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SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇAO – SEED Superintendência da Educação - SUED
Diretoria da Política e Programas Educacionais – DPPE Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE
O COLEGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI E A
EDUCOMUNICACAO ONLINE NA PREVENÇAO AO BULLYING
GUARAPUAVA – PR
2012
O COLEGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI E A EDUCOMUNICAÇÃO ONLINE NA PREVENÇAO AO BULLYING.
Artigo Cientifico apresentado para a conclusão do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE 2010) da Formação Continuada da Profª. Maria Aparecida Meira Heimoski Zanona.
GUARAPUAVA – PR 2012
O COLEGIO ESTADUAL MAHATMA GANDHI E A EDUCOMUNICAÇÃO ONLINE NA PREVENÇAO AO BULLYING.
Maria Aparecida Meira Heimoski Zanona1 MárcioFernandes2
RESUMO Este artigo pretende ressaltar a importância da produção do Jornal Escolar online a
reflexão e promoção de ações que contribuam para compreensão dos males
causados pelo Bullying. Com o reconhecimento da importância de se trabalhar o
jornal em sala com as possibilidades de adequar o uso das mídias, sendo oportuno
lançar aos alunos do Colégio Estadual Mahatma Gandhi o desafio de refletir e
buscar mecanismos para o enfrentamento ao Bullying. Para desenvolver as
atividades propostas foram utilizados jornais impressos para manuseio, visitas a
grandes portais, seções e editoriais de jornais, construção do blog para postagem
dos trabalhos produzidos em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo on-line; elementos midiáticos; Bullying. ABSTRACT This article aims to highlight the importance and production of the School Journal
online, reflection and promoting actions which can contribute to the comprehension
of the harm caused by bullying. Intending to recognize the importance of working the
newspaper subjects in classroom taking advantage of media sources to present the
Mahatma Gandhi High School students the challenge of reflecting and to pursuit
ideal ways of fighting against bulling situations. In order to develop the proposal
_________________________ 1 Professora da Rede Estadual
de Ensino Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional
do Paraná. E-mail – [email protected] / [email protected] 2 Professor Orientador – Departamento de Comunicação – IES Universidade Estadual do Centro-Oeste
UNICENTRO – Guarapuava PR – E-mail – [email protected]
activities some old printed newspapers were handed out for the students expecting
that they could keep in touch with the idea as well as some websites and
newspapers editorials were also visited by them. In addition a weblog was built to
guarantee their immersion in the purpose and to post their classroom productions.
KEYWORDS: online journalism, media elements, Bullying.
INTRODUÇÃO
[...] “um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar”. (DCEs 2008 p.14)
As mudanças no mundo atual acontecem a cada instante. Para entendê-las
melhor é necessário estar bem informado. O jornal é rico portador de textos,
reunindo uma variedade de discursos que facilitam a compreensão e a formação de
opinião.
Considerando a riqueza de material que o jornal fornece e seu papel de
fonte de lazer e prestação de serviço. Neste contexto a intervenção pedagógica no
Colégio Estadual Mahatma Gandhi em Guarapuava (PR) busca através das novas
tendências tecnológicas educacionais e tendo como objetivo constante desenvolver
no aluno, o hábito de leitura, criticidade, compreensão e melhoria do mundo em que
vive.
Construir um jornal on-line onde o professor pode proporcionar ao alunado
oportunidade de pesquisar, criar e selecionar materiais de caráter educativo,
informativo e instrutivo para implementar a construção do conhecimento, partindo do
espaço “comentários” com o professor o qual poderá instigá-lo a pensar e resolver
problemas.
O jornal é material riquíssimo e enriquecedor, porque é texto, palavra,
comunicação, fato diário e vida. Produzir o jornal on-line nasceu da vontade de
trazer a realidade para as aulas da Língua Portuguesa e permitir que os alunos
tomem consciência dos fatos, falem sobre eles, opinem e até desejem criar uma
nova realidade para o mundo em que vivem.
Apresentar o tema Bullying através do jornal on-line é despertar nos alunos
uma maneira de enfrentarem os problemas, buscando soluções para esta prática
comum e de consequências dolorosas e que são vivências constantes na maioria
das escolas.
Como bem define CHALITA:
Bullying é a negação da amizade, do cuidado, do respeito. O agente agressor impiedosamente expõe o agredido às piores humilhações. Dos apelidos perversos às atitudes covardes de quem tem mais força física ou mais poder. O agredido dificilmente encontra a coragem para se defender e permite que se fechem cortinas. E quantos há que, com as cortinas fechadas, dão cabo à própria história. (Chalita, 2008 p. 14)
É fundamental que se construa uma escola que não se restrinja a ensinar
apenas o conteúdo programático, mas também onde se eduquem para a prática de
uma cidadania justa, e a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
Conforme propõem Melo (1997) “o jornal escolar, não como uma imitação da
grande imprensa, mas como um espaço para os alunos expressarem seus conflitos
e interesses e levá-los “à percepção do espaço em que vivem, concluído, como H
Romain, que o jornal escolar é uma “abertura de espaço efetivo para a liberdade do
aluno dentro da escola”. (Melo apud Faria)
Diante do advento das novas tecnologias de informações usar a rede como
forma de interação no processo educativo amplia a comunicação e o intercâmbio no
ambiente escolar.
Utilizar a internet para buscar determinado assunto é muito mais que uma
pesquisa, é um lazer, um passeio gostoso, até prazeroso pelo mundo da informação.
O interessante da Internet é a possibilidade de descobrir lugares inesperados, de
encontrar materiais valiosos, endereços curiosos, programas úteis, pessoas
divertidas, informações relevantes e vídeos educativos.
A leitura de notícias transforma o ler em interação, não só pelo que diz o
autor, mas com outras pessoas que estejam conectadas à rede e que tenham o
mesmo objetivo. MORAN afirma: “Na Internet desenvolvemos formas novas de
comunicação, escrita, de fala e da imagem”.
DESENVOLVIMENTO OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O uso do jornal na sala de aula atende as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná, quando diz que “O professor de Língua
portuguesa precisa, propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos
das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc)”.
SILVA afirma o seguinte sobre a utilização do jornal em sala de aula:
“O ensino com jornais deve almejar sempre as operações complexas do pensamento: analisar, comparar, julgar, sintetizar, produzir pontos de vista, etc. isto, lembrando que o significado maior da leitura nos dias de hoje, pensando na complexidade da sociedade, é o de melhor qualificar as nossas ações, reações e decisões nas diferentes dimensões da vida.” (2006)
Utilizar o jornal em sala de aula como recurso pedagógico, é estimular a
relação entre escola e realidade social.
[...] “O jornal é um meio eficaz de auxílio e dinamização do ensino e da aprendizagem, promovendo a interdisciplinaridade e a consequente integração de conhecimentos e práticas adquiridos por meio de seu efetivo manuseio em sala de aula. O jornal propicia ao aluno vivenciar situações de conhecimento, expressar-se livremente, interagir melhor em equipe, observar, perguntar, discutir hipóteses e tirar conclusões” (Pavani 2002, p. 24).
AMARAL (1978) faz menção aos múltiplos aspectos que marcaram a
importância do jornal como fonte inesgotável de conhecimento. Para isso, o autor
reproduz em seu livro “Jornalismo Matéria de Primeira Página”, um texto de Fred. J.
Curran, do Wiscoustin Journal, publicado no Correio da Manhã, em agosto de 1963,
no qual descreve:
O que é um jornal? Perguntou a menina É um papel cheio de palavras e fotografias. É feito de muita gente, de gente como nós. É uma grande notícia ou uma pequena notícia sobre povos distantes e o povo que mora do lado. É felicidade e tragédia, riso e choro, é uma canção muitas vezes repetida. (...) É um estilo de vida. Uma parte da vida tão importante quanto o relógio e o calendário. É o papel cheio de palavras e fotografias. Como este” (CURRAM apud AMARAL, 1978, p.26-28).
Diante das tantas transformações que ocorrem de maneira acelerada e os
sujeitos da aprendizagem vem se modificando, faz-se necessário que o trabalho
pedagógico acompanhe essas transformações. Daí que
[...] a escola deve incentivar a pratica pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “... uma transformação emancipadora. (DCEs 2008 p. 15 apud MÈSZÀROS, 2007, p. 212).
Com o reconhecimento da importância de se trabalhar o jornal em sala e
com as possibilidades de adequar o uso das mídias surge a oportunidade de lançar
aos alunos do Colégio Estadual Mahatma Gandhi o desafio de refletir e buscar
mecanismos para o enfrentamento do Bulliyng, forma de violência existente na
sociedade e em particular na escola.
Em seu livro Jornalismo on-line Ward diz que:
A dimensão digital tem impacto em cada etapa do processo jornalístico. Permite que o jornalista e o leitor façam o que faziam antes (acessar informações), mas de forma mais ampla e rápida. Há possibilidades de se fazer coisas inéditas, como os leitores colaborarem com a narrativa da reportagem por apresentarem as suas próprias experiências (Ward, 2006).
Ward diz ainda que a mídia tradicional se diferencia da publicação on-line
porque abre possibilidades da disseminação de informações e estabelece um
relacionamento dinâmico com leitor, a partir das seguintes características:
a) Imediatismo: Na web existe o potencial de atualizar noticias, simultânea e
repetidamente, minuto a minuto. Possibilitando em nosso trabalho, postar
informações e/ou depoimentos, estatísticas sobre o Bullying.
b) Paginação múltipla: Um website pode ter centenas de páginas separadas,
ligadas entre si, mas também capazes de serem lidas e reconhecidas de forma
isolada. Fazendo com que haja uma amplitude de informações a respeito do tema
tratado.
c) Plataformas de Distribuição Flexível: Um único provedor pode receber e
disponibilizar informações em uma página da web de maneira rápida e otimizada.
d) Arquivamento: Particularmente eficaz para websites de noticias, pois é um
recurso de pesquisa em que o internauta pode acessar os conteúdos valendo-se da
imediação e da interatividade.
e) Lincagem: O papel tradicional do jornalista e mais desafiado pela
capacidade do meio on-line de conter link. Ao disponibilizar na pagina somente
endereços relacionados ao tema Bullying, o internauta terá acesso somente a
conteúdos de interesse especifico.
f) Multimídia: Os websites podem oferecer, com graus variados de
acessibilidade, texto, áudio, gráficos, animações, imagens fixas e filmes. Os textos
apresentados sobre Bullying poderão ao mesmo tempo em que o internauta esteja
lendo poderá estar ouvindo o depoimento de uma vitima ou ainda observando
gráficos estatísticos do aumento da violência.
Diante das pesquisas e constatações relacionadas ao tema, IÇAMI nos
coloca que:
O enfrentamento do Bullying, além de ser uma medida disciplinar, também é um gesto cidadão tremendamente educativo, pois prepara os alunos para a aceitação, o respeito e a convivência com as diferenças.(IçamiTiba apud colegiosantoagostinhonet/index.php?... bullying...).
Para Cleo Fante (2008) “o Bullying é uma palavra de origem inglesa,
adotada em muitos paises para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar
uma pessoa e colocá-la sob tensão; termo que conceitua os comportamentos
agressivos e antissociais, utilizado pela literatura psicológica anglo-saxônica nos
estudos sobre a violência escolar”.
Segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à
Adolescência (ABRAPIA 2011), as ações que podem estar presentes em todas as
situações de bullying são: colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar,
sacanear, humilhar, fazer sofrer, discrimina, excluir, isolar, ignorar, intimidar,
perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar,
empurrar, ferir, roubar e quebrar pertences”.
“O bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e
repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais
estudantes contra outros, causando dor e angustia, e executadas dentro de uma
relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima”. (Fante e
Pedra apud Lopes Neto e Saavedra, 2003)
Existem estudos que revelam que a prática é mais comum e visível pelos
meninos uma vez que são mais violentos e usam da força física, mas não isenta as
meninas dessa pratica, elas costumam usar de fofocas, intrigas e do isolamento,
assim passam despercebidas.
A principal diferença entre o bullying e outros tipos de violência é a
propriedade de causar traumas irreparáveis ao psiquismo das vitimas,
comprometendo sua saúde física e mental. Fante e Pedra (2008, p. 37) ressaltam
“que ao contrário de outras ações violentas, ocasionais e reativas, o bullying é
caracterizado por ações deliberadas e repetitivas, pelo desequilíbrio de poder e pela
sutileza com que ocorre”.
O bullying ocorre tanto na direção horizontal, praticado entre pessoas do
mesmo nível, e da direção vertical, praticado em pessoas de diferentes níveis.
Para Calhau (2010 p. 8) “os atos são de uma perversidade tremenda. Eles
podem ocorrer a nossa volta e não serem percebidos como tais, caso não façamos
um esforço para conectá-los”.
Segundo Fante e Pedra:
As consequências encontradas em estudos de casos e atendimentos clínicos são os altos índices de estresse, responsável por cerca de 80% das doenças imunológicas e sintomas psicossomáticos diversificados, como: dores de cabeça, tontura, náuseas, ânsia de vomito, dor no estomago, enurese, sudorese, febre, taquicardia, tensão, dores musculares, excesso de sono ou insônia, pesadelos, perda ou aumento do apetite, dores generalizadas, dentre outras. Surgindo também as doenças psicossomáticas como: gastrite, ulcera, colite, bulimia, anorexia, herpes, renite, alergias, problemas respiratórios, obesidade e comprometimento de órgãos e sistemas. (2008, p. 83).
Conforme Cartilha 2010 do Conselho Nacional de Justiça, “o bullying
também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de
estresse a que a vitima é submetida. Em casos mais graves, observam-se quadros
de esquizofrenia, homicídio e suicídio”.
As vitimas podem apresentar características diferentes que segundo Fante
(2005) podem ser classificadas em: as típicas, agressores, espectadores passivos e
vitimas agressoras.
a) Vítimas típicas: apresentam pouca habilidade de socialização são
retraídas ou tímidas e não dispõem de recursos, habilidades para reagir as condutas
agressivas contra si. Mas é importante salientar que nem todas as pessoas que
apresentam tais características venham a ser vitimas de bullying.
b) Agressores: são aqueles que se valem de força física ou habilidade
psicoemocional, soa prepotentes, arrogantes e estão sempre metidos em confusões.
Middelton-Moz e Zawadski (2002) dizem que muitos bullies vieram aperfeiçoando a
intimidação desde que eram crianças. A ausência de intervenção, os sentimentos e
as crenças dos que praticam bullying desde a infância se fortalecem e se enraízam.
c) Espectadores passivos: são aqueles que presenciam as situações de
constrangimento vivenciadas pela vitimas. Muitos não concordam e repudiam as
ações, mas nada fazem para intervir. Outros apóiam consentindo as agressões. Há
também os que fingem se divertir com as agressões, como estratégia de defesa.
d) Vítimas agressoras: são os alunos que transferem todo seu sofrimento
para outro, reproduzindo as agressões sofridas em um aluno mais frágil que ele. São
aqueles que vitimam o maior número de pessoas e dão fim a sua existência.
Conforme a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
a Adolescência (ABRAPIA 2011) quem pratica o bullying poderá levar para a vida
adulta o comportamento agressivo, reproduzindo as atitudes antissociais sobre a
família ou no ambiente de trabalho. Se as medidas adotadas pela escola para
combater o bullying sejam bem aplicadas envolvendo toda a comunidade escolar,
contribuirá para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ter as Tecnologias Digitais de Comunicação como suporte para o
desenvolvimento do trabalho em sala de aula, especificamente o tema Bullying como
ponto principal de estudo; delimitar o uso das mídias se faz necessário, pois são
agentes de comunicação, dialogo e responsáveis por produzir informações e valores
que ajudam os indivíduos a organizar suas ideias e compreender e se adaptar ao
mundo. (Setton 2010).
O inicio dos trabalhos pedagógicos referentes ao tema foi proposto que os
alunos manuseassem jornais, fazendo leitura livre. Esse primeiro contato do aluno
com a mídia impressa não direcionada foi de real importância, para que a leitura
fosse prazerosa e podendo ser desenvolvido o lado crítico através da exposição de
opiniões para o grupo sobre o que foi lido.
A apresentação das seções que existem no jornal, utilizado Data Show e a
TV Pendrive, através de apresentação de slides foi importante para que os alunos
pudessem localizar e acompanhar em seus jornais as seções apresentadas.
O uso do Laboratório de Informática foi fundamental para apresentar ao
alunado as características do jornalismo on-line, e a partir daí visitaram sites de
jornais on-line onde foi oportunizado a todos e assim percebendo as diferenças com
relação à leitura das noticias e a disposição das seções.
Neste momento os alunos demonstraram entusiasmo e interesse ao se
depararem com a apresentação do tema Bullying, pesquisando suas consequências,
seus protagonistas e utilizando-se de depoimentos de outras pessoas da
comunidade escolar.
No decorrer do desenvolvimento da proposta das atividades do projeto de
implementação teve também momentos em que os alunos participaram de visitação
à UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste e na Rede Sul de Notícias
– “Portal de Jornal On-line” (em anexo reportagem), e que foi ponto alto de
entusiasmo dos mesmos, pois demonstraram satisfação que gerou muitos
questionamentos em relação ao assunto e que os empolgou para a próxima etapa
dos trabalhos pedagógicos até então programados.
Com todo o embasamento os alunos já se sentiam estimulados e com
fundamentação suficiente, para através do suporte midiático, criar vídeos, imagens,
textos, fazer entrevistas, fotografar os ambientes da escola em que possibilitem a
pratica do bullying.
Toda coletânea do material no Laboratório de Informática, visitas e vivências
extra-classe em ambientes externos já citados anteriormente, foram suportes para
que os alunos pudessem criar uma página on-line, um blog onde postaram os
materiais resultantes dos trabalhos, como pode ser verificada em anexo a criação do
mesmo.
É importante lembrar que o blog não se restringirá apenas à língua
portuguesa, pois ele funcionará como um recurso para todos os eixos do
conhecimento, proporcionando troca de experiências, ampliando as possibilidades e
a visão de mundo, bem como uma forma de interação lingüístico-cognitiva com
finalidade a construção de textos narrativos com o tema bulling de forma
colaborativa.
O professor não pode, nem deve limitar-se apenas com trabalhos
pedagógicos em sala de aula e aos conteúdos programáticos específicos, deve
expandir no fazer diferente, se propondo atentar/testar novas alternativas de ensinar
e aprender utilizando temas emergentes e preocupantes no âmbito escolar, como o
bulling.
Utilizando novas experiências ricas combinado com a tecnologia como forma
de educação que exigem alunos autores e co-autores, ativos, críticos e
responsáveis, saindo da passividade e assim construindo um ser humano mais feliz
que saibam enfrentar os desafios da vida sem culpa e responsável pelos seus atos e
pela construção de seus conhecimentos.
Durante todo o processo que envolveu o trabalho de implementação do
projeto do PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional, desenvolvido no
Colégio Estadual Mahatma Gandhi – Ensino Fundamental e Médio, foi muito
gratificante e os avanços foram visivelmente observados em relação à não violência,
porém os resultados efetivos e incorporados pelo alunado só poderão ser
percebidos a longo prazo.
Todos os envolvidos são convidados a desenvolver atividades futuras e
diferenciadas que além dos resultados positivos em relação a aprendizagem será
um envolvimento divertido onde poderão exercitar a leitura, escrita, o senso crítico e
cultivar a uma convivência pacífica, bem como familiarizar-se com as novas
tecnologias disponíveis.
"Não ensine aos meninos pela força e severidade, mas leve-os por aquilo que os diverte, para que possam descobrir a inclinação de suas mentes." (Platão. A República, VII).
BIBLIOGRAFIA
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AMARAL, Luis. Jornalismo: matéria de primeira página. 2ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Brasília: INL, 1978. BRIGGS, Mark. Jornalismo 2.0: Como sobreviver e prosperar – Um guia de cultura digital na era da informação. Knight Center for Journalism in the Americas. CAMARGO, Luiz Rogério. Gabarito Literário: Jornalismo e Educação no Espaço Virtual. Guarapuava. 2010.
FANTE, Cleo; PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre, Artmed, 2008.
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FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Contexto 2003.
FRANCO, Guillermo. Como escribir para la WEB. Bases para la discusion y construccion de manuales de redaccion online. Knight Center for Journalismo in the Americas.
FREINET, Celestin. O Jornal Escolar. São Paulo: Estampa. 1974.
KAUFMAN, Ana Maria; RODRIGUEZ, Maria Elena. Escola, leitura e produção de textos. Trad. Inajara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
KUNCZIK, Michel. Conceitos de jornalismo: Norte e Sul: Manual de comunicação: tradução Rafael Varela Jr. São Paulo: EDUSP, Com Arte,1997. LIMA, Alceu Amoroso. O jornalismo como gênero literário. 2ª ed. Rio de Janeiro: Agir. 1969. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parabola Editorial, 2008.
MORAN, José Manoel. Programa de Formação Continuada em Mídia na Educação.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. SILVA, Ezequiel Theodoro da. O ato de ler. Fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 3ª.ed. São Paulo: Cortez: Autores associados. 1984. WARD, Mike. Jornalismo Online. São Paulo: Roca, 2006.
Site consultado: http://www.webartigos.com/artigos/a-utiliza-ccedil-atilde-o-do-blog-na-educa-ccedil-atilde-o/2017/#ixzz1yLeu1uBZ 20/06/2011
ANEXOS
ANEXO – 1
O que fazer para ajudar uma vítima?
* Caso testemunhe alguma situação de bullying informe seu
professor.
* Quando seu amigo contar que sofreu bullying, convença-o, a
procurar ajuda.
* Faça com que seus amigos sintam-se à vontade em seu
grupo.
Alunos 7° "B" 2011
Somos alunos empenhados, grande parte de nossa turma
gosta de estudar, sabemos ser educados mas em alguns
momentos deixamos a juventude falar mais alto e fazemos
algumas brincadeiras, mas nada além disso, pois sabemos que
chamadas "brincadeiras" podem magoar e todos somos
contra a isso. Pois a 7° "B" 2011 pode não ser uma turma de
melhores amigos mas somos uma turma de colegas que sabe
respeitar o limite do outro.
Anexo – 2
Reportagem da visita a Rede Sul de Notícias
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Alunos do Mahatma Gandhi visitam Rede
Sul
Estudantes estão criando blog sobre bullyng. ../../AppData/Local/Configurações locais/Temporary Internet
Files/Content.IE5/3E3Y7SH7/noticia.aspx.htm../../AppData/Local/Configurações
locais/Temporary Internet Files/Content.IE5/3E3Y7SH7/noticia.aspx.htmTweet
Estudantes do Colégio Mahatma Gandhi, do Bairro Santana, em Guarapuava,
visitaram as dependências da Rede Sul de Noticias na tarde de hoje (24). Os
alunos da 7ª série do colégio estão participando de um projeto da professora
Maria Aparecida, a “Cida”, que consiste na implementação de um blog no site
da escola para discussão sobre bullying. O projeto da professora “Cida” faz
parte do PDE do governo do Estado.
Conforme a professora, o objetivo do projeto é criar um canal permanente de
comunicação na escola. “Os outros professores poderão utilizar o canal com
outras discussões ligadas à comunidade escolar. Não é um projeto passageiro,
pode ser mais uma ferramenta que contribua para a melhoria do processo de
ensino/aprendizagem”, enfatiza Cida.
Além da Rede Sul, os estudantes visitaram o Departamento de Comunicação da
Unicentro, onde tiveram acesso aos laboratórios de Rádio, TV e Fotografia.
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