safety impact—the risk/benefits of functional foods - resume

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 Pascal G., 2009. Safety impact the risk/benefi ts of functional foods. Eur J Nutr (2009 ) 48 (Sup pl 1):S33  S39 No desenv olvimento de um novo produto é obrigatório que este esteja de acordo com critérios de segurança regulamentados; no entanto, não obriga a seguir quaisquer recomendações de propriedades nutricionais ou aditivos alimentares. A análise de risco associada à área alimentar é um conceito que tem evoluído ao longo dos anos, sendo que o objetivo dos consumidores é aproximar este risco de zero. Partindo de uma análise risco-benefício, a FDA decide o nível de risco permiti do. Para os países europeus a abordagem é diferente da dos americanos, o conselho dado pelo avaliador de risco tem sido de reduzir a exposição a substâncias tóxicas para um nível que se ja tão bai xo quanto razoavel mente possíve l. Os comitês científicos estão cada vez mais cientes de que o seu papel consiste em ajudar a tomar decisões sobre a gestão do risco, mas que a sua missão não consiste em decidir sobre o que é ou não é aceitável para os consumidores. O diretor do Comité Cien tifico da E U concluiu que a sua atenção deve incidir sobre a comparação com possíveis substitutos, a classificação do risco e a avaliação da relação risco-benefício. Um alimento funcional (FF) pode ser um al imento natura l, um alimento ao qu al um componente foi adicionado ou removido tecnologica ou biotecnologicamente, um alimento modificado na natureza ou biodisponibilidade de um ou mais componentes, ou qualquer combinação destas possibilidades. No caso dos micro-componente s (represe ntativo de FF ao qual foi adiciona do um c omponente), que são nutrientes essenciais (por e xemplo, vitaminas ou oli goelementos), uma nova aborda gem foi propos ta e poderá definir faixas de consumo com base num equilíbrio entre o risco de deficiência (ou a falta de benefício) e toxicidade. O risco, no caso dos macro-componentes ou todo alimento é mais difícil avaliar, com a abordagem tradicional, e é diferente em muitos aspectos, desde aditivos alimentares ou contaminantes. Assim, com base na definição de FF, a avaliação da sua segurança é relativamente simples:  FF difere de um alimento ”normal”, pois contém um componente adicionado  em quantidades relativamente limitadas. Ele é ''substancialmente equivalente'' para a comida normal com a exceção desta substância:  Se e sta su bstância está presente em outros alimentos correntes é aconselhá ve l certificar-se de que existe um fator de segurança suficiente no conhecimento toxicológico;  Se esta substância não está presente nos alimentos correntes, deve ser avaliada como qualquer substância adicionada intencionalmente aos alimentos tornando-se então num novo alimento;  FF não é ''substancialmente equivalente'' a um ali mento normal, porque a sua composição é dife rente de qual quer a lim ento, tornando-se também num novo alimento.

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Pascal G., 2009. Safety impact—the risk/benefits of functional foods. Eur J Nutr (2009) 48 (Suppl 1):S33–S39

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7/17/2019 Safety impact—the risk/benefits of functional foods - RESUME

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Pascal G., 2009. Safety impact—the risk/benefits of functional foods. Eur J Nutr

(2009) 48 (Suppl 1):S33 –S39

No desenvolvimento de um novo produto é obrigatório que este esteja de acordo com

critérios de segurança regulamentados; no entanto, não obriga a seguir quaisquer

recomendações de propriedades nutricionais ou aditivos alimentares. A análise de risco

associada à área alimentar é um conceito que tem evoluído ao longo dos anos, sendo que o

objetivo dos consumidores é aproximar este risco de zero.

Partindo de uma análise risco-benefício, a FDA decide o nível de risco permitido. Para

os países europeus a abordagem é diferente da dos americanos, o conselho dado pelo

avaliador de risco tem sido de reduzir a exposição a substâncias tóxicas para um nível que seja

tão baixo quanto razoavelmente possível. Os comitês científicos estão cada vez mais cientes de

que o seu papel consiste em ajudar a tomar decisões sobre a gestão do risco, mas que a sua

missão não consiste em decidir sobre o que é ou não é aceitável para os consumidores. O

diretor do Comité Cientifico da EU concluiu que a sua atenção deve incidir sobre a comparação

com possíveis substitutos, a classificação do risco e a avaliação da relação risco-benefício.

Um alimento funcional (FF) pode ser um alimento natural, um alimento ao qual um

componente foi adicionado ou removido tecnologica ou biotecnologicamente, um alimento

modificado na natureza ou biodisponibilidade de um ou mais componentes, ou qualquer

combinação destas possibilidades. No caso dos micro-componentes (representativo de FF ao

qual foi adicionado um componente), que são nutrientes essenciais (por exemplo, vitaminas

ou oligoelementos), uma nova abordagem foi proposta e poderá definir faixas de consumo

com base num equilíbrio entre o risco de deficiência (ou a falta de benefício) e toxicidade. O

risco, no caso dos macro-componentes ou todo alimento é mais difícil avaliar, com a

abordagem tradicional, e é diferente em muitos aspectos, desde aditivos alimentares ou

contaminantes.

Assim, com base na definição de FF, a avaliação da sua segurança é relativamente

simples:

 

FF difere de um alimento ”normal”, pois contém um componente adicionado  emquantidades relativamente limitadas. Ele é ''substancialmente equivalente'' para a

comida normal com a exceção desta substância:

  Se esta substância está presente em outros alimentos correntes é aconselhável

certificar-se de que existe um fator de segurança suficiente no conhecimento

toxicológico;

  Se esta substância não está presente nos alimentos correntes, deve ser

avaliada como qualquer substância adicionada intencionalmente aos

alimentos tornando-se então num novo alimento;

  FF não é ''substancialmente equivalente'' a um alimento normal, porque a sua

composição é diferente de qualquer alimento, tornando-se também num novo

alimento.

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7/17/2019 Safety impact—the risk/benefits of functional foods - RESUME

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Em todos os casos é recomendado que se realize uma avaliação de risco quantitativa

para colocar o risco numa escala sendo possível comparar com outros alimentos. No caso dos

FF é de difícil implementação devido às dificuldades na avaliação de riscos. Deste modo, uma

escala comum de medição de riscos pode parecer ilusória sendo aconselhável aguardar por

pesquisas futuras que satisfaçam os desejos dos gestores de risco.

Joana Isabel Carvalho Pinto.

Mestrado em Engenharia Alimentar.