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O selecionado brasileiro submeteu-se a uma prova du-ríssima, medindo-se com os argentinos na "Copa Roca" de1945. As vitórias atingidas comprovaram melhor a eficiên-cia do quadro organizado por Flavio Costa do que a simplesobservação dos jogos disputados.

E por isso podemos aguardar, calmamente, os compro-missos da "Copa Rio Branco", com os uruguaios, em Mon-tevidéu, e do sul-americano extra de Buenos Aires. Longede nós, porém, o otimismo que se nota em alguns setores.Há quem julgue essas duas jornadas "pão ganho". Não éassim. Devemos cair na realidade, deixar os sonhos paraoutros. Se dispomos, no momento, de um conjunto primo-roso, não devemos nos esquecer de que o "association" re-sulta do trabalho harmônico de todos, e os menores desen-tendimentos atiram por.terra a melhor situação. Isso acon-teceu em S. Paulo, no Pacaembu, há poucos dias. Poderáacontecer, também, nos gramados do Rio da Prata. Alémdisso, não nos esqueçamos, também, de que os argentinose os uruguaios são leões quando em seus redutos. Os joga"-dores argentinos disseram, de volta a Buenos Aires, quenós transformávamos os jogos em compromissos nacionais.Mentira. Mentira só, não. Um bom julgador por si julgaos outros. A verdade é que são eles os que agem dessaforma. E por essa razão, conquanto sejam profissionais, nasua terra, com.sua torcida, produzem o dobro do que sãocapafces em terras estranhas.

Os brasileiros terão que enfrentar adversários dessequilate, valentes, rijos, de fibra, e mais o ambiente adversotendenciosamente armado em Buenos Aires. Eis por quenão pode haver otimismo e sim, na melhor das hipóteses,a análise fria das condições, das circunstâncias e dos fatores.

E devemos, na medida das possibilidades de cada um,fazer com que o cavalheirismo tradicional dos brasileiros— um símbolo na simpatia dos povos do continente — pornada se deturpe, em Montevidéu ou em Buenos Aires.

Queremos, nós brasileiros, que os nossos patrícios fu-tebolistas levantem, em Buenos Aires, à semelhança deSantiago do Chile, o bi-campeonato da disciplina, se nãofor possível trazer a vitória material!

Escreveu ALBERTO MENDES

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A excursão do América ao Norte foi, aliás, ren-dosa. Foi o começo de Álvaro, hoje suplente deDanilo no conjunto rubro. Álvaro saiu do Clubedo Remo, de Belém do Pará, e é, na fotografia,

o Bétimo da esquerda pa/a a direita.

Vale a pena recapitular Pinhegas. Êle Já aquiesteve, nesta página. Mas a axquivista foi en-contrá-lo, novamente, no seu começo verdadeiro:no selecionado amazonense. E aqui temos Pi-nhegas, na sua posição de extrema esqueda, a

mesma que ocupa no Fluminense F. C.

Ubaldo apareceu, um dia, no selecionado cea-rense. Espevitado o rapaz. Resultado: o Amé-rica quando foi ao Norte, numa prolongada ex-cursão, trouxe a "novidade" para o seu conjunto.Ubaldo é o quarto, ajoelhado, da esquerda para

a direita.

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1945, O ANO DE OURO DO ESPORTE BRASILEIRO!s.í •';:>¦..,.. ,

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LEVANTANDO A "COPA

UMA SUPERIORIDADEROCA" OS BRASILEIROS FIRMARAMQUE NÃO PODE SER DISCUTIDA!

Reportagem de GENARO

Houve quem dissesse do certafeita;:— Brasil país do futuro!

E a pessoa que escolheu pata/pequenina P0l'óm significativafrase para servir de lona á exe-cuçao de uma grandiosa obraliterária £oi um escritor, ; umhomem que viveu seus últimosanos no Brasil e soube fazerjustiça as belcsas o ás pródiga-lidados de nossa terra: btetanZweig. ,.

Pois bem, nesse seu compêndiomaravilhoso, o narrador austríacodescreve com enorme propriedadetudo que no Brasil ele viu e amoucomo um se fera um brasileiroo viu na nossa terra ou por outrapreviu, para a mesma um futuroéxplcndoroso, daí nascer aqueletítulo que diz muito porque6 futuro... „

As explanações de bteían Mveigos seus comentários e as suasperspectivas risonhasc otimistaspodem se exl.ender a qualquercampo de açfto da vida brasi-loira Ele admirou o indivíduobrasileiro, o seu temperamento,o seu modo de encarar as adver-«idades e etc, etc.

Depois deste conflito bélico,em que a nossa pátria tomou umapos'-cão definida ante os destinosdo mundo civilisado, estamoscomeçando a acreditar nas pro-feticas palavras do grande es-critor. E' que o Brasil estase elevando no conceito dos po-vos estrangeiros e princjpalmen-te n.o dos mais adiantados.

Se tal aconteceu com rejaçáoas nossas atividades políticase econômicas, também o mesmose tem verificado no campo dacultura íisica.

Porque o homem não tem ne-cessidade somente de ter umamente sã, mas também um espi-rito e um corpo são. E, para isso,devemos cultivar o nosso des-porto. Devemos engrandecer-lheno confronto com os demais.

O ano de 1945 foi de ouro parao esporte brasileiro. Nunca, nes-tes últimos tempos, vencemostantas competições num ano só.A í.ossa supremacia foi absolutao insofismável. Km todos ossetores em que nos fizemos re-presentar os nossos ostentaramuma forma fisica e técnica ad-miravél, vencendo tron.eios, der-ruban.do marcas e levantandotroféus.

Já que o ano está findo vamos' fazer um ligeiro retrospecto doque foi essa campanha memora-vel para os anais do desportobrasileiro.

Principiamos, com o Campeo-nato Sul-Amerieano de Futebol,enviando a Santiago, do Chileo nosso selecionado, que emboraconstituído de grandes valoresdo nosso socer, não ia á capital,do país. andino lá muito credorda confiança do desportista bra-sileiro que já estava cançado dover os nossos jogadores seremderrotados em contendas inter-nacionais. Para eles o Brasil nãopassaria de um quarto lugar,ficando as colocações anterioresentregues aos argentinos, uruguaiose Chilenos, estes por serem donosda casa.

Devo dizer que omiti algumacoisa: o nosso inicio de revancheesportiva foi bem melhor. Trata-se dos jogos levados a efeito aquino Rio, em São Januário e cmPacaembu na capital bandeiranteem homenagem a nossa ForçaExpedicionária. Vencemos. entãoos orientais por 6x1 e 4x0, res-pectivamente, no ano de 1944,mas nesta altura os uruguaiostraziam um selecionado debili-tado e sem nenhuma estruturasolidificada.

ESPORTE ILUSTRADO

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O JHlclol brasileiro encetou, em,194t>, uma campanha qye prometeseguir com o mesmo brilho do sul-americano extra de Santiago <ioChile, a julgar os resultados bri-lhanies verijicados na Copa Roca,com os argentinos. Na po-giua anterior vemos o selecionadonacional que tão expressivos loa-ros colheu na ''Roca '.

As nossas vitorias foram liqui-das o indiscutíveis, mas o tempopassou e ninguém acreditava queo Uruguai enviaria ao Chileum scrath tão fraco com aqueleque aqui esteve. A maioria afir-mava que o verdadeiro selecionadodos ex-campeões do Mundo, seriac que iria a Santiago sob o con-trole técnico do famoso Nazazi.Cs próprios comentaristas doUruguai, como por exemplounosso conrnide Davy, do perio-dico Im Naciorl, frisava os desejosdos seus patricios de se defron-tarem novamente com os brasi-ei ros para que surgisse umareabilitação completa do futeboluruguaio. E os primeiros com-promissos dos nossos jogadoresnos jogos contra a Bolívia e con-ra a Colômbia, vieram confirmaros prognósticos dos mais pessi-mistas. Jogamos mal e emboravencedores demonstramos quedaquela fórm.a não chegaríamosaos malchs finais

Mas, justamente o jogo contrao Uruguai foi o que demonstrouo valor atual do nosso associationPerante os olhos de uma enormeplatéia, que havia simpatisadocom os nossos jogadores, abate-mos novamente os orientais emsolo estrangeiro e por um placardque não deixou margem paraduvidas: 3x0.

Depois, jogamos uma cartadadecisiva contra os argentinos efomos derrotados, mais pela faltade sorte do que pela ausênciade recursos técnicos c de com-batividado. Por uma infelicidadea contusão de Jaime que abriuo setor para o insicler portenhoMen.dez conquistar, do saídaquasi, os três tentos argentinos,

ficamos cora um» larga in.forio-ridade numérica no marcador,diúcil de ser alcençada logo noprincipio do grande prelio.

Nfto nos faltaram, ]x>rom, me-ritos para, reagir e ser senhoresabsolutos do campo durante iodoo segui cio periodo de luta, semcontudo lograrmos mais do queum tento, porque, além de en-centrarmos pela frente uma so-lida defesa, havia contra asnossas cores a falta do fatorchance do tão decisiva impor-tancia naqueles momentos tra-gicos, em que os hossoh pia yensnão pouparam i.m sé segundofazendo o máximo na defesa dosnossos interesses,

Foi o único prelio cm que. fomosderrotados.

Pe-pois, esmagamos o eoi juntodo equador por 9x2 e, em seguida-nos laureamos a;.te os chilenos,decidindo a nosso favor a segundacolocação e tendo a honrade sermos os u.nicos a vencer aseleção andina, até então invicta.

Foi um excelente começo parao 1945 do futebol brasileiro edemonstrar que os reveleso conjunto uruguaio aqui sorreuem 44, r.ão foram produtos, uri-camente, da chance ou. da debi-lidade do seu quadro. Não. Foia. força aseencior.nl do futebolbrasileiro que levou de vencidaos nossos tradicionais adver-sario .

Em seguida van.os relembrar ooutro certamen continental emque tomamos parte e vencemoscom absoluta autoridade de cam-peões.

A contribuição do basquetcbol joiimpressionante. Valeu pelo maisexpressivo Jeito dos desportos cole-tiros nacionais no estrangeiro.Daqui saiiulo apenas esperança-dos, os nacionais voltaram como campeonato, sem derrota. Aquivemos alguns dos heróis desse sul-americano: Chico e Rui/, á es-querda, Plulão, o cestinha docei-iamc, ao lado e, cm baixo, Chico,Adilio e Pacheco, estes dois jor-mando a dejesa.

Foi o de atletismo, realisadono Uruguai, em que os argentinose Chil mos eram consideradosfavoritos do mesmo.

Daqui partimos em condiçõesduvidosas. Os nossos jornaisfaziam comparações dos rcsul-tados dos atlitas brasileiros com

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os dos outros países e estes emnada eram favoráveis aos nossospatrícios'. Alem do mais, o terrpode preparação que nós tivemose a ausência de atletas dos maisdestacados como Lúcio de Cas-tro, Egon Falkemberjr, CriscaJane Cotton, Mario Mareio daCunha e outro, a forma ir.com-pletà de Assiz Naban, RicardoNitzj Capitrío Lyra a injustiça'com que feriram o nosso grandedecatleta Celso Pinheiro Doria,tudo isso íazia prever para ásnossas cores um resultado poucolisorgeiro.

Mas, contra todos esses obsta-culos, contra toda essa seriede torm.cntas surgiu algo de in-quebrantavel: a fibra indomável,dos atletas nacionais, que se fezvaler e triunfou com galhardia,com superioridade que nào ofe-rece marp-em para duvidas.

Era a vitória da tenacidade,do espirito de sacrificio!

Celso Pinheiro Doria, por exem-pio, apesar de esbulhado, mos-trou aos uruguaios ser o atletamais completo da America e nãotora os pontos que lhe arranca-ram teria, ele sido herói da prova,

ESPORTE ILUSTRADO

conquistando, tamh-em, o recordsul-americano da ir.esira seriede difíceis provas.

Os nossos corredores de fundolambem ultrapassaram a expe-et ativa mais risonha, conquis-tando pontos para as nossascores que se tornaram pre ciososno computo final.

E muitos outros desses feitosfizeram com que no final divisas-semos a bandeira do Brasil nomastro da vitória na praça deesportes de Batlley Ordonez.

Depois chegou a vez do bas-quetelpol patricio ser posto áprova e mostrar, também, queem nada fica a dever aos nossosoutros esportes.

Saindo daqui como um simplesconcorrente, sem contar com oconcurso de alguns dos nossos me-lhores azes, como Guilherme,Celso Doria, e Simões este ultimonos Estados Unidos, conquis-támos o coração do publico doEquador e obtivemos consecu-tivas vitorias no "Coliseu deHuancavilca", que no final noslegaram o troféu máximo da-queías disputas, a Copa America.

E' preciso que se acrescente

que levantamos o título invicto,vencendo adversários de cate-gorià, como os argentinos e uru-guàios, considerados lideres dobasquete continen tal.

Ainda seria o golfei; patric;oMario Gorzale.z quem iria obtermais um titulo esportivo para anossa pátria neste felicíssimo1945, o de Campeão Sul-Ame-ricano de Golí. obtido igualmenteapós se impor aos mais desta-cados gollistas do continenteainda por cima no solo argentino,longe portanto da sua pátria,do incentivo fie sua torcida e descampos de goH em que está aeos-tumadó a atuar.

Ainda os boxeurs brasileirosé justo que e destaque embora,não vencendo o torneio causaram,admiração em Buenos Aires pelasua admirável fibra e coragem.

Eles se tornaram dignos danossa admiração e melhor doque ninguém isso está atestadonos comentários da imprensaargentina que salienta, em seuscomentários, a bravura e o espí-rito de luta dos nossos patrícios"Eles devem ser recebidos comoverdadeiros campeões no Brasil"

disse um cronista argentinodo jornal

"Critica".E, para fmalisar, nas vésperas

de natal o portanto no finalde um ano que foi pródigo dosatisfações pai:i o esporte brasi-leiro o nosso selecionado de futebolconseguiu realisàr o que para mui-tos parecia impossível veccer Losargentinos. --, v«

Enfrentamos os portenhos nu-ma serie de três partidas, sendouma em Pacaembú na capitaipaulista e outras duas .aqui noRio em S. J a n u a r i o. Naprimeira fomos traídos pelai n c o m p e t e n c i a dos nossosarqueiros e pela falta de chance.Vin.os-nos derrotados pelo aper-tado score de 4x3, numa pelejaem que mandamos mais no ter-reno que os nossos vencedores.

Nas outras duas, a nossasuperioridade foi absoluta. Ven-eemos a segunda na memorávelnoite de vinte de Dezembro, porum score aTaiulor — 6x2que ficará para sempre na hts-tória do nosso ossocwlion, numapartida em que o nosso domiruose tornou patente; fizemos dosargentinos o que quizemòsj apesardestes contarem com um arqüeiroexcelente como loi Vacca e rascgui-ite outra vez os portenhos.exibiram um guardião, Oganrtoqie se destacou pelo seu arrojoe pela exuberante forma com quese apresantou aos olhos dos espe-et adores no Estádio do Vascocía Gama.

Apesar disso, dominamos, com-pletamer.te, o match lirmandosuperioridade e ratificando a per-fòrmnncc de três dias antes.Con seguimos encurralar ébem o' termo — ns argentinos,obtendo os nossos dianteiros nadamenos de dezessete corners noprin ciro hal%tirr.e, contra zeroa favor dos argentinos e no finala contagem de corners se elevavaliara 24 a nosso favor contrazero ainda para os portenhos, oque atesta a superioridadegrante dos nossos durante todoo desenrolar do prelio.

Vencemos o segundo jogo por3x1, numa peleja em que se osnossos avantes fossem mais po-sitivos. teríamos a repetição doplacard anterior, para mais...

Esse portar to foi o maior pre-mio que. poderiam ter recebidoa C B. D., o seu incansávelpresidente Dr. Rivadavia Cor-reia Meyer, que tudo tem feitopelo maior ongrandeeimento doesporte brasileiro.

Foi, igualmente, um excelentepresente de natal que os futebo-listas patrícios proporcionaramaos esportistas brasileiros e, fl-n alm ente, foi o "fecho de ouro"^da nossa campanha esportivaneste ano de 1945.

Vencemos, com hierarquia, numsetor oue era o único no qualnecessitávamos firmar uma su-premacia em matéria de eficiência.Encerramos o ano esportivo damelhor maneira possível e agorajá podemos pronunciar cheio desatisfação e sem receio de replica,num desabafo sir cero: — Somosos lideres do continente!

Vencendo esta ultima jornada,o esporte brasileiro laureoú-secomo o que maior numero de vi-torias obteve no ano de 194.'5fem todas as competições inter-nacionais. Que 1946, seja acontinuação de todos esses me-moraveis feitos são os nossosvotos e que o desporto brasileiropasse para o presente o queStefan Zweig poude divisar nofuturo ..

8

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Conversa eNa quinln-Jcira passada, os"torcedores" conversara))!, ani-

madamente, sobre a vüória dosbrasileiros na "('opa Roca", der-ratando seus tradicionais e qua-lijicados adversários, os argentinos.

(\ Lerij Kleiman captou o bate-papo e o transportou para o seugrande cartaz esportivo da RádioGlobo, na edição de Resenha Tis-portiva Brasileira, as quartas-

., feiras.¦. Leiam a "Conversa de Torce-dores".

Madureira: O Madureira, ape-sar de toda a gritaria da bicha-rada, 6 um clube que não fazfeio — Ah isto é que não faz...

Bonsuresso: Impressão sua. Che-pou em Belém do Pará, e apanhoude saída.

Madureira: Examinemos a si-tuação do ponto de vista técnico.Esta certa a papolina, seu cartolade seda ?

Fluminense: O ilustre amigomo desculpará, mas "papolina"é um neologismo que não con.stndo meu dicionário.

Madureira: Não tem impor-porque no meu abe

que?que-

igo.

tância,têm.

Canto do Rio: Tem oVocê não sabe lêr. Fica airendo ditar gramática.

Madureira: Eu nem te 1Mas, como eu ia dizendo, le-vando-se em conta os fatorespsicopaticos!e imateriais, o velhotricola suburbano, elevou bemalto o bom nome do futebolcarioca.

Bonsucesso: Não era preciso oMadureira ir a Belém do Paráelevar bem alto o nome do futebolcarioca, porque o Madureira jun-tamente com o Bonsucesso já soencontram bem alto n.o futebolcarioca. Lá em cima no ultimolugar. Se Deus quizer, pro ano.

Canto do Rio: O Bonsucessocontinuará na liderança da ra-beira.. .

Madureira: O Madureira fez aviagem do Rio, até ¦ Belém doPará, via marítima. E' um clubpobre, e por isto não pôde se darao luxo de ir de avião. Foiaquela água.

Bonsucesso: Já sei. Os joga-dores enjoaram da viagem. Pracima de mim, não. Eu não aceitoesta desculpa. Pôde ser que osoutros engulam.

Madureira: O Madura chegouem Belém do Pará. n.o sábado.Jogou no domingo, e apanhou de2 a 1, da Tuna.

Vascaino: Mas não podia dei-xar de apanhar, porque a Tuna6 o clube da colônia em Belém.do Pará, é o Vasco da Gama de lá.

Madureira: Pra mostrar queestão com a razão. Vejamsó: a turma descansou e ideu depresente de Papai Noel proMadureira, uma vitória de 4 a 1,contra a seleção do Pará.

Bonsucesso: Que galinha morta,o Paissandu, tri-campeão do Pará,não deu jogadores pro sele cio-nado. A mesma çousa que oVasco não cedesse jogadores proselecionado.

Vascaino: Grande definição!Se não fosse o Vasco, o selecio-nado estaria roubado.

Canto do Rio: Claro que estariaroubado, o selecionado v,:n-ceria de muito mais.

torcedoresAmericano: Este garoto agora

deu pra isto Se o vascaino dizsim, ele repete: sim! Se o vas-caino diz não! Ele banca o éco, ediz não! Assim é Ceio.

Canto do Rio: ()' americano,isto em linguagem clara, querdizei': diplomacia.

Americano: Claro. Você os tápreparando o ambiente pra ven-der em 1910, mais alguns jo-ga dores do Canto do Rio aoVasco. Diga-me uma coisa, qualé o próximo bonde pra Linda deSão Januário, por quatrocentotubos.

Canto tio Rio: Aqui pra nósque nir.guom ouça. Pro anoque vem o Car-to do Riovai empurrar o Odair pra cimado Vasco.

Americano: Logo o Odair, quecausa daquela história com oPimenta. Eu acho que o Vasconão vai nesta.

Bolajogo: Não ha de ser nada0 Botafogo fará bonito, mesmodesfalcado do Arv, do Heleno, dolvan, do Tim, e do Geninho,

Aiiierii-tiiii): Mas o Geninhoníto foi porque o Botafogo nãoquiz. Sapecou-lhe urna suspen-sào por indisciplina. Mas, ébotafoguense, o que é que vocême diz da ultima ?

Bolajogo: En não sei da pri-meira quanto mais da ultima.

Americano: Dizem por aí, queo Heleno vai pro Vasco.BotaJogo: E' possível que vá,

pra descontrolar o ataque doVasco. Só assim, o Botalogotira o campeonato.

Fluminense: Eu solicitarei asmeus distintos amigos urna pausa.0 Brasil conquista uma vitórianotável sobr.; a Argentina, o ossenhores ficam aí a discutirofutebol carioca, em plena tern-porada internacional.

Flamengo: Concordo com oCartola de Seria. Então o Flaviodesmascara todos os entendidosdo futebol nacional, com duasgoleadas maravilhosas, e não sefala nada. Cá pra nós, a máguan.o duro.

VITORIA...*

De Levy Kleiman

Canto do Rio: Que cartaz baixo.O Odair é um grande arqueiro,e só com uma defesa colocou oPimenta, 365 dias na cerca.

Americano: Até o campeonatoda cidade, ainda pôde aeontoce,alguma coisa. Como por exemplo...

Canto do Rio: Não haver cam-peonato. Isto também pode a con-tecer.. .

Americano: Que pirralho intro-metido. Voltando ao assunto,ou quero dizer que até o iníciodo campeonato ainda pôde havermuita reforma.

Vascaino: Façam as reformasque quizerem, porque o Vascoserá o campeão.

Flamengo: O Flamengo nãodará o prazer ao Vasco, de tirarum bi-eampeonato.

Americano: Chega de falar nofuturo. O que interessa agorasão os compromissos interna-cionais. . .

Bolajogo: Do Botalogo, não é?Atui to obrigado. O Botafogoseguiu esta manhã, em av;áoespecial, para o Peru,

Vascaino: Pra jogar no Bichonão era preciso ir até lá. EsteBotafogo quando não pode en-frentar times de classe, arranjaumas galinhas mortas no estran-geiro, pra fazer cartaz. Imagi-nam só, os patinhos contra os,peruanos.

Vascaino: Eu quiz falar desdeo principio, porque a vitória daseleção brasileira foi uma vitóriado Vasco. O Ademir e o Chico,foram, os principais construtoresda vitória.

Flamengo: O Zizinho, que todascombateram, mostrou a alta cias-se de que é possuidor. Depoisde vinte e três anos, a Copa-Roca voltou pro Brasil.

Canto do Rio: Quem foi quedisse que voltou? Os argentinostinham tanta certeza de quepapavam de colher, que dei-xaram a Copa Roca, em BuenosAires.

Argentino: Pero, mis amigosun momento. Jo voy hablar iaverdad. La A.ssociação de FutboiArgentino no envio Ia Copa Roca,porque los brasilenos tenian. queir a Buenos Ayres pelear em alcampeonato sud-americano deiutból.

Flamengo: Don Sebastian, deLas Muchachas, a sua desculpanão convence. Você se encheude vento no Pacaembü, crentede que em São Januário seria decolher. Não se esqueça de que oFlavio Costa é um grande técnico.

Vascaino: Se ele é um grandetécnico, porque foi que ele nãolevar.tou o tetra-campeonato.Convença-se do uma coisa, so oOndino Viera, pudesse ser o

técnico da seleção brasileira, nãosobra m ninguém na seleção ar-gen ti na para contar como foia história.

Flamengo: Veja os elementosque o Flavio teve nu selecionado-e verifique que jogadores elecontou no Flamengo. Mas co-mo eu dizia, é preciso ser umgrande técnico, pra depois rieuma derrota manter o mesmotime pro segundo jogo e vencerrie passeio. Com a palavra prochoro, Doi. Sebastian de LasM' chaehas,

Argentino: Thank vou verymuch — La derrota de ses auno, fue decorrente rie Ia im-pression terriíicante de las bom-bas e foguetes com que bom-barricaram nos otros los arpei -tinos, em San Jaruario. Quese passa, en Rio de Janeiro?Estan todos locos? Nos otrosjugamos futboi.

Bangú: Ilum hum Caboclodo mato também joga futibolhum hum.

]rascaino: Claro que joga, masapanha*cada sova.

Fluminense: Lembrem-se de queeles ainda são os campeões sul-americanos. O segundo jogo nodomingo passado, foi muito duro.

Argentino: Sin sêniores, Io juegofue tar duro que quebraran laspierjas dei jugador Bataglicro.

Canto do Rio: Com um nomeài batalheiro, ele tinha qi.esair da batalha levando algumassobras.

Fluminense: O Brasil abriu acontagem, o a Argei.tir.a em-patou, e quasi que teríamos dedisputar a prorrogação. Nãofoi tão fácil assim, e lá cm BuenosAAires irão a clesiorra.

Vascaino: Eu sei rio um que foipra Buenos Aires, e se "deleitou"no 3." jogo. Foi o Vaca.

Flamengo: Mas eu não con-sigo entender de que geito, rie-pois de uma surra daquelas naqtinta-íeira a noite, os arger-tir.es conseguiram lazer aquelaforça toda.

Vascaino: Temi explicação. Re-correram, a macumba.

Todos: a v: a c UM B a ?Vascaino: Claro que foi Ma-

cumba. Foran. a terreiro o fi-zeram o pai santo baixar. Osbrasileiros chutavam em goale não passava nada, porque ?

Todos: Sim porque ?Vascaino: Porque colocaram n.o

goal un a autentica macumba:OOANDO.

Canlo do Rio: Mas eu conseguiacabar com o despacho. Fuiconsultar o Caboclo do Mato.

Bangú: Caboclo do Mato disse:Hum Hum Apanha charuto mas-sagista Johnsor e coloca atrasdo goal do CHIANDO.

Vascaino: E tu colocaste ocharuto atrás do goal do quando.Mas o charuto o que é que podiafazer.

Flamengo:'Sendo benzido peloscaboclos o charuto do Johnsontem força.

Canto do Rio: Que força qualnada. Se náo fosse a minhamacumba, o cgando não dei-xava passar nenhuma.

Vascaino: Qual loi a sua ma-cumba?

Canlo do Rio: Ah, eu pegueio charuto do Johnson, mas nãobotei atrás rio goal do ogando.

Vascaino: Botaste ei tão aonde?Canio do Rio: Eu acendi, o

charuto, e joguei elo dentro dacalca do ogando.

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ESPORTE ILUSTRADO

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MAIORES uí!yESTIVERAM EM L|

UMA SELEÇÃO MAXIM,A seleção argentina que disputou a Copa Roca

foi a melhor qua se poderia formar, muito superioraquela que esteve em Santiago. Para so ter cer-teza disso 6 o bastante conhecermos a recenteclassificação Coita pela revista "Mundo Desportivo"Nessa classificação encontraremos os 10 molho-res valores da temporada de 1945 nos camposargentinos.

Ei-los'Ouardiõcs: 1 Cláudio Vacca, 2 Sebastião

Gualco, 3 Jo«6 Soriano, 4 Gabriel Ogiuulo. 5 An-tonio Cammaratta, 6 Hector Ricardo, 7 Júlio A.Cozzi, 8 Micrki Blazina, 9 Antônio Rodrigues,10 Leopoldo Carletti.

Zagueiros Direitos: José Salomou, 3 JoséMaranle, 3 Roberto S. Yebra, 4 Ornar Crucci,5 Oscar Cliiarini, G José A. Vanzini, 7 RicardoVaghi. S Jaime Gruz, 9 Ornar Noscda, 10 JuanC.

" Col man.Zagueiros Esqíwrdos: Jorge Albrrti', 2 Eduardo

Rodriguez, 3 Rodolfo De Zorzi, 4 Jos^. C. Sobrcro,5 Antônio Arrigo, fi Oscar Basso, 7 Carlos Bediam,8 Mário Filipo, 9 Antônio Inglcsias, 10 Blas An-grisario.

re«|

Halj-Direitos:Sosa, 3 Oscar Sastro.C. Fonda, fi An to.Fonda, S José Ca&i.10 Eduardo Fólgádoj

C'enter-haljs 13 Angel Pcriicca, ¦! \\(nquizamòri, fi Enrique Ksj8 Josó Al. FrnciKÜi. 9quim Cor vet to.

Half-esquerdos. : ,Ramos, 3 Nat alio \\-.ch5 Alfredo A. Fogel.i |tonell, 8 Armando i

Ponteiros dii\'lo:\iSalvini, 3 Juan !5 Camilo C. CcrviiMario Heisécke, 8 Jtl10 Oscar O. Contra

Ponteiro esquinkEerreyra, 3 Ezrn ,S'í<Rainaldo Mourin li

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A 194!)ÍTA NA COPA ROCAli DE VERDADE De Olimpicusffgel Zubieta, 2 Carlos A .í Norlicrto Iacono, 5 Juan> V. Carlucci, 7 Juan C.ini, 9 Frederico Monos tos

Strembd, 2 Eusebio Videla,icsto Lazzatti, 5 Raul Le-Ipinosa, 7 Norberto Toledo,9 Manoel Ciudicc, 10 Joa-

José Bataglicro, 2 Joséia, 4 Bartlioloroe ColomboJosé Lizardo, 7 Jorge Ti-Ovidc, 10 Atilio Ducca.

1 Mário Boyé, 2 Juan C.iunoz, 4 Fran cisco An tuna

I, 6 Osvaldo R. Perez, 7d Cagliardo, 9 Isidro Bolcn,Is.1 Folix Loustau, 2 Juan S.i. 4 Manoel Pellcgrina, 5

I' ¦ ancisco De Ia Matta, 7

Mariano Sanchez, 8 Marcos Bussico, 9 JúlioRossell, 10 Josc Toriolli.

Meia direito: 1 Norberto Mendez, 2 Vi con to DeIa Matta, .3 Angol Gallo, 4 Armando Farro, 5Pio Corcuera, 0 José Cantolli, 7 Juan N. Roraay8 An gol Do Ciceo, 9 Francisco Arbios, 10 IsaacSoliar.

Meia esquerdo: 1 A ngel Labrnna, 2 Ri unidoMartírio, 3 Llami Simes, 4 Mario Ferr,ardez, 5Waldino Aguirre, 6 Severino Varela, 7 TomásBermudez, 9 Bernardo Gandulla, lt) Isidro Orleans.

Centro avante: 1 Adolfo Pedernera, 2 ArsenioErico, 3 Renê Ponioni, 4 Juan J. Forraro, 5 Rui onN. Bravo, ti Lucinno Agnolin, 7 Jainn' SarlangaR Alberto Lijórn, 9 Rafael Lopez c 10 Pedro Galiihá

Nas gravuras aparece, na esquerda: Strom-bel]j na direita: Albcrti; em baixo, da esquerdapara a direita: Vacca, Boyé.e Labruna.

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LlíCrAC GERALDE

GAGLIANO NETO

JORGE AMARALREDACACDE

CCMENTAEIC/OE

M E ND ES esportivo

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A Ta<a Rio Branco ou-tra vez em disputa -Um pouco de historia

OLIMPICUSA Copa Rio Branco foi instituída em 1916 pelo então Ministro de

Relações Exteriores do Brasil, General Lauro Muller. Entretanto,somente em 1931 foi disputada pela primeira vez. A sórie começou noKio. Os uruguaios eram então os campeões mundiais. Nossa seleçãofoi das melhores, embora já não contasse mais com os seis celebres"azes" da velha geração. O triunfo brasileiro foi expressivo atravésde uma luta aguerrida. No 2.° prelio, em Montevidéu, em 1932, vol-taram os brasileiro a obter uma super-vitoria, Como c sabido a diver-gencias entre a Apea e a C. B. C, não seguiram os "azes" paulistas.Por circunstancias várias, igualmente muitos "cracks" cariocas daépoca não puderam ser aproveitados. De modo quo foi organizadoum XI de novatos, entre eles Leônidas que então fez sua estréia in-ternacional. Após esse jogo da Copa paralizeu. Somente em 1940voltou a se efetuar. Nesse ano o futebol brasileiro estava desmoera-lizado devido aos feios reveses da Copa Iloca. Os mesmos jogadores

Ao alto vemos a turma uruguaia que venceu o troféu cm 1940.

Ao lado, Martin Silveira, o cenfro-m.edio "gentleman" dos brasileiroscm 1982, o celebre da "Rio Branco"

13

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Agora, em Montevideo, deveria jogar uma linha média \ovem. e de grandepoder: Biguá, Ruy e Jaime, consagrada no sul-americano de Santiagodo Chile. Biguá ausentou-se e teremos, em seu lugar, Zezé Procopio ou Ivan.

desprestigiados com as derrotas contra os argentinos jogaram contraos uruguaios e mesmo após vencermos por 3 a 1 fomos derrotados por4 a 3. No segundo jogo houve apenas um empate de 1 a 1. Este íoio ultimo cotejo da Taça Rio Branco.Agora voltaremos a competir em Montevideo.Eis o que foram os precedentes cotejos:

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COPACABANAEDIFÍCIO ALBION

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1..° Jogo — Realizado no Estádio do Fluminense, no dia 6 de so-tombro de 1931, foram vencedores os brasileiros, pela contaaem de2 a 0, "goals" de Nilo, tendo servido como juiz o sr. Gilbertodc Al-meida Rego. Os quadros foram os seguintes: brasil — Veloso; Do-mmgos e Hildegardo; Hermogen.es, Golíardo e AKredo; Walter, Nilo,Carvalho Leite, Feitiço e Teótilo. uruguai — Ballesteroí; Masche-rom e Nazazzi; Fernandez, Gestido e Ochiussi; Iriarte, Dorado, DuarteRoonguez e Frioi i. '

2. ° Jogo — Em 4 de dezembro de 1932. em Montevideo — Brasil 2x Uruguai 1. Os quadros: brasil — Victor; Domingos e Itália; Agrícola(Canah), Martin e Irari; Walter, Paulinho, Leoniaas, (Gradin), Gradin(Benedito) o Jarbas. uruguai — Michiavello, Nazazzi (Aguirre) eMascherom; Fernandcz (Campos), Gestido e Lobos; Castre, Piriz,Garcia, Céa (Dubart) e Ythurbide. Leonidas 2 e Garcia marcaramos tentos. Juiz: A. Tejada.

3.0 24 de Março, Brasil x Uruguai, no Rio. Vencedor: Uruguai,4 a 3. Os quadros: brasil — Nascimento; Norival e Florindo; ProcopioZarzur e Atoi so; Pedro Amorim, Hortèricio (depois Romeu), Leonidas,Jair e Hercules, urugtjai — Barrios; Romero e Vunir; Delgado Gon-znlez e Rodrigue,; Perez, Cirimino (depois Mata), Lagc, Varella oCaimati Os tentos: Perez, Hercules, Pedro Amorim, Leonidas; Rodri -gues e Varela (2), Juiz Valer.tino.

4. ° — Brasil Uruguai, no Rio (Cepa Rio Branco). Em pate 1 al Osquadros: brasil — Nascimento; Norival e Machadr; Zezé Procopio/arzur (depois Brandt) e Aj-genirc; Pedro Amorim; Romeu» Leonidas-Jair (depois Peracio) Hercules. Os tentos: Varela e Leonidas

Recordações: ao alto, a esquadra uruguaia que permitiu aos brasileiros,nos jigos em homenagem aos expedicionários, a rehabilüarõo em conta-gens vultuosas, de todos os revezes anteriores. Em baixo,' o trio centrodo ataque e Hortencio, Leonidas e Jair -- que suportou a derrota de

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ú As esperanças do Brasil noí Sul-americano de

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amerscano 1946DOMINGOS DA GUIA, VETERANODE 14 ANOS, VOLTA, COMO ASTROAO CENÁRIO INTERNACIONAL

DE OLIMPICUSPIth Hsn/

nosso colaborador "Olim-picus" escreveu para "La Can-cha" de Buenos Aires da pri-raeira quinzena do dezembro,portanto antes da Copa Rocao seguinte artigo que a seguirtranscreveremos por ser muitointeressante o ainda oportunoem vista do sucedido no Io..

da "Copa":

"O futebol brasileiro aguardaa "Copa Roca" para fazer damesma um trampolim para ocampeonato sul-americano. Do-pois dos jogos com os argentinosiremos jogar com os uruguaiosna Copa Rio Branco. Ora, ófora do dúvida que a seleçãodo Brasil através desses 2 co-tejos com as suas congêneres doPrata irá se preparar melhorpara ir a Buenos Aires lutar no-vãmente pelo título máximo con-tincuta!. E* este o ideal do fu-tebol brasileiro, ganhar uma vezo campeonato sul-americano noestrangeiro. Em 1037 esse idealnos escapou por um pouco. Em1915 chegamos também muitoperto o malogramos por um triz.Ambas as vozes os brasileirostiveram nos argentinos os seusmaiores adversários, foram ei. sque nos embargaram o passopara o título. Na primeira per-demos por 1 a 0 o primeiro jogo-o a segunda, partida perdemospor 2 a 0 nos tempos suplemon-tares. Como ó sabido, em 1937ò campeonato terminou empa.-tado. Não fomos feli/.es no do-seinpale. Esto ano n.o Chile,brasileiros e argentinos estavaminvictos, ambos no 1.° posto, oo resultado da sua partida do-cidiú a sorte do título. Ganhouo campeonato o vencedor dessejogo. Agora, iremos tentar tãoalto objetivo mais uma vez. Aliás

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diz-se abertamente que os maio-res candidatos são os argentinoso os brasileiros.

Nas "Copas" Roca e RioBranco iremos ver quais sãonossas reais possibilidades. ONI esta desde jã baseado numesmo conjunto que esteve nocampeonato do Chile. NãoKá dúvida, porém, que nas "Co-pas" iremos fazer do nosso "ou-ze" um severo exame, unia provamáxima para o campeonato sul-americano. Si a turma afirmabem nas "(.'opas", como espe-ramos, irá em peso para Buei csAires. Caso contrário será na-turalmente, retocada, Todos osmelhores "eraeks" foram roqui-si tados. Entretanto, surgiram nãopoucas dificuldades, devido aofato de vários "azes" se acharemmachucados ou enfermos, e c< misso foram dispensados. . Assimo XI do Brasil já terá como certouma outra linha media. Biguá,o aguerrido "indio" do Flamengoque esteve no campeonato doChile tem que se submeter auma intervenção cirúrgica. No-r mha, o médio esquerdo do S.Paulo F; C, fraturou um dosbraços num dos últimos jogosilo campeonato paulista e aindanão está curado. Ambos se-riam os titulares da linha mediacom Ruy. Contudo, si a defezapoderá ser desfalcada desses ai-tos valores a. «ar. guarda terámaior potencialidade com a in-elusão de outros jogadores quepor diversos motivos não nu-deram ir ao Chile. A.liás, existea esse respeito uma anolpgiacom o sucedido com o ataque ar-gen tino que nao mandou aoChile avantes como Labruna ePedernera. Quando voltei deSantiago vi no Estádio do In-

dependiente um jogo entre oRivor e o Raeing e üquei ad-mirado com a exibição do ataquedo Ri ver Pia te, que se tornoucampeão deste ano. Foi um jogovistoso e efetivo. Fizeram seusavantes arte e goals. . . Si La-bruua e Pedernera forem agoraincluídos na vanguarda argenti-na darão por certo, outra poten-cialidade como esperamos quevenha a ter o ataque brasileirocom a inclusão de Lima, Lelé eLeônidas. Este 'leve revezar-secom Heleno. Esses trôs "eraelcs'.não puderam ir ao Chile por vá-rias razões. Lima. do Palmeiras,

O nome de Domingos rol ia áha ila com os compromissos inter-nacionais do futebol brasileiro.Domingos edito, um caso excep-cional, pouca ceves verificado. Umveterano de 1 .j anos continuafigurando como astro de 1.!1 gran-desa. D' o móis velho de todos os"internacionais" em atividade e,sem dúvida, ainda o primeirodo continente na sua posição.

A vida de Domingos c a pró-pria frisaria do futebol brasileiro.Desde 19S1, temo-lo á frente dosgrandes jogos, dos maiores mo-mentos. As fotografias desta pá-gina dizem algo da sfãi e.cistcmciaDomingos tem o seu nome ligadoao "Flu-Flu" das multidões. Do-mingos percorreu os campos na-danais-sempre estimado, quer co-mo defensor carioca, quer comodefensor paulista. Ao alto nocentro, vemo-lo com Bello, do In-dependiente, por ocasião da ex-cursão do Vasco, Flamengo eFluminense a Buenos Aires. SóDomingos se salvou da caiastrof'-,Com todas as suas virtudes e seusdefeitos, será, para a história dofutebol brasileiro, um monumento.

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Propriedade da COMPANHIAEDITORA AMERICANA. Dire-tor: Gratuliano Brito. Enderê-ço: Rua Visconde de Maran-guape, 15 — Rio de Janeiro —Brasil. Telefones — Direção:22-2G22; Redação: 22-4447; Ad-ministração: 22-2550. Endereço

fÇ-f * Ilustratelegráfico "Revista". Número

avulso no Distrito Federal CrS 1.00; Cr$ 1,50 no Interior. Númeroatrasado CrS 2,00. Assinaturas — Porte simples para o Brasil e astrês Américas: Ano, Cr$ 70,00; Semestre, Cr$ 35,00. Sob registro:Ano, Cr$ 90,00; Semestre Cr$ 45,00. Estrangeiro: Ano, Cr$ 160,00;Semestre, Cr$ 80,00. Sucursal em São Paulo: Rua D. José deBarros, 323. Telefone 4-7066. Agentes em todas as capitais e prin-cipais cidades do Brasil. Representantes: ESTADOS UNIDOS DAAMÉRICA DO NORTE, S. S. Koppe & Co., Times Building, NewYork City; ÁFRICA ORIENTAL PORTUGÊSA, D. Spanos, CaixaPostal 434, Lourenço Marques; URUGUAI, Moratorio & Cia., Cons-tituyentc, 1746, Montevidéu; Sucursal na ARGENTINA, "Inter-

Prensa", Florida. 229, Buenos Aires.Toda correspondência deve ser enviada ao Diretor.

SOFRE DO FÍGADO?TOME

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PRODUTO DO LAüORATÓRIO DA CUARAMIDINA

ex-Palestra de S. Paulo, indis-outiveltnonte o maior produto dofutebol paulista destes últimostempos nao foi porque se achavaenfermo'. Agora ostti om suasmelhores condições. Lulé, doVasco da (lama do Rio, não foiporque estava com exgótamentofísico. Este ano voltou a ser oartilheiro do Rio. Leonidas porsua vez, não foi porque estevepenalizado pela C B. D., Leu-ridas continua sendo o me unoLeonidas de sempre. Com todose-ises valores máximos á dispo-si ção o ataque do XI brasileiroterá a vanguarda ideal: Ademir,Lelé, Leonidas, Jair e Lima.Lin.a e Ademir são jogadoresecléticos què atuam nas 5 po-fàções, e justamente as suas des-locações nas duas extremas são

mais do que nunca necessáriosporque neste 1045 o futebolbrasileiro oátové em crise devalores no que diz respeitosextremas, («arauto que si o ataquebrasileiro for o.citado mais aei-ma, reforçado com os reservascomo Heleno, Zizinho, etc, osargentinos tanto na Copa Rocacomo no campeonato sul-amcri-cano. terão muitas dores de ca-beca... Naturalmente, que nãosabemos o que poderá acontecerem seguida. Os jogadores po-derem se enfermar, ou ser vi ti-mas de acidentes ou baixar brus-camente de forma e daí o técnicoFlavio Costa precisar substituí-los. Mas, si o ataque, Ademir,Lelé, Leonidas (Heleno), Jair eLima resistir até o campeonatosul-americano, temos absoluta

certeza de qun os críticos doPrata conhecerão uma ofensivabrasileira superior aquela bri-lhantíssima cie 1925 constituídapor Filo, Lagarto, Fried, Niloe Moderato. muito superior Aque-la constituída por Roberto, Lui-zinho, Carvalho Leite, Tim ePatesco e mais efetiva do que:t ofei siva de 1945 formada porTesourinha, Zizinho, Heleno, .Jaire Ademir. Falei em ofensivairei.es na. defeza. A retaguardabrasileira desta vez cor.ta.rn aindacom o já super-veleran.o Do-mingos Da Gaiia! Não se es-pautem amigos porten.hos si vol-tar á Buenos Aires em 1940mais uma vez Domingos. Datual zagueiro direito do Corin-tians pediu, implorou para nãoser convocado, porém ninguémo quiz dispensar. Domingos de-sejaria se aposentar de unia vezpara sempre, porém todos osclubes o querem contratar, todosos técnicos não o dispensampara qualquer selecionado querregional, quer nacional. Enfim',trata-se de um fenômeno. Aliás,o mesmo aconteceu na Argenti-na com Recai\attini, Iribarrcm

e no [Jrugüai com Nassnzzi.Domingos, pois, contra sua von-tade, será incidido novamentep.o selecionado brasileiro. V,' sem-pre o mesmo. Os anos passamo Da Guia fica... Ao seu ladonão se sabe quem jogará: seNewton ou Norival. Paru alinha media Ruy, que esteveem Santiago, será mantido, apo-sar de dois cracks novatos pos-suirem capacidade par,-, ocuparo posto. Para os lugares dos ci-lados Biguá e Noronha, ausentes,não podemos prognosticar quemirá ao sul-americano. Somente aCopa Roca e a Rio Brancoselecionarão os titulares para ospostos de lialves direito e es-qiierdo. De qualquer modo nãoserá uma grande defeza, talvezserá comum. Mas, todo o segredodo sucesso está na ofensiva .Si conseguirmos lixar o ataqueAdemir, Lelé, Leonidas, JaimeLima, repito que o XI do Brasilterá uma ofensiva não só capazde vencer as Copas con o derealizar em 1946 o seu velhoSonho de ser uma vez campeãosul-americano em campos extran-geiror.".

O PREÇO DO ESPORTEO preço desta revista, no interior, é Cr$ 1,50, não sendo lícito a ninguém cobrar mais.

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Aos agentes e revendedores, o ESPORTE é fornecido com desconto para que observem

o preço de capa.

Contra explorações, têm os leitores o recurso da assinatura, à razão de Cr$ 70,00 por

ano e Cr$ 35,00 por semestre, porte simples; registrada Cr$ 90,00 e Cr$ 45,00, respectiva-

mente

Façam as remessas por cheque de banco, vale postal ou outro meio idôneo à

G, Editor. Americ.n.VISCONDE DE MARANGUAPE, 15 — RIO


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ZÍ.ZH PROCOPIO, PARA CS BRASILEIROS...

4NEIRAS DE VER... A "COPA Ri. . E PARA OS ARGENTINOS.

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