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DIRETORA: FÁTIMA DE SOUSA . TRIMESTRAL . ANO III . N.º 18 . JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2016 . 8 EUROS 04 PADDY COSGRAVE, Fundador da Web Summit SE AS GRANDES EMPRESAS NÃO INOVAM, O RESULTADO É O FRACASSO 10 A distribuição quer crescer com o consumidor O Nobel da Economia Paul Krugman é o convidado especial do VI Congresso da APED, dedicado ao papel da distribuição junto do consumidor. O especialista traz a Lisboa uma análise sobre as perspetivas de crescimento económico em Portugal e na Europa. 13 O futuro do retalho passa pela proximidade? A Jerónimo Martins e a Sonae há muito que reconheceram o potencial do chamado retalho de proximidade: o crescimento das insígnias Amanhecer e Meu Super é disso a prova. PLATAFORMA DE DISTRIBUIÇÃO E COMÉRCIO MODERNO STORE magazine

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04PADDY CoSGrAve,Fundador da Web Summit

Se aS grandeS empreSaS não inovam, o reSultado é o fracaSSo

10A distribuição quer crescer com o consumidor

O Nobel da Economia Paul Krugman é o convidado especial do VI Congresso da APED, dedicado ao papel

da distribuição junto do consumidor. O especialista traz a Lisboa uma análise sobre as perspetivas de crescimento

económico em Portugal e na Europa.

13o futuro do retalho passa pela proximidade?

A Jerónimo Martins e a Sonae há muito que reconheceram o potencial do chamado retalho de

proximidade: o crescimento das insígnias Amanhecer e Meu Super é disso a prova.

PlAtAForMA De DiStribUição e CoMérCio MoDerno

Storemagazine

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af imprensa green 2016 sabor do ano 235x328.indd 1 01/03/16 10:40

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teMA De CAPA

paddY coSgraveLisboa vai acolher por três anos a Web Summit, que ganhou já reputação de ser o maior encontro de startups do mundo. Em entrevista, o fundador do projeto, o irlandês Paddy Cosgrave, diz por que escolheu a capital portuguesa e como espera receber 80 mil pessoas na edição deste ano.

CONSELhO EDItOrIALAna Isabel trigo Morais

Catarina Oliveira FernandesMafalda Azevedo

ricardo Domingos

DIrEtOrAFátima de Sousa

[email protected]

EquIPA EDItOrIALraquel Santos

Sara BatistaSofia Dutra

DIrEtOrA-gErALSandra SilvaT. 967 088 124

[email protected]

DIStrIBuIçãO POr ASSINAturAPreço: 32€ (4 edições)[email protected]

tiragem média mensal: 2.500 ex.Depósito legal: 338451/12N.º registo ERC: 126154

IMPrESSãOtYPIA - grupo MonterreinaÁrea Empresarial Andalucia28320 Pinto Madrid - España

PuBLIShEr

Edifício Lisboa OrienteAv. Infante D. Henrique, 333 H | 37

1800-282 LisboaT. 218 504 060 | F. 210 435 935

ASSoCiAtiviSMo

A APED possui uma nova identidade gráfica e, pela primeira vez, uma assinatura – “Distribuímos valor”. uma renovação que visa reforçar o posicionamento como associação ativa e interventiva.

renovaÇão e intervenÇão

SUStentAbiliDADe

22pelo amBiente e pelo negÓcioum investimento contínuo em sustentabilidade é incontornável para o negócio, afirma o diretor de Ambiente e Segurança Alimentar da Jerónimo Martins, Fernando Frade, a propósito da associação aos green Project Awards.

eMPreSA

30o outro continenteO Continente Negócios é a mais recente oferta da Sonae MC dirigida ao segmento empresarial, assente no conceito one-stop-shop.

PORTUGAL, SPAIN, TURKEY, SAUDI ARABIA, EGYPT, KAZAKHSTAN, DOMINICAN REPUBLIC, AZERBAIJAN, VENEZUELA, MOROCCO, LEBANON, QATAR, JORDAN, ARMENIA, ST.MAARTEN, GEORGIA, ECUADOR, IRAQ, TUNISIA

internACionAliZAção

18ZippY Sem fronteiraSA Zippy está apostada em conquistar novos mercados, nomeadamente em economias com uma forte dinâmica.

neGÓCio

28creScer com a papelariaA FNAC investir no segmento de papelaria, que responde já por 5% do negócio de produtos editoriais em Portugal.

reCUrSoS HUMAnoS

32o valor da conciliaÇãoAs políticas de conciliação trabalho-família contribuem para colaboradores mais satisfeitos e maior produtividade.

inovAção

35um SoftWare lealChama-se Loyty e é um software 100% português que promete o empowerment das vendas e o aumento da fidelização.

teCnoloGiA

38entregaS pelo arSerão os drones os sistemas de entrega de produtos do futuro? há gigantes do retalho e da logística que já os estão a testar.

uma nova StoreA primeira edição de 2016 da Store Magazine apresenta-se renovada graficamente. Uma atualização que vai ao encontro das tendências de design visando conferir uma maior modernidade e dinâmica à apresentação dos conteúdos. trimestralmente, continuaremos a proporcionar informação sobre as insígnias da distribuição moderna em Portugal, mas procurando sempre incorporar uma visão global do setor. Com um olhar sobre os eventos, a inovação e as políticas.

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GrAnDe PlAno

É considerado o encontro de startups mais relevante do mundo. Começou em 2010, numa pequena sala em Dublin com 400 participantes, e chega este ano a Lisboa, onde

espera acolher 80 mil pessoas. Em entrevista, o mentor do projeto, Paddy Cosgrave, acredita que a conferência vai permitir à comunidade empreendedora nacional uma

projeção sem precedentes. Ao nível da Uber, que ganhou dimensãoprecisamente na Web Summit.

paddY coSgrave, fundador da WeB Summit

“AS eMPreSAS oU inovAM oU FAlHAM”

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Fátima de Sousa, [email protected]

“AS eMPreSAS oU inovAM oU FAlHAM”

Store | lisboa é conhecida pela luz e pelos pastéis de nata. o que sabia da cidade antes do movimento nas redes sociais apelando à realização da Web Summit em Portugal?Paddy Cosgrave | Sabia que mui-tas pessoas a consideravam a nova Berlim em matéria tecnológica, mas com melhor clima! também tinha ouvido falar que há já algum tem-po investidores de toda a Europa procuram Lisboa para capitalizar os seus empreendimentos, tendo em conta as baixas rendas e a existência de talento de It a custos acessíveis.

Store | Qual é a sua ambição para a edição de 2016, para além de bater o recorde no número de participantes?PC | A nossa ambição para a Web Summit 2016 é proporcionar uma experiência extraordinária a todos os participantes. queremos conti-nuar a construir um evento em que os participantes possam esperar uma experiência de networking úni-ca e inesquecível. Estamos sempre a tentar aperfeiçoar os nossos algorit-mos e software para melhorar essa experiência. Desenvolvemos a nossa própria aplicação, que temos usado nos últimos anos, e que tem incorpo-rado um sistema de recomendações para ir ao encontro dos interesses dos participantes. Esperamos proporcio-nar uma experiência ainda melhor em Lisboa.

Store | o que é que a Web Summit oferece às startups?PC | A Web Summit é o encontro de startups mais importante do mundo. Basta dizer que em 2010 apenas três startups estiveram presentes e que em 2015 foram mais de duas mil.usamos o nosso dom para a engenha-ria de criatividade para oferecer valor às startups. Enquanto as empresas or-ganizadoras de conferências contratam gestores de eventos, nós contratamos físicos com doutoramentos em áreas como sistemas complexos e análise de redes. Eles aplicam esse conhecimen-to à tarefa de criar e otimizar redes na vida real. Afinal, uma conferência é uma rede, ainda que momentânea.Eu acredito que oferecemos às startups uma experiência de net- working única devido a esta nossa abordagem, que é, aliás, a principal razão por que a Web Summit tem tanto sucesso.

Store| Mas tinha a noção de que a ci-dade se está a posicionar como uma incubadora de startups?PC | Claro que sim. temos tido de-zenas de startups portuguesas nas várias edições da Web Summit e a Codacy, uma startup portuguesa, venceu a competição de 2014. Sem-pre soube que Lisboa tinha um am-biente vibrante em matéria de em-preendedorismo.

Store | o que chamou a sua aten-ção e o fez focar-se em lisboa como anfitriã da Web Summit?PC | Não é segredo que estávamos a olhar para várias localizações na Europa em busca daquela que po-deria proporcionar o melhor su-porte para o crescimento futuro do projeto, bem como proporcio-nar a melhor experiência possível aos participantes. Escolhemos Lis-boa devido às ótimas infraestruturas da cidade, pela excelência dos lo-cais [MEO Arena e FIL] e, claro, por ter uma próspera comunidade de startups.

Store | A Web Summit instala-se em lisboa por três anos. não é um compromisso arriscado tendo em conta que a primeira edição ainda não aconteceu?PC | A cidade é perfeita. O espaço que usávamos em Dublin era mui-to, muito pequeno. Não tinha sido concebido para conferências da di-mensão da Web Summit. No caso de Lisboa, temos um espaço de ca-tegoria mundial servido por uma ótima rede de transportes e, além disso, muito próximo do aeroporto.

“Temos Tido dezenas de sTarTups porTuguesas nas várias edições da Web summiT e a CodaCy, uma sTarTup porTuguesa, venCeu a CompeTição de 2014”

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GrAnDe PlAno

Store | em que medida é que a Web Summit funciona como intermediá-ria entre startups e investidores?PC | Na conferência de 2015, realiza-ram-se cerca de 30 encontros entre startups e investidores. No total das edições já realizadas, as nossas Office Hours – uma série de reuniões pré-de-finidas entre os empreendedores e os investidores – reuniram 180 investido-res de mais de 100 fundos de capital, resultando em 2.160 encontros.

Store | Há, na história da Web Sum-mit, estórias de sucesso? isto é, de startups que se transformaram em negócios lucrativos?PC | Nos oito meses que se seguiram à edição de 2014, 40 startups consegui-ram atrair quase mil milhões de dóla-res de investimento – 925 milhões, para ser exato. haviam todas participado na conferência desse ano, nomeadamen-te nos encontros com investidores. A uber conseguiu uma fatia substancial de financiamento na Web Summit de 2011: o negócio foi firmado num co-nhecido hotel de Dublin depois de Shervin Pishevar [atualmente, deten-tor da maioria do capital da uber] e travis Kalanick [cofundador da uber] se terem encontrado nas Office Hours.

Store | estamos mesmo a viver na era das startups?PC | Penso que é mais fácil do que nunca lançar uma empresa. Cus-ta menos, há mais fundos dis-poníveis e estamos a viver numa era de disrupção. A própria Web Summit começou a sua existência numa sala de espera em ranelagh. O primeiro evento foi pequeno, para apenas 400 participantes. Des-de então, a conferência cresceu e tornou-se o encontro de star-tups mais relevante do planeta. Store | Diria que as startups desa-fiam as empresas já estabelecidas e de maiores dimensões, exortando--as a serem mais inovadoras?PC | Já há algum tempo que as startups tecnológicas têm vindo a perturbar os mercados mais tradi-cionais. quando se é uma grande empresa e não se consegue adaptar ou inovar, o resultado é o fracasso. Store | e em matéria de liderança política, diria que está preparada para responder a esta nova era?PC | Encontrei nos políticos portu-gueses um grande apoio e encora-jamento no que respeita à mudan-

ça da Web Summit para Lisboa. O então vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, esteve comigo no palco da conferência de Dublin [novem-bro de 2015]. Há um compromisso real para tornar a Web Summit de 2016 o melhor encontro de star-tups a que o mundo já assistiu.

Store | De que modo é que Portugal pode beneficiar de eventos como a Web Summit?PC | Esperamos ter 80 mil partici-pantes na Web Summit 2016, o que constitui a oportunidade ideal para mostrar Lisboa e Portugal ao mun-do tecnológico. Orgulha-nos o fac-to de nos termos tornado um pilar importante do ecossistema global de startups. Noventa por cento dos participantes vem do estrangeiro. Lisboa é uma grande cidade e Portugal tem uma comunida-de de startups bem-sucedida que terá agora a oportunidade de se projetar internacionalmente. Store | Poderá ser uma oportunida-de para atrair talentos que saíram do País devido à crise económica?PC | Certamente. Nós próprios te-mos atraído emigrantes de todo o

#LXwebsummit16

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mundo para trabalhar connosco. tudo começou há dois anos com um email de um jovem consultor de gestão que queria saber se es-távamos a contratar, porque era irlandês mas estava em Londres e possuía uma experiência que não se encontrava na Irlanda. Enviou--nos o currículo. A minha resposta foi curta: “Lamento, mas estamos a contratar apenas para o escritório de Dublin”. Nunca mais pensei nisso até que, alguns dias depois, ele respondeu: “Isso é fantástico. Estou à procura de boas razões para voltar. Pode-mos falar?”. Essa conversa trans-formou-se na nossa primeira “re-patriação”. Desde então já repatriámos irlande-ses de São Francisco, de Nova Ior-que, de Melbourne, de Berlim, de Pe-quim e de outras partes do mundo. Por isso, a resposta à sua pergunta é sim, as startups de sucesso po-dem contribuir para o regresso de talentos ao país de origem.

Store | Com base nos seus contactos dos últimos meses, vê Portugal como um país de talento?PC | Estive recentemente em Lisboa

AS 7 rAZõeS QUe ConvenCerAM

Foi em agosto de 2015 que a can-didatura de Lisboa a acolher a Web Summit 2106 deu os primeiros pas-sos, através de um anúncio feito pelos então vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e secretário de Estado da Economia, Leonardo Mathias. rapidamente, a ideia extravasou a esfera oficial. Um movimento lide-rado pela publicação digital Ship reclamava o evento para a capital portuguesa. Com sete argumentos de peso: o fervilhante ambiente tecnológico da cidade; o facto de uma startup portuguesa ter ven-cido a competição da edição an-terior, haver sol até em dezembro; o facto de Lisboa ser uma cida-de acolhedora e internacional; a existência de “milhares” de hotéis para acomodar os participantes; a própria natureza da Web Sum-mit, que quer criar tendências, não segui-las; e a existência de uma forte comunidade de startups. Nas primeiras três horas, o grupo criado no Facebook conseguiu 400

aderentes. Depois, foi a escalada. Diz Paddy Cosgrave que recebeu mi-lhares de emails e que, em cada 100 tweets, 95 alinhavam com a candida-tura nacional. um movimento de peso que po-derá ter contribuído para que, na final, Lisboa vencesse a Ames-terdão, a outra cidade na corrida. Acontece, pois, de 8 a 10 de novem-bro, assentando arraiais em dois pal-cos do Parque das Nações, o MEO Arena e a Feira Internacional de Lis-boa. E assim será em 2017 e 2018, com a possibilidade de mais dois anos. O financiamento é do Turismo de Lisboa, do turismo de Portugal e da AICEP, orçando em 1,3 milhões de euros para cobrir a logística e infraestruturas. Mas o retorno es-perado é muito superior: 175 mi-lhões de euros, pelas contas do ex-secretário de Estado Leonardo Mathias, a partir da extrapolação do volume de negócios gerado em 2014, na ordem dos 100 milhões de euros com 22 mil participantes.

com 25 dos nossos engenheiros para uma semana de contactos com a co-munidade tecnológica local. Foi uma verdadeira maratona. reunimo-nos e trabalhámos com programadores e empreendedores sem rival em qual-quer parte do mundo. Não é surpre-sa para ninguém que o ecossistema tecnológico português está a desco-lar. Esta ideia foi reforçada pelo que vimos de startups como a Codacy na Web Summit do ano passado.

Store | Se é verdade que e tecnolo-gia está a mudar a face do mundo, também não é verdade que há um lado negro?PC | Não há forma de antecipar o fu-turo e o impacto que as novas tecno-logias terão. É verdade que a tecno-logia tem um lado negro, mas penso que os benefícios ultrapassam os riscos.

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ASSoCiAtiviSMo

Abrangente. Interventiva. Ativa. São estes os três valores que norteiam a nova imagem da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED),

apresentada pela diretora-geral, Ana Isabel Trigo Morais, a 16 de fevereiro, em conferência de imprensa. Uma imagem que se quer “mais simples,

direta, inovadora e contemporânea”.

“a opção CromáTiCa (azul) expressa sobriedade e vinCa o posiCionamenTo de uma marCa naCional, aTlânTiCa”

O rebranding da imagem institu-cional inclui uma assinatura – “algo inédito na história” da associação, afirmou a diretora-geral. O novo claim – “Distribuímos valor” – pre-tende reafirmar o posicionamento da entidade e reforçar a presença junto do consumidor e das empre-sas do setor, “dando seguimento à alteração de estatutos e das políti-cas de afirmação da associação”.“Esta nova identidade corporativa da APED vem refletir o seu posicio-namento: o nosso empenho diário tem por objetivo acrescentar valor às atividades do setor e, acima de tudo, prestar um serviço de exce-lência aos clientes e consumido-

UMA novA iMAGeM PArA reForçAr UM PoSiCionAMento interveniente

res”, acrescentou a responsável. Da autoria da gBNt, a criatividade des-ta nova identidade gráfica, centrada nos tons de azul e branco, teve por base o percurso da APED e repre-senta a “evolução da visão de mer-cado ocorrida ao longo dos anos”,

explicou Ana Isabel trigo Morais. Com origem na Associação Nacio-nal de Supermercado, que repre-sentou na década de 80 o retalho alimentar, a APED nasce em 1994 e passa a representar tanto o setor alimentar como não alimentar. Se-gundo a diretora-geral, “a experiên-cia no terreno e o acompanhamen-to das tendências de negócio” fez com que a associação passe agora também a representar o comércio grossista e o comércio eletrónico, “agregando um universo de mais de uma centena de empresas” e repre-sentando “11% do PIB nacional”.“Com novos desafios pela frente, sentimos que esta era a altura de

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“esTa nova idenTidade CorporaTiva da aped vem refleTir o seu posiCionamenTo: o nosso empenho diário Tem por objeTivo aCresCenTar valor às aTividades do seTor e, aCima de Tudo, presTar um serviço de exCelênCia aos ClienTes e Consumidores”

UMA novA iMAGeM PArA reForçAr UM PoSiCionAMento interveniente

fortalecer a nossa identidade e per-sonalidade enquanto marca e, de-pois de vários meses de trabalho, nasce esta nova imagem da APED agora mais simples, direta, inova-dora e contemporânea”, adiantou. A nova imagem está a ser utilizada em todos os suportes da associação desde 16 de fevereiro. Como ex-plicou à Store Magazine a project manager da gBNt, Susana Pessoa, “o processo de alteração da marca APED surge a partir da identifica-ção de uma necessidade estratégica que pretende reforçar o posiciona-mento da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição junto dos consumidores, dos seus associados, dos parceiros – nacionais e interna-cionais – e do próprio mercado”. Assim, mais do que a renovação da imagem, diz, “este rebranding as-senta na criação de um novo con-ceito de comunicação que pretende traduzir aqueles que são os valores e a essência da APED, aproximan-do-a dos diferentes agentes e dos diferentes públicos”.

Susana Pessoa reforça os três va-lores que se mantêm presentes no novo logotipo: abrangente, inter-ventiva e ativa. “A APED tem uma estrutura sólida que tem vindo a ser reforçada pelo crescimento da associação”, nota. “O novo logótipo pretende acompanhar esta evolução, respondendo às necessidades de comunicação e enaltecendo o seu papel ativo junto dos consumido-res, interventivo junto do mercado e dos seus associados e abrangente no tipo de serviços e de apoio que presta, contribuindo para o desen-volvimento do sector”. “A nova imagem assume linhas sim-ples que se enquadram numa lin-guagem e num universo gráficos que permitem adaptar o tipo de comu-nicação a cada situação”, afirma. “O conceito assenta no envolvimento da APED com os seus públicos, re-presentado pela ligação entre as pa-lavras, e nos caminhos que percorre pelo sector, pelos associados e pelos consumidores. Esta representação gráfica subjacente ao novo logótipo

vem sublinhar a importância e a for-te personalidade” da associação. “São alterações profundas face à imagem anterior que vêm poten-cializar uma imagem moderna, adaptada ao desenvolvimento e às novas exigências de comunicação”, adianta. “A opção cromática (azul) expressa sobriedade e vinca o po-sicionamento de uma marca nacio-nal, atlântica. A designação Asso-ciação Portuguesa de Empresas de Distribuição ganha novo destaque e a autenticidade gráfica sublinha o seu papel enquanto referência no sector”, entende.No que diz respeito à nova assinatu-ra – “Distribuímos Valor” – a project manager considera que “sublinha a mais-valia da APED enquanto enti-dade especializada, sinónimo de con-fiança”. “Esta distribuição de valor é assim dirigida aos consumidores, aos associados e à evolução do mercado e da sociedade”.“A nova identidade APED surge ago-ra mais vincada, mais ativa, mais inter-ventiva e mais abrangente”, conclui.

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inStitUtiCionAl

VI Congresso da aPed sob o sIgno do ConsumIdor

Na sua sexta edição, o congresso da APED irá manter a dupla vertente de analisar os problemas do setor do re-talho e distribuição e os desafios da economia em Portugal e no mundo e do modo como podem ter influência no setor do retalho.Em discussão estarão temas como o big data – “uma ferramenta cada vez mais essencial pra chegar ao consu-midor” – os modelos de negócio, as marcas da distribuição, a sustentabi-lidade, a ascensão de novas formas de pagamento e os novos perfis de con-sumidores.Novidade nesta edição do congresso é a análise da forma como o comércio e o turismo estão a mudar em Por-

O consumidor será a figura central do VI Congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que decorre a 3 e 4 de maio, no Museu do Oriente, em Lisboa. E o título do evento demonstra isso mesmo: “Crescer com o consumidor”. A figura de destaque deste ano será o Prémio Nobel da Economia Paul Krugman, que fará uma análise sobre a economia portuguesa e europeia.

M U S E U D O O R I E N T E3 e 4 de maio

VI CONGRESSO APED

GROWING WITHTHE CONSUMER

Crescer com o consumidor

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tugal e do papel do comércio no tu-rismo nacional. “Não há turismo sem comércio”, referiu a diretora-geral da associação, Ana Isabel trigo Mo-rais, a 16 de fevereiro, em conferência de imprensa. “queremos perceber como o setor do comércio e retalho vai contribuir para o turismo e para melhor servir o público que nos visi-ta e para criar riqueza”, adiantou. Este debate vai contar com a inter-venção do presidente da Câmara Mu-nicipal de Lisboa, Fernando Medina, do vice-presidente da tAP, Luiz Mór, e do managing director da global Blue Portugal, renato Lira Leite.Do programa fazem ainda parte a abordagem da nova conjuntura do

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Sofia Dutra | [email protected]

VI Congresso da aPed sob o sIgno do ConsumIdor

M U S E U D O O R I E N T E3 e 4 de maio

VI CONGRESSO APED

GROWING WITHTHE CONSUMER

Crescer com o consumidor

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“o ConSUMiDor eStÁ MAiS volÁtil”

Store | Quais os objetivos da realiza-ção do VI Congresso da APED?Ana Isabel Trigo Morais | O Con-gresso da APED é já um marco na agenda nacional pela estrutura que apresenta. A edição deste ano vem, mais uma vez, trazer a deba-te os grandes temas da atualidade, quer ao nível das grandes questões macroeconómicas, quer ao nível da análise detalhada e cuidada dos desafios do setor do retalho e da distribuição. Pensar o presente e o futuro nesta dupla vertente é o grande objetivo deste evento.

Store | Que expetativas tem da in-tervenção do Prémio nobel Paul Krugman?AitM | Paul Krugman apresenta sempre análises precisas e diferen-tes sobre as questões económicas da atualidade. As suas interven-ções são desafiantes e desenca-deiam em seu torno uma série de tantas outras análises e questões. É o que esperamos desta sua partici-pação no Congresso APED, para a qual nos trará uma análise sobre a Europa e Portugal e as perspetivas de crescimento, pois é também um Nobel que conhece bem o nosso país e os seus desafios.

Store | Qual a importância da realização deste evento ao longo dos anos para a APeD? tem re-sultados práticos?AitM | A grande adesão a cada edição do congresso fala por si, re-velando a importância deste even-to. As dezenas de oradores que têm passado pelos congressos rea-lizados anteriormente têm deixado importantes análises sobre o setor, abrindo caminho para definição de estratégias futuras. temos tido sempre o cuidado de convidar par-ticipantes que apresentem, de fac-to, soluções de trabalho para que, quem assiste às suas intervenções, as possa colocar em prática.

Store | De que modo é que desen-volvimentos como a ascensão do mobile, a internet das coisas ou o big data estão a influir no retalho?AitM | As novas tecnologias estão a moldar o setor de uma forma total-mente diferente. Moldaram um novo perfil de consumidor, por um lado, e, por outro, vieram também moldar as novas estratégias de negócio capazes de responder de forma mais rápida e eficaz a este “novo” cliente. Graças às novas tecnologias, o setor tem atual-mente ao seu dispor uma infinidade de ferramentas que permitem me-lhorias em toda a linha de produto e serviços até chegar ao consumidor. Mas os desafios não foram ainda todos superados e, por isso, as em-presas têm de continuar atentas aos avanços tecnológicos.

Store | Como é o consumidor por-tuguês?AitM | Os últimos anos de grandes oscilações na economia refletiram-se no perfil de consumidor tornando--o mais volátil, por exigência de uma gestão orçamental ao pormenor. Mas o consumidor português não deixou de ser criterioso e informado, tendo aliás um perfil bastante sofisticado. São estas características de cliente que levam a que o setor seja constan-temente desafiado a superar barrei-ras e apresentar sempre as melhores propostas de valor.

petróleo e a resposta à questão: 2016, ano de crescimento?Este ano o convidado especial é o Prémio Nobel da Economia Paul Krugman, que fará uma análise da economia da Europa e de Portugal e das perspetivas de crescimento. Serão também oradores o estratega e perito em marketing Peter Fisk; o non-executive chairman board of directors na Winery Exchange Inc, Allan Noddle; o diretor da área de retailer Insights na Nielsen, Jean--Jacques Vandenheede; o global head of tMt research da Deloitte uK, Paul Lee; e o google global client partner, Pedro Pina; entre outros.

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A diretora-geral da APED, Ana Isabel trigo Morais, explicou à Store Magazi-ne que o prémio foi lançado pela pri-meira vez em 2014 pela associação “no âmbito do seu papel de divulgação do sector enquanto agente de moderni-zação, sofisticação e serviço aos con-sumidores”. Os objetivos: “reconhecer e premiar a inovação feita no sector do retalho em Portugal e dar visibili-dade às empresas que a identificaram como oportunidade de crescimento e competitividade”. “O setor do retalho tem um foco muito claro: o consumi-dor”, sustenta. “Para o acompanhar e conseguir dar resposta às suas exigên-cias é necessário ter esta capacidade de constante inovação. Aliás, o setor é uma referência nesta área”, entende. “Em Portugal, assistimos ao desenvol-vimento pelas insígnias de produtos, serviços, projetos e práticas pioneiras e inovadoras e estas empresas são ver-dadeiros agentes de modernização ao serviço do cliente”.Os galardões são atribuídos em três categorias: inovação de produto e de marca, na qual são considerados pro-

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valoriZar a inovaÇão como motor de creScimento

Distinguir o que de melhor se faz no retalho em Portugal. É esse o objetivo da segunda edição do “Prémio Excelência – Inovação no Retalho”, promovido pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e que será entregue a 3 de maio.

Os projetos voltam, este ano, a ser avaliados em três categorias: inovação de produto e de marca, inovação no serviço ao cliente e inovação e sustentabilidade.

o fundador e presidente da Ivity Brand Corp, Carlos Coelho, o fundador e par-tner da Ipsos Apeme, Carlos Liz, o di-retor executivo da GS1 Portugal, João de Castro guimarães, e o diretor do Diário Económico, raul Vaz.“Cabe a este grupo avaliar as candida-turas mediante critérios relacionados com a natureza e grau de inovação e com as mais-valias e resultados que apresentem quer para o consumidor quer para a própria empresa e entida-des parceiras”, afirma Ana Isabel Trigo Morais.“A primeira edição desta iniciativa bie-nal revelou-se um verdadeiro sucesso com dezenas de projetos que eviden-ciaram o grande compromisso que o sector tem com a inovação e o desen-volvimento. Este ano esperamos, claro, que a adesão das empresas seja ainda maior”, refere.Os prémios serão entregues no dia 3 de maio, no final do primeiro dia do VI Congresso da APED, a decorrer no Museu do Oriente, em Lisboa. Para 2018 está já prevista a terceira edição da iniciativa.

dutos e marcas-própria disponíveis no mercado, que proporcionem valor, bem-estar e conveniência ao consumi-dor; inovação no serviço ao cliente, que distingue serviços e processos que vi-sem maximizar a experiência de com-pra tanto em loja como online; e ino-vação e sustentabilidade, na qual são avaliados projetos ou iniciativas que contribuam para uma economia de baixo carbono e para a promoção do consumo sustentável. Até 31 de março, podem candidatar-se ao prémio as em-presas do setor do retalho, associadas da APED e entidades parceiras dos associados, em candidatura conjunta. Cada candidato poderá submeter mais do que um projeto, a uma ou mais ca-tegorias, num máximo de dois projetos por categoria. “Serão aceites projetos apresentados na primeira edição desta iniciativa, desde que não tenham sido distinguidos com a atribuição de pré-mio ou menção honrosa”, diz.A atribuição dos galardões será deci-dida por um júri presidido pelo jorna-lista António José teixeira e do qual fazem parte a diretora-geral da APED,

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eStrAtéGiASara Batista | [email protected]

São mais de 450 as mercearias que nasceram nos últimos anos sob iniciativa dos retalhistas Sonae, através da cadeia de retalho alimentar Meu Super, e Jerónimo Martins, pela mão do modelo de cooperação comercial entre

o Recheio Cash&Carry e o Amanhecer. Assentes numa estratégia de proximidade, as insígnias têm a pretensão de assegurar a cobertura do território nacional

sob o mesmo objetivo: ajudar a modernizar e apoiar os negócios de comércio tradicionais.

o MoDelo De neGÓCio Do FUtUro?

retalho de proximidade

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eStrAtéGiA

um novo amanhecer para o comércio tradicional

O Recheio Cash&Carry lançou o projeto Amanhecer com o objetivo de apoiar o comércio tradicional, um segmento que constitui uma parte importante da sua base de clientes. A rede de lojas conta já com 250 mercearias, o que evidencia a elevada adesão dos comerciantes a este modelo, explica o diretor-geral, António Barracho.

O projeto Amanhecer foi lançado, em fevereiro de 2011, com a primeira mer-cearia a ser inaugurada na Baixa de Lisboa. Hoje, a rede conta com 250 mercearias, com uma média de duas aberturas por semana nos últimos dois anos. “Não se trata de um regime de franchising, mas de uma parceria com os nossos clientes, a quem da-mos o apoio necessário à operação”, explica o diretor-geral do recheio Cash & Carry, António Barracho. Es-tas 250 lojas encontram-se de norte a sul de Portugal, com uma preponde-rância grande ao nível de Lisboa, Por-to, Setúbal, Coimbra e Aveiro, sendo que 15 estão localizadas na Madeira. Mas são os clientes que determinam a abertura de uma loja Amanhecer e, segundo o diretor-geral, o objetivo é apostar em clientes que sejam interes-santes para o recheio e que tenham perspetiva de futuro. “É um projeto que vai nascendo com os clientes e, portan-to, são eles que nos vão dizendo onde

querem abrir”. A rede de lojas Ama-nhecer está disponível para proprie-tários de mercearias ou minimercados que necessitem de um apoio adicional para se afirmarem, no retalho alimen-tar. Para pertencer à rede, e como se trata de um negócio de proximidade, com um carácter muito familiar, as lojas têm de ter entre 100 a 400 m2. Além do investimento inicial na remodelação da loja, cabe aos proprietários das mercea-rias a compra de 70% das suas compras ao recheio Cash & Carry. “A maioria dos nossos associados já eram clientes recheio e, por isso, agora, para as suas mercearias Amanhecer, compram mais 20 ou 30% face ao que já compravam”. Com este apoio, o Amanhecer procu-ra posicionar o comércio tradicional como uma mais-valia para as regiões onde as lojas estão inseridas. Para isso, há a preocupação de promover a pro-ximidade, que segundo António Barra-cho, “passa muitas vezes pela amizade” entre a insígnia e os proprietários das

mercearias. “O objetivo final é que os nossos clientes perdurem no tempo e que sejam uma montra daquilo do que se vai fazendo de melhor ao nível do negócio de proximidade”. Para abrir uma loja Amanhecer, os interessados precisam enviar uma candidatura, disponível no site da insígnia, a qual será avaliada pela equipa de gestão do Amanhecer, que analisa se o ne-gócio tem condições para evoluir, se o empresário é empreendedor e resi-liente, e se há perspetivas de futuro no projeto. Neste modelo de cooperação comercial praticado na rede de lojas Amanhecer, o apoio do recheio Cash & Carry aos clientes traduz-se a nível informático, sendo a insígnia respon-sável pelo investimento nessa área de atuação, transmitindo ainda o know--how adquirido ao longo de 43 anos de experiência com clientes no setor do retalho. Além disso, o recheio Cash & Carry garante o apoio em todas as fases do processo, desde o desenvolvimento

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da imagem associada à marca Ama-nhecer, dentro e fora da loja, ao apoio ao nível do HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos) e SHT (Segurança e Higiene no Trabalho). Mas, como explica António Barra-cho, apesar de Amanhecer ser uma marca do recheio Cash & Carry, as mercearias são totalmente autóno-mas e as vendas dizem respeito ape-nas aos próprios parceiros, sendo que a insignia funciona como consultor. “Não interferimos na gestão do pri-cing, que é completamente autóno-ma, cada associado faz a sua gestão”. Os proprietários beneficiam ainda da marca Amanhecer, que é transversal a todas as categorias de produtos, com mais de 600 referências, com preços competitivos e qualidade certificada e que, segundo o diretor-geral, começa a ter notoriedade. “Estes comercian-tes não tinham a possibilidade de ter uma marca própria competitiva, que fizesse a diferenciação para o resto da

distribuição moderna”. Neste sentido, ressalva António Barracho que as lojas Amanhecer não têm, necessariamente, que ter todos os produtos da marca; em vez disso, a insígnia promove um sortido específico para cada mercea-ria que tenha uma proposta de valor condizente com a área onde opera. “Se vamos colocar 600 referências em 400 m2, as coisas tornam-se extremamente difíceis. O que fazemos é uma gestão correta do sortido, dando inputs aos clientes sobre qual o melhor sortido”. Dentro desta perspetiva, o Amanhe-cer conta também com uma contínua partilha de informação por parte dos parceiros, que explicam a especifici-dade dos clientes das suas lojas. Além desta adaptação do sortido, o Amanhe-cer aposta em folhetos promocionais, distribuídos a nível nacional, que in-cluem o portefólio de artigos comuns a todas as lojas. “No futuro, talvez ve-nha a ser feito por clusters, incluin-do produtos regionais nos folhetos

dos clientes onde estamos a operar”. É na autonomia que o recheio Cash & Carry dá aos aderentes do projeto que está a grande diferenciação des-te modelo de negócio. Mas a insígnia apoia-se também nos “produtos de qualidade, com preços extremamente competitivos, e na proximidade entre a equipa do recheio Cash & Carry e a do Amanhecer”. Ao seguir este caminho, e tendo em conta as dificuldades que o comércio tradicional tem atravessado, as mercearias que passaram a integrar a rede de lojas Amanhecer, cresceram 50% em volume de negócio. “Os nos-sos clientes cresceram, estão mais for-tes, mais resilientes, percebem que es-tão num ambiente muito competitivo, e mesmo assim crescem, o que quer dizer que estão a fazer a aposta cer-ta, e a nossa proposta de valor é boa”. Com 100 lojas abertas apenas no ano de 2015, o Amanhecer propõe-se, para 2016, consolidar a rede,, organizar as lojas e dar-lhes apoio no que toca à di-namização dos seus projetos. “Vamos olhar para a expansão, mas também para o acompanhamento dos aderen-tes, dando-lhes mais informação, por-que é importante começarmos a dar outros inputs em termos de pricing e de sortido”. Isto porque, diz Antó-nio Barracho é preciso que os parcei-ros percebam que o recheio Cash & Carry não vende apenas produto, mas também dá valor acrescentado a toda a gestão do dia-a-dia.

antónio barracho, diretor-geral do recheio

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Desde a abertura da primeira loja Meu Super, em maio de 2011, que o franchising alimentar da Sonae MC definiu que o plano de expansão da marca seria ambicioso, com o objetivo de assegurar uma cobertura completa do território nacional, com especial foco nas zonas urbanas. Seguindo esta ambição, a insígnia é já responsável pela criação de mais de 900 postos de trabalho e mais de 30 mil m2 de su-perfície de loja, estando presente em todo o continente e na Madeira. De-pois da inauguração da primeira loja, e seguindo a estratégia inicialmente definida, em 2012 contabilizavam-se 24 lojas franquiadas, e em 2013, eram 70. Foi no final de agosto de 2014 que o franchising alimentar da Sonae MC abriu a 100.ª unidade, ano em que con-quistou os 18 distritos de Portugal, ao duplicar a dimensão com a abertura de mais 70 lojas. A chegada à ilha da Madeira deu-se em novembro de 2014,

apoiar a moderniZaÇão do comércio tradicional

Assegurar a cobertura do território nacional, com foco nas zonas habitacionais ou de grande fluxo pedonal, é o objetivo do Meu Super. Quem o diz é Fernando Silva, diretor-geral da cadeia de retalho alimentar de proximidade da Sonae MC, que se prepara para a abertura de mais 60 lojas num modelo de franquia que está a trabalhar a revitalização do comércio tradicional.

eStrAtéGiA

com a abertura de seis espaços, a que se juntaram mais quatro lojas em 2015. É nas zonas habitacionais ou de gran-de fluxo pedonal que a Sonae MC materializa a aposta num comércio de proximidade, respondendo assim às necessidades manifestadas por um cliente cada vez mais exigente que, além da variedade e da qualidade da oferta, valoriza cada vez mais a proxi-midade e a conveniência. Ao mesmo tempo, com a criação do Meu Super, a Sonae MC está a trabalhar na re-vitalização do comércio tradicional. Como explica o diretor-geral, Fernan-do Silva, o formato de franquia Meu Super está disponível tanto para em-presários que pretendam abrir lojas de raiz, como para transformação ou upgrade de lojas já existentes e em fun-cionamento. Para abrir uma loja Meu Super, além de disponibilidade finan-ceira, “o interessado deve ter espírito empreendedor e vontade de desen-

volver um projeto em conjunto com o retalhista alimentar”. um processo que a insígnia quis tornar mais céle-re com a criação de um formulário de registo online, no site do Meu Super. Neste modelo de franquia praticado na rede Meu Super, a Sonae MC garante o apoio em todas as fases do processo, desde a análise de viabilidade, à defi-nição de layout, imagem e seleção de equipamento, até à seleção ou escolha da gama. Além disso, a insígnia garan-te ao franquiado formação contínua e o abastecimento assente num modelo logístico eficiente, em que os sistemas de informação são totalmente integra-dos nos processos da companhia. “Os parceiros da Sonae MC na rede Meu Super beneficiam de um conjunto alargado de vantagens que lhes confere competitividade no mercado nacional, sendo um caminho para a revitalização dos seus negócios ou desenvolvimento de novas atividades”, afirma o diretor-

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fernando silva, diretor-geral do meu super

-geral. Isto porque os franquiados be-neficiam “da garantia de preços com-petitivos, de uma gama ampla e pro-funda de produtos de marca própria e de fornecedor adaptável a realidades distintas, da disponibilização de folhe-tos promocionais quinzenais e da utili-zação de sistemas informáticos idênti-cos aos das restantes lojas da Sonae”. A rede Meu Super oferece ainda outras vantagens aos franquiados, como a in-corporação do Cartão Continente nas lojas e o acesso a formação contínua, que tem início antes da abertura da loja, com acompanhamento operacio-nal através de uma equipa exclusiva-mente dedicada ao apoio de lojas, que propociona suporte em permanência. O investimento na formação de parcei-ros fornecido pela rede expandiu-se, em 2015, de forma a fortalecer a pro-posta de valor Meu Super, com oferta de formação nas áreas de legislação la-boral, segurança alimentar e formação

na área de charcutaria e de frutas e le-gumes. Este é um caminho que é feito em conjunto, em que a Sonae promove o envolvimento do franquiado em todo o processo, de forma a se conseguir ob-ter uma sustentabilidade da equação e, consequentemente, levar ao sucesso da loja. Com uma dimensão entre 100 e 400 m2 e uma imagem que preten-de ser apelativa e cuidada, as lojas Meu Super procuram apresentar uma gama de produtos ajustada à dimensão das lojas, com uma aposta forte nos fres-cos e nos produtos nacionais, e onde cerca de 40% da oferta são marca Con-tinente. “Os frescos são um fator de-terminante que leva os consumidores a visitar as lojas e, por isso, estão tam-bém na mira do Meu Super que pre-tende reforçar parcerias com produ-tores de referência nacional”, afirma. Neste formato, a marca incentiva o franquiado a ser o rosto da sua loja, para uma experiência de compra per-

sonalizada. “É este formato de proximidade juntamente

com um forte conhecimento dos seus clientes, que permi-

te às lojas oferecer um serviço de qualidade e diferenciador”. Se-

gundo o diretor-geral, a experiência do consumidor em loja é um dos ei-xos de atuação da rede de franquia, assim como o atendimento persona-lizado e o ajuste entre a variedade da oferta em função das necessidades dos clientes. Nesse sentido, as lojas Meu Super apostam em ser simples e prá-ticas, com foco no serviço ao cliente e numa forte dinâmica promocional, “sempre com preços competitivos”. Para se diferenciar da concorrência, o Meu Super aposta na disponibilização de produtos de marca própria Conti-nente, repetidamente Marca de Con-fiança dos portugueses desde 2003. Mas, também, a incorporação do car-tão Continente nas lojas da rede ma-terializa mais um fator de diferencia-ção pelas “inúmeras vantagens e des-contos proporcionados aos clientes”. Tendo chegado às 200 lojas, em final de 2015, reforçando assim a presença em todo o território continental e ilhas, a Sonae pretende continuar a sua apos-ta no sistema de franquia Meu Super, expandido a rede de lojas de forma sustentada e criando relações estreitas com os parceiros de negócios de for-ma a potenciar a sua atividade, estando para isso prevista a abertura de mais 50/60 lojas.

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PORTUGAL, SPAIN, TURKEY, SAUDI ARABIA, EGYPT, KAZAKHSTAN, DOMINICAN REPUBLIC, AZERBAIJAN, VENEZUELA, MOROCCO, LEBANON, QATAR, JORDAN, ARMENIA, ST.MAARTEN, GEORGIA, ECUADOR, IRAQ, TUNISIA

internACionAliZAção

UMA PrioriDADe CHAMADA

internACionAliZAção PORTUGAL, SPAIN, TURKEY, SAUDI ARABIA, EGYPT, KAZAKHSTAN, DOMINICAN REPUBLIC, AZERBAIJAN, VENEZUELA,

MOROCCO, LEBANON, QATAR, JORDAN, ARMENIA, ST.MAARTEN, GEORGIA, ECUADOR, IRAQ, TUNISIA

Levar a Zippy a cada vez mais famílias em todo o mundo é o grande objetivo da insígnia de moda infantil do grupo Sonae. Como? Através de uma estratégia

que combina a presença da marca em mercados maduros com a entrada em economias com forte dinamismo económico. Quem o diz é a administradora da

Sonae SR Joana Ribeiro da Silva.

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Com a internacionalização como eixo prioritário na estratégia de crescimen-to da Sonae, a expansão da atividade das insígnias do grupo para novos mercados é uma aposta que tem ganho consistência. No caso da Zippy, trata-se de um caminho iniciado em 2009, em Espanha, e que passa pela combina-ção da presença em mercados madu-ros com a entrada em economias com forte dinamismo económico. Ao seguir esta lógica, a insígnia já está presente em mais de 40 países através de lo-jas próprias, acordos de franchising e wholesale. um resultado que faz com que seja, segundo a administradora da Sonae Sr e da Zippy, Joana ribeiro da Silva, a marca de retalho do gru-po mais internacionalizada, com uma presença global e cerca de metade das suas receitas geradas no exterior. A tunísia respondeu aos requisitos e, ao posicionar-se para o grupo Sonae como uma economia de forte poten-cial e dinamismo, materializou a estreia da Zippy naquele mercado do norte de África, com a abertura da primeira loja da marca em tunes. “A entrada da Zi-ppy na tunísia enquadra-se na estra-tégia de internacionalização da Sonae, que procura aproveitar as vantagens competitivas das suas marcas a nível mundial, diversificando mercados e potenciando novas oportunidades de crescimento”. A insígnia de moda in-fantil alarga, assim, a cinco países a presença no continente africano, ten-do já lojas em Moçambique, Marrocos, Egito e Líbia. “Esta expansão permite capitalizar a proposta de valor da Zi-ppy, baseada em produtos de qualida-de, com estilo e a preços atrativos, com capacidade para se adaptar a diferentes realidades, contextos e culturas”, afir-ma Joana ribeiro da Silva. uma aposta que se explica pelo objetivo de reforçar a presença em África, “um continente em crescente expansão”, e de dispo-nibilizar os produtos da marca a cada vez mais famílias em todo o mundo. A estreia da insígnia de moda infantil da Sonae na tunísia dá-se através do acordo de franchising celebrado com o parceiro tunisia Fashion Kids, que contempla a abertura de mais quatro lojas no país até 2019. Um acordo que, segundo Joana ribeiro da Silva, contri-bui para a afirmação como uma marca de referência na moda infantil, não só no norte de África, mas também a nível

UM novo MerCADo eUroPeU no HoriZonte

Store Magazine | Qual o desempe-nho da marca em Portugal? E qual o mercado com melhores resulta-dos? Joana ribeiro da Silva | A Zippy tem realizado uma estratégia de cres-cimento assinalável desde o seu lan-çamento, em 2004, sendo hoje uma marca de topo na moda infantil em Portugal, mas também a nível inter-nacional. Em termos individuais, Portugal continua a ser o mais rele-vante, pese embora cerca de metade das nossas receitas já serem geradas no exterior.

Store Magazine | Estão previstas novas aberturas? Quais os merca-dos prioritários?JrS | A aposta na internacionali-zação tem-se revelado num grande sucesso nas diversas regiões onde estamos presentes e, como tal, esta-mos naturalmente atentos ao merca-do e a eventuais oportunidades que possam surgir. Atualmente estamos a trabalhar num novo mercado eu-ropeu para o franchising e a analisar novas oportunidades um pouco por todo o mundo, das Américas à Ásia, passando por África e pela Europa.

Store Magazine | Quais os resulta-dos obtidos em 2015? e quais os ob-jetivos para 2016JrS | Na Sonae não reportamos ven-

das por insígnia, mas por áreas de negócio. A Sonae Sr, unidade onde está integrada a Zippy, regis-tou vendas de 1.294 milhões de eu-ros em 2015, tendo a atividade in-ternacional crescido 5,1%. O nosso objetivo é continuar a desenvolver a marca e expandir a nossa pre-sença internacional, criando valor para os clientes, para os parceiros e para a marca. Para isso, estamos a apostar num novo modelo de loja, que reforça a ligação entre pais e filhos, bem como na inovação e desenvolvimento de produtos dis-tintivos.

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global, conciliando a presença em mer-cados ocidentais e maduros com paí-ses que apresentam forte dinamismo económico. O objetivo de conquistar a posição de referência na moda infantil a nível global também explica a aposta no continente asiático, onde a Sonae alargou a atividade internacional com a abertura das duas primeiras lojas Zippy nas Filipinas. A entrada neste mercado decorre igualmente de um acordo de franchising, celebrado com a empresa trimark holdings e que prevê a abertura de cerca de duas dezenas de lojas no país nos próximos cinco anos. Para chegar a novos mercados, a insíg-nia de moda infantil do grupo Sonae privilegia formatos capital light, como é o caso de parcerias, franchising e wholesale. quanto ao formato de loja, diz Joana ribeiro da Silva, varia de mercado para mercado, embora a Zi-ppy opte por espaços capazes de incor-porar o novo conceito de loja da mar-ca, que aposta na introdução de novas tecnologias para uma maior interação e proximidade com os clientes, com o objetivo de melhorar a experiência de compra. Foi o que aconteceu na nova loja localizada em tunes, que ocupa uma área de cerca de 85 m2 no centro comercial tunísia Mall e disponibiliza uma gama de produto que abrange vestuário, calçado e acessórios para

bebé e criança, incorporando o novo conceito de loja da marca. Já as primei-ras lojas da Zippy nas Filipinas, locali-zadas nos centros comerciais glorietta e North Edsa, na cidade de Manila, têm uma área média de 100 m2 e disponi-bilizam a mesma gama de produtos. Além do formato, tanto de negócio como de loja, que varia consoante a região, a Zippy também desenvolve produtos e coleções específicas para alguns mercados. E como está presen-te tanto em países do hemisfério nor-te como do hemisfério sul, há ainda a necessidade de trabalhar ciclos de coleções diferentes. “Para uma marca global, é crucial a capacidade de ir ao encontro e satisfazer as necessidades dos seus clientes, seja qual for a geo-grafia ou cultura”, afirma. Com esta convicção em mente, a adaptação da abordagem da marca aos mercados em que está presente é, também, uma preocupação, com a gestora a salientar a capacidade de diferenciação. “A nossa oferta combina produtos de qualidade para crianças dos 0 aos 14 anos, com design a preços atrativos, que dispo-nibilizamos em lojas acolhedoras que favorecem a experiência de compra e apoiadas num serviço de excelência”. A capacidade de estar ao lado de todas as famílias, em Portugal e no estrangei-ro, adaptando-se à realidade de cada

teCnoloGiA PArA MelHorAr A exPeriênCiA De CoMPrA

O mês de fevereiro ficou marcado pela inauguração da nova loja de Lisboa da Zippy. Situada no Centro Comercial Colombo, envolveu um investimento de cerca de 600 mil euros naquele que é mais um exemplo do novo con-ceito de espaço da marca: um espaço que privilegia a tecnologia e a intera-tividade, de modo a melhorar a expe-

riência de compra para pais e filhos. Com 300 m2 e 13 colaboradores, segue o modelo já aplicado nas lo-jas de Setúbal, Aveiro, Porto, Sintra e Vila real e que, de acordo com a Sonae Sr, tem registado um desem-penho superior ao nível das vendas. Assim, a nova loja no Colombo pos-sui uma nova organização de espa-ços, que assegura melhores fluxos de circulação e uma melhor seg-mentação, além de apresentar uma exposição de artigos mais apelativa. No que toca à incorporação da tec-nologia, inclui ecrãs que potenciam a comunicação com os clientes, além de um playground digital para as crianças.

internACionAliZAção

país, é – segundo a administradora da Sonae Sr e da Zippy – uma mais-valia, reconhecida pelos clientes e parceiros. Para captar o interesse de franchisados no mercado internacional, segue uma estratégia de promoção internacional, que inclui a presença nas principais feiras mundiais do setor bem como a análise de mercados e oportunida-des. Contudo, adianta Joana ribeiro da Silva que a Zippy tem merecido o interesse crescente de parceiros que pretendem desenvolver o seu negó-cio através da marca. “temos diversos casos de empresas e empreendedores que conheceram a marca nas suas via-gens pelo mundo e que e nos contac-tam com o objetivo de disponibilizar os nossos produtos”. A este demonstrado interesse, junta-se o trabalho desenvol-vido por uma equipa específica para o mercado internacional, que ajuda no estreitamento de relações com os par-ceiros, o que é “fundamental em mo-delos capital light”. Neste processo de expansão, o franchising representa um peso importante, embora o wholesa-le tenha vindo a ganhar importância. “quando analisamos oportunidades de expansão para um mercado, analisamos as diferentes possibilidades de modelos de negócio e escolhemos aquela que nos parece ser mais geradora de valor para todas as partes envolvidas”.

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SUStentAbiliDADe

inveSte no DeSenvolviMento

SUStentÁvelPromover a investigação e os projetos que contribuem para o desenvolvimento

sustentável é o objetivo da Jerónimo Martins, ao associar-se à iniciativa Green Project Awards, que promove o empreendedorismo e a economia verde. Conceitos também partilhados no grupo, como afirma o diretor Corporativo de Ambiente e Segurança Alimentar, Fernando

Frade, que acredita que um investimento contínuo em inovação é incontornável para a sustentabilidade do negócio.

“Detergentes Verdes – Biosurfactantes a partir de resíduos lenhocelulósicos” foi o projeto vencedor do Prémio Je-rónimo Martins/GPA – Investigação e Desenvolvimento Sustentável, uma distinção que atribui uma bolsa mone-tária no valor 20.000 euros. Um prémio que foi criado na 8.ª edição do Green Project Awards, resultado da parceria com o grupo Jerónimo Martins para a categoria de Investigação e Desenvol-vimento Sustentável. Explica o diretor Corporativo de Ambiente e Segurança Alimentar do grupo, Fernando Frade, que, quando se associou ao concurso, a Jerónimo Martins quis ser mais que

um simples patrocinador, isto porque acredita que “só espíritos criativos con-seguem contribuir para o desenvolvi-mento de um negócios a médio e lon-go prazo”. O objetivo da iniciativa é o de promover a investigação e o desen-volvimento de produtos, serviços, pro-jetos ou processos que tenham como finalidade contribuir para o desenvol-vimento sustentável.Dirigido ao mercado nacional, podem candidatar-se empresas, universidades, centros de investigação, ONg e enti-dades sem fins lucrativos. “Estamos completamente abertos a que quem esteja a fazer investigação e desenvol-

vimento em produto, em processo ou em sistemas e que esteja relacionado com sustentabilidade, seja na área am-biental ou nas outras áreas, se possam candidatar ao prémio”. O importante é que os produtos não tenham sido já comercializados e nem tenham sido alvo de outros prémios monetários. Com o Prémio Jerónimo Martins/gPA – Investigação e Desenvolvi-mento Sustentável, o grupo pretende fomentar a curiosidade intelectual, a investigação e o desenvolvimento, dis-tinguindo quem tem ideias interessan-tes a nível nacional dentro destas áreas. uma distinção que atribui uma bolsa

JerÓnimo martinS

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todoS oS premiadoS neSta 18.ª ediÇão doS green proJect aWardS

fernando frade, diretor corporativo de amBiente e SeguranÇa alimentar da JerÓnimo martinS

oS autoreS do proJeto “ tetra Solar: energY for all”, da cenimat, diStinguido com menÇão honroSa

Javier goYeneque, preSidente da ecoalf

João WengoroviuS meneSeS, Secretário de eStado da Juventude e do deSporto

Legenda

Jorge Seguro, Secretário de eStado da energia

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monetária no valor de 20.000 euros ao projeto vencedor, valor esse que, res-salva o diretor do grupo, não é dado de uma só vez. O regulamento prevê que o prémio seja dividido em três tran-ches: a primeira é entregue logo após a comunicação do prémio, e os dois montantes seguintes, de 7.500 euros cada, dependem do desenvolvimen-to do projeto. Ou seja, o vencedor do prémio tem que comunicar à Jeróni-mo Martins como o projeto está a ser desenvolvido, quais os objetivos atin-gidos, de forma a garantir que o valor é utilizado para apoiar a investigação. Além do prémio monetário, o vence-dor, bem como os outros participan-tes, beneficiam da visibilidade que já tem o green Project Awards, e que poderá ajudar ao desenvolvimento de networkings ou pontes com empresas e investidores interessados em apoiar o desenvolvimento do projeto. ques-

tionado sobre a possibilidade de a Je-rónimo Martins apoiar projetos além do vencedor, Fernando Frade afirma que há essa hipótese, embora dependa do tipo de projeto. “Não me admiraria, apesar de não ser nenhuma promessa, que este projeto, um pouco mais de-senvolvido, possa ser olhado um dia mais tarde por um fabricante de de-tergentes, e que se faça alguma siner-gia, mas esse não é o fim”. Além disso ressalva, a Jerónimo Martins não está apenas a suportar ideias aderentes ao negócio do grupo, por isso pode não haver nenhum interesse no de-senvolvimento do projeto. Nestes casos, o grupo limita-se a apoiar o crescimento destas ideias, que se podem tornar produtos ou serviços que acrescentem valor à sociedade. trata-se, assim, “de uma forma de premiar quem tem ideias, mas tam-bém o desenvolvimento de cultura

científica que é necessária no país”. Isto porque o grupo acredita que “é incontornável para a sustentabilida-de do negócio um investimento con-tínuo em inovação”, e ainda que “a curiosidade intelectual e a insatisfa-ção permanente são fundamentais para o reforço da resiliência dos ne-gócios para a prosperidade socioe-conómica”. E porque o grupo Jerónimo Martins tem consciência de que a continui-dade de uma empresa faz-se “cui-dando do ambiente, das pessoas e das comunidades envolventes”, há muitas outras iniciativas promovidas através da política de sustentabilida-de ambiental. São exemplo disso o projeto dos oleões, implementado em 2009 nas lojas Pingo Doce, mas também o “Let’s go green”, que ten-ta incentivar os colaboradores do edifício-sede, por exemplo, a subir as escadas, mas que controla tam-bém o consumo de papel, eletricida-de, e resíduos que saem do edifício da Jerónimo Martins. “quando a lo-gística decide por si limitar a veloci-dade dos camiões a 100 Km/h, está a proteger os colaboradores, bem como a limitar o consumo de gasó-leo em vários milhares de litros”. E esta é uma política que a Jerónimo Martins promove além-fronteiras, estando por isso a pensar apoiar projetos de biodiversidade na Co-lômbia, onde detém a insígnia Ara, pelo problema de tráfico de espé-cies e desflorestação que atinge este mercado. O mesmo acontecerá na Polónia, com a Biedronka, onde o grupo está a avançar com iniciativas que seguem o replicar dos imple-mentados em Portugal.

SUStentAbiliDADe

fernando frade, da Jm, céSar fonSeca, vencedor, e JoSé mendeS, Secretário de. eStado adJunto amBiente

JoSé mendeS, Secretário de eStado adJunto e do amBiente

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A iMPortânCiA De APoiAr o eMPreenDeDoriSMo

Store Magazine | O que motivou a participação no Green Projects Awards? César Fonseca | O projeto leva-do a concurso teve anteriormente uma base de investigação e desen-volvimento com vários indicado-res, incluindo artigos científicos e patentes. Com a demonstração a nível laboratorial do conceito que engloba o processo de produção de detergentes a partir de resíduos lenhocelulósicos, pensámos que o Green Project Awards Portugal’15, especificamente na categoria Inves-tigação e Desenvolvimento Susten-tável, seria o canal apropriado para divulgar o projeto e catapultá-lo para outro nível, tendo em conta o tema e a visibilidade, credibilidade e prestígio do concurso, que agrega num mesmo painel a gCI, a maior organização ambiental portuguesa (Quercus) e um dos maiores grupos empresariais portugueses (o Grupo Jerónimo Martins).

Store Magazine | Como nasce o in-teresse de desenvolver detergentes a partir de resíduos vegetais?CF | Este projeto nasce com o inte-resse de desenvolver novos biocom-bustíveis para a aviação a partir de resíduos lenhocelulósicos (agrícolas, florestais, urbanos). A ideia tem ori-gem numa parceria entre mim (na altura no LNEG) e o Prof. Frederico Ferreira (do IST), ideia essa explo-rada no Doutoramento em Bioen-genharia de Nuno Faria, no âmbito do programa doutoral MIt-Portugal, tendo depois continuidade num projeto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no qual eu fui o investigador res-ponsável. O estudo iniciou-se com o objetivo de converter açúcares lenho celulósicos em biocombustí-veis, mas acabou por se verificar que os glicolípidos produzidos por uma levedura diferente da utilizada na produção de pão, vinho, cerveja ou etanol combustível, eram também

muito interessantes. As propriedades surfatantes das moléculas produzidas permitem a sua utilização diretamen-te em detergentes, entre outras aplica-ções.

Store Magazine | Que retorno espera obter a nível profissional?CF | O reconhecimento obtido por um prémio com elevada visibilidade e cre-dibilidade permite retorno a diferentes níveis: divulgação junto da sociedade quanto à importância da Investigação e Desenvolvimento para o futuro e da perceção do contributo específico des-te projeto para um desenvolvimento sustentável; poderá ser um fator im-portante na captação de mais finan-ciamento para o desenvolvimento da tecnologia até à sua comercialização; a oportunidade de estabelecer parce-rias com empresas permite alargar a rede de contactos para mais facilmente transferir tecnologia desenvolvida no seio das instituições de ensino supe-rior, investigação e desenvolvimento.

Store Magazine | Quais os próxi-mos passos deste projeto?CF | temos como objetivos conti-nuar a desenvolver a tecnologia e transportar este processo, que já está patenteado, para um contexto de mercado, o que requer investi-mento para aumento de escala e para formulação e certificação do produto de acordo com a aplica-ção. Estamos também em contac-to com algumas empresas (nacio-nais e internacionais) de forma a codesenvolver a tecnologia numa vertente industrial e/ou licenciar a mesma e assim chegar ao mercado mais rapidamente. No seguimento do prémio Investigação e Desen-volvimento Sustentável, já fomos contactados por potenciais novos parceiros.

Store Magazine | Qual a importân-cia de empresas como a Jerónimo Martins desenvolverem iniciativas que promovam o empreendedoris-mo?CF | Consideramos muito relevante a participação de empresas como a Jerónimo Martins numa iniciativa como esta, que promove o empreen-dedorismo para um desenvolvi-mento sustentável, juntando-se ao maior grupo ambiental português, a quercus, e à gCI. Com um papel determinante na distribuição em Portugal, a Jerónimo Martins po-derá ainda contribuir ativamente no desenvolvimento das ideias até à comercialização para, no futuro, colocar nas prateleiras dos seus su-permercados produtos mais amigos do ambiente. A empresa consegue também a sensibilização da socieda-de para a necessidade de caminhar-mos para um desenvolvimento sus-tentável, nomeadamente realçando a importância de uma transição de produtos derivados de recursos não-renováveis, como o petróleo, para bioprodutos, mais amigos do ambiente, no que se espera vir a ser o tempo da bioeconomia.

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eFiCiênCiA

A rede de pontos de recolha de resíduos de madeira na América do Norte, criada pela Sonae Indústria, venceu a 2.ª edição do Prémio de Sustentabilidade das Empresas Sonae.

SUStentAbiliDADe in HoUSe

Incentivar a implementação de pro- gramas, projetos e medidas para reforçar o desenvolvimento sus-tentável dos negócios, distinguindo as melhores iniciativas que conci-liam as vertentes económica, am-biental, social e envolvimento com os stakeholders, é o propósito do Prémio de Sustentabilidade das Empresas Sonae. trata-se de uma iniciativa que abrange a Sonae e as suas várias áreas de negócio, bem como a Sonae Capital e a Sonae In-dústria.E foi precisamente do universo da Sonae Indústria que saiu o vence-dor da segunda edição do prémio

ticas distintivas desta edição, con-forme sublinhou o Chief Corpora-te Center Officer do grupo Sonae, Luís Filipe reis: “A segunda edição do prémio distinguiu-se pela qua-lidade dos projetos apresentados a concurso, demonstrando a forte preocupação das empresas Sonae em contribuírem para um mun-do mais sustentável. Os projetos permitiram-nos melhorar a nossa pegada ecológica ao mesmo tem-po que reforçaram a nossa eficiên-cia e proporcionaram importantes poupanças que contribuem para o reforço das nossas posições compe-titivas”.

– o projeto rewood, desenvolvido pela Tafisa Canadá e que consistiu na criação de uma rede de pontos de recolha e reciclagem de resí-duos de madeira. Foram ainda atri-buídas cinco menções honrosas a projetos desenvolvidos na Sonae MC, na Sonae Sierra, na Sonae Sr e na Sonae Centro de Serviços. Estes projetos foram selecionados de entre as três dezenas de candi-daturas recebidas, as quais foram avaliadas por um júri composto pelos membros do Fórum da Sus-tentabilidade das Empresas Sonae, promotor da iniciativa. A qualidade dos projetos foi uma das caracterís-

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touchleSSTodos os anos, as unidades de retalho da Sonae recebem mais de 3 milhões de faturas de fornecedores, que necessitam de ser devidamente tratadas. Para aumentar a eficiência no processo, e depois de ter fomentado a adesão à fatura eletrónica, a empresa implementou um sistema de automação para o arquivamento das faturas, transformando o processo de paper less em touchless. Este projeto permitiu reduzir o tempo e custo de tratamento da informação, aumentou a eficiência e o controlo ao disponibilizar informação para os negócios ainda mais rapidamente, facilitou o processo de pagamento e melhorou a relação com os fornecedores. hoje, na compra de bens pelas áreas de retalho da Sonae, 98% das situações já tem por base a fatura eletrónica e em 88% dos casos já não existe sequer manuseamento da fatura. Além das poupanças financeiras e de ganhos de eficiência, a nível ambiental, o projeto oferece poupanças anuais 2.700 árvores, 10 milhões de litros de água e 59 toneladas de CO2, fruto da redução do consumo de 97 toneladas de papel.

reWoodEste foi o projeto que se sagrou grande vencedor da 2.ª edição do prémio de sustentabilidade. A rede de pontos de recolha e reciclagem de resíduos de madeira criada no Canadá e nos Estados Unidos permitiu reciclar 665 mil toneladas, equivalentes a 10 milhões de árvores, incorporando os resíduos no fabrico de painéis de madeira. A funcionar desde 2011, a rede abrange 41 centros, tendo criado 445 postos de trabalho e possibilitando o abastecimento constante e renovável de resíduos de madeira sem interrupção, correspondente a poupanças anuais de 7 milhões de euros nos custos de matérias-primas.

partilha logÍSticaA Sonae MC criou dois centros de serviços para paletes e caixas ChEP e IFCO, que permitem o seu tratamento e reencaminhamento nos próprios entrepostos logísticos, evitando a deslocação para as unidades dos parceiros. O projeto, distinguido com menção honrosa, permitiu reduzir em 145 mil quilómetros a distância percorrida, com poupanças significativas ao nível de combustíveis e emissões, bem como reforçar a taxa de reutilização de paletes e caixas. Adicionalmente, conduziu à criação de 18 novos postos de trabalho.

dive proJectO ponto de partida para o Dive Project, distinguido com menção honrosa, foi a preocupação da Sonae Sierra com o consumo de água nos centros comerciais que gere, quer numa ótica de redução da pegada ecológica, quer de eficiência das operações. Nesse contexto, desenvolveu um modelo que permite estimar consumos e avaliar possíveis medidas a implementar, reforçando a eficiência dos investimentos realizados.

autoSSuficiÊncia O centro comercial Plaza Sul, localizado em São Paulo, Brasil, estabeleceu como objetivo alcançar a autossuficiência em recursos hídricos, reduzindo os seus impactos ambientais e tornando-se independente do abastecimento público. Para alcançar esse objetivo, foi introduzida uma estação de tratamento e reutilização de águas, reforçada a capacidade de armazenamento de água e efetuado um novo furo, entre outras iniciativas. Fruto deste trabalho de gestão integrada dos recursos hídricos, 50% da água é agora reutilizada, o consumo de água potável diminuiu 36% e a poupança em custos de água ascendeu a 25%, tendo sido alcançado o objetivo pretendido. resultados que mereceram uma menção honrosa no prémio de sustentabilidade das empresas Sonae.

equipa Worten equipaEsta iniciativa da Worten de recolha de equipamentos elétricos usados permitiu, desde 2009, recolher 30 mil toneladas de resíduos, encaminhados para centros de recuperação e reciclagem. Enquadrado na política de responsabilidade corporativa da insígnua, já levou à oferta de mais de 17 mil equipamentos novos a mais de 1.700 instituições de todo o país, beneficiando 410 mil pessoas, num investimento que supera os 1,5 milhões de euros.

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neGÓCio

A decisão de investir no segmen-to de papelaria foi tomada a nível global pela FNAC, mas “fez todo o sentido” ser introduzida na estraté-gia da insígnia para Portugal. quem o afirma é Lúcia Felizardo, gesto-ra comercial desta área de negócio. No fundo, trata-se de uma evolução da oferta da FNAC, que, desde o início, trabalhou a valência de stationary. Pro-dutos como agendas, cadernos, blocos, marcadores sempre estiveram presen-tes nas lojas, mas associados à livraria. E sempre foram – adianta a mesma res-ponsável – uma área de negócio com bastante procura e interesse dos clien-tes. Daí que alargar a outras categorias de produtos, canetas e outros acessó-rios de papelaria, tenha acontecido como um desenvolvimento natural. Esta é uma proposta que se diferencia da do retalho especializado e até da das grandes superfícies pois, sublinha Lú-cia Felizardo, vai ao encontro do clien-te FNAC, distanciando-se da oferta massificada de material de escritório:

papelaria conquiSta eSpaÇo no negÓcio de produtoS editoriaiSO segmento de papelaria responde já por 5% do negócio de produtos editoriais da FNAC em Portugal. A adesão dos clientes tem sido crescente, com estes produtos a assumirem o estatuto de um plus no cabaz de compra. O objetivo é evoluir para proporcionar uma experiência completa a quem visita as lojas.

“A seleção é pensada para os apaixona-dos por livros, pelo papel e pelas artes, que aqui encontram os artigos de utili-dade para o dia-a-dia, mas também um presente especial, uma caneta trendy ou artigos para desenvolver e explorar a sua criatividade. tentamos abranger várias linhas dentro do sector, manten-do sempre os padrões de qualidade e atualidade que definem a FNAC”. O conceito subjacente é, por isso mes-mo, uma “oferta para oferecer e ofe-recer-se”. “Neste sentido procuramos artigos tendência que marcam um es-tilo de vida, pelo design, pelos padrões, texturas e materiais. Procuramos tam-bém cada vez mais oferecer produtos exclusivos e interessa-nos apoiar e di-vulgar criadores e ilustradores nacio-nais”, sublinha a gestora.Os consumidores têm acolhido favo-ravelmente esta estratégia. Diz Lúcia Felizardo que a adesão é crescente, seguindo a tendência de mercado. A compra acontece mais em loja, assu-mindo um carácter de espontaneidade.

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papelaria conquiSta eSpaÇo no negÓcio de produtoS editoriaiS

Convite à CriAtiviDADe nACionAl

A FNAC lançou recentemente uma linha exclusiva de cadernos, tendo convidado designers e ilustradores portugueses a trabalhar em conjunto com gráficas e empresas de encader-nação nacional com vista à conceção de uma coleção totalmente made in Portugal. A insígnia inspirou-se no mote “tudo começa com uma folha em branco” para desafiar à recriação do caderno como objeto de culto. Cada edição, mensal, é limitada a

500 exemplares. O primeiro caderno resultou de uma parceria com a Al-famarama, o segundo envolveu cria-tividade da designer Maria João Ar-naut e produção das Papelarias Emí-lio Braga e o terceiro contou com a colaboração dos Cadernos Serrote. A designer Ana Seixas e o Alfaiate do Livro juntaram-se para criar o quarto caderno. André Letria e Yara Kono são os criadores mais recentes deste projeto.

E que, nesta gama de produtos, tocar, cheiras, experimentar são essenciais e o impulso determinante na hora de decidir a compra. Mas o negócio on-line está também com “crescimentos muito interessantes”.Interessante é também o termo es-colhido quando se trata de avaliar os resultados de negócio: sendo um produto de impulso, beneficia do tráfego de todas as outras áreas de negócio e é um plus no cabaz médio dos clientes. De tal forma que a pape-laria já pesa 5% no volume de negó-cio dos produtos editoriais da FNAC. Presente em todas as lojas, ainda que as dimensões da seção e a sua locali-zação variem, adaptando-se à especi-ficidade do cliente local, o segmento de papelaria é uma aposta da insíg-nia, passando a estratégia por alargar a oferta, quer em termos de produ-tos, quer em serviço. Assim, a pro-posta de valor será enriquecida com iniciativas como ateliês temáticos e workshops.

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eMPreSA

clienteS empreSariaiS tinham neceSSidade de uma one-Stop-Shop

Continente Negócios é a mais recente aposta da Sonae MC dirigida ao segmento empresarial. Apresentada como inovadora, por proporcionar às empresas a centralização das compras num único parceiro, assenta

numa plataforma digital e no conceito de one-stop-shop.

“Tínhamos as condições essenciais para ser muito competitivos neste seg-mento de negócio”. É assim que o dire-tor de Comércio Internacional da So-nae MC, João Cília, justifica a criação do Continente Negócios, a mais recen-te aposta do grupo dirigida a clientes empresariais E que condições são es-sas? A existência da gama de produtos necessária para desenvolver o conceito de one-stop-shop, a garantia de preços “muito competitivos” e “a confiança da marca Continente”. “Depois de cum-pridas estas premissas, começámos por desenvolver uma proposta de va-lor atrativa para este segmento de ne-gócio, baseada numa largura de gama incomparável, a preços muito compe-titivos. Para além disso, trabalhámos

em todos os processos de back-office, incluindo logística e sistemas, de for-ma a garantir um serviço de topo aos nossos clientes”, precisa João Cília. Subjacente a esta aposta está, natural-mente, a identificação de uma necessi-dade de mercado, neste caso, a neces-sidade de as empresas terem um único parceiro para comprar todo o material

de suporte ao negócio: “Detetámos esta oportunidade no contacto com os nossos fornecedores e outras empre-sas parceiras. Percebemos que muitas empresas têm dificuldade em gerir diferentes fornecedores e obter um preço competitivo para tudo o que são os seus consumíveis, nomeadamente, todo o material de escritório, seja ao nível do economato, tecnologia, mobi-liário, limpeza e produtos alimentares”. Com esta abordagem, o Continente propõe-se reforçar um segmento de negócio que – afirma João Cília – tem já algum peso, na medida em que al-gumas empresas asseguram as suas necessidades nas lojas físicas e online da insígnia. Contudo, no cômputo do mercado, a quota é “ainda reduzida”.

“perCebemos que muiTas empresas Têm difiCuldade em gerir diferenTes forneCedores e obTer um preço CompeTiTivo para Tudo o que são os seus Consumíveis”

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permite às pequenas empresas bene-ficiar do conceito de one-stop-shop, encontrando na loja online ”todos os produtos que precisam, a preços com-petitivos e com inúmeras vantagens, como descontos por volume ou um serviço exclusivo, que permite entre-gas gratuitas e a possibilidade de novos métodos de pagamento, como a trans-ferência bancária”. As médias e gran-des empresas terão ainda acesso a um atendimento personalizado de “uma equipa totalmente dedicada às suas necessidades, preços fixos negocia-dos caso a caso e uma conta corrente que facilita a gestão da sua tesouraria”. A oferta do Continente Negócios di-rige-se, pois, a empresas de todas as dimensões, sendo o serviço adaptado às necessidades específicas do cliente. Para já com enfoque nas necessidades dos escritórios e lojas, mas com planos para abranger a hotelaria e a restau-ração tendo como ponto de partida a gama atual do Continente, quer no que respeita a produtos alimentares, quer de decoração e de utilitários de cozinha. Sempre tendo o preço como fator de competitividade: “É assim com o Continente e, naturalmente, o Continente Negócios segue a mesma linha. Sabemos que o preço é o fator chave para os clientes empresariais e, por isso, estamos convictos de que esta aposta será bem-sucedida”, afiança o

inveStiMento“O investimento em back-office foi muito relevante, mesmo para a dimensão da Sonae MC. Saben-do que o serviço é um fator chave para este segmento, desenvolve-mos um novo sistema para gestão e processamento das encomendas. Para além disso, revimos os nossos processos de logística para se adap-tarem ao cliente empresarial. Neste momento, temos um armazém e um serviço de transporte inteiramente dedicado aos clientes empresariais, tendo a possibilidade de trabalhar produtos à unidade”.

DiGitAl

“Cada vez mais as empresas por-tuguesas apresentam um elevado nível de sofisticação. Aliás, com a necessidade de competir num mercado global, as empresas pre-cisam essencialmente de se focar no core do seu negócio e mini-mizar a sua base de custos. Nesse sentido, a existência de uma pla-taforma online dedicada facilita o processo de compra das empre-sas e a existência de um gestor de conta dedicado permite ainda dar uma resposta mais rápida às suas necessidades. Com o Continente Negócios acreditamos que propor-cionamos às empresas mais tempo para se dedicarem aquilo que é mais relevante: o seu negócio”.

a nova proposTa de valor “permiTirá ConquisTar uma quoTa de merCado relevanTe em Todo o segmenTo de empresas”, sejam empresários em nome individual, miCro ou grandes empresas

o ConCeiTo de one-sTop-shop “não é faCilmenTe repliCável, pois esTá assenTe no alargado porTefólio de negóCios da sonae, que Cobre insígnias espeCializadas Como, por exemplo, o ConTinenTe em alimenTação, mobiliário e limpeza, a WorTen em TeCnologia e a Well’s na saúde”

diretor de Comércio Internacional. E no que à competitividade respeita, João Cília não tem dúvidas de que o Continente Negócios se diferencia da oferta já existente para o segmento em-presarial. Diz mesmo que o conceito de one-stop-shop “não é facilmente re-plicável, pois está assente no alargado portefólio de negócios da Sonae, que cobre insígnias especializadas como, por exemplo, o Continente em alimen-tação, mobiliário e limpeza, a Worten em tecnologia e a Well’s na saúde”. Soma a estas valências o facto de o Continente ser uma empresa portu-guesa que “conhece bem as necessida-des do tecido empresarial português”. “Sabemos qual é a melhor forma de servir estes clientes”, remata.

Isto num mercado avaliado em mil mi-lhões de euros, considerando apenas as categorias englobadas na oferta do Continente Negócios, ou seja, papel e economato, mobiliário de escritório, tecnologia, alimentação, saúde e lim-peza. Na Sonae MC acredita-se que a nova proposta de valor “permitirá conquistar uma quota de mercado re-levante em todo o segmento de empre-sas”, sejam empresários em nome in-dividual, micro ou grandes empresas. Na Sonae MC acredita-se igualmente que o Continente Negócios constitui uma “proposta de valor única”, que

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reCUrSoS HUMAnoS

conciliaÇão traBalho - famÍlia

Bem-estar e satisfação profissional dos colaboradores. Estas são as principais premissas e, simultaneamente, consequências da adoção de políticas de conciliação trabalho - família nas insígnias de retalho e distribuição. É essa a visão do AKI, do El Corte Inglés e do Lidl.

A adoção de políticas de conciliação trabalho-família, por parte das em-presas de retalho e distribuição, é encarada como uma ação favorá-vel não só para os colaboradores que delas beneficiam, como tam-bém para as entidades empregado-ras. Assim é em insígnias como o AKI, El Corte Inglés e Lidl porque, afiança a diretora de Recursos Hu-manos da primeira, Sandra Barran-quinho, essas medidas contribuem para o “bem-estar dos colaborado-res e o serviço que, graças a isso, é prestado ao cliente”. “uma pes-soa só pode dar o melhor de si se estiver ‘bem consigo própria’ nas dimensões pessoal e profissional”, acrescenta. Para Joana Ascenção Alves, responsável do departamen-to de pessoal do El Corte Inglés, as políticas de conciliação funcionam

como motor de desenvolvimen-to das empresas: “A prossecução destas políticas tende a refletir-se numa diminuição do absentismo, já que conduz ao bem-estar e satis-fação profissional dos colaborado-res, fatores decisivos para a produ-tividade”, comenta. Ainda que seja possível evidenciar vantagens, os horários extensos podem consti-tuir um desafio à adoção daquelas práticas, encaradas, porém, como prioritárias na estratégia de recur-sos humanos, afirma Sandra Bar-ranquinho. A própria produtivi-dade dos negócios é influenciada, uma vez que, se os colaboradores estão “equilibrados e motivados”, o resultado será um “bom ambien-te de trabalho e maior produtivi-dade”, comenta fonte do depar-tamento de comunicação do Lidl.

Motor De CreCiMento DAS eMPreSAS

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no AKi A eStAbiliDADe é eStrAtéGiCA

“uma empresa que é estável no seu ‘coração’ – os colaboradores – será com certeza melhor na sua razão de ser: serviço ao cliente”. Palavras de Sandra Barranquinho, diretora de recursos humanos do AKI, de-partamento que tem precisamente entre os seus focos o estudo de me-didas que possam contribuir para a

harmonia entre o trabalho e a família. Porém, comenta que, apesar de já es-tarem ativas algumas práticas, “ainda há muito a fazer” nesta área. Sobre a fatia do orçamento dirigido a estas medidas, afirma que não é possível quantificar com exatidão, dado que muitas delas “não têm um custo dire-to e efetivo”, mas estima que possa ser

avaliada em dezenas de milhares de euros. Destaca, entre essas medidas, os horários de trabalho nas lojas, sempre construídos com o feedback dos colaboradores e com três meses de antecedência, existindo espaço para adaptações. É igualmente pri-vilegiada a proximidade dos cola-boradores em termos de loja/casa: “Procuramos que tal seja uma rea-lidade, sobretudo fora dos grandes centros urbanos onde acabamos por ter o maior número das nossas lojas”, sustenta Sandra Barranqui-nho. Para os profissionais que traba-lham na sede do AKI existem outras políticas, tais como a parceria com uma creche próxima e adaptada aos horários “exigentes” do setor e um “cheque bebé” de 50 euros atribuí-do a cada colaborador que tem um novo filho. A diretora de Recursos humanos ressalva ainda a ação do Clube da Proximidade, dirigido a to-dos os funcionários das lojas e sede, que consiste numa plataforma com parcerias, vantagens e descontos maioritariamente direcionados para o lazer em família.

todavia, a responsável do departa-mento de pessoal do El Corte Inglés alerta que a questão das políticas de conciliação entre o trabalho e a fa-mília é “controversa” no âmbito le-gislativo, onde, diz, não existe equi-líbrio. “A lei prevê a possibilidade de os trabalhadores solicitarem às empresas horários fixos e não fle-xíveis e a CITE (Comissão para a Igualdade no trabalho e no Em-prego), ao intervir neste processo, alheia-se completamente das ne-cessidades específicas das empre-sas dando pareceres – homogéneos – favoráveis aos trabalhadores e vinculativos para a empresa”, ex-plica Joana Ascenção Alves sem deixar de frisar que “não pode ser só exigido às empresas fazer as de-vidas reavaliações, ajustes e adap-tações na organização laboral. É necessário um forte papel do Esta-do neste equilíbrio”.

Motor De CreCiMento DAS eMPreSAS

também o gabinete de comunica-ção do Lidl confirma a importância das políticas de conciliação traba-lho-família na distribuição. Na in-sígnia, todos os funcionários são encarados como o principal patri-mónio: “As empresas têm um papel importante em promover medidas que respondam adequadamente às necessidades e expectativas dos nossos colaboradores, sem perder competitividade e capacidade de inovação”. Acrescenta Joana Ascen-ção Alves que outra vantagem é a maior igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e, simul-taneamente, o facto de potenciar um maior envolvimento entre os trabalhadores e a companhia. A nível concorrencial, comporta uma mais-valia no mercado de tra-balho, por permitir às marcas da distribuição a atração e retenção dos melhores trabalhadores.

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reCUrSoS HUMAnoS

o el Corte inGléS inveSte no DiÁloGo

no liDl, ACreDitA-Se QUe toDoS SAeM A GAnHAr

O foco da unidade de recursos hu-manos do El Corte Inglés tem sido a promoção do diálogo e instituição de um programa de apoio ao colabo-rador. A premissa é analisar as suas necessidades, em conjunto com o vi-sado, e posteriormente adaptá-las às necessidades da empresa. Assim – e sendo o diálogo a base na definição e implementação de práticas de con-ciliação na insígnia – o principal in-vestimento nesta área passa por ter recursos humanos disponíveis para

No Lidl domina a premissa de que todos ganham com a adoção de polí-ticas de conciliação trabalho-família: o colaborador sentir-se-á melhor e a companhia beneficiará por ter con-sigo um funcionário mais motivado. Os 3800 trabalhadores nacionais que vestem a camisola da insígnia alemã estão abrangidos, ainda que as medidas sejam ajustadas con-soante as necessidades, antiguida-de na empresa e requisitos de cada função. Atualmente é permitido a todos os trabalhadores gozar de li-cença de maternidade e paternida-de, licença sabática que pode ir até aos três meses consoante os anos de trabalho na empresa, faltas para assistência a filhos e ainda a plani-ficação de horários com antecedên-cia, com o intuito de conciliá-los com a família, refere o gabinete de

falar com os colaboradores e analisar caso a caso cada situação, procuran-do soluções cada vez mais criativas e construtivas na forma de organizar o trabalho e recorrer a um maior volu-me de contratação para substituir os tempos de trabalho quando os funcio-nários optam pelo part-time. Explica Joana Ascenção Alves, responsável de recursos humanos da insígnia, que a passagem para o horário reduzido é, atualmente, a principal medida de equilíbrio, a par da majoração no ven-

comunicação, sem revelar o investi-mento total realizado nestas medidas. O Lidl aposta ainda no projeto de for-mação “Desafio Chefe de Loja”, que, a par de potenciar o desenvolvimento de todos os chefes de loja e possibilitar a sua progressão, aposta num modelo de gestão que irá contribuir para o equilí-brio entre o lado profissional e o lado familiar. A insígnia investe igualmente em iniciativas internas, tais como o Dia da Família e até convites aos colabo-radores para participarem em eventos promovidos pela marca com a família. Sobre a adoção de novas medidas, fon-te do departamento de comunicação explica que são realizados regularmen-te inquéritos de satisfação junto dos colaboradores para identificar necessi-dades. uma das detetadas foi a vontade de melhorar a comunicação interna, pelo que o Lidl está a desenvolver um

cimento ou mudanças de área “que possam implicar para os colabora-dores uma maior facilidade na con-ciliação da vida profissional com a familiar”. “Nos últimos dois anos os pedidos de flexibilidade de horário têm aumentado significativamente”, destaca. São vários os trabalhadores abrangidos pelas políticas de conci-liação do El Corte Inglés, tanto em Lisboa, como em Vila Nova de gaia. Deste conjunto, há apenas um ho-mem a beneficiar delas, “o que re-vela, em termos sociais, que ainda é sobre a mulher que recaem a maior parte das responsabilidades familia-res”, argumenta Joana Ascenção Al-ves. Com o intuito de alargar o leque de opções aos trabalhadores, a equi-pa de recursos humanos do El Cor-te Inglés pretende desenvolver par-cerias com instituições que possam ser úteis no apoio aos colaboradores, nomeadamente parcerias com cre-ches situadas junto às instalações da empresa.

“portal do colaborador”, em fase de roll-out, e planeia futuras iniciativas na área da saúde com o intuito de “fomentar o bem-estar na loja e em casa”.

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inovAçãoRaquel Santos | [email protected]

o empoWerment daS vendaS e SiStemaS de fideliZaÇãoO mercado procurava uma solução que permitisse criar campanhas promocionais, analisar o seu retorno e, simultaneamente, evoluir os sistemas de fidelização dos retalhistas. É nesta premissa que assenta o Loyty, software 100% português que pretende ser o “melhor amigo” dos CEO e marketeers das empresas de retalho, ambicionando ainda ser a marca nacional de referência no âmbito da fidelização.

Ser reconhecida como a marca de re-ferência no mercado nacional de fide-lização, criar campanhas promocionais, analisar o seu retorno e, simultanea-mente, evoluir os sistemas dos retalhis-tas. Assim se apresenta a Loyty, uma spin-off da EISA (Estudo e Imple-mentação de Sistemas Automáticos), empresa especializada no desenvolvi-mento e comercialização de soluções de gestão para pequenos, médios e grandes retalhistas, museus e adminis-tração pública. Criada em 2014 por Al-fredo Costa Neto, o principal objetivo foi colmatar uma falha no mercado: a existência de uma ferramenta que ge-risse campanhas promocionais em lo-jas, analisasse o retorno dessas mesmas campanhas e as tornasse mais eficazes, traçando o perfil de compra do cliente.

Assim nasceu um software de fideli-zação multicanal, também ele deno-minado Loyty, que permite interagir em tempo real com o cliente, em lojas físicas, de e-commerce e aplicações mobile, disponibilizando ao utilizador uma visão totalmente integrada do perfil de compra de cada consumidor. Com a análise desses dados, explica Alfredo Costa Neto, o retalhista poderá desenvolver campanhas personaliza-das, oferecer benefícios direcionados e definir métricas de negócio, que apoia-rão a monitorização e conduzirão ao empowerment da força de vendas. E, a par do perfil do consumidor, destaca como vantagens o aumento da satisfa-ção do cliente, ao fornecer ao utiliza-dor ferramentas que proporcionam um atendimento mais personalizado; o

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inovAção

impulso das vendas, por via de uma co-municação mais assertiva com os con-sumidores; a identificação dos clientes mais rentáveis com base no perfil de compras e do CLTV (Customer Life Time Value); e ainda a melhoria da aná-lise de campanhas feitas, identificando o retorno do investimento e a taxa de conversão efetivas, isto é, saber, dentro do grupo de pessoas que receberam a mensagem da marca, qual o núme-ro de consumidores que efetivamente adquiriu o produto comunicado. De acordo com os dados apresentados por Alfredo Costa Neto, esta solução tecnológica, dependendo do mercado e do investimento feito pela insígnia, pode potenciar os lucros dos retalhis-tas, em média, em mais de 5%. Deste modo, o utilizador poderá optar por um de três planos de subscrição do Loyty. O Small direciona-se a pe-quenas empresas, com cerca de quatro

SeASiDe: UM CASo De SUCeSSo

Com mais de 25 anos de experiên-cia no setor do calçado, a Seaside vende por ano, para sete países, 4 milhões de unidades, empregando 500 colaboradores e gerindo mais de 80 lojas, distribuídas por espa-ços de rua, centros comerciais e megastores. Ao integrar o Loyty, a insígnia portuguesa de calçado tinha como principais objetivos aumentar o número de clientes, a proximidade, comunicação e interação com o consumidor, a frequência de visitas às lojas e o valor médio de compra por clien-tes. Metas que foram atingidas em três meses, segundo os dados disponibilizados pela Loyty. Com

o software de fidelização, a Seaside conseguiu mais 110 mil cartões, to-das as lojas são aderentes do cartão de cliente, foram realizadas cerca de

300 mil interações digitais com eles, que por sua vez, conduziram a um aumento do valor médio de compras em 37%.

o reTalhisTa poderá desenvolver Campanhas personalizadas, ofereCer benefíCios direCionados e definir méTriCas de negóCio, que apoiarão a moniTorização e Conduzirão ao empoWermenT da força de vendas

lojas ou 10 mil clientes fidelizados, que procuram um sistema estandardiza-do com cartão de cliente, através do qual possam comunicar ofertas dire-cionadas por email, SMS e no ponto de venda, tendo acesso a dashboards e relatórios de vendas e fidelização. O Medium direciona-se a empresas de média dimensão que têm até 15 pon-tos de venda ou 100 mil clientes fide-lizados, e que procuram segmentar a base de dados dos clientes, gerir pe-didos, criar eventos e conceber cam-panhas promocionais direcionadas e automatizadas. O Enterprise, por sua vez, direciona-se a empresas de maior dimensão com um número superior e crescente de clientes e/ou unidades, e que procuram desenvolvimento por medida e uma equipa da Loyty que os apoie na implementação e ges-tão parcial ou integral do processo. No fundo, “o Loyty quer ser o parcei-

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ro estratégico que apoia os clientes a crescer, crescendo com eles, garantir a eficácia do serviço, criando parcerias--chave com empresas já estabelecidas na área de softwares de gestão e co-municações, e ainda criar uma rede de afiliação com empresas de consultoria e agências de comunicação de norte a sul do país, potenciando os pontos de entrada de novos clientes”, afirma o fundador acerca da estratégia de negó-cio adotada pela empresa. Prova des-

o FUtUro Do loYtY

Mais parcerias estratégicas, novos clientes B2C (business to consumer) e B2B (business to business) e lança-mento de um novo protótipo. Estas são as metas para 2016, delineadas pelo fundador e diretor da Loyty, Al-fredo Costa Neto.

Store | Que metas esperam atingir em 2016? Alfredo Costa neto | Em 2016 temos como objetivos continuar a apoiar os nossos clientes a crescer, seja a nível de rentabilização do projeto de fide-lização seja na abertura de novas lo-jas físicas. Em termos de expansão de mercado, pretendemos angariar no-vos clientes no mercado B2C e B2B, bem como garantir a criação de par-cerias estratégicas de negócio, com várias empresas de consultoria e de comunicação nacionais.

Store | e quanto à internacionaliza-ção? está nos planos da empresa?ACn | A Loyty tem como objetivo a curto-prazo aumentar o número de clientes nacionais que tenham na sua estratégia a componente de in-ternacionalização, e numa segunda fase, trabalhar continuamente para desenvolver um processo de interna-cionalização mais estratégico.

Store | Pondera acrescentar novas funcionalidades ao loyty?ACn | O sucesso do Loyty depen-derá dessa mesma capacidade de adaptação às evoluções do merca-do tecnológico e criação de novas

funcionalidades. Encontramo-nos, neste momento, a testar um novo protótipo: uma extensão do Loyty que se pretende lançar no primeiro semestre de 2016 e que assenta em princípios de instore conversion. O objetivo é analisar o comportamen-to do cliente nas lojas físicas e em tempo real, captando o número de entradas e não entradas nas lojas (de pessoas que passam perto da porta), mapeando as suas posições e deslo-cações dentro da loja e calculando a taxa de conversão efetiva, ou seja, en-tre os clientes que entraram quantos compraram. Para isto, o cliente terá de ser portador de um smartphone com acesso à internet e as lojas de-verão ter dispositivos próprios que interagem com os mesmos.

sa vontade em ser o parceiro estraté-gico número 1 é a adaptação do Loyty à rápida evolução tecnológica com a possibilidade de fidelizar clientes no smartphone. “Vivemos numa era em que o ‘cliente-mobile’ pesquisa infor-mação de produto desde que entra na loja, compara preços entre os diferen-tes retalhistas, fotografa os produtos e ‘leva-os consigo’ para os partilhar mais tarde, com os amigos (muitas vezes até com referência à marca, em redes so-

ciais)”, justifica Alfredo Costa Neto. Em 2015, a Loyty fechou negócio com várias insígnias do mercado nacional, como a Opticalia, que selecionou a empresa natural da Parede (Cascais) para implementar o cartão de fideli-zação, e apoiou alguns clientes na ex-pansão do negócio em mercados in-ternacionais, nomeadamente os pro-jetos de cartão cliente da Mo e Zippy, em Moçambique, e do Espaço Casa, em Espanha.

o objeTivo é analisar o ComporTamenTo do ClienTe nas lojas físiCas e em Tempo real

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teCnoloGiA

DHL, Amazon e Walmart são insígnias que começam já a testar drones para entrega de encomendas. E ainda que se verifiquem vantagens como

a rapidez e comodidade, colocam-se questões de segurança e até de invasão de privacidade que dividem opiniões sobre a inclusão ou não destes veículos

nos processos de distribuição e logística.

A introdução dos drones no mundo do retalho e distribuição está a tor-nar-se uma realidade, devido à inter-venção de empresas como a DhL, a Amazon e o Walmart. Entre as prin-cipais vantagens, estão a rapidez no transporte de pequenos objetos – a Amazon compromete-se a entregas até 2,3 quilos em menos de meia hora após a realização da encomen-da – e a comodidade para o clien-

de Prevenção de Perdas da retail Partners, Joe Larocca, defende que os departamentos de segurança das cadeias de retalho beneficiariam do uso de drones para vigilância de par-ques de estacionamento e do inte-rior das unidades de retalho, trans-mitindo vídeos em tempo real para um centro de controlo. Outra opção seria a análise de comportamentos dos clientes em espaço de loja. Po-

DroneSo FUtUro Do retAlHo?

te, que poderá receber as compras em casa ou outro ponto de recolha à escolha. No planeamento e cons-trução de novas lojas, os retalhistas poderiam utilizar drones para se-lecionar terrenos, planear o design dos edifícios, analisar os padrões de tráfego, obter mapas mais precisos e monitorizar todos os aspetos de de-senvolvimento da obra. O fundador, presidente e consultor

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DiStribUição De MeDiCAMentoS nA AleMAnHA

Em 2013, a DHL lançou o primei-ro projeto de entregas via drones na Europa: o Parcel, pensado para colmatar as necessidades de envio de medicamentos, entre a Alema-nha e a ilha de Juist, quando estão indisponíveis alternativas como ferries e aviões. Para assegurar a segurança dos medicamentos, foi criada uma caixa leve, resistente à água e condições atmosféricas adversas, transportada por um aparelho que batizaram de par-celcopter. uma vez aterrado na ilha de Juist, um colaborador da DhL recolhe os medicamentos e distribuí-os. O drone percorre diariamente 12 quilómetros. Os voos são completamente auto-

matizados, ou seja, não é neces-sária a intervenção de um piloto em qualquer fase, nem mesmo na descolagem e aterragem. No entanto, por razões de segurança exigidas pelas autoridades res-ponsáveis, o voo é monitorizado por uma estação em Norddeich, de modo a que o controlo ma-nual possa ser ativado em tempo real, caso seja detetada uma ava-ria ou situação de emergência. A estação em terra também man-tém o contacto constante com os controladores de tráfego aéreo. A uma altitude de 50 metros, o parcelcopter pode voar a 18 me-tros por segundo, dependendo da velocidade do vento.

rém, esta última levantaria questões de invasão de privacidade e poderá até dificultar a aceitação dos apare-lhos por parte dos consumidores. Foi com a missão de analisar a ca-pacidade dos consumidores para aceitar a utilização de drones que a norte-americana Walker Sands Communications elaborou o rela-tório “Future of Retail Study 2015”. quando questionados sobre quan-do pensariam fazer a primeira en-comenda entregue por um drone, 34% espera fazê-lo daqui a 5 ou mais anos, 30% afirma que o fará nos pró-ximos 5 anos, 22% nos próximos 2 anos e 14% estima que será no próxi-mo ano. Sobre o pagamento de uma taxa extra para este tipo de entregas, 32% estaria disposto a pagar mais de 20 dólares, 29% pagaria até 5 dólares, 23% não pagaria um custo acrescido, 14% pagaria entre 11 e 20 dólares e 2% ofereceria entre 6 e dólares a mais. Por fim, quanto ao tipo de produto, livros (74%), roupas (73%) e itens para

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entreGAr enCoMenDAS eM MenoS De 30 MinUtoS

O Amazon Prime Air é um serviço que utilizará drones para entregar encomendas com peso até 2,3 qui-los – o que corresponde a 86% dos itens – meia hora após estas terem sido efetuadas. Os drones Prime Air voarão a menos de 121.92 me-tros, pesam menos de 24,9 qui-los e possuem sensores que lhes permitem desviar dos obstáculos, bem como um elevado grau de automatização para que consigam operar em distâncias iguais ou su-periores a 16 quilómetros. Os cen-tros de desenvolvimento de dro-nes da Amazon estão localizados nos Estados unidos, reino uni-

do e Israel. Para os responsáveis, o espaço aéreo tornar-se-á mais seguro se os drones circularem num espaço aéreo que não inter-fira com o tráfego de aviões. Jeff Bezos, CEO da Amazon, destacou, numa entrevista ao programa “60 Minutes” da CBS, que o serviço só estará disponível daqui a cinco anos. E acrescenta que “um dia os veículos Prime Air serão tão co-muns como os camiões de entre-gas que percorrem as estradas”. A frota Prime Air não será lançada até todas as operações de segu-rança estarem testadas e aprova-das, certificou o CEO da Amazon.

UMA PArCeriA CoM o MAior FAbriCAnte DA CHinA

A insígnia norte-americana Wal-mart pediu permissão à Admi-nistração Federal de Aviação para testar drones, produzidos pela chinesa DJI, atualmente a maior fabricante de drones no continen-te asiático. A ideia é entregar as compras dos clientes em pontos de recolha por estes autorizados, como parques de estacionamento das lojas ou nas respetivas casas. A Walmart pretende ainda utilizar os drones para observar edifícios,

armazéns e centros de distribui-ção, bem como utilizá-los como câmaras de vigilância em lojas e parques de estacionamento. Dan toporek, porta-voz da empresa, comentou que o uso de drones representa um esforço para tornar a cadeia de retalho mais eficiente: “testa-se por uma razão: aprender, evoluir e perceber quais as apro-ximações mais atrativas para os consumidores e eficientes para o negócio”.

animais (54%) foram os mais referi-dos pelos inquiridos, mencionando--se ainda as ferramentas (45%), itens desportivos (44%), artigos para o lar (44%), eletrónica de consumo (32%) e bens de luxo (15%). A baixa percentagem de consumi-dores dispostos a receber bens de luxo via drone reflete um dos prin-cipais desafios apontados pelos es-pecialistas na adoção destes veículos de transporte: a segurança. O con-sultor de segurança Chris Mcgoey, membro da norte-americana retail Special Agents Association, salienta que os criminosos poderiam aceder aos drones para vigiar casas e lojas e posteriormente, assaltá-las. Ou, até mesmo, piratear o acesso para alterar as rotas pré-definidas no aparelho. E porque os drones podem ser inter-pretados por muitos consumidores como tecnologia de espionagem, Joe Larocca defende que, tal como outras tecnologias, é requerida edu-cação, consciencialização e tempo para integrá-los na esfera do retalho. Além da aceitação (ou habituação) por parte dos consumidores, as auto-ridades de controlo de tráfego aéreo de cada país constituem igualmen-te um obstáculo à normalização dos drones. Isto porque é necessário re-querer autorizações para voar, bem como estabelecer protocolos com essas autoridades para estabelecer um espaço aéreo exclusivo para o voo de drones, que não interfira com o restante tráfego.

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UMA teMPorADA PArA DeSPertAr oS SentiDoS

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CUltUrAwww.storemagazine.pt

UMA teMPorADA PArA DeSPertAr oS SentiDoS

Os cursos voltam a ocupar lugar de destaque na temporada cul-tural do El Corte Inglés. A ofer-ta temática é variada, propondo, nomeadamente, uma incursão pela história do cinema com o realizador António-Pedro Vas-concelos, uma aprendizagem de escrita criativa com o autor e jornalista José Couto Nogueira, uma viagem à história do pen-samento com o professor José Carlos Pereira ou à história da Europa com o historiador Lou-renço Pereira Coutinho. O co-municador Joaquim Letria dá a conhecer figuras ímpares de

Há mais de uma década que o Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa se dedica a inventar razões para espreitar o mundo e argumentos para partilhar cada pedaço de

conhecimento nele contido. É assim que Susana Santos, diretora de Relações Externas da insígnia, introduz as propostas para a primeira temporada de 2016. Propostas que visam, como nas demais temporadas, despertar os sentidos e as emoções – “Ouvir a música, ver a

arte, perceber o que nos rodeia e cultivar este interesse como um ato de amor”.

Nesta primeira temporada de 2016, o Âmbito Cultural quis ir para além das sessões de lançamento de livros, desafiando autores a apresentarem as suas próprias obras, partilhando com o público a sua criação e ins-piração e até o que mudariam ou mudaram depois da primeira edição. Não será necessariamente o último livro escrito, mas sim o livro da sua eleição. Assim, Clara Ferreira Alves vai falar sobre “Pai nosso”, gonça-

lo Cadilhe sobre “O Mundo é fácil” e José Manuel Saraiva sobre “rosa Brava”, enquanto Mário Zambujal revisitará “Crónica dos bons malan-dros” e Carlos querido regressará a “Príncipe Perfeito”. Francisco José Viegas viajará até “Longe de Ma-naus”, José Navarro de Andrade evo-cará “Derradeiro suspiro fatal” e rita Ferro mergulhará não num, mas em dois títulos – “Veneza pode esperar” e “Só se morre uma vez”.

No que toca às conferências, desdobram--se em dois grandes temas. O primeiro “Pensar Portugal”, com o contributo de tiago Moreira de Sá, que abordará a “Po-lítica externa portuguesa”, tema sobre o qual escreveu, e de José Santana Pereira, autor de “Política e Entretenimento”. Mas também de José Milhazes, que partilhará a sua visão sobre “rússia e Europa: uma parte do todo”, e de henrique raposo, que dará a conhecer o “Alentejo Prometi-do”. O outro grande tema é protagonizado pela médica e especialista em psiquiatria de infância e adolescência Margarida Cru-jo, à volta de questões como as perturba-ções depressivas das crianças, os medos, fobias e outras perturbações da ansiedade.

eSte livro que eScrevi

um tempo singular, o olisipógrafo José Sarmento de Matos convida a visitar a história de Lisboa e o antropólogo José Manuel Anes propõe um percurso pelas ideias religiosas. A história da ciência em Portugal é desvendada pelo físico Carlos Fiolhais e a história da alimentação pelas professoras Inês de Ornellas e Castro e Isabel Drummond Braga. há ainda es-paço para a egiptologia, com o es-pecialista Luís Manuel de Araújo, para a etiqueta social com Paula Bobone e para a poesia portugue-sa com o bibliófilo Isaque Ferrei-ra, entre uma mão cheia de cursos.

18.238 Pessoas assIstIram

aos Cursos e ConferênCIas

52 ConCertos

1.323 lançamentos de lIVros

e dIsCos

102.231 PartICIPantes nas ações

de âmbIto Cultural

169 Cursos e ofICInas

1.045 esCrItores e InVestIgadores ConVIdados

219 ConferênCIas

vontade de SaBertemaS ineSgotáveiS

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o âmBito em númeroS

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eStAnte

tendênCIas

destaques

nuno fonteSquer mesmo fazer acontecer a “sorte” de que precisa para alcançar o sucesso que ambiciona? Ou está confortável, à espera de que ela apareça por magia na sua vida? A partir desta dicotomia, esta obra propõe-se propor-cionar a inspiração e energia necessárias para lutar pelo sucesso.Editora: topbooks

15,99€

A Sorte não AConteCe Por ACASo

maria da glÓria riBeiroA autora, especialista em gestão de carreiras, propõe-se ajudar os leitores a construir uma carreira de sucesso, a partir da identificação de algumas premissas, a saber: O que me motiva e distingue? qual a estratégia a seguir e como tirar partido das minhas maiores forças e fra-quezas? qual a minha vantagem competitiva? E qual é, afinal, o objetivo da minha carreira?Editora: Manuscrito13,90€

rod JunkinSO autor estudou os casos de pensadores cria-tivos dos mundos da literatura, música, arqui-tetura, pintura, tecnologia e outros, através da história, para mostrar que é possível aprender com os seus exemplos e melhorar as nossas vidas pessoais e profissionais.Editora: temas e Debates

18,80€

A Arte Do PenSAMento CriAtivo

eU SoU o MeU MAior ProJeto

PenSAr CoMo bill GAteSdaniel SmithEste livro reúne a filosofia de vida e a excelência profissional de um dos maiores génios das tecnologias da informação, Bill gates. O autor dá a conhecer o percurso do empreendedor que fundou a Microsoft e mudou a forma como o mundo vê a informática. O objetivo é estimular os leitores a descobrirem a sua verdadeira vocação.editora: Vogais

14,99€

tUDo PoDe MUDAr – CAPitAliSMo vS. CHinA

A MAioriA DeSerDADA

naomi kleinEste livro vem confirmar algumas conclusões da 21.ª Cimei-ra do Clima, COP21, que decorreu em dezembro de 2015, em Paris. Os representantes de 195 países disseram “sim” a um novo tratado internacional, que envolverá todas as nações num esforço coletivo para tentar conter a subida da temperatura do planeta.editora: Editorial Presença

24,90€

charleS derBerEsta obra é um contributo para o debate em torno de “O Capital no Século XXI”, de thomas Piketty, a propósito de temas como as desigualdades, mas também sobre classe, capitalismo e justiça social. Inspirando-se nesta obra, o autor debate 14 “questões capitais”, com novas perspetivas sobre as políticas de castas e classes, a grande recessão, o declínio do Sonho Americano e o movimento Occupy Wall Street.editora: temas e Debates

18,80€

CHoQUe CliMÁtiCogernot Wagner e martin l. WeitZmanSe tivesse 10% de hipóteses de ter um acidente de automóvel fatal, não tomaria as precauções necessárias para que tal não acontecesse? Se as suas finanças tivessem 10% de hipóteses de sofrer uma perda severa, não reavaliaria as suas contas? Então, se sabemos que o mundo está a aquecer e que existem 10% de hipóteses de isso provocar uma catástrofe, por que motivo não são imediatamente alteradas as leis ambientais? Este é o ponto de partida de uma obra que visa fazer repensar uma das questões mais atuais. editora: Bertrand Editora

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OBRIGADO!1.075.000,00€

O Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce vai distinguir, pelo 3.º ano consecutivo, o autor e o ilustrador de uma obra com 25 mil euros cada. O Pingo Doce pretende premiar obras originais, de autores ainda sem livros publi-cados, que fomentem nas crianças o gosto pela leitura. O texto e o trabalho de ilustração vencedores serão reunidos e publicados num livro que será lançado nas mais de 400 lojas da marca, em novembro. Lançado com o apoio técnico da Alêtheia Editores, este prémio pro-cura incentivar a criatividade literária e artísti-ca e estimular a emergência de novos talentos nas áreas da literatura infantil e do design grá-fico e ilustração.As candidaturas na categoria de texto estão abertas até 22 de abril.

JerÓnimo martinS e Sonae entre oS 250 maioreS retalhiStaS do mundo

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movimento maiS para todoS angaria maiS de um milhão de euroSA iniciativa solidária do Lidl “Movimento Mais para Todos” recolheu 1,075 milhões de euros para financiar projetos de instituições particulares de solidariedade social, atingindo um “valor recorde”, anunciaram os promotores da campanha.A campanha de angariação de fundos, destinados ao financiamento de projetos de Instituições Particula-res de Solidariedade Social, decorreu de 1 a 24 de de-zembro nas 241 lojas Lidl do país, Por cada compra, a marca doou dez cêntimos, num total de 728 mil euros, aos quais se juntaram os donativos monetários das marcas parceiras. As marcas que participaram foram: Água de Luso, Bom Petisco, Carmim, Cigala, Coca--Cola, Colgate, Compal Essencial, Corine de Farme, Danone, Delta, Donuts, Evax, Fairy, garnier, Lays, M&M´s, Milaneza, Nivea, Pantene, Pedigree, Pedras, Pepsi, Persil, Sensodyne, Sovena, Vanish e Yoggi.

Os grupos Jerónimo Martins (JM) e Sonae voltaram a constar no ranking da consultora Deloitte que agrupa os 250 maiores retalhistas do mundo, ocu-pando, respetivamente, a 59.ª e a 157.ª posições.A JM sobe assim três lugares face à edição de 2015 do “2016 Global Powers of Retailing”. Em 2014, registou 16,856 mil milhões de dólares em receitas de retalho, 435 milhões em lucro líquido e um retorno de 12,2% entre 2009 e 2014. Já a Sonae, com insígnias em 17 países, desce duas posições relati-vamente ao ano passado. No total, obteve 6,315 mil milhões de dólares em receitas de retalho, 193 milhões em lucros e um retorno de 1,7% entre 2009 e 2014. O pódio dos maiores retalhistas do mundo é ocupado pelos grupos Walmart, Costco e Kroger. No top 10 constam ainda a Schwarz, Tesco, Carre-four, Aldi, Metro group, home Depot e Walgreen.

prémio de literatura infantil com 3.ª ediÇão

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AtUAliDADe

O Lidl, em dezembro, e a IKEA, em janeiro, aumentaram o salário mínimo dos seus trabalhadores para 600 euros brutos mensais, um valor superior ao mínimo nacional.“Os nossos recursos humanos são o nosso maior capital e queremos que saibam que podem contar com a empre-sa. Este ano celebramos 20 anos em Portugal, estamos a consolidar o nosso crescimento e o sucesso alcançado é fruto das nossas extraordinárias equipas. Contamos com elas para construir o futuro”, afirma, a propósito, o CEO do Lidl Portugal, Afroditi Pampa. “Para nós, na IKEA, o desenvolvimento do negócio só faz sentido a par do de-senvolvimento das nossas pessoas. Os resultados que te-mos vindo a conquistar não são apenas consequência do conceito IKEA e da fantástica aceitação dos portugueses ao modelo de negócio da nossa empresa. São, acima de tudo, fruto do excelente trabalho dos nossos 1.500 colabo-radores”, diz, por sua vez, o retail manager da IKEA Por-tugal, Christiane thomas.

ikea e lidl SoBem Salário mÍnimo para 600 euroS

O Chairman’s Award, prémio que reconhece uma inovação entre as centenas de projetos de-senvolvidos nas empresas Sonae, foi entregue ao sistema de melhoria de densidade de painéis de madeira, desenvolvido na Sonae Indústria.O software de definição de preços da Worten e o novo sistema de transporte de gelo da Sonae MC foram distinguidos com menções honrosas, no âmbito desta iniciativa promovida pelo Fórum de Inovação das Empresas Sonae.Os projetos finalistas, selecionados entre dezenas de candidaturas, “traduzem a aposta na inovação pelas empresas Sonae, que investiram cerca de 100 milhões de euros em investigação, desenvol-vimento e inovação durante o último exercício”, afirma o grupo em comunicado.

inovaÇão da Sonae indúStria vence chairman’S aWard

A Leroy Merlin foi distinguida com o primeiro lugar do Prémio Excelên-cia no Trabalho 2015, na categoria de grandes empresas com mais de 1.000 colaboradores, no âmbito de um estu-do levado a cabo pela heidrick Stru-ggles, em parceria com a human re-sources Portugal e o INDEg-IuL.Este prémio resulta de um estudo de clima organizacional e desenvolvi-mento do capital humano, mediante análise do “estado da arte” das práti-cas de recursos humanos em Portu-gal, e distingue as entidades que mais investem e apostam na área.

Em Portugal desde 2003, a Leroy Merlin atua com base nos três eixos fundamentais do seu ADN: a “parti-lha do ter, com uma política forte de distribuição dos resultados por todos os colaboradores e a possibilidade de investimento em ações ADEO; a par-tilha do poder, em que cada colabora-dor é responsável por uma área e deve geri-la com autonomia e responsabili-dade; e a partilha do saber, que coloca a informação e a formação dos cola-boradores num patamar privilegiado para lhes permitir que se desenvol-vam pessoal e profissionalmente”.

leroY merlin diStinguida por excelÊncia no traBalho

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auchan lanÇa programa para JovenS talentoS

O Pingo Doce inaugurou, em janeiro, a 400.ª loja, em Sátão, no distrito de Viseu, criando cerca de 40 novos postos de trabalho. É a 14.ª em regime de gestão de terceiros, modelo adotado pela insígnia em 2013.Construída de raiz, com uma área de venda de 1.000 metros quadrados, a loja inclui uma zona de cafetaria e um parque de estacionamento com 104 lugares.Explica a empresa, em comunicado, que a nova loja visa reforçar a presença da marca na região norte do país, onde detém já mais de 150 espaços comerciais, “apostando em localizações de proximidade e conve-niência”.A equipa desta loja recebeu mais de 1.300 horas de formação em áreas como procedimentos e operação de loja, segurança e higiene no trabalho, higiene e se-gurança alimentar, manipulação de produtos frescos e serviço ao cliente.

pingo doce inaugura 400.ª loJa

Auchan graduate Program é o novo programa de talen-tos da Auchan retail International, que dá oportunidade a 35 jovens, colaboradores ou recém-licenciados, prove-nientes de nove países (Portugal, França, Espanha, Itália, Hungria, Polónia, Rússia, China e Taiwan), de integrar esta iniciativa internacional que visa a criação de futuros quadros dirigentes. Durante quatro anos, os candidatos beneficiam de um programa de formação detalhado, do acompanhamento de mentores, de uma experiência de seis meses no estrangeiro e de cargos de responsabilida-de na empresa no seu país de origem.

PlAtAForMA De DiStribUição e CoMérCio MoDerno

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O grupo Jerónimo Martins foi distinguido internacional-mente pelo combate ao desperdício alimentar em Portugal com um “ruban d’honneur” na categoria de “Award for En-vironmental and Corporate Sustainability”, no âmbito dos European Business Awards 2015/2016.No âmbito do projeto “Combate ao Desperdício Alimentar em todas as Frentes”, o grupo integrou vegetais não-norma-lizados, que eram anteriormente deixados nos campos, nos seus produtos processados. Foram incorporadas mais de 3.400 toneladas nos dois últimos anos, no âmbito da área de negócio de “meal solutions” do Pingo Doce. O grupo tem, ainda, uma “prática consistente” de doação, a instituições de solidariedade social em Portugal, de produtos alimentares que, encontrando-se perto do fim da validade ou que não possam ser comercializados, cumprem todos os critérios de segurança alimentar. Em 2014 e 2015, este apoio representou cerca de 17.500 toneladas de géneros alimenta-res equivalentes a um valor superior a 29 milhões de euros.

goodiS eStá em 10 paÍSeS

JumBo lanÇa Site de reSponSaBilidade SocialO Jumbo lançou uma plataforma digital espe-cialmente focada em sustentabilidade e comércio responsável, aborda temáticas como a preserva-ção do ambiente, incentivo à poupança, não des-perdício, produção nacional e apoio às comuni-dades locais.Além disso, o site apresenta uma seleção sema-nal de produtos biológicos, ecológicos e de ori-gem nacional, destaca os produtores de Portugal que respeitam as boas práticas ambientais para garantir a frescura dos alimentos, e partilha tes-temunhos de colaboradores Jumbo e figuras de relevo, com dicas práticas de sustentabilidade que os consumidores podem aplicar no dia-a-dia.De acordo com o Jumbo, através do website são igualmente conhecidas a estratégia e iniciativa da insígnia adotadas no âmbito da responsabilidade social.

A goodis, marca de acessórios para smartphones, tablets e computadores portáteis da Sonae, cujo processo de interna-cionalização começou no último ano, já está disponível em dez países, através de retalhistas e distribuidores locais.Além de Portugal e Espanha, onde disponibiliza os seus produtos nas lojas Worten, a goodis está presente na gré-cia, Marrocos, El Salvador, Israel, Índia, timor-Leste, romé-nia, Mongólia, guatemala e, mais recentemente, na Amazon França.Em 2015, a Sonae SR, área de retalho especializado da Sonae que integra a marca Goodis, registou vendas de 1.294 milhões de euros, tendo a atividade internacional crescido 5,1 por cen-to, fruto dos novos formatos de loja, do desenvolvimento do omnicanal e da aposta na internacionalização das várias mar-cas e insígnias através de formatos capital light, nos quais se incluem as parcerias, o franchising e a exportação/wholesale.

comBate ao deSperdÍcio alimentar diStingue JerÓnimo martinS

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