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024 | ANGÉLICA EM REVISTA | AGOSTO-2013 Turenko Beça é professor, economista e artista plástico. Trabalha na Secretaria do Estado da Cultura (SEC), como economista no setor de planejamento. Turenko Beça Criativo e perfeccionista “A arte é uma compulsão vital. Uma força viva, entusiasmada, que me impõe a fazer algo mais que a comunicação verbal”, declara o talen- toso Aníbal Augusto Turenko Beça. Economista, professor e artista plás- tico, nasceu em 28 de setembro de 1970, e é filho do saudoso Aníbal Beça – famoso poeta, tradutor, compositor, teatrólogo e jornalista bra- sileiro, que presenteou nossa cultura com obras de imensurável valor. Apaixonado pelo mundo da arte, Turenko foi bastante influencia- do pelos amigos do pai. Ele cresceu com a casa sempre cheia de artis- tas, e aos 10 anos de idade já estava fazendo simulações das obras de alguns deles. Em 1990, participou de sua primeira exposição coletiva. Desde 1992, realiza uma pesquisa antropológica sobre sociedades in- dígenas, de onde obteve inspiração para realizar suas principais exposi- ções. Ele faz parte da quarta geração de artistas plásticos do Amazonas, e vem participando e representando o Estado em eventos nacionais e internacionais. Com influência neoimpressionista, suas obras se apresentam em largas pinceladas de cores fortes e costumam intercalar agressivas variações cromáticas. Em meio a materiais de nanquim, acrílico e xilo, Turenko realiza suas produções. Beça diz ser “um homem em busca da maturidade”. Hoje, ele tem um ateliê que o acompanha aonde quer que vá. Seja no trabalho ou no carro, seus materiais estão ali sempre prontos a serem transformados em arte. “Sou um cara leal com as pessoas que convivo e extremamente obsessivo no meu processo criativo. Desenho todos os dias, sempre em busca de aperfeiçoamento”, confessa o artista. Agora, embarque com a gente nesse ‘universo colorido’, solte a imaginação, e conheça mais sobre as inspirações de Turenko Beça. – Quais as suas produções artísticas de destaque? “A exposição Íctio; O Mapeamento do Itaú Novos Rumos, em 2000; o prêmio no Salão Plástica Amazônia, em 1998; A participação no Cir- cuito Cultural Banco do Brasil, em 2005, e a recente Seleção no Grito do Rock, evento que percorre 130 cidades e nove países da América Lati- na. Estou participando como curador em algumas exposições na cida- de, apresentando escritores de grafitti para todos, dentro das galerias!” – Os artistas, na maioria das vezes, possuem características próprias, típicas, marcantes. Qual é a sua? “Penso que a característica principal do meu trabalho seja a utiliza- ção agressiva das cores, principalmente cores complementares”. – Destaque uma exposição, mostra ou outros, dos quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere fundamental em sua atuação. “As mostras que fazíamos do Grupo dos Onze na galeria Moacir de Andrade, no SESC, trazem-me excelentes recordações”. – Quanto tempo você leva para produzir uma pintura, mais ou me- nos? “Depende muito, pois não existe uma regra para o processo criati- vo. Posso levar meia hora, e até anos”. – Quais suas influências? Algum artista lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte? “As influências principais do meu trabalho são Art Pop, Basquiat, HQ, Moebius, Manara, Neil Gaiman, e aqui em Manaus artistas como o Roberto Evangelista e o Moacir Andrade, considero exemplos a serem seguidos”. – Além da arte, o que mais gosta de fazer? “Estar em casa com a família ou no sítio, de ouvir música, ir ao ci- nema e cozinhar”. – Uma frase que te define. Uma música que te inspira. Um filme mar- cante. “Lembrei que meu pai dizia que eu sou um “artista do silêncio co- lorido”. As músicas dele me inspiram, todas. Adoro o filme ‘O Poderoso Chefão’”. 24 | ANGÉLICA EM REVISTA | AGOSTO-2013 Valores da Nossa Terra

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Revista que apresenta entre outras coisas, arte amazonense

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024 | ANGÉLICA EM REVISTA | AGOSTO-2013

Turenko Beça é professor, economista e artista plástico. Trabalha na Secretaria do Estado da Cultura (SEC), como economista no setor de planejamento.

Turenko Beça Criativo e perfeccionista

“A arte é uma compulsão vital. Uma força viva, entusiasmada, que me impõe a fazer algo mais que a comunicação verbal”, declara o talen-toso Aníbal Augusto Turenko Beça. Economista, professor e artista plás-tico, nasceu em 28 de setembro de 1970, e é filho do saudoso Aníbal Beça – famoso poeta, tradutor, compositor, teatrólogo e jornalista bra-sileiro, que presenteou nossa cultura com obras de imensurável valor.

Apaixonado pelo mundo da arte, Turenko foi bastante influencia-do pelos amigos do pai. Ele cresceu com a casa sempre cheia de artis-tas, e aos 10 anos de idade já estava fazendo simulações das obras de alguns deles. Em 1990, participou de sua primeira exposição coletiva. Desde 1992, realiza uma pesquisa antropológica sobre sociedades in-dígenas, de onde obteve inspiração para realizar suas principais exposi-ções. Ele faz parte da quarta geração de artistas plásticos do Amazonas, e vem participando e representando o Estado em eventos nacionais e internacionais.

Com influência neoimpressionista, suas obras se apresentam em largas pinceladas de cores fortes e costumam intercalar agressivas variações cromáticas. Em meio a materiais de nanquim, acrílico e xilo, Turenko realiza suas produções. Beça diz ser “um homem em busca da maturidade”. Hoje, ele tem um ateliê que o acompanha aonde quer que vá. Seja no trabalho ou no carro, seus materiais estão ali sempre prontos a serem transformados em arte.

“Sou um cara leal com as pessoas que convivo e extremamente obsessivo no meu processo criativo. Desenho todos os dias, sempre em busca de aperfeiçoamento”, confessa o artista. Agora, embarque com a gente nesse ‘universo colorido’, solte a imaginação, e conheça mais sobre as inspirações de Turenko Beça.– Quais as suas produções artísticas de destaque?

“A exposição Íctio; O Mapeamento do Itaú Novos Rumos, em 2000; o prêmio no Salão Plástica Amazônia, em 1998; A participação no Cir-cuito Cultural Banco do Brasil, em 2005, e a recente Seleção no Grito do Rock, evento que percorre 130 cidades e nove países da América Lati-

na. Estou participando como curador em algumas exposições na cida-de, apresentando escritores de grafitti para todos, dentro das galerias!”– Os artistas, na maioria das vezes, possuem características próprias, típicas, marcantes. Qual é a sua?

“Penso que a característica principal do meu trabalho seja a utiliza-ção agressiva das cores, principalmente cores complementares”.– Destaque uma exposição, mostra ou outros, dos quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere fundamental em sua atuação.

“As mostras que fazíamos do Grupo dos Onze na galeria Moacir de Andrade, no SESC, trazem-me excelentes recordações”.– Quanto tempo você leva para produzir uma pintura, mais ou me-nos?

“Depende muito, pois não existe uma regra para o processo criati-vo. Posso levar meia hora, e até anos”.– Quais suas influências? Algum artista lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

“As influências principais do meu trabalho são Art Pop, Basquiat, HQ, Moebius, Manara, Neil Gaiman, e aqui em Manaus artistas como o Roberto Evangelista e o Moacir Andrade, considero exemplos a serem seguidos”.– Além da arte, o que mais gosta de fazer?

“Estar em casa com a família ou no sítio, de ouvir música, ir ao ci-nema e cozinhar”.– Uma frase que te define. Uma música que te inspira. Um filme mar-cante.

“Lembrei que meu pai dizia que eu sou um “artista do silêncio co-lorido”. As músicas dele me inspiram, todas. Adoro o filme ‘O Poderoso Chefão’”.

24 | ANGÉLICA EM REVISTA | AGOSTO-2013

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