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    Cleide Aparecida Faria Rodrigues

    Leide Mara Schmid

    INTRODUO EDUCAO A DISTNCIA

    PONTA GROSSA / PR2010

    EDUCAO A DISTNCIA

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    APRESENTAO INSTITUCIONAL

    Prezado estudante

    Um dos grandes desafios que o Brasil enfrenta atualmente a formao iniciale continuada dos professores. Sabe-se que a qualidade do trabalho docente um dosfatores determinantes, embora no seja o nico, do sucesso ou do fracasso escolar.

    Sensvel a essa realidade, o MEC, visando a efetiva melhoria do ensino nacional,criou o Programa Sistema Universidade Aberta do Brasil UAB, que incentiva a parceriaentre as Instituies de Ensino Superior, o Governo Federal, os Estados e os Municpios,partindo do pressuposto de que a unio de foras pode favorecer a elevao da qualidadedo ensino e dos docentes que viro a atuar na educao do pas.

    A modalidade de cursos de graduao proposta, que se serve da educaoa distncia mesclada com momentos presenciais, utiliza modernas tecnologias dainformao e da comunicao. Assim, responde s necessidades urgentes que nosso pasenfrenta de formao e de democratizao do acesso, de modo a promover a formaoem nvel superior de grande contingente de brasileiros, atingindo especialmente aquelesque, por diversas razes, no tm possibilidade de realizar seus estudos nos grandescentros universitrios.

    A Universidade Estadual de Ponta Grossa, credenciada pelo MEC para ministrarcursos de graduao e ps-graduao a distncia, se faz parceira do Ministrio daEducao nesse programa, ciente de estar cumprindo, dessa forma, o seu compromissosocial enquanto universidade pblica e contribuindo, de modo efetivo, para a oferta e aexpanso de um ensino superior de qualidade.

    COORDENAO UEPG/UAB

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    SUMRIOPALAVRAS DAS PROFESSO RAS 7

    OBJETIVOS & EMENT A 9

    ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO ADISTNCIA 11

    SEO 1- CONCEPES DE EDUCAO A DISTNCIA (EAD) 12SEO 2- BREVE HISTRICO DA EDUCAO DISTNCIA 17SEO 3- A EDUCAO A DISTNCIA NO BRASIL 22SEO 4- AS GERAES DE EAD E AS DIFERENTES TECNOLOGIAS 26SEO 5- O ALUNO DE EAD 29

    METODOLOGIA E MDIAS EM EDUCAO A DISTNCIA 35SEO 1- CONHECENDO A METODOLOGIA DO CURSO 36SEO 2- MDIAS E EDUCAO 38SEO 3- EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DO CURSO 43

    OTUTOR E SUA IMPORTNCIA NA EAD 49SEO 1- CONCEPO DE TUTOR E TUTORIA 50SEO 2- PERFIL DO TUTOR 52SEO 3- TUTORIA NA UEPG/ UAB 53

    AVALIAO EM EDUCAO A DISTNCIA 57SEO 1- AVALIAO DA APRENDIZAGEM 58SEO 2- CARACTERSTICAS DO SISTEMA DA AVALIAO 59SEO 3- AVALIAO DO RENDIMENTO ESCOLAR 62

    PERSPECTIVAS ATUAIS DA EDUCAO A DISTNCIA 69SEO 1- O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS 70SEO 2- DESAFIOS PRESENTES E FUTUROS 73

    PALAVRAS FINAI S 77

    REFERNCIAS 79

    NOTAS SOBRE O AUTO R 85

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    PALAVRAS DOS PROFESSORAS

    Ol, estudante,

    Agora voc um acadmico da Universidade Estadual de Ponta

    Grossa (UEPG), uma renomada instituio pblica de ensino superior

    do Estado do Paran. A nossa instituio tem grande satisfao em t-lo

    como aluno em um dos nossos cursos na modalidade a distncia (EaD).

    Ao iniciar este curso, voc precisa ter clareza a respeito do que essa modalidade educacional, suas possibilidades e limites, bem como

    compreender o funcionamento do sistema virtual do qual est fazendo

    parte. Esse o principal objetivo desta disciplina.

    A educao a distncia ainda enfrenta certas resistncias e

    preconceitos, principalmente por parte daqueles que a desconhecem e

    que, igualmente, ignoram as possibilidades das novas tecnologias da

    informao e da comunicao (TICs). Por isso, estar bem informado

    fundamental.A disciplina de Introduo Educao a Distncia pretende

    responder as dvidas que voc tenha sobre essa modalidade de ensino-

    aprendizagem. Domin-la muito importante para que voc possa

    caminhar com segurana nas demais disciplinas e atividades que

    compem o curso.

    Por essa razo, seja um estudante dedicado e curioso leia, pesquise,

    faa perguntas, concorde ou discorde, mas no perca as oportunidades de

    aprender e de se familiarizar com os recursos que a EaD lhe oferece eles

    sero muito importantes para o seu sucesso nos estudos.

    Bem-vindo ao mundo da educao digital!

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    OBJETIVOS & EMENTA

    OBJETIVOSGERAISRefletir sobre as possibilidades e limites da educao a distncia (EaD).

    Compreender as concepes de educao a distncia de acordo com sua

    evoluo histrica.

    Reconhecer a importncia da atitude positiva e pr-ativa do aluno da

    educao a distncia.

    Compreender a importncia do tutor no desenvolvimento dos programas e

    cursos de EaD.

    Analisar as perspectivas atuais da educao a distncia.

    EMENTAConcepes de educao a distncia. Evoluo histrica. O aluno de EaD.

    Tutoria em EaD. Metodologia da EaD. Mdias interativas e ambientes virtuais de

    aprendizagem. Avaliao em EaD. Perspectivas atuais de educao a distncia.

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    Origem eDesenvolvimento daEducao a Distncia

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEMComparar as diferentes concepes de educao a distncia.

    Identificar as principais caractersticas da EaD.

    Compreender as possibilidades e os limites da aprendizagem do indivduo

    adulto.

    Analisar a evoluo histrica da EaD e sua relao com os avanos das

    tecnologias da informao e da comunicao.

    Identificar os principais marcos histricos da EaD no Brasil.

    ROTEIRO DE ESTUDOSSEO 1 - Concepes de educao a distncia (EaD)

    SEO 2 - Breve histrico da educao a distncia

    SEO 3 - A educao a distncia no Brasil

    SEO 4 - As geraes de EaD e as diferentes tecnologias

    SEO 5 - O aluno de Educao a Distncia

    UNID

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    SEO 1CONCEPES DE EDUCAO A DISTNCIA

    Para chegar a lugares onde ainda no estivemos, preciso ousar passar por caminhosque ainda no trilhamos.

    Ghandi

    A partir das ltimas dcadas, e perpassando cada vez mais agilmente

    todas as atividades humanas, identifica-se a construo de uma sociedade

    baseada na informao, com crescente apropriao social, econmica, cientfica

    e tecnolgica das conquistas da informtica e das telecomunicaes.

    As concepes que se encontram presentes na denominada sociedade

    do conhecimento, apresentam como instrumento fundamental as redeseletrnicas de transmisso e recepo de dados e informaes.

    Entretanto, a democratizao da cultura digital ainda est longe de ser

    atingida, embora se apresente como uma soluo vivel para que as grandes

    massas populacionais, hoje excludas do processo educativo formal, sejam

    atingidas em curto espao de tempo e com aproveitamento mais racional de

    recursos.

    No Brasil, pas de dimenses continentais, a educao do povo se

    constitui num desafio ao Estado, que tem o dever precpuo de ofertar ensino

    fundamental e mdio a todos os brasileiros, bem como de promover a expanso

    do ensino superior pblico, cuja demanda vem crescendo exponencialmente

    nos ltimos anos.

    Uma parte significativa da populao brasileira ainda enfrenta a

    excluso social, ficando impossibilitada de usufruir dos bens e recursos

    oferecidos pela sociedade. A dificuldade de acesso educao uma das

    causas dessa excluso, que restringe o desenvolvimento humano e provoca

    alteraes na dinmica e na estrutura social.

    O atual momento histrico est a exigir profissionais com conhecimentos

    e habilidades cada vez mais complexos e diversificados, que s podem ser

    desenvolvidos na escola: flexibilidade intelectual, domnio de diferentes

    cdigos e linguagens, criatividade, adaptao a situaes novas e outros.

    Assim sendo, cada vez maior o nmero de pessoas que buscam mais

    e melhor escolaridade e encontram na educao a distncia uma forma de

    ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento

    profissional ao longo da vida.

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    - Mas, afinal, o que educao a distncia?

    Como podemos caracteriz-la?

    Como podemos situ-la no contexto do ensino presencial?

    Primeiramente, importante esclarecer que a educao a distncia

    (EaD) no um novo mtodo de ensino, mas sim uma modalidade de

    educao que requer uma metodologia adequada sua natureza e

    finalidades. Essa modalidade no pretende eliminar o ensino presencial

    ou substutuir o professor pelos recursos tecnolgicos. Ao contrrio, ela

    pode vir a complementar esse ensino, ou ainda, oportunizar formao

    queles que, por motivo de trabalho, localizao geogrfica ou outros

    fatores, no tm acesso aos cursos presenciais.

    No existe uniformidade de concepo a respeito de educao a

    distncia, pois o conceito evoluiu ao longo do tempo, influenciado por

    vrios fatores, dentre eles destacando-se o avano das tecnologias da

    informao e da comunicao (TICs). Alm disso, a concepo de educao

    a distncia pode variar conforme o autor, sua base terico-conceitual e

    sua concepo do que significam educao, ensino e aprendizagem.

    Estudante,

    Analise, a seguir, alguns conceitos de EaD elaborados por diferentes

    autores, em diferentes momentos histricos, e tire suas concluses.

    CONCEITOSa) Peters (1973) considera educao/ensino a distncia como um

    mtodo racional de partilhar conhecimentos, habilidades e atitudes,

    em que se aplicam a diviso do trabalho, os princpios organizacionaisindustriais e o uso extensivo de meios de comunicao, o que torna

    possvel instruir um grande nmero de estudantes ao mesmo tempo.

    b) Para Moore (1973), o ensino a distncia compreende a famlia de

    mtodos instrucionais em que as aes dos professores so executadas

    separadamente das aes dos estudantes, sendo que momentos presenciais

    podem ser includos nesse rol. A comunicao facilitada por meios

    impressos. mecnicos, eletrnicos e outros.

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    c) Segundo Holemberg (1977), o termo educao a distncia abriga

    vrias formas de estudo, realizadas em vrios nveis, sob a contnua e

    imediata superviso de tutores, presentes, juntamente com seus alunos,

    nas salas de leitura ou em outros locais.e) Garcia Aretio (1987) considera a EaD um sistema tecnolgico

    de comunicao dialgica e bidirecional entre professores e estudantes,

    que substitui a interao pessoal em sala de aula como meio preferencial

    de ensino pela presena de diversos recursos tecnolgidos e o apoio de

    tutoria, o que propicia aprendizagem independente e flexvel.

    d) Chaves (1999) definiu a EaD como o ensino que ocorre em

    situaes em que estudantes e professores esto separados (no tempo ou

    no espao). Ensino esse em que a distncia , hoje, contornada pelo uso

    das tecnologias de telecomunicao e de transmisso de dados, voz e

    imagem, por meio do uso do computador.

    CARACTERSTICASNo h uma forma nica de definir educao a distncia, mas a

    maioria dos estudiosos da questo destaca as seguintes caractersticas:

    separao temporal e/ou espacial entre o professor e o aprendiz na

    maior parte do processo de ensino/aprendizagem;

    estudos independentes, em que o controle do aprendizado

    realizado mais intensamente pelo aluno do que pelo professor oupelo tutor;

    comunicao de via dupla (bidirecional) entre estudante e professor,

    mediada por documentos impressos ou por alguma forma de mdia ou

    tecnologia que permite interao entre alunos, tutores e professores,

    e que pode ocorrer de forma sncrona ou assncrona;

    momentos presenciais utilizados para tutoriais, estudos em

    bibliotecas, seminrios, provas, sees de laboratrio, aulas prticas

    e outros;

    A educao a distncia , portanto, uma modalidade de educaoque permite aos estudantes e professores que se comuniquem e interajamsem que estejam fisicamente presentes no ambiente formal de sala deaula. Essa modalidade oportuniza a superao de barreiras de tempo eespao mediante a utilizao de diversos recursos tecnolgicos

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    uso de processos industrializados que permitem atendimento em

    grande escala, diviso do trabalho e de funes, com a formao de

    equipes que atuam conjuntamente (redes).

    Na atual fase de desenvolvimento da EaD, a interligao (conexo)

    entre as partes se d por meio de tecnologias, principalmente as

    telemticas, como a Internet, mas tambm podem ser utilizados o correio,

    o rdio, a televiso, o vdeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o

    iPod, entre outros recursos. Essas tecnologias permitem que pessoas de

    diversos pontos do pas, e at mesmo do planeta, se encontrem, troquem

    informaes, conhecimentos e experincias, e at mesmo desenvolvam

    relaes amistosas e cooperativas.

    Moran, em 1994, destacava:

    Atualmente, a classificao semipresencial pouco utilizada, dando-

    se preferncia s expresses educao presencial e educao a distncia,

    levando-se em considerao o predomnio de uma ou outra modalidade

    num determinado programa ou curso e a intercomplementaridade que,

    aos poucos, est ocorrendo entre as duas modalidades.

    A educao a distncia est se expandindo cada vez mais nos

    diversos pases do mundo e pode ser feita nos mesmos nveis do ensino

    Telemtica o conjunto de tecnologias de transmisso de dadosresultante da juno entre os recursos das telecomunicaes (telefonia,satlite, cabo, fibras pticas) e da informtica (computadores, perifricos,softwares e sistemas de redes), que possibilitou o processamento, acompresso, o armazenamento e a comunicao de grandes quantidadesde dados (nos formatos texto, imagem e som), em curto prazo de tempo,entre usurios localizados em qualquer ponto do planeta.Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Telem%C3%A1tica.Acesso em:29/10/2008.

    Hoje temos a educao presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual oua distncia) e educao a distncia (ou virtual). A presencial a dos cursos regulares,em qualquer nvel, onde professores e alunos se encontram sempre num local fsico,chamado sala de aula. o ensino convencional. A semi-presencial acontece emparte na sala de aula e outra parte a distncia, atravs de tecnologias. A educao adistncia pode ter ou no momentos presenciais, mas acontece fundamentalmentecom professores e alunos separados fisicamente no espao e/ou no tempo, maspodendo estar juntos atravs de tecnologias de comunicao. (1994, p.1-3).

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    regular. Essa expanso se deve a vrios fatores, tais como: a intensificao

    do processo de globalizao, a crescente necessidade de educao

    permanente, os avanos das tecnologias da informao e da comunicao

    e sua insero nos ambientes corporativos e escolares.A expressoensino a distncia, que j foi amplamente utilizada, vem

    sendo susbtituda por educao a distncia, por ser mais abrangente.

    - Por que essa mudana?

    Segundo Moran (1994), na expresso ensino a distnciaa nfase

    dada ao papel do professor, como principal agente do processo de

    aprendizagem, sendo que o educando parece ficar em segundo plano,

    como espectador. A expresso educao a distnciasugere aprendizagem

    compartilhada, com igual envolvimento de professores e estudantes,

    em um processo em que ambos ensinam e aprendem. Na EaD, no h

    aprendizagem se no houver participao ativa, esforo e compromisso

    do educando com aquilo que deseja aprender.

    Para Chaves (1999, p.3), as expresses educao a distncia

    e aprendizagem a distncia so utilizadas inadequadamente. Esseautor destaca que a educao e a aprendizagem so processos relativos

    ao aprendente, que acontecem, de certo modo, dentro da pessoa, no

    podendo, portanto, ocorrer a distncia o que ocorre a distncia o ensino.

    Por essa razo, esse autor sugere, como mais adequada, a denominao

    aprendizagem mediada pela tecnologia.

    A legislao brasileira bastante clara quando, no Art.1 do Decreto

    n 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o Art. 80 da Lei de

    O processo educativo, seja ele presencial ou a distncia, exige a participao ativa do sujeitoaprendente, no se devendo transferir para a EaD a passividade que, muitas vezes, ainda caracterizao ensino presencial.

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    Diretrizes e Bases da Educao Nacional, Lei n 9.394 /96, estabelece que:

    A EaD uma modalidade de ensino flexvel e centrada no aluno. O

    sucesso nos estudosdepende de um planejamento rigoroso, de organizao

    do tempo para os estudos individuais, da interao constante entre professores,

    tutores e colegas, da interatividade com o material didtico disponibilizado

    em rede e da disposio do estudante para construir conhecimentos.

    Caracteriza-se a educao a distncia como modalidade educacional na qual amediao didtico-pedaggica nos processos de ensino-aprendizagem ocorre com

    a utilizao de meios e tecnologias de informao e comunicao, com estudantes eprofessores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos.

    1. Compare os conceitos de EaD formulados em diferentes momentos, e observe as mudanas ocorridasnesses conceitos. Anote suas concluses.

    2. Que diferenas voc estabelece entre as expresses ensino a distncia e educao a distncia ?

    SEO 2BREVE HISTRICO DA EDUCAO A DISTNCIA

    Quando , em 1728, Caleb Phillips anunciou numjornal de Boston, Estados Unidos, um curso de taquigrafia

    a distncia, jamais poderia supor que sua idia, muito

    avanada para a poca, resultaria, no futuro, na educao

    feita via realidade virtual. Para tal proeza ele tinha que usar

    malas postais levadas em carroas... . Muita coisa mudou

    desde ento. (Revista Super Interessante, abril de 2001)

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    ASORIGENSNo se deve supor que o ensino a distncia seja algo recente,

    ao contrrio, ele tem uma longa histria. A primeira tentativa de

    as pessoas se comunicarem sem estarem face a face foi atravs daescrita.

    Sabe-se que entre os antigos gregos e romanos j existia uma

    rede de comunicao por meio de textos escritos. Alguns autores

    consideram que as mensagens trocadas pelos antigos cristos

    (epstolas) no deixavam de ser formas de educao a distncia,

    uma vez que tinham o propsito de educar e de difundir a f. Outros

    defendem a tese de que a educao a distncia iniciou-se com a

    inveno da imprensa por Gutenberg.Um marco importante para a difuso de mensagens a distncia

    foi o desenvolvimento dos servios de correio, baratos e confiveis,

    que permitiam aos alunos estudar em casa e se corresponder com

    seus instrutores.

    Estudante,

    Como voc pode constatar, as formas empricas de educao

    a distncia (EaD), so conhecidas h muito tempo, mas foi com a

    Revoluo Cientfica dos sculos XVIII e XIX que as cartas inauguraram

    uma nova era na arte de ensinar.

    As transformaes ocorridas nos sculos XVIII e XIX decorrem

    principalmente da crescente importncia que o conhecimento adquiriu

    na vida cotidiana, ocasionando a necessidade de se promover a

    escolarizao e o preparo profissional de milhes de pessoas que, por

    vrios motivos, no podiam frequentar um estabelecimento de ensino

    presencial. Assim, iniciou-se a busca por alternativas que pudessem

    atingir pessoas residentes em lugares distantes, que necessitavam ter

    acesso a novas informaes e conhecimentos.

    Na primeira metade do sculo XIX, na Europa, j se fazia referncia

    ao ensino por correspondncia. No entanto, o desenvolvimento de uma

    ao institucionalizada de educao a distncia teve incio somente a

    partir da segunda metade daquele sculo.

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    Conhea algumas iniciativas de ensino a distancia do sculo XIX

    1874, EUA Iniciam-se as atividades da Illinois Wesleyan University,citada por Alves (1994, p.10) como a primeira Universidade Aberta domundo, que ofertava cursos por correspondncia.

    1891, EUA - Inicia-se, na Pensilvnia, o International CorrespondenceInstitute, com um curso sobre medidas de segurana no trabalho deminerao.

    1882, EUA - A Universidade de Chicago oferece o primeiro cursouniversitrio por correspondncia.

    1892 A Penn State University (EUA), uma das Universidades pioneirasem cursos a distncia, inicia o seu primeiro curso por correspondncia(em 1892).1892 A Universidade de Wisconsin (EUA) prope cursos de extenso porcorrespondncia.1895, Inglaterra - A Universidade de Oxford prepara com sucesso duasturmas de estudantes por correspondncia para o Certificated TeachersExamination.

    1898, Sucia - Hans Hermod, diretor de uma escola que ministravacursos de lnguas e cursos comerciais, ofereceu o primeiro curso porcorrespondncia, dando incio ao famoso Instituto Hermod.

    Disponvel em:http://pt.wikipedia.org/wiki/ . Acesso em 31/11/2008.http://portal.webaula.com.br. Acesso em 5/10/2009.http://ensino-a-distancia.wikispaces.com. Acesso em 5/10/2009

    SCULOXXNo sculo XX, ocorre a difuso da EaD por grandes centros

    educacionais europeus, como Frana, Espanha e Inglaterra.

    Do ensino por correspondncia, empregado inicialmente como meio

    de instruo e formao profissional, a EaD evolui gradualmente para o

    ensino regular e instituicionalizado.Segue-se a utilizao do rdio no ensino a distncia, medida que

    alcanou grande sucesso em experincias nacionais e internacionais,

    tendo sido bastante explorada na Amrica Latina, em pases como Brasil,

    Colmbia, Mxico e Venezuela, entre outros.

    Aps as dcadas de 1960 e 1970, a EaD passa a utilizar, de forma

    integrada, recursos de udio e vdeo. Nessa ocasio, so incorporados

    educao a distncia o vdeocassete, a televiso, o vdeotexto, o

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    computador e a tecnologia de multimeios. Isso no significa que tenha

    havido o abandono do rdio e dos materiais escritos, mas, sim, que houve

    a incorporao de novos recursos aos j existentes, para facilitar e tornar

    mais atrativa a aprendizagem

    Apesar da origem remota, foi nas ltimas dcadas do sculo XX

    que a EaD passou a fazer parte das principais preocupaes de cientistas

    e educadores. Isso se deu com o surgimento de tecnologias interativas

    sofisticadas, quando corporaes e escolas passaram a utilizar ferramentas

    como e-mail, MSN, Internet, audioconferncia (baseada em telefone),

    videoconferncia e web conferncia com interao em tempo real, ou

    seja, cursos a distncia com avanados recursos de multimdia passaram

    a ser ministrados.

    Saiba como se desenvolveu a EaD no meio universitrio do sculo XX

    A tecnologia de multimeios combina textos, sons, imagens, assim comomecanismos de gerao de caminhos alternativos de aprendizagem(hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixao deaprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais informatizadose outros).Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/ . Acesso em 31/11/2008.

    A EaD no contexto universitrio.

    1938 - Realiza-se no Canad a Primeira Conferncia Internacional sobreEducao por Correspondncia (Landim ,1997), e diversos pases passama adotar a EaD: frica do Sul e Canad, em 1946; Japo, em 1951;Blgica, em 1959; ndia, em 1962; Frana, em 1963; Espanha, em 1968;Inglaterra, em 1969; Venezuela e Costa Rica, em 1977.

    1958 - A University of Wisconsin (EUA) inicia seu programa de Educaoa Distncia.

    1969 criada a Open University da Inglaterra, que se constitui nummarco e num modelo de sucesso em EaD e cuja atuao se destaca athoje. Essa universidade, segundo Alves (1994, p.32), apresentou comonovidade o uso integrado de material impresso, rdio e televiso (atravsde um acordo com a BBC) e de contato pessoal, atravs de centros deatendimento espalhados pelo pas.

    1971 A Athabasca University do Canad inicia seu programa deEducao a Distncia em 1971 e sua misso, formulada em 1985, a

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    de remover as barreiras que tradicionalmente restringem o acesso e osucesso em estudos de nvel universitrio e de aumentar a igualdade deoportunidades de educao para todos os cidados.

    1974 A Fern Universitt em Hagen, Alemanha, inicia seus trabalhos,apresentando como diferencial o uso de diferentes mdias para o ensino,centros de estudo e a cooperao com emissoras de televiso.Seus programas oferecem cursos de graduao, mestrado, ps-graduaoe educao continuada.

    1984 - A Open University of the Netherlands, Holanda, inicia suasatividades. O governo holands cria uma instituio independente, como objetivo de tornar acessvel a educao cientfica a todas as pessoascom interesses e capacidades compatveis.

    1987 - Na Indira Gandhi National Open Universitya (IGNOU), ndia,a programao acadmica comea em 1987, com os objetivos de prover

    oportunidades de educao superior a grandes segmentos da populao,incluindo os grupos em desvantagem educacional (mulheres, deficientesfsicos e pessoas com baixa renda), alm de prover educao a distanciade alta qualidade, em nvel universitrio.

    Disponvel em:http://pt.wikipedia.org/wiki/.Acesso em 31/11/2008.; http://portal.webaula.com.br. Acesso em5/10/2009;http://ensino-a-distancia.wikispaces.com . Acesso em 5/10/2009

    Atualmente, a educao a distncia est se difundindo em todo omundo, sendo ofertada tanto nos pases ricos como nos pases perifricos,

    e atingindo tanto os sistemas de ensino formal quanto as reas de

    treinamento profissional.

    Usada inicialmente para suprir deficincias educacionais, para

    a qualificao profissional e para o aperfeioamento e atualizao

    de conhecimentos, tambm se aplica, hoje, ao ensino regular mdio e

    superior, educao tecnolgica e a programas que complementam as

    formas tradicionais de ensino presencial.Destaca-se hoje, no Brasil, o emprego da EaD na formao inicial e

    continuada de professores, em diversos cursos e programas, destacando-

    se as iniciativas do Ministrio da Educao, como a Rede Nacional de

    Formao Continuada de Professores da Educao Bsica, o Programa

    Pr-Licenciatura e a Universidade Aberta do Brasil - UAB.

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    SEO 3A EDUCAO A DISTNCIA NO BRASIL

    No Brasil, o interesse pela EaD surgiu no incio do sculo XX. Naquela

    poca, mesmo acanhada, a EaD j despertava curiosidade e convidava os

    mais incrdulos a experimentar uma nova forma de ensinar e aprender, sem

    a presena fsica do professor.

    Com a criao do Rdio Educativo, em 1923, por Edgard Roquete Pinto,

    surgiram os primeiros ensaios de cursos com a mediao tecnolgica.

    Desde a fundao do Instituto Monitor, em 1939, vrias experincias

    de educao a distncia foram iniciadas e levadas a termo com relativo

    sucesso. Em 1941, o Instituto Universal Brasileiro passou a oferecer cursos

    profissionalizantes na modalidade de ensino por correspondncia.

    Essas experincias representaram os primeiros passos na quebra do

    paradigma educacional vigente, abrindo a possibilidade de o brasileiro se

    profissionalizar, recebendo material escrito e equipamentos pelo correio,

    sem estar presente numa sala de aula.

    Durante a dcada de 60, com o Movimento de Educao de Base

    (MEB), a Igreja Catlica e o Governo Federal utilizavam um sistema de

    rdio educativo para educao, conscientizao, politizao e educao

    sindicalista. Em 1965 foram criadas, pelo poder pblico, as TVs Educativas.

    Entretanto, foi na dcada de 70 que a EaD, impulsionada pelo clima de

    otimismo reinante no Brasil, comeou a se expandir significativamente.

    Segundo Rocha (2008):

    De 1971 a 1974, o Ministrio da Educao (MEC) lana o Supletivo Primeiro Grau- Fase I, programa radiofnico de ensino supletivo. Dessa forma, preparava-separa, no final do sculo passado, apresentar-se [a EaD} como uma alternativa dereconhecimento pblico. Surgiram ento os novos modelos para o ensino a distncia e,

    dessa vez, com os primeiros sinais da mediao tecnolgica na aprendizagem. Dentreeles, destaca-se o Telecurso Segundo Grau, uma parceria entre a Fundao RobertoMarinho e a Fundao Padre Anchieta, que disponibilizava cursos de preparao decandidatos aos exames oficiais de supletivo, ao estilo do antigo Madureza Colegial,pela programao regular da TV Globo e TV Cultura.

    Entre as dcadas de 1970 e 1980, fundaes privadas e organizaes no-

    governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distncia, no modelo

    de teleducao, com aulas via satlite, complementadas por kits de materiais

    impressos, demarcando a chegada da segunda gerao de EaD no pas.

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    Desde ento, as experincias brasileiras, governamentais e privadas,

    foram muitas e representaram, nas ltimas dcadas, a mobilizao de grandes

    contingentes de recursos.

    Estudante,

    Acompanhe a evoluo da EaD no Brasil, situando a UEPG nesse

    contexto.

    Educao a distncia no Brasil

    1904 Iniciam-se cursos por mdia impressa e correios, ofertados porempresa privada.

    1923 Tm incio as experincias de rdio educativo comunitrio.

    1939 criado o Instituto Monitor, primeira escola de educao a distncia

    do Brasil.1941 Inicia suas atividades o Instituto Universal brasileiro.

    1965 O poder pblico cria as TVs educativas.1980 Inicia-se a oferta de ensino supletivo via telecursos (televiso emateriais impressos), por fundaes sem fins lucrativos.

    1985 As universidades passam a fazer uso do computador em redelocal.

    1985 Inicia-se o emprego de mdias de armazenamento de dados (vdeo-aulas, disquetes, CD-ROM, etc.) como meios complementares.

    1989 criada a Rede Nacional de Pesquisa, utilizando-se o e-mail.

    1990 - Esse ano marcado pelo uso intensivo de teleconferncias (cursosvia satlite) em programas de capacitao a distncia.

    1994 Inicia-se a oferta de cursos superiores a distncia, por mdiaimpressa.

    1994 Inicia-se a expanso da Internet no meio universitrio.

    1996- A LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei n9.394/96) regulamenta a EaD no Brasil, reconhecendo a validade dessesestudos em todos os nveis de ensino.

    1996 A utilizao de redes de videoconferncia possibilita a oferta decurso de mestrado a distncia, por uma universidade pblica em parceria

    com empresa privada.1997- So criados os Ambientes Virtuais de Aprendizagem AVA . Comisso, inicia-se a oferta de cursos de especializao a distncia, via Internet,em universidades pblicas e particulares.

    1999 So criadas redes pblicas, privadas e confessionais, para acooperao em tecnologia e metodologia no uso das NTICs (novastecnologias da informao e da comunicao) na EaD.

    1999 O Ministrio da Educao cria, oficialmente, instituiesuniversitrias para atuar em educao a distncia.

    Disponvel em : http://www.institutomonitor.com.br. Acesso em 5/10/2009

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    Educao a distncia na Universidade Estadual de Ponta Grossa

    2000 UEPG cria o primeiro curso de educao a distncia Curso NormalSuperior com Mdias Interativas.

    2002 criado, na UEPG, o Ncleo de Tecnologia e Educao Aberta e aDistncia - NUTEAD.

    2004- O MEC credencia a UEPG para ministrar cursos superiores de EaD sequenciais, de extenso, de graduao e de psgraduao lato sensu(especializao). Nessa ocasio, alm do Normal Superior, a UEPG passaa ofertar outros cursos de especializao e sequenciais na modalidade adistncia.

    2004 A UEPG passa a integrar a Rede Nacional De Formao Continuadade Professores das Redes Pblicas de Ensino e cria o CEFORTEC, um doscentros de alfabetizao e linguagem dessa rede .

    2008 Iniciam-se, na UEPG, os cursos do Programa Pr-Licenciatura -

    MEC/FNDE.2009 Comeam a funcionar, na UEPG, os cursos de graduao e ps-graduao da Universidade Aberta do Brasil- MEC/CAPES/FNDE.

    20010 A UEPG participar do Plano Nacional de Formao de Professoresda Educao Bsica, com a oferta do Curso de Pedagogia.

    2010 Sero implantados, na UEPG, os cursos do PNAP ProgramaNacional de Formao em Administrao Pblica, com cursos degraduao e de ps graduao.

    2010 A UEPG produzir materiais e midias para a Escola de Governoe participar dos programas de formao e atualizao dos servidorespblicos do Paran.

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, Lei n 9.394,

    de 31/12 /1996, ao reconhecer a validade dos estudos realizados na

    modalidade EaD para todos os nveis de ensino, abriu perspectivas at

    ento inexistentes de formao superior a distncia.

    Desde ento, grande parte das instituies brasileiras de ensino

    superior mobilizou-se para a oferta de EaD, com o uso de novas tecnologias

    da informao e da comunicao.A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com o apoio do

    Governo do Paran, iniciou a sua trajetria na EaD no ano de 2000, com

    a oferta do Curso Normal Superior com Mdias Interativas, um programa

    especial de formao em nvel superior, destinado a professores atuantes

    nas redes pblicas de ensino. Esse programa, aprovado pelo Conselho

    Estadual de Educao, graduou mais de 3.300 professores num perodo

    de 5 (cinco) anos, utilizando-se de mdias interativas.

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    Em 2002, a UEPG criou o Ncleo de Tecnologia e Educao Aberta

    e a Distncia (NUTEAD), uma estrutura administrativa e pedaggica

    destinada a incentivar e apoiar o desenvolvimento de cursos e programas

    de educao a distncia na instituio. Graas ao trabalho desenvolvido,a UEPG credenciada junto ao MEC, desde 2004, para ministrar cursos

    de extenso, sequenciais, de graduao e ps-graduao lato sensu, na

    modalidade de educao a distncia.

    Hoje, a UEPG/NUTEAD conta com condies satisfatrias para

    ofertar, orientar, desenvolver e avaliar cursos e programas nessa modalidade

    educacional, e congrega, sob sua orientao, projetos de relevncia

    nacional, desenvolvidos em parceria com o Ministrio da Educao.

    A UNIVERSIDADEABERTADOBRASILNAUEPGO Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) foi institudo pelo

    Ministrio da Educao, pelo Decreto n 5.800, de 8 de junho de 2006,

    com vistas democratizao, expanso e interiorizao da oferta de

    ensino superior pblico e gratuito no pas, bem como ao desenvolvimento

    de projetos de pesquisa e de metodologias inovadoras de ensino,

    preferencialmente para a rea de formao inicial e continuada de

    professores da educao bsica.

    Atendendo aos editais publicados pelo MEC, municpios e instituies

    pblicas de ensino superior (federais, estaduais e municipais) participaram

    das chamadas pblicas para a seleo de polos municipais de apoio

    presencial e de cursos superiores na modalidade de educao a distncia.

    A Reitoria e a Coordenao do Ncleo de Tecnologia e Educao

    Aberta e a Distncia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, visando

    ampliar a oferta de cursos na modalidade a distncia, convidaram os

    Departamentos e Colegiados da Instituio para apresentarem seusprojetos. Aderiram proposta os responsveis por seis dos cursos de

    graduao (licenciaturas). Alm disso, tambm foram elaboradas 4

    (quatro) propostas de cursos de ps-graduao lato sensu.

    A Resoluo CEPE n 041, de 27 de maro de 2007, autorizou o

    Ncleo de Tecnologia e Educao Aberta e a Distncia a participar do

    Edital de Seleo UAB n 01/2006-SEED/MEC/2006/2007, concorrendo

    e obtendo a aprovao nos seguintes cursos:

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    Cursos de Graduao

    Licenciatura em Educao Fsica

    Licenciatura em Geografia

    Licenciatura em Histria Licenciatura em Letras Portugus/Espanhol

    Licenciatura em Matemtica

    Licenciatura em Pedagogia

    Cursos de Ps-Graduao Lato Sensu

    Educao Fsica Escolar

    Educao Matemtica: dimenses terico-metodolgicas

    Gesto Educacional: organizao escolar e trabalho pedaggico

    Histria, Arte e Cultura

    Na sequncia, outros projetos foram elaborados e aprovados. Em

    2010, a UEPG, atuando em parceria com o MEC e a Secretaria do Estado

    da Educao do Paran, iniciar os cursos do Plano Nacional de Formao

    de Professores da Educao Bsica, com a oferta do Curso de Pedagogia,

    em diversos plos, no Estado do Paran.

    Tambm em 2010, tero incio na Instituio, tambm pelo sistema

    UAB/UEPG, os cursos de graduao e ps-graduao do Programa

    Nacional de Formao em Administrao Pblica PNAP.

    SEO 4AS GERAES DE EAD E AS DIFERENTES TECNOLOGIAS

    A educao a distncia ganhou popularidade na dcada de 90 do

    sculo passado. Entretanto, ela tem uma longa histria, que se inicia com

    o ensino por correspondncia e chega escola virtual dos nossos dias.

    Segundo Sherron y Boettcher (1997), citados em publicao virtual

    do Laboratrio de Ensino a Distncia (27/08/2004), considerando-se

    as tecnologias empregadas ao longo dos anos, possvel identificar

    no mnimo quatro geraes de EaD. (Disponvel em: http://www.nead.

    passosuemg.br. Acesso em: 27/02/2009).

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    So elas:

    Primeira gerao

    Essa gerao utilizou como principal meio de comunicao o papel

    impresso, sendo os materiais, tais como guias de estudo com tarefase exerccios, enviados pelo correio. A comunicao entre estudante

    e professor era pouco frequente, pois a resposta demorava a chegar.

    Caracterstica dessa gerao:predominncia de uma s tecnologia. Ao

    longo dos anos, foram acrescentados o uso do rdio e da televiso.

    Segunda gerao

    Essa gerao se utilizou no s de material impresso, mas tambm

    da transmisso por televiso e rdio, do uso de cassetes de udio e vdeo,

    do telefone e do computador. O uso do telefone possibilita contatos mais

    rpidos e diretos entre professores e estudantes. No entanto, exige maior

    disponibilidade de tempo para que a comunicao sncrona se realize.

    O emprego do computador se torna possvel, mas os custos podem ser

    muito elevados, se o nmero de alunos for reduzido. Caracterstica

    predominante:mltiplas tecnologias.

    Terceira gerao

    Essa gerao caracterizou-se pela introduo de redes de

    computadores, servindo-se de sistemas de comunicao bidirecional

    entre professor/tutor/formador e aluno. Fez uso de tele-aprendizagem,

    audioconferncia e videoconferncia, correio eletrnico, papel impresso,

    sesses de chat, Internet, CD-ROM e fax. A introduo de ferramentas

    de comunicao sncronas e assncronas permitiu que os alunos se

    comunicassem de forma mais frequente e rpida, no s com o professor,

    mas tambm com outros alunos. Caractersticas: mltiplas tecnologias,

    incluindo as redes de computadores e a introduo de ferramentas que

    possibilitam maior rapidez, interao e flexibilidade no processo de

    aprendizagem. Quarta gerao

    A quarta gerao marcada por multimdia interativa, com

    transmisses em banda larga, o que propicia aprendizagem mais flexvel

    do que a vigente na gerao anterior. A comunicao mediada por

    computador e Internet, com a utilizao de chat, frum, interao por vdeo

    e ao vivo, via videoconferncia. Nessa etapa surgiram as comunidades

    virtuais, a possibilidade de aulas colaborativas e de interaes sncronas

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    e assncronas, utilizando-se a Internet como dispositivo de mediao

    entre os vrios sujeitos envolvidos. Caractersticas: aprendizagem

    inteligente e mltiplas tecnologias, incluindo o comeo das tecnologias

    computacionais de banda larga. Quinta gerao.

    Segundo James Taylor (2001), hoje j possvel citar uma Quinta

    Gerao, que engloba, alm de tudo o que a quarta gerao oferece, a

    comunicao via computadores com sistema de respostas automatizadas.

    Enquanto a quarta gerao determinada pela aprendizagem flexvel,

    a quinta determinada por aprendizagem flexvel inteligente, pois

    permite ao aluno obter o feedback com maior rapidez e abre espao para

    ele gerenciar o seu processo de aprendizagem, de acordo com a sua

    disponibilidade de tempo e lugar. Alm disso, favorece maior interao

    entre os agentes envolvidos, baseando-se na explorao adicional das

    novas tecnologias. Ao contrrio do que acontecia nas geraes anteriores,

    na quinta gerao os custos so inferiores, na medida em que as despesas

    se mantm, mesmo que ocorra um aumento de alunos inscritos e de

    recursos/material disponibilizados. Caractersticas:multimdia interativa

    e aprendizagem inteligente flexvel.

    (Disponvel em: http://ensino-a-distancia.wikispaces.com. Acesso

    em 28/09/2009).

    - Estabelea a importncia da LDBEN, Lei n 9.394/96, para a expanso do ensino a distncia.- Cite as diferentes geraes de EaD e as tecnologias empregadas em cada uma delas.

    - Em que gerao de EaD se enquadra o curso da UEPG que voc est realizando? Por qu?

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    SEO 5O ALUNO DE EDUCAO A DISTNCIA

    A educao a distncia uma modalidade indicada para estudantes

    adultos, embora, com as novas tecnologias, cada vez mais se torne possvel

    ensinar mil coisas s crianas e aos adolescentes com a utilizao do

    computador e da Internet.

    Em se tratando de educao de adultos, a EaD deve considerar

    as especificidades desse pblico, servindo-se dos princpios do sistema

    andraggico de ensino e aprendizagem.

    Segundo Chotguis (2009), a aprendizagem do adulto deve basear-

    se em alguns pressupostos, como:

    - os adultos precisam saber previamente por que eles devem

    aprender algo, pois s assim se disporo a aprender;

    - adultos se consideram responsveis por suas decises e querem

    ser tratados como capazes de se auto-direcionar; assim sendo, ressentem-

    se em situaes em que outros impem a eles seus desejos;

    - adultos acumulam um grande e variado nmero de experincias,

    mas que se diferenciam da experincia dos jovens em quantidade e

    qualidade;

    - adultos esto prontos para aprender e para capacitar-se quando

    isso envolve efetivamente situaes da vida real;

    - adultos centram sua aprendizagem na vida, nos problemas, nas

    tarefas a realizar, por isso respondem a motivaes externas (emprego,promoo, salrio), mas principalmente a presses internas, como

    satisfao no trabalho, auto-estima e qualidade de vida. (Disponvel em:

    http://www.cipead.ufpr.br/. Acesso em 3/10/2009).

    Adultos podem buscar a educao a distncia por vrias razes,

    tais como falta de tempo, distncia geogrfica, situao financeira ou

    profissional, oportunidade de aprender coisas novas, possibilidade de

    entrar em contato com pessoas de diferentes origens e culturas, desejo

    A cincia e a arte de orientar a aprendizagem dos adultos denomina-seAndragogia, e era pouco conhecida at meados do sculo passado.

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    de continuar crescendo e se desenvolvendo. Como consequncia, h

    ganhos, no s de conhecimentos, mas tambm de novas habilidades

    sociais e comunicacionais.

    No entanto, o aprendizado eficaz requer certa preparao por parte doestudante, bem como um preparo avanado da parte do professor e do tutor.

    Algumas caracterstica dos estudantes adultos podem ser

    facilitadoras do processo de aprendizagem.

    Como caractersticas positivaspodem ser citadas:

    - o adulto acumula inmeras experincias de vida, que se constituem

    em recurso importante nas situaes de aprendizagem;

    - ele mais responsvel e menos dependente;

    - ele motivado por uma srie de fatores relacionados sua vida

    pessoal, familiar e profissional;

    - ele tem formao anterior que favorece a aquisio de

    conhecimentos;

    - ele tem acesso tecnologia no local de trabalho ou em casa;

    - ele tem compromisso com o sucesso perante familiares e amigos.

    Entretanto, o aluno adulto tambm pode apresentar caractersticas

    que dificultem o sucesso nos estudos, tais como:

    - formao anterior marcada pelo insucesso, pela excluso ou pela

    frustrao;

    - maior dificuldade para adaptar-se a novas tecnologias e para

    assimilar conhecimentos novos;

    - excesso de compromissos, que lhe deixam pouco tempo para o

    estudo;

    - receio do fracasso e medo de se expor a processos avaliativos;

    - falta de recursos financeiros.

    O aluno de EaD, muitas vezes, precisa desligar-se de alguns

    vcios do ensino presencial. Ele deve lembrar-se de que no haver um

    professor fisicamente presente para incentiv-lo, ou at pression-lo, a

    estar atento aula e a fazer as tarefas.

    Vencer essas barreiras, acreditar em si mesmo e no seu potencial,organizar-se e autodisciplinar-se so condies indispensveis para osucesso do estudante de EaD.

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    Isso no significa que, no ambiente virtual, o aluno fique isolado

    e sem apoio, mas sim que um professor/tutor (a distncia) estar a sua

    disposio para orient-lo, desde que ele realmente esteja interessado

    em aprender.

    Essa modalidade exige do aluno competncias bsicas, como:

    Mudana de concepo e de atitudea respeito do que significa

    ensinar/aprender: ele precisa compreender que hoje, graas ao

    avano das tecnologias da informao e da comunicao, o processo

    de ensino-aprendizagem no exige, obrigatoriamente, a presena

    de professores e alunos num mesmo tempo/espao (sala de aula

    tradicional).

    Autonomia na conduo dos estudos: ele deve ter a capacidade

    de se autogovernar, de agir conforme seus princpios e escolhas, sem

    necessidade de interveno ou presso de terceiros. O estudante de

    EaD necessita desenvolver sua autonomia na aquisio e na produo

    do conhecimento, pois ela fundamental para o sucesso no curso.

    Adaptao s novas tecnologias: o curso a distncia exige do aluno

    a aquisio de competncias em informtica, no uso da web e no

    domnio do ambiente virtual de aprendizagem (Moodle, no caso da

    UEPG).

    Perseverana:o estudante no pode desistir quando surgirem as

    primeiras dificuldades, pois, em se tratando de uma experincia nova,

    natural que elas ocorram. Ser persistente e assumir o compromisso

    pessoal de enfrentar e vencer os obstculos condio fundamental

    para o sucesso em EaD.

    Disciplina nos estudos: o aluno de EaD pode gerenciar seus

    horrios de estudo e de produo intelectual, mas importante que

    estabelea uma rotina, ou seja, que se disponha a usar, diariamenteou semanalmente, parte do seu tempo livre para estudar.

    Bons hbitos de leitura e estudo: o estudante deve se um leitor

    crtico, que no se limita a assimilar informaes. Ele precisa analisar,

    criticar e questionar os conhecimentos adquiridos. Deve fazer relao

    entre eles e a experincia de vida pessoal e profissional. No deve

    acumular dvidas, mas pesquisar e, sempre que necessrio, recorrer

    s pessoas designadas para dar suporte ao estudo.

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    - Como estudar/aprender num curso a distncia?

    Na educao a distncia, conta-se com o apoio de recursos tecnolgicos

    e comunicacionais variados, alm de uma rede de apoio constituda porcoordenao, professores, tutores e tcnicos. Todos os envolvidos no curso,

    inclusive os alunos, podem e devem interagir.

    Entretanto, voc o responsvel por sua aprendizagem, voc

    determina o local, seus horrios e seu ritmo de estudo. Tais estudos podem

    ser realizados em casa, no ambiente de trabalho ou em outro local, desde

    que esse espao permita a concentrao naquilo que est sendo estudado.

    De um lado, essa a grande vantagem do ensino a distncia: voc

    estuda quando quer e no horrio que mais lhe convm. Mas, de outro, isso

    exige uma grande responsabilidade de sua parte; voc deve ter disciplina,

    mtodo de estudo e persistncia para que os objetivos do curso sejam

    alcanados.

    De modo geral, a EaD no Brasil combina recursos das modalidades

    presencial e a distncia. Isso tambm ocorrer neste curso. Para realizar

    seus estudos, voc dispor de material impresso (livro didtico) e de

    material disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem (AVA).

    Esses materiais se inter-relacionam e se completam, oferecendo amplas

    oportunidades de aprendizagem e indicando pistas para o aprofundamento

    nos estudos.

    Alm dos estudos individuais e da realizao das atividades no AVA,

    voc tambm ter oportunidade de interagir com coordenao, professores

    e tutores em momentos presenciais (seminrios e atividades de avaliao).

    Todavia, a maior parte da interao dar-se- a distncia, a partir de recursos

    como Internet, plataforma Moodle, e-mail, telefone, correio e fax.

    A tecnologia hoje disponvel facilita significativamente o domnio dos

    contedos e o contato com professores e tutores. Entretanto, a dedicaoao estudo fator fundamental para o seu sucesso no curso. A EaD exige

    que o estudante crie as suas estratgias de aprendizagem: faa esquemas,

    registre as idias-chave dos textos, elabore snteses, anote argumentos,

    consulte dicionrios, organize e guarde em local apropriado seu material

    de estudo, tire suas dvidas com o tutor ou com o professor da disciplina.

    A complementao dos estudos por meio de leituras e pesquisas

    muito importante. Adote uma postura pr-ativa em relao aquisio do

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    conhecimento, buscando informaes complementares em livros, revistas,

    Internet e outros meios, desenvolvendo assim novos conceitos e novas

    linguagens que enriquecero o seu processo de aprendizagem.

    recomendvel que voc tenha sempre em vista o alcance dosobjetivos propostos e que no acumule dvidas. Quando as dificuldades

    surgirem, retome a unidade ou seo em que o tema foi tratado. Caso a

    dvida persista, recorra aos tutores, discuta o assunto com seus colegas,

    entre em contato com o professor ou com o coordenador do curso.

    Talvez, neste momento, voc esteja preocupado com as dificuldades

    que vai encontrar. Calma!

    Voc no est s nessa caminhada, pois pode contar com toda uma

    equipe de especialistas em diversas reas, que atendero suas necessidades

    no decorrer do processo, bem como com outros estudantes que, como voc,buscam crescer enquanto profissionais e cidados.

    Estudar a distncia no significa isolar-se, ao contrrio, significa

    aproximar-se de muitas pessoas que, de outra forma, provavelmente voc

    jamais conheceria. Significa ter acesso a novos conhecimentos, desenvolver

    atitudes positivas em relao aos desafios do mundo atual e estabelecer

    relaes interativas com um universo muito mais amplo do que aquele que

    o circunda. Significa, enfim, superar as barreiras do tempo e do espao.

    Seja um estudante ativo, participativo, crtico e responsvel. Lembre-sede que os meios tcnicos e o pessoal de apoio jamais substituiro seusesforos e seu interesse em aprender. Certamente, voc j percebeu queestudar a distncia no to simples quanto se imagina ao contrrio doque a maioria pensa, tais estudos exigem muita dedicao e seriedade doestudante..

    - Faa uma auto-anlise e verifique quais as caractersticas positivas que voc possui para estudar a distncia e

    quais as barreiras que precisa superar para ter sucesso neste curso. Anote suas observaes.

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    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

    ROTEIRO DE ESTUDOS

    UNID

    ADE

    IIMetodologia e Mdias emEducao a Distncia

    Reconhecer a importncia da metodologia utilizada nos cursos a

    distncia.Identificar mdias, recursos e agentes de possvel utilizao em um

    curso a distncia.

    Analisar o papel do professor em cursos a distncia.

    Identificar as responsabilidades dos componentes da equipe

    multidisciplinar do curso.

    SEO 1 - Conhecendo a metodologia do curso

    SEO 2 - Mdias e educao

    SEO 3 - Equipe multidisciplinar do curso

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    36UNIDAD 2

    SEO 1CONHECENDO A METODOLOGIA DO CURSO

    A metodologia dos cursos a distncia, assim como a dos presenciais,

    pode ser diferente de uma instituio para outra. Essa diferena pode

    referir-se relao tempo/espao, s tecnologias empregadas para mediar

    a comunicao, aos materiais didticos disponibilizados, intensidade

    dos contatos entre professor/tutor/estudante e a outros fatores. Tudo isso

    deve estar expresso na proposta pedaggica do curso e ter por objetivo

    final facilitar a aprendizagem do estudante.

    A EaD deve fomentar as melhores condies possveis para que

    o aluno possa alcanar o aprendizado de forma efetiva, embora em um

    ritmo prprio e peculiar. Ela se estrutura a partir de um paradigma de

    ensino/aprendizagem centrado no aluno e procura no incorrer nos erros

    metodolgicos de modelos conservadores de ensino presencial, cujos

    vcios seculares esto profundamente arraigados nos modos de ensinar.

    Dessa forma, tem por objetivo evitar a passividade do aluno frente

    aquisio do conhecimento.

    O modelo de EAD adotado pela UEPG baseia-se nos princpios

    da interao, da cooperao e da autonomia e est ancorado em alguns

    pressupostos bsicos, tais como:

    O aluno o sujeito da sua aprendizagem - suas experincias

    devem ser consideradas e valorizadas no processo de aquisio/

    construo do conhecimento. O estudante deve acreditar em

    suas potencialidades, desenvolver sua autoconfiana, dar a sua

    contribuio ao grupo e aplicar o aprendizado nas situaes do

    cotidiano.

    As pessoas possuem ritmos diferentes de aprendizagem, quedevem ser respeitados, e o gerenciamento do estudo pelo prprio

    aluno propicia maior envolvimento pessoal nesse processo.

    O ritmo de trabalho grupal tambm deve ser observado, pois a

    interao do estudante com os demais envolvidos no processo

    tambm fundamental para a construo de relaes amistosas e

    cooperativas. Cabe, ento, ao orientador da aprendizagem (tutor),

    a tarefa de harmonizar o ritmo de estudo do aluno com o ritmo do

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    grupo, incentivando a participao do estudante em momentos de

    construo coletiva do conhecimento (chats, fruns, dinmicas de

    grupo).

    A metodologia adotada prev a utilizao de diversas mdias erecursos didticos para favorecer a aprendizagem. So utilizados

    material impresso, ambiente virtual de aprendizagem, vdeo-aulas e

    web conferncias, contando-se sempre com a presena de um tutor

    e de um professor da disciplina. A utilizao de mdias diversas

    favorece a superao das dificuldades decorrentes da distncia

    geogrfica, permitindo comunicao sncrona e assncrona entre

    alunos, professores e tutores e a criao de importantes elos no

    processo educacional. As atividades propostas visam o aprender a

    aprender, a pensar, a fazer, a ensinar.

    A metodologia estimula a participao em uma rede colaborativa,

    levando o estudante a interagir com professores, tutores e colegas

    de curso, e oportuniza o desenvolvimento de competncias e

    habilidades que favorecem a troca de experincias, o crescimento

    grupal e uma atitude crtico-reflexiva perante o conhecimento.

    Privilegia-se uma abordagem progressista, que incentiva o aluno a

    construir o seu prprio conhecimento, cabendo ao professor o papel

    de mediador.

    Estudante,

    Como voc pode constatar, a metodologia selecionada responde

    s caractersticas da populao atendida pelo curso, pessoas adultas

    interessadas em ingressar no mercado de trabalho ou que j esto atuando

    como profissionais no magistrio ou em outras reas.

    Nessa modalidade de ensino/aprendizagem, o aluno estuda

    sozinho em boa parte do tempo, sendo que estudantes e professores

    no necessitam estar presentes num local especfico durante o perodo

    de formao, embora em algumas etapas do processo seja solicitada a

    presena de alunos e professores nospolos de apoio presencial.

    A presena nos polos de apoio presencial pode ocorrer em

    situaes como seminrios, oficinas, grupos de estudo, provas,

    defesas de TCC e outras.

    A presencialidade , muitas vezes, necessria no processo de

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    38UNIDAD 2

    educao, mesmo em se tratando de um curso a distncia, embora, na

    maior parte do tempo, a utilizao de mdias diversas favorea a superao

    das dificuldades decorrentes da distncia geogrfica, permitindo

    comunicao efetiva entre alunos, professores e tutores e a criao deimportantes elos no processo educacional.

    - Pesquise o significado dos termos: interao, interatividade, autonomia e cooperao utilizando dicionrios

    e sites da web.

    - Cite dois aspectos positivos da metodologia da EaD, considerando as condies de estudo do aluno

    trabalhador.

    SEO 2MDIAS E EDUCAO

    O uso de mdias em projetos educacionais amplo e oferece

    mltiplas possibilidades. Muitas mdias podem ser utilizadas para

    fins educativos - rdio, televiso, filmes, vdeos, mdia impressa -

    destacando-se atualmente as oportunidades criadas pelas novas

    tecnologias de informao e comunicao (TICs).

    Todavia, preciso lembrar que cada um dos suportes miditicos,

    ao ser aplicado educao, exige um planejamento cuidadoso,tratamento e cuidados especficos, que vo alm da disponibilidade

    de equipamentos, devendo-se considerar, entre outros fatores, o grupo

    a que se destina, os objetivos visados, o grau de interao pretendido,

    o espao, o tempo e os recursos disponveis.

    A educao a distncia pode ser veiculada pelas mais

    diversas mdias as mdias escolhidas definem o modelo que ser

    disponibilizado, bem como orientam o planejamento do curso,

    a organizao e o treinamento de pessoal tcnico e docente, os

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    investimentos em estrutura tecnolgica, o tratamento do contedo a

    ser veiculado, as formas de avaliao, as atividades educacionais a

    serem desenvolvidas, e assim por diante. Tudo isso exige um apurado

    processo de gesto. Segundo Kenski (2006), a gesto das mdias, seja em cursos

    presenciais ou a distncia, exige um planejamento administrativo

    articulado ao planejamento pedaggico quanto maior for a articulao,

    melhor se desenvolver a proposta. Essa gesto, de acordo com a

    autora citada, exige cuidados com a operao e a manuteno dos

    equipamentos, garantia de pleno funcionamento do ambiente virtual

    e de disponibilizao dos materiais, organizao, acompanhamento e

    controle de todas as atividades. Alm da parte operacional, tambm

    preciso que se esteja atento ao tratamento dos contedos a serem

    trabalhados, forma de apresentao, sem perder de vista o perfil

    dos participantes e os objetivos a serem atingidos. Outro aspecto a

    considerar o grau de interao pretendido entre os participantes.

    Se o propsito que alunos e professores troquem mensagens,

    dialoguem, desenvolvam projetos integradores e cooperativos, as

    mdias selecionadas devem ter potencial para isso.

    O gerenciamento de mdias se faz, portanto, em mltiplas

    direes: gerenciar o uso e manuteno das tecnologias envolvidas;

    gerenciar os projetos educacionais que iro ser desenvolvidos e a

    forma como esses meios sero utilizados em atividades de ensino-

    aprendizagem (KENSKI, 2006).

    Os cursos da UEPG/UAB contam com mdias que possibilitam

    comunicao sncrona e assncrona. Nas mdias que permitem

    interao em tempo real (sncronas) as dvidas so imediatamente

    esclarecidas, o professor e o tutor interagem com as turmas e as turmas

    podem interagir entre si.As atividades propostas na plataforma virtual e no material

    escrito proporcionam ao aluno uma srie de oportunidades de leitura,

    reflexo, elaborao de snteses, levantamento e soluo de problemas

    e auto-avaliao, dentre outras atividades. Para tal fim, o estudante

    conta com a mediao de um professor da disciplina e de um tutor,

    disponveis para orientar os estudos, sugerir fontes de informaes e

    avaliar respostas.

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    40UNIDAD 2

    MDIASASEREMUTILIZADASO curso utiliza, para sua consecuo, as seguintes mdias:

    Webconferncia ou videoconferncia

    Ambiente virtual de aprendizagem - Moodle

    Material impresso

    Internet

    Videoconferncia

    A videoconferncia um sistema audiovisual que possibilita a

    transmisso e a recepo de som e imagem de um estdio de gerao,

    onde se encontra o professor, a uma sala de recepo, onde se encontra

    um grupo de alunos.As sesses de videoconferncia podem ser de conexo multiponto,

    ou seja, vrias salas de recepo conectadas a um mesmo estdio de

    gerao.

    Existe possibilidade de interao em tempo real atravs de som e

    imagem em via dupla, ou seja, o aluno v e ouve o professor e o professor

    v e ouve o aluno.

    Para a emisso-recepo h necessidade de equipamentos especiais,

    tanto na gerao quanto na recepo, bem como de link de comunicao

    entre gerao e recepo.

    Webconferncia

    A webconferncia uma reunio virtual conduzida por meio

    da Internet, atravs de aplicativos ou servios, com possibilidade de

    compartilhamento de voz, vdeo, texto e arquivos via web, por duas

    ou mais pessoas. A webconferncia um dos recursos mais poderosos

    e prticos da tecnologia Internet, criada para otimizar a comunicao

    entre pessoas, que podem interagir assistindo, conversando entre si ou

    enviando perguntas a um expositor. Combina o poder de uma reunio

    presencial com o baixo custo de uma ligao telefnica.

    Ambiente virtual de aprendizagem

    Ambiente virtual de aprendizagem um conjunto de softwares

    integrados, capazes de oferecer interface de aprendizado para o aluno. A

    conexo controlada, ou seja, somente o aluno regularmente matriculado

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    no curso pode acessar os contedos e realizar as respectivas tarefas. O

    acesso aos contedos se faz por meio da Internet, com a utilizao da

    plataforma Moodle. Esse ambiente oferece possibilidades de contato

    entre professor e aluno e entre alunos atravs de salas de chat e fruns, dispe de biblioteca virtual, disponibiliza avaliao de aprendizagem

    controlada, e disponibiliza vdeo (som e imagem), alm de outros recursos.

    Os contedos so publicados de forma agradvel, de maneira dinmica e

    progressiva, de forma a facilitar o processo de aprendizagem.

    Sendo a EaD uma modalidade educativa que no pode desvincular-

    se do sistema educacional nem deixar de cumprir as funes pedaggicas

    no que se refere construo do conhecimento e formao humana e

    profissional dos estudantes, as exigncias em termos de atividades, provas,

    exames, defesas de TCC e outras devem compor os ambientes virtuais

    de aprendizagem, servindo-se, para tal, dos recursos das tecnologias da

    informao e da comunicao.

    Material impresso (livro didtico)

    O texto impresso em EaD deve possibilitar que o autor dialogue com

    seus interlocutores, bem como estimular o dilogo entre os estudantes

    e o contexto, sem se vincular exclusivamente ao desenvolvimento do

    contedo programtico, como ocorre na maioria dos cursos presenciais.

    A produo de material impresso de qualidade e adequado aos objetivos

    visados de grande importncia para que se obtenha xito.

    A produo autoral do docente serve de estmulo para que o aluno

    tambm produza e inove. O papel da instituio fundamental, na medida

    em que promove as condies adequadas para que o docente conte com

    apoio para essa produo, tanto em nvel tecnolgico, como em relao

    aos demais recursos necessrios ao desenvolvimento dos materiais.

    O material impresso deve apresentar uma programao grficaagradvel, de forma a facilitar a compreenso, alm de uma formatao

    que garanta a ateno dos discentes, atravs de ilustraes e de outros

    recursos facilitadores da leitura e da aprendizagem.

    Internet

    O aluno poder navegar na Internet, individualmente, de acordo

    com sua disponibilidade de tempo, ou frequentando os laboratrios

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    42UNIDAD 2

    de aprendizagem existentes nos polos, podendo realizar pesquisas

    de interesse acadmico e profissional, participar de chats e fruns de

    discusso orientados para a reviso dos contedos e para a investigao.

    ESTRATGIASPARAODESENVOLVIMENTODAAPRENDIZAGEMA metodologia adotada incentiva o aluno a construir o seu prprio

    conhecimento. Procura-se deslocar o eixo do ensino centrado exclusivamente

    na figura do professor ou, ainda, centrado somente nos meios tcnicos, como se

    fez no passado, para a atividade consciente e responsvel do aprendente.

    O aluno assume o papel de sujeito ativo e participante quando se

    instrumentaliza mediante o ambiente virtual, discute em sesses de chats e

    fruns, serve-se de materiais impressos e faz buscas na Internet. So aes

    que o aluno realiza sozinho (autoaprendizagem), ou com o professor da

    disciplina, com o tutor e com seus colegas (interaprendizagem), por meio

    das discusses em ambientes virtuais. As interaes aluno-professor-alunos-

    tutor-alunos conferem um pleno sentido de corresponsabilidade no processo

    de aprendizagem. (MASETTO, 2004, p.141)

    O Projeto Pedaggico deste curso prev momentos presenciais e a

    distncia, mediados por recursos tecnolgicos, utilizados didaticamente, e

    estabelece uma dinmica entre estudos individuais, recursos multimdias,

    trabalho com tutores e formadores, produo acadmica-cientfica-cultural

    (acadmico-cientfico-cultural?) e estgio supervisionado.

    Os estudantes desenvolvero competncias com o propsito de utilizar

    a tecnologia como ferramenta para o exerccio das suas atividades, com

    vistas formao e atuao profissional, ao processo de construo do

    conhecimento e incluso digital.

    A plataforma virtual de aprendizagem e o material escrito possibilitam

    aos alunos uma srie de oportunidades de leitura, reflexo, elaborao de

    snteses, levantamento e soluo de problemas e auto-avaliao. Para tal fim,o estudante tambm pode contar com a mediao de tutores para orientar

    os estudos, esclarecer dvidas, sugerir fontes de informaes e avaliar

    respostas.

    A EaD deve fomentar as melhores condies possveis para que o aluno

    possa alcanar o aprendizado de forma efetiva, embora em um ritmo prprio

    e peculiar. Ela incentiva o aluno a construir o seu prprio conhecimento,

    cabendo ao professor o papel de mediador.

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    - A partir das mdias que voc conhece, indique aquela que, em sua opinio, vem apresentando bons resultados

    na promoo da aprendizagem de jovens e adultos.

    SEO 3EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DO CURSO

    O trabalho coletivo de fundamental importncia para a

    viabilizao da educao a distncia. As atividades exercidas de

    forma integrada enriquecem o trabalho de toda a equipe, agilizando

    e fomentando as condies para que o curso alcance as metas

    propostas.

    A equipe multidisciplinar que apoiar o estudante durante

    o curso composta de docentes da rea especfica e de pedagogos

    (especialistas, mestres e doutores), bacharis e tcnicos em informtica,

    secretrios, digitadores, estagirios (discentes), editor, diagramadores,

    ilustradores, revisores de lngua portuguesa (docentes), profissionais

    de artes grficas e outros.

    Destacam-se:

    Equipe de colaboradores, que inclui pessoal com experincia em

    EaD que presta assessoria na concepo e elaborao do projeto do

    curso e que acompanha a sua implantao, seu desenvolvimento esua avaliao. Ela tambm contribui para a capacitao do pessoal

    envolvido no curso. Essa equipe composta por professores e

    funcionrios que atuam no NUTEAD Ncleo de Tecnologia e

    Educao Aberta e a Distncia da UEPG e pode incluir profissionais

    de outros setores da UEPG, de instituies parceiras ou profissionais

    convidados para tarefas especficas.

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    44UNIDAD 2

    Professor coordenador de curso, que o responsvel pela

    organizao e desenvolvimento do projeto pedaggico do curso.

    Esse coordenador deve garantir a qualidade acadmica e didtico-

    pedaggica de todas as etapas do curso e dos recursos miditicosutilizados. Ele deve zelar pela qualidade do ensino-aprendizagem,

    pela correta elaborao dos materiais necessrios ao curso, pela

    adequao do currculo, e pelo adequado encaminhamento das

    atividades de avaliao, pesquisa e extenso. Ele deve, tambm,

    avaliar o desempenho dos docentes e dos demais profissionais

    envolvidos, bem como o desempenho dos estudantes. Por fim, ele

    deve tomar as medidas necessrias para implementar melhorias ou

    corrigir possveis problemas surgidos no curso e emitir parecer em

    processos relativos a transferncias, aproveitamento de estudos e

    outros documentos referentes vida acadmica do estudante.

    Professor coordenador de polo, que o gerenciador dopolo de

    apoio presencial, responsvel pelo funcionamento adequado desse

    espao. So atribuies desse profissional: zelar pela organizao

    e segurana do plo; orientar o trabalho dos tutores locais e

    supervisionar o andamento dos aspectos tcnicos e administrativos

    dos cursos ofertados no municpio; assegurar o apoio logstico

    necessrio ao bom desenvolvimento das atividades presenciais

    realizadas no polo e servir de ponte de ligao entre a UEPG e as

    prefeituras.

    Coordenador de tutoria, que um professor graduado na

    mesma rea do curso em que atua, cuja funo assegurar o bom

    desenvolvimento do trabalho dos tutores, zelando pelo desempenho

    desses profissionais e pelo entrosamento do grupo e fornecendosubsdios para o adequado desenvolvimento do processo de ensino-

    aprendizagem. Ele deve auxiliar o coordenador do curso em suas

    atividades e pode substitu-lo em seus impedimentos.

    Professor autor, que o responsvel pela concepo terica e

    pela estruturao pedaggica da disciplina. Organiza e seleciona

    os contedos e as estratgias de ensino-aprendizagem, que

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    so posteriormente sistematizadas em um livro didtico. Alm

    disso, quando no exerce as funes de professor formador ou

    de tutor, orienta esses profissionais nas questes relativas ao

    desenvolvimento dos contedos programticos, aos processos deensino-aprendizagem e avaliao.

    Professor da disciplina, que apoia os tutores na conduo do

    processo de ensino-aprendizagem. Ele faz a mediao entre tutores

    e estudantes no desenvolvimento dos contedos do curso, e planeja

    e desenvolve as aes de natureza didtico-pedaggica referentes

    ao curso. Participa da organizao, realizao e avaliao da

    disciplina, acompanha e avalia o seminrio e a prova presencial

    da disciplina, auxiliando o coordenador do curso, o professor autor

    e o tutor online. Ele responsvel pela insero de atividades na

    plataforma virtual de aprendizagem e pode ou no ser o autor do

    livro didtico.

    Tutor a distncia, que o mediador do processo de ensino-

    aprendizagem, sendo um dos responsveis pela motivao dos alunos

    e pela criao de oportunidades de aprendizagem. Ele acompanha

    os alunos durante o desenvolvimento das disciplinas, orientando-

    os nos estudos e na realizao das atividades. Ele tambm pode

    colaborar no processo avaliativo. Este profissional deve dominar

    o contedo do curso, de modo a auxiliar os alunos, sanando suas

    dvidas, sugerindo leituras e atividades complementares. Tambm

    deve ter domnio de informtica, do trabalho em rede (web) e

    da plataforma virtual de aprendizagem. Ele trabalha de forma

    articulada com o professor autor e com o professor da disciplina e,

    alm disso, faz a mediao entre os estudantes e a Coordenao doCurso.

    Tutor local(presencial), que acompanha a turma nas atividades

    desenvolvidas no polo presencial. Ele o responsvel, juntamente

    com o coordenador do polo, pelo seu bom funcionamento e pela sua

    segurana, no que apoiado pelo municpio que o sedia. ele que

    acompanha e auxilia os alunos nos chats, fruns, sees de atividades

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    online, sees de videoconferncia, webconferncia e nas atividades

    presenciais. Ele auxilia na organizao e no acompanhamento das

    prticas de ensino e do estgio supervisionado. Compete a esse

    tutor organizar as atividades do polo, orientar os alunos sobre datase locais de realizao de provas e outras atividades presenciais, e

    manter constante comunicao com os coordenadores de curso e

    de tutoria, informando-os de todos os fatos relevantes ocorridos no

    decorrer do curso.

    Secretrios e tcnicos, que auxiliam de forma sistemtica e

    colaborativa em questes burocrticas, administrativas e de informtica.

    O foco dessa atividade o suporte tcnico e administrativo, seja no

    polo presencial ou na sede.

    Estudante,

    A utilizao das tecnologias como recurso didtico trouxe tona

    uma srie de desafios, tais como: a seleo dos diferentes tipos de textos

    produzidos especificamente para um curso de EaD, a articulao dos ncleos

    temticos, a interdisciplinaridade, a coordenao didtico-pedaggica, a

    renovao metodolgica dos docentes, a reviso dos fundamentos tericos

    da aprendizagem e do processo de avaliao e a formao do tutor, figura

    indispensvel nessa modalidade de educao. O tutor suas competncias

    e sua importncia ser o objeto de estudo da prxima unidade.

    - Indique o profissional da equipe multidisciplinar a quem voc deve recorrer, caso no esteja satisfeito com

    a qualidade do curso.

    - Explique como deve agir um estudante de EaD para bem adaptar-se metodologia dos cursos na modalidade

    a distncia.

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    ROTEIRO DE ESTUDOSSEO 1 - Concepo de tutor e tutoriaSEO 2 - Tutoria na UEPG/U AB

    Otutor e suaimportncia na EaD

    Reconhecer a importncia do tutor na educao a distncia.

    Identificar as principais competncias e habilidades inerentes

    funo de tutor.

    Diferenciar as atividades do tutor a distncia das atividades do tutor

    presencial no projeto UEPG/ UaB.

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

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    SEO 1CONCEPO DE TUTOR E TUTORIA

    O tutor uma figura estratgica nos cursos a distncia, sendo o

    responsvel pelo bom andamento das atividades. Esse profissional

    assume a misso de articular todo o sistema de ensino-aprendizagem.

    Ele deve acompanhar, motivar, orientar e estimular a aprendizagem

    autnoma do aluno, utilizando-se de dilogos, confrontos, discusso de

    diferentes pontos de vista, aproveitando a diversidade e respeitando as

    formas prprias de o aluno se postar frente ao conhecimento.

    Tambm tem por funo resolver os rudos de comunicao e osproblemas que surgem ao longo do processo de ensino e, ao mesmo

    tempo, articular e desenvolver aes para aperfeioar o sistema de EaD,

    que deve ser alvo de constantes reflexes.

    O sistema tutorial compreende, dessa forma, um conjunto de aes

    educativas que contribuem para desenvolver e potencializar as capacidades

    bsicas do aluno, orientando-o para a obteno de crescimento intelectual

    e de autonomia, e ajudando-o a tomar decises em vista de seu desempenho

    e das circunstncias de sua participao no curso.A tutoria pode ser exercida presencialmente ou a distncia, sendo

    as atribuies dos tutores definidas no projeto pedaggico do curso ou no

    programa.

    O tutor um orientador da aprendizagem individual do aluno de

    EaD, que frequentemente necessita de orientao para definir o que

    mais lhe convm em cada circunstncia. O tutor pode ser considerado

    um orientador acadmico ou um facilitador da aprendizagem.

    A tutoria ocorre quando o aluno, sozinho ou em pequenos grupos,

    busca o apoio desse profissional, atravs das ferramentas do ambiente

    virtual de aprendizagem, ou ainda via telefone, fax, carta ou e-mail. Nos

    cursos a distncia preciso que se estabelea um fluxo de comunicao

    contnua, interativa e bidirecional, mediada pela ao tutorial, com

    acompanhamento pedaggico e avaliao sistemtica da aprendizagem.

    A ao tutorial tem o propsito de propiciar ao estudante de EaD

    um ambiente de aprendizagem personalizado, capaz de satisfazer suas

    necessidades educativas.

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    Como mediador nesse processo, o tutor assume papel relevante,

    atuando como intrprete do curso junto ao aluno, esclarecendo suas

    dvidas, estimulando-o a prosseguir e, ao mesmo tempo, participando da

    avaliao da aprendizagem.

    Para tanto, o tutor dever:

    atuar como mediador e conhecer a realidade dos estudantes sob

    sua orientao em todas as dimenses (pessoal, profissional, social,

    familiar, etc.);

    expressar uma atitude de receptividade diante do aluno e assegurar

    um clima motivacional favorvel aprendizagem;

    oferecer possibilidades permanentes de dilogo, saber ouvir, ser

    emptico e manter uma atitude de cooperao;

    introduzir estmulos e situaes instigantes para assegurar a ateno

    dos estudantes;

    usar exemplos ligados a situaes reais de vida, para que na

    aprendizagem intervenham aspectos pessoais e emocionais, de maneira

    que ela no se restrinja apenas a uma assimilao intelectual;

    considerar os conhecimentos tericos e prticos que os alunos j

    possuem e aproxim-los de novos conhecimentos e informaes, de

    maneira progressiva e moderada;

    orientar os estudantes de modo a estimular a curiosidade pelo

    desconhecido e o interesse pela pesquisa;

    oferecer experincias de melhoria de qualidade de vida, de

    participao e de tomada de decises;

    propiciar atendimento individualizado e cooperativo, numa

    abordagem pedaggica que pe disposio do estudante os recursos

    necessrios para que alcance os objetivos no curso, da forma mais

    autnoma possvel.

    Conforme Preti (1996, p. 27),

    ...o tutor, respeitando a autonomia da aprendizagem de cada cursista, estarconstantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem [...]. por intermdio dele, tambm, que se garantir a efetivao docurso em todos os nveis.

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    O subsistema de tutoria, muito mais do que um aspecto estrutural e

    de assistncia ao estudante, deve ser visto como um processo de educao

    individualizada e cooperativa, cuja abordagem pedaggica centrada no

    ato de aprender e nas necessidades do estudante

    A tutoria visa orientao acadmica, ao acompanhamentopedaggico e avaliao da aprendizagem dos alunos a distncia.

    Para isso, o tutor deve possuir um perfil profissional com capacidades,

    habilidades e competncias inerentes funo.

    Segundo autores como Flemming (2002), Emerenciano et al (2001) e

    Souza (2004), esse profissional pode ser considerado um especialista que

    deve dominar contedos e procedimentos, bem como atuar, estimulando

    e favorecendo a interao entre os sujeitos envolvidos.

    Dentre os conhecimentos e atitudes a serem desenvolvidaspelo tutor, Emerenciano et al (2001, p.8), citados por Seleme e Sartori

    (2004), mencionam o domnio de conhecimentos bsicos de informtica,

    competncia para a anlise e resoluo de problemas, capacidade de

    buscar e processar informaes, responsabilidade, solidariedade, esprito

    de cooperao, tolerncia e disposio para aprender e tomar decises.

    Souza (2004, p.2), citado por Seleme e Sartori (2004), se preocupa

    com aspectos operacionais da tutoria e aponta aes que podem ser

    adotadas pelo tutor, tais como:

    responder perguntas e tirar dvidas sobre o contedo e a

    metodologia de um programa;

    preparar bancos de respostas para as perguntas mais frequentes;

    preparar esquemas de contedo para explicaes solicitadas;

    providenciar respostas para perguntas e dvidas sobre questes

    que tangenciam o contedo de um programa;

    corrigir e devolver trabalhos realizados pelos alunos;

    selecionar trabalhos de alunos para envio aos participantes, e

    SEO 2PERFIL DO TUTOR

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    utiliz-los nas atividades sugeridas;

    estimular os alunos a elaborar um plano de estudo e de

    administrao do tempo;

    provocar e estimular a participao com perguntas e desafios; acompanhar a realizao das atividades pelo aluno, considerando

    em que momento se encontra em relao ao conjunto do programa

    e aos colegas, quando se tratar de uma turma que progride em

    conjunto;

    ser a presena que minimiza a solido do aprendiz, manifestando-

    se periodicamente para dialogar com ele, mesmo sem ter sido

    solicitado;

    verificar o que est acontecendo com aqueles que no se

    manifestam por um certo perodo, pois so os provveis candidatos

    a abandonar o programa.

    Cumpre destacar tambm a base terico-conceitual desse

    profissional, que deve ser slida e estar de acordo com aquela que

    inspirou o projeto pedaggico do curso e da disciplina em que atua, ou

    seja, o tutor deve desenvolver o seu trabalho em harmonia com a equipe

    que planejou e desenvolve o curso e, principalmente, com os professores

    autores dos livros didticos.

    O TUTORADISTNCIANAUEPG/UABO tutor a distncia, na UEPG, um orientador acadmico cuja

    formao deve ser semelhante ou superior do curso ou disciplina em

    que atua. Esse profissional d atendimento e orientao aos estudantes,

    ajudando-os a superar dificuldades e esclarecendo suas dvidas quanto

    aos contedos estudados, via ambiente virtual de aprendizagem, ou por

    outros meios tecnolgicos de comunicao. Tambm sua atribuio

    estimular e motivar os estudantes, contribuindo para que se organizem e

    realizem com sucesso todas as atividades referentes ao curso.

    SEO 3TUTORIA NA UEPG/ UAB

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    Os tutores devem estar preparados para enfrentar novos desafios

    e desenvolver competncias que garantam ao mesmo tempo o auto-

    aprendizado do aluno e a interao e a comunicao do grupo.

    Dentre as competncias do tutor, a literatura sobre o tema aponta,entre outras: competncias tcnicas, pedaggicas, comunicacionais,

    de iniciativa e criatividade, gerenciais, sociais e profissionais. Essas

    competncias podem ser desenvolvidas antes e durante o trabalho

    de tutoria e supem estudo, participao em cursos, momentos de

    capacitao em servio e em outras atividades que favoream o domnio

    de conhecimentos, habilidades e atitudes tpicos da tutoria.

    Dentre as habilidade e atitudes do tutor, preciso salientar o

    respeito pela instituio em que atua, a importncia das relaes cordiais

    e cooperativas entre os tutores e os professores das disciplinas, entre eles

    e os demais membros da equipe e, principalmente, entre eles e os alunos.

    O tutor tem uma atuao direta nas atividades de ensino-aprendizagem,

    alm da responsabilidade de criar um clima de amizade e cooperao

    com os estudantes, de modo a lev-los a confiar em sua orientao e a

    recorrer a ele sempre que necessrio.

    O tutor precisa estabelecer com o aluno uma relao amistosa,

    passando a imagem de amigo, protetor, conselheiro, alm de ser aquela

    pessoa que d assistncia ao estudo em sentido restrito.

    As experincias de EaD at aqui desenvolvidas pela UEPG revelam

    que a atuao do tutor decisiva para o sucesso dos cursos a distncia

    e em particular para evitar o fenmeno da evaso ele o profissional

    que, alm de mediar as aes pedaggicas e interagir com professores,

    alunos e contedos, d o toque de afeio, apoio e proximidade de que

    os estudantes necessitam, superando as