revista pmw # 024

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Revista de entreterimento e informações

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ÍNDICE

CAPAFilho de um tratorista e de uma costureira, am-

bos analfabetos, Ronis Silva passou boa parte da vida com muitas dificuldades. Preconceito, desrespeito e até menosprezo da sociedade eram elementos que impulsionavam aquele jovem para o insucesso. A capa desta edição da Revista PMW traz um bem sucedido dermatologista que teve que enfrentar um universo de adversidades para vencer na vida.

ANIVERSÁRIO DO TOCANTINS

Em homenagem ao aniversário de 24 anos do Tocantins, o jornalista e poeta Alexandre Acâmpo-ra conta a história de criação do Estado sob um olhar diferente. Convidamos o leitor a se entregar à leitura nesta matéria especial preparada com carinho, recheada de detalhes que poucas pes-soas sabem.

ROTEIROQual o melhor destino para apro-veitar uma viagem com os filhos? Separamos os melhores pontos de um dos roteiros mais procurados no mundo: Walt Disney World. Apeli-dada de capital mundial da diversão, o complexo recebe mais de 40 mi-lhões de turistas das mais variadas nacionalidades e cerca de 50 mil bra-sileiros a cada ano.

Redescobrindo o TocantinsParaíso do Tocantins

RoteiroDisney World

Depende de vocêMesa Brasil

CapaDr. Rônis Silva

EconomiaEmpresas familiares

EspecialAniversário do Tocantins

Entrevista Mércia Ribeiro Presidente AJJE

ModaEnsaio

ApetiteBrasilidade na mesa

Em FormaNada melhor do que nadar

Inventando Modapor Miguel Vieira

Na mira do LoboColuna social

Coluna VIPColuna social

Fatos Políticospor Luiz Armando Costa

BaladaO giro pelas melhores festas

Claquete Culturalpor Patrícia Ströher

Morar BemMobília inteligente

Falando em Sexopor Glícia Neves

Cenário ArtísticoMônica Soares

TocantinsResumo do mês

BrasilResumo do mês

MundoResumo do mês

InverterO papagaio, o macaco e o jornalista

Bem EstarQuiropraxia

Direitos e DeveresPrevinir é melhor do que remediar

BelezaLisos sem medo

EstéticaPigmentação da sobrancelha

SaúdePediatria

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ECONOMIA

Quem tem sociedade em empresas familiares provavelmente já se pre-ocupou com uma questão: quem vai garantir a continuidade dos negócios? Em nossa editoria de Economia, uma matéria traz informações importantes para quem quer manter os negócios da família em alta.

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APRESENTAÇÃO

EDITORIAL

DiretorTairone Barbosa

Editor ResponsávelJoão Lino Cavalcante

Diretora ComercialMércia Rocha

Projeto Gráfico e Diagramação777 Propaganda

Produção de ConteúdoPrecisa Assessoria de Comunicação

Participaram desta ediçãoCleber Morais, Célio Pedreira, Luiz Armando Costa, Eduardo Lobo, Miguel Vieira, Patrícia

Fregonesi, Priscila Cavalcante, Patrícia Ströher, Alexandre Acampora, Ivonete Eich,

Lorrane Rocha, Leornardo Franco, Cintia Rodrigues, Christian Zini Amorim, Apoena

Rezende, Carolina Rebeca, Marcelo Amorim

FotosBeto Monteiro, Carolina Rebeca, Ademir dos

Anjos e Secom

Foto capaBeto Monteiro

CapaMarcelo Amorim

RevisãoLarissa Parente

IlustraçõesCiro

FALE COM A REDAÇÃOPor e-mail:

[email protected] telefone:

(63) 3225.0328 / 8447.9511/ 9220.4980Pela internet:

www.revistapmw.com.brtwitter@revistapmw

A Revista PMW é uma publicação mensal da DOIS TEMPOS GRÁFICA E EDITORA LTDA, sob o CNPJ: 05.667.989/0001-05. Os artigos im-pressos não expressam necessariamente a opinião da revista. O editor não se responsa-biliza por informações, opiniões ou conteúdo dos artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. Não está autoriza-da a reprodução total ou parcial das matérias da publicação sem prévia consulta à diretoria da Revista PMW.

EXPEDIENTE

Após um período eleitoral intenso e que movimentou todos os municípios do Tocantins, outubro chega como a chuva, que refresca o clima e as tensões nas ruas. Palmas nunca viveu uma eleição tão acirrada e fora dos padrões como o pleito deste ano. Mas o que não faltam são análi-ses das conjunturas políticas, justificando o resultado das eleições. A PMW é uma revista de variedades, cheia de opiniões, mas se reserva ao direito de manter um certo distanciamento das análises políti-cas como linha editorial. Assim como nas edições passadas, a análise dos bastido-res políticos fica por conta do olhar afiado do jornalista Luiz Armando Costa, que sabe como poucos os detalhes de como funcio-na a política no Tocantins.

Mas se temos que escolher uma pa-lavra para definir a 24ª edição da Revista PMW, esta palavra é SUPERAÇÃO. A nossa capa traz a comprovação de que os este-reótipos podem ser revistos e que a von-tade de provar que se pode vencer as difi-culdades é maior do que a força da inveja e do preconceito. Quem estampa nossa capa é o dermatologista Ronis Silva, um araguainense que percorreu mais de seis Estados para provar que poderia vencer na vida. Hoje, o médico reconhecido e bem-sucedido pouco revela seu passado de dificuldades. Mas, nós da PMW, traze-mos os detalhes desta saga pela conquis-ta do conhecimento e da superação de uma família inteira.

Em homenagem ao aniversário do To-cantins, o jornalista Alexandre Acâmpora descreve o processo de criação do Estado sob um olhar sensível e poético. Imagens históricas ilustram a matéria especial.

Um texto cuidadosamente construído em respeito aos milhares de trabalhadores que ajudaram a criar o mais novo Estado da nação.

Para quem está pensando em viajar com os filhos, a sessão Roteiro traz deta-lhes de um dos destinos mais procurados do mundo, Walt Disney World. O complexo de parques é um dos roteiros mais procu-rados por famílias que desejam enfrentar o desafio de fazer turismo juntos. Viajar com crianças sempre requer cuidados especiais, mas quem esteve no parque norte-americano diz que não se arrepen-de da experiência.

Quem tem sociedade em empresas familiares provavelmente já se preocu-pou com uma questão: quem vai garantir a continuidade dos negócios? Ao mesmo tempo, pouco se pensa em como resguar-dar a empresa de situações que podem prejudicar ou mesmo impedir a sucessão dos negócios. Em nossa editoria de Eco-nomia, uma matéria traz informações importantes para quem quer manter os negócios da família em alta.

Mas não poderíamos deixar de falar de cultura. Esta edição traz o perfil de uma das cantoras mais promissoras do nosso cenário musical. Mônica Soares, já há algum tempo, vem servindo o público tocantinense com boa música e uma in-terpretação única.

E tem muito mais: temos dicas para se exercitar em dias de calor, soluções inteli-gentes para decoração de apartamentos, moda, cultura, política, tecnologia e uma infinidade de assuntos interessantes cui-dadosamente preparados para você. Apro-veite esta histórica edição da Revista PMW.

ESPAÇO DO LEITORAs histórias dos personagens de capa da Revista PMW são minha leitura predileta.

Ver que a vontade de vencer supera as dificuldades da vida é inspirador. É por saber que no Tocantins, bem perto de nós, tem pessoas que são exemplos a serem seguidos.

Cláudio Henrique Maia

Ler a PMW é um momento de prazer. Tenho todas as edições guardadas em casa, desde a primeira edição. Parabenizo esta revista que vem fazendo história e ficando me-lhor a cada mês.

Vanessa de Fátima

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REDESCOBRINDO O TOCANTINS

Por volta de setembro de 1958, Adjú-lio Balthazar, encarregado da Companhia Nacional, uma das empreiteiras que es-tava construindo a Rodovia BR-14(atual BR-153 ou Belém-Brasília), estava à pro-cura de um lugar para implantar novo acampamento para o prosseguimento da obra. Chegando próximo à Serra do Estrondo, num local já conhecido como “Pé-da-Serra”, ele deparou com uma área com excelentes condições: dois córregos com água de qualidade, árvores com boa sombra e clima agradável, requisitos fun-damentais para um bom acampamento.

A esposa de Adjúlio, Sra. Luzia de Melo Balthazar, quando esteve no acam-pamento pela primeira vez se encantou pelo local e pela natureza exuberante e, espontaneamente, disse que ali parecia um Paraíso e, pouco tempo depois, as pessoas de toda a região se acostuma-ram com a denominação, passando a mesma a fazer parte do inconsciente co-letivo de todos os habitantes.

Embora Adjúlio não tivesse inten-ção clara de fundar uma cidade, visto que o serviço da estrada iria continuar e um novo acampamento surgiria, ele teve uma parcela importante neste pro-cesso, principalmente pela escolha do local. A cidade mais próxima do local era Pium, e por este motivo Adjúlio frequen-temente ia até lá para comprar alguns gêneros alimentícios e ferramentas para o acampamento. Numa dessas viagens ele conheceu José Torres e o convidou

para instalar um comércio próximo ao serviço da estrada e foi assim que, em 28 de dezembro de 1958, chegaram os fun-dadores de Paraíso: José Ribeiro Torres, D.Regina Lopes Torres e filhos se estabe-leceram num local onde hoje é a esquina da Av. Bernardo Sayão com a Rua Santos Dumont (atual Restaurante Saches) e iniciaram a saga dos pioneiros deste mu-

nicípio. Eles ergueram um barracão com paredes de taipa, piso de terra batida e coberto com palhas, onde funcionava a residência da família(nos fundos) e a Pensão Tocantins, que além de hospeda-ria, fornecia comida e havia também um bar. Em 25 de fevereiro de 1959 chega-ram, provenientes de Cristalândia, José

Pereira Rêgo, D.Carolina Barbosa Rêgo e filhos, a segunda família a se estabelecer no nascente povoado e, em 10 de Abril de 1959, foi a vez de Ercílio Bezerra de Castro vir de mudança e instalar um co-mércio no ramo de tecidos. Sua família, que morava em Cristalândia, veio para cá algum tempo depois. Também em 1959, atraídos pela possibilidade de “meios de vida”, vieram outras pessoas que se esta-beleceram ao longo do desmatamento da estrada, num trecho compreendido entre os córregos Buriti e Pernada, onde rapida-mente se formava uma linha de casas de um lado e de outro da picada. Algum tem-po depois esta via ganhou o nome de Av. Bernardo Sayão, também conhecida pela alcunha de “Federal” nos primeiros anos do povoado. Dentre estas pessoas que acreditaram em Paraíso, citamos Antônio Castanheira da Silva, Joaquim Nonato Gomes Cardoso, França Moraes, Arnaud Bezerra, Alano Correia, João Batista de Brito, Sebastião Gomes Cardoso, Firmino José Mendes da Silva, Maria Pereira da Silva(Mariona), Aniceta Pereira da Silva, José Ataíde de Souza, Jovelino Bezerra de Castro, Adalberto Ciqueira Barros, An-tônio Paulino da Silva(Antônio Cearen-se), Petronílio Ribeiro da Silva(Baiano), Dourival de Araújo Silva(Lourinho), João Gomes da Silva, Manoel Dias de Souza, Isaac Soares Cavalcante, Sebastião Pires de Castro(Louro Pires), Francisco Veimar Ferreira Lima, José Alves de Brito(Zeca Brito), Manoel Lúcio de Carvalho, José

Paraíso do TocantinsPOR CLÉBER MORAES

Adjulio Balthazar e Jose Ribeiro Torres

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Cunha de Araújo (Zezão Araújo), Renato Pereira Virgulino, Raimundo Nonato Me-deiros, João da Silva Aguiar, Saturnino Gomes de Freitas, Alexandre Ribeiro da Silva, Rosa Alves Pereira, Procópio Vieira da Silva, Expedito Ferreira Lima, Antônio Longuinho da Silva, Hermínio Marinho, Terezinha Vilarins Siruge, Ana Maria Vi-larins, Hugo de Souza, Nereu Gomes de Gouveia, Savagé Alves de Oliveira San-tos, Euvaldo Biléu Dias de Souza, Adelino Francisco Silva, Amazila Maria da Concei-ção, José Luiz da Rocha (Zuza), José Fer-reira Teles, Teodoro Barbosa Lima, Antô-nio Ferreira Teles Neto, Euclides Gomes, Leontino Francisco dos Reis, Geraldo An-drade, Tomaz Ribeiro Pinto, Olavo Ribeiro da Silva, Jaime Rodrigues Maranhão, Sa-lomão Castelo Branco (Salomão Cigano), Salviana Bezerra da Luz, Maria Foquite, Geraldo Nunes Nogueira e respectivas famílias, entre outros.

Em 08 de Agosto de 1959 foi cele-brada a primeira missa, através do Frei Dunstan Dooling (de Cristalândia), na Pensão Tocantins, onde aconteceu tam-bém a escolha do padroeiro, que ficou sendo São José Operário em homenagem ao fundador José Ribeiro Torres e aos operários que trabalhavam na constru-ção da estrada. Depois da primeira mis-sa, os frades franciscanos da Prelazia de Cristalândia passaram a vir aqui com uma certa frequência para dar assistên-cia espiritual aos moradores. Em 1960 foi construída uma pequena igreja católica num local onde hoje se localiza o quintal da Casa Paroquial, numa área mais próxi-ma da Rua Araguaia. Neste ano também os presbiterianos de Cristalândia, através do Sr. Silas Inácio Ramos, começaram o trabalho de evangelização em Paraíso e, no final de 1960, construíram uma casa

de orações, na esquina das ruas Tapajós e Amâncio de Moraes.

Em 1961 Paraiso já precisava urgen-temente de uma escola que pudesse suprir a grande demanda de jovens que crescia em ritmo acelerado e foi assim que Frei Inácio Smith e Madre Verônica Maria, ambos de Cristalândia, resolve-ram implantar uma escola reunida no povoado a partir de 1o. de março de 1961. Para isso convidaram as profes-soras Rita Barros Bezerra, Eudete Ribeiro de Araújo e Maria Deusa Alves Moraes, que passaram a dar aulas utilizando a pequena igreja católica, dividida por te-cidos para formar as três salas de aula. No ano seguinte recebeu a denominação oficial de Escola Paroquial São José e continuou a ser conduzida por Madre Ve-rônica até 02 de fevereiro de 1963, épo-ca em que chegaram os primeiros padres para residirem em Paraíso: Pe.Miguel Kirwan(primeiro vigário e diretor da es-cola), Pe. Jacó Duggan e Pe. Felipe He-arty. Ainda no âmbito da educação, no início de 1962 chegou por aqui o jovem missionário José Gonçalves de Siqueira, que veio implantar a Igreja Presbiteriana e logo sentiu a necessidade de fundar uma escola, que iniciou as atividades em março daquele ano.

Quanto à situação política, as lideranças locais não perderam tem-po, pois em 07 de Outubro de 1962, dia das eleições, aconteceu o pri-meiro grande fato político de Paraí-so, quando três moradores, França Moraes, José Pereira Rego e Isaac Soares Cavalcante, foram eleitos vereadores (para a Câmara Munici-pal de Pium) com uma retumbante votação. No início de 1963 tomaram posse e, em

tempo recorde conseguiram aprovar um projeto de lei de autoria dos três parla-mentares e contando com o definitivo apoio do Prefeito Zeca Moraes, que con-venceu os outros quatro vereadores de Pium, aprovaram a matéria por unani-midade, sendo sancionada pelo prefeito como Lei Municipal No. 01 de 22 de feve-reiro de 1963, que elevava Paraíso à cate-goria de distrito. Com estes fatos, o passo seguinte seria a aprovação de uma lei es-tadual que emancipasse o distrito e, para isto, as lideranças locais contaram com o apoio do deputado estadual Jayme Flo-rentino de Farias, que entrou com o proje-to na Assembléia Legislativa de Goiás e, algum tempo após, o Governador Mauro Borges Teixeira sancionou a Lei Estadual No. 4.716 de 23 de Outubro de 1963, que criava um novo município com o nome de Paraíso do Norte de Goiás.

Anos depois, com a criação do Esta-do do Tocantins, o primeiro ato da Assem-bléia Legislativa do Estado do Tocantins foi a edição do Decreto Legislativo No. 01 de 1o. de janeiro de 1989, que no seu artigo 4o. alterava a denominação de vários municípios tocantinenses, dentre eles, Paraíso do Norte de Goiás, que a partir de então passava a ser conhecido como Paraíso do Tocantins.

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ROTEIRO

Viagem mágica pelouniversoDisney

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Há mais de trinta anos teve início uma mís-tica que acabou tomando conta do imaginário de milhões de crianças pelo mundo inteiro. Tudo gira em torno de um parque, localizado na cidade de Lake Buena Vista, no Estado da Flóri-da, nos Estados Unidos. Inaugurado em 1º de outubro de 1971, o complexo Walt Disney World nasceu de um sonho do desenhista Walter Elias Disney, que ganhou fama mundial com seu per-sonagem Mickey Mouse.

O complexo de parques é um dos roteiros mais procurados por famílias que desejam en-frentar o desafio de fazer turismo juntas. Viajar com crianças sempre requer cuidados espe-ciais, mas quem esteve no parque norte-ame-ricano diz que não se arrepende da experiência.

O sucesso do parque é tão grande que Or-lando foi apelidada de capital mundial da diver-são, recebendo mais de 40 milhões de turistas das mais variadas nacionalidades a cada ano, e cerca de 50 mil brasileiros.

Dentre as centenas de atrações à disposi-ção dos turistas, um parque que tem brinque-

dos ótimos para crianças é o Animal Kingdom. Com temática voltada à vida selvagem, as crianças tem a oportunidade de explorar atra-ções como o Festival do Rei Leão, a Terra do Dino e também brinquedos de safári.

Já o Hollywood Studios é um parque espe-cial sobre cinema e TV, onde as crianças ficam bem pertinho de seus super-herois. Lá é possí-vel assistir apresentações da Pequena Sereia, ToyStory, Bela e a Fera, Indiana Jones e muito mais.

Além desses, outro parque bem legal é o Epcot Center e sua perfeita viagem aos mais diferentes países do mundo sem sair do lugar!

Quem vai a Orlando não pode deixar ainda de visitar Downtown Disney. Ótimo lugar para

comprar lembrancinhas! E por lá também vale a pena conferir a apresentação do Cirque du So-leil. Um show!

Em todos esses parques e atrações, vale ficar atento a algumas dicas. Use o fastpass, que evita perder tempo naquelas enormes filas durante a alta temporada. É como se fosse uma senha, com horário marcado para brincar. Mas priorize os brinquedos com filas mais longas, porque você não pode pegar vários passes ao mesmo tempo!

Outra facilidade é solicitar o Rider Switch, que é quando pai e mãe pretendem andar no mesmo brinquedo, mas a criança não tem a al-tura suficiente para ir também. Assim, o pai fica com a criança, enquanto a mãe anda no brin-quedo. Quando a mãe já tiver se divertido, ela pega a criança e o pai pode entrar no brinquedo sem enfrentar a fila novamente.

Para aqueles momentos em que é preci-so um espaço reservado para trocar fraldas, amamentar ou esquentar a comida, procure o BabyCare Center, que também possui produtos

à venda, como lencinhos umedecidos, fraldas, chupetas, copos, papinha e até roupas para as mães que se esquecerem de levar peças extras. Para os arranhões e machucadinhos, o FirstAid é o local onde tem medicamentos e macas para cuidar dos imprevistos. Porém não há médicos!

Quanto à alimentação dos parques há mais opções de lanches, e alguns poucos restauran-tes à la carte ou com Buffet. O ideal é tomar um café da manhã reforçado no hotel. Para comprar os lanchinhos quebra-galhos, uma passadinha no supermercado Wallmart é uma boa! Além de comidas, lá podemos encontrar uma diversidade de brinquedos, roupas e até produtos da Disney bem em conta!

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O transporte da Disney – Walt Disney World Resort Transportation – é gratuito e nos leva de um parque ao ou-tro, para Downtown Disney e aos resorts. É muito importante também levar carrinho de bebê tipo guarda-chuva por que os parques são gigantes e as crianças não conseguem andar o tempo todo. Em todos os brinquedos há lugar para deixar o carrinho guardado. Caso precise, há carrinhos para alugar nos parques por 15 dólares.

E agora uma dica especial! Para viajar com crianças, não se esqueça de levar na bagagem uma boa dose de paciên-cia. É preciso planejamento e alguns cuidados básicos para que não aconteçam surpresas e imprevistos desagradáveis durante as férias. O mais importante: garanta que a criança esteja sempre com uma pulseira ou cartão de identificação, para o caso de se perder.

No mais, aproveite! O melhor de viajar para lugares como esse é que, além de vermos uma alegria indescritível no rosto do nosso filho, também nos divertimos relembrando a infância... Afinal, sempre é tempo de ser criança!

Tenho um filho de 4 anos que se chama Gustavo e, na hora de viajar, escolhemos juntos o destino que pudesse ser aproveitado por ele e por mim também! Assim, conseguimos conciliar nossos interesses e garantir a diversão!

Foi assim um dos passeios que com certeza serão ines-quecíveis! No início de 2011 fomos à Disney e visitamos vá-rios parques, em especial os mais voltados para as crianças.

Uma dica que dou é ir ao Magic Kingdom, onde vivem as princesas e príncipes; além dos personagens clássicos como o Mickey, o Pato Donald, o Ursinho Pooh, etc. Nesse parque até adulto volta a se sentir criança! É tudo muito lindo, com brin-quedos que nos fazem viajar pelo mundo da imaginação em atrações como a encantadora casa do Mickey Mouse. O show de fogos desse parque é outra atração imperdível durante a noite. Assim como a Parade – o desfile dos personagens da Disney, que passam dando tchauzinho para a gente.

Rosana Bittencourt

QUEM ESTEVE POR LÁ

ROTEIRO

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DEPENDE DE VOCÊ

Mesa Brasil,o combate à

fome como alvoO Mesa Brasil SESC é um Programa

de Segurança Alimentar e Nutricional baseado em ações educativas e de dis-tribuição de alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas que ainda podem ser consumi-dos. Funciona como uma rede nacional de bancos de alimentos contra a fome e o desperdício. “Buscar onde sobra e entregar onde falta”: esse é o objetivo do programa que arrecada alimen-tos de empresas e pessoas que podem doar, e distribui com se-gurança alimentar para comuni-dades cadastradas que precisam de alimentos. Assim contribui para a diminuição do desperdí-cio e, ao mesmo tempo, melhora a qualidade de vida de crianças, jovens, adultos e idosos que vivem em situação de pobreza. As estraté-gias de mobilização e as ações educa-tivas incentivam a solidariedade e pro-movem a cidadania e a inclusão social.

A última grande ação do programa foi a arrecadação e a distribuição de 5,3 toneladas de alimentos arrecada-dos durante a Exposição Agropecuária de Araguaína – EXPOARA. Os alimentos foram doados a 13 entidades cadastra-das no programa e atenderam treze fa-mílias carentes durante um mês.

A próxima distribuição do Mesa Brasil SESC vem em boa hora para ali-viar o calor extremo da população e

hidratar com água de coco. O progra-ma vai distribuir 54 mil litros de água--de-coco no Tocantins. Essa foi uma doação através da Rede Nacional de Solidariedade, por meio da articulação do grupo gestor do Departamento Na-cional do Sesc com a Companhia Pep-sico. A distribuição será feita para 300

entidades cadastradas em Palmas, Ara-guaína e Gurupi. De acordo com o pre-sidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Hugo de Carvalho, a doação vai contribuir com a saúde da população carente que está sofrendo com o clima quente.

A coordenadora do Programa, Any Mendonça, reforça que o produto

tem a grande vantagem de ser uma bebida nutritiva, leve e que

contribui para a hidratação corporal nos dias quentes, nos quais nosso organismo necessita de uma maior in-gestão de líquidos. “A água--de-coco é rica em vitaminas,

minerais, aminoácidos, carboi-dratos, antioxidantes, enzimas,

é repositora de eletrólitos e outros fitonutrientes que ajudam o corpo a

funcionar com mais eficiência. Por ser rica em minerais, a água é considerada um isotônico natural e de rápida ab-sorção”, complementa Paula Holanda, a nutricionista do Mesa Brasil.

Para trabalhar como voluntário do programa é possível atuar de diversas formas, como auxiliar a coleta, selecio-nar e distribuir os gêneros doados, mi-nistrar treinamentos, oficinas culiná-rias e palestras, e também como apoio na operacionalização do Programa em várias etapas e serviços.

Para quem é a favor da ação contra a fome e o desperdício, o programa está sempre aberto a doações. Os telefones para contato são: em Pal-mas (63) 32157131, em Araguaína (63) 34141703, em Gurupi (63) 33161817.

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CAPA

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O que esperar do futuro de uma criança que cresceu no subúrbio de Araguaína, filho de um tratorista e de uma costureira e que teve que se mudar para o interior do Pará, ainda na infância, por causa da falta de oportunidades para a família? A resposta óbvia seria que este jovem seria mais um na estatística dos analfabetos, desempregados ou envolvidos com o crime. Mas este Silva não aceitou o destino prático da vida, ou mesmo deu ouvidos aos comentários de que ele não teria sucesso profissional. Este Silva tinha algo a mais do que os outros. Aquele pai tratorista que vendia quentinhas no período de chuva, apesar de analfabeto, conseguiu ler, nas entrelinhas da vida, que somente a educação e a persistência seriam a chave para que a família saísse da situação triste que vivia. Hoje Ronis Silva é um dermatologista respeitado e dono de uma das maiores clínicas do Tocantins. Mas desde sua infância sofrida ao ápice da carreira profissional, uma grande história de força de vontade e orgulho foi construída. Daqueles tempos difíceis restaram o respeito pela família, o reconhecimento à solidariedade prestada e a humildade de quem não teve a certeza do que comeria no dia seguinte. Se hoje Dr. Ronis cuida da saúde de pessoas de alta classe como um artista, muito se deve à dureza da vida que impôs a ele as mais difíceis provações, tanto na materialidade das coisas quanto no sentimento de orgulho, diversas vezes posto em xeque.

SUPERAÇÃO

DR. RONIS SILVA“Eu tinha tudo para dar errado, mas

a dedicação me transformou”

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Como foi sua infância em Araguaína?Minha mãe, Diolina Cândido da Silva,

era costureira e, meu pai, Raimundo Fer-reira da Silva, tinha a profissão de trato-rista. Meu pai mesmo com pouco estudo, sabia que o estudo era a solução. Morei em Araguaína até os 10 anos de idade, eu e minhas duas irmãs. Na família não tinha ninguém que havia feito uma fa-culdade. Meu pai e minha mãe sempre foram os mais pobres da família. Desde pequeno meu pai sempre me incentivou a ser o melhor naquilo que eu estava fazendo. Enquanto os outros pais dese-javam que os filhos entrassem para o exército, ele dizia que queria que eu fosse General. Ele nunca falava que eu seria um técnico. Ele colocava os estudos como algo primordial. Se eu fosse trabalhar na construção civil, ele dizia que eu seria o engenheiro. Sempre sonhava alto.

Em um ambiente como este, com pais sem nível superior, como foi que você despertou o interesse pelos estudos?

Meus pais valorizavam muito os estudos. Sempre faltava alguma coisa. Na verdade, faltava quase tudo em casa. Uma vez, me preparando para sair para o colégio, tomando o café da manhã, meu pai me disse: “meu filho, é tão ruim ver você tomar café da manhã só com uma mão”, se referindo ao fato de só termos o leite para a refeição matinal. Aquilo me marcou de uma forma que nunca mais

esqueci a cena. Mas naquela mesma manhã, depois daquele café da manhã simples, ele me colocou na garupa da bicicleta Barra Circular, e me deixou na escola particular que ele pagava com muita dificuldade. Podia faltar roupa, co-mida, mas o dinheiro para pagar o melhor colégio para mim, ele tinha. Não impor-tava o que fosse, mas o do colégio não faltava. Com isso eu sentia a obrigação de me empenhar nos estudos. Eu dizia que se ele tivesse como pagar, eu tinha que passar de ano. Dei muito valor àquilo. Aos fundos da nossa casa tinha alguns pés de maracujá, banana, goiaba, e eu pegava essas frutas, colocava dentro de uma “cumbuca” e saía vendendo. Vendi, também, geladinho para ajudar em casa. Mas o grande foco era estudar, tanto que quando eu pegava um livro, ninguém me incomodava, ninguém me pedia nada. O livro era a representação do estudo.

Como foi a decisão da família em deixar o Tocantins e tentar construir uma vida no interior do Pará?

A situação em Araguaína estava críti-ca, chegando ao ponto de minha mãe pe-dir dinheiro para comprar um pacote de açúcar, para uma de minhas primas que estavam de visita em casa. Então fomos para o interior do Pará para tentar melho-rar de vida, alguns parentes foram e ob-tiveram sucesso. Meu pai trabalhava de tratorista e minha mãe costurava. Nossos

parentes começaram a melhorar de vida e nós continuávamos com muitas dificul-dades, não havia um capital pra investir. Lá cursei da 5ª série até o primeiro ano do segundo grau em escola pública. Aquela história de ser general e não me conten-tar em ser soldado impregnou na minha cabeça. Um dia, um professor virou para meu pai e disse “Raimundo, você está desperdiçando este menino, mande ele embora para outra cidade para estudar”. PE no mesmo dia ele chegou em casa e deu a noticia que eu iria estudar fora. Isso ele falou 19h e às 5h da manhã ele entrou em um ônibus e foi para Goiânia, cuidar dos meus estudos futuros.

Um novo universo se abriu em sua fren-te quando você se mudou para Goiânia. Como foi esse primeiro encontro com uma cidade grande e sem a presença dos pais?

Difícil. Meu pai me matriculou em um colégio particular. Eu morava bem longe do colégio, com a família do meu padrinho. Saia de casa as 04:30h da madrugada, pe-gava três ônibus pra conseguir chegar às 07h. Nunca fui um gênio da escola, mas sempre me esforcei. Eu sempre digo que tudo na minha vida foi 99% de esforço. Quando eu queria uma coisa, eu fazia de tudo para conquistar. E meus pais sempre valorizavam minhas conquistas. Quando ainda era criança fui eleito presidente de turma. Quando cheguei em casa, meu pai

CAPA

Desde pequeno meu pai sempre me incentivou a ser o melhor naquilo que eu estava fazendo. Enquanto os outros pais desejavam que os filhos entrassem no exército, ele dizia que queria que eu fosse General.

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pegou os melhores copos da casa e fez um suco de maracujá para comemorar a vitória. Aquilo representa muito para uma criança e faz a diferença. Ele nunca me deixou sonhar com pouca coisa. Mas as coisas foram ficando muito difíceis, mi-nha mãe já não aguentava mais costurar e na época de chuva, meu pai ficava sem serviço de tratorista. Foi aí que ele decidiu vender panelada (galinhada e chambari) nas obras. Mas meu pai não deixava pas-sar isso pra mim. A minha vida em Goiânia estava boa. Não faltava nada para meus estudos. Claro que eu não tinha nenhum luxo, mas se eu precisasse de qualquer coisa relacionada aos estudos, meu pai vendia o que tinha e mandava pra mim. Ele dava um jeito.

Sua dedicação nos estudos e no objetivo de vencer profissionalmente é visível. Quais eram as reações das pessoas com a atitude de seu pai em investir na sua educação?

Algumas pessoas chegavam na mi-nha mãe e diziam “isso não vai dar em nada. Ele deve estar usando drogas lá em Goiânia. Traz ele de volta pra traba-lhar aqui”. Chamavam meu pai de “velho besta”, muitos criticavam porque mui-tos jovens iam estudar e passavam nos vestibulares e o filho do Raimundo não passava, mas ninguém passou pra me-dicina em uma Universidade Federal em primeira chamada. Todas essas críticas serviram de incentivo pra seguir sempre

a diante, erguer a cabeça a cada “derro-ta”. Fazia por mim, pelos meus pais e pra calar a boca de todos.

Como foi o desfecho da sua luta para passar no vestibular?

Prestei o primeiro para medicina e obviamente não passei. E só servia se fosse em uma universidade federal, pois não conseguiria pagar uma particular e, também, porque as federais são as me-lhores, e meu pai sempre me ensinou que deveria estar entre os melhores. Fiz um ano de cursinho e não passei. No segun-do ano de cursinho foi quando conheci minha esposa Cintia Rodrigues de Souza Silva, fonoaudiologa com especialização em fonoaudiologia estética. Ela também teve papel fundamental nessa história. Muita gente pensou que com o namoro eu iria perder o foco nos estudos, mas foi justamente o contrário. Ela me incentiva-va muito. O cursinho que eu fazia já não me servia mais. Não era suficiente para me preparar para o vestibular. Foi aí que minha esposa me disse para procurar o cursinho pré-vestibular Visão, que era um dos mais famosos preparatórios para Me-dicina em Goiânia. Mas claro que eu não poderia pagar pelo curso, que tinha men-salidades altíssimas. Minha esposa, que na época era minha namorada, me disse para pedir uma bolsa. Eu relutei mui-to contra isso, pois não acreditava que conseguiria uma bolsa. Após muita in-sistência dela, um dia criei coragem e fui

lá conversar com a direção do cursinho, foi ai que Deus colocou mais uma pessoa especial na minha vida, uma dos proprie-tários, Dona Vera. Contei minha história inteira, disse que somente o curso diurno me serviria, pois era onde estavam os melhores e eu precisava estar entre os melhores para passar em um curso com mais de 50 por vaga na Federal. Ao final, ela olhou para mim e disse que eu iria es-tudar lá até passar em medicina. Ela me deu a bolsa do colégio, me deu a chave da biblioteca e ainda conseguiu uma vaga na lanchonete para eu trabalhar e fazer o lanche. Ela cuidou literalmente de mim.

Mas como você lidava com a decepção de não passar no vestibular?

Ao final do ano prestei novamente medicina em Goiânia, Brasília e João Pes-soa, onde meu pai tinha um conhecido. Não passei novamente. Os parentes co-locavam ainda mais pressão nos meus pais, dizendo que eu estava era curtindo a cidade, que não tinha chance, que o namoro atrapalhava os estudos. Mas eu não dava espaço para a decepção. Logo após o resultado eu já pegava os livros, corria na biblioteca animado para me pre-parar para mais um ano de muito estudo. Como eu queria ficar ao lado da minha na-morada, decidi prestar na UFMT, Universi-dade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. A concorrência era de 62 por vaga. Com muito esforço consegui entrar na facul-dade tão sonhada. Quando eu liguei para

Aos fundos da nossa casa tinha alguns pés de maracujá,

banana, goiaba e eu pegava essas frutas, colocava dentro de

uma “cumbuca” e saia vendendo. Vendi,

também, geladinho para ajudar em casa.

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meu pai contando que havia passado, ele subiu na bicicleta e percorreu a cidade in-teira contando a novidade. Fui o primeiro da família a entrar para uma faculdade pública. Foi uma grande vitória.

Como foi a vida na faculdade? Cursar me-dicina não é uma tarefa fácil.

Aí as coisas melhoraram, tinha uma coisa sólida conquistada. Mas minha fa-mília continuava sofrendo com o descaso dos outros. Agora eles falavam que eu iria me formar e iria esquecer meus pais, que não iria ajudá-los.

No meio do curso me casei e a reali-dade melhorou um pouco mais. No últi-mo ano de faculdade meu pai mandava dinheiro todo mês, mas minha esposa já estava trabalhando. Então, tínhamos a renda dela e a ajuda do meu pai. Comecei a dar aula de matemática para aliviar meu pai. Foi aí que meu pai conseguiu comprar seu primeiro veículo, uma moto Honda CG, uma grande vitória para ele.

E com o sonhado diploma de médico na mão?

Formei e fui atender no interior do Pará, para ficar perto da família. Como ti-nha muita conta para pagar, eu cheguei a ficar 15 dias direto em um hospital como clínico geral e fazendo especialização em dermatologia. Era muito puxado, mas con-segui fazer com que minha mãe parasse de costurar para fora, que era muito can-sativo e eu pai parou de vender panelada. Com muito trabalho, consegui construir a casa deles, antes mesmo da minha, do jeito que ela queria. Comprei o primeiro

carro zero da minha mãe e dei um Hilux embrulhada em papel de presente para meu pai. Também repasso 20% de toda minha renda aos meus pais, compromis-so sagrado, que faço com muito orgulho e satisfação, e com a bênção de Deus. Foi aí que decidi, e isso é até hoje, que de tudo que eu recebesse, 20% seria enviado para eles. Isso acontecia direto do trabalho. Os donos do hospital depositavam 80% dos meus rendimentos na minha conta e os

outros 20% na conta dos meus pais. Bom, mas a inveja nunca acaba. No início fala-vam que eu não iria dar em nada. Depois disseram que eu iria abandonar meus pais, por fim começaram a falar que meus pais estavam me explorando, por eu dar 20% do meu salário para eles. Hoje meu pai cuida da chácara dele, cultivando a roça de cacau que ele tanto ama. Mas faz isso por que gosta, mas não depende dis-

so para viver. Hoje eles estão super bem. Eles são simples. A prova é que na minha formatura foi a primeira vez que meu pai usou um paletó. Uma das irmãs é Admi-nistradora e empresária bem sucedida e a outra está fazendo cursinho na busca do sonho de medicina. Hoje eles estão super bem, levando uma vida dos sonhos.

Mas como foi que o Tocantins entrou no-vamente na sua vida e como surgiu Pal-mas nesta história?

Bem, eu já estava realizado finan-ceiramente e profissionalmente estava bem, mas tinha anceios por melhorar a qualidade de vida e de trabalho, minha cabeça está sempre cheia de projetos, e Palmas, além de linda é um lugar de opor-tunidades, boa localização, segurança, um potencial enorme de crescimento. Aqui consegui realizar meu sonho de tra-balhar em um só lugar, na minha Clínica, onde estou realizado com a dermatolo-gia. O Centro de Dermatologia de Palmas cresce a cada dia, toda a equipe trabalha com conforto, oferecemos aos pacientes tudo da melhor qualidade e trabalhar as-sim é maravilhoso. Temos equipamentos de última geração e serviços de altíssima qualidade. Trabalhar com resultados, pro-porcionando mudanças na vida das pes-soas, ouvir da paciente que mudei a vida dela, isso não tem preço. Eu nunca perdi a alegria de sonhar. Acho que é isso que me mantem dedicado e aplicado, e me im-pulsiona a cada dia. Vivo a melhor fase da minha vida, sonho agora em trazer toda a família para o Tocantins, nosso estado de origem e do coração.

Quando ainda era criança fui eleito

presidente de turma. Quando cheguei em casa, meu pai pegou os melhores copos da

casa e fez um suco de maracujá para

comemorar a vitória. Aquilo representa muito

para uma criança efaz a diferença.

CAPA

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Empresas familiares:como protegê-las e garantira sucessão dos negócios?

Quem tem sociedade em empresas familiares provavelmente já se preo-cupou com uma questão: quem vai ga-rantir a continuidade dos negócios? Ao mesmo tempo, pouco se pensa em como resguardar a empresa de situações que podem prejudicar ou mesmo impedir a sucessão dos negócios, como divórcios, desentendimentos ou falecimento entre os sócios e familiares.

Alterações no contrato social que prevejam e definam os rumos da empre-sa nestas e em outras situações são as primeiras atitudes preventivas a se to-mar, como explica o contador José Flávio Rodrigues, que é também sócio-proprie-tário de uma empresa de auditoria em Goiás. Recentemente o consultor pales-trou em Palmas sobre o tema “Gestão de Empresas Familiares”.

Rodrigues relata, em sua exposição, alternativas como a despersonalização da empresa, transformando-a em uma holding, processo em que as pessoas físicas (sócios) envolvidas passam a ser pessoas jurídicas. Usando o exemplo de um casal que tem bens em comunhão, o contador reforça a importância de pre-

servar o patrimônio.“Se esse casal, para você ter uma

ideia, tiver 8 filhos, sofrer um acidente e morrer [o bem - propriedade] vai ser di-vidido em 8 pedaços. E aí um dos filhos, maluquinho, precisa de dinheiro, vende a parte dele. Então aquela propriedade ti-nha um valor e, no momento em que uma parte dela é vendida, as outras partes perdem valor. E tudo aquilo que a pessoa batalhou uma vida inteira para constituir pode ser desmontado”, explica.

A holding, modelo aplicável a socie-dades que contemplem mais de uma empresa, é constituída por aportes de ca-pital próprio da transferência de ações e quotas que seus proprietários possuírem em outras empresas. Essas ações e quo-tas são, assim, a moeda integralizadora de capital na holding.

“Existem casos inclusive em que a empresa familiar é constituída com ne-tos menores [pessoas com menos de 18 anos]. Imagina você passar os seus bens pessoais pra uma empresa e, dentro da sociedade, eu ter um neto menor de ida-de. Ninguém vai tirar esse imóvel dessa empresa para executar por que o juiz de

menores não vai permitir. Eu resguardei o patrimônio contra qualquer risco possível, essa é a ideia”, explica o contador acerca das formas de proteção do patrimônio.

Essa transformação da empresa, em-bora simples, é trabalhosa e deve contar com a ajuda de um profissional de conta-bilidade, pois envolve o levantamento de imóveis, verificação do valor de mercado e do valor pelo qual eles estão declarados.

O que é uma holding? A expressão "holding" é de origem in-

glesa, formada a partir do prefixo "hold", que dentre outros sentidos, significa "controlar". Assim, holding é uma socieda-de que controla outras sociedades ou um patrimônio, não sendo uma espécie so-cietária, mas apenas uma característica da sociedade. Surgiu no Brasil em 1976, por meio da Lei nº 6.404, conhecida como Lei das Sociedades Anônimas.

Fonte: http://jus.com.br

José Flávio Rodrigues - Contador

ECONOMIA

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O TOCANTINS e o cinco de outubro

ESPECIAL TOCANTINS

Há poucos dias escrevi uma declaração espontânea de cidadania tocantinense. Ao assumi-la, estive comovido. Por esses dias, faz vinte e mais anos que fui convidado a prestar uma consultoria para contribuir com a definição das políticas de educação e cultura no primeiro governo do Tocantins. Levava comigo rasos trintanos.

POR ALEXANDRE ACAMPORA MEMBRO DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS

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Em verdade, muito pouco ou quase nada conhecia da região de Tocantínia. Fiquei surpreso ao saber que chegaria num Bandeirantes de oito passageiros. Ao pouso em Miracema dei início ao meu aprendizado. A pista não era asfaltada, a aterrissagem ergueu uma nuvem de poeira vermelha. Uma lufada forte de ar quente penetrou a fuselagem na aber-tura da porta da aeronave. O prédio que servia de sede ao aeroporto, mais pro-priamente um campo de pouso, era uma construção minúscula que abrigava uma lanchonete rudimentar, cercada de crian-ças pedintes vestidas em andrajos. Não soprava em minha imaginação sequer uma remota possibilidade de estabelecer minha vida nessa região.

Técnicos da Secretaria de Planeja-mento aguardavam minha chegada e realizaram meu transporte até um pe-queno hotel próximo àquela Secretaria. Ao caminho, um trânsito infernal, um ritmo frenético dominava o ambiente. Percebi sem dificuldades que a pequena urbe não dava conta da velocidade das mudanças impressas pela implantação urgente da sede do governo estadual. Em três meses Miracema triplicara o nú-mero de habitantes. Dezenas de prédios e casas sendo construídos, ruas rece-bendo pavimentação asfáltica, instala-ções de iluminação pública nas aveni-das, abertura de novos loteamentos, um tudo acontecendo.

Nas primeiras reuniões, muito produ-tivas e motivadas, entrei em contato com o senso de humor do tocantinense e com a perseverança de seu caráter. Restei indignado com minha ignorância sobre aquele pedaço do planeta. Conhecer uma filosofia, uma ciência, uma técnica, é uma coisa, saber aplicá-las, outra. Na mi-nha perspectiva, só devo aplicar um co-nhecimento a uma realidade determina-da a partir de um movimento relacional. Ou seja, de uma dinâmica de trocas, de influenciações recíprocas. Estabelecer supostas verdades analíticas sobre uma cultura sem conviver com ela é uma ato de violência simbólica. Uma imposição.

Estávamos em dificuldades. O fio da meada desaparecera. O Goiás carregara entre comboios de caminhões, máqui-

nas patrol, máquinas agrícolas, pás me-cânicas e outros veículos da adminis-tração pública, os arquivos de gestão e documentos técnicos e estatísticos.

O governador Siqueira Campos afir-mou então que Goiás fizera com o Tocan-tins como os fizeram os países europeus ao serem expulsos de suas outrora colô-nias na África. Portugal, ao sair de Angola e Moçambique, carregou maquinários até de elevadores.

Em 1990 o censo foi suspenso por iniciativa dos verdes no Congresso Na-cional, quando se colocou em pauta a discussão sobre a pesquisa censitária como invasão de privacidade. Só obtí-nhamos acesso aos dados do Progra-ma Nacional Por Amostra Domiciliar de 1980. A ferramenta de planejamento mais eficaz à disposição figurava nos mais de quinze cadernos do Programa de Desenvolvimento Integrado das Ba-cias do Araguaia Tocantins – o insuperá-vel PRODIAT – estudos socioeconômicos realizados pelo Ministério do Interior, nos anos oitenta do século vinte, antes da implantação do Estado.

No clima de trabalho fui sendo gra-dativamente convocado para uma série de atividades além das que me haviam sido propostas para a consultoria, assim como opinar tecnicamente sobre a estru-tura de determinados organismos e pro-cessos – a descentralização da merenda escolar, a implantação da Universidade Estadual, o organograma da futura pre-feitura de Palmas. A Secretaria de Pla-nejamento era uma fábrica de projetos e articulações.

A motivação, o tônus psicológico das pessoas, retratava uma grande ale-gria, uma disposição a toda prova para erguer o primeiro governo do Tocantins. Estávamos em 1989, havia sido em cin-co de outubro de 1988 – nas disposições transitórias da Constituição Federal – a instituição do Estado do Tocantins. En-tre miríades de injustiças superadas, a Constituição Cidadã – a reorganização dos direitos e deveres de cidadania de-pois da ditadura - corrigia também o trá-gico erro histórico de manter um povo e uma região escravizados a um destino que não representava suas aspirações

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e suas legitimidades culturais. A Consti-tuição venceu um regime de exceção de mais de vinte anos. O que dizer então do Tocantins? Viveu um estado de ditadura de mais de duzentos anos.

A cronologia histórica determina o ano de 1821 para o manifesto libertário de Joaquim Theotônio Segurado. “Habi-tantes da Comarca de Palma! É tempo de sacudir o jugo de um governo despótico: todas as províncias do Brasil nos tem dado este exemplo; os nossos irmãos de Goiás fizeram um esforço infrutífero, ou por mal delineado, ou por ser rebati-do por força superior, eles continuam na escravidão, e até um dos principais habitantes desta Comarca ficou a ferros. Sejamos livres, e tenhamos segurança pessoal; unamo-nos e principiemos a gozar as vantagens que nos promete a Constituição”.

O manifesto de Theotônio Segurado é também o primeiro texto nativista do Tocantins, tendo para todos os tocanti-nenses o valor de narrativa inaugural de sua literatura.

Esse documento é signo da revolta social contra a centralização do governo no sul do Goiás. O Tocantins quer auto-nomia, independência, governo próprio. Desde a primeira recusa ao pagamento das oitavas no século 18, (a oitava parte do ouro extraído) à coroa portuguesa, e, até 1988, o povo tocantinense empreen-derá uma luta acendrada pela afirmação

de sua cultura.Essa luta notabilizará personagens e

organizações sociais como Cenog – Cen-tro de Estudos do Norte Goiano, Totó Ca-vacanti, Siqueira Campos, Lysias Rodri-gues e jornais como “O Norte de Goiás”, “O Estado do Tocantins”, entre tantos ou-tros. Terá na cidade e nas mentalidades coletivas de Porto Nacional o baluarte da revolta. O Tocantins foi construído pe-los sentimentos e atitudes de seu povo. As professoras de ensino fundamental semearam através de dois séculos a identidade tocantina. Nas salas de aula afirmavam a naturalidade telúrica nortis-ta e seu caráter diferenciado do caráter goiano. Gerações e gerações cresceram alimentadas pelo sonho desse futuro, hoje presente na alegria espaventosa das pessoas para erguer os pilares do primeiro governo do Estado do Tocantins. Muito brio e orgulho.

Ao final do século vinte, o Tocantins representava um cenário de abandono, despotismo, violência. A população com mais de sessenta anos de idade estava representada por pessoas reduzidas à mais reles e miserável condição humana.

Eram setenta e nove cidades numa faixa territorial de aproximadamente trezentos quilômetros quadrados. Um milhão de pessoas penavam em condi-ções de subexistência nessa região. O déficit educacional atingia a quarenta e cinco por cento da população em idade

escolar. Não haviam universidades, ae-roportos, transportes, serviços médicos e sanitários, teatros, cinemas, as comar-cas jurídicas exíguas, as únicas estradas asfaltadas – a Belém-Brasília e o acesso a Porto Nacional. A maioria da população habitava mocambos e barracos de ado-be e piaçava. Só a mínima classe média, composta por funcionários públicos e co-merciantes, praticava o uso de banheiros domésticos. Os transportes e estradas deploráveis, até o final dos anos setenta, levava-se uma semana para chegar a Be-lém, saindo de Miracema.

Em 1930 Lysias Rodrigues escreverá – “o que nos chamou atenção foi o velho regime da justiça de Goiás, onde impera a Winchester 44 do papo amarelo. Tem razão quem atira primeiro”.

O Tocantins foi acessado pela pri-meira vez pelo extremo norte. Sua colo-nização tem início pelas bandas do Ma-ranhão e são os franceses os primeiros europeus por aqui. Sua formação cultural descreve a influência amazônica como preponderante, via Pará e Maranhão. O traço da cultura indígena está bem de-marcado nas atitudes tocantíneas. Os africanos compunham oitenta por cento da população até o século 19. Entraram, pela fronteira com a Bahia, aos milhares. Comprados ou foragidos. Os caminhos de comércio e trocas sempre estiveram voltados para o norte. Daí a acentuada diferença com o Goiás. Goianos são, em absurda maioria, descendentes de minei-ros, sendo esse o padrão cultural predo-minante em sua formação.

Acredito que a região passava por considerações preconceituosas por parte de Goiás. A presença de um gran-de contingente de índios e negros, a resistência violenta dos aborígenes em entregar seus territórios ancestrais – principalmente Avá Canoeiros e Apina-jés, contribuiu para frear o avanço de fronteiras de exploração econômica. Os negros foram encarados por goianos que tem, em sua origem, a cultura dos mineiros, como sub-raça, animais de tração. O naturalista inglês George Gard-ner, em viagem pelo Tocantins no século 18, afirmou que, comparados aos do Rio de Janeiro, os escravos em Natividade

Gerações e gerações cresceram alimentadas pelo sonho desse futuro, hoje presente na alegria espaventosa das pessoas para erguer os pilares do primeiro governo do

Estado do Tocantins. Muito brio e orgulho.

ESPECIAL TOCANTINS

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poderiam ser considerados animais. Era complicado encarar o Geraes acima do Paralelo 13. Além de tudo, retomando a observação de Lysias Rodrigues, preva-lecia o coronelismo de oligarcas conser-vadores, apegados a tradições autori-tárias, que exerciam o poder com o uso das forças policiais tal qual se comanda um exército de jagunços e mercenários. As forças policiais serviam ao oligarca e a seus interesses particulares e não à sociedade. Sendo assim, as cidades nor-tistas eram alvo de invasões e pilhagens policiais muitas vezes cometidas pelo capricho de um déspota. Pedro Afonso, a Boa Vista hoje Tocantinópolis, Dianó-polis, Natividade estão entre as cidades que sofreram a violência despropositada dos goianos.

É inexplicável, da mesma forma, o porquê de capitalistas goianos não terem investido na implantação do Tocantins. Não abriram filiais de seus negócios e investimentos por aqui. Podemos exem-plificar observando as grandes empre-sas de produtos agrícolas e de serviços. Vendem seus produtos no Tocantins, mas mantem suas sedes em Goiás, sem abertura de extensões na região.

Mas lembre-se, estamos em Mirace-ma do Tocantins e o ano é 1989. Na Se-cretaria de Planejamento, acreditamos que o Estado estava assentado e em bom rumo, apesar da falta de energia elétrica,

de água, de transportes, de comunica-ções, tudo seguia andamento de solu-ção. Já percebíamos resultados. Mirace-ma, em menos de um ano, tomou face de cidade decente, no sentido de pavimenta-ção, iluminação pública e abastecimento.

Suspiramos festejando a primeira vi-tória – o governo está implantado. Todas as instituições do Executivo, do Legisla-tivo e do Judiciário estão em funciona-mento. Foi aí que o governador mudou para Palmas e disse – “agora só despa-cho de lá”. Minha Nossa Senhora da Apa-recida do Tocantins. Mais uma revolução. Dizia o slogan do governo de inspiração

juscelinista – “Vinte anos em dois”. Vero. Aqueles dois anos valeram trinta.

Eram também triplicados pelas di-ficuldades da travessia, os quilômetros da trilha do mato que ligavam Palmas a Miracema. Sendo Palmas ainda lugar futuro. Lugar nenhum. Era um comboio de ônibus velhos e batendo lata, que atrevidamente percorriam as matas, su-perando vinte e cinco pontes de madeira apodrecida e quebrada por córregos ca-pilares afluentes e defluentes do Tocan-tins. Não raro, descíamos para ajeitar as toras ou para salvar alguém. Quando era possível salvar. Estávamos todos side-

Suspiramos festejando a primeira vitória – o governo está implantado. Todas as instituições do executivo, do Legislativo e do Judiciário estão em funcionamento. Foi aí que o governador

mudou para Palmas e disse – agora só despacho de lá.

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rados, todos encantados por um novo futuro. Não houve uma greve, nem uma paralisação. Nenhuma forma de resis-tência. Sofremos de um tudo. Falta de co-mida, alojamentos desumanos, sistema de transporte precário, falta de água e energia elétrica, trabalho superando dez horas de dedicação diária, respirávamos poeira, vivíamos no limite da suportabili-dade de desconforto, mas não havia um que reclamasse. O senso de humor e a perseverança do tocantinense contami-naram nossos espíritos. Erguer Palmas era, para todos nós, erguer não apenas o monumento vivo da libertação dos tocantinenses, era construir, contudo, a nossa própria liberdade. Tínhamos todos nós a perspectiva de reiniciar a vida, re-construir a existência numa sociedade nova e, quiçá, superando os defeitos das outras. Quando o primeiro avião de carreira sobrevoou Palmas, os operários emocionados acenaram seus chapéus e lançaram bonés ao vento. Palmas é um salto para o futuro. Antes dela o To-cantins vivia os costumes e relações do século 19.

Atravessamos o Tocantins naquele inverno rigoroso de 1990 numa voadei-ra grande, para doze pessoas, voltando de Palmas para Miracema. Ainda não havia sido iniciado o assentamento populacional em Palmas, de forma que morávamos em Miracema, acordáva-mos às quatro da manhã para abrir o ex-pediente em Palmas às oito. Havia uma mulher grávida. O motor da voadeira foi atingido por um pedaço de tronco no rio nervoso, áspero, volumoso da estação das águas. A voadeira roda desgover-nada. Despenca pela correnteza. Chove dilúvio. Lá vão os pioneiros anônimos. Uma entre eles carrega um sonho mais dentro do corpo. Arrepiei. Uma pessoa se agoniou, eu acalmei, alertando “nem trisca, nem mexe que a voadeira vira”. O piloto pressionou uma buzina de ar comprimido e, longos minutos depois, outra voadeira se alinhou à nossa, em salvamento dramático, amarrando em ferros os dois barcos. Eram todos pio-neiros. Muitos encontro hoje nas ruas de Palmas.

Simultaneamente à implantação de

Palmas, realizamos o primeiro levanta-mento socioeconômico do Estado visi-tando todas as cidades, recenseando características e necessidades. Esta-belecemos prioridades de investimen-tos, estudamos e concluímos a divisão político-administrativa. Na pesquisa de campo quebramos cinco carros em es-tradas de terra.

A implantação de Palmas é a peça mais importante na instituição do To-cantins. Todavia, o esforço político da disputa entre Araguaína, Porto Nacional e Gurupi para sediar a capital, já definida

na Constituição do Estado, pensou-se numa área equidistante a todas as cida-des e definiu-se que a cidade seria insta-lada à margem direita do Rio Tocantins, região mais carente economicamente.

Desde 1988, Walfredo Antunes e o grupo 4 de arquitetura estavam contra-tados para imaginar e desenhar uma nova urbe. Todos vimos a maquete. En-tre o projeto e a realidade estávamos nós. Os operários e operadores do pro-cesso. Os que viveram a implantação de Brasília, quem sabe? Talvez carreguem sentimento semelhante. É uma experi-ência muito rara participar da formação de uma sociedade em seu aspecto físi-co, político, afetivo. Inventar uma convi-vência. É como renascer, ressuscitar em outra época, num outro espaço. Pior. É como carregar a consciência de um pro-tagonismo histórico.

Fotografei na memória a lavadeira estendendo roupas dos operários para secar nos cordames da obra de constru-ção do Palácio Araguaia. Vi as milhares de pedras portuguesas sendo assenta-das na Praça dos Girassois, delineando as simbologias dos Javaés, Karajás, Kra-ôs, Apinajés. Nas varandas do Palacinho avistei, sobre a infinita deserta planície, novos amores e paixões, crianças brin-cando em parques, poetas declamando sentimentos de júbilo e plenitude, trân-sitos de velocidades da pós-modernida-de. Uma cidade telúrica. Uma república na floresta. Longe daqui, aqui mesmo.

O Tocantins foi e está sendo cons-truído pela fibra amorosa e pela gene-rosidade de seu povo. Pelo ímpeto de brasileiros de todos os brasis. Por sua trajetória de resistência e de luta contra poderes opressores. Pela vibração dos tambores, violas e caixas dos foliões, pelo estandarte do Divino Espírito Santo, pelo rebolado malemolente da sússia, pelo jeito de ser dos Karajás, Xerentes, Javaés, Apinajés, Kraôs e Avá Canoeiros. Por Xangô e Oxum, Iemanjá e Oxóssi, por Oxalá, por Nossa Senhora do Livramento e da Natividade. Pelos Congos, cavalha-das e congadas, pelo pequi, pelo buriti, pelo cega-machado, pelas araras e tuca-nos, pelas águas do Tocantins e do Ara-guaia, por mim e por você.

ESPECIAL TOCANTINS

Nas varandas do Palacinho avistei sobre a infinita deserta planície, novos amores e paixões, crianças brincando em

parques, poetas declamando sentimentos de júbilo e plenitude, trânsitos de velocidades da pós

modernidade. Uma cidade telúrica. Uma república na

floresta. Longe daqui, aqui mesmo.

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MÉRCIA RIBEIRO:motivando o empreendedorismoentre jovens empresários

Um projeto de grande destaque, o Feirão do Imposto, foi realizado recen-temente para informar e conscientizar a população sobre os altos impostos cobrados em diversos produtos. A jo-vem presidente da Associação, Mércia Fernanda Ribeiro, falou um pouco mais sobre os objetivos e projetos da nova di-retoria eleita para 2012/2013, e também sobre como é possível participar, contri-buir e aprender com a AJEE.

Como você define a AJEE? Com o que ela contribui na sociedade em geral e tam-bém aos jovens?

A Associação dos Jovens Empresá-rios e Empreendedores do Tocantins é

uma entidade classista fundada em 2005 e filiada à Confederação Nacio-nal dos Jovens Empresários (CONA-JE). Os princípios básicos da AJEE são o empreendedorismo, espírito jovem, ética, interdependência, plu-

ralidade e transparência em suas atividades. A missão da AJEE é fomentar o empreendedorismo e o desenvolvimento de novas lideranças, reunindo jovens para buscar interesses comuns da sociedade, pautados no network e na troca de experiências entre

os seus participantes, tanto em âmbito estadual como nacional. A

Associação contribui para a Socieda-de através de ações que incentivam o desenvolvimento local, incentivando o empreendedorismo e crescimento dos

negócios através de seus três pilares: capacitação, para o desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes;, relacionamento, possibilitando trocas de experiências e novas parcerias entre en-volvidos nos eventos e projetos; e repre-sentatividade, defendendo os interesses da classe junto ao governo, entidades empresariais e sociedade em geral, tudo isso voltado aos jovens, tanto àqueles que já tem seu negócio, como àqueles que querem começar e empreender. Além disso, existem trabalhos sociais da Associação em datas comemorativas, onde procuramos contribuir de alguma forma com aqueles que mais precisam.

Quais são os projetos de grande desta-que realizados pela associação?

A AJEE tem muitos projetos já conhe-cidos e consolidados. Podemos começar falando do Feirão do Imposto, grande evento anual da CONAJE, que normalmen-te acontece no mês de setembro, onde di-versas cidades, através de seus movimen-tos estaduais, informam e conscientizam a população da alta carga tributária com o objetivo de protestar e discutir o que é feito com o dinheiro arrecadado, este ano acabamos de realizar mais uma edição do mesmo, no dia 15 de setembro, e tivemos um abaixo-assinado pedindo a redução e simplificação da tributação no Brasil.

A AJEE realiza também o projeto “AJEE em Ação: Dia das Crianças” em ou-tubro, uma ação social que visa atender crianças de regiões desfavorecidas de

ENTREVISTA

Com projetos consolidados e já conhecidos pela população, a Associação dos Jovens Empresários e Empreendedores do Tocantins – AJEE faz esforços para incentivar o empreendedorismo e o desenvolvimento de novas lideranças.

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nossa capital em comemoração ao dia da Criança, oferecendo um dia de lazer, diver-são e presentes, possibilitando aos jovens associados e parceiros a prática da res-ponsabilidade social e contato com aque-les que mais precisam. A Semana Global do Empreendedorismo, em novembro, é um dos projetos com destaque nacional-mente, parceria entre CONAJE e Endeavor, realizada a nível mundial, onde elabora-mos atividades diversas que incentivem e despertem o empreendedorismo, este ano será de 12 a 18 do mês citado.

Um projeto bem conhecido em nos-so estado, e que já tivemos muitas edi-ções, é o “Bate-Papo de Negócios”, onde um grande empresário já consolidado conta sua história e sua experiência de empreender e abrir um negócio expondo dificuldades, desafios e em especial suas conquistas. Acontece durante todo o ano em datas previamente marcadas e divul-gadas, onde todos os associados e inte-ressados participam, trocam experiência e podem aproveitar para se relacionar e praticar o networking.

O Engrenajee é um projeto de capa-citação da AJEE Tocantins que promove palestras, treinamentos e workshops em temas e assuntos pertinentes ao meio empresarial, proporcionando maior conhe-cimento e reciclagem daquilo que interes-sa ao associado e a seus colaboradores. É realizado no decorrer do ano em parceria com diversas entidades empresárias.

Temos ainda a Semana Estadual do Jovem Empreendedor em março, criada

através da Lei Estadual 1.922, de 14 de maio de 2008, que contempla muitas ações durante a semana, buscando o despertar do empreendedorismo e de-mais objetivos e missão da Associação. A Semana também é comemorada em outros estados da Federação.

Um projeto voltado para conversa com políticos e representantes do go-

verno chamado “Café Político” também é realizado pela Associação dos Jovens Em-presários e Empreendedores, possibili-tando contato com os mesmos através de conversa, questionamentos e exposição daquilo que é interesse e reivindicação da classe. A ideia do evento é da Confedera-ção e também é realizada nacionalmente com ministros e outros representantes.

E em 25 de Maio é realizado o “Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte e Liberdade de Impostos”, celebração que marca o momento em que terminamos

de pagar nossos impostos, taxas e con-tribuições para o governo, a data está prevista na Lei 12.352/10, que foi sancio-nada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e surgiu de proposta (PL 819/07) do deputado Sandro Mabel (PR-GO). Acontece em diversas cidades, nacionalmente, e assim como o Feirão, conscientiza da alta carga tributária e discute os gastos públicos.

Outro projeto que a AJEE faz eventu-almente é o “Happy AJEE”, momento de apresentação de sua empresa, troca de cartões e bate-papo descontraído entre associados e convidados, possibilitando um relacionamento entre os mesmos e possível geração de negócios.

Quais são os projetos que a nova direto-ria tem em mente?

Além de todos os projetos já exis-tentes e consolidados que queremos dar continuidade, estamos visando o projeto de expansão da Associação para as outras cidades do estado, através da criação de Núcleos que poderão realizar os projetos e difundir o trabalho da AJEE por outras regiões. Isso será possível através de parceria com outras entidades empresárias que nos apoiarão e auxilia-rão nessa expansão, pois hoje estamos concentrados em Palmas.

Queremos também buscar com o go-verno estadual e municipal a implantação de um grande projeto da CONAJE, chama-do “Empreendedores do Futuro”, que inse-re o empreendedorismo nas escolas in-

O Engrenajee proporciona maior

conhecimento e reciclagem daquilo que interessa ao

associado e a seus colaboradores.

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centivando desde cedo este pensamento de empreender e criar novos negócios de forma sustentável. O projeto é muito bem elaborado e está pronto para ser aplicado através da metodologia da OPEE – Orienta-ção Profissional, Empregabilidade e Em-preendedorismo. Outros projetos também podem surgir com o tempo, pois vamos elaborando os projetos de acordo com o que vai sendo solicitado pelos associados e apresentado como necessidade e inte-resse de nossa classe. Mas acredito que temos muitos bons projetos e os mesmos podem também ser implementados.

Quais serão as formas de abordagem da associação para fazer com que cada vez mais jovens participem dos projetos?

Queremos melhorar a visibilidade da Associação através da elaboração do site, que está em construção e constante atualização de nossas páginas nas redes sociais, possibilitando a todos o conta-to conosco, a divulgação dos projetos e ações e a filiação aos que se interessa-rem a fazer parte. Além disso, estamos buscando, através de nossa Diretoria de Comunicação e de nossa Diretoria de Integração, uma maior aproximação com as mídias locais, que tem divulgado mais nossas ações e nos dado maior espaço. Em nossos eventos também fazemos uma abordagem convidando e falando da Associação para que aqueles que quei-ram possam se aproximar e participar de todo o trabalho e dos projetos.

Hoje os projetos da associação estão con-centrados na capital? A associação pre-tende criar outras sedes e elaborar proje-tos nas outras cidades do Tocantins?

Hoje os projetos estão concentrados na capital, mas já estamos buscando expandir para as demais cidades com o projeto de criação dos Núcleos que men-cionei. Inicialmente queremos ir para Araguaína e Paraíso por já termos pesso-as interessadas em fazer parte da AJEE nestas cidades e serem cidades de des-taque empresarial no estado, onde pode-mos fazer um bom trabalho e fomentar o empreendedorismo destas regiões. Está prevista a elaboração deste projeto no próximo ano, 2013, onde vamos bus-car parceria com entidades empresárias destas cidades para formar os núcleos. A experiência na expansão de núcleos em outros estados vai nos ajudar, pois em conversa com o Diretor de Expansão da CONAJE, estamos pegando as dicas e práticas que deram certo e que torna-ram movimentos mais fortes, como o de Santa Catarina, maior movimento jovem ligado à CONAJE, com 55 núcleos ativos.

É possível que a associação instrua al-gum jovem que tenha o sonho de ser um empresário? De que forma?

A Associação, através da troca de experiências e relacionamento propor-cionado em seus eventos, pode auxiliar o jovem que quer ser empresário e precisa de auxílio e dicas, ali ele pode conversar, tirar dúvidas e entender mais do que ele não sabe. Além disso, temos as palestras e treinamentos que podem ajudar no desenvolvimento pessoal e profissional, que poderão instruir o mesmo pra um novo negócio. Porém não temos ainda em nosso estado um efetivo projeto de formação do Jovem que sonha em ser empresário, apesar de existir um projeto

da CONAJE chamado “Primeira Empre-sa”, que faz exatamente este trabalho de capacitar e acompanhar a criação do novo negócio, e que foi implantado re-centemente em Goiás, junto ao governo do Estado. Esperamos que com a expe-riência da AJEE Goiás possamos tentar aplicar este projeto por aqui também. Mas já vimos que um projeto deste tipo está sendo elaborado pela Secretaria de Juventude e Esportes do Tocantins, no que a AJEE vai apoiar e participar.

Como é possível contribuir com a asso-ciação e fazer parte dela?

Ao se associar e fazer parte da Asso-ciação, você pode contribuir e nos ajudar na missão de fomentar o empreendedo-rismo, trabalhar o relacionamento e ne-tworking no estado e em todo o Brasil e buscar o interesse de nossa classe junto ao governo e às entidades empresariais. Para fazer parte da Associação podem participar os jovens empresários de até 40 anos que já possuem empresa ou os empreendedores que querem montar sua empresa e empreender, é só entrar em contato conosco, através de nosso twitter e página no facebook, que envia-remos a ficha de inscrição para preen-chimento, assim, aqueles que se filiam começam a receber os convites para reuniões e eventos que realizamos, bem como dos eventos nacionais realizados pela Confederação. Ao ficar pronta a fi-liação poderá ser efetuada diretamente no site, o que vai facilitar nosso acesso e comunicação com todos que se interes-sam. A sede da AJEE Tocantins está no prédio da ACIPA – Associação Comercial e Industrial de Palmas – em nossa capital. Convidamos a todos a participar com a gente deste grande movimento nacional de jovens Empresários e Empreendedo-res que querem contribuir parao cresci-mento do país!

ENTREVISTA

Informações adicionais:Twitter: AJEE Tocantins (@ajeetocantins)Página Facebook: AJEE TocantinsSite: www.ajeetocantins.com.brEndereço AJEE: Quadra 103 Norte, LO-02, Conj. 01, Lote 22, Plano Diretor Norte, Palmas - TO CEP: 77.013-050, Prédio da ACIPA – 1º andar

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Eu preservo. Eu amo.Eu cuido. Eu protejo.Eu reciclo.

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Produção de Moda Patricia Fregonesi - Assistente de Produção Duda Pretto - Fotografia Studio Beto MonteiroModelos Ana Gabriela Barros, Samuel Barros, Vinícius Aguiar, Beatriz Barbieri, Bárbara Barbieri e Caroline Barbieri

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VITRINE

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da Coleção Alto Verão 2013 da Bendita, sinônimo de elegância e conforto.

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traz uma camisa xadrez de manga longa, em tons claros,

modelo slim ideal para ser usada por fora da calça. Para

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4. Bibi: Tênis Energy em couro com veludo, considerado o tênis infantil mais leve e flexível do Brasil. Ideal para criançada correr e se divertir. Disponível em várias cores. Modelos feminino e masculino.

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5. Santa Lolla: As Clutches com paetês são uma excelente pedida para quem quer sair do básico. Possuem alça removível de correntinha para serem usadas transpassadas. Atuais e sofisticadas, ideais para os looks looks noturnos. Super tendência na coleção de verão da Santa Lolla.

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APETITE

Há 3 anos e meio incrementando as opções

culinárias de Palmas, o Mercatto Empório

Gastronômico reúne em seu cardápio pratos clássicos

da culinária italiana e francesa em um dos centros comerciais mais charmosos

da capital, na Arse 21.

Com uma clientela cativa e diversificada, a nova aposta do estabelecimento é inovar para agradar aos mais variados gostos. Para isso, está reformulando seu cardápio oferecendo novas opções que valorizam a comida brasileira, sem abrir mão de pratos tradicionais da casa.

“Quero fazer uma cozinha mais regional, uma cozinha mais brasileira. Eu tenho acompanhado bastante ingredientes aqui do Tocantins mesmo, trazendo umas coisas do Pará, quero fazer algo bem brasileiro”, resume o novo chef da casa, Gabriel Coelho, que está à frente desta missão e tem feito visitas a feiras cobertas de Palmas e a produtores locais, a fim de diversificar os ingredientes dentro dessa proposta.

Uma das novidades, que apresentamos nesta editoria, é o Lombo Suíno com Molho de Jabuticaba e Purê de Mandioca. O prato traz o gosto adocicado da jabuticaba combinando perfeitamente com a carne suína. O purê que acompanha o prato dá um toque especial na combinação de sabores. Na finalização, o chef utiliza um ingrediente do estado vizinho, o Pará, que enfeita e dá mais gosto ao lombo: castanhas raladas.

Para acompanhar este e os demais pratos, o Mercatto oferece uma carta com cerca de 30 vinhos. Os suaves são a sugestão do chef para saborear o delicioso Lombo Suíno que convidamos, sem receios, o leitor a conhecer.

Brasilidadeà mesa

LOMBO SUÍNO COM MOLHO DE JABUTICABA E PURÊ DE MANDIOCA

IngredientesLombo suíno (200 g)Jabuticaba fresca (100g)Licor de jabuticaba (30 ml)Açúcar (50g)Mandioca (200g)Manteiga (30g)Leite (50 ml)SalPimenta-do-reino preta

Modo de Preparo Limpar e porcionar o lombo de porco em filet de 50 gramas cada. Cozinhar a mandioca em água com sal até que esteja macia. Processar a mandioca e voltar para a panela com a manteiga e o leite. Com a ajuda de um batedor, mexer bem e temperar com sal e pimenta. Retirar a semente da jabuticaba e reservar a polpa. Em uma caçarola, colocar a jabuticaba, o açúcar e o licor. Reduzir a mistura até 1/3. Quando estiver reduzido, adicionar um pouco de água e coar a polpa. Deixar em fogo baixo, até que esteja com a textura desejada. Selar o lombo, temperado com sal e pimenta, em uma frigideira quente. Servir o lombo com o molho de jabuticaba e o purê de mandioca.

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EM FORMA

Morar em uma cidade cujo calor é extremo como Palmas não é fácil! Só de pensar em exercício físico em pleno ve-rão dá até desânimo. Então, uma ótima opção é se exercitar nadando, que é uma atividade prazerosa e desafiadora. Qual-quer pessoa, independentemente da pro-fissão, faixa etária e sexo, pode praticar esse esporte! A natação é muito indicada a grupos especiais como bebês, gestan-tes, idosos e deficientes físicos.

Além de ser um esporte que traz inú-meros benefícios à nossa saúde, a natação pode ainda nos relaxar com aquela água fresca. A água favorece as funções orgâni-cas do nosso corpo e permite movimentos amplos que as outras atividades físicas, praticadas fora da água, não permitem.

Ao nadar qualquer um dos estilos desse esporte (crawl, costas, borboleta ou peito), estamos fazendo um bem enor-me ao nosso corpo. A natação diminui os riscos de doenças cardiovasculares, pois favorece a eliminação de gordura e a for-mação de músculos em torno do coração, fazendo com que este bombeie mais san-gue, melhorando a circulação. Também fortalece os músculos da parede torácica,

facilitando a absorção de oxigênio pelos pulmões e, assim, tornando a respiração melhor. Melhora nossa postura e aumenta nossa resistência física. Exercita todas as articulações, tornando-as ágeis e lubrifi-cadas. O alívio de dores nos músculos e artérias é resultado marcante do trabalho do nosso corpo em contato com a água.

Aos deficientes físicos, o esporte é ainda mais gratificante. Pode conceder uma melhora na autoestima e indepen-dência, aliviando a tensão de estarem sempre presos a mecanismos de locomo-ção, como cadeiras de rodas e aparelhos ortopédicos. Também proporciona-lhes maior inserção social. Para quem preci-sa se recuperar de alguma doença como asma, bronquite, problemas ortopédicos, hipertensão, ou até uma simples lesão, a natação pode trazer ótimos resultados!

Aos bebês, o exercício antes do pri-meiro ano de vida resulta em mais equi-líbrio e habilidade para alcançar objetos, segundo pesquisa realizada por uma uni-versidade da Noruega. Os bebês apren-dem a nadar brincando.

Além desses ótimos resultados físi-cos, a natação favorece o aspecto psico-

lógico. É capaz de ativar nossa memória e até de aumentar a autoestima. Em geral, as pessoas que praticam esse es-porte são mais independentes e seguras. Como exige concentração para executar os movimentos, naturalmente nos desli-gamos um pouco das tensões diárias e, assim, ao mesmo tempo, aprimoramos a coordenação motora e combatemos o estresse. E, para aqueles que querem re-tardar o envelhecimento, a natação pode ser um investimento também.

Quanto aos riscos, não precisa haver preocupação. A probabilidade do indiví-duo que pratica natação sofrer alguma lesão é mínima, visto que a água amor-tiza o impacto dos movimentos. Quanto àqueles quilinhos indesejados, nem se fala. A natação queima até 600 calorias por hora e ainda define a silhueta.

A natação é completa. Renova suas energias e permite que você aproveite sua capacidade mais do que em outros espor-tes. É importante lembrar que uma boa alimentação é recomendada para suprir suas necessidades depois de tanto gasto de energia proporcionado por esta ativida-de. Depois desse cuidado, é só mergulhar!

Nada melhor do que nadar

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INVENTANDOMODA POR MIGUEL VIEIRA, CONSULTORIA DE MODA E CRIAÇÃO.

BORDADOS E TRANSPARÊNCIAS

Técnicas frequentemente usadas por inú-meros estilistas como Lino Villaventura e Sa-muel Cirnansck, no Brasil, Marchesa, em NYC e Valentino, em Paris, o quase sempre jogo de mostra-esconde cria uma formosidade na silhueta feminina. Tules superfinos e transpa-rentes fazem parte da estrutura de peças que, quase sempre, são rentes à cintura e, de acordo com o caimento, se abrem, criando godês com rodas de até 25, 30 metros de tecido. Borda-dos muito cautelosos e quase imperceptíveis, cobrindo partes íntimas e muitas vezes, nada mais, criam um aspecto de leveza e impecabi-lidade nas peças.

RENDASFrancesa, chantilly, renascença, da terra... não impor-

ta qual seja a padronização ou a nomenclatura, a renda é automaticamente associada ao romantismo e à delicade-za. Atualmente, no Brasil, o trabalho manual de fabricação de renda da estilista Martha Medeiros tem conquistado consumidores e editores de moda ao redor do mundo. Rendas renascença sem repetição de padronagem, ou seja, uma peça inteira sem nenhum desenho igual ao outro. Martha vem quebrando barreiras e contradizendo críticos de moda que adoram dizer que não se faz mais alta-costura no Brasil, sendo que, nesse caso, há fabrica-ção manual de peças exclusivas. E, claro, ao alcance de poucas.

SOBREPOSIÇÕESAqui, as transparências voltam novamente, só que

mais sutis. Em mixes com tecidos sempre muito nobres (nas últimas temporadas o veludo tem se sobressaído), tules, organzas, crepes... enfim. Vez ou outra, estilistas corajosos trazem para a passarela sobreposições que quebram o conceito de leveza e fascínio tão aclamados pela alta-costura. Lingeries de renda superdelicadas en-tram em contato com tecidos transparentes, exibindo partes do corpo e criando um ar de sensualidade e, muitas vezes, de fetiche.

Texturas, cores, formas e modelagens extremamente complexas e ricas em detalhes. Os vestidos de festa, sejam eles curtos, longuetes ou longos, são o principal objeto de desejo das mulheres na passarela. Não só comuns em desfiles de alta-costura, eles remetem a um mundo lúdico, aos contos de fadas com finais feli-zes para sempre, que adereçam os sonhos e a vida de qualquer mulher, fazendo-as se sentirem no patamar mais próximo ao de uma princesa...

Era uma vez

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NA MIRADO LOBO POR EDUARDO LOBO, JORNALISTA E COLUNISTA SOCIAL

Muito prestigiado, o casamento da empresária Ana Luiza Costa e do advogado Roger Ottaño movi-mentou a Capital e marcou o mês de setembro com uma das festas mais lindas do ano. A cerimônia aconteceu na Igreja São José e a festa no Crystal Hall. Uma noite de bom gosto e elegância que reu-niu os bem-nascidos do Tocantins. A data marcou o início da primavera e teve uma decoração especial, com muitas flores e requinte.

01. Ana Luiza Costa e Roger Ottaño - 02. Marco Antônio, Senadora Kátia Abreu e Dora Costa - 03. Camila Magalhães Roriz, Pedro Roriz e Mara Maga-lhães - 04. Ex-governador Carlos Gaguim e Rose Amorim - 05. Bruna Holsbach e Douglas Ottaño - 06. Célida e Joaquim Quinta - 07. Adriana Machado, Marcelo Machado, Rafael Machado e Alessandra Machado - 08. Ana Flávia Cavalcante, Nadja Brito Simoni e Marília Fregonesi - 09. Deputada Estadual Josi Nunes - 10. Humberto e Maria Augusta Camelo e Nalva e José Luís Cunha - 11. Márcia, Laila Ribeiro e Betânia Garcia.

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O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, Borges da Silveira, ex-ministro da Saúde, conversa com o governador Siqueira Campos em evento na Capital.

Laudecy e Larissa Coimbra aproveitando tarde de compras em maison.

Gravidíssima, Carol Jacintho Mello se

prepara para se transferir de Goiânia

para Palmas, onde já residem seus

familiares.

O presidente da Associação Bra-sileira de Bares e Restaurantes no Tocantins (Abrasel-TO), Paulo Teixeira, e o presidente do Sindicato da In-dústria Moveleira do Estado, Tiago Arruda Ferreira.

O empresário Henrique Fragata e o amigo Jarbas Meurer, diretor Financeiro do Sebrae.

O vice-governador, João Oliveira, e a

gerente do Ecoporto de Praia Norte, Sandra

Krammer, partici-param de evento de

divulgação do Estado em Manaus.

A médica Maysa Caval-cante ao lado de sua

mãe, Lurdes Cavalcante, em recepção na sua

residência.

Parceiros da Revista PMW, toda a equipe Lady & Lord em click especial.

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COLUNAVIP POR IVONETE EICH, COLUNISTA SOCIAL

A empresária Glenda Lopes, do Instituto de Ensino GPS, prestigiou o evento de lançamento do avião da Cirrus em Palmas, promovido pela Associação Tocantinense de Aviação - ATA, na foto com Sr. Sergio.

Marco Antonio Gil, Eduardo Leiloeiro e Edenise durante inauguração do novo espaço Marca

Motors em Palmas.

Roberta, Marta e Caroline em evento VIP na nossa Capital!

Dr. Miguel de Avila Sobrinho, dermatologista, Dr. Marco Túlio Chater Viegas, oftalmologista e Dr. João Baptista Valim, ginecologista, conver-

sam sobre medicina em encontro no Centro de Dermatologia de Palmas.

Celina Motta Zancanner Gil

e Paula Freitas Gil arrasam em simpatia, bele-za e elegância.

O mês de setembro foi abrilhantado com mais uma produção do médico, escritor e poeta portuense Célio Pedreira. Em cerimônia realizada no Sindicato dos Mé-dicos do Tocantins, Pedreira apresentou seu terceiro livro de poesias. "Raimundo" reúne a poesia regional de Célio, que com a experiência dos anos vem aprimo-rando cada vez mais suas obras.

A estudante Aino Tuulia Lukkaroinen, da cida-de de Kirkkonummi - Finlândia, o presidente do Rotary Palmas, gestão 2012/2013, José Rodrigues, sua esposa Luciane, a filha Beatriz e o filho Thomaz. O Rotary é formado por em-presários e profissionais liberais, dedica-se a obras sociais relevantes e agrega famílias em torno de padrões morais elevados.

A Loja Portobello Shop Palmas conquistou o 1º lugar como a melhor loja na 8ª edição do Programa SER de Relacionamento com profissionais da área de Engenharia, Arquitetura e Decoração. O arquiteto Marcelo Samara foi contemplado com o 1º lugar na regional Centro Oeste/Norte, ganhando a estatueta SER, uma viagem para Sidney na Austrália e prêmios. A arquiteta Elisa Rocha conquistou o 1º lugar na franquia de Palmas, a Design e consultora de vendas Theresa Colares, o 1º lugar da região CON e a arquiteta Luciana Lorenzini, conquistou o 1º lugar na franquia de Araguaína. Na foto estão Simone, Marcos, Theresa, Marcelo Samara, Elisa Rocha, Ariane Leal e Silvana.

Equipe da JHM Móveis Wesley de Jesus, Jane Dunker, Laiane Balardim, Wanessa Gama e Sabrina Egito recepcio-

nando os clientes com um belo café da manhã.

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Dra. Vivian e Eber Souza, inauguram o ESPAÇO EQUILIBRIUM, um lugar onde o di-ferencial é a diversidade nas modalidades de exercícios para o codicionamento físi-co. Você vai encontrar tecido acrobático, hidro terapia, pilates e muitos outros.

Antônio Silva recebendo das mãos do Sr. Edmundo Martins Diretor da Matriz Office e do gerente de marketing, Ricardo Brito um Iped sorteado na Fenepalmas.

A bela e querida Abnizia Barbosa Rodrigues posou com Fernando e Sorocaba para a Coluna VIP da

revista PMW.

Anita Cunha e Maria José Garcia são presenças queridas e constantes na

nossa sociedade !

Denise Amorim, Cristiane Wahbe, Celia Brito e Cimone Brito reunidas em evento na residencia de uma amiga.

O estilo e graça da médica hematologis-ta Barbara Wosnjuk Calaça no dia a dia.

Radialista, editor de imagens e chargista, Rogério Moreno, come-morou aniversário neste mês de outubro, a ele nossos parabéns!

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FATOSPOLÍTICOS POR LUIZ ARMANDO COSTA, JORNALISTA

Frase do mês

SuperávitNo ano passado, o governo teve um

excesso de arrecadação da ordem de R$ 66 milhões. O superávit financeiro foi de R$ 123 milhões. Isto, mesmo depois de ter suplementado o orçamento em R$ 216 milhões, o equivalente a 3,36% do orçamento inicialmente previsto para 2011. Os dados são de relatório gerencial da Controladoria Geral do Estado.

Baú revisitadoOs candidatos a prefeito da Capital

como que resgataram a administração do petista Raul Filho. Praticamente todos, na tentativa de cooptar os votos que Raul po-deria ainda influenciar, passaram o último mês prometendo dar continuidade a seto-res que deram certo na administração do PT: educação e, pasmem, saúde, como se não fosse também da prefeitura parte da responsabilidade do caos no setor, já que a gestão da saúde pública é tripartite: go-verno federal, estadual e municipal.

Rescaldo O pífio resultado eleitoral da deputa-

da estadual Luana Ribeiro na Capital joga um balde de água fria na intenção do se-nador João Ribeiro de disputar o governo em 2014. João bem que tentou sair das cordas na reta final de campanha, criti-cando o governo, mas não conseguiu en-terrar o desempenho da filha. Aliás, que pode também ter problemas para dispu-tar uma vaga na Câmara dos Deputados, como antecipavam seus aliados.

No campoPassada a votação do Código Flores-

tal, a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, cuida da campanha institucio-nal da entidade, em defesa da produção, que é estrelada por ninguém menos que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, o garoto-propaganda do agronegócio.

SucataNo Senado, aliás, os parlamentares co-

meçam a examinar projeto de Kátia Abreu que altera normas sobre a baixa de registro de veículos irrecuperáveis, normalmente vendidos como sucata. Autora da proposta, Kátia Abreu afirma que o objetivo é dificul-tar a ação de quadrilhas especializadas em legalizar carros roubados usando docu-mentos e chassis desses veículos.

Foi o maior erro de minha vida e da minha carreira política.

Darci Coelho, ex-deputado federal, ex-vice-governador e atual secretário no governo Siqueira Campos, sobre sua ida para o PT e passagem pela prefeitura

de Palmas, como secretário de Governo da administração petista.

ApagãoNa semana que antecedeu a eleição foi

um corre-corre no governo. A informação de que fiscais da Fazenda teriam fechado um frigorífico na Capital, com mais de 200 empregados, caiu como uma ducha de água fria na campanha do candidato ver-de, Marcelo Lélis, apoiado pelo Palácio. Foi aquele apagão para consertar a situação.

EmpresáriosNa campanha deste ano não mereceu

muito debate a questão do 1 e 1 é 11, uti-lizado por seguidores de Carlos Amastha. Poucos se deram a rebuscar no passado uma disputa acirrada (tanto política como empresarial) na concessão de um canal de TV no Estado, envolvendo setores do governo e um grande grupo regional.

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Dor do pai, felicidade do filhoJá há no Palácio Araguaia quem torça, abertamente,

para que frutifique o Reced impetrado pelo ex-governador Carlos Gaguim contra Siqueira Campos. A situação, se fosse deflagrada no próximo ano, abriria a possibilidade de uma eleição indireta na Assembléia, única forma vis-ta por onze entre dez políticos governistas do secretário Eduardo Siqueira ascender ao cargo de governador. A re-jeição detectada ao ex-senador nesta campanha assus-tou muita gente.

Cacife altoO deputado Sandoval Cardoso assume em fevereiro

a presidência da Assembleia. Se for julgado procedente o Reced contra Siqueira, assume o governo, porque toda a chapa (Siqueira – João Oliveira) é atingida. Cardoso é do PSD, como João, só que tem bala na agulha, grande pro-prietário e casado com a filha de Antenor Nogueira, um dos maiores produtores agropecuários de Goiás. Ou seja, tem cacife para enfrentar qualquer um na briga, na even-tualidade de uma eleição indireta para governo na AL.

Grana federalO governo federal já repassou este

ano a Estados e municípios o montante de R$ 137 bilhões e 542 milhões. Destes, R$ 2 bilhões e 861 milhões caíram nos cofres do Tocantins. Isto dá R$ 2.200 per capita de janeiro até aqui.

BurocraciaHá insatisfação em várias secreta-

rias de governo. É que a centralização de compras nas mãos do Chefe do Executivo tem burocratizado processos e atrasado, sobremaneira, a realização de ações ad-ministrativas. Desde o começo do ano, a compra de um clip sequer tem que pas-sar lá na mesa do Chefe no Palácio. De fora

O ministro Ayres Britto mandou para o armário, no dia 18 de setem-bro, aquele processo movido pelo desembargador Liberato Póvoa, que levantava suspeita contra a ministra Eliana Calmon, ex-presidente do CNJ. Ayres justificou que o processo per-dera o seu objeto porque a ministra Eliana Calmon havia deixado o cargo. Não houve quem não raciocinasse so-bre duas coisas: a ministra teria sido poupada, já que, mesmo fora do cargo deveria responder pelo que tivesse praticado nele. Ou que Ayres não te-nha visto motivos para o processo. Lembrando: neste processo a defesa de Liberato havia levantando suspei-ção, dentre outras coisas, pelo fato da senadora Kátia Abreu ter mantido um encontro com a ministra durante o pe-riodo eleitoral de 2010. Só que Libera-to foi afastado em dezembro de 2010 pela Operação Maet.

SemeaduraO secretário Darci Coelho muito próximo de Siqueira

Campos já está sendo incentivado a disputar mandato de deputado federal daqui a dois anos. Um dos que tem co-locado pilha no ex-deputado é o próprio Governador. Uma espécie de resgate da própria história do parlamentar que, na Conorte, trabalhou pela criação do Estado.

XadrezDias atrás, o ex-governador Marcelo

Miranda andou elogiando a senadora Ká-tia Abreu, dizendo ser o partido, PMDB, re-ceptivo à parlamentar. Isto depois do con-vite que foi feito à senadora do PSD pelo vice-presidente Michel Temer. Marcelo e Kátia sempre tiveram boas relações. O problema é que o PMDB está nas mãos de Junior Coimbra, que fez liga com Eduardo Siqueira. Nesta posição, Coimbra tem di-reito legítimo de tentar uma vaga de se-nador, mesmo cargo a ser disputado por Kátia Abreu em 2014. Aí estão as peças e pela movimentação vê-se quem as joga, quem está dentro ou fora e de que lado.

Quase parandoO concurso público do quadro

geral foi realizado em julho, mas o resultado só poderá ser divulgado em dezembro. Ou seja, mais de 120 dias depois. Deve ser o concurso público mais longevo do país. E olha que a abstenção anunciada está na casa dos 27%. E como o governo in-forma que, depois das provas, a res-ponsabilidade é da empresa AOCP, a pergunta que não quer calar é quem fiscaliza a empresa organizadora das provas e os seus resultados?

FornalhaPode haver mudanças no governo.

Tem secretário que aguarda apenas o mo-mento certo para pedir demissão. Motivo: falta de autonomia administrativa. Alguns entraram há mais de ano e até agora não conseguiram nomear assessores. Ou seja, seus funcionários de confiança são do Pa-lácio, não do titular do cargo. Uma brasa.

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Juliana de Paula Assis

Raíssa Vendramini

José Eduardo Sampaio e Humberto Bonini

Neto Quinta e Adriane Fleury

Carol Cianni Siqueira Campos

Léo Abdalla

Mayara Bolentini

Lívia IwasseFábio e Adriana Ramos

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Jorge Augusto Rocha

Ana Júlia Teixeira

Julianna Vaz Marília Fregonesi e Ana Flávia Cavalcante

Flávio Dalla Costa e Tainá Pugliese

Léo Leite

Júnior Moreira

Thiago Prijopranoto e Larissa Ribeiro

Ítalo Brito

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CLAQUETECULTURAL POR PATRÍCIA STRÖHER , ESTUDANTE DE JORNALISMO

NOS CINEMAS

AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL (2012) - Drama:

Diretor: Stephen ChboskyElenco: Logan Lerman,

Emma Watson, Ezra MillerSinopse: Baseado no

romance escrito por Stephen Chbosky, Charlie, um estranho simpático e

ingênuo, enfrenta o delicado momento de lidar com o primeiro amor, o suicídio

de seu melhor amigo, e sua própria doença mental, enquanto juntos lutam

para encontrar um grupo de pessoas ao qual ele pertença.

ELEFANTE BRANCO (2012) - Drama:

Diretor: Pablo TraperoElenco: Ricardo Darín,

Martina Gusman, Jérémie RenierSinopse: O padre Julián

e o padre Nicolás trabalham ajudando os menos favorecidos na favela de Villa Virgen, periferia de Buenos Aires. O local

é um antro de violência e miséria. A polícia corrupta e os próprios sacerdotes da Igreja nada

fazem para mudar essa realidade e os dois sacerdotes terão de por suas próprias vidas em

risco para continuar do lado dos mais pobres.

OS INFRATORES (2012) – DRAMA:Os Infratores (Lawless) surpreendeu

Cannes por sua violência sangrenta, crua e o tom passional da narrativa, além da dita esplêndida atuação de Guy Pearce como um policial combativo ao extremo. O roteiro do filme é uma adaptação de Nick Cave, que já trabalhou com o dire-tor Hillcoat no roteiro de "A Proposta", da história real que originou o livro de Matt Bondurant sobre a história da vida de seu avô e de seus tios-avós.

Com base nas subversões da época da Lei Seca americana, contrabando de bebidas e o conflito dos grupos gângste-res com os policiais durões que, ou que-riam acabar com a festa ou participar dos lucros. O filme tem no elenco Tom Hardy (Origens), Guy Pearce (O Pacto) e Shia LaBeouf (Transformers) como os irmãos Bondurant, além de Gary Oldman (O Es-pião Que Sabia Demais).

O telespectador pode esperar muito sangue, conflito, ilegalidades e um pouco de vulnerabilidade inspirado pelo perso-

nagem de Shia LaBeouf, que segundo o ator, “não gosta de violência”, mas vive no meio de situações que levam inevita-velmente à brutalidade.

Não é o primeiro filme desse ano que aborda o tema cruamente (violência, proibições, marginalidade), o que pode ser considerado como um reflexo da

atual insegurança política e econômica dos Estados Unidos e do cerco às drogas. Para o diretor, John Hillcoat (The Road), isso causa uma “fascinação” entre os ci-neastas, sensíveis ao desabrochar social do seu tempo.

No entanto, o mesmo foi criticado por algumas quebras no ritmo, dito in-tencional. Nada que atrapalhe o desen-volvimento narrativo, compreensão dos fatos ou mesmo submersão emocional na história.

Diretor: John HillcoatElenco: Tom Hardy, Guy Pearce, Gary

Oldman, Jessica Chastain, Shia LaBeouf.Sinopse: Na década de 30, em plena

Lei Seca, os irmãos Bondurant ganham a vida vendendo bebidas alcóolicas ilegal-mente. O líder do trio é Forrest (Tom Har-dy), que tem fama de invencível. Howard (Jason Clarke) é seu braço direito, en-quanto que o caçula Jack (Shia LaBeouf) ainda precisa provar seu valor. Apesar dos problemas ocasionais com a polícia, o negócio deles vai bem. Só que Charlie Rakes (Guy Pearce), um policial enviado de Chicago, está disposto a usar todos os meios possíveis para capturar os irmãos.

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LIVRO

Mamelungos – De Recife (2010)Os Mamelungos começaram a se

destacar ainda em 2009, com shows pe-quenos em Fortaleza e uma estética visu-al e musical própria. O grupo foi formado durante o curso de Produção Fonográfica e eles são, além de compositores, mú-sicos, vocalistas, arranjadores e instru-mentistas, os responsáveis por todos os processos até a distribuição. Com influências nacionais e internacio-nais variadas, fica difícil rotulá-los, mas não reconhece-los, já que sua originalidade alcança todos os processos. No grupo Luccas Maia (baixo e voz), Weré Lima (percussão, cavaco e voz), Peu Lima (batera e voz), Igor Bruno (violão e voz), Thiago Hoover (guitarra, programação e voz) e Mário Camelo (teclado e samplers).

Tulipa Ruiz – Tudo Tanto (2012)Tulipa Ruiz já faz parte do hall dos

queridinhos da música nacional da nova geração, dividindo espaço com Ana Cañas, Karina Bur e Thiago Pethit. Vinda de uma família com riquíssima cultura musical, Luiz Chagas que o diga, Tulipa faz uma mú-sica atual com referências do movimento Tropicália. Responsável pela grande maio-ria das composições do novo CD, Tudo Tanto é terno e conseguiu suprir as expectativas criadas pelo sucesso do seu primeiro álbum. A atual obra traz também várias parcerias que só adoçam e energizam cada uma das lindíssimas músicas.

Noel Gallagher – High Flying Birds (2011)Se você não gosta de baladinhas nem

músicas grudentas, melhor nem ouvir o primeiro trabalho solo de Noel Gallagher. Com a criatividade aparentemente mais solta, Noel consegue criar uma música rebuscada e um tanto quanto romântica, mas sem muita novidade nem nada tão diferente do que o Oasis fazia. Tem o seu lado melancólico, que não poderia faltar depois da separação da banda e do seu irmão, Liam Gallagher. Noel aposta em muitas guitarras e no psicodelismo clássico e sessentista tão comum a ele. Uma taça cheia cheia para quem já gostava dele.

CD`s

Lugar de Mulher é na Cozinha: Histórias Fantásticas do Universo Feminino – Contos

A literatura fantástica nacional ga-nhou um novo fôlego junto com o alavan-que desse gênero na literatura mundial. O livro organizado pela escritora Martha Argel comprova isso. Com a primeira publicação ainda em 2000, o livro tem relançamento agora com a editora espe-cializada em literatura fantástica, Draco. Com contos de 12 escritoras mulheres, o livro aborda a complicada relação entre mulheres e cozinha, claro que com al-guns toques de fantasia, ficção cientifica e, por que não, terror?

Organização: Martha ArgelPáginas: 144Editora: DracoAno: 2012Assunto: Literatura Fantástica

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Mobília inteligente

Um exemplo de uma mobília que possibilita ter uma bancada com apa-rador, uma cama com um aparador, ou apenas um espaço mais livre.

Há quase dois anos comecei a trabalhar com móveis plane-jados. E fui aprendendo a projetar espaços com um leiaute arro-jado e inteligente, sem esquecer da estética, pois será elemento fundamental na decoração do ambiente.

Porém, a cada dia que passa chegam ambientes cada vez mais reduzidos . Muita necessidade para pouco espaço. A partir daí, fui pesquisando os chamados por mim de “móveis inteli-gentes”. E vou dividir algumas boas idéias que tenho encontra-

do: peças de mobílias muito bem pensadas.O legal é que, na maioria dos exemplos para a desmontagem

do espaço, como bancada por exemplo, não é necessário reti-rar tudo que está sobre o móvel para que ele se transforme em uma cama. Acho muito interessante também para lofts, onde, na maioria das vezes, o espaço do quarto é compartilhado com o estar e este tipo de mobiliário permite ocultar a cama quando necessário.

MORARBEM POR LORRANE ROCHA, ARQUITETA

Esse outro móvel é bem interessante, pois tem uma composi-ção de cores muito irreverente, deixando o seu pequeno espa-ço com muito estilo.

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Olá, sou Glicia Neves e toda edição estaremos aqui, falando sobre a sexualidade, dando dicas de sedução, curiosidades, novidades em produtos sensuais, mitos e tudo mais para transformar sua rotina em deliciosas noi-tes de amor.

Para começar vamos explicar um pouco sobre a se-xualidade humana, pois ela nos acompanha desde a fe-cundação até o ultimo dia de vida.

A sexualidade de um indivíduo define-se como sendo as suas preferências, predisposições ou experiência, na experimentação e descoberta da sua identidade e ativi-dade sexual.

É essa necessidade de receber e expressar afeto e contato, que todas as pessoas têm e que traz sensações prazerosas e gostosas para cada um.

Não é apenas sexo, é o toque, o abraço, o gesto, a palavra que transmite prazer entre pessoas e que temos desde antes de nascer, na barriga da mãe, quando bebês e durante toda a vida.

Conforme vamos crescendo, descobrimos também o prazer provocado pelo contato sexual, através do es-tímulo que fazemos em nós mesmos ou com outras pes-soas.

Essa forma de exprimir a sexualidade vai se juntar às outras maneiras de contato que já vínhamos vivendo des-de bebês, gerando a sexuali-dade adulta.

Por razões históricas e culturais o assunto SEXO ain-da é um tabu, um mito. Vemos no universo feminino mui-tas mulheres que ainda não sentem prazer, e que apenas fazem sexo para satisfazer o marido e no universo masculi-no, vemos muitos homens que se escondem através de uma atitude machista para não reconhecer problemas como ejaculação precoce ou até mesmo dificuldade de ereção.

Percebemos que o mun-

do evolui, temos informação em tempo real, mais as pessoas ainda vivem as dificuldades sexuais em pleno século XXI.

Hoje, o sexo é parte do cotidiano, nascemos atra-vés deles e quem ainda não fez um dia ira fazer. E ainda somos educados numa sociedade onde a virilidade e o prestígio do macho ainda são conceitos passados para os filhos. Algumas mulheres ainda são educadas para se-rem filhas e mães, e não se reconhecem como mulher. Mulheres que crescem sem conhecer seu próprio corpo, sem noção de que a sexualidade esta intimamente rela-cionada com sua auto estima, e essa com a qualidade de vida pessoal e profissional.

Por isso estamos propondo essa reflexão, se desar-me de suas convicções e preconceitos. Pense sobre o assunto, estude, questione.

Você administra os negócios, a família, vai à academia, trabalha, estuda, mais, quando você cuida da sua sexuali-dade, quando observar os seus desejos e frustrações?

Você não espera o ladrão entrar para fechar a porta, en-tão não espere uma crise em seu relacionamento para co-

meçar a pensar sobre o assun-to. Por isso, vamos falar sobre sexo, na igreja, nas escolas, em casa, com os filhos, com as es-posas, com os maridos. Vamos levar informação de qualidade e sem preconceito.

Não iremos oferecer um manual de conduta ou recei-tas prontas apenas vamos dar ferramentas para que você possa refletir sobre o assunto.

Ficou com gostinho de quero mais. Aguarde as pró-ximas edições para mergu-lharemos em um maravilhoso universo de descobertas.

Você também pode enviar suas dúvidas e sugestões so-bre temas que gostariam que fossem abordados.

E-mail para [email protected] ou [email protected].

FALANDOEM SEXO POR GLÍCIA NEVES, ESPECIALISTA EM SEXUALIDADE HUMANA E PERSONAL SEX

Sexualidade humana

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Uma vozque faz bem

A harmonia que entrelaça a beleza da voz e a cantora é simples e pura. Quem ouve Mônica Soares cantar pela primeira vez, se apaixona de cara. Os traços fortes e um sorriso fácil fazem da jovem uma grata revelação da música tocantinense. Enfermeira por formação, Mônica ainda vive o dilema de cuidar dos enfermos e, também, dos ávidos por boa música.

A jovem intérprete iniciou sua carreira em 2005 no mercado pu-blicitário, fazendo backing vocal em CDs de artistas tocantinenses e cantando em bares de Palmas. Chegou a cantar em algumas bandas, mas, com o passar do tempo, decidiu seguir carreira solo. Apaixonada pela música brasileira, Mônica é a brasilidade em pessoa. Canta, dança e compõe canções belas, já reconhecidas em festivais, apresentações musicais pela região norte do país e projetos comunitários relacionados à área da música, o que lhe proporcionou amadurecimento profissional, pessoal e musical.

O encanto da poesia cantada pela voz doce e cativante permite que os versos toquem a alma e despertem sentimentos. A leveza e a harmo-nia da música, que são frutos de influências, gêneros e gostos diversos, mas, que trazem uma identidade própria, um brilho singular, um jeito todo seu de ser. Tudo isso traduzido num rosto jovem, belo e genuina-mente tocantinense.

O sucesso e a boa aceitação do trabalho da cantora são reflexos da dedicação, respeito e carinho com que trata seu público, o que pode ser confirmado nas apresentações de Mônica Soares e o conjunto de sua obra, que inclui sonoridade, presença de palco, desempenho e descontração.

Projeto CARA

A cantora está em fase final de produção do seu novo projeto, o álbum “Cara”. O disco mistura MPB e Samba, duas paixões e Mônica. “Estou apaixonada pelo disco. Ele está ficando lindo. Vamos liberar algumas músicas dentro dos próximos dias para dar um gostinho do que vem por ai”, disse.

Com produção musical de Dênio Braga e produção executiva de Eva Pereira, o disco “Cara” foi gravado no Prateado VIPS Studio, no Rio de Janeiro e possui 10 faixa muito bem escolhidas. O lançamento oficial do disco está previsto para o fim de outubro com espetáculo no Fernando Montenegro.

“Nosso projeto é lançar o disco em Palmas e depois sair em turnê pelos centro culturais do SESC em São Paulo, Rio, Brasília e demais grandes centros”, contou Mônica Soares.

CENÁRIO ARTÍSTICO

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Dia 12 de novembrovocê tem um encontrocom o cinema nacional.

Renda revertida para iniciativas de apoio ao cinema nacional. O ProjetaBrasil Cinemark tem grande colaboração de todos os produtores e distribuidores que cedem seus filmes para o evento. A atriz Ingrid Guimarães e o fotógrafo Alexandre Salgado cederam seus cachês.

Mas não perca. É sósegunda, dia 12 de novembro,em todas as salas Cinemark.

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RESUMO TOCANTINS

Distante 276 km de Palmas, a cidade de Almas abriga o maior cria-tório de peixes do Brasil. O projeto Tamborá funciona na Fazenda São Gonçalo e produz mais de 200 toneladas de peixes por mês. O criatório ocupa uma área de cerca de 300 hectares de piscinas, que recebem os alevinos, que são cuidadosamente acompanhados até o ponto de abate. A maior parte da produção é revendida para os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Bahia e Ceará. O projeto teve início no ano de 1994, com um projeto piloto de piscicultura na região. Após meses de estudos, ficaram comprovadas cientificamente as ótimas condições climáticas e a boa qualidade da água para o desenvolvimento do proje-to em larga escala. O Projeto Tamborá também se destaca pela qualida-de do peixe produzido para o mercado consumidor.

Peixe para quem quiserO Hospital Geral de Palmas tem se tornado referência em tratamento de doenças cardíacas. Com a aquisição de novos equipamentos de última geração, o Hospital realiza procedimentos de alta complexidade como cate-terismo, angioplastia, implantes de marcapassos e tra-tamentos das arritmias por ablação, entre outros. Só em 2012 foram mais de mil procedimentos desta natureza. Segundo a Secretaria da Saúde, o sistema funciona de forma plena e possui 14 médicos que atuam no setor de cardiologia, sendo dois hemodinamicistas, três ritmolo-gistas, três ecocardiografistas e seis cardiologistas clíni-cos. O hospital possui, ainda, leitos para UTI e enfermaria, e equipamentos de última geração, como a máquina de hemodinâmica adquirida recentemente.

HGP, referência em cardiologia

A AOCP Concursos Públicos apresentou o cronograma do Concurso Público do Quadro Geral do Tocantins. Segundo a empresa, no dia 19 de outubro será divulgado o Gabarito Definitivo e, a partir daí, o Resultado da Prova Objetiva. Os candidatos terão entre 22 e 23 de outubro para recorrer do resultado, que estará disponível no site www.aocp.com.br. De acordo com a empresa, há dois cronogramas, sendo um direciona-do ao cargo de Operador de Máquinas (todas as modalidades) e outro aos demais 116 cargos. Em ambos os cronogramas constam as datas que definem cada etapa do certame até a divulgação do Resultado Fi-nal, onde se encerra o trabalho da organizadora. O resultado final será divulgado para todos os cargos no dia 11 de dezembro, e no dia 20 de dezembro está prevista a publicação do Ato de Homologação do Re-sultado Final.

Quadro Geral

Um vídeo promocional circula na internet e chama a aten-ção dos brasileiros, em especial dos tocantinenses. O proje-to “Out of Africa Brasil” pretende criar um safári africano em pleno Jalapão. Com um investimento de mais de R$ 350 mi-lhões, o projeto é coordenado pelo ex-secretário de Saúde do Tocantins, Nicolau Esteves, que sonha em trazer mais de 400 animais de 17 espécies diferentes. A ideia é que elefantes, leões, leopardos, búfalos, rinocerontes (brancos e pretos),

zebras, hienas, kudus e impalas habitem uma reserva de 100 mil hectares. Segundo os empreendedores, o Brasil e a África possuem vegetação e clima semelhantes (savana e cerrado), o que viabiliza a adaptação dos animais. O projeto ainda está em fase de análise das autoridades ambientais. O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) informou que ainda não é possível dar um parecer favorável ou contrário à proposta apresentada.

A África é no Tocantins

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Após o período eleitoral muitos candidatos acabam caindo no esquecimento. Mas a campanha de 2012 deixou gravado na memória dos tocanti-nenses um candidato inusitado que causou muita confusão e fez sucesso na internet. O “candidato”, no caso, é o polêmico Willyhã da Ilha, personagem interpretado pelo humorista Bruno Barros Barbo-sa, do grupo “Tô na Comédia”. O primeiro vídeo de Willyhã da Ilha teve mais de 30 mil visualizações do YouTube e vou a mencionado por sites de humor nacionalmente reconhecidos. O candidato chegou

a fazer um showmício em um restaurante da capital para expor suas propostas de campanha, como a Creche da Mãe Baladeira, onde as mães poderiam deixar seus filhos enquanto saíam para as “noitadas” e a Super Escola de Tempo Integral, onde os pais deixam os filhos no início do ano e só pegam de volta no natal. Com muito bom humor, o grupo faz uma sátira ao cenário político atual. Vale a pena conferir.

Willyhã da Ilha

O Secretário Estadual da Juventude e dos Esportes, Olyntho Neto, disse que o governo investiu R$ 1.760.200,00 no Jogos Estudantis do Tocantins (Jets) em 2012. Segundo o gestor, os investimentos nos esportes de base já começam a dar resultados e a prova são os resultados positivos dos alunos-atletas da rede estadu-al de ensino nos campeonatos que disputam. Dentre os destaques apresentados estão a primeira colocação dos representantes das unidades escolares estaduais nos Jets e as conquistas obtidas nas últimas Olimpíadas Escolares na categoria 12 a 14 anos, realizadas em setembro de 2012, em Poços de Caldas, Minas Gerais.

Investimento no esporte

Os artistas plásticos tocantinenses estão em ótima fase e a prova disso é o reconhecimento do trabalho de artistas como Emerson Silva. Nos meses de setembro e outubro o repórter fotográfico participou da Exposição Coletiva Women That Make a Difference (Mulheres que Fazem a Diferença), no Palácio das Nações Unidas em Genebra, Suíça. O projeto que retrata 12 comunidades de mulheres que ganham seu sustento por meio do artesanato no Brasil. Emerson Silva tem seu trabalho calcado no Patrimônio Cultural do Tocantins, com ênfase nas manifestações populares; é autor do primeiro fotolivro publicado no Estado, ganhou vários prêmios, entre os mais recentes, 1º e 2º Prêmio Nacional de Ex-pressões Culturais Afro-Brasileiras. Também realizou várias exposições durante sua carreira, levando o Estado além de suas fronteiras, ganhando destaque na-cional pelo seu olhar sobre o povo tocantinense.

Arte tocantinense

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RESUMO BRASIL

Atualmente, a maior parte da energia utilizada na estontean-te ilha de Fernando de Noronha tem origem nas usinas termoelé-tricas, que usam óleo diesel como combustível. Mas um projeto audacioso do governo local pretende implantar 100% de energia limpa para consumo no local. A ideia é implantar 13 mini-usinas eólicas, duas placas solares e uma usina de incineração de lixo, que devem começar a funcionar até 2014. Este aparato irá aten-der 43% da demanda energética, os outros 57% virão de duas placas de 200m² instaladas no fundo do oceano que utilizam o movimento das ondas para gerar energia. Essa usina funcionará com dois geradores presos na base das placas, que transforma-rão o movimento de vai-e-vem em energia elétrica.

Já faz alguns anos que o Brasil sonha em ter um assento no Conselho de Segu-rança da Organização das Nações Unidas (ONU). Porém, dentro de suas fronteiras, pouca coisa é feita para equipar e manter as Forças Armadas equipadas e atuali-zadas. Somente o Exército Brasileiro possui mais de 203 mil militares e está suca-teado. Segundo alguns generais, o exército brasileiro possui munição para cerca de uma hora de guerra. Para tentar mudar esse cenário, em 2008 foi assinada a Estratégia Nacional de Defesa (END), que pretende reaparelhar as Forças Armadas do país. Porém, desde sua assinatura poucas medidas foram tomadas para mudar a situação atual.

Noronha 100% limpa

Exército sucateadoDe 50% a 90% da exploração madeireira é

realizada pelo crime organizado, respondendo por até 30% do comércio global. A informa-ção foi divulgada no relatório Carbono Verde: Comércio Negro, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O comércio de madeira extraída ilegalmente na Amazônia, na África Central e no Sudeste Asi-ático movimenta de US$ 30 bilhões a US$ 100 bilhões por ano e é responsável por até 90% do desmatamento de florestas tropicais no mundo. A atividade, aponta o relatório, conta com velhas táticas, como suborno e falsifica-ção de licenças, e tecnologias modernas de invasão de sites do governo. No total, foram descritas 30 formas de obtenção de madei-ra e "lavagem" de madeira ilegal. Segundo a Interpol, a retirada ilegal de madeira está as-sociada também ao aumento de violência em geral, assassinatos e agressões a populações indígenas. A Polícia Internacional alerta que é necessário um esforço global coordenado para lidar com o problema.

Madeira ilegal

Um estudo apresentado durante o 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia revela um dado alarmante. Segundo os especialistas, 7,9% das crianças brasileiras de 5 a 12 anos tem enxaqueca. O levantamento foi realiza-do em 87 cidades de 18 Estados, e compro-va que queixas frequentes de dores de ca-beça em crianças devem ser levadas a sério. Apenas 17,9% das crianças brasileiras nunca se queixaram de dores de cabeça, de acor-do com a investigação. E, além dos 7,9% que tem enxaqueca episódica, 0,6% apresentam a forma crônica da doença, que se caracte-riza por dores em mais de 15 dias por mês.

7,9% das crianças tem enxaqueca

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RESUMO MUNDO

Declaração do presiden-te venezuelano Hugo Chávez, afirmando que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, votaria em Chávez, se fosse venezuelano e que faria o mesmo por Obama, caso fos-se americano.

“Eu votaria em vocêe você em mim” Sabe aquele momento desagradável por qual todo mundo já

deve ter passado, quando, durante um encontro, você, acidental-mente, derruba uma taça de vinho sobre a toalha de mesa bran-ca? Pois para a felicidade dos amantes desastrados, o designer Kristine Bjaadal transformou este momento trágico em obra de arte. É que ele desenvolveu um tecido com um material imper-meável, que impede que líquidos sejam absorvidos em toda a su-perfície da toalha, formando desenhos coloridos cada vez que um líquido é derramado sobre a mesa. A cada desastre, belas imagens aparecem como mágica, transformando o momento embaraçoso em mais uma declaração de amor.

Mancha artística

Para o pesadelo de muitas mães e para a alegria daqueles com senso de humor, Dave En-gledow, fotógrafo americano, elaborou uma série de cenas engraçadas onde ele interage com sua filha Alice, de 1 ano e meio. Com o título “Worlds Best Father” (o melhor pai do mundo), as fo-tografias retratam situações onde ele aparece como um pai irresponsável, colocando a criança em risco. Vale a pena conferir todas as fotos cria-das pelo artista, que estão disponíveis em seu facebook (www.facebook.com/EngledowArtPho-tography).

O “pai do ano”

Nova York, uma das maiores cidades do mundo, possui exatamente 13.659 cabines telefônicas públicas. Por outro lado, a metrópole conta com 17 mil linhas de telefone celular, o que comprova que os telefones públicos podem estar com os dias contatos. Mas para incentivar a utilização dos aparelhos públicos, o arquiteto nova-iorquino John Locke decidiu trans-formar pequenas bibliotecas em cabines telefônicas, na ilha de Manhattan. O projeto do “bibliotecário-guerrilheiro”, como se define o artista, até o momento duas instalações foram montadas e são um sucesso na cidade. O objetivo é promover a leitura de forma diferente. A ideia é que a pessoa passe pelo local, pegue um livro e leve para casa. No outro dia ela devolve para que outras pessoas possam aproveitar a leitura.

Leitura telefônica

Mais uma novidade chega ao Google Maps. Agora o gigante da internet mer-gulhou de cabeça no projeto de mapear o mundo e colocou à disposição dos in-ternautas imagens panorâmicas em alta definição do fundo do mar. Já é possível visualizar a Grande Barreira de Corais, na Austrália, das Ilhas Apo, nas Filipinas e do entorno das ilhas do Havaí. Elas mostram corais, peixes, plantas, tartarugas e outras criaturas agindo normalmente em seu habitat. As fotos fazem parte de uma parceria entre o Google e o Catlin Seaview Survey, projeto que pretende do-cumentar os principais recifes de corais ao redor do planeta. O objetivo é que, com um número grande de registros e dados, os cientistas possam avaliar os efeitos das mudanças climáticas para o ecossistema oceânico. Foram feitas mais de 15 mil panorâmicas com uma câmera semelhante à usada para o registro das ruas, mas adaptada à profundidades entre 30 e 100 metros.

Google maps no fundo do mar

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MOLECADA

Luiz Bento

Mari

Alice Amorim

Julia

Théo

Raphael Heitor

RachelIsabella Costa

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INVERTER

O cerrado tem umas locas que escondem malinagens. O cerrado guarda uma quentura branda, feito as astúcias da Raposa e o lero do Papagaio. Quando chega tempo de enchente de rio, a raposa tem o ofício de espiar os bichos de-sentocados, perdidos, famintos. Observa cada um em separado... A Raposa fica estudando as presas. Uma que logo alardeia a falta de comer, outra que vai pedir um favorzinho, outra pede uma vaga, uma casa, tjolo, telha... – Olha, mi-nha gente, essa Raposa que vocês tanto conde-nam, está aqui outra vez para proteger vocês. Se eu estiver do lado de vocês e vocês do meu lado, mal nenhum acontecerá!

Vocês estão vendo aquele Papagaio? Sim, eu protegi esse danado tantos anos... ele aprendeu a falar comigo, repetindo tudo que eu falava... ele levava recado, me ajudava mesmo, ficava sempre dependurado no meu ombro! Pois bem, esse papagaio trocou as penas, está longe de mim... diz que aprendeu outra língua, que conversa o chinês, gosta do francês e não aprecia pequi. Eu sei que inclusive o rato está do lado dele... mas ainda tenho muitos amigos, a Galinha, o Boi, a Cobra e tantos outros. Fico pensando, sinceramente, se um Papagaiozinho de recado vai me alcançar aqui... se vai sair do Cerrado e alcançar a Serra! Vem Papagaio, vem! Eu sei que você desejou ser Tucano, mas não adianta, você é Papagaio!

O Papagaio faz que escuta a Raposa e deci-de continuar sua marcha torta em reta, bican-do aqui e ali... A Raposa manda mais insulto, o Papagaio resolve então reunir os seus. Atenção para a chamada: Traíra, Trairinha e Trairão! Cadê as Piranhas? Cadê os outros? Foram vocês que

me empurraram contra a Raposa! Vem cá! Cadê vocês? Agora não tem mais volta, a gente vai enfrentar a Raposa! Vem gente! Cadê os Ratos? Vem Urubu! Vem Aedes! Isso, isso, vamos che-gando... Está aqui: Jacaré, bicho bom... traiçoi-reiro! Calango malandro... muda de cor! Canário do Reino... quanta honra, como vai o Rei?

Eis uma contenda igual, a Raposa e o Papa-gaio. A notícia correu ligeiro entre a bicharada. Enquanto isso os homens estão tranquilos em suas casas, pouco trabalho e muito salário para uns... nenhum salário e muito trabalho para ou-tros. Os homens estão dando pouca importân-cia para o mundo dos bichos, exceto um Jorna-lista Tinhoso que vem estudando esses bichos desde que um cidadão resolveu exibir uma onça como troféu e ainda retirou-lhe um dente para presentear sua amada... que lindo colar! O Jornalista Tinhoso resolveu investigar de qual vão era aquela onça e acabou dentro da briga da Raposa com o Papagaio. Depois de muita reu-nião, conseguiu marcar um encontro: A Raposa, o Papagaio e o Jornalista. Quem negociava pela Raposa era a Cobra, pelo Papagaio era o Rato. Ou então, pela Raposa a Galinha, pelo Papagaio o Jacaré. O Jornalista em muitos momentos não conseguiu entender quem estava do lado de quem... e pensava: Tudo isso unicamente pelo roçado herdado do finado Gato Santinho! Bem, estavam marcados dia e hora para o embate fi-nal. O jornalista chegou cedo, a Raposa mandou dizer que estava resfriada, o Papagaio mandou dizer que estava esperando seus óculos fica-rem prontos... Contam que ainda hoje tem uma Raposa desviando, um Papagaio voando e um Jornalista atrás...

Inverter, o papagaio, o macaco e o jornalista

POR CÉLIO PEDREIRA,PORTUENSE, MÉDICO E ESCRITOR

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BEM ESTAR

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Quiropraxia é uma profissão da saú-de que lida com o diagnóstico, a tratamento e a prevenção das desordens do sistema neuro--músculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral. Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com um enfoque par-ticular nas subluxações.

Os conceitos e os princípios que distin-guem e diferenciam a filosofia da Quiropraxia de outras profissões de saúde são de grande importância para a maioria dos quiropraxis-tas e influenciam profundamente a atitude e a abordagem destes em relação atenção à saúde.

A relação entre a estrutura, particular-mente a coluna vertebral e o sistema múscu-lo-esquelético, e a função, especialmente co-ordenadas pelo sistema nervoso, constitui a essência da Quiropraxia e o seu enfoque para a restauração e preservação da saúde.

Hipoteticamente, consequências neurofi-siológicas significativas podem ocorrer como resultado de distúrbios funcionais mecânicos da coluna vertebral, descritos pelos quiropra-xistas através do termo subluxação ou com-plexo de subluxação.

O exercício da Quiropraxia enfatiza o trata-

mento conservador do sistema neuro-músculo--esquelético, sem o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Causas e consequên-cias biopsicossociais também são fatores signi-ficativos na abordagem do paciente.

Para realizar os ajustes, o quiropraxista uti-liza as mãos e, conforme a necessidade, pode utilizar alguma instrumentação específica.

A quiropraxia é uma profissão amplamen-te reconhecida nos países desenvolvidos como um método altamente eficiente e natu-ral de cuidar da saúde. Essa ciência, já conhe-cida e utilizada em todo o mundo há mais de 100 anos, é nos EUA a segunda profissão na área da saúde mais procurada pelos america-nos. É indicada para dores na coluna lombar, hérnia de disco e dor ciática, dores no pesco-ço, dores de cabeça, dores e tensão muscular, problemas nas articulações do ombro, cotove-lo, punho, joelho, tornozelo, restrições a mo-vimentações, DORT/LER, cólicas menstruais e infantis, constipação intestinal.

Pessoas de todas as idades podem se beneficiar do tratamento com a Quiropraxia desde recém-nascido até pessoas de idade bastante avançada. O tratamento, entretanto, é adequado a cada paciente com o emprego de técnicas específicas para cada idade.

“Quiropraxia, a arte de tratar com as mãos”.

Quiropraxia: a arte de tratar com as mãos

POR LEONARDO FRANCO, FISIOTERAPEUTA E QUIROPRAXISTAMEMBRO DA ANQ – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE QUIROPRAXIAMEMBRO DO IBRAQUI – INSTITUTO BRASILEIRO DE QUIROPRAXIA

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DIREITOS E DEVERES

Fazer um contrato, nem sempre é tarefa fácil. No exercício da liberdade de contratar, os empresários podem formular uma imensidão de contratos, previstos ou não em lei, e, ainda, intro-duzir em seus termos uma variedade infinita de cláusulas, corretas ou não.

Mesmo com todo cuidado na comunicação, os envolvidos deixam, pela inexperiência, de ex-pressar, claramente, o que pretendem. Quando um contrato for elaborado com termos contradi-tórios, e as partes não concordarem, não have-rá outra saída senão recorrer ao Judiciário, que está abarrotado de demandas, por isso mesmo recorrer à justiça não é negócio para ninguém, nem mesmo para os próprios advogados.

Por diversas vezes, o profissional do direito se depara com erros e falhas que poderiam ter sido evitados com uma mera atuação preventiva.

Para a defesa de uma empresa o que precisa é o empresário estar bem assessorado, para não ser surpreendido com reparação de danos per-feitamente sanáveis. O advogado neste caso es-tará agindo como um estrategista, que indicará o melhor caminho dentro dos limites do direito.

Muitos acreditam que o auxílio de um profis-sional jurídico é necessário apenas em grandes empresas, mas estão enganados. O pequeno em-presário, se contar com ajuda jurídica, tem mais chance de crescer, pois tomará decisões mais acertadas e adotará os passos mais corretos.

É importante que o advogado esteja presen-te no início, meio e fim dos atos empresariais, sendo consultado antes da tomada de qualquer decisão, durante a execução e ao término.

Na maioria dos casos o que acontece é que o

advogado é procurado no estado terminal, quan-do a demanda jurídica já foi interposta e os erros já estão cometidos, tendo de reduzir muitas ve-zes inevitáveis danos.

A atuação preventiva do advogado poderá impedir o surgimento de demandas judiciais, evitando o desgaste das partes envolvidas, o relacionamento entre elas e até mesmo as pesa-das custas judiciais a que todos estão sujeitos. Mais do que isso, contribuirá com a redução de processos nos tribunais e na empresa, dará es-tabilidade para o negócio, evitando custos que o gestor não contava, e claro, que a empresa não estava preparada para arcar.

O empresário não pode estar preocupado com a saúde jurídica de sua empresa e sim, vol-tar sua atenção para outros fatores, como a con-dução dos negócios, os contratos que pretende fechar e a melhor forma de atender seus clientes e fornecedores.

A advocacia preventiva é a única forma de atuar com a mais estrita segurança jurídica, além de reduzir consideravelmente os custos da empresa, e dos riscos de uma demanda judicial. O trabalho da advocacia preventiva é parecido com o de um excelente escritório de contabilida-de: tanto na orientação como na remuneração.

Agir sem a consulta de um advogado é o mes-mo que abrir uma empresa sem a ajuda de um contador ou fazer exercícios sem um professor de educação física, ou ainda, tomar remédio sem a devida prescrição médica: pode levar até mesmo a morte de sua empresa se administrado de for-ma errada, e se não for fatal, os danos podem ser irreparáveis. Empreendedores, pensem nisso!

Prevenir é melhorque remediar

POR CHRISTIAN ZINI AMORIM, ADVOGADO, SÓCIO DO ESCRITÓRIO ZINI & AMORIM [email protected]

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São diversas as opções de escova progres-siva. Existem a de chocolate, mel, marroquina, inteligente, de frutas, e dúvidas a respeito da real diferença entre elas e como escolher a mais ade-quada também não faltam. Além disso, o princi-pal elemento químico da maioria das progressi-vas – o ácido fórmico ou formol – é fiscalizado pela Agência de Vigilância Sanitária, a ANVISA. Em excesso nas fórmulas, ele provoca desde queda de cabelo, intoxicação e até queimaduras no couro cabeludo. Por isso, é necessário cautela antes de realizar qualquer tipo de procedimento e mudança de forma. A seguir, os Hair Designers Caio Alves e Erick Czerwinski , esclarecem essa e outras dúvidas sobre a progressiva. Confira:

O procedimento é indicado para qualquer tipo de cabelo?

Não. Ela é indicada para cabelos crespos e volumosos, mas é desaconselhável para cabe-los afro, que tem fios porosos. O que costuma acontecer é que, geralmente, o cabelo crespo (bem espiral) tem um número menor de cutícu-las (escamas) e o produto acaba fixando menos. Quando o procedimento de selagem é feito nes-se cabelo afro, os fios ficam mais grossos.As mulheres que já tem algum tipo de química no cabelo podem fazer a progressiva?

Depende. Nos cabelos tingidos ou com me-chas, pode-se fazer a progressiva. Dependendo do caso, a tintura e a progressiva podem ser rea-lizadas no mesmo dia, mas tem que ter o aval de um profissional qualificado. Além disso, os cabe-los que passaram por um procedimento recente de relaxamento devem esperar uma semana, no mínimo, até o cabelo estar preparado para um novo procedimento capilar.Cabelos sem química não se beneficiam tanto quanto os tingidos na progressiva?

É verdade. O cabelo "virgem" não tem o mes-mo resultado com a progressiva. Geralmente, os cabelos sem química tem fibras de queratina em perfeito estado, sem fissuras ou aberturas. Então, o produto da progressiva tem uma maior dificuldade de penetrar no fio e fazer efeito. Para atingir o resultado esperado, alguns profissio-nais realizam algum procedimento químico,

como uma tintura ou um relaxamento, antes de fazer a escova progressiva. Existem no mercado diversas opções de escova progressiva: de flores, mel, chocolate, leite, mar-roquina... Qual a principal diferença entre elas?

Na verdade, alguns fabricantes desenvol-veram fórmulas que reúnem alisantes mais um creme reconstrutor diferenciado, o percentual de alisante também pode mudar. Entretanto, a principal diferença entre elas é o cheiro e, em geral, quanto mais forte for a fragrância, é sinal de que o alisante também é.Quais os cuidados para fazer a progressiva du-rar mais?

Os cuidados básicos envolvem evitar pren-der ou colocar grampos logo após fazer a pro-gressiva, pois o cabelo ainda está muito sensí-vel, e não torcer o cabelo para não ficar marcado. Além disso, é muito importante realizar hidrata-ções no salão para recuperar os fios depois do procedimento químico. Dependendo do fabrican-te do produto, é preciso ficar um, dois ou três dias sem lavar os fios para melhores resultados. Tudo isso deve ser orientado pelo profissional que vai realizar o procedimento.

Lisos sem medo

POR CAIO ALVES E ERICK CZERWINSKI, HAIR DESIGNERSLADY&LORD CABELEIREIROS E ESTÉTICA

BELEZA

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ESTÉTICA

A Micropigmentação é uma técnica que tem finalidade estética de corrigir, modificar sobrancelhas, pálpebras , lábios... ou finalidade médica, utilizada em pessoas que sofrem de vi-tiligo e para corrigir imperfeições ou cicatrizes pós-cirúrgicas, como em mulheres que passa-ram pelo procedimento de mastectomia ou de mamoplastia ( aréola mamárias... ) através da implantação de pigmentos a nível epidérmico.

A micropigmentação veio para realizar o de-sejo de quem sempre quis fazer uma maquiagem definitiva, mas não fez pelo medo de se arrepen-der. Diferente do que se fazia anteriormente, que nada mais era do que uma tatuagem, esse pro-cedimento é duradouro mas não definitivo.

A revista PWM conversou com Dra. Cintia Rodrigues do Centro de Dermatologia de Pal-mas para tirar algumas duvidas sobre a micro-pigmentação.

O mais importante, fica natural Dra?Melhor do responder é mostra, rsrsrs , veja

a minha sobrancelha, ela é totalmente natural e é resultado de uma micropgimentação bem fei-ta. Como tudo que é bom, tem que ser bem feita e usando a técnica correta a micropgmentação fica extremamente natural Quanto tempo dura uma micropigmentação?

Dependendo do tipo de pele, técnica, locali-zação e pigmentos, o resultado pode chegar há 2 anos. Sendo feito uma revisão a cada 12 me-ses, para avaliar o estado da Micropigmentação e decidir quando realizar um retoque.A micropimentação é dolorosa?

Depende muito do grau de sensibilidade e é feito uma anestesia tópica. Há um pequeno incomodo, mas nada comparável a qualquer procedimento que nós mulheres e também os homens fazem na busca da beleza. Meu marido costuma brincar com as pacientes que quei-

xam de alguma coisa ( durante um Botox, por exemplo) , “ é a beleza entrando” rsrsrs.Pode piorar minha imagem?

Não. Antes do procedimento é feito é rea-lizado um desenho de como será a micropig-mentação. Só se realizará a micropigmentação após a aprovação do desenho. Como se elimina?

O próprio sistema imunológico se encarrega de eliminar as partículas de pigmentos. Se não deseja voltar a realizar-se a Micropigmentação, a cor irá desaparecendo pouco a pouco até que se elimine por completo. No caso que por determi-nadas circunstâncias tivesse que eliminá-la de forma drástica, somente será possível com uso de uma técnica chamada de reengenharia .Corro algum risco ao me submeter a um trata-mento de micropigmentação?

Na Consulta Prévia à Micropigmentação é feita avaliação se há alguma contra indicação ao tratamento que irá submeter-se e caso não tenha nenhuma, não produzirá nenhuma reação alérgica e se o profissional segue todos os cuida-dos corretamente tantos pré como pós Micropig-mentação, não há nenhum risco para a saúde. Tenho que fazer alguma manutenção especial?

Não, a Micropigmentação não exige uma manutenção exaustiva, nada que não façamos habitualmente. Proteger a área micropigmenta-da com um filtro solar, cuidados com procedi-mentos estéticos como laser e peelings, revi-são aos 12 meses para uma boa manutençãoE agora a pergunta final: é caro ?

Depende das necessidades que tenha. Pensando num preço médio de uns R$ 500 00 divididos pelos meses que se mantém, sem a necessidade de nenhum tipo de manutenção durante este tempo, podemos chegar à conclu-são que é um dos tratamentos estéticos mais baratos.

Micropigmentaçãode sobrancelha

POR CINTIA RODRIGUES, FONOAUDIÓLOGA ESTÉTICA RESPONSÁVEL PELA PARTE DE ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL, MICROPGMENTAÇÃO ESTÉTICA DO CENTRO DE DERMATOLOGIA DE PALMAS

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SAÚDE

Engana-se quem pensa que uma criança nada mais é do que um adulto em formação. Mais vulnerável em alguns pontos, mais resis-tente em outros, esse pequeno indivíduo reúne um complexo conjunto de características ana-tômicas, fisiológicas e psicológicas (só para ci-tar algumas) que lhe são próprios, que o fazem responder diferentemente de um adulto diante de doenças e de tratamentos. Tanto isso é ver-dade que, no campo clínico, diversas especia-lidades médicas se dedicam exclusivamente à grande área que é a Pediatria.

Na área cirúrgica isso não é diferente. Mas a formação desse cirurgião, ao menos no Brasil, talvez seja uma das que mais exige do profissional. Além de preencher todos os requisitos comuns a todos os médicos para a obtenção do diploma, para se tornar especia-lista em Cirurgia Pediátrica, forçosamente de-verá empenhar mais três anos para conhecer as variadas técnicas empregadas na cirurgia geral e outros três anos na Cirurgia Pediátrica. Caso o cirurgião decida aprofundar seu conhe-cimento em uma das subespecialidades cirúr-gicas da criança, mais um ano de formação. A reduzida dimensão dos órgãos e a fragilidade dos tecidos de um recém-nascido, por exem-plo, não podem ser comparados às de um ser humano adulto.

A abrangência da especialidade é vasta; constitui-se de um grande número de interven-ções de pequeno e médio portes, como o tra-tamento cirúrgico de fimose , hérnias inguinal, umbilical, epigástrica, hipóspadia, criptorquia,

torção de testículo, cisto tireoglosso, apendici-te; até a reconstrução de órgãos malformados, retirada de tumores e transplante.

Talvez seja o longo período de formação o motivo a desestimular a maioria dos médicos a seguir essa especialização e que faz com que o número de profissionais com esse perfil esteja aquém das necessidades do país. Localidades mais distantes das capitais não têm sequer um especialista atuante; por vezes apenas um ou dois se dedicam a operar crianças num estado inteiro.

Crianças não são apenas adultos em miniaturas. Segundo o Presidente da Associação Bra-

sileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE)- Dr. Max C. Schlobach:

¨Desde 2007 a CIPE vem procurando organizar mutirões nacionais de cirurgia da criança e do adolescente, para tentar reduzir as filas de espera por procedimentos cirúrgicos de pequeno porte, que dispensam internação, especialmente nos hospitais públicos do país. Com a iniciativa, a entidade procura abreviar o tempo de espera também para as cirurgias mais complexas nessas instituições e ainda, permitir aos pacientes operados a recuperação de sua qualidade de vida em prazo mais curto.

Medida paliativa, que tenta também ,mini-mizar a falta do especialista.

Espero que num futuro próximo consiga-mos atrair mais médicos para a especialidade, que o país possa dar um salto de qualidade em sua infraestrutura de saúde.

Estão algumas especialidades pediátricas em extinção?

POR LÚCIA CAETANO PEREIRA, CIRURGIÃ PEDIÁTRICA – MEMBRO TITULAR DA CIPE

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