resistência e ruptura com a dominação ocidental. A influência das culturas asiáticas no mundo sob diferentes manifestações.

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• África

Carga horária: 150 h

As sociedades africanas pré-coloniais, dando destaque para os processos de formação dos principais grupos étnicos e suas características histórico-civilizatórias próprias e dinâmicas migratórias. Os fundamentos e características da expansão colonialista européia, comércio internacional de escravos e a emergência do racismo moderno. O desenvolvimento das idéias pan-africanistas e do movimento de negritude como orientadores da construção das lutas anti-coloniais. Os diferentes processos de descolonização e constituição dos Estados nacionais. As diversas concepções sobre as especificidades africanas a partir das produções artístico-culturais, científicas e historiográficas próprias. A dinâmica das relações e influências recíprocas entre as sociedades africanas e a sociedade brasileira.

• Pesquisa Histórica

Carga horária: 180 h*

Sistematiza e exercita a prática da pesquisa histórica, oportunizando o contato com diferentes fontes e a construção de um projeto que culmina com a realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

*deste total, 120 horas serão destinadas à elaboração orientada do TCC.

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Eixo 2 - Formação Docente

• Conhecimentos Pedagógicos Carga horária: 255 h

As relações entre sociedade/educação/escola. A prática pedagógica escolar enquanto prática social específica, contemplando a perspectiva da pluralidade cultural. Os fundamentos sócio-político-epistemológicos da educação na formação do profissional de história e na construção da identidade docente. As relações fundamentais do processo de trabalho docente: pesquisa/produção do conhecimento; sujeito/objeto/construção de conhecimento; ensino/aprendizagem; teoria/prática; professor/aluno, aluno/aluno. A formação do indivíduo:, inteligência, sensibilidade, ludicidade, considerando as diferentes situações sócio-econômicas, de inserção cultural, de origem étnica, de gênero, de religião e aquelas provenientes da inclusão dos alunos portadores de necessidades especiais.

• Estágio Supervisionado3

Carga horária: 405 h

Diagnóstico dos espaços de atuação profissional, caracterizando o contexto e as relações de trabalho nesses espaços. Analise e reflexão sobre a prática do ensino de história por meio de observação direta em salas de aula, bem como através da utilização de vídeos, narrativas orais e escritas de alunos e professores; produções de alunos e professores; situações simuladoras, estudos de caso e atividades

3 Ver Parecer nº CNE/CES 492/2001, item 5, o qual define precisamente atividades e práticas e ensino (estágios e atividades acadêmicas complementares) para a graduação, inclusive, cursos de geografia e história.

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As atividades complementares adquirem uma função

pedagógica essencial no processo de ensino-aprendizagem que

envolve a formação do profissional conforme vem descrito na

Resolução UNEB/CONSEPE nº 0675/2005.

de regência de classe em escolas da Educação Básica Elaboração e execução de propostas de intervenção sob a forma de minicursos, oficinas e projetos de extensão, em escolas da educação básica e em outras instituições formadoras, tais como, Escolas Comunitárias, ONG’s, Projetos Especiais etc. Avaliação coletiva das experiências vivenciadas pelos alunos durante a atuação docente nos diversos contextos sócio-educacionais.

• Laboratórios de ensino de História

Carga horária: 405 h

Sistematização e exercício da prática pedagógica no ensino de história e os recursos e procedimentos de construção do conhecimento histórico, tendo em vista a ação-reflexão-ação do processo ensino-aprendizagem. Atividades de reflexão sobre a prática de ensino, a reinterpretação dos conteúdos para os contextos escolares da educação básica, a produção e utilização de material didático relacionado a essa área de conhecimento.

Eixo 3 - Atividades Complementares4

4 A carga horária destinada à realização das Atividades Complementares é de 200 horas (duzentas horas) distribuídas ao longo do curso.

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A realização dessas atividades devem, ainda, além das de

caráter acadêmico, possibilitar a vivência de atividades de caráter

científico e cultural, contempladas sob a forma de iniciação

científica, monitoria em atividades de ensino e de extensão, e ainda:

• participação em seminários, congressos e eventos;

• visitas temáticas ou excursão de estudos;

• participação em projetos de extensão comunitária ou outros

projetos de alcance social relacionados à área do curso;

• apresentação de trabalhos em eventos de natureza

acadêmica na área de formação ou afins; e,

• atividades de campo obrigatória em cursos como o de

Geografia e História, que podem ser realizadas abrangendo

pesquisas, levantamento de dados e execução de trabalho

de campo.

Ampliando a ilustração deste trabalho, adiante registram-se,

os componentes curriculares do curso de Geografia, em nível de

licenciatura, oferecido nos campi relacionados no final do item 3.8

deste livro.

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3.8.1.3 Fluxograma do Curso de História

DEPARTAMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS CAMPUS: IV INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

CURSO: HISTÓRIA TURNO: VESP./ NOT.

CARGA HORÁRIA CREDITAÇÃO TEMPO MÍNIMO TEMPO MÁXIMO

VIGÊNCIA: 2004 3.080 08 Semestres 14 Semestres

FLUXOGRAMA DO CURSO DE HISTÓRIA

COMPONENTES CURRICULARES SEMESTRES I II III IV V VI VI VIII

Atividades científico-culturais

Brasil 75 75 75 75 45 45 30 Europa 60 60 60 60 60 60 África 60 60 América 60 60 30 Ásia 30 30 Fundamentação teórico-metodológica da história 240 90 60 60 30 30 30 30 Cultura documental e patrimonial 60 60

Formação docente Conhecimentos pedagógicos 30 90 60 60 30 Prática como componente curricular 60 60 60 60 45 45 45 30 Estágio curricular supervisionado 105 105 105 90

Atividades complementares

Horas semestrais 390 375 375 375 375 375 375 240

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Observações:

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3.8.2 Curso de Geografia: proposta curricular

3.8.2.1 Definição dos Conteúdos

Na definição dos conteúdos a distribuição dos componentes

curriculares e correspondente carga-horária mínima organiza-se em

quatro eixos a saber:

Eixo 1 - Conhecimentos de Geografia;

Eixo 2 - Metodologia e Técnica de Pesquisa;

Eixo 3 - Educação e Geografia; e,

Eixo 4 - Escalas geográficas.

Eixo 1 - Conhecimentos da Geografia (810 h de carga horária

mínima)

CONTEÚDO CARGA HORÁRIA MÁXIMA Epistemologia da Geografia 75 h História do Pensamento Geográfico 75 h Aspectos Econômicos da Análise Geográfica 60 h Aspectos Sociológicos da Análise Geográfica 60 h Aspectos Políticos da Análise Geográfica 75 h Aspectos Antropológicos da Análise Geográfica 60 h Aspectos Históricos da Análise Geográfica 60 h Geologia 45 h Geomorfologia 60 h Hidrografia 45 h Biogeografia 45 h Pedologia 45 h Climatologia 60 h Dinâmica das paisagens 90 h Análise ambiental 75 h Geografia do Turismo 45 h Geografia da Produção, Circulação e Consumo 60 h Geografia da População 60 h Geografia Agrária 60 h Geografia Urbana 60 h Temas Emergentes em Geografia 60 h Geografia e Literatura 60 h Teorias Regionais 60 h

Quadro 5 - EIXO 1 - Conhecimentos da Geografia Fonte: ASTEP/PROGRAD, jul./2005.

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Eixo 2 - Metodologias e Técnicas de Pesquisa (525 h de carga

horária mínima)

CONTEÚDO CARGA HORÁRIA MÁXIMA

Metodologia do Trabalho Científico 60 h Metodologia da Pesquisa em Geografia 60 h Informática Aplicada à Geografia 45 h Cartografia Sistemática 75 h Cartografia Temática 60 h Fotointerpretação e Sensoriamento Remoto 60 h Geoprocessamento e Sistema de Informação Geográfico (SIG) 60 h Fotografia e Vídeo 45 h Procedimentos de Análise Quantitativos Aplicados à Pesquisa Geográfica 60 h Procedimentos de Análise Qualitativos Aplicados à Pesquisa Geográfica 60 h Interpretação e Produção de Textos 60 h Interpretação de Textos em Língua Estrangeira 60 h

Quadro 6 - EIXO 2 - Metodologias e Técnicas de Pesquisa Fonte: ASTEP/PROGRAD, jul. 2005.

Eixo 3 - Educação e Geografia (450 h de carga horária mínima)

CONTEÚDO CARGA HORÁRIA MÁXIMA

Sociologia da Educação 60 Filosofia da Educação 45 Políticas Educacionais 75 Planejamento Educacional 45 Didática 60 Teorias da Aprendizagem 45 Teorias do Desenvolvimento 45 Currículo 45 Formação e Identidade do(a) Educador(a) 45 Relações Interpessoais 45 Arte e Educação 60 Novas Tecnologias em Educação 45 Educação e Direitos Humanos 45 Educação para Necessidades Especiais 45 Educação Ambiental 45 Educação e Gênero 45 Educação e Pluralidade Cultural 45 Educação e Corporeidade 45 Educação de Jovens e Adultos 45 Aspectos Técnicos, Políticos e Sociológicos da Avaliação 45

Quadro 7 - EIXO 3 - Educação e Geografia Fonte: ASTEP/PROGRAD, jul. 2005.

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Eixo 4 - Escalas Geográficas (390 h de carga horária mínima)

CONTEÚDO CARGA HORÁRIA MÁXIMA

Eventos Fundadores do Mundo Contemporâneo 60 Eventos Fundadores do Estado-Nação Brasileiro 60 Eventos Fundadores do Estado Federativo da Bahia 45 Regionalizações do Mundo Contemporâneo 60 Regionalizações do Brasil 60 Regionalizações da Bahia 45 Geografias do Mundo 60 Geografias do Brasil 60 Geografias da Bahia 45 Estudos Locais 60 Estudos Regionais 60 Geografia da África 45 Geografia da América Latina 45

Quadro 8 - EIXO 4 - Escalas Geográficas Fonte: ASTEP/PROGRAD, jul. 2005.

3.8.2.2 Fluxograma

DEPARTAMENTO: CAMPUS: INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

CURSO: TURNO: CARGA HORÁRIA

TEMPO MÍNIMO

TEMPO MÁXIMO

VIGÊNCIA 3.205 h 8 SEMESTRES 14 SEMESTRES

FLUXOGRAMA DO CURSO DE GEOGRAFIA SEMESTRES I II III IV V VI VII VIII

Eixo 1 (810 h)

90 90

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525 105

630 105

735 105

810 75

Eixo 2 (525 h)

90 90

180 90

270 90

360 90

450 90

525 75

Eixo 3 (450 h)

90 90

180 90

270 90

360 90

450 90

Eixo 4 (390 h)

60 60

135 75

195 60

255 60

315 60

390 75

Prática de Ensino 100 100

200 100

300 100

400 100

Estágio - - - - 100 100

200 100

300 100

400 100

TCC - - - - - - 15 15

30 15

ACC 25 25

50 25

75 25

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125 25

150 25

175 25

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Total 455 455

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1410 485

1895 485

2365 470

2745 380

2990 245

3205 215

Carga horária mínima do eixo e/ou atividade oferecida. Carga horária acumulada

Fluxograma 2: Curso de Geografia Fonte: ASTEP/PROGRAD, jul. 2005.

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3.9 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE ENSINO

Toda metodologia de ensino, implícita ou explicitamente,

resulta de uma concepção de aprendizagem. Isto é, conforme a

compreensão que temos do processo geral de aquisição do

conhecimento (ou do processo de aprendizagem), organizamos os

procedimentos de ensino e, inclusive, os procedimentos de

avaliação do aprendizado.

Por exemplo, se consideramos o conhecimento como algo já

dado e pronto e a aprendizagem como um processo que se dirige de

"fora para dentro", a proposta de ensino decorrente seria aquela que

situa o professor no centro do processo educativo. A ele caberia a

transmissão de conhecimentos (ou de conteúdos) e o controle da

aprendizagem. A avaliação estaria circunscrita a uma verificação

quantitativa daquilo que o aluno conseguiu aprender num

determinado intervalo de tempo.

De outro modo, se consideramos o conhecimento como algo

em permanente elaboração e a aprendizagem como um processo

dialético de re-significações que se realiza na e pela reflexão

contínua do estudante com a mediação do professor, necessitamos

de uma metodologia de ensino que favoreça a interação, o diálogo,

a dúvida e a criatividade. Conforme recomenda Torres, citado por

Bordoni (2005, p. 1), tenha-se em vista que:

[...] as necessidades do futuro não requerem especialização, mas versatilidade, harmonia entre uma formação especializada e um saber geral - o único capaz de assegurar a assimilação de novos conhecimentos e a capacidade de auto-aprendizagem.

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Para completar as orientações do trabalho didático-

pedagógico é preciso indicar para o conjunto dos professores e

estudantes aquilo que se espera dos processos de avaliação da

aprendizagem. Sugerimos, então que, neste item, a finalidade e a

importância da avaliação sejam explicitadas e que os

Os processos avaliativos decorrentes dessa compreensão

procurarão identificar o grau de autonomia e o percurso do

estudante no processo de elaboração/significação do conhecimento

e orientará o professor no caminho de suas ações didáticas.

Não se trata, porém, de escolher entre uma e outra opção. É

preciso considerar que no nível universitário há pesquisa e extensão

e não apenas ensino (no sentido estrito do termo). Ou seja, na

Universidade, o ensino é caracterizado por sua articulação

intrínseca com a pesquisa e com a extensão; por isso, a simples

transmissão de conhecimentos não parece ser suficiente para

caracterizar a metodologia e estratégias a serem adotadas para um

ensino que pretendemos, seja de boa qualidade. A preocupação

com a contextualização dos conteúdos a serem ensinados, sua

articulação com a pesquisa e com a extensão, o rigor teórico e

referências éticas são, entre outros, claros indicadores do

desenvolvimento metodológico do ensino universitário.

3.10 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

3.10.1 Avaliação da aprendizagem

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O fluxo curricular proposto já indica um tempo ideal de

integralização. Ou seja, já apresenta a duração do curso expressa

em períodos ou anos letivos. Essa duração, embora seja uma

prerrogativa da Instituição que goza de autonomia, está diretamente

ligada à duração mínima do ano letivo regular - 200 dias letivos - à

variação do número de aulas diárias previstas para cada curso, o

número previsto de semanas em cada semestre/ano letivo e as

diferentes opções de arranjos da grade de horários dos cursos.

procedimentos, os critérios e a periodicidade sejam propostos pelo

Colegiado de Curso.

3.10.2 Avaliação do curso

Também neste item deverá ser apresentada a proposta de

avaliação do curso, ou seja, a avaliação do desenvolvimento do

Projeto Pedagógico como um todo.

A avaliação, como parte integrante de um planejamento e

como recurso de verificação de pontos fortes e de descompassos

em relação à proposta formulada, não faz sentido que aconteça

somente no final do período de integralização de uma turma.

Sugerimos uma periodicidade que seja a cada dois ou três anos.

Também, aqui, será necessário apresentar, em termos gerais, a

proposta do Colegiado para essa avaliação.

3.11 TEMPO MÍNIMO E MÁXIMO DE INTEGRALIZAÇÃO

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Em meados da década de 90, a idéia de projeto pedagógico

vem tomando corpo no discurso oficial e em quase todas as

instituições de ensino espalhadas nesse Brasil. A lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional - Lei 9.394/96, em seu artigo 12, inciso

I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas

Muito embora a duração ideal de cada curso esteja prevista,

será preciso considerar que, por diferentes condicionantes, o aluno

poderá abreviar ou mesmo alongar o tempo de duração de seu

percurso curricular.

Na definição do tempo mínimo de duração do curso

recomendamos atenção à sobrecarga de trabalho escolar que

poderá recair sobre o estudante e atenção ao tempo considerado

necessário para possibilitar o amadurecimento da reflexão, a

solidificação do aprendizado e a formação profissional de qualidade.

O tempo máximo de duração de um curso geralmente é

calculado pelo acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) sobre a

duração ideal prevista.

Uma consulta ao Parecer CNE/CES 329/2004, de 11/11/2004,

poderá auxiliar os Colegiados de Curso na definição dos tempos

mínimos e máximos de integralização curricular.

3.12 ATOS LEGAIS

Esta seção tem o objetivo de listar os dispositivos legais

pertinentes á matéria pesquisada, partindo sempre da norma maior

para se chegar à normalização específica quanto à elaboração de

cursos.

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Por outro lado, cada curso deverá atentar para o que está

previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas pelo

Conselho Nacional de Educação por meio de Resoluções. Portanto,

autores e atores de Projeto Pedagógico de curso devem considerar

o que a norma federal disciplina para cada profissão.

comuns e as do seu sistema de ensino, têm a incumbência de

elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando explícita a

idéia de que a Instituição não pode prescindir da reflexão sobre sua

intencionalidade educativa. Depreendemos, pois, que o Projeto

Pedagógico passou a ser objeto prioritário de estudo e de muita

discussão.

O Projeto Pedagógico de um curso, origina-se do Projeto

Pedagógico da Instituição (PDI), sendo que aquele expressa os

principais parâmetros para a ação educativa do curso,

fundamentando, juntamente com o PDI, a gestão acadêmica,

pedagógica e administrativa de cada curso.

A LDBEN, no seu artigo 13 consagra o princípio participativo

que um Projeto Pedagógico deve ter, o que entendemos envolver

gestores, docentes, técnicos, alunos e comunidade.

No âmbito interno da UNEB, para a elaboração do Projeto

Pedagógico de um curso, torna-se necessária a observância das

diretrizes, filosofia de ação, estratégias e objetivos, dirigidos às

atividades de ensino, pesquisa e extensão do PPI, aprovado pela

Resolução nº 541/2003, publicada em 3/4/2003 no Diário Oficial do

Estado da Bahia.

Sendo a UNEB uma Instituição mantida pelo Governo do

Estado, há de se levar em conta na construção do PP, as políticas,

diretrizes e objetivos do Plano Decenal de Educação do Estado na

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Tais diretrizes já introduzem o texto constitucional de 1988, no

qual há uma declaração de princípios que consagram os direitos

sociais e individuais, estabelecendo como valores máximos a

igualdade, a liberdade e a justiça (art. 3º, IV; art. 5º, I; art. 12, § 2º);

e, principalmente o art. 206, I, que estabelece a igualdade de

condições no ensino.

Bahia, ressalvado o disposto nos artigos 53 e 54 da LDBEN. Afinal,

é o tesouro estadual quem mantém nossa universidade.

Outra dimensão a ser levada em conta por ocasião da

construção do PP é a Lei Estadual 7.176 de 10/9/97, principalmente,

no tocante aos aspectos da articulação entre a UNEB e o município,

micro-região e região onde o curso se localiza.

Como integrante do sistema de Instituições do Ensino

Superior na Bahia (IESBA), e por delegação do Ministério de

Educação para o Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE),

faz-se necessário o cumprimento pela UNEB da Resolução nº

100/98 e outras relacionadas com autorização, funcionamento,

reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos.

Uma instância a ser considerada na elaboração de um PP é,

sem dúvida, o ForGRAD, tendo em vista as suas recomendações,

principalmente, a Proposta de Política Nacional de Educação (PNG),

aprovada em 1999.

De igual modo, na elaboração do PP, devem ser consideradas

as normas referentes ao Exame Nacional de Desempenho do

Estudante (ENADE) e à Avaliação Institucional, atos legais, da área

federal na sua relação direta com as IESBA, e outras voltadas para

as ações afirmativas ou de discriminação positiva, as chamadas “de

proteção às minorias”.

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Lembre-se ainda o disposto na declaração Universal dos

Direitos Humanos no seu art. 2º, I, no qual se estabelece: A capacidade do homem para o gozo dos direitos e liberdade, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição. (Disponível em: <http//www.dhnet.org.br/diretos>, Acesso em: 17/jul/2005).

Com a adoção de ações afirmativas, ora traduzidas pelas

ações em favor da inclusão por meio de cotas no exame vestibular

para descendentes de origem afro e para alunos carentes oriundos

de escolas públicas, procura a UNEB ao menos minimizar

desigualdades no acesso ao ensino superior de pessoas

pertencentes a grupos que enfrentaram e vêm enfrentando

preconceitos por força de discriminações ocorridas no passado,

porém, ainda vigentes na atualidade.

Pretende-se com tais medidas interpretar o caráter binário da

discriminação positiva, ou seja, no seu aspecto reparatório

(corrigindo aquelas injustiças do passado) ou no aspecto distributivo

(repartindo no presente a igualdade de oportunidades)

especialmente no que é pertinente à UNEB na área da educação.

Sintetizando a nossa busca, além da Constituição Federal de

1988 e da Constituição Estadual de 1989, registram-se nos Quadros

9 e 10 os dispositivos que dão sustentação legal ao projeto

pedagógico na UNEB.

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ÓRGÃO EXPEDIDOR

TIPO, NÚMERO E ANO EMENTA

Lei nº 9.394/96 (LDBEN) “[...] estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”.

Decreto nº 3.860 de 2001 “[...] dispõe sobre a organização do ensino superior, a avaliação de cursos e instituições”.

GOVERNO FEDERAL

Lei nº 10.861 de 14/4/04 “[...] institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES)5”.

Lei nº 66, de 1º/6/83 “[...] que criou a UNEB”.

Lei nº 7.176, de 11/7/97 “[...] que reestrutura as Universidades Estaduais da Bahia”.

Lei nº 7.601 de 14/2/00 “[...] que altera dispositivos das Leis nº 7.176 de 10/9/97”.

Lei nº 7.435 de 30/12/98 “[...] que dispõe sobre a organização e estrutura da Administração Pública do Poder Executivo Estadual”.

Lei nº 8.256 de 16/5/02 “[...] que altera a estrutura de cargos em comissão da Universidade do Estado da Bahia”.

Lei nº 8.352, de 2/7/02 “[...] que dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia”.

Lei nº 8.823, de 19/7/03 “[...] que estabelece o quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia”.

Lei nº 8.824, de 22/7/03 “[...] que estabelece os cargos de provimento permanente do Quadro de Pessoal das Instituições de Ensino Superior do Estado da Bahia”.

GOVERNO ESTADUAL

Lei nº 8.889, de 1º/12/03 “[...] que dispõe sobre a estrutura dos cargos e vencimentos no âmbito do Poder Executivo do Estado da Bahia”.

Quadro 9 - Legislação referente ao ensino superior na Bahia Fonte: Projeto pedagógico, jul. 2005.

A seguir, no Quadro 10, estão contidas as resoluções

emanadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho

Estadual de Educação (CEE-BA) e Conselho de Ensino, Pesquisa e

5 Um procedimento de avaliação do SINAES, conforme art. 5º, § 5 da Lei nº 10.861 de 14/4/2004, é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), pelo qual “poderá ser verificado o quanto os alunos sabem quando entram no curso e quanto conhecimento adquiririam ao deixa-lo”.

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Extensão (CONSEPE/UNEB), que devem ser objeto de análise,

discussão e observância na produção de um Projeto Pedagógico.

ÓRGAO EXPEDIDOR TIPO, NÚMERO E ANO EMENTA

Parecer 1.070/99 Critérios para autorização e reconhecimento de cursos de Instituições de Ensino Superior.

Resolução CP 01/02 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da Educação Básica - licenciatura plena.

Resolução CP 02/02 Institui a duração e carga horária dos Cursos de formação de Professores da Educação Básica - licenciatura plena.

Resolução CP 02/04 Adia prazo previsto na Resolução CNE/CP 01/02.

CNE

Parecer CES 329/04 Carga horária mínima dos Cursos de graduação, bacharelado, na modalidade presencial.

Resolução CES 100/98

Fixa normas para autorização de funcionamento de cursos de graduação em Instituições de Educação Superior mantidas pelos Poderes Públicos Estadual e Municipal. CEE/BA

Resolução CES 017/2001

Dispõe sobre Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de Cursos Superiores de Instituições Públicas do Sistema Estadual de Ensino.

Resolução CONSEPE 541/03 Aprova o Projeto Pedagógico da UNEB e dá outras providências

Resolução CONSEPE 567/03 Reformulação e Adaptação dos Currículos dos Cursos de Formação de Professores no âmbito da UNEB.

Resolução CONSEPE 579/03 Institui diretrizes para o cumprimento do Art. nº 47 da Lei nº 9394/96, no âmbito da UNEB e dá outras providências.

Resolução CONSEPE 665/05

Regulamenta a implantação de novas habilitações ou ênfases nos Cursos de Formação de Professores - Licenciaturas, implantadas a partir de 2004.1, na UNEB.

Resolução CONSEPE 675/05 Regulamenta as Atividades Complementares para os Cursos de Formação de Professores

Resolução CONSEPE 676/05

Define novas modalidades e procedimentos de matrícula para os Cursos de Formação de Professores implantados a partir de 2004.1 e dá outras providências.

Resolução CONSEPE 677/05 Diretrizes complementares para aproveitamento de estudos nos Cursos de Formação de Professores da UNEB - Licenciatura, implantados a partir de 2004.1.

UNEB/

CONSEPE

Resolução CONSEPE 618/04

Suspende, por tempo indeterminado, solicitações de transferências interna, externa e matrícula de portador de diploma dos cursos de formação de professores da UNEB.

Portaria Reitoria 2.458/04 Define instruções para a Adaptação Curricular nos Currículos dos Cursos de Formação de Professores UNEB/

REITORIA Portaria Reitoria 2.459/04 Define critérios de avaliação da aprendizagem para os Cursos de Formação de Professores implantados a partir de 2004.1, no âmbito da UNEB

Quadro 10 - Dispositivos legais pa a o projeto pedagógico de curso rFonte: ASTEP/PROGRAD, jul. 2005.

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Acresçamos a isso o fato da UNEB ser multicampi e a Pró-

Reitoria de Ensino de Graduação (PROGRAD), além de gerir a

graduação, atividade-fim, que representa na academia a maior

parcela de atividades da Universidade, tem sob sua

responsabilidade o processo seletivo de professores e a

administração de outros órgãos suplementares e complementares, a

exemplo da Biblioteca Central, Secretaria Especial de Expedição de

Diplomas, Secretaria Geral de Cursos, dentre outros.

CONCLUSÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN)

vem requerendo regulamentação em vários dispositivos. Ainda não

esgotada, estamos às vésperas de uma Reforma Universitária que,

certamente, implicará mudanças na própria LDBEN.

Em tempos de reformas educacionais, com as definições e

indefinições delas decorrentes e que lhes são típicas como, por

exemplo, a falta das diretrizes dos cursos de pedagogia, os

Gestores Acadêmicos estão envolvidos num emaranhado de atos

legais, conseqüentes das exigências burocráticas que acompanham

tais processos. Provavelmente, esvaziam ou minimizam sua ação

sobre o que é essencial, em termos de exercer o seu papel como

gestor ou co-gestor de um projeto institucional ou de um Projeto Pedagógico, principalmente, quando o trabalho vem sendo

alimentado por ações decorrentes de suas obrigações internas.

Estas fontes de problemas demandam atenção desta Pró-

Reitoria, os quais, por vezes, ocupam todo o foco, de certo modo

esvaziando e rotinizando seu verdadeiro papel como gestor, no caso

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da Graduação, envolvendo projetos, com uma ação de coordenação

administrativo-pedagógica competente. Isto exige permanente

interação, estimulando, planejando, apoiando, dialogando,

avaliando, redirecionando ações em sintonia com os sujeitos

envolvidos nessas ações e com segmentos que constroem o curso

ou participam ativamente do funcionamento da Universidade. Toda

esta problemática sem a adoção de soluções pode contribuir para

uma visão fragmentada da realidade, seja da instituição, de uma

pró-reitoria, do departamento, do colegiado, do próprio curso

encaminhando para a adoção de mecanismos de sobrevivência às

exigências do conteúdo e significado da integração da gestão

universitária em sua totalidade.

A gestão de mudanças significativas decorrentes de projetos

articuladores e coerentes, a exemplo do Projeto Pedagógico, é uma

atividade necessária e complexa e requer conhecimento profissional

e competências pessoais. Isto especialmente, em tempos marcados

pelos discursos de supervalorização do papel tecnocrático da

gestão, ou direcionados para um nível de excelência com base

exclusiva em idéias do mercado e, não na sociedade e com as

exigências do milênio que estamos atravessando. Mais do que

nunca, é necessário refletir e elaborar propostas sólidas e

fundamentadas que justifiquem a exigência dos critérios adotados

pela Universidade como locus da produção e da difusão do

conhecimento em benefício da ciência e da sociedade.

Assim, pretendemos deixar evidenciado neste documento que

um Projeto Pedagógico elaborado em conformidade com as

diretrizes e pressupostos elencados e analisados evita que se

construam cursos de forma linear, resultando em um aprendizado

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Verificamos que na composição do Projeto Pedagógico (PP),

o curso decide sobre as experiências que deverão ser

desenvolvidas a partir das necessidades colocadas pelo aluno e

pela sociedade, a partir de referenciais de ordem filosófica, política,

sócio-econômica, cultural, científica, didático-pedagógica e técnica.

memorístico e fazendo com que a prática pedagógica se sustente na

idéia de que primeiro o aluno precisa dominar a teoria para depois

entender a prática e a realidade que o circunda.

Urge salientar a emergência de uma análise mais apropriada

dessas questões no seio da academia, levando à compreensão de

que para se realizar um ensino de qualidade é necessário superar a

atual organização do trabalho pedagógico. Trata-se de destacar a

importância da diversidade contextual, da prática como ponto de

partida para a apreensão da teoria e da intervenção como síntese.

Nessa perspectiva, trata-se de superar a lógica tradicional dos

currículos - teoria-prática - para um processo que estimule a

curiosidade, a busca de solução de problemas. Enfim, um processo

pedagógico que de fato considere a indissociabilidade ensino-

pesquisa-extensão como elemento estratégico e multirreferenciado,

ou, como diz Fazenda, (1993, apud Bordoni, 2005, p. 2), pelo

“desenvolvimento de um processo dinâmico, integrador e,

sobretudo, dialógico”. Constatamos que um Projeto Pedagógico de um curso é um

documento definidor dos princípios orientadores que expressam a

direção a ser imprimida ao processo de formação de profissionais de

nível superior. Desta forma, o PP deverá retratar a cultura

institucional que se deseja construir em direção a um processo de

transformação nas relações sociais.

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Depreendemos, portanto, que o ponto de partida para

elaboração do PP é a explicitação, a especificação e o detalhamento

dos avanços e problemas colocados pelo estágio atual de

desenvolvimento da sociedade. Razões reconhecidamente válidas

para o estabelecimento da fundamentação teórica, dos processos

metodológicos adequados para o curso, listagem das habilidades e

competências requeridas do profissional - o seu perfil - para o que

contribuem os objetivos propostos para o referido projeto e para

Percebemos que o PP imprime o sentido que vai orientar as

ações a serem desencadeadas, conferindo identidade ao curso. E

para além daquilo que a legislação propõe e do que possa ser

genérico, o “padrão”, o PP possibilita e concretiza a particularidade

da Instituição, pois que singulariza as opções e lhes dá um “corpo”.

A construção do conhecimento, a utilização de metodologia

eficaz, os processos de avaliação adotados e o propósito firme de ir

ao encontro das necessidades concretas da sociedade e do seu

tempo, são referenciais do Projeto Pedagógico. Inclui-se nesses

referenciais a prática reflexiva sobre a atuação docente na sua

disposição para a mudança, para o acolhimento do que se insere no

projeto pedagógico tal qual se expressa Perrenoud (1993):

Não basta ser adepto da idéia de uma avaliação formativa. Um professor deve ainda ter os meios de construir seu próprio sistema de observação, interpretação e intervenção em função de sua concepção pessoal de ensino, dos objetivos, do contrato didático, do trabalho escolar. Propor modelos de ação que exigiriam do agente a renuncia ao que ele é, ao que ele faz de boa vontade, ao que ele crê justo ou eficaz não pode levar a uma mudança duradoura das práticas.

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qualquer curso na instituição universitária. A partir dessa

explicitação, é possível definir o tipo de homem necessário para as

ações da sociedade a qual pertence e, por decorrência, o

profissional eficiente e capaz para contribuir na tarefa de buscar

soluções para os problemas que lhe competirem no seu contexto

social, como pessoa e como cidadão.

Finalmente, concluímos que a complexidade e relevância do

Projeto Pedagógico exigem, ainda, que ele seja construído de forma

quase artesanal e por meio de um trabalho cooperativo entre os

diferentes segmentos que contribuirão para sua concepção e

execução. Ou, como afirma Perello (1998, p. 277) e com o qual

concordamos: [...] como um projeto consciente, compartilhado e construído por uma produção de qualidade, por uma integração científica, por uma geração de muita confiança, por uma compreensão das relações humanas, pelo valor da legalidade dialogal e, sobretudo, pela comunicação e cooperação entre todos os participantes do projeto de educação e qualificação profissional.

Isso pressupõe um trabalho integrado em que o Coordenador

dessa empreitada, o Colegiado do Curso, os professores, logo,

todos que se vinculam ao PP tenham a oportunidade de viver a

aventura de desenhar e construir um caminho comum. É essa

dimensão coletiva que vai conferir legitimidade ao Projeto

Pedagógico.

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_________. Lei nº 7.435, de 30 de dezembro de 1998 “Dispõe sobre a organização e a estrutura da Administração Pública do Poder Executivo Estadual”. Salvador. 1998.

REFERÊNCIAS

AMORIM, Antônio. Avaliação Institucional da Universidade. São Paulo: Cortez, 1992.

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Formação de Professores implantados a partir de 2004.1 e dá outras providências”. Salvador: DOE, 23/2/2005.

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ANEXOS

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ANEXO A - Localização dos Campi da UNEB

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ANEXO B - Municípios atendidos pela Rede UNEB

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ANEXO C - Municípios atendidos pela UNEB com atividades de ensino, pesquisa e extensão

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IX - analisar os processo de movimentação, promoção e progressão funcional na carreira docente, para encaminhamento à Reitoria;

ANEXO D - Regimento da UNEB (art. 36, 37 e 38): órgãos vinculados à PROGRAD

Subseção VI

Da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação

Art. 36. A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - PROGRAD é órgão da Administração Superior da Universidade responsável pelo gerenciamento, assessoramento, acompanhamento, execução e avaliação das ações relacionadas com o ensino de graduação e dos cursos seqüenciais. Art. 37. Compete à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação:

I - gerenciar, acompanhar e avaliar as atividades relacionadas ao ensino de graduação, em todas as suas modalidades;

II - promover estudos visando à avaliação e atualização dos currículos;

III - prestar assessoramento técnico-pedagógico aos Departamentos relativo a aspectos de ensino e organização acadêmica;

IV - analisar as propostas de indicação de pessoal docente da UNEB, a serem submetidas ao CONSEPE;

V - planejar, coordenar e executar as atividades de seleção docente e discente no âmbito da Universidade;

VI - assessorar as atividades de orientação ao corpo discente;

VII - desenvolver estudos e elaborar propostas em consonância com a Política de Educação Superior do Estado, com base na realidade sócio-econômica, objetivando a implantação de novos cursos;

VIII - implementar, acompanhar e avaliar as atividades de monitoria, junto com as demais Pró-Reitorias, dentro dos parâmetros aprovados pelo CONSEPE;

X - assessorar na elaboração de projetos de cursos e/ou habilitações para serem encaminhados aos Conselhos competentes;

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IV - Gerência de Seleção Discente:

XI - coordenar os trabalhos de implantação de novos Departamentos juntamente com as demais Pró-Reitorias;

XII - elaborar proposta de Calendário Acadêmico da UNEB para encaminhamento ao CONSEPE;

XIII - integrar o Conselho Editorial da UNEB;

XIV - realizar Cursos, Seminários e Simpósios visando a permanente melhoria da qualidade de ensino;

XV - gerenciar o desenvolvimento das ações relacionadas aos Estágios Supervisionados;

XVI - gerenciar e acompanhar a tramitação de processos referentes à ampliação e redução de carga horária, concessão, recondução e cancelamento de tempo integral com dedicação exclusiva, designação e nomeação de docentes;

XVII - executar outras atividades inerentes a sua área de atuação. Art. 38. A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação tem a seguinte estrutura administrativa:

I - Gabinete da Pró-Reitoria:

a) Secretaria da Pró-Reitoria;

II - Gerência de Desenvolvimento de Ensino:

a) Subgerência de Acompanhamento e Apoio Pedagógico;

b) Subgerência de Implantação e Reconhecimento de Cursos;

c) Comissão Central de Estágio;

III - Gerência de Seleção e Acompanhamento Docente:

a) Subgerência de Seleção Docente;

b) Subgerência de Acompanhamento Docente;

c) Comissão Permanente de Pessoal Docente;

a) Subgerência de Execução;

b) Subgerência de Avaliação;

c) Comissão Permanente de Seleção Discente;

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V - Gerência de Programas Especiais de Graduação:

a) Subgerência de Acompanhamento e Apoio Pedagógico;

b) Subgerência de Implantação e Reconhecimento de Cursos;

c) Subgerência de Ensino de Graduação a Distância;

VI - Secretaria Geral de Cursos:

a) Subgerência de Registros Acadêmicos;

b) Subgerência de Dados Estatísticos;

VII - Secretaria Especial de Registro de Diplomas e Certificados:

a) Subgerência de Registros;

VIII - Coordenação Central de Educação a Distância:

a) Secretaria;

b) Coordenação de Comunicação Visual, Vídeo e Divulgação;

c) Coordenação de Web Master e Web Designer;

d) Coordenação de Gerenciamento de Rede;

e) Coordenação de Assuntos Educacionais e Orientação Pedagógica. Parágrafo Único. As competências dos órgãos que compõem a estrutura administrativa da PROGRAD serão definidas no seu Regimento Interno.

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Estatuto: Resolução CEE n.º 14/2001, D.O.E de 13/02/01

ANEXO E - Aspectos legais da UNEB

Entidade Mantida: Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Entidade Mantenedora: Autarquia Universidade do Estado da Bahia

Regime: Especial

Natureza: Multicampi

Jurisdição: Todo o Estado da Bahia

Localização do Campus Sede: Rua Silveira Martins, 2555 - Cabula - Salvador-

BA - CEP 41150-000 - Tel.: (71) 3117-2200

E-mail: [email protected]

C.N.P.J.: 14.485.841/0001-40

Criação: Lei Delegada Estadual n.º 66/83

Autorização: Decreto Federal n.º 92937/86, de 17/07/86

Reconhecimento: Portaria Ministerial 909/95, de 31/07/95

Reestruturação: Lei Estadual n.º 7176/97, de 10/09/97

Regulamentação: Decreto Estadual n.º 7223/98, de 20/01/98

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ANEXO F - Organograma da UNEB

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ANEXO G - Estrutura organizacional da UNEB

Órgãos da Administração Superior Conselho Univers i tár io - CONSU Conselho Super ior de Ensino, Pesquisa e Extensão -CONSEPE Conselho de Admin is t ração - CONSAD Rei tor ia Órgãos da Administração Setorial Depar tamentos Coleg iados de Curso Órgãos Suplementares Centro de Estudos Eucl ides da Cunha Centro de Estudos de Di re i to Educac ional Núcleo de Ét ica e Cidadania B ib l io teca Centra l Prefe i tura dos Campi Serv iço Médico Odonto lóg ico e Soc ia l Arqu ivo Cent ra l Núc leos de Estudos Est rangei ros Editora UNEB Museu de Ciênc ia e Tecnolog ia Centro de Pesquisa e Desenvolv imento Órgãos de Apoio Administrativo São órgãos de apoio admin is t ra t ivo aqueles cr iados como

desdobramentos de órgãos execut ivos para permi t i r o apoio

logís t ico necessár io ao seu func ionamento.

Fonte: Regimento Interno, jul. 2005.

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ANEXO H - Estrutura departamental da UNEB DEPARTAMENTO ÁREA DE CONHECIMENTO LOCALIZAÇÃO

1. Ciências Exatas e da Terra - Campus I 2. Ciências da Vida - Campus I 3. Ciências Humanas - Campus I 4. Educação - Campus I 5. Educação - Campus II 6. Ciências Exatas e da Terra - Campus II 7. Tecnologia e Ciências Sociais - Campus III 8. Ciências Humanas - Campus III 9. Ciências Humanas - Campus IV 10. Ciências Humanas - Campus V 11. Ciências Humanas - Campus VI 12. Educação - Campus VII 13. Educação - Campus VIII 14. Ciências Humanas - Campus IX 15. Educação - Campus X 16. Educação - Campus XI 17. Educação - Campus XII 18. Educação - Campus XIII 19. Educação - Campus XIV 20. Educação - Campus XV 21. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XVI 22. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XVII 23. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XVIII 24. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XIX 25. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XX 26. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XXI 27. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XXII 28. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XXIII 29. Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XXIV

Ciências Exatas e da Terra Ciências da Vida Ciências Humanas e Ciências Sociais Educação Ciências da Vida, Letras e Educação Ciências Exatas e da Terra Ciências Ambientais e Sociais Ciências Humanas e Educação Ciências Humanas, Letras e Artes Ciências Humanas, Letras e Artes Ciências Humanas, Letras e Artes Ciências Exatas e da Terra, Ciências da Vida e Educação Ciências Exatas e da Terra, Ciências da Vida e Educação Ciências Humanas, Educação e Ciências Sociais Letras, Artes e Educação Letras, Artes e Educação Educação Educação Letras, Artes e Educação Educação Ciências Humanas, Exatas e Ambientais Ciências Humanas, Exatas e Ambientais Ciências Humanas, Exatas, Letras e Artes Ciências Humanas e Letras Ciências Humanas, Exatas, Letras e Artes Ciências Humanas, Exatas, Letras e Artes Ciências Humanas, Exatas, Letras e Artes Ciências Humanas, Exatas, Letras e Artes Ciências Humanas, Exatas, Letras e Artes

Salvador Salvador Salvador Salvador Alagoinhas Alagoinhas Juazeiro Juazeiro Jacobina Santo Antônio de Jesus Caetité Senhor do Bonfim Paulo Afonso Barreiras Teixeira de Freitas Serrinha Guanambi Itaberaba Conceição do Coité Valença Irecê Bom Jesus da Lapa Eunapólis Camaçari Brumado Ipiaú Euclides da Cunha Seabra Xique-Xique

Fonte: PROGRAD, jul.2005.

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