revista braiiuira de zoologia - scieloto padrão (cp, do extremo dó focinho ata! o fmal do...

21
REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA .......... ZooI .. 1(3) : 223-243 15/XH/91 DISTRIBUIÇÃO E CICW DE,VIDA DAS ESPtCIES DE ABUNDANTES DA LAGUNA D,E RIO DE JANEIRO. BRASIL , .. 1 " II Luis R. R. Barbieri,l José V. Andreata, Man:os A. Santos, Maria H.C. da Sil;va, Andrés S.C. Sebilia, Ricardo P. dos Santos ABSTRACT Month/y sampling from morch 1981 to april 1983 using beach seines, cast nets and gill nets indicated su species, Xenomelaniris 8revoortia ' Pectinata: Geo- phagus brasiliensis. Gerres aprion. Genidens genidens Achirus lineatus. as the most abundant fishes in the Mizrependi Lagoon, Rio Janeiro, BraziL The sPecies presented a long reproductive period and the reeruitment distrihuted throughout the year. Ana/ysis of the mean catch per unit effort in relation to 'month" sampling areas, and environmental factors aJong with ana/ysis of the length frequency distribution by depth strata indicated that the spatial distribution, related to depth and occu"ence of submergedaquatic vegetation seem to be the fTlain factors regulating the species distri- bution. Alteration oFthe environmental conditiom in the lagoon due to the' opening of the Marapendi ,channel in 1984 caused significative modification in the distribution and abundance pattems of the main species. The impact of these a/terations in the Mara- pendi Lagoon fish community has yet to be detennined ' INTRQDUÇÃO Os estuários representam ambientes altamente produtivos, constituindo importan- tes zonas de crescimento e alimentação para larvas e juvenis de diversas espécies de pei- xes e invertebrados (MiIler & Dunn, 1980; Chao et al ., 1987; Himes et aI., 1987). Embo- ra muitas destas áreas não apresentem um potencial pesqueiro direto, o papel dos estuá- rios como criadouros de diversas espécies exploradas comercialmente toma o estudo des- tes ambientes extremamente importante para o manejo de recursos costeiros (Chao et aI., no prelo; Lenanton & Potter, 1987). Apesar 4a abundância de estuários e lagunas costeiras no litoral do Rio de Janeiro, poucos estudos foram realizados especificamente sobre a ictiofauna estuarina da região e até o momento pouco se sabe sobre a importância destes ambientes no ciclo de vida das espécies locais. Este trabalho apresenta os padrões de distribuição espacial e tempo- ral, relação com parâmetros ambientais e a composição de comprimentos das seis espé- cies de peixes mais abundantes capturadas na Laguna de Marapendi, enfatizando-se o Universidade Santa Úrsula, Departamento de Biologia Animal, Rua Fernando Ferrari, 75, Bo- tat"ogo, CEP 22231 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil. Endereço atual: Vilginia Institute of t.1alim Science School of Marine Science The CoUege of William .l Mary Gloucester POint, VA 23062 - USA \ ,.

Upload: others

Post on 23-Mar-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA

.......... ZooI .. 1(3) : 223-243 15/XH/91

DISTRIBUIÇÃO E CICW DE, VIDA DAS ESPtCIES DE PE~ ~AIS ABUNDANTES DA LAGUNA D,E M~ENDI. RIO DE JANEIRO. BRASIL

, .. 1

"

II

Luis R. R. Barbieri,l José V. Andreata, Man:os A. Santos, Maria H.C. da Sil;va,

Andrés S.C. Sebilia, Ricardo P. dos Santos

ABSTRACT

Month/y sampling from morch 1981 to april 1983 using beach seines, cast nets and gill nets indicated su species, Xenomelaniris bns~nsis. 8revoortia 'Pectinata: Geo­phagus brasiliensis. Gerres aprion. Genidens genidens ~nd Achirus lineatus. as the most abundant fishes in the Mizrependi Lagoon, Rio 'd~ Janeiro, BraziL The sPecies presented a long reproductive period and the reeruitment distrihuted throughout the year. Ana/ysis of the mean catch per unit effort in relation to 'month" sampling areas, and environmental factors aJong with ana/ysis of the length frequency distribution by depth strata indicated that the spatial distribution, related to depth and occu"ence of submergedaquatic vegetation seem to be the fTlain factors regulating the species distri­bution. Alteration oFthe environmental conditiom in the lagoon due to the' opening of the Marapendi ,channel in 1984 caused significative modification in the distribution and abundance pattems of the main species. The impact of these a/terations in the Mara­pendi Lagoon fish community has yet to be detennined '

INTRQDUÇÃO

Os estuários representam ambientes altamente produtivos, constituindo importan­tes zonas de crescimento e alimentação para larvas e juvenis de diversas espécies de pei­xes e invertebrados (MiIler & Dunn, 1980; Chao et al., 1987; Himes et aI., 1987). Embo­ra muitas destas áreas não apresentem um potencial pesqueiro direto, o papel dos estuá­rios como criadouros de diversas espécies exploradas comercialmente toma o estudo des­tes ambientes extremamente importante para o manejo de recursos costeiros (Chao et aI., no prelo; Lenanton & Potter, 1987).

Apesar 4a abundância de estuários e lagunas costeiras no litoral do Rio de Janeiro, poucos estudos foram realizados especificamente sobre a ictiofauna estuarina da região e até o momento pouco se sabe sobre a importância destes ambientes no ciclo de vida das espécies locais. Este trabalho apresenta os padrões de distribuição espacial e tempo­ral, relação com parâmetros ambientais e a composição de comprimentos das seis espé­cies de peixes mais abundantes capturadas na Laguna de Marapendi, enfatizando-se o

Universidade Santa Úrsula, Departamento de Biologia Animal, Rua Fernando Ferrari, 75, Bo­tat"ogo, CEP 22231 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil. Endereço atual: Vilginia Institute of t.1alim Science School of Marine Science The CoUege of William .l Mary Gloucester POint, V A 23062 - USA

\ ,.

Page 2: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

ReYta bras. Zool.

papel do ambiente estuaIino no ciclo de yjda das e~cies. A re1açio do total de e~cies capturadas durante o período de amostragem e uma descrição detalhada da ma estuda­da foram apretentados por Anelreata et alo (no prelo).

MATERIAL E MtrODOS

As amostras foram obtidas segUndo um programa de amostragem aleatório estrati­ficado, no qual a ma total estudada foi subdividida em quatro faixas longitudinais de­aproximadamente 2.5 km de extensão, mas 1, 2, 3 e 4, dispostas seqüencia1mente atA! o interior da 1apna, com o objetivo de refletir o gradiente de salinidade. Cada ma foi subdividida em tlfs resaões: margem norte, mugem sul e canal central (Fig. 1).

Amostru meDSlil foram realizadas no período de muço de 1981 a abril de 1983 com redes de arnsto de praia, tarrafas e rede de espera em estações pontuais estabeleci­das aleatoriamente em cada regiio por mL Pua cada estação foram registrados 01 val~ res de salinidade, temperatura e oxigênio dissolvido superficiais.

Para as mtOStDs com auasto de praia nas regiões muginais_ rasas foi u~da uma rede de calões com 5 m de comprimento, 1,4 m de altura e malha de 15 mm, com um esforço de 3 unstos IJOr estação. Para as amOstras com tarrafa, realizadas nas regiões maiginais e zonas do canal, utilizou-se uma rede de 2 m de altura e malhade 18 mm, com um esforço de 15 lances por estação. Uma rede de espera de 35 m de comprimento, 2 m de altura e malha de 25 mm foi utilizada nas zonas mais profundas do canal. Não foi utilizada nenhuma unidade de esforço para a rede de espera e as amostras foram utili­zadas apenas para fornecer dados de comprimento e oconência das e~cies.

No laboratório todos os exemplares foram identificados, medidos no comprimen­to padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado o sexo e o peso das góna­das. Em-amostras demasiadamente grandes foram retiradas sub-amostras aleatórias de 30 indivíduos de cada ~ie. Nestes casos era contada e pesada a captura total por e~cie.

O índice gonadOSlOmátiCO (IGS) das fêmeas foi obtido a~s da relação: WgJ (Wt-Wg) x 100, onde Wg ~ o peso da gônada e Wt o peso total, ambos em gramas (Vazzoler,I981).

A abundiocia relativa das e~cies foi medida em termos de captura m6dia por unidade de esforço (CPUE), utilizand~se o número ~dio de indivíduos por arrasto para os arrastos de praia e número m6dio de indivíduos por lance para as amostras com tarrafa. As diferenças significativas entre as médias de CPUE foram testadas atrln'és de análise de variiocia (ANOVA, p < 0,05) seguida do teste u a posteriori" de Scheffe (p < 0,05). A . normalidade dos dados e a homogeneidade das variâncias dos grupos f~ ram testadas prmamente atr.r.és do teste de Bartlett (p < 0,05) (Sokal &: Rohlf, 1981) e realizadas, sempre que necessúio, transformações dos dados do tipo Los • (X + I), onde X conesponde ao CPUE m6dio. Todas as análises foram realizadas utilizand~se o pacote estatístico SPSS-X (SPSS, 1985).

RESULTADOS E DISCUSSAO

Do total de ~ies capturadas na Laguna de Marapendi durante o período amos.­trado, seis espkies, Xmomdmiris bnuiliensis. lJrewxJTtúz pectiNlta. Geoplutgw bTtlSi­liensis. G~ tIprion. Gmidens gmidens e Achüw lineatus. foram as mais abundantes e estiveram presentes na irea durante todas as estações do ano.

Page 3: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Vol. 7(3), 1990

.., .. .. .. ,<

!: '" .. = g

o .0; c ..

U ... .. 'O o

~ ii: z ,.;

:::I

cC ?t a. .. ...J : :;

u .. ~ ... .. C

'O

:; C ::l

?t o ~ o

z lo( .. 4( Q.

E o

~ U .;

U 'O

: .. O

'O

~ .. .. .. ,< I

.si '"

.+. ;

225

Page 4: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

N ~

_. ,

~

, C

AP

TU

RA

CO

M T

AR

RA

'A

A

N"

CA

PT

UR

A C

OM

AR

RA

ST

O O

f: P

RA

IA

B

N=

48

N

'=2

"7

N=

,,5

, N

'=2

6

40

. ~>

~ :,~~,

2:: [l~[

b~~-~~[

~'~rn[b

,i; ~:·

~t!~_J

~~t. '

1 ....

... ,

... C

".«

s. ~"

"',.

N=44~

N'=

" OC

,,'''

' -,-

t",.

" -:,

:..1;

::: j~~~j

J~j:g~J

j ~=

88

N'=

87

, ."

'" ,.,

:, .•.

'.

-

_~-If

-_:.1

... -~

.":1

•.

""'·,

1 """

~~ '-

" •

.d

, O

.

',:,-,

. •

IIJ ::l

Cl. U

~:::~~~~~

~~~~~~

~ ',> 2

0 •

. "c',

.'

''--.

__ ~'

""Z

"'.,'

,;"

.',

.~' ".,'~

';";,'

;~' '.

... :;.

,' ;~

._; '-.

".

c-&.·~

_:..·\,~

.. ,"

.':",

-~

n r'

11 O

•• ",B

lOzl

[tli~~

' l1h

a~'

-~',

E

. ,

N=

87

N

'=6

4

F N=

23

6

10

-

,.

f'-".

.

N':

7,4

I:: j~~~

~[~'~~~

~~;'"

J F

M

A

M

J

J ~~

() N

D

>

I:: f~~

~~~~~~

~~~

ME

SE

S

~

TA

RR

AF

A

o A

RR

AS

TO

O

E P

RA

.A

Fia

. 2

-D

istr

ibui

ção

men

sal

das

méd

ias

de C

PU

E/a

rte

de p

esca

pal

a ca

da u

ma

das

espé

cies

; A

= X

. b,

rasi

liens

is;

B =

B. p

ecti

nata

; C

= G.

bra

sili

ensi

s; D

= G

. ap

rion

; E

= G,

len

lden

l; F

'"

A.

li,

neat

us.

ME

SE

S

~

~

.~ ... t7

-~ ~

Page 5: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

a 1&

1 ;:

) o..

(,)

A

N=

48

N

'=2

11

7

40

20

01 C

km

C

[l[l

[l

N=

44

9

N'=

11

00

2

0, '::c

a ~ CD

[J~

E

N=

87

N

'=6

4

10

5 o fW!~ca

~

~

4

ÁR

EA

S

~

TA

RR

AF

A

N

, C

AP

!U,R

A C

OI!I

TA

,RR

AfA

B

'.I'

• C

AP

TU

RA

CO

M A

RR

AS

TO o

e: P

RA

IA

N=

11

51

N

'=2

6

40

J~

20

o O

N

'=8

71

N

=8

8

20

[M[L

1

0

O F N

=2

36

1

0

N'=

74

5 O ca

ca

1 2

o A

RR

AS

TO

D

E P

RA

IA

~--

~,~

~f41

ÁR

EA

S

Fil

. 3

-D

isui

buiç

ão e

spac

ial

das

méd

ias

de C

P U

E/a

rte

de p

esca

par

a ca

da u

ma

das

espé

cies

: A ..

X.

bras

ilie

nsis

; B

z

B.

pect

inat

a; C

:

G.

bras

ilie

nsis

; O

.,

G.

apri

on:

E -

G.

,en

iden

t; f

2 A

. Ii·

ne

atus

.

~ -Õ

::-- - 8

Page 6: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

.... ::)

Q.

U

A

N=

48

N

'=2

11

7

30

[L[l~[L[l

20

10

o

~=44

9 N

'= 1

10

0

~:'~

~[b[

b~

O E

N

=8

7

10

N

'=6

4

c:::f2

A~~~~

5 o %

0

~

TA

RR

AF

A

N

' C

AP

TU

RA

C

OM

T

AR

RA

FA

8 N

' ,

CA

PT

UR

A C

OM

AR

RA

ST

O D

E

PR

AIA

N=

11

51

3

0

20

10

O o

N'=

26

N=

88

N

'=8

71

3

0

20

10

O'~--

F

N=

23

6

N'=

74

I o

~

s. )

~[JJ

C$m~~

0.0

QmCJJ~C;P~

%0

o A

RR

AS

TO

O

E

PR

AIA

Fil

· 4

-D

istr

ibui

ção

das

ml!d

ias

de C

PU

E/l

lte

de p

esea

por

cla

sses

de

salin

idad

e pa

ra c

ada

um

. da

s el

pl!c

ies:

A •

X.

bra

lmln

ns;

B '"

B.

ple

t/n

lltll;

C •

G.

bra

llllln

n,;

D •

G.

IIprlo

n; F

• A

. II.

';t

lltu

,.

f fT ~ ~

Page 7: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

N ~

lU

;:)

Q.

U

A

N=

48

N

'=2

11

7

20

LL~[l[l

10

o C

N

'=1

10

0

N=

44

9

20

[l~c.

10

o ~

E

N=

87

4

N' "

~b4

cJ[)L

lcI

30

3

5

2 o T

oe

~

TA

RR

AF

A

" C

AP

TU

RA

C

OM

T

AR

RA

FA

B

N'

CA

PT

UR

A

CO

M

AR

RA

ST

O D

E P

RA

IA

N=

11

51

N

'=2

6

20

~JclcI

1

0

O D

N

=8

8

N'=

87

1

20

10

Cknm

~ ~

O F N

":2

36

N

' 1

4

4

CD[J[J~

20

2

5

30

3

5

2 O

T °

C

o A

RR

AS

TO

D

E

PR

AIA

Fig.

5 -

Dis

trib

uiçã

o da

s m

édia

s de

CP

UE

/art

e de

pes

ca p

or c

lass

es d

e te~peratura

para

cad

a um

a da

s es

péci

es:

A =

X.

bras

ilie

nsú'

; B

= 8,

~ct

inat

a; C

= G

. bra

stlt

efln

s; D

= G

. ap

rion

;. E

= G

. ge

nide

ns;

F =

A.

Iint

lltu

L

~ -Õ

~ - ~

Page 8: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

to.)

lN

O

A

N=

96

:~: -_I~I

IIIIII

I C

N

=2

39

3

.0

~ :: ~11

1~~IT0

11111

E

N=

75

:~: III IT0

~ IT0 IT0 ~ 1

III

J F

M A

M

J

J A

S

O

N

D

ME

SE

S

N=

20

0

-.u

:~: ~ I ~ I ~

II1I ~ I

~ D

N

=2

1 :~: ~ II1

1 ~ 1_1

_1-

F

N=

12

1

::;IIII~

IT011111

1 d

J F

M A

M

J

J A

S

O

N

D

ME

SE

S

Fig.

6 -

Dis

trib

uiçã

o m

ensa

l do

índ

ice

gona

doss

omát

ico

méd

io (

IGS

) da

s fê

mea

s pa

ra c

ada

uma

das

espé

cies

: A

= X

. br

asil

iens

is;

B =

B. p

ecti

nata

; C

= G.

bra

silie

nsis

; D

= G.

apr

ion;

E =

G. g

nide

ns;

F =

A. l

inea

tus.

.

~

S ~ c:r ~ ~ ~

Page 9: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

~

o <I U

z 'w

~

O

"-,

D:

N

, C

AP

TU

RA

C

OM

T

AR

RA

FA

XE

NO

ME

LA

NlR

IS

BR

AS

ILlE

NS

IS

N"

CA

PT

UR

A

CO

M

AR

RA

ST

O D

E P

RA

IA

JA

NU

RO

N

' =9

::1 j!n~

_ F

EV

ER

EIR

O

N'

",

::IJ~~

~ M

'\R

LO

N

=b

I-J

c

L 4

4°1

10

O

_~o _~Q, "Q~b

___ [~~ I

A

BR

IL

N-=

5

IJ'

:96

4

0

1 ': n~~[

~~~llUo _

_______ 1

1111

M

AIO

N

=2

f,

' 7

4

4°1

lO

__ J[l

laO[~

Q"-__

___ {l

nan

__ _

_ _

JU

NH

O

N=

J

N' -

12

')

"I -: .. J~QQ

O ______

. ___

.õl . ~n.

-\)

::l

O

1 ~

jl..

)

JU

LH

O

N=

J

N'=

16

7

::1 __

_ ullR.

,Uo." _

_ JLJ

A

GO

ST

O

~J =

. N

' -C

:> 2

O

4'1

20

O

>{lll~

mn."_

_ _ _.

oti~Q"

_ _ L

__ _ _ L ____

__ _

SE

TE

Ml1

R'o

IJ

1

(1

~ J I

3

~ '\

4°1

'0 O J~

[""Qn~"-J

.1111

_ O

UT

UB

RO

N

I:

'L

::1 ,.Ii"

" .. LL

. :: 4

'I I

" .i

óo

----

-g

)

'J

CP

(m

m)

t\JO

VlM

l1

)

.~~ ~ ~

U o .a

L U

DE

Zf.

MB

P,)

I,

9

"U"L~ IJI

fi 11

" 61

1,'

=4

4

l_)Wlo

n~~ti"

, )u,~I

JJII i~-

-. -

----

----

----

-

c0

6·-

-·-

-15

0 C

P

(mm

)

Fig

. 7

-D

lstn

bu

lção

mel

hal

de

freq

üên

llJ

po

r c1

a,s~

s d~

CP

par

a X.

bra

sllie

nsis

_ N

= n

úm

ero

de

indi

­vl

du

os

cap

tura

do

s co

m (

arra

fa; N

' =

mer

o d

e In

dlv

ldu

os

cap

tura

do

s co

m a

rras

to d

e pr

aia_

<! <i

Ir

0-

U) o 2 <

J)

<! a:

Ir

<! D

<!

U.

<! a:

a:

<! .. •

~ -.)

.-.

. w

'-

'

\O

\O

o

Page 10: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

'01

'o o .01

'o

O

~

o .0 1

<1

'o

Ü z

o

'w

:J

-..)

C

"I :.

l w

-.

.)

a::

t..

la o ,°

1 ,. ° "I 'o o

BR

EV

OO

RT

lA

PE

CT

lNA

TA

JAN

EIPO

N

= ~1b

FEV

ERE

IRO

_ olL.h

.o".' __

0 __

N=

37

____

____

____

____

__ l

__ Llll

L~ll

ltl _

____

_

MA

RC

O

N=

25

N'=

6

--------.

___ L_.

L~hL-l

____

ABR

IL

N~19

N'

-8

__

__

__

__

__

__

__

__

_ I

__

___

_ lJ

1..ll

l, ___

_ M

AIO

N

=76

______

______

______

___ .• I

hu .. _

____

JUN

HO

N

-:14

f1

--

-51j

--

--1

Õ~

· --,

~l~oll

'l,o~

õ~---

CP

(ml'

lI)

40

1

'o o 'ai 'o O 'ai 'o o "'I .0 o '"I 'n n :1

• T

AR

RA

FA

D

A

RR

AS

TO

D

E

PR

AIA

N

• C

AP

1 U

RA

C

OM

T

AR

RA

FA

N'

, C

AP

TIj

RA

C

OM

A

RR

AT

O

DE

PRA

IA

N"

= C

AP

TU

RA

C

OM

R

ED

E

OE

E

SP

ER

A

JULH

O

ti:::

I I

11'-=

26

~t _____

_____ oo

ollll.I

.,. ____

___

AG

OST

O

N=9

1 N

'=2

U ______

___ L_L _

____

____

.dlluL

_______

SETE

MB

RO

N

= 10

6

_L'-

__

__ _

_ _

_ __

_ _

_ _ _

0.1 Jh

hllo

o __

__

__

__

OU

rUB

RO

N

--:4

5

__

__

__

__

__

__

__

__

__

_ 0

-_

_ llll

lI.tt.

______

_ N

OV

EMB

RO

N

=27

2

____

____

____

____

___

.. L

ili '-

ui .

. o

. _

___

__

__

_

DE

ZE

MB

Rn

ti -',

1-,

---~-

---

--

i 11<1

-II

.I.~ U

lh 01

°h

lW-

--

CP

("

"m'

~

RE

DE

D

E

ES

PE

RA

Fig

. 8

-D

istr

ibui

ção

men

sal

de f

reqü

ênci

a p

or

clas

ses

de C

P pa

ra B

. pe

ctin

ata.

N =

mer

o de

ind

i­v{

duos

cap

tura

dos

com

tar

rafa

; N

' = n

úm

ero

de

indi

vídu

os c

aptu

rado

s co

m a

rras

to d

e p

raia

; N

~ =

núm

ero

de i

ndiv

{duo

s ca

ptu

rad

os

com

red

e de

esp

era.

ã ao ~ ~

Page 11: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

~

<t

t:l Õ

z ,..,

w

:::l

O .., Ir

"-

CA

PT

UR

A

COM

T

AR

RA

FA

GE

OP

HA

GU

S

BR

/: 5

/LlE

NS

/S

N'·

C

APT

UR

A

CO,""

A

RR

AST

O

DE

PRA

IA

JAN

E'IR

t")

tI=

IB

11'

=1

3

JU

LH

O

N=

40

',

' =

95

"1

" , _[I

1[L_O

O _11

011..

1111

1 __

11

__

__

__

__

__

_ _

"I lO

, __

.Q~O

o.._~h~

rá\,..

ltL"<I

.aJ~.

___ •

___ ~ _

___ _

F

EV

ER

E1

1W

N

=2

1

N'

=9

AG

OS

TO

~1

--,4

,)

N' -=

I 1

4

::1 " __

_ L_OllD~

DD _~ .11

.. .. _

::1

.O~[~QO."

._"'o

."' ..

1I1J

l. •...

L •• _

__

__

__

__

_

MA

RC

O

I~= 1

O

II',

1 1

S

ET

EM

BR

O

11:4

5

N'=

52

'''1 ______

____ u~~

~l " ,

O

"I lO

O

___ uo

D.uO

uiWlo

.. ,"I

I!JJ

",J

•• _

.

1 ..

. -_.

_ .•

..

AB

RIL

N

=]2

N

' ~.,4

OU

TU

BR

O

N ~41

N'"

1 O

"I " _ _

"~o <lL

o&ll_

!WlO

1.. J

I .. _

_ ,

_, A

o_h

._

"1 " , __

____

O["I._.~

I~[ II

_O

••• __

._,

___ _

MA

IO

N=

52

N

' 1

01

N

OV

[MB

f.._

) tI

-+O

1~'-=47

"I i' ,

_ n~[~Il

____ .

..dI1k

I1.J~A

• ___ •

• _. _

____

___

_ "1 ':

Jl[OOl

la,o.!Ln

o_o.J

.Jlt

. ...

. ____

_ L

__

0 _

_

_

JUN

HO

N

=2

1

I~'

=B

O

DE

ZE

MB

RO

tl-

= l6

N

' -=

10

6

::I ,J1~~~

O -U~J' --... J

J ..

. i'~' II ..

·f~) •

20

0 C

P I m

m}

::I !J~~u

,,1I~~,.

.,.~.II~.bI ..

.. -

I'

\ ••••

-. lO

o

CP

(mm

)

II TA

RR

AFA

o

AR

RA

S T

O O

E P

RA

IA

Fig

. 9 -

Dis

trib

uiçã

o m

ensa

l de

fre

qüên

cia

po

r cl

asse

s de

CP

par

a G

_ br

asili

ensi

s. N

= nú

mer

o d

e in

di­

vldu

os c

aptu

rad

os

com

tar

rafa

; N

' = nú

mer

o d

e in

divi

'duo

s ca

ptu

rad

os

com

arr

asto

de

prai

a.

~ -..J

'Q

~ - 8

Page 12: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

~

«

t;! ~

Ü z 'w

::>

o w

a:

lL

-----

_. --

--_._-

.".==-

=".-=

-,===

==-=

====

====

GE

RR

ES

A

P/?

/ON

.IA

IJlI

RO

II

-I

:':1

,)

-.

. --

--

111_

'--fE

VE

Rr:

IR.1

rJ

ol

N'=

4

::1 _~ ~

~ n L

M

AR

CO

N

=2

9

N'=

27

::1 Q~O~

~Jlw. .

. I

. __

AB

RIL

N

=.!

N'

2~

::1 ___

~[[~ fi fi J

_

Q

• ••

__

• _

_ t ___

MA

IO

N=

20

N

'-:1

74

"1

"~O o

__ O

~ n ~ u

~Ju 1

1_ .

..

. 1111

1 JU

lmn

N

--:7

U

' 0

.15

1 .O~J~

n[~l

N O

S

I, -

. 1

íõ

-T

S"(i

I ",!

JO

-20

" C

P

(mm

)

II T

AR

RA

FA

N

: C

AP

l U

RA

C

OM

TA

AR

AF

A

CA

PT

UR

A

CO

M A

RR

AS

TO

~

PR

AIA

JU

llI.

' lJ

~rl

IJ c

7

"I .' ,

. _~~~on

JI.II_._

.. AGO~ r

n N

' H

::1 ~~~~

J o

SE

TE

MB

RO

N

~IJ

N'=~S

.)

1111

"I o __

_ ._<l

.d~1

.

1_1

OU

rU

UR

O

I,·

'I

[,

::1 __

_ . ___

_ 00

n~~OO

.O .. N

OV

EM

BR

O

lleo

J ~J'=6

:]

~ ~ ~ ~ 11 O

I .

11

DE

ZL

M1

W"

II

:] 1

)0---

-f4IJ ~ b

" O

AR

RA

S T

O

lJ(

PR

AIA

4 rJ

'= 1

2

-lii

~--

-'5"0

--

--1~<Y

-"'

20lJ

CP

(I

ftm

)

Fig

. 10

-D

istr

ibui

ção

men

sal

de f

reqü

ênci

a p

or

clas

ses

de C

P pa

ra A

. ap

rion

. N

= n

úmer

o de

ind

iví­

duos

cap

tura

dos

com

tar

rafa

; N' =

núm

ero

de i

ndiv

íduo

s ca

ptur

ados

com

arr

asto

de

prai

a.

~ "" CT ii! !"

N

o S2.

Page 13: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

~I - <l

~

Ü z -l

U

V\

:J

O

lU

Q:

\L

GE

NIO

EN

S

GE

N/O

EN

S

N

: C

AP

TU

RA

C

OM

T

AR

RA

FA

N'

: C

AP

rUR

A

CO

M

AR

RA

ST

O

DE

P

RA

IA

J,\

IIt:

IRO

II

;

,IU

I H

,I

N

I.

I.

:~I "~'I

II ~

II I

I ..

'0 I

1111

..

1 1

.1.

° n

FE

'/E

RE

IRO

11

-=2

! "\

AG

OS

1O

tJ

., O

N

'=4

"I I I

III

~L I J

III "

lO

n °

MA

RC

O

II

J N

' =5

S

Ert

:MB

PO

11

-=5

I,' =

J

"'I ,°

1 ~~.

,0 pnn~

l ~J

O I

" I

O

. ,

AB

RIL

tJ

.: /

II

' I

OU

IllL

Jfi

,',

II

j.l-

1 . ___ t

I, ,°

1 '0

'0 1.1

. .1

.,

° "

MA

IO

fJ 9

ti' =

3 N

OV

U 1

1 li' O

II

c I

;> N

' ~ ,

\

"\ .0\

"

___

___ .~

I~II.

L_o..

'0 . DU

UUuIJ[

lJ~uIJ

° °

flu

iu ..

. I.

.. I

JUN

HO

N

=5

N'=

20

D

LL

t:M

BR

O

1-1=

12

N' =

7

.,',

iO~ uJI"n~

~~1 .0\

I~I!~

,. ~ I~

J ri

r .

iOO

~t .

, ':

I,'

~~,l

)5

(~

CP

(m

m)

CP

(m

m)

III

T A

RR

AF

A

O A

RR

A<

;lO

O

E

PR

AIA

Fia

. 11

-D

istr

ibui

ção

men

sal

de f

reqü

ênci

a p

or

clas

ses

de C

P p

ara

G. g

en

ide

ns.

N =

núm

ero

de i

ndi·

vi

duos

ca

ptu

rad

os

com

ta

rraf

a;

N'

= n

úm

ero

de

indi

vidu

os

cap

tura

do

s co

m a

rras

to d

e pr

aia

.

< e. -

.j

,-. .... ~ .... ~ ~ O

Page 14: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

IV

W

Q\

~ .. ü z ,"

-' :>

O

"-' '" ...

AC

HIR

US

U

NE

AT

US

JAN

EIR

O

Nc-

7

~ J J

.

____

___

I __

____

____

____

_

FE

vE

RE

IRO

N

-,6

N'~J

'" ~

': [[

tLJ

IIL

._.

MA

RC

O

N=

13

N

'=1

5

:] __ [l

J~~clJ

l.-, __

_ . ___ .

A

BR

IL

N=

22

N

'=2

::, __ . ___

LJJ~.

~--.. --.

. -___ _

M

AIO

N

=3

6.

N'=

11

,-L

'°1

I

, __

_ JrlOO~J .. _

____

____

____

_

JUN

HO

N

-= 1

8

N' =

1 ,)

'" ': Slo[l

~[JtlO ~

,,[JJ 1_

lO) _

. i

:'6

---

-I~O

CP

f m

m)

_ rl

lRR

AF"

A

N:

CA

PT

'JR

4 C

OM

T

AR

RA

FA

N':

C

AP

TU

RA

C

OM

A

RR

AS

TO

O

E ~AIA

"JlI

lO

N=

23

N

'-'S

'°1

" . _ ..

~~~rI~cl

J I. _

__

.. _

. __

.. _

__

_

,·G

OS

TO

N

=2

0 N

'=6

'" " __ [

~dhl

t ___ .

__ o ~ETEMBRO

N=

23

N

'=6

"I " . __ J

.. JJJt

.. ___

. O

UT

UB

RO

N

=2

4 N

'=9

"I " , . I

I [[l

o ..

. ~J~rl

l ___

_ o _.

1<0

VE

MB

RO

N

= 2

' N

' = J

"I ~~

': ___

___ ... J~

~J.J

.. _____

_ ._.

~[ZEMBRO

N=

15

N

'=3

'" ': ~ --

--~J~

tAIL

-i 1"6-

o A

RR

AS

TO

O

E

PR

AIA

---.

_. --

iS'"·

)

CP

(m

m)

Fig.

12

-D

istr

ibui

ção

men

sal

de f

reqü~ncia

po

r cl

asse

s de

CP

para

A.

line

atus

. N

= n

úmer

o de

ind

i­vl

duo

s ca

ptur

ados

co

m

tarr

afa;

N'

= nú

mer

o de

in

divl

duos

cap

tura

dos

com

arr

asto

de

prai

a.

~

S O> O- ~ ~ ~

Page 15: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

t}

W

-...I

;,!?

o <l

U Z

·W

=>

o w

a::

LI.

A

N=

48

20

4°l

O

40

~'

fMQQ

'I''

'~~~

q 'l6õ~~2õo

C

N=

44

9

20

10

E

N=

87

2

0

10

'n~!J1Nq ti '

i oH'.1

.,!- o

CP

(m

m)

o M

AR

GE

M

B

N=

115

1 1

5

10

5 O

OO.'OI~'

o N=

88

3

0

20

10

O'

~Ir'l

'1'1

''''''

''''''

11.'1

Q ~.".."." '!

II."

.. Q

......

F N=

23

6

30

20

10

O'

'..IL

I I !.

',.,,.

, .' .... I

!' ,

., "

q ..,

".~

CP

(m

m)

• C

AN

AL

Fig.

13

-D

istr

ibui

ção

de

freq

üênc

ia d

e C

P po

r es

trat

os d

e pr

ofun

dida

de (

mar

gem

ou

cana

l) p

ara

cada

um

a da

s es

péci

es:

A =

X.

bras

ilien

sis;

B =

B. p

ecti

nata

; C

= G.

br

asili

ensi

s; D

= G.

ap

rion

; E

= G.

gen

iden

s; F

= A.

lin

eatu

s.

~ -...I -W '-' 8

Page 16: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Revta bras. Zoo!.

o peixe-rei, X brasiliensis, foi a espécie mais abundante nas regiões marginais ra­sas amostradas pelos arrastos de praia. Embora não tenha apresentado diferenças estatis­ticamente significativas nas abundâncias espacial e temporal, os maiores valores de CPUE ocorreram no período de abril até outubro (final do outono até a primavera) e em áreas mais internas da laguna (Figs. 2A e 3A). Os valores de abundância em função de salini­dade e temperatura também não apresentaram diferenças significativas, mas as médias de CPUE se concentram nas salinidades intermediárias e aumentam gradativamente em direção às temperaturas mais elevadas (Figs. 4A e 5A).

A distribuição mensal das médias do IGS indicou que a reprodução do peixe-rei na área se estendeu por um longo período (Fig. 6A), apresentando um pico no começo do outono (março), mas concentrando-se principalmente nos meses de inverno e início da primavera Gulho, agosto e setembro), quando a temperatura da água variou entre 200 C e 26°C. Valores máximos e mínimos similares foram observados por 8emvenuti (1984) durante os meses de outubro a dezembro para o período reprodutivo de X brasiliensis no estuário da Lagoa dos Patos, RS. Isso indica que mesmo em latitudes tropicais, onde as variações sazonais sllo menos evidentes, o período reprodutivo desta espécie ainda é fortemente influenciado pela temperatura.

Em função da reprodução extensa, juvenis-do-ano menores que 50 mm CP foram capturados no estuário o ano todo (Fig. 7). Durante o primeiro semestre observou-se o

crescimento dos indivíduos na laguna, mas a partir de julho, quando se inicia o período principal de recrutamento, não foi possível distinguir os diferentes grupos modais. O longo período reprodutivo e o recrutamento em levas sucessivas observado em diversas espécies de Atherinidae tem sido atribuído a desova seriada (Hubbs, 1976; Gonover & Kynard, 1984; Middaugh & Hemmer, 1987). Prince & Potter (1983) afirmam que este padrão reprodutivo constituiria uma estratégia oe aumento da fecundidade altamente adaptativa para as espécies de Atherinidae, geralmente sujeitos a altas taxas de predação.

A savelha, B. pectinata, capturada quase que exclusiva!nente pelas amostragens com tarrafa, foi a espécie mais abundante nas zonas de canal. Não foram registradas dife­renças significativas na abundância temporal, mas os maiores valors de CPUE foram re­gistrados durante os meses de maio, junho, julho (inverno) e um pico isolado em novem­bro (final da primavera) (Fig. 28). A abundância espacial foi significativamente mais ele­vada (p < 0,05) nas áreas 1 e 2, mais próximas à desembocadura da laguna (Fig. 38). Em relação aos fatores ambientais, a espécie demonstrou significativa preferência por salinidades mais eíevadas (p < 0,05), mas distribuiu-se independentemente da tempera­

tura (Figs. 48 e 58).

O período reprodutivo foi longo, concentrando-se principalmente do outono ao início da primavera (Fig. 68). A análise da distribuição de freqüência de comprimentos (Fig. 8) sugere que o período de recrutamento ocorre de julho a outubro, mas o baixo número de indivíduos menores que 50 mm CP capturados neste período indica que pro­vavelmente as artes de pesca utilizadas foram ineficientes na captura das classes de me­nor tamanho. Um grupo modal entre 120 e 200 mm CP foi consistente nas amostras du­rante o ano todo e parece constituir a classe etária principal que utiliza a laguna.

O acará, G. brasiliensis, foi bem representado tanto nas amostras com tarrafa como nos arrastos de praia. A abundância temporal não apresentou diferenças significa­tivas (Fig. 2C), entretanto os indivíduos capturados com arrasto de praia (em geral < 50 mm CP) foram significativamente mais abundantes (p < 0,05) em áreas mais internas da laguna (Fig. 3C).

238

Page 17: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Yol. 7(3),1990

A abundância dos indivíduos capturados com tarrafa (em geral> 50 mm CP) não apresentou diferenças significativas em relação ao regime de salinidade e temperatura no estuário , mas os indivíduos capturados com arrastos de praia foram significativamen­te mais abundantes em salinidades e temperaturas mais baixas (Figs_ 4C eSC).

A variação do IGS médio (Fig. 6C) indicou que a reprodução é extensa e concen­trada em dois períodos principais, um de menor intensidade no outono e outro mais evidente e mais extenso do final do invemo até o início do verão . Através da distribui­ção mensal de freqüência de comprimento (Fig . 9), observa-se que o primeiro período reprodutivo é responsável pelos grupos de recrutamento de abril até julho, enquanto o segundo relaciona-se com os grupos de agosto até janeiro. Barbieri et al_ (1980) demons­traram que a desova de C. brasiliensis ocorre de forma parcelada e os ovos são liberados em grupos ou lotes_ Este tipo de estratégia reprodutiva explica o recrutamento em ondas sucessivas e as oscilações observadas na abundância temporal dos juvenis capturados pelos arrastos de praia (Fig. 2C).

O carapicu , C. aprion, foi amostrado principalmente pelos arrastos de praia e apre­sentou abundãncias significativamente mais elevadas (p < 0,05) durante os meses de março , maio e setembro (Fig. 20) e na área 2 (Fig. 30). A preferência.do carapicu por esta área da laguna parece estar relacionada com a distribuição de recursos alimentares explorados por esta espécie . A área 2 apresenta bancos de areia e zonas de baixio onde grupos de C. aprion e outros gerreídeos eram comumente observados alimentando-se de organismos do bentos.

Cerres aprion ocorreu somente em salinidades superores a 100 /00 , apresentando um pico na classe de 200

/00 (Fig. 40). Não foram observadas diferenças significativas da abundância em função de temperatura (Fig. 50), mas as capturas foram maiores na classe de 30°e. Segundo Leon et aI. (1982), esta espécie suporta amplas variações de salinidade e temperatura. Cyrus & 8laber ( 1982), estudando a distribuição e abundância da famllia Gerreidae em estuários da África do Sul, encontraram que a salinidade cons­titui o fator principal determinando a dominância de cada uma das espécies em diferen­tes estuários, porém sugerem a importância da turbidez da água como um fator limitante na distribuição e abundância. Em trabalhos mais recentes (Cyrus & Blaber, 1987a,b), estes autores classificam a famma Gerreidae como característica de águas claras e con­cluem que a turbidez desempenha um papel importante , isoladamente ou em combina­ção com outras variáveis, na determinação da distribuição e abundância das espécies. A

distribuição de recursos alimentare s, apesar de importante. desempenharia um papel se­cundário ao da turbid·ez na distribuição dos ge rreídeos, já que todas as espécies da famí­lia oco rreram somente em águas claras. enquanto as maiores densidades das presas explo­radas pelas espécies foram encontradas em águas túrbid as.

A distribuição do lGS médio (Fig. 6D) indicou que a reprodução de C. aprion na região é longa e concentrada em dois períodos, um no final do verão e outro do inverno até o início da primavera. O recrutamento também ocorreu de forma parcelada (Fig. 10). Jovens-do-ano menores que 50 mm CP aparecem nas amostras com arrasto de praia a partir de fevereiro, tornando-se mais abundantes em março É possível acompanhar a progressão deste grupo até julho, quando a moda principal atmge os 80 mm CP. Outros grupos mais fracos de recrutamento ocorreram durante os meses de agosto e novembro.

Embora, em função das art~e pesca utilizadas, indivíduos menores que 30 mm CP não tenham sido capturados na Laguna de Marapendi, estudos realizados com outras espécies de gerreídeos em ambientes estuarinos (Cyrus & 8laber 1983 , 1984) mdicam

Page 18: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Revta bras. Zoo!.

que, em ge!al, grupos de larvas penetram no estuário com 10 mm de comprimento-pa­drão, permanecendo na área até a maturidade sexual, quando retornam para reproduzir no ambiente marinho.

O bagre-urutu, G. genidens, apresentou para as capturas com arrastos de praia valores de CPUE significativamente mais elevados (p < 0,05) nos meses de junho e no­vembro (Fig. 2E) e na área I (Fig. 3E). As amostras com tarrafa não apresentaram dife­renças significativas de abundância.

A distribuição em função de salinidade e temperatura não apresentou diferenças significativas, mas as maiores abundâncias ocorreram, tanto para tarrafa como para os arrastos de praia, na classe oe 200

/00 (Fig. 4E) e em temperaturas mais elevadas (Fig. SE). Mishima & Tanji (1983) e Araujo (no prelo), estudando a distribuição e abundância de G. genidens, respectivamente nos estuários de Cananéia, SP, e Lagoa dos Patos, RS, encontraram que a espécie se distribui preferencialmente em áreas internas do estuário, tem maiores abundâncias nos meses de verão, mas também não identificaram nenhuma relação de dependência entre as flutuações na abundância da espécie e as variações de sa­linidade e temperatura.

A biologia reprodutiva do bagre-urutu na região do complexo lagunar de Jacare­paguá está sendo estudada em detalhe por Santos et alo (em preparação). O período re­produtivo se extende do começo da primavera ao fim do verão, coincidindo com o pe· ríodo de chuvas responsável pelas baixas salinidades na região. Embora a reprodução ocorra no ambiente estuarino e se extenda por um amplo período, em função do hábito de incubação oral dos ovos e larvas, indivíduos menores que 70 mm CP não foram capturados na laguna e o primeiro grupo de recrutas foi capturado pelos arrastos de praia somente a partir do mês de março (Fig. 11). De abril até outubro, a classe de ta­manhos predominante foi composta por indivíduos com comprimentos entre 100 e 200 mm CP e somente a partir de novembro um novo grupo de jovens-do·ano voltou a ser capturado na laguna.

O linguado-tapa, A lineatus, demonstrou grande adaptabilidade ao ambiente es­tuarino, distribuindo-se de forma bastante uniforme tanto em relação às abundâncias espacial e temporal (Figs. 2F e 3F), como em relação aos fatores ambientais (Figs. 4F e 5F), não apresantando diferenças significativas de abundância em relação a nenhum des. tes fatores.

A reprodução ocorreu durante um longo período, com um pequeno pico no outo­no e um período mais extenso na primavera (Fig. 6F). O recrutamento também foi par­celado, distribuindo-se pelos meses de fevereiro, junho e outubro (Fig. 12). Durante to­dos os meses do ano uma classe de comprimentos entre 50 e 100 mm CP constituiu a classe de tamanhos predominante na laguna e a captura de indivíduos maiores que 100 mm CP ocorreu apenas nos meses de setembro e outubro, possivelmente em função do pico do período reprodutivo.

A figura 13 apresenta a distribuição de freqüência por classes de comprimento to­tal das seis espécies em função de estratos de profundidade (regiões de margem ou canal) para as amostras com tarrafa. É' possível observar que apesar de indivíduos de quase todas as classes de tamanho terem sido capturados nas regiões marginais, as menores classes de comprimento estiveram em geral ausentes das zonas do canal. Esta tendência a uma distribuição diferencial das classes de tamanho em relação aos estratos de profun· didade já havia sido observada para o conjunto total de espécies capturadas na Laguna de Marapendi (Andreata et al., no prelo) e, apesar de nenhum experimento específico

240

Page 19: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Vol. 7(3),1990

ter sido realizado neste sentido, observações no local sugerem uma relação com a distri­buição da vegetação aquática submersa. Estudos comparando áreas com e sem cobertura vegetal em regiões estuarinas tem demonstrado a importância das pradarias de vegetação submersa para juvenis de peixes (Livingston, 1975; Weinstein et al., 1977; Orth & Heck, 1980), influenciando principalmente a distribuição das classes de tamanho (Stoner, 1984; Stoner & Livingston', 1984). Na laguna de Marapendi, as regiões marginais rasas, geralmente apresentando pradarias de Ruppio maritima e bancos de macroalgas, ofere­cem abrigo para espécies de pequeno porte e para os juvenis-do-ano das espécies que uti­lizam a laguna como área de recrutamento. Para espécies como B. pectinata, cujos juve­nis foram pouco abundantes ou restritos a períodos específicos, a distribuição batimé­trica das classes de tamanho não foi tão evidente (Fig. 138).

Weinstein (1982) destaca três dimensões de nichos particularmente importantes nos mecanismos de repartição entre juvenis de espécies estuarinas: batimetria, salinidade e componentes temporais. Para a Laguna.de Marapendi, uma laguna costeira localizada na regmo tropical, caracterizada durante o período estudado por apresentar pequenas va­riações de salfnidade, sazonalidade pouco evidente e cujo grupo de espécies dominantes foi rotrnado basicamente por espécies residentes do estuário (Andreata et aI., no prelo), a distribuição espacial, relacionada secundariamente com a profundidade (regiões 'de margem ou canal) e a presença de vegetação aquática submersa, parecem ser os fatores principais regulando a distribuição das espécies. A influência da salinidade foi mais evi­dente apenas para espécies como B. pectinata e G. aprion, que se reproduzem no am­biente marinho e permanecem i"elacionadas ao estuário apenas durante uma etapa do ciclo de vida, ou para G. brasiliensis, que por constituir uma espécie primária de água do­ce, demonstrou preferir baixas salinidades durante os estágiosjuvenis.

A pequena importância de componentes temporais e da temperatura foi devida provavelmenté à sazonalidade pouco evidente na região e ao fato de todas as espécies te,

rem apresentado um amplo período reprodutivo e o recrutamento distribuído ao longo do ano. Hines et aI. (1987) destaca que o recrutamento de estágios larvais mais sensíveis de várias espécies de"invertebrados e peixes pode ser o fator principal na determinação de flutuações na abundância relacionadas com variações de parâmetros ambientais. Por­tanto, em situações em que o recrutamento se distribui por um longo período, flutua­ções sazonais nos fatores ambientais teriam pouca importância na sobrevivência e abun­dância das diferentes coortes.

Os resultados de campo e laboratório encontrados por Cyrus & B1aber (1987a, b) sobre o papel da turbidez na distribuição e abundância de juvenis de peixes marinhos em estuários da África do Sul indicam que esta variável pode constituir um fator ecológico importante em outros ambientes estuarinos tropicais, principalmente onde a descarga fluvial de sedimentos é significativa. Embora dados de turbidez da água não sejam dispo­níveis para a Laguna de Marapendi, a ausência de um aporte massivo de águas fluviais ~a laguna sugere um papel secundário para este fator. Entretanto, turbidez provavelmente desempenha um papel importante em outras lagunas do sistema lagunar de J acarepaguá.

Embora algumas das hipóteses apresentadas neste trabalho tenham que ser avalia­das cautelosamente em função de limitações evidentes relacionadas com as artes de pes­ca utilizadas, foi possível identificar que a Laguna de Marapendi constitui uma região importante no ciclo de vida de várias espécies de peixes, principalmente as residentes do estuário. A distribuição e abundância das espécies principais na laguna durante o perío­do estudado foi influenciada principalme~te por fatores relacionados com a distribuição

241

Page 20: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Revta bras. Zoo!.

espacial, como área de coleta, zonas de margem ou canal e a presença de vegetação aquá­tica submersa. Entretanto, como foi destacado em trabalho anterior (Andreata et aI., no prelo), coni a abertura do Canal Marapendi em 1984, e conseqüente alteração das con­dições ambientais na laguna, o padrão de distribuição e abundância das espécies foi sen­sivelmente alterado. O impacto destas alterações na comunidade ictiofaunística da La2u­na de Marapendi precisa ainda ser determinado.

AGRADECIMENTO~

Gostaríamos de agradeeer a todos que contribuíram para a realização deste traba­lho. Ao Professor Ivo C. de Lima (USU) pelas determinações de salinidade e oxigênio dissolvido. A João P. Vieira (FURG) e Cassiano M. Neto (VIMS) pelas críticas e suges­tões apresentadas. Ning L. Chao (FURG) prestou valiosas sugestões durante o desenvol­vimento deste estudo e na preparação do manuscrito.

REFERÊNCIAS

ANDREATA, J.V., LR.R. BARBIERI, A.S.C SEBILlA, M.H.C DA SILVA & R.P. DOS SANTOS, (no prelo). Relação dos peixes da Laguna de Marapendi, Rio de Janeiro, Brasil . Atlântica, Rio Grande.

ARAUJO, F.G. (no prelo). Distribuição, abundância e movimentos sazonais de bagres marinhos (Si­luriformes, Ariidae) no estuário da Lagoa dos Patos (RS) , Brasil . Rev. Bras. Zoo!.

BARBIERI, G., M.C BARBIERI & M.A. MARINS, 1980. Biologia de Ceophagus brasi/iensis (Quoy & Gaimard, 1824) na Represa do Lobo , Estado de São Paulo. 1II: aspectos quantitativos da reprodução. I. Simpósio Brasileiro de Aquicultura. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, p. 347-359.

OEMVENUTl, ~I.A., 1984. Abundância, distribuição, reprodução e hábitos alimentares de peixes·rel (Atherinidae) na região estuarial da Lagoa dos Patos, RS, Brasil. Tese de Mestrado, Fundação Universidade do Rio Grande, 93 p.

CHAO, LN., LE. PEREIRA & J.P. VIEIRA, 1987. Bio~cology of fishes in the estuary and adjacent coastal areas ofThe Patos Lagoon, Brazil:a baseline study. Chapter 20, 26 p. ln: Fish Commu­nity ecology in the estuaries and coutai lagoons - Towards an ecosystem integratin. A. Yanez-Arancibia (Ed.). UNAM, D.F., México, 429-450 p.

CHAO, L.N., J.P. VIEIRA & L.R.R. BARBIERI (no prelo). Lagoa dos Patos as a nursery ground for shore fishes off southern Brazi!. 7 p. ln: IOC/UNESCO Proceedings oI IREP/OSLR workshop on reeruitment in tropical coas tal demersal communities, México.

CONOVER, D.O. & B.E. KYNARD, 1984. Experimental and field analysis of spawning periodicity and behavior of a northern population of the Atlantie silverside, Menidia menidia (Pisces: Atherinidac). Environ. Biol. Fishes, 11: 161-171.

CYRUS, D.P. & S.J.M. BLABER, 1982. Species identification, distribution and abundance of Ger-reidae (Teleostei) Bleeker, 1859 in the estuaries of Natal. S. Afr. J. Zool., 17:105-116.

-, 1983. Diet of Cerres fry in the Kosi system. S. Afr. J. Zool., 18(4 ):403406. -, 1984. The reproductive biology of Ce"es in Natal estuaries. J. Fish Biol., 24 :491-504. -, 1987a. The influence of turbidity on juvenile marine fishes in estuaries. Part I - Field studies

at Lake St. Lucia on the Southeastem coast of Afriea. J. Exp. Mar. Biol. Ecol., 109:53-70. -, 1987b. The influence of turbidity on juvenile marine fishes in estuaries. Part II - Laboratory

studies, comparisons with field data and eondusions. J. Exp. Mar. Bio!. Ecol., 109:71-91. HINES, A.H., P.J. HADDON, J.J. MIKLAS, L.A. WIECHERT & A.M. HADDON, 1987. Estuarine

mvertebrates and fish: sampling design and constraints for long-term measurements of popu­lation dynamics. pp. 140-164 ln: New approaehes to monitoring aquatie eeosystems, ASTM. STP 940. T-P. Boyle (Ed.). American Society of Testing Materiais, Philadelphia.

HUBBS, C, 1976. The diel reproductive pattem and fecundity of Menidia menidia. Copeia, 1976: 386-388.

LENANTON, R.CJ. & I.C POTTER. 1987. Contribution of estuaries to commercial fisheries in temperale Westem Australia and the concept of estuarine dependence. Esruaries. 10 (l): 28-35 .

L42

Page 21: REVISTA BRAIIUIRA DE ZOOLOGIA - SciELOto padrão (CP, do extremo dó focinho atA! o fmal do pedúnculo caudal) ao milímetro majs próximo, pesados e, sempre que pOSSÍwl, determinado

Vol. 7(3),1990

LEON, A.A., A. Y ANEZ-ARANCIBIA & F.A. LINARES, 1982. Taxonomia, diversidad, distribui­cion y abundancia de las mojarras de la Laguna de Terminos, Campeche (Pisces, Gerreidae). An. Inst. Cienc. dei Mar y Limnol. Univ. Auton. Mexico, 9(1 ):213- 250.

LIVINGSTON, R.l., 1975. Impact of kraft pulp-milk efluents on estuarine and coastal fishes in Apa­lachee Bay, Florida, USA. Mar. Bio!. (Ber!.), 32:19-48.

MIDDAUGH, D.P. & M.l . HEMMER, 1987. Repraductive ecology of the tidewater silverside Meni· dÍIJ peninsulae (Pisces: Atherinidae) fram Santa Rosa Island, Florida. Copeia, 1987 (3):727-732.

MILLER, J.M. & M.L OUNN, 1980. Feeding strategies and patterns of movement injuvenile estua­rine fishes. p. 437-448, ln: Estuarine perspectives, V.S . Kennedy (Ed.), Academic Press, New York.

MISHIMA, M. & S. TANJI, 1983. Fatores abióticos relacionados a distribuição e ablUldância de ba­gres marinhos (Osteichthyes, Ariidae) no complexo estuarino laglUlar de Cananeia (250 S, 480 W). B. Inst. Pesca, 10 (único): 17-27.

ORTH, R.J. & K. L HECK, lr., 1980. Structural components of eelgrass (Zostera marina) meadows in the lower O1esapeake Bay - Fishes. Estuaries, 3 :278-288.

PRINCE, 1.0. & I.c. POTTER, 1983. Life-cycle duration, growth and spawning times of five species of Atherinidae (Teleostei) fOlDld in a Western Australia estuary. Aust. J. Mar. Freshw. Res., 34:278-301.

SOKAL, R.R. & F.J . ROHLF, 1981. Biometry - the principies and practice of statistics in biological research. W.H. Freeman and CO., San Francisco, (2nd. edition), 776 p.

SPSS, Inc., 1985. SPSSx

User'sGuide, 2nd edn. McGraw-HiU, New York. STONER, A.W., 1984. Oistribution of fishes in seagrass meadows: role of macrophyte biomass and

species composition. Fisl\. BuU. US, 81(4):837-846. STONER, A.W. & R.l . LIVINGSTON, 1984. Ontogenetic patterns in the diet and feeding morpho­

logy in sympatric sparid fishes fram seagrass meadows. Capeia, 1984: 174-187. VAZZOLER, A.E.A. de M., 1981. Manual de métodos para estudos biológicos de populações de pei·

xes; reprodução e crescimento. CNPq, Programa Nacional de Zoologia, BrasI1ia, 108 p. WEINSTEIN, M.P., 1982. Commentary: a need for more experimental work in estuarine fisheries

ecology. North. Gulf Sci., 5(2):59-64. WEINSTEIN, M.P., C.M. COURTNEY & 1.C. KINCH, 1977. The Marco Island estuary: a summary

of physicoche mical and biological parameters. Fia. Sci., 4 0:97 -124.

243