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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” Estudo da Previdência Privada Aberta, VGBL e PGBL, utilizada como beneficio, tendo como objetivo a retenção de talentos e aumento da produtividade da empresa. AUTOR Paulo Roberto Moura de Souza ORIENTADOR Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Estudo da Previdência Privada Aberta, VGBL e PGBL, utilizada como beneficio, tendo como objetivo a retenção de talentos e aumento da produtividade da empresa.

AUTOR

Paulo Roberto Moura de Souza

ORIENTADOR

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves

RIO DE JANEIRO

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Estudo da Previdência Privada Aberta, VGBL e PGBL, utilizada como beneficio, tendo como objetivo a retenção de talentos e aumento da produtividade da empresa.

Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes – Instituto a Vez do Mestre, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Engenharia da Produção.

Por: Paulo Roberto Moura de Souza

3

Agradeço a Deus e aos familiares, amigos, corpo docente, dentre os muitos, que com incentivo a perseverança, me possibilitaram concluir com êxito este curso de pós-graduação.

4

Dedico um especial agradecimento

ao meu orientador e mentor

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves

5

RESUMO

A motivação é fator primordial na produtividade de uma empresa, e na

gratificação profissional. A perda de qualquer recurso humano por uma empresa é

muitas vezes um prejuízo sem recuperação. A globalização exige talentos, e as

empresas necessitam deles para vencer desafios e alcançar o sucesso, recursos

humanos continuam a ser a moeda do momento, uma vez que atualmente as

empresas que multiplicam seus talentos serão bem-sucedidas e as demais

deverão se esforçar para adotá-los, caso pretendam permanecer no mercado. É

importante observar que a aposentadoria vem a cada dia tendo um impacto maior

no cotidiano das empresas, isso se deve à crise da Previdência Social em âmbito

global, o que impulsiona a grande maioria da classe média a procurar uma saída

para esse questionamento futuro: como manter seu padrão de vida. Essa saída

acontece através da Previdência Privada, que com suas opções vem atraindo

cada vez mais pessoas que procuram encontrar em uma delas a que se enquadre

em suas necessidades presentes e futuras. Com a aposentadoria oficial, o

profissional está limitado a apenas no máximo 10 salários referência, atualizada

em 10/04/2010, com o novo teto de R$ 3.416,54. E para manter o padrão de vida

durante a aposentadoria, a Previdência Privada se apresenta como a principal

solução para garantir uma renda complementar em sua aposentadoria. Ela vem

ganhando cada vez mais espaço na agenda política brasileira e a criação da

Caixa de Aposentadorias e Pensões (CAP) do Banco do Brasil, que aconteceu

em 1904, pode ser entendida como um marco do sistema previdenciário

complementar privado. O objetivo de todos é ter uma garantia de que, mais tarde,

poderão manter o padrão de vida a que estão acostumados. Despontam, os

planos de Previdência Privada Aberta, que se caracterizam tanto no PGBL como

no VGBL, onde a Sulamerica e o Brasilprev se mostraram mais atrativos, que

pode ser compreendido como um sistema que acumula recursos com o objetivo

de garantir uma renda mensal no futuro, especialmente no período em que a

pessoa não se encontra trabalhando e deve ser bem estudado e avaliado antes

de contratado.

6

METODOLOGIA

A metodologia e processos adotados no estudo deste trabalho foram

desenvolvidos através de uma exposição detalhada de dados coletados em

diversos meios de informação acadêmicos, mídias eletrônicas, bibliográficos,

dentre outros elementos concretos que estabeleçam a existência de relevante

material probatório de uma relação de mercado e consumo.

Portanto, este referido estudo foi desenvolvido por processo de

pesquisa bibliográfica, em diversos meios de publicações, como sites, livros,

jornais, revistas, entrevistas, dentre outros, com foco nas demonstrações dos

dados históricos e estatísticos que resultaram nesta monografia.

Assim sendo, este trabalho através de simulações, com analises dos

dados que reproduzem as informações e resultados do conhecimento adquirido

por processos de estudos quantitativos sobre a forma de dados coletados e

entrevistas em cada instituição, incluindo a SUSEP, permitindo gerar tabelas e

gráficos com esses subsídios, podendo nos mostrar uma idéia do objetivo dessa

pesquisa sobre a Previdência Aberta e motivação.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA PREVIDENCIA SOCIAL........................................................... 11

1.1 – A Previdência Social no Brasil (INSS)..................................................... 11

1.2 – A previdência Social em outros países................................................... 16

1.3 – A Crise da Previdência Social como incentivo a Previdência Privada 20

CAPÍTULO II

A PREVIDÊNCIA PRIVADA E RETENÇÃO DE TALENTOS.............................. 23

2.1 – A influência da Previdência Privada na retenção de talentos e na

produtividade da empresa...................................................................... 23

2.2 – Benefícios de longo prazo da Previdência Privada................................ 29

2.3 – Previdência Privada: benefício diferencial para a concorrência

externa....................................................................................................... 29

2.4 – PGBL x VGBL Vantagens e malefícios..................................................... 33

CAPÍTULO III

Vantagens e desvantagens na Previdência Privada, simulação de

contribuição e tempos de carência, análise e comparação, e escolha da

mais adequada..................................................................................................... 36

8

3.1 – Bônus e Ônus da Previdência Privada................................................... 36

3.1.1 – Planejamento sucessório....................................................................... 36

3.1.2 – Liquidez imediata.................................................................................... 37

3.1.3 – Benefício adicional................................................................................. 38

3.1.4 – Previdência Privada não integra inventário......................................... 38

3.1.5 – Previdência Privada e Isenção de ITCMD............................................. 39

3.1.6 – Previdência Privada é impenhorável..................................................... 40

3.1.7 – A Previdência Privada não integra patrimônio para

fins de separação..................................................................................... 40

3.1.8 – O ônus da prestação............................................................................... 40

3.1.9 – O ônus da não transferência de tabela e plano.................................... 40

3.2 – Simulação com entidades financeiras para verificar a

melhor instituição..................................................................................... 41

3.3 – Análise e comparação dos resultados, e identificação das

mais adequadas........................................................................................ 46

CONCLUSÃO...................................................................................................... 52

BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 55

ANEXOS.............................................................................................................. 58

9

INTRODUÇÃO

O tema e o estudo deste presente trabalho é mostrar como a Previdência

Privada Aberta pode ser utilizada como beneficio na retenção de talentos e no

aumento da produtividade das empresas e os benefícios da mesma, evidenciados

nas PGBL e VGBL. Neste trabalho foi feito um estudo da situação da Previdência

Oficial no Brasil e em outros países e suas limitações, e identificou como o fator

principal para a procura da Previdência Privada a crise de nossa Previdência Social

que tem como principal justificativa a longevidade que cresce mundialmente.

O trabalho mostra que com a aposentadoria pela Previdência Social, o

profissional está limitado a apenas no máximo 10 salários referência, atualizada em

10/04/2010, com o novo teto do INSS, de R$ 3.416,54. E foi verificado que é real a

necessidade de que para se manter o padrão de vida durante a aposentadoria, a

Previdência Privada é uma ferramenta ou investimento como solução para garantir

uma renda complementar em sua aposentadoria.

Analisamos também, que as empresas que utilizam Previdência Privada

como beneficio aos seus funcionários ou os incentiva a fazer uma Previdência

Privada, tem um acréscimo em sua produtividade e satisfação de seus profissionais,

pois são esses os critérios relevantes considerados pelos profissionais na hora de

optar e se manter em um emprego. Verificamos através da pesquisa que a

remuneração, as condições de trabalho e por último, o pacote de benefícios, o que

chamamos de salário indireto onde se enquadra a Previdência Privada, que pode

ser considerada um diferencial estratégico das empresas na gestão de pessoas,

pois influencia diretamente no desempenho da produtividade, pois se o capital

humano é o que diferencia uma empresa no mercado, sobretudo em um país como

o Brasil, que em diversos segmentos carece de mão de obra especializada. Mesmo

que a empresa não tenha uma interferência direta e contributiva na criação da

carteira de capitalização da Previdência Privada, o funcionário que a tem, mesmo

por meios próprios, trabalhará com a tranqüilidade e segurança de que em sua

aposentadoria, não precisará retornar ao mercado de trabalho.

10

Esta monografia abordou também os tipos de previdências privadas

abertas PGBL e VGBL disponíveis no mercado e a necessidade desta contribuição,

simulou valores e tempos de carência para resgate, com intuito de análise e

comparação, objetivando a escolha das mais adequadas, e gerou tabelas e gráficos

com as taxas e informações coletadas de 6 (seis ) instituições e considerou como

padrão de comparação um aporte de R$ 500,00 mensais durante um período de 20

anos para todas as instituições, descreveu os ônus e bônus de uma Previdência

Privada aberta e suas diferenças. Neste estudo coletamos informações para

identificarmos qual a melhor escolha da instituição de Previdência Privada aberta em

função do melhor retorno, considerando o capital acumulado levando em

consideração as taxas mais importantes que são as de carregamento e

administração, assim com as taxas referentes ao período de resgate, tendo como

objetivo melhor escolha. Vimos também que a longevidade afeta a Previdência

Privada no momento do resgate, através da tabela TA 2000 (mais atual), que tem

diferenciação entre homens e mulheres em relação ao aumento da expectativa de

vida.

A analise e simulação de prazos e valores de contribuição para

instituições diferentes com demonstração dos resultados futuros, acreditamos ser o

melhor processo para visualizar e permitir a escolha do melhor plano de Previdência

Privada, considerando-se as taxas oferecidas. Esse estudo abrangerá o VGBL e

PGBL das principais instituições de previdência aberta, para assalariados acima de

10 salários referência. Foi levada em consideração também a tributação do Imposto

de Renda nas tabelas progressiva e regressiva, que influenciam diretamente o tipo

de plano a escolher. O estudo mostrou também que, em até escolhermos como

desejamos receber essa previdência pode ser fundamental, pois uma escolha errada

em caso de uma fatalidade todo o Capital que investimos e ainda foi recebido, pode

ficar para a instituição, mostrando que mesmo o investimento sendo seguro, regido,

legislado e controlado pela SUSEP do Ministério da Fazenda, com uma escolha

errada de contratação, os beneficiários perderão todos os direitos da Previdência

Privada.

11

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA PREVIDENCIA SOCIAL

1.1 – A Previdência Social no Brasil (INSS)

O mais assustador ao se pensar em aposentar, é saber que, com certeza,

seu padrão de vida vai cair. Dificilmente, com uma aposentadoria do INSS, o

trabalhador consegue equiparar seu benefício, ao salário que recebia antes.

Manter o mesmo padrão de vida que antecede à aposentadoria é um

objetivo cada vez mais comum entre os brasileiros, e para evitar frustrações e

garantir um futuro tranquilo, surgiram os planos de Previdência Privada.

Mas daí vem a pergunta: por que iniciar um plano privado se existe a

previdência pública no Brasil, o INSS? A verdade é que a previdência pública

brasileira está em crise, e isso acontece no mundo todo. Já observou quantas

reformas foram feitas na previdência brasileira?

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A última reforma da previdência limitou em até dez salários referencia o

teto de aposentadoria e existem discussões sobre uma nova alteração nos

benefícios oficiais e, vem crescendo, o número de pessoas preocupadas em cuidar

de seu próprio futuro, optando pelos planos de Previdência Privada.

Segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e

Vida) entidade que reúne 73 sociedades seguradoras e 12 entidades abertas de

previdência complementar, a captação do mercado de Previdência Privada vem

batendo seu recorde e atingiu R$ 7,3 bilhões no primeiro trimestre de 2008, com

uma alta de 23% sobre o mesmo período de 2007 (R$ 5,9 bilhões), e R$ 10,59

bilhões no acumulado do ano e o crescimento do mercado entre janeiro e abril de

2009 foi de 7,05%.

Os problemas relacionados à previdência social no Brasil têm uma

persistência histórica. Nos últimos anos, o governo brasileiro tem apontado para um

novo elemento que aprofunda a atual situação deficitária do sistema: o

envelhecimento da população, um dos motivos levantados para a reforma

previdenciária na década de 90. Para o governo, caso a questão não seja

contornada, o déficit do sistema previdenciário será aumentado. Atualmente o déficit

é de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) para previdência social (INSS) e de 4 a 5%

para os regimes especiais do setor público. No entanto, alguns pesquisadores não

concordam com a ênfase que o governo tem dado à questão do envelhecimento

A perspectiva governamental baseia-se em dados do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam o crescimento da população idosa

(pessoas com mais de 60 anos) dos 7,8% atuais, para 13% em 2020 (cerca de 27

milhões de pessoas), sendo que a tendência é de continuar crescendo. O sistema

previdenciário que já é deficitário ficaria ainda mais sobrecarregado, já que é

baseado na repartição simples, isto é, pessoas em idade ativa (de 15 a 60 anos)

garantem, por meio de suas contribuições, os recursos para pagar os benefícios da

previdência.

Para a professora do Departamento de Demografia, da Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG), Moema Gonçalves Bueno Fígoli, apesar do perfil

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da população brasileira estar mudando isso ainda não chega a ser um problema e

não deve levar necessariamente a uma quebra do sistema previdenciário, como

afirmam as análises do governo. Segundo ela, atualmente a situação demográfica é

muito confortável, na medida em que a população economicamente ativa está

crescendo.

afirma Moema Fígoli.

De acordo com a análise de Rosa Maria Marques, Mariana Batich e

Áquilas Mendes, contida no artigo conjunto "Previdência Social Brasileira; um

balanço da reforma FHC", essa realidade demográfica seria extremamente positiva

para as contas previdenciárias se a economia estivesse gerando emprego formal, ou

seja, regulamentado pelas leis trabalhistas e integrado à previdência social.

Mesmo concordando que o trabalho informal não gera receita para a

previdência, Moema Fígoli afirma a necessidade de serem executadas medidas com

relação ao desequilíbrio anunciado da relação entre contribuintes e beneficiários a

partir de 2020. "O envelhecimento da população apesar de não ser causa do

problema, é um processo estrutural e já deveríamos pensar em medidas para

resolver os problemas futuros. Na reforma previdenciária que foi feita pelo governo,

foram muito mais contempladas as medidas para resolver o déficit imediato da

previdência do que esse problema estrutural de mudança do perfil etário",

argumenta ela, que defende que o crescimento da economia e dos salários pode

compensar o menor número de contribuintes.

Milko Matijascic, pesquisador do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas

(Nepp) da Unicamp, concorda que a questão do envelhecimento da população

"Hoje em dia temos uma proporção de jovens muito

maior do que antes. Essa faixa etária entre 15 e 55 ou 60

anos, está crescendo a taxas significativas, em torno de

1,37% ao ano e, apesar da proporção de idosos estar

aumentando, a situação da previdência social nesse sentido

é muito favorável",

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brasileira, não pode ser pontuado, entre as causas para o atual déficit previdenciário

e que o momento demográfico para a questão previdenciária é positivo, pois existem

teoricamente mais pessoas em atividade para financiar aquelas que estão

aposentadas. Por outro lado, segundo o pesquisador, a questão do envelhecimento

é um fator secundário e assim, mesmo que sejam executadas medidas com relação

a esse fator, o problema previdenciário pode persistir e se aprofundar se não forem

atacadas suas reais causas que, para ele, não pertencem ao sistema. "Em 2050

estaremos vivendo a situação que a Alemanha já vivia dez anos atrás. Somos ainda

um país bastante jovem quando comparados à média internacional e,

principalmente, com os países mais desenvolvidos. Assim, as dificuldades de

financiamento da previdência não são hoje, certamente demográficas e, no futuro, é

possível contar com alternativas de trabalho e de melhorias financeiras que

contornem esse problema", afirma Matijascic.

O pesquisador também aponta como fator fundamental para pensar a

previdência, a questão do subemprego e do trabalho informal. Para ele, antes da

questão do envelhecimento deve-se colocar em questão a diminuição de empregos

formais na década de 90, período de crise econômica.

De acordo com os cálculos de Matijascic, a partir dos dados da Pesquisa

Nacional de Amostras por Domicílio (PNDA), existem 32 milhões de brasileiros que

não contribuem com a previdência. O pesquisador afirma que, se essas pessoas

estivessem incluídas entre os contribuintes teríamos uma situação muito mais

confortável. Ele aponta dados da previdência segundo os quais, em média, uma

pessoa contribui entre 8,1 e 8,2 meses por ano, o que indica que, mesmo entre os

contribuintes, há aqueles que não contribuem regularmente. "Isso sempre foi

estrutural no Brasil e sempre representou um enorme desafio. O governo não tem

atuado de forma correta em exigir a formalização do trabalho e a contribuição como

imposto compulsório, como forma de tributação obrigatória. E isso deve ser feito

porque essa é uma necessidade social. Na medida em que são enfatizadas

questões como envelhecimento, desaparece o problema da omissão do governo

com relação a essas exigências", afirma Matijascic.

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Para o pesquisador, não se pode achar que mudanças internas na

previdência poderão resolver o problema, boa parte das mudanças depende de

incluir os excluídos. "Inclusão. É disso que se trata no fundo. Essa população que é

excluída, que não participa, não tem direitos sociais, precisa ser incluída".

Com a aposentadoria oficial, o profissional está limitado a apenas no

máximo 10 salários referência, em consonância com a tabela de Cálculo do Fator

Previdenciário 2010, atualizada em 10/04/2010, com o novo teto do INSS, de R$

3.416,54. E para manter o padrão de vida durante a aposentadoria, a Previdência

Privada é a única solução para garantir uma renda complementar em sua

aposentadoria.

O INSS oferece quatro tipos de aposentadoria aos seus segurados:

1) aposentadoria por idade, respeitada a carência de 15 anos de

contribuição (homens com 65 anos e mulheres com 60 anos; no caso de

trabalhadores rurais, homens com 60 anos e mulheres com 55 anos);

2) aposentadoria por tempo de contribuição (35 anos de contribuição para

homens e 30 anos para as mulheres);

3) aposentadoria por invalidez, quando a perícia médica do INSS

considera a pessoa totalmente incapaz para o trabalho, seja por motivo de doença

ou acidente;

4) aposentadoria especial, destinada aos trabalhadores expostos a

agentes nocivos à saúde, sejam físicos, químicos ou biológicos. Além da

aposentadoria, o INSS assegura auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-

reclusão e pensão por morte (os dois últimos benefícios para os dependentes).

O trabalhador com carteira assinada é inscrito na Previdência Social no

ato da assinatura do contrato de trabalho. O trabalhador autônomo deve inscrever-

se como contribuinte individual. Podem inscrever-se como contribuinte facultativo as

donas-de-casa, estudantes maiores de 16 anos e os ex-empregados, fora do

mercado de trabalho.

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O INSS acusou déficit de R$ 42 bilhões em 2006 (R$ 13,5 bilhões com a

aposentadoria de segurados-contribuintes, envolvendo 14,3 milhões de

beneficiários, e R$ 28,5 bilhões, com aposentadoria rural, envolvendo 7,3 milhões de

beneficiários), não computados os pagamentos da aposentadoria do servidor público

federal (R$ 13 bilhões, envolvendo 1 milhão de pessoas). O governo, para dar mais

transparência às contas públicas, pretende separar os pagamentos de benefícios

previdenciários das despesas de assistência social. De acordo com essa proposta

contábil, o déficit do INSS seria reduzido com a segregação dos gastos com a

aposentadoria rural, assim como de renúncia fiscal (Veja, São Paulo: Abril, n. 1.994,

07 fev. 2007, p. 66).

O Brasil suporta gastos exagerados com benefícios previdenciários (cerca

de 12% do PIB), proporcionalmente mais altos em comparação com países com

população mais idosa (os maiores de 65 anos correspondem a menos de 6% no

Brasil, ante 15% a 19% no Japão, Espanha e Bélgica). A elevada proporção do

gasto previdenciário num país de população ainda jovem determinará uma dinâmica

perversa dessas despesas nos anos vindouros, alerta Gustavo Loyola, ex-presidente

do BCB (Valor, São Paulo, 05 fev. 2007, p. A11).

1.2 – A previdência Social em outros países

A aposentadoria média paga pela Previdência Pública dos Estados

Unidos equivale a 44% do último salário recebido pelo trabalhador americano. Esse

é um dos pontos que mostram, na comparação entre a previdência pública no Brasil

e nos Estados Unidos, que os benefícios do sistema americano são bem menos

generosos do que os do sistema brasileiro.

"Em média, a aposentadoria paga pelo governo federal americano, tanto

para servidores públicos quanto privados, atinge 44% do último salário recebido",

disse Michael Tanner, um especialista em previdência do centro de pesquisas Cato

Institute, de Washington.

"O valor da aposentadoria é calculado através de uma fórmula

progressiva que considera tanto as contribuições feitas pelo trabalhador quanto sua

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renda média durante os 35 anos em que ele recebeu os salários mais altos de sua

carreira”, ele afirmou.

O tempo de contribuição também é outro ponto que mostra as diferenças

entre os dois sistemas.

Não existem nos Estados Unidos aposentadorias integrais para o

funcionalismo público.

Aposentadoria em Portugal pode assumir muitas formas diferentes,

dependendo de seus desejos pessoais, o seu estado de saúde e sua situação

financeira.

A idade para a aposentadoria no Canadá era tradicionalmente de 65

anos, mas esta tendência está mudando. Muitas pessoas se aposentam mais cedo

que 55, ou até mais jovens, e outros continuam a trabalhar após 65 anos de idade.

Algumas pessoas optam por viver no ano de Canadá e volta, enquanto outros tiram

férias estendido em outro lugar (geralmente em algum lugar com um clima mais

quente), e outros ainda decidem mudar para o exterior. Ela realmente depende de

que as pessoas querem fazer durante os seus anos de aposentadoria.

A maioria dos canadenses financia sua aposentadoria a partir de uma

combinação de várias fontes, incluindo as pensões do governo e as pensões

privadas ou planos de poupança.

O Governo do Canadá oferece uma pensão de reforma que se baseia na

idade e no tempo que você viveu no Canadá. É pagar para residentes no Canadá

65 anos de idade e mais velhos que tenham vivido no Canadá durante pelo menos

10 anos após 18 anos de idade. Não importa se você trabalhou no Canadá ou não,

ou se você está atualmente aposentado ou ainda em atividade.

Cerca de 90 por cento da população em idade ativa do mundo não está

abrangida por regimes de pensões capazes de proporcionar um rendimento

adequado na reforma, diz a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em uma

nova publicação: Pensões da Segurança Social: Desenvolvimento e Reforma.

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Má gestão de muitos dos sistemas que existem torna as coisas piores e

coloca grande parte da população mundial exposta ao risco de pobreza na velhice.

Até nos países onde a cobertura quase universal e esquemas são bem

geridas, como nos mais industrializados da Organização de Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE) - os problemas no financiamento das pensões

maiores, principalmente na América do Norte, Europa Ocidental, Japão e Austrália -

irão surgir nos próximos anos: idade da população e como os países procuram

diversificar os riscos para os indivíduos, diz o livro.

"Os países da OCDE já gastam uma média de 10 por cento do seu

Produto Interno Bruto (PIB) em prestações de velhice a aposentadoria, o que excede

as suas despesas totais em saúde", diz Colin Gillion, OIT, Diretor do Departamento

de Segurança Social e editor do livro. Com esse número crescente, o Sr. Gillion diz

que planos de pensão da OCDE são "geralmente excelente, mas caro. A melhor

maneira de lidar com o envelhecimento da população é o aumento da idade efetiva

de reforma e aumentar o número de mulheres no emprego."

O estudo da OIT considera que o sistema de pensões E.U. - e, em menor

medida, o sistema do Reino Unido - traz mais riscos para os seus membros do que

os dos países da Europa Ocidental, pois os sistemas dos E.U. e Reino Unido

dependem mais dos esquemas profissional e privado de financiamento do que do

financiamento completo do governo.

O estudo da OIT também é cauteloso sobre uma das panacéias mais

elegantes para ajudar esses regimes: satisfazer as necessidades futuras - fundos

que investem nos mercados financeiros. De acordo com Colin Gillion "Investir nos

mercados financeiros é um negócio incerto e volátil: em apresentar planos de

pensões pessoas podem economizar até 30 por cento mais do que necessitam - o

que reduziria suas despesas durante a sua vida de trabalho, ou eles podem poupar

30% muito pouco - o que seria severamente cortar seus gastos na reforma. Qual

inverso não pode ser previsto no início de uma vida de trabalho."

A OIT diz que uma opção para os Estados Unidos podem ser o aumento

da contribuição previdenciária de trabalhadores e empregadores: "Aumentar a taxa

19

de contribuição por um ou dois pontos percentuais, ou melhor, pelo planejamento,

aumenta ainda mais a idade real de reforma, resolveria a maior parte dos problemas

de déficit de longe no futuro para os americanos, "Mr. Gillion diz.

Muitos países da OCDE têm legislado aumento da idade de reforma

antecipada, na tentativa de incentivar os trabalhadores a demorar a deixar seus

empregos. Vários países reduziram os benefícios, aumentando os anos utilizados

no salário de médio prazo, reduziram a adaptação para o aumento do custo de vida

para aposentados, ou exigiram mais anos de trabalho para se obter determinados

benefícios.

No entanto, este tipo de ajuste fino de elegibilidade e da idade da reforma

é um luxo que a maioria dos países não pode pagar. É aquela que é politicamente

difícil de conseguir, e que pode esticar uma base de consenso social subjacente a

regimes de pensões.

"A falta de cobertura mais pensão completa em todo o mundo se tornará

um problema crescente que vidas sejam prolongados e a importância das

tradicionais unidades de família extensa, uma vez que oferece proteção à velhice,

diminui", diz Gillion.

Entre as recomendações da OIT para estender a cobertura para este

setor vasto e crescente são: modificações dos sistemas existentes para cobrir os

grupos excluídos, concepção de regimes especiais para grupos excluídos;

introdução baseado na tributação, regimes universais ou específicos de combate à

pobreza e incentivo ao desenvolvimento de especiais sistemas baseados em auto-

ajuda entre as pessoas no setor informal.

A OIT salienta a necessidade de melhorar a gestão e governança dos

Fundos de Pensão e Previdências Privadas existentes, envolvendo trabalhadores e

empregadores no processo.

20

1.3 – A Crise da Previdência Social como incentivo a Previdência

Privada

A Previdência Complementar vem ganhando cada vez mais espaço na

agenda política brasileira. Porém, ao contrário do que alguns possam pensar, a

complementação das aposentadorias não é nenhuma novidade. Na verdade, a

criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões (CAP) do Banco do Brasil, ainda em

1904, pode ser entendida como um marco do sistema previdenciário complementar

privado.

Apesar da criação da previdência complementar, no caso brasileiro, ser

secular, a sua regulamentação só ocorreu na década de 1970 - Lei 6.435/77-,

quando da expansão das grandes empresas estatais e da criação de seus fundos de

pensão. Com as transformações macroeconômicas – estabilização econômica,

reestruturação produtiva, etc. - e da própria dinâmica social – inclusive, com fortes

transformações na organização do mercado de trabalho e da previdência social -

ocorridas no país na última década, pode-se observar um aumento potencial do

mercado.

De uma forma geral, o mercado de Previdência pode ser compreendido

como um sistema que acumula recursos com o objetivo de garantir uma renda

mensal no futuro, especialmente no período em que a pessoa não se encontra

trabalhando.

Num primeiro instante, a Previdência Privada era vista como uma

poupança extra, além da previdência oficial; mas como o benefício do Governo está

reduzindo a cada ano, muitos adquirem um plano como forma de garantir uma renda

razoável ao fim de sua carreira.

A Previdência Privada foi dividida em dois segmentos: entidade fechada e

entidade aberta. As entidades fechadas de Previdência Privada são aquelas

acessíveis exclusivamente aos empregados de uma empresa ou de um grupo de

empresas. Não podem ter fins lucrativos e são organizadas sob a forma de

sociedade civil ou fundação, conhecidas atualmente como Fundos de Pensão.

21

A previdência fechada é destinada aos profissionais ligados a empresas,

sindicatos ou entidades de classe. Em linhas gerais, o trabalhador contribui com

uma parte mensal do salário e a empresa banca o restante, somatório que

normalmente é dividido em partes iguais.

As entidades abertas de Previdência Privada são acessíveis ao público

em geral e se subdividem em: sem fins lucrativos, como os antigos montepios, que

assumem a forma de sociedade civil e com fins lucrativos, as quais estão

organizadas como sociedades anônimas.

O Brasil ultrapassou a casa dos 190 milhões de habitantes e junto com o

crescimento, muita coisa mudou. O brasileiro tem estudado mais, nossas empresas

ganham eficiência e qualidade a cada dia, a internet está presente em mais de 17

milhões de residências, mas tem uma coisa que não mudou e, a menos que um

milagre aconteça, não vai mudar: a crise da Previdência Social.

Há anos se escuta falar dos rombos, das fraudes, dos déficits e tudo mais

que torna muito frágil a instituição que deveria dar tranquilidade aos brasileiros no

momento de maior fragilidade: a velhice. Sim, estamos vivendo cada vez mais,

deixamos de ser um país jovem, mas continuamos envelhecendo mal, ao menos no

sentido financeiro e, como tudo mais esta ligado...

Hoje, segundo os dados do IBGE, cerca de 18 milhões de pessoas com

mais de 50 anos continuam trabalhando porque não podem se dar ao luxo de viver

da aposentadoria. Números da Seguradora MetLife mostram um quadro ainda mais

preocupante, apenas 1% dos aposentados se sustentam, todos os outros 99% tem

que continuar trabalhando, dependendo da família ou passando por situações

desumanas. Sim, a Previdência Social cumpre seu papel de garantir a sobrevivência

e atinge uma grande parcela da população que não tem como buscar outro recurso

para garantir a velhice. Mas, quem tem acesso à internet, não pode ficar alheio e

não pensar no assunto.

Uma pesquisa recente da Catho revelou que 33% dos profissionais

brasileiros já estão investindo em planos de Previdência Privada ou complementar, o

que é um grande avanço, mas ainda é pouco. Significa que 70% estão contando

22

com a ajuda do Governo. Observando os idosos com quem temos contato, pais,

avós, tios, amigos, quantos podemos dizer que a ajuda do Governo foi à altura da

sua contribuição? Com exceção dos que tem direito à aposentadoria especial, o

restante não tem muito que falar.

Informação não falta, na internet há centenas de páginas explicando as

regras, modalidades, rentabilidades e taxas. Algumas empresas seguradoras

oferecem simuladores on line como o da SulAmérica e há também as corretoras que

indicam os melhores planos e modalidade depois de analisar as informações do seu

perfil (idade, renda, modo de declaração do imposto de renda, etc.) como a

Uniplanos.

A grande sacada da Previdência Privada ou previdência complementar é

que o dinheiro é seu, você contribui quando quer, na frequência que quer, se decidir

interromper resgata o dinheiro e a rentabilidade, se decidir ficar um tempo sem

investir, tudo bem. Se outra empresa oferecer uma rentabilidade maior e custos

menores, você faz uso da portabilidade e continua protegido. Aliás, desde que foi

autorizada em 2006, 150 mil pessoas já transferiram seu plano de previdência de

uma seguradora para outra, o que mostra que elas estão atentas e a concorrência

oferece sempre algo a mais.

Quanto é necessário para começar? Em algumas empresas com R$ 50 já

é possível iniciar o investimento.

23

CAPÍTULO II

A PREVIDÊNCIA PRIVADA E RETENÇÃO DE TALENTOS

2.1 – A influência da Previdência Privada na retenção de talentos e

na produtividade da empresa.

A palavra talento remonta à antiguidade e possui uma história expressiva.

Para os antigos hebreus, gregos e romanos, talento significava uma unidade de

peso. Por meio da troca de metais preciosos por esse peso, o talento tornou-se uma

unidade monetária. Desse modo, pode-se correlacionar o fato de que o que hoje

significa fonte-chave de criação de valor era dinheiro há milhares de anos.

Apesar dessa evolução, o talento continua a ser a moeda do reino, uma

vez que atualmente as empresas que multiplicam seus talentos humanos serão

bem-sucedidas; as demais deverão se esforçar para adotá-lo, caso pretendam

permanecer no mercado.

A globalização exige talentos! E as empresas necessitam deles para

vencer desafios e alcançar o sucesso!

No mundo contemporâneo e globalizado, o termo competitividade possui

um significado mais abrangente, as organizações passaram a se preocupar não só

com as exigências do mercado e com os concorrentes, mas também com as

pessoas. Assim sendo, o novo desafio das organizações gira em torno de como

motivar e reter seus talentos.

Diante da globalização, da informatização, da intangibilização é que surge

a nova economia, a chamada Era do Conhecimento, cujas fontes fundamentais de

riqueza são o conhecimento e a informação. Pode-se dizer que 1991 foi o ‘ano um’

da Era do Conhecimento. Naquele ano os dispêndios de capital da Era Industrial e

da Era do Conhecimento se cruzaram, os gastos com tecnologia de produção

chegaram a US$ 107 bilhões, e os gastos com tecnologia da informação chegaram a

US$ 112 bilhões (STEWART, 1998). A partir de então, ressalta-se a importância do

capital humano, elemento essencial dessa Era do conhecimento.

24

Para Crawford (1994:17), “capital humano significa pessoas estudadas e

especializadas”. E, são essas pessoas o foco desta pesquisa as quais

também podem ser chamadas de talentos.

Bem administrar o fator humano é considerado indispensável ao bom

encaminhamento do processo de retenção de talentos. Outro fator que deveria

merecer atenção dos escalões estratégicos da empresas é que, nas políticas de

gestão/retenção de talentos, os benefícios são extensivos a todo o quadro de forma

igualitária, propiciando a "retenção" não só dos funcionários mais talentosos, mas de

todos os componentes.

Se a empresa utiliza a Previdência Privada como beneficio aos seus

funcionários ou os incentiva a fazer uma Previdência Privada, esta empresa

certamente terá um acréscimo em sua produtividade e satisfação de seus

profissionais, pois são esses os critérios relevantes considerados pelos profissionais

na hora de optar e se manter em um emprego:

“A remuneração, as condições de trabalho e por último, o pacote de

benefícios, o que chamamos de salário indireto. É neste último que se enquadra a

Previdência Privada, que pode ser considerada um diferencial estratégico das

empresas na gestão de pessoas, pois influencia diretamente no desempenho da

produtividade.”

Existem diversos motivos que levam as empresas a contratar uma Previdência

Privada para seus funcionários. Entre elas, destacamos a melhoria da motivação e

produtividade, atração e retenção, competitividade no mercado e alinhamento das

exigências sindicais. Para os funcionários, as razões e vantagens são a garantia financeira

para os beneficiários perante o futuro, produto de fácil assimilação, facilidade de contratação

e baixo custo quando contratado em grupo.

A tranquilidade dos funcionários sempre demanda muita atenção em

qualquer ramo de negócio e é fundamental que as empresas ofereçam um produto

adequado para sua força trabalho.

25

O que diferencia uma empresa no mercado é o seu capital humano,

sobretudo em um país como o Brasil, que em diversos segmentos carece de mão de

obra especializada. Mesmo que a empresa não tenha uma interferência direta e

contributiva na criação da carteira de capitalização da Previdência Privada, o

funcionário que a tem, mesmo por meios próprios, trabalhará com a tranqüilidade e

segurança de que em sua aposentadoria, não precisará retornar ao mercado de

trabalho.

Na Era do Conhecimento tão importante quanto ter um talento é mantê-lo

na empresa, pois possuí-lo não é importante somente para as organizações, mas

também aos seus próprios detentores. Se o conhecimento hoje é a maior força de

valor econômico, era de se esperar que o mercado de trabalho recompensasse

melhor as pessoas que trabalham mais com o cérebro. É o que de fato está

acontecendo, uma tendência, “uma explosão de empregos que pagam bem aos

trabalhadores do conhecimento” (STEWART, 1998:38). É a guerra da concorrência,

pois “as corporações de sucesso fomentarão o crescimento pessoal para atrair as

melhores e mais brilhantes pessoas” (STEWART, 1998:118).

Por isso, administrar o talento tornou-se a mais importante e a mais

desafiadora tarefa dos gestores e das organizações, porque profissionais altamente

qualificados que deixam de fazer parte da equipe em busca de outros trabalhos,

transformam-se em perda para as organizações.

Segue, então, a necessidade de mudanças do modelo tradicional de

gestão de recursos humanos com a implementação de políticas e práticas que

tenham como função principal atrair e reter os melhores profissionais.

Muito se tem falado da escassez de mão-de-obra qualificada e do quanto

a carência de profissionais bem preparados impacta negativamente as perspectivas

de um país. No Brasil, a necessidade de reter talentos tem obrigado as empresas a

oferecer mais do que bons salários: um ambiente de trabalho mais arrojado, ótimos

planos de carreira, espaço para o desenvolvimento de projetos pessoais e

benefícios extras são algumas armas das quais as organizações lançam mão, na

esperança de atrair os melhores quadros e, o que é ainda mais importante, não

26

perder para a concorrência aqueles que já se mostraram especialmente

competentes.

Quanto vale um talento? E quanto custa para uma empresa perdê-lo,

principalmente após maciços investimentos na contratação e treinamento dos

profissionais? Nos dias atuais, a competitividade entre as corporações passa,

também, pela questão da atração e retenção de talentos. E uma das mais

valorizadas ferramentas para esse propósito é fornecer aos funcionários um plano

de Previdência Privada. Por isso que cada vez mais tal benefício compõe o pacote

de remunerações indiretas e é algo que pode pesar para uma pessoa na decisão ou

escolha de uma determinada empresa para trabalhar.

Segundo Mauro Guadagnoli, superintendente Comercial de uma das

empresas líderes do mercado brasileiro de Previdência Privada – a Brasilprev –, são

três os critérios avaliados pelos profissionais na hora de escolher um emprego. “O

primeiro é a remuneração, o segundo as condições de trabalho e o terceiro, o pacote

de benefícios. É neste último que se enquadra a Previdência Privada, que pode ser

considerada um diferencial estratégico das empresas na gestão de pessoas, pois

influencia diretamente no desempenho da produtividade”, afirma. O executivo

sustenta que o que diferencia uma companhia no mercado é o seu capital humano,

sobretudo em um país como o Brasil, que em diversos segmentos carece de mão de

obra especializada.

Guadagnoli diz, ainda, que um dos principais instrumentos para calibrar a

Previdência Privada como ferramenta de recursos humanos é a regra de vesting –

que determina como será a liberação dos recursos que são efetuados pela

companhia em função do tempo em que o funcionário permanece nos quadros da

empresa. “Há casos em que os recursos investidos pela empresa no plano do

funcionário são liberados paulatinamente ao longo do tempo, chegando a

disponibilizar, em uma década ou menos, a totalidade do saldo. Mas há empresas

que podem ser mais agressivas nesta regra para conquistar novos talentos,

disponibilizando 100% dos recursos em espaços menores de tempo”, revela.

27

Um levantamento realizado junto a mais de 400 organizações pela

consultoria De Bernt Entschev Human Capital mostrou que a oferta de planos de

saúde é adotada por 74% das companhias. Outros benefícios muito difundidos são o

auxílio-refeição (68%), a assistência odontológica e o seguro de vida (ambos com

51%). Há empresas que oferecem subsídios totais aos benefícios, e outras em que o

profissional arca com uma parte do pagamento. Mesmo no segundo caso, as

vantagens representadas por esses produtos funcionam como um adicional de

salário.

Há também o peso simbólico. Quando uma empresa oferece benefícios,

ela mostra que se importa com o bem-estar de seus funcionários e os valoriza como

seres humanos. Há organizações que vão mais longe, e além dos itens

mencionados, disponibilizam auxílio-educação, transporte fretado, auxílio-

combustível, vale-supermercado, convênios com clubes e academias, auxílio-

farmácia e até notebook, carro da empresa e smartphone – estes últimos, em geral,

para quem lida com clientes externos.

Outra tendência observada pelos autores do estudo mencionado foi a

crescente preocupação dos profissionais com o futuro. Em um país onde a

previdência pública se notabiliza pela ineficiência, até os jovens profissionais querem

ter uma garantia de que, mais tarde, poderão manter o padrão de vida a que estão

acostumados. Despontam, neste cenário, os planos de Previdência Privada. As

empresas que os ofertam percebem que o índice de retenção de talentos é maior,

pois, para o funcionário, não compensa perder o beneficio, que funciona como uma

espécie de caderneta de poupança a longo prazo. Para o contratante, a sensação

de segurança é inestimável, trata-se quase de uma garantia de que a prata da casa

permanecerá ali até o fim da sua vida profissional.

O potencial desse benefício pode ser verificado com uma simples conta:

um trabalhador de 45 anos de idade, que ganhe três mil reais por mês e invista 10%

do valor, chegará aos 60 anos de idade com um fundo acumulado de mais de cem

mil reais. É uma bela reserva, que dificilmente a pessoa conseguiria juntar se

apenas colocasse o dinheiro no banco.

28

Se um trabalhador com essa mesma renda começasse o plano de

Previdência Privada aos 25 anos, sua reserva acumulada aos 60 anos seria de

quase R$ 650 mil, o que garantiria uma pensão vitalícia de R$ 2.285. Quanto mais

cedo se começa a investir, melhor!

É por isso que hoje, cada vez mais, os executivos de alto escalão

negociam a contratação do plano de previdência antes de aceitarem uma oferta de

emprego. Dispostos a oferecer o melhor de seu talento para as empresas, eles

querem sentir que estão também construindo o próprio futuro.

A busca crescente pela estruturação de planos de previdência

complementar decorre de uma estratégia empresarial clara, que se manifesta em

curto e longo prazo. Em um primeiro momento, a concessão desse benefício está

inerentemente ligada ao objetivo de atrair os melhores profissionais do mercado e

retê-los durante o maior tempo possível. Essa política ganha expressão ainda maior

quando se leva em conta a melhoria da conjuntura econômica do País e a

conseqüente maior oferta de empregos, o que acelerou a competição entre

empresas pela aquisição e manutenção de profissionais qualificados. Nesse sentido,

oferecer previdência complementar vem se tornando um fator de competitividade

para as organizações.

Por outro lado, a concessão de um benefício dessa natureza demonstra

um real interesse das empresas em garantir ao seu quadro de colaboradores uma

segurança financeira, à medida que se aproximam de uma nova fase de suas vidas.

É dessa forma que o profissional beneficiado encara iniciativas do gênero por parte

de seus empregadores. Afinal, a longevidade vem se tornando paradoxalmente uma

fonte de insegurança econômica. Da mesma forma que a expectativa de vida do

brasileiro aumenta, cresce também a preocupação dele em relação a uma situação

financeira compatível com o seu sustento e dos seus dependentes no futuro. Além

disso, o forte aumento do número de aposentados pode ocasionar graves problemas

à estrutura previdenciária pública, caso não ocorra, em contrapartida, uma expansão

do sistema privado.

29

2.2 – Benefícios de longo prazo da Previdência Privada

Há pouco mais de 8 milhões de participantes no mercado brasileiro de

Previdência Privada e o número cresce a cada ano, inclusive entre as empresas. E

entre os benefícios desse instrumento, destacam-se: planejamento e segurança

financeira; vantagens tributárias; viabilização de projetos de vida de longo prazo,

cobertura adicional de risco e boa oportunidade de rentabilidade dos recursos

investidos. Aliás, planos de Previdência Privada são um investimento financeiro no

qual as pessoas pensam no presente na realização de um projeto no futuro. Tal

característica torna-se fundamental no País. Segundo o IBGE, o Brasil está pisando

no freio do crescimento demográfico, mas avançando no envelhecimento. Estudo

recente do órgão mostrou que a expansão da população na faixa de 0 a 14 anos já é

negativa e que em 2030 a faixa de adultos entre 15 e 64 anos também começará a

se reduzir. Enquanto isso, a proporção de idosos, com 65 anos ou mais, vai

disparar, num vetor crescente pelo menos até 2025. A partir de 2035, o número de

idosos já será maior do que o de crianças e chegará perto do dobro em 2050.

2.3 – Previdência Privada: benefício diferencial para a concorrência

externa

Enquanto o aquecimento da economia tem descortinado um horizonte

incrível para a grande maioria das empresas, a escassez de mão-de-obra

qualificada tem se tornado um pesadelo. Alguns setores vêm registrando índices de

rotatividade assustadores, isto porque após o período de formação do seu

profissional, ele logo é recrutado pelo mercado, jogando por terra todo o esforço e

investimento realizado. Como virar o jogo? Veja o exemplo desta empresa de Belo

Horizonte.

Com cerca de cem colaboradores, a empresa do setor imobiliário, é dona

de grandes contas em BH, São Paulo e Brasília e com isto, seus principais

profissionais estão sempre expostos e continuamente são convidados a mudar o

endereço de trabalho.

Foi preciso um intenso investimento em valorização do profissional,

sempre com um único objetivo: criar um relacionamento de longo prazo com o

30

funcionário. Já se foi o tempo em que a pessoa ia trabalhar apenas pelo salário,

hoje, o garoto sai da universidade sabendo que não há oferta de mão-de-obra

qualificada no mercado e não compartilha a mesma fidelidade com o patrão que o

pai dele.

A solução mais interessante foi encontrada no programa de benefícios,

mais especificamente na implantação do plano de previdência corporativa. A idéia

básica foi estimular o funcionário a poupar, iniciando a reserva da aposentadoria,

criando níveis de contrapartida da empresa ligados à permanência na casa. Quanto

maior o tempo de serviço maior é a contribuição da empresa e também o limite de

resgate, assim, se o funcionário decidir ir embora antes de 10 anos, não tem direito

à reserva integral, o que significaria deixar para trás um belo patrimônio.

Além de um plano muito bem desenhado, o RH contou com a assessoria

de uma empresa especializada em benefícios para criar a comunicação e fazer a

apresentação aos colaboradores. Foram três meses de trabalho intenso de ambas

as partes, iniciando pela identificação dos atrativos oferecidos pelos concorrentes

até a definição das regras e escolha do plano ideal. Resultado: 100% de adesão.

Agora o trabalho vai ser transformado em base para apresentação em eventos

interno e externos.

Aprimoramento e diferencial definem os profissionais do mercado de

trabalho atual. Manter estes profissionais ativos, entretanto, exige das empresas

potenciais que se diferencie das concorrentes. No entanto, como cultivar tais

talentos dentro da corporação, já que, após maciços investimentos na contratação e

treinamento de funcionários, muitas empresas sofrendo com o assédio dos

concorrentes, que tentam retirar esse profissional competente por meio de altos

salários? Cristiano Lacerda, sócio-diretor da Torres Associados, tem uma das

soluções: o emprego de outros benefícios a fim de reter talentos.

De acordo com Lacerda, a Previdência Privada é um importante benefício

integrando muitas políticas de recursos humanos de empresas que precisam estar

estrategicamente posicionadas no mercado. “A Previdência Privada retém os

31

talentos e facilita ao RH a contratação de pessoas qualificadas e disputadas pelos

concorrentes”, explica.

Ainda segundo explicações do sócio-diretor, assim como um bom plano

de saúde, a Previdência Privada também deve fazer parte do dia a dia da política de

benefícios. “O produto é sustentável do ponto de vista estratégico, pois além de não

gerar os encargos trabalhistas de uma folha salarial, possui bastante visibilidade

perante os colaboradores, que por sua vez enxergam o produto previdenciário como

um planejamento financeiro para um futuro mais tranquilo”, diz ao enfatizar que a

partir de então cria-se inclusive, uma imagem positiva para a organização, tanto

internamente quanto para o mercado e seus concorrentes.

Para Cristiano Lacerda, o que motiva os funcionários, quando o assunto

é a Previdência Privada como benefício, é o fato de o colaborador saber que a

empresa está contribuindo mensalmente para a constituição de sua aposentadoria.

“Gerando, dessa forma tranquilidade, percepção de zelo a sua pessoa e por

conseqüência motivação”, completa.

Previdência Privada é utilizada como instrumento para reter e atrair

talentos.

Uma das questões principais de muitos gestores é como manter um

talento dentro da empresa, já que com a atual concorrência, após anos de maciços

investimentos na contratação e treinamento de funcionários, muitas empresas

sofrem com o assédio dos concorrentes, que tentam retirar esses profissionais por

meio de altos salários. Por isso, é importante que as corporações tenham em mente

a importância de se investir em benefícios como meio de reter talentos.

Cristiano Lacerda, sócio-diretor da Torres Associados, explica que para

que o plano de Previdência Privada cumpra com seu objetivo de atrair e reter

talentos, ele precisa ser desenhado levando-se em consideração o perfil de negócio

da empresa que deseja implantá-lo, bem como seu posicionamento no mercado,

ramo de atividade, estrutura hierárquica interna, perfil etário dos colaboradores e

outras informações pertinentes ao negócio.

32

Por falar em desenho de planos, o sócio-diretor dá alguns exemplos de

como pode ser feita:

enfatiza Lacerda.

Ainda segundo Lacerda, dependendo do valor de reserva já constituído

em favor dessa pessoa ao longo de todo o período em que esteve na organização, o

funcionário poderá optar por não aceitar o convite do concorrente. “Um substancial

aumento salarial deverá ser considerado na pauta caso haja real interesse na sua

captação. O que pode inviabilizar a proposta do ponto de vista financeiro”, diz.

No caso de o colaborador optar, ainda assim, por deixar a sua empresa

antes do período acordado, a reserva constituída, a principio para ele, poderá ser

distribuída aos demais funcionários participantes do plano ou utilizada para captação

de um executivo no mercado, ofertando a ele um plano de previdência com reserva

já constituída, explica ele.

Para finalizar, Cristiano Lacerda conta que além desse exemplo, outras

considerações e ferramentas são contempladas nos desenhos de plano para melhor

atender às necessidades das empresas. “Obviamente que a previdência não

combaterá as práticas mal sucedidas de gestão de pessoas”.

“a chamada “Regra de Vesting”, é muito utilizada nos desenhos de plano e deve ser elaborado de acordo com as especificidades de “turn over” de colaboradores. Essa regra permite que a empresa contratante, retenha os recursos financeiros por ela aportados no plano de previdência, no caso de pedido de demissão do colaborador que não cumprir um período mínimo de permanência na empresa como funcionário”,

“Apurações como essas, permitirão que o desenho do plano

de Previdência Privada, considere os recursos certos que

serão valorizados pelos colaboradores no perfil e no mercado

em que estiver sendo considerado”.

33

2.4 – PGBL x VGBL Vantagens e malefícios

O que é mais vantajoso o PGBL ou o VGBL?

A semelhança entre os termos já gerou até um comercial a respeito sobre

a confusão que as siglas provocam, mas não solucionou a problemática inicial.

Primeiramente, vamos entender do que estamos falando. PGBL significa

Plano Gerador de Benefício Livre e VGBL quer dizer: Vida Gerador de Benefício

Livre. São planos previdenciários que permitem que você acumule recursos por um

prazo contratado. Durante esse período, o dinheiro depositado vai sendo investido e

rentabilizado pela seguradora escolhida por você, com a finalidade única de garantir

uma aposentadoria futura para o aplicador.

É a sonhada busca por uma aposentadoria tranqüila. Diversa da

eventualmente conquistada no INSS.

Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa por duas fases: o

período de investimento e o período de benefício. O primeiro normalmente ocorre

quando estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase de formação de

patrimônio. Já o período de benefício começa a partir da idade que você escolhe

para começar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos de trabalho.

A maneira de recebimento dos recursos é você quem escolhe. É possível

resgatar o patrimônio acumulado e/ou contratar um tipo de benefício (renda) para

passar a receber, mensalmente, da empresa seguradora.

O grande problema é que, a maioria das pessoas faz tais planos de

previdência iludidos por duas promessas bancárias: no caso do PGBL o abatimento

do valor investido na Declaração de Imposto de renda. Já o VGBL a promessa gira

em torno de uma rentabilidade maior do que um fundo de investimento normal.

Sendo assim, na verdade, não se sabe ao certo no que se aplica o

dinheiro, e o grande erro começa quando a pessoa resolve utilizá-lo como plano de

investimento e não como de aposentadoria privada.

34

Ambos os planos vinculam o contribuinte a um período mínimo de

estabilidade para somente após começar a efetuar o resgate, e em ambos, o prazo é

de 60 dias.

Como em qualquer tipo de aplicação é impossível prever quanto será a

rentabilidade de um ou de outro, mas a constatação é a seguinte: ao retirar o

dinheiro nos dois casos existem perdas.

No caso do PGBL existe a possibilidade de abatimento do valor investido

na Declaração de Ajuste anual, mas sob um limite máximo de 12% do rendimento

bruto anual do contribuinte. Assim, poderá reduzir o valor do imposto a pagar ou

aumentar sua restituição de IR.

Nesse caso, os valores devem ser informados na pasta de Doações e

Pagamentos, utilizando-se para isso os códigos 13 (contribuições a entidades de

Previdência Privada). Não é preciso informar os saldos das aplicações.

Ocorre que muitas vezes o investidor deste tipo de plano é um

trabalhador assalariado que possui desconto na fonte de imposto.

E, em qualquer caso, que não o preenchimento de uma declaração de

imposto de renda no formulário completo, todo o investimento no PGBL não será

dedutível.

Ao perceber isso, o contribuinte começa a sacar o dinheiro em parcelas

mensais, e para não pagar imposto realiza o saque até o limite de isenção. Outro

ledo engano, porque no final do ano calendário terá recebido dinheiro, e constará no

informe de rendimentos a ser encaminhado pelo banco, o que ocasionará um

imposto a pagar, se agregado a outras rendas do declarante.

A tão propalada propaganda se transformou num tremendo prejuízo,

porque alem de não deduzir ainda gerará imposto ao declarante.

35

Passamos ao VGBL. Este não tem nenhuma vantagem de dedução

durante a fase de acumulação (ou seja, a fase em que ainda está aplicando no

plano), a vantagem se dá no momento do resgate.

Porque no VGBL o imposto incide apenas sobre os rendimentos obtidos e

não sobre o valor total acumulado, como acontece no PGBL.

Além disso, somente aparece no extrato o valor aplicado, visto que a

rentabilidade será tributada exclusivamente na fonte quando do saque, e o valor

aplicado constará na declaração de bens, ao contrário do PGBL.

Para quem faz declaração simplificada ou não é tributado na fonte, como

autônomos, o VGBL é ideal.

Ele é indicado também para quem deseja diversificar seus investimentos

ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência. Isto

porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital.

Um esclarecimento também é muito importante: nada obsta que uma

pessoa possa ter um PGBL e um VGBL. Ou dois planos de cada.

A grande questão a ser analisada é a forma como o PGBL e o VGBL

devem ser utilizados.

Ambos devem ser encarados exclusivamente como um plano de

aposentadoria, ou seja, sem qualquer tipo de pretensão de retirar o valor investido

num curto espaço de tempo. É a garantia de ter uma renda para quando deixar de

trabalhar.

Se forem empregados como investimentos somente ocasionarão perdas

financeiras e transtornos aos aplicadores.

36

CAPÍTULO III

Vantagens e desvantagens na Previdência Privada,

simulação de contribuição e tempos de carência, análise e

comparação, e escolha da mais adequada.

3.1 – Bônus e Ônus da Previdência Privada

A maior vantagem é o benefício fiscal, que adia (difere, no termo técnico)

o pagamento do imposto de renda para o momento do resgate da aplicação. Ou

seja, enquanto o poupador está na fase de acumulação de capital, ele não paga

imposto, diferentemente do que acontece quando se aplica num fundo de

investimento qualquer, onde se recolhe 20% de imposto de renda sobre a

rentabilidade todo mês.

Essa é uma grande vantagem, pois com esse dinheiro economizado, o

poupador poderá reinvestir o dinheiro e assim garantir uma poupança ainda maior.

Outra vantagem é que obriga o poupador a pensar no futuro e programar sua

aposentadoria, pois normalmente esses planos penalizam quem saca o dinheiro

antes de um determinado prazo. O professor Mauro Halfeld, autor de livros sobre

finanças pessoais, lembra que o maior perigo dos investimentos com muita liquidez

(facilidade de transformar investimento em dinheiro), caso dos fundos de

investimento, é que a pessoa pode abandonar a poupança para comprar um bem,

sem se lembrar das conseqüências no futuro.

A maior desvantagem, sãos os custos dos planos. As taxas cobradas

pelos gestores dos fundos ainda são muito altas, bem maiores do que os fundos de

investimento. Esse é um ponto em que o investidor deve ficar bem atento, pois

dependendo da taxa cobrada, as vantagens fiscais se perdem.

3.1.1 – Planejamento sucessório

O plano de Previdência Privada pode ajudar no planejamento sucessório.

Normalmente, a aplicação na Previdência Privada está ligada ao complemento da

37

renda na aposentadoria e à segurança financeira no futuro. No entanto, um plano de

previdência pode significar muito mais, quando considerado como parte de um

planejamento sucessório.

A Previdência Privada traz flexibilidade e transparência no investimento,

sem contar o fato de ser uma ótima opção para quem busca o planejamento

sucessório.

O planejamento sucessório visa à proteção e perpetuação do patrimônio

ao longo da família, ou seja, cria mecanismos familiares, societários ou tributários

para a manutenção da renda e dos negócios na ausência do principal provedor.

3.1.2 – Liquidez imediata

Para dar comodidade e facilitar a vida dos herdeiros, muitos

planejamentos incluem a alocação de recursos em fundos de previdência visando à

redução do impacto fiscal e tributário, a blindagem do investimento e a facilidade de,

em vida, alocar a distribuição dos recursos dos planos para os beneficiários que

desejar.

Além disso, na ausência do principal provedor da família, da fonte de

rendimentos, é possível que haja uma deficiência de renda imediata. Assim,

investimentos de longo prazo ou imobilizados prejudicam o sustento da família. Os

planos de Previdência Privada, por outro lado, por não entrarem no inventário,

garantem liquidez imediata aos herdeiros e sem altos custos.

Ao optar por transferir o patrimônio, ou parte dele, através de um plano de

Previdência Privada, é possível economizar com tributos, despesas processuais e

honorárias advocatícios.

Além disso, processos de inventário e de partilha que podem durar anos,

através da previdência aberta, este processo é facilitado. O saldo acumulado em

PGBL e VGBL não integra o inventário e é transferido aos beneficiários em cerca de

uma semana depois do aviso e da análise da seguradora. Evitando assim a

38

incidência de impostos, custos judiciais e advocatícios, que, dependendo da

situação do investidor, podem representar uma economia bastante atrativa.

Outra facilidade é que a pessoa pode mudar de beneficiário a qualquer

momento, o que evita problemas na partilha, sem falar na flexibilidade para inclusão

dos beneficiários.

3.1.3 – Benefício adicional

Na contratação de um plano de Previdência Privada é possível, ainda,

agregar uma segurança adicional, como o pecúlio - um benefício pago não na fase

de resgate do plano de previdência, mas na fase de acumulação.

O pecúlio pode ser contratado pelo titular do plano para proteção em

casos de morte ou invalidez causada por acidente durante a fase de acumulação.

Nos dois casos, desde que tenha sido cumprido o período de carência, o

titular do plano (no caso de pecúlio por invalidez) ou seus beneficiários (no caso de

pecúlio por morte) terão direito ao recebimento de uma importância em dinheiro, que

será paga de uma única vez.

3.1.4 – Previdência Privada não integra inventário

As aplicações em Plano de Previdência Privada poderá ser uma das

alternativas para evitar os incômodos do inventário e da tributação dos recursos

financeiros excedentes. Essa prática que vem sendo adotada com mais freqüência

por pessoas que desejam garantir o futuro dos seus filhos ou sucessores, se

constitui numa das alternativas e meio mais rápido de transferir renda aos herdeiros,

não precisando da inclusão no inventário e não incidindo o imposto por ocasião da

sucessão na transferência desses recursos.

As chamadas aplicações em Previdência Privada tem sido utilizadas na

gestão e planejamento de patrimônio, já que, além das isenções do imposto de

renda, em caso de morte do aplicador, esses recursos serão sacados imediatamente

pelos beneficiários sem ter que entrar em inventário. Dependendo do desenho

39

familiar e do “ciclo de vida pessoal” do aplicador, as aplicações em Previdência

Privada vêm se constituindo num importante instrumento legal-fiscal de proteção dos

investimentos destinados a longo prazo para garantia dos herdeiros. Com base no

volume, do perfil dos investimentos e da sua realização futura, os investidores

deverão estar bem assessorados por seus consultores ou por uma instituição

financeira de seu relacionamento que ofereçam segurança, vantagens e garantias

em bases mais sólidas.

Os possíveis benefícios sucessórios que estes produtos oferecem

também são muito importantes.

Processos de inventário e partilha podem durar de semanas a anos, mas

em caso de falecimento do investidor, o saldo acumulado em PGBL e VGBL não

integra o inventário e é transferido aos beneficiários em aproximadamente uma

semana após aviso e análise da seguradora. Além disso, a indicação de

beneficiários é livre e a alteração permitida a qualquer momento.

3.1.5 – Previdência Privada e Isenção de ITCMD

Por não fazer parte de inventário, não há incidência do Imposto de

Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), custos judiciais e custos advocatícios

sobre o montante transferido. Dependendo do Estado (o ITCMD é um imposto

estadual limitado a 8% do valor transmitido) e da situação do investidor, essa

economia pode ser bastante atrativa.

O sucesso de um planejamento financeiro depende de dois importantes

fatores:

- Deve refletir a vontade de quem planeja

- Deve ter a aceitação dos herdeiros

Assim, é importante que quem planeja converse com a família, para que

ninguém tenha surpresa e para que todos entendam as razões e os motivos das

escolhas.

40

3.1.6 – Previdência Privada é impenhorável

Os planos de Previdência Privada, como o Vida Gerador de Benefício

Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), as duas principais

modalidades disponíveis no mercado, oferecem vantagens tributárias ao investidor,

algo que os demais fundos de investimento não fazem. O dinheiro aplicado em

planos de previdência também é impenhorável. Não pode sofrer bloqueio automático

por ordem judicial. E, finalmente, os planos de previdência não trazem despesas na

transmissão de heranças porque não entram no inventário. São características que

podem fazer uma diferença significativa em seu futuro.

3.1.7 – A Previdência Privada não integra patrimônio para fins de

separação

Visto que, de fato, tais valores têm natureza jurídica de pecúlio, por se

caracterizar pela reserva de dinheiro acumulada aos poucos como resultado do

trabalho e economia da pessoa, resgatável em vida a Previdência Privada não

integra patrimônio em caso de separação Daí sua incomunicabilidade no casamento.

3.1.8 – O ônus da prestação

Talvez seja o maior ônus, são as prestações, pois esse aporte ou

depósito ocorre no presente, saindo do seu salário no momento, e há ainda as taxas

cobradas pelos gestores dos fundos, que se não forem bem escolhidos elas podem

ser muito altas, logo saber escolher seu plano e a empresa é fundamental. Por esse

motivo, temos neste capitulo simulações para mostramos essas diferenças. Assim,

esse é um ponto em que o investidor deve ficar bem atento, pois dependendo das

taxas cobradas, as vantagens fiscais se perdem.

3.1.9 – O ônus da não transferência de tabela e plano

Temos Outras desvantagens: Se iniciarmos uma Previdência Privada

PGBL não podemos mudar ou migrar para uma VGBL,e vice-versa, só se dermos

inicio a um novo contrato, o que nos coloca no inicio do tempo de carência do

benefício da tributação para o IRPF. O mesmo acontece quanto à escolha da tabela

41

de taxação fiscal, que pode ser regressiva ou progressiva, uma vez escolhida não

podemos mudá-la sem mudarmos o plano. Existe a possibilidade de mudarmos

nosso Plano de Previdência de instituição, mas mesmo essa vantagem tem

limitações e desvantagens, pois só é permitido mudarmos para um plano de mesma

característica, deste modo um plano conservador, só com investimento em renda

fixa só poderá mudar para uma instituição que tenha um plano de mesmas

características. Também acontece com plano de renda variável como um com 50%

conservador e 50% agressivo (como fundo de ações), só poderemos mudar para

outra com plano de mesma característica. O modo mais fácil, se a instituição

permitir, seria a mudança na mesma EAPC para um plano que tenha as

características do plano desejado e depois mudarmos para a instituição com

melhores taxas e benefícios como carregamento pós, como exemplo.

3.2 – Simulações com entidades financeiras para verificar a melhor

instituição

A tabela com as simulações atingem até um período de 20 anos

considerando-se as seguintes características: O Depósito será mensal e no valor

constante de R$ 500.00 (reais), sendo mantido durante os 240 meses, o que na

pratica, não de simulação, esse aporte ou deposito é normalmente corrigido pelo

IPCA ou outro índice definido normalmente no contrato, assim como no resgate,

segue agora os índices por instituição:

• Caixa Econômica - Previdência Aberta – Taxas de Carregamentos Pré:

Até R$ 10000,00 – 5%;

de R$ 10001,00 a R$ 20000,00 – 4%;

de R$ 20001,00 a R$ 30000,00 – 3%;

de R$ 30001,00 a R$ 60000,00 – 2%;

de R$ 60001,00 a $100000,00 – 1% e

Acima de R$100001,00 – 0%;

Taxa de Administração 3%.

• Itaú Previdência - Privada Aberta – Taxas de Carregamentos Pré:

Até R$ 10000,00 – 5%;

42

de R$ 10001,00 a R$ 30000,00 – 3,5%;

de R$ 30001,00 a R$ 50000,00 – 2,5%;

de R$ 50001,00 a R$ 100000,00 – 1,5% e

Acima de R$ 100001,00 – 0,75%;

Taxa de Administração 3,2%.

• Realprev – Taxas de Carregamentos Pré:

Até R$ 15000,00 – 3%;

de R$ 15001,00 a R$ 30000,00 – 2,5%;

de R$ 30001,00 a R$ 50000,00 – 2,0%;

de R$ 50001,00 a R$ 100000,00 – 1,5%;

de R$100001,00 a R$ 15000,00– 0,50% e

Taxa de Administração 3,0%.

• Bradesco Prev– Taxas de Carregamentos Pré:

Até R$ 12000,00 – 5%;

de R$ 12001,00 a R$ 30000,00 – 3,5%;

de R$ 30001,00 a R$ 50000,00 – 2,5%;

maior que R$ 50001,00 – 1,5% e

Taxa de Administração 3,0%.

• Brasilprev – Taxas de Carregamentos Pré:

Até R$ 7000,00 – 3,5%;

de R$ 7001,00 a R$ 20000,00 – 2,5%;

maior que R$ 20001,00 – 1,5% ; e

Taxa de administração 3,0%.

• Brasilprev considerando Carregamento Pós: e taxa de administração

3,0%

• Sulamérica previdência aberta - Carregamento Pós: e taxa de

administração 2,5%

• Taxa de carregamento pós, temos:

43

Até 24 meses 1,00%;

de 25 a 36 meses 0,50%;

acima de 36 meses 0,00%

• Considerando que todos os planos tiveram uma taxa de investimento

de 9%.

• Considerando que a caderneta de poupança estava dentro da nova lei

e dentro da faixa de 20% do IRPF de 27,5% e SELIC próximo de 10%.

44

TEMPO ANOS

PRESTAÇÃO DEPÓSITO R CAIXA

CAIXA AC

R IT

AU

AC IT

AU

POUP

R BREAL

AC BREAL

B BRASIL

AC BB POS

AC BB PRÉ

BRAD AC BRAD

AC SUL

ANO IN

ICIO 0

1 500,00

475,0

477,3

475,0

477,3

502,5

485

487,4

482,50

502,5

484,9

475

477,3

502,7

MEIO ANO

6 500,00

475,0

2899

,7

475,0

2898

,0

3052

,9

485

2960

,8

482,50

3052

,3

2945

,5

475

2899

,7

3056

,7

ANO 1

12

500,00

475,0

5886

,5

475,0

5880

,2

6198

,6

485

6010

,4

482,50

6196

,3

5979

,5

475

5886

,5

6213

,1

ANO 2

24

500,00

480,0

1215

2,1

482,5

1212

9,2

1277

9,6

485

1238

7,3

487,50

1277

0,4

1237

4,8

475

1213

1,9

1283

7,4

ANO 3

36

500,00

480,0

1884

1,4

482,5

1881

6,3

1976

6,4

487,5

1917

0,7

487,50

1974

5,2

1917

0,6

487,5

1891

2,8

1990

0,4

ANO 4

48

500,00

485,0

2598

4,5

482,5

2589

7,0

2718

4,2

487,5

2638

0,7

492,50

2714

5,1

2643

2,0

487,5

2610

7,1

2743

0,9

ANO 5

60

500,00

490,0

3359

9,2

487,5

3341

9,8

3505

9,4

490

3404

5,5

492,50

3499

6,2

3414

6,6

487,5

3374

0,0

3545

9,9

ANO 6

72

500,00

490,0

4171

9,8

487,5

4142

2,1

4342

0,4

490

4219

3,3

492,50

4332

5,9

4233

1,6

487,5

4183

8,2

4402

0,6

ANO 7

84

500,00

490,0

5033

5,3

487,5

4989

5,5

5229

1,8

492,5

5084

0,3

492,50

5216

3,3

5101

5,4

487,5

5043

0,0

5314

7,9

ANO 8

96

500,00

490,0

5947

6,1

492,5

5892

4,3

6169

6,4

492,5

6004

2,8

492,50

6153

9,4

6022

8,7

492,5

5960

7,6

6287

9,5

ANO 9

108

500,00

495,0

6923

0,8

492,5

6848

9,9

7164

3,8

492,5

6980

6,4

492,50

7148

7,2

7000

3,5

492,5

6934

4,6

7325

5,4

ANO 10

120

500,00

495,0

7958

5,4

492,5

7861

8,6

8217

0,1

492,5

8016

5,1

492,50

8204

1,3

8037

4,2

492,5

7967

5,1

8431

8,2

ANO 11

132

500,00

495,0

9057

1,2

492,5

8934

3,6

9330

9,1

492,5

9115

5,2

492,50

9323

8,7

9137

7,2

492,5

9063

5,4

9611

3,4

ANO 12

144

500,00

500,0

1022

36,8

492,5

1006

99,9 1050

96,2

495

1028

20,4

492,50

1051

18,8

1030

50,8

492,5

1022

63,9

1086

89,4

ANO 13

156

500,00

500,0

1146

65,4

496,3

1127

71,2 1175

69,4

495

1152

22,6

492,50

1177

23,1

1154

36,1

492,5

1146

01,1

1220

98,1

ANO 14

168

500,00

500,0

1278

51,6

496,3

1255

53,1 1307

68,4

495

1283

80,8

492,50

1310

95,7

1285

76,3

492,5

1276

90,5

1363

94,4

ANO 15

180

500,00

500,0

1418

41,6

496,3

1390

87,4 1447

35,6

495

1423

41,1

492,50

1452

83,5

1425

17,6

492,5

1415

77,8

1516

37,2

ANO 15 E MEIO

186

500,00

500,0

1491

53,2

496,3

1461

50,5 1520

21,1

495

1496

37,2

492,50

1526

98,5

1498

03,7

492,5

1488

35,7

1596

32,9

ANO 16

192

500,00

500,0

1566

84,5

496,3

1534

18,5 1595

15,6

497,5

1571

65,1

492,50

1603

36,1

1573

08,7

492,5

1563

11,6

1678

89,1

ANO 16 E MEIO

198

500,00

500,0

1644

41,8

496,3

1608

97,4 1672

25,1

497,5

1649

21,7

492,50

1682

03,1

1650

39,0

492,5

1640

12,0

1764

14,2

ANO 17

204

500,00

500,0

1724

32,1

496,3

1685

93,3 1751

55,8

497,5

1729

11,1

492,50

1763

06,4

1730

01,4

492,5

1719

43,6

1852

17,0

ANO 17 E MEIO

210

500,00

500,0

1806

62,3

496,3

1765

12,4 1833

14,0

497,5

1811

40,5

492,50

1846

53,0

1812

03,0

492,5

1801

13,3

1943

06,4

ANO 18

216

500,00

500,0

1891

39,7

496,3

1846

61,4 1917

06,2

497,5

1896

17,0

492,50

1932

50,2

1896

50,8

492,5

1885

28,5

2036

91,9

ANO 18 E MEIO

222

500,00

500,0

1978

71,7

496,3

1930

46,7 2003

39,2

497,5

1983

48,0

492,50

2021

05,5

1983

52,3

492,5

1971

96,3

2133

83,2

ANO 19

228

500,00

500,0

2068

65,8

496,3

2016

75,3 2092

19,8

497,5

2073

41,2

492,50

2112

26,8

2073

15,1

492,5

2061

24,3

2233

90,1

ANO 19 E MEIO

234

500,00

500,0

2161

30,0

496,3

2105

54,3 2183

55,1

497,5

2166

04,4

492,50

2206

22,0

2165

47,1

492,5

2153

20,5

2337

22,9

ANO 20

240

500,00

500,0

2256

72,5

496,3

2196

90,9 2277

52,6

497,5

2261

45,8

492,50

2302

99,3

2260

56,2

492,5

2247

92,9

2443

92,2

ACUM

1200

00,00

45

Gráfico comparativo dos valores obtidos com as taxas correspondentes

descritas acima e com dados retirados da tabela comparativa.

Nesse gráfico excluindo-se a coluna depósito podemos visualizar melhor

as diferenças.

TEMPO ANOS DEPÓSITO CAIXA AC AC ITAU POUP

AC BREAL

AC BB POS

AC BB PRÉ

AC BRAD

SULAME POS

ANO 20 120000,00 225672,5 219690,9 227752,6 226145,8 230299,3 226056,2 224792,9 244392,2

TEMPO ANOS DEPÓSITO

CAIXA AC AC ITAU POUP

AC BREAL

AC BB POS

AC BB PRÉ AC BRAD

SULAME POS

ANO 20 120000,00 225672,5 219690,9 227752,6 226145,8 230299,3 226056,2 224792,9 244392,2

46

3.3 – Análise e comparação dos resultados, e identificação das mais

adequadas.

Pode-se perceber que as aplicações ou planos com taxas de

carregamentos pós a longo prazo são significativamente melhores, e a previdência

da Sulamérica e do banco do Brasil foram as que mostraram maiores valores

acumulados e a diferença da previdência da Sulamérica se faz maior pois é a que

tem menor taxa de administração, taxa essa que é anual com incidência diária.

Esses dados acima mostram como as taxas de carregamento e

administração, afetam o capital final acumulado, mas ainda temos que observar os

dados referentes ao resgate após concluirmos o período investido (período de

deferimento) e iniciarmos a retirada, onde as taxas da tabela TA 2000 e a

reaplicação dos excedentes são fundamentais. Como referência, temos as

previdências do Brasilprev e Caixa Previdência com reversão de excedentes

financeiros sendo de 20% e a previdência da Sulamérica onde a reversão de

excedentes é 75%. Mostrando que nessa simulação a Sulamérica se apresenta

como melhor opção

Sobre a tributação, ao aderir ao plano de previdência, você opta pelo

Regime de Tributação mais adequado aos seus objetivos. Esta tributação será

aplicada no momento do resgate ou recebimento da renda. No PGBL, o imposto

incide sobre o valor total e no VGBL, o imposto incide somente sobre o ganho de

capital. Para isso, você deve considerar por quanto tempo o seu dinheiro ficará

investido e qual a previsão de renda na aposentadoria, considerando também o

benefício da previdência social e outras rendas.

Quanto a tabela de alíquotas regressivas, esta tributação é exclusiva na

fonte com alíquotas regressivas, conforme o prazo em que o recurso estiver

investido. Isto é, quanto mais tempo ele permanecer investido, menor será a alíquota

de Imposto de Renda na Fonte até o mínimo de 10%, privilegiando assim os

investimentos a médio e longo prazo, tornado-os extremamente atrativos e

vantajosos ao cliente.

47

Tabela de Alíquotas Regressivas

Prazo de Alíquota Acumulação/Resgate % Inferior ou igual a 2 anos 35 Acima de 2 anos até 4 anos 30 Acima de 4 anos até 6 anos 25 Acima de 6 anos até 8 anos 20 Acima de 8 anos até 10 anos 15

Superior a 10 anos 10

Atenção: No resgate, para efeito de contagem do prazo e da alíquota

correspondente, será considerada a data de cada contribuição ou aporte (mensal ou

anual) efetuado pelo participante, consequentemente poderá haver a aplicação de

várias alíquotas no resgate. Adotaremos o princípio contábil "primeiro que entra -

primeiro que sai", ou seja, resgataremos os aportes/contribuições mais antigos para

que o cliente seja tributado com a menor alíquota possível.

A tributação sobre a renda mensal é diferente do resgate, pois nesse

momento utilizaremos a mesma Tabela de Alíquotas Regressivas, porém pelo

critério de média ponderada. Isso significa que, além do período em que cada

contribuição ou aporte ficou investido, será considerado também o valor investido.

Apurado o prazo médio ponderado, o valor da renda mensal será

tributada de acordo com a alíquota correspondente. O prazo de acumulação

continuará a ser contado, resultando na redução progressiva da alíquota durante o

pagamento da renda mensal até atingir 10%.

Você poderá optar por este regime até o último dia do mês subsequente à

contratação do seu plano. Caso não haja manifestação até o prazo citado, será

considerado o Regime que utiliza a Tabela Progressiva do Imposto de Renda.

Quanto a tabela progressiva de Imposto de Renda, neste regime é

utilizada a Tabela Progressiva de Imposto de Renda. Exclusivamente sobre os

resgates é aplicado uma alíquota única de 15% sobre o valor, como antecipação do

imposto devido na declaração anual de Imposto de Renda. No PGBL, esta alíquota

incide sobre o valor total, enquanto no VGBL, somente sobre o ganho de capital.

48

No momento da declaração de ajuste anual do Imposto de Renda, quem

é isento recupera o tributo. Para quem não é, haverá a tributação da diferença entre

as alíquotas (a de 15% que incidiu sobre o resgate e a devida na declaração anual

do Imposto de Renda máxima de 27,5%).

Vide a Tabela Progressiva de Imposto de Renda abaixo:

Tabela Progressiva-Mensal Base de Cálculo de Alíquota Parcela a produzir Renda Mensal em R$ % do imposto em R$ Até R$ 1.313,69 De R$ 1.313,70 até R$ 2.625,12 15 197,05 Acima de R$ 2.625,12 27,5 525,19 Tabela vigente sujeita a alteração

Tabela Progressiva-Anual Base de Cálculo de Alíquota Parcela a produzir Renda Mensal em R$ % do imposto em R$ Até R$ 15.764,28 De R$ 15.764,29 até R$ 31.501,44 15 2.364,60 Acima de R$ 31.501,44 27,5 6.302,28

Os pagamentos de renda mensal, (vitalícia ou temporária), continuam

sendo tributados na fonte, de acordo com a tabela progressiva do Imposto de Renda

vigente naquele momento.

Estas são as opções de resgate aprovadas pela SUSEP após

setembro/2002 onde o participante contratará um dos seguintes tipos de renda mensal:

* Renda Mensal Vitalícia: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao

Participante a partir da data de concessão do benefício.

* Renda Mensal Temporária: consiste na renda paga temporária e

exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o seu falecimento ou o fim

da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro.

* Renda Mensal Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido: consiste em

uma renda paga vitaliciamente ao Participante a partir da data da concessão do

benefício, sendo garantida aos beneficiários da seguinte forma:

49

No momento da inscrição, o Participante escolherá um prazo mínimo de

garantia que será indicado na Proposta de Inscrição.

O prazo mínimo da garantia é contado a partir da data do início do

recebimento do benefício pelo Participante.

Se durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do

participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido, o

benefício será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na

Proposta de Inscrição, pelo período restante do prazo mínimo de garantia.

No caso de falecimento do participante, após o prazo mínimo garantido

escolhido, o Benefício ficará automaticamente cancelado sem que seja devida

qualquer devolução, indenização ou compensação de qualquer espécie ou natureza

aos beneficiários.

No caso de um dos Beneficiários falecer, antes de ter sido completado o

prazo mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre os beneficiários

remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido.

Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos

sucessores legítimos do Participante, pelo prazo restante da garantia.

* Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Beneficiário Indicado: consiste

em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do

benefício escolhida.

- Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta

renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será

revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado.

- Na hipótese de falecimento do beneficiário, antes do participante e

durante o período de percepção da renda, a reversibilidade do benefício estará

extinta sem direito a compensações ou devoluções dos valores pagos.

50

No caso do beneficiário falecer, após já ter iniciado o recebimento da

renda, o benefício estará extinto.

* Renda Mensal Vitalícia Reversível ao Cônjuge com Continuidade

aos Menores: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da

data de concessão do benefício escolhida.

Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta

renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será

revertido vitaliciamente ao cônjuge e na falta deste, reversível temporariamente

ao(s) menor(es) até que completem uma idade para maioridade estabelecida no

Regulamento e conforme o percentual de reversão estabelecido.

Para a escolha mais adequada do plano coerente com sua necessidade

devemos ter cuidados especiais com:

a) A escolha adequada dos benefícios fiscais, durante o período de

pagamento das contribuições (período de diferimento): a Rentabilidade do FIE, as

taxas de carregamento, e a taxa de administração.

No caso em que escolhemos nessa nossa pesquisa, consideramos que a

Rentabilidade seria igual para todos os planos, pois tínhamos como objetivo

evidenciar a variação das taxas de carregamento, que podem ser pré ou pós, e a

taxa de administração que são responsáveis diretas pelo rendimento ou capital final

do FIE.

b) Durante a fase de pagamento dos benefícios, a tábua biométrica, a

taxa de juros e se o plano oferece ou não reversão de excedentes financeiros e qual

o percentual de reversão adotado.

51

Comparativo de Previdência ( PGBL e VGBL )

Taxas Sul América Bradesco Unibanco Itaú B do Brasil CEF Real

Carregamento (*) 0% 5% 5% 5% 4%a3% 4,0% 3,0%

Administração (**)

2,5% a1,5% 3% 3,5% 3,2 3% 3% 3%

Exced Financeiro

(***) 75% 0% 0% 0% 20% 20% 0%

Central de atendimento 08009700250 4002-

0022 4004-3053 4004-4828 08007297170 08007024000 3460-4700

Notas Explicativas

(*) Percentual cobrado mensalmente sobre contribuição.

(**) Percentual cobrado anualmente para gestão do fundo.

(***) Rentabilidade anual do fundo, após a concessão do benefício.

A importância da escolha de como será ao fim de seu plano, no modo

que receberá o beneficio, os relacionados abaixo, basicamente os de renda mensal

vitalícia com prazo mínimo garantido; renda mensal vitalícia reversível ao

beneficiário indicado; renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade

aos menores, e resgate programado (onde você define um período e valor a

receber), são os únicos onde a família ou beneficiários terão direito a continuar a

receber o investimento feito. Em todos os outros tipos de resgate como: renda

temporária, vitalícia de aposentadoria e vitalícia com prazo mínimo garantido,

ocorrendo o seu falecimento o capital restante fica para a instituição financeira.

52

CONCLUSÃO

Com o término deste estudo foi possível ver que vários elementos

comprovaram que a Previdência Privada se faz necessária como complementação

de renda e motivação, assim como esta, é um fator de importância impar para

retenção de recursos humanos em uma empresa e a tranqüilidade de poder manter

seu estado social e suas necessidades têm um motivo estimulador e tranqüilizador

na vida dos trabalhadores.

Observamos também que a nossa previdência Oficial, ou Social,

realmente está em crise e a tendência é ter modificações que gerarão mais

sacrifícios e necessidades de uma Previdência Complementar que em nosso caso

concluímos que a mais comum é uma Previdência Privada Aberta.

Os dados coletados sobre as instituições que em nosso caso foram: Itaú

Previdência Privada; Caixa Vida e Previdência; Bradesco Vida e Previdência ou

Bradesco Seguro e Previdência, Real Previdência e Seguros e, BrasilPrev e por fim

Previdência Privada SulAmerica, nos permitiu nesse trabalho montar uma tabela

com simulação de 20 anos, gerando alguns gráficos que nos permite ver claramente

quais dessas entidades são as melhores opções de aplicação, e com os dados

coletados mesmo os não utilizados na simulação da capitalização nos forneceu

subsídios para identificar quais são as melhores instituições para resgate. Em outra

tabela obtida com informações sobre as características de taxas de aplicação e

resgate, mostrou que a SulAmerica, é a melhor, considerando-se a fase de resgate e

aplicação, por ter taxa de carregamento pós e menor taxa de administração do

capital e a melhor reaplicação do excedente financeiro que é de 75% do mesmo. As

outras únicas instituições que fazem isso são o BrasilPrev, 20% que é considerada a

segunda melhor opção, pois entre as instituições do estudo é a que também têm à

disposição a escolha da taxa de carregamento pré ou pós, e taxa de administração

de 3% e por fim a Caixa Previdência com o mesmo percentual de reaplicação do

excedente, de 20%. Sendo essas instituições as únicas com reaplicação entre as

incluídas no estudo, embora, não tenhamos confirmado com documentos, só essas

53

três têm esse beneficio segundo informação coletada em entrevista com um corretor

cadastrado na SUSEP Sr. Dario de Oliveira.

Foi comprovado também, como é seguro e resguardado o fundo

capitalizado nas instituições de Previdência Privada Aberta e podemos listar alguns

de seus benefícios como bônus reais:

O benefício fiscal, é considerado o maior beneficio por muitos, que adia o

pagamento do imposto de renda para o momento do resgate da aplicação. Diferente

de todos os outros investimentos onde se recolhe 20% de imposto de renda sobre a

rentabilidade todo mês.

O planejamento sucessório que visa a proteção e perpetuação do

patrimônio na família, ou seja, cria mecanismos familiares, societários ou tributários

para a manutenção da renda e dos negócios na ausência do principal provedor.

A Previdência Privada não integra inventário, as aplicações em Plano de

Previdência Privada poderá ser uma das alternativas para evitar os incômodos do

inventário e da tributação dos recursos financeiros excedentes e tem Isenção de

ITCMD, por não fazer parte de inventário, não há incidência do Imposto de

Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), custos judiciais e custos advocatícios

sobre o montante transferido.

Previdência Privada é impenhorável, os planos de Previdência Privada,

como o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício

Livre (PGBL), as duas principais modalidades disponíveis no mercado, o dinheiro

aplicado nesses planos de Previdência também é impenhorável. Não pode sofrer

bloqueio automático por ordem judicial. E, finalmente, os planos de previdência não

trazem despesas na transmissão de heranças porque não entram no inventário.

A Previdência Privada não integra patrimônio para fins de separação, por

ter natureza jurídica de pecúlio, por se caracterizar pela reserva de dinheiro

acumulada aos poucos como resultado do trabalho e economia da pessoa,

resgatável em vida a Previdência Privada não integra patrimônio em caso de

separação.

54

Baseado nos dados deste estudo, concluímos que, a análise e simulação

de prazos e valores de contribuição para instituições diferentes com demonstração

dos resultados futuros, foi o melhor processo para visualização e permitiu a escolha

do melhor plano de previdência privada.

55

BIBLIOGRAFIA

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Acesso em 21/08/2010

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Acesso em 12/08/2010

http://www.ibge.gov.br/home

Acesso em 12/07/2010

58

ANEXO

Glossário

Planos de Aposentadoria PGBL – Plano Gerador de Benefícios Livre e/ou

VGBL- Vida Gerador de Beneficio Livre.

Beneficiários: as pessoas indicadas na proposta de inscrição ou em

documento específico, para receber o pagamento relativo ao benefício contratado,

no caso dos planos cujo evento gerador do benefício seja a morte do participante, ou

o próprio participante no caso dos planos cujo evento gerador seja a sobrevivência

ou a invalidez. Caso esteja previsto em Regulamento e, a estrutura técnica do plano

o permita, a Provisão Matemática de Benefícios a Conceder será disponibilizada aos

beneficiários em caso de óbito do participante durante o período de diferimento.

Benefício: o pagamento que os beneficiários recebem em função da

ocorrência do evento gerador durante o período de cobertura.

Benefício Definido: a modalidade de plano segundo a qual o valor do

benefício contratado é previamente estabelecido na proposta de inscrição.

Carregamento: o percentual incidente sobre as contribuições pagas pelo

participante, para fazer face às despesas administrativas, de corretagem e

colocação do Plano.

O percentual máximo de carregamento permitido pela legislação vigente

é de 10% para os planos estruturados na modalidade de contribuição variável

e de 30% para aqueles na modalidade de benefício definido.

Certificado de Participante: o documento emitido pela EAPC que

caracteriza a aceitação do interessado no Plano subscrito.

Período de deferimento. É o período existente entre a data de adesão e a data de concessão do benefício Diferimento e ou suspensão é quando um produto tem um tratamento fiscal diferenciado, isenção ou adiamento.

FIE: fundo de investimento especialmente constituído ou o fundo de

investimento em quotas de fundos de investimento especialmente constituídos, cujos

únicos quotistas sejam, direta ou indiretamente, sociedades seguradoras e

entidades abertas de previdência complementar, cuja carteira seja composta em

conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional na

59

regulamentação que disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões

e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das

entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos

correspondentes como garantidores dos respectivos recursos; * Deverão ser

observados os parâmetros a serem adotados no plano, em especial:

EAPC: É a Entidade Aberta de Previdência Complementar ou Sociedade

Seguradora autorizada a instituir planos de Previdência Complementar Aberta.

Excedente financeiro: o percentual que seu fundo render na época do inicio

do resgate que exceder o índice de correção acordado que normalmente é o IPCA,

exemplo, se o IPCA foi de 4 % e seu fundo rendeu 10% o excedente financeiro é

6%. Logo a taxa de reaplicação do excedente é chamada de reversão de excedente

financeiro e pode variar de 0% a 100% dependendo da instituição.

Indexador: o índice contratado para atualização monetária dos valores

relativos ao Plano, na forma estabelecida por este Regulamento.

Início de Vigência do Plano: a data de aceitação da proposta de inscrição

pela EAPC.

Instituidora: pessoa jurídica que propõe a contratação de plano coletivo,

ficando investida de poderes de representação, exclusivamente para contratá-lo com

a EAPC, e que participa, total ou parcialmente, do custeio.

Invalidez Total e Permanente: aquela para a qual não se pode esperar

recuperação ou reabilitação com os recursos terapêuticos disponíveis no momento

de sua constatação.

Limite de Comercialização: Valor máximo estabelecido pela EAPC, inferior

ao seu Limite de Retenção.

Nota Técnica Atuarial: o documento que contém a descrição e o

equacionamento técnico do Plano a que se refere o respectivo Regulamento.

Participante: a pessoa física que contrata o Plano.

Período de Carência: o lapso de tempo, contado a partir do início de vigência

do plano, durante o qual, na ocorrência do evento gerador, os beneficiários não

terão direito ao recebimento do benefício.

O período de carência para os Benefícios de Risco (Pecúlio, Pensão e

Invalidez), desde que previsto em Regulamento, deverá ser de no máximo 24

meses, a contar da data de início de vigência do plano, durante o qual não é devido

o pagamento do benefício.

60

Em caso de morte ou invalidez acidental não há carência para pagamento

do benefício.

Período de Cobertura: o prazo durante o qual na ocorrência do evento

gerador os beneficiários ou assistidos farão jus ao benefício contratado.

Plano: o conjunto de direitos e obrigações, conforme descrito no

Regulamento e na respectiva Nota Técnica Atuarial.

Plano Conjugado: aquele que, no momento da contratação, e na forma da

regulamentação específica e demais normas complementares a serem editadas pela

SUSEP, preveja cobertura por sobrevivência e cobertura (ou coberturas) de risco,

com o instituto da comunicabilidade.

Portabilidade: instituto que, durante o período de diferimento, e na forma

regulamentada, permite a movimentação de recursos da Provisão Matemática de

Benefícios a Conceder;

Proponente: o interessado em contratar a cobertura, no caso de contratação

individual ou aderir ao contrato, no caso de contratação sob a forma coletiva;

Proposta de Inscrição: o documento mediante o qual o interessado

expressa a intenção de aderir ao Plano, concordando com as condições

estabelecidas no Regulamento e no Contrato, no caso dos planos coletivos.

Deverá ser preenchida e assinada pelo participante, sendo disponibilizada

uma cópia ao mesmo observando-se que nela deverá constar:

* os valores dos benefícios contratados e suas respectivas contribuições

(planos na modalidade Benefício Definido);

* período de carência, quando houver;

* índice e periodicidade de atualização das contribuições e/ou benefícios;

* percentual de carregamento;

* percentual de administração

* número do processo SUSEP de aprovação do plano.

Provisão Matemática de Benefícios a Conceder: Corresponde aos

compromissos da Entidade para com os seus participantes dos respectivos planos,

relativamente aos benefícios a conceder por rendas e pecúlios sob o regime

financeiro de capitalização.

Provisão Matemática de Benefícios Concedidos: a provisão constituída

pela EAPC, a partir da ocorrência do evento gerador, destinada a garantir o

pagamento ao beneficiário da renda contratada.

61

Regime Financeiro de Capitalização: a estrutura técnica em que as

contribuições são determinadas de modo a gerar receitas capazes de, capitalizadas

durante o período de cobertura, produzir montantes equivalentes aos valores atuais

dos benefícios a serem pagos aos beneficiários no respectivo período.

Regime Financeiro de Repartição de Capitais de Cobertura: a estrutura

técnica em que as contribuições pagas por todos os Participantes do Plano, em um

determinado período, deverão ser suficientes para constituir as Provisões

Matemáticas de Benefícios Concedidos, decorrentes dos eventos ocorridos neste

período.

Regime Financeiro de Repartição Simples: a estrutura técnica em que as

contribuições pagas por todos os participantes do Plano, em um determinado

período, deverão ser suficientes para pagar os benefícios decorrentes dos eventos

ocorridos nesse período.

Remuneração pela gestão financeira: o resultado da aplicação do

percentual de gestão financeira sobre o valor da parcela do patrimônio líquido do FIE

correspondente à Provisão Matemática de Benefícios.

Renda: o benefício representado por uma série de pagamentos mensais ao

beneficiário.

Resgate: a restituição ao participante do montante acumulado na Provisão

Matemática de Benefícios a Conceder relativa ao seu benefício.

O Resgate é obrigatório nos planos de benefício por sobrevivência

(aposentadoria), sendo concedido ao participante que desistir do plano, no valor

correspondente ao montante acumulado em sua provisão matemática de benefícios

a conceder. Nos demais planos, deverá ser observado o contrato (Regulamento).

Saldamento: a interrupção definitiva do pagamento das contribuições ao

plano, mantendo-se o direito à percepção proporcional do benefício originalmente

contratado.

Transferência: a movimentação, na forma regulamentada, de plano ou

conjunto de planos de previdência complementar aberta em comercialização ou com

comercialização interrompida, incluindo os titulares e assistidos, quando for o caso,

assim como as reservas, provisões e fundos, os ativos garantidores

correspondentes, representados em moeda corrente nacional ou nas modalidades

previstas na regulamentação.

62

Valores Garantidos: são os valores correspondentes à resgate, saldamento

e benefício prolongado.

Vesting: conjunto de cláusulas, constante do Contrato entre a EAPC e a

instituidora, que o participante, tendo expresso e prévio conhecimento, é obrigado a

cumprir para que lhe possam ser oferecidos e postos a sua disposição os recursos

da Provisão (ou Provisões) decorrente das contribuições pagas pela instituidora.

63

ÍNDICE

RESUMO............................................................................................................. 5

METODOLOGIA.................................................................................................. 6

SUMÁRIO............................................................................................................ 7

INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9

CAPÍTULO I

HISTÓRICO DA PREVIDENCIA SOCIAL........................................................... 11

1.1 – A Previdência Social no Brasil (INSS)..................................................... 11

1.2 – A previdência Social em outros países................................................... 16

1.3 – A Crise da Previdência Social como incentivo a Previdência Privada 20

CAPÍTULO II

A PREVIDÊNCIA PRIVADA E RETENÇÃO DE TALENTOS.............................. 23

2.1 – A influência da Previdência Privada na retenção de talentos e na

produtividade da empresa................................................................................. 23

2.2 – Benefícios de longo prazo da Previdência Privada................................ 29

2.3 – Previdência Privada: benefício diferencial para a concorrência

externa................................................................................................................. 29

2.4 – PGBL x VGBL Vantagens e malefícios..................................................... 33

CAPÍTULO III

Vantagens e desvantagens na Previdência Privada, simulação de contribuição

e tempos de carência, análise e comparação, e escolha da

mais adequada..................................................................................................... 36

3.1 – Bônus e Ônus da Previdência Privada..................................................... 36

3.1.1 – Planejamento sucessório....................................................................... 36

3.1.2 – Liquidez imediata.................................................................................... 37

3.1.3 – Benefício adicional................................................................................. 38

3.1.4 – Previdência Privada não integra inventário......................................... 38

3.1.5 – Previdência Privada e Isenção de ITCMD............................................. 39

3.1.6 – Previdência Privada é impenhorável..................................................... 40

3.1.7 – A Previdência Privada não integra patrimônio para

fins de separação..................................................................................... 40

3.1.8 – O ônus da prestação............................................................................... 40

64

3.1.9 – O ônus da não transferência de tabela e plano.................................... 40

3.2 – Simulação com entidades financeiras para verificar a

melhor instituição................................................................................................ 41

3.3 – Análise e comparação dos resultados, e identificação das

mais adequadas.................................................................................................. 46 CONCLUSÃO...................................................................................................... 52

BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 55

ANEXOS.............................................................................................................. 58