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Turnout in ballet dancer ´ s and its relationship to musculoskeletal injuries: review from the literature Maria João Leite (IFE MFR CHP-HSA) XII Congresso da SPAT 25.09.2015

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Turnout in ballet dancer´s and its relationship to

musculoskeletal injuries: review from the

literature

Maria João Leite (IFE MFR CHP-HSA)

XII Congresso da SPAT

25.09.2015

Introdução Medicina da dança

Ramo especializado da Medicina Desportiva

Questões básicas de investigação racional cientifico para a

prevenção e tratamento de problemas músculo-esqueléticos associados

Turnout: Habilidade básica no ballet clássico necessária para a

execução de movimentos

Definição: rotação externa das extremidades inferiores de modo a que o eixo

longitudinal dos pés esteja 180º, rodado afastando um do outro.

Introdução Os movimentos ocorrem ++ RE Anca

Turnout ideal: RE 70º anca BL, RE tibial 5º BL, RE pé 15º BL

Poucos bailarinos conseguem o turnout ideal sem

compensações ao longo da cadeia cinemática (excessiva

lordose lombar, anteversão pélvica, retroversão femural,

rotação externa tibial, pronação da subastragalina), sendo este

um dos mais sérios erros de treino associado com lesões de

ballet

Turnout compensado: diferença entre turnout funcional e

graus de RE passiva da anca compensações das restantes

articulações para turnout ideal sem RE da anca adequada

Introdução

Lesões por lordose lombar e anteversão pélvica: Lombalgia inf. e

espondilólise

Lesões por RE excessiva (“Screwing”) do joelho: Lesão do LLM, do

joelho Lesões MI e dor patelofemural

Lesões por pronação excessiva do pé: Posteromedial shin splints,

Tendinite de Aquilles,Tendinite do Flexor do hallux, Tendinite do tibial

posterior, Fasceite plantar, Impingement anterior, Hallux valgus e #

metatársicas, apófisite do calcâneo

3 critérios de qualidade para turnout funcional:

1) Manter o centro do J sobre a linha média do pé

2) Manter um peso equitativo sobre ambos os pés

3) Distribuição do peso sobre calcâneo, cabeça do 1º e 5º MT

Introdução

Os rastreios para estudo do turnout devem ser efectuados pelos

11 anos dado que o ângulo de anteversão femural não parece

estar afectado pelo treino de dança após esta idade

O turnout ideal requer relações anatómicas especificas do

MMI, incluindo alinhamentos esqueléticos, mobilidade

articular e flexibilidade dos tecidos moles aditivos a anos de

treino.

Avaliação de uma possível associação entre graus de

turnout, rotação externa passiva da anca, turnout

compensado e lesões músculo-esqueléticas em bailarinos.

Avaliar as diferentes variáveis modificáveis passíveis de

influenciar os graus de turnout em bailarinos.

Objectivos

Foram pesquisadas bases de dados electrónicas usando as plavras-chave: ballet AND injuries, ballet AND turnout; ballet AND hip external rotation.

Posteriormente os estudos foram analisados relativamente a medições do turnout e/ou turnout compensado, RE passiva e/ou activa da anca e lesões músculo-esqueléticas auto-reportadas; de modo a que fosse possível extrair a correlação entre lesões atraumáticas na prática de ballet clássico, o grau de turnout funcional e as variáveis modificáveis passíveis de influenciar o mesmo.

Metodologia

80 publicações

6 estudos seleccionados

Resultados

Abordagens terapêuticas

Gastos relacionados

Relatos de casos

Outras lesões músculo-

esqueléticas não relacionadas

com o turnout

Objectivo: Compreensão do turnout pela relação entre RE e turnout funcional nas 5 posições de ballet clássico

População: 20 bailarinas 11-14 A (3 anos de treino)

Método: Estudo transversal. Medições: 1. RE passiva da anca avaliada em pronação com goniómetro. 2. Turnout avaliado (linha da intersecção entre 2 eixos longitudinais do pé)

Resultados: RE da anca é significativamente menor que o turnout nas 5 posições, sem diferença significativa do turnout nas 5 posições

Conclusões: A RE da anca não deve ser usada como preditor do turnoutfuncional

Resultados

Resultados

Objectivo: Comparar as AA tornozelo e anca e FM dos musc da anca em bailarinas 8-11 A e controlos

População: 77 bailarinas e 49 controlos

Método: Estudo caso-controlo. Medições: 1. RE e RI passiva da anca avaliada em supinação com inclinómetro. 2. Dorsiflexão da TT em posição step-stance (standing-lunge) com pés distanciados pela distância entre ombros avaliada com inclinómetro e distância pé-parede. 3. Comprimento dos músculos do compartimento dorsal da perna usando um inclinómetro. 4. Turnout avaliado sobre transferidor de 10 a 100º (distância entre D2 e D3). 5 . FM em isometria dos flexores, abd, ad, RI e RE da anca com dinamómetro

Resultados: RE:RI maior nos bailarinos, bem como o RE non-hip. Bailarinos com maiores graus de DF. A FM dos diferentes grupos da anca foi igual em ambos os grupos

Conclusões: Um estudo longitudinal permitirá definir se as AA da anca e TT nos bailarinos são geneticamente pré-determinados e incapazes de melhoria com posterior treino de ballet

Resultados

Objectivo: Comparar relação entre turnout , RE passiva da anca e lesão dos MMI e lombar auto-reportados em bailarinos

População: 30 bailarinas: grupo com lesões reportadas (14) e sem lesões reportadas (16)

Método: Coorte retrospectivo. Medições: 1. Turnout (intersecção entre linha longitudinal do pto médio do calcâneo e ponto médio da cabeça dos MT) 2. RE e RI passiva em pronação com goniómetro 3. Turnout compensado: diferença entre turnout e soma de RE passiva da anca BL

Resultados: Diferença estatisticamente significativa entre o turnoutcompensado do grupo de lesionados 25,4 (± 21,3º) e não lesionados 4,7º (±16,3º)

Conclusões: Os bailarinos com elevado turnout compensado estão sob maior risco de lesão dos MMI e lombar

Resultados

Objectivo: Comparar diferenças na RE e RI da anca, FM dos RE anca, entre bailarinos e não bailarinos e entre o lado dto e esq.

População: 34 bailarinas e 37 não bailarinos

Método: Estudo caso-controlo. Medições: 1. FM dos RE da anca em cadeira isocinética (30º/s) 2. Trabalho realizado 3. AA na RI e RE da anca

Resultados: Bailarinos com maior FM RE da anca nos extremos da RE. Os bailarinos demonstraram uma maior diferença entre o lado dto e esqrevelando alterações na cadeia cinemática e podendo predispor a lesões

Conclusões: Os bailarinos têm maior FM dos RE (demonstrado por desvio na curva de força dos bailarinos),podendo tal corresponder a uma resposta de treino adaptativa relacionada com força de ângulo especifica

Resultados

Objectivo: Estabelecer a relação entre aspectos do turnout e hx de lesão, e determinar a utilidade clinica de vários métodos usados para investigar o turnout

População: 24 bailarinas (15-22 A)

Método: Estudo transversal. Medições: 1. Turnout funcional 2. AA na RI e RE da anca (supina) 3. lag da RE activa 4. Turnout compensado 5. Diferença turnout estático e dinâmico

Resultados: O nº e severidade das lesões não traumáticas foram associadas com aumento do turnout compensado, mas não com AA de RE da anca. Não foi encontrada relação entre o turnout funcional e a AA de RE da anca

Conclusões: As medidas funcionais do turnout (estático e dinâmico) são mais relevantes que as AA da RE da anca para a prevalência de lesões atraumáticasde ballet. O controlo do turnout nas bailarinas de ballet clássico deve ser investigado dinamicamente e em posições funcionais

Resultados

Objectivo: Avaliação da anteversão femural e RE passiva da anca no turnout funcional. Idade de inicio, anos e duração de treino avaliados para estratificar influência na Anteversão femural, RE passiva anca e turnout em bailarinas

População: 64 bailarinas (14-25 A)

Método: Estudo transversal. Medições: 1 Turnout funcional 2. Anteversão femural (teste de Craig) 3. AA RE da anca (pronação)

Resultados: Associação estatisticamente significativa RE passiva anca e turnoutfuncional. Correlação negativa entre anteversão femural e RE passiva da anca. Idade de inicio de treino associado a maior FT (11-14 A) e TO. Anos de treino sem associação com FT e PER, mas com TO (aumento TO por técnicas compensatórias)

Conclusões: FT associada com PER (correlação +) 11-14. O treino intensivo associado a maior TO.

Conclusões O risco de lesão no ballet foi associado com o overturning ,

realçando a importância de avaliar o turnout como contribuidor potencial para lesões atraumáticas e de sobrecarga de lesões do ballet clássico

A rotação externa da anca não deve ser usada como preditora do turnout funcional.

O stress rotatório pode levar a elevado stress articular que aumenta o risco de forças deletérias na coluna, joelho e outras estruturas da extremidade inferior. O joelho é reportado como a articulação mais frequentemente lesionada.

Estudos sugerem que uma maior amplitude de movimentos vista tanto na RE como no turnout em bailarinas mais velhas resulta do treino ou de uma selecção (apenas as bailarinas com maior amplitude se tornam bailarinas profissionais) ou talvez por uma combinação de ambos os factores

Conclusões

Treino > 6h/semana (idade 11-14 A) está associado com

maior retroversão femural, estando esta geometria esquelética

associada com maior RE anca que pode permitir um > TO,

usando menos mecanismos compensatórios e

consequentemente reduzir o risco de lesão

O efeito do treino na FT diminui após os 16 A e/ou 2 A após a

menarca (remodelação óssea).

Aumento do TO por maior nº de horas de treino, deve-se a

técnicas compensatórias

Conclusões

Os professores devem encorajar os bailarinos com elevados

graus de turnout compensado para diminuir o seu turnout,

recorrendo a estratégias preventivas focadas no fortalecimento

(isométrico a níveis baixos de contracção voluntária máxima) e

controlo da RE anca em posições funcionais (bem como

abdutores, extensores e DF).

Estudo longitudinal ou coorte de bailarinas jovens que possa

ajudar a elucidar as lesões crónicas não traumáticas e os

factores que levam a cronicidade e recorrência, estudos futuros

que ajudem a explorar os mecanismos biomecânicos

Grata pela atenção !!!!!