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2

15° 30

I 6 ° I 5

ho 8o'ipebo

novieiros

elmonte

4 ( W _ 390I5'

F i g . 1 - Situacäo da a r e a es tudada dent ro da Regiäo Cacaue i r a da Bahia .

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SOLOS DA BACIA META-SEDIMENTAR E REGIÄO

PASTORIL DO SUL DA BAHIA

R. Carvalho Fi lho, A . C . Pinto Dias e A. O. de Melo *

INTRODUgÄO

Os t r aba lhos de levantamento de solos da bacia m e t a - s e d i m e n t ä r e reg iao pa s to r i l do Sul da Bahia t i v e r a m inicio em agosto de 1967, em continuacäo aos mapeamentos com Detalhes da Regiäo Cacaue i r a da Bahia, executados ao nivel de fases de Grande Grupo e /ou F a m i l i a ,

~ ' 7 que t o t a l i z a r ao , ap rox imadamente , oma a r e a de 40 .000 k m ' (9).

Como n o r m a s de execugäo, v ê m sendo usadas a s adotadas pela Divisäo de Pedologia e Fe r t i l i dade do Solo do Minis te r io da Agr icu l tu-r a , as quais cons i s t em na carac ter izac jao , identif icacao, c l a s s i f i ca -cäo , d i s t r ibu icao e extensäo dos d i v e r s o s solos que o c o r r a m na a r e a .

A p r e s e n t e publicacäo t e m como pr inc ipa l objetivo, o estudo dos S M m* *

di ferentes so los , a t r aves da ver i f icacao da d is t r ibuicao geografica e ~ >. • >» -»

inves t iga^ao das c a r a c t e r i s t i c a s mor fo log icas , f i s icas , qu imicas e m i -ne ra log icas (1 ) , p r o c u r a n d o - s e s e m p r e enfat izar os solos que se p r e s t a m a cacau icu l tu ra .

SITUAgÄO E LIMITES

A a r e a a que se r e fe re erste t r aba lho es ta local izada n a G r a n d e R e ­giao Les t e do Bras i l , abrangendo a p a r t e sudoeste da Bahia, ocupando uma superf ic ie de 9.816 k m ^ .

S i tua - se aprox imadamente en t re os pa ra l e los de 15°30' e l6°15 ' de lat i tude sul e os mer id ianos de 39°15 ' e 40°15 ' de longitude a oeste de Greenwich (Figura 1).

CONSIDERAQÖES SÖBRE O AMBIENTE

O ambiente influi na genese dos solos a t r a v e s de seus agentes for -m a d o r e s : m a t e r i a l de o r igem, c l ima , b iosfera e r e l evo .

Dentre ê s t e s , o c l ima e o m a t e r i a l de o r igem se evidenciam, na a r e a mapeada , originando solos d i f e r e n t e s .

* Tecn icos do Setor de Solos e F e r t i l i d a d e - Secao de Pedologia .

225-3 1

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Quanto a agao cl imatica, a precipita^äo parece ter maior influen­cia na evolugäo dos perfis , especialmente pela sua agao de lavagem, como ocorre em areas de solos la tosso l icos , formando solos acidos .

Ja o material de origem, devido a sua maior ou menor capacida-de de m e t e o r i z a c a o , or igina perf is bas tan te d i fe renc iados , t a i s como as unidades Vargi to , Itabuna, Cepec , Coloriia e t c . , apesa r de s i -t u a r e m - s e sob a m e s m a faixa c l ima t i ca .

No entanto, deve - se f r i s a r que, m e s m o havendo a agao p reponde ­r a t e de urn dos fa tores gênicos , a influência dos demais t a m b e m se faz sen t i r , complementando aqueles a g e n t e s .

GEOLOGIA

Tomando- se por base obse rvacöes de campo, complementadas por Camargo (1), P e d r e i r a (8) e Silva (9), e l a b o r o u - s e , r e sumidamen te , o seguinte esquema das f o r m a l e s geologicas na a r e a es tudada;

Q u a t e r n a r i o . Cor re sponde aos t e r r a c o s f luvia is . Sao cons t i tu i -dos de sedimentos aluviais e coluviais de na tu reza a r g i l o - a r e n o s a .

T e r c i a r i o - F o r m a c ä o B a r r e i r a s . Cor re sponde a o s t a b u l e i r o s . Sao const i tuidos por sedimentos a r g i l o - a r e n o s o s de coloracao v a r i e -gada, apresen tando camadas hor izonta l s e s p e s s a s , sendo d i s secados nos vales dos r i o s .

P r e - C a m b r i a n o Super io r . Cons t i tu i - se de rochas m e t a m o r f i z a -das por f i l i tos , m e t a - g r a u v a c a s e q u a r t z i t o s .

P r e - C a m b r i a n o Infer ior . In tegrados p r inc ipa lmente por gnaiss v a r i o s , de t ex tu ra e composigäo diver sas com in t rusoes de rochas a l -cal inas (s ien i tos , nefelina sienito) e de rochas b a s i c a s .

CORRELAgÖES EXISTENTES ENTRE SOLOS E MATERIAIS ORIGINÄRIOS

O solo é formado a p a r t i r do m a t e r i a l de obigem näo consolidado e in t imamente re lacionado com a na tu reza das rochas p r i m i t i v a s .

Tal m a t e r i a l formador e consti tuido por acumulacao de r e s iduos m i n e r a i s r e su l t an tes da me teo r i zacao das rochas p r i m i t i v a s .

A s s i m , s e g u e m - s e as provaveis influencias das d ive r sa s rochas como fonte de m a t e r i a l o r ig inar io das unidades de solos m a p e a d a s .

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1 - Sedimentos a luviais e coluviais de g ranu lomet r i a va r i ave l . Grupamento de Solos Hidromorf icos e Solos Aluvia i s .

2 - Sedimentos a r g i l o - a r e n o s o s e s t r a t i f i cados . Unidade Colonia.

3 - F i l i to , m e t a - g r a u v a c a e c a l c a r i o . Unidade Varg i to .

4 - Qua r t z i t o s . Unidade C u r u r u p e .

5 - Gnaiss por f i rob las t ico , quar tzo- fe ldspa t i co . Unidades I t a m i -r i m e Sao Paul inho.

6 - Rochas me tamor f i cas ac idas e i n t e r m e d i a r i a s ( ? ) . Unidade J u c u r u c u .

7 - Rochas a lca l inas (s ieni tos) e rochas b a s i c a s . Unidade Cepec .

RELÊVO

A topografia , de uma m a n e i r a ge ra l , conco r r e , em combinacäo com os demai s fa tores de fo rmacäo dos solos , na genese das d i v e r s a s unidades , e em a r e a s locais de solos zonais e in t r azona i s , influencia d i r e t amen te na evolucao dos p e r f i s .

Segundo obse rvacoes de campo , complementadas por Camargo et a l (1), a reg iao mapeada se a p r e s e n t a dividida e m t r e s secoes f i s io-graf icas bas tante d i s t in tas : Secäo dos Tabu le i ros , Secäo das Colinas e Secao Movimentada.

Secäo dos T a b u l e i r o s . R e p r e s e n t a a continuacao da planicie c o s -t e i r a (9), in tegrada por t a b u l e i r o s . E consti tuida por re levo p r a t i c a -mente plano, com vales em " U M ou as vêzes em ' ' V " abe r to , al t i tude em torno de 50 m e t r o s .

Segao das Col inas . A a r e a dos t abu le i ros segue- se a Secao Col i -nosa , consti tuida por colinas e ou te i ros de fo rmas a r r e d o n d a d a s , for -mando urn re levo suave ondulado ou ondulado.

Secäo Movimentada. Zona de topografia forte ondulada e mon ta -nhosa , c a r a c t e r i z a d a por dec l ives fo r t e s^ve r t en tes de centenas de m e ­t r o s e vales entalhados na pa r t e montanhosa .

CLIMA

O c l ima e formado por uma s e r i e de f a to res , denominados c l i m a -t i c o s , sendo os mais i m p o r t a n t e s : t e m p e r a t u r a , p rec ip i ta^ao , u m i d a -de e evaporacao (5).

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Na a r ea em estudo, a prec ip i tagäo p a r e c e ser o elemento p r i n c i ­pal na c a r a c t e r i z a c ä o do c l ima .

De modo ge ra l , podem-se dis t inguir duas reg iöes c l ima t icas (1) enquadradas na c lass i f icacäo de Koppen: Af - c l ima de se lvas , quente e umido, s e m es tacao seca e Am - c l ima de t r a n s i c ä o en t re Af e Aw -c l ima de bosque chuvoso, quente e umido, com es tacao seca compen-sada pelos to ta is elevados de p rec ip i t agäo .

VEGETAQÄO

A desc r i ^ao gera l dos d ive r sos t ipos de vegetacao foi feita com base em observacoes de campo, complementadas por Camargo et al (1).

Vegetagao tipo campo . Campos umidos das v a r z e a s e campos s e -cunda r io s .

Vegetacao tipo f lo re s t a l . F l o r e s t a t r op i ca l semi-caduci fo l ia e r e -manescen te s de F l o r e s t a Trop ica l s e m i - s e m p r e - v e r d e .

Campos umidos das v a r z e a s . Sao fo rmacoes t ip icamente g r a m i -noides de c a r a t e r hidrofi lo, que r e v e s t e m as v a r z e a s mal d renadas da a r e a em estudo, de pouca expres sao ca r t og ra f i ca .

Campos s ecunda r io s . F o r m a c o e s r e p r e s e n t a d a s por r e v e s t i m e n -to vegetal tipo graminoide , desenvolvidas a r t i f i c ia lmente apos a d e r -ruba da vegetagäo na tu ra l (f loresta) e u t i l izagäo agr ico la p a s s a g e i r a .

Sao in tegrados pelo capim s e m p r e - v e r d e (Pan icum sp) e cap im c o -loniäo (Panicum sp), apresentando como e lementos i nvaso re s e r v a s , subarbus tos e a r b u s t o s .

F l o r e s t a Trop ica l semi-caduc i fo l ia . Es t a e p ra t i camen te a unica vegetacao f lores ta l encontrada na a r e a do t r a b a l h o . E consti tuida por uma f lores ta caducifolia, dominantemente decidua, pouco densa , i n t e -grada por individuos de por te medio (Figura 2) .

MATERIAL E MÉTODO

O tipo de levantamento efetuado foi o de reconhec imento com de t a -lhes , chegando ao nivel de f ami l i a s .

Ut i l izou-se como m a t e r i a l bas ico fotograf ias a e r e a s p a n c r o m a t i -cas na esca la aproximada de 1:25.000, o que facil i tou o t raba lho em s i , p rec i sando meihor os l imi tes das unidades de s o l o s .

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F i g . 2 - Remanescen t e s da F l o r e s t a Trop ica l s e m i - c a -ducifolia da regiäo de I t a m i r i m .

F o r a m coletados e d e s c r i t o s com detalhes perfis . r e p r e s e n t a t i v e s de cada unidade de mapeamento , p a r a de te rminagoes f i s i cas , quimi — cas e m i n e r a l o g i c a s , visando a c a r a c t e r i z a g ä o pedologica das unidades mapeadas .

P a r a l e l a m e n t e , fo ram cole tadas a m o s t r a s de rochas do e m b a s a -mento local e a m o s t r a s super f ic ia i s compos tas , pa ra fins de f e r t i l i -dade .

O calculo das d i v e r s a s unidades mapeadas (Quadro 1) foi feito a-t r a v e s de medigoes com p l an ime t ro , u t i l i zando-se um mapa na esca la de 1:100.000 (Figura 3).

Nas d e s c r i g o e s de perf is ado tou - se , de uma m a n e i r a g e r a l , as n o r m a s e definigoes cons tantes do Levantamento de Reconhecimento dos Solos sob Influencia do R e s e r v a t o r i o de F u r n a s (2), complemen-t adas pelo Manual de Metodo de Traba lho de Campo (2a. aproximagäo) (11), Soil Survey Manual (12) e Munsel l Soil Char t s (6) .

CLASSIFICAgÄO DOS SOLOS

A nova c lass i f icagäo a m e r i c a n a de solos t e m o objetivo de c l a s s i -f icar e ag rupar os so los , tomando por base um conjunto de c a r a c t e r i s -t i ca s f i s i co-qu imicas e morfologicas (4).

No Quadro 2 t en tou-se enquadrar os pr inc ipa ls solos da bacia m e -t a - s e d i m e n t a r e reg iao pas to r i l do sul da Bahia de acordo com ' 'Soi l Class i f ica t ion Comprehens ive Sys t em ' 1 . 7"1 Approximation (13).

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QUADRO 1 Dis t r ibuigäo das unidades c a r t o g r a f i c a s na reg iäo ma-peada .

U n i d a d e s A r e a (km^) Pe rcen tua ]

Colonia fase F l o r e s t a T rop i ca l semi-caduc i fo l ia

Colonia fase F l o r e s t a T rop ica l s e m i - s e m p r e - v e r d e ,

I t a m i r i m Jucu rucu Sao Paul inho Vargi to d is t rof ico Cururupe I t a g i m i r i m I t a m i r i m montanhoso Itabuna dis t rof ico Cepec modal Podzol Hidromorf ico Afloramento de rochas Vargi to eutrofico Aluvial fase a rg i lo sa Aluvial fase a r e n o s a L i tos so l Itabuna eutrofico

2 . 0 0 6 , 5 20,44%

1.963,5 20,00% 1.749,0 17 ,81% 1.381,5 14,07%

737 ,0 7,50% 669,0 6 ,81% 465 ,0 4 , 7 3 % 447 ,5 4 ,55% 258 ,0 2,62%

38 ,0 0,38% 34 ,0 0,34% 17,3 0, 18% 14,5 0, 14% 12,5 0, 12%

9 , 0 0,09% 6 , 0 0,06% 3 , 0 0,03% 3 , 0 0,03% 2 , 0 0,02%

QUADRO 2 - P r i n c i p a l s solos da reg iäo segundo a nova Class i f i cacäo A m e r i c a n a de Solos .

Unidades de Solos Class i f i cacäo A m e r i c a n a

Cepec modal Tropudal f s Cururupe Pa leudu l t s Itabuna d is t rof ico Tropudul t s I t a m i r i m Arg ius to l s Sao Paul inho Tropuda l t s Vargi to eutrofico Tropudal fs Vargi to d is t rof ico Pa leudul t s Jucu rucu Haplor thox

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CEPLAC CENTRO OE PESOUISAS DO CACAU

8ETOR OE SOLOS E FERTILIOAOE ' SoeSo do Podologla

LEVANTAMENTO OE RECONHECMENTO CON OETALNES DOS SOLOS OA BACIA META-SEDIMENTAR E RE6IÄ0

PA8TORIL 0 0 SUL DA SANIA (CON TH H U I CAO X CARTA OC SOLOS OA «CBliO CACAUEIRA DA B A N I A ) - | B 6 7 .

EXECUCAQ. Eng. Agr. RAIMUNOO CARVALHO FILHO

ANTONIO CARLOS CR DIAS

LUIZ FERREIRA DA SILVA

ACVR ALVES O. DE MELO

LEGENDA:

AFLORAMENTO DE ROCHAS -

ALUVIAL FASE ARENOSA-

ALUVIAL FASE ARSILOSA -

CEPEC MODAL :

CURURUPE

E^Fl

COLONIA SEIW-CAOUCIFOLIA-

COLONIA 8EMI-SEMPRE-VERDE-

ITABUNA EUTRÓFICO

ITABUNA OISTROFICO

SS

H

E8CALA SRAFICA

S , 3 ^ 0 ^ J S j 6 » n «

d t i . i t i l t o motto*

CONVENCOES : -

LIMITE INTERESTAOUAL^r"^

ITAMIRIM '

ITAMIRIM FASE MONTANHOSA-

ITASIMIRIM

JUCURUCU

LITOSSOL

mm hïriïiitïi]

SAO PAUL IN HO •

SOLOS NIOROMORFICOS •

POOZOL

VAR6IT0 CUTROFICO -

VARSITO DWTROFICO-

FI6-3 : MAPA DOS SOLOS, COM DETALHES, DA RE6IÄ0 L E V A N T A D A

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DESCRigÄO DAS UNIDADES

Unidade Cepec modal

Cons ide racoes g e r a i s . Sao solos desenvolvidos a p a r t i r de rochas a lca l inas e b a s i c a s com seqüencia de hor izon tes A, B, C e camada subjacente D. Sao profundus, b e m a mode radamen te d renados , com permeab i l idade m o d e r a d a .

S i tuam-se em relevo ondulado e estäo loca l izados geograf icamente em pequenas manchas descont inuas , coincidindo com diques de m a t e ­r i a l b a s i c o .

Ês tes solos a p r e s e n t a m o hor izonte A mode radamen te desenvolvi -do e c o r e s ave rme lhadas no hor izonte B . A t ex tu ra do hor izonte s u ­perf ic ial e med ia , e a do B a rg i losa (Quadro 3) .

A p r e s e n t a m tex tura g ranula r no hor izonte A e blocos subangula-r e s moderadamen te desenvolvidos no B, com ce ros idade f r a c a .

P o s s u e m al ta sa tura^ao de b a s e s , a rg i l a de at ividade a l ta , f e r t i -l idade na tu ra l de media a a l t a .

Quanto a ac idez , podem ser cons iderados como p r a t 1 c a m e n t e n e u t r o s .

Ês t e s solos p r e s t a m - s e . p a r a qualquer tipo de cultivo; p a r a o caso da cacau icu l tu ra , sao os m e l h o r e s solos encont rados na reg iäo , quer pela sua alta fer t i l idade na tu ra l , como pela sua r e s e r v a m i n e r a l .

F a t o r e s L i m i t a n t e s :

L imi tacäo pela fer t i l idade - nula a l i g e i r a .

Limi tagao pelo exces so de a g u a . - nula .

Limi tagao pela falta de agua - nula a l i g e i r a .

L imi tagäo pela e rosao - nula a l i g e i r a .

L imi tagäo pelos impedimentos a mecan izagäo da lavoura - nula a l i ge i r a , e loca lmente f o r t e .

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QUADRO 3 - Descri^äo morfolo^ica de um perfil da unidade Cepcc modal.

Municipio - Itapcbi Data - 14/02/68 Locali/.a^ao - Faz. Pcdra do Estcväo, estrada Itaimbc-Ita-

pebi, trincheira sob cacau. Litologia e Formac,äo Gcologica - Rochas intermediarias do

Pre-Cambriano.

Situac.ao - TIT<;Ü inferior Declividade - 45% Drenagem - Bern drenado Erosäo - Laminar li^cira Uso - Cacau de otimo aspecto vegetativo.

HORIZONTES E '

ESPESSURA

COR ÜMIDA T E X T U R A

ESTRUTURA CEROSI-DA DE

CONSISTÊNCIA MOLHADA HORIZONTES E '

ESPESSURA MUNSELL DESCRICÄO T E X T U R A

GRAU T I P O

CEROSI-DA DE

PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - 8 c m 10YR 4 / 2 Bruno a c i n -/.entado es -e u r o

F r a n c o a r -nilo a r c -noso

F r a e a Biocos sub -a n ^ u l a r c s - Li^ei r a m e n t e

p l a s t i co L i ^ e i r a m e nte

pegajoso

A - 8 - l 7 c m 10YR 4 / 3 Bruno e s c u r o

Arjjila a r e n o s a

F r a c a Biocos sub -a n u u l a r e s

- Lijiei rami-nte p l a s t i c o

Lij^fi ranii 'nU' pe^ajoso

B - 1 7 - 4 3 c m 5YR 5 /6 V e r m c l h o a m a r c l a d o

A r g i l a F r a c a Biocos sub -a n ^ u l a r e s

F r a c a P l a s t i c o Pcga joso

B - 4 3 - 7 0 c m 5YR 5 /8 V e r m c l h o a m a r c l a d o

Arj j i la c o m c a s c a l h o

Mode­r a d a

Blocos sub a n ^ u l a r c s

F r a c a P l a s t i c o Pej>ajoso

B 2 2 - 7 0 - l 2 0 c m SYR 5 /8 V e r m c l h o a m a r c l a d o

A r ^ i l a c o m c a s c a l h o

Mode­rada

Blocos sub-anf iularcs

F r a c a P l a s t i c o P c ^ a j o s o

B - 1 2 0 - l 6 3 c m 5YR 4 / 8 V e r m c l h o a m a r c l a d o

A r ^ i l a c o m c a s c a l h o

Mode­rada

Blocos sub-a n ^ u l a r c s

Moderada P l a s t i c o P e g a i o s o

Unidade Säo Paul inho

Cons ide racöes g e r a i s . S i tua - se em re lêvo ondulado e e s t a l oca l i -zada geograf icamente e m manchas continuas ao longo das rodovias Maiquinique -R . Salto - I t a ran t im-Maiqu in ique .

Säo solos desenvolvidos a p a r t i r de rochas i n t e r m e d i a r i a s com s e -qüência de hor izon tes A, B, C e camada subjacente D. Sao m e d i a n a -mente profundus, mode radamen te a b e m drenados e de moderada p e r -meab i l idade .

Ê s t e s solos a p r e s e n t a m o hor izonte A f racamente desenvolvido e co re s ave rme lhadas com mosqueamento no hor izonte B . A tex tu ra do hor izonte superf ic ia l , via de r e g r a , é da c l a s se franco a r e n o s o , e a do B a r g i l o s a .

A p r e s e n t a m e s t r u t u r a g ranu la r no hor izonte A e blocos subangu-l a r e s moderados a for temente desenvolvidos no hor izonte B, com c e -ros idade mode rada a for te (Quadro 4 ) .

Säo solos de média s a tu r aeäo de b a s e s , a rg i l a de at ividade media e fer t i l idade na tu ra l m e d i a .

Quanto a ac idez , sao moderadamen te ac idos , com pH e m torno de 6 ,5 ,

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Be m a n e i r a ge ra l , säo solos que se adap tam bem a ag r i cu l tu ra , necess i t ando , p o r e m , urn supr imento de agua duran te o per iodo de e s -t i a g e m . Es täo quase que to ta lmente ut i l izados com pas tagens de bom a s p e c t o .

F a t o r e s L imi t an t e s :

L imi tacäo pela fer t i l idade - l i g e i r a .

L imi tacao pelo excesso de agua - nula .

L imi tacao pela falta de agua - l ige i ra a moderada f

Limitagao pela e r o s a o - m o d e r a d a .

Limi tagao pelos impedimentos a mecanizagao da lavoura d e r a d a .

m o -

QUADRO 4 - Descricao morfologica de um perfil da unidade Sao Paulinho.

Municipio - Jordania Data - 17/02/68 Localiza^ao - 6 km de Jordania em direcao

a Maiquinique. Litologia e Formacao Geologica - Rochas intermediarias

do Pre-Cambriano.

Situa^ao -. Terqo inferior de elevacao Declividade - 45% Drenagem - Bern drenado Altitude - 200 metros Erosao - Laminar ligeira

HORIZONTES E

ESPESSURA

COR ÜMIDA TEXTURA

ESTRUTURA C E R O S I -DADE

CONSIST ENCIA MOLHADA HORIZONTES E

ESPESSURA MUNSELL DESCRICAO TEXTURA

GRAU T I P O

C E R O S I -DADE

PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - 9 c m 10YR 3/2 Bruno a c i n -zentado mui-to e s c u r o

F r a n c o a r -gilo a r e n o -so c o m c a ^ ca lho

Mode­r a d a

Blocos sub-a n g u l a r e s - Nao

p la s t i co Nao

pega joso

A - 9 - 1 8 c m 10YR 4 / 3 Bruno a m a -r e i a d o e sc .

Arg i l a c a s -ca lhen ta

Mode­r a d a

B l o c o s s u b -a n g u l a r e s - L i g e i r a m e n t e

p l a s t i c o L i g e i r a m e n t e

pega joso

B - 1 8 - 3 2 c m 5YP. 5 /6 V e r m e l h o a m a r e l a d o

Arg i l a c o m c a s c a l h o

Mode­r a d a

Blocos s u b -a n g u l a r e s - L i g e i r a m e n t e

p l a s t i c o Pega joso

B - 3 2 - 6 8 c m SYR 4 / 8 V e r m e l h o a m a r e l a d o

Arg i l a Mode­rada

Blocos sub-a n g u l a r e s

M o d e r a d a e c o m u m

P l a s t i c o Pega joso

B - 6 8 - 1 0 6 c m 5YR 5/S V e r m e l h o a m a r e l a d o

Arg i l a Mode­rada

Blocos sub-a n g u l a r e s

M o d e r a d a e c o m u m

P l a s t i c o Pega joso

B - 1 0 6 - 1 4 8 c m 2 , 5 YR 4 / ó V e r m e l h o Argi la Mode­rada

Blocos sub-a n g u l a r e s

F r a c a e pouca

L i g e i r a m e n t e p l a s t i c o

Pega joso

Unidade I t ag imi r im

Cons ideracoes g e r a i s . Ês t e s solos a p r e s e n t a m descontinuidade l i tologica, pa recendo que o m a t e r i a l de o r i g e m local sofreu influência de sedimentos do T e r c i a r i o (Figura 4 ) .

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Si tuam-se em re lêvo ondulado e estao local izados geograf icamente em manchas continuas ao longo da BR-101 , na a l tu ra da ponte sobre o r io Jequi t inhonha.

Sao solos m i n e r a i s , com seqüencia de hor izon tes A, B e C . Sao profundus, mode radamen te drenados e de moderada pe rmeab i l i dade .

F i g . 4 - Pe r f i l da unidade I t ag imi r im, vendo-se n i t ida-mente a descontinuidade l i to logica .

P o s s u e m o hor izonte A moderadamente desenvolvido e co re s a-ve rme lhadas no B. A t ex tu ra do hor izonte superf ic ia l , via de r e g r a , e da c l a s se a r e i a ou f ranca a r e n o s a , e a do B a rg i losa (Quadro 5) .

A p r e s e n t a m e s t r u t u r a g ranu la r no hor izonte A e blocos subangu-l a r e s no B, ambas com moderado grau de desenvolv imento .

Sao moderadamen te ac idos , de baixa sa tu racao de b a s e s , a rg i l a de atividade media e fer t i l idade na tu ra l media a baixa (Quadro 6).

De m a n e i r a g e r a l , sao solos que usados c r i t e r i o s a m e n t e se p r e s ­t a m a ag r i cu l tu ra , desde que t enham urn supr imento de agua durante a es tacao s eca . Atualmente a c h a m - s e ut i l izados com pas tagens de c a -pim s e m p r e - v e r d e , de bom a s p e c t o . P a r a o caso especif ico do cultivo do cacau, a c r e d i t a m o s que ê s t e s solos nao se jam aconse lhave i s , devi-do a falta de agua nos per iodos de es t iagens e, em alguns c a s o s , a b a i ­xa fe r t i l idade .

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F a t o r e s L imi t an te s :

L imi tacäo pela fer t i l idade - mode rada .

L imi tacäo pelo exces so de agua - nula .

L imi tacäo pela falta de agua - m o d e r a d a .

L imi tacäo pela e ro säo - m o d e r a d a .

L imi tacäo pelos impedimentos a mecan izacäo da lavoura rada e, loca lmente , f o r t e .

- mode -

QUADRO 5 - D e s c r i c ä o m o r f o l o g i c a de urn per f i l da unidade I t a g i m i r i m .

Municipio - I t a g i m i r i m Si tuacäo - T ê r c o s u p e r i o r de u m a col ina Data - 1 3 / 1 2 / 6 6 Dec l iv idade - 25% L o c a l i z a c ä o - A 10 k m de I t a g i m i r i m , e m d i r c c ä o a I tapcbi Alt i tude - 160 m e t r o s Li to logia e F o r m a c ä o Geolog ica - R o c h a s i n t e r m c d i a r i a s e D r e n a g e m - M o d e r a d a

b a s i c a s do P r e - C a m b r i a n o . E r o s ä o - L a m i n a r l i g c i r a .

HORIZONTES GOR ÜMIDA

TEXTURA ESTRUTtfRA

C E R O S I -DADE

CONSISTÊNCIA MOLHADA

£ ESPESSURA

MUNSELL DESCRICAO TEXTURA

GRAU T I P O

C E R O S I -DADE

PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - l O c m 10YR 3/2 Bruno a c i n -zen tado mui -to e s c u r o

A r e i a F r a c a G r a n u l a r - Näo p l a s t i c o

Näo Pega joso

A - 1 0 - 4 0 c m 10YR 4 / 3 Bruno e s c u r o

A r e i a F r a c a G r a n u l a r - Nao p l a s t i c o

Näo pegajoso

B - 4 0 - 6 0 c m 10YR 4 / 6 V e r m e l h o A r g i l a pe sada

F o r t e Blocos sub-a n g u l a r e s

M o d e r a d a e c o m u m

Muito p l a s t i c o

Muito pegajoso

B - 6 0 - 9 0 c m 5YR 5 /6 V e r m e l h o a m a r e l a d o

Arg i l a pe sada

F o r t e Blocos sub-a n g u l a r e s

M o d e r a d a e abun ­dante

Muito p l a s t i c o

Muito pega joso

B / C - 9 0 - 1 4 5 c m + 5YR 4 / 4 Bruno

a m a r e l a d o Arg i l a p e s a d a

Mode­r a d a

Blocos sub-a n g u l a r e s

F r a c a e pouca

Muito p l a s t i c o

Muito pegajoso

QUADRO 6 - Dados a n a l i t i c o s de u m perf i l da unidade I t a g i m i r i m .

HORIZONTES E

ESPESSURA

C O M P L E X O SORTIVO (mE/lOOg) A C E T A T O DE AMÖNIA M pH 7

_ ++ w ++ Ca Mg Na | ! 100S ! " ' "

H r- -h A - 0 - 1 0 c m 1.0 0,24 o , n ! 2 ,77! 0,0 1,33: 4, iß. 6H ' o , 4 o ! o , oW 4 , 0 ! 1,8

I ! I ' ! . I I ' 1 6 ,8

A , - 1 0 - 4 0 c m 0,8 0,7 0, 11 0,09 l , 7 o ! 0 , 0 ' 1.36 3 ,06 ! „ .,1 l „ . 1

-1 h I 56 0.461.0,057 8,1 0.9

4- -+-6,7

B, -40-60cm 0, 3 0 ,8 0 ,42 0,10] 1,62| 1,9 4 , 3 6 7 , 8 8 ! 21 I 0 , 4 l ! 0 , 0 8 5 4 , 8 ' I ! !

0,6

T ! 1-

5,2

B - 6 0 - 9 0 c m 0,3 i ! n. m l 1,2 0 , 2 5 ' 0 , 10 1 ,85. 3 .8 ' 3 ,41 '1,06 20 0 ,28 0 . 0 6 6 ' 4 , 2 : o, 1 I

4 ,9

B , / C - 9 0 - 1 5 4 c m + I 0 , 3 I 1.7 ! 0 . 0 « ! 0 , 0 7 ! 2 . 1 5 1 3.4 ' 2 , 6 6 ' 8 . 2 l ' 26 ' o , 2 8 ' o , 0 3 " 3 I . I | i ; ' i I i :

0, 1

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Unidade Itabuna dis t rof ico

Cons ide racoes g e r a i s . E s ta unidade s i t ua - s e em re lêvo ondulado a forte ondulado, com decl ives em torno de 40% e a uma alti tude de c ê r c a de 150 m e t r o s . Es ta local izada geograf icamente e m uma .man-cha isolada a e squerda da B R - 1 0 1 , depois de I ta imbe, e m d i recäo a I tapebi .

Sao solos m i n e r a i s , profundos, moderadamente d renados e de p e r -meabi l idade m o d e r a d a . Sao desenvolvidos a p a r t i r de rochas i n t e r m e -d iä r i a s e ac idas , com seqüencia de hor izon tes A, B , C e camada sub-jacente D.

Ês t e s solos a p r e s e n t a m o hor izonte A moderadamen te desenvolvi -do e co r e s ave rme lhadas no B (Quadro 7).

A p r e s e n t a m tex tu ra media no hor izonte superf ic ia l e pesada no B, com t e o r e s m a i s ou menos elevados da f racäo ca sca lho .

A e s t r u t u r a va r i a de g ranu la r no hor izonte A a blocos subangula-r e s f racamente desenvolvidos no B .

P o s s u e m baixa sa tu racäo de b a s e s , a rg i la de at ividade al ta e f e r ­t i l idade na tu ra l ba ixa .

Quanto a ac idez , sao moderadamen te ac idos , com pH e m torno de 5 , 5 .

De m a n e i r a g e r a l , säo solos que usados c r i t e r i o s a m e n t e se adap-t a m bem a a g r i c u l t u r a . P a r a o caso especifico do cultivo do cacau, o fator l imi tante de ma io r influencia pa rece se r a fer t i l idade na tura l ba ixa .

F a t o r e s L imi t an t e s :

L imi tacäo pela fer t i l idade - mode rada .

L imi tacäo pelo excesso de agua - nula .

Limi tagäo pela falta de agua - l ige i ra a m o d e r a d a .

L imi tacäo pela e ro säo - m o d e r a d a .

L imi tacäo pelos impediinentos a mecanizacäo da lavoura - fo r t e .

Unidade Itabuna eutrofico

Apresen ta todas as c a r a c t e r i s t i c a s f i s icas e morfologicas da un i ­dade a n t e r i o r , p o r e m , de media a al ta sa tu ragäo de bases e fer t i l idade na tura l a l t a .

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QUADRO 7 - Dcscricäo morfologica de um perfil da unidade Itabuna distrofico.

Munici'pio - Itapcbi Situa^äo - Xêr^o inferior de elevaqao Data - 14/02/68 Declivtdade - 40% Locali/.acao - Fa... Pctrolina,' a 800 mi'tros da rodovia Drenagem - Moderada

Itaimbe-Itapcbi. Erosäo - Laminar moderada. Litólogia e Formaqäo Geologica - Rochas intermcdiarias do

Pre -Cambriano.

HORIZONTES E

ESPESSURA

COR ÜMIDA TEXTURA

ESTRUTURA TRANSI-QÄO

CONSISTÊNCIA_ MOLHADA HORIZONTES E

ESPESSURA MUNSELL DESCRICAO TEXTURA

GRAU T I P O

TRANSI-QÄO

PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - 6 c m 10YR 2/1 P r c t o F r a n c o c o m c a s c a l h o

mode­rada

G r a n u l a r C l a r a Nao p l a s t i c o Nao pega joso

A -6 -1 U m 10YR 3/1 Cin/ .cnto. mu to c s c u r o

F r a n c o a r -g i loso com-c a s c a t h o

Mode­rada

Blocos sub-a n g u l a r e s

C l a r a Nao p l a s t i co Nao pegajoso

A B - l l - 2 3 c m 7,-iVR =•/« Bruno forte Arii i la a r c -nosa c a s c a -lhcnta

F o r t e Blocos s u b -a n g u l a r c s

G r a d u a l L i g e i r a m e n t e p l a s t i c o

L i g e i r a m e n t e pega joso

B -23-4"icm 7.5YR 1/8 Bruno for te Ar iü l a p e -sada com c a s c a l h o

F r a c a Blocos sub-a n g u l a r e s

Difusa L i g c i r a m c n t o

p l a s t i co L i g e i r a m e n t e

pega joso

B - 4 5 - 6 6 c m 2 .5YR 6/8 V o r m c l h o

c l a r o A r g i l a c o m c a s c a l h o

F r a c a Blocos sub-a n g u l a r e s

Difusa L i g e i r a m e n t e

p l a s t i c o L i g e i r a m e n t e

pega joso

B 3 2 - 6 6 - 1 0 2 c m 2 .5YR 6/8 V c r m e l h o

c l a r o A r g i l a com c a s c a l h o F r a c a

Blocos sub-a n g u l a r e s

Difusa L i g e i r a m e n t e

p l a s t i c o L i g e i r a m e n t e

pega joso

Ê s t e s solos se encont ram to ta lmente ut i l izados com a cul tura do cacau, apresen tando , en t re tan to , forte l imi taeäo a ut i l izaeäo de m a -quinas a g r i c o l a s , devido as condicoes topogra f i cas .

Unidade Vargito dis t rof ico

Cons ideracoes g e r a i s . S i tua-se em re lêvo ondulado a forte ondu-lado, com decl ives da ordern de 30%. Es ta loca l izada geogra f icamen-te ao nor te de Gurupa Mi r im , ao longo da m a r g e m esquerda do r io P a r d o ate M a s c o t e - J a c a r a n d a .

Sao solos der ivados de m e t a - s e d i m e n t o s com ca l ca r i o , de seqüên-cia de hor izon tes A, B } C e camada subjacente D. Sao profundus, m o ­deradamente drenados e p e r m e a v e i s .

Ê s t e s solos a p r e s e n t a m o hor izonte A moderadamen te desenvolv i -do e co re s ave rme lhadas com mosqueamento no hor izonte B . A tex tu -r a do hor izonte superf ic ia l var ia de franco a franco a rg i loso e a do B , da c l a s s e a rg i l a , com t e o r e s m a i s ou menos elevados de si l te (Qua­dro 8) .

A p r e s e n t a m e s t r u t u r a g ranu la r no hor izonte A e blocos subangula-r e s e angu la res moderadamen te desenvolvidos no B, com ceros idade for te e abundante .

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QUADRO 8 - Drscri^äio morfolopica de um pcrfil da unidadc Varpito distrofico.

Municipio - Varpito Data - 09/3/66 Locali/.ac,ao - 9 km de Varpito, lado direito,

estrada Varpito-Canaviciras. Material oripinario .- Meta-scdimentos.

Situa^äo - Terqo medio de elevaqao Dcclividade - 20-30% Drcnapcm - Bern drenado Erosäo - Laminar lipcira.

HORIZONTES I E

ESPESSURA

COR UMIDA

! MUNSKLL ;DESCRICÄO'

I ; ESTRUTURA . f R A N S I . ;TEXTURA , , IcAO

tGRAUl TIPO l v

CONSIST ÊNCIA MOLHADA

PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

, rt».„ , / »' Bruno Arpila • -Biocos sub-t A -0-1 lern If^R 4 / Ï ., F rata , Clara • 1 i c sc uro ! sillusa < l a n p u l a r e s ; | Pcpajoso

A -11-19cm 10YR =-/6t Bruno amarclado

: Biocos subH Arpila Mode- , ' ~. • , , . - . ' t ^anpulares e| Clara | P las luo siltosa : rada janpularcs

_|

Pepajoso.

B -19-36cm 7.SYR 5/6:Bruno forte Arpila pesada

} j Blocos sub-| Forte : anpulares u j I anpulares

Gradual Plastico Muito

pepajoso

B -36-91cm SYR4/8J Vcrnu-lhoj Arpila j ^ ^

; -ama relado pesada |

Blocos sub anpulares e

I anpulares Difusa Plastico

i \ — : — I — 7,5YR S/6J Bruno forte | A r t " l a (Forte

' pesada

Muito pcßajoso

B3-91-125cm Biocos sub-an^ularcs c anpulares

Difusa Plastico Muito

pegajoso

C -12S-|62cm 10YR S/8| Bruno.

amarclado Arpila [ Mode '• rada

Biocos sub-anizularrs c anpulares

Cradual Plastico Pcgajoso

Säo solos de baixa sa tu ra^äo de b a s e s , a rg i l a de at ividade al ta e fer t i l idade na tu ra l baixa (Quadro 9) .

Nao se adap tam b e m a ag r i cu l tu r a , devido, t a lvez , a sua aeidez nociva (alto t eo r de aluminio t r o c a v e l ) . P a r a o caso especif ico do ca -cau, o aprove i tamento dês tes solos se to rna an t i -economico ; devido a grande quantidade de ca l ca r io que se deve u s a r p a r a c o r r i g i r sua a e i ­dez . Atualmente a c h a m - s e p ra t i camen te abandonados, com sape ( Im-pe ra t a b r a s i l i e n s i s ) , e rya s e a r b u s t o s .

F a t o r e s L imi t an t e s :

L imi tacäo pela fer t i l idade - m o d e r a d a .

Limi tagäo pelo exces so de agua - nula .

L imi tacäo pela falta de agua - l i g e i r a .

Limi tagäo pela e ro säo - m o d e r a d a .

L imi tacäo pelos impedimentos a mecanizagäo da lavoura - l ige i ra e m o d e r a d a .

Vargi to eutrofico

Apresen ta todas as c a r a c t e r i s t i c a s f i s icas e morfológicas da u n i -

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dade a n t e r i o r , p o r e m , com alta sa tu racäo de b a s e s e fer t i l idade na tu ­r a l a l t a .

De m a n e i r a ge ra l sao solos que se adaptam bem a ag r i cu l tu ra e pas tagens . P a r a o caso especif ico da cul tura do cacau , sao solos l a r -gamente ap rove i t ados .

QUADRO 9 - Dados anaht icos de um perfi l da unidade Vargito d i s t ró f i co .

HORIZONTES E

COMPLEXO SORTIVO (mE/lOOg) ACETATO DE AMÖNIA N pH 7

V% c% N% C/N P O

2 5 m g / 100g

pH ( H 2 0 )

(1:1) ESPESSURA Ca M g + + K+ Na + S A l + + + H + T

V% c% N% C/N P O

2 5 m g / 100g

pH ( H 2 0 )

(1:1)

A - 0 - 1 0 c m 11 .9 4 , 0 0 ,24 0 , 3 8 16 ,52 0 ,0 3 , 4 2 19 ,94 83 1,72 0 , 2 9 2 5 , 9 1.9 6 .4

A , - 1 0 - 2 0 c m 3 , 4 2 , 2 0 ,11 0 ,21 5 . 9 2 1 .0 4 , 6 1 11 ,53 51 0 , 6 0 0 .118 5, 1 0.7 5 . 4

A j - 2 0 - 3 3 c m 0 . 6 1.7 0 ,08 0 . 1 3 2 ,51 5 ,1 5 ,87 13 ,48 19 0 ,30 0 , 0 6 8 4 , 4 0 ,4 5 , 2

B - 3 3 - 6 0 c m 0 ,2 1,2 0 , 0 6 0 ,11 1.57 7 ,7 • 1 , 0 8 10,35 15 0 ,18 0 ,052 3 ,5 0 . 3 5 , 0

B , - 6 0 - 1 0 8 c m 0 ,0 0 ,7 0 ,04 0 . 1 2 0 . 8 6 8 , 7 2 . 3 7 11 .93 7 0 , 1 6 0 ,055 2 . 9 0 .3 4 , 7

Unidade I t a m i r i m

Cons ideracoes g e r a i s . Ês t e s solos s i t u a m - s e e m re levo suave ondulado a forte ondulado, com decl ives que v a r i a m de 15 a 30%. E s -tao loca l izados , geograf icamente , e m manchas continuas no municipio de Po t i ragua e ad jacênc ias .

Sao desenvolvidos a p a r t i r de rochas i n t e r m e d i a r i a s , com seqüên-cia de hor izon tes A, B, C e camada subjacente D (F igura 5) .

Sao r a s o s , com profundidade em torno de 40-50 cm, m o d e r a d a -mente a b e m drenados e de permeabi l idade len ta .

A p r e s e n t a m o hor izonte A for temente desenvolvido e c o r e s b r u n a -das no hor izonte B . A tex tura do hor izonte superf ic ia l va r i a de franco a franco a rg i l o so , e a do hor izonte B e da c l a s s e a rg i l a (Quadro 10).

A e s t r u t u r a va r i a de g ranu la r no hor izonte A a blocos subangula-r e s e angu la res no B, com ceros idade moderada e p r e s e n c a de s l iken-s ide .

O perf i l ap re sen t a m i n e r a i s p r i m a r i o s nos hor izon tes subsuper f i -c i a i s , o que lhe confer e boa potencial idade ag r i co l a .

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F i g . 5 - Pe r f i l , ao na tu ra l , da unidade I t a m i r i m . Note - se o fendilhamento, e m mosa ico , do hor izonte B .

QUADRO 10 - D e s c r i c a o morfologica de um perfil da unidade I tamir im.

Municipio - Potiragua Data - 2 8 / 1 1 / 6 6 Local izacao - 4 km de Potiragua, es trada Pot iragua-I tarant im. Litologia e Forma^äo GeoloL ja - Rochas g n a i s s i c a s do

P r e -Cambriano .

Situaqao - Meia encosta Declividade - 16% Altitude - 180 metros Drenagem - Moderada Erosäo - Laminar l i g e i r a .

HORIZONTES E

ESPESSURA

CÓR ÜMIDA TEXTURA

ESTRUTURA CEROSI-DADE

CONSISTÊNCIA MOLHADA HORIZONTES E

ESPESSURA MUNSELL DESCRICAO TEXTURA

GRAU TIPO CEROSI-DADE PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - 7 c m 10YR 2 /2 Bruno muito e s c u r o

Franco arg i lo so

Mode­rada a forte

Granular - Plas t i co Pegajoso

A - / - 1 3 c m 10YR 3/2 Bruno a c i n -zentado mui­to e s c u r o

ArgUa Fraca a m o -derada

Blocos sub-angulares - P l a s t i c o Pegajoso

B - 1 3 - 2 4 c m 7 .5YR 3/2 Bruno e s ­curo

Argila Forte Blocos sub' angulares

Pontos fracos

P las t i co Pegajoso

B - 2 4 - 4 0 c m 7 .5YR 3/2 Bruno e s c u r o

Argi la For te Blocos sub-angulares

Pontos P las t i co Pegajoso

B & C - 4 0 - 5 5 c m + 2 . 5 Y 4 / 2 Bruno a c i n -zentado e s -euro

Argi la Mode­rada

Blocos sub-angulares

Pontos e sl ikensidc

P las t i co Pegajoso

Sao solos de al ta sa turagäo de b a s e s , corn a rg i l a de atividade al ta e fer t i l idade na tu ra l a l ta (Quadro 11).

Quanto a ac idez , podem se r cons iderados como p r a t i c a m e n t e n e u t r o s .

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De m a n e i r a ge ra l , säo solos que usados c r i t e r i o s a m e n t e se a d a p -t a m b e m a ag r i cu l tu ra , desde que t enham u m supr imento de agua du­ran te a es tacäo s e c a . A c h a m - s e ut i l izados com pas tagens de cap im s e m p r e - v e r d e e cap im coloniäo, de bom a s p e c t o .

F a t o r e s L imi tan tes :

L imi tacäo pela fer t i l idade - nula a l i g e i r a .

L imi tacäo pelo exces so de agua - l ige i ra a m o d e r a d a .

L imi tacäo pela falta de agua - m o d e r a d a .

L imi tacäo pela e rosäo - m o d e r a d a .

L imi tacäo pelos impedimentos a mecan izacäo da lavoura - l i ge i r a e, loca lmente , moderada e fo r t e .

Unidade I t a m i r i m fase montanhosa

Cor responde a unidade I t a m i r i m modal , p o r e m com re levo m o n t a -nho so .

QUADRO 11 - Dados anal i t icos de um perti l da unidade I tamir im.

HORIZONTES E

COMPLEXO SORTIVO (mE/100g) ACETATO DE AMÖNIA N pH 7 V«i C°i N»i C / N

P Z ° 5 mg ƒ 100g

pH (HzO)

ESPESSURA C a + + M B

+ + K+ Na + S A l + + + H+ T

V«i C°i N»i C / N P Z ° 5 mg ƒ 100g (1:1)

A - 0 - 7 c m 11.4 10. 1 0, 18 0 ,29 21 ,97 0 , 0 2 ,29 2 4 . 2 6 91 ' • "

0 ,237 5 .3 7 ,5 6 , 6

A - 7 - 1 3 c m 13,4 8 , 2 0 .08 0 ,45 22, 33 0 , 0 2 , 0 6 24, 19 91 1,'68 0 .277 1

6, 1 1.0 6 ,5 •

B - 1 3 - 2 4 c m 11,9 9 . 9 0 ,08 0,71 2 2 , 5 9 0 , 0 1.84 2 4 , 4 3 92 0 .74 !

0,2O3| 3 ,6 0 .4 b,'>

B - 2 4 - 4 0 c m 11. S 16, 1 0 ,06 1,70 2 9 , 3 6 0 .0 1.16 3 0 , 5 2 96 0 .47 1

0, U4J 4, 1 0 ,2 ' 7 , 2

B 3&C-40-5'>cm+ 1! ,8 17 ,0 0 ,05 2 , 8 6 31 ,71 0 , 0 0 ,94 32 ,65 97 0 ,37 0 ,040 9 . 3 4 1 , 0 7. 1

A l imi tacäo ma i s s e r i a pa ra o uso des t e s solos diz r e spe i to a u t i -l izacao de maquinas a g r i c o l a s , que e f o r t e .

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Unidade Cururupe

Cons ide racöes g e r a i s . S i tua-se em re levo ondulado e forte ondu-lado e e s ta local izada, geograf icamente , em manchas continuas ao longo da B R - 1 0 1 , na a l tu ra do k m 51 , es tendendo-se a te a cidade de Santa Mar i a E t e r n a .

Sao solos desenvolvidos a rpartir de rochas m e t a - s e d i m e n t ä r e s , com seqüencia de hor izon tes A, B, C e camada subjacente D. Sao profundos, acentuadaménte drenados e b e m p e r m e a v e i s (Figura 6).

F i g . 6 - Per f i l , ao na tu ra l , da unidade Curu rupe , de e s p e s -su ra super io r a 1,50 m .

Ê s t e s solos a p r e s e n t a m o hor izonte A f racamente desenvolvido, com c o r e s a m a r e l a d a s no hor izonte B, apresen tando va lo res a l tos , v a -r iando de 6 a 7. A t ex tu ra do hor izonte superf ic ia l , via de r e g r a , e da c l a s s e a r e i a e a do hor izonte B a rg i la a r enosa com alto teor de a r e i a fina (Quadro 12).

A p r e s e n t a m e s t r u t u r a g ranula r no hor izonte A e mac ica com b lo­cos subangulares f racos no hor izonte B .

Säo solos de baixa sa tu racäo de b a s e s , a rg i la de at ividade baixa e fer t i l idade na tu ra l ba ixa .

Quanto a ac idez , podem se r cons iderados como moderadamente ac idos .

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QUADRO 12 - D e s c r i c ä o morfologica de um perfi l da unidade Cururupe.

Situac.äo - T e r c ^ superior de elevac,äo Decl ividade - 55% Drenagem - Acentuadamente drenado E r o s ä o - Laminar moderada Uso - P a s t a g e m e ta lhöes com cacau

nos fundos dos v a l e s .

HORIZONTES COR ÜMIDA TEXTURA

ESTRUTURA TRANSI-cAo

CONSISTÊNCIA MOLHADA

ESPESSURA MUNSELL DESCRICÄO TEXTURA

GRAU TIPO TRANSI-cAo PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A, - 0 - 9 c m 10YR 3 / 4 Bruno escuro

Areia franca

Fraca Granular Clara Näo

plast ico Näo

pegajoso

A - 9 - Z l c m 1 0 Y R 4 / 4 Bruno a m a -relado e s ­curo

Are ia franca

Pouco c o e -rente

Macic,a Gradual Näo

plast ico Näo

pegajoso

B - 2 1 - 4 0 c m 10YR 5 /4 Bruno

amarelado Franco

a r e n o s o

Pouco c o e -rente

Macica Gradual Lige iramente

p las t ico L.ig'.iramente

pegajoso

B - 4 0 - 6 5 c m 9YR 5/8 Bruno

amarelado

F r a n c o a r -gi lo a r e ­noso

Pouco c o e -rente

Macica G radual P las t i co Pegajoso

B 2 2 - 6 5 - 1 0 5 c m + 7.5YR 5 /8 Bruno forte

Argi la arenosa

Pouco c o e -rente

Macic.a - P l a s t i c o Pegajoso

De m a n e i r a ge ra l , säo solos que podem se r aprovei tados com a a-gr icu l tu ra e pas tagens , possuindo medianas condicoes f i s i ca s , p o r e m , pobres qu imicamente . P a r a o caso especifico da cacau icu l tu ra , o fa-to r l imi tante de maior impor tanc ia e a fer t i l idade na tu ra l baixa e e s -ca s sa r e s e r v a m i n e r a l .

F a t o r e s Limitan+es:

L imi tacäo pela fer t i l idade - mode rada .

L imi tacäo pelo excesso da agua - nula .

L imi tacäo pela falta de agua - l ige i ra a m o d e r a d a .

L imi tacäo pela e rosäo - moderada e, loca lmente , fo r t e .

L imi tacäo pelos impedimentos a mecan izacäo da lavoura - l ige i ra e m o d e r a d a .

Unidade Colonia fase F l o r e s t a Trop ica l s e m i - s e m p r e - v e r d e

Unidade Colonia fase F l o r e s t a Trop ica l semi-caduci fó l ia

Municipio - Potiragua Data - 1 3 / 8 / 6 8 Local izacäo - 3 km do entroncamento BR-101 estrada Potiragua Litologia e Formai;äo Geologica - Meta-areni to (Si luriano).

A unidade Colonia, devido o c o r r e r com dois t ipos de vegeta^äo,

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decor r e n t e s de condigoes c l ima t i cas d i fe ren tes , foi dividida em duas f.ases de vege tagäo .

P o r nao a p r e s e n t a r e m diferengas f i s ico-qu imicas e morfo logicas , a de sc r igäo das duas fases s e r a feita em conjunto.

Cons ide racoes g e r a i s . Es täo si tuados em re levo suavemente on-dulado, com p a r t e s l ige i ramente abac i adas , e m situagäo in termontana no municipio de I t a ran t im e a oeste de I t a g i m i r i m .

Sao solos desenvolvidos a p a r t i r de sedimentos a r g i l o - a r e n o s o s , com seqüencia de hor izon tes A, B, C e camada subjacente D. Sao p r o ­fundus, b e m drenados e p e r m e a v e i s .

Ê s t e s solos a p r e s e n t a m o hor izonte A f racamente desenvolvido e c o r e s b runadas no B . A tex tu ra do hor izonte superf ic ia l e da c l a s se f ranco a r enosa e a do B a rg i l a a r e n o s a , o que lhes confere uma r e l a -gäo t ex tu ra l B/A em torno de 2 , 3 .

A e s t r u t u r a do hor izonte A e do tipo granula r f racamente d e s e n -volvida e a do B blocos subangulares f racamente desenvolvidos ou mac iga (Quadro 13).

Sao solos de baixa sa turagäo de b a s e s , a rg i l a de atividade media e fe r t i l idade na tu ra l media (Quadro 14).

Quanto a ac idez , sao cons iderados ac idos , com pH em torno de 4 , 5 .

De m a n e i r a ge ra l , säo solos que se adaptam b e m a ag r i cu l tu ra , desde que lhes deem u m supr imento de adubo, po i s , segundo expe r i en -c ias r e a l i z a d a s em reg iöes de solos s i m i l a r e s , p a r e c e m responder b e m a adubagäo.

A l imi tacäo pela falta de agua es ta l imi tada ao per iodo seco, e a poss ib i l idade de mecanizagäo da lavoura e p ra t i camen te i l imi tada .

P r e s e n t e m e n t e es täo ut i l izados com pas tagens de capim s e m p r e --ve rde e coloniao.

F a t o r e s L imi t an t e s :

L imi tagäo pela fer t i l idade - m o d e r a d a .

Limi tagao pelo excesso de agua - nula .

L imi tagäo pela falta de agua - nula e mode rada .

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Limitagäo pela e rosäo - nula e l i g e i r a .

L imi tacao pelos impedimentos a mecan izagäo da lavoura - pra t i -camente nula .

QUADRO 13 - Descr i^äo morfologica de um perfil da unidade Colönia .

Municipio - Salto da Divisa Data - 1 9 / 3 / 6 4 Localiza^äo - a 18 km de Salto da Div isa , lado esquerdo da

estrada Itagimirim-Salto da D i v i s a . Litologia e Formaqäo Geologica - Sedimentos a r g i l o - a r e n o s o s ( T e r c i a r i o ) .

Situa^ao - Topo de tabulelro Decl ividade - 2-5% Drenagem - Bern drenado E r o s ä o - Laminar Altitude - 200 m e t r o s .

HORIZONTES E

ESPESSURA

COR (JMIDA TEXTURA

ESTRUTURA TRANSI-CÄO

CONSISTÊNC1A MOLHADA HORIZONTES E

ESPESSURA MUNSELL DESCRICÄO TEXTURA

GRAU TIPO TRANSI-CÄO PLAST IC IDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - 1 0 c m 10YR 4 / 3 Bruno Areia franca

Fraca Granular Gradual Näo plast ico Näo pegajoso

A - 1 0 - 2 5 c m 10YR 4 / 3 Bruno e s c u r o

Areia franca

Fraca Blocos sub-angulares

Gradual Ligeiramente

plast ico Lige iramente

pegajoso

A - 2 5 - 5 2 c m 10YR 4 / 4 Bruno a m a -relado e s ­curo

Franco arenoso

Fraca Blocos sub-angulares

Gradual Lige iramente

plast ico Lige iramente

pegajoso

B - 5 2 - 7 7 c m 10YR 5/4 Bruno

amarelado

Franco a r -g i loso a r e ­noso

Fraca Blocos sub* angulares

Clara P las t i co Pegajoso

B - 7 7 - 1 0 0 c m 10YR 5 /6 Bruno

amarelado

Franco a r -g i loso a r e ­noso

Fraca Blocos sub-angulares

Clara P las t i co Pegajoso

B - 1 0 0 - 1 2 8 c m 10YR 5 /6 Bruno

amarelado Argi la arenosa

F r a c a Blocos sub-angulares

Gradual P las t i co Pegajoso

Unidade Jucurugu

Cons ideracoes g e r a i s . O c o r r e em re lêvo ondulado, forte ondula­do e montanhoso (Figura 7) e es ta local izada geograf icamente em m a n -chas continuas ent re os municipios de Jo rdan ia , Jac in to e Santa Mar ia do Salto.

QUADRO 14 - Dados anal i t icos de um perfil da unidade Colönia.

HORIZONTES E

COMPLEXO SORTIVO (mE/lOOg) ACETATO DE AMÖNIA N pH 7

V% C% N% C/N P O

2 5 m g / 100g

pH ( H 2 0 )

ESPESSURA Ca »4 + +

Mg K+ Na+ S A l + + + H+ T

V% C% N% C/N P O

2 5 m g / 100g (1:1)

A - 0 - 1 0 c m 2 .1 0 ,8 0 ,43 0 ,08 3 ,4 0 1,2 4 . 6 74 0 ,88 0 ,08 11 1.0 6 , 6

A - 1 0 - 2 5 c m 1.2 0 ,6 0 ,36 0 ,05 2 . 2 0 ,2 1.8 4 . 2 52 0 ,64 0 ,05 13 0 ,9 5 , 9

A 3 - 2 5 - 5 2 c m 0 .8 0 ,6 0, 10 0 ,05 1.6 1, 1 2 , 3 5 . 0 32 0 ,34 0 ,03 11 0 ,5 4 , 5

B n - 5 2 - 7 7 c m 0,9 0 ,9 o;o7 0 ,08 1, 1 1,5 1,7 4 . 3 26 0 , 3 2 0 ,03 11 0 ,4 4 , 6

B - 7 7 - 1 0 0 c m + 0,8 0, 3 0 ,06 0 ,08 1,2 1.5 1.4 4 . 1 29 0, 18 0 ,04 4 , 5 0 ,4 4 . 2

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F i g . 7 - Relevo montanhoso da unidade Jucurugu, ob -servado na regiäo de I t a g i m i r i m .

Sao solos desenvolvidos a p a r t i r de rochas ac idas , com seqüência de hor izon tes A, B, C e camada subjacente D. Sao profundos, a c e n -tuadamente drenados e bem p e r m e a v e i s .

Ê s t e s solos a p r e s e n t a m o hor izonte A f racamente desenvolvido e c o r e s a m a r e l a d a s no B . A t ex tu ra do hor izonte superf icial va r i a da c l a s s e franco a r g i l o - a r e n o s o a f ranco a rg i lo so , e a do B arg i la (Qua­dro 15)

A p r e s e n t a m e s t r u t u r a g ranu la r f racamente desenvolvida no h o r i ­zonte A e macicja com blocos subangulares f racos no hor izonte B .

Sao solos de baixa sa tu ra^äo de b a s e s , a rg i l a de atividade media e fer t i l idade na tu ra l med ia .

Quanto a ac idez , podem se r cons iderados como ac idos , com pH e m to rno de 5 , 4 .

De m a n e i r a ge ra l , säo solos que se adaptam b e m a agr icu l tu ra e pa s t agens , necess i t ando , en t re tan to , de u m supr imento de adubo e de i r r i g a g ä o no per iodo de e s t i a g e m .

F a t o r e s L imi t an t e s :

Limi tagäo pela fer t i l idade - m o d e r a d a .

L imi tagäo pelo excesso de agua - nula .

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Limi tacao pela falta de agua - m o d e r a d a .

Limi tagao pela e rosao - l i g e i r a .

L imi tacao pelos impedimentos a mecan izacao da lavoura - l i ge i r a , moderada e fo r t e .

QUADRO 15 - D e s c r i c ä o morfologica de um perfi l da unidade Jucurucu.

Municipio - Jacinto Data - 1 6 / 0 2 / 6 8 Local izacäo - 48 km de Jacinto, estrada

Jacinto-Salto da Divisa Litologia e Forma^ao Geoiogica - Rochas acidas do P r é - C a m b r i a n o .

Situacao - Terco medio de elevac,ao Decl ividade - 10-15% Altitude - 160 metros Erosao - Laminar moderada Drenagem - Bern drei .ado.

HORIZONTES E

ESPESSURA

CÖR ÜMIDA TEXTURA

ESTRUTURA CEROSI-DADE

CONSISTÊNCIA MOLHADA HORIZONTES E

ESPESSURA MUNSELL DESCRICÄO TEXTURA

GRAU TIPO

CEROSI-DADE

PLASTICIDADE PEGAJOSIDADE

A - 0 - l 2 c m JOYR 3 / 3 Bruno escuro

Franco a r -gi lo a r e -noso

F r a c a Granular e b locos s u b -angulares

F r a c a e pouca

Nao plast ico Nao pegajoso

A - l 2 - 2 3 c m 10YR 3 /3 Bruno e s c u r o

Franco a r -g i lo a r e -noso

Fraca Blocos sub-angulares

F r a c a e pouca

Näo plast ico Lige iramente pegajoso

B - 2 3 - 3 4 c m 10YR 5 /6 Bruno

amarelado Franco

a r g i l o s o Fraca

Blocos s u b -angulares

F r a c a e pouca

Ligeiramente plast ico

Pegajoso

B - 3 4 - 4 5 c m 10YR 5 /6 Bruno

amarelado Argi la arenosa - Maciqa - Plas t i co Pegajoso

B 2 _ - 4 5 - 7 2 c m 10YR 5 /8 Bruno

amare lado Argi la arenosa - Macica - Plas t ico Pegajoso

B _ ^ - 7 2 - l l 8 c m 10YR 5 /8 Bruno

amarelado Argi la arenosa - Macica - Plas t i co Pegajoso

Unidade Podzol

Cons ideracoes g e r a i s . Ês t e s solos o c o r r e m como inclusöes na u -nidade Colonia e säo de s envoi vido s, poss ive lmen te , a pa r t i r de s e d i -mentos a r e n o s o s do T e r c i a r i o .

Säo solos de tex tura a r e n o s a , de profundidadè va r i ave l , a p r e s e n -tando Ai ge ra lmente orgänico m i n e r a l , A2 muito lavado e hor izonte B de acumulagao de humus e sesquioxidos de f e r ro e a luminio .

Ês t e s solos a p r e s e n t a m fer t i l idade na tu ra l muito baixa . Nao se p r e s t a m p a r a a a g r i c u l t u r a .

Out ras unidades sem e x p r e s s ä o car tograf ica

Aluvial fase a rg i losa ••' ' Aluvial fase a r enosa L i tosso l

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Unidade Solos Hidromorf icos

Os solos que f o r m a m es ta unidade inc luem individuos de f e r t i l i da -de d i v e r s a . Es täo si tuados nos fundos de va les e p a r t e s r e b a i x a d a s , fo rmados de m a t e r i a l s c a r r e a d o s das c i rcunviz inhangas .

Sao solos de profundidade supe r io r a um m e t r o , com seqüência de ho r i zon t e s ou camadas g le izadas , possuindo d r e n a g e m imperfe i ta ou m a .

Na reg iäo em estudo, os solos incluidos nes te grupaménto p e r t e n -c e m aos Grandes Grupos : Low Humic Glei e Humic Gle i .

F a t o r e s L imi t an t e s :

Limi tagäo pela fer t i l idade - l i ge i r a e m o d e r a d a .

L imi tagao pelo excesso de agua - moderada e fo r t e .

L imi tagao pela falta de agua - nu la .

L imi tagao pela e rosao - p r a t i c a m e n t e nu la .

L imi tagao pelos impedimentos a mecan izacao da lavoura - m o d e ­r a d a a f o r t e .

Unidade Afloramentos de Rochas

Es t a unidade de mapeamento a p r e s e n t a , sob o ponto de vis ta c a r -togra f ico , pouca impor tanc ia na a r e a es tudada .

A m a i o r oco r r ênc i a des ta unidade es ta p rox ima a cidade de Santa Mar i a do Salto (MG).

POSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO AGRICOLA DA REGIÄO

P o r se encont ra r a a r e a do p r e s e n t e t r aba lho nos l imi tes oes te da Regiäo C a c a u e i r a , onde o c l ima e inadequado p a r a o cultivo do cacau, e s t e s solos a c h a m - s e quase que exc lus ivamente ut i l izados com p a s -t a g e n s .

Os solos der ivados da F o r m a g ä o B a r r e i r a s , m a i s conhecidos c o -mo " t a b u l e i r o s " (Unidade Colonia) , como p o s s u e m excelentes condi-göes f i s icas e topografia suavemente ondulada, a p e s a r de sua pobreza q u i m i c a - m i n e r a l o g i c a , poderao s e r , no futuro, aprovei tados com a-g r i c u l t u r a e pas tagens , e inc lus ive , com cacau nas a r e a s de c l ima a-

Lv

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dequado, uma vez que, como sa l i en tam Silva e Rosand (10), r e s p o n ­dent bem as adubacoes e c o r r e t i v o s .

Quanto aos demais solos , podem ser divididos em dois g rupos : solos p a r a pas tagens e_ solos p a r a a cul tura do cacau, ocor rendo ês te ul t imo em pe rcen t agem reduzida , nas condicoes a t u a i s .

Os solos pa ra pas tagens , via de r e g r a , sao r a s o s , com c ê r c a de 40 cm, p o r e m , de alta fer t i l idade e elevada r e s e r v a de nu t r ien tes n e -c e s s a r i o s ao bom desenvolvimento das g r a m i n e a s , bem como, l o c a l i -zados em zonas c l imat icas adequadas a p e c u a r i a .

Dentre ê lés d e s t a c a - s e a unidade I t a m i r i m , que r e p r e s e n t a o m e -lhor solo p a r a pas tagens do sul da Bahia, com condicoes excelentes pa ra o desenvolvimento de uma atividade pas to r i l , rac iona l e t e c n i c a .

Quanto a cul tura do cacau, apenas pequenas manchas de solos (0,5%) se p r e s t a m ou sao u t i l izados , .consti tuidos pelas-unidades C e -pec , Vargi to eutrofico, Aluvial fase a rg i losa e Itabuna eutrofico, c a -r a c t e r i z a d o s por s e r e m medianamente profundus ( e spes su ra em torno de 1 m e t r o ) , f e r t e i s , r i cos em m i n e r a l s p r i m a r i o s e dè boa capac ida -de de re tencäo de agua.

R E S U M O

O p re sen t e t raba lho , executado ao nivel de Reconhecimento com Deta lhes , r e p r e s e n t a ma is uma contribuigäo a Car t a de Solos da R e -giao Cacaue i r a da Bahia, que vem sendo e laborada , por p a r t e , em fun-cao da disponibil idade de m a t e r i a l aerofotograf ico.

Sao fei tas de sc r i coes detalhadas de todas as unidades de m a p e a -mento identif icadas e t ec idas cons ide racoes sobre o ambiente (geolo-gia, m a t e r i a l de o r igem, re lêvo , c l ima e vegetacäo) , p rocurando r e -l ac iona- lo , suc in tamente , com o grau de evolugäo dos solos mapeados .

Como m a t e r i a l bas ico car tograf ico , fo ram usadas fotografias a e -r e a s v e r t i c a l s p a n c r o m a t i c a s , na esca la 1:25.000, e f o t o - i n d i c e s 1:100.000, u t i l i zando-se o metodo da foto-pedologia.

Tenta t ivamente fo ram enquadradas as unidades em grupos , com base na nova c lass i f icacäo a m e r i c a n a de solos (7" 1 Approximat ion) .

Ademai s , a b o r d a - s e a possibi l idade de aprovei tamento agr ico la dos solos da reg iäo , fazando-se uma anal ise de cada caso , enfat izan-do- se as c a r a c t e r i s t i c a s ap re sen t adas pelos agrupamentos de unidades pa ra pas tagens e cacau .

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B I B L I O G R A F I A

1 - CAMARGO, M . N . ET A L . Legenda P r e l i m i n a r do Levantamento de Solos da Regiäo Cacaue i ra dos Es tados da Bahia e Esp i r i t o Santo. Cepec , Itabuna, Bahia, B r a s i l . 1964.

2 - . Levantamento de Reconhecimento dos Solos sob Influência do R e s e r v a t o r i o de F u r n a s . Servigo N a -cional de Pesqu i sa s A g r o n o m i c a s . Min i s te r io da A g r i c u l t u r a . Bolet im n? 13. Rio de J a n e i r o . 1962.

3 - CONSELHO NATIONAL DE GEOGRAFIA. A Grande Regiäo L e s ­t e . IBGE. Rio de J a n e i r o . 1965.

4 - CARDOSO, J . CARVALHO. Os solos de Sao Tomé e P r inc ipe p e ­r a n t e a nova c lass i f icagäo de solos a m e r i c a n a Estudos A g r o -nomicos (Lisboa) 3 (4):157-176. 1962.

5 - LEMOS, RAYMUNDO COSTA DE. Levantamento de Reconhec i ­mento dos Solos do Estado de Sao P a u l o . Servigo Nacional de P e s q u i s a s Agronomicas . Minis te r io da Agr i cu l tu ra . Bole t im n? 12. Rio de J a n e i r o . I960.

6 - MUNSELL COLOR COMPANY. Munsel l Soil C h a r t s . B a l t i m o r e . U . S . A . i954 .

7 - OLMOS, JORGE ET A L . Cons ide racöes p r e l i m i n a r e s sobre a u t i l i zacäo agr icola dos solos da Regiäo C a c a u e i r a . C E P E C / D P F S . B r a s i l . 1964.

8 - PEDREIRA, AUGUSTO JOSÉ. Geologia da Bacia M e t a - s e d i m e n -t a r do Sul da Bahia . In XXI Congres so B r a s i l e i r o de Geologia. Cur i t iba , P a r a n a , B r a s i l , de 28 de outubro a 4 de novembro de 1967.

9 - SILVA, LUIZ FERREIRA DA ET A L , Solos dos vales dos r i o s P a r d o e Jequitinhonha da Bahia . Comunicacao Tecnica n? 16. Cepec , Itabuna, Bahia. 1968.

1 0 - e ROS AND, F . P . C . P o s -7 * 7 .»

sivel Expansao da Area Cacaue i r a da Bahia e Esp i r i to Santo com o emprêgo de fe r t i l i zan tes e c o r r e t i v o s . In XI Congresso B r a s i l e i r o de Ciência do Solo. B r a s i l i a , 17 a 27 de julho de 1967.

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11 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Manual de metodö de t raba lho de campo (2a. aproximacao) DPFS . M i n i s -t e r io da Agr i cu l tu r a . Rio de J a n e i r o . 1967.

12 - S O I L SURVEY S T A F F . Soil Survey Manual . Handbook n? 18. Washington DC. 1951.

13 - . Soil Class i f ica t ion A Comprehens ive Sys ­t e m . 7th Approximat ion. U . S . D . A . I960 .

A G R A D E C I M E N T O S

Os au to res a g r a d e c e m aos Engenhei ros Agronomos Antonio C a d i -ma Zevallos e Mar ia Bernadeth Machado Santana, tecnicos do Setor de Solos e Fe r t i l i dade do C E P E C , pela r ea l i zacäo das ana l i ses f i s icas e quimicas dos perf is de solos , e ao Engenheiro Agronomo Luiz F e r r e i -r a da Silva pela colaboracao dispensada e m t raba lhos de campo.

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