relatorio de homeopatia
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UNIVERSIDADE BRAS CUBAS
Curso de Farmácia
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HOMEOPATIA
Mogi das Cruzes
2013
UNIVERSIDADE BRAS CUBAS
Curso de Farmácia
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HOMEOPATIA
Relatório de estágio supervisionado de Homeopatia, apresentado como parte integrante do curso de Farmácia e Pré Requisito para
obtenção de título de Farmacêutico Responsável em Farmácia de Homeopatia. Ministrado pela Profª Drª Priscila Vautier.
Mogi das Cruzes
2013
IDENTIFICAÇÃO
Unidade Concedente
Razão Social: LuccPharma – Farmácia e Manipulação Alopática –
Homeopática Ltda ME
Número do CNPJ/MF: 04.975.682.0001- 09
End.: Rua Major Pinheiro Franco, 249 – Centro
Mogi das Cruzes- SP / Cep: 08710-220
Telefone: 4799-0541
Farmacêutico Orientador
Nome: Viviane Priscilla
CRF: 0000000000000
Aluno
Nome: Cristiane de Oliveira Manoel Magalhães
RGM: 255533
RG:32.339.831-5
CPF: 28496402800
End.: Avenida Francisco Rodrigues Filho, 2001
Mogi das Cruzes – São Paulo / Cep- 08773-370
Estágio
Data de Início:
Data de Término:
Carga Horária Cumprida: horas
1. INTRODUÇÃO
Homeopatia é uma especialidade médica, desenvolvida a partir do séc. XVII
pelo médico Christian Friedrich Samuel Hahnemann, natural de Meissen, uma
das cidades mais antiga da Saxônia região oriental da Alemanha. Hahnemann
nasceu em 10 de abril de 1755 e faleceu em Paris, em 2 de julho de 1843.
Formou-se aos 24 anos em medicina na Universidade de Leipzig, na
Alemanha, onde iniciou sua carreira como médico.
Durante o século XVII, o pensamento médico estava dividido em duas
correntes: a dos mecanicistas e a dos vitalistas. Os primeiros tinham como
pressupostos a percepção do organismo humano como uma maquina. Os
vitalistas então entendiam a doença como consequência de um desequilíbrio
da energia vital do ser vivo. Estas duas correntes de pensamento refletiam
tradições da medicina grega primitiva, através das escolas médicas de Cnido e
Cos. Para a escola de Cnido, a patologia era de caráter localizado e
estabeleciam uma terapêutica mais intervencionista do que expectativa. Por
outro lado, a a escola de Cos, onde pontificou Hipocrates(460-375AC),
interpretava a doença dentro do quadro peculiar de cada paciente, abordando-
o como uma totalidade indivisível, apoiando a terapêutica nas reações
defensivas naturais(Dantas, 1989).
Idéias fantasiosas sobre a origem das doenças conduziram a práticas
terapêuticas nocivas aos pacientes. Esta época ficou conhecida como a “era da
medicina heróica”, quando eram adotadas medidas para provocar a
“eliminação dos venenos internos” promovendo-se o aumento das excreções
orgânicas. A sangria foi considerada importante forma de tratamento durante
mais de
para a ação da Cinchona officinalis (quina ou quinina), planta que os nativos
peruanos utilizavam para o tratamento da malária, resolveu experimentá-la em
si mesmo ingerindo a quina diariamente nas doses recomendadas na época e
como era sensível a esta substancia desenvolveu os sintomas similares aos
que a malaria acarretava. Conclui que os sintomas resultantes da intoxicação a
que se submetera, era muito semelhante aos da malaria, para cujo tratamento,
a quina deveria ser o medicamento de eleição(Entralgo, 1973).
Entretanto, é nos primórdios da medicina, exatamente nos escritos de
Hipócrates(460 -377 a.C), médico grego considerado o “Pai da Medicina”, que
encontramos essa verdade terapêutica. Hipócrates enunciou o princípio pelo
qual pode-se obter uma cura: o princípio da semelhança – similia similibus
curentur (os semelhantes se curam pelos semelhantes).
Com sua descoberta, Hahnemann voltou a clinicar e continou a
experimentar um número cada vez maior de substância. Após 6 anos de
intenso trabalho e observação clinica rigorosa em 1796, publicou seu primeiro
artigo sobre o assunto e, em 1810, publicou a 1 edição de seu livro mais
importante “O Organon da Arde de Curar”.
Ao longo de seus estudos, Hahnemann concluiu que a enfermidade de cada
paciente é uma “entidade única” que durante sua evolução, e em decorrência
de tratamentos sucessivos, pode modificar-se e apresentar-se com diversas
facetas, e que cada sintoma ou doença, na verdade, são “pedaços” dessa
única enfermidade crônica. (Barollo, 2007)
Durante os primeiros tempos, Hahnemann trabalhou sozinho, mas em 1812
rodeou-se de um grupo de discípulos que foram aprendendo sua doutrina e o
ajudaram nas experimentações e na difusão de suas idéias, espalhando-se
pela na Alemanha, Áustria, Hungria, Itália, Inglaterra, França, Estados Unidos,
Brasil. A seguir a Homeopatia foi sendo difundida pelo mundo todo, chegando
até em países do Oriente – na Índia (Barollo, 2007)
Devido ser perseguido, por muitos médicos e farmacêuticos em 1835
deixou definitivamente a Alemanha e mudou-se para Paris onde morreu aos 88
anos de idade. Hahnemann. A Homeopatia se baseia na Lei de Similares -
"similia, similibus, curentur", ou seja, "o semelhante cura o semelhante". Isto
significa que uma substância capaz de produzir determinado sintoma em um
indivíduo são, teria a capacidade de curar esta alteração, em uma condição de
doença, quando dada em doses pequenas.
No Brasil, a Homeopatia vem sendo usada desde a época do Império, mas
só em 1980 é que foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, e em
1990 passou a constar do Conselho de Especialidades Médicas da Associação
Médica Brasileira.
O objetivo da Homeopatia é restaurar a saúde da maneira mais curta e com
o menor prejuízo possível ao paciente.
Na Homeopatia, não existe tratamento para alergias, asma, infecções, etc.
O que existe é um tratamento para pacientes alérgicos, para pacientes
asmáticos, ou seja, a Homeopatia procura identificar o desequilíbrio de cada
pessoa que está enferma, levando em consideração o seu estado físico,
psíquico e espiritual. Por este motivo, é sempre necessário que haja a
orientação de um médico homeopata ao se iniciar um tratamento.
Homeopatia trata os doentes, não a doença - quer dizer, você é mais
importante do que a doença. ³
2. LEGISLAÇÃO
– Farmácia (RDC 67/2007)
É um estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e
oficinais; comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos. Compreendendo a dispensação e o atendimento privativo de
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.
– Medicamentos dinamizados (RDC 26/ 2007)
Dispõe sobre o registro de medicamentos dinamizados industrializados
homeopáticos, antroposóficos e anti-homotóxicos.
São medicamentos preparados a partir de substâncias que são
submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de sucussão, ou
outra forma de agitação ritmada, com finalidade preventiva ou curativa a serem
administrados conforme a terapêutica homeopática, homotoxicológica ou
antroposófica.
– Prescrição de medicamentos manipulados (RDC 87/2008)
Procedimento para a preparação de medicamento é obrigatória à
apresentação de receita a ser manipulada com a prescrição médica, contendo
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar, se o tratamento
for de uso contínuo deve conter na receita o tempo de tratamento, contendo a
prescrição por mais de uma vez; quando for apresentado ou indicado por um
farmacêutico responsável, deve obter os mesmo critérios éticos e legais
previsto, hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.
– Preparações Magistrais (RDC 67/2007)
É aquela preparação na farmácia, a partir de uma prescrição de
profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que
estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e
modo de usar.
–Titulo de farmacêutico Homeopata (CFF 440/2005)
Para ter o título de farmacêutico Homeopata é necessário ter cursado a
disciplina de Homeopatia, com a duração de no mínimo 60 horas, em curso de
graduação de farmacêutico, e realizado estágio, de no mínimo 240 horas, em
manipulação e dispensação de medicamentos homeopáticos na própria
instituição de ensino superior, em farmácias que manipulem medicamentos
homeopáticos ou laboratórios industriais de medicamentos homeopáticos
conveniados às instituições de ensino.
- Legislação da Farmácia Homeopática
A farmácia homeopática só poderá manipular fórmulas oficinais e
magistrais, obedecida à farmacotécnica homeopática (ANVISA).
Parágrafo único - A manipulação de medicamentos homeopáticos não
constantes das farmacopéias ou dos formulários homeopáticos depende de
aprovação do órgão sanitário federal (ANVISA).
O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia baixará
instruções sobre o receituário, utensílios, equipamentos e relação de estoque
mínimo de produtos homeopáticos.
É permitido às farmácias homeopáticas manter seções de vendas de
correlatos e de medicamentos não homeopáticos quando apresentados em
suas embalagens originais.
Dependerá de receita médica a dispensação de medicamentos
homeopáticos, cuja concentração de substância ativa corresponda às doses
máximas farmacologicamente estabelecidas.
Decreto n. 57.477, de 20 de dezembro de 1965
Art. 1- Considera-se farmácia homeopática aquela que somente
manipula produtos e fórmulas oficinais e magistrais que obedeçam à
farmacotécnica dos códigos e formulários homeopáticos (ANVISA).
Art. 3- As farmácias homeopáticas não são obrigadas à manipulação de
prescrições não enquadradas nos moldes homeopáticos.
Art. 5- Nas farmácias homeopáticas deverá existir, obrigatoriamente, a
edição em vigor da Farmacopéia Brasileira com o Código Homeopático
Brasileiro.
Art. 9- São permitidas nas farmácias homeopáticas, desde que a área do
estabelecimento as comporte manter independentes, seções de venda de
especialidades farmacêuticas, não homeopáticas, devidamente licenciadas no
órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da medicina e farmácia,
bem como seções de produtos de higiene, cosméticos e perfumaria, também
devidamente, licenciados no órgão federal de saúde.
Art. 12- Nas farmácias homeopáticas é obrigatório estoque de soros de
uso profilático e curativo de emergência, de acordo com relação organizada
pelo órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da medicina e
farmácia, que atenda às necessidades regionais.
Art. 13- Nas farmácias homeopáticas, deverão existir, obrigatoriamente,
no mínimo, três especialidades farmacêuticas injetáveis, de ação entorpecente,
a fim de atender aos casos de emergência.
Art. 14- Os medicamentos homeopáticos manipulados nas farmácias,
considerados produtos oficinais, deverão ter nos rótulos os seguintes
elementos: nome da farmácia e seu endereço, número de licença do
estabelecimento fornecido pelo órgão federal de saúde competente ou
congênere da Unidade Federada, nome do produto, Farmacopéia ou Código a
que obedece, via de administração e outras exigências que se fizerem
necessárias.
§ 1º. - Nos rótulos desses medicamentos, deverá ser inscrita a
denominação, latina ou brasileira, ou a correspondente abreviatura oficial, bem
como a escala e dinamização adotadas.
§ 2º. - São admitidas as escalas decimais e centesimais, cujas
abreviaturas serão respectivamente representadas por símbolos - D - e - C -,
facultando-se também o emprego do símbolo - X - em substituição ao - D - da
escala decimal.
§ 3º. - Quaisquer outros símbolos, serão estabelecidos de acordo com a
Farmacopéia Brasileira.
§ 4º. - Toda vez que no receituário médico for omitido o símbolo de um
medicamento homeopático, dever-se-á considerá-lo como de escala
centesimal.
Art. 18- Os medicamentos homeopáticos cuja concentração tiver
equivalência com as respectivas doses máximas estabelecidas
farmacologicamente, somente poderão ser vendidos mediante receita médica,
devendo ser observadas as demais exigências em vigor.
Art. 30- Somente nas farmácias homeopáticas permitir-se-á manipular
produtos apresentados nos moldes homeopáticos específicos.
Art. 33- A manipulação, fabricação, comércio e propaganda de remédios
e produtos homeopáticos ditos - secretos - são proibidas, de acordo com a
legislação farmacêutica em vigor.
Resolução n° 335, de 17 de novembro de 1998
Art. 1- Considerar habilitados para exercer a responsabilidade técnica da
farmácia que manipule o medicamento homeopático o farmacêutico que
comprovar uma das seguintes qualificações:
a) ter cursado a disciplina de farmácia homeopática ou farmacotécnica
homeopática no curso de graduação de farmacêutico, complementadas com
estágio obrigatório em manipulação e dispensação de medicamentos
homeopáticos, na própria instituição de ensino superior, farmácias
homeopáticas conveniadas às instituições de ensino;
b) título de especialista em farmácia ou farmacotécnica homeopática que
atenda à Resolução n. 267/95 do Conselho Federal de Farmácia.
Art. 2- Aos farmacêuticos que comprovarem sua capacitação ao
exercício da responsabilidade técnica em estabelecimentos farmacêuticos que
preparem medicamentos homeopáticos, obtida até a data da publicação da
Resolução n. 319/97 em 30.10.97, são asseguradas as prerrogativas
profissionais sem prejuízo da aplicabilidade do artigo anterior, onde o exercício
será obtido pêlos registros perante o Conselho Regional de Farmácia
respectivo.
2.1- Boas Práticas de Manipulação – BMP
Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007
2.2. Objetivo
Estes são os requisitos mínimos à manipulação de preparações
homeopáticas em Farmácias, complementando os requisitos estabelecidos no
Regulamento Técnico e no Anexo I.
2.3- Organização e Pessoal
Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
Os funcionários envolvidos no processo de manipulação devem estar
devidamente higienizados e não odorizados.
2.3.1- Infra-estrutura Física
A farmácia para executar a manipulação de preparações homeopáticas
deve possuir, além das áreas comuns referidas no Anexo I, as seguintes áreas:
a) sala exclusiva para a manipulação de preparações homeopáticas;
b) área ou local de lavagem e inativação;
c) sala exclusiva para coleta de material para o preparo de auto-
isoterápicos, quando aplicável.
2.3.2-Armazenamento.
As matrizes, os insumos ativos e os insumos inertes podem ser
armazenados na sala da manipulação homeopática ou em área exclusiva.
ESTABELECIMENTO CEDENTE DO ESTÁGIO
LuccPharma – Farmácia e Manipulação Alopática – Homeopática Ltda
ME
Missão: Oferecer produtos farmacêuticos e de saúde que melhorem
vidas e proporcionem maior bem estar aos nossos consumidores.
Visão: Proporcionar melhor qualidade de vida a nossos clientes, tornando-se
referência em atendimento e qualidade.
Valores: Qualidade, Excelência, Ética, Integridade e Respeito às Pessoas.
2.4- DESCRIÇÕES DA ÁREA FÍSICA DO LABORATÓRIO DE SÓLIDOS
O local de manipulação de homeopatia se apresenta em um laboratório
separado do laboratório alopático ,há uma área limpa onde se deve paramentar
antes de entrar na sala , previamente fazendo a lavagem das mãos com sabão
e assepsia com álcool 70, e após colocando touca , avental , máscara , luvas e
propés.
Dentro do laboratório, na área limpa da homeopatia, ao fundo existe um
armário onde são armazenadas as matrizes divido em gavetas em ordem
alfabética de A á Z, na frente do armário contém um balcão onde é feito A
manipulação, com uma balança de precisão, o dinamizador, glóbulos, tabletes
armazenados em potes pretos para o uso diário, também os álcool 30%, 70% e
90%, e o brandy são todos armazenados em vidros de 1 litro, no canto direito
existe uma pia para lavagem das vidrarias, as vidrarias são armazenadas em
gavetas em baixo do balcão de manipulação, são armazenados os vidros de 15
ml, 20 ml, 30 ml, 50 ml e 100 ml divididos por gavetas, contém uma gaveta
para tampa com batoque, tampas, bulbos, tampas para glóbulos e conta gotas,
também uma gaveta para os florais, existe um local para armazenamento das
tinturas que são divididas por ordem alfabética, a cima da pia no lado direito
contem o filtro por osmose reversa, para a preparação de álcool, e outras
manipulações magistrais, também existe um armário para estoque de água
mineral, álcool cereal, glicerina, glóbulos e tabletes.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Procedimentos Executados para Garantia de Qualidade e Controle de
Qualidade
Para garantir a qualidade dos produtos manipulados com a marca
“Botica da Villa”, o laboratório de manipulação da farmácia conta com alguns
procedimentos básicos, tais como: a utilização do uniforme padrão e a
obrigatoriedade dos acessórios (avental branco, touca, máscara, luvas
descartáveis), e algumas regras gerais de higiene e limpeza como:
• Toda pessoa que entrar no laboratório de homeopatia deve estar
devidamente higienizada e não odorizada.
• Os cabelos devem estar presos, as unhas bem aparadas e não
pintadas.
• É proibido o uso de cosméticos e maquilagem pelos funcionários que
trabalham dentro do laboratório.
• Na área de paramentação colocar-se avental, touca e pro pé, e antes
de entrar no laboratório, passar gel antisséptico nas mãos.
• Durante a manipulação e/ou dispensação utilizar máscara.
• No caso de trituração ou na retirada de materiais esterilizados, utilizar
luvas.
• Dentro do laboratório é proibido comer ou fumar, e deve-se evitar ao
máximo conversar no momento da manipulação.
• Periodicamente deve-se borrifar álcool 70% nas mãos quando estiver
dentro do laboratório.
• Ao sair do laboratório tirar a paramentação
• Nunca deixar material sem sinalização;
• Evitar o contato de qualquer substância com a pele;
• Nunca provar ou inalar substâncias desconhecidas;
• Após cada manipulação o material deve ser lavado com água corrente
e depois com água destilada, as vidrarias e placas de petri, vidro deve-se
passar álcool 70%.
• Laboratório deve ser limpo sempre que houver necessidade para
manter um ambiente limpo.
• A higiene pessoal do manipulador é obrigatória para mantermos a
qualidade da formulação.
• Além disso, há o controle de qualidade, setor do estabelecimento
responsável por várias atividades que influem na qualidade, na segurança e na
eficácia das preparações magistrais e oficinais, tais como:
• Controle diário da temperatura e da umidade do laboratório de
manipulação.
• O próprio controle de qualidade.
• Calibração diária das balanças eletrônicas semi- analíticas do
laboratório de manipulação, do próprio controle de qualidade, e do
almoxarifado.
• Análise da água no laboratório de manipulação e no próprio controle de
qualidade, sempre baixa na pasta de controle diário.
3.1- PREPARAÇÃO DE ÁLCOOL PARA HOMEOPATIA
Preparações de veículos para utilização no laboratório de homeopatia
são manipuladas sempre que necessário.
Álcool 30%
Em uma proveta graduada coloca-se funil e papel de filtro específico,
destinados somente para uso de preparação de álcool. Coloca-se 300 mL de
álcool de cereal que encontra-se em galão devidamente identificado e 700 ml
de água destilada no dia.
Retira-se o funil e coloca-se o alcoômetro dentro da proveta.
Observar a indicação do alcoômetro que deve indicar a graduação 30%.
Se estiver acima completar com água destilada até a correta graduação,
se estiver abaixo completar com álcool até a correta graduação.
Validade álcool 30% - 2 anos
Álcool 70%
• Em uma proveta graduada coloca-se funil e papel de filtro específico,
destinados somente para uso de preparação de álcool. Coloca-se 700 ml de
álcool de cereal que encontra-se em galão devidamente identificado e 300 ml
de água destilada no dia.
• Retira-se o funil e coloca-se o alcoômetro dentro da proveta.
• Observar a indicação do alcoômetro que deve indicar a graduação
70%.
• Se estiver acima completar com água destilada até a correta
graduação, se estiver abaixo completar com álcool até a correta graduação.
Validade álcool 70% - 5 anos
Álcool 90 %
• Em uma proveta graduada coloca-se funil e papel de filtro específico,
destinados somente para uso de preparação de álcool. Coloca-se 900 ml de
álcool de cereal que encontra-se em galão devidamente identificado e 100mL
de água destilada no dia.
• Retira-se o funil e coloca-se o alcoômetro dentro da proveta.
• Observar a indicação do alcoômetro que deve indicar a graduação
90%.
• Se estiver acima completar com água destilada até a correta
graduação, se estiver abaixo completar com álcool até a correta graduação.
Validade álcool 90% - 5 anos
Álcool 5%, 15% e 20 %
Para preparação de ÁLCOOL 15%: Em uma proveta graduada coloca-se
funil e papel de filtro específico, destinados somente para uso de preparação
de álcool. Coloca-se 3 ml de álcool de cereal que se encontra em galão
devidamente identificado e 17 ml de água destilada no dia.
Para preparação de ÁLCOOL 20%: Em uma proveta graduada coloca-se
funil e papel de filtro específico, destinados somente para uso de preparação
de álcool. Coloca-se 4 ml de álcool de cereal que se encontra em galão
devidamente identificado e 16mL de água destilada no dia.
A preparação do álcool 5%, 15% e 20%: será feita sempre que
necessário, mediante prescrição médica.
Deve ser preparada quantidade suficiente apenas para dispensação do
medicamento.
3.2 MANIPULAÇÃO DE HOMEOPATIA LIQUIDA
Manipulação de medicamentos homeopáticos líquidos escala centesimal
e decimal hahnemanniana
3.2.1 - Drogas solúveis
Ponto de partida. Tintura-mãe, droga solúvel em água ou etanol de
diferentes graduações com solubilidade igual ou superior a 10% (DH) ou 1%
(CH).
Insumo inerte. Água purificada ou etanol em diferentes graduações. Nas três
primeiras dinamizações, para a escala centesimal e nas seis primeiras para a
escala decimal, será empregado o etanol com o mesmo teor da tintura-mãe ou,
no caso de mineral solúvel, utilizar água purificada ou solução alcoólica que o
solubilize. Para estocar e preparar as demais formas derivadas utilizar etanol a
77% (v/v) ou superior. Para a dispensação, quer na escala centesimal, quer na
decimal, utilizar etanol a 30% (v/v). No caso de medicamentos nas potências
até 3 CH e 6 DH inclusive, dispensar no mesmo teor alcoólico do ponto de
partida, colocando observação que “deverá ser administrado diluído em água
na hora do uso”.
Processo. Diluição e sucussão, manual.
Técnica.
1. Dispor sobre a bancada tantos frascos quantos forem necessários
para atingir a dinamização desejada.
2. Colocar em cada frasco, volume de insumo inerte na proporção
indicada, conforme escalas decimal ou centesimal.
3. Acrescentar no 1º frasco 1 parte do ponto de partida em 9 (DH) ou 99
(CH) partes do insumo inerte. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim a 1 DH
ou 1 CH.
4. Transferir para o 2º frasco 1 parte da 1 DH ou 1 CH em 9 ou 99 partes
do insumo inerte, respectivamente. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim a
2 DH ou 2 CH.
5. Transferir para o 3º frasco 1 parte da 2 DH ou 2 CH em 9 ou 99 partes
do insumo inerte, respectivamente. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim a
3 DH ou 3 CH.
6. Proceder de forma idêntica para as preparações subsequentes até atingir a
dinamização desejada.
Número de frascos. Tantos frascos quantas forem às dinamizações a
serem preparadas.
Volume. O líquido a ser dinamizado deverá ocupar de 1/2 a 2/3 da
capacidade do frasco utilizado na preparação.
Número de sucussões. 100.
Embalagem e armazenamento. Recipiente bem fechado, protegido do
calor, umidade e da luz direta.
Prazo de validade. A ser determinado, caso a caso, conforme legislação
pertinente.
3.2.2 - Diluição centesimal
As diluições podem ser feitas em diferentes proporções ou escalas. A
mais comum é na proporção de 1: 100, também chamada escala centesimal.
Para fazê-la, usamos 1 parte da droga para 99 partes de solução água/álcool.
É a mais comum entre nós introduziu a escala decimal, preparada na
proporção de 1:10, isto é, 1 parte da substância medicinal para 9 partes de
solução hidroalcoólica.
Este método é chamado de hahnemanniano.As agitações são feitas
manualmente (através de movimentos ritmados do antebraço, de batida contra
o anteparo); É uma técnica simples, porém, demorada e trabalhosa. Os
medicamentos assim produzidos são chamados de CH, porque foram diluídos
através da escala centesimal (por isto C) e método hahnemanniano (H).
Manipulação de medicamentos homeopáticos líquidos escala centesimal
hahnemanniana
O veículo será uma solução hidro alcoólica a 30% (v/v) que estará
preparada, armazenada e corretamente identificada, tampada com batoque
adequado com a quantidade de 19,8mL de álcool 30%.
Pegar o medicamento na potência anterior à prescrita na receita
observando-se a escala, colocar 0,2mL no vidro contendo 19,8mL de álcool
30% e dinamizar 100 vezes.
Esta solução deve ser acondicionada em um vidro de 20 mL
previamente esterilizado, com conta-gotas e rotulado corretamente.
3.2.3 - Diluição decimal
Preparada na proporção de 1/10 (uma parte do insumo ativo em nove
partes de insumo inerte, perfazendo um total de 10 partes).
Parte inicial da tintura 1 + 9 partes de veículo, dinamização, D.
1 parte de D1 + 9 partes de veículo 2, dinamização, D2
1 parte de D2 + 9 partes de veículo, dinamização, D3.
1 parte de D(n-1) + 9 partes de veículo, dinamização, Dn.
A concentração da parte inicial da tintura mãe se descreve na
farmacopéia e pode variar segundo a substância empregada.
O veículo que se utiliza para fazer diluições homeopáticas é a água ou o
álcool, ou uma ambas.
Manipulação de medicamentos homeopáticos líquidos escala decimal
hahnemanniana
O veículo será 18 mL de solução hidro alcoólica 30% (v/v) em um vidro
previamente esterilizado de 30 ml.
Colocar 2 mL do medicamento desejado na potência anterior
observando a escala (decimal).
Dinamizar 100 vezes.
Acondiciona-se em vidros de 20 ml previamente esterilizados, com conta
gotas e devidamente rotulado.
Manipulação de medicamentos homeopáticos líquidos dose única escala
centesimal e decimal hahnemanniana
O volume a ser dispensado será de acordo com a prescrição e a
proporção de insumo ativo será de 1:100 na escala centesimal e 1:10 na escala
decimal sempre em uma dinamização abaixo para dinamizar 100x.
Caso não esteja determinado o volume, deve-se dispensar 2 ml do inerte
com 4 gotas do medicamento observando-se a escala (centesimal ou decimal)
em um vidro de dose única.
O veículo inerte deve ser apropriado para o tipo de prescrição podendo
ser de água a etanol 30%.
Tampa-se com batoque, rotula-se corretamente.
3.2.4 - Preparações nasais
São preparações destinadas à aplicação na mucosa nasal sendo
apresentadas sob formas líquidas ou semi-sólidas.
Insumos inertes: Água purificada, solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v),
soluções hidroglicerinadas e bases para preparações semissólidas.
Preparar o insumo ativo na potência desejada e incorporá-lo ao insumo
inerte na proporção de 1% a 5% (p/v) ou (v/v).
Quando for mais de um insumo ativo, prepará-los separadamente nas
potências desejadas, misturá-los em partes iguais e homogeneizar. Incorporar
esta preparação ao insumo inerte na proporção de 1% a 5% (p/v) ou (v/v).
Essa preparação deve apresentar pH próximo ao fisiológico. Para tanto,
é permitido o uso de tampões preconizados pela literatura. É facultado o uso de
conservantes.
3-3 MANIPULAÇÃO DE HOMEOPATIA SOLIDA
Insumos inertes. Lactose, glóbulos, tabletes e comprimidos.
Manipulação de medicamentos homeopáticos sólidos glóbulos escala
centesimal e decimal hahnemanniana
Os glóbulos utilizados são os de número 5 e devem estar armazenados
em um frasco identificado como “Glóbulos Inertes”.
Colocar sobre o prato da balança ligada uma placa de petri, tarar a
balança.
Pesar 15g de glóbulos inertes na placa de petri.
Separar a potência prescrita na escala centesimal preparada em etanol
maior ou igual a 70% ou Separar a potência prescrita na escala decimal
preparada em etanol maior ou igual a 70%.
Utilizar o método da tríplice impregnação:
- Impregnar os glóbulos com 0,5mL do insumo ativo (1ª porção).
- Homogeneizar com agitação.
- Deixar secar em temperatura inferior a 50°C.
- Impregnar os glóbulos com 0,5mL do insumo ativo (2ªporção).
- Homogeneizar com agitação.
- Deixar secar em temperatura inferior a 50°C.
- Impregnar os glóbulos com 0,5mL do insumo ativo (3ª porção).
- Homogeneizar com agitação.
- Deixar secar em temperatura inferior a 50°C.
Transferir os glóbulos impregnados com a ajuda de um papel de filtro
para o frasco de dispensação.
Rotular segundo procedimento de rotulagem.
Manipulação de medicamentos homeopáticos sólidos comprimidos e
tabletes escala centesimal e decimal hahnemanniana.
Os comprimidos ou tabletes inertes se apresentam com peso
compreendido entre 100 e 300mg, eles são fornecidos por laboratório
qualificado seguindo todos os procedimentos de controle de matéria prima.
Pesar 15g de comprimidos ou tabletes inertes em uma placa de petri.
Pegar o medicamento já na potência prescrita na escala centesimal ou
decimal e pesar 10% do peso dos inertes.
Homogeneizar com agitação e esperar secar.
Com ajuda de um papel de filtro coloca-los em frasco para dispensação.
Rotular seguindo os procedimentos de rotulagem.
Manipulação de medicamentos homeopáticos sólidos pós ou papeis
escala centesimal e decimal hahnemanniana
Fazer uma pequena barca de papel de filtro.
Colocar a quantidade de comprimidos ou tabletes inertes prescrita na
receita nesta barca, quando não constar quantidade de comprimidos ou
tabletes na prescrição será sempre um tablete ou 1 comprimido.
Pingar 2 gotas do medicamento já na potência prescrita observando a
escala solicitada (decimal ou centesimal), mover o papel manteiga de modo
que, todos os inertes sejam contaminados pelo medicamento.
Deixar secar e acondicioná-los em vidro apropriado.
Rotular seguindo os procedimentos de rotulagem e dispensação.
3.3.1 Dose única solida
Quantidade limitada de medicamento na forma sólida a ser tomada de
uma só vez.
Ponto de partida. Insumo ativo na potência desejada.
Técnica. Impregnar a forma sólida com duas gotas do insumo ativo ou
de acordo com a prescrição.
Dispensação. Quando não indicado na prescrição, dispensar:
- comprimidos: um (1) comprimido;
- glóbulos: cinco (5) glóbulos;
- pó: 300 a 500 MG de lactose;
- tablete: um (1) tablete.
Manipulação de medicamentos homeopáticos sólidos pós e papéis dose
única escala centesimal e decimal hahnemanniana
Pesar de 0,3g a 0,5g de lactose, colocar sobre papel manteiga.
Quando não for prescrita a quantidade de papéis desejada, dispensar
apenas um papel.
Pegar o medicamento já na potência prescrita na escala desejada
(centesimal ou decimal) que deve estar armazenado em solução hidro alcoólica
com graduação igual ou superior a 70%.
Impregnar a lactose com o medicamento na proporção de 2 gotas.
Misturar a lactose com uma espátula até que toda esteja impregnada
com o medicamento.
Deixar secar por 24 horas.
Dobrar o papel manteiga, no formato de um envelope.
Rotular seguindo os procedimentos de rotulagem e dispensação.
Manipulação de medicamentos homeopáticos sólidos comprimidos e
tabletes dose única escala centesimal e decimal hahnemanniana
Fazer uma pequena barca de papel de filtro.
Colocar a quantidade de comprimidos ou tabletes inertes prescrita na
receita nesta barca, quando não constar quantidade de comprimidos ou
tabletes na prescrição será sempre um tablete ou 1 comprimido.
Pingar 2 gotas do medicamento já na potência prescrita observando a
escala solicitada (decimal ou centesimal), mover o papel manteiga de modo
que, todos os inertes sejam contaminados pelo medicamento.
Deixar secar e acondicioná-los em vidro apropriado.
Rotular seguindo os procedimentos de rotulagem e dispensação.
3.4 MANIPULAÇÕES DE MEDICAMENTOS HOMEOPATICOS FORMAS
FARMACÊTICAS DE USO EXTERNO.
Preparação do medicamento homeopático de uso externo: linimentos,
preparações otológicas, óvulo, supositórios, cremes, géis e pomadas.
Linimentos: insumo inerte – solução hidro alcoólica, óleos e bases
emulsionáveis não tóxicos.
Preparação: preparar o medicamento desejado a partir da 1CH ou 3DH
em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) (quando for mais de um insumo ativo
prepará-los separadamente em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) e misturá-
los em partes iguais). Incorporar o insumo ativo na proporção de 10% (v/v) em
relação ao insumo inerte.
Preparações otológicas: insumo inerte – água, solução hidro alcoólica,
hidroglicerinada, glicólica, óleos e outros.
Preparação: preparar o medicamento desejado a partir da 1CH ou 3DH
em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) (quando for mais de um insumo ativo
prepará-los separadamente em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) e misturá-
los em partes iguais). Diluir o insumo ativo na proporção de 10% (v/v) em
relação ao insumo inerte.
Óvulos e supositórios: insumo inerte – manteiga de cacau, polióis,
gelatina glicerinada e outros.
Preparação: preparar o medicamento desejado a partir da 1CH ou 3DH
em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) (quando for mais de um insumo ativo
prepará-los separadamente em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) e misturá-
los em partes iguais). Incorporar o insumo ativo na proporção de 10% (v/v) em
relação ao insumo inerte fundido e moldar adequadamente.
Cremes, géis e pomadas: insumo inerte – base de creme, gel e
pomada inerte.
Preparação: preparar o medicamento desejado a partir da 1CH ou 3DH
em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) (quando for mais de um insumo ativo
prepará-los separadamente em solução hidro alcoólica a 70% (p/p) e misturá-
los em partes iguais). Incorporar o insumo ativo na proporção de 10% (v/v) em
relação ao insumo inerte.
Quando o ativo for sólido para qualquer preparação de uso externo,
triturar até a 1CH ou 3DH (quando for mais que um ativo prepará-los
separadamente a partir da 1CH ou 3DH misturá-los em partes iguais e
homogeneizar). Incorporar o insumo ativo na proporção de 10% (p/p), ao
insumo inerte e homogeneizar.
3.5 MANIPULAÇÕES DE PLACEBOS NO LABORATÓRIO DE
HOMEOPATIA
De acordo com a Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas,
o placebo será identificado seguindo a regra de nomenclatura, acrescido do
número zero (0), de uma barra (/) e do volume ou peso a ser dispensado.
Ex: Lycopodium clavatum 30CH 0 /20 ml (p/ líquidos)
0/15g (p/ glóbulos e tabletes)
0/1 (p/ papéis e pós)
Quando a prescrição for de medicamento e placebo seguir o seguinte
exemplo:
Ex: Lycopodium clavatum 30CH 1/30 papéis
1, 5,10/30 papéis
O número antes da barra indicará o(s) papel com medicamentos e o
número após a barra o total de papéis.
3.6 PRAZOS DE VALIDADE DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
O prazo de validade segue a determinação da Associação Brasileira de
Farmacêuticos Homeopatas:
• Glóbulos, comprimidos, tabletes e gotas (solução hidro alcoólica ≥
30%) = validade de 2 anos.
• Pós e papéis = 1 ano
• Solução aquosa (água destilada) = 48 horas
• Óvulos e supositórios = 4 meses
• Pomadas, cremes e géis = 4 meses.
• Matriz em álcool 70% = 5 anos
• Álcool 20% = 1 ano
• Tintura = 1 ano
• Álcool 15% = 6 meses
• Álcool 10% = 3 meses
• Álcool 5% = 2 meses
• Brandy 5% = 1 mês
• Brandy e vinagre de maça 10% = 2 meses
• Brandy e vinagre de maça 20% = 4 meses
• Brandy e vinagre de maça 30% = 6 meses
• Florais em spray ambiente = 6 meses
3.7 CONTROLES DE QUALIDADE DE MATÉRIA PARA MEDICAMENTOS
HOMEOPATICOS
Realizar o controle de qualidade das matérias-primas para
medicamentos homeopáticos de forma a atender as legislações específicas.
• Matéria-prima: Toda matéria-prima recebida deve conter laudo de
análise e ser analisada de acordo com suas especificações, respeitando as
peculiaridades das preparações homeopáticas. Estas devem ser adquiridas de
fornecedores qualificados, conforme procedimento de qualificação de
fornecedores vigente. Qualquer produto que não esteja em conformidade com
suas especificações será rejeitado. Após análise concluída e aprovada, a
matéria-prima será liberada para utilização no laboratório de homeopatia.
• A água utilizada na manipulação dos medicamentos homeopáticos é
obtida através da osmose reversa e a análise desta é realizada mensalmente
por empresa terceirizada especializada, conforme contrato estabelecido.
• Periodicamente deve ser realizado o controle de qualidade
microbiológico das matrizes homeopáticas, por empresa terceirizada
especializada, conforme contrato estabelecido.
• O preparo do pool para análise microbiológica das matrizes
homeopáticas deve feito da seguinte forma:
- raiz quadrada de n+1 (onde n = número total de matrizes homeopáticas
contidas na farmácia)
- o resultado deste cálculo é o número de matrizes a ser enviado como
amostra para realização das análises microbiológicas.
- enviar 20 mL do pool de matrizes, para isto, calcular: 20 dividido pelo
resultado da raiz quadrada de n+1. O resultado deste cálculo deve ser a
quantidade a ser retirada de cada matriz.
• O estoque de matrizes e matérias-primas deve ser verificado
mensalmente quanto à validade das mesmas. Deve ser retirado 1 mês antes
do vencimento.
3.8 ROTULAGENS DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
Rotulagem dos insumos ativos dentro do laboratório:
Tintura mãe (rótulo interno ou do fornecedor): nome científico da droga
data de fabricação e lote, prazo de validade, conservação, estado da droga,
parte usada, grau alcoólico, volume e classificação toxicológica (quando for o
caso).
Matriz (rótulo interno ou do fornecedor): dinamização; escala e método;
insumo inerte e grau alcoólico (quando for o caso); data da manipulação; prazo
de validade (mês e ano) e origem.
Formas farmacêuticas de dispensação
Formas farmacêuticas derivadas: nome homeopático do medicamento,
dinamização, escala e método, forma farmacêutica, quantidade, data de
fabricação e prazo de validade (mês e ano). O rótulo das formas farmacêuticas
derivadas deve conter identificação da farmácia, com o cadastro nacional de
pessoal jurídica (CNPJ), endereço completo, nome do farmacêutico
responsável com o respectivo número do Conselho Regional de Farmácia
(CRF), nome do paciente e prescritor (para as preparações magistrais).
3.9 ORIGENS DE MEDICAMENTOS
Os medicamentos usados em homeopatia têm origem nos diferentes
reinos da natureza, assim como nos produtos químico-farmacêuticos,
substâncias e/ou materiais biológicos, patológicos ou não, além de outros
agentes de diferente natureza.
|Apis mellifica |
É o grande remédio para os edemas (inchações pálidas e cor de cera)
sem inflamação. Dores picantes que pioram com o calor.
Argentum nitricum
Indicado para crianças secas e enrugadas como idosos. Dor de cabeça
profunda ou que incide num dos lados da cabeça (hemicrania). Sensação de
dilatação em alguma parte do corpo. Sensação de cabeça muito avolumada.
Medo de andar só. Fotofobia. Medo de lugares muito freqüentados. Melancolia
e depressão mental. Tremor em todo o corpo. Hipocondria. Neurastenia.
Arsenicum album
Periodicidade dos sintomas. Grande prostração agravada pelo frio e pelo
repouso. Inquietação e angústia. Malignidade. Pele seca e escamosa, com
herpes ou qualquer dermatose. Prurido ardente e violento agravado à noite,
provocando dor de agulhas quentes. Psoríase (doença que provoca erupções
avermelhadas na pele, em forma de disco e com escamas prateadas), pitiríase
(diversas dermatoses que provocam escamas que se esfarelam), urticária e
eczema. Lábios secos. Lacrimejamento ardente. Sede freqüente de pequenas
quantidades de água. Hidropisias com grande sede. Pleurisia.
Arnica montana
É o grande remédio das machucaduras e contusões ou dos maus efeitos
de pancadas ou quedas antigas, seja na cabeça ou em qualquer parte do
corpo. Nos casos agudos, usada em baixas dinamizações, é útil para uso
imediato nas dores por contusão ou pancada. Como medicamento de fundo, é
indicado quando a pessoa sente alívio ao ficar recostada e com a cabeça
baixa; tudo parece piorar à noite, tanto os sintomas físicos como os mentais ou
emocionais. Muito útil no tratamento das dores pós-cirúrgicas, na apoplexia
(hemorragia, trombose ou embolia cerebral) e nas hemorragias pulmonares.
Belladona
Medicamento de efeito violentos, que produz sintomas agudos e
repentinos. Dores e congestão com batidas visíveis dos vasos sanguíneos,
calor ardente, sentidos muito aguçados, hipersensibilidade com intolerância à
luz. O tipo Belladona é muito sensível, avermelhado, com tendência a
engordar, às inflamações, à hipertrofia do útero, às doenças da bexiga, dos
olhos, do cérebro, às hemorragias (principalmente nasais), convulsões e
nevralgias. Febres fortes com pouco ou nenhum suor, mas com tez
avermelhada.
Borax
Pessoas excessivamente sensíveis aos ruídos. Medo ao descer ou ao
executar movimentos de descida (escadas, cavalo, saltos, etc.). Sintomas
psíquicos com alternância de choro e riso. Assim como a Actea racemosa,
favorece o parto, podendo ser usado em conjunto com esta última.
Recomendado para os casos de secreções que provocam sensação de água
quente correndo, em especial nos corrimentos vaginais albuminosos
abundantes. Regras muito dolorosas e profusas. Dores no seio que não está
amamentado com nervosismo acentuado.
Calcium carbonicum
Indicado para pessoas obesas ou com tendência a engordar, que suam
profusamente e com facilidade, em especial na cabeça; apresentam o abdome
inchado e as extremidade frias e suarentas; muito freqüentemente emitem
secreções ácidas, tem propensão ao vômito e a diarréias, com forte tendência
a prisão de ventre crônica. É um remédio tipicamente feminino, próprio para as
pessoas com perturbações ginecológicas, corrimentos leitosos e ácidos, tez
pálida e apática, aspecto melancólico e quase sempre hipocondríacas.
Tipologicamente presta-se a pessoas linfáticas, lentas e acomodadas. Pode ser
útil no raquitismo e no tratamento da obesidade infantil, em especial nos casos
de crianças pálidas, escrofulosas (com tendência à tuberculose, eczema,
catarros respiratórios), que apresentam tosse seca noturna, com expectoração
ácida, e anemia. Também aplica-se aos casos de surdez por pólipos nos
ouvidos e a uma série de doenças metabólicas.
Chamomilla
Remédio das pessoas irrequietas e impacientes. Próprios para crianças
ansiosas e impertinentes, e para mulheres exageradas, que se queixam muito,
mal-humoradas e que não sabem o que querem. Combate os malefícios do
café em excesso, em especial a insônia. Pessoas de gênio vingativo. Dores
desesperantes, nevralgias, dores de ouvido das crianças, piorando à noite.
Suores quentes na cabeça, irritabilidade das crianças em fase de dentição:
melhora a dor e acalma. Crianças que só sossegam no colo. Diarréia aguda,
esverdeada. Hemorragias uterinas com sangue coalhado e escuro,
acompanhadas de dores fortes e espasmos. Tem indicação precisa nos casos
de alternância de calafrios e calores, estados biliosos de mulheres nervosas,
com grande irritabilidade.
Graphites
Sensação de frio no corpo. Timidez. Pessoas hesitantes. Erupções que
vertem líquido aquoso e transparente, em qualquer parte do corpo.
Kalium bichromicum
Indicado para os casos em que há catarro e ulcerações sem dor.
Moléstias dos olhos, nariz, boca, garganta, pele, útero, vagina e uretra. Eczema
do couro cabeludo e do ouvido. Sarampo e moléstias da laringe. Os sintomas
se agravam pela manhã.
Lycopodium clavatum
Grande remédio para as pessoas de pouco desenvolvimento físico, mas
de inteligência viva e penetrante. Idosos e crianças irritadiças e rudes.
Envelhecimento precoce e artrite. Existem três características principais de
Lycopodium: emissão de areias avermelhadas na urina com dores fortes,
flatulência intestinal e agravação ao fim do dia. Um dado importante que
também indica este remédio são as doenças crônicas do fígado. Dores de
estômago com muita acidez e flatulência e apetite mantido; melhora assim que
ingere alimento. Preferência por bebidas quentes. Secura da vagina.
Amigdalites. Difteria. Reumatismo. Pneumonias mal cuidadas ou crônicas.
Males que passam da direita para a esquerda. Fluxo menstrual suspenso
devido a algum susto. Bronquite crônica com constante expectoração
esbranquiçada. Prisão de ventre. Paciente equivoca-se constantemente ao
falar e ao escrever. Remédio típico também para as pessoas de fraco
desenvolvimento muscular, cuja parte superior do corpo é fraca ou franzina e a
parte inferior é gorda, com tez amarelada e manchada, e olheiras. Cálculos
renais agudos ou antigos. Incontinência urinária infantil. Calvície e excesso de
cabelos brancos precoces.
Mercurius corrosivus
Principal remédio da disenteria e da enterite. Mau hálito. Cistite.
Presença de albumina na urina de mulheres grávidas. Importante remédio
também para os olhos e a garganta. Deglutição dolorosa. Faringite e amigdalite
agudas.
Opium
Sono comatoso. Respiração profunda e ruidosa. Suores quentes. Maus
efeitos do susto. Prisão de ventre sem desejo de evacuar, inércia intestinal.
Ocorre durante a gravidez.
Pulsatilla
O doente clássico deste remédio é a mulher clara, loira, dócil, triste e
chorosa, que se lamenta constantemente. Piora em aposentados quentes e
melhora ao ar livre ou por aplicações frias, embora seja friorenta. Corrimentos
brandos. Dores erráticas e manhosas, que saltam rapidamente de um ponto ao
outro. Sarampo. Indigestão e dispepsia crônica. Fezes normais, mas com
evacuação duas ou três vezes por dia. Diarréia à noite. Conjuntivite. Terçol.
Dor de ouvido. Abscessos fistulosos. É o primeiro remédio em que se pensa
quando o leite materno é escasso. Fluxo menstrual escasso, atrasado ou
suprimido. Usado no puerpério. Varizes. Dores nas costas
Sabadilla
Coriza, corrimento aquoso do nariz, espirros e lacrimejamento dos olhos,
pálpebras vermelhas e dor de cabeça frontal. Os sintomas se agravam ao ar
livre. Constante necessidade de engolir. Gosto adocicado na boca. Prefere
líquidos quentes.
Silicea
Próprio para pessoas magras, que assimilam mal os alimentos. Crianças
raquíticas, teimosas, membros magros, cabeça e ventre volumosos, face
semelhante à de pessoas idosas, falta de calor vital. Esgotamento nervoso com
aversão ao exercício físico ou mental, neurastenia. Aplicado em inflamações
locais (furunculose, panarício, úlceras crônicas, fístulas, tumores, feridas após
o vazamento do pus). Auxilia na expulsão de corpos estranhos, como espinhos,
lascas de ossos, alfinetes etc. Dor de cabeça crônica com fotofobia forte.
Abscessos dentários. Suor dos pés. Nevralgias rebeldes. Esclerose cerebral.
Cicatrizes dolorosas. Tuberculose pulmonar. Bronquite. Intolerância a bebidas
alcoólicas.
Sulphur
Ardores nas moléstias crônicas. Olhos, boca, reto e sola dos pés
ardentes. Orifícios do corpo bem vermelhos. Fezes duras, secas e dolorosas.
Ânus escoriados, prisão de ventre e hemorróidas. Moléstias do fígado em
conseqüência das hemorróidas. Marasmo infantil. Enurese noturna nas
crianças. Importante remédio contra asma das pessoas que têm artrite, com
afecções cutâneas, e para depois de moléstias agudas em qualquer órgão.
Diarréia matutina. Alucinações do olfato. Não suporta estar de pé. Aversão ao
banho. Cabeça quente e pés frios ou vice-versa. Furúnculos. Leucorréia.
Reumatismo. Períodos de depressão
Thuya occidentalis
Inquietação e agitação. Sicose (dermatose que compromete os folículos
pilosos, em especial da barba , com formação de fístulas) excrescências
esponjosas, condilomas (formação carnudas no ânus, na vulva ou na glande
peniana), pólipos, verrugas e papilomas da laringe. Rinite crônica. Leucemia.
Inflamação crônica do reto. Sede contínua. Falta de apetite. Rânula (tumor na
parte inferior da língua, formado pela obstrução do canal excretor de uma
glândula salivar). Úlceras, fendas, fístulas, em especial na região anugenital.
Flatulência e distensão abdominal. Vagina muito sensível. Coito doloroso.
Asma nas crianças. Acne facial.
Urtica urens
Remédio para a falta de leite e para o cálculo renal. Enurese
(incontinência urinária) e urticária. Formigamento, coceira, queimadura e
brotoeja. Reumatismo associado a erupções da pele.
Zincum metallicum
O que e ferro é para o sangue o zinco é para os nervos. Esgotamento
nervoso e cerebral. Incessante e violenta sensação de inquietação dos pés e
nos membros inferiores, necessitando movê-los constantemente. Neurastenia.
Tremor geral. Moléstias do cérebro. Asma. Bronquite.
4. CONCLUSÃO
Levando em consideração as atividades realizadas, conclui que o
profissional Farmacêutico desempenha um papel de muita responsabilidade
dentro da farmácia de homeopatia, tendo que atuar com bastante atenção,
dedicação ao seu trabalho, seguindo sempre legislações e procedimentos
vigentes e para isso tem que ter conhecimento e domínio na área, pois está
lidando com vidas e é isso que o faz tão importante, por isso que seu papel é a
prevenção, recuperação e promoção da saúde.
No laboratório de homeopatia, o processo efetuado para a preparação
das formulações exige cuidados desde as análises das matérias-primas
utilizadas, até a entrega do produto final ao paciente.
Dessa forma, o estágio é muito importante para nossa formação
profissional, sendo um complemento das aulas teóricas de homeopatia,
fazendo com que aprimorasse mais os meus conhecimentos e que também
futuramente possa utilizar no meu dia-dia, podendo assim garantir um produto
de qualidade.
Assim acrescentando conhecimento para me tornar um profissonal que
faz o seu papel, prevenção, recuperação e promoção a saúde.
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DADOS FINAIS
___________________________________
Farmacêutica Responsável
Viviane Priscilla Ferreira
CRF: 57315/SP
___________________________________
Cristiane de Oliveira Manoel Magalhães
RGM 255.533
___________________________________
Professora Supervisora Estágio
Profª Drª: Priscila Vautier
CRF: 24.728/SP