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REGRAS PARA CONSTRU˙ˆO E CLASSIFICA˙ˆO DE EMBARCA˙ES DE A˙O PARA NAVEGA˙ˆO EM MAR ABERTO 2001 BUREAU COLOMBO BRASIL Av. Presidente Vargas, 446 - Grupo 1203 - Centro - CEP 20085-900 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Telefones: (0XX 21) 2233.7428 / 2516.1965 (Diretoria Executiva) Fax: (0XX 21) 2518.2086 E-mail: [email protected] Home page: http://www.bcolombo.com.br

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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E

CLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE AÇO

PARA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO

2001

BUREAU COLOMBO BRASIL

Av. Presidente Vargas, 446 - Grupo 1203 - Centro - CEP 20085-900 - Rio de Janeiro - RJ - BrasilTelefones: (0XX 21) 2233.7428 / 2516.1965 (Diretoria Executiva)Fax: (0XX 21) 2518.2086E-mail: [email protected] page: http://www.bcolombo.com.br

Carlos
Regras criadas por Bureau Colombo Brasil Documento Eletrônico criado por Marcelo de Freitas e Carlos Correa, ([email protected])
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Esta edição das REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES DE AÇOPARA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO, data do ano 2001, e constitui em uma revisão das Regras anterio-res, emitidas originariamente em 1992 e revistas, pela última vez, em 1999.

Publicações do Bureau Colombo:

1. �Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Aço que Operam na Navega-ção Interior� - Emitido em 1985. Totalmente revisada em 2000.

2. �Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Aço que Transportam GLP naNavegação Interior� - Emitido em 1989. Totalmente revisado em 2001.

3. �Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Fibra de Vidro� - Emitido em1987.

4. �Regras para Classificação de Conteiners� - Emitido em 1987.5. �Regras para Construção e Classificação de Balsas para Serviço Off-Shore� - Emitido em

1988.6. �Regras para Construção e Classificação de Embarcações de Alumínio� - Emitido no ano de

2000.7. �Manual para Classificação de Sistemas de Mergulho� - Emitido em 1999.

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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DEEMBARCAÇÕES DE AÇO PARA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO

ÍNDICE

TOMO I � GENERALIDADES

SEÇÃO 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................... 19

SEÇÃO 2 - CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOS DE CLASSE ........................................................ 232.1 - CLASSIFICAÇÃO ....................................................................................................... 232.2 - SÍMBOLOS DE CLASSE ............................................................................................ 23

SEÇÃO 3 - VALIDADE DA CLASSIFICAÇÃO .......................................................................... 25

SEÇÃO 4 - EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADAS OU MODIFICADASSOB FISCALIZAÇÃO E REGRAS DO BC .............................................................. 27

SEÇÃO 5 - DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIAS PARA EMBARCAÇÕES ........................ 33

SEÇÃO 6 - ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS ................................................................. 336.1 - PRIMEIRA VISTORIA DE RECLASSIFICAÇÃO (04 ANOS) ............................................ 336.2 - VISTORIAS DE RECLASSIFICAÇÃO, SUBSEQÜENTES

REALIZADAS A CADA QUATRO ANOS ....................................................................... 356.3 - VISTORIA INTERMEDIÁRIA ........................................................................................ 366.4 - VISTORIAS ANUAIS ................................................................................................... 366.5 - INSTRUÇÕES GERAIS ............................................................................................... 36

TOMO II : ESTRUTURA

SEÇÃO 1 - GENERALIDADES E DEFINIÇÕES ......................................................................... 391.1 - VALIDADE ................................................................................................................. 391.2 - ESTABILIDADE ......................................................................................................... 391.3 - VIBRAÇÕES MECÂNICAS ......................................................................................... 391.4 - RUÍDO ...................................................................................................................... 391.5 - DOCUMENTOS DE PROJETO SUBMETIDOS À APROVAÇÃO ..................................... 391.6 - DEFINIÇÕES E SIMBOLOGIA ..................................................................................... 401.7 - MEMÓRIAS DE CÁLCULO ......................................................................................... 411.8 - SISTEMA DE UNIDADES............................................................................................ 41

SEÇÃO 2 - DIMENSIONAMENTO E DETALHES ESTRUTURAIS ............................................... 432.1 - GENERALIDADES ..................................................................................................... 432.2 - FLANGE SUPERIOR E INFERIOR DO CASCO............................................................. 432.3 - VÃO SEM APOIO ...................................................................................................... 442.4 - FIXAÇÕES DE EXTREMIDADES ................................................................................. 452.5 - LARGURA COLABORANTE DO CHAPEAMENTO......................................................... 462.6 - RESISTÊNCIA À FLAMBAGEM .................................................................................. 482.7 - RIGIDEZ DAS CAVERNAS E VIGAS GIGANTES .......................................................... 542.8 - DETALHES DE CONSTRUÇÃO ................................................................................... 562.9 - AVALIAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE TENSÕES .................................................. 562.10 - MARGENS PARA CORROSÃO E CONTROLE DA CORROSÃO .................................. 56

SEÇÃO 3 - CARREGAMENTOS DE PROJETO ......................................................................... 593.1 - GENERALIDADES ..................................................................................................... 593.2 - CARREGAMENTO EXTERNO DEVIDO AO MAR ......................................................... 59

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3.3 - CARREGAMENTO DEVIDO ÀS CARGAS TRANSPORTADAS EM CONVESES DE COMPARTIMENTOS HABITÁVEIS ................................................ 62

3.4 - CARREGAMENTOS NAS ESTRUTURAS DE TANQUES ............................................... 643.5 - VALORES DE PROJETO PARA COMPONENTES DE ACELERAÇÃO............................ 65

SEÇÃO 4 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL ............................................................................. 674.1 - GENERALIDADES ..................................................................................................... 674.2 - MOMENTOS FLETORES LONGITUDINAIS VERTICAIS E

FORÇAS CORTANTES VERTICAIS ............................................................................ 704.3 - MÓDULOS DE SEÇÃO E MOMENTOS DE INÉRCIA .................................................... 714.4 - VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO ................................................... 754.5 - MOMENTOS FLETORES ADMISSÍVEIS EM ÁGUAS

TRANQÜILAS E FORÇAS CORTANTES...................................................................... 784.6 - NAVIOS COM GRANDES ABERTURAS DE CONVÉS................................................... 78

SEÇÃO 5 - CHAPEAMENTO DO FUNDO E DO COSTADO ........................................................ 815.1 - GENERALIDADES....................................................................................................... 815.2 - CHAPEAMENTO DO FUNDO ...................................................................................... 815.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO .................................................................................. 845.4 - CHAPEAMENTO EXTERNO DE SUPERESTRUTURA ................................................... 855.5 - REFORÇOS NO FUNDO À VANTE .............................................................................. 855.6 - REFORÇOS NA REGIÃO DE CADASTES, PÉS-DE-GALINHA E BOLINAS...................... 865.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO EXTERNO.............................................................. 875.8 - PORTAS DE PROA .................................................................................................... 875.9 - PORTAS LATERAIS E DE POPA ................................................................................. 885.10 - BORDAS-FALSAS..................................................................................................... 88

SEÇÃO 6 - CONVESES .......................................................................................................... 916.1 - CONVÉS RESISTENTES ............................................................................................ 916.2 - CONVESES INFERIORES........................................................................................... 946.3 - CONVESES DE HELICÓPTEROS ............................................................................... 96

SEÇÃO 7 - ESTRUTURA DO FUNDO ...................................................................................... 997.1 - FUNDO SINGELO ...................................................................................................... 997.2 - FUNDO DUPLO .......................................................................................................... 1017.3 - ESTRUTURA DO FUNDO DA PRAÇA DE MÁQUINAS

NA REGIÃO DA INSTALAÇÃO PROPULSORA PRINCIPAL ........................................... 108

SEÇÃO 8 - CAVERNAS ........................................................................................................... 1118.1 - ESTRUTURA TRANSVERSAL ..................................................................................... 1118.2 - LONGITUDINAIS.......................................................................................................... 117

SEÇÃO 9 - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DE CONVÉS ...................................................... 1219.1 - GENERALIDADES...................................................................................................... 1219.2 - VAUS E SICORDAS ................................................................................................... 1219.3 - PÉS-DE-CARNEIRO..................................................................................................... 1239.4 - CANTILEVERS .......................................................................................................... 1249.5 - VIGAS LIMITES DE ESCANTILHÕES........................................................................... 130

SEÇÃO 10 - ANTEPARAS ESTANQUES À ÁGUA ..................................................................... 13110.1 - GENERALIDADES .................................................................................................... 13110.2 - ESCANTILHÕES....................................................................................................... 13410.3 - TÚNEL DO EIXO ....................................................................................................... 136

SEÇÃO 11 - TANQUES ........................................................................................................... 13911.1 - GENERALIDADES .................................................................................................... 13911.2 - ESCANTILHÕES ....................................................................................................... 14011.3 - TANQUES DE SERVIÇO............................................................................................. 14211.4 - PORÕES DE CARGA PARA ÁGUA DE LASTRO ........................................................ 143

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11.5 - TANQUES PARA ÓLEO VEGETAL ........................................................................... 14411.6 - TANQUES INDEPENDENTES...................................................................................... 14411.7 - TANQUES DE ÁGUA POTÁVEL.................................................................................. 14411.8 - ANTEPARAS-DIAFRAGMA ....................................................................................... 14511.9 - TESTE DE ESTANQUEIDADE ................................................................................... 145

SEÇÃO 12 - RODA DE PROA, CADASTE, PÉS-DE-GALINHA E TUBO TELESCÓPICO .............. 14712.1 - RODA DE PROA ...................................................................................................... 14712.2 - CADASTE ................................................................................................................ 14812.3 - PÉS-DE-GALINHA .................................................................................................... 15412.4 - TUBO TELESCÓPICO ELÁSTICO .............................................................................. 155

SEÇÃO 13 - LEME E APARELHO DE GOVERNO .................................................................... 15713.1 - GENERALIDADES.................................................................................................... 15713.2 - FORÇA DO LEME E MOMENTO TORCIONAL ........................................................... 15813.3 - ESCANTILHÕES DA MADRE DO LEME..................................................................... 16013.4 - ACOPLAMENTOS DO LEME...................................................................................... 16313.5 - PORTA DO LEME E MANCAIS DO LEME .................................................................. 16613.6 - MOMENTO DE ESCOAMENTO DE PROJETO DA MADRE DO LEME.......................... 16913.7 - ESBARROS E DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO DO LEME .............................................. 16913.8 - TUBULÕES ENVOLVENDO HÉLICES ........................................................................ 169

SEÇÃO 14 - SUPERESTRUTURAS E CASARIAS ................................................................... 17114.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 17114.2 - CHAPEAMENTO LATERAL E CONVESES DE

SUPERESTRUTURAS NÃO EFETIVAS...................................................................... 17214.3 - ANTEPARAS EXTREMAS DE SUPERESTRUTURAS

E PAREDES DE CASARIAS ..................................................................................... 17314.4 - CONVESES DE CASARIAS ..................................................................................... 17514.5 - CASARIAS COM APOIO ELÁSTICO........................................................................... 175

SEÇÃO 15 - ESCOTILHAS .................................................................................................... 18115.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 18115.2 - BRAÇOLAS E SICORDAS DE ESCOTILHAS ............................................................. 18115.3 - TAMPAS E VAUS DE ESCOTILHAS........................................................................... 18215.4 - ABERTURAS DIVERSAS EM CONVESES DE BORDA-LIVRE

E EM CONVESES E SUPERESTRUTURAS................................................................ 18915.5 - ESCOTILHAS DE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS ................................... 189

SEÇÃO 16 - EQUIPAMENTO ................................................................................................. 19116.1 - GENERALIDADES.................................................................................................... 19116.2 - NUMERAL DO EQUIPAMENTO ................................................................................. 19216.3 - ÂNCORAS ............................................................................................................... 19216.4 - AMARRAS ............................................................................................................... 19316.5 - PAIOL DE AMARRAS................................................................................................ 19416.6 - EQUIPAMENTO DE AMARRAÇÃO E ATRACAÇÃO .................................................... 194

SEÇÃO 17 - LIGAÇÕES SOLDADAS .................................................................................... 20117.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 20117.2 - PROJETO E DIMENSIONAMENTO ............................................................................ 20217.3 - CÁLCULOS .............................................................................................................. 214

SEÇÃO 18 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ....................................................................... 23518.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 23518.2 - DETALHES ESTRUTURAIS ...................................................................................... 23518.3 - PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO ........................................................................... 236

SEÇÃO 19 - ACABAMENTO E INSTALAÇÃO ........................................................................ 23919.1 - ANTEPARAS ENTRE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS ............................. 239

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19.2 - FORRAÇÃO ............................................................................................................ 23919.3 - VIGIAS E JANELAS ................................................................................................. 24019.4 - EMBORNAIS, DESCARGAS SANITÁRIAS E SAÍDAS D�ÁGUA ................................... 24019.5 - TUBOS DE SUSPIRO, TUBOS DE TRANSBORDAMENTO

E TUBOS DE SONDAGEM ........................................................................................ 24219.6 - VENTILADORES ...................................................................................................... 24319.7 - ESTIVA DE CONTAINERS ........................................................................................ 24419.8 - ARRANJOS DE PEAÇÃO EM GERAL ....................................................................... 24519.9 - CONVESES PARA CARROS .................................................................................... 24519.10 - MEIOS DE SALVATAGEM E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO.............................. 24719.11 - MASTROS .............................................................................................................. 24719.12 - APARELHOS DE CARGA E ELEVAÇÃO .................................................................. 24819.13 - ACESSO A GRANDES TANQUES E GRANDES PORÕES DE CARGA

DE GRANELEIROS ................................................................................................. 248

SEÇÃO 20 - ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS NO ESTALEIRO ....................................... 25120.1 - RESPONSABILIDADE PELA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS ........................................ 25120.2 - ABERTURAS E BORDAS DE CHAPAS ..................................................................... 25120.3 - PEÇAS ESTRUTURAIS TRABALHADAS A FRIO ........................................................ 25120.4 - POSICIONAMENTO FORÇADO ................................................................................. 251

SEÇÃO 21 - NAVIOS PETROLEIROS ..................................................................................... 25321.1 - GENERALIDADES .................................................................................................... 25321.2 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL ................................................................................. 25821.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO, DO CONVÉS E DO TETO DO FUNDO DUPLO........... 25821.4 - LONGITUDINAIS DO COSTADO E LONGITUDINAIS DO CONVÉS ............................... 25821.5 - RESISTÊNCIA DE VIGAS E GIGANTES..................................................................... 25821.6 - ANTEPARAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS ESTANQUES A ÓLEO.................... 26121.7 - ANTEPARAS DIAFRAGMA........................................................................................ 26321.8 - ESCOTILHÕES ........................................................................................................ 26421.9 - DETALHES ESTRUTURAIS DAS EXTREMIDADES DO NAVIO ..................................... 26521.10 - NAVIOS PARA O TRANSPORTE DE CARGA SECA OU ÓLEO ................................. 26521.11 - PEQUENOS NAVIOS PETROLEIROS......................................................................... 266

SEÇÃO 22 - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARES PARA NAVIOS-TANQUE ................. 27322.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 27322.2 - DEFINIÇÕES E REGRAS BÁSICAS .......................................................................... 27322.3 - DOCUMENTOS ESPECÍFICOS PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO ................................ 27322.4 - BOMBAS DE CARGA E SEUS ACIONADORES ......................................................... 27422.5 - REDE DE CARGA .................................................................................................... 27422.6 - AQUECIMENTO DE TANQUES .................................................................................. 27522.7 - REDES DE VAPOR PARA DESGASEIFICAÇÃO......................................................... 27522.8 - SISTEMA DE ESGOTO E LASTRO ............................................................................ 27522.9 - ALAGAMENTO E DRENAGEM DE COFERDAMES .................................................... 27522.10 - FACILIDADES DE LASTRO DENTRO DA ÁREA DE CARGA ...................................... 27522.11 - VENTILAÇÃO E DESGASEIFICAÇÃO....................................................................... 27522.12 - TUBOS DE SONDAGEM E ABERTURAS DE OBSERVAÇÃO.................................... 27622.13 - INSTRUMENTOS FECHADOS DE MEDIÇÃO DE NÍVEL DE LÍQUIDO ......................... 27622.14 - PROTEÇÃO CONTRA CENTELHAS DE DESCARGAS

DE MOTORES E CALDEIRAS.................................................................................. 27622.15 - RESFRIADORES DE MOTORES ............................................................................. 27722.16 - EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO............................................................. 27722.17 - NAVIOS-TANQUE PARA O TRANSPORTE DE GASES

LIQUEFEITOS SOB PRESSÃO ................................................................................ 277

SEÇÃO 23 - NAVIOS DE PASSAGEIROS ............................................................................. 28123.1 - GENERALIDADES .................................................................................................... 28123.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO ......................................................................... 28123.3 - ANTEPARAS ........................................................................................................... 281

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23.4 - PORTAS EM ANTEPARAS ....................................................................................... 28223.5 - CONVÉS DE ANTEPARAS ....................................................................................... 28223.6 - FUNDO DUPLO ........................................................................................................ 28223.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO DO COSTADO ..................................................... 28323.8 - MATERIAIS PARA DISPOSITIVOS DE FECHAMENTO ESTANQUE ............................. 28323.9 - ARRANJOS PARA ALAGAMENTOS CRUZADOS ....................................................... 28323.10 - TUBULAÇÃO ......................................................................................................... 283

SEÇÃO 24 - REBOCADORES ............................................................................................. 28524.1 - GENERALIDADES.................................................................................................... 28524.2 - CADASTE ............................................................................................................... 28524.3 - SUPERESTRUTURAS, ALBOIOS E DESCIDAS ......................................................... 28524.4 - GAIUTAS DA PRAÇA DE MÁQUINAS E DA PRAÇA DE CALDEIRAS .......................... 28524.5 - VENTILADORES E SUSPIROS ................................................................................. 28524.6 - APARELHO DE REBOQUE ....................................................................................... 28524.7 - EQUIPAMENTO........................................................................................................ 287

SEÇÃO 25 - NAVIOS PESQUEIROS .................................................................................... 28925.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 28925.2 - CADASTE ................................................................................................................ 28925.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DA BORDA-FALSA ............................................... 28925.4 - CONVÉS RESISTENTE E CONVÉS DE CASTELO ..................................................... 29025.5 - ESCOTILHAS PARA PEIXE E DESCIDAS .................................................................. 29025.6 - PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS .............................................................. 29025.7 - EQUIPAMENTO ....................................................................................................... 29025.8 - FACILIDADES PARA ELIMINAÇÃO DE DETRITOS E DE ÁGUA .................................. 292

SEÇÃO 26 - DRAGAS ........................................................................................................ 29526.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 29526.2 - PLANOS E DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO ....................................................... 29526.3 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .................................................................................. 29526.4 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DO FUNDO........................................................... 29626.5 - CONVÉS ................................................................................................................. 29626.6 - ESTRUTURA DO FUNDO .......................................................................................... 29626.7 - CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE DEPÓSITOS E POÇOS ......................................... 29826.8 - CAIXA DE QUILHA ................................................................................................... 29926.9 - CADASTE E LEME................................................................................................... 30026.10 - BORDA-FALSA E TRANSBORDAMENTO DO ESPAÇO DE ESPAÇO ........................ 30026.11 - EQUIPAMENTO ..................................................................................................... 300

SEÇÃO 27 - CHATAS-PONTÕES ....................................................................................... 30127.1 - GENERALIDADES ................................................................................................... 301

SEÇÃO 28 - NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM ÁGUAS RASAS .......................................... 30328.1 - GENERALIDADES.................................................................................................... 30328.2 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DO FUNDO .......................................................... 30328.3 - ANTEPARAS ESTANQUES À ÁGUA E ANTEPARAS DE TANQUES ............................ 30328.4 - ESCOTILHAS ........................................................................................................... 30428.5 - EQUIPAMENTO........................................................................................................ 304

SEÇÃO 29 - REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUES FLUTUANTES ......................................... 30729.1 - GENERALIDADES.................................................................................................... 30729.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO.......................................................................... 30729.3 - MATERIAIS .............................................................................................................. 30729.4 - DIMENSÕES PRINCIPAIS E DEFINIÇÕES ................................................................. 30829.5 - RESISTÊNCIA TRANSVERSAL ................................................................................. 30829.6 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .................................................................................. 30929.7 - RESISTÊNCIA DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS ........................................................ 310

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29.8 - ESTABILIDADE E BORDA-LIVRE .............................................................................. 31029.9 - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS E PLANTA ELÉTRICA ................................................ 31129.10 - SISTEMAS DE TUBULAÇÃO E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO

CONTRA INCÊNDIO .............................................................................................. 31129.11 - TESTES ................................................................................................................. 311

SEÇÃO 30 - REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA CLASSIFICAÇÃO E TESTES EM AÇOS COM CARGA SOB PRESSÃO ......................................... 313

30.1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 31330.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO........................................................................... 31330.3 - REGRAS ESPECIAIS ............................................................................................... 31330.4 - MATERIAIS .............................................................................................................. 31330.5 - PROJETO ................................................................................................................ 31430.6 - CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTO ............................................................................. 31730.7 - OBSERVAÇÕES GERAIS ......................................................................................... 318

TOMO III : MÁQUINAS

SEÇÃO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................... 3231.1 - PLANOS DE CLASSIFICAÇÃO.................................................................................... 3231.2 - VISTORIAS PERIÓDICAS ........................................................................................... 323

SEÇÃO 2 - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORAS E AUXILIARES E DE MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR ................................................................ 327

2.1 - PROPÓSITOS E CONDIÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO .................................................... 3272.2 - PROCEDIMENTOS INICIAIS ........................................................................................ 3272.3 - DESENHOS A SEREM APRESENTADOS ................................................................... 3272.4 - SUPERVISÃO DA CONSTRUÇÃO E DA INSTALAÇÃO ................................................. 3272.5 - LINHA DO EIXO .......................................................................................................... 3282.6 - MANIVELA ................................................................................................................ 3282.7 - EIXO INTERMEDIÁRIO................................................................................................ 3292.8 - CONES DE PROTEÇÃO DO EIXO ............................................................................... 3292.9 - PARAFUSOS PARA LIGAÇÃO DO EIXO PROPULSOR................................................. 3292.10 - PRESSÕES DE PROVAS ......................................................................................... 3292.11 - SOBRESSALENTES................................................................................................. 329

SEÇÃO 3 - TURBINAS ........................................................................................................... 3313.1 - ROTORES E DISCOS.................................................................................................. 3313.2 - CARCAÇAS ............................................................................................................... 3313.3 - PROVA DE VELOCIDADE........................................................................................... 3313.4 - CONTROLE DE CONTACTO DAS ENGRENAGENS ...................................................... 3313.5 - REGULADORES DE VELOCIDADE ............................................................................. 3313.6 - LIGAÇÕES DE VAPOR............................................................................................... 3323.7 - MATERIAL FUNDIDO PARA AS CARCAÇAS ............................................................... 3323.8 - DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ............................................................................... 3323.9 - ESPECIFICAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO ................................................................... 3323.10 - SOBRESSALENTES ................................................................................................ 3333.11 - EIXOS....................................................................................................................... 3333.12 - VELOCIDADE E PALHETAS...................................................................................... 334

SEÇÃO 4 - MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA ................................................................ 3354.1 - PARTIDA POR BATERIA ............................................................................................ 3354.2 - PRESSÕES DE PROVAS .......................................................................................... 3354.3 - EQUIPAMENTOS AUXILIARES ................................................................................... 3354.4 - CARTER .................................................................................................................... 3354.5 - REGULADOR DE VELOCIDADE ................................................................................. 3364.6 - EMBASAMENTO ....................................................................................................... 3364.7 - PRESSÃO DOS CILINDRO.......................................................................................... 336

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4.8 - PLANOS DE DETALHES ........................................................................................... 3364.9 - REFRIGERAÇÃO DE MOTORES ................................................................................ 3364.10 - COMPRESSOR DE AR ............................................................................................ 3374.11 - EIXOS DE MANIVELAS ............................................................................................ 3374.12 - BRAÇOS DO EIXO DE MANIVELAS .......................................................................... 3374.13 - EIXOS DE TRANSMISSÃO E PROPULSÃO ............................................................... 3384.14 - MOTORES ABAIXO DE 130 HP ................................................................................. 3384.15 - EIXO DE HÉLICE....................................................................................................... 3384.16 - SOBRESSALENTES ................................................................................................ 3394.17 - PRECAUÇÕES NOS TUBOS E TAMPAS .................................................................. 3404.18 - PEÇAS QUE PRECISAM DE PROVAS ...................................................................... 3404.19 - PRECAUÇÕES NA PRAÇA DE MÁQUINAS ............................................................... 3414.20 - PRECAUÇÕES COM OS MOTORES ......................................................................... 341

.SEÇÃO 5 - HÉLICES ............................................................................................................. 343

5.1 - DESENHOS A SEREM SUBMETIDOS ........................................................................ 3435.2 - FIXAÇÃO ................................................................................................................... 3435.3 - AJUSTAGEM PERFEITA ............................................................................................. 3435.4 - SOBRESSALENTES .................................................................................................. 3435.5 - CÁLCULOS DOS ESTOJOS ....................................................................................... 3435.6 - HÉLICES DE PÁS INDEPENDENTES E INTEIRIÇOS.................................................... 343

SEÇÃO 6 - TUBULAÇÃO E BOMBAS ..................................................................................... 3456.1 - GENERALIDADES....................................................................................................... 3456.2 - BOMBAS DE PETROLEIRO.......................................................................................... 3456.3 - REDES DE PETROLEIRO........................................................................................... 3466.4 - SUSPIROS ................................................................................................................ 3466.5 - TUBO-LADRÃO .......................................................................................................... 3466.6 - SONDAGEM MANUAL ............................................................................................... 3466.7 - ESGOTAMENTO DE FUNDO DUPLO .......................................................................... 3476.8 - REDES ..................................................................................................................... 3476.9 - BOMBAS E AQUECEDORES DE ÓLEO...................................................................... 3486.10 - MATERIAIS NOVOS ................................................................................................. 3486.11 - PROVA DE CANALIZAÇÃO ....................................................................................... 3486.12 - PRECAUÇÕES COM AS REDES............................................................................... 3486.13 - EMBORNAIS............................................................................................................. 3496.14 - DRENOS ................................................................................................................. 3496.15 - BOMBAS DE ALIMENTAÇÃO.................................................................................... 3496.16 - REDE DE VAPOR..................................................................................................... 3496.17 - BOMBAS DE REDE DE LUBRIFICAÇÃO ................................................................... 3496.18 - TUBOS DE AÇO, COBRE, LATÃO, CHUMBO E PLÁSTICO......................................... 3506.19 - VÁLVULAS .............................................................................................................. 3506.20 - CONEXÕES ............................................................................................................. 350

SEÇÃO 7 - REFRIGERAÇÃO ................................................................................................ 3517.1 - REDE DE SALMOURA ............................................................................................... 3517.2 - BOMBAS DE CIRCULAÇÃO........................................................................................ 3517.3 - ISOLAMENTO DAS CÂMARAS ................................................................................... 3517.4 - GASES DE REFRIGERAÇÃO ..................................................................................... 3517.5 - EXAME DO PROJETO ................................................................................................ 3517.6 - VENTILAÇÃO DAS PRAÇAS ...................................................................................... 3527.7 - SOBRESSALENTES .................................................................................................. 3527.8 - TERMÔMETRO .......................................................................................................... 3527.9 - DRENAGEM .............................................................................................................. 3537.10 - FORRO DE MADEIRA .............................................................................................. 3537.11 - PRESSÕES DE PROVAS.......................................................................................... 3537.12 - CLASSIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS...................................................................... 3537.13 - CAPACIDADE DE REFRIGERAÇÃO........................................................................... 3547.14 - VÁLVULAS DE DESCOMPRESSÃO.......................................................................... 354

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SEÇÃO 8 - SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO E ALAGAMENTO ..................................... 3558.1 - APLICAÇÃO............................................................................................................... 3558.2 - BOMBAS DE INCÊNDIO ............................................................................................. 3558.3 - TOMADAS DE INCÊNDIO E MANGUEIRAS ................................................................. 3568.4 - EXTINTORES PORTÁTEIS .......................................................................................... 3568.5 - ESPUMA .................................................................................................................. 3568.6 - EXTINTORES PORTÁTEIS .......................................................................................... 3568.7 - SISTEMAS FIXOS DE CONTROLE A INCÊNDIO........................................................... 357

SEÇÃO 9 - EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................... 3599.1 - GENERALIDADES ..................................................................................................... 3599.2 - SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................... 3599.3 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ............................. 3599.4 - CONDUTORES E CABOS............................................................................................ 3609.5 - DEFINIÇÕES SOBRE A INSTALAÇÃO.......................................................................... 3619.6 - BITOLA PADRÃO DOS CONDUTORES........................................................................ 3619.7 - FATOR DE SERVIÇO ................................................................................................. 3629.8 - MARCAÇÃO DE CABOS ............................................................................................ 3639.9 - ESCOLHA DO CONDUTOR ........................................................................................ 3639.10 - CORRENTE ADMISSÍVEL EM REGIME PERMANENTE .............................................. 3649.11 - CORRENTE DE CURTO CIRCUITO ............................................................................ 3649.12 - CAPAS E ISOLAMENTOS DOS CONDUTORES E CABOS ......................................... 3649.13 - APLICAÇÃO DE CABOS........................................................................................... 3659.14 - INSTALAÇÃO DOS CONDUTORES E CABOS ............................................................ 3669.15 - MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS.......................................................................... 3679.16 - QUALIDADE E TAMANHO......................................................................................... 3679.17 - GERADORES DE EMERGÊNCIA............................................................................... 3689.18 - FUSÍVEL / DISJUNTOR ............................................................................................. 3689.19 - LIGAÇÃO À TERRA .................................................................................................. 3689.20 - LIMITAÇÃO DE VELOCIDADE DOS GERADORES...................................................... 3689.21 - LIMITAÇÃO DA TEMPERATURA ................................................................................ 3689.22 - REGULADORES DE TENSÃO................................................................................... 3689.23 - ARRANJOS DE TERMINAIS ...................................................................................... 3709.24 - MOTORES NA PRAÇA DE MÁQUINAS....................................................................... 3709.25 - BOMBAS.................................................................................................................. 3709.26 - ESPAÇOS REFRIGERADOS .................................................................................... 3719.27 - MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA .................................................................. 3719.28 - QUADROS ELÉTRICOS-LOCALIZAÇÃO....................................................................... 3719.29 - ACESSÓRIOS DOS QUADROS ................................................................................ 3739.30 - PROTEÇÃO ELÉTRICA.............................................................................................. 3739.31 - PROTEÇÃO DE QUADROS....................................................................................... 3759.32 - APARELHOS DE MEDIDA NOS QUADROS ELÉTRICOS............................................. 3779.33 - DISTRIBUIÇÃO ......................................................................................................... 3779.34 - TRANSFORMADORES ............................................................................................. 3809.35 - BATERIAS................................................................................................................. 3809.36 - FOGÕES, FORNOS E APARELHOS DE AQUECIMENTO ........................................... 3829.37 - COMUNICAÇÕES INTERIORES.................................................................................. 3829.38 - RETIFICADORES....................................................................................................... 3839.39 - APARELHOS DE CONTROLE.................................................................................... 3839.40 - ACESSÓRIOS.......................................................................................................... 3849.41 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA AS BALSAS-TANQUE............................................... 3849.42 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA EMBARCAÇÕES DE PASSAGEIROS ....................... 3859.43 - PROVAS DAS MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS.................................................... 3869.44 - PROVAS DAS MÁQUINAS ELÉTRICAS ESTÁTICAS................................................... 3879.45 - PROVAS DOS QUADROS ELÉTRICOS ..................................................................... 3879.46 - PROVA DE CABOS ELÉTRICOS................................................................................ 3889.47 - TESTES FINAIS ....................................................................................................... 3899.48 - SOBRESSALENTES ................................................................................................ 390

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SEÇÃO 10 - SOLDAGEM......................................................................................................... 40110.1 - SOLDAS DE TOPO .................................................................................................. 40110.2 - SOLDAS SOBREPOSTAS ........................................................................................ 40110.3 - TAMPAS ABAULADAS ............................................................................................. 40110.4 - TÉCNICAS DIFERENTES............................................................................................ 40110.5 - SOLDA POR FUSÃO ................................................................................................ 40210.6 - CHAPAS DE ESPESSURAS DESIGUAIS................................................................... 40210.7 - PREPARO DAS SUPERFÍCIES ................................................................................. 40210.8 - COMPOSIÇÃO E FALHAS ........................................................................................ 40210.9 - DIVISÕES INTERNAS .............................................................................................. 40310.10 - PROVAS RADIOGRÁFICAS..................................................................................... 40310.11 - SOLDA POR FUSÃO PARA CALDEIRAS ETC. ........................................................ 40310.12 - CLASSIFICAÇÃO DE ELETRODOS E SOLDADORES .............................................. 40310.13 - SOLDAGEM DE CALDEIRAS .................................................................................. 40310.14 - RECIPIENTES SOB PRESSÃO ............................................................................... 40410.15 - SOLDAGEM DE TUBOS SOB PRESSÃO ACIMA DE 10 kg/cm2................................. 40510.16 - SOLDAGEM DE TUBOS SOB PRESSÃO ABAIXO DE 10 kg/cm2 .............................. 40510.17 - CONSTRUÇÃO SOLDADA EM GERAL SOB PRESSÃO ACIMA DE 40 kg/cm2............ 40510.18 - CONSTRUÇÀO SOLDADA SOB PRESSÃO ABAIXO DE 40 kg/cm2 ........................... 40510.19 - CLASSIFICAÇÃO DE SOLDADORES....................................................................... 40610.20 - QUALIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM ............................................... 40610.21 - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO ACIMA DE 40 kg/cm2 ........................ 40710.22 - TRATAMENTO TÉRMICO DE CORPO DE PROVA E DE CONTRAPROVAS ............... 40710.23 - RECIPIENTES PARA PRESSÕES ACIMA DE 40 kg/cm2 .......................................... 40710.24 - RECIPIENTES PARA PRESSÕES ABAIXO DE 40 kg/cm2 ......................................... 407

SEÇÃO 11 - MÁQUINAS DE LEME E MOLINETE ..................................................................... 40911.1 - MÁQUINAS DE LEME .............................................................................................. 40911.2 - MOLINETES ............................................................................................................ 409

SEÇÃO 12 - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO ..................................................... 41112.1 - CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO ................................................................................. 41112.2 - ESPECIFICAÇÕES DE CONSTRUÇÃO ..................................................................... 41112.3 - INDICADORES DE NÍVEL DE ÁGUA.......................................................................... 41112.4 - INDICADORES DE PRESSÃO.................................................................................... 41212.5 - VÁLVULAS DE SEGURANÇA ................................................................................... 41212.6 - VÁLVULAS DE EXTRAÇÃO DE FUNDO ..................................................................... 41312.7 - VÁLVULAS DE COMUNICAÇÃO DE VAPOR .............................................................. 41312.8 - VÁLVULAS DE ALIMENTAÇÃO ................................................................................. 41312.9 - SUPERAQUECEDORES E ECONOMIZADORES........................................................ 41312.10 - VÁLVULAS DE PASSAGEM ................................................................................... 41512.11 - LIGAÇÃO DE ACESSÓRIOS À CALDEIRA ............................................................... 41512.12 - ACESSÓRIOS ........................................................................................................ 41512.13 - PROVA HIDROSTÁTICA .......................................................................................... 41512.14 - TAMPAS ................................................................................................................ 41512.15 - TUBOS PARA CALDEIRA ....................................................................................... 41612.16 - CARCAÇAS............................................................................................................ 41712.17 - ABERTURAS E REFORÇOS ................................................................................... 41712.18 - EFICIÊNCIA ............................................................................................................ 42012.19 - CALDEIRAS FLAMATUBULARES ............................................................................ 42112.20 - ESTAIS EM CALDEIRAS FLAMATUBULARES .......................................................... 42212.21 - SUPERFÍCIES ESTAIADAS DE CALDEIRAS FLAMATUBULARES ............................. 42412.22 - FORNALHAS E CONDUTORES PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES ................... 42512.23 - TUBOS PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES ...................................................... 42612.24 - CABEÇOTES PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES ............................................. 42712.25 - CALDEIRAS AQUATUBULARES REBITADAS E RECIPIENTES

SOB PRESSÃO REBITADOS................................................................................... 42712.26 - CALDEIRAS PARA MÁQUINAS AUXILIARES............................................................ 429

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TOMO IV : MATERIAIS

SEÇÃO 1 - FABRICAÇÃO E ENSAIO DE MATERIAIS................................................................ 4331.1 - APLICAÇÃO .............................................................................................................. .4331.2 - EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS DOS FABRICANTES........................................................... 4331.3 - EXIGÊNCIAS GERAIS RELATIVAS AOS MATERIAIS .................................................... 4331.4 - CONDIÇÕES GERAIS DE TESTES ............................................................................ 4341.5 - IDENTIFICAÇÃO E MARCAÇÃO DOS PRODUTOS ...................................................... 4351.6 - DOCUMENTOS REFERENTES AOS TESTES E CERTIFICADOS ................................. 436

SEÇÃO 2 - ENSAIOS MECÂNICOS ......................................................................................... 4372.1 - APLICAÇÃO................................................................................................................ 4372.2 - MÁQUINAS DE TESTES E PESSOAL TÉCNICO .......................................................... 4372.3 - RETIRADA E CONFECÇÃO DE CORPOS DE PROVA .................................................. 4372.4 - TESTE DE TRAÇÃO ................................................................................................... 4382.5 - TESTES DE IMPACTO................................................................................................. 4422.6 - ENSAIOS MECÂNICOS EM TUBOS ............................................................................ 4442.7 - INSTRUÇÕES PARA O TESTE DE DOBRAMENTO, TESTE DE DUREZA

E TESTE DE QUEDA DE PESO ................................................................................. 4462.8 - REPETIÇÃO DE TESTES............................................................................................. 446

SEÇÃO 3 - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO .................................................................. 4493.1 - REGRAS GERAIS ..................................................................................................... 4493.2 - AÇOS NAVAIS COMUNS E DE ALTA RESISTÊNCIA .................................................... 4523.3 - AÇOS ESTRUTURAIS EM GERAL .............................................................................. 4563.4 - CHAPAS PARA CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ................................................. 4593.5 - AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS........................................................................... 4633.6 - CHAPAS REVESTIDAS (CLAD) ................................................................................... 4663.7 - AÇOS PARA SOLICITAÇÃO NA DIREÇÃO DA ESPESSURA ........................................ 4693.8 - PEÇAS ACABADAS FEITAS DE CHAPAS ................................................................... 4703.9 - AÇOS PARA AMARRAS.............................................................................................. 473

SEÇÃO 4 - TUBOS DE AÇO .................................................................................................. 4754.1 - REGRAS GERAIS ...................................................................................................... 4754.2 - TUBOS DE AÇO FERRÍTICO SEM COSTURA ............................................................. 4794.3 - TUBOS DE AÇO FERRÍTICO COM COSTURA (SOLDADOS) ........................................ 4834.4 - TUBOS DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO .............................................................. 4854.5 - ACESSÓRIOS DOS TUBOS........................................................................................ 486

SEÇÃO 5 - FORJADOS .......................................................................................................... 4875.1 - REGRAS GERAIS ...................................................................................................... 4875.2 - FORJADOS PARA CONSTRUÇÃO NAVAL ................................................................... 4915.3 - FORJADOS PARA CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS EM GERAL .................................... 4935.4 - FORJADOS PARA EIXOS DE MANIVELAS .................................................................. 4975.5 - FORJADOS PARA ENGRENAGENS............................................................................ 5005.6 - FORJADOS PARA TURBINAS...................................................................................... 5045.7 - FORJADOS PARA CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES...................... 5075.8 - FORJADOS EM AÇOS RESISTENTES A BAIXAS TEMPERATURAS ............................. 5115.9 - FORJADOS EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS .................................................. 513

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REGRAS PARA CONSTRUÇÃO ECLASSIFICAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

DE AÇO PARA NAVEGAÇÃOEM MAR ABERTO

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TOMO I

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BUREAU COLOMBO BRASILREGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃODE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARANAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO

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TOMO I - DISPOSIÇÕES GERAIS.................................SEÇÃO 1

SEÇÃO 1

DISPOSIÇÕES GERAIS

1.1 - O Bureau Colombo é uma Sociedade Classificadora de Navios genuinamente brasileira. Formada portécnicos brasileiros, procede a classificação das embarcações dentro dos padrões técnicos consagrados ecompatíveis com as suas próprias regras.

1.2 - O Bureau Colombo, doravante denominado BC, é uma sociedade estabelecida com o propósito declassificar navios e embarcações, doravante chamados embarcações, de qualquer tipo, tamanho e local deoperação, abrangidas pelas presentes Regras.

1.3 - As presentes Regras tem o fim precípuo de classificar embarcações marítimas com casco de aço,propulsionados ou não, e para navegação de Mar Aberto. Para as embarcações que tenham peculiaridadesque recomendem requisitos adicionais, inclusive a diminuição do escantilhão, tais como rebocadores, barcosde pesca, barcos de suprimentos, barcos de estimulação, barcos para Navegação Interior, dragas, barcospara passageiros etc., os citados requisitos serão tratados em capítulos a parte nestas regras ou em outroslivros específicos.

1.4 - As presentes regras poderão ser usadas por quem as desejarem, independentemente de licença espe-cífica do BC, porém toda e qualquer conseqüência do uso das mesmas, uso devido ou indevido, ficará inteira-mente por conta e risco do usuário, não podendo em hipótese alguma o BC ser responsabilizado pelasocorrências advindas.

1.5 - O BC escolhe os titulares dos seus cargos técnicos e administrativos, representantes, vistoriadoresexclusivos ou não exclusivos, com o maior critério possível; entretanto, em hipótese alguma, poderá o BC serresponsabilizado pelo uso indevido, por ação ou omissão, recomendações, negligência resultantes do usoindevido do contido em seus documentos oficialmente expedidos, por si ou por qualquer dos seus servidoresou colaboradores, de qualquer natureza.

Deste modo, as conseqüências do uso das regras do BC serão de inteira e exclusiva responsabilidadedo usuário, ainda que para obter tais informações e recomendações, para embarcações classificadas ou nãopelo BC, tenha o usuário pago todas as taxas devidas.

1.6 - Os honorários que incidirão sobre os serviços prestados pelo BC serão os constantes de tabelas própri-as. Sempre que as circunstâncias recomendarem, tais taxas poderão ser alteradas.

1.7 - A interpretação das regras de classificação de embarcações do BC e de outros documentos pertinentesé de inteira responsabilidade do BC, sendo destituída de qualquer valor técnico ou legal qualquer interpretaçãode terceiros.

1.8 - O BC se reserva o direito de alterar as regras que julgar por bem, estabelecendo um prazo para asatisfação das mesmas, compatível com a sua importância. O não cumprimento das alterações publicadasimplicará no cancelamento automático da classe da embarcação, ainda que a devida comunicação não tenhasido feita explicitamente pelo BC ao Armador ou usuário de suas regras.

As alterações normais das regras, entretanto, terão um prazo de seis meses, após a sua publicação,para que entrem em vigor. As alterações cujo propósito seja apenas de um aprimoramento das regras, e nãoimpliquem em comprometimento da segurança das embarcações, só se aplicarão às novas embarcações aserem classificadas.

1.9 - O BC sempre respeitará todas as normas e regulamentos em vigor expedidos pelas autoridades nacio-nais, bem como os regulamentos e convenções internacionais a qual pertença a bandeira da embarcação

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classificada. Em caso de inadvertida colisão entre as regras do BC e os acima citados regulamentos econvenções, prevalecerão estes últimos.

1.10 - Os regulamentos do BC são baseados na experiência e nas recomendações de caráter nacionais, demodo que o dimensionamento de qualquer peça ou componente de uma embarcação e sua qualidade sejamfácil e rapidamente verificadas. Deste modo, recomenda-se aos projetistas que executem os cálculos racio-nais de cada componente da embarcação e, como tal, se responsabilizem pelo seu dimensionamento, comoprevê a legislação, e não se apóiem única e exclusivamente nos dimensionamentos expedidos das regras.

Sempre que um cálculo racional indicar que um determinado escantilhão poderá ser diminuído, inclusivepelo uso de materiais mais resistentes do que os recomendados pelas regras, o BC estará pronto a receberos citados cálculos racionais detalhados, e aceitá-los, se os mesmos forem convincentes.

1.11 - A classificação de uma embarcação abrange o seu casco, os equipamentos de máquinas e convés e asinstalações elétricas, e tem como objetivo precípuo a segurança das embarcações.

1.12 - Quando o interessado desejar, o BC estará pronto a certificar uma classe especial à embarcação ondeos requisitos de economicidade e conforto serão analisados e acrescidos aos de segurança.

1.13 - A embarcação classificada pelo BC deverá ter a sua construção acompanhada, desde o início, pelo BC,e todos os materiais e equipamentos empregados deverão ser testados, analisados e vistoriados pelo BCantes de sua aceitação e emprego na embarcação. Em situações particulares, o BC estudará a classificaçãode embarcações cujo acompanhamento de sua construção e sua classificação tenham sido realizadas poroutra classificadora de reconhecido gabarito técnico. Para embarcações construídas sem formal classifica-ção, o BC poderá fazer um estudo acurado, e se as circunstâncias indicarem que a embarcação é segura paraum determinado serviço, expedirá um certificado correspondente. Nestas duas últimas circunstâncias oscertificados de classificação terão as anotações adequadas em que ficarão claras as circunstâncias em quea classificação foi concedida, como ver-se-á adiante, nos significados dos símbolos de classificação.

1.14 - As regras do BC procurarão, sempre, especificar claramente a norma que se deva obedecer, no que dizrespeito à qualidade dos materiais a serem empregados, bem como os códigos a serem seguidos na constru-ção dos componentes das embarcações.

No caso do projeto da embarcação ter sido elaborado com base em normas e códigos diferentes dosespecificados pelo BC, o mesmo estará pronto a analisar as normas empregadas e recomendar a classifica-ção da embarcação, se o resultado dos estudos indicar uma equivalência entre as normas exigidas e asseguidas.

1.15 - Fica claramente esclarecido que o BC não age como segurador, consultor de engenharia, construtor,empreiteiro, etc e, como tal, não assume as responsabilidades inerentes a tais funções, embora as qualifi-cações de seus profissionais o habilitem a julgar e responder, com proficiência, as questões inerentes atais cargos.

1.16 - Na eventualidade de uma discordância de caráter técnico entre um cliente e um representante do BC,a parte discordante poderá, e deverá, interpor um recurso por escrito ao escritório central do BC, no Rio deJaneiro. Se da análise da representação, a parte a pelante não tiver razão, de acordo com o julgamento finale irrecorrível da direção do BC, as eventuais despesas decorrentes dos estudos serão cobradas ao apelante.

1.17 - No caso em que a embarcação não tiver propulsão própria, o BC emitirá, obrigatoriamente, os certifica-dos de adequabilidade das máquinas existentes, se assim entender o BC que os referidos equipamentos sãoseguros e adequados.

1.18 - Todo e qualquer equipamento ou máquina que existir a bordo, ainda que não exigido pelas regras do BC,terá que ser submetido à classificação, desde que estejam em utilização, e cujos tipos e localização tenhaminfluência na segurança da embarcação e/ou de sua carga.

1.19 - Os certificados de classe são emitidos privativamente pela Diretoria do BC, devendo os mesmos seremmantidos a bordo. O BC mantém um livro com o registro das embarcações por ele classificadas, onde figura-rão o símbolo de classe e o calado correspondente à borda-livre de verão, bem como as restrições impostasà embarcação.

TOMO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................ SEÇÃO 1

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1.20 - Para os equipamentos construídos em série por fabricante de reconhecido conceito técnico, e para osquais se torne impraticável um acompanhamento da fabricação de cada componente, tais como: motoresdiesel auxiliares, motores diesel de propulsão até 1000 HP, compressores, bombas, etc, o BC, em caráterexcepcional, dispensará (visto ser �impraticável�) o acompanhamento formal da fabricação de tais equipamen-tos, entretanto, os desenhos normais onde estejam claramente discriminadas as características dos compo-nentes principais, inclusive com a qualidade dos materiais empregados, deverão ser submetidos ao BC.Somente após tais análises os equipamentos poderão ser aceitos, se o BC se satisfizer com as informaçõescontidas nos citados desenhos. Especial atenção deverá ser observada para os fabricantes que ainda nãotiverem os seus produtos cadastrados e aceitos pelo BC.

1.21 - Para as âncoras, amarras e eletrodos de solda elétrica e oxi-acetileno, além dos testes requeridospelas regras, só poderão ser usados aqueles cujos fabricantes estejam cadastrados tecnicamente pelo BC.

1.22 - Sempre que ocorrer uma avaria ou acidente com uma embarcação classificada, o BC deverá sercomunicado da ocorrência, a fim de recomendar e acompanhar os reparos necessários.

Nenhuma docagem, ainda que apenas para uma simples limpeza do casco, poderá ser realizada sem anotificação prévia ao BC, que se reserva o direito de fazer as inspeções que julgar pertinentes.

A falta das comunicações de avaria e docagem poderá acarretar a suspensão da classificação, a qual sóserá restabelecida após o cumprimento das exigências a serem feitas pelo BC, inclusive uma nova docagem.

1.23 - Se do interesse do Armador, para que a classificação seja suspensa ou encerrada durante a vigência damesma, será necessária uma formal solicitação por escrito, ao BC, pelo Armador, bem como a devolução doscertificados originais de classificação.

1.24 - O BC cobrará taxas estabelecidas em tabelas próprias para todo e qualquer serviço que prestar relativoa classificação e vistorias realizadas.

Se for do interesse do Armador, as inspeções poderão ser realizadas fora das horas normais de trabalho,e por mais de um vistoriador, havendo, nestes casos, uma cobrança adicional de taxas. Todas as despesas deviagem e estadias dos vistoriadores serão também cobradas à parte.

Nenhum servidor ou contratado pelo BC poderá receber, a qualquer título, indenizações, passagens, etcdiretamente dos clientes, para execução dos serviços prestados pelo BC.

Nenhum serviço será cobrado sem a devida apresentação das faturas correspondentes.

1.25 - O BC, quando requisitado e autorizado por uma nação, poderá também expedir, em seu nome, certifi-cados de borda livre, de arqueação, de segurança da navegação e de tração estática .

1.26 - Todas e quaisquer informações chegadas ao BC através de carta, memoriais, desenhos, especificaçõese similares, relativos às embarcações e seus componentes, serão tratadas confidencialmente, sendo pois, ascitadas informações, para o uso exclusivo do BC, e como tal, não poderão ser passadas a terceiros em épocaalguma, inclusive não podendo ser cedidas aos órgãos oficiais ou governamentais a qualquer título, excetopara cumprir sentença judicial.

1.27 - Todos os principais equipamentos, materiais, componentes e simuladores de uma embarcação, depoisde passarem pelas inspeções e testes exigidos pelas regras e outros documentos do BC, deverão receber amarca do sinete do BC, acrescida dos dados pertinentes também puncionados onde seja possível e cabível.Tais marcas só poderão ser apostas pelos vistoriadores à vista dos desenhos correspondentes, e previamenteaprovados pelo BC, e para a embarcação em questão.

TOMO I - DISPOSIÇÕES GERAIS.................................SEÇÃO 1

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SEÇÃO 2

CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOS DE CLASSE

2.1 - CLASSIFICAÇÃO

2.1.1 - As presentes regras do BC servem como base para a classificação e construção das embar-cações de aço para a navegação costeira, de pequena cabotagem, de alto mar e de apoio marítimo e,além disto, devem ser levadas em consideração todas as outras regras ou publicações especiaisdesenvolvidas pelo BC.Entendem-se por Navegação de Mar Aberto aquelas definidas pela NORMAM-01/2000.

2.1.2 - A classificação compreende a estrutura (casco) da embarcação, suas instalações de máqui-nas e equipamentos, incluindo toda a instalação elétrica.

2.1.3 - Os certificados de classe serão emitidos pelo responsável técnico do BC e devem permanecera bordo. O registro da classificação constará também do arquivo do BC.

2.2 - SÍMBOLOS DE CLASSE

2.2.1 - Símbolo de classe - A embarcação que for construída de acordo com as regras do BC e,concomitantemente, tiver a sua construção supervisionada pelo BC, e sem qualquer restrição aotráfego, receberá símbolo +BC A-100 para casco e +BC ME para máquinas, equipamentos e deeletricidade (se as tiver) e com a indicação do calado a que se refere.

2.2.2 - Se a classificação tiver sido seguida por outra sociedade de reconhecido gabarito técnico, ossímbolos acima receberão as barras que se seguem: BC A-100 e BC ME.

2.2.3 - Para embarcações existentes, em que a construção não seguiu as formalidades normalmenteexigidas por uma sociedade classificadora, e à vista dos estudos que o BC procederá, analisando osdesenhos de construção e fazendo as vistorias e levantamentos necessários, será atribuída umaclassificação especial, se o resultado dos estudos realizados levarem à conclusão de que a embar-cação atende aos requisitos de segurança exigidos para o seu emprego em um determinado tráfegoe com um correspondente calado máximo. Neste caso os símbolos serão BC A-100 e BC M, sem aCruz de Malta.

2.2.4 - Em seguida aos símbolos pertencentes, haverá um símbolo tal como A-100-4. Este algarismo4, no caso, significa o intervalo de tempo, em anos, que uma classificação é válida, tanto para ocasco como para máquinas, e não necessariamente iguais para o casco e máquinas, de uma mesmaembarcação, podendo o mesmo ser menor do que 4.Assim, poderá haver embarcação com classificação do casco válida para 4 anos e máquinas para 3anos. Estes símbolos poderão ser alterados com o decorrer da idade da embarcação e baseados emfatos como por exemplo, tipo de embarcação (ainda em fase experimental), idade, estado de conser-vação, etc.

2.2.5 - As embarcações construídas em caráter experimental receberão, em acréscimo, o símbolo E,que poderá ser suprimido, tão logo o BC julgue ter acumulado substancial experiência com tal tipo deembarcação.

2.2.6 - As embarcações que tiverem restrições ou exigirem requisitos adicionais, para mais ou paramenos, receberão anotações aos símbolos anteriormente descritos, como a seguir. As recomenda-ções, as exigências complementares, ou diminuição das mesmas, serão constantes dos capítulos

TOMO I - CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOSDE CLASSE ............................................................... SEÇÃO 2

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especiais para cada tipo de embarcação, e destas regras. Assim existem as classes:P - para barcos de pesca Fc - �ferries� para veículosB - para barcaças ou chatas Pet - petroleirosS - barcos de suprimento para atividadesjunto a poços de petróleo no mar R - rebocadoresEt -barcos de estimulação para atividades juntoa poços de petróleo no mar Fp - �ferries� para passageirosC - cargueiros D - dragas

Deste modo teremos, por exemplo, os seguintes símbolos para casco e máquinas, respectivamente:BC A-100-4-P ou BC ME-3-Fp, que aqui são apresentados com finalidade didática.

2.2.7 - CLASSE ESPECIAL - O BC está preparado para, qualquer tipo de embarcação, expedir ocertificado de qualidade (cujo símbolo é C.Q.) que será acrescido aos símbolos previamenteindicados.Para a obtenção de tal certificado, a construção deverá seguir determinados padrões técnicos deeconomicidade e conforto, além das normas de segurança, que serão estabelecidas previamentepara cada caso em particular, antes dos desenhos serem submetidos à aprovação, e de comumacordo com as exigências do Armador. De um modo geral, serão estabelecidos padrões para osseguintes pontos:

a) Coeficiente propulsivo mínimo, com o cálculo completo e racional da propulsão, baseado emprovas de tanque com modelos propulsionados. Cálculo da influência dos acessórios do casco(�bolina, lemes, eixos telescópicos, túneis dos propulsores transversais �bow-thruster e steer-thruster�);

b) Consumo específico máximo para os motores principais de propulsão;c) Geradores de eixo;d) Nível máximo de ruído admissível, quer em compartimentos habitáveis, quer na praça de máquinas;e) Padrões de temperatura máxima nas praças de máquinas;f) Índice de iluminação, onde cabível, e para trabalhos com iluminação artificial;g) Diferencial mínimo de temperatura interior e exterior dos compartimentos habitáveis, com o respec-

tivo grau de umidade, devido à utilização de equipamentos de ar condicionado;h) Proteção catódica adequada;i) Qualidade das tintas empregadas a bordo, método de pintura, número de demãos e espessura de

cada camada de tinta;j) Área mínima dos compartimentos habitáveis (camarotes, alojamentos, salas de estar etc.), propor-

cional ao número de tripulantes;k) Qualidade do isolamento térmico para baixa temperatura (congelamento de pescado). Sistemas

especiais de congelamento rápido e intenso;l) Cálculo de cavitação dos hélices;m) Cálculo racional das estruturas, de modo a diminuir o peso do casco;n) Cálculo racional da força de tração estática (BOLLARD PULL);o) Estabelecimento dos índices de simultaneidade no cálculo do balanço elétrico; ep) Preservação ecológica.

TOMO I - CLASSIFICAÇÃO E SÍMBOLOSDE CLASSE ................................................................ SEÇÃO 2

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SEÇÃO 3

VALIDADE DA CLASSIFICAÇÃO

3.1 - A estrutura (casco) e a instalação de máquinas geralmente têm idêntica duração de classificação. Ela semantém válida quando a embarcação é submetida a todas as vistorias normais e eventuais, satisfeitas pelo BC.

3.2 - Caso a embarcação não esteja à disposição na época devida para vistorias, a classificação ficarásuspensa.

3.3 - A classificação estabelecida pelo BC só é válida para respectiva navegação na borda-livre respectiva.

3.4 - Qualquer avaria de embarcação coberta pela classificação deverá ser informada, pelo Armador, para queuma vistoria seja procedida pelo BC, a fim de verificar se a embarcação pode permanecer com a mesmaclassificação ou sofrer redução de sua classificação ou, ainda, restrição das condições operacionais e denavegação.

3.5 - Caso sejam necessários reparos, e eles forem executados conforme exigido pelo BC, a embarcaçãoserá reclassificada, e a condição original de classificação será restabelecida.

3.6 - Todos os certificados de classificação devem ser devolvidos ao BC, caso o Armador resolva não maisclassificar a embarcação.

3.7 - Caso a embarcação seja classificada por um período, a duração da classificação permanecerá válidadesde que nesse período sejam feitas as vistorias de rotina. Porém, nos certificados de classificação, apare-cerá a notação �embarcação desativada temporariamente�.

3.8 - Após a reativação da embarcação, uma vistoria específica deve ser realizada e, se necessário, umaProva de Mar será realizada.

TOMO I - VALIDADE DA CLASSIFICAÇÃO ................ SEÇÃO 3

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SEÇÃO 4

EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADAS OU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO E REGRAS DO BC

4.1 - Todos os documentos técnicos da embarcação deverão ser submetidos ao BC para aprovação em, pelomenos, três vias.

4.2 - Planos já aprovados e que necessitem modificações antes de sua execução devem ser submetidos ao BC.

4.3 - O BC, durante a construção, emitirá relatórios de acompanhamento dos sistemas fiscalizados.

4.4 - A realização de testes em equipamentos e materiais deve ser avisada com antecedência estipulada pelo BC.

4.5 - Todos os planos e documentos da embarcação submetidos à aprovação, receberão um carimbo e umaanotação de aprovação ou visto do BC.

4.6 - Materiais para construção, novos e, ainda, para substituição de peças sobressalentes, devem ser testa-dos conforme as regras do BC.

4.7 - Equipamentos para o casco e a instalação de máquinas, sujeitos a teste, serão examinados pelosvistoriadores do BC, com base nos planos e documentos aprovados.

4.8 - A construção da embarcação e a montagem dos equipamentos e sistemas de máquinas e da instalaçãoelétrica serão fiscalizadas e testadas pelos vistoriadores do BC, conforme regras específicas.

4.9 - A embarcação, quando for concluída, será submetida às prova de cais e de mar, bem como a deestabilidade, para verificação do seu desempenho.

4.10 - Basicamente, deverão ser enviados para classificação os seguintes desenhos, os quais deverão seguiruma numeração racional e conter o número do casco e/ou nome da embarcação, Armador e Estaleiro Cons-trutor:

4.10.1 - PLANOS DO CASCO

a) Seção mestra,b) Planos das seções longitudinais,c) Plano de conveses,d) Plano de chapeamento externo,e) Plano estrutural de fundo,f) Plano estrutural das anteparas longitudinais e transversais e dos tanques,g) Plano de linhas,h) Cálculos do Módulo da Seção Mestra, referidos ao convés e ao fundo, com o cálculo do numeral da

embarcação,i) Plano dos Pés-de-Carneiro,j) Plano estrutural de proa e da popa,k) Planos de arranjo e estrutural do eixo propulsor, telescópicos, pé-de-galinha e buchas de apoio,l) Plano estrutural da rabeta e cadaste, onde aparecem as folgas do hélice (clara),m) Plano estrutural da superestrutura,n) Plano estrutural da borda falsa,o) Plano de portas estanques, tampas de escotilha, braçolas e de todos os fechamentos de passagens

do casco e da superestrutura,

TOMO I - EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADASOU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO EREGRAS DO BC ......................................................... SEÇÃO 4

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p) Plano de segurança,q) Cálculo de borda livre e de flutuabilidade em avaria,r) Plano de ventilação,s) Plano detalhado do sistema de fundeio, amarração e reboque, inclusive com defensas, monelha, etc.,t) Plano de arranjo geral,u) Desenho do leme e madre do leme,v) Plano de trim e cálculos de estabilidade,w) Planos e especificações de todos os equipamentos de força (guinchos, molinetes, guindastes, rolo

de popa, turcos etc.), suas fundações e meios de fixação ao casco,x) Curvas hidrostáticas,y) Desenho da bolina e verdugo,z) Outros desenhos do casco que o BC julgar necessários.

4.10.2 - PLANOS DE MÁQUINAS ELETRICIDADE

a) Planos de arranjo das máquinas e equipamentos de eletrônica e eletrônica,b) Planos esquemáticos de todos os sistemas de redes e seus componentes transportadores de

fluidos e sólidos em pó,c) Planos estruturais do eixo e dos acessórios de propulsão detalhados, inclusive com os cálculos de

vibrações,d) Plano das fundações de todos os equipamentos, inclusive com o dimensionamento dos parafusos e

seus cálculos,e) Desenho completo de hélice, com as características dimensionais, acompanhado do cálculo estru-

tural,f) Cálculo estrutural detalhado da redutora,g) Cálculo dos principais membros estruturais dos motores diesel e compressores,h) Desenho dos acoplamentos flexíveis e rígidos, com as características dos mesmos,i) Desenho esquemático de todas as redes elétricas de força e iluminação,j) Cálculo do balanço elétrico,k) Cálculo da corrente de curto-circuito,l) Desenho do quadro elétrico, com as características de todos os seus componentes, em) Plano detalhado do sistema de combate a incêndio.

4.11 - A lista precedente de desenhos é apenas indicativa, e, deste modo, o BC poderá fazer exigênciasadicionais de desenhos e cálculos, conforme a necessidade do caso.

4.12 - Nos desenhos, onde for apropriado, deverão ser claramente indicadas as folgas entre eixos e buchas,e suas tolerâncias, os apertos das interferências entre eixos e camisas. Para todos os componentes princi-pais deverão ser indicadas, claramente, as especificações dos materiais empregados.

4.13 - O BC deverá ser avisado, com antecedência, para qualquer teste a ser realizado nas instalações dosfabricantes dos equipamentos, para que os possa acompanhar. Caberá ao construtor ou ao fabricante provero local dos testes, e providenciar uma cópia do desenho a ser aprovado pelo BC.

4.14 - O fabricante de equipamentos ou o construtor deverá prover todas as facilidades, meios, pessoal einstrumental, a fim de possibilitar as vistorias do BC, quer no local da construção da embarcação, quer nafábrica dos equipamentos.

4.15 - Os vistoriadores, devidamente credenciados pelo BC, deverão ter livre acesso a qualquer dependênciaonde a construção da embarcação e de seus componentes estiverem sendo executados, em qualquer horaem que os trabalhos estejam sendo realizados, inclusive fora das horas normais do expediente e nos sába-dos, domingos e feriados. É conveniente que os vistoriadores do BC estejam sempre acompanhados de umrepresentante categorizado do estaleiro ou do fabricante dos equipamentos, durante as inspeções.

As agendas das provas de cais, mar e estabilidade deverão ser submetidas ao BC, com uma antece-dência mínima de trinta (30) dias das suas realizações, para as suas aprovações pelo BC.

4.16 - Em cada desenho deve constar, além do título e de outras informações pertinentes, o tipo da embarca-ção, a sua classe, o número do casco e as suas dimensões principais. As alterações de cada plano deverãoser lançadas claramente e assinaladas de modo destacado.

TOMO I - EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADASOU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO EREGRAS DO BC ......................................................... SEÇÃO 4

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4.17 - O BC se reserva o direito de exigir desenhos adicionais para fins de aprovação, de acordo com anecessidade a ser julgada pelo mesmo.

4.18 - Ao fim dos testes e vistorias, o BC expedirá os certificados de classificação, com as eventuais restri-ções, e à vista dos resultados obtidos durante a construção. O mesmo se aplicará para os casos de reparose transformações das embarcações.

4.19 - As embarcações que não forem construídas sob a fiscalização e pelas regras do BC, e submetidas àclassificação BC, devem observar o mesmo procedimento descrito de 4.1 a 4.10. Com base nos relatórios deadmissão à classificação emitidos pelos vistoriadores do BC, os certificados de classificação serão emitidos.

TOMO I - EMBARCAÇÕES CONSTRUÍDAS, REPARADASOU MODIFICADAS SOB A FISCALIZAÇÃO EREGRAS DO BC ......................................................... SEÇÃO 4

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SEÇÃO 5

DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIAS PARA AS EMBARCAÇÕES

As embarcações classificadas pelo BC devem ser submetidas às seguintes vistorias:

· Vistorias anuais de casco, máquinas e eletricidade, em intervalos de doze 12 (doze) meses, a partir daclassificação inicial da embarcação;

· Vistorias intermediárias em embarcações com mais de 10 (dez) anos de uso;· Vistorias em seco;· Vistorias para reclassificação, de casco, máquinas e eletricidade, de acordo com a classificação

inicial da embarcação;· Vistorias de extensão de classe, quando a reclassificação não pode ser realizada no prazo original;· Vistorias de classificação contínua, quando a reclassificação for conveniente ao Armador, através

várias vistorias durante o período de classificação sem paralisar a embarcação;· Vistorias especiais para equipamentos ou sistemas;· Vistorias de avarias;· Vistorias eventuais, caso haja necessidade, conforme direito do BC.

Sempre que houver uma vistoria de qualquer natureza e forem feitas exigências de reparos e/ou substi-tuições, deverá haver nova vistoria até o fim do prazo concedido pelo vistoriador, para o cancelamento dasexigências.

5.1 - Quando qualquer prazo para a realização de uma vistoria se vencer e a embarcação estiver em viagem,o mesmo será prorrogado automaticamente até a chegada ao primeiro porto, onde impreterivelmente umavistoria deverá ser realizada, e sem a qual a classe da embarcação será suspensa.

5.2 - Em qualquer caso ou circunstância o único responsável pela realização das vistorias será o Armador, oqual deverá solicitá-las ao BC com o devido tempo, especialmente quando se tornar necessária a viagem dovistoriador.

5.3 - Quando o Armador desejar uma maior rapidez nas vistorias poderá solicitar a presença de mais de umvistoriador, havendo conseqüentemente acréscimo nas taxas.

5.4 - A seguir serão relacionados os principais equipamentos e componentes das embarcações que deverãoser inspecionados em cada vistoria. Tal relação é básica e não limitativa, cabendo ao vistoriador se estenderalém do relacionado, se as circunstâncias indicarem tal necessidade e tendo-se em vista a idade da embar-cação, o seu estado de conservação, o seu tipo fora do usual, etc. Poderá ainda o BC, em vista do climacitado, diminuir o intervalo de duração das vistorias de classificação, porém, sempre respeitando os certifica-dos já expedidos e em vigor.

5.5 - Quando uma embarcação for tirada do tráfego em caráter permanente, o Armador poderá solicitar ao BCum adiamento das vistorias a vencerem. Quando a embarcação voltar ao tráfego, entretento, terão que serrealizadas vistorias a serem determinadas e programadas pelo BC.

5.6 - Quando em uma embarcação se pretender realizar alterações, especialmente as que afetem a seguran-ça da mesma, os planos com as alterações e os cálculos pertinentes deverão ser enviados ao BC com adevida antecedência para a análise e a devida aprovação. Nenhuma obra de alteração deverá ser iniciada sema aprovação formal do BC. O não cumprimento destas exigências implicará no cancelamento da classe.

5.7 - Em toda e qualquer vistoria, o vistoriador deverá lançar no certificado de classificação as anotações e

TOMO I - DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIASPARA AS EMBARCAÇÕES ........................................ SEÇÃO 5

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exigências feitas, bem como o �nada a observar� para os equipamentos e componentes achados em ordem,podendo para tal usar folhas complementares anexadas aos certificados de classificação. Ao fim de cadafolha adicional deverá ser feito o registro de que uma folha foi anexada.

De toda e qualquer anotação feita pelo vistoriador deverá ser remetida cópia ao escritório central do BC,o qual providenciará uma comunicação ao Armador com a retificação das anotações; entretanto, as exigênci-as feitas pelo vistoriador deverão ser imediatamente cumpridas, a menos que o Armador interponha recursoperante o escritório central do BC, no prazo máximo de 72 horas após ter recebido a comunicação, para tantopoderão ser utilizados registros postais telegrama ou fax.

TOMO I - DETALHAMENTO E TIPOS DE VISTORIASPARA AS EMBARCAÇÕES ........................................ SEÇÃO 5

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SEÇÃO 6

ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS

6.1 - PRIMEIRA VISTORIA DE RECLASSIFICAÇÃO 4 (QUATRO) ANOS

6.1.1 - CASCO

6.1.1.1 - A embarcação deverá ser docada ou içada em carreira com altura de picadeiro suficiente paraque o fundo possa ser inspecionado.

6.1.1.2 - Os seguintes itens deverão ser observados:a) Medidas das espessuras dos chapeamentos das obras vivas, sendo aceito o mapeamento feito por

ultra-som;b) Todas as válvulas de fundo e de descarga para o mar, mesmo acima da linha d�água, deverão ser

desconectadas, abertas e revisionadas e testadas;c) Todas as caixas de mar deverão ser inspecionadas;d) Todos os anodos de sacrifício deverão ser substituídos;e) Em embarcações sem duplo fundo os estrados ou coberturas de porão deverão ser retirados para

inspeção interna do chapeamento;f) O casco deverá ser limpo antes da inspeção, porém, pintado somente após a inspeção;g) No caso de haver duplo fundo, será realizada inspeção de alguns compartimentos, sendo a quantidade

inspecionada proporcional ao seu estado de conservação, a critério do vistoriador;h) Todos os tanques de lastro e de óleo lubrificante deverão ser limpos para inspeção interna. Assim

como para os peak-tanks;i) Para os tanques de óleo combustível será aceitável uma inspeção visual passada da porta de visita.

Poderão ser dispensadas a limpeza e a vistoria interna, a critério do vistoriador;j) Os tanques usados como tanque de óleo combustível e de lastro deverão ser limpos e inteiramente

inspecionados.k) Nos tanques em que o inspetor entrar, deverão ser inspecionadas as chapas de proteção que ficam

em baixo dos tubos de sondagem;l) Serão testadas as aberturas externas, portas estanques, tampas de escotilhas, vigias etc., com jato

d�água ou com jato de ar comprimido. Todos os atracadores e meios de fechamento das acimacitadas aberturas serão inspecionadas, bem como as borrachas de vedação;

m) As inspeções internas dos tanques poderão ser feitas com a embarcação flutuando;n) O molinete, os guinchos e as máquinas de convés serão inspecionados em funcionamento;o) A borda livre será inspecionada e verificada;p) Todos os equipamentos de segurança e salvatagem serão inspecionados em detalhes;q) As anteparas estanques terão as suas espessuras medidas;r) Uma redução de até 25% (vinte e cinco por cento) na espessura original do chapeamento será aceita;s) As amarras e âncoras deverão ser arriadas e tratadas. O tornel será desemperrado, os elos paten-

tes abertos e inspecionados. A âncora terá uma tolerância de até 20% (vinte por cento) do diâmetrodo elo;

t) Todos os bujões de fundo deverão ser retirados;u) O leme será inspecionado e o seu bujão retirado. As folgas entre a camisa e a bucha da madre

lubrificada a água serão medidas e deverão estar compreendidas entre 0,4 e 1,0 mm, a menos quehaja outra indicação nos desenhos de construção. A folga do pino inferior deverá ser medida, seexistente;

v) Os tanques de óleo deverão ser desgaseificados;w) Todos os suspiros deverão ser inspecionados e as bolas de vedação e telas contra chama revisionadas.

TOMO I - ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS ...... SEÇÃO 6

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6.1.2 - MÁQUINAS

6.1.2.1 - Todas as máquinas principais e auxiliares deverão ser testadas em condições de pleno funcio-namento. Nestes testes estarão incluídos os manômetros, termômetros, pirômetros, vacuômetros, indi-cadores de rpm, alarmes etc., isto é, todos os componentes de monitorização, indicação e controleexistentes, não só junto dos equipamentos como os existentes a distância por exemplo, os existentesno console de comando ou estações de ré.Deverão ser anotadas as pressões e temperaturas de funcionamento dos principais equipamentos, eonde houver anomalias deverão ser feitas as correções e reparos.

6.1.2.2 - A análise dos livros de registro de ocorrências na máquina deverá ser feita, pois os mesmosdarão indicações de como os equipamentos vêm sendo tratados e mantidos.

6.1.2.3 - Motores Diesel Principais e Auxiliares.

a) Se os motores diesel tiverem mais de 10 mil horas de funcionamento, deverão ser abertos completa-mente e inspecionados com medidas de folgas, ovalização, etc., e as substituições das peçasdesgastadas deverão ser feitas;

b) Todos os parafusos de fixação e acoplamento deverão ser inspecionados;c) Para os motores diesel com menos de 10 mil horas de funcionamento deverão ser desmontados para

inspeção um cilindro completo (mancal, biela, pistão, válvulas) para cada 4 cilindros do motor. Se ascondições apresentadas nos componentes desmontados não forem satisfatórias o número de cilin-dros a serem abertos ficará a critério do vistoriador;

d) Deverá ser passado o flexímetro nos MCP�s.

6.1.3 - EQUIPAMENTOS DE MÁQUINAS EM GERAL

a) Nas redutoras, deverá ser selecionado um mancal para abertura e inspeção;b) Os acoplamentos flexíveis deverão ser inspecionados, visualmente;c) Os dentes das engrenagens redutoras serão inspecionados pelas janelas de visitas;d) A catraca será posta em funcionamento;e) Bombas e filtros - Estes equipamentos serão postos em funcionamento e serão medidas as pressões.

Se houver indicação de mau funcionamento, batidas ou excessivo ruído, deverão ser abertos parainspeção e substituição das peças desgastadas;

f) Trocadores de calor - Deverão ter anodos de zinco, ser inspecionados e receber teste de pressão;g) Máquina de leme - Deverá ser testado o tempo de acionamento do leme de um bordo a outro e

conferido com as especificações. Deverão ser verificados vazamentos;h) Sistema de ar comprimido - Serão testados a capacidade e o tempo de enchimento das garrafas e, se

julgado necessário, serão abertas para inspeção. As garrafas de ar deverão ter espessura de paredemedida ou testada com pressão igual a 1.25 vezes a pressão de trabalho, o mesmo acontecendo comas redes de ar comprimido;

i) Todas as juntas de expansão das redes de descarga dos motores diesel deverão ser externamenteinspecionadas;

j) Todo o sistema de trator de proa ou popa (bow ou stern-thruster), deverá ser inspecionado, tantoflutuando como a seco;

k) Eixos propulsores - Os eixos deverão ser retirados para inspeção. Especial atenção deve-se ter paraa região da gaxeta, verificando-se se a camisa não apresenta desgaste de modo que a sua espessuratenha valor inferior o exigido pela regra. As folgas nos mancais do telescópico e pés-de-galinha deve-rão ser iguais ou menores que 4,5 + (D / 270) mm, sendo D em mm, para lubrificação a água. Nossistemas fechados lubrificados a óleo é necessário ter certeza do perfeito funcionamento dos vedantes.Antes da desmontagem dos eixos propulsores deverão ser medidas as folgas internas das buchas(superior, inferior e laterais). O eixo deverá estar encostando (folga 0) nas faces inferiores das buchas.Após a montagem da linha de eixo, com o navio flutuando, e antes de ser feito o acoplamento do eixopropulsor, deverá ser verificado o alinhamento. Quando existirem eixos intermediários, deverá sermedida a carga de cada mancal. As chavetas deverão ser inspecionadas, no cônico do eixo e naregião entre o cônico e o início da camisa de bronze, para verificação de possível corrosão e rachadu-ras. Nos eixos revestidos com plástico deve ser examinada a aderência do mesmo. No caso de existireixo intermediário, este e seu mancal devem ser inspecionados. Os rasgos de chavetas deverão ser

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examinados para detecção de rachaduras.l) Deverão ser medidas as flexões dos eixos de manivela dos MCP�s em todos os cilindros e compradas

com as recomendações do fabricante.m) Se existir o mancal de escora, independente do MCP, eledeve ser aberto e as folgas medidas;n) Os hélices deverão ser inspecionados para verificação de avarias e rachaduras. Os hélices de passo

controlável deverão ter seus mecanismos inspecionados para verificação de desgastes, bem comodeve ser feito teste hidráulico dos vedantes. Todos os mecanismos de acionamento dos hélices depasso controlável devem ser verificados e testados desde o comando até o servo-motor;

o) Os purificadores de óleo deverão ser testados.

6.1.4 - SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO

Os sistemas de combate a incêndio deverão ser cuidadosamente inspecionados, tais como, ampolasdas baterias de CO2 ou HALON. O seu sistema de acionamento (cabos, roldanas e alavancas), a cargaem si, igualmente.Os extintores portáteis de incêndio, de qualquer tipo, deverão ser pesados para verificação da carga.As mangueiras de incêndio, válvulas, hidrantes, cones, aplicadores de névoa, �sprinklers�, detetores deincêndio, sinais de alarme, campainhas deverão ser testados e postos em funcionamento. Deverão serverificados os alarmes, machados, caixas de primeiros socorros, quadros de instruções, etc.

6.1.5 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA

a) Todo o sistema de fiação, relés, chaves de partida, deverá ser vistoriado, tanto quanto possível, semdesmontagens;

b) Todos os quadros elétricos, quadros de distribuição, conexão etc, deverão ser examinados;c) Os motores elétricos com mais de 2 HP deverão ter a resistência de isolamento medida;d) Os alternadores ou geradores deverão ter as resistências de isolamento medidas e tendo valor igual ou

superior a 1000 vezes a tensão de trabalho, em ohms;e) Os alternadores deverão ser testados com as cargas máximas possíveis. Deverão ser postos em

paralelo e verificar se as cargas estão equitativamente distribuídas;f) A chave da corrente inversa deve ser vistoriada;g) Os equipamentos elétricos e de navegação que sejam fundamentais à segurança, tais como: sonar,

radar, eco-sonda, eco batímetro, transrecptores normais e de balsa, rádio-goniômetro, agulha magné-tica, agulha giroscópica, barômetro, piloto automático, luzes de sinalização e navegação, deverão sertestados.

6.1.6 - PARTE GERAL

a) Todos os sobressalentes exigidos pelo BC para a classe deverão ser verificados se existem a bordo;b) Para as embarcações com propulsão elétrica, o valor da resistência do isolamento será em Megohms

de: 3 x voltagem de serviço / [kVA (do motor) + 1000]

6.2 - VISTORIAS DE RECLASSIFICAÇÃO SUBSEQÜENTES REALIZADAS A CADA 4 (QUATRO) ANOS

6.2.1 - As vistorias de reclassificação passadas a cada 4 anos terão as exigências semelhantes àprimeira vistoria de reclassificação, complementada por crescente intensidade nas inspeções do casco,fundo, tanques em geral, coferdans e membros estruturais (gigantes, cavernas, escoas, hastilhas, etc.).A intensidade e acréscimo ficará a critério do vistoriador e resultante do estado geral de conservação daembarcação. Assim, quanto pior for o estado de conservação maior será a intensidade das medições.

6.2.2 - A partir de 12 anos de vida da embarcação, isto é, na terceira reclassificação, os membrosestruturais efetivos, tais como conveses e anteparas onde tenham revestimento térmico, como no casode frigoríficas, serão abertas janelas para medida de espessura do chapeamento, se outro meio nãopuder ser usado.

6.2.3 - A partir, e inclusive, da terceira reclassificação será tomada especial atenção com as espessurasdo chapeamento que fiquem sob trocadores de calor, caldeiras, motores e equivalentes e onde a tempe-ratura mais elevada é fator de aceleração da corrosão.

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6.2.4 - Nas vistorias de reclassificação deve-se tomar especial atenção para as reduções de espessurapor corrosão na estrutura do casco central 0,5 L da embarcação. Como recomendação, os seguintesníveis de redução serão aceitos:a) Na resistência longitudinal de até 10% de redução no módulo de resistência da seção-mestra.b) Na resistência local de até 20% das espessuras do chapeamento e membros estruturais.

6.2.5 - A partir da 2ª vistoria de reclassificação a madre do leme deverá ser retirada para acurada inspeçãoe os vasos de pressão deverão ser testados com 1.25 da pressão e trabalho.

6.3 - VISTORIA INTERMEDIÁRIA

6.3.1 - As inspeções deverão ser realizadas a cada 2 anos ou na metade do prazo determinado para asvistorias de reclassificação, que poderá, em casos especiais, ser menor do que 4 anos. Estas inspeçõesintermediárias terão um caráter mais brando do que as inspeções de reclassificação e poderão serexecutadas até com 2 anos e meio da data de vencimento da última vistoria de reclassificação. Nestasvistorias, os seguintes pontos serão obedecidos:a) Docagem de embarcação;b) Troca dos anodos de zinco;c) Limpeza do casco e inspeção das válvulas de fundo;d) Inspeção do casco, com medidas de espessuras do chapeamento, principalmente na região central

de 0,5 L e cuja extensão, para mais, ficará a critério do vistoriador e dependendo do estado deconservação do casco. O casco não deverá ser pintado antes de vistoria;

e) Vistoria com medição de folgas e verificação dos vedantes dos eixos propulsores e lemes, semnecessariamente ter que sacá-los, a menos que alguns sintomas indiquem tal necessidade e acritério do vistoriador;

f) Verificação do sistema de vedação de todas as aberturas do casco. Verificação da estanqueidade dasportas estanques e similares;

g) Verificação parcial de espessuras do chapeamento na praça de máquinas;h) Inspeção das âncoras, amarras e mordentes;i) Inspeção geral de funcionamento das máquinas, equipamentos de convés e de eletricidade;j) Inspeção dos aparelhos e equipamentos de segurança, eletrônicos e de navegação;k) Inspeções em tanques de fundo duplo internamente. Também em alguns tanques de óleo diesel sem

a necessidade de entrada nos mesmos, porém com eles vazios. O montante dos tanques a serinspecionado ficará a critério do vistoriador e baseado no estado de conservação dos tanques vistori-ados.

6.4 - VISTORIAS ANUAIS

6.4.1 - Vistoria em seco para embarcações com mais de 12 (doze) passageiros, acrescida de vistoriassemelhantes às intermediárias. A vistoria em seco poderá ser prorrogada por até 6 (seis) meses.

6.4.2 - Nas embarcações, as escotilhas, portas-estanques e instalações de governo devem serinspecionadas uma vez por ano.

6.5 - INSTRUÇÕES GERAIS

6.5.1 - Sempre que uma vistoria for realizada, como, por exemplo, vistoria de avaria, de borda livre eoutras, o que for inspecionado servirá como satisfação à vistoria mais próxima a vencer.

6.5.2 - Todo e qualquer laudo, vistoria e certificado tem como único propósito propiciar meios para que aembarcação em questão cumpra as regras e determinações emanadas do BC a fim de que a classe sejamantida. Deste modo, tais documentos não deverão ser usados como defesa, subsídio ou elemento decomprovação para outros fins. Assim, o BC não responderá ou fará justificativa de seus laudos paraatender interesses, senão os de manutenção da classe das embarcações. Assim o BC não entrará empolêmica com qualquer firma, companhia ou entidade, oficial ou não.

6.5.3 - Ao solicitar a classificação de uma embarcação ou de qualquer dos seus componentes, o reque-rente, aceitará, sem restrições, todas as normas e procedimentos constantes, das presentes regras.

TOMO I - ESCOPO DAS DIVERSAS VISTORIAS ....... SEÇÃO 6

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TOMO II

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TOMO II - GENERALIDADES E DEFINIÇÕES ................SEÇÃO 1

SEÇÃO 1

GENERALIDADES E DEFINIÇÕES

1.1 - VALIDADE

Estas Regras se aplicam a navios construídos em aço, com comprimento L não superior a 100m, e cujopontal P não seja menor que L/18. Podem ser aceitas exceções, se for constatado que a resistência estrutu-ral, a rigidez e a segurança do navio são equivalentes às definidas por estas Regras.

1.2 - ESTABILIDADE

Parte-se do princípio de que a estabilidade do navio seja adequada e atenda às exigências da D.P.C.(Diretoria de Portos e Costas, Organização da Marinha do Brasil). Uma análise de estabilidade é efetuada,dentro do escopo da classificação, exclusivamente para navios com símbolo + (cruz-de-malta). A análise daestabilidade independentemente daquela classificação só será realizada quando solicitada pelo Armador, peloEstaleiro, ou pela D.P.C.

1.3 - VIBRAÇÕES MECÂNICAS

As condições mais freqüentes de operação da embarcação não devem estar próximas das correspon-dentes às freqüências de ressonância do seu casco e de seus componentes estruturais. Assim, devem serminimizadas as forças de excitação provenientes do sistema de propulsão e das flutuações de pressão deágua devido ao movimento do hélice ou atuando na proa da embarcação, bem como a cavitação no hélice ouem outros apêndices.

Caso não se consiga eliminar forças críticas de excitação, deve-se adotar critérios de projeto, adequado,ainda durante os primeiros estágios do projeto, obtidos a partir de uma análise teórica de problema. A fadigadeve ser considerada no projeto.

1.4 - RUÍDO

Devem ser tomadas precauções para manter o nível de ruído ambiental o mais baixo possível, principal-mente nos compartimentos habitáveis. Devem ser obedecidos os regulamentos concernentes às limitaçõesde nível de ruído estabelecidas pela D.P.C. ou pelos sindicatos de marítimos, caso existentes.

1.5 - DOCUMENTOS DE PROJETO SUBMETIDOS À APROVAÇÃO

1.5.1 - Para a análise da concordância com as Regras, os desenhos e memórias de cálculo menciona-dos no Tomo I, Seção 4, item 4.10, devem ser submetidos ao BC em três vias, antes de sua utilização naconstrução ou na modificação da embarcação, além daqueles que, eventualmente, forem julgados ne-cessários.Detalha-se, a seguir, o conteúdo de alguns destes documentos:a) Seção Mestra - Os planos seccionais transversais (seção mestra, outras seções típicas) devem

conter todos os dados necessários sobre escantilhões da estrutura transversal e longitudinal docasco.

b) Plano das Seções Longitudinais - Os planos das seções longitudinais devem conter todos osdetalhes necessários sobre os escantilhões dos elementos estruturais longitudinais e transversaisdo casco e sobre a localização das anteparas estanques e os suportes dos conveses, localizaçãode superestruturas e casarias de convés, bem como a fixação dos mastros de cargas e turcos debotes no casco.

c) Plano de Conveses - Os planos dos conveses devem mostrar os escantilhões da estrutura dosmesmos, comprimento e boca das escotilhas de carga, aberturas acima da praça de máquinas e de

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caldeiras e outras aberturas de convés. Para cada convés, deve ser informado qual carregamento deconvés originado pela carga foi assumido na determinaçào dos escantilhões do convés e seus supor-tes. Além disso, devem ser informados detalhes sobre eventuais carregamentos originados porempilhadeiras e containers.

d) Plano Estrutural do Fundo - Deve conter desenhos do fundo simples e duplo, mostrando o arranjodas hastilhas e longarinas, bem como a subdivisão, estanque ao óleo e à água do fundo duplo. Paraembarcações graneleiras e mineraleiros, deve ser informada a máxima carga no fundo duplo.

e) Plano do Chapeamento Externo - Deve conter desenhos da expansão do chapeamento, contendodetalhes completos sobre a localização e o tamanho das aberturas e desenhos das caixas de mar.

f) Plano estrutural das anteparas longitudinais e transversais dos tanques - Deve conter os dese-nhos das anteparas tranversais, longitudinais e diafragmas, bem como de todos os limites de tan-ques, com detalhes sobre as densidades dos líquidos, a altura dos tubos-suspiro e as pressões deajuste das válvulas de alívio de pressão / vácuo, se existentes.

g) Cálculo do Módulo da Seção Mestra - Todos os documentos exigidos para o cálculo dos momen-tos fletores longitudinais e, onde necessário, dos momentos torcionais. Estes, devem incluir a distri-buição de massa para as condições de carga considerada e a distribuição dos valores seccionaistransversais (módulos de seção e momentos de inércia) sobre o comprimento do navio. O Manual decarregamento, conforme Seção 4, item 4.1.6.

h) Cálculo da Borda-Livre e de Flutuabilidade em Avaria - Detalhes sobre os dispositivos defechamento de todas as aberturas do convés exposto nas posições 1 e 2, de acordo com a ICLL,1966,e do chapeamento externo, tais como, escotilhas, aberturas de carga, portais, janelas e escotilhõeslaterais, ventiladores, aberturas de montagem, portas de visita, descargas sanitárias e embornais.Para o estabelecimento da flutuabilidade em condições de avaria, deve ser elaborado um plano decontrole de avaria com detalhes sobre a subdivisão estanque, aberturas fecháveis nas anteparasestanques, arranjos transversais de alagamento e vazão através das aberturas, e um plano mostran-do o arranjo e localização de todas as aberturas nas anteparas estanques.

i) Desenho do Leme e da Madre do Leme - Os desenhos de leme devem conter detalhes sobre avelocidade do navio e os materiais dos mancais a serem empregados.

j) Planos e Especificações de Todos os Equipamentos de Força - Especificações de guinchos, molinetes,guindastes, paus-de-carga, rolos-de-popa, turcos, etc., bem como os desenhos das suas bases(jazentes) e os detalhes sobre os carregamentos a serem transmitidos aos elementos estruturais; e

k) Dispositivos de Peação e Estiva - Desenhos contendo detalhes sobre a estiva e a peação da carga,como, por exemplo, para containers e para veículos automotores.

1.5.2 - Os desenhos mostrando o arranjo e o escantilhão dos elementos estruturais devem conter deta-lhes sobre os materiais empregados e sobre as juntas soldadas ou rebitadas.

1.5.3 - Para embarcações projetadas para finalidades especiais, devem ser também submetidos à apro-vação os documentos referentes às peculiaridades da embarcação que possam comprometer a suaresistência e segurança.

1.5.4 - Quando um documento já aprovado for modificado, deve ser novamente submetido à aprovação,antes de sua utilização na construção ou na modificação da embarcação.

1.6 - DEFINIÇÕES E SIMBOLOGIA

As seguintes definições de símbolos e termos deverão ser consideradas (na ausência de outrasespecificações) quando aparecerem nas Regras.

1.6.1 - Comprimento L - É a distância, em metros, ao nível da linha de carga estimada de verão, daparte de vante da roda de proa à parte de ré do cadaste do leme ou poste do leme, ou ao centro damadre do leme, se não houver cadaste do leme (Lpp). Quando Lpp for menor que 96% do comprimentomedido na linha de carga de verão correspondente ao maior calado D (LLWL), L não deverá ser menorque LLWL. Quando Lpp for maior que 97% de LLWL, L não necessitará ser maior que LLWL. Em navioscom forma incomuns de popa, o comprimento L será alvo de considerações especias.

1.6.2 - Boca B - É a maior boca moldada da embarcação, em metros.

1.6.3 - Pontal P - É a distância vertical, em metros, medida ao lado, no meio do comprimento L, desde

TOMO II - GENERALIDADES E DEFINIÇÕES ................SEÇÃO 1

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a linha de base moldada até a parte superior dos vaus do convés contínuo mais elevado. Nos locais ondea superestrutura for considerada efetiva, P deve ser medido até o convés da superestrutura, para efeito decálculos dos escantilhões da embarcação.

1.6.4 - Calado D - É a distância vertical, em metros, medida ao lado, no meio do comprimento L, desdea linha de base moldada até a linha de carga de verão.

1.6.5 - Espaçamento entre Cavernas (a) - É o espaçamento medido entre as bordas moldadas decavernas adjacentes.

1.6.6 - Coeficiente de Bloco CB : Coeficiente de bloco moldado no calado de carga D, baseado nocomprimento L, definido pela Regra. (CB = Desloc. Moldado (m3 ) no calado D / L x B x D)

1.6.7 - Convés de Borda-Livre - É o convés no qual está baseado o cálculo de borda-livre. Normalmen-te, é o convés contínuo mais alto, dotado de meios permanentes de fechamento de todas as aberturas.

1.6.8 - Convés das Anteparas - É o convés mais alto até onde as anteparas estanques à água seestendem e são tornadas efetivas.

1.6.9 - Convés Resistente - É o convés ou as partes de um convés que forma o flange superior daestrutura longitudinal resistente viga-navio.

1.6.10 - Conveses Expostos - São todos os conveses e as partes de conveses abertos passíveis deserem atingidos pela água do mar.

1.6.11 - Conveses Inferiores - Partindo do convés contínuo superior, os conveses inferiores são denomi-nados 2o convés, 3o convés, e, assim, sucessivamente.

1.6.12 - Conveses da Superestrutura - Partindo do convés contínuo superior, todos os conveses supe-riores são denominados 2o convés da superestrutura, 3o convés da superestrutura, e, assim, por diante.

1.7 - MEMÓRIAS DE CÁLCULO

O BC também aceita, para aprovação, memórias de cálculo utilizando critérios de projeto nacional donavio, mesmo quando realizados através de programas de computador. Nestes casos, as condições para aaprovação do programa de computador e do próprio cálculo devem ser tratados com o BC.

1.8 - SISTEMA DE UNIDADES

Nestas Regras, a unidade de medida de cada dimensão, força, potência, etc., é indicada entre colche-tes: [ ]. Assim, por exemplo:

[m] = metrosKN/m2] = quilo-Newton por metro quadrado[t/m3] = toneladas por metro cúbico[nós] = nós[mca] = metros de coluna d�água (unidade de pressão)

TOMO II - GENERALIDADES E DEFINIÇÕES ................SEÇÃO 1

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BUREAU COLOMBO BRASILREGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃODE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARANAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO

!!!!! Clique aqui para voltar para o índiceTOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS............................................................ SEÇÃO 2

SEÇÃO 2

DIMENSIONAMENTO E DETALHES ESTRUTURAIS

2.1 - GENERALIDADES

2.1.1 - Esta Seção contém definições e regras de utilização das fórmulas nas Seções seguintes, bemcomo indicações relativas aos detalhes estruturais.

2.1.2 - Tensões Admissíveis

Nas seções seguintes foram estabelecidas as tensões admissíveis em adição às fórmulas para o cálcu-lo do módulo de seção e as áreas seccionais transversais das almas de cavernas, vaus, vigas, reforços,etc., que podem ser utilizadas na determinação dos escantilhões dos elementos por meio de cálculosde resistência direta. As tensões admissíveis podem ser aumentadas em até 10% quando forem feitasanálises de tensão exata de acordo com métodos de cálculo aprovados, por exemplo, quando o métodode elementos finitos é aplicado ou quando a prova é apresentada por medições realizadas.

2.1.3 - Painéis de Chapas Sujeitos a Pressão Lateral

Nas fórmulas para painéis de chapas sujeitas a pressão lateral fornecidas nas Seções seguintes, consi-derou-se um painel de chapa não curvada com relação b/a ³ 2,24.

Para painéis de chapas curvas e/ou painéis de chapas, tendo uma relação de lados inferior a b/a = 2,24,a espessura pode ser reduzida para o seguinte valor:

t = 1,05 . a. √√√√√ p . k . f1 . f2 + tk

f1 = ( 1 - a / 2r ) ;f 1 min. = 0,75

f2 = √ √ √ √ √ 1,1 - 0,5 . ( a )² ; f2max = 1,0

r = raio de curvatura em [m]a = largura menor do painel de chapab = largura maior do painel de chapap = carga de projeto aplicada [ kN/ m2 ]tk = margem de corrosão

2.1.4 - Fator de Material ( k )

O fator de material nas equações das seções seguintes, deve ser igual a 1,0 para aço naval comum, epara outros aços usar a fórmula k = 295 / (σy + 60), onde σy é a tensão de escoamento do material em[N/mm2]

2.2 - FLANGE SUPERIOR E INFERIOR DO CASCO

2.2.1 - Todos os membros estruturais longitudinais contínuos até yo abaixo do convés resistente e até yu

b

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acima da linha de base, são considerados flange superior e inferior, respectivamente.

2.2.2 - Sendo o flange superior e/ou inferior feito de aço naval comum, sua extensão vertical yo = yu =0,1D. Em navios com elementos estruturais longitudinais contínuos acima do convés resistente, deveser aplicado um pontal fictício D� = eB + e� D

eB = distância entre o eixo neutro da seção mestra do navio e a linha de base, em [m]e�D = (vide Seção 4, item 4.3.4.1)

2.2.3 - Se for utilizado aço naval de alta resistência para o flange superior e/ou inferior, o módulo de seçãomestra relativo ao convés ao lado e/ou à linha de base pode ser reduzido tomando em consideração ofator de material k definido na Seção 2, item 2.1.4.

2.2.4 - A extensão vertical dos flanges superior e inferior, respectivamente, não deve ser menor que:

y = e.(1-n. k) ; y min. = 0,1.D ou 0,1.D�

e = distância do convés ou da linha de base ao eixo neutro da seção mestra. Para navios comelementos estruturais longitudinais contínuos acima do convés resistente, ver Seção 4, item 4.3.4.1

n = W(a) / W, onde:W(a) = Módulo de seção real do convés ou do fundo eW = Módulo de seção do convés ou fundo, conforme esta Regra.

2.3 - VÃO SEM APOIO

2.3.1 - Reforços

O vão, sem apoio, m, é o comprimento do reforço entre duas vigas de apoio ou seu comprimento,incluindo as fixações de extremidade (borboletas).

2.3.2 - Elementos de Antepara Corrugada

O vão, sem apoio, m, dos elementos de antepara corrugada é o seu comprimento entre o fundo equalquer convés ou o seu comprimento entre vigas verticais ou horizontais. Na conexão dos elementosde anteparas corrugadas aos elementos tipo caixa, de rigidez comparativamente baixa, a altura dosmesmos deve ser incluída no vão m, a menos que seja de outra forma provado por cálculos.

2.3.3 - Elementos estruturais gigantes

O vão, sem apoio, m, de elementos gigantes deve ser determinado de acordo com a Fig. 2.1, dependen-do do tipo da fixação de extremidade.Em casos especiais, a rigidez das vigas conectadas deve ser levada em consideração quando da deter-minação do vão das vigas.

Figura 2.1

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS ............................................................ SEÇÃO 2

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2.4 - FIXAÇÕES DE EXTREMIDADE

2.4.1 - Definições

Para a determinação dos escantilhões de vaus, reforços e vigas longitudinais, os termos �engastamento�e �apoio simples� serão utilizados. O engastamento será assumido onde, por exemplo, os reforços estãorigidamente conectados às outras peças por meio de borboletas. O apoio simples será assumido se, porexemplo, as extremidades dos reforços são chanfradas ou os reforços estão conectados somente aochapeamento. Ver, também, item 2.4.3.

2.4.2 - Borboletas

2.4.2.1 - Dimensionamento

O dimensionamento de borboletas orienta-se pelo módulo da seção exigido para o perfil. Quando perfisde diferentes módulos de seção são conectados um ao outro, o dimensionamento da borboleta seráorientado pelo módulo do perfil de menor seção transversal.

2.4.2.2 - Espessura

A espessura das borboletas não deve ser menor que:

t1 = 1,2 . 3√ W + 1 [mm] , para borboletas sem flange

t2 = 1,2 . 3√ W - 1 [mm] , para borboletas com flange

tmin. = espessura da alma do perfil de menor seção transversal, em [mm]W = módulo de seção do perfil de menor seção transversal, em [cm3 ]

a) A espessura das borboletas em tanques não deve ser menor que a espessura mínima definida pelaRegra para qualquer estrutura de tanque, qual seja:

t min. = (5,3 + 0,02.L). k 1/2 [mm]

L = comprimento da embarcação, em [m] ek = ator de material, definido na Seção 2, item 2.1.4

b) Adicionalmente, para os tanques de carga (óleo) de navios petroleiros de somente um convés contínuo,e de pelo menos duas anteparas longitudinais contínuas na região dos tanques de carga, que transpor-tem óleo a granel com ponto de fulgor não excedendo 60°C (utilizando o �closed cup test�), e cujapressão de vapor Reid seja inferior à pressão atmosférica, a espessura das borboletas não pode sermenor que a espessura mínima definida por esta Regra, ou seja, o menor dos seguintes valores:

tmin. = (5,3 + L/26). k 1/2 [mm] outmin. = 6,2 . k 1/2 [mm]

L = comprimento da embarcação, em [m]k = fator de material, definido na Seção 2, item 2.1.4

c) Nos casos a) e b) acima, as borboletas deverão ser flangeadas caso sua espessura seja inferior a t,conforme definido em 2.4.2.2.

2.4.2.3 - Comprimento das Abas

O comprimento das abas das borboletas soldadas não deve ser menor que:

m = 16 x ( 10 x W / t1 ) 1/2 [mm] ; m min. = 100 mm

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS............................................................ SEÇÃO 2

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W = módulo de seção do perfil de menor seção transversal, em [cm3]t1 = espessura da borboleta não flangeada, conforme definido em 2.4.2.2, em [mm]

Obs: O comprimento da aba, m, é o comprimento da ligação soldada.

2.4.2.4 - Escantilhões

Os escantilhões das borboletas (espessura, comprimento da aba) bem como sua relação com perfis,podem ser obtidos nas tabelas do Anexo.

2.4.2.5 - Espessura da Garganta de Solda

A espessura a, de garganta da solda, deve ser determinada de acordo com a Seção �Juntas de Solda�(Seção 14)

2.4.2.6 - Largura do Flange

Utilizando-se borboletas flangeadas, a largura do flange deve ser determinada de acordo com a seguintefórmula:

b = 40 + W/30 [mm];b não deve ser menor que 50 mm e não necessita ser maior que 90 mm.

2.4.2.7 � Aresta Livre

O comprimento da aresta livre de borboleta não flangeada não deve exceder 40 t

2.4.3 - Extremidades Chanfradas de Reforços

Os reforços podem ser chanfrados nas extremidades, caso a espessura do chapeamento suportadopelos reforços não seja menor que:

t = c . √√√√√ p . a (m - 0,5 a) [mm] σ σ σ σ σ

y

p = carregamento de projeto, em [kN/m2 ]m = vão sem apoio do reforço, em [m]a = espaçamento dos reforços, em [m]σy = tensão de escoamento do material do chapeamento, em [N/mm2]c = 15,8 para anteparas estanques e 19,6 para outros casos.

2.4.4 - Elementos de Antepara Corrugada

Nos locais de apoio dos elementos de antepara corrugada, deve haver uma perfeita transmissão dasforças na chapa de face, mediante arranjo de intercostais, vigas ou hastilhas. Estes elementos deverãoestar alinhados com as faces (ver Fig. 2.2).

2.5 - LARGURA COLABORANTE DO CHAPEAMENTO

2.5.1 - Elementos estruturais comuns

Geralmente, o espaçamento dos elementos estruturais comuns (cavernas, longitudinais e reforços) podeser tomado como largura colaborante do chapeamento.

2.5.2 - Elementos estruturais gigantes (transversais e longitudinais)

2.5.2.1- Largura Colaborante

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS ............................................................ SEÇÃO 2

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A largura colaborante do chapeamento de elementos gigantes pode ser determinada de acordo com atabela seguinte, considerando o tipo de carregamento:

m / e 0 1 2 3 4 5 6 7 ≥ 8

e m1 / e 0 0.36 0.64 0.82 0.91 0.96 0.98 1 1

e m2 / e 0 0.2 0.37 0.52 0.65 0.75 0.84 0.89 0.9

e = largura do chapeamento suportado, obtido pela soma das metades dos espaçamentos entre vigasgigantes de um lado e do outro do elemento considerado.

e m1 - deve ser aplicado quando as vigas são carregadas por cargas distribuídas uniformemente ou,então, por não menos que 6 cargas concentradas igualmente espalhadas.

e m2 - deve ser aplicado quando as vigas são carregadas por 3 ou menos cargas concentradas.

Obs: Por meio de interpolação, podem ser obtidos valores intermediários. O comprimento m, a serutilizado na tabela, pode ser tomado como o vão sem apoio, no caso de vigas simplesmente apoiadas,ou 60% do vão sem apoio, onde as vigas são engastadas em ambas as extremidades.

Figura 2.2

2.5.2.2 - Área Seccional Transversal Colaborante

A área seccional transversal colaborante de chapas não deve ser menor que a área seccional transversalda barra de face.

2.5.2.3 - Largura Colaborante do Chapeamento

A largura colaborante do chapeamento dos painéis de chapa sujeitos a tensões de compressão agindotransversalmente aos reforços deve ser determinada de acordo com 2.6.2.2 para λ� = 0,8 λ . Não se pode,no entanto, tomar para esta largura um valor maior que o obtido por 2.5.2.1.

2.5.2.4 - Módulo da Seção

Onde o ângulo a entre a alma dos reforços ou das vigas e o chapeamento associado é menor que 75°, omódulo requerido da seção deve ser multiplicado pelo fator λ/senα

2.5.3 - Cantilevers

Onde os cantilevers são montados em cada caverna, a largura da chapa colaborante pode ser tomadacomo o espaçamento de caverna.Onde os cantilevers são montados em um espaçamento maior, a largura da chapa colaborante da seçãotransversal respectiva pode ser aproximadamente tomada como a distância da seção transversal até oponto no qual a carga está atuando, no entanto, não maior que o espaçamento dos cantilevers.

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2.6 - RESISTÊNCIA À FLAMBAGEM

2.6.1 - Resistência à Flambagem dos Painéis de Chapas Isotrópicas (almas de elementos es-truturais gigantes)

2.6.1.1 - Fórmulas

A resistência à flambagem deve ser comprovada de acordo com as fórmulas seguintes:a) tensão crítica de compressão σlki = K x σe [N/mm2 ]b) tensão crítica de cisalhamento τki = K x σe [N/mm2 ]

σσσσσe = 18,6.(100. t/b) 2 [N/mm2]

t = espessura da chapa, em [mm]b = largura do painel da chapa, em [mm]K = fator de flambagem de acordo com a tabela 2.1.

Tabela 2.1

2.6.1.2 - Quando as tensões de cisalhamento e normal estão atuando simultaneamente, deve ser cal-culada a tensão combinada ideal com a seguinte fórmula:

][N/mm)ττ

(+)σσ

4ψ3

(+σσ

4ψ+1

τ3+σ= 2

2

ki

2

1ki

1

1ki

1

221

vkiσ.

σ1 = tensão de compressão [N/mm2 ]τ = tensão de cisalhamento [N/mm2 ]σ1ki , τki = definidos em 2.6.1.1

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ψ = definido na tabela 2.1σvki = σ1ki onde τ = 0σvki = 1,732.τki onde σ1 = 0

2.6.1.3 - A tensão combinada reduzida com relação à tensão combinada ideal pode ser determinada pelafórmula seguinte e pode, também, ser tomada a partir da seguinte tabela para os 3 grupos de aço paraconstrução naval (235, 315, 355 N/mm2 de tensão de escoamento):

][N/mm])σσ).(

σ.1223525,0(1.[σσ 22

vki

p

yyvk −−=

σvki [ N / mm2 ] σvk [ N / mm2 ] para aço com escoamento mínimo de [ N / mm2 ] :

235 315 355

< 196 σvki σvki σvki

196 196 σvki σvki

215 203 σvki σvki

235 208 σvki σvki

245 210 σvki σvki

255 212 σvki σvki

275 215 264 σvki

295 218 271 290

345 222 283 307

390 225 290 318490 229 299 332

590 231 304 339

785 232 309 346980 233 311 349

1470 234 313 352

≥ 1960 235 315 355

σy = tensão de escoamento do material do chapeamento, em [N/mm2 ]σp = limite de proporcionalidade do material do chapeamento, em [N/mm2] (ver 2.6.1.4)

Tabela 2.2

Obs.1) Quando calculando o fator α e a tensão de Euler σe, o valor ideal bi = 2bD deve ser utilizado, aoinvés de b, onde bD < 0,5.b é a largura da zona de compressão. Isto, porém, não é permitido para ocálculo do fator de flambagem K para a determinação da tensão de flambagem, onde as tensões decisalhamento e a tensão de referência σe estão simultaneamente atuando.(σe = definido em 2.6.1.1 ) α = a / b

2.6.1.4 - Fator de Segurança Contra Flambagem

O fator de segurança contra flambagem deve ser calculado de acordo com:

21

k

3.+σσ

=ν2

V

B

τ

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A espessura das chapas e os espaçamentos dos reforços, respectivamente, devem ser determinados deforma que o fator de segurança contra flambagem não seja menor que:

νB = c para σvki ≤ σp

νB = c.[1/c +(1 -1/c).(σp / σvki ) 2 ] para σvki > σpσp = limite de proporcionalidade do aço utilizado, em [N/mm2 ]σp = 196 [N/mm2 ], onde σ = 235 [N/mm2 ]σp = 255 [N/mm2 ], onde σy = 315 [N/mm2 ]σp = 285 [N/mm2 ], onde σy = 355 [N/mm2 ]c = 1,4 para chapeamento com espessura original de projeto, incluindo a margem de corrosão

definida em 3.10.1c = 1,2, para chapeamento com espessura original de projeto reduzida (sem margem de corro-

são, devido à aplicação de proteção anticorrosiva efetiva)c = 1,0, para chapeamento cuja margem de corrosão já foi perdida por corrosão, resultando em

uma espessura t-tk (ver 2.10.1).

2.6.2 - Resistência à Flambagem de Painéis de Chapas Ortotrópicas

A prova de resistência à flambagem, por exemplo, dos painéis de chapas reforçadas longitudinal outransversalmente entre duas anteparas transversais, pode ser efetuada pelas fórmulas abaixo.Onde a tensão de compressão é constante sobre a largura do painel b, as seguintes fórmulas se apli-cam:

][N/mm].NN+N.[2=.....1....NN

BA

para

][N/mm).β.NN+2.N.(1=σ.....1....NN

BA

para

2)B

Ay.(+)A

Bx.(1ki4

x

y

2yx1ki4

x

y

22 βσ

N = 0.186.t3 / (t m .B2 ) [N/mm2 ]

1+a.t.1,096.10

=N 1+b.t.1,096.10

=N 3

5

y3

5

xyx JJ

A = comprimento do painel de chapa, em [m]B = largura do painel da chapa, em [m]a = espaçamento dos reforços transversais, em [mm]b = espaçamento dos reforços longitudinais, em [mm]; obs: A, B, a, b = vide fig. 2.3J x = momento de inércia dos reforços longitudinais, em [cm4], incluindo a largura colaborante do

chapeamentoJy = momento de inércia dos reforços transversais, em [cm4], incluindo a largura colaborante do

chapeamentot m = t x ( 1 + F x / t x b) espessura incrementada da chapa, em [mm]F x = área seccional do longitudinal, em [mm2]t = espessura do chapeamento, em [mm]β = (F x +b.t) / (F x + b m . t)

≥ ⇒

< ⇒

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Figura 2.3

2.6.2.2 - A largura de chapeamento colaborante b, de reforços sujeitos à compressão, pode ser determi-nada através das seguintes fórmulas:

λλλλλ b m / b

> 0.70 1.0

> 0.70 e < 1.291 1.474 - 0.677 x λ

≥1.291 1 / λ2

E.Kσ

tb

1,05=λy

E = 2,06 x 105 [N/mm2 ], para açosK = fator de flambagem fornecido na Tabela 2.1

2.6.2.3 - A tensão de flambagem reduzida σvk pode ser determinada por 2.6.1.3. O fator de segurançacontra flambagem pode ser obtido de 2.6.1.4, acrescido de 10% (seu valor para um painel de chapaortotrópica de dimensões A x B deve ser 10% superior ao valor para um painel de chapa isotrópica dedimensões a x b).

2.6.3 - Resistência à Flambagem de Barras-Face de Elementos Estruturais Gigantes

A espessura das barras-face não deve ser menor que:

240b.

=tDσ

b = largura, sem apoio, da barra face (b = metade da largura das barras-face simétricas)σd = tensão de compressão máxima, em [N/mm2].

2.6.4 - Resistência à Flambagem dos longitudinais

2.6.4.1 - Dentro de 0,6 L, a meia-nau, a relação da altura da alma para a espessura da alma e da largurada barra-face para a espessura da barra-face, respectivamente, dos longitudinais compreendidos noflange superior e inferior do casco, não deve exceder os seguintes valores:

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a) barras chatas: bs = 19,5 . √ k

ts

b) cantoneiras, seções T, perfis bulbo: - alma: bs = 60 . √ k

ts

- barra-face: bf = 19,5 . √ k

tf

bs = altura da alma, excluindo a espessura da barra-facebf = largura livre da barra-face, excluindo a espessura da almats = espessura da almatf = espessura da barra-facek = fator de material de acordo com a Seção 2, item 2.1.4k = 1.0, para aço naval comum

2.6.4.2 - Fora de 0,6 L, a meia nau, bem como fora do flange superior inferior do casco, as relaçõespodem ser excedidas em 10%.

2.6.4.3 - Dentro de 0,6 L, a meia-nau, os perfis longitudinais compreendidos no flange superior e inferiordo casco devem ser verificados quanto à segurança contra a flambagem torcional, da seguinte forma:

σσσσσki = j.σσσσσkio ≥≥≥≥≥ σσσσσp . (1-y/e) [N/mm2]

σπ = limite de proporcionalidade do aço empregado, de acordo com 2.6.1.4y = distância desde o perfil até o convés ao lado, ou até a linha de base, respectivamentee = eD ou eB , se é um perfil localizado no flange superior, ou no inferior do casco, respectivamenteeD = distância do convés ao lado até o eixo neutro da seção mestraeB = distância da linha de base até o eixo neutro da seção mestra

bulboouflangecomperfispara][N/mm]26J

+)mb

.([JJ2,06.10

=σ 22yp

6

kioDS

Jp = momento polar de inércia do longitudinal, excluindo a largura colaborante do chapeamentocom relação ao ponto C, em [cm4 ], (vide Fig. 2.4)

Jp = J�x + Jy [cm4 ] ; J�x = Jx+ d2.f [cm4]

Jx = momento de inércia do longitudinal, excluindo a largura colaborante do chapeamento no eixox, em [cm4]

d em [cm] (vide Fig. 2.4)

f = área seccional do perfil, em [cm2]Jy = momento de inércia do longitudinal, excluindo a largura colaborante do chapeamento no eixo y,

em [cm4]

Para perfis assimétricos (por exemplo, cantoneiras), Jy deve ser substituído por a. Jy. O fator a deve serobtido da seguinte tabela:

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bs / bf 1.0 1.5 2.0 3.0 4.0 6.0 12.0 ∞

a 0.25 0.36 0.47 0.56 0.62 0.70 0.85 1.00

Jd = constante torcional = 1/3 Σ b. t3 , em [cm4]b = bS ou bf, em [cm] ver Fig. 2.4t = ts ou tf , em [cm] ver Fig. 2.4m = vão, sem apoio, do perfil, em [cm]σkio = 8.104.(ts/bs)2 [N/mm2], para barras chatasj = fator, dependendo da razão de engastamento do perfil na chapa associada, como segue:

i 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 1

j 4 3.1 2.3 2.0 1.8 1.7 1.4

i 2 5 10 20 50 100 ∞

j 1.22 1.1 1.06 1.05 1.03 1.02 1.0

i = 0,5.(ts/t)3 .a/bs . [1/(1-σkio /σkip)j = 1.0, caso i seja negativot = espessura da chapa à qual o perfil está associado, em [cm]a = espaçamento dos longitudinais, em [cm]σkip = 7,5.105 .(t/a)2 [N/mm2 ]

Para barras chatas que obedeçam os requisitos de 2.6.4.1, a), não é exigida uma prova especial dasegurança contra a flambagem torcional.

Figura 2.4

2.6.4.4 - Dentro de 0,6 L, a meia-nau, os momentos de inércia (incluindo a largura colaborante dochapeamento dos longitudinais compreendidos no flange superior e inferior do casco), não devem sermenores que:

Jm1= 64. (m/a)2.a.t3 [cm4 ], para t/a ≤ 1,41. (k)1/2

Jm2= 128.m 2.a.t.c [cm4 ], para t/a >>>>> 1,41. (k)1/2

�m� e �a� em [m]t = espessura de Regra da chapa na qual o perfil está associado, em [cm]c = 1,0, para o aço naval comumc = σy /235 para o aço naval de alta resistência, onde:σy = limite de escoamento superior mínimo, em [N/mm2 ]

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2.7 - RIGIDEZ DAS CAVERNAS E VIGAS GIGANTES

O momento de inércia dos vaus gigantes e sicordas, bem como de vigas gigantes que estão apoiandooutras vigas gigantes, não deve ser menor que: J = c.W. m [cm4 ]

c = 4,0, se ambas as extremidades estão simplesmente apoiadasc = 2,5, se uma ou ambas as extremidades estão engastadasW = módulo de seção do elemento estrutural considerado, em [cm3]m = vão, sem apoio, do elemento estrutural considerado, em [m].

2.8 - DETALHES DE CONSTRUÇÃO

2.8.1 - Elementos longitudinais

2.8.1.1 - Continuidade

Todos os elementos longitudinais tomados em consideração para o cálculo do módulo de seção daseção-mestra, devem ser contínuos ao longo do comprimento exigido a meia-nau e serem gradualmentereduzidos até às espessuras finais exigidas.

2.8.1.2 - Descontinuidades de Resistência

Devem, tanto quanto possível, ser evitadas as descontinuidades bruscas de resistência dos elementoslongitudinais. Devem ser estabelecidas transições suaves onde os elementos longitudinais de escantilhõesdiferentes são conectados uns com os outros.

2.8.1.3 - Borboletas Terminais de Transição

Nas extremidades das anteparas longitudinais devem ser instaladas borboletas terminais de transiçãode dimensões adequadas.

2.8.2 - Elementos estruturais gigantes

2.8.2.1 - Descontinuidades de Resistência

Quando vigas gigantes montadas no mesmo plano estão conectadas umas com as outras, devem serevitadas grandes descontinuidades de resistência. A altura da alma da viga menor deve, em geral, nãoser inferior a 60% da altura da alma maior.

2.8.2.2 - Transição entre Barras-face

A transição entre as barras-face com dimensões diferentes deve ser gradual. Em geral, a transição nãodeve exceder 1:3. Nas interseções, as forças atuando nas barras-face devem ser apropriadamente transmi-tidas.

2.8.2.3 - Apoio das Extremidades das Barras-face

De modo a permitir a transmissão das forças atuantes, as barras-face devem ter suas extremidadesapoiadas nas quinas. Para o apoio das barras-face dos cantilevers, ver fig. 2.5.Mediante aprovação do BC, os reforços das almas nas quinas podem ser omitidos, caso o ângulo daquina seja maior que o valor de a min obtido das seguintes fórmulas:

α min = 180 - β; sen β = (0,65.σy . ts)/ (σ.b.c)

σy = tensão de escoamento superior mínima do material, [N/mm2]ts = espessura da alma, em [mm]σ = tensão normal na barra-face, em [N/mm2]b = largura da barra-face, em [mm]

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c = 1,5, para barra-face simétricac = 3,0, para barra-face não simétrica

Caso sen β resulte um valor superior a 1, não é necessário reforço na alma.

2.8.2.4 - Barras-face dos Cantilevers de Configuração Arredondada

As barras-face dos cantilevers de configuração arredondada devem ser fixadas conforme mostrado naFig. 2.6, isto é, as borboletas contra flambagem devem ser montadas na metade do comprimento doarco e no ponto de transição entre a parte reta e a arredondada da barra-face.

Figura 2.5

2.8.2.5 - Reforços ou Borboletas Contra Flambagem

Para evitar que as barras-face flambem, devem ser colocados reforços ou borboletas contra flambagemadequadamente espaçados. O espaçamento destes elementos contra flambagem não deve exceder12.b (b = largura da barra-face).

F igura 2.6

2.8.2.6 - Reforços das Almas - As almas devem ser reforçadas para evitar a flambagem (ver também 6)

2.8.2.7 - Furos de Alívio

A localização dos furos de alívio deve ser de forma que a distância entre a borda do furo até a barra-face

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS............................................................ SEÇÃO 2

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não seja menor que 0,3 vezes a altura da alma. Na região de elevadas tensões de cisalhamento, os furosde alívio nas almas devem ser evitados tanto quanto possível.

2.8.3 - Quinas no Teto do Fundo Duplo

As quinas no teto do fundo duplo devem ser conforme mostrado na Fig. 2.7

Figura 2.7

2.9 - AVALIAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE TENSÕES

As tensões concentradas devido a aberturas relativamente pequenas em conveses, anteparas, gigantes,etc., devem, em geral, atender ao seguinte critério:

σσσσσk ≤≤≤≤≤ f. σσσσσy

f = 1,0 para aço naval comumf = 0,9 para aço de alta resistência

Onde as concentrações de tensões não são avaliadas pela análise dos elementos finitos, elas podemser determinadas pela multiplicação da tensão básica com o fator de entalhe k. Para vários tipos deaberturas, os fatores de entalhe são dados nas Figuras 2.8 e 2.9.

2.10 - MARGENS PARA CORROSÃO E CONTROLE DA CORROSÃO

2.10.1 - Margens para Corrosão

2.10.1.1 - Requisitos para os Escantilhões

Os requisitos para os escantilhões das Seções 2.10.1.2 até 2.10.2.4 exigem as seguintes margens paracorrosão tk:

t� [mm] tk [mm]

t� ≤ 10 1,5

10 < t 0,1. t�+ 0,5; máximo 4,0 mm

t� = espessura do material requerida pela Regra, excluindo tk

2.10.1.2 - Conveses Limítrofes de Tanques

Para os conveses limítrofes de tanques, e tetos de tanques, tk ≥ 2,5mm

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS ............................................................ SEÇÃO 2

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2.10.1.3 - Estruturas em Espaços Secos

Para estruturas em espaços secos, a margem para corrosão será a metade da obtida em 2.10.1.1, masnão inferior a 1 mm.

Figura 2.8 � Fator de entalhe ak para aberturas arredondadas

2.10.2 - Controle de Corrosão

2.10.2.1 - Autorização para Redução da Espessura do Material - Quando for adotada uma proteçãoefetiva contra a corrosão, pode ser dada a autorização para a redução da espessura do material dosseguintes valores ! tk:

a) ambos os lados protegidos: ! tk = tk ; max. 2 [mm]b) apenas um lado protegido : ! tk = 0,5 . tk ; max. 1 [mm]

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS............................................................ SEÇÃO 2

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2.10.2.2 - Indicações nos Desenhos

Nos desenhos submetidos à aprovação, devem ser indicadas a espessura requerida pelas Regras e aredução de espessura devido à proteção. Deve ser submetido, juntamente com o desenho, a descriçãodo sistema de proteção. Estes documentos devem permanecer a bordo da embarcação.

2.10.2.3 - Redução de Espessura para Elementos Estruturais Sujeitos a Tensões de Compressão

A redução de espessura para elementos estruturais submetidos a tensões de compressão só é permis-sível caso seja comprovada adequada resistência à flambagem, conforme definido em 2.6.1.4.

Figura 2.9 - Fator de entalhe αk para aberturas retangularescom cantos arredondados

TOMO II - DIMENSIONAMENTO E DETALHESESTRUTURAIS ............................................................ SEÇÃO 2

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SEÇÃO 3

CARREGAMENTO DE PROJETO

3.1 - GENERALIDADES

Esta Seção contém informação referente aos carregamentos de projeto para a determinação dosescantilhões do casco. A menos que de outra forma estabelecida nas Seções seguintes, os carrega-mentos dados nesta Seção devem ser utilizados nas fórmulas das Seções seguintes ou em cálculos deresistência.

3.1.1 - Centro de Carregamento - Define-se o Centro de Carregamento da seguinte maneira:

a) Para chapa horizontal : é a superfície da chapa situada entre os reforços;b) Para chapa não horizontal, com reforços horizontais: é o espaçamento entre os reforços, situado

acima do suporte inferior da chapa, ou da borda inferior da chapa onde ocorreu variação na suaespessura;

c) Para chapa com sistema de reforço vertical: é o ponto médio da superfície da chapa, ou seja, situadoa meia altura entre os suportes da chapa; e

d) Para enrijecedores e vigas: é o centro do vão m .

3.2 - CARREGAMENTO EXTERNO DEVIDO AO MAR

3.2.1 - Carregamento em Convés Exposto - Devem ser tratados como conveses expostos todos osconveses possíveis de serem atingidos pelas águas do mar conforme definido na Seção 1, item 1.6. Paraos conveses expostos de superestruturas e casarias, ver o item 3.2.4.

3.2.1.1 - Fórmula

O carregamento dos conveses expostos deve ser determinado pela seguinte fórmula:

L . H . caPD = 2,373 ������������ [kN/m2 ]

D . (10 + z )

L = comprimento, em [m]H = calado, em [m]D = pontal, em [m]z = distância vertical entre o convés exposto e a linha d�água do calado máximo, em m]ca = coeficiente adimensional obtido da seguinte tabela, e conforme mostrado na Figura 3.1

Posição longitudinal do convés ca

R 0 ≤ x /L ≤ 0,1 1,1

NM 0,1 ≤ x /L ≤ 0,8 1,0

V 0,8 ≤ x /L ≤ 1,0 (2,5 . x / L) - 1

x = distância do convés, a partir da perpendicular a ré (PPAR), em [m].

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3.2.1.2 - Conveses Resistentes e do Castelo

Em conveses resistentes que também são conveses expostos, e nos conveses do castelo, o carrega-mento não pode ser inferior a:

PDmin = 8 [kN/m2]

3.2.1.3 - Transporte de Carga que Cause Carregamento Superior ao Padrão

a) Caso no convés exposto seja previsto o transporte de carga que resulte em carregamento superior aodeterminado em 3.2.1.1, os escantilhões devem ser determinados pelo carregamento maior (ver, tam-bém, 3.3).

b) Para cargas transportadas no convés com altura de estiva inferior a um metro, pode ser requerido umaumento, no carregamento do convés, do seguinte valor:

pz = 10 (1 - hs ) [kN/m2 ]

hs = altura de estiva da carga, em [m]

Figura 3.1

3.2.2 - Carregamento nos Costados do Navio

O carregamento externo ps, sobre os costados do navio, deve ser determinado de acordo com asseguintes fórmulas:

a) Para elementos cujos Centros de Carregamento estão localizados abaixo do calado da linha d�águade verão (LWL), o maior dos dois seguintes valores:

Z 2ps = 10 . z2 + 0,2373 . (1 � ����� + b) . L [kN/m2]

2.H

ps = 0,2373 (1 + b) L . χ χ χ χ χ [kN/m2]

b) Para elementos cujos Centros de Carregamento estão localizados acima do calado da linha d�água deverão:

10ps = 0,2373 (1 + b) ������� . L . χ χ χ χ χ [KN/m2]

10 + z 1

Nas fórmulas acima:L = comprimento, em [m]LWL = linha d�água correspondente ao maior calado H, ou calado de verãoz1 ,z2 = distância vertical, em [m], entre LWL e o Centro de Carregamento do elemento, z1, acima da

LWL e z2, abaixo de LWLb = obtido da tabela abaixo, onde x é o mostrado na Fig. 3.1

TOMO II - CARREGAMENTOS DE PROJETO .............. SEÇÃO 3

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Posição longitudinal b OBS

0 ≤ x /L ≤ 0,2 1 - 5 x/L *

0,2 < x /L < 0,8 0

0,8 ≤ x /L ≤ 1,0 10 (x/L - 0,8) **

* b não necessita ser superior a 0,5** b não necessita ser superior a 1,5

χ = coeficiente para a inclinação das cavernas, aplicável somente na região de proa onde 0,8 ≤ x/L ≤ 1,0.É obtido da seguinte maneira (ver Fig.3.2):

ααααα χχχχχ

α ≤ 18° 1,0

18°< α ≤ 30° 0,9 + tan2 α

α > 30° 0,73 + 1,5 tan2 α

Figura 3.2

3.2.3 - Carregamento no Fundo da Embarcarção

O carregamento externo pB, no fundo da embarcação, deve ser determinado pela fórmula:

pB = 10 . H + 0,2373 . L . (0,5 + b) [KN/m2]

H = calado, em [m]L = comprimento, em [m]b = obtido em 3.2.2

3.2.4 - Carregamento Sobre os Conveses da Superestrutura e Casarias

O carregamento sobre os conveses expostos e parte dos conveses expostos de superestruturas e

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casarias deve ser determinado como segue:

PDA = PD . n [KN/m2]

PD = carregamento de acordo com 3.2.1.1n = (1 - h/10), n min = 0,5n = 1,0, para o convés do casteloh = altura do convés acima do pontal D, em [m].

Para conveses de casarias, o valor assim determinado pode ser multiplicado pelo fator

b�(0,7 . ��� + 0,3)

B�

b� = largura da casaria, em [m]B� = maior boca do navio na posição considerada, em [m]

Exceto para convés do castelo, o carregamento mínimo é:

PDAmin = 4 [KN/m2]

Para conveses expostos do tijupá, o carregamento não deve ser menor que:

p = 2,5 [KN/m2]

3.3 - CARREGAMENTOS DEVIDO ÀS CARGAS TRANSPORTADAS E CARREGAMENTO EM CONVESESDE COMPARTIMENTOS HABITÁVEIS

3.3.1 - Carregamento Sobre Conveses de Carga

3.3.1.1 - Fórmula

O carregamento sobre os conveses de carga deve ser determinado pela seguinte fórmula:

pL = pC . (1 + a V ) [KN/m2]

pC = carregamento previsto devido à carga, em [KN/m ]. Caso não se tenha o peso previsto da carga, deve-se adotar, para conveses intermediários, p = 7.h, sendo que p não pode ser inferior a 15 [KN/m2]

h = altura média do convés intermediário, em [m]. Na região das tampas de escotilha, deve-se levarem consideração o aumento da altura da carga.

a V = fator adimensional da aceleração, obtido da seguinte maneira:

a V = F . m

F = 0,11 .vo / (L)1/2

vo = velocidade máxima da embarcação em águas tranquilas, em [nós]; vo não pode ser tomado comvalor menor que ( L ) 1/2 [nós]

L = comprimento, em [m]m = coeficiente fornecido na tabela abaixo, onde x é a variável definida em 3.2.1.1, ou seja, é a

distância horizontal da PPAR até o centro de gravidade do porão de carga.

Posição do CG do porão m

0 ≤ x /L ≤ 0,2 mo - ( mo - 1) 5. x/L

0,2 ≤ x /L ≤ 0,7 1,0

0,7 ≤ x /L ≤ 1,0 m1 - 1 x

1 + . ( � 0,7) 0,3 L

mo = (1,5 + F) m1 = (3,5 + F)

TOMO II - CARREGAMENTOS DE PROJETO .............. SEÇÃO 3

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3.3.1.2 - Carga de Madeira e Coque

Para a carga de madeira e coque, o carregamento sobre o convés deve ser determinado pela seguintefórmula:

p L = 5 . h s . (1 + a V) [ KN/m2 ]

h s = altura de estiva da carga, em [ m ]a V = fator da aceleração definido em 3.3.1.1

3.3.1.3 - Cargas Concentradas

O carregamento devido a cargas concentradas p (por exemplo, no caso de containers), deve ser de-terminado como segue:

p = pE (1 + a V) [KN]

a V = fator da aceleração definido em 3.3.1.1

3.3.1.4 - Pressão Horizontal de Carga a Granel no Convés

A pressão horizontal de carga no convés devido a carga a granel deve ser obtida da seguinte fórmula:

pLh = ph ( 1 + a V) [ KN/m2 ]

ph = 9,81 . ρ . h . n [ KN/m2 ]ρ = densidade da carga estivada, em [ t/m3 ]h = altura do ponto mais alto da carga, apartir do convés, em [m], supondo que o porão esteja

completamente cheion = tg2 (45° - ϕ /2)ϕ = ângulo de repouso da carga em graus

3.3.2 - Carregamento Sobre o Teto do Fundo Duplo

O carregamento no teto do fundo duplo deve ser determinado como segue:

G p i = 9,81 . ��� . h . ( 1 + a V ) [ KN/m2 ]

V

G = peso da carga no porão, em [t]V = volume do porão, em [m3 ], excluindo escotilhash = altura do ponto mais alto da carga acima do teto do fundo duplo, em [m], supondo que o porão

esteja completamente cheioa V = fator da aceleração definido em 3.3.1.1; para a sua obtenção, considera-se �x� como a distância

horizontal da perpendicular a ré até o centro de gravidade do porão.

3.3.2.1 - Minério Estivado em Forma Cônica

Para o carregamento de teto do fundo duplo com minério estivado em forma cônica, o carregamento pdeve ser acordado junto ao BC. Deve ser consultada também a Seção relativa aos reforços para em-barcações de carga pesada, graneleiros e mineraleiros, na parte relativa a carregamentos em porõesque permanecem parcialmente vazios.

3.3.3 - Carregamento Sobre os Conveses de Compartimentos Habitáveis (alojamentos,compartimentos de serviço, etc.)

O carregamento do convés em áreas de alojamento e de serviços é:

TOMO II - CARREGAMENTOS DE PROJETO .............. SEÇÃO 3

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p = 3,5 . (1 + a V) [ KN/ m2 ]

a V = fator de aceleração definido em 3.3.1.1

3.3.3.1 - Carregamento em Conveses de Compartimentos de Máquinas

O carregamento em conveses de compartimentos de máquinas é:

p = 8 . (1 + a V) [ KN/m2 ]

a V = fator de aceleração definido em 3.3.1.1

3.3.3.2 - Forças Concentradas Devido a Equipamentos Instalados

Forças concentradas devido a equipamentos instalados, etc., também devem ser consideradas em 3.3.3e 3.3.3.1.

3.4 - CARREGAMENTOS NAS ESTRUTURAS DE TANQUES

3.4.1 - Pressão de Projeto para Tanques Cheios

A pressão de projeto para condições de serviço é o maior dos seguintes valores:

p1 = 9,81. h1. ρ ρ ρ ρ ρ . (1+aV) + 100 pV [ KN/m2 ] , ou

p1 = 9.81. ρρρρρ . [h1. cos 20°+ (b/2 + y) . sen 20°] + 100 pV [ KN/m2 ]

h1 = distância do centro de carga ao topo do tanque, em [m]ρ = densidade do líquido, em [ t/m3 ]ρ = 1,0 [ t/m3 ], para água doce e água do mara V = fator da aceleração, definido em 3.3.1.1b = largura do tanque, em [m]y = distância do centro de carga ao plano vertical longitudinal do tanque, em [m]p V = pressão de ajuste da válvula de alívio de pressão, se a válvula de alívio de pressão for coloca-

da, em [bar]p V min = 0,2 [bar] (= 2,0 [mca]), para tanques de carga de petroleiros (consulte, também, o BC a res-

peito deste carregamento).

3.4.1.1 - Máxima Pressão Estática de Projeto

A máxima pressão estática de projeto é:

p2 = 9,81 . h2 [KN/m2]

h2 = distância do centro de carga ao topo do transbordo ou do ponto a 2,5m acima do topo do tan-que, aquele que for maior. Tubos de suspiro dos tanques de carga dos petroleiros não devem serconsiderados como tubos de transbordo.

Para tanques equipados com válvula de alívio de pressão e/ou para tanques destinados ao transportede líquidos de densidade superior a 1t/m3, a altura h2 é, pelo menos, medida ao nível da seguinte dis-tância hp, acima do topo do tanque:

hp = 2,5 . ρρρρρ [m ca (coluna d�água em m)], ou

h p = 9,81. pV [m ca], onde pV > 0,25.r

p V = pressão, definida em 3.4.1, em [ KN/m2 ]

TOMO II - CARREGAMENTOS DE PROJETO .............. SEÇÃO 3

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3.4.2 - Pressão de Projeto para Tanques Parcialmente Cheios

Para tanques que podem ser enchidos parcialmente entre 20% e 90% da sua altura, a pressão de projetonão deve ser menor que:

200 pd = ( ��� + 1). f. ρρρρρ + 100. pV [ KN/m2 ]

L

L = comprimento da embarcação, em [m]f = comprimento livre do tanque (medido no sentido longitudinal da embarcação), em [m], para o

projeto dos membros estruturais das anteparas transversais limítrofes do tanque.f = boca livre do tanque (medido, portanto, transversalmente à embarcação), em [m], para o projeto

dos membros estruturais das anteparas longitudinais limítrofes do tanquef = o maior dos dois valores anteriores, para o projeto do piso horizontal e teto, limítrofes do tanque.

O valor de f é a distância entre anteparas limítrofes ou entre elas e anteparas-diafragmap V = pressão, definida em 3.4.1, em [KN/m2]

3.5 - VALORES DE PROJETO PARA COMPONENTES DE ACELERAÇÃO

3.5.1 - Componentes de Aceleração

As fórmulas seguintes podem ser tomadas como base para o cálculo dos componentes de aceleraçãodevido aos movimentos do navio. Para navios de 50 m de comprimento e acima, as fórmulas são base-adas em um nível de probabilidade Q = 10-B

a) Aceleração vertical

1,5

B

22 )C0,6(0,45)

Lx()

L45(5,31o.z aa −−+±=

b) Aceleração transversal

22 )Bz0,6.kk.(10,45)-

Lx2,5.(0,6o.y aa +++±=

c) Aceleração longitudinal

B2

C0,6

)Lz

51200

L(0,7Aonde;A.25,0A0,06o.x aa ⋅+−=−+±=

Os componentes de aceleração consideram os seguintes componentes de movimento:1- Aceleração vertical (vertical à linha de base) devido à arfagem, caturro e jogo.2- Aceleração transversal (vertical ao costado do navio) devido ao jogo, caturro, guinada e deriva, incluin-

do a componente da gravidade do jogo.3- Aceleração longitudinal (na direção longitudinal) devido ao avanço e caturro, incluindo a componente

da gravidade do caturro.

ax, ay e az são as acelerações máximas adimensionais (isto é, relativas à aceleração da gravidadeg) nas respectivas direções x, y e z. Para finalidades de cálculo, elas devem ser consideradas atuandoseparadamente.

x = distância, partindo da perpendicular de ré, em [m] (ver 3.2.1.1)z = distância vertical da linha d�água do navio até o centro de gravidade do elemento considerado, em

[m], com sinal positivo, acima da linha d�água e sinal negativo, abaixo da linha d�água.ao = 0,2 . Vo / \/L + 0,2373L = comprimento da embarcação, em [m]vo = velocidade máxima em águas tranquilas, em [nós]

TOMO II - CARREGAMENTOS DE PROJETO .............. SEÇÃO 3

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k = 13.GM/BB = boca da embarcação, em [m]GM = altura metacêntrica, em [m]k min = 1,0C B = coeficiente de bloco (ver 1.6.6)

3.5.2 -Aceleração Combinada

Aceleração combinada ab em uma direção dada, pode ser determinada por meio da elípse de acelera-ção conforme Fig. 3.3 (por exemplo, plano y - z).

Figura 3.3

TOMO II - CARREGAMENTOS DE PROJETO .............. SEÇÃO 3

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SEÇÃO 4

RESISTÊNCIA LONGITUDINAL

4.1 - GENERALIDADES

4.1.1 - Aplicabilidade desta Seção

Para embarcações das categorias I até IV, de acordo com 4.1.2, os escantilhões da estrutura longitudi-nal do casco devem ser determinados em função do cálculo de resistência longitudinal. Para embarca-ções que não pertençam a estas categorias, ou seja, em geral para navios de comprimento inferior a 65metros, a área da seção transversal do convés resistente na região de 0,4L, a meia-nau, deve serdeterminada de modo a obedecer aos requisitos estabelecidos em 4.3.2, para o valor mínimo do módulode seção na seção-mestra.

4.1.2 - Categorias de Embarcações

Para fins de aplicação desta Seção, definem-se as seguintes categorias de embarcações:Categoria I - Todas as embarcações contendo grandes aberturas no convés, de acordo com 4.6.1.2,independentemente de seu comprimento.Categoria II - Embarcações que eventualmente poderão transportar carga não homogênea, onde acarga e o lastro poderão estar não uniformemente distribuídos. Embarcações cujo projeto leva em contauma distribuição não uniforme de carga ou de lastro, pertencem à Categoria IV.Categoria III - Navios-tanque para produtos químicos ou para gás liquefeito. Se possuírem comprimentoinferior a 65 metros, e seu projeto levar em conta uma distribuição não uniforme de carga ou de lastro,pertencerão à Categoria IV.Categoria IV - Embarcações cujo arranjo permite apenas pequenas variações na distribuição de cargae de lastro, como por exemplo, embarcações de passageiros e embarcações previstas para um padrãode serviço fixo e regular, e cujo Manual de Carregamento (ver 4.1.6) fornece informações suficientes.Além disto, nesta categoria estão abrangidas as exceções mencionadas para as Categorias II e III.

4.1.3 - Simbologia

k = fator de material, de acordo com a Seção 2 (Item 2.1.4)C*B = Coeficiente de bloco da condição real de carregamento ou lastro considerado.CB = Coeficiente de bloco, definido na Seção 1, 1.6x = distância, em [m], entre PPAR e a posição na qual deve ser calculado o momento fletor e/ou

a força cortantevo = velocidade máxima do navio, em [nós], para o calado máximo em águas tranquilasJy = momento de inércia da seção mestra, em [m4 ], em relação ao eixo horizontaleB = distância, em [m], entre o eixo neutro da seção mestra e a linha de baseeD = distância, em [m], entre o eixo neutro da seção mestra e o convés ao ladoWB = módulo da seção mestra, em [m3 ], relativo à linha de baseWD = módulo da seção mestra, em [m3 ], relativo ao convés ao ladoS = primeiro momento da área seccional considerada, em [m3 ], relativo ao eixo neutroMT = momento fletor total no mar, em [kN . m]MSW = momento fletor em águas tranquilas, em [KN . m], na condição de lastro e/ou carregamento

consideradoMWV = momento fletor vertical devido a onda, de acordo com 5.2.2, em [kN . m] (sinal positivo para

alquebramento, negativo para tosamento)QT = força cortante total no mar, em [kN]

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

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QSW = força cortante em águas tranquilas, em [kN], na condição de lastro e/ou carregamento consi-derado

QW = força cortante devido a onda, em [KN]σP = tensão longitudinal admissível, em [N/mm2]τP = tensão de cisalhamento admissível, em [N/mm2].L = comprimento da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]B = boca da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]D = pontal da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]H = calado da embarcação (ver Seção 1, 1.6), em [m]

4.1.4 - Cálculo de Momentos Fletores em Águas Tranquilas e de Forças Cortantes em ÁguasTranquilas

Para as condições de lastro e carregamento considerados, deve ser feito o cálculo dos momentosfletores em águas tranquilas. Em caso de uma distribuição não uniforme de carga ou de lastro deve serdeterminada, também, a curva das forças cortantes em águas tranquilas.

4.1.4.1 - Condições de Carregamento

O cálculo dos momentos fletores e das forças cortantes em águas tranquilas deve ser executado para asseguintes condições de carregamento:a) Condição de início de viagemb) Condição de final de viagem; ec) Condições intermediárias

Para a determinação dos escantilhões da estrutura longitudinal, devem ser utilizados os valores máxi-mos em águas tranquilas dos momentos fletores e das forças cortantes, calculados para as condiçõesde carregamento a), b), c). Ver também 4.1.5

4.1.5 - Condições de Carregamento

4.1.5.1 - Condições Básicas

Em geral, devem ser investigadas as seguintes condições de carregamento:- distribuição homogênea de carga;- distribuição desigual (alternada) de carga (se prevista);- condições de lastro (leve, carregado);- condições de carregamento no porto;- embarcação flutuando pronta para a docagem; e- condições transitórias durante o descarregamento ou o carregamento;

4.1.5.2 - Embarcações de Carga Seca, Graneleiros, Ferries, Ro-Ro, etc.

- condições especiais de carregamentos, tais como �containers�, cargas no convés, carregamento leve,etc., onde aplicável; e

- condições de carregamento para rotas especiais

4.1.5.3 - Petroleiros

- condições relativas à limpeza de tanques ou outras condições de operação que diferem significativa-mente das condições de lastro.

4.1.5.4 - Embarcações-Tanque para Produtos Químicos

- as mesmas condições dos petroleiros, onde aplicável;- condições de carregamento de carga de alta densidade ou de carga aquecida; e- condições para carregamentos de carga segregada.

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

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4.1.5.5 - Embarcações Transportadoras de Gás-Liquefeito

- as mesmas condições dos petroleiros, onde aplicável;- condições de tanques parcialmente cheios;- condições onde produtos de densidades significativamente diferentes são transportados simultanea-

mente; e- condições de porto para as quais tenha sido aprovada uma alta pressão de vapor.

4.1.5.6 - Outros Tipos de Embarcações e Embarcações Especiais

Para outros tipos de embarcações e para embarcações especiais, pode ser exigido que outras condi-ções de carregamento, de acordo com o serviço pretendido, sejam investigadas.

4.1.5.7 - Embarcações de Projeto de Formas Não Convencionais ou com Grandes Aberturas noConvés

Embarcações de projeto e de formas não convencionais ou possuindo grandes aberturas no convéspoderão exigir uma análise complexa de tensões, a ser realizada pelo Bureau Colombo.

4.1.6 - Instruções para Carregamento

4.1.6.1 - Aprovação do Manual de Carregamento

Um Manual de Carregamento deverá ser preparado e submetido à aprovação do Bureau Colombo, paraos navios de categorias de I até IV, conforme definido em 5.1.2. Este Manual deverá ser fornecido aocomandante d a embarcação, de modo a lhe transmitir uma orientação de como carregar e lastrar aembarcação, de maneira a não comprometer a sua segurança. Todas as informações constantes doManual definitivo, a ser entregue ao comandante, devem ser baseadas nos dados finais da embarcação.

4.1.6.2 - Conteúdo do Manual de Carregamento

O Manual de Carregamento deve conter as seguintes informações:- as condições de carregamento, de início e de final de viagem, que foram utilizadas para o projeto da

embarcação;- dados sobre os valores admissíveis de momento fletor em águas tranquilas, forças cortantes em

águas tranquilas e, onde aplicável, limitações devido aos esforços torsionais e laterais (como, porexemplo, para embarcações com grandes aberturas de convés, de acordo com 4.6.1.1, e cargaslaterais devido a cargas dinâmicas ocasionadas pela massa do carregamento atuando na direçãotransversal à embarcação, bem como cargas dinâmicas torsionais; estas cargas devem ser conside-radas na determinação dos momentos fletores em águas tranquilas);

- dados adicionais sobre os momentos fletores em águas tranquilas e sobre as forças cortantes emáguas tranquilas, conforme definido em 4.1.4 e 4.1.5); e

- dados sobre os carregamentos locais permitidos, como por exemplo, nos conveses, no teto do fundoduplo e nas escotilhas.

4.1.6.3 - Instrumento de Medição de Carregamento

Para as embarcações das categorias I, II e III (ver 4.1.2) deverá, além do Manual de Carregamento, e acritério do Bureau Colombo, ser submetido também um Instrumento de Medição de Carregamento que,por meio digital (programa de computador) ou analógico, permita ao comandante da embarcação verificarrapidamente, a partir de valores de carregamento medidos a bordo, que não estão sendo excedidos osvalores admissíveis para o momento fletor em águas tranquilas, para a força cortante em águas tranqui-las, e para as cargas laterais e torsionais em águas tranquilas, quando aplicável, em qualquer condiçãode carregamento ou lastro.A quantidade e a posição dos pontos de medição de carregamento, bem como os valores admissíveisacima mencionados deverão ser submetidos ao Bureau Colombo.

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4.2 - MOMENTOS FLETORES LONGITUDINAIS VERTICAIS E FORÇAS CORTANTES VERTICAIS

4.2.1 - Momentos Fletores Longitudinais Verticais

Os momentos fletores totais longitudinais, no mar, devem ser determinados de acordo com a seguintefórmula:

M T = MSW + M Wv [kN . m]

4.2.2 - Momentos Fletores Verticais Devido a Onda

4.2.2.1 - Momento Fletor Vertical a Meia - Nau

O momento fletor vertical, a meia-nau, devido a onda, deve ser determinado através da seguinte fórmula:

MWv = 0,0203 . c1 . L3 . B [kN . m]

c1 = 0,25 (C*B + 0,7), em alquebramentoc1 = 0,27 (C*B + 0,7), em tosamentoC*B não pode ser tomado com valor inferior 0,6

4.2.2.2 - Distribuição do Momento Fletor Sobre o Comprimento L

O momento fletor, em onda, deve ser distribuído sobre o comprimento L de acordo com as seguintesfórmulas:

M W v(x) = M W v .C M

O fator CM está plotado na Fig. 4.1

0,60>Lxpara

0,40L

x-1=C

00,6Lx0,45para1=C

0,45<Lxpara

0,45L

x=C

M

M

M

Figura 4.1

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

≤ ≤

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4.2.2.3 - Navios de forma ou projeto não convencionais ou com velocidade v igual ou superiora 1,6.(L)1/2

Para navios de forma ou projeto não convencionais, e para navios com velocidade v ≥ 1,6.(L)1/2, o BureauColombo pode exigir um procedimento de cálculo especial para a determinação do momento fletorvertical devido a onda, bem como para a sua distribuição ao longo do comprimento, em que serãolevados em conta, inclusive, os movimentos de arfagem e caturro.

4.2.3 - Forças Cortantes Verticais

A força cortante vertical, no mar, na respectiva seção x considerada, deve ser determinada pela seguintefórmula:

Q T(x) = Q SW(x) + Q W(x) [kN]

Q SW(x) e Q W(x) devem ser somados independentemente de seus sinais.

4.2.4 - Forças Cortantes Verticais Devido a Onda

4.2.4.1 - Fórmula

A força cortante vertical devido a onda deve ser determinada pela seguinte fórmula: ___

M WvQ W (x) = ����� CQ [k N]

L ___M Wv = valor médio absoluto dos momentos fletores devido a ondas nas condições de alquebramento e

tosamento, em [kN . m] a meia nau, conforme calculado por 4.2.2CQ = fator de distribuição ao longo do comprimento para a força cortante devido a onda, obtido da Fig.

4.2, em função de x/L

Figura 4.2

4.2.4.2 - Navios de Projeto e Formas Não Convencionais

Para navios de projeto e formas não convencionais, o Bureau Colombo poderá exigir um procedimentode cálculo especial para as forças cortantes verticais devido a onda.

4.3 - MÓDULOS DE SEÇÃO E MOMENTOS DE INÉRCIA

4.3.1 - Módulo Mínimo da Seção - Mestra em Função dos Momentos Fletores Longitudinais

4.3.1.1- Exigências

A exigências definidas em 4.3.1.3, 4.3.2 e 4.3.3, para os módulos da seção-mestra geralmente se

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aplicam a todas as seções transversais, dentro de 0,4.L a meia-nau. Se, entretanto, o cálculo dosmomentos fletores longitudinais mostrar que a faixa dos momentos fletores longitudinais máximos totaisexcede 0,4.L a meia-nau, as exigências de 4.3.1.3 também devem ser aplicadas para as seções fora de0,4.L, onde ocorra aquele momento fletor máximo.

4.3.1.2 - Casos Especiais

Em casos especiais (navios sem corpo paralelo, por exemplo) poderão ser admitidas exceções aoestabelecido em 4.3.1.1, desde que se prove que em nenhuma seção da embarcação esteja sendoexcedida a tensão longitudinal admissível σ p .

4.3.1.3 - Módulo de Seção na Seção - Mestra Relativo ao Convés ou ao Fundo

O módulo da seção-mestra relativo ao convés ou ao fundo não deve ser menor que:

W = 10-3 . MT / σp [m3]

MT = valor absoluto do momento fletor total máximo no mar em [kN . m] dentro de 0,4 L a meia nauconforme 4.2.1

σp = 15. L1/2 / K [N/mm2 ]

4.3.2 - Módulo Mínimo da Seção-Mestra Relativo ao Convés ao Lado e ao Fundo

O módulo da seção-mestra relativo ao convés ao lado e ao fundo não pode ser menor que o seguintevalor:

W min = 0,95.k.C.L2 .B.(CB + 0,7).10-6 [m3 ]

C = 10,75 - [(300 - L)/100] 1,5 , para L ≥ 90 [m]C = (L/25) + 4,1, para L < 90 [m]CB = não pode ser tomado com valor inferior a 0,6

4.3.3 - Momento de Inércia da Seção-Mestra

O momento de inércia da seção-mestra em relação ao eixo horizontal não deve ser menor que:

J = 3.10-2.W.L/k [m4]

W deve obedecer a 4.3.1.3 e a 4.3.2

4.3.4 - Cálculo do Módulo da Seção-Mestra

4.3.4.1 - Fórmulas

O módulo de seção do fundo WB e o módulo de seção do convés WD devem ser determinados pelasseguintes fórmulas:

J Y J YWB = ���� [m3] WD = ���� [m3]

eB eD

Condutos contínuos e braçolas de escotilhas longitudinais podem ser considerados na determinação domódulo de seção da seção-mestra, desde que eles sejam eficazmente suportados por anteparas longi-tudinais ou sicordas bem reforçadas. O módulo ideal de seção do convés deve, então, ser determinadopela seguinte fórmula:

J YW�D = ��� [m3 ]

e� D

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e� D = z . (0,9 + 0,2 . y/B) [m]

z = distância, em [m], a partir do eixo neutro da seção-mestra até o topo do elemento estruturalcontínuo.

y = distância, em[m], a partir da linha de centro até o topo do elemento estrutural longitudinalcontínuo.

Deve ser estabelecido que e�D > eD .Para navios com escotilhas múltiplas, ver 4.3.5

4.3.4.2 - Áreas Seccionais Consideradas

No cálculo do módulo da seção-mestra, devem ser levadas em consideração as áreas seccionais detodos os elementos longitudinais contínuos. Grandes aberturas com comprimento acima de 2,5m oulargura acima de 1,2m, devem ser deduzidas das áreas seccionais utilizadas no cálculo do módulo deseção. O mesmo prevalece para os recortes, quando é aplicada soldagem com escalope. Aberturasmenores (portas de visita, furos de alívio, recortes para drenagem e escalopes para soldagem de bainhaslongitudinais de chapas) não necessitam ser deduzidas, quando a soma das suas larguras e da largurade suas áreas de sombra não reduza o módulo de seção no convés e no fundo em mais de 3%, e desdeque a sua altura em elementos longitudinais não exceda 25% da altura da alma do elemento paraescalopes (além disto, a altura máxima destes é 75mm).A soma, sem dedução, de aberturas menores em uma seção transversal na área do fundo ou do convésde 0,06 (B - b) (onde b = largura total das grandes aberturas) pode ser considerada equivalente à reduçãoacima no módulo de seção em 3%. A largura da área de sombra será obtida desenhando-se duas linhastangentes com um ângulo de abertura de 30 graus (vide Fig. 4.3).No caso de aberturas maiores podem ser exigidos reforços locais, reforços estes que serão tratadosindividualmente nas Seções seguintes.

Figura 4.3

4.3.4.3 - Limite de Redução do Módulo da Seção-Mestra

Tendo sido reduzidas as espessuras de elementos longitudinais contínuos do flange superior e inferiorque servem como limites de tanques de óleo e lastro, por ter sido adotado um sistema efetivo de proteçãocontra corrosão, esta redução do módulo da seção-mestra não poderá reduzi-lo em mais de 8%.

4.3.4.4 - Embarcações com Mais de Uma Escotilha na Mesma Seção

4.3.4.4.1 - Para a determinação do módulo de seção-mestra, pode-se utilizar como área seccionalefetiva a percentagem da área da seção transversal do chapeamento situado entre as escotilhas mostra-do na Tabela 4.1, desde que haja pés-de-carneiro nas interseções dos reforços longitudinais situadosentre as aberturas de escotilhas (sicordas) com as cavernas gigantes.

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Fixação da extremidade do Posição Áreas seccional efetiva da fiada

reforço longitudinal do chapeamento longitudinal

em [%]

Ambas as extremidades Fora da linha de centro 60

efetivamente fixadas Na linha de centro 50

Uma extremidade Fora da linha de centro 40

efetivamente fixada Na linha de centro 30

Nenhuma extremidade Fora da linha de centro 20

efetivamente fixada Na linha de centro 10

Tabela 4.1

4.3.4.4.2 - Para que a extremidade do reforço longitudinal seja considerada efetivamente fixada, é preci-so que o deslocamento longitudinal f do ponto de fixação, em relação à parte lateral da embarcação, edevido à ação de uma força longitudinal PL, não exceda o valor de 10mm (ver figura 4.4).

PL = 7,5 . FL [kN]

FL = área da seção transversal completa do reforço longitudinal, em [cm2 ]

4.3.4.4.3 - O valor obtido na Tabela 4.1 pode ser aumentado em 30% quando for fixada uma anteparalongitudinal ao reforço longitudinal situado entre as escotilhas, ou quando a efetividade deste reforço foraumentada por outro meio equivalente.

4.3.4.4.4 - Quando for usado o cálculo direto para se avaliar a efetividade do reforço longitudinal entreescotilhas, deve ser utilizado o seguinte momento fletor longitudinal padronizado.

2 p xM(x) = 3,75 . 104 (1 - cos ����) WD [kN . m]

L

4.3.4.4.5 - Quando a efetividade do reforço longitudinal entre escotilhas tiver sido determinada aproxima-damente, conforme definido em 4.3.4.4.1 e em 4.3.4.4.2, a tensão total devido à flexão da viga-navio,sem qualquer redução, deve ser utilizada no cálculo das tensões compostas devidas a carregamentoslocalizados e à flexão da viga-navio para a determinação dos escantilhões do mencionado reforço.

4.3.5 - Módulos de Seção Fora de 0,4 L a Meia-Nau

Devem ser determinadas as tensões longitudinais nas seções fora de 0,4 L a meia-nau, em conexãocom o cálculo dos momentos fletores admissíveis em águas tranquilas, de acordo com 4.2.4.1.A segu-rança contra a flambagem dos flanges superior e inferior do casco deve ser comprovada (ver, também,Seção 6, 6.2.2 e Seção 6, 6.1.5.2).

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Observação (1): Os momentos fletores devem ser introduzidos de acordo com a regra para sinais indicadano item 4.1.3

Figura 4.4

4.4 - VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO

4.4.1 - Tensões de Cisalhamento Admissíveis

O cisalhamento no costado e nas anteparas longitudinais, devido a força cortante QT (x), de acordo com4.2.3 não deve exceder 110/k [N/mm2].

4.4.2 - Resistência à Flambagem

As anteparas longitudinais devem ser examinadas com relação à flambagem, conforme Seção 2, 2.6. Ofator de segurança contra flambagem pode ser 10% menor que aquele dado na Seção 2, 2.6.1.4.

4.4.3 - Cálculo das Tensões de Cisalhamento

4.4.3.1 - Navios com Mais de Duas Anteparas Longitudinais e Navios com Casco Duplo

A distribuição das tensões de cisalhamento pode ser calculada através de procedimentos de cálculoaprovados pelo Bureau Colombo. Para navios com mais de duas anteparas longitudinais e navios comcasco duplo, pode ser exigida a aplicação de tal procedimento de cálculo, especialmente quando adistribuição do carregamento no sentido transversal do navio é desigual.

4.4.3.2 - Navios sem Anteparas Longitudinais

Para navios sem anteparas longitudinais, a distribuição das tensões de cisalhamento no costado pode

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ser determinada pela seguinte fórmula:

QT (x) . Sτ = ���������� [ N/mm2 ]

2 . Jy . t A

QT (x) = força cortante vertical, em [kN] conforme 4.2.3 na seção considerada

Para navios com projeto e formas convencionais, pode ser utilizado para todas as seções o coeficien-te S/Jy determinado para a seção mestra

τ A = espessura do costado, em [mm], na seção considerada.

4.4.3.3 - Navios com Duas Anteparas Longitudinais

Para navios com duas anteparas longitudinais, a distribuição de tensões de cisalhamento no costadoe nas anteparas longitudinais pode ser determinada pelas seguintes fórmulas:

Q T(x) . S . ατ = ������������ [ N/mm2 ]

Jy . t

ASα = 0,16 + 0,08 ��� para o costado

AL

ASα = 0,34 - 0,08 ���� para anteparas longitudinais

AL

τ = espessura do costado ou do chapeamento de antepara longitudinal, em (mm), na seção conside-rada

AS = área seccional do chapeamento do costado, em [cm2], dentro do pontal DAL = área seccional do chapeamento de antepara longitudinal, em [cm2], dentro do pontal D

4.4.3.4 - Tensões de Cisalhamento Introduzidas pela Escoa na Antepara Longitudinalou no Costado

Onde as escoas nas anteparas transversais são apoiadas nas anteparas longitudinais ou no costado, asforças de apoio destas vigas devem ser consideradas quando da determinação das tensões de cisalhamentono costado ou nas anteparas longitudinais. A tensão de cisalhamento introduzida pela escoa na antepa-ra longitudinal ou no costado pode ser determinada pela seguinte fórmula:

PStτ St = ������ [ N/mm2 ]

bSt . t

PSt = força de apoio da escoa, em [kN]bSt = largura da escoa, incluindo a borboleta de extremidade (se existir), em [m], no ponto de apoioτ = espessura do chapeamento de antepara longitudinal ou do costado, em [mm], no ponto consi-

derado.

A tensão de cisalhamento adicional τst deve ser somada à tensão de cisalhamento devida à flexãolongitudinal na seguinte área:0,5 [m], em ambos os lados da escoa na direção longitudinal do navio0,25 vezes largura da escoa, acima e abaixo da escoa.

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4.4.4 - Correção da Curva de Força Cortante em Águas Tranquilas

4.4.4.1 - Carregamento Alternado

No caso de carregamento alternado, a curva convencional de força cortante pode ser corrigida de acordocom a transmissão direta de forças pela estrutura longitudinal do fundo nas anteparas transversais. VideFig.4.5.

Figura 4.5

4.4.4.2 - Cálculo das Forças de Apoio da Grelha do Fundo nas Anteparas Transversais

As forças de apoio da grelha do fundo nas anteparas transversais podem ser determinadas por cálculoracional de grelha ou aproximadamente, conforme 4.4.4.3.

4.4.4.3 - Soma das Forças de Apoio da Grelha do Fundo nas Anteparas Limites de Ré e deVante

A soma das forças de apoio da grelha do fundo nas anteparas limites de ré e de vante do porão conside-rado pode ser determinada pelas seguintes fórmulas:

∆Q = u . P - v . H* [kN]

P = carga ou lastro, em [t], no porão considerado, incluindo eventuais conteúdos dos tanques defundo dentro da parte plana do fundo duplo.

H* = calado, em [m], no centro do porãou,v = coeficiente de correção para carga e empuxo, como segue:

u = 10 . χ . m . b . h / V [kN/t]

v = 10 . χ . m . b [kN/m]

Bχ = ����������

2,3 (B + m)

m = comprimento da parte plana do fundo duplo, em [m]b = largura da parte plana do fundo duplo, em [m]h = altura do porão, em [m]V = volume do porão, em [m 3]

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

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4.5 - MOMENTOS FLETORES E FORÇAS CORTANTES ADMISSÍVEIS EM ÁGUAS TRANQUILAS

4.5.1 - Momentos Fletores Admissíveis em Águas Tranquilas

Para navios de projeto e formas convencionais, o momento fletor admissível em águas tranquilas, parauma seção dentro do comprimento L, pode ser determinado pelas seguintes fórmulas:

M SW (x) = MT(x) - M Wv(x) [kN . m]

MT(x) = é tomado o menor valor de MT(x) = σp(x) .WD(a) (x) .103 [kN . m] e/ouMT(x) = σp(x) .WB(a) (x) .103 [kN . m]

M W(x) vide 4.2.2.2σ p(x) = tensão de flexão longitudinal admissível, em [N/mm2], como segue (vide, também, Fig. 4.6):

σ p(x) = (1/k). (75 + 250.x / L), para x / L ≤ 0,3σ p(x) = 150 / k, para 0,3 ≤ x / L ≤ 0,7σ p(x) = (1/k). [150 - 250 (x / L-0,7)] , para 0,7 ≤ x / L ≤ 1,0

Em casos especiais, pode se admitir uma tensão maior nas extremidades da embarcação se a análisedetalhada das tensões, de acordo com 4.2.2.3, tiver sido realizada por métodos reconhecidos de cálcu-lo, tal como o de elementos finitos.W D(a) (x) = módulo de seção real no convés, em [ m3], na posição x.W B(a) (x) = módulo de seção real do fundo, em [m3 ], na posição x.

Na região entre x / L = 0,3 até x / L = 0,7, o momento fletor admissível em águas tranquilas não deveexceder o valor calculado para x / L = 0,5.

Figura 4.6

4.5.2 - Força Cortante Admissível em Águas Tranquilas

A força cortante admissível em águas tranquilas, para uma seção transversal dentro do comprimento L,pode ser determinada pela seguinte fórmula:

Q SW(x) = Q T(x) - Q W(x) [kN]

Q W(x) vide 4.2.4.1Q T(x) = força cortante admissível total, em [kN], para a qual a tensão de cisalhamento admissível

τp= 110/k (N/mm ) será alcançada porém não excedida em qualquer ponto da seção consi-derada.

4.6 - NAVIOS COM GRANDES ABERTURAS DE CONVÉS

4.6.1 - Generalidades

4.6.1.1 - Caracterização

Um navio é considerado como tendo grandes aberturas de convés se uma das seguintes condições seaplica a uma ou mais aberturas de escotilha:

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

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a) (bL / BM) > 0,6 e/ou b) (mL/ mM) > 0,7

bL = largura de escotilha; no caso de escotilhas múltiplas, bL é a soma das larguras das escoti-lhas individuais

mL = comprimento da escotilhaBM = largura do convés medida no comprimento médio da abertura de escotilhamM = distância entre os centros das fiadas transversais de convés em cada extremidade de esco-

tilha. Onde não existam quaisquer outras aberturas de escotilhas além daquelas em con-sideração, mM será especialmente considerado.

4.6.1.2 - Verificação das Tensões Combinadas

Em complemento às exigências de 4.2, para navios com grandes aberturas de convés, devem serverificadas as tensões combinadas devidas às flexões vertical e horizontal, à torção e ao carregamentotransversal. Para esta finalidade, deve ser calculada uma tensão nominal total como um valor de referên-cia, a qual é composta de valores individuais de tensão.

4.6.2 - Tensões Combinadas

4.6.2.1 - Para a determinação dos elementos estruturais longitudinais do flange superior do casco, astensões individuais no convés resistente devidas às flexões vertical e horizontal, à torção e ao carrega-mento transversal, devem ser compostas na tensão nominal total pela fórmula seguinte:

][N/mmσ+σ+σ+σ+σ+σ=σ 22Tor(W)

2Q

2Wh

2WvTor(s)SWnom

σSW = MSW / (WD .103 ) [N/mm2 ] (tensão devida ao momento fletor em águas tranquilas)σWv = MWv / (WD .103 ) [N/mm2 ] (tensão devida ao momento fletor vertical devido à onda)σWh = MWh / (WZ .103 ) [N/mm2 ] (tensão devida ao momento fletor horizontal devido à onda)M Wh = momento fletor horizontal devido à onda, como segue:

M Wh = 1,25 . L 9/4 . (H + 0,3B).CB . (F+0,2).CM [kN . m]

F = 0,164.vo /(L)1/2 = número de FroudeCM = vide 4.2.2.2Wz = módulo de seção, em [m3 ], na seção considerada, em relação ao eixo verticalσQ = MQ / (10. W1) [N/mm2 ]MQ = momento fletor em relação ao eixo z, em [kNm], o qual tensiona a viga formada pelo costado,

fiada do convés e braçola longitudinal da escotilha, devido a atuação da pressão externa daágua, conforme Seção 4, 4.2.2

W1 = menor módulo de seção, em [m3], da fiada do convés longitudinal incluindo o costado adja-cente às escotilhas, na região das braçolas transversais, em relação ao eixo vertical. Quan-do calculando W1, todos os elementos estruturais longitudinais contínuos, dentro de 0,2 Dabaixo da linha de convés, podem ser incluídos. As braçolas longitudinais de escotilhassomente podem ser incluídas se forem prolongadas suficientemente além das extremidadesdas escotilhas.

Para navios porta-containers, com escotilhas com comprimento de aproximadamente 14m, σQ e σTorpodem ser determinados pelas seguintes fórmulas:

σQ = (H3 /D+ 0,0593. D. L). m2 L [ N/mm2 ]7,2 . W1 . 103

σTor = mL . MTor / [ 6,4.(1+δ).D.W1.103 ] [ N/mm2 ]

σTor = tensão devida à torção do navio, consistindo de uma parcela estática σTor (s) e outra induzidapela onda σTor (W)

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

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MTor = momento torcional;MTor = 0,075.L.(B.CWL)3 + M Tor(w) [kN . m)M Tor(w) = momento torcional estático;M Tor(w) = 50.n1/2.B [ kN . m]n = número de containers de 20 pés (T.E.U.). Para navios que não são equipados com guias

de containers, n pode ser tomado como 0,01 x deslocamento, em [kN]C WL = coeficiente da área de linha d�água correspondente ao calado máximoδ = 0 (zero), quando é instalada uma escotilhaδ = (3.λ2 + λ4 )/(2.λ3) , quando duas escotilhas são instaladas uma ao lado da outraδ = [ λ1 . λ2 + 1/6 . λ4 (λ1 + 2 . λ2 ) +λ2

2 ] / [ λ1 .λ2 + 1/6 . λ3 ( λ1 + 2 . λ2 )] , quando três escotilhassão instaladas uma ao lado da outra

λ1 = largura da escotilha central, dividida pelo momento de inércia em relação ao eixo verticalda fiada de convés transversal entre duas escotilhas centrais

λ2 = largura da escotilha (no caso de três escotilhas uma ao lado da outra, largura da escotilhaexterna), dividida pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical da fiada de convéstransversal entre as escotilhas (externas)

λ3 = comprimento da escotilha, dividido pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical dasicorda entre as escotilhas

l4 = comprimento da escotilha, dividido pelo momento de inércia em relação ao eixo vertical dafiada de convés (incluindo o costado) adjacente à escotilha.

4.6.2.2 - Limite da Tensão Nominal no Convés Resistente

A tensão nominal total no convés resistente não deve exceder o seguinte valor:

σ σ σ σ σ nom

= 225 / k [ N/mm²]

Para obedecer a este critério de tensão combinada, recomenda-se, para efeito de aproximação na deter-minação dos escantilhões, que o módulo de seção exigido em 4.3.1.3, para o momento fletor verticaltotal, seja aumentado em 10%

4.6.3 - Comprovação de Tensões por Análise Especial de Tensões

Quando as tensões no convés resistente, devidas à torção e/ou carregamento transversal, excedem osseguintes valores limites, será exigida uma análise especial de tensões por cálculo racional. Casocontrário, a análise de tensão, conforme definida em 4.6.2, será suficiente.Valores limites de tensão:

σ Tor(s) + σ Tor(s) ≤ 130 / k [N/mm2 ]

σ Q ≤ 110 / k [N/mm2 ]

TOMO II - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL .............. SEÇÃO 4

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SEÇÃO 5

CHAPEAMENTO DO FUNDO E DO COSTADO

5.1 - GENERALIDADES

5.1.1 - Orientações Específicas

5.1.1.1 - Fundo Reforçado a Vante

Conforme a Seção 5, item 5.5

5.1.1.2 - Reforços do Chapeamento do Costado nas Extremidades de Superestruturas

Conforme a Seção 14

5.1.2 - Definições

k = fator de material, conforme a Seção 2, item 2.1.4PB = carregamento sobre o fundo, em [ kN/m2 ],conforme a Seção 3, 3.2.3PS = carregamento sobre os costados, em [ kN/m2 ], de acordo com a Seção 3, item 3.2.2n1 = 8,1 para cavernamento transversaln1 = 6,5 para cavernamento longitudinalσB = tensão normal longitudinal máxima no fundo [ N/mm2 ]σB = 10-3 .M T / WB , conforme a Seção 4, item 4.3.1.3. Para uma primeira aproximação, σB pode

ser tomado como 120/k [ N/mm2 ].τK = acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, item 2.10c = 1 + 3 (a/b1 ) 2

a = espaçamento entre cavernas (ver 1.6), em [m]b1 = maior largura do painel de chapa.D = pontal (ver 1.6), em [m]. Para navios com troncos contínuos ou braçolas contínuas, o pontal

fictícioD� = eB + e�D deve ser usado em vez do pontal da regra D; para eB e e�D , ver Seção 4, itens 4.1.3

e 4.3.4.1H = calado (ver item 1.6), em [m]L = comprimento (ver item 1.6), em [m]B = boca (ver item 1.6), em [m]

5.2 - CHAPEAMENTO DO FUNDO

5.2.1 - Chapeamento Dentro de 0,4 L, a Meia-Nau

5.2.1.1 - Espessura

A espessura do chapeamento do fundo não deve ser menor que:

[mm]t+)25D

300L

+(150

L+16,5

.kp.a.n=t k

B1 -

TOMO II - CHAPEAMENTO DO FUNDO E DOCOSTADO .................................................................. SEÇÃO 5

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A espessura não pode ser inferior à espessura crítica definida em 5.2.2, nem à espessura nas extremida-des fornecida em 5.2.3.1.

5.2.2 - Espessura Crítica de Chapa

Para navios para os quais a comprovação de resistência longitudinal é exigida, a espessura não deve sermenor que a espessura crítica da chapa, conforme as seguintes fórmulas:

allongitudintocavernamenpara[mm],σ1,30.a.=t

ltransversatocavernamenpara[mm],σ2,14.a.=t

DBcrit

DBcrit

σDB = tensão máxima de compressão no fundo devido à flexão longitudinal em [ N/mm2 ]

5.2.3 - Chapeamento do Fundo Fora de 0,4 L a Meia-Nau

5.2.3.1 - Espessura

A espessura das extremidades para 0,1.L, a partir da PPAR, e para 0,05.L, a partir da PPAV, respecti-vamente, não deve ser menor que o maior valor obtido das seguintes fórmulas:

[ ][ ]

[mm]16=t[m]50 ..... Lpara[mm]L.k0,95.=t

[m]50<LparammL.k0,0095.L).(1,425=t

mmt+.kp1,36.a.=t

2max.

2

2

kB1

-

L não necessita ser tomado maior que 12.D.tk = margem para corrosão

5.2.3.2 - Redução Gradual das Espessuras

As espessuras devem ser gradativamente reduzidas, partindo das espessuras a meia-nau, até as espes-suras nas extremidades obtidas de 5.2.3.1; entretanto, elas não devem ser menores que t1, tomando emconsideração o espaçamento de cavernas real na posição considerada.

As espessuras exigidas para o fundo reforçado, a vante, conforme 5.5.4, devem ser observadas.

5.2.4 - Fiada do Bojo

5.2.4.1 - Escantilhões

A espessura da fiada do bojo, dentro da parte curva, deve ser a mesma que a do chapeamento docostado, onde o cavernamento transversal é adotado para os costados. Quando for adotado o cavernamentolongitudinal para o fundo e costados, ela deve ser a mesma do chapeamento do fundo.A largura da fiada do bojo não deve ser menor nem maior que:

b min = 800 + 5.L [mm]

b max = 1800 [mm]

5.2.4.2 - Fiada do Bojo Não Reforçada por Longitudinais

5.2.4.2.1 - Tensão Axial Crítica

σ lki = 1,27.105 (t�/r) [N/mm2 ]

TOMO II - CHAPEAMENTO DO FUNDO E DOCOSTADO .................................................................. SEÇÃO 5

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t� = t - t k [mm]t = espessura da chapa, em [mm]r = raio do bojo, em [mm] - ver fig. 5.1

Figura 5.1

5.2.4.2.2 - Pressão Externa Crítica

][N/mm1,05.r

t'rm

rt'.)

mt'.(1,9.10p 225

ki

+=

m = vão livre, sem apoio, da fiada do bojo, em [mm], isto é, o espaçamento dos gigantes de fundo;ver, também, Fig.5.1.

5.2.4.2.3 - Tensões Críticas no Caso de Carregamento Composto

][N/mmpp

1σσ 2

ki

a1kiki −=

pa = pressão hidrostática externa = 10-2 .H [N/mm2 ](σ ki /σL) ≥ 1,0

σL = tensão máxima de compressão devida à flexão longitudinal na região da fiada do bojo, em [N/m2].

5.2.4.2.4 -Escantilhões dos Longitudinais Adjacentes ao Bojo

Vide Seção 8, item 8.2.3.6

5.2.5 - Chapa-Quilha e Fiada Adjacente (Fiada de Resbordo)

5.2.5.1 - Largura

A largura da chapa-quilha não deve ser menor nem maior que:

b min = 800 + 5.L [mm]

b max = 1800 [mm]

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5.2.5.2 - A espessura da chapa-quilha, dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:

t Fk = t + 2,0 [mm]

t = espessura do chapeamento de resbordo, em [mm]

A espessura da chapa-quilha pode ser reduzida em 10%, dentro de 0,15 L das extremidades. Estaredução não é permitida na região dos jazentes do motor. Em nenhum lugar a espessura da chapa-quilhadeve ser menor que aquela do chapeamento de resbordo.

5.2.5.3 - Barra-quilha

Onde for colocada uma barra-quilha, a fiada de resbordo deve ter os escantilhões de uma chapa-quilha.

5.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO

5.3.1 - Chapeamento Dentro de 0,4 L a Meia-Nau

5.3.1.1 - Espessura

A espessura do chapeamento do costado não deve ser menor que o maior dos seguintes valores.

[mm]t50D

600L1.

(6.L)/10001,8H.k.a.nt k1 +

−+

+=

ou

t2 (espessura nas extremidades), conforme 5.2.3

tk = margem para corrosão

5.3.1.2 - Redução das Fiadas

Uma redução das fiadas acima de aproximadamente 0,2.D, a partir da linha de base, pode ser permitidaaté a espessura t3, como requerido em 5.3.2, desde que o nível de tensão permita que tal redução sejafeita.

5.3.1.3 - Tensões de Cisalhamento nas Regiões de Grande Força Cortante

Em regiões de grande força cortante, as tensões de cisalhamento devem ser verificadas, de acordo coma Seção 4, item 4.4.

5.3.2 - Chapeamento do Costado Fora de 0,4 L a Meia-Nau

5.3.2.1 - Espessura

A espessura da chapa nas extremidades, para 0,1 L a partir da PPAR, e para 0,05 L da PPAV, não deveser menor que o maior dos dois seguintes valores:

t3 = 1,2.a.(ps.k)1/2 + t k [mm] ou

t2 conforme o item 5.2.3.1

5.3.2.2 - Redução das Espessuras

As espessuras das chapas devem ser reduzidas na direção das extremidades, de acordo com item5.2.3.2.

TOMO II - CHAPEAMENTO DO FUNDO E DOCOSTADO .................................................................. SEÇÃO 5

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5.3.3 - Fiada do Cintado

5.3.3.1 - Largura

A largura da fiada do cintado não deve ser menor nem maior que:

b min = 800 + 5.L [mm]

b max = 1800 [mm]

5.3.3.2 - Espessura

A espessura da fiada do cintado, dentro de 0,4 L, a meia-nau, não deve ser, geralmente, menor que aespessura para o convés resistente. Entretanto, a espessura não deve ser menor que a espessuraexigida para o chapeamento do costado, dentro de 0,4 L, a meia-nau. Dependendo do sistema estrutural(transversal ou longitudinal), a espessura, dentro de 0,4 L, a meia-nau, não deve ser menor que a espes-sura, crítica do convés resistente, conforme Seção 6, item 6.1.5.2.A espessura pode ser gradualmente reduzida na direção das extremidades até à espessura dochapeamento do costado nas extremidades. Entretanto, a diferença na espessura entre duas chapasadjacentes não deve ser maior que 10% da espessura do cintado, dentro de 0,4 L, a meia-nau.

5.3.3.3 - Raio de Ligação do Trincaniz com o Cintado

Quando a ligação do trincaniz com o cintado for arredondada, o raio deve ter, no mínimo, 15 vezes aespessura da chapa.

5.3.3.4 - Em navios excedendo 60m de comprimento não é permitido, em princípio, solda na bordasuperior do cintado, dentro de 0,6 L, a meia-nau. Os recortes para embornais e outras aberturas devemser cuidadosamente arredondados, sendo evitados quaisquer entalhes.

5.4 - CHAPEAMENTO EXTERNO DE SUPERESTRUTURAS

5.4.1 - Em navios com superestruturas cujo convés é considerado como convés resistente (vide Seção 6,item 6.1), e onde as superestruturas se estendem por, pelo menos, 0,4 L, a meia-nau, o chapeamentoexterno para todo o navio pode ser determinado de acordo com a altura do convés de superestrutura.Para a transição no convés principal, ver Seção 15, item 15.1.3.

5.4.2 - Quando o convés de uma superestrutura é considerado como convés resistente e uma anteparaextrema da superestrutura se situa dentro de 0,4 L, a meia-nau, a fiada do cintado da superestruturadeve ter a espessura do convés da superestrutura, mas não deve ser menor que a espessura dochapeamento do costado. As espessuras restantes do chapeamento externo devem ser determinadasde acordo com a altura do convés contínuo mais elevado.

5.4.3 - As espessuras do chapeamento externo de superestruturas não efetivas, cujo convés não éconsiderado como convés resistente, devem ser determinadas de acordo com a Seção 15.

5.5 - REFORÇOS NO FUNDO A VANTE

5.5.1 - Região de Reforço

5.5.1.1 - Estrutura do Fundo na Parte de Vante

A estrutura do fundo na parte de vante deve ser reforçada nas seguintes regiões, à ré da perpendicularde vante:0,25 L, quando a máquina for a meia-nau0,30 L, quando a máquina for a ré

5.5.1.2 - Navios de Velocidade Superior a 1,6.L1/2 nós

Em navios cuja velocidade excede 1,6.L1/2 [nós], pode ser exigida uma eventual extensão destas regiõesna direção à ré.

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5.5.2 - Arranjo das Hastilhas

Para cavernamento transversal, devem ser montadas, em cada caverna, hastilhas cheias. Onde foradotado um cavernamento longitudinal ou sistema de longarinas de fundo, o espaçamento de hastilhascheias pode ser igual a dois espaços das cavernas transversais.

5.5.3 - Arranjo das Longarinas Laterais

Para cavernamento tranversal, o espaçamento das longarinas laterais não deve exceder L/250 + 0,9 [m]até um máximo de 1,4 [m]. Onde for adotado o sistema de cavernamento longitudinal ou sistema delongarina de fundo, a distância entre as longarinas laterais não deve ser superior a dois espaçamentos delongitudinais.

5.5.4 - Chapeamento de Fundo

5.5.4.1 - As chapas de fundo instaladas, parcial ou totalmente, na parte plana das regiões especificadasem 5.5.1.1, devem ser reforçadas conforme 5.5.4.2 e 5.5.4.3. O reforço é exigido em toda extensão.

5.5.4.2 - A espessura da chapa deve ser obtida por interpolação entre a espessura exigida, conforme aalínea a), e a espessura não reforçada (reduzida) nessa região.

a) espessura da chapa

t = 2,5.a.(L.k)1/2. f 2 + ∆ t [mm]

f2 = [ 1,1 - 0,5 (b/c)2 ]1/2 ; f2 max = 1,0

b = menor largura do painel de chapac = maior largura do painel de chapaa = espaçamento entre cavernas (longitudinais ou transversais) em 0,2.L a vante, em [m]

Quando a velocidade do navio excede 1,2.L1/2 [nós] ou 10 nós, a espessura da chapa deve ser adicional-mente aumentada em ∆t = 0,5 mm, para cada nó excedendo o maior dos valores acima. O aumento ∆t,devido a velocidade mais alta, no entanto, não deve ser tomado menor que 0,5 mm e não necessitaexceder 2 mm.

b) reforços: onde for adotado o sistema de cavernamento transversal, a chapa-quilha e o chapeamento dofundo devem ser reforçados por meio de longitudinais intercostais entre as longarinas laterais.

As longitudinais devem ser prolongadas para vante tanto quanto for possível. Quaisquer recortes naslongitudinais devem se restringir às passagens necessárias para solda e drenagem

O módulo de seção dos reforços não deve ser menor que:

W = (3 . L - 80). 0,95 [cm3 ]

5.5.4.3 - Prolongamento das Longitudinais de Fundo em Função do Sistema Estrutural Adotado

Se for adotado o sistema de cavernamento longitudinal ou o sistema de longarinas de fundo, as longitu-dinais de fundo devem ser prolongadas para vante tanto quanto for possível. Para o dimensionamento daslongitudinais, o vão livre não deve ser tomado maior que 1,8 m.

5.6 - REFORÇOS NA REGIÃO DE CADASTES, PÉS-DE-GALINHA E BOLINAS

5.6.1 - O chapeamento no cadaste ou nos pés-de-galinha deve ser reforçado. Chapas conformadas aquente devem ter, no mínimo, a espessura das chapas de meia-nau, após terem sido conformadas.

5.6.2 - Na região dos pés-de-galinha e dos bossos de eixos, a espessura do chapeamento externo deve

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ser a mesma conforme requerido para a região a 0,4 L a meia-nau. Na região das hastes dos pés degalinha o chapeamento deve ser reforçado para 1,5 vezes a espessura, a meia-nau.

5.6.3 - No cadaste, nas regiões de união do cadaste do leme com o chapeamento externo, a espessurado chapeamento externo deve ser igual à espessura dos cadastes e, no mínimo, 1,25 vezes a espessurado chapeamento externo, a meia-nau.

5.6.4 - Quando as rotações do hélice ultrapassam aproximadamente 300 rpm, devem ser previstosreforços intercostais acima ou à vante do hélice, para reduzir o tamanho dos painéis do chapeamento dofundo. Esta providência é particularmente importante no caso de fundos chatos na região do hélice.As hastilhas do tanque de colisão, acima do propulsor, devem ser reforçadas.

5.6.5 - Bolinas devem ser soldadas ao chapeamento externo de uma maneira que não permitam avariasno chapeamento, em caso de encalhes. Portanto, no chapeamento externo, devem ser previstas barraschatas sobrepostas sob as bolinas. Essas barras chatas devem ter solda contínua em todo o contorno.

5.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO EXTERNO

5.7.1 - Generalidades

5.7.1.1 - Quando forem cortadas aberturas no chapeamento externo, para janelas ou vigias, buzinas,embornais, válvulas de costado, etc., elas devem ter bordas bem arredondadas. Se elas excedem 500mm, na largura, em navios até L = 70m, e 700mm, em navios com comprimento L de mais de 70m, asaberturas devem ser circundadas por um reforço, que pode ser chapa mais grossa ou chapa sobreposta.

5.7.1.2 - Acima de aberturas no cintado, dentro de 0,4 L, a meia-nau, deve ser prevista, geralmente, umachapa reforçada compensando a área seccional da chapa suprimida. Para portas de costado e grandesaberturas similares, vide 5.8 e 5.9. É exigido reforço especial, na região das aberturas no cintado, nasextremidades de superestruturas.

5.7.1.3 - O chapeamento externo deve ser reforçado na região dos escovens, na proa.

5.7.1.4 - O chapeamento do fundo deve ser reforçado sob cada tubo de sondagem com uma chapa maisgrossa ou uma chapa sobreposta.

5.7.2 - Ligações de Tubos ao Chapeamento Externo

Tubos de embornais e válvulas de costado devem ser ligados ao chapeamento externo por meio deflanges soldados. Em vez de flanges soldados, podem ser utilizadas luvas flangeadas de espessuraadequada, caso eles sejam soldados ao chapeamento externo de maneira apropriada. Os desenhos deconstrução devem ser submetidos para aprovação.

5.8 - PORTAS DE PROA

5.8.1 - Generalidades

5.8.1.1 - As informações detalhadas e as exigências para o projeto e a construção de portas de proa,podem ser obtidas com o Bureau Colombo. Fornecem-se, a seguir, algumas informações preliminares.

5.8.1.2 - Portas de proa devem estar situadas acima do convés de borda-livre.

5.8.1.3 - As portas devem ter resistência, pelo menos, igual à da estrutura adjacente.

5.8.1.4 - Quando forem instaladas portas de proa do tipo viseira ou portas repartidas, devem ser coloca-das portas internas estanques. Para esta finalidade, pode ser utilizada uma rampa para veículos. Quan-do a porta de proa conduzir a uma superestrutura longa, a porta interna deve ser parte da antepara decolisão.

5.8.1.5 - Portas de proa devem ser instaladas de tal forma que assegurem estanqueidade adequada sob

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condições operacionais e proteção adequada das portas internas. Portas de proa conduzindo a compar-timentos de superestruturas devem ser instaladas com dispositivos de fechamento estanque ao tempo.

5.8.1.6 - Portas internas devem ser munidas de atracadores e serem estanques ao tempo.

5.9 - PORTAS LATERAIS E DE POPA

5.9.1 - Generalidades - As informações detalhadas e as exigências para o projeto e a construção deportas laterais e de popa podem ser obtidas com o Bureau Colombo. Fornecem-se, a seguir, algumasinformações preliminares.

5.9.1.1 - Em geral, as portas não devem se estender abaixo da linha-d�água carregada. Em embarcaçõesde passageiros, a extremidade inferior das portas de casco deve estar acima da linha-d�água de carga.

5.9.1.2 - As portas devem ter resistência, pelo menos, igual à da estrutura adjacente.

5.9.1.3 - As portas deverão, preferencialmente, abrir para fora.

5.9.1.4 - Nos cantos das portas devem ser colocadas chapas de reforço que devem se estender por, pelomenos, 1,5 espaçamentos de cavernas em cada lado das portas.

5.9.1.5 - As aberturas das portas no casco devem ter cantos arredondados e adequada compensaçãodeve ser feita, colocando-se cavernas nos lados e longitudinais, acima e abaixo.

5.10 - BORDAS-FALSAS

5.10.1 - A espessura do chapeamento da borda-falsa não deve ser menor que:

t = 0,95 . (0,75 - L/1000). L1/2 [mm]

A espessura do chapeamento da borda-falsa na parte de vante particularmente exposta à água do mar,deve ser igual à espessura do chapeamento do costado do castelo de proa, conforme Seção 15, item15.2.1.Na região de superestruturas acima do convés de borda- livre, à ré de 0,25 L, a partir da perpendicular devante, a espessura do chapeamento da borda-falsa pode ser reduzida em 0,5 mm.

5.10.2 - A altura da borda-falsa ou altura da balaustrada não deve ser menor que 1,0m.

5.10.3 - As bordas-falsas de chapa devem ser reforçadas na borda superior por um perfil.

5.10.4 - A borda-falsa deve ser apoiada por prumos montados em cada caverna alternada. Quando osprumos são projetados, conforme Fig. 5.2, o módulo de seção de suas seções transversais efetivamenteligadas ao convés não deve ser menor que:

W = 4 . ps . e . m2 [cm3 ]

ps = carga, em [kN/m2 ] conforme Seção 3, item 3.2.2 ; p smin = 15 kN/mm2

e = espaçamento dos prumos, em [m]m = comprimento dos prumos, em [m]

Os prumos devem ser montados acima dos vaus, borboletas de vaus e intercostais. É recomendadoprever barras chatas na parte inferior, as quais são efetivamente ligadas ao chapeamento do convés.Particularmente em navios cujo convés resistente é feito em aço de alta resistência, devem serestabelecidas transições suaves na ligação de extremidades das barras chatas ao convés.

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Figura 5.2

5.10.5 - Em navios transportando cargas de convés, as bordas-falsas devem ser apoiadas por prumos deperfil bulbo, os quais devem ser ligados às bordas-falsas sobre seu maior comprimento possível. Sualigação ao convés deve ser de resistência adequada. Quando a borda-falsa de vante é reforçada deacordo com 5.10.1, o espaçamento dos estais deve ser reduzido.

5.10.6 - Na borda-falsa, deve ser estabelecida uma quantidade adequada de juntas de expansão. Nadireção longitudinal, os prumos adjacentes às juntas de expansão devem ser, tanto quanto possível,flexíveis. É recomendado estabelecer a seguinte quantidade mínima de juntas de expansão n, em funçãodo comprimento L:

L n

40 -

60 1 - 2

80 2

100 2 - 3

5.10.7 - As bordas-falsas não devem ser cortadas para aberturas nas proximidades das extremidades desuperestruturas. Para evitar fissuras, a ligação das bordas-falsas aos apoios das casarias deve sercuidadosamente projetada.

5.10.8 - Quando os estais dos mastros de carga estão ligados às bordas-falsas, as bordas-falsas e osprumos das bordas-falsas devem ser adequadamente reforçados. Na região de buzinas, a borda-falsadeve ser reforçada.

5.10.9 - Para a ligação das bordas-falsas com o cintado, deve ser observado o requerido em 5.3.3.4.

5.10.10 - Quando os prumos de borda-falsa são submetidos ao carregamento de containers, bem comodos dispositivos de estiva e peiação de containers, devem ser observadas as seguintes tensões admissíveis:

σσσσσ b = 125 N/mm2

τττττ = 80 N/mm2

Ver, também, Tomo 2, Seção XIX, item 19.7.3

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SEÇÃO 6

CONVESES

6.1 - CONVÉS RESISTENTE

6.1.1 - Generalidades

6.1.1.1 - Para os graus dos aços, devem ser observadas as exigências da Seção 2.

6.1.1.2 - O convés resistente é:

a) O mais alto convés contínuo, o qual forma o flange superior da estrutura longitudinal principal;b) Um convés de superestrutura que se estenda na região de 0,4 L, a meia-nau, e cujo comprimento

excede 0,15 L. Conveses de superestruturas com comprimento menor que 12 m não necessitam serconsiderados como conveses resistentes; e

c) Um convés parcial ou o convés de uma superestrutura rebaixada que se estenda na região de 0,4 L, ameia-nau.

6.1.1.3 - Na região de um convés de superestrutura, que deve ser considerado como um convés resisten-te, o convés abaixo do convés de superestrutura deve ter os mesmos escantilhões que os do segundoconvés, e o convés abaixo deste convés, os mesmos escantilhões que os do terceiro convés.As espessuras do chapeamento do convés resistente devem ser prolongadas dentro da superestruturapor uma distância igual à largura do chapeamento do convés ao lado das escotilhas. Para o reforço dotrincaniz nas transições, ver Seção 14, item 14.1.4

6.1.1.4 - Em navios de projeto convencional, a largura mínima bD do chapeamento do convés resistentecontínuo ao lado das aberturas no convés resistente (escotilha, gaiuta da máquina) de um comprimentom deve ser tal que b/m ≤ 1/16. Podem ser permitidos desvios dos coeficientes citados, onde a equivalên-cia a navios de projeto convencional, do ponto de vista da resistência longitudinal, torsional e transversal,seja comprovada por cálculos.

6.1.1.5 - Para navios com uma velocidade de v ≥ 1,6 (L)1/2 [nós], podem ser exigidos reforços adicionaisdo convés resistente e do cintado.

6.1.2 - Ligação entre Convés Resistente e Cintado

6.1.2.1 - A ligação soldada entre o convés resistente e o cintado pode ser efetuada por soldas de filete,de acordo com a Seção 17, tabela 17.1. Quando a espessura da chapa excede aproximadamente25mm, em vez de soldas-filete deve ser prevista soldagem com penetração total, de acordo com a Seção17, item 17.2.4. É admissível um chanfro do trincaniz, até 0,65 vezes a sua espessura, na região daligação soldada. Em casos especiais, pode também ser exigida uma ligação com penetração total, ondea espessura da chapa for menor que 25mm.

6.1.2.2 - Quando a ligação do trincaniz com o cintado for arredondada, o raio deve ter, no mínimo, 15vezes a espessura da chapa.

6.1.3 - Abertura no Convés Resistente

6.1.3.1 - Todas as aberturas no convés resistente devem ter cantos bem arredondados. Aberturas circu-lares devem ter bordas reforçadas. A área seccional da barra-face de reforço não deve ser menor que:

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f = 0,25 . d . t [cm2 ]

d = diâmetro das aberturas, em [cm]t = espessura do convés, em [cm]

A barra-face de reforço pode ser dispensada, quando o diâmetro for menor que 300 mm e a menordistância de uma ou outra abertura for, pelo menos, 5 vezes o diâmetro da menor abertura. A distânciaentre a borda externa das aberturas para tubos, etc., e o costado do navio, não deve ser menor que odiâmetro da abertura.

6.1.3.2 - Os cantos das aberturas de escotilhas devem ser circundados por chapas reforçadas que sãoprolongadas sobre, no mínimo, um espaçamento de caverna em sentido longitudinal e transversal donavio. Dentro de 0,5 L, a meia-nau, a espessura da chapa reforçada deve ser igual à espessura doconvés ao lado da escotilha, somada à espessura do convés entre as escotilhas. Fora da região de 0,5L, a meia-nau, a espessura da chapa reforçada não necessita exceder 1,6 vezes a espessura dochapeamento do convés ao lado da escotilha.

6.1.3.3 - O raio de arredondamento do canto da abertura de escotilha não deve ser menor que:

r = n . b [1 � (b/B)] ; rmin = 0,1 [m]

n = m/200 [m] ; nmin = 0,1 [m] ; nmax = 0,25 [m]m = comprimento da escotilha, em [m]b = largura, em [m], da escotilha ou largura total (somatória das larguras) das escotilhas, no caso de

escotilhas múltiplas; b/B não necessita ser menor que 0,4.B = boca da embarcação (ver item 1.6), em [m]

6.1.3.4 - Quando os cantos das aberturas de escotilhas são elípticos ou parabólicos, o reforço, conforme6.1.3.2, não é exigido, a menos que espessuras maiores nos cantos sejam resultantes do cálculo deresistência das vigas limites das aberturas de escotilhas.As dimensões dos cantos elípticos e parabólicos devem ser conforme mostradas na Figura 6.1:

a ≥ 2 c

c = r ,conforme 6.1.3.3

Figura 6.1

Quando são utilizados valores menores para a e c, são exigidas chapas inseridas reforçadas, que serãoconsideradas em cada caso individual.

6.1.3.5 - Pode ser exigido que as chapas inseridas sejam reforçadas além do requerido em 6.1.3.2 ou6.1.3.4, onde ocorrem tensões comparativamente altas no convés resistente, devido à flexão longitudi-nal, torsão e carregamento transversal, como, por exemplo, em navios com grandes aberturas de esco-tilha em relação à boca do navio.

6.1.3.6 - Nos cantos das gaiutas de praça de máquinas, também podem ser exigidos reforços, conforme6.1.3.2, dependendo da posição e dimensões da gaiuta.

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6.1.3.7 - Ao dimensionar o chapeamento ao lado das braçolas de escotilhas, deve ser observado ocálculo de resistência das vigas limites das aberturas de escotilhas.

6.1.3.8 - Quando aberturas são cortadas no convés resistente para ventilação, acessos, etc., geralmenteos reforços devem ser colocados de forma que seja mantida a resistência original do convés. VideSeção 4, item 4.3.4.2 com relação às exceções.

6.1.4 - Escantilhões de Convés Resistente para Navios até 65m de Comprimento

Os escantilhões do convés resistente para navios para os quais nenhuma comprovação de resistêncialongitudinal é requerida, isto é, em geral para navios com comprimento L ≤ 65m, devem ser tais que aárea da seção transversal do convés resistente dentro de 0,4 L, a meio-navio, seja determinada de modoa atender os requisitos para o módulo mínimo de seção da seção mestra, definido na Seção 4, 4.3.2.

6.1.5 - Escantilhões de Convés Resistente para Navios Excedendo 65m de Comprimento

6.1.5.1 - Área Seccional de Convés para 0,4 L, a Meia-Nau

6.1.5.1.1 - A área seccional do convés ao lado das escotilhas deve ser determinada de forma que omódulo de seção da seção-mestra esteja de acordo com os requisitos da Seção 4, item 4.3.

6.1.5.1.2 - Em navios-graneleiros, as áreas seccionais das anteparas longitudinais dos tanques de asassuperiores podem ser incluídas no cálculo do módulo de seção da seção-mestra, caso se estendam por,pelo menos, a 0,4 L, a meia-nau.

6.1.5.2 - Espessura Crítica de Chapas

6.1.5.2.1 - Quando o convés possuir cavernamento transversal, a espessura da chapa ao lado dasescotilhas não deve ser menor que:

[mm]cσ2,7.a.t D

crit =

σD = tensão máxima de compressão devido à flexão longitudinal, em [N/mm2].c = 1+3.(a/b1) 2L = comprimento da embarcação, em [m] (ver 1.6)b1 = largura do painel da chapa, em [m].a = espaçamento entre cavernas, em [m] (ver 1.6)

6.1.5.2.2 - Quando o convés possuir cavernamento longitudinal, a espessura da chapa ao lado dasescotilhas não deve ser menor que:

[mm]σ.a1,35.t Dcrit =

a = espaçamento entre cavernas, em [m] (ver 1.6)σD = tensão máxima de compressão devido à flexão longitudinal, em [N/mm2].

6.1.5.2.3 - Não são permitidas reduções na espessura crítica de chapa, devido à navegação restrita.

6.1.5.3 - Trincaniz

Quando a espessura do chapeamento do convés for menor que aquela do chapeamento do costado,deve ser instalada uma chapa trincaniz, tendo a largura do cintado e a espessura do chapeamento docostado.

6.1.5.4 - Espessura Mínima

Após todos os cálculos e eventuais deduções de restrições de navegação, a espessura do convés

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resistente na região de 0,4L, a meia-nau, ao lado das escotilhas, não deve ser menor que o maior dosdois valores seguintes:

tmin = (4,5 + 0,05. L) k1/2 [mm] ou

tE calculado em 6.1.5.5

k = fator de material, conforme Seção 2k = 1,0, para aço naval comumL = comprimento da embarcação, em [m]

6.1.5.5 - Espessura nas Extremidades da Embarcação

A espessura do chapeamento do convés resistente, na região de 0,1 L das extremidades, não deve sermenor que:

tE = 1,2.a. p1/2 + tk [mm] ;

tEmin = 0,95. (5,5 + 0,02.L) [mm]

L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]p = pD ou pL , de acordo com Seção 3, item 3.2.1 ou 3.3.1, tomando-se o maior valor dos doisa = espaçamento entre cavernas, em [m]tk = acréscimo para corrosão (ver Seção 2, 2.10), em [mm]

Na região de 0,1 L das extremidades, a área seccional do convés, fora da região de aberturas, não deveser menor que:

FE = 2.B.tE [cm2]

tE = espessura nas extremidades, em [mm]B = boca da embarcação (ver 1.6), em [m]

Entre a área seccional FE e a área seccional exigida em 0,4 L a meio-navio, as áreas devem ser gradual-mente escalonadas.

6.1.5.6 - Espessura do Chapeamento entre as Escotilhas

A espessura do chapeamento do convés resistente entre as escotilhas, não deve ser menor que o valorobtido pelas seguintes fórmulas:

tm1 = 11,4.a [mm] ou

tm2 = 0,95.(5,0 + 0,02.L) [mm]

L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]a = espaçamento entre cavernas, em [m]

6.2 - CONVESES INFERIORES

6.2.1 - Conveses para Suportar Carga

6.2.1.1 - A espessura da chapa não deve ser menor que:

t = 1,20.a. (pL / k) 1/2 + tk [mm]

tmin = 0,95. (5,5+0,02.L). k [mm], para o segundo convéstmin = 5,7 [mm] , para os conveses inferiores ao segundo

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L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]pL = carregamento devido à carga, de acordo com Seção 3, item 3.3.1a = espaçamento entre cavernas, em [m]tk = acréscimo para corrosão (ver Seção 2, 2.10), em [mm]k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1,0 para aço naval comum.

6.2.1.2 - Deve ser verificada a resistência à flambagem dos painéis de chapa, de acordo com 6.1.5.2,entretanto, não é exigido um valor mínimo da tensão de compressão σD .

6.2.1.3 - Para a obtenção da espessura do chapeamento entre a abertura de escotilhas e a borda daembarcação, e do chapeamento adjacente às braçolas de vante e de ré, deve-se levar em consideraçãoo cálculo de resistência das vigas limites das aberturas de escotilhas.

6.2.2 - Dimensionamento de Conveses para Carregamento sobre Rodas (trailers, carros de pas-seio, empilhadeiras, etc.)

6.2.2.1 - A espessura do chapeamento de conveses para carregamentos sobre rodas deve ser determi-nada pela seguinte fórmula:

t = c.(P.k) 1/2 + 1,5 [mm]

P = Q/n : carga, em [kN], de roda ou grupos de rodas sobre um painel de chapa de dimensões a x b(fig.6.2)

Q = carga por eixo, em [kN]. Para empilhadeiras, Q deve, geralmente, ser o peso total da empilhadeira.n = número de rodas ou grupo de rodas por eixo; no caso de rodas estreitamente espaçadas, estas

podem ser agrupadas em uma única área de contato.c = fator, conforme as fórmulas abaixo (para carregamento sobre rodas somente nas condições de

porto, o fator c pode ser reduzido em 5%, ou seja, deve-se considerar 95% do valor calculado):

1) para b/a = 1

0,1Ff0,3para

Ff0,41.1,22c

3,0Ff0para

Ff4,5.3,5.

Ff1,9c

≤<=

≤<

= -

2) para b/a ≥ 0,25

0,1Ff0,3para

Ff0,5.1,21c

3,0Ff0para

Ff7,2.-5,4.

Ff2,04c

≤<=

≤<

=

-

3) para valores intermediárioa de a/b o fator �c� é obtido por interpolação direta

k = fator de material conforme Seção 2,f = área de contato da roda (ver figura 6.2)F = área do painel de chapa (a. b). F não necessita ser maior que 2,5.a2

a = lado menor do painel de chapa (geralmente, o espaçamento de vaus)b = lado maior do painel de chapa

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Figura 6.2

6.2.2.2 - Quando a área de contato das rodas não é conhecida, ela pode ser aproximadamente determi-nada por:

f = 100. P/p [cm2]p = pressão específica da roda, de acordo com a seguinte tabela:

Tipo de veículo Pressão específica da roda p [bar]

pneus a ar pneus de borracha maciça

carros de passeio 2 -

caminhões 8 -

trailers 8 15

empilhadeiras 6 15

6.2.2.3 - Em vaus e sicordas de convés, a tensão não deve exceder 165/k [N/mm2].

6.3 - CONVESES DE HELICÓPTEROS

6.3.1 - Detalhes Estruturais

6.3.1.1 - A zona de decolagem e pouso deve ser dimensionada para o maior tipo de helicóptero que seespera utilize o convés de helicóptero.

6.3.1.2 - Para determinação de escantilhões, os outros carregamentos (carga, neve/gelo, etc.) devemser considerados, simultânea ou separadamente, dependendo das condições de operação esperadas.Quando estas condições não são conhecidas, os dados contidos em 6.3.2 podem ser utilizados comobase.

6.3.1.3 - As regulamentações seguintes se aplicam às zonas de decolagem/pouso em conveses supor-tados por pés-de-carneiro ou em conveses de superestruturas e casarias.

6.3.2 - Hipóteses de Carregamento

As seguintes condições de carregamento devem ser consideradas:

6.3.2.1 - LC1: helicóptero peiado no convés, com as seguintes forças verticais atuando simultane-amente:

TOMO II - CONVESES ............................................... SEÇÃO 6

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a) Carregamento P, da roda e/ou do �skid� atuando nos pontos resultantes da posição de peação edistribuição das rodas e/ou apoios, de acordo com a construção do helicóptero.

P = 0,75.G [kN]

P = carregamento uniformemente distribuído sobre a área f de contato, em [kN]G = peso máximo admissível de decolagem, em [kN]f = 30 x 30 cm, para uma única roda ou de acordo com os dados fornecidos pelos fabricantes do

helicóptero; para rodas duplas ou bases �skids� duplos, a ser individualmente determinado deacordo com as dimensões dadas

e = distância entre as rodas ou �skids�, de acordo com os tipos de helicópteros esperados

e

P P

b) Uma vez e meia o peso do convés de helicóptero Me em [kN]

c) Carregamento p = 2,0 [kN/m2], uniformemente distribuído sobre todo o convés de pouso.

6.3.2.2 - LC2: helicóptero peiado no convés, com as seguintes forças horizontais e verticais atuandosimultaneamente:

a) forças atuando horizontalmente:

H = 0,6 (G + Me ) + W [kN]

G = peso máximo admissível de decolagem, em [kN]Me = peso do convés do helicóptero, em [kN]W = carregamento do vento tomando em consideração o helicóptero peiado e carga de convés de

uma altura média de 0,5 m; velocidade do vento vw = 50 m/s.

b) forças atuando verticalmente:

V = 0,5 . G + Me [kN]

G = peso máximo admissível de decolagem, em [kN]Me = peso do convés do helicóptero, em [kN]

6.3.2.3 - LC3: impacto normal de pouso, com as seguintes forças atuando simultaneamente:

a) Carga da roda e/ou do �skid� P, simultaneamente em dois pontos, em uma região (mais desfavorável)do convés de helicóptero (zona de pouso + zona de segurança)

P = G [kN]

b) Carregamento p = 0,5 [kN/m2], uniformemente distribuído, tomando em consideração neve ou outroscarregamentos ambientais

c) Peso do convés de helicóptero Me

d) Carregamento do vento, de acordo com a velocidade do vento admitida para operação do helicóptero(vw ). Caso não se tenham dados, vw = 25 m/s pode ser utilizada.

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6.3.3 - Escantilhões dos Elementos Estruturais

6.3.3.1 - As tensões e as forças na estrutura de suporte devem ser obtidas por meio de cálculos diretos.

6.3.3.2 - Tensões admissíveis para reforços, gigantes e fundações:

tração: tensão devido à flexão: σadm = σy / νScompressão: σadm = σVk / νB

σy = tensão de escoamento do materialσVk = tensão de flambagem combinada reduzida, calculada conforme mostrado na Seção2, item

2.6.1.3νS e νB = fatores de segurança, obtidos da tabela abaixo:

νS νB

Elementos principais LC1,LC2 LC3 LC1,LC2 LC3

Reforços (vaus de convés) 1,25 1,1 � �

Gigantes principais (gigantes de convés) 1,45 1,45 1,45 1,45

Estrutura de suporte (sistemas de pés-de-carneiro) 1,7 2,0 1,7 2,0

6.3.3.3 � A espessura do chapeamento deve ser determinada através das fórmulas do item 6.2.2, ondeo coeficiente �c� pode ser reduzido em 5%.

TOMO II - CONVESES ............................................... SEÇÃO 6

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SEÇÃO 7

ESTRUTURA DO FUNDO

7.1 - FUNDO SINGELO

7.1.1 - Hastilhas

7.1.1.1 - Generalidades

7.1.1.1.1 - Hastilhas devem ser colocadas em cada caverna. Para a ligação com cavernas, vide Seção17, item 17.2.6.

7.1.1.1.2 - Em embarcações com pé de caverna, a altura da alma das hastilhas, a 0,1. m das extremida-des do comprimento m (definido no item 7.1.1.2.1) deve ser, quando possível, metade da altura requeridaconforme 7.1.1.2.1. A altura da alma das hastilhas no início do arredondamento do bojo, em navios comgrandes pés de caverna, entretanto, pelo menos no ponto médio da meia boca, medido na cavernarespectiva, não deve ser menor que a altura da alma da caverna .

7.1.1.1.3 - Hastilhas de grande altura, particularmente no tanque de colisão à ré, devem ser providas dereforços contra flambagem.

7.1.1.1.4 - Onde existe uma barra-quilha, e a longarina central não é contínua, as hastilhas devem seestender de costado a costado.

7.1.1.1.5 - As hastilhas devem ter recortes de dreno para permitir que a água escoe até às admissões deaspiração de água do porão.

7.1.1.1.6 - A menos que especificado de outra maneira, os seguintes símbolos são adotados.

L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]B = boca da embarcação (ver 1.6), em [m]D = pontal da embarcação (ver 1.6), em [m]H = calado da embarcação (ver 1.6), em [m]a = espaçamento de cavernas (ver 1.6), em [m]k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comumtk = acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10.

7.1.1.2 - Escantilhões

7.1.1.2.1 - Hastilhas na Região de Porões de Carga

Fora do fundo duplo, ou em embarcações sem fundo duplo, os escantilhões das hastilhas colocadasentre a antepara de colisão à ré e a antepara de colisão à vante devem ser determinados de acordo comas seguintes fórmulas.

O módulo de seção não deve ser menor que:

W = 8,1.(H.a)1/2. m2 [cm3] , para H. a ≤≤≤≤≤ 3,5

W = 4,3.H.a. m2 [cm3] , para H. a > 3,5

TOMO II - ESTRUTURA DO FUNDO ........................... SEÇÃO 7

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m = vão sem apoio, em [m], geralmente medido ao longo da aresta superior das hastilhas, de costa-do a costado; mmin = 0,7.B

Em compartimentos que ficam normalmente vazios quando a embarcação está navegando em seu cala-do máximo, (por exemplo, praças de máquinas, paióis, etc.), o módulo de seção das hastilhas deve seraumentado em 65%. Com referência a hastilhas na praça de máquinas, vide, também, 7.3.1.

A altura da alma das hastilhas não deve ser menor que:

h = 55.B - 45 [mm] ; hmin = 180 [mm]

Para embarcações com pé de caverna, vide 7.1.1.1.2

A espessura da alma não deve ser menor que:

t = h/100 + 3 [mm]

7.1.1.2.2 - Fora da praça de máquinas, e a ré de 0,25 L da PPAV, as hastilhas podem ter flanges em vezde barras-face de barras chatas.

7.1.1.2.3 - Onde a barra-face é cortada na longarina central, a área seccional da conexão soldada nãodeve ser menor que a área seccional da barra face.

7.1.1.2.4 - Hastilhas nos Tanques de Colisão

a) A espessura das hastilhas nos tanques de colisão não deve ser menor que:

t = 0,95 (0,035 L + 5,0) [mm]

A espessura, entretanto, não necessita ser maior que o requerido em 7.2.7.2.

b) A altura das hastilhas no tanque de colisão, à vante, acima do topo da quilha da sapata da roda deproa, não deve ser menor que:

h = 0,06 . D + 0,7 [m]

c) As hastilhas no tanque de colisão, à ré, devem se estender até acima do tubo telescópico.

d) Onde a rotação do propulsor exceder 300 rpm (aprox.), as hastilhas do tanque de colisão, acima dopropulsor, devem ser reforçadas. Particularmente no caso de fundos planos, longarinas adicionaisdevem ser instaladas, acima e à vante do propulsor.

7.1.2 - Longarinas

7.1.2.1 - Generalidades

7.1.2.1.1 - Qualquer embarcação de fundo singelo deve ter uma longarina central. Onde a boca, medidano topo das hastilhas, não exceder 9 metros, uma longarina lateral adicional deve ser colocada, e duaslongarinas onde a boca exceder 9 [m]. Não são requeridas longarinas laterais onde a boca não excede 6metros.

7.1.2.1.2 - Dentro de 0,25 L da PPAV, o espaçamento das longarinas laterais entre sí e até a longarinacentral, não deve exceder 2 x o espaçamento de cavernas normal, conforme Seção 8, item 8.1.1.1.Onde o sistema estrutural transversal for adotado, o espaçamento não deve exceder 1,4 m (vide, Seção5, item 5.5.3).

7.1.2.1.3 - As longarinas centrais e laterais devem se prolongar o máximo possível, à ré e à vante. Devemser unidas às longarinas de um fundo duplo não contínuo ou se estender neste por 2 espaçamentos decaverna.

TOMO II - ESTRUTURA DO FUNDO ........................... SEÇÃO 7

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7.1.2.1.4 - Em embarcações cujo comprimento não excede 40m, perfís (por exemplo, cantoneiras ouperfís em T) contínuos podem ser colocados sobre as hastilhas, em vez das longarinas laterais intercos-tais requeridas em 7.1.2.1.1. A área seccional destes perfís deve ser determinada conforme 7.1.2.2.2.

7.1.2.2 - Escantilhões

7.1.2.2.1 - Longarina Central

A espessura da alma, dentro de 0,7 L a meia-nau não deve ser menor que:

t = 0,95 (0,07L + 5,5) [mm]

A área seccional da barra-face, dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:

f = 0,95 (0,7 L + 12) [cm2]

Em direção às extremidades, a espessura da alma, bem como a área seccional da barra-face, podemser reduzidas em 10%. Furos de alívio devem ser evitados.

7.1.2.2.2 - Longarinas Laterais

A espessura da alma, dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:

t = 0,95 (0,04 L + 5,0) [mm]

A área seccional da barra-face dentro de 0,7 L, a meia-nau, não deve ser menor que:

t = 0,95 (0,2 L + 6,0) [cm2]

Em direção às extremidades, a espessura da alma, bem como a área seccional da barra-face, podemser reduzidas em 10%.

7.2 - FUNDO DUPLO

7.2.1 - Generalidades

7.2.1.1 - Recomenda-se, por razões de segurança, um fundo duplo, a menos que o tamanho (embarca-ções com comprimento menor que L = 50m) ou tipo da embarcação torne este arranjo inadequado. Paranavios de passageiros, vide Seção 23.

7.2.1.2 - Em tanques profundos e em tanques de colisão à ré e a vante, não há necessidade de se proverum fundo duplo.

7.2.1.3 - Em embarcações que recebem a borda-livre permissível para carga de madeira no convés, ofundo duplo deve ser subdividido de forma estanque, dentro de 0,5 L, a meia-nau, pela longarina centralou pelas longarinas laterais.

7.2.1.4 - Se o fundo duplo não é contínuo, da antepara de colisão à ré até a antepara de colisão à vante,a chapa marginal e as longarinas centrais e laterais devem ser unidas à estrutura longitudinal do fundosingelo ou se estender na mesma por 2 espaçamentos de caverna.

7.2.1.5 - Em um arranjo com fundos duplos de alturas diferentes, a continuidade estrutural deve sermantida, dentro de 0,6 L, a meia-nau.

7.2.1.6 - As estruturas de fundo de navios que frequentemente tocam o fundo, quando carregam edescarregam, devem ser reforçadas. Onde o sistema estrutural transversal é adotado, devem ser coloca-das hastilhas em cada espaçamento de caverna, e o espaçamento de longarinas laterais deve serreduzido à metade do espaço requerido em 7.2.3.1. Em navios estruturados longitudinalmente, recomen-da-se adotar o sistema de longarinas do fundo, conforme 7.2.8.5.

TOMO II - ESTRUTURA DO FUNDO ........................... SEÇÃO 7

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7.2.2 - Longarina Central

7.2.2.1 - Arranjo

7.2.2.1.1 - A altura da longarina central será medida do topo da chapa-quilha à face inferior do teto dofundo duplo, e não deve ser menor que o valor conforme 7.2.2.2.

7.2.2.1.2 - É recomendável que a longarina central seja estanque à água, pelo menos na região a 0,5 La meia-nau, caso o fundo duplo não seja subdividido por longarinas laterais estanques à água.

7.2.2.1.3 - Furos de alívio na longarina central são geralmente permitidos somente fora da região a 0,75L a meia-nau. Suas alturas não devem exceder a metade da altura da longarina central, e seus compri-mentos não devem exceder meio espaçamento de caverna.

7.2.2.2 - Escantilhões

A altura e espessura da longarina central, dentro de 0,7.L a meia nau, não deve ser menor que:

a) Altura:h = 350 + 45 .B [mm], hmin = 600 mm

Onde anteparas longitudinais laterais são instaladas, à distância entre as anteparas pode ser utilizadaem vez de B, entretanto não menos que 0,8 B.

b) Espessura:t = 0,95. (h/100 + 1,0) (k)1/2 [mm] para h ≤ 1200 [mm]t = 0,95. (h/120 + 3,0) (k)1/2 [mm] para h ≥ 1200 [mm]

A espessura pode ser reduzida em 10%, para 0,15 L das extremidades.

Para longarinas centrais em praças de máquinas, vide 7.3

7.2.3 - Longarinas Laterais

7.2.3.1 - Arranjo

Deve ser prevista, pelo menos, uma longarina lateral na praça de máquinas e a 0,25 L da proa. Nasdemais partes do fundo duplo, uma longarina lateral deve ser colocada onde a distância horizontal entrea aresta inferior da chapa marginal e a longarina central exceder 4,5m. Devem ser colocadas duaslongarinas laterais onde a distância exceder 10,5m. As distâncias entre as longarinas laterais entre si eaté a longarina central e até a chapa marginal, respectivamente, não devem ser maiores que:

1,8m, na praça de máquinas, dentro da largura dos jazendes do motor4,5m, onde uma longarina lateral é colocada em outras partes do fundo duplo4,0m, onde duas longarinas laterais são colocadas em outras partes do fundo duplo3,5m, onde três longarinas laterais são colocadas em outras partes do fundo duplo.

Na região reforçada do fundo à vante, as distâncias entre as longarinas laterais devem ser determinadasconforme Seção 5, item 5.5.3

7.2.3.2 - Escantilhões

7.2.3.2.1 - A espessura das longarinas não deve ser menor que:

t = 0,95 (h/120) (k)1/2 [mm]

h = altura da longarina central, em [mm], conforme 7.2.2.2.

Pode ser requerida prova de resistência adequada à flambagem das longarinas laterais, quando julgadonecessário. Para reforços sob os jazentes do motor, vide item 7.3.

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7.2.3.2.2 - Os escantilhões de longarinas laterais estanques à água e óleo devem, também, estar deacordo com os requisitos dados em 7.2.7.3.

7.2.3.2.3 - Furos de alívio em longarinas laterais devem ter um tamanho que deixe um restante da chapada alma em volta do furo de, pelo menos, 0,2 da altura da alma das longarinas ou do espaçamento decavernas. Se os furos forem reforçados com barras chatas, o valor acima pode ser reduzido para 0,15.

7.2.3.2.4 - Na região de fundo reforçado, à vante, conforme Seção 5, item 5.5, quaisquer recortes naslongarinas laterais devem se restringir às passagens requeridas para solda e drenagem.

7.2.4 - Chapa Marginal

A espessura da chapa marginal, se prevista, deve ser 20% maior que a espessura do teto do fundo duplo,conforme 7.2.5.1.

7.2.5 - Teto do Fundo Duplo

7.2.5.1 - A espessura do chapeamento do teto de fundo duplo não deve ser menor que o maior valorobtido das seguintes fórmulas:

t1 = 3,61 . a . (H . k)1/2 + tk [mm] ou

t2 = 3,33 . a . (h . k)1/2 + tk [mm]

H = calado de verão do navio, em [m]h = altura do topo do tubo de transbordamento, a partir do teto do fundo duplo, em [m]a = espaçamento de cavernas (ver 1.6), em [m]k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comumtk = acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10

7.2.5.2 - Se nenhuma forração for colocada sobre o teto do fundo duplo, a espessura determinadaconforme 7.2.5.1 deve ser aumentada de 2mm.

7.2.5.3 - A espessura do chapeamento do teto de fundo duplo nunca deve ser menor que:

t3 = 1,05 . a . (pi . k) 1/2 + tk [mm]

pi = carregamento no topo do tanque conforme Seção 3, item 3.3.2.a = espaçamento de cavernas (ver 1.6), em [m]k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comumtk = acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10

7.2.5.4 - Para reforços em regiões que poderão receber o impacto de �grab� (caçamba de guindaste paraa descarga de granel sólido), consulte o BC.

7.2.5.5 - Para reforços do teto do fundo duplo na praça de máquinas, vide 7.3.2.4,

7.2.6 - Tanques do Fundo Duplo

7.2.6.1 - Tanques de Óleo Combustível e de Óleo Lubrificante

7.2.6.1.1 - Em tanques do fundo duplo pode ser transportado óleo combustível para o serviço do navio,cujo ponto de fulgor seja superior a 60oC. Tanques de óleo combustível devem ser separados por coferdamsde tanques de óleo vegetal, tanques de água de alimentação de caldeiras e tanques de água potável.

7.2.6.1.2 - Tanques de óleo lubrificante (especialmente tanques de dreno e/ou circulação) devem serseparados daqueles contendo outros tipos de óleo (por exemplo, óleo diesel) por conferdams.

7.2.6.1.3 - Quando possível, tanques de dreno de óleo lubrificante ou de circulação devem ser separadosdo chapeamento externo.

TOMO II - ESTRUTURA DO FUNDO ........................... SEÇÃO 7

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7.2.6.1.4 - A longarina central em tanques de óleo deve ser estanque, com exceção de tanques de óleoestreitos situados nas extremidades da embarcação, se a largura do fundo duplo nesta região nãoexcede 4 metros, ou em tanques de óleo divididos em três partes por longarinas laterais estanques aoóleo.

7.2.6.1.5 - Com referência à forração acima de tanques de óleo, vide Seção 19, item 19.2.1.3.

7.2.6.1.6 - Com referência a tubos de suspiro, transbordamento e sondagem, vide Seção 19, item 19.5,bem como as Regras de Construção para Máquinas.

7.2.6.1.7 - Para tanques destinados a carregar líquidos com temperatura de 80oC e acima, pode serexigido um cálculo de tensões a temperaturas elevadas, (ver, também, Seção 11, item 11.1.5).

7.2.6.1.8 - Portas de visita para acesso a tanques de fundo duplo de óleo combustível situados abaixo detanques de óleo de carga, não são permitidas, como também nos tanques de óleo de carga e na praçade máquinas (vide, também Seção 21, item 21.1.12.4).

7.2.6.1.9 - A espessura das estruturas não deve ser menor que a espessura mínima determinada pelaSeção 11, item 11.1.6.

7.2.6.2 - Pocetos de Esgoto

a) Os pocetos de esgoto devem ter uma capacidade maior que 0,2 m3. Porões pequenos podem terpocetos menores. Pocetos de esgoto devem ser afastados do chapeamento externo. A Seção 23,item 23.6.5, deve ser aplicada, analogamente, para navios de passageiros.Com referência a pocetosde esgoto para navios pesqueiros, vide Seção 25, item 25.8.4.

b) Com referência ao uso de tampas de portas de visita ou tampas articuladas para acesso à pocetos deesgoto, vide Regras de Construção para Máquinas.

7.2.6.3 - Caixas de Mar

7.2.6.3.1 - A espessura do chapeamento de caixas de mar não deve ser menor que:

t = 3,61 . a . (p . k) 1/2 + tk [mm]

a = espaçamento de reforços, em [m]p = pressão de abertura da válvula de segurança, em [m.c.a]; p não deve ser menor que 20 m.c.a. (2

bar) (vide, também, Regras para Construção de Máquinas).k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comumtk = acréscimo na espessura devido à corrosão, de acordo com a Seção 2, 2.10

7.2.6.3.2 - O módulo de seção dos reforços das caixas de mar não deve ser menor que:

W = 5,5 . a . p . m2 . k [cm3]

a = espaçamento de reforços, em [m]p = pressão de abertura da válvula de segurança, em [m.c.a]; p não deve ser menor que 20 m.c.a. (2

bar) (vide, também, Regras para Construção de Máquinas).k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comumm = vão, sem apoio, do reforço, em [m]

7.2.6.3.3 - As aberturas de entrada de água do mar no chapeamento externo devem ser protegidas porgrades.

7.2.7 - Fundo Duplo em Sistema Estrutural Transversal

7.2.7.1 - Hastilhas Cheias

a) Recomenda-se colocar hastilhas cheias em cada espaçamento de caverna no fundo duplo, se foradotada estrutura transversal.

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b) Devem ser colocadas hastilhas cheias em cada caverna:1- na região do fundo reforçado, à vante, conforme Seção 5, item 5.5.2- na praça de máquinas3- sob os jazentes de caldeiras4- na região de porões de carga, em embarcações previstas para transportar minério.5- sob anteparas transversais6- sob pés-de-carneiro e pilares das extremidades de anteparas longitudinais centrais

c) Em anteparas corrugadas, a Seção 2, item 2.4.4 deve ser observada.

d) Na parte restante do fundo duplo, o espaçamento das hastilhas cheias não deve exceder 3,2 metros,para embarcações de até L = 60 metros, e 2,9 metros, para embarcações de L > 60 metros.

7.2.7.2 - Escantilhões

7.2.7.2.1 - A espessura das hastilhas cheias não deve ser menor que:

t = 0,95 . (h/100 - 1,0) k2 [mm], para h ≤ 1200 [mm]t = 0,95 . (h/120 - 1,0) k2 [mm], para h > 1200 [mm]

t não necessita exceder 16,0 mm.h = altura da longarina central, em [mm],conforme 7.2.2.2k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum

Para cada 10% de acréscimo da altura h, conforme 7.2.2.2, a espessura da hastilha cheia deve seraumentada de 3%, quando for adotado sistema estrutural transversal. Devem ser colocados reforçoscontra flambagem, se necessário, onde a altura da hastilha cheia exceder consideravelmente h, confor-me 7.2.2.2.

7.2.7.2.2 - Nos pontos de apoio, a área seccional das hastilhas cheias não deve ser menor que:

fs = (0,314 . H . m2 . e) . k [cm ]

e = espaçamento das hastilhas cheias, em [m]m = distância entre anteparas longitudinais, se houver, em [m]; m = B, caso não haja anteparas

longitudinaisH = calado de verão do navio = calado máximo do navio, em [m]k = fator de material, conforme a Seção 2; k = 1, para aço naval comum

7.2.7.2.3 - No caso de embarcações pequenas nas quais não é requerida uma longarina lateral (vide7.2.3.1), pelo menos um reforço vertical deve ser colocado em cada hastilha cheia; sua espessura deveser igual à das hastilhas e a altura da alma deve ter, ao menos, a décima-quinta parte (1/15) da altura dalongarina central.

7.2.7.2.4 - Hastilhas cheias podem ter furos de alívio. O comprimento de cada furo não deve exceder 0,75da altura da alma, e o comprimento total dos furos não deve exceder a metade do comprimento da parteda hastilha situada entre a longarina central e a chapa marginal. A altura dos furos de alívio não deveexceder a metade da altura da hastilha. A sua distância da longarina central e da chapa marginal,respectivamente, não deve ser menor que 0,4 da altura da longarina central. Os furos devem ser bemarredondados, observando um raio mínimo de cerca de um terço (1/3) da altura do furo. Em regiões dealtas tensões de cisalhamento, os furos de alívio devem ser evitados, tanto quanto possível.

7.2.7.2.5 - Se hastilhas cheias são colocadas em cada caverna, em vez de hastilhas abertas, os furos dealívio podem ser aumentados em 10%, na altura e em 20%, no comprimento.

7.2.7.2.6 - Em regiões do fundo reforçado à vante, conforme Seção 5, item 5.5, as hastilhas cheiasdevem ser ligadas ao chapeamento do fundo, do costado e do teto do fundo duplo, por solda de filetecontínua. Quaisquer recortes nas hastilhas cheias devem se restringir às passagens necessárias parasolda e drenagem.

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7.2.7.2.7 - Para reforços de hastilhas em praças de máquinas, vide 7.3.2.2.

7.2.7.3 - Hastilhas Estanques à Água

7.2.7.3.1 - A espessura de hastilhas estanques à água não deve ser menor que o requerido para antepa-ras de tanques, conforme Seção 11, item 11.2. Em nenhum caso sua espessura deve ser menor que arequerida para hastilhas cheias, conforme 7.2.7.2.

7.2.7.3.2 - O escantilhão dos reforços de hastilhas estanques à água deve ser determinado pelo definidona Seção 11, 11.2.3.

7.2.7.4 - Hastilhas Abertas

7.2.7.4.1 - Onde são requeridas hastilhas cheias, conforme 7.2.7.1, hastilhas abertas podem sercolocadas.

7.2.7.4.2 - Hastilhas abertas consistem em cavernas de fundo, no chapeamento externo, e de cavernasinvertidas, no teto do fundo duplo, ligadas à longarina central e à chapa marginal por meio de borboletas.

7.2.7.4.3 - O módulo de seção das cavernas de fundo não deve ser menor que:

W = 0,76 . a . pB . m2 [cm3 ]

Wmin = W2, conforme Seção 11, item 11.2.3.1pB = carregamento, conforme Seção 3, item 3.2.3m = vão, sem apoio, em [m], medido de borboleta a borboleta.a = espaçamento entre cavernas, em [m]

7.2.7.4.4 - Para o cálculo do módulo de seção das cavernas invertidas, em vez de pB , o carregamento pido teto do fundo duplo, conforme Seção 3, item 3.3.2, deve ser utilizado na fórmula em 7.2.7.4.3, masconsiderando h, no item 3.3.2, com o valor mínimo da distância do teto do fundo duplo até a linha decalado máximo. O módulo de seção não deve ser menor que W2 , calculado conforme a Seção 11, item11.2.3.1.

7.2.7.4.5 - Cavernas de fundo e cavernas invertidas devem ser contínuas, da borboleta da longarinacentral à borboleta na chapa marginal. Onde elas são interrompidas na longarina lateral, borboletasdevem ser instaladas em ambos os lados da longarina lateral, para garantir o engastamento da cavernado fundo e da caverna invertida; vide, também, 7.2.7.6.1.

7.2.7.5 - Borboletas

7.2.7.5.1 - As borboletas devem ser da mesma espessura que as hastilhas cheias, sem correção para aaltura. Suas larguras medidas no teto do fundo duplo, na longarina central e na chapa marginal, devemser 75% da altura da longarina central, calculada conforme 7.2.2.2. As borboletas devem ser flangeadasnas suas arestas livres, onde o vão de cavernas do fundo exceder 1 metro ou onde a altura das hastilhasexceder 750 mm. A largura do flange deve ser 65 mm, em borboletas com espessura até 10 mm, e 75mm, para espessuras maiores.

7.2.7.5.2 - Em longarinas laterais, as cavernas de fundo e as cavernas invertidas devem ser suportadaspor barras chatas verticais com a mesma altura das cavernas invertidas.

7.2.7.6 - Escoras

7.2.7.6.1 - Se escoras (ou pés-de-carneiro), conforme 7.2.7.6.2, forem colocadas entre a longarina cen-tral, longarinas laterais e chapa marginal, o módulo de Seção das cavernas de fundo e das cavernasinvertidas pode ser reduzido em 40%, permanecendo, portanto, com 60% do módulo

7.2.7.6.2 - A área seccional das escoras ou dos pés de carneiro deve ser determinada pela Seção 9, item9.3.2, utilizando como carga de projeto o maior dos seguintes valores (o grau de esbelteza l da escora

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deve ser, no máximo, igual a 60):

P = 0,5 . pB . a . m [kN] ou

P = 0,5 . pi . a . m [kN]

pB = calculado pela Seção 3, item 3.2.3pi = calculado pela Seção 3, item 3.3.2a = espaçamento entre escoras, em [m]m = vão, de acordo com 7.2.7.4.3 em [m]

7.2.8 - Fundo Duplo em Sistema Estrutural Longitudinal

7.2.8.1 - Generalidades

Onde se troca de sistema estrutural longitudinal para sistema transversal, deve-se prover continuidadeestrutural ou superposição suficiente. Por exemplo, as longarinas laterais devem ser ligadas com aslongitudinais, e a extremidade de cada longitudinal alternada deve ser unida a chapas intercostais que seestendem na região de sistema estrutural transversal por, pelo menos, 2 espaçamentos de cavernas.

7.2.8.2 - Longitudinais do Fundo e do Teto do Fundo Duplo

O módulo de seção deve ser calculado conforme Seção 8, item 8.8.2

7.2.8.3 - Hastilhas Cheias

7.2.8.3.1 - Geralmente, o espaçamento de hastilhas cheias não deve exceder 5 vezes o espaçamentoentre as cavernas longitudinais, mas não deve exceder 3,7m.

7.2.8.3.2 - Hastilhas cheias devem ser colocadas em cada caverna nas praças de máquinas, sob amáquina propulsora principal, bem como nas regiões definidas em 7.2.7.1.

7.2.8.3.3 - Em praças de máquinas, hastilhas cheias devem ser colocadas em cada caverna alternada,exceto nas regiões definidas em 7.2.8.3.2.

7.2.8.3.4 - Com referência a hastilhas cheias na região do fundo reforçado à vante, a Seção 5, 5.5, deveser observada.

7.2.8.3.5 - A espessura de hastilhas cheias deve ser determinada conforme 7.2.7.2.1. Para a áreaseccional requerida, 7.2.7.2.2 deve ser observado.

7.2.8.3.6 - As hastilhas cheias devem ser reforçadas em cada longitudinal por um prumo com osescantilhões das longiatudinais do teto do fundo duplo. A altura do prumo não necessita exceder 150mm.

7.2.8.4 - Borboletas

7.2.8.4.1 - Entre hastilhas, devem ser colocadas borboletas flangeadas, com espessura igual à dashastilhas, no costado (chapa marginal), em cada espaçamento de caverna, estendendo-se até às longi-tudinais externas do fundo e do teto do fundo duplo. Sua largura, medida no teto do fundo duplo, deve sercerca de 75% da altura da longarina central.

7.2.8.4.2 - Uma borboleta deve ser colocada em cada lado da longarina central, entre as hastilhas, ondeo espaçamentos das hastilhas não excede 2.5m. Onde o espaçamento for maior, devem ser colocadasduas borboletas em cada lado da longarina central.

7.2.8.5 - Sistema com Longarinas de Fundo

7.2.8.5.1 - Onde longarinas de fundo (gigantes) forem instaladas, em vez de longitudinais do fundo (nãogigantes), o espaçamento de hastilhas pode ser maior que o exigido em 7.2.8.3.1, desde que seja

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comprovada a resistência adequada da estrutura.

7.2.8.5.2 - A espessura da chapa de longarinas de fundo não deve ser menor que:

t = 0,95 (4,0 + 0,04 L).k1/2 [mm] ; tmin = 5,7 . k1/2 [mm]

7.2.8.5.3 - Recomenda-se, nas longarinas de fundo, furos de alívio de forma elíptica. Onde o espaçamentode hastilhas exceder 3 espaçamentos de cavernas transversais, recomenda-se colocar 2 furos de alívio;as longarinas devem ser reforçadas com prumos e reforços horizontais contra flambagem.A razão entre a altura da alma e a espessura da longarina no restante das longarinas, na região dos furosde alívio (tanto no fundo externo como no teto do fundo duplo), não deve exceder 35. Além disso, essasfiadas devem ter os módulos de seção exigidos para longitudinais do fundo e do teto do fundo duplo,respectivamente. No respectivo cálculo, pode ser utilizado, como vão sem apoio, o comprimento dosfuros de alívio. Recortes para drenagem e soldagem nas longarinas devem ser colocados o mais afasta-do possível do centro dos furos de alívio.

7.2.8.5.4 - Os escantilhões de longarinas de fundo estanques à água ou ao óleo, não devem ser menoresque os exigidos para anteparas de tanques, conforme Seção 11, item 11.2.

7.2.8.5.5 - Onde longarinas do fundo, conforme 7.2.8.5.1, são colocadas também na região de vante donavio, os seus respectivos espaçamentos e os espaçamentos das hastilhas na região de fundo reforça-do, à vante, devem ser determinados, conforme Seção 5, item 5.5.

7.2.8.5.6 - Na região de fundo reforçado, à vante, conforme Seção 5, item 5.5, quaisquer recortes naslongarinas devem se restringir às passagens necessárias para solda e drenagem.

7.2.9 - Teste de Estanqueidade

7.2.9.1 - Cada compartimento ou tanque de um fundo duplo que deve ser testado quanto à suaestanqueidade com uma coluna d�água correspondente à pressão máxima de serviço que possa ocorrer;geralmente, isto corresponde a uma coluna d�água até o ponto mais alto do tubo de suspiro.

7.3 - ESTRUTURA DO FUNDO DA PRAÇA DE MÁQUINAS NA REGIÃO DA INSTALAÇÃO PROPULSORAPRINCIPAL

7.3.1 - Fundo Singelo

7.3.1.1 - Os escantilhões das hastilhas devem ser determinados conforme 7.1.1.2.1, para o maior vãosem apoio medido na praça de máquinas, o qual, entretanto, não deve ser adotado menor que 0,7.B (B= boca da embarcação, em [m] - ver 1.6). Entre as longarinas do jazente (na região do carter), o módulode seção pode ser reduzido em até 40%.

7.3.1.2 - A altura das hastilhas, na região dos jazentes do motor, deve ser aumentada, quando possível.A altura das hastilhas ligadas a cavernas gigantes deve ser similar à altura das longarinas do jazente. Naregião do carter, a altura não deve ser menor que 0,5 . h. A espessura não deve ser menor que:

t = 0,95 (h/100 + 4) [mm]

h = vide 7.1.1.2.1

7.3.1.3 - A espessura das longarinas dos jazentes deve ser determinada conforme 7.3.3.2.1.

7.3.1.4 - Na região das longarinas dos jazentes não é necessária a colocação de longarina central. Nolugar desta devem ser colocados perfís intercostais de docagem. A área seccional destes perfís dedocagem não deve ser menor que:

f = 0,95 (10 + 0,2L) [cm2]

L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]

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Não são necessários perfís de docagem onde é prevista uma barra-quilha. Borboletas unindo as hastilhasà barra-quilha devem ser colocadas em cada lado das hastilhas.

7.3.2 - Fundo Duplo

7.3.2.1 - Generalidades

7.3.2.1.1 - Furos de alívio na região dos jazentes do motor devem ser tão pequenos quanto possível, coma devida consideração, entretanto, à acessibilidade. Onde necessário, as arestas dos furos de alíviodevem ser reforçadas por meio de barras-face ou nos painéis.

7.3.2.1.2 - Reforços locais devem ser previstos além dos seguintes requisitos mínimos, conforme aconstrução e as condições locais.

7.3.2.2 - Hastilhas

Hastilhas cheias devem ser colocadas em cada caverna. A espessura das hastilhas, conforme 7.2.7.2,deve ser reforçada como segue:

3,6 + N/500 [por cento]; mínimo de 5%, máximo de 15%

N = potência de um motor de propulsão, em [kW].

7.3.2.3 - Longarinas Laterais

7.3.2.3.1 - A espessura de longarinas laterais, sob uma chapa de topo de jazente inserida no teto dofundo duplo, deve ser igual à espessura das longarinas do jazente acima do teto do fundo duplo, confor-me 7.3.3.2.1.

7.3.2.3.2 - Longarinas laterais com a espessura de longarinas de fundo, conforme 7.3.3.2, devem sercolocadas sob as longarinas de jazentes em toda a altura do fundo duplo. Onde duas longarinas naslaterais são colocadas em cada lado do motor, uma pode ter metade da altura sob o teto do fundo duplo,para motores de até 3000 kW.

7.3.2.3.3 - Longarinas laterais sob longarinas de jazentes, devem ser prolongadas nos espaços adjacen-tes e ligadas à estrutura do fundo. Este prolongamento, à ré e à vante das anteparas da praça demáquinas, deve ser de 2 a 4 espaços de cavernas, se possível (com instalação de máquinas à ré,somente à vante da praça de máquinas).

7.3.2.3.4 - Na região do jazente não é requerida longarina central (vide 7.3.1.4).

7.3.2.4 - Teto do Fundo Duplo

Entre as longarinas do jazente, a espessura do chapeamento do teto do fundo duplo, conforme 7.2.5.1,deve ser aumentada de 2mm. A chapa reforçada deve se prolongar além das extremidades do jazente domotor, por 3 a 5 espaçamentos de cavernas.

7.3.3 - Jazente do Motor

7.3.3.1 - Generalidades

7.3.3.1.1 - Os seguintes regulamentos se aplicam para motores de baixa rotação. Jazentes paramotores de média e alta rotação, bem como para turbinas, serão considerados especialmente.

7.3.3.1.2 - A rigidez do jazente do motor e da estrutura do fundo, na vizinhança, deve ser adequada paramanter dentro dos limites permissíveis as deformações do sistema, devido a todos os carregamentos.Em casos especiais, podem ser requeridas comprovações das deformações e tensões.A deflexão do conjunto do motor com seu jazente, ao longo do comprimento do motor, não deve ultrapas-sar 1 [mm], no calado da embarcação que resulte a máxima deflexão do jazente. Adicionalmente à

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deflexão do motor + jazente, também devem ser levadas em conta as deflexões dos braços do munhãodo eixo-de-manivelas (�crank webs�), e que pode passar a limitar a deflexão admissível do motor em umvalor muito inferior a 1 [mm].

7.3.3.1.3 - Na fase inicial de projeto dos jazentes, deve ser criteriosamente considerada uma transmis-são suficiente das forças transversais e longitudinais.

7.3.3.1.4 - Os parafusos para fixação do motor no jazente devem estar a uma distância, da longarina dojazente, igual ou menor que 3.d (d = diâmetro dos parafusos de fixação). Onde a distância dos parafusosfor maior, deve ser fornecida prova de equivalência.

7.3.3.1.5 - Em toda a faixa de velocidade da instalação propulsora principal para serviço contínuo, nãodevem ocorrer ressonâncias com amplitudes de vibração inadmissíveis; se necessário, devem ser feitasmodificações estruturais para evitar tais freqüências de ressonância. Caso contrário, deve ser previstauma faixa de bloqueio. Dentro de -10% a 5% em relação à velocidade nominal de serviço, não é permi-tida uma faixa de bloqueio. O Bureau Colombo pode exigir uma análise de vibrações e, se necessário,a medição das vibraçõees.

7.3.3.2 - Longarina de Fundo

7.3.3.2.1 - A espessura de longarinas de fundo, acima do teto do fundo duplo, não deve ser menor que:

t = (N/15)1/2 + 6 [mm], para N < 1500 kWt = N/750 + 14 [mm], para N ≤ 7500 kWt = N/1875 + 20 [mm], para N ≥ 7500 kW

N = potência de um motor de propulsão, em [kW]

7.3.3.2.2 - Onde duas longarinas de fundo são colocadas em cada lado do motor, suas espessuras,conforme 7.3.3.2.1, podem ser reduzidas de 4mm.

7.3.3.2.3 - As dimensões (largura e espessura) da chapa do topo devem ser suficientes para conseguiruma fixação e apoio eficiente do motor e, dependendo da altura do jazente e do tipo do motor, rigideztransversal adequada. A espessura da chapa de topo deve ser aproximadamente igual ao diâmetro dosparafusos utilizados. A área seccional da chapa de topo não deve se menor que:

FT = N/15 + 30 [cm2], para N ≤ 750 kW

FT = N/75 + 70 [cm2], para N > 750 kW

Quando dois motores de propulsão são instalados, deve ser prevista uma chapa de topo contínua, nocaso dos motores operarem acoplados a um único eixo propulsor.

7.3.3.2.4 - As longarinas do jazente do motor deverão ser suportadas transversalmente através de caver-nas gigantes ou anteparas de asa. Os escantilhões das cavernas gigantes devem ser determinadosconforme Seção 8, item 8.1.8.

7.3.3.2.5 - De preferência, devem ser utilizadas soldas com chanfro duplo (k) nas ligações da chapa detopo com longarinas ou hastilhas com espessuras maiores que cerca de 15mm (vide, também, Seção17, 7.2.3.

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SEÇÃO 8

CAVERNAS

8.1 - ESTRUTURA TRANSVERSAL

8.1.1 - Generalidades

8.1.1.1 - Espaçamento de Cavernas

8.1.1.1.1 - O espaçamento de cavernas transversais, desde 0,2.L à ré da PPAV até a antepara de colisãoà ré, deve ser determinado através da seguinte fórmula:

ao = L/500 + 0,48 [m]; aoMAX = 1,0 m

8.1.1.1.2 - À vante da antepara de colisão de vante e à ré da antepara de colisão à ré, o espaçamento decavernas não deve, geralmente, exceder 600mm.

8.1.1.2 - Definições

k = fator de material, conforme Seção 1; k = 1, para aço naval comumm = vão, sem apoio, em [m], incluindo ligações de extremidades geralmente não menores que

(L/12)1/2.

Entretanto, sob certas condições, o valor mínimo de m pode ser tomado menor que (L/12)1/2, comosegue:mmin = 2,5m, onde são instaladas escoas suportadas por cavernas gigantes, ou onde cavernas refor-

çadas (por exemplo, cavernas de arqueação são colocadas em cavernas alternadas, e cujomódulo de seção é, no mínimo, 2,5 vezes o valor determinado de acordo com 8.1.2.1.1 ou8.1.5.2.1)

mmin = 2,0m, para cavernas de superestruturas não efetivas, conforme Seção 14, item 14.1.1.pS = carregamento, em [kN/m ], conforme Seção 3, item 3.2.2n = 0,63 - L/400a = espaçamento entre cavernas (ver 1.6), em [m]L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]D = pontal da embarcação (ver 1.6), em [m]

8.1.2 - Cavernas de Porão

8.1.2.1 - Escantilhões

8.1.2.1.1 - O módulo de seção das cavernas de porões não deve ser menor que:

W = k2 . n . a . m2 . pS . f [cm3]

f = [1,4 � (h/0,25). m] 0,95; fmin = 0,9h = altura da borboleta, em [m], acima do topo das hastilhas ou topo do tanque (ver fig. 8.1)

8.1.2.1.2 - As cavernas de porão devem se estender, pelo menos, até o convés mais baixo e, em navioscom mais de 3 conveses, pelo menos, até o convés acima do convés mais baixo.

8.1.2.1.3 - Onde as cavernas de porão são suportadas por um convés estruturado longitudinalmente, as

TOMO II - CAVERNAS ............................................. SEÇÃO 8

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cavernas colocadas entre cavernas gigantes devem ser ligadas aos longitudinais adjacentes, por borbo-letas. Os escantilhões das borboletas devem ser deteminados conforme a Seção 2, item 2.4.2, emfunção do módulo de seção das cavernas.

8.1.2.1.4 - Se as cavernas podem ser consideradas como adequadamente engastadas também em suasextremidades superiores, pode ser permitida uma redução no módulo de seção determinado conforme8.1.2.1.1. As tensões permissíveis estipuladas em 8.1.2.1.5 devem ser observadas.

Figura 8.1

8.1.2.1.5 - Se os escantilhõs das cavernas principais são determinados por cálculos de resistência, asseguintes tensões admissíveis devem ser observadas:tensão de flexão: σb = 180 N/mm2

tensão de cisalhamento: τ = 110 N/mm2

tensão combinada: ]/[.200.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

8.1.3 - Cavernas em Tanques

8.1.3.1 - O módulo de seção de cavernas em tanques deve ser aumentado de 10% acima do valor,conforme 8.1.2.1.1 ou 8.1.5.2.1. O módulo de seção não deve ser menor que o citado na Seção 11, item11.2.3, para W2.

8.1.3.2 - Em porões que também serão utilizados como tanques de lastro, conforme Seção 11, item11.4, o módulo de seção das cavernas não deve ser menor que:

W = k . 0,53 . a . m2 . p1 [cm3]

p1 = carregamento, conforme Seção 3, item 3.4.1

Onde os escantilhões das cavernas em tanques são determinados por cálculos de resistência, as se-guintes tensões admissíveis devem ser observadas:tensão de flexão: σb ≤ 150/k N/ mm2

tensão de cisalhamento: τ ≤ 100/k N/ mm2

tensão combinada: ]/[/180.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

8.1.4 - Borboletas Laterais de Tanques e Borboletas do Bojo

8.1.4.1 - A espessura das borboletas laterais dos tanques ou das borboletas do bojo, no fundo duplo, nãodeve ser menor que:

TOMO II - CAVERNAS ............................................. SEÇÃO 8

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t = (0,5 . D + 5,0) . 0,95 [mm] ; tMAX = 14,3 mm

Para navios com 3 ou mais conveses, D não necessita ser maior que L/12.Para navios de apenas um convés, a espessura deve ser aumentada em 10%.

8.1.4.2 - Borboletas laterais dos tanques ou borboletas do bojo devem ser flangeadas onde o módulo deseção da caverna exceder 30 cm3. A largura do flange não deve ser menor que 75mm.

8.1.4.3 - Para a ligação de cavernas principais e borboletas laterais de tanques, vide Seção 17, item17.2.6.1.

8.1.5 - Cavernas de Cobertas (�Tween Decks�) e de Superestruturas

8.1.5.1 - Generalidades

Em embarcações com velocidade maior que 1,6.(L)1/2 [nós], as cavernas do castelo à vante de 0,1.L daPPAV, devem ter, pelo menos, os mesmos escantilhões que as cavernas localizadas entre o primeiro eo segundo conveses. Se outras superestruturas ou grandes casarias estiverem dispostas sobre supe-restruturas, pode ser requerido reforço das cavernas dos espaços abaixo. Para cavernas de cobertas emtanques, devem ser observados os requisitos de 8.1.3.

8.1.5.2 - Escantilhões

8.1.5.2.1 - O módulo de seção de cavernas de cobertas e superestruturas, não deve ser menor que:

WS = k . 0,76 . a . m2 . pS [cm3]

pS não deve ser menor que pmin = 0,4 . pL . (b/m)2 [kN/m2]b = comprimento do vau da coberta abaixo da respectiva caverna da borboleta, em [m]pL = carregamento na coberta; para topos de tanques, p é um carregamento correspondente à meta-

de da distância do topo do tanque ao topo de suspiro, não menor, entretanto, que 12,3 [kN/m2]a = espaçamento entre cavernas, em [m].

Se nas cobertas for utilizado sistema estrutural longitudinal, pmin não necessita ser considerado paracavernas de cobertas situadas entre vaus gigantes.

Para cavernas de cobertas ligadas em sua extremidade inferior a vaus gigantes, pmin deve ser multiplica-do pelo fator f1 = 0,75 + 0,25.e/a, onde e = espaçamento dos vaus gigantes, em [m] e a = espaçamentoentre cavernas, em [m].

8.1.5.2.2 - Para cavernas de cobertas, o valor W/m2 não necessita ser maior que o das cavernas princi-pais situadas abaixo delas.

8.1.5.3 - Fixação de Extremidade

Cavernas de cobertas e de superestruturas devem estar ligadas às cavernas ou ao convés. A fixaçãoda extremidade pode ser realizada conforme Fig. 8.2.

Figura 8.2

TOMO II - CAVERNAS ............................................. SEÇÃO 8

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8.1.6 - Cavernas no Pique de Vante e na Região da Popa

8.1.6.1 - Cavernas no Pique de Vante

8.1.6.1.1 - O módulo de seção das cavernas no pique de vante não deve ser menor que:

WS = k . 0,76 . a . m2 . pS [cm3]

m = vão, sem apoio, das cavernas, em [m], incluindo as ligações de extremidades. O vão m não deveser menor que 2,0 metros.

a = espaçamento entre cavernas, em [m]

8.1.6.1.2 - Se o comprimento do pique de vante não excede 0,06 L, o módulo de seção requerido a meiocomprimento do pique de vante é mantido para todo o comprimento.

8.1.6.1.3 - As cavernas dos piques de vante devem ser ligadas às escoas, de modo que seja garantidasuficiente resistência ao cisalhamento.

8.1.6.1.4 - Em navios com comprimento menor que 30 metros, as cavernas do pique de vante devem tero mesmo módulo de seção que as cavernas de porões.

8.1.6.1.5 - Em piques utilizados como tanques, o módulo de seção das cavernas do pique de vante nãopode ser menor que o requerido pela Seção 11, item 11.2.3, para W2

8.1.6.2 - Cavernas na Região de Popa

8.1.6.2.1 - As cavernas na região de popa (popa tipo cruzador), inclinadas em relação ao plano transver-sal, devem ter um espaçamento de não mais que 600mm e se estender até o convés acima do topo dopique tanque à ré, mantendo os escantilhões de cavernas dos piques tanques de vante.

8.1.6.2.2 - Para suportar as cavernas na região de popa fora do pique de ré, pode ser exigida uma escoaadicional, caso as cavernas sejam inclinadas consideravelmente e não fixadas verticalmente em relaçãoao costado.

8.1.7 - Reforços na Região de Vante e de Ré

8.1.7.1 - Séries de Vaus

8.1.7.1.1 - À vante da antepara de colisão, dentro do pique de vante, e até o convés mais inferior acimada linha d�água, devem ser previstas séries de vaus (vaus em cavernas alternadas), geralmente comespaçamento vertical, entre si e até a borda superior das hastilhas e convés do pique, de não mais que2,6 metros.Sobre as séries de vaus, devem ser previstas escoas ligadas ao chapeamento do costado, por soldacontínua, e com cada caverna, através de borboletas.Os escantilhões das escoas devem ser determinados como segue:

Largura b = 75.(L)1/2 [mm]Espessura t = 0,95.(6,0 + L/40) [mm]

8.1.7.1.2 - A área secional fB de cada vau de uma série não deve ser menor que:

100][10.5.

100][.0045,095

.10

24

2

22

>=

≤−

=

λλ

λλ

paracmpf

paracmpf

B

B

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λ = m/i = grau de esbelteza do vaum = vão, sem apoio, do vau, em [cm]i = (J/fB )1/2 = raio de giro do vau, em [cm]J = menor momento de inércia do vau, em [cm4]p = A . pS [kN]A = área de carregamento do vau, em [m2]

Se o comprimento do pique de vante não excede 0,06 L, o carregamento a meio comprimento do piquede vante pode ser aplicado para a determinação dos escantilhões de todos os vaus.

8.1.7.1.3 - No pique de ré, séries de vaus com escoas, geralmente espaçados verticalmente em 2,6metros, conforme 8.1.7.1.1, devem ser previstas onde a forma do navio o permite.

8.1.7.1.4 - Deve ser evitada solda intermitente nas escoas no pique de ré. Quaisquer recortes devem serestringir a passagens de solda e dreno.

8.1.7.1.5 - Se os piques de ré são utilizados como tanques, as escoas devem ter flanges ou barras-facenas arestas internas. As escoas devem formar uma linha contínua de suporte com as travessas daantepara de colisão (vide Seção 10, item 10.2.3.4).

8.1.7.1.6 - Onde forem colocados conveses perfurados em vez de séries de vaus, seus escantilhõesdevem ser determinados como para anteparas-diafragma, conforme Seção 11, item 11.8. Os requisitosrelativos a f B em 8.1.7.1.2, no entanto, devem ser atendidos.

8.1.7.2 - Vaus Gigantes e Escoas

8.1.7.2.1 - Onde vaus gigantes e escoas de suporte forem colocados em vez de séries de vaus, seusescantilhões devem ser determinados, como segue:

a) Módulo de seção:

W = k . 0,57 . e . m2 . pS . n [cm3]

b) Área seccional nos suportes:

f = k . 0,058 . e . m1 . pS [cm]

e = largura da área suportada, em [m]m = vão,sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3, sem considerar as ligações de suportem1 = similar a m, considerando, entretanto, as ligações de suporten = coeficiente, conforme a tabela seguinte:

Número de ligações de suporte n

0 1,0

1 0,5

2 0,3

≥ 3 0,2

Geralmente, o espaçamento vertical entre escoas não deve exceder 2,6 m.

8.1.7.2.2 - Geralmente, os gigantes devem ser ligados entre si por ligações de suporte cuja área secci-onal deve ser estabelecida conforme 8.1.7.1.2.

8.1.7.3 - Cavernas Gigantes e Escoas em Cobertas (�Tween Decks�) e Conveses de Superestruturas

Em navios com velocidade acima de 1,6 (L)1/2 [nós] ou em navios com um alargamento considerável da

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forma, na proa, escoas e gigantes, conforme 8.1.7.2, devem ser previstas, à vante de 0,2 L da PPAV, naregião de cobertas e superestruturas.

8.1.7.4 - Borboletas Contra Flambagem

8.1.7.4.1 - Entre o ponto de maior boca da embarcação, na linha de calado máximo, e a antepara decolisão de vante, devem ser previstas borboletas contra flambagem, conforme Fig. 8.3, espaçadas emnão mais de 2,6 metros, verticalmente. A espessura das borboletas deve ser determinada, conforme8.1.7.1.1. Onde for fornecida prova de segurança contra flambagem, as borboletas contra flambagempodem ser parcial ou completamente dispensadas.

8.1.7.4.2 - Na mesma região devem ser previstas borboletas contra flambagem, conforme 8.1.7.4.1,entre cobertas e superestruturas, cuja distância vertical entre si é de 3 [m] ou mais.

8.1.7.4.3 - Se os piques ou outros compartimentos à vante da antepara de colisão de vante serãoutilizados como tanques, devem ser previstas borboletas contra flambagem, conforme 8.1.7.4.1, entreséries de vaus, conforme 8.1.7.1.

8.1.8 - Cavernas Gigantes na Praça de Máquinas

8.1.8.1 - Arranjo

8.1.8.1.1 - Em praças de máquinas e de caldeiras, devem ser previstas cavernas gigantes. Geralmente,elas devem se estender até o convés contínuo mais elevado. Onde o pontal for 4 metros, as cavernasgigantes devem ser espaçadas de 3,5 metros, em média, e, onde o pontal for 14 metros, elas devem serespaçadas de 4,5 metros, em média.

8.1.8.1.2 - Para motores de combustão até cerca de 400 kW, as cavernas gigantes devem ser geralmen-te colocadas nas extremidades de vante e de ré do motor. Para motores de combustão de 400 à 1500kW, uma caverna gigante adicional deve ser prevista a meio comprimento do motor, e, para motores depotência maior, pelo menos mais duas cavernas gigantes adicionais devem ser previstas.

Figura 8.3

8.1.8.1.3 - Onde motores de combustão estão instalados à ré, escoas espaçadas de 2,6m devem serprevistas na praça de máquinas, alinhadas com as escoas do pique-tanque à ré, se houver, ou ascavernas principais devem ser adequadamente reforçadas. Os escantilhões das escoas devem ser se-melhantes aos das cavernas gigantes. Pelo menos, uma escoa deve ser prevista onde a altura até oconvés mais inferior for menor que 4m.

8.1.8.1.4 - Para a estrutura do fundo na praça de máquinas, vide Seção 7, item 7.3.

8.1.8.2 - Escantilhões

8.1.8.2.1 - O módulo de seção das cavernas gigantes não deve ser menor que:

W = k . 0,76 . e . m2 . pS [cm3]

TOMO II - CAVERNAS ............................................. SEÇÃO 8

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e = espaçamento de cavernas gigantes, em [m]m = vão, em [m]; vide Seção 3, 3.3.

O momento de inércia das cavernas gigantes não deve ser menor que:

J = D . (4,5. D - 3,75) . c . 102 [cm4] onde 3 m ≤ D ≤ 10mJ = D . (7,25 . D - 31) . c . 102 [cm4] onde D > 10mc = 1 + (DU - 4) . 0,07DU = altura até o convés mais inferior, em [m].

Os escantilhões das almas devem ser calculados como segue:

altura h = 50 . D [mm]; hmin = 250mmespessura t = 0,95 . h/(32 + 0,03.h) [mm]; tmin = 8,0 mm

8.1.8.2.2 - Navios com pontal menor que 3 metros, devem ter cavernas gigantes com escantilhões dealma de, pelo menos, 250 x 8mm, e uma área seccional mínima, da barra-face, de 12 cm2.

8.2 - LONGITUDINAIS

8.2.1 - Generalidades

8.2.1.1 - Longitudinais (do fundo e do costado) devem ser contínuas através de hastilhas e gigantes. Asligações de suas almas com as almas de hastilhas e gigantes devem ser de forma que as forças de apoiosejam transmitidas. A tensão de cisalhamento permissível, de 100/k N/mm2, não deve ser excedida.

8.2.1.2 - Onde longitudinais do fundo ou do costado são interrompidas em anteparas transversais, borbo-letas devem passar através das anteparas transversais. Na região dos flanges superior e inferior docasco, a área seccional das borboletas nas anteparas, deve ser 1,25 vezes a área seccional dos longi-tudinais. O comprimento da solda ligando borboletas e longitudinais, deve ser cerca de 2 vezes a alturado perfil, de modo que a área seccional da junta soldada seja, pelo menos, 1,5 vezes a área do perfil.Podem ser considerados outros projetos equivalentes.

8.2.1.3 - Fora da região dos flanges superior e inferior do casco, as áreas seccionais estipuladas em8.2.1.2 podem ser reduzidas em 20%.

8.2.1.4 - Onde longitudinais de fundo são interrompidas em hastilhas estanques e anteparas, elas devemser ligadas às hastilhas por borboletas da espessura das hastilhas, e com um comprimento de solda naslongitudinais igual a 2 vezes a altura das longitudinais. Onde as longitudinais são ligadas às hastilhasestanques ou às anteparas, o comprimento de solda pode ser reduzido. (Para sistema estrutural longitu-dinal, em fundos duplos, vide Seção 7, item 7.2.8).

8.2.2 - Definições

k = fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comuma = espaçamento de longitudinais, em [m]m = vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3.3p = carregamento, em [kN/m2]

= pB , conforme Seção 3, item 3.2.3, para longitudinais de fundo= pS , conforme Seção 3, item 3.2.2, para longitudinais de costado= p1 ou p1', conforme Seção 3, item 3.4.1, para longitudinais de costado, bem como travessas de

anteparas longitudinais laterais, na região de tanques e em porões previstos para serem lastrados.= pd , conforme Seção 3, item 3.4.2, para longitudinais de costado e para travessas de anteparas

longitudinais laterais,em tanques que podem estar parcialmente cheios= pD , conforme Seção 3, item 3.2.1, para longitudinais do convés resistente= pi , conforme Seção 3, item 3.3.2, para longitudinais do teto do fundo duplo, entretanto, não

menor que o carregamento correspondente à distância entre o teto do fundo duplo e a linha docalado máximo.

σD = tensão normal máxima, devida à flexão longitudinal, em [N/mm2], no nível do convés resistente,

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na parte lateral do convésσB = tensão normal máxima, devida à flexão longitudinal, em [N/mm2], no fundoz = distância do elemento estrutural à linha de base, em [m].

Se σD e σB são desconhecidas, as tensões admissíveis, devido à flexão longitudinal σP, conforme a Seção4, item 4.3.1.3, devem ser utilizadas.

8.2.3 - Escantilhões

8.2.3.1 - O módulo de seção de longitudinais do fundo e do convés resistente não deve ser menor que:

W = w . a . m2 . p [cm3]

w = 83,3 /σadm ; wmin = k . n para 0,4.L a meia-nauw = k . n para 0,1 L, nas extremidades (proa e popa)n = 0,55, onde devem ser utilizadas, para o carregamento p, as seguintes pressões de projeto devido

à carga e enchimento dos tanques:pC (Seção 3, 3.3.1)pi (Seção 3, 3.3.2)p1 , p1' (Seção 3, 3.4.1)

n = 0,70, onde devem ser utilizadas para o carregamento p, as seguintes pressões de projeto devidoa carregamentos externos e carregamentos devido ao movimento de líquidos em tanques parci-almente cheios:

pD (Seção 3, de 3.2.1.1 a 3.2.1.3)pS , pB (Seção 3, 3.2.2 e 3.2.3)pd (Seção 3, 3.4.2)

Entre as regiões a 0,4 L, a meia-nau,e 0,1 L das extremidades, w deve ser gradualmente reduzido. Astensões admissíveis σadm devem ser determinadas conforme as fórmulas abaixo, onde, para σB e σD ,devem ser utilizadas tensões absolutas.

1) Abaixo do eixo neutro da respectiva seção transversal da embarcação:

Dz

kL DB

Badmσσσσ +

⋅+−⋅

+= 230

5008,0

2) Acima do eixo neutro da respectiva seção transversal da embarcação:

( )D

zk

L DBBadm

σσσσ +⋅−+⋅+= 230.0035,065,0

8.2.3.2 - O vão m não deve ser tomado menor que 1,8 metros, para longitudinais do fundo dentro daregião de fundo, reforçado à vante, de acordo com a Seção 5, item 5.5.

8.2.3.3 - Em tanques, o módulo de seção não deve ser menor que W2 , conforme Seção 11, item11.2.3.1.

8.2.3.4 - O momento de inércia de longitudinais de convés e do fundo, na região dos flanges superior einferior do casco, dentro de 0,6L, a meia-nau, não deve ser menor que o exigido na Seção 2, item 2.6.4.3.

8.2.3.5 - Com referência à resistência à flambagem de longitudinais, deve ser observada a Seção 2, item2.6.4.

8.2.3.6 - Na determinação do módulo de seção de longitudinais localizados junto a uma fiada do bojo quenão é reforçada longitudinalmente, a largura r/3 + a/2 deve ser utilizada em vez de a, na fórmula em8.2.3.1.

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Figura 8.4

Para efeito de segurança contra flambagem, o espaçamento de gigantes deve ser menor que 12 vezes alargura da barra-face da longitudinal ou, senão, uma borboleta adicional deve ser colocada a meioespaçamento de gigantes.

8.2.3.7 - O módulo de seção de longitudinais de costado em tanques, não necessita exceder o módulode seção de longitudinais do fundo, para o mesmo espaçamento e mesmo vão.

8.2.3.8 - Se os escantilhões de longitudinais forem determinados por cálculos de resistência, a tensãototal resultante das tensões devidas à flexão local e das tensões normais devidas à flexão longitudinal,não deve exceder.

σσσσσt= 230/k [N/mm2]

A tensão de flexão local não deve exceder:

σbm = 150/k [N/mm2], para aqueles carregamentos para os quais, conforme 8.2.3.1, o fator n = 0,55σbm = 120/k [N/mm2], para aqueles carregamentos para os quais, conforme 8.2.3.1, o fator n = 0,70.

8.2.3.9 - Quando escoras, conforme a Seção 7, item 7.2.7.6, são colocadas entre longitudinais do fundoe do teto do fundo duplo, os módulos de seção das longitudinais podem ser reduzidos em 40%.

8.2.4 - Cavernas Laterais Gigantes

8.2.4.1 - O módulo de seção de cavernas laterais gigantes suportando longitudinais do costado, não deveser menor que:

W = 0,57 . k . e . m2 . p [cm3]

e = espaçamento de cavernas laterais gigantes, em [m]m = vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, 2.3.

Área seccional mínima da alma:

f = 0,058 . k . e . m . p [cm2]

8.2.4.2. - Se as cavernas laterais gigantes estão dimensionadas com base em cálculos de resistência,as seguintes tensões não devem ser excedidas:

σb = 140/k [N/mm ]τ = 80/k [N/mm ]

tensão combinada: ]/[/180.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

TOMO II - CAVERNAS ............................................. SEÇÃO 8

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8.2.4.3 - Em tanques, o módulo de seção e a área seccional não devem ser menores que W2 e que f2,conforme a Seção 11, item 11.2.3.

8.2.4.4 - Recomenda-se verificar a resistência à flambagem das almas das cavernas laterais gigantes,quando submetidas a forças concentradas devidas às manobras de atracação e desatracação. A forçainduzida por uma defensa na alma da caverna pode ser determinada, aproximadamente, por:

][.2

. 2kN

fvpf

∆=

∆ = deslocamento do navio, em toneladas; não deve ser tomado superior a 105 toneladasv = velocidade de manobra do navio, em [m/s]; a tabela abaixo fornece valores orientativosf = comprimento da defensa, em [m]; a tabela abaixo fornece valores para orientação

∆∆∆∆∆[toneladas] f [metros] v [m/segundo]

∆ ≤ 1000 0,25 0,20

1000 < ∆ ≤ 10000 0,25 + 2,5 - 10 -5 . ∆ 0,2 - ∆ . 10 -5

10000 < ∆ 0,50 0,10

8.2.4.5 - A tensão de compressão na alma da caverna, devida à ação da força pf, calculada em 8.2.4.4,pode ser determinada por:

]/[.10. 2

3mmN

tcp

S

fD =σ

c = comprimento vertical ao longo do qual estará aplicada a força pf; se desconhecer, usar c = 300[mm]

tS = espessura da alma, em [mm]

O fator de segurança contra flambagem não deve ser inferior a vB = 1,2

TOMO II - CAVERNAS ............................................. SEÇÃO 8

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SEÇÃO 9

VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DE CONVÉS

9.1 - GENERALIDADES

9.1.1 - Definições

k = fator de material, conforme a Seção 1; k = 1, para aço naval comumm = vão, sem apoio, em [m], conforme a Seção 2, item 2.3; não deve ser meor que B/10 ou 1 metroe = largura do convés para o qual se dimensiona os reforços, em [m]p = carregamento sobre o convés pD , pDA ou p L , em [kN/m2], de acordo com a Seção 3.c = 0,53c = 0,72 para vaus, sicordas e gigantes que sejam considerados simplesmente apoiados em uma ou

em ambas as extremidades.a = espaçamento entre cavernas (ver 1.6), em [m]L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]D = pontal da embarcação (ver 1.6), em [m]

9.1.2 - Tensões Admissíveis

Se os escantilhões dos vaus, sicordas, ou quaisquer outros reforços forem calculados por cálculo racio-nal, as seguintes tensões não podem ser excedidas:

σσσσσb = 150/k [N/mm2]τττττ = 100/k [N/mm2]

]/[180.3 222 mmNkbV =+= τσσ

9.1.3 - Resistência à Flambagem

Pode ser necessário reforçar os vaus do convés na região de 0,6L, a meia-nau, de modo a aumentar omomento de inércia, com a finalidade de se obter uma adequada resistência à flambagem dos painéis dechapa ortotrópica do convés resistente, conforme requerido na Seção 2, item 2.6.2.

9.2 - VAUS E SICORDAS

9.2.1 - Generalidades

O módulo de seção dos vaus e sicordas dos conveses entre 0,25.D e 0,75.D, acima da linha de base,deve ser determinado pela seguinte fórmula:

W = k . c . a . p . m2 [cm3]

9.2.2 - Longitudinais do Convés Resistente

O módulo de seção de longitudinais dos conveses situados na região de 0,25 D a partir do flange superiordo casco, deve ser calculado pela Seção 8, item 8.2.

9.2.3 - Fixação

9.2.3.1 - Os vaus de convés devem ser conectados às cavernas através de borboletas, de acordo com aSeção 2, item 2.4.2.

TOMO II - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DECONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9

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9.2.3.2 - Vaus que se estendem continuamente sobre anteparas longitudinais e sicordas, podem sersoldados aos prumos de anteparas longitudinais e às almas das sicordas, respectivamente, sem borbo-letas.

9.2.3.3 - Os vaus podem ser ligados a braçolas de escotilha e vigas, por soldas de filete duplas, se nãohouver qualquer outro engastamento. O comprimento de solda não deve ser menor que 0,6 vezes a alturado perfil.

9.2.3.4 - Em vaus ligados a braçolas e vigas de rigidez considerável (por exemplo, vigas caixão), devemser previstas borboletas.

9.2.3.5 - Na região de 0,6 L, a meia-nau, os comprimentos das abas de borboletas em navios de convéssingelo devem ser aumentados em 20%. Os escantilhões das borboletas não necessitam ser maioresque o módulo de seção das cavernas exigido pela Regra,

9.2.3.6 - Com referência a ligação de longitudinais de conveses a vaus e anteparas, deve-se observar aSeção 8, item 8.2.1.

9.2.4 - Sicordas e Cavernas Gigantes

9.2.4.1 - O módulo de seção não deve ser menor que:

W = k . c . e . m2 . p [cm3]

9.2.4.2 - Nos pontos de apoio, a área seccional da alma não deve ser inferior a:

falma = 0.048 . p . e . m2 . k [cm2]

9.2.4.3 - A altura da alma da sicorda não deve ser menor que 1/25 do seu vão sem apoio. A altura da almade sicordas com recortes de passagens para vaus contínuos, deve ser, pelo menos, 1,5 vezes a alturados vaus. Os escantilhões de sicordas de conveses de tanques devem ser determinados conformeSeção 11, item 11.2.3.

9.2.4.4 - Se uma sicorda não necessita do mesmo módulo de seção ao longo de todos os painéis, osmaiores escantilhões devem ser mantidos sobre os pontos de apoio, e devem ser gradualmente reduzi-dos até os menores escantilhões.

9.2.4.5 - As fixações das extremidades das sicordas nas anteparas devem ser dimensionadas de modoque os momentos fletores e forças cortantes possam ser transmitidos. Prumos de antepara sob assicordas devem ser suficientemente dimensionados para suportar as forças de apoio.

9.2.4.6 - As barras-face devem ser reforçadas por borboletas contra flambagem, de acordo com a Seção2, 2.8.2.5. Em sicordas de seção simétrica, elas devem ser colocadas alternadamente em ambos oslados da alma.

9.2.4.7 - Para sicordas sob o convés resistente alinhadas com ou em continuação de anteparas lateraisde casarias, vide Seção 14, item 14.1.3.2.

9.2.4.8 - Para sicordas limites de aberturas de escotilha, vide item 9.5.

9.2.5 - Estrutura de Suporte de Molinetes e Mordentes

9.2.5.1 - Para as fundações sob molinetes e mordentes, as seguintes tensões admissíveis devem serobservadas:

σb = 200/k [N/mm2]τ = 120/k [N/mm2]

]/[220.3 222 mmNkbV =+= τσσ

TOMO II - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DECONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9

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9.2.5.2 - As forças atuantes devem ser calculadas para 80% e 45% da carga de rutura nominal daamarra, como segue:para mordentes: 80%para molinetes: 80% sem mordentes

45% com mordentesVer, também, as Regras para Construção de Máquinas (Capítulo 3).

9.3 - PÉS-DE-CARNEIRO

9.3.1 - Generalidades

9.3.1.1 - Elementos estruturais nas extremidades superiores e inferiores de pés-de-carneiro, bem comoas fundações, devem ser construídos conforme as forças a serem transmitidas. Devem ser previstas,geralmente, chapas nas extremidades superiores e inferiores de pés-de-carneiro tubulares. A ligaçãodeve ser dimensionada de forma que exista, pelo menos, 1cm de área seccional para cada 10 kN decarregamento.

9.3.1.2 - Pés-de-carneiro, em tanques, e as suas ligações, devem ser verificados quanto às solicitações.Pés-de-carneiro tubulares não devem ser colocados em tanques.

9.3.1.3 - Pés-de-carneiro tubulares que podem ser danificados nas operações de estiva, devem ter, pelomenos, as seguintes espessuras:

tw = 4,5 + 0,015 da [mm], para da ≤ 300 mmtw = 0,03 d [mm], para da ≥ 300 mm

da = diâmetro externo do pé-de-carneiro tubular, em [mm]

9.3.2 - Escantilhões

9.3.2.1 - A área seccional de pés-de-carneiro não deve ser menor que:

100][10.1,6.

100][.0056,0117

.10

24

2

22

>=

≤−

=

λλ

λλ

paracmPf

paracmPf

P = carga, em [kN], = p. A. A carga P é obtida multiplicando-se o carregamento específico de con-vés, conforme Seção 3, pela área de convés suportada pelo pé-de-carneiro, estendendo-se emcomprimento, de centro a centro dos painéis de sicordas adjacentes e estendendo-se, em largu-ra, de centro a centro dos painéis de vaus adjacentes. Cargas concentradas e cargas de pés-de-carneiro situados acima devem ser somados de acordo com seu arranjo.

λ = m/i = grau de esbelteza do pé-de-carneirom = comprimento do pé-de-carneiro, em [cm]i = raio de giro do pé-de-carneiro = (J/f)1/2 , em [cm]J = momento de inércia do pé-de-carneiro, em [cm4]f = área seccional do pé-de-carneiro, em [cm2]

9.3.2.2 - O raio de giro de pés-de-carneiro circulares deve ser calculado conforme as seguintes fórmulas:

i = 0,25.d [cm], para pés-de-carneiro

i = 0,25. √ d²a + d²

i [cm], para pés de carneiro tubulares

d = diâmetro do pé-de-carneiro, em [cm]da = diâmetro externo do pé-de-carneiro, em [cm]di = diâmetro interno do pé-de-carneiro, em [cm].

TOMO II - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DECONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9

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9.4 - CANTILEVERS

9.4.1 - Generalidades

9.4.1.1 - Cantilevers suportando sicordas, braçolas de escotilhas, gaiutas e plataformas de convés embalanço, devem ser ligados a cavernas gigantes, cavernas de porão reforçadas ou anteparas para resistirao momento fletor causado pela carga P.

9.4.1.2 - Para a determinação dos escantilhões dos cantilevers e dos elementos estruturais citados napágina anterior, deve-se levar em consideração que o momento fletor no cantilever depende da capacida-de de carregamento do cantilever, sendo a capacidade de carregamento dependente da razão da rigidezdo cantilever com a rigidez dos elementos suportados por ele.Para o cálculo dos momentos fletores em cantilevers e gigantes a eles unidos, é especificado ummétodo de cálculo simplificado em 9.4.3. A ligação flexível do cantilever com os elementos suportadosnão foi considerada neste método de cálculo.

9.4.1.3 - As barras-face devem ser reforçadas por borboletas contra flambagem nas almas, a distânciasapropriadas (vide, também, Seção 2, 2.8.2).

9.4.1.4 - Os detalhes do cálculo devem ser submetidos para a aprovação, junto com os desenhos deconstrução do cantilever. No caso de arranjos simples, cálculos podem ser dispensados.

9.4.2 - Tensões Admissíveis

9.4.2.1 - Para determinar os escantilhões do cantilever, devem ser observadas as seguintes tensõesadmissíveis:

a) para cantilevers isolados em grandes distâncias:

tensão de flexão: σb ≤ 125/k [N/mm2]

b) para vários cantilevers colocados em menores distâncias (por exemplo, em cada caverna):

tensão de flexão: σb ≤ 150/k [N/mm2]

Em cantilevers de acordo com a) e b), a tensão de cisalhamento não deve exceder 80/k [N/mm2].

tensão combinada ]/[180.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

c) As tensões nas cavernas gigantes não devem exceder os seguintes valores:

tensão de flexão σb ≤ 150/k [N/mm2]tensão de cisalhamento τ ≤ 80/k [N/mm2]

tensão combinada ]/[180.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

9.4.3 - Cálculo do Momento Fletor em Cantilevers

9.4.3.1 - A distribuição de momentos fletores de uma construção em cantilevers se estendendo por 2conveses, com os carregamentos P1 e P2, em [kN], pode ser calculada de maneira simplificada, confor-me as seguintes fórmulas (vide, também, Figura 9.1).

9.4.3.2 - Carregamentos Somente no Cantilever Superior

9.4.3.2.1 - Cantilevers ao Lado de Escotilhas

a) Momento fletor M1' no cantilever superior (corte 1-1):

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M�1 = P1 (b1 - e1 ) [kNm]

b) Momento fletor M�RO na extremidade superior da caverna gigante superior (corte 2-2):

M�RO = P1 . b1 . [1 � (e 0 / h 0)] - M�B . (e

0 / h 0) [kNm]

c) Momento fletor M�B na extremidade inferior da caverna gigante superior (corte 3-3):

].[

4634

32'

2

0

0

2

0

0

11 mkN

he

he

hIhI

he

bPM

u

u

u

u

u

u

B

⋅+⋅−⋅

⋅⋅

+

⋅−

⋅⋅=

d) Momento de engastamento M� na extremidade inferior da caverna gigante inferior:

].[2

''

2

mkNhel

MM u

u

⋅=

Figura 9.1

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e) Momento fletor M�u na extremidade superior da caverna gigante inferior (corte 5 - 5):

].[.2.21'' mkNheMM

u

uBRu

−⋅=

9.4.3.2.2 - Cantilevers Fora da Região de Escotilhas

Figura 9.2

Os momentos fletores conforme 9.4.3.2.1, devem ser multiplicados pelo coeficiente h1, calculado pelaseguinte fórmula, onde as variáveis são as mostradas na Figura 9.2:

−⋅++

−⋅+

=

1

1

1

1

1

1

10

01

1

1

1

1

1

1

1

5,0.

..3,0

5,0.2

Bb

II

Bb

bIhI

Bb

II

Bb

b

9.4.3.3 - Carregamento Somente no Cantilever Inferior

9.4.3.3.1 - Cantilevers ao Lado de Escotilhas

a) Momento fletor M� no cantilever inferior (corte 4-4 Fig. 9.1):

M�2 = P2 . (b2 - e 2) [kNm]

b) Momento fletor M� na extremidade inferior da caverna gigante superior:

M�B = a . P2 . b2 [kNm]

O coeficiente σσσσσ deve ser retirado do diagrama mostrado na figura 9.3, em função dos valores eu/hu e ε

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Figura 9.3 � Coeficiente σ

c) Momento fletor M�RO na extremidade superior da caverna gigante superior (corte 2-2):

M�RO = M�B . (e0 / h0) [kNm]

d) Momento fletor M� na extremidade superior da caverna gigante inferior (corte 5-5):

M�Ru = βββββ . P2 . b2 [kNm]

O coeficiente β deve ser retirado do diagrama mostrado na figura 9.4, em função dos valores eu/hu e ε

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Figura 9.4 � Coeficiente β

e) Momento de engastamento M�C na extremidade inferior da caverna gigante inferior:

M�C = ϕ ϕ ϕ ϕ ϕ . P2 . b2 [kNm]

O coeficiente ϕ deve ser retirado do diagrama mostrado na Figura 9.5,em função dos valores eu/hu e ε

Para cantilevers ao lado de escotilhas, a razão de rigidez deve ser calculada conforme a seguinte fórmula:

0

09,0hJ

hJ

u

u

⋅⋅⋅

Figura 9.5 � Coeficiente ϕ

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9.4.3.3.2 - Cantilevers Fora da Região de Escotilhas

a) Se os cantilevers são ligados a elementos estruturais rígidos (por exemplo, vaus limites de escoti-lhas), deve ser considerado no cantilever superior (corte 1-1) o momento fletor M�1, que pode sercalculado pela seguinte fórmula:

M�1 = 0,2 . a . P2 . b2 [ 1- (e1/h1) ] [kNm].

b) Os coeficientes a , b e j para os cálculos de momentos fletores M�l conforme a), bem como para osmomentos fletores M�B , M�RU e M�C , conforme 9.4.3.3.1, devem ser determinados pelas figuras 9.3a 9.5 para a razão de rigidez

0

0

hJhJ

u

u

⋅⋅

c) Os momentos fletores, conforme a) e b), bem como conforme 9.4.3.3.1, devem ser multiplicados pelocoeficiente η2 calculado pela seguinte fórmula:

−⋅+

+

⋅⋅

+⋅⋅

−⋅+

=

2

2

2

2

2

2

2

2

20

02

2

2

2

2

2

2

2

5,03,0

5,0.2

Bb

II

Bb

bIhI

bIhI

Bb

II

Bb

bu

u

9.4.3.4 - Cantilevers Superior e Inferior Carregados Simultaneamente

a) Cantilever superior (corte 1-1). Momento fletor total M1:

M1 = M�1 [kNm], para cantilevers ao lado de escotilhasM1 = M�1 + M�1 [kNm], para cantilevers fora da região de escotilhas

M�1 = vide 9.4.3.2.1M�1 = vide 9.4.3.3.2 a)

b) Extremidade superior da caverna gigante superior (corte 2-2). Nesta posição, o maior dos dois mo-mentos, M�RO ou M�RO , prevalece para o direcionamento.

M�RO = vide 9.4.3.2.1M�RO = vide 9.4.3.3.1

c) Extremidade inferior da caverna gigante superior (corte 3-3). Momento fletor total MB :

MB = M�B + M�B [kNm]

M�B = vide 9.4.3.2.1M�B = vide 9.4.3.3.1

d) Cantilever inferior (corte 4-4). Momento fletor total M2 :

M2 = M�2M�2 = vide 9.4.3.3.1

e) Extremidade superior da caverna gigante inferior (corte 5-5). Nesta posição, o maior dos dois momen-tos, M�Ru ou M�Ru prevalece para o dimensionamento.

M�Ru = vide 9.4.3.2.1M�Ru = vide 9.4.3.3.1

TOMO II - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DECONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9

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f) Extremidade inferior da caverna gigante inferior (corte 6-6). Nesta posição, o maior dos dois momentosde engastamento, M�C ou M�C prevalece para o dimensionamento.

M�C = vide 9.4.3.2.1M�C = vide 9.4.3.3.1

9.5 - VIGAS LIMITES DE ESCOTILHAS

9.5.1 - Os escantilhões de sicordas e vaus limites de escotilhas, devem ser determinados com base emcálculos de resistência. Os cálculos devem se basear nos carregamentos de convés, conforme Seção 3,item 3.2.

9.5.2 - As vigas limites de escotilhas devem ser dimensionadas de modo que os seguintes valores detensão não sejam excedidos:

Braçolas longitudinais e vigas flange superior e inferior: 140/K [N/mm2]

do convés resistente ao nível do convés: 70/k [N/mm2]

Todas as outras vigas de escotilhas flange de tração: 165/k [N/mm2]

flange de compressão: 150/K [N/mm2]

Para braçolas longitudinais contínuas, a tensão combinada que resulta da solicitação longitudinal docasco e da tensão local da braçola longitudinal, não deve exceder 200/k [N/mm2].A soma dos valores absolutos das tensões nos cantos de escotilhas não deve exceder os seguintesvalores:

σm + σq ≤ 200/k [N/mm2], para o convés resistenteτ m + τ q £ 240/k [N/mm2], para conveses inferiores

tensão combinada: ]/[180.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

σm = tensão de flexão na direção longitudinalσq = tensão de flexão na direção transversal.

Em nenhuma posição das vigas limites de escotilhas, a tensão de cisalhamento deve exceder90/k [N/mm2].Divergências com os valores acima serão consideradas em casos especiais.

9.5.3 - No cálculo dos módulos de seção e momentos de inércia de vigas limites de escotilhas, geral-mente devem ser utilizadas as larguras colaborantes de chapeamento, conforme Seção 2, item 2.5.

9.5.4 - No convés resistente, as braçolas longitudinais de escotilhas devem se estender, pelo menos, 2espaços de caverna além dos vaus limites de escotilhas, se não houver ligação com sicordas.

9.5.5 - Nos cantos de escotilhas, os flanges inferiores de sicordas e vaus limites de escotilhas devem serunidos por chapas diamantes.

TOMO II - VAUS DE CONVÉS E REFORÇOS DECONVÉS ................................................................... SEÇÃO 9

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SEÇÃO 10

ANTEPARAS ESTANQUES A ÁGUA

10.1 - GENERALIDADES

10.1.1 - Número de Anteparas Estanques à Água

10.1.1.1 - Todos os navios devem ter uma antepara de colisão à vante, uma antepara de colisão à ré euma antepara estanque à água, em cada extremidade da praça de máquinas. Em navios com praça demáquinas à ré, a antepara de colisão à ré pode substituir a antepara de ré da praça de máquinas.

10.1.1.2 - Incluindo as anteparas, conforme 10.1.1.1, geralmente o número mínimo de anteparas estan-ques à água, em função do comprimento do navio, não deve ser menor que:

L ≤ 65 metros: 3 anteparas65 < L ≤ 85 metros: 4 anteparasL > 85 metros: 5 anteparas

O espaçamento das anteparas estanques à água deve ser o mais uniforme possível e não necessita sermenor que a boca B do navio.

10.1.1.3 - O número de anteparas estanques à água, conforme 10.1.1.2, pode ser reduzido quando aresistência transversal for adequada. O número de anteparas estanques à água será anotado no Registro.

10.1.1.4 - Em navios para transporte ocasional, ou permanente, de cargas pesadas (minério de ferro,fosfato, etc.), o comprimento de porões de carga não deve ser maior que aproximadamente 30 metros.Em vez de uma antepara transversal, podem ser aprovados outros reforços da estrutura transversalcomo, por exemplo, anteparas de asa.

10.1.1.5 - Em navios para os quais deve ser comprovada a flutuabilidade em condição avariada, o númerode anteparas estanques à água será determinado em função das condições do cálculo de estabilidadeavariada.

10.1.2 - Arranjo das Anteparas Estanques à Água

10.1.2.1 - Antepara de Colisão à Vante

10.1.2.1.1 - A antepara de colisão a vante deve estar situada a uma distância de, no máximo, 0,05L� daperpendicular de vante. L� (de acordo com ILLC 1966, MARPOL 73/78, IBC-Code e IGC-Code) é um valor,em [m], tomado com 96% do comprimento total da embarcação na linha d� água a 85% do menor pontalmoldado medido desde o topo da chapa-quilha ou como o comprimento medido entre o bordo de ataqueda roda de proa até o eixo da madre do leme naquela linha d�água, caso esta seja maior. Em naviosprojetados com ângulo de inclinação de quilha, a linha d� água sobre a qual este comprimento é medidodeve ser paralela à linha d� água do calado de projeto.

10.1.2.1.2 - A distância da antepara de colisão à vante, em navios cargueiros, não deve ser maior que0,08 L� da perpendicular de vante. Distâncias maiores podem ser aprovadas em casos especiais, medi-ante solicitação (L� = ver 10.1.2.1.1).

10.1.2.1.3 - Em navios com parte do casco abaixo da linha de calado máximo estendido além da PPAV

TOMO II - ANTEPARAS ESTANQUES A ÁGUA ........ SEÇÃO 10

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(por exemplo: uma proa bulbosa), as distâncias, conforme 10.1.2.1.1 e 10.1.2.1.2, podem ser medidas àpartir de uma linha de referência com distância x, a vante da PPAV. Essa distância x deve corresponderao menor dos seguintes valores:

a) x = a/2b) x = 0,015.L�

a = ver Fig. 10.1L� ver 10.1.2.1.1Para navios de passageiros, ver Seção 23, item 23.3.3

Figura 10.1

10.1.2.1.4 - A antepara de colisão à vante deve se estender estanque à água até o convés de borda-livre.Degraus ou recessos podem ser permitidos se as distâncias indicadas em 10.1.2.1.1 a 10.1.2.1.3 foremobservadas.

10.1.2.1.5 - Em navios com superestruturas longas ou contínuas, a antepara de colisão à vante deve seestender até o primeiro convés acima do convés de borda-livre. A extensão não necessita ser em linhadireta com a antepara abaixo, se as distâncias em 10.1.2.1.1 a 10.1.2.1.3, observando a exceção em10.1.2.1.6, forem atendidas, e se os escantilhões da parte do convés de borda-livre, que formam o degrauou recesso, não forem menores que os exigidos para uma antepara de colisão à vante. Aberturas comdispositivos de fechamento estanques podem ser previstas acima do convés de borda-livre na anteparade colisão à vante e nos já citados degrau e recesso. O número de aberturas deve ser o mínimo possível,em conformidade com a construção e o serviço do navio.

10.1.2.1.6 - Em navios equipados com portas de proa e rampas inclinadas de proa, que formam parte daantepara de colisão à vante, acima do convés de borda-livre, a parte da rampa que está a mais de 2,30metros acima do convés de borda-livre pode estar posicionada à vante dos limites especificados em10.1.2.1.1. Essas rampas devem ser estanques ao tempo em toda a sua altura.

10.1.2.1.7 - A antepara de colisão à vante, entre o convés de borda-livre e o teto do fundo duplo não podeter portas, portas de visita, dutos de ventilação ou aberturas para acesso. Em embarcações de cargaonde houver tubulações perfurando a antepara de colisão a vante, abaixo de convés de borda-livre, devemser colocadas válvulas de fechamento diretamente naquela antepara. Quando forem colocadas dentro dopique de vante, estas válvulas devem ser operadas por controle remoto, de algum ponto acima do convésde borda-livre. Quando for construído um espaço de acesso fácil, que não seja destinado a carga, adja-cente ao pique de vante (por exemplo: compartimento do bow-thruster), as válvulas de fechamento po-

TOMO II - ANTEPARAS ESTANQUES A ÁGUA ........ SEÇÃO 10

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dem ser instaladas dentro deste espaço, diretamente na antepara de colisão, e não necessitam seroperadas remotamente. Para navios de passageiros, ver a Seção 23, 23.10.

10.1.2.2 - Antepara de Colisão à Ré

Embarcações com propulsão devem ter uma antepara de colisão à ré. A distância dessa anteparadeve ser, normalmente, pelo menos, 3 espaçamentos de caverna da extremidade de vante do bosso dotubo telescópico. A antepara de colisão à ré deve se estender até o convés de borda-livre ou até umaplataforma estanque à água, acima da linha de calado máximo. Para navios de passageiros, videSeção 23, 23.3.3.

10.1.2.3 - Outras Anteparas Estanques à Água

10.1.2.3.1 - As demais anteparas estanques à água devem se estender, geralmente, e dependendo dotipo do navio, até o convés de borda-livre. Se possível, elas devem pertencer a um só plano de caverna.Onde isto não é possível, as partes de conveses entre as partes da antepara devem ser estanques áágua. Neste caso, devem ser observados 10.2.2.6 e 10.2.3.2.

10.1.2.3.2 - Anteparas de porões utilizados também como tanques de lastro, devem estar de acordocom os requisitos da Seção 11, 11.4.

10.1.2.3.3 - A resistência de anteparas de porões destinados ao transporte de minério deve estar deacordo com os requisitos da Seção 22,22.2.

10.1.3 - Aberturas em Anteparas Estanques à Água

10.1.3.1 - Generalidades

10.1.3.1.1 - O tipo e a disposição de portas em anteparas estanques à água devem ser aprovados.

10.1.3.1.2 - Com referência a aberturas na antepara de colisão a vante, vide 10.1.2.1.5 e 10.1.2.1.7.

10.1.3.1.3 - Nas demais anteparas estanques à água, podem ser previstas portas estanques à água.Elas devem ser portas deslizantes, abaixo da linha do calado máximo. Acima desta linha d�água, podemser permitidas portas com dobradiças.

10.1.3.1.4 - Em navios para os quais deve ser comprovada a flutuabilidade em condição avariada, diver-gindo de 10.1.3.1.3, portas com dobradiças são permitidas em um determinado compartimento, somen-te acima da linha d� água mais desfavorável em avaria daquele compartimento.

10.1.3.1.5 - Onde for fornecida a comprovação da flutuabilidade em condição avariada, conforme o Regu-lamento 27 da Convenção Internacional de Borda-Livre, 1966 (International Load Line Convention, 1966),portas na antepara entre a praça de máquinas e o compartimento da máquina do leme, devem ser deacordo com 10.1.3.1.3; portas nas demais anteparas devem ser de acordo com 10.1.3.1.4.

10.1.3.1.6 - Podem ser aprovadas em casos especiais, mediante solicitação, portas com dobradiçasque se estendam abaixo da linha do calado máximo na antepara de colisão à ré. Isto se aplica somentepara portas de compartimentos de acomodações e de serviços.

10.1.3.1.7 - Para portas de anteparas em navios de passageiros, vide Seção 23, 23.4.

10.1.3.1.8 - Portas estanques devem ser suficientemente fortes e de projeto aprovado. A espessura dochapeamento das portas não deve ser menor que a espessura mínima, conforme 10.2.2.

10.1.3.1.9 - Aberturas nas anteparas para portas estanques devem ser rigidamente estruturadas, demodo a facilitar montagem adequada das portas e garantir perfeita estanqueidade.

10.1.3.1.10 - Depois de montadas, as portas devem ser submetidas a um teste de funcionamento etestadas com jato d�água ou com jato de ar mais espuma de sabão, para a verificação de suaestanqueidade.

TOMO II - ANTEPARAS ESTANQUES A ÁGUA ........ SEÇÃO 10

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10.1.3.2 - Portas com Dobradiças

Portas com dobradiças devem ser providas com vedação de borracha e atracadores ou outros dispositi-vos de fechamento adequados que garantam uma pressão de vedação suficiente. Os atracadores edispositivos de fechamento devem ser operáveis de ambos os lados da antepara. As dobradiças devempossuir orifícios alongados. Parafusos e mancais devem ser de material resistente à corrosão. Deve sercolocado nas portas um aviso indicando que as portas devem ser mantidas fechadas quando a embarca-ção estiver em viagem.

10.1.3.3 - Portas Deslizantes

Portas deslizantes devem ser cuidadosamente montadas e guiadas propriamente em todas as posi-ções. Não devem ser utilizados materiais sensíveis ao calor em sistemas que penetram nas anteparasde subdivisão estanques, onde a deterioração de tais sistemas, devido a incêndio, colocaria em risco aestanqueidade da antepara.O mecanismo de fechamento deve ser operável, seguramente, de ambos oslados da antepara e de um lugar acima do convés de borda-livre. Se o fechamento da porta não pode serobservado com certeza, deve ser colocado um indicador que mostre se a porta está fechada ou aberta;indicadores devem ser instalados nas posições das quais o mecanismo de fechamento é operado.

10.1.3.4 - Penetrações nas Anteparas Estanques à Água

Em todas as penetrações de anteparas estanques, deve-se manter a estanqueidade. Para penetraçõesem anteparas de colisão à vante, 10.1.2.1.7 deve ser observado (vide, também, as Regras para Constru-ção de Máquinas).

10.2 - ESCANTILHÕES

10.2.1 - Definições

k = fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0 para aço naval comuma = espaçamento de prumos, em [m]j = vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3.h = coluna d�água, em [m.c.a]; distância do centro de carregamento da estrutura a um ponto

situado 1 metro acima do convés de anteparas ou, para a antepara de colisão à vante,situado 1 metro acima desta antepara. Para a definição de centro de carregamento, ver aSeção 3, item 3.1.3.

cp , cs = coeficientes obtidos da tabela abaixo:

coeficiente cp e cs antepara de colisão demais anteparasde vante

chapeamento cp 3,8 2,8

reforços e cs: no caso de engasgamentoelementos em ambas as extremidades 3,3 2,6

de anteparascorrugadas cs: no caso de uma extremidade

simplismenteapoiada e outra

extremidade engastada 4,4 3,5

cs: ambas as extremidadessimplesmente apoiadas 6,5 5,2

Para a definição de engastamento e simplesmente apoiado, vide Seção 2, item 2.4.

TOMO II - ANTEPARAS ESTANQUES A ÁGUA ........ SEÇÃO 10

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10.2.2 - Chapeamento de Anteparas

10.2.2.1 - A espessura do chapeamento de anteparas não deve ser menor que:

t = c p . a . ( h . k)1/2 + 1,5 [mm];

t min = 6,0 (k)1/2 [mm] (vide, também 10.2.2.2)

10.2.2.2 - Em embarcações pequenas, a espessura do chapeamento de anteparas não necessita exce-der a espessura do chapeamento do costado, para um espaçamento de prumos similar ao espaçamentode cavernas.

10.2.2.3 - Na região do bojo, a espessura da fiada mais baixa, conforme 10.2.2.1, deve ser aumentada de2,5 mm. A largura desta fiada deve ser, no mínimo, de 900mm e se estender até aproximadamente300mm acima do teto do fundo duplo.

10.2.2.4 - Em anteparas estanques à água nas extremidades de praças de caldeiras, a fiada mais baixadeve se estender, pelo menos, por 600mm acima do estrado. A espessura desta fiada deve ser 2,5mmmaior que o requerido conforme 10.2.2.1.

10.2.2.5 - A antepara de colisão de ré deve ser provida de uma chapa reforçada na região do tubotelescópico.

10.2.2.6 - Nas partes horizontais das anteparas, como margem de corrosão adicional, o chapeamentodeve ser 1mm mais espesso que o exigido por 10.2.2.1, conforme uma coluna de pressão medida até aparte horizontal da antepara.

10.2.2.7 - Onde os piques de vante são utilizados como tanques, o chapeamento das anteparas decolisão, na região dos tanques, também deve ser determinado conforme Seção 11.

10.2.2.8 - Deve ser verificada a resistência à flambagem, de acordo com a Seção 8, 8.2.4.4 e 8.2.4.6, dospainéis de chapa das anteparas diretamente ligadas ao costado, para as cargas concentradas decorren-tes das manobras da embarcação em terminais de carga.

10.2.3 - Prumos

10.2.3.1 - O módulo de seção dos prumos de anteparas não deve ser menor que:

W = k . cs . a . m 2 . h [cm3]

10.2.3.2 - Nas partes horizontais de anteparas, os reforços devem, também, atender às Regras paravaus (Seção 10).

10.2.3.3 - Onde os piques de vante são utilizados como tanques, os prumos das anteparas de colisão,na região de tanques, devem, também, ser determinados conforme Seção 11.

10.2.3.4 - Abaixo do convés do pique tanque de vante, devem ser instalados reforços horizontais naantepara de colisão, espaçados de 2,6 metros, os quais devem ser ligados por borboletas com asescoas das �séries de vaus� do pique tanque à vante. Tais reforços horizontais devem ter, no mínimo, osmesmos escantilhões que os maiores prumos.

10.2.3.5 - Os escantilhões das borboletas devem ser determinados em função do módulo de seção dosprumos, conforme Seção 2, item 2.4.2. Se o comprimento do prumo for 3,5 metros, ou mais, as borbo-letas devem se estender até o próximo vau ou até a próxima hastilha.

10.2.3.6 - Prumos de antepara, sem borboletas de ligação nas extremidades, devem ser ligados aoconvés, por solda. O comprimento da solda deve ser, pelo menos, 0,6 vezes a altura do perfil.

10.2.3.7 - Se o comprimento dos prumos, entre o convés de antepara e o convés imediatamente inferior,

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for igual ou menor que 3 metros, não será necessário colocar borboletas nas extremidades, conforme oitem 10.2.3.6. Neste caso, os prumos devem se estender até cerca de 25 mm do convés, e ser biseladosnas extremidades.

10.2.3.8 - Prumos de antepara que sejam interrompidos devem ser suportados por enrijecedores horizon-tais ou prumos inclinados.

10.2.4 - Anteparas Corrugadas

10.2.4.1 - A espessura de anteparas corrugadas não deve ser inferior á definida em 10.2.2.1, onde deve-se utilizar, no lugar do espaçamento a, o maior dos dois valores, b ou f, definidos em 10.2.4.3, tomadoem [m].

10.2.4.2 - O módulo de seção exigido pela Regra para um elemento de antepara corrugada, deve serdeterminado pela fórmula de 10.2.3.1, onde se utilizará, em lugar do espaçamento a, a largura de umelemento e, em [m], conforme mostrado em 10.2.4.3. As fixações de extremidade devem estar deacordo com a Seção 2, item 2.4.

10.2.4.3 - O módulo de seção real de um elemento de antepara corrugada deve ser obtido através daseguinte fórmula:

W = t . d . (b + f/3) [cm3]

t,d,b,f, e = mostrados na Fig. 10.2; em [cm]

Figura 10.2

Para embarcações de um único convés, deve ser obedecido o definido na Seção 22, 22.2.8.2.

10.3 - TÚNEL DO EIXO

10.3.1 - Generalidades

10.3.1.1 - O eixo e a caixa de gaxetas devem ser sempre acessíveis. Se um ou mais compartimentosestão localizados entre a antepara de colisão à ré e a praça de máquinas, deve ser previsto um túnel doeixo estanque à água. O tamanho do túnel do eixo deve ser adequado às necessidades de reparos emanutenção.

10.3.1.2 - A porta de acesso entre a praça de máquinas e o túnel do eixo deve ser uma porta deslizanteestanque à água, atendendo aos requisitos conforme 10.1.3.3. Para túneis do eixo extremamente cur-tos, podem ser dispensadas, mediante aprovação especial, portas estanques à água entre o túnel e apraça de máquinas.

10.3.1.3 - Dutos de ventilação do túnel e saída de emergência devem ser construídos estanques à água,

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até o convés de borda-livre.

10.3.2 - Escantilhões

10.3.2.1 - O chapeamento do túnel do eixo deve ser dimensionado como para uma antepara, conforme10.2.2.1.

10.3.2.2 - O chapeamento da parte redonda dos tetos de túnel pode ser 10% menor em espessura.

10.3.2.3 - Sob aberturas de escotilhas, o chapeamento do teto do túnel deve ser reforçado em, pelomenos, 2mm, se não estiver protegido por forração.

10.3.2.4 - O módulo de seção dos reforços do túnel do eixo deve ser determinado conforme 10.2.3.1.

10.3.2.5 - Partes horizontais do túnel devem ser tratadas como partes horizontais de anteparas e comoconveses de carga, respectivamente.

10.3.2.6 - Túneis do eixo em tanque profundos devem ser tratados como tanques, conforme Seção 11.

10.3.2.7 - O túnel deve ser reforçado sob mastros, sob extremidades inferiores de pé-de-carneiro e sobsuportes das extremidades de escotilhas.

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SEÇÃO 11

TANQUES

11.1 - GENERALIDADES

11.1.1 - Subdivisão de Tanques

11.1.1.1 - Em tanques que se estendem por toda a boca do navio, destinados para enchimento parcial,(como, p.ex, tanques de óleo combustível e tanques de água doce), deve ser colocada, ao menos, umaantepara longitudinal, que pode ser uma antepara-diafragma.

11.1.1.2 - Se o pique de vante for utilizado como tanque, e se a sua largura exceder o maior dos doisvalores seguintes, 6 metros ou metade da boca da embarcação (ver Seção 1, 1.6), ele deve possuir, aomenos, uma antepara longitudinal diafragma, completa ou parcial. Se o pique de ré for utilizado comotanque, deve possuir, pelo menos, uma antepara longitudinal diafragma, completa ou parcial; recomen-da-se que a maior largura da superfície líquida não exceda 0,3.B, onde B é a boca da embarcação.

11.1.1.3 - Pique tanques excedendo 0,06 L (L = comprimento da embarcação, conforme 1.6) ou 6metros, em comprimento, devem ser providos, também, com uma antepara-diafragma transversal.

11.1.1.4 - Para a aplicação de um sistema efetivo de proteção contra a corrosão, ver a Seção 2, item2.10.2.

11.1.2 - Tubos de Suspiro, de Transbordamento e de Sondagem

Cada tanque deve estar dotado de tubos-suspiro, de transbordamento e de sondagem. Os tubos desuspiro devem ser conduzidos até acima do convés exposto. O arranjo deve ser de modo a permitircompleto enchimento dos tanques. A altura mínima das suas aberturas acima do convés é de 760mm,no convés de borda-livre, e de 450mm, em conveses de superestruturas. Vide, também, Seção 19,item 19.5.Os tubos de sondagem devem ser conduzidos até o fundo dos tanques. (Vide, também, Livro de Regrasde Construção de Máquinas).

11.1.3 - Pique de Vante como Tanque

O pique de vante não pode ser utilizado como tanque de óleo combustível.

11.1.4 - Orientações Gerais

11.1.4.1 - Onde uma antepara de tanque faz parte de uma antepara principal estanque à água, suaresistência não deve ser menor que o requerido pela Seção 11.

11.1.4.2 - Com referência a bombas e tubulações, vide também o Livro de Regras para a Construção deMáquinas. Para tanques no fundo duplo, vide Seção 7, item 7.2.6.

11.1.4.3 - Para tanques de carga de petróleo, ver a Seção 21.

11.1.4.4 - Para porões de carga seca também destinados a serem utilizados como tanques de lastro,vide 11.4.

11.1.4.5 - Com referência a teste de tanques, vide item 11.9. Para reduções dos escantilhões, no caso deuma proteção efetiva contra corrosão, ver Seção 2, item 2.10.2.

TOMO II - TANQUES ................................................. SEÇÃO 11

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11.1.4.6 - Em tanques com ligações cruzadas de alagamento, deve ser considerado o aumento dacoluna de pressão (vide, também Seção 23, item 23.9).

11.1.5 - Tanques para Cargas Aquecidas

Para tanques destinados a carregar líquidos à temperatura de 80oC e acima, pode ser requerido umcálculo de tensões a temperaturas elevadas. Os cálculos devem fornecer as tensões resultantes naestrutura do casco, baseando-se em uma temperatura, do mar, de 0oC, e, do ar, de 5oC.

11.1.6 - Espessura Mínima

A espessura em toda a estrutura do tanque não pode ser menor que :

tmin = 0,95 . (5.5 + 0,02 L) (k)1/2 [mm]

L, k = ver item 11.2.1

Com respeito à segregação entre lastro e óleo, deve ser observado o Anexo I, Regulamento 14, daMARPOL 73/78

11.2 - ESCANTILHÕES

11.2.1 - Definições

k = fator de material, conforme Seção 1; k = 1, para aço naval comuma = espaçamento de prumos ou largura do carregamento, em [m]m = vão, sem apoio, em [m], conforme Seção 2, item 2.3.tk = margem para corrosão, conforme Seção 2, item 2.10, em [mm]L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]σy = tensão de escoamento material, em [N/mm2]p = pressão p1, p2 ou pd , em [kN/m2], conforme Seção 3, tem 3.4.1; prevalece o maior valor.p2 = pressão, em [kN/mm2], conforme Seção 3, 3.4.1.

Para os termos �engastamento� e �simplesmente apoiado�, vide Seção 2, item 2.4.

11.2.2. - Chapeamento de Antepara

11.2.2.1 - A espessura do chapeamento de antepara não deve ser menor que:

t1 = 1,05 . a . (p . k) 1/2 + tk [mm]

t2 = 0,86 . a . (p . k) 1/2 + tk [mm]

11.2.2.2 - A espessura do chapeamento do túnel do eixo em tanques profundos deve ser determinada comopara uma antepara de tanque, mas não deve ser menor que o especificado conforme Seção 10, 10.3.

11.2.3 - Prumos e Vigas

11.2.3.1 - O módulo de seção de prumos e vigas engastados em ambas as extremidades, e que não sãoconsiderados como colaborantes com a resistência longitudinal da embarcação, não deve ser menorque:

W1 = k . 0,55 . a . m2 . p [cm3]

W2 = k . 0,44 . a . m2 . p2 [cm3]

Onde uma ou ambas as extremidades são simplesmente apoiadas, os módulos de seção devem seraumentados em 50%.

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A área seccional das almas das vigas não deve ser menor que:

f 1 = k . 0,05 . a . m . p [cm2]

f 2 = k . 0,04 . a . m . p2 [cm2]

f deve ser aumentada em 50% na região de engastamento, por um comprimento igual a 0,1 . m. Deveser verificada a resistência à flambagem das almas, de acordo com a Seção 2, item 2.6.

11.2.3.2 - Se os escantilhões dos prumos e vigas, que não são considerados como membros estruturaislongitudinais, forem determinados por cálculos de resistência, as seguintes tensões não devem serexcedidas:

a) se submetido ao carregamento p:

σσσσσb = 150/k [N/mm2]; τττττ = 100/k [N/mm2]

]/[180.3 222 mmNkbV =+= τσσ

b) se submetido ao carregamento p2 :

σσσσσb = 180/k [N/mm2] ; τττττ = 120/k [N/mm2]

]/[220.3 222 mmNkbV =+= τσσ

11.2.3.3 - Os módulos de seção de travessas e vigas horizontais que são considerados membros estru-turais longitudinais, devem ser determinados conforme Seção 8, 8.2, como para longitudinais.

11.2.3.4 - Os escantilhões de vaus e sicordas de conveses de tanques devem, também, atender aosrequisitos da Seção 9.

11.2.3.5 - Para cavernas em tanques, vide Seção 8, item 8.1.3.

11.2.3.6 - Os escantilhões de prumos de túneis do eixo em tanques profundos não devem ser menoresque o requerido conforme Seção 10, item 10.3.

11.2.3.7 - Os prumos de anteparas de tanque devem ser fixos em suas extremidades por borboletas,conforme Seção 2, item 2.4.2. Os escantilhões das borboletas devem ser determinados conforme omódulo de seção dos prumos. Borboletas devem ser colocadas onde o comprimento do prumo excede 2metros.

11.2.3.8 - As borboletas de prumo devem se estender até o próximo vau, a próxima hastilha ou a próximacaverna, respectivamente, ou serem suportadas, de outra maneira, em suas extremidades.

11.2.4 - Anteparas Corrugadas

11.2.4.1 - As espessuras do chapeamento de anteparas corrugadas, bem como os módulos de seçãorequeridos dos elementos de anteparas corrugadas, devem ser determinados conforme os itens 11.2.2 e11.2.3, procedendo-se analogamente à Seção 10, item 10.2.4.

A espessura do chapeamento não deve ser menor que tmin , conforme 11.1.6, ou que a espessura obtidadas fórmulas abaixo:

Dcritbt σ⋅=

823 [mm], se submetido ao carregamento p1

TOMO II - TANQUES ................................................. SEÇÃO 11

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Dcritbt σ⋅=

872 [mm], se submetido ao carregamento p2

σD = tensão de compressão, em [N/mm2]b = ver Seção 10, item 10.4.3

11.2.4.2 - Para as fixações das extremidades, deve ser observada a Seção 2, item 2.4.4.

11.2.5 - Espessura do Chapeamento de Chapas Revestidas (chapas bi-metálicas)

11.2.5.1 - Onde o limite de escoamento do revestimento não é menor que o do material base, a espessu-ra do chapeamento deve ser determinada conforme 11.2.2.1. Esta espessura de chapeamento pode serreduzida de 0,5 mm.

11.2.5.2 - Onde o limite de escoamento do revestimento é menor que o do material base, a espessura dochapeamento não deve ser menor que:

][...46,0

][...57,0

21

1

mmtA

kpat

mmtAkpat

k

k

+=

+=

t = espessura do chapeamento, incluindo o revestimento, em [mm] ?DA = obtido das fórmulas abaixo:

a) para chapas com revestimento de um lado:

( ) ( )

−−+

+

+−−=

22 .2.1..1.21.5,0

tt

tt

tt

tt

A pppp αβαα

b) para chapas com revestimento em ambos os lados:

−⋅⋅+

−⋅−=

tt

tt

tt

tt

A pppp 1125,0 β

tp = espessura do revestimento, em [mm]

( )

yyp

p

tt

σσβ

βα

=

−⋅−⋅= 115,0

σyp = limite de escoamento do revestimento, em [N/mm2]σy = limite de escoamento do material base, em [N/mm2]

11.3 - TANQUES DE SERVIÇO

11.3.1 - Generalidades

11.3.1.1 - Além dos regulamentos estipulados em 11.1 e 11.2, para tanques de óleo combustível, os

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seguintes requisitos devem ser observados.

11.3.1.2 - Para a armazenagem de óleo combustível, vide o livro de Regras para a Construção deMáquinas.

11.3.1.3 - As aberturas com tampas estanques ao óleo para inspeção e limpeza, devem ser dispostasnos topos do tanque ou na parte superior das anteparas de tanque. Se qualquer abertura for necessáriana parte inferior da antepara do tanque, ela não deve ser maior que uma porta de visita.

11.3.1.4 - Tanques instalados perto de caldeiras, devem ser eficientemente isolados contra calor.

11.3.1.5 - Os requisitos seguintes, de 11.3.1.6 até 11.3.1.8, se aplicam somente a tanques destinadospara combustíveis líquidos com pontos de fulgor conforme a Seção 1 do Livro de Regras para a Constru-ção de Máquinas.

11.3.1.6 - Devem ser previstas bandejas para respingos de óleo nas anteparas de tanques debaixo deacessórios que penetram nas anteparas. Em praças de máquinas e de caldeiras, devem ser previstosmeios convenientes para a drenagem do óleo vazado, se houver algum.

11.3.1.7 - Tanques de óleo combustível devem ser separados por coferdams de tanques de água dealimentação de caldeira, água potável ou óleo vegetal. (Vide, também Seção 7, item 7.2.6.1)

11.3.1.8 - Para a forração na região dos tanques, deve ser observada a Seção 19, item 19.2.2.2.

11.3.1.9 - Reforços verticais ou elementos de antepara corrugada devem ser apoiados por intermédio deborboletas contra flambagem ou por vigas horizontais não espaçadas entre si de mais de 3,0 m.

11.4 - PORÕES DE CARGA PARA ÁGUA DE LASTRO

11.4.1 - Onde porões de carga são destinados para água de lastro, a espessura do chapeamento dasanteparas transversais limites, inclusive as partes inclinadas, não deve ser menor que o maior valordeterminado de 11.2.2.1 ou pela seguinte fórmula:

t = 0,92 . a (p20) + t?k [mm]

p20 = pressão, em [kN/mm2], correspondente à distância da borda inferior do chapeamento até a bordasuperior da braçola de escotilha, para uma banda de 20 graus.

Os módulos de seção de prumos na região dos tanques laterais inclinadas, inferior e superior, não devemser menores que o determinado por 11.2. Os reforços da antepara e os elementos de antepara corrugada,na região dos porões de carga, devem ser dimensionados para não exceder as seguintes tensões:

a) navio sem banda:

tensão de flexão: σb ≤ 150/k [N/mm2]

tensão combinada: ]/[180.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

b) para uma banda de 20o :

tensão de flexão: σ b ≤ 170/k [N/mm2 ]

tensão combinada: ]/[220.3 222 mmNkbV ≤+= τσσ

Em nenhuma circunstância, a tensão de cisalhamento (τ), sozinha, pode exceder 100/k [N/mm2], paranavio sem borda e 110/k [N/mm2], para navio inclinado 20 graus, respectivamente.

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11.4.2 - Em porões de carga previstos para serem cheios de água de lastro até a borda superior daabertura de escotilha, a colocação de anteparas longitudinais estanques à água ou anteparas-diafragma,pode ser dispensada. Uma anotação correspondente será feita no Certificado. Deve ser prevista umaventilação suficiente, através de suspiros destes porões de carga, inclusive para as escotilhas.

11.4.3 - Para as cavernas, deve ser observada a Seção 8, item 8.1.3.

11.5 - TANQUES PARA ÓLEO VEGETAL

11.5.1 - Além das determinações dos itens 11.1 e 11.2, devem ser observadas as seguintes Regras, paratanques de óleo vegetal.

11.5.2 - Tanques para óleo vegetal ou líquidos semelhantes, com escantilhões determinados conforme11.2, devem estar totalmente cheios ou totalmente vazios. Uma anotação correspondente será feita noCertificado. Caso estes tanques sejam subdivididos conforme 11.1.1.2, os mesmos podem ser parcial-mente cheios. Neste caso, sugere-se evitar carregamentos parciais entre 70 e 90%.

11.5.3 - Tanques para óleo vegetal ou líquidos semelhantes devem ser providos com suficiente número desuspiros para igualar as pressões. Devem ser previstos dutos de expansão de aproximadamente 1% dovolume dos tanques. Aproximadamente 3% do espaço do tanque pode ficar vazio para expansão, se otanque está dividido por, pelo menos, uma antepara longitudinal central.

11.5.4 - Outros tanques de carga de óleo devem ser tratados conforme as Regras para petroleiros.

11.6 - TANQUES INDEPENDENTES

11.6.1 - Generalidades

11.6.1.1 - Tanques independentes devem ser adequadamente seguros contra os movimentos do navio.

11.6.1.2 - Não é recomendada a instalação de tanques independentes para óleo em porões de carga.Onde tais arranjos não podem ser evitados, devem ser tomadas providências para assegurar que a carganão pode ser danificada por vazamento de óleo.

11.6.1.3 - Acessórios e tubulações em tanques independentes devem ser protegidos por batentes. Aoredor dos tanques devem ser previstas calhas para drenar o vazamento de óleo.

11.6.2 - Escantilhões

11.6.2.1 - A espessura do chapeamento de tanques independentes não deve ser menor que:

t = 1,1 . a . (p)1/2 + t?k [mm]

11.6.2.2 - O módulo de seção de prumos de tanques independentes não deve ser menor que:

W = c . a . m2 . p [cm3]

c = 0,36, se os prumos são engastados em ambas as extremidadesc = 0,54, se uma ou ambas as extremidades são simplesmente apoiadasp = pressão, em [kN/mm2], correspondente a uma coluna h, medida da borda inferior do chapeamento

ou do ponto médio do vão m ao topo do transbordamento; a altura do transbordamento não deveser menor que 2,5 metros; p = 10 . h

11.7 - TANQUES DE ÁGUA POTÁVEL

11.7.1 - Tanques de água potável devem ser separados de tanques que não contenham água potável,água de lastro, água destilada ou água de alimentação para caldeiras.

11.7.2 - Arranjos sanitários ou tubulações correspondentes não devem ser colocados diretamente acima

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de tanques de água potável.

11.7.3 - Portas de visita dispostas no topo do tanque devem ter braçolas.

11.7.4 - Tubos para outros líquidos que não sejam água potável devem passar por tanques de águapotável dentro de um tunel de tubo.

11.7.5 - Tubos de suspiro e de transbordamento de tanques de água potável devem estar separados detubos de outros tanques.

11.8 - ANTEPARAS-DIAFRAGMA

11.8.1 - A espessura da antepara deve, em geral, ser igual à espessura mínima, conforme 11.2.2.1.Podem ser requeridos reforços para partes estruturais carregadas. A borda inferior, livre, de uma antepa-ra-diafragma deve ser adequadamente reforçada.

11.8.2 - O módulo de seção dos prumos e vigas não deve ser menor que W, conforme 11.2.3. Comopressão p, deve ser utilizado o valor pd, conforme seção 3, item 3.4.2.

11.8.3 - Nos piques, prumos devem ser colocados em cada caverna.

11.9 - TESTE DE ESTANQUEIDADE

11.9.1 - Todos os tanques de lastro, de trim, de água de alimentação de água doce e tanques contrabalanço, bem como tanques de óleo, devem ser testados por uma coluna d� água de 2,5 metros acima dotopo do tanque ou até o nível da linha de calado máximo, se esta linha está a mais de 2,5 metros acimado topo do tanque. A coluna d�água de teste deve estar, no mínimo, nivelada com o ponto mais alto dotubo de transbordamento ou suspiro. A coluna de teste para tanques equipados com válvulas de alívio depressão e/ou destinados a cargas líquidas com densidade igual ou maior que 1,025 t/m3,deve ser confor-me Seção 21, item 21.1.15.4.

11.9.2 - O teste deve ser feito geralmente antes do lançamento e antes da aplicação de pintura, cimento,e quaisquer outros revestimentos. Se, após o teste, as paredes dos tanques, especialmente paredes detanques de óleo, forem perfuradas para passagem de tubos ou por outros motivos, um segundo testedeve ser feito, a critério do Vistoriador do BC. Este segundo teste pode ser feito com o navio flutuando.Anteparas e conveses estanques a óleo devem ser inspecionados minuciosamente antes do teste.

11.9.3 - Porões de carga seca que também são utilizados como tanque de lastro, devem ser testados porenchimento até o ponto mais alto do tubo de transbordamento.

11.9.4 - Tanques independentes devem ser testados por uma coluna d�água de 3m acima do topo dotanque ou, pelo menos, por uma coluna d�água até o ponto mais alto do tubo de transbordamento ou desuspiro, o que for mais alto.

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SEÇÃO 12

RODA DE PROA, CADASTE, PÉS-DE-GALINHAE TUBO TELESCÓPICO

12.1 - RODA DE PROA

12.1.1 - Roda de Proa de Barra

12.1.1.1 - A área seccional de uma roda de proa de barra, abaixo da linha de calado máximo, não deveser menor que:

f = 1,25.L [cm2]

L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]

12.1.1.2 - A partir da linha de calado máximo, a área seccional da roda de proa de barra pode serreduzida em direção à extremidade superior, até 0,75.f.

12.1.2 - Roda de Proa de Chapa

12.1.2.1 - A espessura de roda de proa de chapa soldada não deve ser menor que:

t = 0,08.L + 6 [mm]

L = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]

12.1.2.2 - A partir de 600mm acima da linha de calado máximo, a espessura pode ser gradualmentereduzida até 0,8.t, onde t é o obtido em 12.1.2.1.

12.1.2.3 - Roda de proa de chapa e proa bulbosa devem ter chapas-diafragma espaçadas entre si de, nomáximo, 1 metro.

12.1.2.4 - Onde o espaçamento das chapas-diafragma é reduzido a 0,5 metros, a espessura da roda deproa de chapa pode ser reduzida em 20%.

12.1.2.5 - A proa bulbosa deve ter, geralmente, a espessura que obedeça ao exigido em 12.1.2.1.

12.1.2.6 - Os escantilhões das chapas e reforços na região da proa, em 0,1.L a ré da perpendicularavante e acima da linha de calado máximo, devem ser verificados para o seguinte carregamento externo:

pe = 1,1 [ 0,4 . v . sen θ + 0,6 (L)1/2 ] 2 [kN/m2]

v = velocidade máxima do navio, em [nós]θ = ângulo entre a direção longitudinal paralela à linha de centro e a linha tangente, na respectiva

linha d�água, no local considerado; vide Fig. 12.1.

a) A espessura do chapeamento não pode ser inferior a:

t = 1,10 . a . (pe) 1/2 + tk [mm]

a = menor espaçamento entre cavernas (longitudinais ou transversais), em [m]tk = margem de corrosão, conforme a Seção 2, 2.10

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b) Reforços:

tensão de flexão: σb ≤ 0,75.σ y

tensão de cisalhamento: τ ≤ 0,43.σ y

tensão combinada:yV στσσ .8,0.3 2 ≤+=

σ y = tensão de escoamento do material (ver Seção 2)

Figura 12.1

12.2 - CADASTE

12.2.1 - Generalidades

12.2.1.1 - O cadaste do hélice e o cadaste do leme devem ser conduzidos para dentro do casco, emsuas partes superiores, e ligados a ele de maneira conveniente e eficiente. Na região de união com ocadaste do leme, o chapeamento do casco deve ser reforçado conforme Seção 5, item 5.6. Deve-se dara devida atenção ao projeto da forma da popa do navio, espessura do leme e clara do hélice, de modo aminimizar as forças de excitação produzidas pelo hélice na estrutura do casco.

12.2.1.2 � Para navios com um só hélice, recomenda-se observar as folgas mínimas entre o hélice, ocadaste e o leme mostradas na Figura 12.2.

12.2.1.3 - Em embarcações com 1 hélice, a parte inferior do cadaste deve se estender para vante por, nomínimo, 3 vezes os espaçamentos de caverna, a partir da aresta de vante no bosso, e, em outrasembarcações, por 2 vezes espaçamentos de caverna, a partir da aresta de ré do cadaste do leme.

12.2.1.4 - O tubo telescópico deve estar envolto pelas hastilhas ou, quando a forma do navio é muitoestreita, ser reforçado por anéis internos. Onde não é colocada soleira, os anéis internos podem serdispensados.

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12.2.1.5 - A espessura de cadastes de chapa, para navios com 2 hélices, não deve ser menor que:

t = 0,07.L + 5,5 [mm]

Figura 12.2

12.2.2 - Cadaste do Hélice

12.2.2.1 - Os escantilhões de cadastes do hélice retangulares e maciços devem ser determinadosconforme as seguintes fórmulas:

m = 1,4.L + 90 [mm]

t = 1,6.L + 15 [mm]

m = vão sem apoio do cadastet = espessura do cadasteL = comprimento da embarcação (ver 1.6), em [m]

12.2.2.2 - Os módulos de seção resultantes dos valores m e t, exigidos conforme 12.2.2.1, devem sermantidos onde outras formas de seção são adotadas.

12.2.2.3 - Os escantilhões mínimos de cadastes do hélice fabricados de chapas devem ser determina-dos conforme as seguintes fórmulas:

m = 50.(L) 1/2 [mm]

t = 2,4.(L) 1/2 [mm]

b = 36.(L) 1/2 [mm]

t = espessura (ver Figura 12.3)b = largura (ver Figura 12.3)m = vão sem apoio do cadaste, em [mm]

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Figura 12.3

12.2.2.4 - Onde a configuração da seção transversal difere da Figura 12.3, e para cadastes fundidos dohélice, o módulo de seção da seção transversal, em relação ao eixo longitudinal, não deve ser menor que:

Wx = 1,2 . L1,.5 [cm3]

12.2.2.5 - A espessura da parede do bosso no cadaste do hélice, na condição acabada, deve ser, nomínimo, 60% da espessura do cadaste do hélice, conforme 12.2.2.1.

12.2.3 - Cadaste do Leme e Madre do Leme

12.2.3.1 - O módulo de seção do cadaste do leme, em relação ao eixo longitudinal do navio, não deve sermenor que:

][1000

3cmmCW R ⋅=

CR = força do leme em [N], conforme Seção 13, 13.2.m = vão, sem apoio, do cadaste do leme, em [m]

Podem ser requeridos cálculos de resistência do cadaste do leme, levando em consideração a flexibili-dade da soleira, onde, devido à sua baixa rigidez na direção y, a soleira não pode ser considerada umsuporte eficiente para o cadaste do leme e onde, consequentemente, tensões de flexão adicionaispodem aparecer no ponto superior de engastamento. A tensão de flexão sB não deve exceder 85 N/mm2.

12.2.3.2 - O diâmetro do eixo de lemes balanceados não deve ser menor que (ver Figura 12.4):

][)(4,4 3 mmm

bmbCd R −⋅⋅⋅=

b = 0,5 . (b1 + b2) [m] (ver Figura 12.4)m = vão sem apoio, em [m] (ver Figura 12.4)CR = força no leme, em [N] (ver Figura 12.6)

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Figura 12.4

Com referência a eventuais cálculos de resistência para o eixo do leme, deve ser observado 12.2.3.1.

12.2.4 - Soleira

12.2.4.1 - O módulo de seção da soleira em relação ao eixo z (ver Fig. 12.4) não deve ser menor que:

][80

31 cmkxBWz⋅⋅=

B1 = força de suporte, em [N], conforme a Seção 13, item 13.3.3. Em lemes com mancais duplos, aforça de suporte, sem considerar a flexibilidade da soleira, é B1 = 0,5 . CR

x = distância da respectiva seção transversal do eixo do leme, em [m], que não deve ser menor quee/2 e, no máximo, igual a e (ver Figura 12.5).

k = fator de material, conforme Seção 1.CR = força no leme, em [N] (ver Figura 12.6)

12.2.4.2 - O módulo de seção W pode ser reduzido em 15% onde é colocado um cadaste do leme,conforme 12.2.3.1.

12.2.4.3 - O módulo de seção em relação ao eixo y (ver Figura 12.5) não deve ser menor que:

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Wy = Wz /2, onde não é colocado cadaste ou eixo do lemeWy = Wz /3, onde é colocado cadaste ou eixo do leme

Figura 12.5

12.2.4.4 - A área seccional na posição x = e não deve ser menor que:

][48

1 mmkBAS ⋅=

12.2.4.5 - A tensão combinada das tensões de flexão e cisalhamento, em qualquer posição, dentro dadistância e, não deve ser maior que:

]/[

]/[)(

]/[120.3

21

21

222

mmNAB

mmNxWxB

mmN

S

zb

bV

=

⋅=

=+=

τ

σ

τσσ

12.2.5 - Suporte de Lemes Semi-Suspensos

12.2.5.1 - Para o suporte de leme, a distribuição do momento fletor, força cortante e momento torsor,deve ser determinada conforme as seguintes fórmulas (ver Figura 12.7):

a) momento fletor: Mb = B2 . z [N.m]; Mbmax = Bl . d [N.m]b) força cortante: Q = B2 [N]c) momento torsor: MT = B2 . e(z) [N.m]

B2 = força de apoio no suporte do leme, de acordo com a Seção 13, item 13.3.3.

Para a determinação de escantilhões preliminares, a flexibilidade do suporte do leme pode ser ignorada,e a força de suporte B2 pode ser calculada conforme a seguinte fórmula:

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B2 = CR . (b/c) [N]

CR = força do leme conforme Seção 13, item 13.2.b, c, d, e, z = ver Figuras 12.5 e 12.6.

Figura 12.6

12.2.5.2 - O módulo de seção do suporte do leme, na direção transversal, em relação ao eixo longitudinalx, não deve, em qualquer posição, ser menor que:

][67

3)( cmkMW b

z⋅

=

12.2.5.3 - Em nenhuma área seccional do suporte do leme, a tensão de cisalhamento devido à forçacortante Q pode ser maior que o seguinte valor:

Q = 48/k [N/mm2]

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Figura 12.7

12.2.5.4 - A tensão combinada em qualquer posição do suporte do leme, não deve ser menor que:

]/[210

]/[

]/[

]/[120).(3

23

2

2

)(

222

mmNtA

M

mmNAQ

mmNWM

mmNk

hT

TT

h

z

bb

TV

⋅⋅⋅=

=

=

=++=

τ

τ

σ

ττσσ

AT = área seccional em [mm2], abrangida pelo suporte do leme na posição examinada.th = espessura do chapeamento do suporte do leme.

12.2.5.5 - A espessura do chapeamento do suporte do leme deve ser determinada de modo a atender osrequisitos de 12.2.5.2 até 12.2.5.4. Ela não deve ser menor que:

tmin = 2,4 (L) 1/2 [mm]

12.2.5.6 - Reforços transversais do suporte do leme devem ser conduzidos dentro do casco até o convésmais próximo, devendo ser em quantidade suficiente e ter a espessura adequada.

12.2.5.7 - Hastilhas cheias, reforçadas, devem ser colocadas alinhadas com os reforços transversais,para conseguir uma ligação suficiente com o casco. A espessura destas hastilhas deve ser aumentadade 50% sobre os valores exigidos na Seção 7.

12.2.5.8 - A antepara da linha de centro (diafragma) no pique de ré, deve ser ligada ao suporte do leme.

12.3 - PÉS-DE-GALINHA

12.3.1 - É recomendado que os braços dos pés-de-galinha formem um ângulo, entre si, diferente doângulo entre as pás do hélice. Onde é colocado um hélice de 3 ou 5 pás, recomenda-se que o ânguloseja cerca de 90 graus. Em caso de hélice com 4 pás, é recomendado que o ângulo seja cerca de 70graus ou 110 graus. É recomendado que os eixos dos braços se interceptem na linha de centro do eixopropulsor.

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12.3.2 - É recomendado que os braços se estendam através do chapeamento do costado e sejamfixados de maneira eficiente às cavernas e hastilhas, respectivamente. Caso a fixação seja por solda,os braços devem ter um flange para soldagem ou uma parte mais espessa na região de soldagem, ouserem fixados de outra maneira adequada. O reforço do chapeamento do costado, na região de fixaçãodos braços, deve obedecer ao definido na Seção 5, 5.6. Observar, também, o exigido na Seção 18,item 18.2.4.3.

12.3.3 - Os escantilhões de braços sólidos são dependentes do diâmetro do eixo d , como segue:

Espessura: ................................................. 0,44.dÁrea seccional no pé-de-galinha ................. 0,44.dComprimento do bosso .............................. 3,00.dEspessura de parede do bosso .................... 0,35.d

12.3.4 - Pés-de-galinha e bossos do eixo, fabricados de chapas, devem ter a mesma resistência que osmaciços.

12.3.5 - Pé-de-galinha de apenas um braço deve ser motivo de análise de resistência, conforme 12.4.1.be de análise de vibrações, conforme 12.4.2. Deve-se ter especial atenção à fadiga.

12.4 - TUBO TELESCÓPICO ELÁSTICO

12.4.1 - Análise de Resistência

Para a determinação dos escantilhões do tubo telescópico protuberante, na região da ligação com ocasco, as seguintes análises de tensões devem ser conduzidas:

a) Carregamento estático: tensões de flexão causadas por carregamentos de pesos estáticos não de-vem exceder 0,35.σy .

b) Carregamento dinâmico: o carregamento pulsante devido à perda de uma pá do hélice deve ser deter-minado assumindo que a rotação do hélice é 0,75 vezes a rotação nominal. As seguintes tensõesadmissiveis devem ser observadas:

σdzul = 0,4 . σy , para σy = 235 [N/mm2]σdzul = 0,35 . σy , para σy = 355 [N/mm2]σy = valor mínimo do limite de escoamento. Para valores intermediários de σy, entre 235 e 355

[N/mm2], as tensões admissíveis devem ser achadas por interpolação.

Os valores de tensões admissíveis, acima citados, são valores aproximados. Pequenos desvios podemser permitidos em casos especiais, levando em consideração a resistência à fadiga do material usado.

12.4.2 - Análise de Vibrações

A freqüência natural de flexão, na rotação nominal, do sistema constituído por tubo telescópico, eixopropulsor e hélice, não deve ser menor que 1,5 vezes a rotação nominal do hélice. Entretanto, a freqüêncianatural não deve ser maior que 0,66 vezes o número de impulsos (número de pás x rotação nominal), enão deve coincidir com as condições de serviço, nem em caso de perda de uma pá do hélice.

TOMO II - RODA DE PROA, CADASTE, PÉS-DE-GALINHAE TUBO TELESCÓPICO ............................................ SEÇÃO 12

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SEÇÃO 13

LEME E APARELHO DE GOVERNO

13.1 - GENERALIDADES

13.1.1 - Aparelho de Governo

13.1.1.1 - Cada navio deve ser provido de um aparelho de governo que deve garantir manobrabilidadeadequada.

13.1.1.2 - O aparelho de governo inclui todos os componentes necessários para o governo do navio, doleme e da máquina do leme, até o posto de comando de governo.

13.1.1.3 - São tratados nesta Seção: madre do leme, acoplamento do leme, mancais do leme e porta doleme. Para máquinas do leme, vide o Livro de Regras para Navegação Costeira-Máquinas.

13.1.1.4 - O compartimento da máquina do leme deve ser mantido livre de instalações que possamprejudicar a operação das máquinas do leme principal e auxiliar. Deve estar separado de outros compar-timentos por paredes de aço. Com referência à utilização de material não magnético no passadiço, naregião da agulha magnética, devem ser observados os requisitos das administrações nacionais compe-tentes.

13.1.2 - Detalhes Estruturais

13.1.2.1 - Devem ser previstos meios efetivos para suportar o peso da porta do leme, sem pressãoexcessiva nos mancais, por exemplo, através de um mancal de escora na extremidade superior damadre do leme. A estrutura do casco, na região do mancal de escora do leme, deve ser adequadamentereforçada.

13.1.2.2 - Devem ser previstos dispositivos convenientes, por exemplo, batentes, para impedir que oleme suba.

13.1.2.3 - A madre do leme deve atravessar o casco em compartimento fechado, estanque, ou em caixasde gaxetas, que devem ser colocadas acima da linha de calado máximo, para impedir que a água entreno compartimento da máquina do leme e o lubrificante seja lavado do mancal de escora. Se o topo docompartimento da madre do leme está abaixo da linha de calado máximo, devem ser previstas duascaixas de gaxetas.Em navios navegando em áreas de baixa temperatura, pequenas folgas entre a porta do leme e o cascodo navio podem causar o travamento da porta do leme no casco, por congelamento. É, portanto, reco-mendado evitar distâncias menores que 1/20 da espessura da porta do leme ou 50mm com o casco,respectivamente, ou instalar meios convenientes como, por exemplo, arranjos de aquecimento.

13.1.3 - Materiais

13.1.3.1 - Para materiais da madre do leme, pinos do leme, parafusos de acoplamento, etc., observar aInstrução para Materiais do Bureau Colombo.

13.1.3.2 - Para madres do leme, machos, chavetas e parafusos, materiais com tensão de escoamentomínimo de 200 N/mm2 e uma resistência à tração menor que 400 N/mm2 ou maior que 900 N/mm2,geralmente não devem ser utilizados.

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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As exigências apresentadas nesta Seção são baseadas no valor de 235 N/mm2, para a tensão deescoamento do material. Se for utilizado material com tensão de escoamento diferente de 235 N/mm2,fator kr deve ser determinado da seguinte maneira:

2

275,0

/235235

/235235

mmNparak

mmNparak

yy

r

yy

r

<=

=

σσ

σσ

σy = tensão de escoamento [N/mm2] do material utilizado; σy deve ser tomado com valor superior a0,7.σΒ ou 450 N/mm2, usando-se o menor valor entre os dois.

σB = resistência à tração do material utilizado, em [N/mm2]

13.1.3.3 - Caso sejam utilizados aços com tensão de escoamento acima de 235 N/mm2 , o BureauColombo pode requerer um cálculo das deformações elásticas da madre do leme. Grandes deforma-ções devem ser evitadas para manter as pressões dos cantos da madre nos mancais dentro dos limitespermissíveis.

13.1.3.4 - As tensões admissíveis fornecidas em 13.5.1 se aplicam a aço naval comum. Na aplicação deaço naval de alta resistência, podem ser utilizados maiores valores, que serão fixados em cada casoindividual.

13.2 - FORÇA DO LEME E MOMENTO TORCIONAL

13.2.1 - Força do Leme e Momento Torcional para Lemes Normais

13.2.1.1 - A força do leme deve ser determinada conforme a fórmula seguinte:

CR = 132 . χχχχχ1 . χχχχχ2 . A . (vo . χχχχχ3 ) 2 [N2]

A = área total do leme, em [m2] . Para leme situado dentro de um tubo, (�nozzle rudder�), A deve ser1,35 vezes a área projetada do tubo (nozzle�)

vo = velocidade máxima da embarcação, prevista no calado máximo em águas tranquilas, em [nós].Para velocidades menores que 10 nós, o seguinte valor deve ser utilizado como vo :

vmin = (vo + 20) / 3 [nós]

Para marcha a ré, deve ser tomada a máxima velocidade a ré, mas não pode ser tomado um valorinferior a: va = 0,5 . vo .

χ1 = coeficiente, dependendo da razão Λ ; χ1 = (" + 2)/3, onde L não necessita ser tomado maior que2 Λ = b2 / A2

tb = altura média da área do leme, em [m] (ver Figura 14.1);At = A + área da rabeta do leme, se houver, em [m2]χ2 = coeficiente, dependendo do tipo ou do perfil do leme, conforme a tabela seguinte:

perfil / tipo do leme marcha a vante marcha à ré

série NACA - os perfis de Gottinger 1,1 0,9

leme de chapa 1,1 0,9

perfis vazados 1,35 0,9

leme de alta eficiência 1,7 a ser especialmente considerado

χ3 = coeficiente, dependendo da localização do leme ; χ3MAX = 1,05χ3 = 0,9 + 0,3 . (xr / Dp) , para lemes a ré do propulsorχ3 = 1,08 , para lemes situados à ré de um hélice instalado em um tubo (�nozzle�)

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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χ3 = 0,8 , para lemes situados fora da esteira do héliceχ3 = 1,0 , para lemes em qualquer outra localização, inclusive os situados na esteira do hélice

χ3 não deve ser menor que 1,0 quando a distância entre o propulsor e o cadaste for extremamentegrande

xr = distância entre a aresta de vante do leme e o plano do propulsor (ver Figura 13.1)Dp = diâmetro do propulsor (ver Figura 13.1)

Figura 13.1

13.2.1.2 - O momento torcional deve ser determinado pela seguinte fórmula:

QR = CR . r [Nm]

r = c . (α - kb ) [m]c = A/b = largura média da área do leme, em [m]; ver Figura 13.1.α = 0,33, para condição de marcha à vante; α = 0,66, para condição de marcha à ré.

Para lemes de alta eficiência, α deve ser considerado especialmente. Se não conhecido, α = 0,4 podeser utilizado para a condição de marcha à vante. Para partes de um leme situadas atrás de uma estruturafixa, tal como um suporte do leme:

α = 0,25 , para condição de marcha a vanteα = 0,55 , para condição de marcha a rékb = fator de compensação = Af /A, onde Af = parte da área do leme situada à vante da linha de centro

da madre do leme (ver Figura 13.1) e A é a área total do leme; k b = 0,08 pode ser utilizado paralemes não compensados

r min = 0,1 . c [m], para a condição de marcha à vante.

13.2.2 - Força do Leme e Momento Torcional para Lemes com Recortes (Lemes Semi-Suspensos)

13.2.2.1 - Força do leme CR

A força total do leme CR deve ser calculada conforme 13.2.1.1. A distribuição de pressão sobre a área doleme, sobre a qual deve ser baseada a determinação do torque e resistência da porta do leme, deve serdeterminada como mostrado a seguir. A área do leme é dividida em duas partes retangulares outrapezoidais com áreas A1 e A2 , tais que A = A1 + A2 (veja a Figura 13.2).

A força resultante de cada parte é:

CR1 = CR . (A1 / A ) [N]; CR2 = CR . (A2 / A ) [N]

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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Figura 13.2

13.2.2.2 - O momento torcional parcial de cada parte é:

Q1 = C1 . r1 [N.m] ; Q2 = C2 . r2 [N.m]

r1 = c1 . (α - kb1 ) [m] ; r1min = 0,1.c1 [m] , para a condição de marcha a vanter2 = c2 . (α - kb2 ) [m] ; r2min = 0,1.c2 [m] , para a condição de marcha a vantekb1 = A1f / A1kb2 = A2f / A2c1 = A1 / b1c2 = A2 / b2b1 e b2 = alturas média da áreas parciais do leme A1 e A2 (ver a Figura 13.2)

13.2.2.3 - O momento torcional total do leme deve ser calculado para ambas as condições, de marcha àvante e a ré, conforme a fórmula:

QR = Q R1 + QR2 [N.m]

13.3 - ESCANTILHÕES DA MADRE DO LEME

13.3.1 - Diâmetro da Madre do Leme

13.3.1.1 - O diâmetro da madre do leme, para transmitir o momento torcional, não deve ser menor que:

][2,4 3 mmkQD

rR

t ⋅=

QR = ver 13.2.1.2, 13.2.2.2 e 13.2.2.3kr = ver 13.1.3.2

A respectiva tensão de torção é:

]/[3

.5,0 2mmNyt

στ =

σy = tensão de escoamento [N/mm2] do material utilizado; σy deve ser tomado com valor superior a

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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0,7.σB ou 450 N/mm2, usando-se o menor valor entre os dois. Deverá ser observado o item13.1.3.3.

σB = resistência à tração do material utilizado, em [N/mm 2]

13.3.1.2 - O diâmetro da madre do leme, determinado conforme 13.3.1.1, é decisivo para a determinaçãoda máquina do leme, do acoplamento do leme, de batentes e do freio.

13.3.1.3 - No caso de máquina do leme mecânica, o diâmetro da madre do leme, no extremo superior,que é destinado somente para a transmissão do momento torcional devido ao acionamento da máquinade leme auxiliar, pode ser 0,9.D. A boca quadrada da cana auxiliar não deve ser menor que 0,77.D, e asua altura não menor que 0,8.D.

13.3.1.4 - A madre do leme deve estar provida de um travamento contra deslocamento axial. As folgasaxiais admissíveis dependem da construção da máquina do leme e do mancal.

13.3.2 - Reforços da Madre do Leme (Geral)

13.3.2.1 - Se o leme for projetado de modo que tensões adicionais de flexão ocorram na madre do leme,o diâmetro da madre deve ser aumentado convenientemente. O diâmetro aumentado é decisivo nodimensionamento do acoplamento. O diâmetro da madre do leme deve ser aumentado, de modo que atensão combinada de flexão e torção não exceda o seguinte valor:

]/[.5,0.3 222 mmNybV στσσ ≤+=

σb= tensão de flexão, calculada por: ]/[2,10 231

mmND

Mbb

⋅=σ

Mb = momento fletor no mancal guia, devido à força do leme, em [N.m]

τ = tensão de torção, calculada por: ]/[.1,5 231

mmND

QR=τ

D1 = diâmetro aumentado da madre do leme, em [cm]. Pode ser determinado pela seguinte fórmula:

62

1 341

⋅+⋅=

R

bt Q

MDD

QR = ver 13.2.1.2, 13.2.2.2, e 13.2.2.3Dt = vide 13.3.1.1

Caso a máquina do leme seja de dois pistões, momentos fletores adicionais podem ser transmitidos porela à madre do leme. Estes momentos fletores devem ser levados em conta para a determinação dodiâmetro da madre do leme.

13.3.3 - Análise

13.3.3.1 - Generalidades

A avaliação de momentos fletores, forças cortantes e forças de reação, para o sistema leme-madre doleme, pode ser executada para alguns tipos básicos de lemes mostrados nas Figuras 13.3 e 13.4.

13.3.3.2 - Dados para a Análise

m10 até m50 = comprimentos das vigas individuais do sistema, em [m]; m corresponde à grandeza eda Seção 12, item 12.2.4.1 e Figura 12.5.

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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J10 até J50 = momentos de inércia destas vigas, em [cm4 ]

Para lemes apoiados em soleiras, o comprimento m20 é a distância entre a aresta inferior do corpo doleme e o centro da soleira, e J20, o momento de inércia do pino do leme na soleira.

a) Carregamento na porta do leme (em geral)

pR = CR / (10 3 . m 10 ) [kN/m]

b) Carregamento em leme semi-suspenso

pR 10 = CR2 / (10 3 . m 10 ) [kN/m] ; pR 20 = CR1 / (10

3 . m 20 ) [kN/m]

CR , CR1 , CR2 = ver 13.2.1 e 13.2.2Z = constante de mola do apoio na soleira ou no suporte do leme

Z = 6,18.J 50 / m 50 3 [kN/m] , para apoio em soleira

J50 = momento de inércia da soleira em relação ao eixo zm50 = comprimento efetivo da soleira em [m]; corresponde à 50 grandeza e da Seção 12, item 12.2.4.1Z = 1 / (f b + ft ) [kN/m], para apoio no suporte do lemefb = deslocamento do suporte do leme, em [m], devido à ação de uma força de 1kN no centro b do

suportefb = (1,3.d 3 )/ (6,18.Jn ) [m/kN] (valor para orientação)J50 = momento de inércia do suporte do leme em relação ao eixo nx , em [cm4], (ver também a Fig.

13.6)ft = deslocamento devido à torsão unitária = [e Σ . u / t] / (3,14 . 108 . FT

2 ) [m/kN]F2

T = seção transversal média do suporte do leme, em [m ]ui = largura, em [mm], das chapas individuais que compõem a área seccional média do suporte do

lemeti = espessura nas larguras individuais u i , em [mm]e = ver Figura 12.6

13.3.3.3 - Momentos e Forças a Serem Avaliados

13.3.3.3.1 - Devem ser avaliados o momento fletor M e a força cortante Q na porta do leme, o momentofletor M, no mancal guia, e as forças de reação nos apoios B1, B2 e B3 Estes momentos devem serutilizados para a análise de tensões exigida nos itens 13.3.2 e 13.5.1, e na Seção 12, item 12.2.5.

13.3.3.3.2 - Para lemes suspensos, os momentos e forças podem ser determinados da seguinte maneira:

( )( )

][

][

].[.3

.2

32

303

21

211020

NBCB

NmMB

mNcc

ccmmCM

R

Rb

+=

=

+

+⋅+⋅=

13.3.4 - Compartimento da Madre do Leme

Se a madre do leme ficar localizada dentro de um compartimento, de tal maneira que neste comparti-mento ocorram tensões devido a forças causadas pela ação do leme, os escantilhões do compartimentodevem ser tais que a tensão combinada devido à flexão e cisalhamento não exceda 0,35 vezes a tensãode escoamento do material utilizado.

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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13.4 - ACOPLAMENTOS DO LEME

13.4.1 - Generalidades

13.4.1.1 - Os acoplamentos devem ser projetados de forma que eles possam transmitir todo o torque àmadre do leme.

13.4.1.2 - A distância dos eixos dos parafusos das arestas dos flanges não deve ser menor que 1,2vezes o diâmetro do parafuso. Em acoplamentos horizontais, pelo menos 2 parafusos devem ser coloca-dos avante do eixo da madre.

13.4.1.3 - Os parafusos de acoplamento devem ser parafusos de ajuste. Suas porcas devem ser efetivamentetravadas contra afrouxamento, por exemplo, por chapas de travamento.

13.4.2 - Acoplamentos Horizontais

13.4.2.1 - O diâmetro dos parafusos de acoplamento não deve ser menor que:

][62,03

mmenk

kDdd

rb ⋅⋅

⋅⋅=

D = diâmetro da madre do leme, conforme o item 13.3, em [mm]n = número total de parafusos (no mínimo, 6 parafusos)e = distância média dos eixos dos parafusos ao centro do sistema de parafusos, em [mm]kr = fator de material da madre do leme, conforme 13.1.3.2 (não devem ser utilizar materiais com

limites de escoamento acima de 650 N/mm2)kd = fator de material dos parafusos, calculado como definido em 13.1.3.2 para kr.

13.4.2.2 - A espessura dos flanges de acoplamento não deve ser menor que:

][62,03

mmenk

kDtf

rf ⋅⋅

⋅⋅=

tfmin = 0,9 . db

A espessura do flange de acoplamento fora da região dos furos de parafuso não deve ser menor que0,65.tD, kr , n, e, d b = ver 13.4.2.1kf = fator de material do flange de acoplamento; calculado como definido em 13.1.3.2.

13.4.2.3 - Os flanges de acoplamento devem ser equipados com uma chaveta para aliviar os parafusos,conforme a norma DIN 6885. Esta chaveta pode ser dispensada se o diâmetro dos parafusos for aumen-tado em 10%.

13.4.2.4 - Flanges de acoplamento horizontal deveriam ser forjados junto à madre do leme. Em flangessoldados à madre do leme, a madre deve ter um colar de solda com um diâmetro de 1,1.D (mas nãomenor que D + 20 mm) e com uma espessura igual à do flange (no máximo, espessura do flange +5mm).

13.4.2.5 - Para a ligação dos flanges com a porta do leme, vide, também, Seção 17, item 17.2.6.3.

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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Figura 13.3 Figura 13.4

13.4.3 - Acoplamentos Cônicos

13.4.3.1 - Acoplamentos Cônicos sem Arranjos Especiais para Montagem e Desmontagem dosAcoplamentos

13.4.3.1.1 - Acoplamentos cônicos devem ter uma conicidade k, no diâmetro, de 1:18 a 1:12.

k = (d0 - du ) / m , de acordo com a Figura 13.3

A forma do cone deve ser bem exata. A porca e o pino devem ser cuidadosamente travados contraafrouxamento, por exemplo, conforme mostrado na Figura 13.3.

13.4.3.1.2 - Geralmente, o comprimento m do acoplamento não deve ser menor que o diâmetro d0 dametade do leme na aresta superior do leme.

13.4.3.1.3 - Para acoplamento entre madre e leme, deve ser prevista uma chaveta de ajuste, cuja área decisalhamento não deve ser menor que:

][69 2cmd

Qayik

RS σ⋅

⋅=

QR = momento torcional, em [N.m], calculado conforme 13.2.1.2 e 13.2.1.3dK = diâmetro da parte cônica da madre do leme, em [mm], na chavetaσy1 = limite de escoamento do material da chaveta, em [N/mm2]

13.4.3.1.4 - A área da superfície efetiva da chaveta (sem as extremidades arredondadas) entre chaveta emadre do leme ou acoplamento cônico, não deve ser menor que:

][20 2

2cm

dQa

yk

Rk σ⋅

⋅=

QR , dk = ver 13.4.3.1.3σy2 = limite de escoamento do material da chaveta, madre ou coplamento, em [N/mm2], devendo

ser tomado o maior valor.

13.4.3.1.4 - As dimensões da porca de aperto devem ser como segue (ver Figura 13.3):altura ................................ h n = 0,6 . d gdiâmetro externo ................ d n = 1,2 . du ou d n = 1,5 . d gdiâmetro externo da rosca ... d g = 0,65 . do

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13.4.3.2 - Acoplamentos Cônicos com Arranjos Especiais para Montagem e Desmontagem dosAcoplamentos

13.4.3.2.1 - Onde o diâmetro da madre excede 200mm, é recomendado que o aperto seja feito com umaunião por montagem hidráulica. Nesses casos, o cone pode ser mais esbelto (k = 1:12 a 1:20).

13.4.3.2.2 - As dimensões da porca hidráulica devem ser como segue:altura ................................... h n = 0,7 . dg, para dg < 200 mm

h n = 0,6 . dg , para dg ≥ 200 mmdiâmetro externo .................. d n = 1,35 dgdiâmetro externo da rosca ..... dg = 0,65 . d o

Uma arruela deve se colocada entre a porca e o fundido do leme, tendo as seguintes dimensões:espessura ................ 0,13 . d gdiâmetro externo ...... 1,3 . du ; no mínimo = 1,6 . d g

13.4.3.2.3 - Para a transmissão segura do momento torcional pelo acoplamento entre a madre do lemee a porta do leme, o comprimento de contato da união e a pressão hidráulica devem ser determinadospelas seguintes fórmulas:

a) pressão hidráulica requerida:

]/[57,1

10 2

02

3mmN

cmdQp

m

Freq

⋅⋅⋅⋅

=

QF = momento de escoamento de projeto da madre do leme, de acordo com 13.6, em [N . m]dm = diâmetro média do cone, em [mm]m = comprimento do cone, em [mm]co = coeficiente de atrito, como segue:

co = 0,15, aproximadamente, para uniões de cone hidráulicasco = 0,18, aproximadamente, para uniões de cone à seco.

Deve ser assegurado que a pressão de prensagem requerida não exceda a pressão de contato admissívelna superfície do material. A pressão de contato admissível deve ser determinada pela seguinte fórmula:

( )]/[

3

19,0 24

2

mmNp yadm

α

ασ

+

−⋅⋅=

σy = limite de escoamento, em [N/mm2], do material do fundido.α = dm / da (ver Figura 13.3)

O diâmetro externo do fundido não deve ser menor que:

da = 1,5 . dm

Onde ocorrem, no fundido, tensões devido à flexão da madre do leme, o Bureau Colombo pode fixarmenores valores para a pressão de contato ou pode requerer a verificação de que a tensão combinada detodos os componentes de tensão está abaixo do limite de escoamento do material do fundido.

b) comprimento requerido da união hidráulica:

][18,0

21 2

mmk

RkE

dpm tm

mreq ⋅⋅+

−⋅⋅

⋅=∆

α

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Rtm = rugosidade média, em [mm] , (Rtm = 0.01 mm , aproximadamente)k = conicidade, conforme 13.4.3.2.1E = módulo de Young (2, 06 . 105 N/mm2 )

O comprimento mínimo é:

∆mmin = dm / 150 [mm] = ∆m . padm /preq [mm]

Em caso de união hidráulica, a força de prensagem requerida, Pe , para o cone, deve ser determinadapela seguinte fórmula:

Pe = 3,14 . preq . dm . m . (k/2 + 0,02) [N]

Onde, devido ao procedimento de montagem, ocorre um efeito de prensagem parcial ocasionado pelopeso próprio do leme, isto pode ser levado em consideração na determinação do comprimento requerido,desde que submetido à aprovação do Bureau Colombo

13.4.3.2.4 - A pressão requerida para os mancais dos pinos deve ser determinada pela seguinte fórmula:

]/[4,0 22

02 mmNmd

dBpm

req ⋅⋅⋅

=

B2 = força de apoio do pino no mancal, em [N]; vide, também, Figura 12.6dm , m = vide 13.4.3.2.2d0 = diâmetro do pino, em [mm], conforme Figura 13.3.

13.5 - PORTA DO LEME E MANCAIS DO LEME

13.5.1 - Resistência da Porta do Leme

13.5.1.1 - A porta do leme deve ser reforçada por nervuras horizontais e verticais para que o leme sejaefetivo como uma viga. O chapeamento do leme deve ser adicionalmente reforçado na aresta de ré.

13.5.1.2 - A resistência da porta do leme deve ser verificada por cálculo direto, de acordo com 13.3.3.

13.5.1.3 - Em portas de leme sem recortes, as seguintes tensões não devem ser excedidas:

a) tensão de flexão devido a MR : σb = 110 N/mm2

b) tensão de cisalhamento devido a Q1: τ = 50 N/mm2

c) tensão combinada devido à flexão e cisalhamento: 222 /120.3 mmNbV =+= τσσ

MR , Q1 = ver 13.2 e 13.3.3

13.5.1.4 - Em portas do leme com recortes (lemes semi-suspensos), as seguintes tensões não devemser excedidas:

a) tensão de flexão devido a MR : σb = 75 N/mmb) tensão de cisalhamento devido Q : τ = 50 N/mm2

c) tensão de torção: τ t = 50 N/mm 2d) tensão combinada devido à flexão e cisalhamento e tensão combinada devido à flexão e torção:

2222

2221

/90.3

/100.3

mmN

mmN

tbV

bV

=+=

=+=

τσσ

τσσ

As tensões devido à torção podem ser calculadas de maneira simplificada, como segue:

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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τττττt = Mt / (2.m.h.t) [ N/mm2 ]

t 2 . m . h . t

m, h, t = mostrados na Figura 13.4; em [cm]. A distância entre as nervuras verticais não deve, a prin-cípio, exceder 1,2.h. Os raios de corte do chapeamento do leme não devem ser inferiores a 4a 5 vezes a espessura do chapeamento, em nenhum caso inferiores a 50mm.

Mt = CR2 . e [N.m]CR2 = força parcial no leme, em [N], que atua na área parcial da porta do leme A2, situada abaixo da

seção transversal sob consideração.e = braço do momento torcional, em [m]. Distância horizontal entre o centróide da área parcial A2

e a linha de centro da área efetiva da seção transversal considerada - ver a Figura 13.4. Ocentróide deve ser assumido como localizado à distância de 0,33. c2 a ré da aresta posteriorda área A2, onde c = largura média da área parcial A2 .

13.5.1.5 - É recomendado manter a freqüência natural do leme totalmente submerso, no mínimo, 10%acima da freqüência de excitação do hélice (número de rotação x o número de pás).

13.5.2 - Chapeamento do Leme

13.5.2.1 - A espessura do chapeamento do leme deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:

t = 1,6 . a . (pR) 1/2 + tk [mm]

A espessura deve, entretanto, não ser menor que a espessura t2 do chapeamento nas extremidades, deacordo com a Seção 5, item 5.2.3.pR = 10.H.CR / (103.A)H = calado da embarcação (ver 1.6), em [m]CR , A = ver 13.2.1.1a = menor largura, sem apoio, do chapeamento, em [m]tk = margem para corrosão, conforme Seção 2, item 2.10

A influência da razão de aspecto dos painéis do chapeamento deve considerar as informações da Seção2, item 2.1.3

13.5.2.2 - Na aresta de vante do leme, a espessura do chapeamento deve ser aumentada em 25%.

13.5.2.3 - Para a união do chapeamento lateral do leme com as nervuras, não deve ser adotada solda deespiga. Onde a aplicação de solda em filetes não é possível, o chapeamento lateral deve ser unido pormeio de solda de bujão em barras chatas soldadas às nervuras.

13.5.2.4 - A espessura das nervuras não deve ser menor que a espessura do chapeamento do leme,conforme 13.5.2.1.

13.5.3 - Transmissão de Torque para o Leme

13.5.3.1 - Para a transmissão de torque ao leme, o chapeamento, conforme 13.5.2.1, deve ser aumenta-do em 25% na região do acoplamento. Deve ser colocado um número suficiente de nervuras verticaisnesta região.

13.5.3.2 - Se o torque for transmitido por um eixo prolongado estendido para dentro do leme, o últimodeve ter o diâmetro Dt ou D1, o que for maior, em 10% do comprimento da interseção na sua extremidadesuperior. Na extremidade inferior, pode ser reduzido gradativamente até o diâmetro de 0,6.Dt (em lemessuspensos) ou até 0,4 vezes o diâmetro reforçado (para lemes com apoio).

13.5.4 - Mancais do Leme

13.5.4.1 - Na região de mancais, devem ser colocadas camisas e buchas. Se, no caso de navios peque-nos, não forem colocadas buchas, a madre do leme deve ser convenientemente aumentada no diâmetro

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da região dos mancais, possibilitanto que a madre seja eventualmente re-usinada após desgaste.

13.5.4.2 - As forças de apoio nos mancais resultam no cálculo direto mencionado em 13.3.3. Comouma primeira aproximação, a força nos mancais pode ser determinada sem levar em consideraçãosuporte elástico. Isto pode ser feito como segue:

a) leme normal com 2 suportes: a força no leme (CR) deve ser distribuída nos suportes, conforme suasdistâncias verticais ao centro de gravidade da área do leme;

b) lemes semi-suspensos:

força de apoio no suporte do leme:

B1 = CR.b / c [N]

força de apoio no mancal guia:

B2 = CR � B1 [N]

para b e c, vide Figura 12.6 na Seção 12, item 12.2.5

13.5.4.3 - A área projetada do normal Ab (altura do mancal vezes o diâmetro externo da camisa) não deveser menor que:

Ab = B / q [mm2]

B = força de apoio, em [N]q = pressão de contato admissível, conforme a seguinte tabela:

MATERIAL DO MANCAL q [N/mm2]

Aço com pau de peso ou material sintético de pouca dureza (1) 2,5

Aço com metal patente lubrificado com óleo 4,5

Aço com material sintetico de dureza adequada (1) (2) 5,5 (4)

Aço com bronze (1) (3) ou Aço com aco (1) (4) 7,0

Aço deslizando em materiais de bronze grafitado prensado a quente (1) 7,0

Observações:(1) aço inoxidável e resistente ao desgaste(2) material sintético de mancal de tipo aprovado. Para este tipo de revestimento deve ser previsto

suprimento adequado de água para o mancal. A dureza Rockwell do material sintético não deve sermenor que 80, a 23 oC e 50% de umidade.

(3) de composição aprovada.(4) pode ser aumentado sob aprovação especial.

Aço inoxidável e resistente ao desgaste, bronze e materiais de bronze grafitado prensado à quente,têm uma considerável diferençal de potencial para aços sem liga. São requeridas medidas preventi-vas adequadas para evitar a corrosão.

13.5.4.4 - Geralmente, a altura do mancal deve ser igual ao diâmetro do mancal, mas não deve exceder,em nenhum caso, 1,2 vezes o diâmetro do mancal. Onde a altura do mancal é menor que o diâmetro,podem ser permitidas maiores pressões específicas de contato.

13.5.4.5 - A espessura da parede de mancais do pino, na soleira ou no apoio do leme, deve ser aproxi-madamente 1/4 do diâmetro do pino.

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13.5.5 - Pinos do Leme

13.5.5.1 - Os pinos devem ser projetados para que eles não se afrouxem nem caiam para fora,involuntariamente.

13.5.5.2 - Os pinos montados através de porcas de aperto ou outro meio manual, devem ter uma conicidadede 1:8 até 1:12, no diâmetro. Os pinos montados hidraulicamente devem ter uma conicidade de 1:12 até1:20. O comprimento do alojamento dos pinos, nos fundidos, não deve ser menor que o diâmetro máximodos pinos.

13.5.5.3 - Para porcas e roscas, aplicam-se os requisitos conforme 13.4.3.1.5 e 13.4.3.2.2.

13.5.6 - Valores de Referência para Folga nos Mancais

Geralmente, as folgas nos mancais, para material metálico no mancal, não devem ser menores que:

db /1000 + 1,0 [mm] , para material metálicodb /500 + 1,0 [mm] , para material sintético

db = diâmetro interno da bucha, em [mm]

Para materiais de mancal não metálicos, as folgas devem ser determinadas levando em consideração aspropriedades de estufamento de expansão térmica do material.

13.6 - MOMENTO DE ESCOAMENTO DE PROJETO DA MADRE DO LEME

O momento de escoamento de projeto da madre do leme deve ser determinado pela seguinte fórmula:

QF = 1,25 . 10-4 . Dt 3 . σσσσσy [N.m]

Dt = diâmetro da madre, em [mm], conforme 13.3.1.σy = limite de escoamento da madre do leme, em [N/mm2]

Caso o diâmetro real Dta seja menor que o diâmetro calculado Dt, o diâmetro Dta deve ser utilizado. Noentanto, não é necessário tomar Dta com um valor superior a 1,145 . Dt .

13.7 - ESBARROS E DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO DO LEME

13.7.1 - Os movimentos do quadrante ou da cana devem ser limitados em ambos os lados por esbarros.Os esbarros e suas fundações no casco devem ser de construção robusta, para que o limite de escoa-mento dos materiais utilizados não seja excedido, ocorrendo o momento de escoamento de projeto damadre do leme.

13.7.2 - Dispositivos de Fixação do Leme

Cada máquina do leme deve possuir dispositivos que permitam que a posição do leme seja fixada emqualquer ângulo de giro do mesmo. Estes dispositivos, bem como as fundações, devem ser de constru-ção robusta, para que o limite de escoamento dos materiais utilizados não seja excedido, ocorrendo omomento de escoamento de projeto da madre do leme como especificado em 13.6.Em velocidade acima de 12 nós, o momento de escoamento de projeto só necessita ser calculado paraum diâmetro de madre do leme baseado numa velocidade vo = 12 nós.

13.7.3 - Com referência a esbarros e dispositivos de fixação, vide, também, Livro de Regras para Navega-ção Costeira-Máquinas.

13.8 - TUBULÕES ENVOLVENDO HÉLICES (�PROPELLER NOZZLES�)

O Bureau Colombo poderá fornecer orientação para o projeto de tubulões envolvendo hélices.

TOMO II - LEME E APARELHO DE GOVERNO .......... SEÇÃO 13

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SEÇÃO 14

SUPERESTRUTURAS E CASARIAS

14.1 - GENERALIDADES

14.1.1 - Definições

14.1.1.1 - Para fins desta Seção, castelo, passadiço e tombadilho são superestruturas se o seuchapeamento de costado é estendido até os seus conveses.

14.1.1.2 - Superestruturas que se estendem na região de 0,4.L, a meia-nau, com comprimento maiorque 0,15 L, são definidas como superestruturas efetivas. Seus chapeamentos laterais devem ser trata-dos como costado, e seu convés, como convés resistente (vide Seções 5 e 6).

14.1.1.3 - Todas as superestruturas localizadas além de 0,4.L, a meia-nau, ou tendo um comprimentomenor que 0,15.L ou 12 metros, são, para fins desta Seção, consideradas como superestruturas nãoefetivas.

14.1.1.4 - Chaminés independentes devem ser consideradas como casarias.

14.1.2 - Dimensões e Materiais

14.1.2.1 - Estruturas nos conveses resistentes devem ser dimensionadas de acordo com as regras paracasarias, se elas estão localizadas fora de 0,4.L, a meia-nau, ou são menores que 0,2.L ou 15 metros,em comprimento, e se seus lados estão situados a uma distância do costado de, pelo menos, 1,6 vezeso espaçamento de caverna ao , conforme Seção 8, item 8.1.1.1. Casarias situadas a distâncias menoresdo castelo e casarias, na região de 0,4.L, a meia-nau, e excedendo 0,2.L ou 15 metros de comprimento,devem ser especialmente consideradas.

14.1.2.2 - Na utilização de alumínio deve ser consultado o Bureau Colombo.

14.1.3 - Arranjo de Superestruturas

14.1.3.1 - Conforme a Convenção Internacional de Linha de Carga, 1966, Regra 39, uma altura de proamínima é exigida na perpendicular de vante, a qual pode ser obtida por tosamento prolongado até, pelomenos, 0,15.L, medido a partir da perpendicular de vante ou por um convés de castelo com comprimentode, pelo menos, 0,07.L. (L = comprimento, definido pelo Artigo 2 (8) da Convenção).

14.1.3.2 - Navios para transporte de madeira no convés, que pretendem obter a respectiva borda-livre demadeira, devem ter um convés de castelo com a altura exigida, e comprimento de, pelo menos, 0,07.L.Navios com comprimento menor que 100 metros devem ter, além disso, um convés de tombadilho coma altura exigida ou um convés interrompido, elevado com casaria.

14.1.4 - Reforços nas Extremidades das Superestruturas

14.1.4.1 - Nas extremidades das superestruturas a espessura do cintado, o convés resistente na largurade 0,1.B, do costado, e o chapeamento lateral da superestrutura devem ser reforçados como especifica-do na tabela seguinte. Os reforços devem se estender sobre o comprimento de 4.a 0 à vante e a ré dasanteparas, nas extremidades. Fora de 0,5.L, a meia-nau, não são necessários reforços.

TOMO II - SUPERESTRUTURAS E CASARIAS ........ SEÇÃO 14

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Reforçamento, em (%)

Tipo de superestrutura Localização da Convés resistente Chapeamento

antepara extrema e cintado lateral da

superestrutura

Efetiva, conforme 1.3 na região 0,4.L a meia-nau 50 25

entre 0,4.L e 0,5.L a meia-nau 30 20

Não efetiva, conforme 1.4 na região de 0,4.L a meia-nau 25 10

entre 0,4.L e 0,5.L a meia-nau 20 10

14.1.4.2 - Sob conveses resistentes, na região de 0,6.L, a meia-nau, vigas devem ser instaladas alinha-das com paredes longitudinais com extensão de, pelo menos, três espaçamentos de cavernas além daspartes finais das paredes longitudinais. As vigas devem sobrepor-se às paredes longitudinais por, pelomenos, dois espaçamentos de cavernas.

14.1.4.3 - Onde uma antepara central é arranjada sob a antepara extrema de uma superestrutura oucasaria, reforços devem ser instalados na antepara central sob a antepara extrema, em ambos os lados,conectados ao convés por borboletas.

14.1.5 - Estrutura Transversal de Superestruturas e Casarias

A estrutura transversal de superestruturas e casarias deve ser suficientemente dimensionada através deum arranjo apropriado de anteparas extremas, cavernas gigantes, paredes de compartimentos e gaiutasem aço ou por outras medidas.

14.1.6 - Portas em Anteparas Extremas de Superestruturas Fechadas

Todas as aberturas em anteparas extremas de superestruturas fechadas devem ter portas estanques aotempo permanentemente instaladas na antepara, com a mesma resistência estrutural da antepara. Asportas devem ser arranjadas de modo que possam ser operadas de ambos os lados. As alturas desoleiras devem ser determinadas de acordo com a Convenção Internacional de Linha de Carga, 1966.

14.2 - CHAPEAMENTO LATERAL E CONVESES DE SUPERESTRUTURAS NÃO EFETIVAS

14.2.1 - Chapeamento Lateral

14.2.1.1 - A espessura do chapeamento lateral deve ser determinada conforme as seguintes fórmulas:

a) Castelo: t = 0,9 . L1/2 [mm]b) Tombadilho: t = 0,85 . L1/2 [mm]

Onde o espaçamento de caverna difere de ao, as espessuras devem ser modificadas na razão de 1mmpara cada 100 mm de diferença no espaçamento. Onde o espaçamento de cavernas é menor que ao ,reduções de t não são permitidas fora da região de antepara do pique tanque de ré e de 0,2.L, da proa.Onde o calado é menor que 0,7.H, as espessuras podem ser reduzidas em 10%, porém, elas não podemser menor que 7,5 mm.Na região de 0,2.L, da perpendicular de ré ou da perpendicular de vante, a espessura do chapeamentolateral não pode ser menor que:

t = 1,36.a.pS1/2 + 1,5 [mm]

pS = carregamento, em [kN/m2], conforme Seção 3, item 3.2.2; pS deve ser medido até a borda inferiorda chapa.

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14.2.1.2 - A espessura do chapeamento lateral de superestruturas situadas em níveis mais elevadospode ser reduzida em 0,5 mm.

14.2.2 - Chapeamento de Convés

14.2.2.1 - A espessura do chapeamento de convés deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:

a) Castelo: t = 5,0 + 0,03.L (mm)b) Tombadilho: t = 5,0 + 0,02.L (mm)

L = comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1, item 1.6)

Onde o espaçamento de caverna difere de ao , as espessuras devem ser modificadas a uma razão de 0,7mm para cada 100 mm de diferença no espaçamento. Onde o calado é menor que 0,7.H, as espessuraspodem ser reduzidas em 10 %.

14.2.2.2 - Onde superestruturas adicionais são construídas sobre superestruras não efetivas situadas noconvés resistente, a espessura do chapeamento de seus conveses pode ser 10% menor que a espessu-ra conforme 14.2.2.1.

14.2.2.3 - Quando conveses são forrados de madeira, a espessura do chapeamento dos conveses,conforme 14.2.2.1 e 14.2.2.2, pode ser reduzida em 1mm, porém, não deve ser menor que 5mm.

14.2.3 - Vaus

Os vaus do castelo e de outras superestruturas não efetivas devem ser determinados conforme Seção 9,item 9.2.

14.2.4 - Cavernas

Para os escantilhões de cavernas de superestruturas, vide Seção 8, item 8.1.5.

14.3 - ANTEPARAS EXTREMAS DE SUPERESTRUTURAS E PAREDES DE CASARIAS

14.3.1 - Generalidades

As seguintes regras são aplicadas para anteparas extremas de superestruturas e paredes de casariasque protejam aberturas, conforme Regra 18 da Convenção Internacional de Linha de Carga, 1966, eacomodações e compartimentos de serviço.

14.3.2 - Definições

O carregamento de projeto para determinação dos escantilhões é:

pA = n . c . (b . f - y) [kN/m 2]

n = 20 + L/12, para a parte inferior de anteparas frontais desprotegidas. A parte inferior é, normalmen-te, a parte de cima do convés contínuo mais elevado até o qual o pontal P é medido. Onde adistância (Pontal menos Calado) exceder de uma altura normal de superestrutura, a parteinferior de anteparas frontais desprotegidas pode ser definida como 2a. parte, e a parte de cima,como a 3a. parte.

n = 10 + L/12, para 2a. parte de anteparas frontais desprotegidas.n = 5 + L/15, para a 3a. parte e demais partes de anteparas frontais desprotegidas, para anteparas

frontais protegidas e anteparas laterais.n = 7 + L/100 � 8.x/L, para anteparas traseiras à ré de 0,5 Ln = 5 + L/100 � 4.x/L, para anteparas traseiras à vante de 0,5 LL = comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1, item 1.6)

TOMO II - SUPERESTRUTURAS E CASARIAS ........ SEÇÃO 14

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45,02,0

45,05,10,1

45,02,0

45,00,1

2

2

>

+

−⋅+=

+

−+=

Lxpara

CL

xb

Lxpara

CL

xb

B

B

CB = coeficiente de bloco (ver Seção 1, item 1.6); tomar 0,60 £ CB £ 0,80; para a determinação deanteparas traseiras à vante de 0,5.L, CB não necessita ser maior que 0,8.

x = distância, em (m), entre anteparas transversais consideradas e a P.P.A.R.. Para o cálculo deanteparas laterais de casarias, as anteparas devem ser divididas em partes de comprimentosiguais não menores que 0,15L, e a distância x deve ser medida do centro de cada parte atéP.P.A.R..

f = 0,1. L . e - L/300 - [1 - (L/150)2] . O fator f pode ser obtido da seguinte tabela, onde L está em metros:

L f L f L f L f

20 0,89 45 2,96 65 4,42 85 5,72

25 1,33 50 3,34 70 4,76 90 6,03

30 1,75 55 3,71 75 5,09 95 6,32

35 2,17 60 4,07 80 5,41 100 6,61

40 2,57

y = distância vertical, em [m], da linha de calado de verão até o centro do vau do reforço ou até ocentro do painel de chapas

c = (o,3 + 0.7 b� / B�)b� = largura da casaria na posição consideradaB� = boca máxima real do navio na altura do convés exposto ao tempo na posição considerada

b� / B� não deve ser menor que 0,25.Para partes expostas de gaiutas de máquinas, c não deve ser menor que 1,0.

Para o carregamento p, devem ser utilizados, no mínimo, os valores da seguinte tabela:

PA min em [kN/m2] para :

L Parte inferior de anteparas Outras

frontais desprotegidas partes

≤ 50 30 15

> 50 25 + L/10 12,5 + L/20

a = espaçamento de reforços, em [m]m = vão sem apoio, em [m]; m deve ser utilizado como altura da superestrutura ou casaria respecti-

vamente, porém, não menos que 2.0m.

14.3.3 - Escantilhões

14.3.3.1 - Reforços

O módulo de seção de prumos deve ser determinado conforme a seguinte fórmula:

W = 0.35 . a . m2 . pA [cm 3]

TOMO II - SUPERESTRUTURAS E CASARIAS ........ SEÇÃO 14

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Suponha-se que os prumos da parte inferior sejam efetivamente ligados ao convés (inclusive as almas).Construções equivalentes podem ser aprovados.O módulo de seção de prumos nas anteparas laterais não necessita ser maior que das cavernas noconvés inferior, quando o espaçamento a e o comprimento m forem iguais.

14.3.3.2 - Espessura do Chapeamento

A espessura do chapeamento deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:

t = 0,95 . a . pA2 [mm]

tmin = 5,0 + L/100, para parte inferiortmin = 4,0 + L/100, para partes superiores, porém não menor que 5 mm

14.4 - CONVESES DE CASARIAS

14.4.1 - Chapeamento

A espessura do chapeamento de conveses livres pode ser 0,5 mm menor que para um tombadilho,conforme 14.2.2.1 Para conveses protegidos por forração de madeira, vide 14.2.2.3. Dentro de casarias,a espessura pode ser reduzida em 20%, mas, a espessura do chapeamento não deve ser menor que5mm.

14.4.2 - Vaus

Os vaus e a estrutura suporte de convés devem ser determinados conforme Seção 9.

14.5 - CASARIAS COM APOIO ELÁSTICO

14.5.1 - Generalidades

14.5.1.1 - Os elementos de apoios elásticos devem ser de tipo aprovado pelo BC. As tensões atuandonos elementos de apoio predeterminados por cálculos, devem ser comprovadas em testes de protótipoem banco de provas. A determinação do grau de isolamento contra transmissão de vibrações entre ocasco do navio e a casaria, não é parte deste teste de protótipo.

14.5.1.2 - A altura do sistema de apoio elástico deve ter suficiente espaço entre o convés e o fundo dacasaria, para reparos, manutenção e vistorias. A altura deste espaço deve ser, normalmente, pelo me-nos, 600 mm.

14.5.1.3 - Na parte fixa da casaria no convés exposto ao tempo, deve ser mantida uma altura de soleirasde 380mm, como exigida pela Convenção Internacional de Linha de Carga para soleiras de portas desuperestruturas, sem aberturas de acesso para espaços abaixo do convés.

14.5.1.4 - Para tubulações, vide as Regras de Construção para Máquinas, Capítulo 3, Seção 10.

14.5.1.5 - Cabos elétricos devem ser instalados com laços a fim de facilitar o seu livre movimento. O raiomínimo de curvatura exigido para os respectivos cabos deve ser observado. Prensa cabos devem serestanques à água. Outros detalhes, vide Regras de Construção para Instalação Elétrica, Volume II,Capítulo 4.

14.5.1.6 - As seguintes Regras para determinar os escantilhões de vigas-trilho, elementos de apoio,dispositivos de segurança, batentes e fundações no casco e fundo de casaria, aplicam-se a navios denavegação irrestrita. Para navios especiais e navios de navegação restrita, podem ser aplicadas regula-mentações especiais.

14.5.2 - Hipóteses de Carregamento

Para fins de dimensionamento, as seguintes hipóteses de carregamento devem ser aplicadas:

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14.5.2.1 - Peso

As forças induzidas pelo peso resultam do peso da casaria completamente equipada, considerando,também, a aceleração devida à gravidade e a aceleração devida aos movimentos do navio no mar. Asforças induzidas pelo peso devem ser assumidas como atuando no centro de gravidade da casaria.

As acelerações individuais adimensionais az (vertical), ay (transversal) e ax (longitudinal) e a aceleraçãoresultante adimensional aβββββ, devem ser determinadas conforme Seção 3, item 3.5, para k = 1,0. Devido àaceleração resultante aβββββ , atua a seguinte força:

P = G . aβββββ . g [kN]

G = peso da casaria completamente equipada, em [t]g = 9.81 [m/s2]

14.5.2.2 - Força de Apoio e Escantilhões

As forças de apoio nas direções verticais e horizontais devem ser determinadas para vários ângulos. Osescantilhões devem ser determinados conforme os respectivos valores máximos (ver, também, Figura14.1).

Figura 14.1

14.5.2.3 - Carregamento pela Água e Carregamento pelo Vento

Vide, também, a Figura 14.2.

a) O carregamento pela água devido aos impactos do mar é assumido atuando somente na anteparafrontal, na direção longitudinal. O carregamento teórico, é:

Pwa = 0,5 . pA [kN/m2]

pA = vide 14.3.2

O carregamento pela água não pode se menor que:pWa = 25 [kN/m2] na borda inferior da antepara frontalpWa = 0 na altura do primeiro convés acima do fundo da casaria

b) O carregamento do vento é assumido agindo na antepara frontal e nas paredes laterais. A pressão dovento deve se considerada como 1 kN/m2 :

Área x pressão do vento = carregamento pelo vento Pwi [kN]

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Figura 14.2

14.5.2.4 - Carregamento do Fundo da Casaria

O carregamento do fundo da casaria é conforme o carregamento do convés no qual a casaria estálocalizada. Além disso, devem ser consideradas as forças de apoio que resultam conforme as hipótesesde carregamento em 14.5.2.1 e 14.5.2.2.

14.5.2.5 - Carregamento nos Vaus e Sicordas

Para o dimensionamento dos vaus e sicordas do convés no qual a casaria está localizada, os seguintescarregamentos devem ser considerados:a) Na região abaixo da casaria: carregamento pu pela pressão de altura conforme a distância entre o

convés e o fundo da casaria, em [kN/m2] Na região fora da casaria: carregamento pa conforme Seção3, item 3.2.1, em [kN/m

2]b) Forças de apoio, conforme as hipóteses de carregamento em 14.5.2.1 e 14.5.2.2.

14.5.3 - Condições de Carregamento

14.5.3.1 - Para o dimensionamento, as seguintes condições de carregamento devem ser examinadasseparadamente (vide, também, Fig. 14.2):

14.5.3.2 - Condições de Carregamento de Serviço

Forças devido a carregamentos externos.

a) Na direção transversal do navio (plano z - y).

py1 = G . aβ(y) . g + Pwi [kN] , atuando na direção transversal do naviopz1 = G . aβ(z) . g [kN] , atuando verticalmente à linha de base do navio

Pwi = carregamento pelo vento, conforme 14.5.2.3.baβ(y) = componente horizontal de aceleração aβaβ(z) = componente vertical de aceleração aβ

b) Na direção longitudinal do navio (plano z - x).

px1 = G . aβ(x) . g + Pwa + Pwi [kN] , atuando na direção longitudinal do naviopz1 = G . aβ(z) . g [kN] , atuando verticalmente à linha de base do navio

aβ(x) = componente horizontal de aceleração aβββββ , no plano diametral do navioPwa = carregamento pela água, conforme 14.5.2.3.a

c) Para dimensionamento dos dispositivos de segurança contra levantamentos da casaria, a força (atuandopara cima) não deve ser menor que determinada pela seguinte fórmula:

pzmin = 0,5 . g . G [kN]

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14.5.3.3 - Condições de Carregamentos Extraordinários

a) Força de colisão na direção longitudinal do navio:

Px2 = 0,5 . g . G [kN]

b) Forças devido à inclinação estática de 45 graus

Pz2 = Py2 = 0,71 . g .G [kN]

Pz2 = força atuando vertical à linha de base do navioPy2 = força atuando na direção transversal do navio.

c) As possíveis conseqüências de um incêndio nos elementos de apoios elásticos da casaria, devem serexaminadas (por exemplo, perda dos elementos de borracha, fusão da massa de vedação). Mesmoneste caso, os elementos de apoio entre o casco do navio e o fundo da casaria devem ser capazes desuportar a força horizontal Py2 conforme 14.5.3.3.b na direção transversal do navio.

d) Para o dimensionamento dos dispositivos de segurança contra levantamentos de casaria, não deveser considerada uma força menor que a força de imersão correspondente a uma altura d�água de 2metros acima do convés de borda-livre.

14.5.4 - Escantilhões de Vigas-Trilho, Elementos de Apoio e Fundações

14.5.4.1 - Generalidades

a) Os escantilhões desses elementos devem ser determinados conforme as condições de carregamen-tos estipuladas em 14.5.3. O efeito da deflexão das vigas principais não necessita ser considerado emcaso de deflexões insignificantes que carregam todos os elementos de apoio, simultaneamente.

b) Os cálculos para esses elementos com informações relativas às forças atuantes devem ser submeti-dos para aprovação.

14.5.4.2 - Tensões Admissíveis

a) As seguintes tensões permissíveis nas vigas-trilho e carcaças de aço dos elementos de apoio e nasfundações (vaus, sicordas da casaria e do convés no qual a casaria é localizada), devem serobservadas.

Tensão admissível para:

Tipo de Condições de carregamento Condições de carregamento

solicitação de serviço extraordinário

tensão normal σn 0,6.σy ou 0,4.σB 0,75.σy ou 0,5. σB

tensão de cisilhamento τ 0,35.σy ou 0,23.σB 0,43.σy ou 0,3.σB

tensão combinada σV 0,75 . σ y 0,9 . σ y

22 .3 τσσ += nV

σy = tensão de escoamentoσB = resistência à tração

b) As tensões permissíveis para o dimensionamento de elementos elásticos de apoio dos diferentessistemas serão determinadas em cada caso. Dados suficientes devem ser submetidos para aaprovação.

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c) As tensões nos dispositivos de segurança contra levantamentos não devem exceder os valores espe-cificados em 14.5.4.2.a.

d) Em conexões parafusadas, devem ser observadas as seguintes tensões admissíveis:

Tensão admissível para:

Tipo de solicitação Condições de carregamento Condições de carregamento

de serviço extraordinário

tração longitudinal σn 0,50 . σy 0,80 . σy

pressão projetada pm 1,00 . σy 0,90 . σB

tensão combinada da tração

longitudinal σn torção τt (devido

ao torque de aperto de

parafuso) e cisalhamento τ

).(3 222tnV ττσσ ++= 0,60 . σy 1,00 . σy

e) Onde esticadores, conforme Norma DIN 82008 (ou outra similar) são utilizados para os dispositivos desegurança, a solicitação em cada esticador pode atingir a carga de teste (2 vezes a carga nominal).

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SEÇÃO 15

ESCOTILHAS

15.1 - GENERALIDADES

15.1.1- Escotilhas em Conveses de Borda-Livre e de Superestruturas

15.1.1.1 - As escotilhas são classificadas de acordo com sua posição, como segue:

Posição 1: Escotilhas em conveses de borda-livre expostos e em conveses subidos, à ré. Escotilhasem conveses de superestruturas, expostos, na região de 0,25 L da PPAV.

Posição 2: Escotilhas em conveses de superestruturas, expostos, à ré de 0,25L da PPAV.

15.1.1.2 - Escotilhas que são cobertas por lonas enceradas devem ter braçolas com a seguinte alturamínima acima do convés:

a) Na posição 1: .................................... 600 mmb) Na posição 2: .................................... 450 mm

15.1.1.3 - De acordo com a Convenção Internacional de Linhas de Carga, 1966, Regulamento 16 (1), asescotilhas em conveses expostos que são fechadas de forma estanque ao tempo, com tampas de açoauto-estanque (como em 15.3.5), podem ter braçolas mais baixas ou também ser construídas sembraçolas. Deverão ser observadas as exigências especiais de Regulamentos Nacionais concernentes aescotilhas, tampas de escotilhas, estanqueidade e dispositivos de proteção.

15.1.1.4 - Quanto à limitação do tamanho da escotilha no convés resistente, em relação à largura dochapeamento do convés ao lado das escotilhas, vide Seção 6, item 6.1.1.4.

15.1.2 - Escotilhas em Conveses Inferiores e Dentro de Superestruturas

15.1.2.1 - Não são necessárias braçolas para escotilhas em conveses abaixo do convés de borda-livre oudentro de superestruturas fechadas, estanques ao tempo, a menos que elas sejam exigidas para fins deresistência estrutural.

15.1.2.2 - Para escotilhas conforme 15.1.1.1, podem ser utilizados estrados de madeira em vez detampas ou as tampas podem ser dispensadas.

15.1.2.3 - Se uma escotilha não possui tampas ao nível do convés, as braçolas e tampas abaixo deledeverão ser refoçadas conforme a maior altura da carga.

15.2 - BRAÇOLAS E SICORDAS DE ESCOTILHAS

15.2.1 - A espessura de braçolas de escotilhas em conveses expostos deve ser de 8,5 mm, em navioscom comprimento L até 30 metros e, pelo menos, 11 mm onde o comprimento L ≥ 60 metros. Valoresintermediários são obtidos através de interpolação.

15.2.2 - Braçolas que tenham altura de 600 mm ou mais deverão ser reforçadas na sua parte superiorcom reforço horizontal (perfil bulbo) que deverá ter, no mínimo, uma largura de alma de 180 mm, emnavios com mais de 60 metros de comprimento.

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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Em escotilhas cobertas por lona encerrada, o perfil deverá ser posicionado 250mm abaixo da bordasuperior da braçola. Caso a braçola tenha altura sem apoio maior que 1,2m, deverá ser previsto umreforço longitudinal adicional na metade da altura da braçola.Braçolas transversais de escotilhas expostas particularmente a impactos de águas embarcadas (p.ex.,em navios sem castelo), devem ser apoiadas e reforçadas de forma eficiente.

15.2.3 - Braçolas longitudinais de escotilhas tendo altura entre 600mm e 900mm, devem ser apoiadaspor estais e borboletas espaçadas não mais de 3,0 metros. Onde a altura das braçolas for superior, oespaçamento deverá ser reduzido.

15.2.4 - Em navios transportando cargas distribuídas no convés, tal como madeira bruta, carvão ecoque, os estais devem ser espaçados não mais que 1,5 metros. Para containers no convés, vide,também, Seção 19, item 19.7.3.4.

15.2.5 - Em escotilhas cobertas com lona encerada, as braçolas transversais devem possuir em suasbordas superiores, barras de apoio ou cantoneiras que proporcionem uma superfície de apoio de, nomínimo, 65 mm para tampas.

15.2.6 - Os chapeamentos de braçolas devem ser estendidos até a borda inferior dos vaus do convés edevem ser, ou flangeadas ou reforçadas com barra-face ou meia cana parte inferior.

15.2.7 - A ligação das braçolas ao convés nos cantos de escotilhas deve ser executada com cuidadoespecial. Para o arredondamento de cantos de escotilhas vide, também, Seção 6, itens 6.1.3.3 e 6.1.3.4.

15.2.8 - Quanto a braçolas que devem ser dimensionadas com base em cálculos de resistência estru-tural, bem como para sicordas, vigas cantilever e pés-de carneiro, vide Seção 9.

15.3 - TAMPAS E VAUS DE ESCOTILHAS

15.3.1 - Hipóteses de Carregamento

15.3.1.1 - O carregamento de projeto pL para cálculo de tampas de escotilhas, deve ser obtido da tabelaseguinte, caso o Armador não exija maiores carregamentos:

Convés Carregamento pL [kN/m2]

Na posição 1 9,81 . (0,75 + L/100)

Na posição 2 9,81 . (0,57 + L/137,5)

Convés de carga carregamento conf. Seção 3, item 3.3.1

Observações: L não pode ser considerado inferior a 25m nem superior a 100m.Para escotilhas nas posições 1 e 2, o carregamento não deve ser menor que o exigido naSeção 3, item 3.2.1.

15.3.1.2 - Para navios com borda-livre reduzida, com escotilhas nas posições 1 e 2, pode ser exigido umcarregamento maior que aquele fornecido pela tabela acima, em casos específicos.

15.3.1.3 - Quando tampas de escotilhas, nas posições 1 e 2, estão previstas para transporte de carga,o dimensionamento deve ser feito para o carregamento, conforme Seção 3, item 3.3.1. As tensõesdeterminadas pelos cálculos não devem ultrapassar 90% dos valores especificados em 3.1, para conve-ses de carga.

15.3.1.4 - Para tampas de escotilhas de porões de cargas líquidas, devem ser consideradas, para acondição completamente cheio e uma inclinação de 20o, os seguintes carregamentos.

a) para as vigas primárias arranjadas transversalmente: distribuição triangular de carga, conforme aFigura 15.1

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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pi MAX = 3,42 . b [kN/m2]

Em escotilhas rentes ao convés (flush), b deve ser substituído pela boca B do navio.

b) para as vigas primárias arranjadas longitudinalmente de acordo com suas distâncias y da linha decentro, conforme a Figura 15.2:

pi(y) = 1,71 (b + 2y) [kN/m2] , para 0 ≤ y ≤ b/2

c) para reforços e painéis de chapa, o carregamento, conforme a alinea b, nas suas localizações reais,deve ser utilizado.

Figura 15.1 Figura 15.2

15.3.1.5 - Tampas de escotilhas de conveses de coberta, não previstas para transporte de carga, devemser dimensionadas para um carregamento distribuído de 2 kN/m2 ou para uma carga concentrada de 3kN aplicada em qualquer ponto das tampas.

15.3.2 - Momentos de Inércia e Módulo de Seção

15.3.2.1 - Os módulos de seção de vaus de escotilhas e reforços de tampas de escotilhas de aço,considerados como simplesmente apoiados em ambas extremidades, não devem ser menores que:

W = C1 . C2 . C5 . a . m2 . pL [cm3]

Os momentos de inércia de vaus de escotilhas e de reforços de tampas de escotilhas de aço, nasposições 1 e 2, considerados como simplesmente apoiados em ambas extremidades, não devem sermenores que:

J = C3 . C4 . a . m3 . pL [cm4]

pL = carregamento de projeto,conforme 15.3.1.1 e 15.3.1.2a = espaçamento de vaus ou reforços, em [m]m = vão sem apoio, em [m]C1 = fator, obtido na seguinte tabela:

elemento na posição 1 e 2 em conveses de carga

Vaus de escotilhas 1,56 1,22

Reforços de tampas de escotilhas 1,32 0,93

4,0.78,0.2,312 +

−−+=

γγαC ; C2 não pode ser menor que 1,0

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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α = m1 / m ; γ = W1 / W (vide, também, Figura 15.3)C2 = 1,0, para vaus de escotilhas e reforços de tampas de escotilhas com momento de inércia cons-

tante ao longo do comprimento

Figura 15.3

C3 = 2,82, para vaus de escotilhasC3 = 2.22 para reforços de tampas de escotilhas

ββα⋅+

−⋅+=

32,01.81 3

4C

β = J1 / JC4 = 1,0 para vaus de escotilhas e reforços de tampas de escotilhas com momento de inércia constan-

te ao longo do comprimento.

C5 = 400/ σB para conveses expostosC5 = 235/ σy para conveses de cargaC5 = 1,0 para aço naval comumσB = resistência mínima à tração do aço utilizado, em [N/m2];σB = 400 N/mm2 para aço naval comum

σy = limite de escoamento do aço utilizado, em [N/m2] ; σy = 235 N/m2 para aço naval comum

15.3.2.2 - A resistência adequada à flambagem de sicordas e vaus de escotilhas, deve ser verificadaconforme Seção 2 , item 2.6.

15.3.3 - Tensões e Deflexões Admissíveis

15.3.3.1 - Onde os escantilhões de tampas e vaus de escotilhas de aço são determinados por meio decálculos diretos de resistência estrutural (p.ex. em grelhas) para os carregamentos em 15.3.1.1 e 15.3.1.2,as tensões e deflexões admissíveis da seguinte tabela não devem ser ultrapassadas:

Nas posições 1 e 2 Em conveses de carga

Elemento σσσσσb τττττ f σσσσσb τττττ σσσσσV

Vaus de escotilhas σB / 5 σy / 4 0,0022. m σy / 2,0 sy / 2,8 �

Vigas ou reforços de tampas

de escotilhas σB / 4,25 σy / 3,5 0,0028. m σy /1,5 σy / 2,3 σy / 1,3

σb = tensão de flexãoτ = tensão de cisalhamento

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σV = tensão combinada, calculada por: 22 .3 τσσ += nV

f = deflexãoσB = resistência mínima à tração do aço utilizado, em [N/m2]; σB = 400 N/mm2 para aço naval comumσy = limite de escoamento do aço utilizado, em [N/m2] ; σy = 235 N/m2 para aço naval comumm = vão sem apoio da tampa ou do vau, em [m] (vide Seção 1, item 1.6)

15.3.3.2 - Com os carregamentos conforme 15.3.1.4, não devem ser ultrapassadas as seguintestensões:

2,1.3

1,2

45,1

22 ybV

y

yb

στσσ

στ

σσ

=+=

=

=

15.3.3.3 - Onde os escantilhões de tampas de escotilhas são determinados conforme 15.3.1.5, devemser observadas as tensões admissíveis para conveses de carga.

15.3.3.4 - Onde as tampas e vaus de escotilhas são construídos em alumínio, deve ser consultado oBureau Colombo. Para as deflexões admissíveis prevalece 15.3.3.1.

15.3.3.5 - As tensões admissíveis especificadas em 15.3.3.1 e 15.3.3.2 aplicam-se a vigas primárias deseções simétricas. Para secções assimétricas, deve ser comprovada a equivalência da resistência e dasegurança.

15.3.4 - Vaus de Escotilhas

15.3.4.1 - Generalidades

a) Os vaus de escotilhas podem se construídos ou como vaus corrediços ou como vaus removíveis.Vaus corrediços são deslocáveis na direção longitudinal da escotilha e vaus removíveis são fixados àbraçola longitudinal.

b) Quando utilizadas tampas de escotilha tipo pontão em vez de vaus de escotilha e quarteis de madeira,elas devem ter seus escantilhões determinados como se fossem vaus de escotilhas.

c) Os escantilhões de tampas de escotilha tipo pontão, em cobertas, podem ser determinados comotampas de escotilhas de cobertas se eles são construídos como vigas-caixão.

15.3.4.2 - Escantilhões

a) O módulo de seção e o momento de inércia de vaus de escotilhas, simplesmente apoiados emambas�as extremidades, devem ser determinados conforme 15.3.2. O momento de inércia para vausde escotilhas é somente exigido nas posições 1 e 2. Para vaus de escotilhas dimensionados porcálculos diretos de resistência, deve ser observado15.3.3.1.

b) A espessura da alma de vaus de escotilhas não deve ser menor que:

t = 6 + m/2 [mm]

tmin = 7,5 [mm]

m = vão sem apoio do vau, em [m] (vide Seção 1, item 1.6)

c) Geralmente, a altura da alma não deve ser menor que 150 mm em toda extensão.

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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d) A largura da barra-face dos vaus deve ser suficiente para garantir um apoio mínimo de 65 mm para astampas de escotilha.

e) Vaus nas emendas de tampas de escotilhas devem ter almas até 50 mm de altura ou devem servedadas nas barras-face.

f) As barras-face superiores devem estender-se até as extremidades finais dos vaus. Em vaus corrediçosque são apoiados na borda da braçola, no convés ou em perfis-guia, as barras-face inferiores tambémdevem ser estendidas aos finais dos vaus.

g) Nas extremidades, as barras-face devem ser soldadas às almas por filete contínuo numa extensãoigual a 1,5 vezes a altura da alma no centro do vau.

h) Na região de 0,1.m das extremidades, a área seccional da alma de vaus de escotilhas não deve sermenor que:

][5 2cmmapf Lalma τ

⋅⋅⋅=

pL = carregamento de projeto,conforme 15.3.1.1 e 15.3.1.2a = espaçamento de vaus ou reforços, em [m]m = vão sem apoio, em [m]τ = tensão admissível de cisalhamento, conforme 15.3.3.1, em [N/mm2]

i) Nas extremidades de vaus móveis que são apoiados em cadeiras de cantoneiras duplas, devem sersoldadas reforços de chapa na alma, tendo uma largura de, no mínimo, 180 mm.

j) Não são permitidos furos de alívio de peso ou para içamento na região de 0,5 metros de ambas asextremidades.

15.3.4.3 - Arranjo e Dispositivos de Segurança de Vaus de Escotilhas

a) O espaçamento de vaus deve ser igual ao longo de uma escotilha. Onde os espaçamentos foremdesiguais, a diferença deve se tal, que as menores tampas de escotilha não possam ser utilizadasnos maiores espaços.

b) Os vaus de escotilhas devem ser providos com um eficiente dispositivo para fixá-los em posições.Pinos de fixação devem ter um diâmetro de, pelo menos, 22 mm.

c) Os vaus devem ter uma superfície de apoio de, no mínimo, 75 mm. Cantoneiras de apoio, devem ter,pelo menos, espessura de 12 mm. A ligação de apoio à braçola, deve ser proporcional aos vaus deescotilhas.

d) As extremidades de vaus corrediços devem ser projetadas de forma que eles não caiam quandomovimentados na braçola.

e) Nas braçolas longitudinais, os vaus de escotilhas devem ser apoiados por fortes cadeiras de aço ouentre cantoneiras duplas. As cadeiras ou uma das duas cantoneiras, devem se estender do reforçohorizontal até o nível do convés ou a braçola deverá ser devidamente reforçada por um prumo externo.

15.3.5 - Tampas de Escotilhas

15.3.5.1 - Escantilhões de Tampas de Escotilhas de Aço

a) A espessura do chapeamento superior de tampas de escotilhas de porões de carga seca não deve sermenor que:

t = 10 . a [mm]

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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A espessura do chapeamento inferior de vigas-caixão fechadas e tampas de escotilhas pontão, não deveser menor que:

t = 8 . a [mm]

a = espaçamento de vaus ou reforços, em [m]

tmin = 6,0 mm

tcrit = 1,33 . a . σσσσσ d 1/2 [mm]

Onde a tensão de compressão age perpendicular ao menor lado a do painel de chapa.

][)/(1

66,22

mmba

at dcrit

+⋅⋅=

σ

σd = tensão teórica máxima de compressão no flange comprimido, em [N/mm2].

b) Para tampas de escotilhas de porões de cargas líquidas, a espessura da chapa não deve ser menorque o exigido conforme 15.3.5 1.a nem ser menor que os seguintes valores:

][5,192,0

][5,126,1

21

)(1

mmkpat

mmkpat yi

+⋅⋅⋅=

+⋅⋅⋅=

a = espaçamento de vaus ou reforços, em [m]p 2 = pressão, em [kN/m2], conforme Seção 3, 3.4.1.p i(y) = vide 15.3.1.4.ck = fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comumt min = conforme Seção 11, item 11.2.2.1

c) O módulo de seção e o momento de inércia de reforços de tampas de escotilhas, simplesmenteapoiados em ambos extremos, devem ser determinados conforme 15.3.2.

d) Se for prevista a utilização de empilhadeiras, os escantilhões do chapeamento e dos reforços devemser determinados conforme Seção 6, item 6.2.2.

15.3.5.2 - Travamento e Fixação de Tampas de Escotilhas

a) O fechamento e a fixação de tampas de escotilhas devem ser efetuados de maneira a garantir perfeitaestanqueidade. Os elementos de fixação de tampas de escotilhas nas quais devem ser peiadascargas, devem, também, ser dimensionados pelo carregamento devido em ângulo de inclinação de60o. As tensões não devem ultrapassar o limite de escoamento.

b) Os escantilhões dos acessórios de fechamento devem ser suficientemente dimensionados para segu-rar as tampas contra içamentos e movimentos nas direções longitudinal e transversal devido a ação deforças de massa. Para determinação dessas forças de massa, devem ser utilizados os seguintescomponentes de aceleração:

na direção longitudinal: 0,2 . g [m / s 2]

na direção transversal: 0,5 . g [m / s 2]

na direção vertical: a V . g [m / s 2]

aV = vide Seção 3, item 3.3.1.1

As tensões calculadas com base nessas forças não devem ultrapassar os valores fornecidos em

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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15.3.3.2. Onde as forças de apoio são distribuídas sobre uma extensão maior, as pressões nominaisde contato nos elementos de apoio não devem ultrapassar os valores admissíveis pn fornecidos natabela a seguir. No caso de ponto de apoio e/ou distribuição de pressões desiguais, a pressão igual a3.pn não deve ser ultrapassada pelos picos de pressões.

Apoio Pressão de contato nominal admissivel

pn [N/mm 2] quando carregado por:

força vertical força horizontal

Aço sobre aço de

igual dureza 25 40

Aço sobre aço com

diferentes durezas 35 50

Onde são utilizados materiais de diferentes durezas, a menor superfície de apoio deve ser aquela commenor dureza. Em qualquer caso, os cantos devem ser bem arredondados na superfície de apoio. Inde-pendente do arranjo de um suporte limitador, os apoios de deslizamento devem ser aptos para transmi-tirem a seguinte força horizontal Ph , na direção longitudinal e transversal:

Ph = 0,3 . PV

PV = força de apoio vertical

c) Dispositivos de fechamento devem ser previstos em cada canto da tampa de escotilha. Isso se aplica,também, às tampas de escotilha consistindo de vários painéis.

d) Espaçamentos de dispositivos de fechamento maior que 2 metros e, em caso de tampas de escoti-lhas de tanques, maior que 0,45 metros, devem ser aprovadas particularmente.

15.3.5.3 - Cantilevers e Elementos de Transmissão de Forças

a) Cantilevers e elementos de transmissão de força, que transferem as forças dos cilindros hidraúlicosdas tampas de escotilhas para o casco, devem ser dimensionados para as forças estabelecidas pelofabricante. Não devem ser ultrapassadas as seguintes tensões admissíveis:

2,1.3

1,2

45,1

22 ybV

y

yb

στσσ

στ

σσ

=+=

=

=

b) Os membros estruturais sujeitos à flambagem devem ser verificados na segurança contra flambagem.O fator de segurança contra flambagem não deve ser menor que 0,9 . nB. Para nB , vide Seção 2, item2.6.1.4.

c) Deve-se dispensar particular atenção ao projeto estrutural nas regiões onde são introduzidas forças.

15.3.5.4 - Teste de Estanqueidade e Funcionamento

a) As tampas de escotilhas de aço, auto-vedantes, em conveses expostos e no interior de superestrutu-ras abertas, devem ser testadas com jato d�água.

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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b) Após a montagem do sistema de tampas de escotilhas, devem ser executados testes do funciona-mento na presença do Vistoriador.

15.4 - ABERTURAS DIVERSAS EM CONVESES DE BORDA-LIVRE E EM CONVESESDE SUPERESTRUTURAS

15.4.1 - Portas de visita e pequenas escotilhas rentes (flush) com o convés, na posição 1 ou em superes-truturas abertas, devem ser fechadas estanque à àgua.

15.4.2 - Não sendo parafusadas de maneira estanque à água, elas devem ser de construção robusta,com fecho tipo baioneta ou rosca. As tampas devem ser apoioadas com dobradiças ou permanentemen-te ligadas ao convés por uma corrente.

15.4.3 - Outras aberturas em conveses de borda-livre, que não sejam escotilhas e aberturas de praça demáquinas, somente podem ser arranjadas em superestruturas fechadas ou em casarias estanques aotempo ou em acessos com fechamento estanque ao tempo, tendo a mesma resistência estrutural.

15.4.4 - Escotilhas de acesso e escantilhões em partes de conveses de borda-livre, em conveses desuperestruturas fechadas e, em casos especiais, em conveses de casarias, devem ser de construçãorobusta. A altura de soleiras de passagem deve ser 600 mm acima de conveses, na posição 1, e 380mm acima de conveses, na posição 2.

15.4.5 - As portas de acessos fechados devem ser capazes de serem operadas e travadas de ambos oslados. Elas devem ter fechamento estanque ao tempo por meio de vedações de borracha e atracadores.

15.4.6 - Escotilhões devem ter uma abertura livre de, pelo menos, 600 x 600 mm.

15.5 - ESCOTILHAS DE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS

15.5.1 - Aberturas de Convés

15.5.1.1 - As aberturas acima de praças de máquinas e de caldeiras devem ser as menores possíveis.Na região dessas aberturas, deve ser assegurada uma superfície de resistência transversal.

15.5.1.2 - As aberturas de praças de máquinas e de caldeiras devem ter seus cantos bem arredondadose, se necessário, ser reforçadas, caso não seja garantida uma distribuição conveniente de tensõeslongitudinais pelas paredes longitudinais de superestruras ou casarias. Vide, também, Seção 6, item6.1.3.

15.5.2 - Gaiutas de Praças de Máquinas e de Caldeiras

15.5.2.1 - As aberturas de praças de máquinas e de caldeiras, em conveses expostos e dentro desuperestruturas abertas, devem ser protegidas por gaiutas de altura suficiente.

15.5.2.2 - A altura de gaiutas, em conveses expostos de navios com calado máximo estrutural, nãodeve ser menor que 1,8 metros, em navios de comprimento L até 75 metros, e não menor que 2,0metros, em navios de L = 100 metros. Valores intermediários devem ser determinados através deinterpolação.

15.5.2.3 - Os escantilhões de reforços, chapeamento e tetos de gaiutas expostas devem ser determimadoscomo para anteparas finais de superestrutura e casaria, conforme Seção 14, item 14.3.

15.5.2.4 - No interior de superestruturas abertas, as paredes de gaiutas devem ser dimensionadas con-forme Seção 14, item 14.3, como para anteparas finais de ré.

15.5.2.5 - A altura de gaiutas em conveses de superestruturas deve ser, no mínimo, 760 mm. A espes-sura do chapeamento pode ser 0,5 mm menor que a calculada conforme 15.5.2.3; os reforços devem tera mesma espessura e uma altura da alma de 75 mm, sendo espaçados de 750 mm.

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15.5.2.6 - A espessura do chapeamento de gaiutas de praças de máquinas e de caldeiras, abaixo doconvés de borda-livre, ou no interior de superestruturas fechadas, deve ser de 5 mm. Em porões de cargaa espessura é de 6,5 mm, com reforços de uma altura da alma de, pelo menos, 75 mm, a mesmaespessura do chapeamento sendo espaçada em 750 mm.

15.5.3 - Portas e Gaiutas de Praças de Máaquinas e de Caldeiras

15.5.3.1 - As portas em gaiutas em conveses expostos e dentro de superestruturas abertas devem serde aço, bem reforçadas e articuladas, e capazes de serem fechadas de ambos os lados e mantidasestanques ao tempo por atracadores e vedações de borracha. Para navios com borda-livre reduzida (B-menos) ou borda-livre de petroleiros (A), deve ser observada a Regra 26 (1) da Convenção Internacionalde Linhas de Carga, 1966.

15.5.3.2 - As portas devem ter, no mínimo, a mesma resistência que as paredes da gaiuta na qual elassão fixadas.

15.5.3.3 - A altura de soleiras de portas deve ser 600 mm acima do convés, para a posição 1, e 380 mmacima do convés, para a posição 2.

TOMO II - ESCOTILHAS ........................................... SEÇÃO 15

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SEÇÃO 16

EQUIPAMENTO

16.1 - GENERALIDADES

16.1.1 - O equipamento de âncoras, amarras e cabos deve ser determinado conforme Tabela 16.2, deacordo com o númeral do equipamento Z.

16.1.1.1 - O equipamento de fundeio requerido por esta Seção é previsto para âncoras temporáriasdentro de um porto ou área obrigada, para navios aguardando cais, maré, etc. Portanto, o equipamentonão é projetado para manter um navio distante de costa desprotegidas em mau tempo ou para parar umnavio em movimento ou à deriva. Nestas condições, as cargas no equipamento de fundeio aumentam aníveis que seus componentes podem ser avariados ou inutilizados pelas altas forças energéticas gera-das, particularmente em grandes navios.

16.1.1.2 - O equipamento de fundeio exigido por esta Seção é projetado para manter um navio em fundode boa garra em condições que evite o arraste da âncora. Em fundo de garra pobre, o poder de garra dasâncoras será reduzido de forma significante.

16.1.1.3 - A fórmula do numeral do equipamento para a determinação do equipamento de fundeio exigidonesta Seção, é baseada na hipótese de uma velocidade de 2,5 m/s para correnteza, velocidade de ventode 25 m/s e uma extensão de amarra entre 6 a 10, tal extensão sendo a razão entre o comprimento deamarra arriada fora e a profundidade da água.

16.1.1.4 - Considera-se que, sob circunstâncias normais, um navio utilizará somente uma âncora eamarra para a ancoragem.

16.1.2 - Cada navio deve ser equipado com, pelo menos, um molinete. Molinetes e eventuais mordentesdevem corresponder às Regras para Máquinas, Volume II. Para as bases de molinetes e mordentes e assuas fundações, vide Seção 9, item 9.2.5.

16.1.3 - Para navios com a notação de navegação para serviço costeiro afixado às suas marcas declassificação, o equipamento pode ser determinado como para a próxima faixa de numeral menor que aexigida de acordo com o numeral do equipamento Z.

16.1.4 - Para navios com a notação de navegação para serviço em águas rasas afixado às suas marcasde classificação, o equipamento deve ser determinado observando as disposições da Seção 28, item28.5

16.1.5 - Para a determinação de equipamento para rebocadores, deve ser observada a Seção 24, item24.7. Para a determinação de equipamento para barcos pesqueiros, deve ser observada a Seção 25, item25.7. Para a determinação de equipamentos para barcaças e pontões, deve ser observada a Seção 27.

16.1.6 - Navios construídos sob a fiscalização do BC, que recebem a marcação nos Certificados e noRegistro, necessitam ser equipados com âncoras e amarras, conforme as Regras para Materiais, testa-das em máquinas, aprovadas na presença de um vistoriador. Para os navios com a notação de navega-ção para serviço costeiro afixado às suas marcas de classificação, é suficiente a prova de que asâncoras e amarras foram adequadamente testadas.

16.1.7 - Para os navios com três ou mais propulsores, pode ser considerada uma redução do peso dasâncoras de proa e do diâmetro da amarras.

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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16.1.8 - Navios de alto-mar navegando em águas interiores e rios, devem ter equipamentos de fundeiotambém condizentes com os regulamentos das autoridades competentes na respectivas vias navegá-veis.

16.2 - NUMERAL DO EQUIPAMENTO

O numeral do equipamento Z é calculado como segue:

Z = D2/3 + 2.h.B + A/10

D = deslocamento moldado, em toneladas métricas, no calado máximo de verãoh = f b + Σh = altura efetiva desde a linha de calado máximo de verão até o topo da casaria mais alta,

em [m]fb = borda-livre de verão a meia-nau, em [m]Σh = soma das alturas, em [m], de superestruturas e casarias no convés de borda-livre, com

largura maior que B/4, medida na linha do centro. Eventuais tosamentos devem serignorados. Onde houver uma descontinuidade no convés de borda-livre, na região dasuperestrutura ou casaria mais baixa, �h� deve ser medido a partir da posição que ocu-paria o convés, caso fosse contínuo, na linha de centro.

A = área lateral, em [m2], da vista do perfil do casco, superestruturas e casarias, acima dalinha de calado máximo de verão até a altura h, medido dentro do comprimento L .

Bordas-falsas e balaustradas com tela de 1,5 metros ou mais de altura, devem ser consideradas comopartes de casarias quando da determinação de h e A ; por exemplo, a área A1 mostrada na Figura 16.1,deve ser incluida em A. Alturas de braçolas de escotilhas e de qualquer carga no convés, como, porexemplo, containers, não necessitam ser consideradas na determinação de h e A.

Figura 16.1

16.3 - ÂNCORAS

16.3.1 - Duas das âncoras de proa exigidas devem estar sempre prontas para entrar em operação. Ondesão exigidas 3 âncoras de proa, geralmente a terceira âncora deve ser transportada sa bordo comoâncora sobressalente. A âncora sobressalente deve ser estivada de maneira adequada a permitir asubstituição de uma âncora perdida com meios do próprio equipamentos do navio. Só em casos especi-ais a âncora sobressalente pode ser armazenada em terra ou se pode prescindir desta exigência, porexemplo, no caso de uma série igual de navios equipados com as mesmas âncoras e amarras, trafegan-do sempre na mesma rota e considerando-se que, em alguns dos portos ao longo desta rota, dispo-nham-se de certo número de âncoras sobressalentes para o caso de perda. Devem ser observadaseventuais Regulamentos das autoridades nacionais.

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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16.3.2 - As âncoras devem ser de um projeto aprovado. O peso das cruzes de âncoras patente (âncorassem cepo), incluindo pinos e acessórios, não deve ser inferior a 60% do peso total da âncora.

16.3.3 - Para âncoras com cepo, o peso total da âncora, incluindo o cepo, deve corresponder aos valoresdas Tabelas 16,2, 25.1 ou 25.2, as duas últimas na Seção 25. O peso do cepo deve ser 20% deste pesototal.

16.3.4 - O peso de cada âncora de proa pode variar em até 7% para mais ou para menos do pesoindividual exigido, com a condição de que o peso total de todas as âncoras de proa não seja inferior àsoma dos pesos individuais exigidos.

16.3.5 - Onde são utilizadas âncoras especiais aprovadas, como �âncoras de alto poder de garra�, o pesoda âncora pode ser 75% do valor exigido nas Tabelas 16.2, 25.1 ou 25.2. As �âncoras de alto poder degarra� são aquelas adequadas para o uso no navio, a qualquer momento, e que não exigem ajustagensprévias ou posicionamento especial no leito do mar. Para obterem aprovação como �âncoras de altopoder de garra�, devem ser realizados testes satisfatórios em vários tipos de fundo, e a âncora deve terum poder de garra de, no mínimo, 2 vezes aquele de uma âncora patente com o mesmo peso.Os pesos das âncoras a serem testadas devem ser representativos da série completa de tamanhosprevistos para fabricação. Os testes devem ser executados com, pelo menos, dois tamanhos de âncorasassociadas com as amarras apropriadas ao peso. As âncoras a serem testadas e as âncoras patentepara a comprovação devem ter aproximadamente o mesmo peso.O comprimento da amarra utilizado durante os teste deve ser aproximadamente 6 a 10 vezes a profundi-dade da água na região dos testes.Os testes devem ser normalmente executados por um rebocador,entretanto, podem ser aceitos testes tracionando as âncoras da terra (por exemplo, com guinchosadequados). Três testes devem ser efetuados para cada âncora e tipo de fundo. A tração deverá sermedida por meio de um dinamômetro e gravada por instrumentos. Podem ser aceitas medições detração baseadas na curva rotação/�bollard pull� (tração estática) do rebocador. O teste por comparaçãocom outras âncoras de alto poder de garra previamente aprovados pode ser aceito como fundamentopara aprovação.O peso máximo de uma série de âncoras assim aprovada pode ser 10 vezes o peso da maior âncoratestada. O dimensionamento da amarra e do molinete deve se baseado no peso não reduzido da âncora,conforme as tabelas.

16.3.6 - Onde é instalado equipamento de fundeio de popa, o mesmo deve cumprir, em todos aspectos,as regras para equipamento de fundeio. O peso de cada âncora de popa deve ser, pelo menos, 35%daquele da âncora de proa. O diâmetro das amarras deve ser determinado das tabelas, conforme o pesoda âncora. Onde é instalado um molinete de popa, devem ser observadas as Regras para a Construçãode Máquinas.

16.4 - AMARRAS

16.4.1 - Os diâmetros de amarra indicados nas tabelas se aplicam a amarras fabricadas com materiaisespecificados nas Regras para Materiais, Volume III, Capítulo 6, nos seguintes graus:

Grau K 1a e K 1b (qualidade normal)Grau K 2a e K 2b (qualidade especial)Grau K 3 (qualidade extra-especial)

16.4.2 - O material de grau K 1a não deve ser utilizado para amarras em combinação com �âncoras dealto poder de garra�.

16.4.3 - Amarras de graus K 2 e K 3 somente podem ser adquiridas e termicamente tratadas por firmashomologadas.

16.4.4 - O comprimento total das amarras indicado nas tabelas deve ser dividido em partes aproximada-mente iguais para as duas âncoras de proa.

16.4.5 - Para ancorotes, podem ser utilizadas amarras com ou sem malhetes.

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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16.4.6 - Para a ligação da âncora com a amarra, podem ser escolhidos elos do tipo �Kenter�, em vez demanilhas tipo �D�, conforme exigido nas Regras de Materiais, Volume III, Capítulo 6, quando aprovadopelo BC. No lugar de um adaptador giratório (`forerunner�) pode ser utilizado um supertornel (manilhagiratória) de construção comprovada e aprovada pelo BC. Uma união direta do supertornel com a hasteda âncora só pode ser feita com aprovação especial. Um número suficiente de manilhas e/ou elos tipo�Kenter�, adequados, deve ser mantido a bordo, para permitir a colaboração da âncora sobressalente emqualquer momento.

16.4.7 - A fixação das extremidades das amarras com o casco, deve ser de maneira a permitir odeslizamento da amarra de um local de fácil acesso, fora do paiol de amarras, em caso de emergência.A fixação das extremidades das amarras no casco deve ter uma resistência que corresponde de 15% a30% da carga nominal de rutura da amarra (pino de braga).

16.5 - PAIOL DE AMARRAS

16.5.1 - O paiol de amarras deve ter capacidade e altura adequadas para prever uma saída e queda fácile direta das amarras através dos tubos de baixada e auto-armazenamento das mesmas. O paiol deamarras deve ser provido com uma divisão interna, de forma que as amarras de bombordo e borestepossam ser estivadas totalmente separadas.

16.5.2 - As paredes do paiol de amarra e suas aberturas de acesso devem ser estanques à água, paraevitar que, em caso de paióis, cheios d�água (através dos tubos de baixada do convés de castelo), oscompartimentos adjacentes ao paiol de amarras sejam alagados, o que pode causar avarias nos equipa-mentos localizados nestes compartimentos.

16.5.3 - Devem ser previstos meios adequados de drenagem do paiol de amarras.

16.5.4 - Onde o paiol de amarras tiver limites comuns com tanques, os escantilhões de seu chapeamentode prumos devem ser determinados como para tanques, conforme a Seção 11. No caso em que asparedes não fazem limite com tanques, a espessura do chapeamento deve ser determinada como parat2 , e o módulo de seção dos prumos como para W2 , conforme Seção 11, itens 11.2.2 e 11.2.3., respec-tivamente. A distância do centro do carregamento até o topo do paiol de amarras deve ser consideradacomo a respectiva pressão a ser utilizada nos cálculos.

16.6 - EQUIPAMENTO DE AMARRAÇÃO E ATRACAÇÃO

16.6.1 - Cabos

16.6.1.1 - Os cabos de reboque e amarração especificados nas tabelas, e o conteúdo dos subparágrafosseguintes, até 16.6.1.6, são somente recomendações; uma concordância com eles não é uma condiçãode classificação. Eventuais regulamentações específicas das autoridades competentes devem ser ob-servadas.

16.6.1.2 - Para cabos de reboque e amarração, podem ser utilizados cabos de aço, como, também,cabos de fibra natural ou sintética, ou cabos de aço e alma de fibra. As cargas de rutura especificadasnas tabelas 16.2 e 25.1 são válidas somente para cabos de aço e de fibra natural (manilha). Onde sãoutilizados cabos de fibras sintéticas, a carga de rutura deve ser aumentada acima dos valores da tabela.O aumento depende da qualidade do material utilizado. O diâmetros necessários de cabos de fibrasintética substituindo cabos de manilha grau 1 podem ser obtidos da seguinte tabela:

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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Manilha Cabos sintéticos Cabos de fibra sintética

grau 1 poliaminamida (*) poliamida poliester polipropileno

diam. [mm] diam. [mm] diam. [mm] diam. [mm] diam. [mm]

40 32 40 40 40

44 36 44 44 44

48 40 48 48 48

56 44 48 48 52

64 48 52 52 56

72 56 60 60 64

80 60 64 64 72

88 68 72 72 80

96 72 80 80 88

112 72 88 88 96

Observação: (*) Cabos de camadas regulares de monofilamentos e fibras de poliamido refinado

Tabela 16.1

16.6.1.3 - Onde o ancorote é utilizado conectado a um cabo, deve ser utilizado um cabo de aço.

16.6.1.4 - Os cabos de aço podem ser do seguinte tipo:a) 144 arames (6 x 24) com 7 almas de fibra, para cargas de rutura de até 500 kN, tipo Standard.b) 216 arames (6 x 36) com 1 alma de fibra, para cargas de rutura superiores a 500 kN, tipo Standard.

Sendo os cabos de aço armazenados em tambores de guinchos de atracação, podem ser utilizadoscabos com alma de aço, por exemplo:c) 6 x 19 com 1 alma de aço ; tipo: Sealed) 6 x 36 com 1 alma de aço ; tipo: Warrington-Seale

16.6.1.5 - Independente da carga de rutura calculada, o diâmetro de cabos de fibra não deve ser menorque 20 mm.

16.6.1.6 - O comprimento individual dos cabos de amarração, pode ser até 7% menor que aquele forne-cido na tabela, com a condição de que o comprimento total de todos os cabos não seja inferior à somados comprimentos individuais necessários. Em grandes navios onde os guinchos de atraxcação sãolocalizados em um dos bordos, os comprimentos dos cabos de amarração devem ser adequadamenteaumentados. Para cabos de amarração com uma carga de ruptura calculada acima de 500 kN, existemas seguintes alternativas:

a) A carga de ruptura calculada dos cabos de amarração, especificada na Tabela 16.2, pode ser reduzidacom o aumento do número de cabos de amarração, na condição de que a carga de ruptura de todosos cabos a bordo do navio não seja inferior ao valor recomendado na Tabela 16.2.. Nenhum dos cabosde amarração, contudo, deve ter uma carga de ruptura inferior a 500 kN.

b) O número de cabos de amarração pode ser reduzido com o aumento da carga de ruptura dos cabosde amarração, desde que o produto carga de ruptura calculada x o número de cabos não seja inferiorao valor estabelecido na Tabela 16.2, contudo, o número de cabos deve ser, pelo menos, 6.

Eventuais regulamentações específicas das autoridades competentes no uso dos cabos de amarração,

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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em navios tanques transportando produtos com ponto de fulgor abaixo de 60 graus C, devem ser obser-vadas.

16.6.2 - Guinchos de Atracação, Cabeços e Buzinas

16.6.2.1 - Os guinchos de atracação devem ser dimensionados adequadamente, considerando cabosde amarração com as cargas nominais de rutura.

16.6.2.2 - As buzinas, cabeços e cunhos devem ser dimensionados de forma a proteger os cabos contraamassamento excessivo. Eles devem ser de construção apropriada, conforme Normas em vigor. Normasnacionais, se existentes, devem ser observadas.

16.6.2.3 - Duas posições convenientes para reboque com resistência adequada devem ser arranjadas àbordo, uma no convés à vante e a outra no convés à ré, em localização apropriada para amarrar o cabode reboque.

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TABELA 16.2

ÂNCORAS, AMARRAS E CABOS

Ancora sem cepo Amarras com malhetes Cabos recomendados

No. Numeral Ancora de Anco- Âncoras de Proa Amarra ou Reboque Cabos depara do Proa rote cabo p/ AmarraçãoReg. Equipa- ancorote

mento ZQuant. Peso por Compr. Diâmetro Compr. C Compr. C C

âncora total d1

d2

d3

Rupt. Rupt. No. Compr. Rupt.

Kg m mm mm mm m kN m kN m kN

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

101 up to 50 2 120 40 165 12.5 12.5 12.5 80 65 180 100 3 80 35

102 50 - 70 2 180 60 220 14 12.5 12.5 80 65 18 100 3 80 35

103 70 - 90 2 240 80 220 16 14 14 85 75 180 100 3 100 40

104 90 - 110 2 300 100 247.5 17.5 16 16 85 80 180 100 3 110 40

105 110 - 130 2 360 120 247.5 19 17.5 17.5 90 90 180 100 3 110 45

106 130 - 150 2 420 140 275 20.5 17.5 17.5 90 100 180 100 3 120 50

107 150 - 175 2 480 165 275 22 19 19 90 110 180 100 3 120 55

108 175 - 205 2 570 190 302.5 24 20.5 20.5 90 120 180 110 3 120 60

109 205 - 240 3 660 302.5 26 22 20.5 180 130 4 120 65

110 240 - 280 3 760 330 28 24 22 180 150 4 120 70

111 280 - 320 3 900 357.5 30 26 24 180 175 4 140 80

112 320 - 360 3 1020 357.5 32 28 24 180 200 4 140 85

113 360 - 400 3 1140 385 34 30 26 180 225 4 140 95

114 400 - 450 3 1290 385 36 32 26 180 250 4 140 100

115 450 - 500 3 1440 412.5 38 34 30 180 275 4 140 110

116 500 - 550 3 1590 412.5 40 34 30 19 305 4 160 120

117 550 - 600 3 1740 440 42 36 32 190 340 4 160 130

118 600 - 660 3 1920 440 44 38 34 190 370 4 160 145

119 660 - 720 3 2100 440 46 40 36 190 405 4 160 160

120 720 - 780 3 2280 467.5 48 42 36 190 440 4 170 170

121 780 - 840 3 2460 467.5 50 44 38 190 480 4 170 185

122 840 - 910 3 2640 467.5 52 46 40 190 520 4 170 200

123 910 - 980 3 2850 495 54 48 42 190 560 4 170 215

124 980 - 1060 3 3060 495 56 50 44 200 600 4 180 230

125 1060 - 1140 3 3300 495 58 50 46 200 645 4 180 250

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Ancora sem cepo Amarras com malhetes Cabos recomendados

No. Numeral Ancora de Anco- Âncoras de Proa Amarra ou Reboque Cabos depara do Proa rote cabo p/ AmarraçãoReg. Equipa- ancorote

mento ZQuant. Peso por Compr. Diâmetro Compr. C Compr. C C

âncora total d1

d2

d3

Rupt. Rupt. No. Compr. Rupt.

Kg m mm mm mm m kN m kN m kN

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

126 1140 - 1220 3 3540 522.5 60 52 46 200 690 4 180 270

127 1220 - 1300 3 3780 522.5 62 54 48 200 740 4 180 285

128 1300 - 1390 3 4050 522.5 64 56 50 200 785 4 180 305

129 1390 - 1480 3 4320 550 66 58 50 200 835 4 180 325

130 1480 - 1570 3 4590 550 68 60 52 220 890 5 190 325

131 1570 - 1670 3 4890 550 70 62 54 220 940 5 190 335

132 1670 - 1790 3 5250 577.5 73 64 56 220 1025 5 190 350

133 1790 - 1930 3 5610 577.5 76 66 58 220 1112 5 190 375

134 1930 - 2080 3 6000 577.5 78 68 60 220 1170 5 190 400

135 2080 - 2230 3 6450 605 81 70 62 240 1260 5 200 425

136 2230 - 2380 3 6900 605 84 73 64 240 1355 5 200 450

137 2380 - 2530 3 7350 605 87 76 66 240 1455 5 200 480

138 2530 - 2700 3 7800 632.5 90 78 68 260 1470 6 200 480

139 2700 - 2870 3 8300 632.5 92 81 70 260 1470 6 200 490

140 2870 - 3040 3 8700 632.5 95 84 73 260 1470 6 200 500

141 3040 - 3210 3 9300 660 97 84 76 280 1470 6 200 520

142 3210 - 3400 3 9900 660 100 87 78 280 1470 6 200 555

143 3400 - 3600 3 10500 660 102 90 78 280 1470 6 200 590

144 3600 - 3800 3 11100 687.5 105 92 81 300 1470 6 200 620

145 3800 - 4000 3 11700 687.5 107 95 84 300 1470 6 200 650

146 4000 - 4200 3 12300 687.5 111 97 87 300 1470 7 200 650

147 4200 - 4400 3 12900 715 114 100 87 300 1470 7 200 660

148 4400 - 4600 3 13500 715 117 102 90 300 1470 7 200 670

149 4600 - 4800 3 14100 715 120 105 92 300 1470 7 200 680

150 4800 - 5000 3 14700 742.5 122 107 95 300 1470 7 200 685

151 5000 - 5200 3 15400 742.5 124 111 97 300 1470 8 200 685

152 5200 - 5500 3 16100 742.5 127 111 97 300 1470 8 200 695

153 5500 - 5800 3 16900 742.5 130 114 100 300 1470 8 200 705

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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No. Numeral Ancora de Anco- Âncoras de Proa Amarra ou Reboque Cabos depara do Proa rote cabo p/ AmarraçãoReg. Equipa- ancorote

mento ZQuant. Peso por Compr. Diâmetro Compr. C Compr. C C

âncora total d1

d2

d3

Rupt. Rupt. No. Compr. Rupt.

Kg m mm mm mm m kN m kN m kN

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

154 5800 - 6100 3 17800 742.5 132 117 102 300 1470 9 200 705

155 6100 - 6500 3 18800 742.5 120 107 300 1470 9 200 715

156 6500 - 6900 3 20000 770 124 111 300 1470 9 200 725

157 6900 - 7400 3 21500 770 127 114 300 1470 10 200 725

158 7400 - 7900 3 23000 770 132 117 300 1470 11 200 725

159 7900 - 8400 3 24500 770 137 122 300 1470 11 200 735

160 8400 - 8900 3 26000 770 142 127 300 1470 12 200 735

161 8900 - 9400 3 27500 770 147 132 300 1470 13 200 735

162 9400 - 10000 3 29000 770 152 132 300 1470 14 200 735

163 10000-10700 3 31000 770 137 300 1470 15 200 735

164 10700-11500 3 33000 770 142 300 1470 16 200 735

165 11500 12400 3 35500 770 147 300 1470 17 200 735

166 12400-13400 3 38500 770 152 300 1470 18 200 735

167 13400-14600 3 42000 770 157 300 1470 19 200 735

168 14600-16000 3 46000 770 162 300 1470 21 200 735

Observações::d1 = diâmetro de amarra grau K1 (qualidade normal)d2 = diâmetro de amarra grau K2 (qualidade especial)d3 = diâmetro de amarra grau K3 (qualidade extra especial)C.rupt. = carga de rupturaComp. = comprimento

TOMO II - EQUIPAMENTO ........................................ SEÇÃO 16

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SEÇÃO 17

LIGAÇÕES SOLDADAS

17.1 - GENERALIDADES

17.1.1 - Documentação do Projeto

17.1.1.1 - A forma e escantilhões de juntas soldadas e, em caso de prova por cálculo, também a eficiên-cia de solda (grau de qualidade de solda, grau de entalhe), devem ser apresentados em todos os dese-nhos e outros documentos (lista de peças, planos de solda, planos de testes). Em casos especiais, porexemplo, onde materiais especiais são utilizados, não somente o processo de soldagem, materiais deenchimento e sequência de passos, devem ser dados, mas, também, onde necessário, detalhes dealgum tratamento subsequente.

17.1.1.2 - Todos os símbolos e abreviaturas utilizados na identificação de ligações soldadas devem serexplicados conforme estas Regras ou Normas reconhecidas.

17.1.2 - Materiais e Soldabilidade

17.1.2.1 - Somente materiais tendo soldabilidade comprovada podem ser utilizados na construção deestruturas soldadas (vide Seção 1). Deve ser dada atenção a possíveis exigências em relaçãao à homo-logação do aço e para quaisquer recomendações feitas pelo fabricante.

17.1.2.2 - Para aços navais comuns, graus A, B, D, e E, que tenham sido testados pelo BC, a soldabilidadeé considerada como comprovada. Nenhuma providência além daquelas constantes destes regulamentospara soldagem necessita, portanto, ser tomada.

17.1.2.3 - Aço naval de alta resistência grau AH/DH/EG, que tenha sido homologado pelo BC conformeas Regras de Materiais, Seção 6, teve sua soldabilidade examinada e, com a condição de que seumanuseio está em acordo com a prática normal de construção naval, pode ser considerado comoaprovado.

17.1.2.4 - Aços estruturais de alta resistência (temperados e revenidos), de grão fino, aços estruturaisresistentes a baixa termperatura, aço inoxidável e outros aços estruturais (ligados) requerem aprovaçãoespecial do BC. Prova de soldabilidade do aço respectivo deve ser apresentada em conjunto com oprocedimento de soldagem e o material a ser depositado.

17.1.2.5 - Peças de aço ou forjado devem atender às exigências das Regras de Materiais, Seção 6, etestes requeridos pelo BC. O conteúdo de carbono de componentes para estruturas soldadas não deveexceder 0,23% (análise de peças não excedendo 0,25% de carbono).

17.1.2.6 - Como estipulado no Seção 6 das Regras de Materiais, ligas de metal leve exigem testes peloBC. Prova de sua soldabilidade deve ser apresentada juntamente com o procedimento de soldagem e omaterial a ser depositado.

17.1.2.7 - O material a ser depositado deve satisfazer ao metal a ser soldado e ser aprovado pelo BC.Onde são utilizados materiais de enchimento com propriedades mecânicas diferentes (menores) dometal base (com consentimento do BC), este fato deve ser levado em consideração no dimensionamentodas ligações soldadas.

TOMO II - LIGAÇÕES SOLDADAS ......................... SEÇÃO 17

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17.1.3 - Fabricação e Testes

17.1.3.1 - O grau de qualidade da solda de ligações soldadas sem prova por cálculo de valência (vide17.1.1.1), depende da importância da ligação soldada para a estrutura completa, e sua localização noelemento estrutural (localização relativa à direção principal de solicitação) e sua solicitação depende dedetalhes quanto ao tipo, extensão e maneira de testar . Onde é exigida prova de resistência em serviço,vide indicações em 17.3.3.5 (tabela de casos de entalhe).

17.2 - PROJETO E DIMENSIONAMENTO

17.2.1 - Princípios Gerais de Projeto

17.2.1.1 - Durante o estágio de projeto as ligações soldadas devem ser planejadas para que sejamacessíveis durante a fabricação, sejam localizadas na melhor posição de soldagem e permitam quesejam seguidas as sequências de soldagem apropriadas. As ligações soldadas e sequência de soldagemenvolvida devem ser planejadas para permitir que as tensões residuais de solda sejam mantidas à ummínimo, a fim de que não ocorra nenhuma deformação excessiva. Ligações soldadas não devem sersuperdimensionadas; vide, também, 17.2.5.2.

17.2.1.2 - Quando ligações soldadas forem planejadas, deve primeiro ser estabelecido que tipo e grau desolda é previsto, para que solda de penetração total, no caso de cordões de solda HV ou DHV (K),possam ser perfeitamente executadas sob as condições estabelecidas pelas limitações do processo defabricação envolvido. Não sendo este o caso, um tipo mais simples de cordão de solda deve ser selecionadoe sua (possivelmente menor) resistência levada em consideração no dimensionamento.

17.2.1.3 - Juntas soldadas em vigas perfis e, em particular, aquelas utilizadas em processo de monta-gem de blocos, devem ser, sempre que possível, localizadas fora das áreas de grandes solicitações porflexão. A localização de ligações soldadas em quinas de barras-face deve ser evitada.

17.2.1.4 - Ligações soldadas altamente solicitadas, sujeitas, portanto, a testes, devem ser, por isso,projetadas de maneira que os testes não-destrutivos apropriados possam ser utilizados (radiografia,ultra-som e métodos de detecção de trincas), a fim de que uma inspeção confiável possa ser realizada.

17.2.1.5 - Características específicas do material, tais como o valor de resistência (menor) de materiallaminado na direção transversal (vide 17.2.2.6) ou o amolecimento do alumínio trabalhado à frio, sãofatores que devem ser levados em consideração quando forem feitos o projeto e o dimensionamento deligações soldadas. Assegurando-se que a resistência à flexão seja comprovada, chapa com revestimen-to metálico depositado ou laminado pode ser utilizada da mesma maneira como chapas maciças.

17.2.1.6 - Nos casos onde diferentes tipos de materiais são utilizados juntos e em contato com a águado mar ou outro meio eletrolítico, por exemplo, ligações soldadas feitas entre aços carbono e inoxidável,como são encontradas nos revestimentos resistentes ao desgaste nos propulsores orientáveis ou nosrevestimentos das madres do leme, o resultado da diferença em potencial faz crescer extremamente asusceptibilidade à corrosão e deve, por isso, merecer especial atenção. Onde possível, tais soldadasdevem ser posicionadas em locais menos sujeitos ao risco de corrosão (tais como no lado de fora dostanques) ou especiais medidas de proteção contra corrosão devem ser tomadas, tais como pintura ouproteção catódica.

17.2.2 - Detalhes de Projeto

17.2.2.1 - Todas as ligações soldadas em elementos estruturais principais devem ser projetadas demaneira tal que as interrupções ao fluxo de tensões se reduzam ao mínimo possível, sem entalhesinternos ou externos, sem diferenças de rigidez e sem impedimentos quanto a expansões (vide, tam-bém, Seção 2. item 2.8). Isto também se aplica para a soldagem de elementos estruturais secundáriosa elementos principais, cuja chapa exposta ou bordas de barras-face devem ser mantidas tão livresquanto possível de conexões soldadas. Emendas em peças longas, tais como bolinas, balaustradas,proteções contra batidas laterais, etc., que são ligadas a estruturas principais, devem ser, por isso,soldadas ao longo de toda sua área seccional.

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17.2.2.2 - Elementos estruturais de dimensões diferentes devem ser conectados observando-se transi-ção suave destas dimensões. Onde vigas e perfis de alturas variadas estão envolvidos, as barras-face oubulbos devem ser chanfrados ou devem ser rasgados e alargados, ou suas almas devem ser comprimi-dos até se igualarem às alturas. O comprimento da área de transição deve ser, pelo menos, 2 x adiferença de alturas. Se as espessuras da chapa nas ligações, em elementos estruturais principais,diferem de mais que 3mm, a chapa de maior espessura deve ser chanfrada a uma razão de, pelo menos,1:3; vide Fig. 17.1 ou, conforme a tabela de casos de entalhe, (vide 17.3.3.5.). Diferenças de espessurade até 3mm podem ser igualadas no cordão de solda.

Soldagem de Chapas de Diferentes Espessuras

Figura 17.1

17.2.2.3 - Peças de aço fundido ou forjado às quais chapas ou outros elementos de espessura relativa-mente pequena são unidas, como mostrado na Fig. 17.2, devem possuir adoçamento (seções de espes-suras gradualmente reduzidas) ou barras-face forjadas ou fundidas. Para ligação de pés-de-galinha aobosso ou ao chapeamento, vide Seção 5, item 5.6, e 12, item 12.3. Consultar a Seção 13, item 13.4,considerando-se a necessidade de aumento de espessura do colar da madre do leme através de passosde solda ou de flange de acoplamento. A solda entre a madre do leme e o acoplamento deve ter penetra-ção total em toda a sua seção transversal.

Soldagem de Peças de Aço Fundido ou Forjado

Figura 17.2

17.2.2.4 - Concentrações locais de soldas ou distâncias insuficientes entre cordões devem ser evitadas.Soldas de topo, localizadas uma próxima da outra, devem ser afastadas, no mínimo, de:

50 mm + 4 x a espessura da chapa

Soldas-filete localizadas próximas entre sí ou próximas à soldas de topo devem ser espaçadas, nomínimo, de:

30 mm + 2 x a espessura da chapa

É recomendado que a largura de chapas a serem substituídas (tiras) seja, no mínimo, de 300 mm ou 10x a espessura da chapa, prevalecendo o maior valor. Ao soldar reforços em chapas, barras-face, apoiosde montagem ou componentes similares, é exigido o seguinte tamanho mínimo.

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D min = 170 + 3 (t - 10) ³ 170 mm

D = diâmetro (caso seja circular) ou comprimento da peça inserida, em [mm]t = espessura da chapa, em [mm]

A chapa inserida deve ter cantos arredondados com raio mínimo de 50 mm.

17.2.2.5 - Recortes para passagem de solda (posterior) de topo ou filete em cruzamentos devem serarredondados (raio mínimo 25 mm ou 2 x a espessura da chapa, o que for maior) e, particularmente emcasos de solicitação predominantemente dinâmica, devem ter cantos adoçados (Fig. 17.3) forma sim-ples forma melhorada.

Recortes para Passagem de Solda

Figura 17.3

Em cruzamento de cordões de solda já finalizados, antes da montagem não é necessário recorte parapassagem de solda, contanto que seu excesso seja removido antes da montagem.

17.2.2.6 - Em casos de solicitações locais elevadas, é recomendado utilizar chapa de espessura maiorem vez de chapa sobreposta. Se, porém, chapas sobrepostas são inevitáveis, as bordas destas chapasdevem ser soldadas com solda-filete contínua, de garganta a = 0,3 x a espessura da chapa sobreposta.Em vigas sujeitas a flexão, a garganta da solda-filete nas extremidades das chapas sobrepostas emregiões conforme mostrado na Fig. 17.4, deve ser de 0,5 x a espessura da chapa sobreposta, porém, nãodeve exceder a espessura da chapa à qual a chapa sobreposta é soldada. É recomendado que assoldas-filete frontais sejam suavizadas com inclinação de 45 graus ou menos.Quando for exigida a comprovação da resistência em serviço, as formas das extremidades de chapassobrepostas devem corresponder às indicações da tabela de casos de entalhe (vide 17.3.3.5). Chapassobrepostas com largura maior que 30 x a sua própria espessura devem ser ligadas à chapa-base atravésde soldas-bujão espaçadas de, não mais que 30 x a sua espessura, de acordo com a Seção 4.10.

Soldagem nas Extremidades de Chapas Sobrepostas

Figura 17.4

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17.2.2.7 - Chapas ou outros laminados utilizados em elementos estruturais que se interceptam e queestão sujeitos a tensões residuais de soldagem e/ou tensões na direção da espessura, devem contarcom apropriadas tecnologias de projeto e técnicas de construção, para eliminar o risco de fratura lamelarresultante da anisotropia do material laminado. Tais medidas incluem, entre outras, a seleção de tiposapropriados de cordões de solda tendo o volume mínimo possível e uma adequada sequência de soldagem,objetivando a redução de contração transversal; a distribuição de tensões em uma maior superfície dechapa através da solda por deposição; ou a ligação de fibras de um componente estrutural carregadotransversalmente como é o caso, por exemplo, de ligações de trincaniz-cintado, conforme mostrado naFig. 17.11.No caso de solicitação muito grande na direção transversal (por exemplo, através da adição de tensõesde constração em ligações de solda HV ou DHV(K) de grande volume expostas a grandes tensões decarga), é recomendado que a chapa de aço utilizada possua capacidade de suportar carga na direção daespessura (grau de pureza melhorado, redução de área mínima garantida em corpos de prova de tração,retirados na direção transversal)

17.2.2.8 - Sempre que possível, deve ser evitada soldagem em áreas trabalhadas a frio com uma expan-são residual excedendo 5% (*) onde são utilizados aços estruturais susceptíveis à recristalização apóstrabalho a frio. Se a soldagem em áreas trabalhadas a frio não pode ser evitada (por exemplo, no casode chapas-apoio soldadas na região curva de barra-face), para aços estruturais e graus comparáveis deaços estruturais (tais como, grau de qualidade 2 e 3, conforme DIN 17000), os seguintes raios mínimosde dobramento internos devem ser respeitados.

Espessura da chapa Raio mínimo de dobramento (interno)

até 6 mm 1 x espessura da chapa

6 a 8 mm 1,5 x espes. da chapa

8 a 12 mm 2 x espes. da chapa

12 a 24 mm 3 x espes. da chapa

24 mm 5 x espes. da chapa

Quando outros aços ou outros materiais são utilizados e existirem dúvidas quanto ao raio mínimo dedobramento a ser utilizado, este deve ser estabelecido experimentalmente. Se necessário, devido ànecessidade de ajustagem, maiores raios mi�nimos de dobramento devem ser aplicados.

Observação (*): Expansão E na parte externa da região tensionada: E= 100 / (1+ 2.r/t) [%]r = raio interno de dobramentoc = espessura da chapa

17.2.2.9 - Solda resistente a desgaste e corrosão, depositada nas superfícies de mancais de madres deleme, pinos, etc, etc., deve ser feita em forma de colar, cujo diâmetro excede a espessura das partesadjacentes do eixo, de, no mínimo, 20 mm. Depois da soldagem, as regiões de transição para as partesde diâmetro menor do eixo devem ser usinadas utilizando-se grandes raios, a fim de remover qualquer partedo metal-base que possa ter tido suas características modificadas (como resultado da soldagem) na regiãocôncava em volta do colar. Verificar qualquer proteção contra corrosão que possa ser necessária.

17.2.3 - Solda de Topo

17.2.3.1 - O tipo de abertura utilizada para juntas soldadas de topo depende do material envolvido, daespessura do componente, do processo de soldagem utilizado, do efeito de entalhe admissível (grau deentalhe de acordo com a resistência operacional comprovada) e da qualidade de solda exigida. Tipos deaberturas utilizadas em combinação com um processo de soldagem particular (tal como soldagem feitade um só lado ou solda eletroescória), requerem exame e aprovação durante revisão do processo comoum todo. Veja o item 17.2.2.2, para união de componentes de espessuras diferentes.

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Solda Depositada em Madres do Leme

Figura 17.5

17.2.3.2 - Para todas as emendas de topo que devem ser soldadas de ambos os lados, a raiz da soldadeve ser escarnada e pelo menos um passe de solda deve ser acrescentado. Se a solda é feita unilate-ralmente, medidas adequadas (tipo de abertura, processo de soldagem e mesmo a utilização de �backing�removível de material cerâmico, etc.) devem ser tomadas para obter uma penetração total e controleadequado. Se as condições acima não podem ser preenchidas, por exemplo, em soldas de topo somen-te acessíveis por um lado e o material cobre-juntas (�backing�) ou cobre-junta fundido tiver que permane-cer no local, como mostrado na Fig. 17.6, na prova por cálculos, somente 90% da resistência do metal-base, no caso de análise geral de tensão ou o valor respectivo, no caso de prova de resisência em serviçode acordo com 17.3.3.5, deve ser empregado.

Soldagem por um só lado, utilizando-semateriais cobre-junta

Figura 17.6

17.2.3.3 - Os chanfros mostrados na Fig. 17.7 devem ser utilizados para a soldagem de chapas comrevestimento metálico. Nas ligações de uma chapa com revestimento metálico à uma chapa de açonaval (aço carbono ou baixa liga), estes tipos de chanfros serão aplicados.

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Tipos de abertura para a soldagem dechapas com revestimento metálico

Figura 17.7

17.2.4 - Ligações de Quina, �T� e Duplo �T� (forma de cruz)

17.2.4.1 - Juntas de quina, �T� e duplo �T� (forma de cruz) podem ser executadas analogamente a soldas detopo ou como soldas de penetração total HV ou DHV (K), mostradas na Fig. 17.8, como soldas HV ou DHV(K) com uma falha de raiz definida f, mostradas na Fig. 17.9 ou como soldas HY ou DHY (raiz de face K)com um intervalo de raiz c, mostradas na Fig. 17.10. Quando é exigida prova de resistência em serviço, otipo de solda utilizada depende do grau de entalhe dado no item 17.3.3.5. Para o cálculo das dimensesexigidas, a falha de raiz f e o intervalo de raiz c devem ser levados em consideração [a = t - (f + c)].

Solda de penetração total HV ou DHV (K) depois da preparação da raiz

Figura 17.8

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Solda HV com solda de filete e solda DHV (K) com uma falha de raiz �f�definida f = 1/t ; f MAX = 3 mm.

Figura 17.9

Soldas HV com soldas de filete e soldas DHV (K) (face de raiz K)com intervalo de raiz �c� e falha de raiz `f� definida; f = 0,2.t ; f MAX = 3 mm.

Figura 17.10

17.2.4.2 - Onde soldas de quina niveladas são aplicadas (como no caso das juntas trincaniz-cintado) ouse juntas �T� forem feitas em forma de ligação composta de 3 membros, as formas dos chanfros mostra-das em 17.11 devem ser utilizadas com a chapa vertical chanfrada para reduzir os riscos de fraturalamelar.

Juntas soldadas de quina nivelada ou �T�

Figura 17.11

17.2.4.3 - Se a direção principal de solicitação em ligações �T� está na direção do plano horizontalmostrado na Fig. 17.12 (por exemplo, com chapeamento) e a conexão da alma for de significação

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secundária, exceto nos casos de solicitação predominantemente dinâmica, ligações de 3 membros,como mostrado na Fig. 17.12, podem ser utilizadas (vide, também, itens 2.2 e 4.10). A dimensãoexigida a é obtida também da tabela 17.1 ou por cálculos, conforme o item 17.3.

Juntas �T� fabricadas como uma ligação detrês membros sobre uma chapa base

Figura 17.12

17.2.5 - Soldas de Filete

17.2.5.1 - Em princípio, soldas filete devem ser previstas em ambos os lados. Exceções (por exemplo,no caso de vigas-caixão de esforço cisalhante principal na direção do cordão de solda) estão sujeitas aaprovação individual em cada caso. A espessura de solda de filete a (vide item 17.19) pode ser obtida databela 17.1 ou por cálculo conforme o item 17.3. Para detalhes de solda de filete de chapas sobrepostas,vide item 17.2.2.6; para ligações trincaniz-cintado, vide Seção 6, item 6.1.2 e, para ligações de borbole-tas, vide o item 17.3.2.7 e a Seção 2, item 2.4.2. As espessuras relativas de solda de filete dadas natabela 17.1 são válidas para aço comum de construção naval e de alta resistência. Em geral, elespodem ser aplicados para ligas de alumínio, contando que a resistência ao cisalhamento do material dasolda utilizado seja, pelo menos, igual à resistência de ruptura do metal-base. Quando este não for ocaso, a dimensão a deve ser acrescida, a menos que prova por cálculo for apresentada. O acréscimonecessário deve ser estabelecido durante a aprovação do processo. Isto também é aplicado para açosde alta resistência e outros metais não ferrosos.

17.2.5.2 - A espessura de solda-filete não deve exceder 0,7 x a espessura do componente mais fino a sersoldado (em geral, espessura da alma). A espessura mínima de solda-filete deve ser:

321

mintt

a+

= [mm], mas não menor que 3 mm.

t 1 = espessura mínima de chapa (por exemplo, espessura da alma), em [mm]t 2 = espessura máxima de chapa (por exemplo, espessura do flange), em [mm].

17.2.5.3 - A seção transversal de solda-filete a ser considerada apresenta soldas planas de lados iguais,fundidas ao metal base. Onde é exigida prova de resistência em serviço, dependendo do grau de entalhe,pode ser necessário um trabalho mecânico subsequente (usinagem do entalhe). A solda deve penetraraté o centro teórico da raiz.

17.2.5.4 - Quando processos de soldagem automáticos, que tenham um grau de penetração excedendoo centro teórico da raiz, são utilizados, operando sob condições mais regulares e controláveis, a grandeprofundidade de penetração pode ser levada em conta na aprovação das dimensões da solda de filete.

A fórmula ][3

).(2 min mmeaa deprofundida +=

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deve ser determinada para todo processo de soldagem que toma por base o detalhe da Fig. 17.13 e ovalor mínimo e deve ser fixado na aprovação do processo. A espessura mínima de solda-filete baseadano centro teórico da raiz, é um limite que deve ser observado em qualquer circunstância.

Soldas de filete de penetração profunda

Figura 17.13

17.2.5.5 - Quando for feita soldagem sobre �shop primers� particularmente susceptíveis à formação deporos, pode ser exigido um acréscimo de até 1mm na dimensão a, dependendo do processo de soldagemenvolvido. Isto é válido particularmente nos casos onde dimensões mínimas de solda de filete estãoenvolvidas. Todo caso onde for exigido um acréscimo em dimensões, será previsto individualmente,sendo o tipo e a magnitude da solicitação levados em consideração na avaliação dos efeitos dos ̀ shopprimers�. Esta regra se aplica analogamente aos processo de soldagem nos quais uma penetraçãoinsuficiente é provável ocorrer.

17.2.5.6 - Nas regiões de grandes esforços dinâmicos (por exemplo, na ligação de vigas transversais elongitudinais do jazente do motor às chapas-face na região dos parafusos de fixação), devem ser utiliza-das soldas-filete contínuas, reforçadas em ambos os lados, vide tabela 3 e Seção 7, 7.3.3.2.5 contantoque não sejam previstos cordões de soldas HV ou DHV (K) na região. A espessura de filete a na regiãodeve ser 0,7 x a espessura do componente mais fino.

17.2.5.7 - Solda-filete intermitente pode ser feita como solda em cadeia e, conforme o caso, com recor-tes ou em escalão (Fig. 17.14), conforme a tabela 17.1. Em áreas que contêm água, nos fundos detanques de óleo, assim como em outras àreas e espaços vazios sujeitos a corrosão (por exemplo,leme), somente devem ser utilizadas soldas-filete contínuas ou intermitentes em cadeia, com recorte.Onde grande concentração de tensão ocorre em áreas do chapeamento (por exemplo, em áreas dofundo à vante), nenhum recorte de solda (escalope) é permitido, e deve ser utilizada solda contínua,principalmente onde a solicitação for de natureza dinâmica.A espessura das soldas de filete intermitentes �au� deve ser estabelecida conforme a seguinte fórmulaou calculada conforme o item 17.3.2.5, em relação à razão de espaçamento b/m selecionada:

au = (1,1. a . b) / m [mm]

a = espessura de solda de filete exigida, em (mm), para soldagem de filete contínua, conforme tabela17.1 ou calculado conforme 17.3.2.4

b = espaçamentob = e + m , no caso de solda em cadeia com e sem recorteb = 2. (e + l) , no caso de solda intermitente em escalãom = comprimento da solda de filete.

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A razão de espaçamento b/m não deve exceder 4. O intervalo máximo não soldado (b-m , no caso desolda em cadeia, com ou sem recorte, ou (b-2.m)/2 , no caso de solda em escalão), não deve exceder25 vezes a espessura mínima do elemento a ser soldado.

Soldagem intermitente: em cadeia com recortes, em cadeia e em escalão

Figura 17.14

17.2.5.8 - As extremidades de vigas e reforços devem ser soldadas ao chapeamento e, conforme o caso,ao flange, por meio de solda intermitente, como mostrado na Fig. 17.15, para um comprimento mínimoigual altura h da viga ou reforço. Na região de borboletas, os escalopes só serão permitidos na linha deprolongamento da borda-livre da borboleta. Extremidades livres de reforços devem ser ligados, ondepossível, à chapas de interseção, vaus ou almas de perfis, para evitar esforços puntiformes na chapa.Caso contrário, os perfís devem ser chanfrados e soldados continuamente em um comprimento mínimode 1,7. h. Soldas de topo em flanges devem ter o flange soldado à alma por um comprimento mínimoigual à largura do flange, para ambos os lados da ligação.

Soldas intermitentes nas extremidades de vigas e reforços

Figura 17.15

17.2.5.9 - Sobreposição de ligações de solda de filete deve ser evitada, sempre que possível, e não épermitida quando envolvidos elementos estruturais sujeitos a grandes solicitações. Quando elementosestruturais sujeitos a baixas solicitações estão envolvidos (mas não em tanques para líquidos e gasesinflamáveis), pode ser dada aprovação para ligações sobrepostas, se elas correm paralelas à direçãoprincipal da solicitação. A largura das ligações sobrepostas deve ser 1,5.t+15 mm (onde t = espessurada chapa mais fina). Se os cálculos não indicarem outros valores, o valor a da espessura da solda filetedeve equivaler a 0,4 vezes a espessura da chapa mais fina, mas não será menor que a espessuramínima de solda de filete indicada no item 17.2.5.2. Soldas de filete devem ser contínuas em ambos oslados e fechadas em seu contorno.

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17.2.5.10 - No caso de soldas-bujão, as aberturas oblongas devem ser orientadas preferivelmente nadireção da solicitação principal. As distâncias entre aberturas e o comprimento das mesmas podem serestabelecidas analogamente a 17.2.5.7, correspondendo ao espaçamento b e comprimento de solda defilete m, em caso de soldas intermitentes, assim como a espessura de solda de filete au. As aberturasdevem equivaler a, pelo menos, 2 vezes a espessura da chapa, e as extremidades das aberturas devemser arredondadas. Chapas-esbarro ou perfis devem ter, pelo menos, a espessura das chapas sobrepos-tas e devem estender-se sobre ambos os lados de 1,5 x a espessura da chapa, mas não mais que 20mm. Onde possível, deve ser feita somente a solda de filete essencial, e os espaços remanescentesdevem ser preenchidos com um composto para enchimento adequado. Soldas de bujão positivo (�lugjoint welding�) não são permitidas.

17.2.6 - Ligações Soldadas de Componentes Estruturais Individuais

17.2.6.1 - Ligações soldadas entre as extremidades de seções e chapas (por exemplo, nas extremida-des de cavernas) podem ser efetuadas no mesmo plano ou ser sobrepostas. Se nenhum cálculo espe-cífico é exigido (vide 17.3.2.6), as ligações podem ser feitas conforme a Fig. 17.16.

d ≥ 1,75.h d ≥ h d ≥ 1,5.h d ≥ 1,5.hm2 ≥ 0,67.h m1 ≥ 0,75.h m1 ≥ 0,5.h

m2 ≥ 0,33.h m2 ≥ 0,5.h

Ligações soldadas entre extremidades de perfís e chapas

Figura 17.16

Onde as ligações estão no plano da chapa, é vantajoso utilizar um cordão HV, com solda filete. No casode ligações sobrepostas entre as extremidades de perfis e chapas, a solda de filete deve ser contínua emambos os lados e fechadas em seu contorno. A dimensão �a� exigida deve ser calculada conforme17.3.2.6. O limite mínimo da espessura de solda-filete não deve ser menor que o calculado conforme17.2.5.2.

17.2.6.2 - Bossos e Braços de pés-de-galinha não fundidos como uma única peça, devem ser fundidoscom barras-face para soldagem, conforme 17.2.2.3, e soldados conforme Fig. 17.17. Não é permitidasoldagem nos braços de pés-de-galinha com um só braço na região do chapeamento do casco. Barras-face para soldagem, forjadas ou fundidas, devem ser previstas.

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Pés-de-galinha sem e com barras-face fundidas para soldagem

Figura 17.17

17.2.6.3 - Se não forem utilizadas barras-face de aço com flanges para soldagem, as barras-face deacoplamento horizontais de lemes devem ser ligadas ao corpo do leme por meio de chapas de espessu-ra decrescente, como mostrado na Fig. 17.18. Em caso de dúvida, a prova da ligação deve ser subme-tida por meio de cálculos. Deve ser levada em conta a capacidade reduzida de flanges para suportaresforços de acoplamento na direção da espessura. No caso de lemes suspensos com espessura debarra-face de acoplamento excedendo 60 mm, só podem ser utilizadas barras-face com flanges parasoldagem forjados ou fundidos.

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Barras-face horizontais de acoplamento de lemes

Figura 17.18

t = espessura da chapa conf. Seção 13, item 13.5.3.1, em [mm]

mmdparammdt

mmdparammdt

50][3'

50][53'

≥⋅=

<+=

17.3 - CÁLCULOS

17.3.1 - Análise Geral de Tensões em Soldas-Filete

17.3.1.1 - Definição de Tensões

Para fins de cálculo, são definidas as seguintes tensões em uma solda-filete (vide, também, Fig. 17.19):

σ = tensão normal atuando verticalmente à superfície calculada do cordão de solda a . mτ = tensão de cisalhamento no plano da superfície calculada do cordão de solda atuando vertical-

mente à direção do cordão de soldaτη = tensão de cisalhamento no plano da superfície calculada do �cordão de solda e atuando parale-

lamente à direção do cordão de solda.

Por razões de equilíbrio σ = τ para o flanco de solda mostrado, verticalmente à superfície do cordão desolda (hachurado, na Figura 17.19). Entretanto, a tensão normal, sozinha, nunca deve exceder τadm,conforme o item 17.2.1.8.

17.3.1.2 - Tensão Equivalente

Onde tensões orientadas diferentemente ou tensões normal e de cisalhamento estão agindo simultane-amente em um cordão de solda, a tensão equivalente deve ser calculada pela seguinte fórmula:

222 .2 xyyyxxV τσσσσσ ++⋅−=

σx = tensão normal na direção xσy = tensão normal na direção yτxy = tensão de cisalhamento no plano x - y.

Quando aplicada às condições mostradas na Fig. 17.19, a fórmula para tensão equivalente deve ser:

).(2 222ηττσσ ++=V

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Figura 17.19

17.3.2 - Determinação das Tensões

17.3.2.1 - Soldas-Filete Solicitadas por Forças Normal e Cortante

Soldas de flanco e frontal são consideradas como sendo iguais para fins de análise de tensão. Em vistadisto, tensões normal e de cisalhamento são calculadas como segue:

)( ηητσ

maP⋅Σ

==

aη = espessura da solda de filetemη = comprimento da solda de filete

Para uma junta, conforme Fig. 17.20, resulta:

21

1221

2

1

2

22

2211

1

)]/()/[(2

]/[)1(

]/[10).(2

aamamaeA

mmNAPP

mmNmama

P

++⋅⋅

=

+⋅⋅=

⋅⋅+⋅=

στ

σ

η

Figura 17.20

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Tensões nas soldas filete de flanco:

]/[)1(

]/[10).(2

2

1

2

2

1

22

2211

2

mmNPPA

PP

mmNmama

P

⋅+⋅⋅=

⋅⋅+⋅=

στ

σ

η

P , P im [N]

P1 , P2 em [N]a1 , m1 , a2 , m2 em [cm]

Tensões equivalentes:

a) Solda filete frontal

( ) ]/[121 222

1

2 mmNAPP

V +⋅

⋅+⋅= σσ

b) Solda-filete de flanco

]/[121 22

1

22

2

1 mmNPPA

PP

V

+⋅

⋅+⋅= σσ

a1 = a2 = a, sendo o maior dos seguintes valores tomado como espessura exigida para solda-filete:

][10)(2

)1(21

][10)(2

)1(21

221

2

1

22

2

12

221

22

1

21

cmmm

PP

APPP

a

oucmmm

APPP

a

Vzulexig

Vzulexig

⋅+⋅⋅

⋅+⋅

⋅+⋅

=

⋅+⋅⋅

+⋅

⋅+⋅

=

σ

σ

Figura 17.21

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Para uma ligação, como mostrado na Fig. 17.21, resulta:

]/[102

]/[10

3102

22

1

222

12

2

mmNam

P

mmNam

ePam

PMAX

⋅⋅⋅=

⋅⋅⋅⋅

+⋅⋅⋅

=

ητ

σ

Tensão equivalente: ]/[.102

22

2 mmNuam

Pv

⋅⋅⋅=σ

A espessura da solda-filete exigida é:

2

2

12

2

1

22

261

][102

⋅+

⋅⋅+=

⋅⋅⋅⋅

=

PP

PmePu

cmumPa

Vadmexig σ

17.3.2.2 - Ligações de Solda-Filete Solicitadas por Momentos Fletores e Forças Cortantes

As tensões no engastamento de uma viga (na Fig. 17.22, um vão �cantilever� é dado como exemplo), sãocalculadas como segue:

a) Tensão normal devida à flexão:

ouoS

MAX

ouuS

MAXS

z

eesemmNeJM

eesemmNeJMmmNz

JM

<⋅=

>⋅=⋅=

]/[

]/[;]/[

2

22)(

σ

σσ

b) Tensão de cisalhamento devida à força cortante:

]/[102

]/[10

)(

22

22)(

mmNaJ

SQ

mmNaJ

zSQ

S

SMAXMAX

S

Sz

⋅⋅⋅⋅

=

Σ⋅⋅⋅

=

τ

τ

M = momento fletor no local da ligação soldada, em [N.m]Q = esforço cortante no local da ligação soldada, em [N]JS = momento de inércia da ligação soldada em relação ao eixo x, em [cm4]SS (z) = momento estático da seção de solda sob consideração, em [cm3]z = distância do eixo neutro, em [cm]a = espessura da solda filete, em [cm]

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Figura 17.22

c) Tensão equivalente

σMAX na região da barra-face, τMAX na região do eixo neutro e tensão equivalente σV não devem exceder oslimites permitidos dados em 17.3.2.8, em nenhum ponto. A tensão equivalente σV deve ser calculada naligação alma-barra face.

tensão equivalente: 22 2 τσσ ⋅+=V

17.3.2.3 - Ligações de Solda-Filete Solicitadas por Momentos Fletor e Torsor e Forças Cortantes

Para tensões normal e de cisalhamento resultantes da flexão, vide item 17.3.2.2. A tensão de torsãoresultante do momento torsor MT deve ser calculada como segue:

]/[ 2mmN

aJ

M

MAXd

TT =τ

MT = momento torsor, em [N.m]Jd = momento torsor de inércia da ligação A3

][31 43 cmbaJ nnnd η⋅⋅Σ⋅=

aMAX = espessura máxima da solda-filete, em [cm]η = fator de seção transversal, conforme a seguinte tabela:

A tensão equivalente composta dos três componentes (flexão, cisalhamento e torsão) deve ser calcula-da pela seguinte fórmula:

direçãomesmaapossuemouondemmN

direçãomesmaapossuemnãoouondemmN

TTV

TTV

ττττσσ

ττττσσ

]/[).(2

]/[).(2222

2222

++=

++=

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17.3.2.4 - Ligações Contínuas de Solda-Filete entre a Alma e Barra-Face de Vigas Sujeitas àFlexão.

A prova de tensões deve ser feita na região das forças cortantes máximas. Tensões longitudinais nor-mais não necessitam ser levadas em consideração. Para ligações duplas de solda filete contínuas, atensão de cisalhamento deve ser calculada como segue:

]/[102

22 mmN

JaSQ

⋅⋅⋅⋅

Q = força cortante no ponto sob consideração, em [N]S = momento estático da área seccional transversal do flange (ligado por solda à alma) em relação

ao eixo neutro da viga, em [cm3]J = momento de inércia da seção da viga, em [cm4]

a = espessura da solda-filete, em [cm] ; a deve ser: cmJSQa

adm[

102 2 τ⋅⋅⋅⋅=

17.3.2.5 - Ligações de Solda Filete Intermitente entre a Alma e Barras-Face de Vigas Sujeitas àFlexão

Figura 17.23

Tensão de cisalhamento (ver Figura 17.23)

]/[102

22 mmN

mb

JaSQ

⋅⋅⋅⋅

⋅⋅=

ατ

m = comprimento da solda-fileteb = distância entre os centros dos cordões de soldaα = 1,1 : fator de concentração de tensão que leva em conta o acréscimo em tensão de cisalhamento

nas extremidades do cordão m da solda-filete

A espessura de solda-filete deve ser:

][102

1,1 2 cmmb

JSQa

adm⋅

⋅⋅⋅⋅⋅=

τ

17.3.2.6 - Ligações por Solda-Filete em Perfis Sobrepostos

a) Perfis ligados por duas soldas-filete de flanco (vide Figura 17.24):

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Figura 17.24

Tensão de cisalhamento:

]/[102

]/[)(

2

22

2

21

mmNda

Q

mmNmmda

M

⋅⋅⋅=

+⋅⋅⋅=

τ

τη

A tensão equivalente é:

]/[102

22(2 22

2

2

21

22 mmNQmm

MdaV

⋅+

+⋅⋅

⋅=+⋅= ττσ η

M = momento fletor a ser transmitido, em [N.m]Q = força cortante a ser transmitida, em [N]d, m1 ,m2 em [cm]: vide Figura 17.24a = espessura da solda-filete, em [cm]

Como a influência da força cortante pode geralmente ser desprezada, a espessura de solda fica definidacomo:

][)(

22,][)(

222121

cmmmd

Waparaoucmmmd

MaVadm

exig +⋅⋅

=⋅+⋅

⋅=

σ

W = módulo de seção do perfil, em [cm3]

b) Perfis ligados por meio de duas soldas-filete de flanco e duas soldas-filete frontais (soldagem em todoo contorno como mostrado na Fig. 17.25):

]/[)2(10

]/[2

2

12

2

mmNmmda

Q

mmNaF

M

T

++⋅⋅⋅=

⋅⋅⋅=

τ

τη

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Figura 17.25

Ft = centro da área retangular envolvida pela solda, em [cm2]

]/[210

]/[)(

2,;

2)(

2

212

2

21

2121

mmN

dmm

da

Q

mmNmmda

M

mmdFentãodasea

mmadF tt

+

+⋅⋅⋅+

+⋅⋅=

+⋅=<−

+⋅−=

τ

τ η

A tensão equivalente é:

]/[102

2(2 2

2

221

2

21

22 mmN

dmm

Qmm

MdaV

+

++

+

⋅⋅

=+⋅= ττσ η

Como a influência da força cortante pode geralmente ser desprezada, a espessura de solda filete ficadefinida por:

][)(

2,][)(

22121

cmmmd

Waparaoucmmmd

MaVadm

exig +⋅⋅

=⋅+⋅

⋅=

σ

d, m1 , m2 em [cm], conforme Fig. 17.25.

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17.3.2.7 - Ligações com Borboletas

Ligação por borboleta com a distribuição da tensão resultantedo momento M e da força cortante Q

Figura 17.26

Onde perfis são ligados por borboletas, conforme Fig. 17.26, a tensão de cisalhamento média é:

]/[4

3 22 mmN

daM⋅⋅

⋅=τ

M = momento de engastamento, em [N.m]a = espessura da solda filete, em [cm]d = comprimento da superposição, em [cm]

A espessura exigida da solda-filete deve ser calculada à partir do módulo de seção do perfil, como segue:

aexig= 1,1.W / d 2 [cm]

W = módulo de seção do perfil, em [cm3]

17.3.2.8 - Tensões Admissíveis

As tensões admissíveis para vários materiais sob condições de solicitação, principalmente estáticas,são dadas na tabela abaixo. Os valores listados para aços de alta tensão e ligas de alumínio, sãobaseados em que os valores de resistência do metal da solda utilizado são, pelo menos, tão altos quantoos do metal-base. Se este não for o caso, o valor a calculado deve ser aumentado (vide, também, item17.2.5.1).

Limite de escoamento Tensões admissíveis [N/mm 2]

Material ou 0,2% do limite Tensão Tensão de[N/mm2] equivalente σσσσσVp de cisilhamento τττττVp

aço naval comum NF 24 (1) 235 160 110

aço navais de alta HF 32 315 205 145

resistência HF 36 (2) 355 225 160

aço de alta St E 47 460 - 430 (3) 285 200

resistência St E 70 685 410 290

ligas de Al Mg (3) 80 50 35

alumínio Al Mg 4,5 Mn 125 80 50

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Observações:(1) Válido, também, para aço estrutural grau St 37, conforme DIN 17100(2) Válido, também, para aço estrutural grau St 52-3, conforme DIN 17100(3) Em relação à espessura.

17.3.3 - Prova de Resistência em Serviço

17.3.3.1 - Generalidades

No caso de ligações de solda que estejam sujeitas, principalmente, à solicitação dinâmica, a tensãoadmissível deve ser determinada conforme a faixa de ciclo de tensão, do espectro de tensão, razão dolimite de tensão e grau de entalhe. A forma geométrica da ligação de solda é caracterizada pelo grau deentalhe. A graduação também é associada à incidência de entalhes internos significantes (falhas desoldagem).

17.3.3.2 - Faixa de Ciclos de Falha, Espectro de Tensão e Razão do Limite de Tensão

As séries de ciclo de falha N 1 a N 3, que dependem do número de ciclos de tensão, foram estabelecidascomo segue:

Faixa de ciclo de falha No. de ciclos de tensão

N 1 > 2 . 10 4

≤ 2 . 10 5

N 2 > 2 . 10 5

≤ 2 . 10 6

N 3 > 2 . 10 6

Três espectros de tensão padronizados, A, B, e C, são definidos como indicativos da frequência em queum nível definido de tensão superior é alcançado ou excedido (vide Fig. 17.27).

A: espectro de linha reta, nível de tensão superior mínimo aproxima-se da tensão média constante σm(espectro de tensão típico de carregamento no mar)

B: espectro parabólico (distribuição normal)C: espectro retangular, tensão superior máxima permanece constante ao longo de toda a faixa.

O espectro de linha reta deve ser geralmente utilizado com a faixa de ciclos de falha N3.

O espectro de tensão que pode ser previsto sob condições operacionais, pode ser grosseiramenteclassificado dentro dos três espectros de tensão padronizados A, B, e C.

Figura 17.27

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σn = tensão superior alcançada ou excedida �n� vezesσoMAX = tensão superior máxima (tensão limite) da faixa de tensãoσuMAX = tensão negativa máxima (tensão limite) da faixa de tensãoσm = 0,5.(σoMAX+ σuMAX) = tensão média constante

A razão de tensão-limite χ é a razão dos valores absolutos da menor tensão-limite para a maior tensão-limite. Conforme Fig. 17.28, a razão da tensão-limite χ resulta, por exemplo:

oMAX

uMAX

oMAX

uMAX ouσσ

χττ

χ ==

A razão de tensão-limite c é negativa na faixa de tensão alternada, e positiva na faixa de ondulação.

17.3.3.3 - Grupos de Tensão

A fim de estabelecer as tensões admissíveis básicas, σONF , σOHF , relacionadas à razão-limite de tensãoχ = - 1, foram estabelecidos os seguintes grupos de tensão B 1 a B 6:

Espectro de Série de ciclo de tensão

tensão N 1 N 2 N 3

A B 1 B 2 B 3

B B 2 B 3 B 4

C B 4 B 5 B 6

Figura 17.28

17.3.3.4 - Tensões Admissíveis para Aços Estruturais

a) A tensão admissível básica τOHF (tensão admissível equivalente ou normal) para aço naval comum (açoNF), em relação aos graus de entalhe KO - K4, pode ser obtida da seguinte tabela:

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Grau de entalhe KO K1 K2 K3 K4Grupo de tensão Tensão admissível básica [N/mm2]

para χ χ χ χ χ = - 1B 1 160 160 160 160 150B 2 160 160 160 150 100B 3 160 160 150 120 75B 4 150 140 120 90 55B 5 120 105 90 65 40B 6 85 75 65 45 30

b) Tensões admissíveis básicas para aços navais de alta resistência podem ser calculadas pela seguintefórmula:

σσσσσOHF = σσσσσONF . (1+ c2 . y)

y = 0,28, para HF 32y = 0,40, para HF 36c = fator extraído da seguinte tabela:

Grau de entalhe c

KO 1,0

K1 0,8

K2 0,6

K3 0,4

K4 0,2

c) Para razões de tensões-limite diferentes de χ =-1, as tensões admissíveis podem ser obtidas daseguinte tabela.

Razão de tensão limite Tensão média (1) Tensão admissível σVp

Faixa de tensão alternativa tensão σo . 5/ (3 - 2 . χ )

1- < χ < 0 compressão σo . 2/ (1 - χ )

faixa de ondulação tensão σo . 5 / {3 - χ.[ 3 � (7.σo / σz )]}

0 < χ < + 1 compressão σo . 2?/ {1- χ.[1 � (2.σo / σz )]}

Observação: (1) Tensão média σσσσσm?. 0,5 . (σσσσσoMAX + σσσσσ uMAX)

σ ONF ou σ OHF deve ser utilizado ao invés de σ o .

A tensão admissível σσσσσVp não deve exceder o valor máximo da tensão admissível básica σσσσσONF ou σσσσσOHF,conforme os itens 17.3.3.4.a e 17.3.3.4.b, nos casos onde a razão de tensão-limite é diferente de χ = -1.

σz = tensão de ruptura como segue:

σz = 400 N/mm2, para aço naval comum NF 24σz = 440 N/mm2, para aço naval de alta resistência HF 32σz = 490 N/mm2, para aço naval de alta resistência HF 36.

TOMO II - LIGAÇÕES SOLDADAS ......................... SEÇÃO 17

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d) A tensão de cisalhamento admissível deve ser determinada conforme a seguinte fórmula:

τττττp = σσσσσVp / (2)1/2

17.3.3.5 - Ligações Soldadas - Grau de Entalhe

Nas tabelas das páginas finais desta Seção, as ligações soldadas são listadas conforme suas caracte-rísticas de efeito de entalhe, e são fornecidos os projetos de solda envolvidos e os métodos de testesutilizados. Os graus de entalhe nos quais é baseada a prova de resistência à fadiga, significam:

Grau de entalhe KO = efeito baixo de entalheGrau de entalhe K1 = efeito moderado de entalheGrau de entalhe K2 = efeito médio de entalheGrau de entalhe K3 = efeito intenso de entalheGrau de entalhe K4 = efeito muito intenso de entalhe

Nenhuma representação é dada de um grau de entalhe W = sem efeito de entalhe no metal-base nãoinfluenciado. Bordas expostas, cortadas a maçarico, devem estar livres de entalhes e as bordas devemser esmerilhadas levemente. Os tipos de ligações não listados analogamente e, neste caso, cordões HYe DHY em soldas de aço, devem ser tratados como soldas filete.

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Tabela 17.1

Ligações por solda de filete

Componentes estruturais a serem soldados Garganta (1) A (2) B (2) C (2)

1- Barra quilha e roda de proa ao casco 0,702- Roda de proa de chapa a reforços centrais e achapas diafragma 0,24 x x3- Chapeamento do leme a reforços do leme 0,24 x x4- Estrutura do fundo, no caso de cavernamento transversal *

Hastilhas a chapa quilha 0,30a longarina central 0,15 xa chapeamento do casco ou do teto do fundo duplo 0,15 xidem, para a região reforçada do fundo a vante ouno pique de ré 0,30idem, para jazente do motor 0,35ao invólucro do tubo telescópico 0,15a barras face 0,15 x x xidem, em praça de máquinas e sob caldeiras 0,20 xa longarinas laterais 0,15 xa chapa marginal ou a chapa do bojo 0,40a reforços 0,12 x xidem, no pique de ré 0,30 x

Longarina central a chapa quilha ou a barra quilha 0,40a barras de face 0,12 xao chapeamento do teto do fundo duplo 0,35 x

Longarina lateral ao chapeamento do casco oudo teto do fundo duplo 0,15

idem, na região do jazente do motor 0,30a barras de face 0,12 x

Hastilhas abertasCavernas de fundo ao chapeamento do casco edo teto do fundo duplo 0,12 xBorboletas a longarina central e chapa marginal 0,30 x

a cavernas de fundo e cavernas do teto do fundo duplo 0,15 xChapa marginal a chapeamento do casco e teto do fundo duplo 0,40Teto do fundo duplo ao chapeamento do casco 0,40Borboleta do bojo ao chapeamento do casco e chapa marginal 0,30 x

5- Estrutura do fundo, no caso de cavernamento longitudinalHastilhas a longarina central 0,30 x

a chapa marginal ou a chapa do bojo 0,30 xa chapeamento do casco ou do teto do fundo duplo 0,15 xidem, para o comprimento, nos extremos, de 15% do vão livre 0,25 (*) xidem, na região do fundo reforçada a vante 0,30

6- Jazente do motor de propulsãoVigas longitudinais e transversais, uma com a outra,assim como ao chapeamento do casco, do teto do fundoduplo e as barras de face 0,40

a chapas base (3) 0,50idem, ao lado dos parafusos de fixação (3) 0,70a borboletas e reforços 0,30

Vigas longitudinais do mancal de escora ao teto do fundo duplo 0,407- Cavernas

Cavernas transversais ao chapeamento do casco 0,12 x x xidem, na região de 0,15.L da proa 0,15 xidem, no pique de ré 0,30 x

Longitudinais ao chapeamento do casco e ao teto do fundo duplo 0,15 x xCavernas e longitudinais gigantes ao chapeamento do cascoe a barras face x x

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Componentes estruturais a serem soldados Garganta (1) A (2) B (2) C (2)

idem, em ligação a �cantilevers� � devem ser tratadascomo �cantilevers� x x

Convés intermediário e cavernas de superestrutura aochapeamento do casco 0,12 x x x

idem, em tanques de óleo e água 0,15 x8- Reforços do fundo à vante

Longitudinais e vigas longitudinais ao chapeamento do casco 0,309- Caixas de mar, no lado da água 0,50

idem, no lado oposto 0,3010- Bolina ao chapeamento do casco 0,12 x x11- Conveses

Trincaniz ao cintado (convés resistente) 0,40Outros conveses ao chapeamento do casco 0,30Braçolas de casarias, divisões e ventiladores de conveses 0,40

12- Vaus e longitudinais de convésVaus a conveses 0,12 x x x

a conveses de tanques 0,15 xLongitudinais de conveses a chapa dos conveses 0,15 x x xVau gigante a chapa do convés (caso este possuacavernamento longitudinal) 0,15 x x

idem, para os comprimentos das extremidadesiguais a 0,15 x vão livre 0,25a barras face 0,15 x x

13- Sicordas e sicordas de escotilhaA conveses e barras face, no comprimento de 0,15 x vão livre,próximo a suportes (anteparas, pilares, etc.) 0,25A conveses e barras face, nas partes restantes 0,15 x x

14- Pilares a conveses, no topo e na base 0,4015- Cantilevers ao chapeamento do casco, conveses e barras face 0,35

nas extremidades de cantilevers a sicordas ou braçolas 0,50a reforços 0,12 x x

16- Anteparas suporteChapeamento ao teto do fundo duplo, de anteparas e de conveses 0,25

a prumos 0,12 x x17- Superestruturas e casarias

Anteparas extremas e laterais a chapeamento do casco ede conveses (parte inferior) 0,35

a chapeamento de conveses (parte superior) 0,25a prumos 0,12 x x x

18- Anteparas estanques e anteparas de tanquesChapeamento a chapeamento do casco, do teto do fundoduplo, do convés e de anteparas 0,40Prumos de antepara a chapeamento de antepara 0,12 x x x

a chapeameno em 0,15 do vão dos prumos, nasextremidades sem borboleta 0,18 x x

Vigas horizontais e verticais nas anteparas: ver elementosde suporte primário dos tanquesAntepara diafragma ao chapeamento adjacente 0,40 x

a prumos 0,12 xa prumos, no pique de ré 0,30 x

19- Aberturas e tampas de escotilhaBraçolas ao convés 0,40

idem, nos cantos das aberturas 0,50a reforços longitudinais 0,30a reforços verticais e a borboletas 0,12 x x xa perfis da braçola e barras face 0,30a barras face nas extremidades e a chapas diamante 0,50

Almas dos vaus de abertura de escotilha a barras face 0,12 x x x

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Componentes estruturais a serem soldados Garganta (1) A (2) B (2) C (2)

idem, nas extremidades de alma + 100 mm de solda 0,25a reforços 0,12 x x

Barras face sobre flanges superiores 0,12 x xReforços das tampas de escotilha ao chapeamento e barras face 0,12 x x x

idem, a 0,15 do vão dos reforços, nas extremidades 0,18 x xTampas de escotilha, soldas de filete estanques a água e a óleo 0,30

idem, solda de filete estanque ao tempo, lado exposto ao tempo 0,30idem, lado interior 0,15 x

20- Elementos de suporte primário de tanques(vigas centrais e laterais de fundo e de convés, gigantes de fundo,de costado, de antepara e de convés, escoas)

Almas de vigas ao chapeamento do casco, de anteparase de conveses 0,18 x

idem, em 0,15 do vão da viga nas extremidades 0,30a vigas interceptadas 0,30a barras de face 0,12 xidem, em 0,15 do vão da viga nas extremidade 0,18 xa reforços 0,12 x

Observações:(1) Garganta básica de soldas de filete a/t o para soldas de filete duplas contínuas(2) Tipo A = solda intermitente em cadeia

Tipo B = solda intermitente com recortesTipo C = solda intermitente em escalão

Para soldas intermitentes em espaços úmidos e em fundos de tanques de óleo, observar o item 17.2.5.7(3) Para chapas de grande espessura devem ser usadas juntas de topo com chanfro simples ou juntas

de topo com chanfro duplo(*) a/t o = 0,30 onde o espaçamento de hastilhas exceder três vezes o espaçamento de cavernas trans-

versais.

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SEÇÃO 18

EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

18.1 - GENERALIDADES

18.1.1 - Exigências aos Estaleiros e Oficinas

18.1.1.1 - Estaleiros e oficinas devem ter instalações e equipamentos adequados que possibilitem omanuseio apropriado de materiais dos processos de fabricação dos diferentes componentes estruturais,etc. O BC se reserva o direito de examinar as respectivas instalações e equipamentos ou exigir modifi-cações ou restringir o nível da fabricação ao potencial disponível.

18.1.1.2 - Estaleiros e oficinas devem ter à sua disposição pessoal com qualificação suficiente. Devemser informados ao BC os nomes e áreas de responsabilidade de todo o pessoal da fiscalização interna ede controle de qualidade. O BC se reserva o direito de requerer provas de qualificação.

18.1.2 - Controle de Qualidade

18.1.2.1 - Controle de Qualidade no Estaleiro

Todos os componentes e elementos estruturais devem ser acompanhados durante a construção até asua conclusão pelo pessoal do controle de qualidade para verificar que a execução dos trabalhos, odimensionamento, etc., é satisfatório e dentro dos padrões de prática em construção naval.

18.1.2.2 - Após os controles internos e eventuais correções, os componentes e elementos estruturaisdevem ser apresentados ao inspetor do BC para as vistorias. As peças devem ser apresentadas emseções adequadas e acessíveis, normalmente sem pintura.

18.1.2.3 - O inspetor pode rejeitar componentes e partes que forem inadequadamente inspecionadaspelo controle de qualidade e pedir a sua reapresentação após controle interno melhor e/ou após asdevidas correções.

18.2 - DETALHES ESTRUTURAIS

18.2.1 - Especificações para a Fabricação

18.2.1.1 - Todos os detalhes significativos concernentes à qualidade e funcionalidade dos componentesem questão devem constar nas especificações de fabricação (desenhos de construção, etc.). Isto, in-clui, além dos escantilhões - onde relevante - itens, por exemplo, tolerâncias permissíveis, acabamentosde superfície e métodos especiais de fabricação envolvidos, bem como requisitos de testes e exigênci-as. Para detalhes de juntas e conexões, vide Seção 18, item 18.1.1.

18.2.1.2 - Se, devido à falta ou insuficiência de detalhes nas especificações, a qualidade ou funcionalida-de do componente não pode ser garantida ou é duvidosa, o BC pode requerer melhoramentos apropria-dos. Isto, inclui o fornecimento de peças adicionais (por exemplo, reforços) mesmo que estas nãotenham sido exigidas na aprovação de desenhos ou se - como resultado de detalhamento insuficientenos desenhos - as exigências não podiam ser feitas.

18.2.2 - Recortes e Bordas de Chapas

18.2.2.1 - Aberturas, penetrações e outros recortes nos elementos estruturais principais (chapeamento

TOMO II - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ............. SEÇÃO 18

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externo, conveses, vigas longitudinais do flange inferior ou superior, etc.), devem ser arredondados porraios suficientemente grandes (vide, também, Seção 6, item 6.1.3).

18.2.2.2 - As bordas expostas de recortes, cantos de escotilhas, etc., devem ser preparadas apropriamentee estar isentas de entalhes. Cortes de maçarico irregulares não devem ser igualados com solda. Even-tuais entalhes devem ser normalmente esmerilhados. Os cantos de recortes não devem ter cantos vivos;em regiões altamente tensionadas, cantos e bordas devem ser arredondados.

18.2.2.3 - Bordas cortadas a maçarico ou a tesoura não devem ter cantos vivos, e devem ser acabadasconforme 18.2.2.2; entalhes por recortes irregulares devem ser esmerilhados. Particularmente, a bordasuperior da fiada do cintado e, analogamente, juntas soldadas, mudanças de áreas seccionais ou outrasdescontinuidades, devem ser acabadas cuidadosamente.

18.2.3 - Deformação a Frio

18.2.3.1 - Para deformação a frio (dobramento, flangeamento, repuxamento) de chapas, o raio médio dacurvatura não deve ser normalmente inferior a 3 x t (t = espessura da chapa), mas, pelo menos, 2 x t.Com relação à soldagem em regiões formadas a frio, vide Seção 18, item 18.2.2.8.

18.2.3.2 - Ao rebaixar chapas e perfis, a altura do ressalto não deve ser menor que 4 x a espessura dachapa ou da alma, e o raio de dobramento não menor que 2 x a espessura da chapa ou da alma.

18.2.3.3 - Para evitar trincas, rebarbas de corte à maçarico ou à tesoura, devem ser removidas antes dadeformação à frio. Depois da deformação à frio, todos os componentes estruturais e, em particular, asextremidades de dobras (bordas de chapas) devem ser examinadas quanto a trincas. Exceto em casosonde trincas nas bordas são desprezíveis, todos os componentes trincados devem ser rejeitados. Nãoé admissível reparo por solda.

18.2.4 - Montagem e Alinhamento

18.2.4.1 - A utilização de força excessiva deve ser evitada durante a montagem de componentes estru-turais individuais ou de seções. Tanto quanto possível, grandes distorções de componentes estruturaisdevem ser corrigidas antes de prosseguir a montagem.

18.2.4.2 - Vigas, vaus, reforços, cavernas, etc., que são interrompidos por anteparas, conveses, etc.,devem ser alinhados acuradamente. No caso de componentes críticos, devem ser feitos furos de contro-le, onde necessário, que devem ser fechados por solda, posteriormente.

18.2.4.3 - Caso necessitem ser realizados alinhamentos e desempenos a calor, após a soldagem, istodeve ser feito sem prejudicar as características dos materiais empregados. Em caso de dúvidas podemser pedidos testes de procedimento.

18.3 - PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO

18.3.1 - Generalidades

18.3.1.1 - Para reduções de espessura no caso do uso de um sistema eficaz de proteção contra corro-são, vide Seção 21, item 21.1.14. Detalhes referentes à proteção contra corrosão para tanques de cargaconstam da Seção 21, itens 21.1.10 e 21.111.

18.3.1.2 - Espaços ocos como aqueles em vigas-caixão, suportes de tubo, etc. permanentemente fecha-dos e estanques ao ar, conforme padrões da construção naval, não necessitam ser conservados interna-mente. Na montagem, esses espaços devem ser limpos e secos.

18.3.2 - Revestimentos

18.3.2.1 - Superfícies de chapas e perfis devem ser desenferrujados, limpos e secos, antes de seremaplicados revestimentos conforme as instruções dos fabricantes.

TOMO II - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ............. SEÇÃO 18

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18.3.2.2 - A Norma sueca SIS 055900 pode ser utilizada como guia na avaliação do grau de enferrujamentoe de qualidade. Onde não acertada uma outra preparação de superfícies, prevalece, no mínimo, o grau depreparação Sa 2-1/2.

18.3.2.3 - Revestimentos, inclusive as pinturas da base submersa do navio, não podem ser hidrolisáveisou saponificáveis.

18.3.3 - Proteção Catódica

18.3.3.1 - A proteção catódica pode ser ou pela utilização de anodos de sacrifício ou pela previsão deuma proteção de corrente impressa. Existem limitações, entre outras, para tanque de óleo de carga(vide Seção 21, item21.1.10.). Quanto a limitações para proteção por corrente impressa, vide Regraspara Instalação Elétrica.

18.3.3.2 - Uma sobreproteção devida a potencial muito baixo deve ser evitada. No caso de combinaçõescom proteção catódica, o revestimento não deve ser suscetível a carregamento catódico. A vizinhançaimediata ou direta dos anodos tem que ser protegida.

18.3.4 - Pilhas Galvânicas

18.3.4.1 - Onde materiais de potenciais diferentes são ligados juntos em uma solução eletrolítica como,por exemplo, água do mar, deve ser evitada a corrosão por contato.

18.3.4.2 - Além da seleção de combinações de materiais mais conveniente, a utilização de isolamentoadequado, um revestimento adequado e a utilização de proteção catódica são possíveis meios de evitarcorrosão de contato.

18.3.5 - Período de Acabamento no Cais

18.3.5.1 - Se o casco está carregado com correntes de dispersão durante o período de acabamento nocais, por exemplo, soldagem elétrica, anodos de sacrifício suficientemente dimensionados devem serpendurados ao redor do navio e ligados eletricamente ao casco.

18.3.5.2 - Correntes previstas, como aquelas causadas por fornecimento não apropriado de correntecontínua para o navio, para soldagem elétrica e iluminação auxiliar unipolar, devem ser eliminadas atra-vés da previsão de cabos de retorno de tamanho adequado, apropriadamente localizados.

TOMO II - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ............. SEÇÃO 18

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SEÇÃO 19

ACABAMENTO E INSTALAÇÃO

19.1 - ANTEPARAS ENTRE PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS

19.1.1 - Generalidades

19.1.1.1 - Praças de caldeiras devem, geralmente, ser separadas de praças de máquinas adjacentes poranteparas. A menos que essas anteparas sejam estanques à água ou anteparas de tanques, conformeas Seções 10 e 11, os escantilhões calculados de acordo com o item 19.1.2 são suficientes.

19.1.1.2 - Os bojos devem ser separados um do outro de tal modo que nenhum óleo possa passar dobojo da praça de caldeiras para o bojo da praça de máquinas. Aberturas em antepara devem ter portasarticuladas.

19.1.1.3 - Onde uma ligação estreita entre praça de máquinas e de caldeiras for vantajosa, com respeitoa supervisão e segurança, podem ser dispensadas anteparas completas quando as condições nasRegras de Construção para Máquinas.

19.1.2 - Escantilhões

19.1.2.1 - A espessura de portas estanque à água, de anteparas divisórias, não deve ser menor que 6,0mm. A espessura das partes restantes pode ser 5,0 mm.

19.1.2.2 - Plataformas e conveses abaixo das caldeiras devem ser estanques à água, com espessurade, pelo menos, 6,0 mm, e devem ser suficientemente suportadas.

19.1.2.3 - Devem ser colocados prumos espaçados de 900mm. O módulo de seção dos prumos nãodeve ser menor que:

W = 12 . m [cm 3]

m = vão sem apoio do prumo, em [m]

Onde o espaçamento dos prumos se desvia de 900 mm, o módulo de seção deve ser corrigido emproporção direta.

19.2 - FORRAÇÃO

19.2.1 - Cobros

19.2.1.1 - Nos porões de navios para carga seca devem ser colocados cobros (forração de madeira) debordo a bordo, com espessura de:

38 mm, em navios onde o comprimento do porão m� é menor que 20 metros50 mm, em navios onde m� é de 20 à 55 metros63 mm, em navios onde m� é maior que 55 metros

Para navios com fundo duplo vide, também, o item 19.2.1.5 e a Seção 7, item 7.2.5.

19.2.1.2 - Em fundos singelos e sobre os bojos, os cobros devem ser removíveis para manter o chapeamento

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do fundo sempre disponível à inspeção.

19.2.1.3 - Cobros sobre fundos duplos devem ser colocados sobre sarrafos de, no mínimo, 12,5 mm deespessura, deixando um espaço livre para drenagem da água ou vazamentos de óleo para os pocetos.Os cobros podem ser colocados diretamente no chapeamento do duplo fundo, se deitados em umamassa anticorrosiva e vedante.

19.2.1.4 - Recomenda-se colocar cobros duplos sob aberturas de escotilhas.

19.2.1.5 - Portas de visita devem ser protegidas por uma braçola de aço soldada ao redor das aberturasdotadas de tampas de madeira ou aço ou outro meio de proteção adequado.

19.2.2 - Sarretas e Sarretas em Anteparas Estanques

19.2.2.1 - Sarretas abertas nos costados de navios para carga seca podem ter espessura menor que ados cobros. As mesmas somente podem ser dispensadas com o consentimento do Armador. As sarretasdevem ser instaladas em porões a partir da borda superior do bojo ou do topo do duplo fundo, respectiva-mente, em cobertas à partir do convés até a borda inferior das borboletas dos vaus. O espaço livre entresarretas adjacentes não deve exceder 250 mm.

19.2.2.2 - Onde tanques são destinados para líquidos com temperatura de 40 oC e mais, seus limites

com porões de carga devem ser forrados. Em paredes verticais, sarretas abertas são suficientes, excetoem porões destinados a carregar granel. Essa forração pode ser dispensada com o consentimento doArmador.

19.3 - VIGIAS E JANELAS

19.3.1 - As vigias e janelas, incluindo seus vidros, no chapeamento externo e nas extremidades deanteparas, devem ser de resistência adequada. Normas como ISO, DIN ou outras para vigias e janelas,servem como orientação. Outros tipos devem ser aprovados.

19.3.2 - Abaixo do convés de borda-livre e em superestruturas fechadas no convés de borda-livre, devemser previstas vigias do tipo pesado ou meio-pesado. Em navios de tipo A e tipo B com borda-livre reduzi-da, vigias e janelas que imergem na condição avariada devem ser do tipo fixo.

19.3.3 - As bordas inferiores de vigias no chapeamento externo devem estar situadas acima de uma linhaparalela ao convés de borda-livre, cujo ponto mais baixo está localizado, pelo menos, 0,025.B ou 500mmacima da linha de calado máximo de verão ou de verão, para madeira.

19.3.4 - Vigias e janelas em casarias no convés de borda-livre devem ter tampas de combate permanen-tes, caso na casaria existam aberturas de acesso para espaços abaixo do convés de borda-livre,desprotegidas.

19.4 - EMBORNAIS, DESCARGAS SANITÁRIAS E SAÍDAS D�ÁGUA

19.4.1 - Embornais e Descargas Sanitárias

19.4.1.1 - Devem ser colocados embornais em número e tamanho suficientes para prover drenagemeficaz da água em convés exposto ao tempo e no convé de borda-livre dentro de superestruturas ecasarias fechadas, estanques ao tempo, para fora. Conveses de carga e conveses dentro de superestru-turas fechadas, devem ser drenados para pocetos de esgoto. Embornais de superestruturas e casariasque não são fechadas estanques ao tempo, também devem conduzir para fora.

19.4.1.2 - Embornais drenando espaços abaixo da linha de calado máximo de verão, devem estar ligadosa tubos protegidos que devem conduzir a pocetos de esgoto.

19.4.1.3 - Onde tubos de embornais são conduzidos para fora, a partir de espaços abaixo do convés deborda-livre e de superestruturas e casarias fechadas, estanques ao tempo, eles devem ser equipadoscom válvulas de retenção do tipo automático (válvulas de tempestade), capazes de serem operadas de

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uma posição sempre acessível, acima do convés de borda-livre. Devem ser previstos indicadores mos-trando se a válvula está aberta ou fechada na posição de controle.

19.4.1.4 - Onde a distância vertical da linha de calado máximo de verão à extremidade interna do tubo dedescarga excede 0,01.L, a descarga pode ter duas válvulas de retenção automáticas sem dispositivo defechamento, desde que a válvula interna esteja sempre acessível para exame, isto é, uma das válvulasdeve estar situada acima da linha de calado máximo tropical ou de compartimentagem.

19.4.1.5 - Onde a distância vertical mencionada em 19.4.1.4 excede 0,02.L, uma única válvula de reten-ção automática, sem dispositivo de fechamento, pode ser aceita. Esta vantagem prevalece para compar-timentos abaixo do convés da borda-livre em navios para os quais é requerido um cálculo de flutuabilidadepara a condição de avaria.

19.4.1.6 - Quando a extremidade exterior do tubo de descarga estiver a mais de 450mm abaixo doconvés da borda-livre ou menos que 600 mm acima da linha de calado máximo de verão, e a extremidadeinterior, dentro de um espaço acima do convés de borda-livre, será suficiente uma válvula automática deretenção, a menos que exigido de outra forma em 19.4.1.3. Esta válvula pode ser omitida se for instaladoum tubo de descarga de parede espessa.

19.4.1.7 - Exceto em praças de máquinas principais e auxiliares, desguarnecidas, entradas do mar edescargas relacionadas ao serviço das máquinas podem ser controladas localmente. Os controlesdevem ser prontamente acessíveis e devem estar dotados de indicadores mostrando se as válvulas estãoabertas ou fechadas.

19.4.1.8 - Todas as válvulas de fundo e costado, incluindo as de costado requeridas em 19.4.1.2 a19.4.1.7, devem ser de aço, bronze ou outro material tenaz aprovado. Ferro fundido cinzento não éaceitável. As tubulações devem ser de aço ou material similar (vide, também, Regras para Construção deMáquinas).

19.4.1.9 - Embornais e descargas não devem ser previstos, acima da linha de calado leve, na região dosturcos para as baleeiras salva-vidas, mas meios que impedem a descarga de água para dentro dasbaleeiras devem ser previstos. A localização de embornais e descargas também deve ser levada emconsideração quanto ao arranjo de escadas de portaló e elevadores para práticos.

19.4.2 - Saídas de Água

19.4.2.1 - Navios com borda-falsa contínua devem ter saídas de água de acordo com o abaixo definido.

19.4.2.2 - A área mínima de saídas d�água para cada lado do navio deve ser calculada para navios Tipo B,com tosamento padrão ou mais, como segue:

F = 0,7 + 0,035. m [m 2] , para m ≤ 20 metros

F = 0,07. m [m 2] , para m ≥ 20 metros

m = comprimento das bordas-falsas contínuas entre as superestruturas, em [m] ; mmax = 0,7. L

A área mínima das saídas d�água em bordas-falsas em conveses de superestruturas não deve ser menorque 50% da área calculada conforme as fórmulas acima. Se a borda-falsa é maior que 1,2 metros emaltura, a área requerida deve ser aumentada de 0,004 metros

2, por metro de comprimento, para cada 0,1metro de diferença em altura. Se a borda-falsa é menor que 0,9 metros em altura, a área pode serdiminuída na mesma proporção.

19.4.2.3 - Em navios sem tosamento, a área calculada conforme 19.4.2.2 deve ser aumentada de 50%.Onde o tosamento for menor que o normal, o aumento deve ser determinado por interpolação.

19.4.2.4 - Para navios do Tipo B, com borda-livre reduzida, a área de saídas de água no convés de borda-livre exposto deve ser determinada, como segue:a) Onde é colocada uma combinação de bordas-falsas contínuas e balaustradas, as balaustradas devem

ser colocadas por, no mínimo, 50% do comprimento das partes expostas do convés de borda-livre;

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b) Se forem colocadas bordas-falsas contínuas, a área das saídas d�água deve ser, no mínimo, 25% daárea total de borda-falsa, se a borda-livre for reduzida por não mais que 60% da diferença em borda-livre (B - A). Se a redução da borda-livre for maior, a área das saídas d�água deve ser, no mínimo, 33%da área total de borda- falsa.

19.4.2.5 - Para navios com braçolas longitudinais de escotilhas contínuas, as áreas calculadas conformeacima devem ser aumentadas como segue:

(largura de escotilha) dividida pelaboca do navio área F dividida pela área da borda-falsa

40 % 20 %

75% 10 %

19.4.2.6 - Em navios com superestruturas abertas, devem ser previstas saídas d�água adequadas quegarantam drenagem apropriada.

19.4.2.7 - Na região de troncos nas partes expostas do convés de borda-livre, devem ser colocadasbalaustradas abertas em, no mínimo, metade do comprimento.

19.4.2.8 - As bordas inferiores de saídas d�água devem estar tão perto do convés quanto possível. 2/3 daárea de saída d�água calculada devem ser prevista perto do ponto mais baixo da curva de tosamento.

19.4.2.9 - As aberturas nas bordas falsas devem ser protegidas por balaustres ou barras verticalmenteespaçadas de não mais que 0,23 metros. Se forem instaladas portinholas, devem ser previstas folgasamplas para evitar emperramento. As dobradiças devem ter pinos e buchas de material inoxidável.

19.5 - TUBOS DE SUSPIRO, TUBOS DE TRANSBORDAMENTO E TUBOS DE SONDAGEM

19.5.1 - Cada tanque deve ser dotado de tubos de suspiro, tubos de transbordamento e tubos de sonda-gem. Em geral, tubos de suspiro devem ser conduzidos até acima do convés exposto. Para o arranjo,vide, também, Regras para construção de Máquinas, Capítulo 3, Seção 10. A altura do convés ao pontoonde a água pode ter acesso, deve ser, no mínimo, 760 mm no convés de borda-livre e 450 mm, emconvés de superestrutura.

19.5.2 - Para tanques que podem ser bombeados ou cheios através de ligações fechadas pelas instala-ções de terra, os tubos de suspiro devem ser considerados também como tubos de transbordamento. Aárea seccional livre destes tubos de suspiro deve ser, no mínimo, 1,25 x a área seccional dos tubos deenchimento.

19.5.3 - Onde tais tubos passam por conveses expostos, conveses de anteparas ou divisórias estan-ques, sua espessura deve ser suficiente para permitir soldagem eficiente e proteção quanto a danosmecânicos. Peças de penetração podem ser utilizadas como passagens. As partes dos tubos de suspi-ro que passam através do convés exposto devem ter uma espessura de, no mínimo, 8 mm, e tubos desondagem, se eles são conduzidos até acima do convés exposto, uma espessura de, no mínimo, 5 mm.Tubos aumentados devem se estender até, no mínimo, 230 mm acima do convés exposto.

19.5.4 - Devem ser previstos dispositivos de fechamento adequados para tubos de suspiro, de transbor-damento e de sondagem; vide, também, Regra para Construção de Máquinas, Seção 3, Seção 10. Ondesão transportadas cargas no convés, os dispositivos de fechamento devem ser sempre prontamenteacessíveis. Em navios para os quais devem ser feitos cálculos de alagamento, as extremidades dostubos de suspiro devem estar acima da linha d�água de avaria na condição alagada. Caso elas imerjamem estágios intermediários do alagamento, estas condições devem ser examinadas separadamente.

19.5.5 - Imediatamente abaixo do teto do fundo duplo ou topo de tanque, devem ser cortados furos nashastilhas e longarinas, bem como em vaus, etc., para acesso livre do ar aos tubos de suspiro. Alémdisso, todas as hastilhas e longarinas devem estar providas de recortes para dreno que permitam que oóleo e água atinjam as sucções das bombas.

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19.5.6 - Tubos de sondagem devem se estender até diretamente acima do fundo do tanque. O chapeamentodeve ser reforçado sob o tubo de sondagem.

19.5.7 - Tubos de sondagem para tanques de óleo devem ter uma distância de, pelo menos, 100 mm docostado.

19.6 - VENTILADORES

19.6.1 - Generalidades

19.6.1.1 - A altura das braçolas de ventiladores no convés de borda-livre exposto, convés subido e emconvés de superestruturas expostos, à vante de 0,25 L da roda de proa, deve ser, no mínimo, 900 mm.

19.6.1.2 - Em conveses de superestruturas expostos, à ré de 0,25 L da roda de proa, a altura da braçolanão deve ser menor que 760 mm.

19.6.1.3 - Ventiladores de porões de carga não devem ter nenhuma ligação com outros espaços.

19.6.1.4 - A espessura das chapas de braçolas deve ser 7,5 mm,em área seccional da abertura livre até300 cm

2, e 10 mm, em área seccional livre maior que 1600 cm . Valores intermediários devem serinterpolados. Espessuras de 6 mm são, geralmente, suficientes, dentro de superestruturas não perma-nentemente fechadas.

19.6.1.5 - A espessura dos postes de ventilação deve ser, no mínimo, igual à espessura das braçolasindicada em 19.6.1.4.

19.6.1.6 - A espessura de postes de ventilação com área seccional livre maior que 1600 cm2 deve seraumentada conforme as solicitações esperadas.

19.6.1.7 - Geralmente, recomenda-se que as braçolas e postes passem através do convés e sejamsoldadas ao chapeamento do convés por cima e por baixo. Onde braçolas e postes são soldados nochapeamento do convés, devem ser adotadas solda de filete duplo (externo e interno) com filetes dea+0,5.to , conforme Seção 17, item 17.2.5.

19.6.1.8 - Braçolas e postes particularmente expostos a ondas do mar devem ser ligados eficientementeà estrutura do navio.

19.6.1.9 - Onde a espessura do chapeamento do convés for menor que 10 mm, deve ser colocada umachapa sobreposta ou uma chapa inserida de, pelo menos, extensão de aproximadamente 2 x o compri-mento e largura da braçola.

19.6.1.10 - Para reforço do convés resistente na região de braçolas e postes, vide Seção 6, item 6.1.3.8.

19.6.1.11 - Onde um vau é cortado por braçolas de ventiladores, devem ser colocados intercostais paramanter a resistência do convés.

19.6.1.12 - Os ventiladores em praças de máquinas e caldeiras devem ser arranjados de modo quenenhum gás possa se acumular debaixo do convés, entre os vaus.

19.6.2 - Dispositivos de Fechamento

19.6.2.1 - As aberturas principais de entrada e exaustão dos sistemas de ventilação devem ser providasde dispositivos de fechamento facilmente acessíveis e estanques ao tempo. Em navios de até 100metros de comprimento, os dispositivos de fechamento devem ser permanentemente fixados.

19.6.2.2 - Para postes de ventiladores que excedem 4,5 metros de altura, acima do convés de borda-livreou de conveses de superestruturas expostos, à vante de 0,25.L da roda de proa, e para postes deventiladores excedendo 2,3 metros de altura, acima de conveses de superestruturas expostos, à ré de0,25.L da roda de proa, os dispositivos de fechamento estanques ao tempo são requeridos somente emcasos especiais.

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19.7 - ESTIVA DE CONTAINERS

19.7.1 - Generalidades

19.7.1.1 - Com relação ao símbolo de classificação de navios equipados para transporte de containers,vide Seção 1.

19.7.1.2 - Todas as partes para a estiva e peação de containers devem atender às regras para a estiva epeação de containers a bordo de navios. Todas as partes destinadas a serem soldadas ao casco donavio e às tampas de escotilhas devem ser de materiais que atendam às Regras para Materiais, inclusiveno que respeita aos testes.

19.7.1.3 - Todos os equipamentos no convés e nos porões, inclusive suas peças de estiva e peaçãoessenciais para a segurança do navio, que devem ser acessíveis no mar, como equipamento de combateà incêndio, tubos de sondagem, etc., não devem se tornar inacessíveis devido aos containers.

19.7.1.4 - Para transmitir as forças das peças de estiva e peação ao casco do navio, devem ser previstasligações soldadas, adequadas, e reforços locais nos elementos estruturais (vide, também 19.7.2 e 19.7.3).

19.7.1.5 - As braçolas de escotilhas devem ser reforçadas nas regiões das ligações das escoras trans-versais e longitudinais do sistema de guias celulares de estiva. Não é permitido que o sistema de guiascelulares de estiva seja ligado a bordas salientes do chapeamento do convés na região de aberturas deescotilhas. Devem ser evitados cortes a maçarico ou solda, particularmente nos arredondamentos decantos de escotilhas.

19.7.1.6 - Onde o teto do fundo duplo, conveses ou tampas de escotilhas estão solicitados por containers,devem ser previstas subestruturas adequadas, como intercostais, vigas de meia altura, etc.. Eventual-mente, deve ser aumentada a espessura do chapeamento. Para peças soldadas de reforço local, videSeção 17, item 17.1.2.6.

19.7.2 - Hipóteses do Carregamento

19.7.2.1 - Os escantilhões das subestruturas para containers devem ser determinados na base dospesos brutos admissíveis dos containers (peso do container + carga), conforme recomendação ISO,caso em que não existam planos de carregamentos definidos com peso diferido dos mencionados.

19.7.2.2 - Onde os escantilhões das subestruturas para containers são determinados por outros pesosque os estipulados em 19.7.2.1, o peso admissível total por local de estiva de container entrará nocertificado. Geralmente o peso total admissível não deve ser menor que 50% do peso padrão.

19.7.2.3 - Os carregamentos estipulados em 19.7.2.1 e 19.7.2.2 devem ser aumentados conforme Seção3, item 3.3.1

19.7.2.4 - Os escantilhões das subestruturas para peças de estiva e peação de containers devem serdeterminados de acordo com as regras para estiva e peação de containers em navios.

19.7.3 - Tensões Admissíveis

19.7.3.1 - Para tampas de escotilha na posição 1 e 2, solicitadas por containers, devem ser observadasas tensões admissíveis e deflexões, conforme Seção 15, 15.3.3.

19.7.3.2 - As tensões em subestruturas para containers e de peças de estiva e peação no teto do fundoduplo, em conveses e em tampas de escotilhas de conveses de carga, não devem exceder os seguintesvalores:

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2,13

1,2;45,122 y

bV

yyb

στσσ

στσσ

=⋅+=

==

σy = tensão de escoamento do material.

19.7.3.3 - Onde o sistema de grelhas do fundo duplo é solicitado com cargas concentradas por containers,as tensões na estrutura do fundo devem ser calculadas para estas cargas concentradas, bem como paracarregamentos do fundo. As tensões especificadas naquele parágrafo não devem ser ultrapassadas.

19.7.3.4 - Onde outros elementos estruturais do casco, por exemplo, cavernas, vaus, anteparas, braçolasde escotilha, estais de borda falsa, etc., estão solicitados com cargas de containers e de peças deestiva e peação de containers, estes elementos devem ser reforçados, onde necessário, para que astensões reais não excedam as admissíveis conforme as respectivas Seções.

19.8 - ARRANJOS DE PEAÇÃO EM GERAL

Olhais e furos de peação devem ser arranjados de modo a não enfraquecer indevidamente os elementosestruturais do casco. Particularmente, devem ser fixadas peias e cavernas em regiões com pequenomomento fletor da caverna. Onde necessário, o perfil das cavernas deve ser reforçado.

19.9 - CONVESES PARA CARROS

19.9.1 - Generalidades

19.9.1.1 - Com relação ao símbolo de classificação de navios equipados para o transporte de carros, videSeção 1. Eventuais Regras adicionais das respectivas Autoridades Administrativas podem ser observa-das (Portarias).

19.9.1.2 - Estas Regras se aplicam a conveses móveis e removíveis para carros que não fazem parte daestrutura do navio.

19.9.1.3 - As seguintes informações devem ser incluídas nos planos a serem submetidos para aprovação:a) escantilhões dos conveses para carrosb) pesos dos conveses para carrosc) número e pesos dos carros que se pretende estivar nos convesesd) carregamento das rodas e distância das rodase) ligação dos conveses para carros com a estrutura do cascof) dispositivos de movimentação e levantamento dos conveses para carros.

19.9.1.4 - Conveses para carros, de acordo com estas Regras, podem ser de aço naval ou dos seguintesmateriais, em conformidade com as Regras para Materiais:a) aço estrutural R St 37-2 e St 52-3 ou similarb) ligas de alumínio resistente à água do mar.

19.9.2 - Hipóteses de Carregamento

19.9.2.1 - A espessura do chapeamento deve ser determinada de acordo com a Seção 6, item 6.2.2.

19.9.2.2 - Para determinação dos escantilhões dos demais componentes dos conveses, devem serutilizados os seguintes carregamentos:a) carregamento uniforme distribuído resultante do peso do convés e número máximo de carros a serem

transportados. Este carregamento não deve ser menor que 2,5 kN/m2

b) carregamento de roda (P).

Se todas as rodas de um eixo estão em cima de uma sicorda ou vau, o carregamento do eixo deve seruniformemente distribuído em todas as rodas.

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Se nem todas as rodas de um eixo estão sobre uma sicorda ou vau, os seguintes carregamentos de rodadevem ser utilizados:P = 0,5 x o carregamento no eixo, para 2 rodas por eixoP = 0,3 x o carregamento no eixo, para 4 rodas por eixoP = 0,2 x o carregamento no eixo, para 6 rodas por eixo

19.9.2.3 - Para determinação dos escantilhões dos dipositivos de suspensão do convés, o carregamentode roda, no caso de 4 e 6 rodas por eixo, como indicado em 19.9.2.2, não necessita ser considerado.

19.9.3 - Chapeamento

19.9.3.1 - A espessura do chapeamento deve ser determinada conforme as fórmulas indicadas na Seção6, item 6.2.2. Onde é utilizado alumínio, deverá ser consultado o Bureau Colombo.

19.9.3.2 - A espessura de madeira compensada deve ser determinada levando em consideração um fatorde segurança 6 contra ruptura do material. Onde chapas de compensado, suportadas somente em doislados, estão solicitadas por carregamentos concentrados, pode ser utilizada, como largura colaborantedo chapeamento, 1,45 x o vão sem apoio.

19.9.4 - Tensões Admissíveis

19.9.4.1 - Em reforços e vigas de aço, bem como nos elementos estruturais dos dispositivos de suspen-são solicitados por carregamentos, como indicado em 19.9.2, não devem ser ultrapassadas as seguin-tes tensões admissíveis:

Tensões normais e de flexão (tração e compressão): s ≤ 95 / k [N/mm 2]

Tensão de cisalhamento: τ ≤ 55 / k [N/mm2]

Tensão combinada: ]/[/1103 222 mmNkV =⋅+= τσσ

k = fator de material, conforme Seção 1; k=0,72, para St52-3; k=1,0, para aço naval comum e para RSt37-2.

Em componentes estruturais solicitados por carregamentos exclusivamente em porto, como, por exem-plo, rampas, as tensões admissíveis estabelecidas acima podem ser aumentadas de 70%.

19.9.4.2 - Onde são utilizadas ligas de alumínio, as tensões admissíveis podem ser determinadas mul-tiplicando-se as tensões admissíveis acima, pelo fator 2/kA1 (kA1 = fator de material, para alumínio).

19.9.5 - Deflexões Admissíveis

19.9.5.1 - A deflexão de vigas solicitadas aos carregamentos estipulados em 19.9.2, não deve excederf = m / 250; (m = vão sem apoio da viga).

19.9.5.2 - Deve ser mantida uma distância segura entre as vigas de um convés carregado e o topo doscarros estacionados no convés de baixo.

19.9.6 - Flambagem e Tombamento

19.9.6.1 - A resistência à flambagem de vigas deve ser provada conforme Seção 2, item 2.6., se requerida.Em componentes estruturais solicitados por carregamentos exclusivamente em portos, como, por exemplo,rampas, o fator de segurança contra flambagem, como indicado na Seção 2, item 2.6.1.4, pode serreduzido de 10%.

19.9.6.2 - A segurança contra tombamento deve ser provada, se requerida.

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19.10- MEIOS DE SALVATAGEM E DISPOSITIVOS PARA LANÇAMENTO

19.10.1 - Assume-se que o arranjo e a operação das embarcações salva-vidas e outros meios de salvatagemestejam conforme os Regulamentos da Convenção SOLAS 1974 e/ou das autoridades competentes.

19.10.2 - O dimensionamento e teste de embarcações salva-vidas, com seus dispositivos de lançamen-to, e de outros meios de salvatagem, não faz parte da classificação. Entretanto, é parte da classificaçãoe aprovação, a estrutura do casco na região dos dispositivos de lançamento, levando-se em considera-ção as forças dos dispositivos acima. É parte da classificação, também, a inspeção dos meios desalvatagem e seus dispositivos de lançamento, com respeito à sua condição e funcionamento apropria-do, dentro do escopo das vistorias para renovação da classe. Para navios para os quais o BC foi autori-zado pela administração competente a emitir os certificados de segurança de construção ou de equipa-mento, bem como em todos os casos em que o BC foi solicitado a aprovar os dispositivos de lançamen-to, serão aplicadas as Regras para Construção e Teste de Dispositivos de Lançamento de Meios deSalvatagem.

19.11- Mastros

19.11.1- Generalidades

19.11.1.1- Desenhos de mastros, subestruturas, suportes de mastro e ligações com o casco, devem sersubmetidos para aprovação.

19.11.1.2 - Para mastros de sinalização de aço com uma resistência mínima de rutura à tração de 400N/mm2, que devem ser projetados para suportar somente meios de sinalização (luzes de navegação,sinais de bandeiras, sinais diversos e antenas), são aplicáveis os requisitos de 19.11.2. e 19.11.3.

19.11.1.3 - Componentes individuais soltos devem atender aos Regulamentos para Construção e Testesde Aparelhagem e Manuseio da Carga. Eles devem ser testados pelo BC.

19.11.2- Mastros Estaiados

19.11.2.1- Mastros estaiados podem ser construídos como mastros simplesmente apoiados ou comomastros apoiados e engastados várias vezes.

19.11.2.2- O diâmetro de mastros de aço estaiados no suporte mais alto deve ser, no mínimo, 20mm,para cada 1m de comprimento dos mastros. O comprimento m do mastro é medido como a distância dosuporte mais alto até o ponto de estaiamento. A parte do mastro acima do ponto de estaiamento nãodeve exceder m/3. Tais mastros podem ter seu diâmetro gradualmente reduzido até 75%, do ponto deestaiamento até o suporte mais alto. A espessura dos mastros não deve ser menor que 1/70 do diâme-tro, e deve ser, pelo menos, 4 mm.

19.11.2.3- Cabos de aço para estais devem ser fortemente galvanizados. Recomenda-se a utilização decabos de aço compostos de um número mínimo de arames grossos, por exemplo, cabos construídos deuma alma de fibra e 6 pernas de 7 fios, com uma tensão de rutura de 1570 N/mm2. Onde mastros sãoestaiados, à vante e à ré, por um estai em cada bordo do navio, devem ser utilizados cabos de aço comuma tensão de rutura de 1570 N/mm2 e com escantilhões como indicado na tabela seguinte:

h = altura do ponto de estaiamento no mastro acima

do ponto de fixação do pé do estai [m] 6 8 10 12 14 18

Diam. do cabo [mm] 14 16 18 20 22 24

Tam. nominal da manilha, esticador luva de cabo 2,5 3 4 5 6 8

Utilizando cabos de aço conforme a tabela acima, as seguintes condições devem ser atendidas:a não menor que 0,15. hb não menor que 0,30. ha não maior que b

TOMO II - ACABAMENTO E INSTALAÇÃO ............. SEÇÃO 19

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a = distância dos pés dos estais à seção transversal, passando pelo ponto de estaiamentob = distância dos pés dos estais à seção longitudinal, passando pelo ponto de estaiamento no

mastro.

Outros arranjos de massame fixo devem ser equivalentes.

19.11.3- Mastros Não Estaiados

Mastros não estaiados podem ser construídos completamente engastados ou suportados em dois oumais conveses. Os escantilhões de mastros de aço não estaiados devem ser conforme a seguintetabela:

Compr. do mastro mm [mm] 6 8 10 12 14

D x t [mm] 160 x 2 220 x 4 290 x 4,5 360 x 5,5 430 x 6,5

mm = comprimento do mastro, do suporte mais alto ao topoD = diâmetro do mastro no suporte mais altot = espessura do mastro.

O diâmetro do mastro pode ser gradualmente reduzido para metade do diâmetro D na altura de 0,75.mm.

19.12- APARELHO DE CARGA E ELEVAÇÃO

19.12.1- A determinação dos escantilhões e verificação de aparelhos de carga e elevação, incluindomastros e postes com massame fixo, em navios, não é parte da classificação. Faz parte da classifica-ção a aprovação da estrutura do casco na região da aparelhagem de carga e elevação, levando emconsideração as forças induzidas ao casco pelos equipamentos.

19.13- ACESSO A GRANDES TANQUES E GRANDES PORÕES DE CARGA DE GRANELEIROS

Para conseguir acesso seguro para vistorias e manutenção, devem ser adotadas medidas especiais emgrandes tanques e porões de carga de petroleiros e graneleiros.

19.13.1- Acesso a tanques

19.13.1.1- Tanques e subdivisões de tanques, com comprimento de 35 metros e acima, devem ter, pelomenos, 2 escantilhões de acesso e escadas, tão afastados quanto possível.

19.13.1.2 - Tanques menores que 35 metros de comprimento devem ter, pelo menos, 1 escotilhão deacesso e escada.

19.13.1.3 - As aberturas livres dos escotilhões não devem ser menores que 600 x 600 mm e não devemter obstruções que prejudiquem o acesso.

19.13.1.4 - Quando um tanque é subdividido por uma ou mais anteparas-diafragma, devem ser previstos,no mínimo, 2 escotilhões que sirvam com as respectivas escadas para dar acesso a todas as subdivi-sões do tanque.

19.13.2- Acessibilidade dentro de tanques

19.13.2.1- Anteparas-diafragma devem ter aberturas de passagens de, pelo menos, 600x800 mm.

19.13.2.2 Onde a altura da estrutura do fundo excede 1,5 metros, deve ser instalada uma passarela combalaustradas, com largura mínima de 600mm através de todo o comprimento e largura do tanque. Aspassarelas elevadas devem ser facilmente acessíveis por meio de escadas e passarelas. Alternativa-mente, podem ser arranjadas aberturas de passagem de 600 x 800mm em hastilhas e longarinas com

TOMO II - ACABAMENTO E INSTALAÇÃO ............. SEÇÃO 19

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uma altura de soleira de não mais que 600mm. Devem ser previstos degraus e corrimãos. Em estruturasdo fundo com menos de 1,5 metros de altura, devem ser previstos arranjos adequados.

19.13.2.3- As balaustradas devem ser de 900 mm de altura e ter corrimão e barra de proteção interme-diária.

19.13.3- Construção de Escadas

19.13.3.1- Escadas devem ser inclinadas a mais de 70 o (setenta graus).

19.13.3.2- Os lances de escada não devem ultrapassar 9 metros de comprimento.

19.13.3.3- Devem ser previstas plataformas para descanso.

19.13.3.4- A largura dos degraus deve ser de, pelo menos, 400 mm.

19.13.3.5- Os degraus devem ser igualmente espaçados de uma distância máxima de 300mm.

19.13.3.6- Os degraus devem ser formados de duas barras quadradas de aço (22 x 22 mm, canto paracima).

19.13.3.7- As escadas devem ter balaustradas em ambos os lados.

19.13.4- Acesso a porões de carga

19.13.4.1- A abertura livre de escotilhões de acesso deve ser de, pelo menos, 600 x 600 mm.

19.13.4.2- Braçolas de escotilhõs de acesso com altura maior que 900 mm devem ter, também, degrausno lado de fora.

19.13.5- Acessibilidade dentro de porões de carga

19.13.5.1- Porões de carga devem ser providos com, no mínimo, duas escadas tão afastadas quantopossível. Se possível, estas escadas devem ser arranjadas diagonalmente, partindo da linha de centrodo navio.

19.13.5.2- Escadas devem ser projetadas e arranjadas de modo que sejam minimizados os riscos deavaria pelo equipamento de movimentação de carga.

19.13.5.3- Escadas quebra-peito podem ser permitidas, desde que elas sejam arranjadas em cima, umada outra, em linha com outras escadas para as quais elas dão acesso, e que posições de descansosejam previstas, separadas de, não mais, que 9 metros.

19.13.2.3- Construção de EscadasA construção de escadas deve ser como descrito em 19.13.3. Entretanto, arranjos e resistência devemser adequados para os tipos de carga passíveis de serem transportados.

TOMO II - ACABAMENTO E INSTALAÇÃO ............. SEÇÃO 19

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SEÇÃO 20

ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS NO ESTALEIRO

20.1 - RESPONSABILIDADE PELA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

O estaleiro deve assegurar, atraves de supervisão cuidadosa, perfeita execução de serviços correspon-dentes aos planos aprovados pelo Bureau Colombo.

20.2 - ABERTURAS E BORDAS DE CHAPAS

Todas as aberturas em peças estruturais devem ser bem arredondadas. O raio de arredondamento nãodeve ser inferior à espessura da chapa.Em pontos altamente solicitados, o raio de arredondamento deve ser de, pelo menos, 3 vezes a espes-sura da chapa.Aberturas maiores no convés de passagem e no convés resistente, dentro de 0,7.L, a meio-navio, devemter um raio de arredondamento de, pelo menos, 10 vezes a espessura da chapa.Todas as bordas de chapa devem ser cuidadosamente alisadas. Deve ser tomado cuidado especial paraevitar ou remover entalhes.Devem ser previstos furos de drenagem (escalopes) para evitar que água de chuva, de vazamento ouresidual, se acumule em cantos ou em bordas de chapas.

20.3 - PEÇAS ESTRUTURAIS TRABALHADAS A FRIO

Quando chapas forem trabalhadas a frio (por exemplo, por flangeamento ou dobramento), o raio decurvatura não deve ser inferior a duas vezes a espessura da chapa. Se possível, o raio de curvatura deveser igual a, pelo menos, três vezes essa espessura.Quaisquer rebarbas devem ser removidas antes do trabalho a frio.As peças trabalhadas a frio, particularmente nos limites de pontos trabalhados a frio, devem ser verificadasquanto a trincas incipientes.

20.4 - POSICIONAMENTO FORÇADO

Na montagem e no posicionamento forçado de peças estruturais, devem ser evitadas grandes tensõeslocais.Devem ser evitados posicionamentos forçados ao término de soldagens e rebitagens.

TOMO II - ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOSNO ESTALEIRO ........................................................ SEÇÃO 20

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SEÇÃO 21

NAVIOS PETROLEIROS

21.1 - GENERALIDADES

21.1.1 - Aplicação

21.1.1.1 - As determinações seguintes se aplicam a petroleiros com máquina à ré, um convés resistentecontínuo e, pelo menos, duas anteparas longitudinais contínuas na região dos tanques de carga, trans-portando óleo, à granel, com um ponto de fulgor (teste de cuba fechada) não excedendo 60 oC e cujapressão de vapor Reid está abaixo da pressão atmosférica.

21.1.1.2 - Para efeito desta Seção, óleo significa petróleo em qualquer forma, inclusive óleo crú, produ-tos refinados, lama de óleo, resíduos e outros produtos líquidos que apresentam riscos semelhantes.

21.1.1.3 - Para efeito desta Seção, óleo crú significa qualquer óleo encontrado naturalmente no solo,tratado ou não, para o tornar transportável, e inclui:a) óleo crú do qual certas frações destiladas podem ter sido removidas, oub) óleo crú ao qual certas frações destiladas podem ter sido adicionadas.

21.1.2 - Símbolos de Classe

21.1.2.1 - Se medidas (construtivas especiais, separação de tubulações, revestimento de tanques, etc)permitem o transporte simultâneo de vários óleos e produtos de petróleo, a seguinte anotação será feitano Certificado: �Adequado para o transporte de diversos produtos de petróleo.�

21.1.2.2 - Navios destinados para transportar alternativamente líquidos, a granel, com ponto de fulgor(teste de cuba fechada) não excedendo 60oC, e carga seca.

21.1.2.3 - Navios petroleiros destinados a transportar líquido, a granel, com ponto de fulgor (teste de cubafechada) acima de 60 oC ou cuja densidade excede 1,025 toneladas/metro3, ou líquidos de propriedadesdiferentes, que apresentem riscos diferentes da classificação de líquidos mencionados em 21.1.1.2,serão especialmente considerados como navios-tanque para carga especial. Estes navios podem ter aanotação Navio-Tanque Especial, Navio-Tanque para Asfalto, Navio-Tanque para Óleo Comestível, Navio-Tanque para Vinho, etc., afixada ao símbolo de classe.

21.1.3 - Flutuabilidade

Com respeito à comprovação de flutuabilidade avariada, para petroleiros com mais de 150 metros decomprimento, vide a Convenção de Linha de Carga, 1966.

21.1.4 - Projeto Estrutural

21.1.4.1 - Fundo, teto do fundo duplo e convés resistente devem ser longitudinalmente estruturados. Oscostados e anteparas longitudinais devem ser igualmente reforçados longitudinalmente.

21.1.4.2 - Os corpos de vante e de ré, fora da região de tanques de carga, podem ser estruturado, tantolongitudinal como transversalmente.

21.1.4.3 - Na transição da estrutura longitudinal e transversal, será mantida adequada continuidade deresistência.

TOMO II - NAVIOS PETROLEIROS ........................... SEÇÃO 21

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21.1.5 - Tamanho dos Tanques de Carga

A largura livre da boca de tanques de carga não deve exceder 0,6.B, e o comprimento livre do tanque decarga não deve exceder 0,1.L ou 15 metros. O maior comprimento pode ser adotado. O comprimentolivre é a distância entre anteparas transversais, considerando as anteparas- diafragma. Deve ser observa-da a Regra 24 da Convenção Internacional para Prevenção de Poluição por Navios, 1973, com relação àslimitações nacionais relevantes, se existirem.

21.1.6 - Arranjo e Divisão dos Compartimentos

21.1.6.1 - Generalidades

21.1.6.1.1 - As determinações constantes de 21.1.6.2 e 21.1.6.9 à 21.1.6.12 aplicam-se somente anavios de AB (Arqueação Bruta = �Gross Register Tons� ) 500 e acima.

21.1.6.1.2 - Exceto como definido abaixo, os termos utilizados nesta Seção têm a seguinte definição,em conformidade com a Regra 3, Capítulo II-2, SOLAS 1974:a) Área de carga - significa tanques de carga, compartimentos para tanques de carga, cofferdams,

compartimentos de bombas de carga, tanques de lastro, bem como outros tanques e compartimentosadjacentes a tanques de carga e a área acima destes compartimentos;

b) Convés de carga - significa um convés aberto dentro da área de carga:(i) que forma o topo superior de um tanque de carga, ou(ii) acima do qual são instalados tanques de carga, escotilhões de tanques, escotilhões para limpezade tanques, aberturas de sondagem e furos de inspeção, bem como bombas, válvulas e outros aces-sórios necessários para carga e descarga.

21.1.6.2 - Praças de máquinas de Categoria A devem ser localizadas à ré dos tanques de carga etanques de borra, e isoladas deles por cofferdams, compartimentos de bombas de carga ou tanques deóleo combustível; eles devem ser localizados, também, à ré de tais compartimentos de bombas de cargae cofferdams, mas não condicionalmente à ré dos tanques de óleo combustível. Mas, a parte inferior docompartimento de bombas pode formar recessos dentro de praças de máquinas para instalação debombas, caso a altura do recesso, em geral, não ultrapasse 1/3 do pontal acima da quilha. Em caso denavios de até 25.000 toneladas de DWT, onde se pode demonstrar que, por razões de acesso e arranjossatisfatórios de tubulação, isto é impraticável, o BC pode permitir um recesso com altura até à metadedo pontal acima da quilha.

21.1.6.3 - Tanques de carga devem ser divididos por cofferdams de todos os compartimentos situadosfora da área de carga.

21.1.6.4 - Os seguintes compartimentos podem servir como cofferdams: compartimentos de bombassem conexão direta com praças de máquinas, corredores e compartimentos de acomodações, tanquesde óleo combustível, espaços vazios e compartimentos similares. A distância livre entre anteparas decofferdams deve ser, no mínimo, 600 mm.

21.1.6.5 - Quando compartimentos estanques à gás se limitam, canto a canto, à tanques de carga, elesdevem ser separados, por cofferdams, dos tanques de carga. Nesses cantos podem ser permitidaschapas diagonais. Se esses cofferdams forem acessíveis, eles devem ter ventilação, caso contrário, elesdevem ser preenchidos com uma massa adequada.

21.1.6.6 - Em navios especiais transportando produtos e substâncias, de acordo com 2.4, podem serexigidos cofferdams entre tanques de carga e tanques de óleo combustível, devido aos riscos apresenta-dos e propriedades especiais desses produtos. Onde são transportados somente líquidos não perigo-sos, com um ponto de fulgor (teste de cuba fechada) acima de 60oC, e sem riscos, devidos a outraspropriedades dos produtos, podem ser dispensados os cofferdams. A seguinte observação será anotadano Certificado: �Não adequado para líquidos com pontos de fulgor de 60°C e abaixo; faltamcofferdams na parte de vante e/ou de ré do navio.�

21.1.6.7 - Se nos fundos duplos forem arranjadas quilhas-duto para tubos, deve ser observado o seguinte:

TOMO II - NAVIOS PETROLEIROS ........................... SEÇÃO 21

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a) Quilhas-duto para tubos não podem ter ligações diretas com praças de máquinas;b) No mínimo, duas aberturas de acesso com tampas estanques à água devem ser previstas, espaçadas

da distância máxima possível entre si. Uma destas aberturas pode conduzir para dentro do compar-timento de bombas de carga. Outras aberturas devem levar ao convés aberto.

c) Deve ser prevista ventilação mecânica adequada para uma quilha-duto para permitir suficiente ventila-ção antes do acesso.

21.1.6.8 - O efeito de instalações de aquecimento em compartimentos adjacentes deve ser observado.Compartimentos contendo fornalhas, caldeiras, máquinas propulsoras ou instalações elétricas pelasquais possam ser inflamados vapores de óleo, devem ser separados de compartimentos contendo tubu-lações e bombas de carga por anteparas estanques à gás. Se compartimentos de bombas forem ilumi-nados através de janelas com vidros nas anteparas, estas devem ser protegidas efetivamente contradanos mecânicos e devem ser previstas com tampas de combate fortes, fixadas do lado da praça demáquinas. As janelas devem ser construídas de modo que o vidro e a vedação não sejam prejudicadospelas deformações elásticas do navio. O vidro e a tampa de combate devem ter a mesma resistência quea antepara, e não devem comprometer a integridade da antepara. A janela deve apresentar a mesmaproteção contra incêndio e fumaça que a antepara intacta.

21.1.6.9 - Compartimentos de acomodações, estações principais de controle de carga, estações decontrole e compartimentos de serviço, devem estar situados à ré de todos os tanques de carga, tanquesde borra, compartimentos de bombas de carga e cofferdams que separam tanques de carga ou tanquesde borra de praças de máquinas de Categoria A. Qualquer antepara separando um compartimento debombas de carga, incluindo a entrada para o compartimento de bombas, de compartimentos de acomo-dações e de serviço, bem como estações de controle, deve ser construída conforme o tipo A-60. Ondeconsiderado inevitável, acomodações, estações de controle, compartimentos de máquinas outros queaqueles da Categoria A e compartimentos de serviço, podem ser permitidos à vante de todos os tanquesde carga, tanques de borra, praças de bombas de carga e cofferdams, se for previsto um padrão desegurança equivalente e uma disponibilidade apropriada de dispositivos de combate à incêndio atenden-do às exigências do BC.

21.1.6.10 - Onde as instalações de um posto de comando acima dos tanques de carga é comprovadamenteinevitável, ele deve ser utilizado exclusivamente para a navegação e ser separado por um compartimen-to aberto com uma altura de, no mínimo, 2m acima do convés dos tanques de carga.

21.1.6.11 - Devem ser previstos dispositivos que protejam as áreas de acomodações e de serviço, devazamentos de óleo no convés. Isto pode ser conseguido por uma braçola contínua, permanente, dealtura adequada (aproximadamente 150 mm, não menor que 50 mm acima da borda superior do cintado),se estendendo de bordo a bordo. Instalações de carregamento pela popa devem ser especialmenteconsideradas.

21.1.6.12 - Para paredes frontais a tanques de carga de superestruturas e casarias contendo comparti-mentos de acomodações e de serviço, aplicam-se as seguintes Regras que prevalecem, também, paraparedes laterais de superestruturas e casarias, em uma região de 5 metros à partir da parede frontal dasmesmas, com exceção de entradas para passadiço:a) Nas paredes não podem ser previstas portas, exceto para compartimentos, tais como, estações de

controle de carga e paióis que não têm acesso a compartimentos de acomodações e de serviço. Ondetais portas foram previstas, devem ser isoladas as paredes dos respectivos compartimentos, do tipoA-60. Tampas de aço parafusadas para montagem e desmontagem de máquinas podem ser previstasnas paredes;

b) Janelas em tais paredes devem ser fixas, com exceção de janelas no passadiço, que podem ser aptaspara serem abertas;

c) Janelas no nível do convés de carga devem ser previstas com tampas de combate, internas, de aço ououtro material equivalente.

21.1.7 - Superestruturas

21.1.7.1 - Conforme Regra 39 da Convenção de Borda-Livre, 1969, uma altura mínima de proa é exigidana perpendicular de vante, a qual pode ser obtida através de tosamento, à partir de 0,15.L (da perpendi-cular de vante) ou por um castelo de, pelo menos, 0,07.L em comprimento.

TOMO II - NAVIOS PETROLEIROS ........................... SEÇÃO 21

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21.1.7.2 - As gaiutas de praças de máquinas e de caldeiras devem ser protegidas por um tombadilho ou,alternativamente, por uma casaria de altura e resistência equivalente à do tombadilho desprotegido. Asanteparas da extremidade do tombadilho devem ser determinadas conforme Seção 15.

21.1.7.3 - Aberturas para portas em anteparas de extremidade devem ser dotadas de dispositivos defechamento estanque ao tempo. A altura das soleiras deve ser, no mínimo, 380mm. As respectivasexigências da Convenção de Borda-Livre devem ser observadas.

21.1.8 - Passarela e Borda-Falsa

21.1.8.1 - Deve ser prevista uma passarela fixa e contínua, de ré para vante, entre superestruturas (oucasarias) de ré, da meia-nau e vante. A parte de vante de uma passarela entre castelo e passadiço (oucasaria da meia-nau) pode ser suspensa se não houver acomodações no castelo. Onde não houverpassadiço (ou casarias da meia nau), e todos os compartimentos de acomodações e de serviços estive-rem localizados na popa, a passarela de ré para vante pode ser suspensa completamente. Mas, devemser previstos arranjos adequados para dar acesso seguro à parte de vante do navio. Devem ser observa-dos os respectivos regulamentos das autoridades nacionais competentes.

21.1.8.2 - Anteparas não devem se estender mais que a metade do comprimento do convés exposto.Onde trunks são arranjos entre as superestruturas, um corrimão aberto deve ser instalado.

21.1.9 - Ventiladores

21.1.9.1 - Ventiladores para compartimentos sob o convés de borda-livre, devem ser de construção forteou eficientemente protegidos por superestruturas e outros meios equivalentes.

21.1.10- Proteção Catódica

21.1.10.1- Sistemas de corrente impressa e anodos de magnésio não são permitidos em tanques deóleo de carga. Não há restrição a anodos de zinco.

21.1.10.2- Se forem instalados em tanques, eles devem ser fixados seguramente à estrutura. Devem sersubmetidos desenhos mostrando a localização e a fixação.

21.1.10.3- Anodos de alumínio somente serão permitidos em tanques de carga em locais onde a energiade queda potencial não exceda 275 N.m. A altura de queda do anodo será medida do fundo do tanque aocentro do anodo. Como peso, deve ser utilizado o peso do anodo instalado, incluindo acessórios demontagem e inserções. Se os anodos de alumínio estiverem localizados em superfícies horizontais ouum pouco acima, como em travessas de anteparas e escoas de não menos de 1m de largura e dotadasde flange ou barra-face na vertical se projetando pelo menos 75 mm acima da superfície horizontal, aaltura de queda do anodo pode ser medida desta superfície. Anodos de alumínio não devem ser localiza-dos sob escotilhas de tanques ou aberturas para lavagem dos tanques, para evitar que peças metálicaspossam cair nos anodos, a menos que eles estejam protegidos pela estrutura adjacente.

21.1.10.4- Os núcleos dos anodos devem ser de aço naval ou outro aço soldável e devem ser de sufici-ente rigidez para evitar ressonância. Eles devem ser de madeira para que suportem os anodos, mesmoquando estiverem gastos. Os núcleos devem ser fixados à estrutura através de solda contínua de seçãoadequada. Deve ser observado que a soldagem não foi utilizada em regiões de entalhes que aumentama concentração de tensões. Alternativamente, eles podem ser fixados por parafusos a suportes separa-dos, utilizando, pelo menos, 2 parafusos com contra-porcas. Além disso, podem ser aceitas fixaçõesmecânicas patentes, aprovadas.Quando inserções de anodos ou suportes são soldados à estrutura, eles devem ser arranjados de modoque as soldas fiquem fora de pontos de aumento de tensão. Recomenda-se que os suportes nas extre-midades de um anodo não sejam fixados a itens separados passíveis de se moverem independentemen-te. Além disso, serão aceitas fixações mecânicas patentes, aprovadas.

21.1.11- Tintas à Base de Alumínio

Tintas à base de alumínio não podem ser utilizadas em tanque de carga, conveses de tanques na região

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de tanques de carga, compartimentos de bombas, cofferdams e outras regiões onde podem se acumulargases inflamáveis.

21.1.12- Aberturas nos Tanques

21.1.12.1- Abertura em tanques como, por exemplo, aberturas para limpeza de tanques, bujões deulagem ou sondagem e aberturas de inspeção, não podem ser arranjadas em espaços fechados.

21.1.12.2- Bujões de ulagem e sondagem e aberturas de inspeção devem ser instalados tão alto quantopossível, por exemplo, na tampa dos escotilhões. As aberturas devem ter tampas estanques ao óleo,que fecham automaticamente, após o término da operação de sondagem. As tampas podem ser de aço,bronze ou latão, mas não de alumínio. No uso de tampas feitas de plástico reforçado com vidro ou outromaterial sintético, deve ser observado H.

21.1.12.3- Onde são previstas aberturas de convés para ligações de cabos para levantar andaimes, deveser observado o seguinte:a) O número e posição dos furos no convés deve ser aprovado.b) Os furos podem ser fechados através de bujões de aço, bronze, latão ou material sintéico, mas não de

alumínio. O material utilizado deve ser adequado para todos os líquidos a serem transportados.c) Bujões de metal devem ter roscas finas. Devem ser mantidas transições lisas das roscas nas bordas

superior e inferior do chapeamento do convés.d) Onde serão utilizados bujões de material sintético, deve ser comprovado junto ao BC que os bujões

mantêm um selo estanque a gás, efetivo até o fim dos primeiros 20 minutos do teste do fogo padrão,como definido Capítulo II-2, Parte A, Regras 3 (b), SOLAS 74, supondo que a parte superior é expostaàs chamas.

e) Devem ser mantidos, pelo menos, 10% do número total de bujões, como sobressalentes.

21.1.12.4- Dentro de tanques de carga não podem ser instaladas portas de visita para o fundo duplo.Recomenda-se que, geralmente, o acesso a tanques de fundo duplo localizados sob tanques de óleo decarga, seja previsto por dutos à partir do convés aberto ou através de portas de visita em uma quilha-dutopara tubos, conforme 21.1.6.7. Onde são transportados somente líquidos não perigosos em tanques decarga, portas de visita podem ser instaladas em casos especiais no chapeamento do fundo duplo, desdeque aprovadas pela Administração, mas não em tanques de fundo duplo de óleo combustível.

21.1.13- Espessura Mínima

Todas as partes estruturais de tanques de carga não podem ter uma espessura menor que:

t = 5,5 + L/25 [mm] , para elementos estruturais principais e estruturas restantestmin = 6,5 (k)1/2

Não é permitido reduzir a espessura mínima para serviço restrito.

21.1.14- Proteção Contra Corrosão

21.1.14.1- Onde for aplicada uma proteção efetiva contra corrosão, a espessura dos elementos estrutu-rais protegidos pode ser reduzida.

21.1.14.2- Para elementos estruturais também solicitados à compressão, a espessura pode ser reduzi-da somente comprovando resistência adequada a flambagem.

21.1.14.3- Nos desenhos à serem submetidos para aprovação, devem ser indicadas, tanto as espessu-ras reduzidas previstas como as espessuras exigidas pelas Regras de Construção. Os desenhos de-vem, também, ser colocados a bordo do navio.

21.1.14.4- Juntamente com os desenhos, devem ser submetidas, também, uma descrição do sistemaprevisto de proteção contra corrosão, bem como as particularidades de sua adequabilidade para osrespectivos campos de aplicação.

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21.1.15- Teste dos Tanques de Carga

21.1.15.1- Tanques de carga e cofferdams devem ser, se possível, testados por coluna d�água, antes dolançamento ou no dique seco. As anteparas de tanques de carga e cofferdams devem ser testadas, nomínimo, de um lado. Os testes devem ser executados antes da aplicação da primeira de mão de tinta.O teste por coluna d�água pode ser feito, também, após o lançamento, quando o teste na carreira ou nodique não for possível.

21.1.15.2- Para tanques de carga, é exigida uma coluna d�água de 2,5 metros acima do topo dos tan-ques. Para cofferdams, uma coluna d�água até o topo das aberturas de acesso é suficiente.

21.1.15.3- Mediante acordo, pode ser executado um teste combinado por ar comprimido e coluna d�água,em vez de um teste completo de coluna d�água conforme,21.1.15.1 e 21.1.15.2. O teste de estanqueidadepor ar comprimido deve ser executado na carreira. A pressão do ar não pode exceder 0,2 bar. Devem serobservados os procedimentos de segurança a fim de reduzir a um mínimo os riscos de acidente.

21.1.15.4- Tanques de carga dotados de válvulas de alívio de pressão e/ou destinados ao transporte decargas com uma densidade de mais que p = 1,025 t/m

3 serão testados com uma coluna d�água acimado topo do tanque de, no mínimo:

hp = 2,5 . r ou pV [m] (adotar o maior valor)

ρ = densidade do líquido, em [t/m3]pV = pressão de ajuste da válvula de alívio de pressão, em [bar], se a válvula de alívio de pressão for

instalada; pVmin = 0,2 [bar] , para tanques de carga de petroleiros ( vide Seção 3, item 3.4.1).

21.2 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL

21.2.1 - Os cálculos de momentos fletores longitudinais e forças cortantes, bem como o de módulo daseção mestra, devem ser realizados conforme Seção 4.

21.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO, DO CONVÉS E DO TETO DO FUNDO DUPLO

21.3.1 - A espessura do chapeamento do fundo, convés e teto do fundo duplo deve ser determinada paraobter o módulo de seção mestra exigido conforme Seção 4. Além disso, as espessuras do chapeamentodo costado, do convés e teto do fundo duplo não podem ser menores que o exigido conforme Seção 5,Seção 6 e Seção 7, respectivamente.

21.3.2 - Para reforços nas extremidades das superestruturas, vide Seção 14, item 14.1.4.

21.3.3 - As espessuras dos chapeamentos não podem ser menores que as espessuras mínimas confor-me e as espessuras t1 e t2, conforme, respectivamente.

21.4 - LONGITUDINAIS DO COSTADO E LONGITUDINAIS DO CONVÉS

Os escantilhões de longitudinais do costado e de longitudinais de convés devem ser determinadosconforme a Seção 8, item 8.2. Os módulos de seção não podem ser menores que W2, definido na Seção11, item 11.2.3.1.

21.5 - RESISTÊNCIA DE VIGAS E GIGANTES

21.5.1 - Generalidades

21.5.1.1 - As vigas e gigantes devem ser reforçadas por reforços verticais e horizontais. Na região de0,1.m (m = vão livre da viga ou gigante), a partir do suporte, o espaçamento dos reforços não deve sermaior que 60.t (t = espessura da alma). Na região com tensões elevadas as almas devem ser reforçadaspor reforços instalados, paralelos à barra-face. Vigas longitudinais devem ser reforçadas longitudinal-mente.

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21.5.1.2 - Borboletas contra flambagem devem ser espaçadas não mais que 12.b (b = largura da barra-face) ou 3 metros e instaladas, também, nas extremidades de borboletas de gigantes. As barras-facedevem ser adicionalmente suportadas por borboletas contra flambagem nos arredondamentos, bem comoem linha com as barras-face das travessas.

21.5.1.3 - Borboletas colocadas nos cantos de gigantes e borboletas contra flambagem colocadas emlongitudinais devem ter uma transição suave nas suas extremidades inferiores.

21.5.1.4 - As gigantes devem ser particularmente reforçadas para resitir a carregamentos atuando verti-calmente em suas almas, quando navios são carregados e descarregados ao largo.

21.5.1.5 - Passagens de dreno de óleo e de ar, o menor possível, e bem arredondadas, devem serprevistas para facilitar eficiente drenagem e ventilação dos vapores. Perto dos pontos de engastamentodos reforços e vigas, bem como das extremidades das borboletas, não podem ser colocadas aberturas,nem para passagens de solda.

21.5.2 - Análise de Tensões

21.5.2.1 - Uma análise de tensões tridimensional deve ser feita para vigas e gigantes para as condiçõesde carregamento resultantes do arranjo de tanques e dos calados. Os cálculos para longarinas e gigan-tes transversais devem ser executados, no mínimo, para as seguintes condições de carregamento:a) tanque central cheio, tanques laterais vazios, calado H1 = D/4 (ver Fig. 21.1.a)b) tanque central cheio, tanques laterais vazios, calado H2 = HMAX (ver Fig. 21.1.b)c) tanque central cheio, tanques laterais vazios, pressão externa conforme banda de 20 graus, 1ado do

convés imerso.d) tanques laterais cheios, tanque central vazio, calado H3 = Hmin na condição de lastro (ver Fig. 21.1.d);d) tanques laterais cheios, tanque central vazio, calado H4 = HMAX na condição de lastro, H4min = H/3

(H= calado de verão)

As condições de carregamento, conforme Fig. 21.1, se aplicam analogamente para navios petroleiroscom 3 e mais anteparas longitudinais e/ou casco duplo.

21.5.2.2 - No caso das condições de carregamento b) e e), os seguintes carregamentos dinâmicosexternos devem ser adicionados à pressão de água resultante do calado:

a) Para o costado do navio:

pd = (10.po ) / (10+z1) [kN/m2] , acima da linha d�águapd = po . [1- (z2 / 2.H)] [kN/m2] , abaixo da linha d�água

H = calado H2 ou H4 , em [m]

po = pD (carregamento de conveses expostos ao tempo, calculado como mostrado na Seção 3, item3.2.1.1)

z1 = distância vertical desde a linha d�água até a viga ou gigante, medida para cima da linha d�água,em [m]

z2 = distância vertical desde a linha d�água até a viga ou gigante, medida para baixo da linha d�água,em [m]

b) para o fundo

pd = po / 2 [kN/m2]

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Figura 21.1

21.5.2.3 - Os carregamentos internos dos líquidos devem ser determinados conforme as fórmulas parap�1 , conforme Seção 3, item 3.4.1. Como pressão mínima de abertura das válvulas de alívio de pressão,deve ser adotada 7 a 0,2 bar.

21.5.3 - Escantilhões

21.5.3.1 - Sob as hipóteses de carregamento conforme 21.5.2. os seguintes valores de tensão nãodevem ser excedidos nos gigantes transversais e nas vigas de anteparas:

tensões de flexão e axiais normais: σx = 180/k [N/mm2]tensõesde cisalhamento: τ = 100/k [N/mm2]

tensão combinada: ]/[/2003 2222 mmNkzxzxV =⋅+⋅−+= τσσσσσ

σx = tensão na direção longitudinal da vigaσz = tensão vertical à direção longitudinal da viga.

Os valores de tensão conforme, não devem ser excedidos pelo carregamento através de p2 conforme aSeção 3, item 3.4.1

21.5.3.2 - Em longarinas e sicordas, a tensão combinada resultante da flexão local da viga e flexãolongitudinal do casco do navio sob carregamento do mar, não pode exceder 0,9.σσσσσS (σσσσσS = limite de esco-amento do material).

21.5.3.3 - A resistência à flambagem de vigas e gigantes deve ser verificada. Ver Seção 2, item 2.6.

21.5.3.4 - A espessura de alma de vigas longitudinais de convés reforçado longitudinalmente não podeser menor que:

][133,1 1 mmezat

oD

−⋅⋅⋅= σ

σD = tensão de compressão máxima, em [N/mm2] , no plano do convész1 = distância vertical do centro do painel de alma considerado ao convés, em [m]eo = distância do eixo neutro da seção mestra ao convés, em [m].

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21.5.3.5 - A espessura de alma de longarinas do fundo reforçadas longitudinalmente não pode ser menorque:

][133,1 2 mmezat

oB

−⋅⋅⋅= σ

σB = máxima tensão de compressão no plano do fundo, em [N/mm2]z2 = distância vertical do centro do painel de alma considerado à linha base, em [m]eo = distância do eixo neutro da seção mestra à linha base, em [m].

Quando é prevista a docagem do navio sob as longarinas, deve ser comprovado que os escantilhões sãosuficientes para os carregamentos da docagem.

21.5.3.6 - Travessas

A área seccional das travessas não pode ser menor que:

100,][105

100,][0045,095

10

24

2

22

>⋅⋅=

≤⋅−

⋅=

λλ

λλ

paracmpf

paracmpf

k

k

λ = m/i = grau de esbeltezm = vão sem apoio, em [cm]i = raio de giração = (J / fk )1/2 [cm]J = menor momento de inércia, em [cm4]p = carregamento p1, p�1 ou pD, em [kN/m2], conforme Seção 3, item 3.4. Como primeira aproxima-

ção,p = A.p [kN], onde A = área suportada por uma travessa, em [m2]

fk deve ser determinado definitivamente para a força p, resultando do cálculo da resistência transversal dogigante.

21.6 - ANTEPARAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS ESTANQUES A ÓLEO

21.6.1 - Generalidades

21.6.1.1 - As anteparas devem ser reforçadas por prumos ou travessas, combinadas com vigas ougigantes horizontais e verticais ou estruturas equivalentes.

21.6.1.2 - Anteparas de cofferdams devem ser estanques ao óleo. Se elas formam limites de tanques decarga, devem ter a mesma resistência que as anteparas de tanques de carga. Se elas formam limitesde tanque de armazenamento, seus escantilhões devem ser determinados conforme a Seção 10. Emoutros casos, são suficientes escantilhões como para anteparas comuns estanques à água, conforme aSeção 10.

21.6.1.3 - Anteparas longitudinais podem ter aberturas dentro de cofferdams, exceto nas fiadas reforça-das, superior e inferior. Fora da região dos tanques de carga, as anteparas não devem terminar abrupta-mente; deve ser prevista uma transição gradual com as longarinas e sicordas adjacentes.

21.6.1.4 - Anteparas longitudinais corrugadas só podem ser corrugadas na direção horizontal. As fiadassuperior e inferior das anteparas longitudinais, conforme 21.6.2.2, não podem ser corrugadas.

21.6.1.5 - Para comprovação de suficiente resistência à flambagem de anteparas longitudinais, videSeção 4, item 4.4.2. Como primeira aproximação, a espessura crítica das fiadas superiores das antepa-ras longitudinais reforçadas longitudinalmente pode ser determinada conforme o item 21.5.3.4 ou 21.5.3.5(ver, também, o item 21.1.14.1)

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21.6.2 - Escantilhões

21.6.2.1 - Definições

k = fator de material, conforme a seção 1; k =1 para aço naval comuma = espaçamento dos prumos, em [m]e = espaçamento, em [m], entre vigas e gigantes entre si, do fundo ou convés e das anteparas,

respectivamentem = vão sem apoio, em [m], conforme a Seção 2, item 2.3p = carregamento p1 , p�1 ou pd, em [kN/m2] , conforme Seção 3, item 3.4. Prevalece o maior valor.p2 = pressão em [N/m2] , conforme a Seção 3, item 3.4 �engastado� ou �simplesmente apoiado� = ver

a Seção 2, item 2.4

21.6.2.2 � Chapeamento

a) A espessura do chapeamento não pode ser menor que:t1 = 1,13.a.(p.k)1/2 + 1,5 [mm] para anteparas transversaist1 = 1,20.a.(p.k)1/2 + 1,5 [mm] para anteparas longitudinaist2 = 0,92.a.(p2.k)1/2 + 1,5 [mm]

tmin = ver item 21.1.13

b) As fiadas superior e inferior das anteparas longitudinais devem possuir uma largura de, no mínimo,0,1.D, e suas espessuras não podem ser menores que:tmin = 0,75xespessura do chapeamento do convés, para a fiada superior do chapeamentotmin = 0,75 x espessura do chapeamento do fundo, para a fiada inferior do chapeamento

c) A espessura do chapeamento de anteparas corrugadas não pode ser menor que:tcrit = b / (68.k1/2), onde b = largura da barra face da corrugada

21.6.2.3 � Prumos

a) O módulo de seção de prumos de antepara e de elementos de antepara corrugada de anteparaslongitudinais e transversais, bem como de travessas e elementos de anteparas transversais conside-rados engastados em ambas as extremidades, não pode ser menor que:

W1 = 0,55.k.a.m2.p [cm3]

W2 = 0,44.k.a.m2.p2 [cm3]

Onde uma ou ambas as extremidades forem simplesmente apoiadas, o módulo de seção deve seraumentado em 50%. Para elementos de antepara corrugada, a largura do elemento e (mostrado naFigura 10.4) deve ser utilizada, ao invés de a (vide, também a Seção 10, item 10.2.4)

b) O módulo de seção de travessas em anteparas longitudinais deve ser determinado como para caver-nas longitudinais, conforme a Seção 8, item 8.2, mas não pode ser menor que W2 no item 21.6.2.3.a.

c) Onde os escantilhões de prumos e vigas que não fazem parte dos elementos estruturais longitudinaisou transversais são determinados conforme cálculos de resistência, os seguintes valores de tensãonão devem ser ultrapassados:quando solicitado pelo carregamento p: σb = 150/k [N/mm2] ; τ = 100/k [N/mm2]quando solicitado pelo carregamento p2: σb= 185/k [N/mm2] ; = 120/k [N/mm2] ;

]/[/220.3 222 mmNkbV =+= τσσ

d) Para prumos e vigas que são parte de elementos estruturais transversais ou longitudinais, deve serobservado, adicionalmente, o item 21.5.3.

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e) A fixação da extremidade de prumos de antepara por borboletas deve ser executada conforme aSeção 2, item 2.4. As borboletas devem ser determinadas pelo módulo de seção dos prumos. Asborboletas devem ligar os prumos com a viga adjacente, ou se extender até a próxima caverna ou vau.

f) Para a fixação das extremidades de elementos de anteparas corrugadas deve ser observada a Seção2, item 2.4.3

g) A espessura da alma dos prumos não deve ser menor que a espessura mínima definida no item21.1.13.

h) A travessa mais inferior de uma antepara transversal não deve ser colocada a uma distância maior que300 mm das extremidades superiores das borboletas dos longitudinais do fundo.

i) Os prumos devem ser contínuos nas vigas. Eles devem ser ligados às almas das vigas para que a forçade suporte possa ser transmitida observando τzul = 80/k [N/mm2]

21.6.2.4 - Vigas nas anteparas

a) As seguintes fórmulas só [podem ser utilizadas para a determinação dos escantilhões como umaprimeira aproximação. posteriormente, deve ser realizada uma análise de tensões para o sistema devigas. para tensões admissíveis, ver 21.6.2.3.3.

b) Vigas horizontais e verticais não formando um anel fechado com vigas do fundo e convés ou comescoas:

W1=0,83.k.e.m2.p [cm3]

W2=0,66.k.e.m2.p2 [cm3]

c) Para vigas verticais e horizontais em anteparas transversais formando um anel fechado com vigas dofundo e do convés ou com escoas:

W1=0,55.k.e.m2.p [cm3]

W2=0,44.k.e.m2.p2 [cm3]

d) Vigas em anteparas longitudinais devem ser determinadas pela análise de tensões definida no item21.5.2.

21.7 - ANTEPARAS-DIAFRAGMA

21.7.1 - Generalidades

21.7.1.1 - A área de perfuração em anteparas-diafragma deve ser aproximadamente 5 a 10% da área daantepara.

21.7.1.2 - As fiadas superior e inferior de uma antepara central executada com uma antepara-diafragmadevem ser determinadas conforme o item 21.6.2.2.2. Na região destas fiadas devem ser evitadas gran-des aberturas. A antepara central deve ser executada da maneira que transmita a tensão de cisalhamentoentre fundo e convés.

21.7.2 - Escantilhões

21.7.2.1 - A espessura da chapa de anteparas-diafragma transversais deve ser dimensionada de modo asuportar as forças induzidas pelo chapeamento do costado, as anteparas longitudinais e longarinas. Atensão de cisalhamento não pode exceder 100/k [N/mm2]. Além disto, os painéis de chapeamentodevem ser verificados com respeito à sua resistência contra flambagem. Em nenhum caso a espessurado chapeamento pode ser menor que a espessura mínima definida no item 21.1.13.

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21.7.2.2 - Prumos e vigas devem ser determinados como para uma antepara estanque ao óleo, com usodo valor de pressão pd , conforme a seção 3, item 3.4.2, para a pressão p.

21.8 - ESCOTILHÕES

21.8.1 - Escotilhões de Tanques

21.8.1.1 - O número e tamanho de escotilhões deve ser limitado ao mínimo possível para o acesso eventilação.

21.8.1.2 - Onde serão cortadas aberturas no convés para escotilhões, as aberturas devem ser, de prefe-rência, elípticas, com o seu eixo maior na direção longitudinal do navio. Longitudinais do convés devemser contínuas na região de escotilhões, dentro de 0,4.L, a meia-nau; onde isso não é possível, deve sercompensada a área seccional cortada.

21.8.1.3 - As braçolas de escotilhões devem ter uma espessura de, pelo menos, 10 mm.

21.8.1.4 - Tampas de escotilhões devem ser de aço com espessura de, pelo menos, 12,5 mm. Quandoa sua área é maior que 1,2 [m2], devem ser previstos reforços. As tampas de escotilhões devem possuirfechamento estanque a óleo.

21.8.1.5 - Em petroleiros pequenos as espessuras mínimas, conforme 21.8.1.3 e 21.8.1.4, de 10 mm,para as braçolas de 12,5 mm para as tampas, podem ser menores, quando isso pode ser justificado pelotamanho ou reforços adicionais dos escotilhões.

21.8.1.6 - Outros tipos de tampas de escotilhões estanques ao óleo podem ser aprovados, desde quesua equivalência possa ser demonstrada.

21.8.1.7 - Tampas de escotilhões, de material plástico estanque ao óleo, reforçado com fibra de vidro,podem ser aprovadas, desde que os seguintes determinações sejam atendidas:a) O laminado deve ser auto-extinguível.b) Um protótipo de uma tampa deve ser submetido a um teste de fogo padrão, conforme SOLAS, 1974,

com as chamas atingindo, pelo lado inferior, por 20 minutos, a uma temperatura máxima de 79 oC. Atampa protótipo deve ser capaz de reter as chamas durante os primeiros 20 minutos, do teste de fogopadrão.

c) Um protótipo de uma tampa deve ser submetido a um teste no qual pode ser demonstrado que atampa continua estanque nas condições da limpeza dos tanques com vapor. A tampa não deve sedeformar no teste.

d) As peças plásticas das tampas devem ser fabricadas por oficinas homologadas pelo BC e sob fisca-lização, conforme as Regras de homologação do BC.

e) Um protótipo de cada tamanho de tampas fabricadas deve suportar um teste de pressão com, pelomenos, 28 [kN/m2].

f) Deve ser comprovado que as tampas fabricadas em série têm as mesmas resistências e qualidadesdaquelas que foram submetidas aos testes de protótipo.

g) O dispositivo para abrir e fechar as tampas deve ser de maneira que a tampa só possa ser travada nacondição completamente fechada ou completamente aberta. Uma placa indicadora com a seguinteindicação deve ser fixada na tampa: �Tampas não fechadas devem ser travadas na posiçãototalmente aberta.�

A instalação de tampas de escotilhões de plástico reforçado com fibra de vidro também deve ser aprova-da pela autoridade nacional responsável para conferir a borda-livre.

21.8.2 - Outros Escotilhões

Escotilhões para compartimentos outros que tanques de carga situados no convés resistente, em umacaixa ou no convés do castelo, também dentro de superestruturas abertas, devem ter tampas de açoestanques ao tempo, com resistência conforme a Seção 15, item 15.3.

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21.9 - DETALHES ESTRUTURAIS DAS EXTREMIDADES DO NAVIO

21.9.1 - Generalidades

21.9.1.1 - Nos seguintes regulamentos é pressuposto que o fundo no corpo de vante e de ré do navio(parte a vante da antepara de cofferdam à vante e parte à ré da antepara à ré) é estruturado transversal-mente. Outras construções, quando comprovada a equivalência, podem ser aprovadas.

21.9.1.2 - Para os piques de vante e de ré, prevalecem as Regras da Seção 8, item 8.1.7. .

21.9.2 - Corpo de Vante (Proa do navio)

21.9.2.1 - Hastilhas devem ser colocadas em cada caverna. Os escotilhões devem ser determinadosconforme a Seção 7, item 7.1.1.2.4. .

21.9.2.2 - Cada longitudinal do fundo, alternada, deve ser estendida para vante, quando consecutivamen-te possível, por uma longarina lateral intercostal, de mesma espessura e, no mínimo, a metade da alturadas hastilhas. A largura de seus flanges deve ser, no mínimo, de 75 mm.

21.9.2.3 - Os costados podem ser estruturados transversal ou longitudinalmente, conforme Seção 8..21.9.3 - Corpo de Ré (Popa do navio)

21.9.3.1 - Entre a antepara do cofferdam de ré e a antepara do pique de ré, a estrutura do fundo deve serconforme a Seção 7.

21.9.3.2 - Os costados podem ser estruturados transversal ou longitudinalmente, conforme Seção 8.

21.10 - NAVIOS PARA O TRANSPORTE DE CARGA SECA OU ÓLEO

21.10.1 - Generalidades

21.10.1.1 - Para navios no contexto deste parágrafo, construídos para o transporte de carga seca ouóleo, prevalecem as Regras desta Seção, bem como as Regras relevantes para o transporte da respec-tiva carga seca.

21.10.1.2 - Carga seca e carga líquida com um ponto de fulgor (teste de cuba fechada) de 60 oC e abaixo,não podem ser transportadas simultaneamente, com exceção de sobras de óleo de carga e água conta-minada por óleo de carga, quando carregadas em tanques de borra, atendendo 21.10.3.

21.10.1.3 - Antes de empregar o navio para o transporte de carga seca, toda a área de carga deve serlimpa e desgaseificada. Através da limpeza e repetidas medidas da concentração de gases, deve-seassegurar que durante o transporte da carga seca não poderão ocorrer concentrações perigosas degases na área de carga.

21.10.1.4 - Na região dos porões de carga para óleo, devem ser evitados, tanto quanto possível, espaçosvazios onde possam se formar gases explosivos.

21.10.1.5 - Aberturas utilizadas para operações de carga e descarga ou estiva de carga seca, não sãopermitidas em anteparas e conveses separando tanques de óleo de carga de outros compartimentos, amenos que meios alternativos aprovados sejam previstos para assegurar integridade equivalente no quese refere à divisão e estanqueidade.

21.10.2 - Reforços

21.10.2.1 - Cavernas

a) Os escantilhões de cavernas nos porões de carga para óleo devem ser determinados conforme aSeção 8, item 8.1.3.2. Borboletas contra flambagem, conforme, devem ser colocadas em intervalos

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adequados.b) Em porões de carga parcialmente cheios pode ser exigido um reforço das cavernas, dependendo da

razão de enchimento.

21.10.2.2- Anteparas de Porões de Carga

a) Os escantilhões de anteparas de porões de carga devem ser determinados conforme 21.2.8, bemcomo conforme as Regras para navios petroleiros. Sua resistência deve, também, atender às exigên-cias da Seção 11, item 11.4.

b) Em porões de carga parcialmente cheios pode ser exigido um reforço de anteparas, dependendo darazão de enchimento.

21.10.2.3- Escotilhas

a) Os escotilhões das tampas de escotilhas devem ser determinados conforme a Seção 15, com espe-cial atenção ao parágrafo 15.3.1.3 .

b) Em porões de carga parcialmente cheios, pode ser exigido que as tampas de escotilha sejam reforça-das, dependendo da razão de enchimento e da localização do navio.

c) Os escantilhões das braçolas de escotilhas devem ser verificados para o carregamento, conforme aSeção 15, item 15.3.1.5

d) A forma e tamanho das tampas de escotilha e o sistema de vedação devem ser adaptados um aooutro de modo a se evitar vazamentos causados por possíveis deformações elásticas das escotilhas.

21.10.3- Tanques de Borra (Slop-tanks)

Tanques de borra devem ser circundados por cofferdams alagáveis. Um cofferdam pode ser dispensadoonde um compartimento de bombas, um tanque de óleo combustível ou um tanque de carga destinadoexclusivamente para óleo de carga ou água de lastro, seja localizado adjacente ao tanque de borra. Paraventilação de tanques de borra, vide Regras de Construção para Máquinas .

21.11- PEQUENOS NAVIOS PETROLEIROS

21.11.1- Generalidades

21.11.1.1- Pequenos navios petroleiros são aqueles com emnos de 100 metros de comprimento. Podemser estruturados longitudinal ou transversalmente ou, ainda, pode ser adotado um sistema combinadocom os costados do navio estruturado transversalmente e o fundo e o convés resistente, longitudinal-mente. Para o convés resistente, o sistema longitudinal é recomendado.

21.11.1.2- O convés resistente pode se estender de bordo a bordo ou pode consistir de um convésprincipal e de um convés em caixa mais elevado. No caso de navios com conveses em caixa, os valoresadmissíveis de L/D para as diferentes regiões de navegação devem ser relacionados ao seguinte pontalideal D:

D�= D + (htrunk . btrunk / B)

L = comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1)D = pontal do navio, em [m] (ver Seção 1)hrunk = a altura da caixa acima do convés principal, em [m]btrunk = largura (boca) da caixa, em [m]

21.11.1.3- Duas anteparas longitudinais estanques ao óleo ou uma antepara central estanque a óleopode ser instalada, e devem se estender continuamente através de todos os tanques de carga, decofferdam a cofferdam.

21.11.1.4- O comprimento livre dos tanques de carga não pode ser maior que 7 + 0,1.L [m] (vide, tam-bém, o item 21.1.5.)

21.11.1.5- Para navios petroleiros com mais de 24 metros de comprimento, deve ser fornecida a com-

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provação de altura de proa suficiente, conforme 21.1.7.

21.11.1.6 - Uma caixa de suficiente altura pode servir como passarela, conforme 21.1.8

21.11.2 - Vigas Principais

21.11.2.1- O módulo de seção e a área seccional da alma dos seguintes elementos estruturais princi-pais, formando anéis fechados de suporte, longarina central, longarina lateral, gigantes do fundo, caver-nas gigantes, vigas em anteparas e escoas na região de tanques de carga, devem satisfazer às seguin-tes exigências mínimas:

W1 = k . c . e . m2 . p [cm ]

W2 = conforme 21.6.2.3.a

f1 = 0,061.k.e.m.p [cm2]f2 = 0,040.k.e.m.p2 [cm2]c = 0,9 - 0,002.Lk, e, m, p , p2 : conforme o item 21.6.2.1.

21.11.2.2- Se os elementos estruturais principais em 21.11.2.1 não formam anéis fechados e são sim-plesmente apoiados em uma ou ambas extremidades, seus módulos de seção e áreas seccionais dealma, conforme 21.11.2.1, devem ser aumentados em 50%.

21.11.2.3- Os escantilhões dos vaus gigantes para estrutura longitudinal devem ser determinados confor-me 21.11.8.

21.11.2.4- Deduções para navegação restrita não podem ser feitas para elementos estruturais principais.

21.11.3- Estrutura Transversal

21.11.3.1- Escantilhões

a) O módulo de seção de cavernas na área de tanques de carga não pode ser menor que:

W1 = k . c . a . m2 . p [cm3] ou

W2 = conforme 21.6.2.3.a

k e p conforme 21.6.2.1c = 0,7, sem escoa ou apenas com escoac = 0,6, com duas ou mais escoas e cavernas gigantes colocadas em cada gigante do fundo. Onde

não existe caverna gigante, deve ser adotado c = 0,7, mesmo onde 2 ou mais escoas sãoprevistas.

m = vão, sem apoio, da caverna, em [m]; m, m1, m2, m3, conforme Fig. 21.2 .

b) Os escantilhões do perfil da caverna devem ser mantidos ao longo de todo o pontal D.

21.11.3.2- Fixação das Extremidades e Conexões

a) Nas extremidades das cavernas transversais devem ser previstas borboletas flangeadas, conforme aseção 2, item 2.4.2. A borboleta de bojo deve contornar o bojo e ser conectada à longitudinal adjacen-te ao fundo. A borboleta da extremidade superior da caverna deve ser conectada à longitudinal adja-cente ao convés.

b) Onde o vão sem apoio é considerável, chapas ou borboletas devem ser instaladas para suportar acaverna contra flambagem. As cavernas devem ser conectadas às escoas por chapas ou borboletasse estendendo até à barra-face da escoa, para que a força de suporte possa ser transmitida.

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21.11.4- Convés

21.11.4.1- Os escantilhões do convés resistente devem ser determinados conforme Seção 6. A espessu-ra do chapeamento não pode ser menor que:

tcrit = 103.a / (85-0,15.L) [mm] , onde é adotada estrutura longitudinaltcrit = 103.a / (65-0,2.L) [mm] , onde é adotada estrutura transversal

A espessura do convés não pode ser menor que a espessura mínima definida no item 21.1.13, ou que asespessuras t1 e t2 , definidas no item 21.6.2.2.a.

Figura 21.2

21.11.4.2 - Para navios de convés caixa, o dimensionamento do convés será baseado no pontal ideal D�,definido no item 21.11.1.2. A espessura do chapeamento de convés assim obtida se aplica para o convésprincipal e para o convés caixa. Onde a espessura obtida para o convés excede a do fundo, contanto queo sistema estrutural e o espaçamento de cavernas seja igual no fundo e no convés, o valor médio dasduas diferentes espessuras será usado para o convés e o fundo.

21.11.4.3 - O chapeamento lateral da caixa deve ser da mesma espessura do chapeamento do costadonas extremidades, levando em consideração o espaçamento da caverna, entretanto, não pode ser menorque a espessura mínima, conforme 21.1.13, nem que as espessuras t1 e t2 , definidas no item 21.6.2.2.a.

21.11.4.4 - O reforço do chapeamento da lateral da caixa deve ser similar ao do convés. Os gigantesdevem ser determinadas conforme 21.11.8, como vaus gigantes, com um vão igual à altura da caixa. Omódulo de seção não deve ser menor que o dos vaus gigantes a eles conectados.

21.11.5 - Chapeamento do Costado

A espessura de chapeamento do costado deve ser determinada conforme a Seção 5. Para navios comconvés-caixa, a espessura se baseará no pontal ideal D�, definido no item 21.11.1.2. A espessura dochapeamento do costado não pode ser menor que as espessuras t1 e t2 , definidas no item 21.6.2.2.a.

21.11.6 - Longitudinais

21.11.6.1 - O módulo de seção deve ser determinado conforme a seção 8, item 8.2 , e não pode sermenor que W2 , definido no item 21.6.2.3.a

21.11.6.2 - Entre 0,2 L da PPAV e a antepara de vante do cofferdam, as longarinas do fundo, entre alongarina central e a antepara longitudinal lateral e o costado, devem ser aumentadas de 60%, na altura.Devem ser instaladas gigantes de fundo adicionais da mesma altura, entre as gigantes normais.

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21.11.7- Vaus

Os escantilhões dos vaus devem ser determinados conforme Seção 9. O módulo de seção não pode sermenor que W1 ou W2 , definidos no item 21.6.2.3.a

21.11.8 - Vaus Gigantes para Estrutura Longitudinal no Convés

O módulo de seção e a área seccional da alma de vaus gigantes, na região de tanques de carga, nãodeve ser menor que:

W1 = k . c . e . m 2 . p [cm3]

W2 = conforme 21.6.2.3.af 1 = 0,061 . k . e . m . p [cm

2]f 2 = conforme 21.11.2.1k, e, c, m : conforme 21.11.2.1

p = carregamento de convés pD, conforme Seção 3, item 3.2.1.1, ou a pressão p�1, conforme a Seção3, item 3.4.1

Lista de Compostos Número 1

Óleos Destilados

Óleo crú GasóleoÓleo crú contendo misturas Gasolina e misturas de gasolinaÓleo diesel Combustíveis de turbina à gásÓleo de aquecimento (óleo combustível) Gasolina pesadaÓleo isolante Emulsões asfálticasÓleo mineralÓleo lubrificante e misturasÓleo de motorÓleo SpindleÓleo de turbina

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Lista de Compostos Número 2

Nome dos Compostos Temp. Ponto Dens. Nome dos Compostos Temp. Ponto Dens.ignição de t/m³ ignição de t/m³

0° Fulgor °C Fulgor°C °C

Acetona 540 -19 0,79 Álcool n-decilico 285 82 0,83

Acetato de isopentila 380 25 0.87 Ftalato de diisobutila 160 1.04

Acetato de n-pentila 375 37 0.88 Diisobutilcetona 388 49 0.81Acetato de sec pentila 32 0.86 Diisobuteno > - 7 0.72Álcool pentílico 300 38 0.81 4-Hidroxi, 4 metilpentanona 640 58 0.93Álcool n-pentílico secundário 340 34 0.81 Diciclopentadieno 32 0.98Álcool isopentílico secundário 30 0.82 Dietil benzeno 395 56 0.87Álcool tert-pentilico 30 0.81 Dietileno glicol 225 124 1.12tert-Pentenos Eter dietileno glicol dietilico 82 0.91Álcool benzilico 436 100 1.05 Eter dietileno glicol monobutilico 195 107 0.95Acetato de isobutila 420 18 0.87 Acetato de eter dietileno

glicol monotubutilico 299 116 0.98Acetato de n-butila 370 22 0.88 Eter dietileno glicol monoetilico 190 96 1.03Acetato de sec-butila 19 0.86 Acetato de eter dietileno

glicol monoetilico 110 1.01Álcool isobutilico 430 27 0.80 Eter dietilenoglicol monometilico 93 1.02Álcool n-butílico 365 29 0.81 Acetato de eter dietileno

glicol monometilico 82 1.04Álcool sec-butílico 390 24 0.81 Filato de diisoctila > 500 204 0.98Álcool tert-butílico 470 11 0.79 Ftalato de dioctila 188 0.99

Ftalato de bitilbenzilia 199 1.12 Dipenteno 237 45 0.85

1-4 Butanidiol > 395 > 65 1,0-1,05 Eter difenilico 620 115 1.07

gama Butirolactona 98 1.14 Dipropileno glicol 138 1.02Cumeno 420 31 0.86 Eter dipropileno glicol monometilico 85 0.95Ciclohexano 260 - 18 0.78 Alcool dodecilico > 100 0.84Ciclohexanol 300 68 0.95 Dodecilbenzeno 1306 0.86p-Cimeno 435 47 0.86 Dodecilfenol 163 0.94iso Decanol 260 96 0.83 2-Etoxietanol 235 40 0.93n-Decanol 285 82 0.83 Acetato de 2-etoxietila 380 49 0.97Acetato de etila 460 - 4 0.9 Latex 1.1

Alcool etílico 425 25 0.76 Acetato de metila 475 - 10 0.93

Etil benzeno 432 15 0.87 Alcool metilico 455 11 0.79Etil ciclo hexano 262 35 0.79 Metil pentil cetona 533 49 0.822-Etil hexanol 270 75 0.83 Metil etil cetona 505 - 1 0.81Carbonato de eteno 143 1.32 Metil isobutil cetona 340 31 0.8

Etileno glicol 410 111 1.11 Eter metil tert-butilico 460 - 28 0.74

Eter etilenoglicol metilbutilico 0.85 2-Metil 1-penteno > 7 0.68

Eter etileno glicol monobutilico 244 61 0.90 N-Metil 2-pirrolidona 91 1.03

Acetato de eter etilenoglicol monobutilico 88 0.94 Acetato de metilpentila 43 0.86Eter etilenoglicol monometilico 285 37 0.97 Alcool metil pentilico 41 0.81Acetato de eter etilenoglicol monometilico 49 1.01 Melaco 1.45

TOMO II - NAVIOS PETROLEIROS ........................... SEÇÃO 21

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Nome dos Compostos Temp. Ponto Dens. Nome dos Compostos Temp. Ponto Dens.ignição de t/m³ ignição de t/m³

0° Fulgor °C Fulgor°C °C

Eter etilneno glicol monofelinico 121 1.11 Monano 206 30 0.72

Acido 2-etilhexanoico

glicol monobutilico 310 126 0.91 Alcool monilico 74 0.83

Formamida monometilico 154 1.15 Monilfenol 140 0.94Furfurol 391 65 1.13 Octano 220 13 0.70Glicerina 400 160 1.26 Octanol - todos isomeros 270 75 0.83n-Heptano 220 - 4 0.60 Parafina 245 199 0.9Heptanol - todos isomeros 74 0.82 n-Penteno 2) 285 < 20 0.63Hepteno (isomeros mistos) 260 < 0 0.72 isoPenteno 2) 420 < 20 0.62

n-Hexano 260 - 22 0.66 n-Penteno 2) < 20 0.65

1-Hexeno 260 - 23 0.66 isoPenteno 2) < 20 0.641-Hexanol monometilico 63 0.82 Perclorpetileno 1.634-Metil 2-4 pentanodiol 63 0.92 Petrolato 60 0.82-0.88

Formato de isobutila 322 18 0.91 Nafta de petroleo 1) 0.63-0.88

Acido latico 1.20 0,5,5 trimetil 2-ciclo hexe

1-ona

Alfa-Pineno 32 0.86 berta Tricloroetano 1.44Polipropilenoglicois > 260 1.0 Fosfato de tricresila 225 1.16Propanal 207 < 20 0.81 (contem - oito isomeros)Acetato de isopropila 460 4 0.87 Tridecanol 118 0.85Acetato de n-propilico 430 10 0.89 Trietilbenzeno 111 0.87

Alcool isopropilico 395 12 0.79 Trietilenoglicol 371 166 1.13Alcool n-propilico 405 15 1.80 Triisopropanolamina 160 1.02Propilenoglicol 420 99 1.04 1,2,4-Trimetilbenzeno 54 0.88Eter propilenoglicol monoetilico 0.90 Tripopileno glicol 141 1.02Eter propilenoglicol monoetilico 38 0.92 Eter tripopileno glicol monometilico 121 0.97Tetramero de propeno 78 0.76 Fosfato de trixilenila 232 1.16Trimero de propeno 40 0.74 terebentina 220 33 0.86Nafta solvente 500 15 0.87 Solução de nitrato de amonio ureia < 1.301,1- Dioxido de tetrahidritiofeno 177 1,27 Solução de fosfato de amonio ureia < 1.30

Óleo �Tall� 182 0.93 Destilação de petroleo 232 40 0.8- 1.0

Tetrahidronaftaleno 384 71 0.97 faixa de dest 220-330 0.C

Tolueno 535 6 0.87 Vinho 1

alfa-Tricloproetano 1.33 Xileno 465 25 0.87

1) Onde a pressão de vapor Reid for maior que a atmosférica, a ORIENTAÇÃO do item 21.1.1.3 deve serobservada;

2) A pressão de vapor Reid se situa acima da pressão atmosférica. A ORIENTAÇÃO do item 21.1.1.3deve ser observada.

TOMO II - NAVIOS PETROLEIROS ........................... SEÇÃO 21

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SEÇÃO 22

REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARESPARA NAVIOS-TANQUE

22.1 - INTRODUÇÃO

Essas regras adicionais se aplicam a navios-tanque para o transporte de líquidos ou gases inflamáveis,ou que sejam perigosos ou nocivos à saúde. São regras originadas e adaptadas de regras internacionaise nacionais, vigentes.

22.2 - DEFINIÇÕES E REGRAS BÁSICASOs navios-tanque, de uma maneira geral, podem ter os tanques solidários à estrutura ou independentesdela.

22.2.1 - Categorias das CargasAs principais cargas para o transporte em navios-tanque são divididas em 3 categorias:a) Gases comprimidos e liquefeitos sob pressãob) Substâncias líquidas inflamáveisc) Substâncias corrosivas

22.2.2 - Sistema de Carga e Áreas PerigosasO sistema de Carga da Embarcação e suas áreas perigosas compreendem:a) Tanques de cargab) Espaços contíguos aos tanques de cargac) Cofferdamsd) Compartimentos de Bombas de Carga e de Compressores de Gás

22.3 - DOCUMENTOS ESPECÍFICOS PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO

Além dos planos comuns a todas as embarcações com propulsão, os navios-tanque exigem a apresen-tação dos documentos a seguir mencionados.

22.3.1 - Embarcações Destinadas ao Transporte de Gasesa) Planos dos tanques de gás liquefeito, arranjo e detalhes do tipo de carga a ser transportada e a

pressão de vapor máxima.b) Planos das redes e tubulações de gás liquefeito, arranjo das bombas de carga e compressores de

gás, incluindo os prime-movers (acionadores).c) Planos das tubulações das redes de gás, das válvulas de alívio de pressão.d) Planos das redes de esgoto e lastro na área de carga.e) Planos dos equipamentos e sistema de ventilação dentro dos espaços da área de carga.f) Planos dos equipamentos de deteção de gás para carga a ser transportada.g) Plano de localização dos medidores para os tanques de carga.h) Plano e descrição do procedimento de carga e descarga do gás.i) Plano de localização das válvulas de alívio e das válvulas de comando à distância, com seu modo de

operação; ej) Plano de arranjo do sistema de gás inerte e descrição do mesmo.

22.3.2 - Embarcações Destinadas ao Transporte de Líquidos Inflamáveisa) Planos dos Tanques de Cargab) Planos das redes de carga, arranjo das bombas de carga, incluindo os seus acessórios.

TOMO II - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARESPARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22

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c) Planos de equalização de pressão, incluindo quebra-chamas e linhas coletoras de gás dos tanques decarga.

d) Planos dos equipamentos de sondagem, medição de nível ou verificação de conteúdo dos tanques decarga.

e) Planos de sistema de esgoto e lastro, dentro da área de carga.f) Planos do sistema de ventilação/exaustão, dentro da área de carga, eg) Diagrama de desenhos de válvulas de comando à distância e seu modo de operação.

22.3.3 -Embarcações para o Transporte de Outros Líquidos Perigosos, em Adição aos 2 ItensAnterioresa) Detalhes do tipo e propriedades da carga;b) Cálculo e detalhes das válvulas de segurança; ec) Descrição dos procedimentos de carga e descarga.

22.4 - BOMBAS DE CARGA E SEUS ACIONADORES:

a) As máquinas que acionam as bombas de carga, de preferência, devem ser instaladas fora da área decarga. Pode-se abrir exceções para acionadores hidráulicos ou elétricos, desde que comprovadamenteseguros.

b) Os sistemas de penetração em anteparas da praça de bombas ou anteparas acima do convés, poreixos de acionamento de bombas, devem ser estanques ao gás ou produto.

c) As bombas de carga no convés devem ser instaladas entre os coferdames de vante e de ré.d) As bombas de carga abaixo do convés devem ser instaladas em praças de bombas separadas dos

outros espaços da embarcação por anteparas estanques ao gás, e devem ser equipadas com alarmede nível de porão.

e) As praças de bombas e seus acessos devem se localizar na área de carga, e não podem seintercomunicar com praças de máquinas ou outros espaços contendo fontes de ignição.

f) As bombas de carga (bombas de deslocamento positivo) devem ser equipadas com dispositivo de alíviode pressão. A descarga dos mesmos deve ser recirculada para o lado de aspiraço das bombas.

g) As bombas de carga devem ser paradas de fora da praça de bombas.h) O débito das bombas deve poder ser regulado de fora da praça de bombas.i) Devem ser providos manômetros nos postos de controle de bombas e de carga, para monitorar as

pressões das bombas.

22.5 - REDE DE CARGA

22.5.1 - Instalação das Redesa) Os sistemas de canalização de carga devem ser permanentemente instalados e completamente

separados dos demais sistemas de canalizações. Eles não devem, em geral, se estender além daárea de tanques de carga.

b) As redes de carga devem ser instaladas de modo que a carga remanescente nos tubos possa serdrenada para os tanques de carga. As bombas e filtros de carga, em praças de bombas abaixo doconvés, devem ser dispostos de modo que possam ser, sempre, drenados.

c) As redes de enchimento de tanques de carga devem passar tão próximas quanto possível do fundo dotanque.

d) Devem ser providos, conforme necessário, tubos corrugados de expansão, curvas de expansão ououtros meios aceitáveis de compensação.

e) Podem ser instaladas redes de carga abaixo do convés nos tanques de carga, se uma válvula deinterceptação operável no convés for localizada nos tanques que elas servem. Além disso, deve haverválvulas de interceptação na praça de bombas, em cada tubulação que vá para os tanques.

f) As tubulações de carga devem ser unidas preferivelmente por soldagem.

22.5.2 - Válvulas, Acessórios e Equipamentosa) As conexões de mangueiras devem ser equipadas com dispositivos de fechamento feitos de aço

fundido, açoou outros materiais tenazes, e providos de proteção contra abertura não autorizada.b) As válvulas de interceptação devem ter indicadores para mostrar quanto estão abertas. As hastes de

operação de dispositivos de fechamento, dentro de tanques de carga, devem passar através do teto dotanque de maneira estanque a óleo.

TOMO II - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARESPARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22

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c) Os dispositivos de fechamento operados hidráulica ou pneumaticamente devem ser providos commeios de operação de emergência. Bombas manuais e tubulações diretas das válvulas individuaispodem ser reconhecidas como meios de operação de emergência.

22.6 - AQUECIMENTO DE TANQUES

Os sistemas de aquecimento de tanques devem ser separados dos outros sistemas de aquecimento donavio, o que pode ser obtido, por exemplo, por um trocador de calor na área de carga.

22.6.1 - Válvulas e Acessórios para Aquecimento de TanquesAs redes de vapor em tanques de carga individuais devem ser equipadas com válvulas de interceptação,roscadas. Isto não se aplica a tanques de carga aquecidos por uma fonte de vapor externa ao navio.

22.6.2 - Recirculação de CondensadoO condensado das serpentinas de aquecimento deve ser recirculado para o sistema de água de alimen-tação através de tanques de observação. Os tanques de observação de condensado devem ser providoscom meios de suspiro suficientes. Os tubos de suspiro, em navios para o transporte de líquidos inflamá-veis com ponto de fulgor inferior a 60 oC, devem ser equipados com corta-chamas.

22.6.3 - Aquecimento de Tanques por Meio de Fluidos EspeciaisOs sistemas de aquecimento que utilizem líquidos especiais para troca de calor estão sujeitos a combi-nações especiais.

22.7 - REDES DE VAPOR PARA DESGASEIFICAÇÃO

Devem ser equipadas com válvulas de interceptação roscadas.

22.8 - SISTEMA DE ESGOTO E LASTRO

O diâmetro interno dos tubos de esgoto deve ser, no mínimo, de 50 mm. Deve ser provido um sistemaespecial de bombeamento de esgoto, situado dentro da área de carga, para bombeamento dos porõesda praça de bombas de carga. Deve ser possível também bombear os porões de praças de bombas decarga que sejam inacessíveis devido a circusntâncias especiais. O equipamento necessário deve sercapaz de ser operado de fora da praça de bombas.

22.9 - ALAGAMENTO E DRENAGEM DE COFERDAMES

Os coferdames devem ser equipados com uma válvula de fundo operável do convés, por meio da qualeles possam ser alagados. Eles devem, também, poder ser alagados por meio de um sistema decanalizações fixo no coferdam, derivado da rede de incêndio, usando uma mangueira com acoplamentosStorz. Os coferdames só podem ser drenados usando-se bombas situadas na área de carga.

22.10 - FACILIDADES DE LASTRO DENTRO DA ÁREA DE CARGA

Os sistemas de lastro para tanques de carga ou tanques especiais de água de lastro dentro da área decarga devem ser independentes dos sistemas de redes a vante e a ré dos coferdames. A água de lastropode ser aspirada do exterior por uma rede que passe através do coferdam. Esta rede pode ser equipadacom uma válvula de interceptação roscada e pode ser conectada às bombas de carga. O propósito distoé evitar a descarga, pela borda, de água ou líquidos inflamáveis. Os espaços e tanques de lastro, a vanteda área de carga, podem ser alagados ou esgotados usando-se a rede de incêndio.

22.11- VENTILAÇÃO E DESGASEIFICAÇÃO

22.11.1- Ventilação de Praças de Bombas, Espaços de Tanques de Carga e Espaços Vazios naÁrea de Carga

Praças de máquinas e coferdames devem ser providos com meios efetivos de ventilação. Estes siste-mas não podem ser conectados com sistemas de ventilação de outros espaços do navio.

TOMO II - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARESPARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22

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A ventilação das praças de bombas deve ser efetuada por ventiladores de extração. O ar fresco pode tersuprimento natural e deve ser introduzido por cima da praça de bombas.As praças de bombas de carga devem ter ventilação forçada (ventiladores de descarga) assegurando,pelo menos, 20 trocas de ar por hora.O duto de aspiração deve terminar próximo ao fundo da praça de bombas. As tomadas e descargas dear devem ser situadas na área de carga. Elas devem terminar tão altas, acima do convés, e tão longedas aberturas dos suspiros dos tanques de carga, quanto possível.Devem ser providos arranjos que permitam que o suprimento de ar para a praça de bombas seja efetivamenteinterrompido do convés, em caso de incêndio.As aberturas no convés devem ser equipadas com uma tela.As aberturas para ar, de coferdames, espaços de tanques de carga e vazios, devem ser equipadas comquebra-chamas, e situadas dentro da área de carga.

22.11.2- Ventilação de Tanques de Carga

As aberturas de ventilação em tanques devem estar, pelo menos, 50mm acima do nível de líquido apro-vado. O suspiro de tanques de carga deve ser efetuado apenas por meio de dispositivos limitadores depressão/vácuo, aprovados, que sirvam para as seguintes funções:a) Suspiro de grandes volumes de ar ou gás, durante o carregamento, evitando, assim, pressão ou

vácuo, inadmissíveis.b) Passagem de pequenos volumes de ar ou gás, durante a viagem, através de válvulas de pressão/

vácuo.A ventilação para espaços de carga deve ser adequada ao tipo de navio-tanque e de carga. É feitadiferenciação entre ventilação controlada (sistema fechado), na qual permite-se que misturas de gás ouar entrem nos tanques ou saiam dos mesmos após serem alcançadas determinadas pressões, e venti-lação aberta.A ventilação pode ser separada para cada tanque, ou vários tanque podem ser servidos por um coletorcomum. A área livre das aberturas equalizadores de pressão deve ser, pelo menos, 1/3 da área da redede enchimento associada. Deve ser fornecida prova de que as resistências ao escoamento, nas velocida-des de escoamento selecionadas, não resultem em pressão excessiva nos tanques.A área de seção reta das redes de ventilação deve ser determinada de acordo com o débito de cargamáximo, com um fator de segurança de 1,25.As misturas de gás devem ser dirigidas verticalmente para cima.Devem ser providos coletores de suspiro com meios seguros de drenagem e desgaseificação.Cada tanque deve poder ser efetivamente desgaseificado. Podem ser usados ventiladores portáteis paraeste fim.

22.12- TUBOS DE SONDAGEM E ABERTURAS DE OBSERVAÇÃO

As praças de bombas, os coferdames e os espaços vazios, devem ser providos com tubos de sonda-gem. Estes devem atravessar o convés de modo estanque a óleo, e devem terminar suficientementealtos, acima do convés, para assegurar que a carga não se derrame durante as sondagens.Devem ser montadas, permanentemente, aberturas de observação com visores de vidro na tampa dotanque de carga. Elas devem poder ser fechadas de modo estanque à água por uma tampa ou flaps.Quando a abertura para equalização de pressão for usada para determinar o nível de líquido, o quebra-chamas só poderá ser levantado de 80 oC. Ele deverá ser auto-fechável, quando liberado.Os corta-chamas devem ser equipados com tampas. Aberturas nestas, podem ser reconhecidas comoaberturas para ventilação durante a viagem.

22.13- INSTRUMENTOS FECHADOS DE MEDIÇÃO DE NÍVEL DE LÍQUIDO

Os instrumentos fechados de medição de nível de líquido são sujeitos à aprovação.O projeto de equipamentos para retirada de amostras de tanques sob pressão deve assegurar que asmisturas de gases não escapem durante a retirada de amostras.

22.14- PROTEÇÃO CONTRA CENTELHAS DE DESCARGAS DE MOTORES E CALDEIRAS

As redes de descarga de motores diesel devem ser equipadas com corta-chamas.

TOMO II - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARESPARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22

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Os condutores de descarga de caldeira e cozinha devem ser equipados com meios adequados paraevitar a descarga de centelhas.

22.15- RESFRIAMENTO DE MOTORES

Os requisitos dos motores resfriados a ar devem ser levados em consideração ao se projetar a ventilaçãoda praça de máquinas. As aberturas de tomadas de ar devem ser localizadas a, pelo menos, 1m da áreade carga.

22.16- EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO

Os extintores de incêndio portáteis, em navios-tanques, devem ter uma capacidade de, pelo menos, 12kg de pó seco para classes de incêndio A, B, C, D e E.Em navios-tanque deve haver, pelo menos, 4 extintores de incêndio portáteis, a vante e a ré, no convés,na região dos coferdames. Deve haver, ainda, um extintor portátil na praça de bombas e outro na praçade caldeiras.Em navios-tanque para o transporte de cargas inflamáveis são suficientes dois extintores de incêndioportáteis para a área de carga.

22.17- NAVIOS-TANQUE PARA O TRANSPORTE DE GASES LIQUEFEITOS SOB PRESSÃO

22.17.1- Pressão de Vapor e Temperatura de Projeto

No cálculo da espessura de parede mínima, a pressão de vapor média, numa temperatura de referênciade 40oC, deve ser usada nas fórmulas como �pressão de trabalho máxima admissível�.Além da proteção contra a radiação solar, pode ser necessário também um resfriamento efetivo por umsistema de borrifo de água para as superfícies de tanques de carga expostas a essa radiação. Essesistema deve evitar que a carga seja aquecida acima da temperatura de referência de 40 oC.Quando a carga for resfriada abaixo da temperatura ambiente, a temperatura de referência deverá sertomada como a máxima temperatura na qual a carga pode ser mantida com certeza durante a viagem.

22.17.2- Portas de Visita e Domos

Os vasos de pressão devem, normalmente, ter domos.Os acessórios dos vasos de pressão de gases devem ser fixados aos domos ou a algum outro ponto naparte superior do vaso, e acima do convés aberto, na área de carga. Eles devem ser protegidos contraavarias, e de modo que não possam ocorrer tensões perigosas devidas a vibrações ou expansão.Os vasos de pressão de gases devem ter, pelo menos, uma abertura de acesso na sua parte superior.As tampas das portas de visita devem ser localizadas, tão altas quanto possível, acima do nível dolíquido mais elevado no vaso, e situadas acima do convés aberto, qualquer que seja a posição de insta-lação dos vasos de pressão.

22.17.3- Dispositivis de Fechamento

Deve ser possível isolar as redes de enchimento e de descarga dos vasos de pressão por meio de doisdispositivos de fechamento localizados diretamente no domo. O primeiro dispositivo deve ser uma válvulade fechamento rápido ou de fluxo excessivo. Nas redes de enchimento pode ser aceita uma válvula deinterceptação no lugar da válvula de fechamento rápido ou de fluxo excessivo.Além disso, uma válvula de fechamento rápido, com comando à distância, deve ser instalada na conexãopara a rede de terra. Deve ser possível liberar as válvulas de fechamento rápido da estação de carrega-mento e de dois pontos bem espaçados no convés.

22.17.4- Válvulas de Segurança

Os vasos de pressão de gases com capacidade abaixo de 20 m3 devem ser equipados com, pelo,menos, uma, e aqueles com capacidade igual ou superior a 20 m3, com, pelo menos, duas válvulas desegurança de mola, independentes entre si. As válvulas de segurança devem ser localizadas no pontomais alto do espaço de gás do vaso de pressão. Deve ser evitado que carga líquida se colete nos tubos

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de admissão para as válvulas de segurança, mesmo com o navio jogando, em mau tempo.As válvulas de segurança, operando simultaneamente, devem ser capazes de descarregar a quantidadede ar resultante, sem que a pressãao de trabalho máxima admissível (pressão de projeto) no vaso sejaexcedida em mais de 20%.As válvulas de segurança devem ser ajustadas para responder a não menos que 1,1 vezes a pressão doprojeto.São recomendados meios para isolar temporariamente uma válvula de segurança de cada vez. Dessemodo, pelo menos a metade da área total de seção reta das válvulas deve permanecer positivamenteefetiva.Quando vários vasos de pressão de gases tiverem sido grupados para serem servidos por válvulas desegurança comuns, os tubos de conexão entre os vasos de pressão só poderão ser equipados comdispositivos de fechamento que sejam fixos na posição aberta, protegidos contra fechamento.

22.17.5 - Instrumentação e Prevenção de Extravazamento

Os vasos de pressão de gases devem ser providos com equipamento para medir a temperatura média noespaço de líquido.Os vasos de pressão de gases devem ser providos com manômetros e conexões para manômetros deteste.Os manômetros devem ser instalados na posição de controle de carga e descarga, e devem ter umamarca vermelha indicando a pressão de trabalho dos vasos. Além disso, deve ser provido um sistema dealarme que responda, tão logo a pressão máxima admissível (pressão de projeto) esteja sendo excedidanos vasos de pressão.Os vasos de pressão de gases devem ser equipados com indicadores de nível de líquido com precisãonão inferior a ± 0,5%.Cada vaso de pressão de gases deve ser equipado com um instrumento fechado de medição de conteú-do. Quando os instrumentos não forem montados diretamente nos tanques, deverão ser providas válvu-las de isolamento. Deve, também, haver um alarme que dê um sinal sonoro e visual quando o tanqueestiver 86% cheio.Cada vaso de pressão de gases deve ser provido com um meio automático de proteção contraextravazamento, que evite que o tanque seja cheio em mais de 92%. Os tempos de fechamento dessedispositivo devem ser ajustados de modo a evitar martelamento líquido excessivo nas redes.Instrumentos adicionais de medição de conteúdo de projeto semi-fechado (tubos verticais), dos quais oslíquidos possam escapar para a atmosfera, não podem ter quaisquer aberturas com diâmetro superior a1,5 mm.

22.17.6 - Isolamento, Refrigeração e Pinturas de Proteção

Os isolamentos de vasos de pressão de gases devem ser feitos de materiais não inflamáveis que nãodesenvolvam quaisquer gases tóxicos ou inflamáveis, quando aquecidos às temperaturas de serviço.Quando os gases liquefeitos transportados requerem uma instalação de refrigeração, as mesmas deve-rão corresponder aos Regulamentos para Classificação e Construção de Instalaçães de Refrigeração,devendo seu projeto ser baseado numa temperatura ambiente de 40°C.Os vasos de pressão de gases devem ser protegidos, no seu exterior, por revestimentos de pinturacontra a corrosão pela água do mar. Em recipientes não isolados devem ser aplicadas tintas refletoras decalor.

22.17.7 - Nível Máximo de Enchimento e Placa Indicadora

Os vasos de pressão não devem ser cheios em mais de 92% na temperatura de referência da carga.Cada vaso de pressão deve ter uma placa indicadora contendo os seguintes detalhes: nome do fabrican-te, número de série, ano de construção, volume geométrico em m

3 , pressão de projeto e pressão deteste, em kg/cm2 , número de certificado, ano e mês do teste e, também, a seguinte advertência: �Estetanque não deve ser cheio com gás liquefeito com temperatura abaixo de .... graus C.�A pressão de vapor e a temperatura de referência, de acordo com 22.1.2, devem também ser inscritas.As placas devem poder ser lidas do convés.Todas as conexões de entrada e saída em vasos de pressão de gases devem ser providas com placas

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permanentes e facilmente legíveis, para indicar sua função, e que devem indicar, também, se as cone-xões terminam no espaço de líquido ou de gás. Tais placas podem ser dispensadas nas conexões paraválvulas de segurança, manômetros e indicadores de nível de líquido.

22.17.8 - Bombas de Carga e Compressores de Gás

As bombas de carga e os compressores de gás devem ser equipados com válvulas de segurança, cujaslinhas de extração devem ser conectadas às dos vasos de pressão, ou então levadas ao ar aberto,separadamente.

22.17.9 - Canalizadores, Válvulas e Acessórios

22.17.9.1- Instalações de Redes de Carga e Descarga e Outras Canalizações para Gases lique-feitos

Sempre que possível, devem ser usadas conexões de tubos, soldadas. Os únicos tipos de acoplamentosdescartáveis admissíveis são luvas metálicas, roscadas, de união metálica ou acoplamentos flangeadosde selagem confiável. Não são permitidas caixas de gaxetas de expansão.As redes contendo gás liquefeito devem ser instaladas no convés. Elas não devem passar através dequalquer espaço do navio, além das praças de compressores e bombas de carga.Quando necessário, as canalizações, válvulas e acessórios devem ser isolados, devendo, em particular,ser obtido um isolamento adequado para os componentes do casco do navio.

22.17.9.2 - Válvulas, Acessórios e Equipamentos

Deve ser possível fechar as redes de carga e descarga por meio de dispositivos de fechamento e flangescegos. As seções de redes e mangueiras, que possam ser isoladas em ambas as extremidades, devemser providos com equipamentos que permitam uma redução de pressão segura, por exemplo, permitindoque os gases descarreguem para a rede de descarga das válvulas de segurança. A fim de monitorar aspressões nas redes de carga e descarga, devem ser istalados manômetros com uma marca vermelhapara a pressão de trabalho máxima admissível nos pontos de conexão de mangueira ou nas posições decontrole das operações de carga e descarga. Canalizadores, válvulas e acessórios devem ser providoscom placas permanentes e facilmente legíveis, para identificar sua função. As placas devem indicar,ainda, se as redes transportam gás ou líquido.

22.17.9.3 - Redes de Extração de Válvulas de Segurança

As redes de extração de válvulas de segurança de vasos de pressão de gases etc., devem ser conectadasa tubos coletores. A descarga para o ar livre deve ser tão alta quanto possível, mas, no mínimo, 3 metrosacima do convés aberto. A descarga deve ser equipada com uma tela protetora.A área de seção reta total dos tubos coletores deve ser suficiente para comportar, com segurança, aquantidade de gás.No projeto das seções retas dos tubos coletores aos quais as válvulas de segurança de vários vasos depressão de gases serão conectadas, é admissível reduzir em 10%, a área de seção reta total, no casode dois tanques conectados, e em 10%, para cada tanque adicional, com uma redução global máximade 50%. As redes de extração devem der arranjadas de modo a evitar que líquidos se coletem nasmesmas.As aberturas de descarga de gás devem ser suficientemente distantes das aberturas de descarga degases de motores, chaminés, tomadas de ventilação para praça de máquinas e acomodações, bemcomo de portas de praças de máquinas, acomodações e oficinas. Além disso, elas devem ser projetadasde modo que os gases descarreguem para cima.

22.17.10 - Ventilação e Desgaseificação

22.17.10.1 - Ventilação de Praça de Bombas, de Compressores de Gás e Coferdames

As praças de bombas e de compressores, e os coferdames, devem ser providos com meios de ventila-ção independentes dos outros sistemas de ventilação do navio. Para as praças de bombas e de com-

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pressores, são requeridas, pelo menos, 20 trocas de ar por hora. Deve ser assegurado que misturas degás/ar possam ser removidas confiavelmente dos porões.As portas para as praças de bombas de carga e de compressores devem ser providas com placas deaviso, salientando que a entrada nesses espaços só é permitida após os mesmos terem sido ventiladospor, pelo menos, 15 minutos. Os espaços nos quais estejam instalados tanques de carga devem terduas aberturas de ventilação equipadas com quebra-chamas. A ventilação pode ser efetuada por ventila-dores portáteis.

22.17.10.2 - Desgaseificação

Os vasos de pressão e sistemas de redes devem poder ser desgaseificados com segurança.

22.17.11 - Equipamentos de Segurança Adicionais

22.17.11.1 - Sistemas de Detecção de Gás e Alarme

Os espaços contendo vasos de pressão de gases, bombas de carga e compressores de gás, e outrosespaços nos quais gases de carga possam se acumular, devem ser providos com um sistema de detecçãode gás e alarme que responda, tão logo uma concentração de 30% do limite inferior de exploração (limitede ignição) seja excedida. Os pontos de amostragem do sistema devem ser dispostos de modo adetectar escapes de gás. Os indicadores devem ser localizados no passadiço e, em caso de necessi-dade, também em outra posição de controle adequada.

22.17.11.2 - Sistema de Borrifo de Água

Deve ser provido um sistema de borrifo de água para vasos de pressão de gás, não isolados, que seestendam acima do convés.

22.17.12 - Regras Especiais para o Transporte de Substâncias Corrosivas

22.17.12.1 - Bombas de Carga, Redes de Carga e de Esgoto

As redes de carga devem ser unidas preferivelmente por soldagem. Apenas conexões flangeadas ouroscadas, de selagem confiável, devem ser usadas como conexões descartáveis. As conexões devemser providas, quando necessário, com proteções contra borrifos.As redes de carga devem ser marcadas para distinguí-las de outras redes.Devem ser usadas redes e bombas separadas para cargas cuja mistura possa resultar numa reaçãoperigosa. Esta separação deve, também, ser mantida quando as redes atravessarem tanques de carga.

22.17.12.2 - Aquecimento de Tanques e Monitoragem de Temperatura

Os meios de aquecimento e de resfriamento devem ser compatíveis com a carga sendo transportada.Não podem ser usados água ou vapor para cargas que reajam com a água. Os sistemas de aquecimentoou resfriamento devem trabalhar a uma pressão superior à máxima pressão possível no tanque de carga.Quando houver perigo devido a desvios de temperatura, deverá haver um sistema de alarme automático.Os circuitos de aquecimento ou resfriamento para cargas corrosivas devem ser projetados como segue:a) como um circuito separado dos outros serviços do navio, oub) resfriamento ou aquecimento externo do tanque, ouc) instalação de um sistema de monitoragem para detecção de carga no meio de aquecimento ou de

resfriamento. Este sistema deve ser localizado dentro da área de carga.

22.17.12.3 - Equipamento de Lavagem por Água

Os espaços nos quais estejam instalados tanques para cargas agressivas devem poder ser lavados comágua, a fim de diluir rapidamente pequenos derramamentos de carga.

22.17.12.4 - Prevenção de Extravazamento

Cada tanque de carga deve ser provido com um meio automático para evitar que seja cheio além de 96%(para ácido nítrico, 95%).

TOMO II - REGRAS ADICIONAIS COMPLEMENTARESPARA NAVIOS-TANQUE ........................................ SEÇÃO 22

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SEÇÃO 23

NAVIOS DE PASSAGEIROS

23.1 - GENERALIDADES

23.1.1 - As Regras das Seções se aplicam a navios de passageiros, a menos que mencionadas de outraforma nesta Seção. As várias Regras especiais para navios de passageiros contidas nas Regras paraConstrução de Máquinas devem ser observadas.

23.1.2 - Um navio de passageiros, como definido nesta Seção, é um navio transportando mais de 12passageiros que não façam parte da tripulação, que não sejam o Comandante do navio e nem criançasde menos de um ano de idade.

23.1.3 - A notação Navio de Passageiros será afixada ao Símbolo de classe somente nos navios queatendam às exigências desta Seção.

23.1.4 - Navios de passageiros que, devido à sua concepção total, são somente adequados para opera-ção em rotas definidas (por exemplo, Serviço em Águas Rasas) não podem, em nenhum caso serdesignados com uma notação de navegação mais ampla no Símbolo de Classe, mesmo se a resistênciado casco for suficiente para uma extensão de serviço (por exemplo, k). Neste caso, isto pode serexpresso no Certificado pela adição da seguinte anotação: �A resistência dos elementos estruturaisdo casco atende à notação de navegação ... .�

23.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO

Os seguintes documentos devem ser submetidos em adição àqueles especificados na Seção 1.a) Prova de flutuabilidade em condição de avaria, conforme Parte B, Capítulo II-I, SOLAS, 1974, para

designação da marca de distinção (1 via);b) Desenhos mostrando o arranjo de aberturas em anteparas estanques, no chapeamento do costado e

em anteparas e conveses expostos e desenhos mostrando os dispositivos de fechamento de taisaberturas (3 vias); e

c) Plano de controle de segurança em caso de avaria, contendo todos os dados essenciais para mantera flutuabilidade (3 vias)

23.3 - ANTEPARAS

23.3.1 - A compartimentagem do navio por meio de anteparas transversais consegue-se pelos cálculosde alagamento. O menor espaçamento das anteparas transversais estanques à água (comprimento deavaria) deve ser, no mínimo, 0,03.L + 3,05 metros ou 10,67 metros, o que for menor

23.3.2 - A antepara de colisão de vante deve ser situada a não mais de 0,05.L + 3,05 metros, e a nãomenos de 0,05.L da PPAV, medido na linha da compartimentagem.

23.3.3 - Onde a antepara de colisão de ré não se estender até o convés das anteparas, não deve serdiminuído o grau de compartimentagem estanque.

23.3.4 - A caixa de gaxeta do eixo propulsor não deve ser localizada em um compartimento contendoequipamento necessário para a segurança do navio que, em caso de alagamento deste compartimento,não possa mais funcionar.

23.3.5 - O número de aberturas em anteparas estanques à água deve ser o mínimo possível, de acordo

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com o projeto e operação apropriada do navio. Dispositivos de fechamento adequados e aprovadosdevem ser previstos para estas aberturas.

23.3.6 - Portas, portas de visita ou aberturas de acesso não são permitidas na antepara de colisãoabaixo da linha marginal e em anteparas transversais estanques à água, separando um porão de cargade outro ou de um tanque de combustível. É chamada a atenção para as determinações especiais doRegulamento 113, Capítulo II-1, SOLAS, 1974 e da Resolução IMO A.323 (IX) para navios Ro-Ro. Autilização de chapas removíveis em anteparas é somente permitida na praça de máquinas.

23.4 - PORTAS EM ANTEPARAS

23.4.1 - O número de portas em anteparas estanques à água deve ser o mínimo possível, de acordo como projeto e operação apropriada do navio.

23.4.2 - O tipo e a colocação das portas de anteparas estanques à água, bem como seus controles,devem atender ao Regulamento 13, Capítulo II-I, SOLAS, 1974.

23.4.3 - Portas acionadas mecanicamente devem fechar confiavelmente dentro de 60 segundos contrauma inclinação de 15 graus. O tempo de fechamento também deve ser calculado para que pessoaspassando pela porta possam passar com segurança. Isto é, em geral, assegurado se o tempo defechamento for, no mínimo, 20 segundos. Dispositivos manuais de fechamento de portas devem serprojetados para que as portas possam ser fechadas contra uma inclinação de 15 graus e que o tempo defechamento, com o navio sem inclinação, não excederá 90 segundos.

23.4.4 - Antes de serem instaladas, portas de anteparas estanques à água devem ser testadas juntocom seus batentes com uma pressão correspondente a uma coluna d�água até a altura do convés deanteparas. Após a instalação, as portas devem ser testadas com jato d�água ou com sabão, quando aestanqueidade é submetida a um teste de funcionamento.

23.5 - CONVÉS DE ANTEPARAS

23.5.1 - Todas as aberturas do convés das anteparas devem fechar estanques ao tempo, caso estejamprotegidas por superestruturas estanques ao tempo.

23.5.2 - Deve ser assegurado, em conveses de anteparas protegidos por superestruturas estanques aotempo, que a água não possa penetrar dentro de compartimentos não alagados, se o convés de antepa-ras emergir devido à inclinação em uma condição avariada. Para não permitir, nesses casos, oespalhamento da água, no convés de anteparas, sobre grandes áreas, devem ser colocadas anteparasde asas laterais estanques à água acima das anteparas principais de compartimentagem e, se possível,alinhadas com elas. Onde isso não é possível, o convés de anteparas entre estas deve ser efetivamenteestanque à água para evitar que a água penetre dentro de compartimentos não avariados através doconvés de anteparas.

23.6 - FUNDO DUPLO

23.6.1 - Um fundo duplo deve ser instalado estendendo-se da antepara do pique de vante até a anteparado pique de ré, tanto quanto possível, e de acordo com o projeto e serviço apropriado do navio. Emqualquer caso, um fundo duplo, conforme Regulamento 10, Capítulo II-I, SOLAS, 1974, deve ser previsto.

23.6.2 - O fundo duplo deve proteger o navio até a curvatura do bojo. para isto, a linha de interseção docostado com a chapa marginal não deve estar em nenhum lugar mais baixo que um plano horizontal,passando através do ponto de interseção da linha de caverna da seção mestra com uma linha diagonaltransversal inclinada 25 graus em relação à linha de base e cortando a linha de base à distância B/2 dalinha de centro do navio.

23.6.3 - O duplo fundo não necessita ser colocado na região de tanques profundos quando a eficiência dacompartimentagem não for prejudicada por isso.

23.6.4 - Se as hastilhas estanques à água não estiverem alinhadas com as anteparas transversais

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principais, isto deve ser considerado para a compartimentagem estanque à água. Com o consentimentodo BC, desvios de determinação de colocação de longarinas estanques à água no fundo duplo, na regiãode 0,5.L, a meia-nau, são possíveis se isto for exigido pelo cálculo de estabilidade avariada.

23.6.5 - Os fundos de pocetos de esgoto devem ser situados a uma distância de, no mínimo, 460 mm dalinha de base. Somente acima do plano horizontal determinado em 23.6.2., fundos de pocetos de esgotopodem ser estendidos até o chapeamento do costado. Inserções para a profundidade de pocetos deesgoto também podem ser concedidas em túneis de eixos e em quilhas-duto.

23.7 - ABERTURAS NO CHAPEAMENTO DO COSTADO

23.7.1 - O número de aberturas no chapeamento do costado deve ser reduzido ao mínimo possível, deacordo com o projeto e o serviço apropriado do navio.

23.7.2 - Todas as aberturas no chapeamento do costado devem ser munidas com dispositivos eficientesde fechamento, apropriados para seu uso e posição de colocação.

23.7.3 - Vigas e olhos de boi abaixo da linha de flutuação devem estar de acordo com as determinaçõesda Regra 14, Capítulo II-1, SOLAS, 1974 e com a Regra 23, LLC, 1966.

23.7.4 - Portas no chapeamento do costado, abaixo do convés de compartimentagem, devem ter dispo-sitivos de fechamento estanques à água. O seu ponto mais baixo não deve ser abaixo da linha deanteparas de compartimentagem mais alta.

23.7.5 - As aberturas internas de rampas de lixo, etc., devem ter tampas eficientes. Se essas aberturasinternas estão abaixo da linha de flutuação, as tampas devem ser estanques à água e, em adição,dotadas de dispositivos automáticos de retenção dos dutos da rampa acima da linha de anteparas decompartimentagem mais alta. Arranjos equivalentes podem ser aprovados.

23.8 - MATERIAIS PARA DISPOSITIVOS DE FECHAMENTO ESTANQUE À ÁGUA

Os materiais utilizados devem ser aprovados. Para aberturas e dispositivos de fechamento no chapeamentodo costado, nas anteparas estanques à água, em paredes de tanques e conveses estanques à água,podem ser utilizados somente materiais com alongamento mínimo de 10%. Chumbo e outros materiaissensíveis ao calor não podem ser utilizados para elementos estruturais, pois que, uma vez destruídos,podem prejudicar a estanqueidade à água do navio ou de anteparas.

23.9 - ARRANJOS PARA ALAGAMENTOS CRUZADOS

23.9.1 - Onde o cálculo de estabilidade avaliada exige a instalação de arranjos para alagamento cruzadopara evitar alagamentos assimétricos inadmissivelmente grandes, estes arranjos devem ser, de preferên-cia, automáticos. Dispositivos não automáticos para alagamentos cruzados devem ser operados de umlugar acima do convés de anteparas. As áreas seccionais dos arranjos de alagamento cruzado devemser dimensionadas para que o tempo de equilíbrio não exceda 15 minutos. Devem ser observados aten-tamente os efeitos de arranjos de alagamento cruzado para a estabilidade em estágios intermediários dealagamento.

23.9.2 - Na determinação dos escantilhões de anteparas de tanques que se estendem até o convés deanteparas e no arranjo de tubos de suspiro nestes tanques, ligados através de arranjos para alagamen-tos cruzados, deve ser considerado o aumento na altura de pressão que pode ocorrer na inclinaçãomáxima devido a avarias no lado imerso.

23.10 - TUBULAÇÃO

23.10.1- Para penetrações de tubos em anteparas estanques à água, deve ser observado 23.3.5.

23.10.2- Onde as extremidades de tubos estão abertas em compartimentos abaixo do convés de antepa-ras ou em tanques, os arranjos devem ser de maneira que sejam evitados alagamentos de outros com-partimentos ou tanques em qualquer condição de avaria. Os arranjos são considerados seguros contra

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alagamento se tubos que passam por dois ou mais compartimentos estanques forem colocados dentrode uma linha paralela à linha de anteparas de compartimentagem situada à 0,2.B do costado do navio (Bé a maior boca do navio na altura da linha de anteparas de compartimentagem).

23.10.3 - Onde as tubulações não podem ser colocadas mais distantes que 0,2.B do costado do navio,a estanqueidade das anteparas deve ser mantida intacta pelos meios estabelecidos em 23.10.4 a 23.10.6.

23.10.4 - Tubulações de esgoto devem ter válvulas de retenção na antepara estanque à água, através daqual o tubo é conduzido até o poço de sucção ou no próprio poço de sucção.

23.10.5 - Tubulações de lastro e de combustível para esvaziamento e enchimento de tanques devem terdispositivos de fechamento na antepara estanque à água, através da qual o tubo leva à extremidadeaberta do tanque. Estes dispositivos de fechamento devem ser operados de uma posição, sempre aces-sível, acima do convés de anteparas, e equipados com indicadores (fechado/aberto).

23.10.6 - Onde tubos de transbordamento de tanques situados em diferentes compartimentos estan-ques à água estão ligados a um sistema comum de transbordamento, estes devem ser conduzidos bemacima do convés de anteparas antes que sejam ligados ao sistema comum, ou dispositivos de fecha-mento devem ser instalados em cada tubo de transbordamento. Os dispositivos de fechamento devemser operados de uma posição, sempre acessível, acima do convés de anteparas. Estes dispositivos defechamento devem ser instalados na antepara estanque à água do respectivo compartimento do tanquee soldados na posição aberta. No caso em que as penetrações desses tubos de transbordamentoestejam colocadas com uma altura e são na linha de centro que, em nenhuma condição de avaria nemem caso de inclinação máaxima durante condições intermediárias de avaria, podem ficar abaixo da linhad�água, não precisam ser colocados dispositivos de fechamento.

23.10.7- Os dispositivos de fechamento descritos em 23.10.4 e 23.10.5 devem ser evitados pela insta-lação adequada das tubulações. A colocação destes dispositivos somente é permitida pelo BC emcasos especiais.

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SEÇÃO 24

REBOCADORES

24.1 - GENERALIDADES

24.1.1 - Rebocadores construídos de acordo com as Regras desta Seção terão a notação Rebocadorafixada ao seu Símbolo de classe.

24.1.2 - A estrutura do casco de rebocadores com potência de máquina propulsora excepcionalmentealta deve ser considerada especialmente.

24.2 - CADASTE

A área seccional do cadaste maciço deve ser 20% maior que o exigido conforme A Seção 12, item12.2.2. Para cadastes fabricados de chapa, a espessura do chapeamento do cadaste do propulsor deveser aumentada em 20% acima do exigido naquele item. O módulo de seção Wz da soleira, na direçãotransversal, deve ser acrescido de 20% acima do módulo determinado conforme Seção 12, item 12.2.2.4.

24.3 - SUPERESTRUTURAS, ALBOIOS E DESCIDAS

24.3.1 - Os alboios, descidas e superestruturas devem ser providos com fechamento estanque ao tempo.

24.3.2 - Deve ser prevista na praça de máquinas uma saída de emergência que possa ser utilizada emqualquer inclinação do navio. A tampa com fechamento estanque ao tempo deve poder ser aberta facil-mente por dentro e por fora. O eixo da tampa deve estar na direção transversal do navio.

24.4 - GAIUTAS DA PRAÇA DE MÁQUINAS E DA PRAÇA DE CALDEIRAS

24.4.1 - A altura de gaiutas expostas de praças de máquinas e de caldeiras não pode ser menor que900 mm. Onde a altura de gaiutas for menor que 1,8 metros, as tampas de gaiutas devem ser de umaconstrução especialmente reforçada.

24.4.2 - A espessura do chapeamento das paredes e topos de gaiutas não pode ser menor que 5,0 mm.A espessura das braçolas não pode ser menor que 6,0 mm. As braçolas devem se estender, se possível,até a borda inferior dos vaus.

24.4.3 - Os reforços de gaiutas devem ser unidos aos vaus do topo da gaiuta e se estender até a bordainferior das braçolas.

24.5 - VENTILADORES E SUSPIROS

Ventiladores e suspiros devem ser protegidos e com suas aberturas tão altas quanto possível, acima doconvés.

24.6 - APARELHO DE REBOQUE

24.6.1 - Generalidades

24.6.1.1 - Rebocadores devem ser equipados com um aparelho de reboque que ofereça a maior seguran-ça possível contra emborcamento.

TOMO II - REBOCADORES ................................... SEÇÃO 24

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24.6.1.2 - O gato de reboque deve ser colocado tão baixo quanto possível. A construção do gato dereboque deve permitir que ele se ajuste em cada direção do cabo de reboque, conforme 24.6.2.3.

24.6.1.3 - O gato de reboque deve ser previsto com um dispositivo adequado garantindo o desengate docabo em caso de emergência, tanto no passadiço como nas vizinhanças do gato. Estas estações dedesengate devem ser arranjadas com completa visibilidade do gato de reboque.

24.6.1.4 - Os dispositivos de desengate podem ser acionados mecânica, hidráulica e pneumaticamente.Um dispositivo de segurança deve garantir que um desengate não intencional seja evitado.

24.6.1.5 - Um dispositivo de desengate mecânico deve ser projetado de modo que a força de acionamentodo desengate necessário não exceda 150 N, junto ao gato de reboque, e 250 N, no passadiço, quando ogato está submetido à carga de teste PL.

24.6.1.6 - No caso de dispositivo de desengate mecânico, o cabo de desarme deve ser guiado sobreroldanas. Caso necessário, o desengate deve ser possível com a utilização de todo o peso do corpo,puxando o dispositivo para baixo. O guiamento do cabo de desarme deve ser projetado para isso.

24.6.1.7 - Para um dispositivo de desengate pneumático, deve ser previsto, adicionalmente, um disposi-tivo de desengate mecânico completo.

24.6.1.8 - Na instalação de guinchos de reboque, devem ser observadas as Regras para Construção deMáquinas. .

24.6.1.9 - Em adição aos documentos listados, devem ser submetidos, para aprovação, desenhos dasseguintes partes do aparelho de reboque:a) Gato de reboqueb) Dispositivo de desengatec) Subestruturas para os gatos de reboque e dispositivos de desengate, bem como para guinchos de

suspensão e guinchos de reboque, se existentes.

24.6.2 - Dimensionamento

24.6.2.1 - Para dimensionamento dos aparelhos de reboque, a carga de teste PL deve ser determinadadependendo da máxima tração do cabo de reboque T, como segue:

T [kN] PL [kN]

até 500 2.T

de 500 a 1500 T+500

acima de 1500 1,33.T

24.6.2.2 - O gato de reboque, a base do gato de reboque, suas subestruturas e o arranjo de desengatedevem ser dimensionados para uma carga de teste PL até 500 kN, com consideração da direção do cabode reboque de uma posição de través, em um bordo até outro, passando pela popa, e uma inclinação docabo de reboque de 60 graus para cima, em relação à linha horizontal, e para uma carga de teste PL ,acima de 500 kN, com consideração na direção do cabo de reboque de uma posição de través em umbordo até o outro, passando pela popa, e uma inclinação do cabo de reboque de 45 graus, para cima, emrelação à linha horizontal.

24.6.2.3 - Para as cargas conforme 24.6.2.1 e 24.6.2.2, as seguintes tensões admissíveis não podemser excedidas:

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Solicitação Tensão admissível

Compressão e flexão-compressão em vigas de produto

aberto ou consistindo de vários membros σ = 0,72.σy

Tração e flexão-tração compressão e flexão tração

em vigas caixão simples e tubos σ = 0,83. σy

Cisilhamento τ = 0,48.σ yTensão combinada σV = 0,85. σy

σy = limite de escoamento do material, em [N/mm2]

24.6.3 - Testes

O teste de aparelho de reboque deve ser executado de acordo com os Regulamentos para a Construçãoe Teste de Aparelhos de Reboque, .

24.7 - EQUIPAMENTO

24.7.1 - O equipamento de fundeio e amarração (âncoras e amarras), bem como os cabos recomenda-dos, devem ser determinados conforme a Seção 17.

24.7.2 - A âncora de esteira e o cabo de reboque, especificados na Tabela 17.2, não são exigidos pararebocadores.

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SEÇÃO 25

NAVIOS PESQUEIROS

25.1 - GENERALIDADES

25.1.1 - As Regras das Seções 1 a 22 se aplicam a navios pesqueiros, a menos que mencionado deoutra forma nesta Seção.

25.1.2 - Navios pesqueiros construídos de acordo com as Regras desta Seção terão a notação NavioPesqueiro afixada ao seu Símbolo de classe.

25.2 - CADASTE

A área seccional do cadaste maciço deve ser 20% maior que o exigido conforme Seção 12, item 12.2.2.Para cadastes de chapas fabricadas, a espessura do chapeamento do cadaste do propulsor deve seraumentada 20% acima do exigido na Seção 12., item 12.2.

25.3 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E BORDA-FALSA

25.3.1 - Em todos os navios pesqueiros o chapeamento do costado, acima da fiada do bojo, deve ser 0,5mm mais espesso que o exigido pela Seção 5.

25.3.2 - São exigidos os seguintes reforços adicionais para pesqueiros de arraste lateral:

25.3.2.1 - A espessura da fiada no cintado deve ser aumentada de, no mínimo, 3 mm na região dosbraços de arraste. Recomenda-se, também, aumentar a espessura do cintado, entre os braços dearraste de vante e de ré, de 1 a 2 mm;

25.3.2.2 - Na região em que estão situados os poleames dos braços de arraste de ré, durante o içamen-to, o chapeamento do costado, acima da metade da curvatura do bojo, deve ser reforçado em 50% emrelação ao exigido;

25.3.2.3 - Na região correspondente aos braços de arraste de vante, o chapeamento do costado, acimada curva superior do bojo, deve ser reforçado em 50% em relação ao exigido.

25.3.2.4 - As costuras de solda na borda inferior da fiada do cintado e da borda superior do bojo devemser protegidas por perfís meia cana, estendendo-se do braço de arraste de vante ao de ré, e com outrosperfís de meia cana arranjados entre as primeiras ou diagonalmente a elas, para que os cordões desoldas (ou cabeças de rebites) não possam ser desgastados pelos cabos de arraste;

25.3.2.5 - Na região de chapeamento do costado reforçado sob os braços de arraste de ré, devem sercolocadas cavernas intermediárias que devem ser ligadas ao convés e às hastilhas, ou suportadas poruma escoa na borda inferior das chapas reforçadas. O módulo de seção das cavernas entre as quaisestão instaladas;

25.3.2.6 - As bordas-falsas no lado de operação devem ser 2mm mais espessas e, sob os braços dearraste, 3mm mais espessas que o exigido pela Seção 5, item 5.10. Na região do gato de desarme, aespessura da borda falsa deve ser, no mínimo, 10,0 mm.

25.3.3 - Onde é previsto um fundo singelo, a espessura da chapa-quilha e da fiada de resbordo deve seradequadamemte reforçada na praça de máquinas e praça de caldeiras. Além disso, em praças de

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caldeiras o fundo deve ser coberto com cimento, continuamente, da longarina central até às anteparaslongitudinais dos tanques de combustível.

25.3.4 - Devem ser previstas bolinas de altura e comprimento adequado (vide, também, Seção 5.6.5)

25.4 - CONVÉS RESITENTE E CONVÉS DE CASTELO

25.4.1 - Os escantilhões do convés resistente devem ser determinados conforme Seção 6. A espessurado chapeamento do convés deve ser, no mínimo, 6,5 mm e, sob o forro de madeira, 5,5 mm.

25.4.2 - A rampa em navios pesqueiros de arraste de popa deve ser de resistência suficiente. Recomen-da-se a utilização de chapas de, pelo menos, 12 mm de espessura. A espessura exigida para ochapeamento do costado a 0,05.L das extremidades. Recomenda-se colocar chapas de desgaste ouchapas reforçadas naquelas partes da rampa e laterais que estão sujeitas a desgaste extremo.

25.4.3 - Os escantilhões do convés do castelo devem ser determinados conforme Seção 14, item 14.2.A espessura do chapeamento do convés deve ser, no mínimo, 7,0 mm, e, sob forração de madeira, 6,0mm.

25.4.4 - Sob guinchos de arraste, braços de arraste, molinetes e cabeços centrais, devem ser instala-dos vaus e subestruturas de resistência adequada. A espessura do chapeamento deve ser aumentadapara 7,5 mm, mesmo se for instalada forração de madeira.

25.5 - ESCOTILHAS PARA PEIXE E DESCIDAS

25.5.1 - A altura da braçola de escotilhas para peixe, acima da superfície superior do convés de madeira,deve ser de 600 mm, em conveses de borda-livre, e 300 mm, em conveses de superestruturas, e suaespessura não menor que 8 mm e, para escotilhas maiores, 10,0 mm. Para escotilhas niveladas com oconvés, vide Seção 15, item 15.1.1.3.

25.5.2 - A altura da braçola de descida, acima da superfície superior de convés de madeira, deve ser 600mm, em conveses de borda-livre, e 300 mm, em conveses de superestruturas.

25.6 - PRAÇAS DE MÁQUINAS E DE CALDEIRAS

25.6.1 - Para a altura de gaiutas expostas de praças de máquinas e de praças de caldeiras, vide Seção24, item 24.4. O chapeamento das paredes de gaiutas e topos de gaiutas não deve ser menor que 7,0mm. A espessura da braçola não deve ser menor que 8,0 mm. Onde a altura de casarias é 1,80 metrose acima, a espessura do topo da gaiuta pode ser 6,5 mm.

25.6.2 - As braçolas devem se estender, sempre que possível, até a borda inferior dos vaus.

25.6.3 - Com relação a portas em praças de máquinas e praças de caldeiras, vide, Seção 15, item15.5.3.

25.7 - EQUIPAMENTO

25.7.1 - Generalidades

25.7.1.1 - Cada navio pesqueiro deve ser provido com equipamento de fundeio projetado para operaçãorápida e segura em todas as condições de serviço previsíveis e para segurar o navio fundeado. O equipa-mento de fundeio deve constar de âncoras, amarras e molinetes ou outro equipamento semelhante paradescer e levantar a âncora e segurar o navio fundeado.

25.7.1.2 - Se forem instaladas âncoras de alto poder de garra, deve ser observada a Seção 16, item16.3.5

25.7.1.3 - As duas âncoras de proa devem ser ligadas a amarras e instaladas em escovéns.

TOMO II - NAVIOS PESQUEIROS .......................... SEÇÃO 25

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25.7.1.4 - Para amarras de diâmetro até 16mm, podem ser utilizadas amarras com elos não estaiados,de acordo com DIN 766 (ou Normas similares), em vez das amarras com elos estaiados exigidas, desdeque compatíveis com a carga de teste.

25.7.1.5 - As âncoras e amarras exigidas, bem como os cabos recomendados (vide, também, Seção 16,item 16.6), devem ser determinados de acordo com o númeral de equipamento L, em atendimento àsdisposições da Seção 16.a) Para embarcações de z > 720, aplica-se a Tabela 16.2b) Para embarcações de z < 720, aplica-se a Tabela 25.1 Embarcações equipadas de acordo com a

Tabela 25.1 recebem o índice F afixado ao número de registro de equipamento no Certificado e noRegistro.

c) Para navios pesqueiros com comprimento L = 40 metros, com notação de serviço costeiro afixada aoSímbolo de classe, as âncoras e amarras exigidas, bem como os cabos recomendados (vide, tam-bém, Seção 16, item 16.6) devem ser determinados de acordo com o item 25.7.3 e com a Tabela25.2. Recomenda-se prover cada embarcação com, pelo menos, 4 cabos de amarração, dois dosquais com comprimento de cerca de 2.L. Os valores de carga de ruptura estabelecidos nas Tabelassão válidos para cabos de aço e de fibras naturais (cabos de manilha, Grau 1). Cabos de fibrassintéticas de igual diâmetro podem ser utilizados no lugar de cabos de manilha. Navios equipados deacordo com a Tabela 25.2 recebem a notação de serviço costeiro afixada ao seu número de registrode equipamento no Certificado e no Registro.

25.7.1.6 - Se, por razões especiais, navios pesqueiros forem equipados com equipamento de fundeiomenor que o exigido em 25.7.1.5, deve-se obter aprovação especial em cada caso. Estes navios rece-bem a notação �Equipamento de fundeio especial� anotada no Certificado e no Registro.

25.7.2 - Emprego de Cabos de Ac,o no Lugar de Amarras

25.7.2.1 - Para navios com comprimentos entre 30 e 40 metros, a amarra de uma âncora pode sersubstituída por cabo de aço (vide, também, 25.7.2.3).

25.7.2.2 - Para navios de L < 30 metros, a amarra de ambas as âncoras pode ser substituída por cabosde aço (vide, também, 25.7.2.3).

25.7.2.3 - Se cabos de aço forem instalados em vez de amarras, deve ser observado o seguinte:a) O Comprimento dos cabos de aço deve ser, no mínimo, igual a 1,5 x o comprimento tabelado de

amarras. A resistência à ruptura deve ser, no mínimo, a resistência tabelar de amarras Grau K l;b) Um pequeno comprimento de amarra deve ser montado entre a âncora e o cabo de aço com um

comprimento de 12,5 metros ou a distância entre a âncora na posição estivada e o guincho. Prevaleceo menor valor;

c) Devem ser instalados guinchos para cabos que atendam às Regras para Molinetes;d) Cabos de guinchos para traineiras podem ser utilizados como cabos de âncora. O guincho da trainei-

ra deve atender às Regras para Molinetes (ver as Regras para a Construção de Máquinas).

25.7.3 - Equipamento para Notação K (Serviço Costeiro)

25.7.3.1 - Generalidades

Para navios pesqueiros com comprimento L > 40 metros, as âncoras e amarras, bem como os cabosrecomendados (vide, também, Seção 16, item 16.6) devem ser determinados de acordo com 25.7.1.5.a)e b), e para navios com comprimento L ≤ 40 metros, de acordo com 25.7.1.5.c) e Tabela 25.2.

25.7.3.2 - Navios com Comprimento L > 20 metros

a) Para navios com comprimento L > 20 metros, o comprimento deve ser determinado utilizando oseguinte numeral.m = comprimento de superestruras individuais e casarias, em [m], dentro do comprimento Lh = altura de superestruturas individuais e casarias na linha de centro do navio [m]Casarias com uma largura de menos que B/4 podem ser ignoradas;

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b) Para navios de comprimento entre 30 e 40 metros, a amarra de uma âncora pode ser substituída porcabo de aço (ver item 25.7.2.3)

c) Para navios de L < 30m, as amarras de ambas as âncoras podem ser substituídas por cabos de aço

25.7.3.3 - Navios com Comprimento L < 20 m

a) Para navios com comprimento L ≤ 20m, o equipamento deve ser determninado da Tabela 25.2 para ocomprimento L;

b) As amarras podem ser substituídas por cabos de aço (vide, 25.7.2.3);c) Para segunda âncora de proa, a âncora pode ser substituída por um cabo de manilha ou cabo de fibra

sintética. A resistência do cabo de manilha não deve ser menor que a resistência da amarra. O cabode fibra sintética de, no mínimo, mesmo diâmetro pode ser utilizado em vez do cabo de manilha.Devem ser previstos meios adequados de segurar navio fundeado (guincho de cabo, cabeço) e parasuspender a âncora (tambor de cabo ou saia de cabo de um guincho de cabo ou de um guincho dearraste). Devem ser observadas as Regras para Construção de Máquinas.

25.7.3.4 - Para navios com âncoras de 60 kg ou menos, se aplicam o seguinte:

a) Também para primeira âncora podem ser utilizados cabos de manilha ou fibra sintética. O compri-mento do cabo deve ser, no mínimo, 1,5 x o comprimento exigido da amarra. O diâmetro do cabo deveser obtido da Tabela 25.2 coluna 12;

b) Entre a âncora e o cabo deve ser previsto um pequeno comprimento de amarra, de acordo com 5.7.2.3 b;c) Em vez do guincho de cabo exigido de acordo com 25.7.2.3 c, podem ser previstos outros meios

adequados para segurar o navio fundeado e para suspender a âncora (por exemplo, cabeço, saia decabo no guincho de arrasto ou guincho de cabo), por solicitação do Armador. O guincho pode serdispensado se for provado por experiência que a âncora pode ser descida e suspensa à mão semexpor a tripulação a nenhum perigo;

d) Para navios com L ≤ 10 metros, não é exigido um guincho

25.8 - FACILIDADES PARA ELIMINAÇÃO DE DETRITOS E DE ÁGUA

25.8.1 - A bordo de todos os navios pesqueiros deve ser assegurado que todos os tipos de detritos eágua acumulados no processo de captura possam ser descarregados ou levados para fora sem perigopara o navio. A bomba de esgoto deve ser de capacidade suficiente.

25.8.2 - Onde compartimentos de processamento de peixe são localizados abaixo do convés exposto,os detritos e água acumulados durante o processamento devem ser descarregados para fora através debombas adequadas ou, transportadores helicoidais. Recomenda-se que as respectivas saídas nochapeamento do costado sejam localizadas tão perto quanto possível do convés exposto. As aberturasde descarga devem ter dispositivo de fechamento. Onde a rede de descarga for elevada acima do convésexposto, pode ser colocada numa válvula de retenção de portinhola. Onde as bombas aspiram, também,de fora, deve ser previsto um dispositivo de bloqueio que evite que a água seja bombeada para o convésintermediário.

25.8.3 - Tampas auxiliares de conveses de processamento de peixe devem ser instaladas tão alto quantopossível. O ponto mais baixo de aberturas internas não deve ficar ao nível d�água em inclinações demenos que 15 graus, com o navio totalmente carregado. Em adição às tampas estanques para estasaberturas auxiliares, recomenda-se a instalação de tampas de retenção, articuladas.

25.8.4 - Nos porões de peixe devem ser arranjados pocetos de esgoto (caixa de lama) especialmentegrandes, equipados com um arranjo para lavagem das sucções de esgoto. Este arranjo de lavagem deveser seguro contra acionamento não intencional.

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TABELA 25.1

EQUIPAMENTO DE ANCORAS, AMARRAS E CABOS PARA NAVIOS PESQUEIROS

N o Numeral de Âncora de Proa Amarras de elos estaiados Cabos de Amarraçãoâncoras de proa (1) recomendados

para Equip. Quant. Peso por Compr. Diâmetro Quant. Compr. CargaReg. Z âncora total d

1d

2d

3de

rupturakg mm mm mm mm m kN

1 2 3 4 6 7 8 9 14 15 16

101 até 30 2 70 137.5 11 11 11 2 40 25

102 30-40 2 80 165 11 11 11 2 50 30

103 30-50 2 100 192.5 11 11 11 2 60 30

104 50-60 2 120 192.5 12.5 12.5 12,5 2 60 30

105 60-70 2 140 192.5 12.5 12.5 12,5 2 80 30

106 70-80 2 160 220 14 12.5 12,5 2 100 35

107 80-90 2 180 220 14 12.5 12,5 2 100 35

108 90-100 2 210 220 16 14 14 2 110 35

109 110-110 2 240 220 16 14 14 2 110 40

110 110-120 2 270 247.5 17.5 16 16 2 110 40

111 120-130 2 300 247.5 17.5 16 16 2 110 45

112 130-140 2 340 275 19 17.5 17,5 2 120 45

113 140-150 2 390 275 19 17.5 17,5 2 120 50

114 150-175 2 480 275 22 19 19 2 120 55

115 175-205 2 570 302.5 24 20.5 20,5 2 120 60

116 205-240 2 660 302.5 26 22 20,5 2 120 65

117 240-260 2 780 330 28 24 22 3 120 70

118 280-320 2 900 357.5 30 26 24 3 140 80

119 320-360 2 1020 357.5 30 26 24 3 140 85

120 360-400 2 1140 385 34 30 26 3 140 95

121 400-450 2 1290 385 36 32 28 3 140 100

122 450-500 2 1440 412.5 38 34 30 3 140 110

123 500-550 2 1590 412.5 40 34 30 4 160 120

124 550-600 2 1740 440 42 36 32 4 160 130

125 600-660 2 1920 440 44 38 34 4 160 145

126 660-720 2 2100 440 46 40 36 4 160 160

Ver obsevações após a Tabela 25.2

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TABELA 25.2

ÂNCORAS, AMARRAS E CABOS DE NAVIOS PESQUEIROSEM OPERAÇÃO COSTEIRA

N o Compr. Numeral Âncora de Proa Amarras de elos Cabos de Amarraçãopara L do Equip. âncoras de proa (1) recomendadosReg. ZF Quant. Peso Compr. Diâmetro Compr. Carga Diâmetro

por total d1

d2

Total Ruptura d4 d5

m kg m mm mm m kN mm mm

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

10 até 6 �- 1 10 4 x L 6.0 (2) 6.0(2) 35 10 � 12

102 6 - 8 �- 1 20 33.0 8.0(2) 8.0(2) 40 15 � 14

103 8 - 10 �- 1 30 38.0 8.0(2) 8.0(2) 55 20 � 16

104 10 - 12 �- 1 50 45.0 10.0(2) 10.0(2) 65 25 � 18

105 12 - 14 �- 2 60 95.0 11.0 11.0 80 25 � 18

106 14 - 17 �- 2 80 110.0 11.0 11.0 100 30 10 20

107 17 - 20 �- 2 95 110.0 12.5 12.5 120 30 10 20

108 20 - 40 até 270 2 110 137.5 12.5 12.0 35 10 � 22

109 20 - 40 270 - 300 2 140 165.0 14.0 12.5 180 35 10 22

110 20 � 40 300 - 330 2 180 165.0 14.0 12.5 200 40 10 22

111 20 � 40 330 - 360 2 210 220.0 16.0 14.0 225 45 10 24

112 20 � 40 360 - 400 2 250 220.0 16.0 14.0 225 45 10 24

113 20 � 40 400 - 500 2 300 247.5 17.5 16.0 225 45 10 24

114 20 � 40 450 - 500 2 370 247.5 19.0 17.5 250 50 12 26

115 20 - 40 acima de 500 2 440 275.0 22.0 19.0 250 55 12 26

Observações :d1 = diâmetro da amarra Grau K 1 (qualidade normal)d2 = diâmetro da amarra Grau K 2 (qualidade de alta resistência)d3 = diâmetro da amarra Grau K 3 (qualidade especial)d4 = diâmetro do cabo de aço 6 x 24, tensão nominal de ruptura 1570 N/mm2

d5 = diâmetro de cabos de poliamida de construção normal e de cabos de manilha (Grau 1)(1) Amarras de elos não estaiados, conforme DIN 766, de, no mínimo, a mesma carga de teste, podem

ser tomadas em lugar de amarras de elos estaiados de até 16 mm de diâmetro.(2) Amarras de elos não estaiados, conforme DIN 766.

Para navios pesqueiros equipados conforme Tabela 25.1, o índice F será adicionado ao Número deRegistro.Para navios pesqueiros equipados conforme Tabela 25.2, o índice K será adicionado ao Número deRegistro.

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SEÇÃO 26

DRAGAS

26.1 - GENERALIDADES

26.1.1 - Dragas, como definido nesta Seção, significam dragas, dragas-depósito, chatas, chatas-depósi-to e embarcações similares que podem ser sem ou com auto-propulsão e que são destinadas à dragagemcomum (por exemplo, draga de caçamba, dragas de sucção, draga de garras, etc.). Dragas destinadasà dragagem não usual e navios de formas diferentes devem ser considerados especialmente.

26.1.2 - As Regras das Seções 1 a 20 se aplicam às dragas desta Seção, a menos que mencionado deforma diferente. Se a notação de navegação W (águas rasas) for afixada ao Símbolo de classe, osmódulos de seção das cavernas, vaus e sicordas de conveses expostos ao tempo, espessura ou áreasseccionais de outros elementos estruturais transversais e longitudinais e módulo mínimo de seção con-forme Seção 4, item 4.3, podem ser reduzidos de 15%.

26.1.3 - Dragas com uma faixa restrita de serviço exclusivamente operando em águas nacionais devematender ao máximo possível as exigências da Convenção Internacional de Borda Livre. A altura do convésdas braçolas de acesso devem ser, no mínimo, 300 mm.

26.1.4 - Dragas que trabalham em conjunto com outras embarcações devem ter verdugos reforçados.

26.1.5 - As espessuras de elementos principais estruturais expostos à abrasão por mistura de detritos eágua, por exemplo, onde são empregados métodos especiais de carga e descarga, devem ser adequa-damente reforçadas ou, mediante aprovação pelo BC construídos de materiais especiais resistentes àabrasão.

26.1.6 - Em dragas com espaços de depósito fechados devem ser tomadas medidas construtivas conve-nientes para evitar o acúmulo de mistura gás/ar inflamável em cima da lama de dragagem. As Regras deInstalação Elétrica devem ser observadas.

26.2 - PLANOS E DOCUMENTAÇÃO PARA APROVAÇÃO

Para comprovar conformidade com as Regras, os seguintes desenhos e documentos devem ser subme-tidos em três vias adicionais aos estipulados na Seção 1.a) Plano de Arranjo Geral mostrando, também, o arranjo do equipamento de drenagem;b) Anteparas de espaços de depósitos longitudinais e transversais com informações relativas à densida-

de do detrito e altura de transbordamento;c) Arranjo de escantilhões de subestruturas fixados ou integrados aos elementos estruturais principais,

tais como, póticos, estais, etc. ou suas fundações, fundações de máquinas e bombas de dragagem,portinholas de fundo e suas articulações, equipamento de posicionamento e outros equipamentos edispositivos de dragagem, com suas fundações;

d) Cálculos de resistência longitudinal nas condições de carregamento mais desfavorável para embarca-ções de 100 metros de comprimento e mais. Cálculos de torção podem ser exigidos.

26.3 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL

26.3.1 - Para dragas aplicam-se, geralmente, as exigências de resistência longitudinal conforme Seção 4.

26.3.2 - Para dragas-depósito e chatas-depósito de menos de 100 metros de comprimento podem ser

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exigidos cálculos de resistência longitudinal em casos especiais.

26.3.3 - No cálculo de módulo de seção mestra de acordo com a Seção 4, item 4.3, a área seccionallíquida para todos os elementos de resistência longitudinal de uma quilha-duto entre portinholas do fundode boreste podem ser levadas em consideração.

26.3.4 - As extremidades de espaços de depósito, devem ter transições cuidadosas dos elementosestruturais longitudinais para as regiões adjacentes.

26.4 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E FUNDO

26.4.1 - A espessura do chapeamento do fundo de dragas que operam encalhada ou nas quaisencalhamentos podem ocorrer, deven ser aumentada de 20% acima do valor exigido na Seção 5.

26.4.2 - Se forem previstas portinholas de fundo na linha de centro da embarcação ou poços para equipa-mentos de dragagem (escadas de caçambas, tubos de sucção, etc.), uma fiada de chapa deve sercolocada em cada lado da abertura, com 50% da largura e espessura da chapa-quilha exigida.

26.4.3 - Extremidades de embarcações com fundo chato não comum devem ter um chapeamento dofundo até 500 mm acima da linha de carregamento máximo com espessura que corresponde à espessu-ra exigida para o fundo na região de 0,4.L a meia nau. Acima disso, deve ser prevista a espessuraexigida para o chapeamento do costado na região de 0,4.L a meia nau. Reforços conforme 26.4.1 devemser eventualmente previstos.

26.4.4 - Cantos de aberturas no fundo para portinholas e poços de equipamentos de dragagem devem serexecutados conforme Seção 6, item 6.1.3.2. Deve-se prestar atenção especial ao detalhamento constru-tivo e às ligações soldadas nestas regiões.

26.5 - CONVÉS

26.5.1 - A espessura do convés deve ser determinada conforme a Seção 6. Em embarcações commenos de 100 metros de comprimento, o chapeamento de convés exigido deve ser previsto pelo menosnas seguintes regiões: acima de praças de máquinas e de caldeiras, na região de gaiutas de máquinase de caldeiras, ao lado de todas aberturas de convés excedendo 0,4.B em largura e na região de funda-ções para equipamento e máquinas de dragagem escadas de caçambas, etc..Onde é colocada forração de madeira no convés, a espessura do chapeamento exigido de acordo com atabela abaixo, em relação ao comprimento L, é suficiente, no caso em que os cálculos de resistêncianão exijam espessuras maiores.

L [m] = 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

t [mm] 5 5,5 6 6 6,5 6,6 6,7 6,8 6,9 7 7,2 7,3 7,4 7,5 7,6 7,8 8

26.5.2 - Nas extremidades do espaço de depósito deve ser mantida continuidade da resistência pelacolocação de chapas reforçadas de canto. Os cantos devem ser executados conforme a Seção 6, item6.1.3.2.

26.6 - ESTRUTURA DO FUNDO

26.6.1 - Fundo Singelo Estruturado Transversalmente

26.6.1.1 - Ao longo de espaços de depósitos e pólos de dragagem na linha de centro, as hastilhas devemser dimensionadas conforme a Seção 7, item 7.1.1.2, onde pode ser utilizado mmin = 0,4. A altura destashastilhas não pode ser menor que:

h = 45 . B - 45 [mm] ; hmin = 180 mm

26.6.1.2 - Hastilhas, longarinas etc., abaixo de fundações de máquinas e bombas de dragagem devem

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ser suficientemente dimensionadas para os carregamentos adicionais.

26.6.1.3 - Onde hastilhas são adicionalmente carregadas pela pressão de fechamento de portinholas dofundo, os seus módulos de seção e suas alturas de alma devem ser aumentados correspondentemente.

26.6.1.4 - Onde o vão sem apoio de hastilhas excede 3 metros, uma longarina lateral conforme Seção 7,item 7.1.2.2.2 deve ser instalada. Prevalece analogamente o definido na Seção 7, item 7.1.2.1.4.

26.6.1.5 - Hastilhas alinhadas com elementos transversais inferiores nos espaços de depósito entreportinholas do fundo devem, ter nas paredes laterais de espaços de depósito, borboletas flangeadas (oucom barra-face) com abas simétricas aproximadamente. As borboletas devem se estender até à bordasuperior dos elementos transversais.

26.6.1.6 - Hastilhas de dragas que operam encalhadas ou nas quais encalhamentos podem ocorrer,devem ter reforços verticais contra flambagem garantindo que a tensão crítica de flambagem das almasseja maior que o limite elástico.

26.6.2 - Fundo Singelo Estruturado Longitudinalmente

26.6.2.1 - O espaçamento de gigantes do fundo não deve exceder 3,6 metros. O módulo de seção e aárea seccional da alma não devem ser menores que:

W = k . c . e . m 2 . p [cm3]

f = 0,061 . k . e . m . p [cm2]

a altura da alma não pode ser menor que a altura das hastilhas, conforme 26.6.1.1.

k = fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comumc = 9 - 0,002.L , para L = 100 metrose = espaçamento entre gigantes do fundo ou de anteparas, em [m]m = vão sem apoio, em [m] , sem considerar eventuais longarinasp = ressão pB ou p1 e p�1 conforme Seção 3, itens 3.2.3 e 3.4; prevalece o maior valor.

26.6.2.2 - As longarinas do fundo devem ser determinadas conforme Seção 8, item 8.2.

26.6.2.3 - Em ambos os lados da longarina central, nas paredes laterais de poços e em paredes lateraisde espaços de depósito, devem ser previstas borboletas entre os gigantes do fundo, caso não existauma caixa de quilha que possa ser utilizada como quilha para docagem. Até um espaçamento degigantes de 2,5 metros é suficiente a colocação de uma borboleta que se estenda até o próximo longitu-dinal ou reforço longitudinal. Em espaçamentos maiores devem ser previstas duas borboletas. A espes-sura das borboletas que devem ser flangeadas ou com barra-face, deve ser, pelo menos, igual à daespessura das almas de gigantes do fundo, adjacentes.

26.6.2.4 - No caso em que anteparas longitudinais e os chapeamentos do costado são estruturadostransversalmente, borboletas conforme 26.6.2.3 devem ser instaladas em todas as cavernas estenden-do-se até o bojo.

26.6.2.5 - Os gigantes de fundo devem ser reforçados com barras chatas verticais em todas as longitu-dinais. A altura das barras chatas deve ser aproximadamente igual à altura das longitudinais do fundo,mas não necessita exceder 150 mm.

26.6.2.6 - A estrutura do fundo de dragas que operam encalhadas ou nas quais encalhamentos podemocorrer, deve ser dimensionada como segue:a) O espaçamento dos gigantes do fundo, conforme 26.6.2.1, não deve exceder 1.8m. As almas devem

ser reforçadas conforme 26.6.1.6.b) O módulo de seção das longitudinais do fundo, conforme Seção 8, item 8.2, deve ser aumentado em

50%.

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26.6.2.7- Os parágrafos 26.6.1.2, 26.6.1.3, 26.6.1.4 e 26.6.1.5 devem ser aplicados analogamente.

26.6.3 - Fundo Duplo

26.6.3.1 - Ao lado de espaços de depósito não necessitam ser previstos fundos duplos.

26.6.3.2 - Em adição às exigências da Seção 7, item 7.2.7, hastilhas cheias devem ser previstas naregião de espaços de depósito que são descarregados através de garras.

26.6.3.3 - Na colocação de borboletas, conforme Seção 7, item 7.2.8.4, devem ser observadas, também,as Regras conforme 26.6.2.3 e 26.6.2.4, se for o caso.

26.6.3.4 - A estrutura do fundo de dragas que operam encalhadas ou nas quais encalhamentos podemocorrer, deve ser reforçada conforme Seção 7, item 7.2.1.6. Se for o caso, pode ser adotado 26.6.2.6,analogamente.

26.7 - CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE DEPÓSITOS E POÇOS

26.7.1 - Os escantilhões das paredes de espaços de depósito e de poços devem ser determinados comosegue:

26.7.1.1 - Chapeamento

A espessura deve ser:t = 1,26 . a . (p. k)1/2 + 1,5 [mm] ;

tmin = 5,5 + L/25 [mm] ou tmin = 6,5 . k1/2 [mm] , dos dois o maior valor

k = fator de material, conforme Seção 1 ; k = 1,0, para aço naval comuma, am = espaçamento de reforços, em [m]p = 10 . r . h [kN/m2]h = distância da borda inferior do chapeamento ou do centro de carregamento do respectivo ele-

mento até a borda superior de transbordamento, em [m]r = densidade do depósito de dragagem, em [t/m3] ; rmin = 1,2 [t/m3]

26.7.1.2 � Reforços (módulo de seção mínimo)

a) Reforços transversalmente de anteparas longitudinais e reforços de anteparas transversais:

W = 0,68 . k . a . m2 . p [cm3]

b) Reforços longitudinais:

W = k . m1 . m2 . am . m2 . p [cm 3]

m1 , m2 = vide Seção 8, item 8.2.2m = vão sem apoio, em [m]k, a, am , p = ver item 26.7.1.1

26.7.1.3 - A resistência não deve ser menor que a dos costados do navio. Deve ser dada atençãoespecial para a transição adequada e continuidade nas extremidades de paredes longitudinais, espaçosde depósitos e poços. As fiadas do topo e do fundo de paredes longitudinais devem ser estendidasatravés das anteparas das extremidades ou borboletas de transição devem ser previstas alinhadas comas paredes em conjunto com reforços no convés e no fundo. Não é exigido transição especial onde ocomprimento de poços não excede 0,1.L e onde os poços e/ou extremidades de espaços de depósitosão localizados fora de 0,6.L, a meia-nau.

26.7.2 - Em espaços de depósitos com portinholas de fundo devem ser previstas vigas transversais com

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espaçmento menor que 3,6 metros.

26.7.3 - A altura das vigas transversais espaçadas conforme 26.7.2 deve ser, no mínimo, 2,5 x a alturadas hastilhas conforme Seção 7, item 7.1.1.2. A espessura da alma deve ser, no mínimo, igual à espes-sura do chapeamento do costado. As bordas superior e inferior das vigas transversais devem ter barras-face. A espessura das barras-face deve ser, pelo menos, 50% maior que a espessura exigida para aalma. Onde as vigas transversais são construídas como vigas- caixão estanques à água, os escantilhõesnão devem ser menores que o exigido no item 26.7.1. Na borda superior deve ser prevista uma chapacom espessura aumentada em, pelo menos, 50%.

26.7.4 - Para aumentar a rigidez das vigas transversais, devem ser previstos reforços verticais espaçadosem não mais que 900 mm.

26.7.5 - As anteparas transversais nas extremidades de espaços de depósitos devem se estender debordo a bordo.

26.7.6 - Independentemente do sistema estrutural ser transversal ou longitudinal, devem ser previstascavernas gigantes, conforme Seção 21, item 21.11.2, no plano das vigas gigantes, conforme item 26.7.2.A densidade dos depósitos de dragagem deve ser considerada na determinação dos escantilhões.

26.7.7 - Na altura do convés devem ser previstos vaus gigantes transversais entre as paredes laterais dosespaços de depósito no plano das cavernas gigantes exigidas em 26.7.6. Os escantilhões devem serdeterminados para os carregamentos reais (como, por exemplo, o carregamento pela força máxima àtração de dispositivos hidráulicos para o fechamento de portinholas do fundo) como para vaus limites deescotilhas em conveses de carga, conforme Seção 15, item 15.3. Caso exista uma caixa de quilha, osvaus gigantes transversais devem ser suportados através de pés-de-carneiro na caixa de quilha.

26.7.8 - Em dragas de caçamba os poços de escadas devem ser isolados no fundo por cofferdamslongitudinais e transversais para evitar que compartimentos adjacentes sejam alagados no caso dequalquer avaria no casco pelo equipamento de dragagem ou objetos dragados. Os cofferdams devem seracessíveis

26.8 - CAIXA DE QUILHA

26.8.1 - Determinação dos Escantilhões

26.8.1.1 - Espessuras do Chapeamentoa) Chapeamento do fundo: Caso a caixa de quilha não possa ser utilizada como quilha de docagem

(vide, também, 26.4.2), prevalecem as exigências para o chapeamento do fundo, conforme Seção 5,item 5.2.1.3.

b) Chapeamento restante: Fora do espaço de depósito prevalecem as exigências para chapeamentodo fundo, conforme Seção 5, item 5.2.1.3. Dentro do espaço de depósito prevalecem as exigênciaspara paredes de espaços de depósito, conforme 26.7.1, com reforço de espessura do chapeamentona parte superior em, pelo menos, 505 mm devido ao maior risco de avarias.

26.8.1.2 - Hastilhas

Prevalecem as exigências dos itens 26.6.1 e 26.6.2.

26.8.1.3 - Reforços

Prevalecem as exigências do item 26.7.1

26.8.2 - Resistência do Elemento Estrutural

26.8.2.1 - No plano dos gigantes exigidos conforme 26.7.5, devem ser previstos gigantes ou hastilhasabertas para garantir suficiente resistência do elemento estrutural.

26.8.3 - Com relação à adequada e continuidade nas extremidades da caixa de quilha, deve ser observa-do 26.7.1.3

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26.9 - CADASTE E LEME

26.9.1 - Para dragas com dois lemes, devido a poços de popa para escadas de caçambas ou tubos desucção, determina-se os escantilhões do cadaste conforme Seção 12, item 12.2.1.

26.9.2 - Para dragas com propulsão auxiliar, cuja velocidade no calado máximo não excede 5 nós, deveser utilizada a velocidade mínima de 7 nós para a determinação do diâmetro da madre do leme.

26.10 - B0RDA-FALSA E TRANSBORDAMENTO DO ESPAÇO DE DEPÓSITO

26.10.1- Caso o transbordamento do espaço de depósito seja no convés e não através de dutos fechadospara fora do costado, não deve ser prevista uma borda-falsa ao lado dos espaços de depósito. A coloca-ção de uma borda-falsa deve ser evitada, mesmo no caso em que o transbordamento seja através dedutos fechados. Se, apesar disso, for prevista uma borda-falsa, a mesma deve ter uma abertura contínuade drenagem para assegurar que o depósito de dragagem transbordando possa escoar livremente, mes-mos nos movimentos da draga em ondas.

26.10.2 - Dragas sem notação de navegação restrita devem ter, em cada bordo, um duto de transborda-mento em região apropriada e de tamanho suficiente para que o excesso de água possa ser descarrega-do durante o serviço de dragagem. Se possível, não devem ser feitos recortes na borda superior docintado. Caso dutos de transbordamento atravessem o compartimento lateral, esses devem penetrar afiada do cintado a uma distância adequada do convés. A espessura de elementos estruturais sujeita àabrasão pela mistura de depósito de dragagem e água deve ser suficientemente aumentada ou fabricadade material especial resistente à abrasão, aprovado pelo BC .

26.10.3 - Dragas com notação restrita de navegação podem ter arranjos de transbordamento permitindodescarga do excesso de água no convés, durante o serviço de dragagem.

26.11- EQUIPAMENTO

26.11.1- O equipamento de âncoras, amarras e cabos deve ser determinado conforme Seção 16. Oequipamento de dragas para serviço restrito deve ser determinado como para embarcações de serviçocosteiro (notação K). Para dragas em serviço em águas rasas, vide Seção 16, item 16.1.4.

26.11.2- O equipamento de dragas sem auto-propulsão deve ser determinado conforme Seção 28, item28.5.

26.11.3 - Recomenda-se reforçar as amarras de dragas utilizadas para deslocamentos da draga duranteo serviço de dragagem, devido ao maior desgaste.

26.11.4 - Equipamentos de fundeio instalados em adição às exigências conforme 26.11.1 e 26.11.2 (porexemplo, para deslocamento ou efeitos de posicionamento) só fazem parte da classificação quando aembarcação recebe a respectiva notação ao Símbolo de Classe.

TOMO II - DRAGAS .............................................. SEÇÃO 26

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SEÇÃO 27

CHATAS PONTÕES

27.1 - GENERALIDADES

Ver Livro de Regras do BC para balsas offshore.

TOMO II - CHATAS PONTÕES .............................. SEÇÃO 27

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SEÇÃO 28

NAVIOS PARA NAVEGAÇÃO EM ÁGUAS RASAS

28.1 - GENERALIDADES

28.1.1 - Aplicam-se as Regras da Seções 1a 20 para navios para navegação em águas rasas, a menosque citado de outra forma nesta Seção.

28.1.2 - Navios navegando em águas rasas atendendo às Regras desta Seção, recebem a notação W -Operação em Águas Rasas afixada ao Símbolo de classe.

28.1.3 - Como carregamento no convés deve ser utilizado p = 6 [kN/m2] , caso o Armador não exijacarregamento maior.

28.2 - CHAPEAMENTO DO COSTADO E DO FUNDO

28.2.1 - A espessura do chapeamento do fundo, na região de 0,4.L , a meia-nau, deve ser determinadapela seguinte fórmula:

][3,1 mmP

DLaato

⋅⋅⋅=

a = espaçamento real entre cavernas, em [m]ao = espaçamento entre cavernas definido pela Seção 8, item 8.1.1.1.1 para a região situada desde

0,2.L a ré da PPAV até a antepara de colisão de ré, em [m]L = comprimento do navio, em [m] (ver Seção 1)D = calado do navio, em [m] (ver seção 1)P = potal do navio, em [m] (ver Seção 1)

28.2.2 - Para navios com fundos chatos, a espessura deve ser aumentada de 0,5mm.

28.2.3 - A espessura do chapeamento do costado, na região de 0,4.L, a meia-nau pode ser 0,5 mmmenor que o chapeamento do fundo definido pelo item 28.2.1.

28.2.4 - A espessura, na região de 0,05.L , nas extremidades, pode ser 1,0 mm menor que o valorcalculado pelo item 28.2.1.

28.2.5 - A espessura do chapeamento do costado não deve ser menor que 3,5 mm em nenhuma região.

28.2.6 - Reforços do fundo à vante, conforme Seção 5, não são necessários.

28.3 - ANTEPARAS ESTANQUES À ÁGUA E ANTEPARAS DE TANQUES

28.3.1 - Os escantilhões de anteparas estanques à água devem ser determinados conforme Seção 10. Aespessura do chapeamento não necessita ser maior que a espessura na meia-nau do chapeamentocorrespondente do costado com espaçamento de caverna. As espessuras não podem ser menores queos seguintes valores mínimos:tmin = 3,5 [mm] , para a fiada mais inferiortmin = 3,0 [mm] , para as fiadas restantes.

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28.3.2 - Os escantilhões de anteparas e paredes de tanques devem ser determinados conforme Seção11. A espessura não deve ser menor que 5,0 mm.

28.4 - ESCOTILHAS

28.4.1 - A altura de braçolas de escotilhas deve ser, no mínimo, 400mm. As braçolas devem ser apoia-das em cada quarta caverna, por estais.

28.4.2 - A espessura das braçolas deve ser determinada conforme as seguintes fórmulas:a) braçolas longitudinais tm = 4,5 + m/6 [mm]b) braçolas transversais tq = 2,75 + b/2 [mm]

m = comprimento da escotilha, em [m]b = largura da escotilha, em [m]

28.4.3 - Vaus de escotilha devem ser instalados a uma distância de não mais que 3,0m. O módulo deseção dos vaus de escotilha não deve ser menor que:

W = p . e . b2 [cm3]

e = espaçamento dos vaus de escotilha, em [m]b = vide 28.4.2.p = carregamento do convés, conforme 28.1.4.

A altura da alma dos vaus de escotilha não deve ser menor que:

H = 70 . b [mm]

b = vide 28.4.2.

Nas extremidades dos vaus a altura das almas pode ser reduzida, mas não deve ser menor que 130mm.

28.4.4 - A espessura de tampas de escotilhas de madeira não deve ser menor que 35 mm. Se o vão semapoio das tampas de escotilhas exceder 1,5 metros, a espessura deve ser aumentada proporcionalmente.

28.4.5 - A largura de apoio das tampas de escotilhas nas braçolas não deve ser menor que 40 mm.

28.4.6 - Onde vigas longitudinais de madeira são colocadas apoiando tampas de escotilhas transversais,o seu módulo de seção não deve ser menor que:

W = 50 . u . e2 [cm3]

e = vide 28.4.3u = vão, sem apoio, da tampa de escotilha, em [m].

28.4.7 - A altura das gaiutas de praças de máquinas e de caldeiras não deve ser menor que 600 mm, esua espessura não menor que 3,0 mm. As braçolas não devem ser menores que 350 mm, e suasespessuras não menores que 4,0 mm.

28.4.8 - A altura de braçolas de descidas não deve ser menor que 300 mm.

28.5 - EQUIPAMENTO

28.5.1 - O equipamento de âncoras, amarras e cabos deve ser determinado conforme a Seção 16.

28.5.2 - O peso da âncora pode ser 60% do valor da Tabela 16.2, da Seção 16. Se o peso das âncorasfor menor que 80 kg., exige-se somente uma âncora.

28.5.3 - O diâmetro da amarra determina-se conforme o peso reduzido da âncora. Para âncoras com

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peso menor que 120 kg., o diâmetro da amarra em aço grau K 1 deve ser calculado conforme a seguintefórmula:

d1 = 1,15 . P1/2 [mm]

P = peso da âncora, em [kg]

Na utilização de amarras sem estais, o diâmetro deve ser aumentado em 1,0 mm.O comprimento da amarra pode ser 70% do valor dado na Tabela 16.2, da Seção 16Se exigida somente uma âncora, 50% do comprimento de amarra na Tabela 16.2 é suficiente.

28.5.4 - Recomenda-se que o comprimento de cabos de amarração seja 50% do comprimento dado naTabela 16.2 (vide, também, Seção 16, item 16.6).

28.5.5 - Navios navegando em águas rasas com este equipamento, recebem o índice K afixado aoNúmero de Registro.

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SEÇÃO 29

REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUES FLUTUANTES

29.1 - GENERALIDADES

29.1.1 - Aplicação

29.1.1.1 - As seguintes Regras se aplicam a diques flutuantes do tipo caixa, no qual as caixas do fundoe das laterais são contínuas, de vante à ré, e são inseparáveis, bem como a diques flutuantes tipopontão, no qual as caixas laterais são contínuas, de vante à ré, e o fundo é formado de pontões nãocontínuos que são parafusados nas caixas laterais. Estas Regras se aplicam, também, para diques dotipo L e pontões flutuantes.

29.1.1.2 - Os dados fornecidos pelo fabricante nas suas Instruções de Operação, com relação à distribui-ção de peso e carregamentos, devem ser utilizados como base para dimensionamento de elementosestruturais, a menos que o que segue seja mais rígido.

29.1.2 - Símbolos de Classe

Diques flutuantes que atendem às Regras desta Seção receberão a notação Dique flutuante, indican-do, também, a capacidade de levantamento, em toneladas, afixada ao Símbolo de classe.

29.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO

29.2.1 - Devem ser submetidas, para aprovação, três cópias de cada um dos seguintes planos e docu-mentos:a) Arranjo geral, mostrando o arranjo dos compartimentos e tanques, desenhos das seções longitudinais

e transversais, mostrando todos os escantilhões, e a posição das vigas longitudinais e transversais eanteparas estanques à água;

b) Desenhos da caixas laterais com o convés superior e convés de segurança, caixa de fundo ou pontõesnão contínuos;

c) Desenhos dos elementos estruturais dos convéses de pontão que transmitem as forças pontão-lateral-pontão;

d) Carregamentos admissíveis e deflexões, conforme Instruções de Serviço;e) Diagramas de bombeamento, mostrando as diferenças de pressão interna e externa sobre toda região

submersa;f) Cálculos das condições de resistência transversal e longitudinal, bem como de resistência local;g) Planos das instalações de máquinas e elétricas;h) Planos dos sistemas de tubulação e dos dispositivos de proteção contra incêndio e de extinção; ei) Cálculos mostrando a estabilidade do dique suportando um navio.

29.2.2 - Outros documentos podem ser exigidos, se considerados necessários

29.3 - MATERIAIS

29.3.1 - À menos que estabelecido de outra forma, material utilizado para os elementos estruturaisprincipais do dique deve ser aço naval testado de acordo com as Regras para Materiais. Outros tipos deaço de menor resistência podem ser utilizados se a soldabilidade do material é garantida nas condiçõesde estaleiro. Em tais casos, as tensões admissíveis para o dimensionamento dos elementos estruturaisdevem ser modificadas em relação à resistência de ruptura do aço utilizado.

TOMO II - REGRAS ESPECIAIS PARA DIQUESFLUTUANTES ........................................................... SEÇÃO 29

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29.3.2 - O material utilizado para partes estruturais de menor importância, como plataformas, pontesmóveis, passarelas, etc, pode ser de outro aço com boas propriedades de soldagem se a qualidade doaço for comprovada por Certificado do fabricante.

29.4 - DIMENSÕES PRINCIPAIS E DEFINIÇÕES

29.4.1 - Comprimento do Dique - O comprimento do dique deve ser medido da antepara extrema devante até a antepara extrema de ré.

29.4.2 - Boca - A boca deve ser medida à partir das bordas exteriores das cavernas. A Boca livre émedida entre as passarelas �cantilever� das paredes laterais.

29.4.3 - Pontal - O pontal é a distância vertical da linha de base até o topo do vau do convés superior.

29.4.4 - Profundidade de Imersão - A distância entre a linha d�água do dique imerso e o topo dospicadeiros da quilha será definida como Profundidade de imersão acima dos picadeiros de docagem.

29.4.5 - Fundo do Porão - O fundo do dique tipo caixa ou dos pontões não contínuos do dique tipopontão serão definidos como Fundo do pontão.

29.4.6 - Convés do Pontão - O Convés do dique tipo caixa ou do dique de pontões não contínuos serádefinido como convés do pontão

29.4.7 - Pontal do Pontão - O pontal do pontão é a distância vertical entre o fundo do pontão e o convésdo pontão.

29.4.8 - Convés Superior - O convés superior é o convés estanque à água, contínuo, mais alto que seestende sobre toda a parede lateral.

29.4.9 - Convés de Segurança - O convés de segurança se estende sobre todo o comprimento daparede lateral. É um limite estanque à água e ao ar entre o compartimento acima e os compartimentosde lastro. É arranjado abaixo do convés superior para que, quando todos os compartimentos abaixo deleestão alagados sem carregamento nos picadeiros de quilha, a flutuação do espaço acima seja suficientepara manter o dique flutuando com uma suficiente borda-livre em relação ao convés superior (vide, tam-bém, 29.8.2).

29.4.10- Lastro Residual e Lastro de Compensação - A água de lastro que sobra nos tanques que asbombas não conseguem descarregar será definida como lastro residual. A água de lastro, em excesso,do lastro residual na capacidade nominal de levantamento, será definida como lastro de compensação(vide, também, 29.6.3).

29.5 - RESISTÊNCIA TRANSVERSAL

29.5.1 - A resistência da estrutura transversal do dique deve ser investigada para 3 (três) condições:a) Primeira condição: Dique suportando um navio da capacidade nominal de levantamento, emerso até à

borda-livre do convés do pontão. A resistência estrutural deve ser investigada sob o carregamento deágua e a pressão nos picadeiros centrais de docagem;

b) Segunda condição: Dique carregado como em a), mas nenhum carregamento nos picadeiros centraisde docagem nas extremidades do dique. A resistência transversal deve ser investigada para as trans-versais carregadas somente pelo empuxo, considerando lastro de compensação uniformemente dis-tribuído;

c) Terceira condição: Dique com navio emerso com a diferença máxima de pressão interna e externa. Aresistência transversal deve ser calculada sob o carregamento da pressão da água e a pressão nospicadeiros centrais de docagem.

29.5.2 - Nos cálculos, o carregamento dos picadeiros de quilha deve ser carregamento máximo admissívelpor m de comprimento de convés especificado nas Instruções de Construção ou de Serviço. Este car-regamento deve ser determinado para o navio mais curto cujo deslocamento seja igual à capacidade dodique.

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29.5.3 - O carregamento nos picadeiros centrais de docagem será utilizado, mas não deve ser menorque a resultante da distribuição uniforme de carregamento sobre todo o comprimento do dique:

]/[81,95,1 mkNL

NHq ⋅⋅=

NH = capacidade nominal de levantamento do dique, em [t]L = comprimento do dique, em [m]

29.5.4 - O carregamento nos picadeiros de bojo é derivado da força resultante de uma inclinação do navioem 3 graus; com isso, o carregamento total dos picadeiros de bojo, em cada lado, é aproximadamente5% da capacidade nominal de levantamento.

29.5.5 - As tensões nas vigas transversais, no chapeamento e cavernas não podem exceder os seguin-tes valores:

Tipo de carregamento aço naval comum (NF 24) aço St 37-2

Tensão de compressão ou tração, na flexão σadm = 160 N/mm2 σ adm = 140 N/mm2

Tensão de cisalhamento τ adm = 100 N/mm2 τ adm = 95 N/mm2

Tensão combinada σV = 200 N/mm2 σV = 180 N/mm2

A tensão combinada será determinada pela fórmula:

22 3 τσσ ⋅+=V

29.5.6 - Os elementos estruturais devem ser adequadamente reforçados para evitar flambagem (vide,também, Seção 2, item 2.6).

29.6 - RESISTÊNCIA LONGITUDINAL

29.6.1 - A resistência longitudinal do dique deve ser calculada para a condição em que o dique suporta onavio mais curto de deslocamento igual à capacidade do dique. A rigidez do navio docado não seráconsiderada nesta cálculo.

29.6.2 - Em nenhum ponto do dique a tensão resultante do momento fletor mínimo obtido com o sistemade bombas do dique deve exceder os seguintes valores:a) para aço naval comum: σ = 120 N/mm2

b) para aço ST 37-2: σ = 110 N/mm2

29.6.3 - Onde, entretanto, este momento fletor mínimo é obtido pelo lastro de compensação disponívele, assim, por níveis desiguais de água nos compartimentos do fundo não contínuos, a condição com olastro convenientemente distribuído sobre todo o comprimento do dique também deve ser calculada. Atensão relacionada ao momento fletor assim calculado não pode, em nenhum caso, deve exceder σ =140 N/mm

2 (para aço St 37-2).

29.6.4 - O cálculo exigido em 29.6.3 pode ser omitido quando, pelo menos, dois medidores de deflexãoindependentes forem instalados e a deflexão máxima indicada não permitir tensões maiores que osvalores indicados em 29.6.3.

29.6.5 - Onde a resistência longitudinal do dique rebocado em águas abertas deve ser considerada, noscálculos como base devem ser utilizados os comprimentos e alturas de ondas, dependendo da rota deviagem e da estação do ano.

29.6.6 - Geralmente, o comprimento de onda deve ser assumido como sendo igual ao comprimento do

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dique. Outras hipóteses divergentes devem ser comprovadamente adequadas.

29.6.7 - Estes cálculos podem ser baseados nas seguintes tensões admissíveis:σadm = 180 N/mm2 , para aço naval comumσadm = 160 N/mm2 , para aço St 37-2

29.6.8 - A resistência à flambagem dos elementos longitudinais deve ser comprovada. Considerando astensões conforme 29.6.2, o fator de segurança contra flambagem sB não pode ser menor que o estipu-lado na Seção 2, item 2.6.1.4. Caso o dique esteja sendo rebocado em águas abertas (tensões conforme29.6.7), o fator de segurança contra lambagem pode ser reduzido em 10%.

29.7 - RESISTÊNCIA DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS

29.7.1 - Carregamentos

29.7.1.1 - Os elementos estruturais que não são indicados nos cálculos de resistência transversal oulongitudinal devem ser dimensionados conforme os carregamentos indicados ou locais. Os valores em29.5.5 devem ser assumidos como tensões admissíveis. A segurança contra flambagem deve ser obser-vada.

29.7.1.2 - Os carregamentos no convés de segurança e nas caixas laterais podem ser obtidos no diagra-ma de bombeamento.

29.7.1.3 - Onde nenhuma outra exigência é considerada devido a arranjos especiais como a colocaçãode cabrestantes, os valores assumidos como carregamentos devem ser, no mínimo,3,5 kN/m2 , para pontes de ligação na extremidade do dique5 kN/m2 , para o convés superior10 kN/m2 , para as plataformas na extremidade do dique.

29.7.3 - Tanques de Serviço

Para tanques de serviço arranjados acima do convés de segurança (tanques de óleo combustível, tan-ques de água doce, tanques de água potável, tanques de óleo lubrificante e de borra, etc.), aplica-se aSeção 11.

29.7.4 - Antepara Longitudinal Central

A antepara na linha de centro, suportada nas vigas transversais ou nas anteparas estanques transver-sais, deve ser calculada como uma viga contínua carregada por uma carga nos picadeiros centrais e peloempuxo. Entretanto, concentrados devem ser levados em consideração devido à remoção de picadeirosentre duas vigas tranversais no caso de um reparo no fundo.

29.7.5 - Guindaste do Dique

29.7.5.1 - Os escantilhões de guindastes de dique devem ser determinados conforme os princípiosestabelecidos pelo BC para a construção e teste de aparelhagem de carga. Eventuais exigências naci-onais adicionais devem ser observadas.

29.7.5.2 - O peso total dos guindastes, o carregamento máximo das rodas e a distância dos eixos derodas de guindastes de dique arranjados nas caixas laterais, devem ser levados em consideração para odimensionamento da subestruturas e devem ser indicados nos planos submetidos para aprovação.

29.8 - ESTABILIDADE E BORDA-LIVRE

29.8.1 - Estabilidade

Suficiente estabilidade na condição mais desfavorável deve ser comprovada. Geralmente, esta condiçãoserá atingida quando o fundo do navio está emerso e o convés do pontão ainda permenece abaixod�água. A estabilidade será considerada suficiente com uma altura metacêntrica GM de 1,0 metro. Em

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razão das possíveis alturas resultantes do centro de gravidade do navio, dependendo do peso do navio,devem ser incluídos na Instruções de Serviço (se possível na forma de um diagrama). Eventuais exigên-cias nacionais adicionais devem ser observadas.

29.8.2 - Borda-Livre

29.8.2.1 - A borda-livre de segurança do dique completamente imerso não pode ser, em nenhum ponto,menor que 1,0m, sendo medida da borda superior do convés superior. Penetrações para cabos, etc., naregião da borda-livre de segurança devem ser projetadas para que possam ser fecháveis ou arranjadaspara evitar, com certeza, a entrada de água externa nos compartimentos laterais.

29.8.2.2 - A borda-livre do pontão do dique emerso, suportando um navio da capacidade nominal delevantamento, será medida da borda superior do convés do pontão, na linha de centro do dique. A borda-livre lateral deve ser suficiente para permitir que os guindastes do dique possam ser transladados de umaextremidade do dique até à outra, sem submersão do convés do pontão. Eventuais exigências nacionaisadicionais devem ser observadas.

29.9 - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS E PLANTA ELÉTRICA

29.9.1 - Instalações de máquinas, como caldeiras, vasos de pressão, motores auxiliares, bombas, etc.,essenciais para o serviço do dique, devem ser construídas e instaladas de acordo com as exigênciasdas Regras para Construção de Máquinas, e serem testadas nas dependências dos fabricantes.

29.9.2 - A planta elétrica deve ser aprovada de acordo com as exigências das Regras para InstalaçãoElétrica. Motores, geradores e transformadores com uma potência de 100 kW ou kVa, ou mais, devemser testados nas dependências dos fabricantes.

29.10- SISTEMAS DE TUBULAÇÃO E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

29.10.1- Sistemas de Tubulação

Onde aplicáveis, os sistemas de tubulação devem atender às Regras para Construção de Máquinas. Ossistemas de tubulação de lastro devem ser arranjados conforme as exigências especiais de serviço dodique. Deve ser assegurado que cada compartimento de lastro possa ser esgotado por, pelo menos,duas bombas. Todas as bombas, válvulas de entrada, descarga e distribuição, devem ter controle direto,além do controle central pela cabine de comando .

29.10.2- Equipamentos de Proteção Contra Incêndio

Onde aplicáveis, os equipamentos de proteção contra e de extinção de incêndio devem estar de acordocom as Regras para Construção de Máquinas.

29.11- TESTES

29.11.1- Todos os tanques de água doce, água potável, de óleo combustível e óleo lubrificante, bemcomo os tanques de borra, devem ser testados com uma coluna d�água de 2,5 metros acima do topo dotanque.

29.11.2- A estanqueidade de todos os compartimentos de lastro, no pontão e nas paredes laterais, deveser testada por um jato forte de água ou por pressão de ar. Em teste com ar comprimido, a estanqueidadedas costuras soldadas essenciais deve ser verificada com sabão. Vide, também, Seção 21, item 21.1.15.3.

29.11.3- Após concluir o dique, devem ser determinadas a borda-livre, o peso leve e a capacidade delevantamento do dique.

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SEÇÃO 30

REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA CLASSIFICAÇÃOE TESTES EM VASOS COM CARGA SOB PRESSÃO

30.1 - INTRODUÇÃO

As regras a seguir se aplicam a todos os vasos de pressão destinados à operação da instalação pro-pulsora e seus equipamentos e máquinas auxiliares. Aplicam-se, também, a vasos para o transporte desubstâncias perigosas. Estes Regulamentos não se aplicam a vasos com pressão de trabalho mínimaadmissível de até 0,5 kg/cm2 manométricos e com capacidade total não superior a 2.000 litros, nem avasos destinados a água e óleos, com pressões de trabalho de até 10 Kg/cm2 manométricos e tempera-turas de serviço de até 80oC. Tais vasos devem, no entanto, ser submetidos a um teste de pressão pelofabricante, de conformidade com a Tabela 30.4. Deve ser emitido um certificado contendo os resultados.

30.2 - DOCUMENTOS PARA APROVAÇÃO

Devem ser apresentados, para aprovação, em três vias, os desenhos e planos dos vasos de pressãocontendo os seguintes detalhes.a) Uso pretendido e capacidade;b) Meio a ser transportado, pressões e temperaturas de trabalho;c) Materiais a serem usados e detalhes sobre a soldagem;d) Detalhes quanto a tratamento térmico, se necessários; ee) Dados adicionais necessários para o exame.

30.3 - REGRAS ESPECIAIS

Vasos e aparelhos construídos segundo as normas reconhecidas e testados pelo fabricante, como, porexemplo, vasos de pressão para água, conforme DIN 4810, e caldeiras de água quente, conforme DIN4800 a 4804, podem ser aprovados mediante solicitação.

30.4 - MATERIAIS

Os materiais a serem usados para todas as paredes sob pressão de vasos de pressão devem seradequados para o fim a que se destinam. São requeridos testes de materiais para as seguintespartes componentes de reservatórios de ar de partida, vasos com pressões de trabalho ≥ 25 kg/cm2

ou temperaturas de serviço ≥ 300oC, e recipientes de carga para gases liquefeitos ou outras substân-cias perigosas:a) Todas as superfícies sob pressão, exceto pec,as pequenas, como bossos e conexões com diâmetro

interno nominal ≤ 65 mm, bem como sedes de válvulas de reservatórios de ar comprimido forjadas oufeitas de aço laminado;

b) Flanges forjados para temperaturas de serviço > 300oC e temperaturas de serviço ≤ 300oC, se oproduto de p (kg/cm

2 manométricos) por NW (diâmetro nominal em mm) for maior ou igual a 2500, ouo diâmetro nominal for maior que 250 mm, com exceção de flanges com NW ≤ 32 mm;

c) Parafusos e roscas de M 30 (roscas métricas de 30 mm) para cima, feitos de aço, com resistência àtraço superior a 50 kg/mm2 , porcas com resistência à tração superior a 60 Kg/mm2 , e parafusossuperiores a M 16, feitos de aços-liga ou aços temperados e revenidos.

A comprovação da qualidade do material de todas as partes deve ser fornecida através de certificados dofabricante.

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30.5 - PROJETO

30.5.1 - Generalidades

Os cálculos de resistência, a seguir, são baseados em requisitos mínimos para condições de trabalhonormais. As espessuras de parede, resultantes, são as espessuras mínimas requeridas. As tolerânci-as, para menos, de espessuras contidas no Regulamento para Materiais, devem ser somadas às espes-suras calculadas.

30.5.2 - Pressão de Projeto

Em geral, a pressão de trabalho máxima admissível deve ser considerada como pressão de projeto. Aaltura estática do fluido deve ser considerada no estabelecimento da pressão de trabalho máxima admissível,caso aumentem as tensões nas paredes do vaso pressão, em 5% ou mais. No caso de pressão subnormal,a pressão de projeto deve ser a pressão negativa de 1 Kg/cm2 ou, quando aplicável, a pressão deresposta das válvulas de segurança de pressão negativa. A pressão de trabalho máxima admissível, aser usada no projeto de vasos de pressão de cargas de gás liquefeito, é igual à pressão de projeto.

30.5.3 - Valor Característico de Resistência

O valor característico de resistência deve ser estabelecido em função da temperatura de projeto. Paraaços, o valor característico de resistência para temperaturas de projeto de até 350oC, deve ser tomadocomo a tensão de escoamento, ou tensão de prova de 0,2% (valor mínimo), na temperatura de projeto.Neste caso, os seguintes valores devem, em geral, ser tomados como máximos para o ponto de esco-amento a 20oC, para fins de projeto:0,7 vezes a resistência à tração, para aços sem liga;0,75 vezes a resistência à tração, para aços-liga; e0,80 vezes a resistência à tração, para aços de granulação fina.Para aços que não tenham ponto de escoamento ou tensões de prova de 0,2 % definidos, a resitênciaà tração (valor mínimo) na temperatura de projeto deve ser tomada como valor característico deresistência.Para metais não ferrosos fornecidos em diversos graus de dureza, deve ser levado em conta que aresistência à tração pode ser reduzida; os cálculos devem ser baseados na resistência à tração emestado de recozido macio.

30.5.4 - Temperatura de Projeto

A temperatura de projeto a ser usada é a máxima temperatura superficial de acordo com a Tabela 30.1.

Tipo de Aquecimento Temperatura de Projeto

Nenhum Temperatura máxima do fluido de trabalho

Por gases, vapores ou líquidos Temperatura máxima do fluido de aquecimento

Aquecimento por chama,

elétrico ou por gases dePara superfícies não expostas, mas, pelo

descarga temperaturas máxima do fluído menos, 250°C

de trabalho + 20oC

Para superfícies expostas, temperatura

máxima do fluído de trabalho + 50oC

Tabela 30.1

30.5.5 - Fator de Segurança �S�

Os seguintes fatores de segurança abaixo constituem uma amrgem de segurança em relação à tensão

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de tração. Aplicam-se a:a) aço laminado e forjado

S = 1,7, para vasos de pressão, exceto aqueles destinados ao transporte e armazenagem delíquidos;

S =1,65, para vasos de pressão para gases liquefeitosb) aço fundido

S = 2,0c) ferro fundido nodular

S = 3,0d) cobre e ligas de cobre

S = 4,0e) alumínio

S = 4,0f) ferro fundido cinzento

S = 11

30.5.6 - Fator de Enfraquecimento �v�

O fator de enfraquecimento, comumente chamado de eficiência de junta soldada, V, deve ser obtido daseguinte maneira:a) usa-se v = 0,85 (que significa Teste de Raios-X parcial nas soldas do casco ou dos tampos) aplicado

nas fórmulas de projeto que serão mostradas a seguir;b) caso s > 6,35 mm, refaz-se o cálculo usando-se v = 1,00, e, para qualquer espessura encontrada,

será obrigatório o teste de Raios X total.

30.5.7 - Acréscimos de Espessura de Parede

Os acréscimos de espessura de parede (c) devem ser obtidos da Tabela 30.2.

Parte componente sob pressão Espessura de parede [mm] Acréscimo de espessura [mm]

Parede cilíndrica < 30 1

aquecimento -

Placa de extremidade > 30 2

curva sob pressão interna ≥ 30 1

Os valores do acréscimo devem ser reduzidos de 1mm, para aços inoxidáveis ou

outros materiais resistentes à corrosão.

Tabela 30.2

30.5.8 - Fórmulas de Projeto

a) Carcaças cilíndricas sob pressão interna, para Da / Di ≤ 1,6

cpv

Sk

pDs a +

+⋅⋅

⋅=

200

s = espessura da parede, em [mm]p = pressão de trabalho máxima admissível, em [kg/cm2]Di = diâmetro interno, em [mm]Da = diâmetro externo, em [mm]c = acréscimo para corrosão e desgaste, em [mm]v = fator de enfraquecimentok = valor característico de resistência do material em questão, em [kg/mm2]S = fator de segurança

TOMO II - REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARACLASSIFICAÇÃO E TESTES EM VASOS COM CARGA SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 30

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b) Placas de extremidades curvas sob pressão interna, para R ≤ Da ; r ≥ 0,1.Da ; s/Da ≥ 0,003

cv

SkpD

sv

SkpD

s ao

a +⋅

⋅⋅=

⋅⋅=

.400.400

ββ

s = espessura mínima da parede, na parte do flangeamento, em [mm]so = espessura mínima da parede, na parte esférica, em [mm]p = pressão de trabalho máxima admissível, em [kg/cm2]Da = diâmetro externo, em [mm]c = acréscimo de espessura da parede, em [mm]v = fator de enfraquecimentok = valor característico de resistência do material em questão, em [kg/mm2]S = fator de segurançaβ = coeficiente de tensão do flangeamento ; obtido pela Tabela 30.3βo = coeficiente de tensão na calota esférica; obtido pela Tabela 30.3δA = diâmetro da abertura medida ao longo de uma linha traçada através do centro da placa e da

abertura, em [mm]; para aberturas dispostas concentricamente na placa, o maior diâmetro deabertura.

30.5.9 - Valores de Projeto para Placas de Extremidades Curvas

Forma da Razão dA / (Da . s)1/2 βo

placa H/Da 0 0,5 | 1,0 | 2,0 | 3,0 | 4,0 | 5,0

para para placas c/ aberturas flangeadas p/ dentro,

placas p/ fora ou sem reforço ( )

s/ orifício

Curvatura rasa R=Da 0,20 2,9 2,9 2,9 3,7 4,6 5,5 6,5 2,4

Curvatura profunda

R= 0,8 Da 0,25 2,0 2,0 2,3 3,2 4,1 5,0 5,9 1,8

Hemisférica 0,5 1,1 1,2 1,6 2,2 3,0 3,7 4,35 1,1

Coeficientes βββββ e βββββo para placas de extremidade

Tabela 30.3

Os valores de β, para placas de extremidades sem aberturas, se aplicam, também, a placas curvas comaberturas, cujas bordas estejam localizadas dentro da calota hemisférica, e cujo maior diâmetro seja dA4s, ou cujas bordas sejam suficientemente reforçadas. A largura do ligamento entre duas aberturasadjacentes, não reforçadas, deve ser, pelo menos, igual à soma das metades dos diâmetros das abertu-ras, medidas ao longo da linha que une os centros das aberturas. Quando não for conseguida a largurade ligamento assim definida, a espessura da parede da placa deverá ser dimensionada como se nãohouvesse o ligamento, ou então as bordas das aberturas deverão ser suficientemente reforçadas.Quando a placa de extremidade curva for enfraquecida por fiada de aberturas ou de tubos (mais de duasaberturas ou tubos, se o valor apropriado de), dever-se-á calcular a espessura da parte curva usando-seo valor apropriado de βββββ0 e o fator de enfraquecimento, v. Este último deve ser determinado pela fórmulapara aberturas na direção longitudinal da Tabela 1, nas direções tangencial e radial. O cálulo deve sebasear no menor valor.Para placas de extremidades consistindo de seções soldadas, em que a razão H/Da seja menor que0,25, o valor do cordão de solda não precisa ser levado em consideração quando as costuras radiaisestiverem em ângulos entre 60 graus e 90 graus com o flange.

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30.5.10 - Projeto de Outras Superfícies

O projeto de outras superfícies para as quais não sejam dadas fórmulas nesta Seção, por exemplo,superfícies planas, deve ser feito de acordo com a prática usual de engenharia. Devem ser usados noscálculos, pelo menos, os fatores de segurança dados em 30.5.5. As temperaturas de projeto devemestar de acordo com 30.5.4.

30.5.11 - Espessura de Parede Mínima

A espessura de parede de carcaças e placas de extremidades de vasos e aparelhos de pressão, solda-dos, de aço, não deve, em geral, ser inferior a 3mm.

30.6 - CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTOS

30.6.1 - Construção

O enfraquecimento das superfícies por aberturas deve ser devidamente levado em conta. Se necessário,as bordas das aberturas devem ser adequadamente reforçadas.A espessura da parede de tubos de derivação deve ser suficiente para absorver, com segurança, tensõesexternas adicionais. A espessura de parede de conexões de tubos soldados deve se ajustar à da peçana qual são soldadas.Em geral, o preparo de chanfros de extremidades, não estaiadas, de material laminado, a serem solda-dos na carcaça, não deverá ser feito usinando-os perpendicularmente à direção de laminação da chapa.Tais placas deverão, sempre que possível, ser ajustadas à carcaça, e mantidas por solda de topo emperfil U ou de filete duplo.Os flangeamentos de placas de extremidades curvas não devem ter seu movimento impedido, de manei-ra inadmissível, por reforços, enrijecedores, etc.Borboletas de apoio só podem ser fixadas a placas de extremidades curvas que tenham sido suficiente-mente dimensionadas para tal.Parafusos articulados devem ser protegidos contra escorregamento.As partes das superfícies, na região dos apoios, devem ser reforçadas caso uma tensão admissivelmen-te alta possa ser causada pelas pressões de contacto.

30.6.2 - Válvulas de Segurança

Todo vaso de pressão, ou grupo de vasos, que possa ser isolado, deve ser equipado com uma válvula desegurança. Neste último caso não devem ser grupados mais de três vasos.Uma válvula de segurança instalada no espaço de água é considerada satisfatória para tanques de águade pressão. Pode ser dispensada a válvula de segurança no espaço de ar, se não puder ocorrer notanque uma pressão superior à sua pressão de trabalho máxima admissível.Câmaras aquecidas, que possam ser isoladas, devem possuir uma válvula de segurança. Para espaçosde vapor, isto só é requerido se puder ocorrer nos mesmos uma pressão de vapor superior à pressão detrabalho máxima admissível.As válvulas de segurança devem ser de mola e projetadas de modo que não possam ser isoladas.Controles de pressão e temperatura não são considerados substitutos para as válvulas de segurança.

30.6.3 - Manômetros e Indicadores de Nível

Todo vaso de pressão ou grupo de vasos, que possa ser isolado, deve ser equipado com um manômetroe um indicador de nível.

30.6.4 - Dispositivos de Fechamento

As redes para os vasos de pressão devem ser equipadas com dispositivos de fechamento no vaso.Quando vários vasos forem grupados, um dispositivo de fechamento comum será suficiente. Reservató-rios de ar de partida e outros vasos de pressão, conectados e desconectados durante o serviço, devempoder ser isolados individualmente.

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30.6.5 - Aberturas de Inspeção

Os vasos de pressão devem possuir meios para inspeção interna. Para tanto, é, em geral, suficiente umaabertura de inspeção.Os vasos de pressão com mais de 2 metros de comprimento devem ter, em cada extremidade, umaabertura de inspeção ou porta de visita.Deve ser possível entrar em vasos de pressão com diâmetro interno superior a 800 mm.Para vasos de pressão contendo substâncias perigosas, por exemplo, gases liquefeitos e gases tóxi-cos, as aberturas de inspeção e acesso devem ser fechadas por tampas aparafusadas a flange, e nãopor tampas retidas por barras.

30.6.6 - Drenagem e Suspiro

Deve ser possível drenar e fazer suspiro dos vasos de pressão. Devem ser providas conexões adequadaspara testes de pressão hidrostática, periódicas.

30.6.7 - Testes, Marcação e Instalação

Os vasos de pressão, prontos, devem ser apresentados ao inspetor para um teste de construção e depressão hidrostática. Quanto à pressão de teste, ver tabela 30.4.No caso de vasos de pressão contendo substâncias perigosas, por exemplo, gases liquefeitos, o BCreserva-se o direito de requerer um teste especial de estanqueidade a gás.Em todo vaso de pressão devem ser afixados detalhes sobre o fabricante, número de série, ano deconstrução, capacidade e pressão de trabalho máxima admissível nas câmaras de pressão. Paravasos e aparelhos de pressão menores, é suficiente a indicação da pressão de trabalho.Os vasos de pressão devem ser instalados de maneira tal que possam ser inspecionados em toda volta,se possível, e os testes periódicos possam ser executados facilmente. Quando necessário, devem serinstalados degraus ou escadas no seu interior.Os reservatórios de ar comprimido devem ser instalados com uma inclinação de 10 graus em relação àhorizontal, e com válvula na extremidade superior.

30.7 - OBSERVAÇÕES GERAIS

1) Todo vaso de pressão com transição cônica deverá ter uma verificação à parte, no sentido de determi-nar a eventual necessidade de um reforço nessas transições.

2) As juntas soldadas de cascos e tampas sofrerão, no mínimo, uma inspeção por radiografia parcial.3) Serviços em baixas temperaturas necessitam de material adequado.4) O uso de peças fundidas deve ser evitado.5) Tampas elipsoidais ou toroesféricas, possuindo diâmetro menor ou igual a 1800 mm, deverão ser

fabricadas em uma peça única, sem soldas, e, possuindo diâmetro superior a 1800 mm, poderão serinstaladas por processo de soldagem, desde que as soldas fiquem dentro de um círculo com raio igualà (0,75 x raio do casco ou tampo).

6) Os tampos elipsoidais ou toroesféricos devem possuir, na seção cilíndrica, gola de comprimento igualao maior valor entre (0,015 Di + s) ou 30 mm.

7) O equipamento terá de possuir um sistema que permita sua drenagem completa.8) O diâmetro mínimo do bocal de um vaso é de 3/4", admitindo-se, excepcionalmente, bocais rosqueados

de 8 1/2", para instrumentação.9) Os bocais terão as seguintes projeções mínimas:a) diâmetro menor ou igual a 12" - 200 mmb) diâmetro maior que 12" - 250 mm10) Evita-se o uso de bocais com projeção interna.11) Equipamentos horizontais com peso, em operação, superior a 20 ton, possuirão placa de teflon para

deslizamento do berço móvel.12) Os bocais ligados à sucção de bombas terão quebra-vértices.13) Os seguintes pontos dos equipamentos terão acesso permanente:

- bocas de visita- válvulas de segurança- instrumentos

TOMO II - REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARACLASSIFICAÇÃO E TESTES EM VASOS COM CARGA SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 30

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14) As soldas submetidas a esforços de pressão terão de ser de topo, com penetração total, sendoexecutadas preferencialmente pelos dois lados, sendo que, quando isto não for possível, o passe deraiz terá de ser obrigatoriamente por processo automático.

15) A união dos pescoços nos costados também terá de ser por solda de penetração total.16) Soldas de tampas e cascos não devem interferir com suporte, bocais ou chapas de reforço. Soldas

que fiquem ocultas por chapas de reforço terão de sofrer radiografia total.17) A distância mínima entre duas soldas consecutivas quaisquer é de 50mm.18) As soldas de acessórios só serão obrigatoriamente com penetração total se o equipamento sofrer

tratamento térmico de alívio de tensões.

Item Pressão de teste

Vasos Pressão de trabalho 1,5 x pressão de trabalho p, mas, pelo menos,

de 0 a 200 kg/cm2 p + 1 kg/cm2

pressão > 200 kg/cm2 Pressão de Trabalho + 100 kg/cm2

Abaixo da pressão 2 kg/cm2

atmosférica

Vasos de pressão Lado de óleo 1,5 x pressão de trabalho p, mas pelo menos,

em redes 5 kg/ cm2

de pressão de óleo Lado de vapor 1,5 x pressão de trabalho p, mas pelo menos,

combustível p + 1kg/cm2

Vasos de pressão em Pressão de trabalho 5,2 kg/cm2

sistemas de água 4 kg /cm2

cf. DIN 4810 6 kg/cm2 7,8 kg/cm2

Resfriadores de ar, 1,5 x pressão de trabalho p, mas,

lado da àgua pelo menos, 4 kg/cm2

Recipientes de carga p/ gases líquefeitos

e líquidos perigosos 1,5 x pressão de projeto

Vasos de pressão

Tabela 30.4

TOMO II - REGRAS, INSTRUÇÕES E PROCEDIMENTOS PARACLASSIFICAÇÃO E TESTES EM VASOS COM CARGA SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 30

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TOMO III

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TOMO III - CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................ SEÇÃO 1

SEÇÃO 1

CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 - PLANOS DE CLASSIFICAÇÃO

Para aprovação da construção, devem ser apresentados, em três vias, para análise e aprovação, osseguintes planos:

1.1.1 - MÁQUINAS - Planos mostrando os arranjos dos jazentes das máquinas e mancais, estojos dasbases de sustentação, dimensões, escantilhões, solda e outros detalhes, inclusive os de fabricação,devem ser enviados para aprovação. Toda construção soldada deve estar de acordo com os requisitos daSeção 10. Os planos deverão ser submetidos em três vias.

1.1.2 - ELETRICIDADE - Todos os planos necessários, mostrando localização dos equipamentos, dia-gramas de distribuição de força e luz, com respectivas cargas, conforme normas do INMETRO, ABNT,IEEE, etc. Outros requisitos destas regras, quando solicitados, devem ser apresentados. Deve ser usa-do o Sistema Internacional de Unidades ou em conjunto com outro sistema consagrado. Os planosdeverão ser submetidos em triplicata.

1.2 - VISTORIAS PERIÓDICAS

Em cada vistoria, as seguintes partes devem ser examinadas:

1.2.1 - Bombas manuais cuja eficiência deve ser aprovada.

1.2.2 - Todas as máquinas a vapor, se existirem, quer sejam principais, auxiliares ou especiais, serãoabertas a fim de serem inspecionados os empalhetamentos móveis e fixos das turbinas, rotores, extratores,cilindros, válvulas, êmbolos, molas de segmento, conectoras, cruzetas, paralelos, patins, hastes deêmbolos, mancais de sustentação, fixos e móveis, mancais de escora, caixas de válvulas de distribui-ção, mecanismos de comando de válvulas, eixos de manivelas, pinos, válvulas de garganta, de contornoe etc., bombas principais e auxiliares, diretamente servindo à máquina propulsora.

1.2.2.1 - Os equipamentos de transferência de calor (condensadores, vaporizadores, aquecedores deágua de alimentação, aquecedores de óleo combustível, refrigeradores de óleo lubrificante e outros)serão inspecionados em funcionamento, e posteriormente abertos para rigorosa inspeção. Serão tam-bém inspecionadas todas as válvulas de admissão, de descarga, de contorno e outras dos citadosequipamentos.

1.2.3 - As engrenagens redutoras das máquinas principais e auxiliares deverão ser abertas e inspecionadosos eixos, acoplamentos, mancais, dentes, engrenagens, pinhões, sistemas de lubrificação, catracas eseus mecanismos, aparelhos de travamento, etc.

1.2.4 - Bombas - Todas as bombas principais ou auxiliares, de propulsão elétrica ou a vapor, terãoabertas e inspecionadas as distribuições, os êmbolos, hastes, cilindros, válvulas, mancais, turbinas,impelidores, pratos, eixos, bem como as suas válvulas, torneiras, redes, ralos, filtros, dispositivos desegurança, sistemas de lubrificação, etc. e outra qualquer parte, a critério do inspetor.

1.2.5 - Todos os eixos (exceto os propulsores) deverão ser inspecionados, bem como os seus mancaisde escora e de sustentação.

1.2.6 - Redes principais e auxiliares - Todas as redes - principais e auxiliares, e especialmente a rede de

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TOMO III - CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................ SEÇÃO 1

vapor principal, serão inspecionadas e, a critério do inspetor, serão removidas e submetidas a testehidrostático a 1,5 vezes a pressão de trabalho, para as redes cuja temperatura de trabalho seja inferior a427o C.

1.2.7 - Motores de combustão interna - Os motores de combustão interna, principais ou auxiliares, serãoabertos para inspeção dos cilindros, cabeçotes, válvulas, molas de segmento, comando de válvulas,camisas, jaquetas, êmbolos, hastes, conectoras, eixo de manivela, pinos, cambotas, cruzetas, mancaisfixos e móveis, mancais de escora, bomba de ar de lavagem, supercarregadores, bomba de combustível,injetores, bomba de lubrificante, sistema de lubrificação, bomba de refrigeração e seus sistemas, engre-nagens de inversão de marcha, acoplamentos, sistema elétrico de ignição, válvulas de segurança edispositivos de segurança contra explosão no carter, muflas, todas as bombas dependentes e indepen-dentes servindo diretamente ao motor e a outras partes que o inspetor julgar necessário. Os motoresserão ainda examinados operando em condições normais de serviço.

1.2.8 - Reservatórios de ar - Os reservatórios de ar serão examinados externa e internamente, bem comosuas válvulas e dispositivos de segurança. Se não se dispuser de meios para o exame interno dosreservatórios, estes serão testados a uma pressão hidráulica de 2 vezes a pressão de trabalho.

1.2.9 - Eixos propulsores - Os eixos propulsores, quando revestidos completamente com camisas debronze, ou que trabalhem dentro de buchas lubrificadas a óleo, serão retirados de 3 em 3 anos parainspeção. Os outros eixos sem as citadas proteções serão retirados para inspeção de 2 em 2 anos.

1.2.10 - Mancais dos eixos propulsores - Os mancais dos eixos propulsores serão abertos para inspeçãoe serão tiradas as folgas dos mesmos.

1.2.11 - Compressores de ar - Os compressores deverão ser abertos e inspecionados os cilindros,êmbolos, válvulas, hastes de segurança, conectores, mancais, sistema de refrigeração e outras partes,a critério do inspetor.

1.2.12 - Caldeiras - As instalações de caldeiras principais e auxiliares serão anualmente examinadasinterna e externamente.

1.2.13 - Serão examinados cuidadosamente os tubos d�água do gerador de vapor, cortina d�água, tubulões,tubos coletores, superaquecedores, economizadores, dessuperaquecedores, carcaças, tubos de gás,tubos estais das caldeiras flamatubulares, estais da conduta, condutas, fornalhas, espelhos, painéis doinvólucro, isolamentos térmicos, válvulas de segurança, válvulas de comunicação a vapor, válvulas deextração de fundo, válvulas de contorno, válvulas de retenção, torneiras de rova, indicadores de nível,aparelhos de ramonagem, portas de visita de tubulões e coletores, bujões dos tubulões e coletores,aquecedores de ar, controles automáticos, manômetros, pirômetros, periscópio de fumaça, rede dequeima, maçaricos, tijolos refratários, juntas de expansão dos refratários, barro, plástico, paredes divisó-rias, máquinas de ventilação, tubos ventiladores e outros aparelhos ou acessórios, a critério do inspetor.Sempre que for julgado necessário, serão dadas provas hidráulicas de 1,5 a pressão de trabalho e,dependendo dos vazamentos encontrados, serão tirados blocos exploratórios para exame das paredesdos tubos e posterior retubulação total ou parcial.Nas caldeiras flamatubulares, será dada especial atenção para rachaduras nas carcaças, avarias nosespelhos e empeno nas fornalhas, os quais deverão ser medidos com calibres para se constatar os quedeverão ser corrigidos.Nas caldeiras aquatubulares, especial atenção será dada para a corrosão interna e externa dos tubos equalquer flexamento. As paredes refratárias deverão ser substituías quando atingirem um desgaste de25% ou quando apresentarem formação interna de escória.As chaminés, caixa de fumaça e juntas de expansão serão examinadas.

1.2.14 - Fundações - As fundações das máquinas principais e auxiliares e especiais, caldeiras, mancaisdo propulsor, condensadores e engrenagens redutoras serão cuidadosamente inspecionadas, bem comoos dispositivos de fixação das citadas máquinas, ou equipamentos e as respectivas fundações.

1.2.15 - Equipamento Elétrico - Equipamento Auxiliar - Todos os geradores serão testados sob carga,funcionando separadamente ou em paralelo. Todas as conexões, aparelhos, medidores, quadros de

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TOMO III - CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................ SEÇÃO 1

manobra, quadro de distribuição, seccionadoras, caixas de distribuição, réles, disjuntores, chaves e etc.serão inspecionados.Todo o equipamento será inspecionado com o objetivo de serem localizadas avarias ou deteriorações. Afixação será examinada. Entretanto, serão evitadas ao máximo as desmontagens.A resistência de isolamento dos circuitos será medida entre condutores e dos condutores para terra,sendo estes valores comparados com os previamente medidos.Qualquer discrepância nos valores deverá ser examinada, e tomadas medidas corretivas, de modo a serrestabelecida a resistência ao seu valor admitido.Nos transformadores, ou equipamentos associados com circuitos vitais que forem imersos em óleo,deverão ser retiradas amostras do óleo para serem testadas quanto à rigidez dielétrica, acidez e umida-de ou, ser for mais conveniente, substituir por óleo novo devidamente certificado.Todos os geradores e motores associados a circuitos vitais deverão ser abertos para inspeção rigorosa.A resistência de isolamento, em megohms, deverá ser, no mínimo, igual a: 100 E / ( W 5x 10), onde: E =Tensão nominal do gerador ou motor, em volts , e W = Potência nominal, em kVAA resistência de isolamento mínimo do campo dos motores ou geradores excitados separadamente comtensão menor que a tensão nominal deverá variar de 0,5 a 1 megohm.

1.2.16 - Equipamentos de Propulsão Principal - Serão inspecionados cuidadosamente os anéis defrenagem.Serão inspecionadas todas as canalizações de ventilação do enrolamento do estator e as aberturas dasventilações do rotor, e certificado se estão perfeitamente limpos e desobstruídos.Serão examinados os isoladores das barras de distribuição de alta tensão, os quais devem estar livresde poeira ou graxas de modo a evitar centelhamento para a massa.Serão inspecionados todos os cabos, verificados os suportes dos mesmos e as conexões das armadu-ras para a massa.A resistência de isolamento de cada unidade propulsora deverá ser, no mínimo, igual à resistênciaexigida. Tais leituras deverão ser registradas e comparadas com as anteriores, e qualquer discrepânciadeverá ser objeto de análise e correção.

1.2.17 - Lemes e Aparelho de Governo - Serão inspecionados os lemes interna e externamente. Serãoinspecionados os mancais e tiradas as folgas.Serão inspecionados máquinas do leme, transmissões, timão, pilotos automáticos e agulhas magnéti-cas e giroscópicas.Nas embarcações-tanque, todos os tanques devem ser limpos e desgaseificados antes da inspeção.Cada tanque de óleo e espaço de ar deve ser provado sob uma coluna d�água até a escotilha de expansão.

1.2.18 - Alarmes;

1.2.19 - Telégrafo da Máquina;

1.2.20 - Quadros elétricos, painéis de distribuição de energia e demarradores;

1.2.21 - Sistema de iluminação; e

1.2.22 - Termômetros, tacômetros, manômetros, pirômetros, amperímetros, voltímetros, wattímetros,frequencímetros, sincronoscópios, lâmpadas de sincronização, lâmpada de terra e demais instrumentosindicadores.

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SEÇÃO 2

INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORASE AUXILIARES MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR

2.1 - PROPÓSITOS E CONDIÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO

A construção e instalação deverá ser feita de acordo com requisitos de classificação e sob a supervisãodos vistoriadores.

2.2 - PROCEDIMENTOS INICIAIS

O BC deverá receber por escrito, com antecedência, solicitação para supervisão e vistoria.O pedido de supervisão deve ser feito com antecedência, antes de se iniciar a fabricação e de se fazer ospedidos de material necessário.A vistoria de fabricação compreende tanto o ensaio quanto a inspeção dos materiais componentes, quedevem ser devidamente identificados.

2.3 - DESENHOS A SEREM SUBMETIDOS

Para a classificação do equipamento, deverão ser apresentados pelos construtores, em 3 (três) vias,desenhos das partes mais importantes da máquina tais como: base de máquina, cilindros, camisas,bielas, hastes, conectoras, mancais e eixos de propulsão, e parafusos de fixação.Deverão também ser conferidos pelo BC os Pedidos de Compra. Além dos desenhos e dos Pedidos deCompra, os seguintes dados são necessários: potência indicada (em HP e kW), velocidade em rotaçõespor minuto (rpm), pressões médias indicadas (em kg/cm2 ou MPa), dados de velocidade crítica, pesodas partes móveis (em kg) e especificação dos materiais a empregar.Sempre que possível, a especificação dos materiais deve obedecer às Normas Brasileiras (NBR)registradas no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).

2.4 - SUPERVISÃO DA CONSTRUÇÃO E DA INSTALAÇÃO

A supervisão necessária para máquinas a vapor compreende a da construção e a da instalação damáquina de propulsão.Os materiais usados na fabricação serão ensaiados conforme as normas contidas na seção sobreProvas de Materiais.Salvo casos especiais, todos os forjados para eixos serão controlados.Para as máquinas com cilindros de alta pressão, de diâmetro superior a 500mm, os seguintes forjadosserão controlados: haste de êmbolo e válvulas, acoplamento de eixo e seus parafusos, parafusos dosmancais, cruzetas e hastes do excêntrico.Para as máquinas com cilindros de alta pressão e diâmetros acima de 350mm, serão controlados osforjados para as conectoras e para as hastes de êmbolo.Para os casos de substituição de peças forjadas por peças fundidas, estas serão controladas apenasquando substituírem peças já controladas, como anteriormente citado.Serão controlados (supervisionados) os tubos para vapor que trabalhem acima de 10 kg/cm2 ou 1 MPa.Todas as peças de máquinas sujeitas a esforços deverão ser de material adequado e terão folgas condi-zentes com o serviço a executar, dentro da melhor técnica de Construção Naval.No caso de carter fechado com volume superior a meio metro cúbico, é obrigatório o uso de válvula deproteção.O embasamento da máquina deverá ser rígido e deverá ter um número suficiente de parafusos de fixação,ligando-o à estrutura da embarcação. Os êmbolos, cilindros e outros elementos da máquina, sujeitos a

TOMO III - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORASE AUX. MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR ......... SEÇÃO 2

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temperaturas elevadas e a pressões de trabalho de elevado valor, deverão ser fabricados com materialadequado.A prova final de funcionamento será feita na presença de vistoriador encarregado, com todo o equipamen-to montado, incluindo válvulas de segurança reguladas e, portanto, máquina pronta para funcionar.

2.5 - LINHA DO EIXO

O diâmetro mínimo das linhas de eixo, deverá ser determinado pela seguinte fórmula, considerando oaço de resistência à tração de 4.200 kg/cm2, ou 420 MPa.

32

07,01 HPDA

d ⋅⋅=

d = diâmetro mínimo da linha de eixos, em [cm]D = diâmetro do cilindro de baixa pressão, em [cm]H = curso do êmbolo, em [cm]P = pressão de trabalho, em [kg/cm2]R = relação entre a área circular do pistão de alta pressão e a área do pistão de baixa pressãoA = valor obtido por interpolação linear, na tabela seguinte

Três Manivelas à 120o R 0.20 0.14 0.12 -

A 24.60 26.80 28.70 -

Duas Manivelas em ângulo Reto R 0.33 0.20 0.17 -

A 21.20 23.70 24.80 -

Quatro Manivelas eqüidistantes R 0.14 0.12 0.09 0.08

A 26.90 28.60 30.40 31.00

2.5.1 - Para eixos de transmissão, reduzir de 5% o valor achado pela expressão dada em 2.5.

2.5.2 - No caso de eixos que suportem simultaneamente torque e esforços axiais, aumentar de 5% ovalor encontrado em 2.5.

2.5.3 - No caso de eixos com duas pontas de propulsão, o dimensionamento poderá ser feito na base de0,80 do valor dado pela fórmula de 2.5. O diâmetro do eixo de manivelas deverá ser dado integralmentepela fórmula definida em 2.5.

2.5.4 - As expressões anteriores para o cálculo do diâmetro mínimo, não levam em conta as tensõesdevidas à vibração.

2.6 - MANIVELA

2.6.1 - O dimensionamento das manivelas em eixos maciços deverá obedecer às relações.a) O produto da largura dos laterais da manivela, pelo quadrado da espessura dos laterais, deverá ser

igual ou maior do que dez, vinte e cinco avos do cubo do diâmetro do eixo de manivelas.b) O produto da espessura, pelo quadrado da largura, deverá ser igual ou maior do que o cubo do

diâmetro do eixo de manivelas.

2.6.2 - A espessura da cambota de manivela mais a ré, no caso de eixos constituídos de partes monta-das, será, no mínimo, de 1/1,82 do diâmetro do eixo de manivelas, e sua largura mínima permitida será1,8 vezes o diâmetro dos furos no lateral da manivela.Para as manivelas subseqüentes sujeitas a esforços menores (partindo de ré), a espessura poderá serreduzida de 5% em cada manivela. Caso seja usada chaveta para fixação das peças, o diâmetro deveráser devidamente aumentado para compensar o enfraquecimento pelos rasgos de chaveta.

TOMO III - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORASE AUX. MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR ......... SEÇÃO 2

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2.7 - EIXO INTERMEDIÁRIO

2.7.1 - O diâmetro de eixos intermediários que atravessam as buchas, deverá, no mínimo, ser 10% maiordo que o diâmetro do eixo de propulsão, como calculado em 2.5. No caso de não receber proteção, esteacréscimo deverá, no mínimo, ser de 15%.

2.7.2 - O diâmetro mínimo calculado do eixo de propulsão é dado por:a) P = 0.007H + (d / 0.95) - para eixos com luva de proteção contra água salgada ou eixos para água

doce.b) P = 0.10H + (d / 0.95) - para o caso de eixos não protegidos

P = diâmetro mínimo calculado, em [mm], do eixo de propulsão;H = diâmetro do hélice, em [mm]d = diâmetro calculado para o eixo intermediário, em [mm], como em 2.7.1.

2.8 - CONES DE PROTEÇÃO DO EIXO

No caso de embarcações de que tenham viagens longas, a camisa de proteção da ponta do eixo teráuma espessura mínima de: e = 0,04 (127 + P), sendo e a espessura da luva, em mm, e P o diâmetrodo eixo do hélice, em [mm].Não será permitida a fixação de camisas de proteção por meio de pinos. A fixação deverá ser feita porcontração, e o bronze da camisa deverá ser isento de porosidade e defeitos, devendo resistir ao ensaiode pressão sob 1 kg/cm2 (0.1 MPa).

2.9 - PARAFUSOS PARA LIGAÇÃO DO EIXO PROPULSOR

Os parafusos de acoplagem para o eixo propulsor terão, no mínimo, um diâmetro dado por: p = (P3/ 2R),onde:p = diâmetro dos parafusos, em [mm];P = diâmetro do eixo, em [mm];R = BF; eB = raio da circunferência dos centros dos parafusos .

2.10 - PRESSÕES DE PROVAS

O conjunto de válvulas, o cilindro de alta pressão e camisa, serão ensaiados a uma pressão correspon-dente à pressão da caldeira com sobrecarga de 50%.A pressão para ensaio dos cilindros, válvulas e reservatórios de média pressão será, no mínimo, de 3kg/cm2, devendo, também, resistir à pressão de suas válvulas de escape com excesso de sobrecargade 50%.A pressão mínima de ensaio para o condensador, com tubos e ferragens no lugar, será de 1,5 kg/cm2

(0.15 MPa).

2.11 - SOBRESSALENTES

A lista de sobressalentes recomendada será: - um jogo de anéis para êmbolos; uma quarta parte donúmero das molas de êmbolo; dois conjuntos de parafusos de mancais de cruzeta, completos; doisconjuntos de parafusos do pé da conectora, completos; seis parafusos da tampa do cilindro, completos,com porca; um conjunto de válvulas para bomba de alimentação; um conjunto de válvulas para uma dasbombas de fundo duplo; um conjunto de parafusos para um dos hélices; seis parafusos completos paraa caixa de válvulas; dois jogos completos de parafusos para mancais principais; chapas e barras de açoem diferentes bitolas; um calibre de folgas para mancais; chapa fina para calços; parafusos diversos,com porcas. Além dos sobressalentes acima referidos, outros serão requeridos sempre que a naturezada embarcação assim o exigir.

TOMO III - INSTALAÇÕES DE MÁQUINAS PROPULSORASE AUX. MÁQUINAS ALTERNATIVAS A VAPOR ......... SEÇÃO 2

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SEÇÃO 3

TURBINAS

3.1 - ROTORES E DISCOS

Os rotores e discos serão fabricados de forma a que não haja vibração excessiva na faixa de velocidadede serviço. Todos os rotores serão equilibrados em máquinas de balancear reconhecidamente oferecidasa uma velocidade igual à combinação da freqüência da máquina e do rotor. As regras dadas a seguir nãolevam em conta o problema do deslizamento molecular ou relaxação devido a temperatura elevada, o quedeverá ser previsto pelo fabricante.Serão consideradas especiais as máquinas em que a temperatura máxima na saída do superaquecedorexceda a 400oC.Para o cálculo da seção do disco, será considerado um fator de segurança de 2,5, para a tensão radial,e de 3, para a tensão tangencial média. Para a tensão tangencial, o fator será 2, para rotor inteiriço e de2,5 , para não inteiriço, sempre considerada a tensão de escoamento. A tensão tangencial média nãodeve exceder o limite de ruptura com um fator de segurança igual a 4.Para calcular as tensões elásticas, supor a tensão radial igual a zero no broqueado, em rotores maciços.Se o furo de inspeção é maior do que 0,25 do diâmetro básico dos discos no fundo do rasgo de chaveta,supor no broqueado para os discos separados.Considerar tensão igual à tangencial no centro de rotores maciços, se os furos de inspeção não excede-rem 0,25 do diâmetro básico de apoio dos discos.

3.2 - CARCAÇAS

As carcaças das turbinas serão testadas sob 1,5 vezes a pressão de serviço, e para isso, as carcaçaspoderão ser divididas por paredes provisórias para a repartição correta das pressões de prova. Antes dainstalação, a turbina deverá ser provada no limite de sobrevelocidade para operar o regulador de velocidade.As provas acima deverão ser feitas na presença do Inspetor / Vistoriador do BC para todas as turbinasprincipais e para as auxiliares acima de 135 HP.

3.3 - PROVA DE VELOCIDADE

Antes da aceitação final da instalação completa, será feita prova em presença do Inspetor / Vistoriadorpara demonstrar operação adequada nas condições de serviço e a ausência de vibrações.

3.4 - CONTROLE DE CONTACTO DAS ENGRENAGENS

Para as unidades de propulsão será feito o contacto dos dentes da engrenagem redutora. Para facilitar averificação da área e uniformidade do contacto dos dentes, parte dos dentes de pinhões ou rodas denta-das será pintada com pigmento de cobre ou outra tinta adequada. Recomenda-se verificar o contato dosdentes dentro de seis meses de operação.

3.5 - REGULADORES DE VELOCIDADE

Todas as turbinas terão reguladores de velocidade que impedirão que as turbinas excedam a velocidademáxima de projeto por mais de 15%. Quando a lubrificação forçada é empregada, o regulador deverá terum dispositivo que corte a alimentação de vapor à turbina no caso de falha no sistema de lubrificação.Será também exigido que o regulador possa ser disparado à mão. Para turbinas de acionamento degeradores, ver as regras da seção de equipamento elétrico.

TOMO III - TURBINAS ................................................. SEÇÃO 3

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3.6 - LIGAÇÕES DE VAPOR

No caso em que o vapor é extraído da turbina, haverá dispositivo tal que não possa entrar vapor atravésda ligação do extrator.A alimentação de vapor para turbina de marcha a ré deverá ser feita de forma que esteja imediatamenteà disposição quando o vapor da turbina de marcha a vante esteja cortado. Isso não impede o uso de umaválvula na linha, ao alcance do local de manobra. O vapor de emergência da turbina de baixa pressãodeverá ser saturado. Para uso de vapor superaquecido, a instalação deverá receber uma aprovaçãoespecial do BC.

3.7 - MATERIAL FUNDIDO PARA AS CARCAÇAS

Carcaças de turbinas e outras peças fundidas, submetidas a pressão, serão fabricadas de materialadequado às temperaturas e pressões usadas. O ferro fundido será aceito para temperaturas abaixo de230oC. O aço fundido só poderá ser usado onde a temperatura não ultrapasse a 400oC.Todas as peças fundidas deverão ter suas tensões internas eliminadas por tratamento térmico.

3.8 - DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

As carcaças terão drenos onde houver acúmulo de água e terão vedação adequada. Em todas as descar-gas das turbinas haverá uma válvula vigia de descarga. Em cada caldeira auxiliar deverá haver um disparode contra-pressão ou outra proteção.

3.9 - ESPECIFICAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO

O material deverá obedecer às indicações aprovadas quando da apresentação prévia do projeto.Deverão ser remetidas a esta Sociedade, cópia, em duas vias, dos Pedidos de Compra e da especificaçãodos materiais para informação dos Peritos. No caso de materiais destinados a instalações onde atemperatura na saída do superaquecedor é superior a 420oC, as especificações deverão conter a compo-sição química. A não ser no caso das turbinas auxiliares, os seguintes materiais deverão ser aprovadose inspecionados pelos Peritos, seguindo as regras da Seção de Materiais:· Forjados em aço, como rodas de turbinas, tambores de rotor, eixos de acoplamentos e parafusos de

acoplamento, pinhões e coroas;· Peças de aço fundido que tenham seu uso aprovado em substituição aos forjados acima relacionados,

ou para carcaças de turbinas;· Barras de aço, laminadas a quente, até 180mm de diâmetro, poderão ser usadas quando tenham seu

uso aprovado para substituir qualquer dos forjados acima;· Chapas de aço para carcaças de turbinas, quando a pressão da carcaça for acima de 40kg/cm2 ou a

temperatura for maior do que 350oC;· Tubos para vapor para pressões superiores a 10kg/cm2 ;· O material das palhetas das turbinas deverá ser aprovado para atender às especificações aprovadas.Os Vistoriadores inspecionarão e testarão o material fabricado sob outras especificações que não asdadas nestas Regras, desde que tais especificações tenham sido aprovadas juntamente com o projetoapresentado e que tenham sido claramente indicados nos pedidos de compra que são remetidos para ainformação dos Vistoriadores.Pinhões, rodas dentadas e acoplamento flexíveis para a redução, serão aceitos com base na inspeçãosuperficial e na verificação de dureza.Eixos, rodas dentadas, pinhões, acoplamentos e seus parafusos, serão aceitos por inspeção superficiale prova de dureza, dependendo de aprovação em cada caso particular, levando-se em conta o tamanhoda unidade, a técnica e o controle do fabricante.A construção e montagem de todas as turbinas a vapor destinadas à propulsão em embarcações clas-sificadas e turbinas auxiliares de 135HP ou mais, deverão ser feitas de acordo com as regras abaixo, soba fiscalização de Peritos do BC.Turbinas auxiliares menores deverão ser de projeto aprovado e deverão ser equipadas seguindo a boatécnica, mas o material não necessitará ser aprovado, nem a inspeção será feita na fábrica, cuja garantiaserá aceita, dependendo de funcionamento satisfatório após a montagem.Antes de iniciar a fabricação e de serem feitos os pedidos de compra de material a inspecionar, o BCdeverá ser avisado, por escrito, de que é desejada a vistoria durante a fabricação, devendo ser comunicadastodas as informações necessárias para a identificação do equipamento a ser vistoriado.

TOMO III - TURBINAS ................................................. SEÇÃO 3

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Os desenhos deverão ser apresentados em quatro vias pelo fabricante, detalhando: Seção Transversal,Carcaça, Rotor, Redução, Eixo e Mancais do Hélice.Detalhes do equipamento e todos os dados necessários, como os relativos a material, peso e velocidadedas peças giratórias, velocidades críticas e a potência a ser transmitida, deverão ser apresentados paraverificação dos cálculos do projeto. A descrição da engrenagem de redução deverá conter os diagramasde cargas dos mancais, detalhes dos eixos, rodas dentadas, formato de dentes, e os dados necessáriospara revisão do projeto.No caso em que seja necessário alterar a técnica de fabricação de engrenagens, tais como aumento depotência transmitida, de comprimento dos dentes, ou das tensões nos dentes, o projeto receberá estudoespecial. Mudanças em material, técnica de soldagem, tolerância de contração, perfis de dentes, cons-trução da carcaça, lubrificação e distribuição de óleo, ou itens semelhantes, deverão ser apresentadospara efeito de revisão.

3.10 - SOBRESSALENTES

Os sobressalentes e material necessário dependem do tipo de máquina, como também da disposição edo serviço da embarcação. A lista de sobressalentes em cada tipo e caso deverá ser apresentada paraaprovação, de acordo com recomendação do fabricante.

3.11 - EIXOS

Eixos de aço de 4200kg/cm2 de resistência à tração terá o diâmetro mínimo de:

][/35,9 3 cmnPe ⋅=

e = diâmetro do eixo, em [cm]P = potência, em cavalo vaporn - rotação por minuto na velocidade de regime.

Essa fórmula vale para eixos de embarcações para serviços portuário ou fluvial. No caso de serviçooceânico, aumentar de 4% e, no caso de eixo de apoio, aumentar mais de 10%.O caso de material especial será considerado à parte. Para eixos de rodas dentadas, rotores e paramáquinas auxiliares, o diâmetro será:

][0645,0 3 cmFGd +⋅=

d = diâmetro do eixo na seção considerada, em [cm]G = (1 / 13,7 + 1946 / R ) . Mr2

F = [ M / (1/2,86 + R/12 )] 2

R - resistência de escoamento, em [kg/cm2]Mr - momento de torção em regime máximo para serviço contínuo, em [kg.cm]M - momento fletor na seção considerada, em [kg.cm]

O diâmetro achado deverá ser multiplicado por 1,10 ou mais, quando rodas ou outras peças são fixadaspor prensagem, por contração ou por chaveta. No caso de propulsão à ré, deverá ser considerado omomento de torção correspondente.As fórmulas acima não consideram a ocorrência de esforços à vibração ou de condições perigosas aserem constatadas pelos dados referentes à velocidade crítica.O dimensionamento do eixo propulsor e da transmissão, no caso de ser usada turbina na saída damáquina a vapor alternativa, deriva da fórmula para eixos mostrada em 3.11, usando P como 90% dapotência indicada da máquina alternativa, quando em funcionamento com a turbina, somados a 95% dapotência no eixo da turbina.As fórmulas anteriores também são válidas para eixos de geradores, motores elétricos e engrenagensacionados por motores de combustão interna.A localização e espaçamento dos mancais do eixo de transmissão serão feitos tendo em vista suarepercussão na seção de baixa velocidade.

TOMO III - TURBINAS ................................................. SEÇÃO 3

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3.12 - VELOCIDADE E PALHETAS

Todas as partes de turbinas e engrenagens deverão ser de material sem defeitos e deverão ter folgas eajustes de acordo com a melhor técnica de construção naval. A soldagem deverá seguir as regras docapítulo correspondente.Será dada à potência a ré obtida, um valor que dê, à embarcação, controle em qualquer situação normal.Nestas normas valem as seguintes definições:Velocidade de regime é aquela em que a turbina pode, pelo projeto, operar continuamente emserviço. É a velocidade em regime máximo contínuo, e deverá ser usada no cálculo de resistência.Limite de sobre-velocidade é a velocidade máxima permitida em serviço, e não poderá exceder a veloci-dade de regime em mais de 15%. É o ajuste máximo do regulador de velocidade.As palhetas deverão ser projetadas evitando mudanças rápidas de seção, e com uma rigidez tal quediminua a deformação e a vibração. A área mínima na base da pá será :

S = 45,4 . L . (F / M) . R2 [cm2]

F - peso de uma palheta, em [kg]L - raio do centro de gravidade da palheta, medido até o eixo, em [cm]M - tensão mínima à tração do material, em [kg/cm2]R - rotação de regime dividida por 1.000;S - área mínima na base da palheta, em [cm2]

A fórmula acima considera apenas tensões. A instalação deverá prever a presença de vibrações nasvelocidades de serviço.

TOMO III - TURBINAS ................................................. SEÇÃO 3

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SEÇÃO 4

MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

4.1 - PARTIDA POR BATERIA

Baterias de acumuladores para a partida de motores principais de propulsão serão dimensionadas deforma a atender ao número de partidas exigidas para as ampolas.

4.2 - PRESSÕES DE PROVAS

Os cilindros e camisas serão provados com uma pressão máxima. Se for possível uma comprovaçãodireta por medição de espessura dessas peças, a pressão poderá ser reduzida a 4 kg/cm2. As câmarasde água deverão ser provadas a uma pressão de 4 kg/cm2. Os cilindros de compressores de ar serãoprovados sob 1,5 vezes a pressão máxima. A tubulação dos refrigeradores seguirá a indicação doscilindros de compressores.

4.3 - EQUIPAMENTOS AUXILIARES

São necessários os seguintes equipamentos auxiliares mínimos, para motor principal com 130HP oumais, podendo haver exceção em embarcações para trabalhos limitados e embarcações à vela compropulsão auxiliar a motor.Deverá haver duas bombas de transferência de óleo combustível, e uma delas deverá ser acionada semdepender do motor principal.Deverá haver um ou mais compressores de ar para a partida, capazes de carregar as ampolas em umahora.Deverá haver um compressor de emergência com um motor que não precise de ar para partida, além doscompressores necessários para o enchimento das ampolas.Deverá haver, pelo menos, um soprador alternativo ou rotativo de lavagem de motor para cada motor depropulsão de dois tempos.Poderá ser usada a solda de estanho branca na fixação de conexões, flanges, etc., de material nãoferroso, a tubos da mesma classe de material para temperatura até 900oC, pressão até 7kg/cm2. O ferrofundido nodular poderá ser usado sob cuidados especiais para temperatura até 340°C.O uso de plásticos só será permitido em conexões e válvulas para redes de plástico para pressão de 10kg/cm2 e sob aprovação especial.Haverá, pelo menos, dois meios de fornecimento de água ou óleo de refrigeração para os motoresprincipais e auxiliares, compressores, refrigeradores, etc. Um desses meios deverá ter acionamentoindependente e poderá ser obtido usando-se uma bomba de tamanho adequado instalada para outrosfins, como para serviços gerais ou, no caso de água doce, uma das bombas de água doce.

4.4 - CARTER

A ventilação de carter fechado será feita por um respirador ou por meio de uma sucção leve de, nomáximo, 25mm de coluna d�água, mas não deverá ser deixada entrada livre de ar no carter.Deverá ser colocada em carter fechado, válvula de segurança em todos os motores com cilindro comdiâmetro acima de 200mm.Em geral, será necessário instalar uma válvula na região de cada manivela, devido ao efeito abafado docarter. Mas, em todos os casos, haverá uma válvula em cada extremidade do carter. A área total livredas válvulas de segurança será de 12 mm2 para cada decímetro cúbico de volume do carter. As válvulasdeverão ser do tipo de retorno, devendo descarregar rapidamente e fechar imediatamente para evitarentrada de ar. Os perigos de emissão de chamas deverão ser evitados.

TOMO III - MOTORES DE COMBUSTÃOINTERNA ................................................................... SEÇÃO 4

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Deverão ser colocados avisos em lugar visível em cada motor, para desaconselhar a abertura do carteraquecido antes de 10 minutos após a parada do motor, sendo esse tempo proporcionalmente aumentadocom o tamanho do motor. Também deverá ser desaconselhado religar um motor superaquecido semantes eliminar a causa do aquecimento.

4.5 - REGULADOR DE VELOCIDADE

Todos os motores receberão reguladores que não permitirão à velocidade exceder ao valor de regime emmais de 15%. Para geradores, ver a seção de equipamento elétrico.

4.6 - EMBASAMENTO

O embasamento deverá ser de construção rígida, estanque ao óleo e com um número de parafusossuficiente para sua fixação à estrutura da embarcação. O projeto estrutural do apoio e fixação dosmotores principais deverá ser apresentado para aprovação.

4.7 - PRESSÃO DOS CILINDROS

Cilindros, camisas, tampas de cilindro, êmbolos e outras peças sob temperatura e pressão elevadas,serão feitos de material adequado para as tensões e temperaturas. Para o caso de cilindros de 23cm oumais de diâmetro, cada cilindro receberá uma válvula de segurança, que deverá operar a não mais de1,40 vezes a pressão de ignição, em motores reversíveis, em motores com injeção de ar ou motores compartida a ar comprimido. Em substituição, será aceitável um indicador de pressão como meio de deter-minar a pressão máxima dos cilindros.

4.8 - PLANOS DE DETALHES

Além dos desenhos especificando a distribuição dos equipamentos na embarcação, eixos, mancais depopa, tamanhos e tipo dos motores auxiliares e conexões de descarga e sucção das bombas, comoexigido em outras Regras deste livro, também serão apresentados, em quatro vias, os desenhos: conjun-to, em corte do motor, embasamento e carter, mostrando o tipo de ventilação e válvulas de segurança,cilindros com as camisas e refrigeração; cabeçote; êmbolo e bielas; eixos; tirantes; tubulação; ampolasde ar e compressor de ar, bomba de lavagem, sopradores e supercarregadores, se acionados pelo motor.No caso de propulsão não direta, fornecer desenhos de: embreagens, caixas de velocidade, geradores emotores, conforme indicado nas regras para caixas de redução e para equipamento elétrico.Os desenhos para motores auxiliares incluirão um corte do conjunto, eixos, hastes, bielas e conectores,tubulação e ampolas de ar.Os desenhos mostrarão, se forem necessárias, a ventilação do carter e as válvulas de segurança.Serão fornecidas para todos os motores as seguintes características: o tipo de motor, potência máximacontínua ao freio, rotações por minuto, pressão máxima de ignição, pressão média indicada, dados paraa velocidade crítica, pesos das peças com movimento alternativo, peso e diâmetro do volante para omotor. As especificações do material deverão também ser apresentadas.As Regras, aqui dadas, não consideram o problema da vibração, que deverá ser devidamente previstopelo fabricante, de acordo com os elementos da velocidade crítica necessários, conforme item corres-pondente.Serão obedecidas, onde couber, as normas para os tipos de equipamento que há na embarcação, comomáquinas elétricas, caldeiras, bombas, etc.

4.9 - REFRIGERAÇÃO DE MOTORES

Deverá ser instalado um indicador de temperatura no retorno da água de circulação em cada motor, bemcomo para a informação de que a circulação se mantém adequadamente. Serão instalados drenos naparte inferior de todas as câmaras de refrigeração e haverá uma válvula de descarga na alimentação paraevitar excesso de pressão.Serão instaladas, pelo menos, duas admissões independentes de água do mar para as câmaras derefrigeração ou ao refrigerador.Na refrigeração do motor pela água do mar serão colocados filtros entre as válvulas de fundo e a admis-são das bombas, que poderão sofrer limpeza sem interromper o fluxo de água. Na circulação de água ememergência também será seguida essa Regra.

TOMO III - MOTORES DE COMBUSTÃOINTERNA ................................................................... SEÇÃO 4

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Os tubos de descarga deverão ser refrigerados ou bem isolados. As descargas de cada motor, no casode mais de um motor, não deverão ser interligadas, mas deverão ir diretamente à atmosfera. Para havertubulações interconectadas, deverá haver um sistema que evite o retorno de gases a um dos motoresque esteja parado.A tubulação que passar acima da linha d�água e perto dela, deverá ser protegida contra a ação da água.No caso em que caldeiras aproveitem o calor da descarga de motores, seu arranjo deverá receberaprovação especial. Não deverá haver a ligação de tubulação de descarga de motores e caldeiras.

4.10 - COMPRESSOR DE AR

A descarga de cada estágio dos compressores de ar para injeção deverá ser dotada de resfriador, deseparadores de água e de óleo, e válvulas de descarga, devidamente dimensionadas. A temperatura dear na saída de cada refrigerador não deverá ser maior do que 65oC. Na tubulação do compressor deveráhaver registros que permitam trabalhar alguns cilindros quando outros estiverem parados. A tubulaçãodeverá ter purgadores e será de aço, sem costura, ou de cobre, também sem costura.O projeto e a fabricação das ampolas de ar comprimido deverão seguir as prescrições corresponden-tes destas Regras, em outros capítulos. Mesmo no caso de trim pronunciado, os drenos deverão estarem condições de operar. Deverá haver disposição tal que permita a limpeza da instalação. Todo o siste-ma será protegido por válvulas de descarga, e as ampolas que puderem ser isoladas por meio de válvulasde passagem terão, obrigatoriamente, uma válvula fusível de descarga, para caso de incêndio.No mínimo, se admitirão duas ampolas de ar de partida para os motores principais. As ampolas, emconjunto, deverão ser dimensionadas de tal forma que possam dar, pelo menos, seis partidas em cadamotor principal, se forem do tipo de sentido único de rotação.No caso de terem duplo sentido de rotação, as ampolas, em conjunto, deverão suportar doze partidassucessivas de cada motor, sem que seja feito recarregamento das ampolas. Motores que usem ar paraignição, terão, no mínimo, dois depósitos por navio, que deverão ter a possibilidade de operação emseparado.

4.11 - EIXOS DE MANIVELAS

O diâmetro dos pinos e munhões do eixo de manivelas não deverá ser menor que:

NPLKLKd /10210,30815,0 3 2163 ⋅=⋅+⋅+⋅=

K = A . D2 . I / 0,54D - diâmetro interno do cilindro, em [mm]I - pressão máxima de ignição, em [kg/cm2]A - afastamento entre mancais, em [mm]P - potência no freioR - rotações por minuto.

O valor acima é válido para aço de 4200kg/cm2 de resistência. Para resistência de 5300kg/cm2, o diâme-tro poderá ser reduzido de 15%. Para aços de 6000kg/cm2, a redução poderá ser de 18%. A fórmulaacima é válida para motores com mais de seis cilindros. Para seis cilindros, aumentar de 2%; para cincocilindros, 4%; para quatro, 7%; para três, 10%; para dois, 13%; e para monocilindros, 16% .A pressão máxima de ignição e a potência ao freio deverão ser medidas pelo vistoriador durante teste domotor. Se ficar demonstrado pelo fabricante, por meio de testes num motor piloto, que o valor previsto deI não é ultrapassado dentro das tolerâncias de fabricação e de regulagem, não será necessária a verifica-ção do valor de I para os motores fabricados em série, desde que o motor forneça a potência de regime.As alterações no projeto para obtenção de potência mais elevada ou pressões máximas maiores, nãodeverão ser feitas sem a aprovação do BC.

4.12 - BRAÇOS DO EIXO DE MANIVELAS

O dimensionamento dos braços deverá ser feito de forma que o momento fletor não seja menor do que 60%do momento resistente proporcionado pelo diâmetro mínimo necessário dos pinos e munhões na flexão, ouseja: d3/2,86 ≤ e2 . m , onde: m = largura efetiva do braço, em [cm] ; e = espessura do braço, em [cm].

TOMO III - MOTORES DE COMBUSTÃOINTERNA ................................................................... SEÇÃO 4

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No caso em que as proporções são tais que os pinos e munhões se interceptam, e poderá ser adistância mínima em diagonal através do braço de manivela.Para eixos de manivela não inteiriços, e não será menor do que 0,55.d, e m, não menor do que 1,8 vezeso diâmetro dos furos dos braços. Essas proporções se baseiam no uso de material igual para eixos ebraços, e poderão ser modificadas conforme o tipo do material.Os braços deverão ser fixados por aquecimento ou por prensagem ao eixo e ao pino e, se for contrapinadoou enchavetado ao eixo, ele deverá ter um diâmetro aumentado junto ao braço para compensar o rasgoda chaveta.

4.13 - EIXOS DE TRANSMISSÃO E PROPULSÃO

O menor diâmetro dos eixos de transmissão e propulsão será:

3 / NPd =

Para uso de 4200 kg/cm2 de resistência à tração, no caso de eixos de transmissão, sendo:d - diâmetro do eixo, em [cm]P - potência ao freio na velocidade de regimeN - rotação na velocidade de regime.Obs.: Para embarcações com 130 HP ou mais, aumentar o valor de d em 4%. No caso de eixos depropulsão, fazer acréscimo de 10%.

O diâmetro de eixos para volantes não poderá ser menor do que o do eixo de manivelas. No caso depropulsão em duas frentes, os eixos poderão ser calculados para 75% da resistência, com exceção doeixo de manivelas, que deverá resistir a toda a força.O diâmetro de eixos intermediários passando através dos tubos de popa não poderá ser menor do que odo eixo de transmissão acrescido de 10%, se for em aço com 4200 kg/cm2 de resistência à tração. Nocaso do eixo ser atingido por água salgada no interior do tubo, o acréscimo será de 13% do diâmetro doeixo de transmissão.

4.14 - MOTORES ABAIXO DE 130 HP

Todos os motores de combustão interna para propulsão de embarcações classificadas e motores auxi-liares de 130 HP ou mais, deverão ser construídos e montados conforme as regras aqui dadas e acom-panhadas pelo vistoriador do BC. Motores auxiliares pequenos deverão ser de construção aceita e deve-rão ser equipados de acordo com as boas normas comerciais, e não demandarão inspeção na fábrica,cuja garantia será aceita até confirmação de bom funcionamento na presença do Perito, depois damontagem.No caso de motores acionando geradores, ver também as normas para equipamento elétrico. O BCdeverá ser cientificado por escrito de que durante a fabricação será pedida a vistoria. Essa comunicaçãoserá feita antes do início da fabricação e da expedição de pedidos de compra de material a ser aprovado,e conterá todas as informações necessárias para a identificação da máquina a ser vistoriada.

4.15 - EIXO DE HÉLICE

O diâmetro mínimo para o eixo do hélice não protegido será:

D = ( 1,05 . d ) + ( 0,007 . H )

D - diâmetro do eixo do hélice, em [cm]d - diâmetro calculado do eixo da transmissão, em [cm], de acordo com o tipo de propulsão, para

aço com a resistência de 4200 kg/cm2

H - diâmetro do hélice, em [cm].

A extremidade interna do eixo do hélice poderá ser feita cônica no acoplamento, para ficar com o mesmodiâmetro do eixo a que ele é ligado. Os eixos do hélice deverão ter um cônico preciso na ligação dohélice, em especial no diâmetro maior do cônico. A chaveta deverá ajustar-se firmemente no rasgo e seráde tamanho suficiente para transmitir o momento de torção, mas não se deverá estender até o broqueado

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da luva ao lado de vante do bosso do hélice. A extremidade de vante do rasgo da chaveta deverá se elevargradualmente do fundo do rasgo até à superfície do eixo. Todos os cantos do rasgo deverão ser arredon-dados e, em geral, dever-se-ão evitar, sempre, concentração de tensões. Para o projeto da chaveta, vera seção relativa a hélices.O comprimento do mancal suporte do hélice não poderá ser menor do que quatro vezes o diâmetromínimo do eixo do hélice, a não ser para mancais metálicos, cuja aprovação será feita mediante apre-sentação do projeto. A espessura das camisas para eixos do hélice ou eixos de tubo próximo aosmancais de embarcações marítimas não poderá ser menor do que:

e = 0,04 d + 0,5

e - espessura da camisa, em [cm]d - diâmetro mínimo do eixo do hélice, em [cm].

A espessura da camisa contínua entre mancais não poderá ser menor do que 0,75 da espessura e,obtida na fórmula acima.A camisa contínua deverá ser fundida de uma só vez ou, se feita em duas ou mais peças, a união daspeças separadas será feita por um método, aceito, de fusão, que, pelo menos, alcance dois terços daespessura da camisa ou pelo uso de um retentor de borracha.Se a camisa não se ajusta ao eixo com estanqueidade, entre os mancais, o espaço entre o eixo e acamisa deverá ser enchido por pressão, com um composto insolúvel, não corrosivo.As camisas de bronze, quando usadas, deverão ser de boa qualidade, livres de porosidade e de outrosdefeitos, e deverão ser submetidas à prova hidrostática sob uma pressão de 1 kg/cm2.Todas as camisas deverão ser cuidadosamente montadas a quente ou sob pressão, e não deverão serfixadas por pinos. Deverá ser usado um método garantido para evitar que a água penetre no eixo, entre aextremidade de ré da camisa e o bosso do hélice.Os eixos ocos deverão ser projetados de forma que sua resistência seja equivalente à necessária paraeixos maciços.O diâmetro mínimo dos parafusos do acoplamento do eixo será, para aço 4200 kg/cm2 à tração, de:

( ) ).(2 rpEEp ⋅=

p = diâmetro do parafuso, em [cm]E = diâmetro mínimo do eixo, em [cm]p = número de parafusos em cada acoplamentor = raio do círculo de centros dos parafusos, em [cm].

Os parafusos de acoplamento deverão ser ajustados com precisão e onde o acoplamento não é parte dopróprio eixo, deverá ser prevista a ação da força de propulsão em marcha à ré.

4.16 - SOBRESSALENTES

Os sobressalentes e material necessário, dependem do tipo da máquina, como também da sua disposi-ção e do serviço da embarcação. A lista de sobressalentes em cada caso deverá ser apresentada paraaprovação.Para embarcações com 130 HP ou mais, a lista de sobressalentes será, em geral:01 tampa de cilindro, completa, com válvulas, molas, etc; 01 pistão completo, com anéis, etc; 01 jogo depeças do sistema de resfriamento do pistão, correspondentes a um cilindro e sujeitas a desgastes; 01jogo de ferramentas para um mancal principal de escora do tipo de colar; 01 jogo de parafusos especiaispara um hélice; 1 jogo de mancais para compressor de ar de lavagem, se só houver um único compres-sor; 01 quarta parte do número total de agulhas dos injetores; 1 jogo de anéis de pistão para um pistão;01 jogo de casquilhos dos mancais principais com parafusos e porcas; 1 jogo de casquilhos dosmancais das manivelas com parafusos e porcas; 1 jogo de casquilhos para o mancal da cruzeta comple-ta, com parafusos e porcas, se usado, ou embuchamento de pino, no caso de pistões de tronco; 01 jogode peças das bombas de óleo combustível, sujeitas a desgaste; 01 jogo de anéis, para cada tamanhodos pistões de compressores de ar; 50% das válvulas completas, para os compressores de ar; 01 jogode parafusos e prisioneiros, de cada tamanho, para uma tampa completa de motores e compressores;

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01 jogo de parafusos e porcas, para um acoplamento; 1quarta parte das gaxetas especiais usadas ou,no mínimo, uma de cada tipo e tamanho; 01 jogo de suportes e calibres, para alinhamento do eixoprincipal; Uma vez o comprimento da seção mais longa de cada tubo usado em óleo ou ar; Sortimentosde parafusos, porcas, flanges para tubos, etc; 1 jogo de válvulas de cada tamanho e modelo, para asbombas de porão, de óleo lubrificante e combustível e de refrigeração; 1 jogo completo de ferramentasnecessárias.No caso em que o equipamento auxiliar tem dispositivos completos para uso como sobressalentes, nãoserá necessário manter, em estoque, correspondentes peças sobressalentes. Deverão ser obedecidasas regras correspondentes a sobressalentes, conforme os capítulos que cobrem os demais equipamen-tos da embarcação. Farão parte da lista de sobressalentes necessários, para embarcações destinadasa percursos maiores em regiões remotas, visando a maiores reparos, os seguintes ítens:- 01 camisa de cilindro, completa, com acessórios; 01 eixo de hélice; 01 hélice; 01 hélice, para cadamão, ou um jogo de pás de hélice, para cada mão; 01 jogo de parafusos especiais, para um hélicecompleto; 01 bucha de rodas dentadas de comando do eixo de válvulas, com uma roda de cada modeloe tamanho; Um vinte avos do número dos tubos do refrigerador, completos, com virolas, se tiver.

4.17 - PRECAUÇÕES NOS TUBOS E TAMPAS

A disposição dos tubos para o transporte de óleo combustível deverá obedecer às indicações da seçãode Bombas e às que se seguem.Os ladrões de óleo combustível, drenos de óleo lubrificante e combustível e de aparadores de bombas deóleo e tanques, serão levados a um compartimento fechado ou a um tanque provido de suspiro e sonda-gem, e com tubo de sucção para a bomba de transferência de óleo combustível.No caso em que é usada calha para receber vazamentos dos tanques de óleo, o depósito ou pontoformado deverá ser drenado para tanque de drenagem ou deverá receber um tubo ligado à aspiração dabomba de transferência de óleo. Os tubos de enchimento deverão terminar no convés principal, e ostanques deverão ser ligados à atmosfera por suspiros.Tanques que não façam parte da estrutura do navio deverão ter seu recolhedor de vazamentos. Tanquesde gasolina não deverão receber indicadores de nível de vidro, que poderão ser usados em outros tan-ques, desde que protegidos e dotados de válvula em cada ponta.Tanques de serviço deverão estar em altura suficiente para permitir alimentação do carburador, por bom-ba ou por gravidade.No caso em que o combustível é a gasolina, todos os tubos deverão ser de cobre recozido, sem costura,com curvas flexíveis e uniões feitas de metal de tipo sujeito à aprovação.Deverá haver válvula em cada extremidade do tubo, entre o tanque e o carburador, e os tubos deverão serprotegidos mecanicamente e visíveis em todo seu comprimento.Entre cilindros e o carburador, ou na admissão de ar e sobre todas as bandejas, deverá haver telametálica.Deverá haver filtros na admissão da bomba de injeção de óleo combustível e, no caso dos motoresprincipais de propulsão, a operação de limpeza desses filtros não deverá interromper o fluxo de óleo aomotor.Serão colocadas válvulas de fechamento nos tanques de utilização, que deverão ser manobradas dapraça das máquinas ou, se necessário, pela parte externa da praça de máquinas.A tubulação da injeção será de tubo sem costura, e as conexões deverão ser do tipo extra-reforçado, emaço ou em metal não ferroso, conforme aprovado. Deverá ser evitada pressão excessiva no ar de lava-gem. Todos os motores terão filtros de óleo lubrificante. Nos motores principais de propulsão, deve haverfiltragem total do óleo. Nos filtros, a operação de limpeza não deverá interromper o fluxo de óleo para omotor.A tubulação de óleo lubrificante deverá ser inteiramente separada das demais.Na lubrificação forçada haverá, sempre, um dispositivo que desligue automaticamente o motor, em casode falha na lubrificação.

4.18 - PEÇAS QUE PRECISAM PROVAS

As cópias, em duas vias, dos pedidos de compra de material, deverão ser submetidas ao BC parainformação dos Fiscais, que vistoriarão e aprovarão o material, segundo a seção de materiais. Serãoensaiadas:a) peças fundidas e forjadas para todos os motores; eixo de manivela, eixos de engrenagens redutora,

eixos de propulsão, de transporte de hélice, de geradores e motores;

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b) para motores de 300mm, ou mais, de diâmetro dos cilindros: conectoras, bielas e tirantes deestrutura;

c) para motores de 450mm, ou mais, de diâmetro dos cilindros: cabeçotes, acoplamento de eixo, para-fusos de acoplamentos, parafusos de biela e parafusos dos mancais principais;

d) barras de aço laminado a quente, até o diâmetro de 200mm, que poderão ser usadas, se aprovadas,em substituição às peças forjadas acima relacionadas;

e) tubos sem costura de cobre e de latão, para refrigeradores intermediários e finais, e tubos de cobrepara ar de injeção e de partida;

f) todos os tubos para pressões acima de 10 kg/cm2;g) ampolas de pressão para ar de injeção e partida. Veja-se a seção de caldeiras.

As peças para fabricação, em série, de motores, serão aceitas através de comprovação da dureza e deexame superficial, dependendo da técnica e do controle de qualidade na confecção.

4.19 - PRECAUÇÕES NA PRAÇA DE MÁQUINAS

Nas praças de máquinas de motores de combustão interna, toda construção em madeira, a menos de1,8 metros acima dos cilindros, e a menos de 1,2 metros dos cilindros sem refrigeração, de tubos dedescarga e de silenciosos, deverá ser recoberta com isolamento e metal. Este isolamento deve ter, pelomenos, 12,5mm de espessura.

4.20 - PRECAUÇÕES COM OS MOTORES

As normas abaixo são aplicáveis a todos os motores a óleo para propulsão e para usos auxiliares. Todasas peças do motor sujeitas a esforços deverão estar isentas de falhas e suas folgas e ajustes deverãoobedecer à melhor técnica naval. As passagens para água de refrigeração e óleo lubrificante deverão sercuidadosamente limpas de areia e de oxidação. A porcas dos mancais principais e das bielas, bemcomo de todas as outras partes móveis, deverão ser fixadas por contrapino ou por meio adequado.Antes da aceitação final da instalação completa, será feita a experiência para verificação de funciona-mento.

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SEÇÃO 5

HÉLICES

5.1 - DESENHOS A SEREM SUBMETIDOS

Desenhos dos hélices, incluindo sobressalentes, deverão ser submetidos à aprovação. A fim de possibi-litar verificar os escantilhões, à altura de 0,3 do raio, tais desenhos deverão incluir as seguintes informa-ções:- Tipo do motor propulsor e potência transmitida ao hélice; Velocidade do hélice compatível com a

potência acima; Empuxo; Dados geométricos do hélice (número de pás; diâmetro; passo; espessurae largura a vários raios; e inclinação.); Natureza e características dos materiais.

5.2 - FIXAÇÃO

Os estojos deverão ser justos no cubo. É obrigatório o uso de um ressalto no estojo, sob o flange da pá.A rosca das porcas terá um ajuste estanque. Todas as porcas serão fixadas por parafusos contradesatarrachamento. A chaveta terá um ajuste perfeito no cubo.Serão protegidos contra a corrosão todos os espaços entre a tampa do cubo, o cubo e o eixo, pelo usodo enchimento com material adequado. Na parte de vante do hélice haverá sempre um retentor deborracha. No caso em que o retentor é colocado pelo lado de dentro, deverá haver bastante folga entre acamisa de proteção do eixo e o cubo. O retentor deverá apoiar firmemente sobre a camisa. Quando oretentor é colocado externamente, o broqueado de cubo deverá ser enchido com material adequado.

5.3 - AJUSTAGEM PERFEITA

A face do flange deverá sempre se apoiar no cubo, e a folga entre o pino-guia e o furo, e entre a borda doflange e o seu rebaixo, deverá ser a menor possível.

5.4 - SOBRESSALENTES

Para o material sobressalente necessário, seguir as indicações contidas na Seção referente ao tipo depropulsão em uso.

5.5 - CÁLCULO DOS ESTOJOS

A Seção mínima da resistência dos estojos de fixação será:

S = f 3 . L / (3,64.A.c.P.p)

p = número de estojos na face de acionamento do hélice;s = seção mínima de resistência de cada estojo, em [cm2]c = raio da circunferência de centros dos estojos;L = diâmetro do hélice, em [cm]f = diâmetro mínimo, calculado, do eixo de propulsão, acrescido de 5% mais 0,00695 x L;A = passo do hélice, em [cm]P = número de pás.

5.6 - HÉLICES DE PÁS INDEPENDENTES E INTEIRIÇOS

Para os hélices dos navios de 130 HP ou mais, deverá a fabricação seguir completamente as indicações

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destas Regras, e sujeitar-se à aprovação prévia do projeto.Deverá seguir as indicações feitas na seção de Material quanto ao uso de matérias primas para constru-ção dos hélices. No caso de hélices de pás independentes, os ensaios de material serão repetidos paracada pá.Para hélices inteiriços, maiores do que 2 metros de diâmetro, em aço ou bronze, serão feitos doisensaios de material pertencente a pás opostas. Para hélices menores, bastará um único ensaio.Todos os hélices serão submetidos à inspeção, estando suspensos para exames de defeitos superfici-ais e de percussão por martelo.O material dos parafusos de fixação, das pás das hélices aos respectivos cubos deverá ser de aço dotipo adequado e devidamente submetido a ensaio de material pelo Vistoriador.Os hélices serão balanceados de forma a evitar vibração por efeito de massa desequilibrada.

TOMO III - HÉLICES .................................................... SEÇÃO 5

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SEÇÃO 6

TUBULAÇÃO E BOMBAS

6.1 - GENERALIDADES

Para as embarcações que possuírem bombas e sistema de tubulação, deverá ser verificada a operaçãoeficiente e segura para os serviços a que se destinam. A mão-de-obra de instalação e os materiaisdeverão ser inspecionados e estarem de acordo com as regras do BC.Deverão ser submetidos planos diagramáticos mostrando os seguintes detalhes:- Arranjo geral de bombas e tubulação;- Sistema sanitário;- Sistema de esgoto e lastro;- Sistema de ventilação, sondagem e transbordo;- Sistemas de enchimento, transferência e serviço de óleo combustível;- Sistema de óleo-lubrificante;- Sistema de bombeamento de óleo de carga;- Sistema de tubulação de potência hidráulica;- Sistema de combate a incêndio (veja a Seção 8);- Sistema de tubulação da máquina do leme; e- Sistema de tubulação de ar de partida.

Cada um dos planos acima deverá estar acompanhado da respectiva lista de materiais, fornecendotamanho, espessura da parede, pressão máxima de trabalho, material e tipo de toda a tubulação, tama-nho e material das válvulas e acessórios. Os planos acima deverão ser em triplicata.

6.2 - BOMBAS DE PETROLEIROS

As embarcações de transporte de derivados de petróleo terão bombas de carga projetadas de forma aevitar centelhamento e ficar localizada em compartimento específico.Deverá haver o mínimo de vazamento na caixa de gaxeta. No caso de anteparas estanques serematravessadas por eixos, deverão ser usados acoplamentos flexíveis entre as bombas e o acionamento.Nas anteparas será obrigatório o uso de caixa de gaxeta.A rede do produto transportado será montada completamente separada das demais redes e não poderáatravessar os tanques de óleo combustível e os compartimentos com máquinas.No caso de se usar água fluvial para lastro, entre a admissão da água fluvial e a rede de produto transpor-tado, deverá haver duas válvulas de passagem.Na saída de cada bomba haverá uma válvula de descarga ligada à aspiração. Deverá haver uma conexãoem paralelo em torno da bomba, para ser usada quando se fizer o enchimento através do tubo deaspiração.Será instalado, na saída de cada bomba, um indicador de pressão. Se o acionamento for localizado emoutro compartimento, deverá haver indicadores de pressão adicionais, visíveis, na sala de motores.Será prevista a retirada do vazamento para o fundo duplo na casa de bombas e compartimentos adjacen-tes. Para esse serviço será usada ou uma bomba de esgoto ou um ejetor, ou a aspiração de uma bombade produto transportado ou de dreno. Essa bomba não deverá ser colocada em compartimentos commáquinas, nem deve a rede atravessá-los. Nesse caso, será usada sempre uma válvula de passagem eretenção, colocada na aspiração do ramal. Se a aspiração do duplo fundo puder receber pressão doproduto da rede de enchimento, uma válvula adicional de retenção será usada.Sempre que as hastes de válvulas atravessarem cobertas estanques, serão usadas caixas de gaxetas.

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6.3 - REDES DE PETROLEIRO

Redes sanitárias e de despejos poderão atravessar, acima da linha d�água, os tanques de transporte deóleo. O número de tubos será mínimo pela combinação do maior número possível de drenos. A rededentro do tanque será de tubo de pelo menos, 15 mm de espessura, e todas as uniões serão soldadas.Na tubulação de descarga acima do tanque será colocada uma válvula de retenção. Todos os acessóriosligados à rede receberão uma vedação hidráulica ligada à atmosfera. Cada tanque de transporte receberáum tubo de respiro ligado a um coletor geral, ou receberá uma válvula de descarga tipo pressão e vácuo.No caso do respiro, sua saída será elevada acima do convés e terá uma válvula de descarga ou umprotetor contra incêndio.Se o produto transportado tem ponto de fulgor acima de 65oC, poderá ser usado o tubo de respiro paracada tanque, recurvado e protegido com tela de arame. No caso de haver atmosfera inerte nos tanquespara evitar incêndio, o projeto deverá ser aprovado previamente. Em todas as embarcações deverá haverventilação para cada compartimento. Tanques de grande superfície deverão ter, no mínimo, dois suspi-ros, um dos quais na parte mais alta. Se a superfície for pequena, bastará um suspiro. Os suspirosdeverão ser de tal forma dimensionados que permitam o esvaziamento do tanque sob condições nor-mais. No caso em que ladrões dos tanques entre anteparas estanques diversas se liguem a um coletorúnico abaixo do convés principal, deverá ser impedida a inundação a vante ou a ré entre anteparasestanques, no caso de um acidente.

6.4 - SUSPIROS

Todos os suspiros terão dispositivos de fechamento em caso de emergência. A altura acima do convésserá, no mínimo, de 1m, no caso de convés de borda-livre. No caso de convés com superestruturas,será, no mínimo, 0,50 metros e, para convés elevado a ré, será de 0,80 metros.Em geral o diâmetro mínimo para suspiros será de 60mm para tanques de óleo e de 50mm para tanquesde água. Quando não há ladrões, a seção dos suspiros deverá ser igual à da tubulação de transferência,quando essa operação é feita com bomba. Se houver ladrões, a seção total dos ladrões é que deverá serigual à da tubulação de entrada.No caso de suspiros de água doce estarem dentro da praça de máquinas, deverão estar sempre acimada linha de carga máxima.No caso de suspiros de tanques de óleo lubrificante ficarem na praça de máquinas, deverão estar afas-tados de equipamentos, de forma a evitar transbordamento sobre redes aquecidas ou sobre aparelhagemdanificável.Devem ser previstos suspiros para tanques de óleo, de forma a evitar incêndio pela combustão do gás.Os suspiros deverão estar acima do convés e protegidos com tela de arame resistente à corrosão.Nesse caso, a área livre de passagens pela tela será, no mínimo, igual à seção livre do tubo. Recomen-da-se ver também NBR 9787/87 e NBR 9788/87.

6.5 - TUBO-LADRÃO

No caso de tubos-ladrões dando saída pelo bordo de embarcação, eles deverão ser colocados bemacima da linha de carga máxima.Serão sempre usadas válvulas de retenção a bordo. Em tanques de fundo que transportam carga secaem algumas ocasiões, o tubo-ladrão receberá um flange de fechamento que não prejudique a ventilaçãono transporte de carga líquida.

6.6 - SONDAGEM MANUAL

Tanques para água doce ou óleo combustível, mesmo quando usarem indicadores de tipo aprovado,deverão possuir um dispositivo de sondagem manual.O diâmetro mínimo dos tubos para verificação de nível é de 35mm em todos os tanques que não sejamacessíveis a qualquer momento.No caso em que os tubos para verificação de nível terminem abaixo da borda-livre, eles serão fechadosou por válvulas de gaveta ou por bujão amarrado ao tubo com corrente resistente à corrosão, o quepoderá ser usado em todos os tanques, com exceção dos tanques de óleo. Para tanque de óleo, deverãoser usadas válvulas de fechamento rápido e auto-operadas.Sempre será feito um reforço adequado para suportar o choque da vara para medição de nível na chapainferior do fundo duplo.

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6.7 - ESGOTAMENTO DE FUNDO DUPLO

Serão obrigatórias duas bombas a motor para esgotamento do fundo duplo. No caso de navios de com-primento menor do que 50 metros, a bomba em duplicata poderá ser substituída por duas bombasmanuais ou ejetores a vapor. A capacidade das bombas de esgoto do duplo fundo, quando usadasapenas duas bombas, será tal que cada uma dará uma velocidade de 2 metros por segundo na tubula-ção, cujo diâmetro seja o indicado nestas regras. No caso em que mais de duas bombas são instaladasna rede, a soma das capacidades deverá ser maior do que o mínimo indicado. Poderão ser computadascomo bombas de esgoto do duplo fundo as de serviço geral, as de esgoto sanitário ou as de lastro.Deverão ter, então, capacidade, pelo menos, igual à mínima requerida nestas regras e seguir as demaisindicações aplicáveis.O duplo fundo da praça de máquinas terá obrigatoriamente aspiração ligada diretamente a uma dasbombas de esgoto de duplo fundo, e de dimensões tais que a bomba dê o máximo de capacidade eopere independentemente do restante da rede.

6.8 - REDES

Não poderá haver vazamento de água ou óleo para os compartimentos de máquinas ou carga, ou entrecompartimentos. As redes de lastro e esgoto deverão ter válvulas independentes nas bombas. As redesde óleo e de lastro deverão ser desligadas ou fechadas quando tanques fundos forem usados paratransporte de carga seca. Quando no tanque fundo for transportado óleo ou lastro, a rede de esgotodeverá ser desligada.A tubulação para lastro ou esgoto que atravessa repartições de transporte de óleo deverá ser de aço.As redes de esgoto e de lastro serão feitas protegidas por um túnel estanque, usando tubulação reforça-da, no caso de passagem através de tanques fundos. Nesse caso, deverão ser instaladas válvulas deretenção nas extremidades abertas da rede.Todos os coletores, torneiras e válvulas da rede de esgoto deverão ter fácil acesso nas condições deserviço. As válvulas da rede de esgoto localizadas na praça de máquinas terão, sem exceção, válvulasde retenção.A rede de esgoto deverá ter no duplo fundo da praça de máquinas ralos de fácil acesso, e deverá tambémter ralos entre os coletores e as bombas. A seção aberta dos ralos deverá ser igual à três vezes a seçãodo tubo de sucção.O diâmetro do tubo de sucção principal da rede de esgoto do duplo fundo deverá ser calculado por:

d = 2,5 + (C.Q/6)

d = diâmetro interno do tubo, em [cm]C = comprimento da embarcação na linha da borda-livre, em [m]N = boca da embarcação, em [m]Q = N + PP = pontal, em [m]

Serão consideradas, nestas regras, a tubulação destinada a pressão acima de 10 Kg/cm2 e as destina-das a líquidos em geral, com temperaturas superiores a 60oC.Para fluido abaixo de 10 kg/cm2 e temperatura menor que 60oC, serão dadas as instruções abaixo:- Deverão ser apresentados detalhes de fabricação, em três vias, do plano geral de tubulação, da

tubulação de óleo combustível, de incêndio, da desgaseificação, alimentação da caldeira de vapor, defundo duplo, de controle de banda e trim, de verificação de nível, de carregamento para transporte delíquidos, de ventilação e de esgoto de aparelhos sanitários.

- Os desenhos deverão ser completos, dando todas as medidas necessárias e todos os estudos esta-tísticos e dinâmicos de performance, como pressões, tamanho de tubos, válvulas, temperatura, etc.

- No caso de haver serpentinas de aquecimento, e em que o vazamento de óleo possa contaminar aágua de alimentação da caldeira, deverá ser feito um coletor de vazamento para um tanque de inspeção,antes que haja contato com a alimentação da caldeira.

- Tubulação de óleo e outras redes que atravessem depósitos de óleo deverão ser de aço. As gaxetasserão todas resistentes ao óleo.

- As válvulas que determinam o uso de diferentes aspirações deverão ficar próximas à antepara em quea aspiração entra na praça de máquinas e, sempre que possível, acima das calhas para os tanques.Todos os acessórios, como ralos, válvulas, que sejam examinados periodicamente, receberão bande-jas coletoras.

TOMO III - TUBULAÇÃO E BOMBAS ......................... SEÇÃO 6

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6.9 - BOMBAS E AQUECEDORES DE ÓLEO

Será obrigatório o uso de bombas de acionamento independente para óleo combustível, cada uma dasquais de tamanho tal que alimente, em separado, os motores sob toda carga. Cada bomba será tambéminstalada em duplicata. Os ralos na aspiração e na descarga de óleo, deverão ser de forma que umpossam ser limpos sem interrupção do fornecimento de óleo.Não será permitida a colocação de tanques de óleo combustível sobre o espaço ocupado pelos motores.A rede de óleo combustível, entre as bombas de serviço será feita de forma a ficar visível. Essa rede teráuma válvula de descarga, que descarregará no tanque ou na aspiração. A tubulação de pressão seráprojetada com tubos sem costura, reforçados, de aço.Os drenos para aquecedores de óleo serão feitos da mesma maneira que para as serpentinas de aque-cimento, se necessário.

6.10 - MATERIAIS NOVOS

Se forem usados materiais ainda não aprovados, eles serão objeto de estudo prévio. Deverão ser segui-das as regras da seção correspondente para os materiais padronizados usuais, para o material elétrico,para soldagem, recipientes sob pressão e onde sejam cabíveis as recomendações das seções especi-ais destas regras.Os pedidos de compra deverão ser remetidos em cópias de duas vias, no caso de materiais que deverãoser ensaiados durante a fabricação.

6.11 - ENSAIO NA TUBULAÇÃO

Os ensaios serão feitos após o curvamento que for necessário e após a colocação dos flanges.No caso de tubulação de óleo combustível, a sobrecarga no ensaio será também de 50%, com ummínimo de 36 kg/cm2, com as tubulações do serviço.Nas tubulações de transferência, a pressão de ensaio será de 36 kg/cm2. Nas de óleo para transporte, asobrecarga será de 50%.

6.12 - PRECAUÇÕES COM AS REDES

Deverá haver proteção mecânica adequada ao sistema de tubulação, incluindo-se válvulas, volantes,indicadores, etc. A proteção deverá ser removível, para inspeção e rotina de manutenção.Nenhuma tubulação de água doce deverá atravessar os tanques de óleo. Tanques de água doce nãodeverão ser atravessados por tubulação de óleo. Deverá haver especial cuidado em não contaminar osistema de água doce com água salgada. Deverá ser evitada a possibilidade de vazamento de tubos naproximidade de quadros elétricos.As juntas deslizantes para expansão não poderão ser usadas dentro de porões de carga ou locais dedifícil acesso.No caso de tubos atravessarem conveses e tampas estanques, as soldas deverão ser feitas em ambosos lados.No caso de ligações aparafusadas, a chapa também será rosqueada para dar estanqueidade.Os tubos que atravessem as anteparas estanques de compartimento de colisão deverão ter válvulas depassagem. Essas válvulas serão manobradas acima do convés de anteparas e deverão estar com acarcaça fixada nas anteparas, por dentro do tanque de colisão. Terão indicador que mostrará se a válvulaestá aberta ou fechada.Não é permitido o uso de válvulas de gaveta na antepara estanque de colisão.Esse tipo de válvula só será permitido em outras anteparas quando estanques e permanentementeacessíveis para inspeção.Os drenos de compartimentos acima dos fundos estanques poderão ser descarregados no túnel do eixoou outra seção, desde que não excedam 80mm de diâmetro nominal, que possuam válvulas de fecha-mento rápido auto-operadas e acesso ao compartimento onde é feito o esgoto.Toda a tubulação que possa ser submetida a pressões maiores que aquelas para as quais foi projetada,será protegida por válvulas de escape.No caso em que somente são usadas bombas centrífugas e a pressão não excede à pressão admissívelpara o tubo, não será necessário o uso de válvulas de escape para redes de incêndio e de óleo. Redesdiferentes não poderão ter descarga comum.No caso em que válvulas e caixas de mar são aparafusadas nas chapas, os parafusos deverão ter a

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cabeça embutida em escariado na chapa, ou serão usados estojos fixados em reforço da chapa, confor-me as regras correspondentes. Não será permitido o uso de ferro fundido em ligação ao casco dasembarcações, abaixo do convés da borda-livre.As conexões, entre as válvulas deverão ser robustas e o mais curtas possíveis. As caixas de mardeverão ser projetadas de forma a não provocar perda de aspiração. As caixas de mar deverão ter raloscom área livre de 50% acima da válvula. Deverão ser colocadas válvulas na descarga das bombas dacaldeira e do evaporador.

6.13 - EMBORNAIS

Deverão ser instalados, em número suficiente, embornais em todos os conveses.Não serão aceitos embornais de ferro fundido. No caso em que os embornais conduzem ao duplo fundo,deverão ter fechamento para os casos de emergência. No caso em que conduzem para o mar, deverãoter válvulas de segurança no lado interno do casco. A drenagem de água da superestrutura expostadeverá despejar no mar; na drenagem dos conveses estanques e inferiores, o esgoto se fará no fundoduplo. As descargas sanitárias levadas ao mar, provenientes de compartimento abaixo do convés princi-pal, deverão ter um dispositivo que não permita o refluxo da descarga. As descargas de lixo deverão tertampas estanques, quando situadas abaixo da linha d�água, e deverão ter um dispositivo que evite orefluxo de material.

6.14 - DRENOS

O sistema de bombeamento no duplo fundo, de lastro, deverá ser capaz de drenar qualquer subdivisãodo navio, mesmo com inclinação de 5 graus. Deverá ser eficiente toda a drenagem dos convesesestanques.Poderão ser drenados por bomba manual do paiol das amarras, tanques de colisão e sua cobertura.

6.15 - BOMBAS DE ALIMENTAÇÃO

Toda a embarcação a motor terá, no mínimo, dois modos de alimentação acoplados à máquina principal.Haverá, pelo menos, uma bomba independente de alimentação, que deverá ser capaz de alimentar emseparado os motores em regime de trabalho normal.As bombas de alimentação não poderão ser utilizadas para outras finalidades. Será instalada umabomba de emergência, que terá capacidade mínima de 80% das demais e que poderá ser usada paraoutros fins. Se as duas bombas de alimentação forem acionadas independentemente, não será neces-sária a instalação da bomba de emergência.No caso de embarcações de serviço portuário ou fluvial, bastará uma bomba de acionamento indepen-dente e outra acoplada. Se a segunda for independente, poderá ser usada para outros fins ou poderá sersubstituída por um ejetor.Deverá haver uma bomba auxiliar de acionamento independente, da mesma capacidade, que deverásubstituir, se necessário, a bomba principal, ou funcionar em conjunto com ela.

6.16 - REDE DE VAPOR

Toda a rede de vapor deverá ser dotada de drenagem adequada e deverá prever os efeitos de dilatação.A disposição da rede auxiliar de vapor será tal que permitirá sempre seu uso imediato nos equipamentosvitais.No caso de redes auxiliares a baixa pressão, deverá haver válvulas de segurança para proteção da rede.A descarga dessas válvulas deverá ser suficiente para evitar sobre pressão. Não será permitido queredes de vapor ou de descarga atravessem locais de carga. Para redes de turbinas, ver as regras referen-tes a máquinas a vapor.

6.17 - BOMBAS DE REDE DE LUBRIFICAÇÃO

Se a máquina for lubrificada sob pressão ou por gravidade, será obrigatório haver duas bombas decirculação de água de refrigeração.O sistema de lubrificação deverá funcionar com toda eficiência, mesmo com trim máximo de 6 graus ebanda máxima de 16 graus.A rede de óleo lubrificante deverá ser totalmente separada de outras redes.

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6.18 - TUBOS DE AÇO, COBRE, LATÃO, CHUMBO E PLÁSTICO

Todos os tubos para pressão de serviço acima de 10 kg/cm2 serão ensaiados e controlados pelo Inspetordo BC. Os tubos para pressão sem costura poderão ser usados para qualquer finalidade. Seu uso seráobrigatório nas redes de óleo combustível de sob pressão, a não ser nos trechos de pequeno comprimen-to, em conexões flexíveis para queimadores ou injetores diesel.Em redes de ar comprimido de motores diesel, poderão ser usados tubos sem costuras de cobre e deaço, soldados por resistência, podendo ser usados para pressão até 23 Kg/cm2 e para temperaturas deaté 340oC. Os tubos de latão sem costura, em geral poderão ser empregados onde a temperatura nãoultrapasse 200oC.Não poderão ser usados em rede de óleo lubrificante ou óleo combustível ou em rede de incêndio eesgoto, tubos de plástico rígido. Sua aplicação sob regime especial só poderá ser feita em pressõesabaixo de 10Kg/cm2. Para o cálculo da pressão máxima de serviço de tubo, deverá ser obedecida arelação:

P = T . A , onde A = (e - d) / [0,5 . (E-C) . (e - d)]

P = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]. No mínimo, 4 kg/cm2, em tubos de metal não ferrosoe 12 kg/cm2, em aço;

e = espessura mínima do tubo, em [cm]E = diâmetro externo do tubo, em [cm].T = tensão máxima permissível, em [kg/cm2]C = compensação para perdas, como corrosão, rebaixamento e rosca; para tubos sem rosca de

metal não ferroso: C=0d = 0,17, para tubos de aço sem rosca e para tubos com rosca de diâmetro até10mm.d = profundidade da rosca, para tubos de diâmetro acima de 10mm

Tabela para coeficiente CTemperatura em oC C

30 até 300 0.8

400 0.8440 0.8

480 0.8

510 1.0540 1.4

Para tubos plásticos rígidos, a pressão de serviço será de 20% da pressão hidrostática de rutura.

6.19 - VÁLVULAS

Os eixos, discos e redes das válvulas serão fabricados de material resistente à corrosão ou conveniente,previsto para evitar grimpagem das superfícies em contato.Os fechamentos das válvulas deverão ser feitos no sentido do ponteiro do relógio, para quem olha defrente para a extremidade da haste.No caso de embarcações-tanque que haja um sistema de válvula com controle remoto, não será neces-sário esse indicador.Terão tampas presas por parafusos todas as válvulas em ferro fundido, bem como todas as válvulas dediâmetro maior de 55mm, sujeitas a pressões acima de 10 kg/cm2.Nesse último caso, as válvulas terão sempre conexões flangeadas. As válvulas restantes poderão tertampas presas por rosqueamento.Cada válvula será submetida a uma pressão de ensaio de acordo com as normas da Associação Brasi-leira de Normas Técnicas ou outras igualmente idôneas (NBR 6896/81).Será obrigatória a indicação, no corpo da válvula, da pressão de serviço, máxima, e do fabricante.

6.20 - CONEXÕES

A não ser que as conexões de tubos sejam soldadas, todas de diâmetro acima de 55mm serão flangeados,nas redes destinadas a pressão acima de 10 kg/cm2.

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SEÇÃO 7

REFRIGERAÇÃO

7.1 - REDE DE SALMOURA

A rede de salmoura deverá ser testada com pressão mínima de 10 kg/cm2. O ensaio será feito após amontagem estar completa e a pressão será a de serviços com sobrecarga de 100% .O ensaio de desempenho (ou de �performance�) da instalação será feito pela refrigeração simultânea doscompartimentos atendidos pela instalação, até a temperatura especificada no projeto previamente apre-sentado.O comportamento do isolamento térmico será então verificado, parando as máquinas de refrigeração efazendo o registro das temperaturas internas e externas, de hora em hora, num período de seis horas.As redes de salmoura, tanques, etc. não deverão ser galvanizadas ou receber outra proteção com zinco,a não ser que tenham sistema de ventilação ligado à atmosfera.Deverá haver sempre uma bomba de salmoura em reserva, com funcionamento adequado a toda carga.No mínimo haverá duas bombas.As válvulas para salmoura estarão em lugares permanentemente acessíveis.

7.2 - BOMBAS DE CIRCULAÇÃO

As bombas de circulação serão colocadas aos pares, com ligações independentes para as bombasauxiliares. Sempre serão usadas duas aspirações de água do mar.

7.3 - ISOLAMENTO DAS CÂMARAS

Deverão receber isolamento térmico integral e eficiente, todos os conveses, anteparas, tampas, etc. doscompartimentos refrigerados. O isolamento será protegido mecanicamente contra avarias, onde for ne-cessário.Toda rede de tubos e acessórios colocados em compartimentos refrigerados deverão ser protegidosmecanicamente contra avarias. Essas redes serão, de preferência, colocadas junto à face quente doisolamento térmico.Tubos de sucção do fundo duplo da praça de máquinas terão válvulas de pé, e seu isolamento seráremovível para inspeção.Nas anteparas estanques a óleo, construções rebitadas e que limitem compartimentos termicamenteisolados, será sempre feita uma separação de 50mm entre a antepara e o isolamento. Esse espaço,para qualquer vazamento que houver, será drenado para calhas e fundo duplo, devendo ser ainda ventila-do mecanicamente.No caso dos dutos de ventilação atravessarem anteparas estanques, os dutos terão sempre dispositivode fechamento operado em local acima da borda-livre.

7.4 - GASES DE REFRIGERAÇÃO

Os gases de refrigeração de uso autorizado são: dióxido de carbono e tipo freon; a amônia, somente nocaso de sistemas indiretos.

7.5 - EXAME DO PROJETO

O projeto de instalação deverá ser apresentado antes da fabricação, com todas as especificações com-pletas, indicando rede de ar, ventiladores, radiadores, termômetro, esgotos, temperatura mínima deprojeto, lista de sobressalentes, elementos do sistema de condensação, esquemas elétricos, disposi-ção dos elementos, etc.

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7.6 - VENTILAÇÃO DAS PRAÇAS

A sala de máquinas de refrigeração deverá ter boa ventilação e esgoto. No caso de instalação deamônia, deverá haver plena comunicação para a atmosfera, para escapamento no caso de vazamen-to de amônia. Deverá ser previsto um sistema de proteção por borrifador d�água, com comandoremoto, por fora da sala de máquinas.

7.7 - SOBRESSALENTES

Deverão fazer parte do estoque de sobressalentes: um conjunto de válvulas de descarga e aspiraçãopara o compressor de maior potência de cada tipo existente, mais metade do número das redes ouplacas das válvulas com molas ou retentores; um regulador de refrigeração completo, com acessó-rios para cada tipo usado; um termômetro de cada tamanho e tipo usado para cada oito instrumen-tos; o mesmo número de manômetros de cada tipo; um conjunto de parafusos de acoplamento e demancais de compressor, bomba e ventilador, um de cada tipo e tamanho; um jogo completo deferramentas especiais para reparo de todas a partes de equipamento usado; um dispositivo comple-to para verificação de vazamento; duplicata de todas as gaxetas dos evaporadores; uma quartaparte de cada tipo de gaxeta dos eixos, retentores dos cabeçotes dos compressores; um jogo deválvulas de cada tipo dos compressores; duplicatas de todos os discos de ruptura de cada tipo; umconjunto de cada mancal para cada cinco ventiladores ou fração; um jogo de ferramentas paraalargamento e corte de tubos para todos os tamanhos usados; bujões para fechamento da décimaparte dos tubos de um condensador; sobressalentes da parte elétrica da instalação, de acordo comas respectivas normas; um motor de ventilador de circulação para cada tipo e tamanho; os sobres-salentes necessários para as unidades motoras da instalação.No caso que seja instalado apenas o número de unidades de refrigeração e bombas de salmoura,serão necessários os sobressalentes para compressores alternativos: um jogo de gaxetas para oeixo, até quatro unidades de refrigeração; dois jogos de gaxetas para o eixo, até 7 unidades derefrigeração e três jogos, para mais de 7 unidades; 1 sobreposto de gaxeta; 3 jogos de substituiçãodos componentes das válvulas de manobra de partida; o eixo de manivelas completo com os mancais,até 7 unidades, e dois eixos, para mais de sete unidades; metade do número de camisas do cilindro,sendo, no mínimo, duas; metade do número de pistões completos com anéis, pino e válvula deaspiração, com mínimo de três pistões; metade do número de anéis de pistão, com um mínimo detrês jogos completos; metade do número existente de conjuntos de válvulas dos compressores e, nomínimo, três jogos completos; metade do número de bielas completas com mancais, buchas eparafusos, com um mínimo de três; um conjunto de dispositivo de alívio e carga, até 7 unidadesrefrigeradoras, e dois, para mais de sete; uma bomba de óleo, com filtro, até sete unidades, e duasbombas, para mais de sete unidades; e da mesma maneira para: a cesta do ralo de aspiração, oscomponentes completos das válvulas de passagem para aspiração e descarga, o conjunto de válvu-las de descarga, o nível visual de óleo e suas gaxetas; as chaves de controle de alta e baixapressão, o conjunto de bóia; no caso de compressores centrífugos: um jogo de retentor de eixocompleto e o retentor de labirinto, sendo dois de duas unidades, mais um de cada mancal de apoio,anel de proteção do retentor, mancais, bombas de óleo, jogo de gaxetas, conjunto de bóia completade filtro. Para condensador, ter a quinta parte dos tubos de um condensador e um jogo completo degaxetas. Para as bombas, ter uma roda de pás com mancais, retentor, etc. Além de mais um jogode válvulas completo, para cada tipo e tamanho; e jogos de engaxetamento e de anéis de vedação,para cada tamanho e tipo, em número de um, até 4 bombas; de dois, até 10 bombas; e três, acimade 10 bombas.

7.8 - TERMÔMETRO

Todos os tubos de termômetro e de refrigeração serão isolados eficientemente fora dos comparti-mentos refrigerados, menos em compartimentos com tanques de salmoura ou evaporadores. Todosos flanges para tubos de termômetro deverão ser de metal não ferroso.Os tubos para termômetro não terão diâmetro interno inferior a 50mm e deverão ser dispostos demodo a impedir a entrada de água, evitando futuramente congelamento em seu interior.Serão aprovados os sistemas de leitura e registro remoto de temperatura, sendo obrigatório, contu-do, o uso dos termômetros de bulbo, onde necessário, para comparação periódica.

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7.9 - DRENAGEM

Todos os compartimentos refrigerados serão eficientemente drenados e terão válvulas de retenção narede de drenagem.No caso de drenagem de diferentes compartimentos refrigerados descarregar num único coletor, cadaramal terá sempre um purgador automático e os ramais de um compartimento abaixo daqueles terãotambém válvulas de retenção.Não será permitida a drenagem de compartimento não refrigerado para dentro dos compartimentos refri-gerados.Os tubos para verificação do nível dos tanques de drenagem em compartimentos refrigerados abaixo de0oC, terão que ter, pelo menos, 60mm de diâmetro nominal.

7.10 - FORRO DE MADEIRA

As sarretas de madeira deverão ser adequadas ao carregamento. A carga não deverá tocar no silamentode compartimentos, nem nas serpentinas. Deverá haver folga suficiente entre as sarretas e o isolamento,para uma boa circulação do ar. Quando a carga é transportada suspensa, não é necessário o uso deestrado de madeira sobre o piso.

7.11 - PRESSÕES DE PROVAS

O fabricante do equipamento deverá ensaiar todos os tubos, compressores, controles, recipientes ematerial sujeito ao refrigerante, no lado de menor pressão, sob uma pressão igual à do projeto, comsobrecarga de 50%. As conexões e válvulas obedecerão às Normas Brasileiras registradas no InstitutoNacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) ou às de outra entidade reco-nhecidamente idônea.A pressão de projeto, no lado de baixa, para diclorodifluormetano (CCl2F2), monoclorodifluormetano(CHClF2) e para amônia (NH3), é de 10 g/cm2; para triclorotrifluoretano (C2Cl3F3) e paratricloromonofluormetano (CCl3F), é de 2 kg/cm2; para o dicloromonofluormetano (CHCl2F), de 28 kg/cm2;para o diclorotetrafluoretano (C2Cl2F4), de 3,5 kg/cm2; para o dióxido de carbono (CO2), de 70 kg/cm2.No lado de alta pressão ela é dupla em relação à dada atrás para o CHClF2 e para o NH3; para o CHCl2F,é de 5 kg/cm2; para o CCl2F2, é de 19 kg/cm2; para CO2, é de 105 kg/cm2; para o C2Cl3F3 e para oC2Cl2F4, a pressão de projeto e considerada a mesma em ambos os lados.Os ensaios de pressão do recipiente serão sempre presenciados pelo vitoriador. O ensaio de estanqueidadedos sistemas primários de refrigeração, será feito depois de completada a montagem e será feito àpressão de serviço.O gás para ensaio de estanqueidade poderá ser o próprio gás refrigerante. Não será permitido o ensaiocom ar, gás inflamável ou oxigênio. Não será permitido o uso de CO2 para o ensaio em unidades játrabalhadas com NH3.Durante os ensaios, deverão estar em condições de perfeito funcionamento as válvulas de descarga eoutros dispositivos de segurança, menos os discos de ruptura.

7.12 - CLASSIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Desde que a instalação tenha sido classificada pelo BC, serão expedidos certificados mediante vistoriado equipamento e verificação de performance.As vistorias anuais, a partir da instalação, constam de verificação e soldagem do isolamento térmico, doestrado e esgoto dos compartimentos, os fundos duplos correspondentes, limpos, e tubulações verificadas;os vazamentos verificados, e o fechamento dos coletores de ar que atravessam os compartimentos,testados.As serpentinas de refrigeração são examinadas e postas a funcionar. As tubulações, condensadores,evaporadores, recipientes, etc., são inspecionados. A rede de salmoura, bombas, válvulas, etc., sãoverificadas, item por item.As vistorias bi-anuais são feitas com maior minúcia, e consistem no que é feito na vistoria anual etambém da abertura das máquinas de acionamento, a vapor ou diesel; os equipamentos elétricos deacionamento e auxiliar são desmontados e sua resistência de isolamento, medida; a performance doequipamento é comprovada pela verificação da temperatura do compartimento antes do desembarque dacarga, e os registros de bordo são verificados; os compressores são abertos no cabeçote e inspecionadose as válvulas são verificadas; carter e todos os demais equipamentos, cuidadosamente verificados; é

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verificada a existência dos sobressalentes exigidos.As vistorias quadrienais incluem adicionalmente ensaios gerais do equipamento: ensaio de estanqueidadena rede de refrigeração; de pressão na serpentina de salmoura, com, pelo menos, 6,5Kg/cm2; a partemecânica de compressão e de acionamento, desmontada e verificada.Todos os reparos no equipamento de refrigeração e seus acessórios deverão ser previamente comunica-dos ao BC, e serão acompanhados e aceitos com a aprovação dos peritos.

7.13 - CAPACIDADE DE REFRIGERAÇÃO

A capacidade total das máquinas de refrigeração será tal que possam refrigerar convenientemente, notempo adequado, toda a carga a bordo. O número de unidades será, pelo menos, de duas unidadescompletas. Cada unidade deverá ser capaz de manter a temperatura necessária nos compartimentos decarga, quando operada 24 horas por dia, nas condições piores do clima, e mantendo uma unidadecompleta, parada, para reserva.No caso em que o compartimento refrigerado tem menos do que 400m3 de capacidade poderá ser usadauma única unidade de condensação, acompanhada de um estoque de peças sobressalentes.Todos os componentes do sistema de refrigeração obedecerão às indicações aplicáveis destas Regrasem outros capítulos.

7.14 - VÁLVULA DE DESCOMPRESSÃO

Cada recipiente sob pressão com gás refrigerante liquefeito, e que possa ser isolado do sistema, serásempre protegido por uma válvula de descarga regulada para operar na pressão do projeto.A válvula de descarga poderá aliviar a pressão, primeiramente para a parte de baixa pressão, antes dedescarregar para a atmosfera.No caso de descarga direta para a atmosfera, poderá ser evitada a perda de gás pelo uso de disco deruptura, em série com a válvula de descarga, não podendo a pressão de ruptura do disco, nem o ajusteda válvula de descarga, ser maior do que a pressão do projeto.Cada compressor terá na saída uma válvula de descarga ou um disco de ruptura.Na frente de cada válvula de expansão e solenóide, deverá ser instalado um filtro com tubulações emderivação, para permitir a limpeza, sem interrupção de serviço.Todas as válvulas operadas por motor deverão também ter acionamento manual para emergência.

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SEÇÃO 8

SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO

8.1 - GENERALIDADES

Os princípios básicos abaixo constituem o alicerce das regras para construção, proteção contra incên-dio, detecção e extinção de incêndio.1- Divisão do navio em zonas principais verticais com separações térmica e estrutural;2- Separação térmica e estrutural dos compartimentos habitáveis do resto do navio;3- Uso restrito de materiais combustíveis;4- Detecção de qualquer incêndio em sua zona de origem;5- Contenção e extinção de qualquer incêndio no compartimento de origem;6- Proteção dos meios de escape ao de acesso para o combate a incêndio;7- Pronta disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio; e8- Minimização da possibilidade de ignição de vapores inflamáveis provenientes da carga;

Todo navio deverá ter bombas de incêndio, redes de incêndio, tomadas de incêndio e mangueiras obede-cendo no que couber as exigências desta regra.

8.2 - BOMBAS DE INCÊNDIO

8.2.1 - NÚMERO DE BOMBAS

Deverá haver pelo menos duas bombas de incêndio que disponham de unidades de força independentes,sendo cada uma capaz de fornecer os dois jatos de água exigidos em 8.3.1. Estas bombas de incêndiodeverão ser capazes de alimentar a rede principal de incêndio com valor máximo de pressão tal que nãoexceda o valor da pressão para o qual o controle efetivo da mangueira de incêndio possa ser demonstrado.

8.2.2 - TIPO DE BOMBAS

As bombas de incêndio deverão ter acionamento independente. As bombas sanitárias, de lastro, deesgoto ou de serviços gerais, poderão ser aceitas como bombas de incêndio, desde que não sejamnormalmente usadas para bombeamento de óleo e, se ocasionalmente usadas para transferência debombeamento de óleo combustível, os arranjos deverão permitir a sua desconexão da rede de óleo apósa manobra.

8.2.3 - CAPACIDADE TOTAL DAS BOMBAS

As bombas de incêndio exigidas, com exceção da bomba de emergência (se existente), deverão sercapazes de fornecer uma quantidade de água para combate a incêndio, na pressão estabelecida, nãoinferior a 4/3 da quantidade exigida para cada bomba de esgoto indiferente. Quando empregada nobombeamento de esgoto, entretanto, a capacidade total das bombas de incêndio não necessita exceder180 toneladas por hora.

8.2.4 - CAPACIDADE INDIVIDUAL DAS BOMBAS

Cada bomba de incêndio (exceto bomba de emergência), deverá ter uma capacidade não inferior a 80%da capacidade total exigida dividida pelo número exigido de bombas e em qualquer situação, deverá sercapaz de fornecer, pelo menos os dois jatos d�água requeridos. Estas bombas de incêndio, deverão sercapazes de suprir a rede principal de incêndio sob condições estabelecidas. Quando forem instaladasmais bombas do que o requerido, suas capacidades serão objeto de consideração especial.

TOMO III - SISTEMAS DE COMBATE AINCÊNDIO ................................................................. SEÇÃO 8

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8.2.5 - VÁLVULAS DE ESCAPE

Em conexão com todas as bombas de incêndio, deverão ser providas válvulas de escape, desde que hajapossibilidade que a pressão desenvolvida pelas bombas exceda a pressão de projeto das canalizaçõesde serviço de água, das tomadas e das mangueiras. Estas válvulas deverão ser colocadas e ajustadasde maneira que evitem pressão excessiva em qualquer parte da rede principal de incêndio.

8.3 - TOMADAS DE INCÊNDIO E MANGUEIRAS

8.3.1 - NÚMERO E POSIÇÃO DAS TOMADAS DE INCÊNDIO

O número e posição das tomadas de incêndio em compartimentos habitáveis, de serviço e de máquinasdeverão ser tais que pelo menos dois jatos d�água não oriundas da mesma tomada, um dos quais deveser proveniente de um único comprimento de mangueira, atinjam qualquer parte da embarcação deacesso normal aos passageiros ou a tripulação enquanto a embarcação estiver navegando. Além disso,os arranjos devem ser tais que, pelo menos dois jatos d�água atinjam qualquer compartimento de carga,quando vazio.

8.3.2 - NÚMERO DE MANGUEIRAS

Uma para cada 30m de comprimento da embarcação com união e bocais e um sobressalente, mas emnenhum caso menos que um total de 5. Este número não inclui mangueiras exigidas para a praça demáquinas ou de caldeiras.

8.4 - EXTINTORES PORTÁTEIS

8.4.1 - TIPO E CAPACIDADE

Todos os extintores de incêndio portáteis deverão ser de um tipo e projeto aprovados e adequados ao usoa que se destinam. A capacidade dos extintores com fluido não deverá ser superior a 13,5 litros neminferior a 9 litros. Os extintores de outra natureza não deverão ter capacidade superior à de extintorescom fluido de 13,5 litro e portabilidade equivalente, nem capacidade de extinção inferior a de equivalentesextintores com fluido de 9 litros.

8.4.2 - SUBSTÂNCIA EXTINTORA

Não deverão ser usados extintores de incêndio que contenham uma substância extintora, que quandoarmazenada ou quando em uso, desprenda gases nocivos à saúde. Para utilização nas estações-rádioe nos quadros elétricos, extintores de tetracloreto de carbono ou de substâncias semelhantes, comcapacidade máxima de 1,1 litros, poderão ser permitidos, desde que tais extintores constituam excessoem relação aos outros requisitos.

8.4.3 - LOCALIZAÇÃO

Deverão ser providos nos compartimentos habitáveis e de serviço extintores, portáteis, cujo número nãodeverá ser inferior a 5. Um dos extintores portáteis destinados ao uso em qualquer dos compartimentosdeverá ser instalado junto à entrada dos mesmos.

8.5 - ESPUMA

Um sistema fixo de espuma para combate a incêndio deverá ser capaz de descarregar um quantidade deespuma suficiente para cobrir com uma quantidade de 15cm a maior área sobre o qual o óleo possaespalhar-se. Tal sistema deverá ser controlado de uma posição ou de posições, fora do compartimento aser protegido, facilmente acessíveis, que não sejam prontamente isoladas pelo irrompimento do incêndio.

8.6 - EXTINTORES PORTÁTEIS

Deverá haver pelo menos dois extintores portáteis descarregando espuma ou outra substância adequadaà extinção de incêndios de óleo em cada local de queima, em cada praça de caldeiras e em cada

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compartimento em que estiver situada uma parte de instalação de óleo combustível. Além disso, deveráhaver pelo menos um extintor do mesmo tipo com uma capacidade de 9 litros para cada maçarico dequeima, não sendo necessário que a capacidade total deste extintor ou extintores adicionais exceda 45litros para qualquer praça de caldeiras.

REQUISITOS ADICIONAIS PARA EMBARCAÇÕES DESTINADASAO TRANSPORTE DE PETRÓLEO E DERIVADOS À GRANEL

8.7 - SISTEMAS FIXOS DE COMBATE A INCÊNDIO

8.7.1 - PRAÇA DE BOMBAS DE CARGA

As praças de bombas de carga deverão ser dotadas de um sistema fixo de combate a incêndio contro-lado do convés.

8.7.2 - ARRANJO DOS SISTEMAS

Quando um sistema de abafamento do tanque for instalado, deverão ser previstos arranjos que impeçamos gases de entrar em compartimentos secos. Quando se transportar eventualmente carga mista, asredes de carga deverão ser dotadas de válvulas de retenção e de interceptação, a fim de evitar contami-nação de carga de um tanque para outro.

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SEÇÃO 9

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

9.1 - GENERALIDADES

Nesta seção trataremos das regras a serem seguidas na construção e na instalação dos equipamentosusados nos navios, e que não se destinam à propulsão dos mesmos.Os equipamentos elétricos só poderão ser construídos e instalados depois de inspecionados e aprova-dos pelo BC. Para isto, os planos dos equipamentos e das instalações deverão ser submetidos à apro-vação prévia, devendo ser enviados ao BC em 3 vias, contendo os seguintes ítens:a) Plano geral da instalação de Balanço de Carga;b) Esquemas dos quadros de distribuição (principal e de emergência), indicando o material das barras

do quadro, e dados dos Sistemas de Proteção e Controle;c) Unifilares dos circuitos (principais e de emergência), devendo constar nesses esquemas as correntes

máximas, os isolamentos empregados, quedas de tensão, tipos de dielétricos, etc.d) Planos dos grupos geradores, contendo as seguintes indicações: fabricante, tipo e características de

corrente, material empregado, detalhe dos eixos, tipos de rotores e estatores, velocidades e pesosdas partes móveis, e o plano de ligações.

Qualquer modificação ou aplicação de uma instalação já aprovada pelo BC, só poderá ser feita, tempo-rária e definitivamente, depois de nova inspeção, devendo os novos planos serem submetidos à aprova-ção do BC. Para embarcações pequenas, usando baixas tensões (60V, CC e 30V, CA), as especificaçõesdesta Seção não se aplicam integralmente.

9.2 - SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Os sistemas de distribuição a serem empregados são:

9.2.1 - Tensão Constante, em Paralelo

9.2.1.1 - Corrente Contínuaa) com um único condutor, fazendo-se o retorno pelo casco do navio. (Tensões máximas: Força - 500V;

iluminação e aquecimento - 250V).b) com dois condutores (Tensões máximas: Força 500V; iluminação e aquecimento - 250V).c) com três condutores, ligando-se o neutro à terra (Tensões máximas: força -500V; iluminação e aque-

cimento 250V).

9.2.1.2 - Corrente Alternadaa) com dois condutores, monofásica (Tensões máximas: Força 250V; aquecimento 250V).b) com três condutores, trifásica (Tensões máximas: Força 500V; cozinha 500V; aquecedores 500V;

iluminação 150V).c) com quatro condutores, trifásica (Tensões máximas: Força 500V; iluminação 250V).

9.2.2 - Corrente constante, em série: usado somente para corrente contínua (Tensão máxima - Força500V). Em navios petroleiros, ou outros navios que transportem comumente líquidos inflamáveis, nãodevem ser usados sistemas de distribuição com retorno pelo casco.

9.3 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Todos os equipamentos elétricos deverão ser instalados em locais protegidos contra choques mecâni-cos, alagamentos e umidade excessiva. Por outro lado, devem ser instalados longe de depósitos de

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inflamáveis e compartimentos suficientemente ventilados, onde não possa haver acúmulo de gases,vapores inflamáveis e poeira. Quando não for possível instalar os equipamentos elétricos em local queseria desejável, longe de materiais inflamáveis, deverão ser guardadas, no mínimo, as seguintes distân-cias: 0,30 metros na horizontal e 1,20 metros na vertical.Quando se tratar de motores, nem sempre será possível satisfazer cabalmente às condições do itemanterior. Neste caso, o BC poderá, após exame minucioso da questão, autorizar a instalação, desde queesta permita uma margem de segurança satisfatória.Os equipamentos elétricos devem ser instalados em locais que permitam fácil acesso às partes quenecessitam de inspeções, ajustagens ou substituições freqüentes.Os equipamentos de tensão igual ou superior a 220V, CC., ou a 120V, CA., deverão ter todas as suaspartes energizadas protegidas para evitar contatos acidentais.Quando se tratar de máquinas elétricas que, necessariamente, terão de ser instaladas em locais nãoprotegidos, elas deverão ser de um dos seguintes tipos:· Máquinas semi-fechadas - São aquelas que têm as ventilações protegidas por telas de arame, ou

material semelhante, cujas malhas não excedam 1/2 polegada quadrada.· Máquinas fechadas - São aquelas construídas com as carcaças totalmente fechadas, não permitin-

do circulação de ar entre o exterior e o interior, mas não sendo estanques ao ar.· Máquinas à prova d�água - São aquelas que podem sofrer um jato de água, incidindo diretamente

sobre elas, provenientemente de uma mangueira de 1", numa pressão de 1.05 Kg/cm2, numa distân-cia de 3.0 m, durante 15 minutos, sem permitir que entre água no seu interior.

· Máquinas submersíveis - São aquelas construídas de tal forma que permita uma imersão por 15minutos, sob uma pressão de 3 pés de água, sem que entre água no seu interior.

· Máquinas à prova de respingos - São aquelas construídas de tal modo que, tomando uma inclina-ção de 15 graus para qualquer direção, não permitem a entrada de respingos de água que caiamverticalmente.

· Máquinas auto-ventiladas - São aquelas com ventilação em circuito fechado, sem comunicaçãocom o meio ambiente.

· Máquinas à prova de explosão - São aquelas construídas de tal maneira que suas carcaçasimpeçam a transmissão de chamas, decorrentes de explosões de gases no seu interior, a qualquergás que se encontre acumulado no exterior da carcaça.

Todos os motores e geradores elétricos deverão, sempre que possível, ser instalados com os eixos nosentido longitudinal do navio e deverão funcionar normalmente, com lubrificação adequada, mesmo queo navio adquira uma banda permanente de 15 graus ou um trim de 5 graus, AV ou AR, ou, ainda, quandoo balanço do navio atinja 22o 30', para cada bordo.Os mancais devem ser projetados de tal forma que não derramem óleo, quando o balanço atingir 30graus. Os geradores de emergência deverão funcionar, normalmente, mesmo estando com uma bandapermanente de 22o30'. As partes móveis dos motores e geradores deverão ser balanceadas, a fim deque, em qualquer velocidade, não apresentem vibrações anormais.

9.4 - CONDUTORES E CABOS

9.4.1 - Definições

As definições que se seguem se aplicam aos termos usados nas especificações de fios e cabos empre-gados como condutores elétricos.- Fio : É um corpo de metal estirado, usualmente de forma cilíndrica e de seção circular ou setorial.- Condutor : É um fio, ou conjunção de fios não isolados entre si, destinado a conduzir corrente

elétrica.- Fio nú : É um fio sem revestimento de qualquer natureza.- Fio isolado : É um fio revestido de material isolante, geralmente protegido por uma capa.- Cabo : a) É um condutor formado por um grupo de fios, ou por um conjunto de grupos de fios, não

isolados entre si; b) É um conjunto de condutores isolados entre si.- Cabo nú : É um cabo sem revestimento de qualquer natureza.- Isolamento (de fio ou cabo): É o material aplicado ao redor dos fios ou cabos, e destinado a isolá-

los eletricamente, entre si, ou da terra.- Fio isolado componente: É um dos fios isolados que formam um cabo múltiplo.- Cabo componente: É cada um dos cabos isolados que formam cabo múltiplo.- Parede isolante: É o isolamento de cada um dos �fios isolados componentes�, ou �cabos compo-

nentes� de um cabo múltiplo.

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- Cinta isolante: É o isolamento que, envolvendo todos os �fios isolados componentes�, ou �caboscomponentes� de um cabo múltiplo, os separa elétricamente da terra ou de outros corpos estranhos.

- Enchimento: É o material usado em cabos múltiplos para preencher os espaços entre os fios isola-dos e cabos componentes, de modo a construir um conjunto de forma desejada.

- Capa: É o invólucro protetor aplicado sobre isolamento dos fios ou cabos. Pode ser de chumbo,borracha, tecido, etc.

- Armação: É uma proteção suplementar aplicada a certos cabos isolados, constituída de fios nãoisolados entre si, que entra na composição de um cabo.

- Seção transversal de um fio: É a área da seção normal ao eixo do fio.- Seção transversal de um cabo nú e de um cabo singelo: É a soma das seções transversais dos

fios componentes do cabo.- Seção transversal de um cabo múltiplo: É a seção transversal de cada cabo componente.

9.5 - DEFINIÇÕES SOBRE A INSTALAÇÃO

- O isolamento das emendas e junções dos condutores isolados com papel impregnado será feito comfita de cambraia, sem o emprego de fita isolante adesiva.

- Nas soldas empregadas nas emendas ou junções, não poderão ser usadas substâncias fundentesque sejam, pelos seus constituintes, corrosivas ou ácidas.

- Os cabos para transporte de corrente contínua devem ser instalados de modo que os campos mag-néticos se anulem. Assim, o par de condutores - positivo e negativo - deve ser instalado mantendo-osjuntos (um condutor adjacente ao outro), a fim de se eliminar os efeitos de um campo magnéticoincompensado, a bordo.

- Cada condutor singelo de um circuito de CA deve estar tão próximo do outro quanto possível. Oscondutores de 3 fases devem estar próximos uns dos outros, sem entreferro.

- Usualmente, os cabos armados ou com revestimentos de chumbo devem ser ligados à terra e fazerbom contato com as caixas de junção, às quais são conectados, tanto por solda como por braçadei-ras aparafusadas à armação.

- Os cabos armados de um só condutor para CA devem ser isolados de terra ao longo de seu compri-mento, sendo seu revestimento armado ligado à terra somente no meio.

- Os cabos não devem ter emendas entre caixas de junção. As junções de cabos devem ser feitas nascaixas de junção.

- Os cabos, armados ou não, instalados em locais onde fiquem muito sujeitos a avarias mecânicas,tais como porões, paióis, locais de passagem de carga etc., devem ser protegidos por eletrodutosmetálicos.

- A bordo, é sempre preferível o emprego de cabos armados, ao invés de cabos não armados, protegi-dos por eletrodutos metálicos.

- Quando são usados cabos elétricos protegidos por eletrodutos metálicos, os eletrodutos devem sereletricamente contínuos e ligados ao casco, devendo ter a superfície interna lisa, sem arestas quepossam causar avarias nos cabos. As seções do eletroduto e suas curvaturas devem ser tais quepermitam uma fácil colocação e remoção dos cabos.

- O raio de curvatura máximo que cada eletroduto pode apresentar deverá ser maior que o menor raio decurvatura permitido para o cabo que nele vai ser colocado (7 vezes o diâmetro do cabo).

9.6 - BITOLA PADRÃO DOS CONDUTORES

Para os fins de inspeção e aprovação pelo BC, os condutores empregados nos circuitos elétricos serão,para os casos normais, os constantes da Tabela 9.1, (correspondente aos da bitola padrão AWG -American Wire Gauge). As tabelas AWG estão no final desta Seção.Os condutores serão, assim, identificados pelo número da bitola padrão AWG, ou pela sua seção trans-versal. Para os casos em que forem empregados condutores especiais, não constantes da Tabela 9.1,deve-se identificá-los por seus números. Esses diâmetros deverão ser dados em milímetros, de acordocom a chave abaixo:

a) D > 0,025mm aproximado a centésimosb) D < 0,025mm aproximado a milésimos onde: D = diâmetroNota: A aproximação se fará para o 0,01mm e 0,001mm, para os valores iguais ou superiores a 0,005e 0,0005mm, respectivamente para, os casos (a) e (b). Nesses casos, o BC aceitará as tolerâncias de1% e de 0,002mm para mais ou menos, para os diâmetros iguais ou superiores a 0,25 mm e até 0,25mm, respectivamente.

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Para os condutores estanhados, as tolerâncias nos diâmetros medidos depois da estanhagem serão osseguintes:

D Para Mais Para Menos

até 0.25 mm (exclusive) 0.007 mm 0.002 mm

0.25 e maiores 3 % 1 %

Quando o isolamento que recobre o fio é de borracha vulcanizada ou sintética, ou de outro materialisolante contendo Sulfatos, o fio de cobre deve ser estanhado para evitar a corrosão do fio.Considera-se como diâmetro do condutor em um determinado ponto a média de duas medidas tomadasnesse ponto, segundo duas direções que formem, entre si, um ângulo de 90 graus.O condutor, quanto à sua constituição, poderá ser de um fio único ou não, isto é, pode ser tambémformado pelo encordoamento de um certo número de fios componentes.Como regra geral, emprega-se o fio único para o condutor de seção transversal até 1 mm2; para oscondutores de seção transversal igual ou maior que 2 mm2, empregam-se vários fios encordoados.Quanto ao formato, os condutores poderão ser de seção circular ou setorial. Normalmente, nos cabosmúltiplos empregam-se condutores circulares para seções inferiores à de no. 2 AWG (33,63mm2) econdutores setoriais para seções maiores.De qualquer maneira, a seção transversal deverá ter uma forma tal que não possa causar avarias noisolamento.As tabelas 9.2, 9.3 e 9.5 dão os valores máximos de correntes que podem circular nos condutores,segundo as suas seções transversais expressas na escala AWG.A capacidade de um condutor deve ser sempre superior à corrente máxima que possa circular nocircuito de que faz parte.Neste texto, subentende-se capacidade de um condutor como a capacidade nominal corrigida do condu-tor. Capacidade nominal corrigida é aquela dada pelas Tabelas 9.2 e 9.3, corrigidas para a temperaturaambiente (fator de correção dado pelas próprias tabelas).

9.7 - FATOR DE SERVIÇO

O fator de serviço é definido com sendo um fator a ser aplicado à potência nominal, para indicar a cargapermissível que pode ser aplicada continuamente, sob condições específicas. Como tal é impossívelespecificar aqui valores para �fatores de serviço� para todos os circuitos. Via de regra, o BC não exige aaplicação do fator de serviço para os �sub-ramais�, fazendo-o, todavia, para os motores elétricos, deacordo com a Tabela 9.6.O BC se reserva no direito de aprovar circuitos em cujos cálculos tenham sido empregados fatores deserviço, desde que lhe sejam fornecidos todos os elementos justificativos dos cálculos.Para cada circuito elétrico deve ser considerada, como corrente máxima, a maior corrente que possacircular nos condutores, atendendo à capacidade dos aparelhos de proteção neles instalados.Os condutores deverão ser selecionados de modo que sua seção transversal corresponda a uma quedade tensão máxima de 5%, entre as barras coletoras dos quadros e um ponto qualquer da instalação,circulando por eles a corrente máxima, em condições normais (Circuitos de força e iluminação). Quandose tratar de circuitos de rádio, a queda de tensão máxima permitida será de 1 volt, mais 1% da tensãonas �barras coletoras�, quando os condutores forem principais e a corrente que por eles circule alimente,também, as baterias.Quando se determina um condutor independente para carga de baterias de rádio, a queda de tensãomáxima admissível será de 1 volt, mais 1% da tensão nas �barras coletoras�.Para os circuitos de iluminação, deve ser considerado que cada ponto de luz absorve uma correnteequivalente à máxima carga que pode ser conectada, sendo a carga mínima admitida, de 60 watts; destaforma, para lâmpadas especificamente menores que 60 watts, poder-se-á escolher o condutor corres-pondente à sua carga.Não se enquadram no que está dito nesse item os circuitos de iluminação de cornijas, painéis e delâmpadas piloto.Os condutores que alimentam os motores de tração, tais como guinchos e guindastes, deverão serescolhidos considerando-se os serviços a serem prestados, admitindo-se períodos de trabalho de 30minutos- atendendo à queda de tensão- baseando-se na potência de freio do motor. Se os períodos de

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funcionamento forem previstos como maiores, diante da potência do freio, condutores adequados deve-rão ser calculados. Para os cabrestantes e molinetes admite-se um período de trabalho de uma hora, nomínimo, sempre levando-se em conta a queda de tensão.O �fator serviço� poderá ser aplicado no cálculo da seção dos condutores que alimentem grupos deguindastes ou guinchos, considerando-se o serviço a ser executado pelos motores.A corrente máxima que circulará em um circuito com grupos de motores de guindastes ou guinchos, écalculada como se segue:- 2 motores a) De mesma capacidade: It = 0,65 (I A+ I B )

b) De capacidade diferente: ( I A > I B ) I t = I A+ 0,30 IB

- 3 motores a) De mesma capacidade: I t = 0,5 (I A + IB + IC )b) De capacidade diferente: (I A > I B; IA > IC )

I t = I A + 0,25 ( IB + I C )- 4 motores a) De mesma capacidade: I t = 0,4 (I A+ IB + IC + ID )

b) De capacidade diferente: (I Amaior corrente) I t = IA + 0,2 (I B + I C+ I D )

- 5 motores a) De mesma capacidade: I t = 0,36 (I A + IB + I C + I D + IE )b) De capacidade diferente: (I A maior corrente) I t = IA + 0,2 (I B + I C + ID + I E )

Os condutores escolhidos deverão ter uma capacidade compatível com a condição permanente da cor-rente calculada, com aplicação do fator de serviço, corrente essa �consumida� por todos os motores, aplena carga.Se os condutores que alimentam os motores de guinchos e guindastes fornecem alimentação paraoutros serviços, a corrente considerada para os cálculos desses condutores será a resultante dasuperposição das cargas.Quando se tratar de geradores a serem acoplados em paralelo, o BC, para garantir uma divisão propor-cional de cargas, nos casos de potências diferentes e afastamentos diferentes dos quadros de distribui-ção, exige condutores que resultem na mesma queda de tensão, a plena carga.Para os circuitos que não sejam os de motores com proteção para sobrecarga, o BC exigirá condutorescuja capacidade seja, no mínimo, igual à dos elementos de proteção do circuito (fusíveis, disjuntores,etc.). Essa norma se aplica também às reduções de seção do condutor (em ramificações do circuito, porexemplo) e, nesses casos, essas ramificações serão protegidas por fusíveis ou automáticos de capaci-dade adequada, a não ser quando a corrente ajustada para o elemento de proteção do elemento maiornão exceda a capacidade do condutor menor.

9.8 - MARCAÇÃO DE CABOS

O BC exige que todos os cabos múltiplos tenham uma marcação adequada em seus extremos paradistinguí-los dos cabos singelos. Além disso, os cabos múltiplos deverão ter os vários condutores mar-cados de acordo com a Tabela 9.7.

9.9 - ESCOLHA DO CONDUTOR

Trata-se de determinar a seção adequada do condutor, de acordo com a corrente que vai circular, dadeterminação das vantagens de usar cabo singelo ou múltiplo, um cabo somente ou vários em parale-lo, do isolamento a ser utilizado, da determinação da queda de tensão etc.Pelo cabo escolhido deverá poder circular continuamente a corrente nominal, sem aquecimento ex-cessivo.O calor existente em um cabo elétrico isolado deve-se às perdas no condutor, às perdas dielétricas e àsperdas provenientes das correntes de Foucault e correntes induzidas.O cabo elétrico sendo percorrido por uma corrente terá sua temperatura elevada, até que esta se estabi-liza num valor para o qual o calor dissipado é igual ao calor gerado.Do que foi dito, concluiu-se que a maior corrente que pode percorrer um condutor depende da tempera-tura máxima que o condutor pode atingir sem que seja afetado seu isolamento.É necessário determinar o valor da corrente nominal a circular e, para isto, é preciso conhecer a potêncianominal de cada motor, dos demais aparelhos do circuito, da iluminação, etc., sendo necessário deixaruma margem para futuros aumentos de carga, devido a modificações introduzidas posteriormente, asquais, todavia, só poderão ser feitas depois de submetidas a inspeção e aprovação do BC.

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9.10 - CORRENTE ADMISSÍVEL EM REGIME PERMANENTE

As tabelas 9.2 e 9.3 nos dão, para os fios das bitolas padrão AWG, as correntes admissíveis em regimepermanente (corrente nominal do fio), para uma temperatura ambiente de 30oC. (86o F).Todavia, estes valores de corrente deverão ser corrigidos para a mais alta temperatura dos locais poronde passará o condutor.As próprias tabelas 9.2 e 9.3 dão os fatores de correção para a temperatura ambiente. Para os cabosmulti-condutores, empregam-se ainda os seguintes fatores de correção:Cabos com dois condutores ....... 0,8 e Cabos com 3 ou 4 condutores ...... 0,7Quando for necessário fazer um agrupamento de cabos, correndo um ao lado do outro, mais um fator decorreção deve ser aplicado ao valor de corrente retirado da tabela 9.2 ou 9.3; este será retirado da tabela 9.8.

9.11 - CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

É a corrente cuja duração é inferior a um segundo e que é produzida por um defeito numa parte qualquerda instalação. Os cabos elétricos devem ser capazes de suportar a mesma corrente de curto circuitoque os demais equipamentos da instalação.Em geral, os cabos elétricos são capazes de suportar correntes de curto-circuito elevadas sem inconve-nientes sérios. A corrente de curto-circuito que pode circular num cabo é limitada pela temperaturamáxima que este cabo pode suportar.Em geral, pode-se admitir uma temperatura máxima de 120oC nos condutores e de 100o C nas capas dechumbo dos mesmos.

9.12 - CAPAS E ISOLAMENTOS DOS CONDUTORES E CABOS

Exceto para os cabos previstos claramente nestas regras, o BC exige que todos os condutores tenhamisolamento adequado para tensões de serviço de 600 Volts.Conforme as condições de emprego e a natureza do material isolante, o isolamento dos condutoresdeverá ter uma ou várias coberturas protetoras contra a umidade, o calor, corrosão e contra avariasmecânicas.De uma maneira geral, os materiais isolantes deverão ter uma condutibilidade tão baixa que o fluxo decorrente através dele possa ser desprezado (corrente de fuga). O valor da corrente de fuga, como regraampla, determina o material que pode ser empregado como isolante.Os materiais isolantes são classificados, para efeitos práticos, como segue:

CLASSES DE MATERIAIS ISOLANTES

CLASSE MATERIAL TEMP. MÁX.DE TRABALHO

0 Algodão, seda, papel e materiais orgânicos similares impregnadose imersos em dielétrico líquido 90 oC

A Algodão, seda, papel e materiais orgânicos similares, impregnados ouimersos em dielétricos líquidos; materiais moldados ou laminados.Com �celulose filler�, resina fenólica e outras resinas de propriedades similares vernizes esmaltados quando aplicados aos condutores. 5 oC

B Mica, amianto, lã de vidro e outros materiais inorgânicos similares,compostos com materiais de ligação. Uma pequena proporção dematerial de classe A poderá entrar na composição para finsestruturais, somente. 30 oC

H Os mesmos materiais de classe B, com substâncias de ligaçãocompostas de produtos de silicone ou materiais com produtoscompostos de silicone ou ainda materiais com propriedades equivalentes;composto de silicone sob a forma de borracha ou resina ou materiaiscom propriedades equivalentes. Podem ter, para fins estruturais, somente,pequeníssima proporção de materiais da classe A durante a fabricação,se forem essênciais. 80 oC

C Mica, Porcelana, Vidro, Quartzo e materiais inorgânicos similares.

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Seja qual for o isolamento empregado, ele deverá ser aplicado concentricamente sobre o condutor, aoqual deverá ficar perfeitamente justa posto; deverá apresentar superfície exterior lisa, cilíndrica, isenta delesões, fendas, falhas e outros defeitos.A resistência de isolamento deverá ser sempre dada em megohms/km e nunca deverá ser menor ouigual a 1 megohm/km. Para a seleção, de um isolamento, além de atender ao limite de elevação detemperatura (tabela IX), o BC exige que o material satisfaça, basicamente, às propriedades que seseguem.

9.12.1 - Mecânicas: tração, compressão, cisalhamento, choque mecânico, porosidade, absorção deumidade, dureza, fragilidade, manuseabilidade, efeitos de expansão e de contração.

9.12.2 - Elétricas: resistência do isolamento, rigidez dielétrica, resistência ao impulso, perda de potên-cia, resistência ao arco.

9.12.3 - Químicas: estabilidade, resistência aos ácidos, álcalis, óleos, luz solar, e umidade; ponto defulgor e de inflamação, combustibilidade.

9.12.4 - Térmicas: resistência térmica, calor específico, amolecimento, temperatura de fusão e viscosi-dade.

9.13 - APLICAÇÃO DE CABOS

9.13.1 - Cabos com Isolamento de Algodão Envernizado ou de Algodão de Amianto Envernizado - Oscabos feitos com isolamento de algodão envernizado ou de algodão de amianto envernizado, podem serusados por todo navio e devem ser empregados em todos os compartimentos cujas temperaturas ambi-entes excedem 50oC. Onde for usado isolamento de algodão envernizado, a bitola do fio não deve serinferior à do número 12 AWG. Isto torna necessário o uso do fio número 12 AWG nos sub-ramais, em vezdo número 14 AWG. No caso de algodão de amianto envernizado, poderá ser empregado fio número 14AWG nos sub-ramais. Os cabos feitos com isolamento de algodão de amianto envernizado são conhe-cidos normalmente como cabos à prova de calor e chama, e são mais próprios para instalação emlugares de alta temperatura, ou para circuitos em espaços onde a elevada resistência do cabo ao fogo ouao superaquecimento poderá reduzir o perigo de acidentes e de danificações.

9.13.2 - Fios e Cabos de Comunicação Interior - Para os circuitos de campainhas de chamada de 25volts ou menos, nas acomodações dos passageiros e da tripulação, poderá ser usado um fio de campa-inha de condutor simples, se for devidamente instalado em duto ou calha. Nos aparatos de comunicaçãointerior, operando em potenciais que excedem 300 volts, tais como alarmes de incêndio, telégrafos,telemotores, circuitos de sinalização, circuitos de controle, etc, que requerem dois ou mais fios, o cabode comunicação interior deve ser blindado com um revestimento de chumbo, ou blindado de acordo como descrito nos itens procedentes, exceto os cabos de condutores duplos de iluminação e força quepodem ser substituídos por cabos de condutor duplo de comunicação interior.Os telefones e sistemas de telefones, com exceção daqueles instalados para a conveniência dos passa-geiros, e não essenciais para a operação do navio, deverão ter cabos blindados ou com revestimento dechumbo, como descrito acima.

9.13.3 - Condutores de Aparelhos Portáteisa) Revestidos de borracha - os condutores de aparelhos portáteis, ferramentas portáteis, à prova d�água

ou não, luzes de sinalização e todos os aparelhos portáteis ou semi-portáteis que estiverem fora dasacomodações de pessoal, deverão ser revestidos de borracha.

b) Blindados - cabos blindados poderão ser usados nas aplicações acima e devem ser empregadosquando o cabo ficar continuamente em contato com óleo.

c) Trançados - os cabos de equipamentos portáteis ou semi-portáteis de posição fixa, tais como luzesde mesa usadas nas acomodações de pessoal, deverão ter três condutores trançados. Os cabos deferro de engomar, ou de outras cargas resistivas, destinados ao uso de passageiros, poderão ser dedois condutores trançados.

9.13.4 - Cabo com Isolamento Mineral, Revestido de Metal

Pode ser usado em qualquer serviço até 600 volts. O cabo com isolamento mineral, revestido de metal,

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poderá ser usado em circuitos principais, alimentadores, em ramais, em trabalhos tanto expostos comembutidos, em lugares secos ou úmidos.Poderá ser usado onde estiver exposto ao tempo ou à umidade contínua, exposto ao óleo, à gasolina ououtras condições que não tenham um efeito de deterioração no revestimento de metal. O revestimento docabo de isolamento mineral, revestido de metal, exposto a condições destruidoras, deve ser protegidopor materiais apropriados para estas condições.

9.14 - INSTALAÇÃO DOS CONDUTORES E CABOS

É impossível fazer neste texto referências a todos os tipos de aplicações de condutores, pois a variedadeé muito grande. O que será dito neste item aplicar-se-á, de uma maneira ampla, a todos os casos emque são instalados condutores, especificando-se ou ressalvando-se os casos especiais. As aqui menci-onadas regras diferem das que são utilizadas em instalações de terra.A instalação dos cabos deve ser a mais retilínea e acessível possível, evitando-se: Calor excessivo ougases; Óleo, condensações e projeção de água, possibilidade de alagamento; Avarias decorrentes dechoque por carga ou armamento; Porões e tanques; Excessivo cruzamento de cabos; e Possibilidade deformação de ninhos de ratos.Quando os cabos devem atravessar anteparas ou conveses estanques, o BC exige que isto se façaatravés de buchas (prensa-cabos) estanques. Quando atravessam obstáculos não estanques, é exigidaapenas uma bucha para protegê-los dos extremos afiados (Se a chapa tiver uma espessura maior que 1/", um orifício de passagem arrendondado será satisfatório). Quando os cabos atravessam conveses,estanques ou não, devem fazê-lo dentro de �tubos de passagem�. Esses tubos deverão ter 25cm decomprimento, convés abaixo, e 45 cm, convés acima. Isto para proteger os cabos de avarias mecânicasou de água acumulada nos conveses.Os cabos se tiverem que correr ao longo das anteparas, deverão fazê-lo afastados delas, suportados porcalhas suportes ou braçadeiras, a fim de evitar acúmulo de poeira, sujeira ou umidade. Isto tambémfacilitará inspeções, limpeza e pintura dos cabos, bem como proporcionará melhor manuseio dos cabos.As calhas suportes ou braçadeiras deverão estar dispostas em intervalos não maiores de 50cm, emboraespecíficas recomendações possam alterar esses intervalos.Os cabos revestidos de chumbo não poderão ser dobrados em curvas com raios menores que 8 vezes oseu diâmetro. O raio de curvatura para as curvas dos cabos sem revestimento de chumbo não poderáser menor que 7 vezes o diâmetro dos cabos.As pontas dos cabos deverão estar seladas para evitar a entrada de umidade durante a instalação.Assim, quando for aberta uma bobina, selada pelo fornecedor, as pontas dos cabos deverão ser protegi-das, pintando-se com um composto apropriado, como vernizes e tinta de asfalto ou material semelhante.As emendas e junções serão executadas de modo a assegurar um perfeito e permanente contato mecâ-nico e elétrico por meio de um conector adequado ou por meio de solda de estanho. O isolamento dasemendas e junções será feito com fita de borracha (condutores isolados com borracha) ou com fita decambraia (todos os tipos de isolamento), de modo a assegurar um isolamento, no mínimo, equivalenteao original dos condutores; esse isolamento será, então, completo e protegido mecanicamente com fitaisolante adesiva.O isolamento das emendas e junções dos condutores isolados com papel impregnado será feito com fitade cambraia, sem o emprego de fita isolante adesiva.Nas soldas empregadas nas emendas ou junções, não poderão ser usadas substâncias fundentes quesejam, pelos seus constituintes, corrosivas ou ácidas.Os cabos para transporte de corrente contínua devem ser instalados de modo que os campos magnéti-cos se anulem. Assim, o par de condutores - positivo e negativo - deve ser instalado junto (um condutoradjacente ao outro), a fim de eliminar os efeitos de um campo magnético incompensado, a bordo.Cada condutor singelo de um circuito de CA deve estar tão próximo do outro quanto possível. Os condu-tores de 3 fases devem estar próximos uns dos outros, sem entreferro.Os eletrodutos devem ser instalados de forma a evitar o acúmulo de água de condensação e, conformea necessidade, pode-se provê-los com orifícios para ventilação e drenagem. Os eletrodutos e as caixasde inspeção devem ser eletricamente contínuos e ligados ao casco. Os eletrodutos não devem contercabos revestidos de chumbo, sem que tenham um outro revestimento de proteção. Quando tiverem queatravessar compartimentos sujeitos a grandes variações de temperatura, os eletrodutos devem ser pro-vidos de juntas de expansão, para que as contrações e dilatações não provoquen avarias.A seção de um eletroduto para cabos elétricos é calculada de acordo com a equação abaixo:

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Es / S = 0,5

Es = somatório das seções transversais dos diversos cabos; eS = seção transversal do eletroduto.

Em um mesmo eletroduto não se deve colocar cabos de sistemas de controle, ou de rádio, junto comcondutores de luz e força.Os cabos de luz e força (de CA ou CC) de sistemas de 600V ou menos, podem ocupar o mesmoeletroduto, desde que os condutores estejam com isolamento igual ao do cabo de maior tensão.Não se colocará em um mesmo conduto metálico cabos armados com outros que não tenham umaproteção igual.Quando se colocam cabos para circuito CA em um eletroduto metálico, estes devem ser colocados noeletroduto de forma a evitar o aquecimento do eletroduto por indução.As conexões dos terminais dos condutores às diversas partes do circuito elétrico devem ser feitas pormeio de conectores de pressão, parafuso de pressão, terminais soldados ou junções flexíveis soldadas,exceto para os condutores número 8 AWG, ou menores, e condutores de fios trançados de número 10AWG, ou menores, que podem ser conectados por meio de braçadeiras ou parafusos.

9.15 - MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS

Máquinas elétricas rotativas devem ser instaladas em locais os mais secos e ventilados possível, ondenão seja possível o acúmulo de gases inflamáveis.Não devem ser instaladas próximas a canalizações de água ou vapor e devem ser protegidas contrarespingos de água e óleo.As máquinas elétricas devem ser igualmente protegidas contra avarias mecânicas.As máquinas elétricas devem estar o mais possível separadas de materiais inflamáveis, devendo haveruma separação mínima de 0,50 metros entre as partes sob tensão e materiais inflamáveis, quando estasmáquinas não forem blindadas.Deve haver, no mínimo, uma separação de 50 cm entre um gerador e os objetos que o circundam, parafacilitar o acesso.Deve haver, também, espaço suficiente para permitir todas as inspeções necessárias durante a opera-ção, a fácil remoção das partes rotativas e demais partes que possam necessitar de reparo.Devem ser tomadas precauções para ficarem protegidas contra contatos acidentais todas as partes sobtensão acima de 250V CC ou 130V CA.Quando se tratar de motor cuja instalação não possa satisfazer às recomendações desta seção, aalternativa escolhida deverá ser submetida à aprovação do BC. Os eixos das máquinas elétricas devem,sempre que possível, ser instalados paralelamente ao plano longitudinal do navio, e as máquinas devempoder funcionar, mesmo com uma banda permanente de 15o , um trim de 5o e um balanço de 22,5o.Os geradores de emergência devem poder funcionar com uma banda permanente de até 22,5o.Todas as máquinas elétricas girantes disporão de meio para assegurar uma eficaz lubrificação daspartes que a requerem, sob quaisquer condições de funcionamento do navio, dentro dos limites deinclinação citados anteriormente.Motores para montagem em convés aberto deverão ser do tipo à prova d�água ou com forro metálico quelhes dê a mesma proteção.Nenhuma máquina motriz de gerador CC ou CA poderá, em hipótese alguma, provocar vibrações nogerador.Todos os geradores deverão ter suas carcaças aterradas e deverão ter eficaz contato elétrico com suasmáquinas motrizes, a não ser que estejam ligadas à terra de uma maneira eficaz. Do mesmo modo, osjazentes dos geradores deverão ser aterrados.A fim de prevenir os efeitos da corrosão, os parafusos, estojos, porcas, pinos e todas as pequenaspartes, onde sérios perigos podem surgir por efeito da corrosão, devem ser feitos com material resistenteà corrosão ou aço suficientemente protegido contra corrosão.Todo o equipamento de importância vital ao navio deve ter duas alimentações distintas, devendo essasserem feitas por cabos distintos, passando por caminhos diferentes, a fim de evitar avarias simultâneasdos cabos de alimentação (dupla alimentação).

9.16 - QUANTIDADE E TAMANHO

Quanto ao número e tamanho dos geradores, cuidadosas considerações devem ser feitas: se a energiaelétrica é o único meio de assegurar o funcionamento de equipamentos vitais do navio, deve haver, no

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mínimo, dois geradores, e a capacidade de cada um deles deve ser tal que seja capaz de, por si só (istoé, com o outro gerador parado), suprir toda a demanda de energia necessária para uma operação eficien-te do navio, tanto no porto como em viagem.A capacidade do gerador deve ser, no mínimo, igual à carga máxima requerida pelo navio em viagem,com todos os equipamentos vitais funcionando.

9.17 - GERADORES DE EMERGÊNCIA

Todos os navios devem possuir um gerador de emergência, acionado por motor diesel, ou um grupo debaterias de emergência, localizadas em compartimentos acima do plano normal de flutuação, para ali-mentar as luzes e sistemas de força de emergência.Motores a gasolina não são recomendados para máquinas acionadoras dos geradores de emergência,bem como não se deve usar óleo combustível com ponto de fulgor esteja abaixo de 65o.Os geradores de emergência ou o grupo de baterias de emergência, devem ter capacidade que ostornem capazes de alimentar todos os circuitos de luz e força de emergência, durante os temposprevistos na Tabela 9.9. Qualquer que seja a fonte de energia elétrica de emergência, deve ter partidaautomática.

9.18 - FUSÍVEL / DISJUNTOR

Os geradores de tensão constante, exceto os alternadores e suas excitatrizes, deverão ser protegidoscontra correntes excessivas, por disjuntores.Os alternadores deverão ser protegidos, de modo que uma sobrecarga excessiva provoque uma quedade tensão suficiente para limitar a corrente e a potência de saída, a valores que não possam prejudicá-losdurante um curto espaço de tempo. O BC determinará a necessidade, ou não, de equipamentos automá-ticos de proteção contra correntes excessivas para os alternadores.De maneira geral, não se deve usar excitatrizes com proteção contra correntes excessivas, de modo anão possibilitar o desligamento do alternador devido a aberturas acidentais dos fusíveis ou disjuntores daexcitatriz.Os geradores de CC, a dois fios, poderão ter proteção contra correntes excessivas num condutor, so-mente se o dispositivo de proteção é atuado pela corrente total gerada, exceto nos campos �shunt� (osdispositivos de proteção não deverão interromper os campos �shunt�, porque se o circuito for aberto como campo com excitação máxima, uma força eletromotriz muito alta pode ser induzida, rompendo oisolamento do enrolamento do campo).Os geradores de CC, a três fios, compound ou de campo shunt, deverão ser equipados com dispositivosde proteção contra correntes excessivas, um de cada condutor de armadura, de modo a serem atuadospela corrente total da armadura.

9.19 - LIGAÇÃO À TERRA

Os geradores que operam com uma tensão nos terminais de 150V ou mais, deverão ter suas carcaçasligadas à terra. Se não forem aterrados, a carcaça deverá estar permanente e eficazmente isolada de terra.

9.20 - LIMITAÇÃO DE VELOCIDADE DE GERADORES

Os geradores de CC, acionados por turbinas, deverão ser protegidos pelos reguladores de velocidadedas turbinas, para que possam ser ligados em paralelo com outros geradores. Esses reguladores develocidade deverão atuar, quando operarem no sentido de parar a turbina, abrindo contatos normalmentefechados, isolando eletricamente os geradores das barras.

9.21 - LIMITAÇÃO DA TEMPERATURA

Todos os geradores elétricos deverão operar dentro dos limites de temperaturas dados nas tabelas 9.10,para geradores de CC, e 9.11, para geradores de CA.

9.22 - REGULADORES DE TENSÃO

Além dos reguladores de velocidade constante, de que devem estar dotadas as máquinas motrizes dosalternadores, estes devem estar equipados com reguladores automáticos de tensão, a fim de manter

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constante a tensão nas barras (o BC aceita uma variação máxima de 2,5%).A regulação de tensão para cada tipo de gerador obedece à seguinte norma:

9.22.1 - Gerador Shunt ou Gerador Shunt Estabilizado - Deve ser projetado de acordo com o regula-dor de velocidade de sua máquina motriz e do seu próprio regulador, de modo que sua regulação permitaum funcionamento na temperatura correspondente, a plena carga, no qual não possa haver uma elevaçãode tensão superior a 8%, quando a carga for gradualmente reduzida de 100% para 20%, e não possahaver também uma queda de tensão superior a 12%, quando a carga for gradualmente aumentada de20% para 100%.Nota: Para o teste, o reostato de campo, para cada condição, deverá ser ajustado para a tensão nominalno início da prova.

9.22.2 - Geradores Compound - Devem ser projetados de acordo com o regulador de velocidade damáquina motriz, composição e regulação do gerador, para que, com o gerador funcionando na tempera-tura a plena carga, e começando com uma carga de 20% para uma tensão dentro de uma tolerância de1% da tensão nominal, possa alcançar a carga máxima com uma tensão que não ultrapasse 1,5% datensão nominal.Além de satisfazer os requisitos já mencionados, a regulação de um gerador de CC, a 3 fios, deve ser talque, quando operando com a corrente nominal, com a tensão nominal, os fios positivo e negativo, e umacorrente no fio neutro de 25% da corrente nominal do gerador, a diferença resultante da tensão entre opositivo e o neutro e entre o negativo e o neutro, não deve ser maior que 2% da tensão nominal, entre opositivo e o negativo.

9.22.3 - Alternadores - Os alternadores serão sempre providos de reguladores automáticos de tensão,exceto os do tipo compound. As características de tensão dos alternadores, considerando a regulaçãode velocidade de suas máquinas motrizes, deverão ser tais que a tolerância máxima de 2,5% da tensãonominal seja admitida para qualquer carga, desde a condição de sem carga até a carga máxima, man-tendo o fator de potência nominal.No caso de ser aplicada bruscamente uma carga de 50%, ou retirar-se também bruscamente 25% dacarga nominal, a variação máxima de tensão permissível, em qualquer dos dois casos, será de 20% datensão nominal, no período máximo de 3 segundos, findos os quais volta a subsistir, para a tensão, atolerância de 2,5% do valor da tensão nominal.

9.22.4 - Operação em Paralelo - Considera-se uma operação em paralelo bem sucedida, aquela emque a carga em qualquer dos geradores não difere de 15%, a mais ou a menos, da carga que lhe ficariaafeta na divisão proporcional de carga total, segundo a capacidade de cada um dos geradores, na faixade 20 a 102% da carga total.Para a verificação de funcionamento normal em paralelo, deve ser observado o seguinte:a) Os geradores devem estar na temperatura normal de operação;b) A velocidade dos geradores deve ser constante, ou levemente decrescente com o aumento da carga;c) O ponto de partida para o teste deve ser 75% da carga total, com cada gerador funcionando com a

carga que lhe corresponder na divisão proporcional de carga;d) Para os geradores compound, as quedas de tensão, para uma carga total normal através dos circuitos

de campo série de todos os geradores (incluindo o campo e os cabos para a barra principal), devemser igualadas, pela inserção de resistência, se necessário.

No caso de instalação onde a carga não flutua apreciavelmente, geradores shunt sem reguladores detensão ou geradores shunt estabilizados, podem ser usados no lugar de geradores compound.No caso de instalações onde a carga pode flutuar apreciavelmente, geradores shunt com reguladores detensão, ou geradores compound, devem ser usados para manter a tensão constante.A menos que se especifique de outro modo, todos os geradores de CC, a 3 fios, devem ser projetadospara 25% de flutuação.

9.22.5 - Excitatrizes - As excitatrizes dos geradores de corrente alternada deverão ser fabricadas demodo a que atendam às diversas condições de excitação exigidas pelo gerador.Todos os reguladores de velocidade constante (quer sejam do tipo hidráulico, quer do tipo de massas),reguladores de tensão e limitadores de velocidade, devem ser fabricados de modo a operar eficientemen-te sob quaisquer condições de funcionamento ou de navegabilidade do navio.

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Os motores elétricos deverão operar dentro dos limites de temperatura (Tabelas 9.12, para motores decorrente contínua e 9.13, para motores de corrente alternada).Motores situados nas praças de máquinas ou nas praças de caldeiras, excetuando-se os motores deferramentas e máquinas portáteis, devem ser projetados e adquiridos, considerando temperatura ambi-ente de 50o C.Os motores para ferramentas, motores localizados em compartimentos da máquina do leme ou qualqueroutro compartimento onde o ar de resfriamento não excede, nunca, 40oC, podem ser selecionados nabase de temperatura ambiente de 40oC.Os motores que são instalados em compartimentos onde a temperatura ambiente excede normalmente50oC, devem ser considerados como motores especiais e devem ser arranjados de modo que se ajusteà temperatura ambiente em que vão trabalhar.Deve ser dada especial atenção à lubrificação adequada para as altas temperaturas de operação.

9.23 - ARRANJOS DE TERMINAIS

Todos os motores, exceto aqueles à prova d�água e de explosão, devem estar providos de caixas determinais à prova de respingos, ter as guias de terminais à prova de respingos e presas à carcaça domotor. As extremidades desses terminais devem estar ajustadas com conectores aprovados, própriospara uso com os terminais para cabos de entrada.Todas as conexões com o interior dos motores, assim como o fornecimento da corrente, devem estarprovidas de um mecanismo de travamento eficiente.As guias de motores à prova d�água devem ser trazidas para fora, através de caixas de junção resisten-tes à pressão da água.O BC permitirá não haver a caixa de terminais, desde que, e somente neste caso, os terminais sejamlevados diretamente a uma caixa de junção que não esteja a mais do que 1,5m do motor, assim mesmose forem satisfeitos os seguintes requisitos:a) O condutor formar um cabo armado ou estar dentro de um condutor metálico, rígido e flexível;b) O condutor deve ser, no máximo, número 18 AWG;c) O condutor deve ser, se dentro de um conduto metálico rígido ou flexível, no máximo, número 10 AWG.De qualquer maneira, se o condutor estiver num conduto ou for cabo armado, ou tiver qualquer outroenvoltório metálico, deverá haver, sempre uma ligação metálica fazendo continuidade elétrica efetiva, dosenvoltórios e dos cabos. Contudo, os condutos, tubos ou qualquer outro tipo de envoltório, deverão estarisolados da carcaça do motor.

9.24 - MOTORES NA PRAÇA DE MÁQUINAS

Os motores a serem instalados na praça de máquinas ou outros espaços abaixo do convés, ondepoderão estar sujeitos a danos mecânicos, gotejo de água ou óleo etc., devem ser ou do tipo à prova deágua, ou do tipo de refrigeração fechada, à prova de respingos ou à prova de gotejos. Podem ser do tipoaberto, protegidos contra gotejo, por capas, especialmente em casos em que as exigências de força edo serviço requeridos resultarem num motor excessivamente grande, se feito totalmente blindado.Os motores para trabalho intermitente devem ser selecionados e projetados para a classificação especi-al sob a qual irão operar.Nas praças de máquinas, onde a atmosfera pode estar saturada de vapores de óleo, que se acumulariamnas grades de ventilação dos motores e nos enrolamentos, deve ser dada consideração especial ao usode ventilação completamente fechada ou ao encanamento da ventilação nos motores blindados e auto-ventilados, de modo a impedir o acumulo de óleo nos enrolamentos.Todos os motores localizados abaixo do piso das praças de máquinas devem ser à prova de água, ouconvenientemente protegidos.

9.25 - BOMBAS

Os motores que operam bombas de cilindro de compressão ou de acoplamento fechado, deverão ter aextremidade propulsora inteiramente blindada, ou planejada para impedir a entrada de líquido no motor.Os motores para bombas devem, geralmente, estar providos de um enrolamento de campo �Shunt�,estabilizado, e para as bombas do tipo centrífugo é recomendado controle de, no mínimo, 10% davelocidade por campo �Shunt�.

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9.26 - ESPAÇOS REFRIGERADOS

Geralmente recomenda-se que os motores não sejam instalados nestes espaços, mas se isto se der,deve ser dada consideração especial ao efeito da condensação.

9.27 - MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA

Todos os motores devem ser projetados para tensão, fase e freqüência do sistema de abastecimento. Aconstrução e o tipo de enrolamento devem ser determinados pelas condições nas quais o motor terá deoperar. Podem ser de indução de rotor enrolado, indução com rotor em curto-circuito, ou do tipo decomutador síncrono. Motores do tipo em curto-circuito são recomendados para quase todos os usos.Para se alcançar o maior fator de potência possível, os motores devem ser escolhidos visando a atenderaos requisitos da carga nominal.Os enrolamentos em delta, abertos, devem ser evitados, no caso de motores de indução de múltiplasvelocidades, por causa das inúmeras dificuldades associadas ao grande número de cabos de condutores.

9.28 - QUADROS ELÉTRICOS - LOCALIZAÇÃO

Os quadros elétricos deverão ser instalados em locais secos, bem ventilados, onde não possa haveracúmulo de gases, longe de combustíveis e de respingos d�água, e de modo que a ele só tenham acessopessoas qualificadas para tal.Se o quadro tiver de ser localizado em local úmido, mediante aprovação do BC, terá de possuir uminvólucro à prova d�água.Os quadros elétricos deverão ser instalados de modo a não haver possibilidade de comunicarem cha-mas, através de centelhas, a materiais facilmente inflamáveis.Se o quadro tiver algum equipamento ou fiação que seja acessível por trás dele, deverá haver um intervalode 35cm entre o equipamento ou fiação e a parede do painel, se o quadro for de 1 painel só, nãoexcedendo de 1,05 metro de largura ou, no mínimo, de 60cm, se o quadro tiver um painel mais largo outiver mais de um painel.Se o espaço atrás do quadro tiver acesso somente por um lado, os intervalos dados acima deverão seracrescidos de 15cm.Os espaços atrás dos quadros não deverão ser usados para armazenamento de material de qualquerespécie.Se as condições do navio permitirem, os espaços mínimos atrás dos quadros deverão ser aumentados,a fim de se aumentar a acessibilidade e o espaço de trabalho.Na frente dos quadros deverão existir corrimãos, a fim de evitar-se acidentais aberturas ou fechamentosde circuitos, por esbarros de pessoas desavisadas.Todos os quadros elétricos deverão ser do tipo de frente morta. Às carcaças e molduras dos quadroselétricos, bem como as estruturas que suportam equipamentos de interrupção de circuitos, devem serligadas à terra.Todos os envoltórios de instrumentos, relés, medidores e transformadores de instrumentos, devem serligados à terra.Os secundários dos transformadores dos instrumentos, de corrente ou de potencial, devem ser ligadosà terra.Todo quadro operando com tensão acima ou igual a 150 volts, em corrente alternada ou 230 volts, CC,deverá ter, para proteção do operador, um capacho de borracha ou de material de qualidades isolantesidênticas, colocado na frente e atrás (onde possa o operador estar). Este capacho deverá estar sempreseco.Em todos os quadros elétricos deverão ser postos diagramas esquemáticos de ligações. Esses diagra-mas poderão estar desenhados em plaqueta a ser afixada ao quadro, ou pintados diretamente em partevisível da chapa de um painel, mas, em qualquer dos casos, o diagrama deverá estar protegido contraesbarros acidentais, e executado com tinta indelével.Em todos os painéis e portas de acesso, devem ser colocadas plaquetas indicando a máxima tensão.Em todos os instrumentos de medida de controle, deverão ser colocadas placas que os identifiquemclaramente.Também devem ser colocadas placas indicadoras em todos os fusíveis ou interruptores automáticos,com indicação do circuito e corrente a plena carga.Os quadros deverão ser construídos de materiais incombustíveis. Esses materiais não deverão absorverumidade.

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Todos os aparelhos instalados nos quadros obedecerão ao seguinte critério:a) Fixados diretamente na estrutura dos quadros - sua armação deverá ser de material isolante, com

grande rigidez dielétrica.b) Fixação não direta à estrutura dos quadros - sua fixação deverá ser feita através de isolamento

entre a armação e o painel ou o que for.Os materiais isolantes, empregados num e noutro caso, deverão ter as características exigidas para suaaplicação, características essas imutáveis sob as variações de temperatura a que possa estar sujeito oquadro.Todos os elementos componentes dos quadros deverão ter acessibilidade garantida, de modo a permitir,sob condições difíceis de navegabilidade do navio, substituição e reparos.Todos os condutores, contatos etc., empregados nos quadros, deverão ter proteção isolante, e nãoinflamável, a fim de se evitar a formação de arco. Deverão ser considerados como fazendo parte daproteção, os intervalos que devem existir entre os condutores, contatos, etc., bem como entre qualquerum deles e a massa.Todos os quadros deverão ser construídos de modo que as variadas condições de navegabilidade donavio não afetem sua operação.Aplicar-se-ão para os quadros, as mesmas exigências deste regulamento para as máquinas elétricasgirantes, isto é, funcionamento assegurado, quando o navio apresentar uma banda permanente de 5o, emesmo quando o balanço do navio atingir um ângulo de 22,5o .Para os quadros de emergência, exige-se um funcionamento adequado, mesmo com uma banda perma-nente de 22,5o .Deverão ser previstas pelo construtor, vibrações e choques, prováveis de ocorrência a bordo, incluindo-seas vibrações de velocidade crítica, não só do navio, como das diversas máquinas existentes no navio,isto a fim de que os quadros sejam montados de modo que essas vibrações e choques não venhamprejudicar o funcionamento dos quadros e afrouxar ligações, porcas, parafusos, estojos ou prejudicar osdiversos contatos de chaves, disjuntores, relés etc.Os quadros elétricos em geral poderão ser divididos em 2 tipos, a saber:a) De controle local.b) De controle remoto.Os quadros do tipo de controle local possuem todas as chaves, barras, medidores e todos os aparelhos,montados no quadro ou junto a ele.Os quadros do tipo de controle remoto possuem as barras, chaves, disjuntores e equipamentos seme-lhantes, em locais distantes deles, usualmente em compartimentos separados, tendo nos quadros ape-nas os aparelhos de controle de circuitos.O BC só exige quadros do tipo de controle remoto quando as tensões são superiores ou iguais a 750volts.As barras dos quadros elétricos deverão ser, normalmente, feitas no formato de uma barra chata decobre. Essas barras deverão ser construídas com base numa densidade de corrente de cerca de 1000amp/pol 2.A tabela 9.14 dá as dimensões para as barras horizontais para vários valores de correntes.Nota: Quando a corrente é maior que os valores encontrados na Tabela 9.14, deve ser construída umabarra laminada, composta de várias barras finas, separadas umas das outras, de modo a garantir umamaior superfície radiante.A capacidade nominal da barra é calculada na base de 50% do fator de carga, para densidades que, sobcondições médias de radiações, dão um aumento de temperatura de cerca de 10oC.Quando o fator de carga for de 100%, as densidades de corrente devem ser divididas por 2.Para as barras verticais, os valores de corrente devem ser reduzidos de 15 a 20%.Todas as extremidades das barras devem ser protegidas contra corrosão e oxidação (Estanhadas ouproteção similar). As conexões das barras deverão ser mecânicas e a continuidade elétrica garantida pormeio de solda.Todas as barras coletoras e suas conexões nos quadros serão de cobre e com dimensões tais que nãopermitam um aumento de temperatura superior a 40oC acima da temperatura ambiente.Quando as barras operarem com mais de 2000 amp., o aumento máximo permitido será de 5oC.As barras coletoras devem poder resistir com segurança aos esforços mecânicos causados pelas varia-ções de temperatura e por correntes de curto-circuito. Onde for necessário, colocar-se-á dispositivos quepermitam a dilatação e contração das barras, sem que disto advenha avarias para as mesmas ou suasconexões. Deverá existir uma separação mínima de 20mm entre as barras, e de 16mm entre as barrase a massa, quando as barras não tiverem outro meio isolante a não ser o ar ambiente.

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As barras de equilíbrio e seus interruptores deverão ter uma seção tal que permita a passagem de umacorrente que seja, pelo menos, metade da corrente a plena carga do gerador.

9.29 - ACESSÓRIOS DOS QUADROS

Todos os quadros elétricos de distribuição deverão estar dotados de meios indicadores de baixas nosdiversos circuitos.Todos os fusíveis dos quadros deverão estar sempre na frente dos quadros, excetuando-se os quadrosque possuem armação posterior, nos quais os fusíveis podem ser montados na parte posterior, porémbem separados das barras coletoras e demais partes energizadas.Interruptores e fusíveis de mesma polaridade devem ser dispostos de maneira tal que, estando o interrup-tor aberto, o fusível não fique sob tensão.Todos os instrumentos de medida e lâmpadas piloto ou de terra deverão estar protegidos em cada póloisolado por um fusível, situado tão perto quanto possível da fonte de energia.Quando os instrumentos forem alimentados por um transformador de tensão, com fusíveis no primário eno secundário, não será necessário proteger os instrumentos e lâmpadas, com fusíveis.Deve evitar-se que as partes móveis dos disjuntores, chaves e contatores fiquem energizadas quandoestes estiverem abertos.

9.30 - PROTEÇÃO ELÉTRICA

As instalações devem ser protegidas contra as correntes excessivas, a fim de garantir continuidade nosserviços, segurança para o material e para o pessoal que as conduz.As correntes de curto-circuito deverão ser consideradas como correntes excessivas, prevendo, cadaaparelho, acidentais ocorrências de correntes de tal natureza.Os equipamentos de proteção serão usados levando-se em conta certas características da instalação, epoderão ser: 1- Disjuntores; 2- Chaves automáticas; 3- Chaves manuais; 4- Fusíveis

9.30.1 - Corrente Contínua

9.30.1.1 - Sistemas Unifilares ou a 2 Fios, Sendo um Ligado à Terra - Para cada circuito: um disjuntormonopolar de intensidade máxima ou um fusível e uma nova chave monopolar, no pólo isolado.

9.30.1.2 - Sistemas a 2 Fios, Sem Ligação à Terra - Para cada circuito: um disjuntor bipolar de intensi-dade máxima ou um fusível em cada pólo e uma chave bipolar.

9.30.1.3 - Quando Forem Instalados Mais de Um Gerador Alimentando Barras Diferentes, Isto é, QueNão Possam Operar em Paralelo - Para cada circuito: comutadores multi-direcionais, a fim de que cadacircuito possa ser alimentado por qualquer dos geradores, isoladamente.

9.30.1.4 - Sistemas a 3 Fios

9.30.1.4.1 - Para Cada Circuito com 3 Condutores - um disjuntor bipolar ou um fusível em cada condutorextremo e uma chave bipolar.3

9.30.1.4.2 - Para Cada Circuito de Saída com 2 Condutores (Tirados de condutor extremo e do condutorneutro).a) Com um condutor ligado à terra - um disjuntor monopolar com um fusível e uma chave monopolar

sobre o condutor isolado.b) Com dois condutores isolados - um disjuntor bipolar ou um fusível em cada pólo e uma chave bipolar.

9.30.2 - Corrente Alternadaa) Sistemas monofásicos - Os mesmos equipamentos mencionados em a), b) e c), para corrente contí-

nua.b) Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para intensi-

dade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.c) Para sistemas a três fios - um disjuntor tripolar, com proteção para sobrecarga em cada pólo extremo.

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9.30.3 - Proteção para Geradores - DC

9.30.3.1 - Tipo Shunta) Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar de

intensidade máxima, com desarme para inversão de corrente.b) Para sistemas a dois fios - um disjuntor bipolar de intensidade máxima, com desarme para inversão

de corrente.c) Para sistemas a três fios - um disjuntor tripolar, com proteção para sobrecarga em cada pólo extre-

mo, devendo haver proteção contra inversão de corrente em um dos condutores extremos.

9.30.3.2 - Tipo Compound Equilibrado - Como no tipo shunt, devendo ser instalada uma chavemonopolar no fio de equilíbrio, de modo que se feche antes do disjuntor e se abra depois dele. O relépara proteção contra inversão de corrente será conectado no pólo positivo (a conexão de equilíbrio seráao pólo negativo).Se o sistema for a três fios, com geradores compound, com enrolamento em série dividido por cada pólo,deverá haver um disjuntor de cinco pólos (dois polos extremos, dois para os conectores de equilíbrio eum para o neutro), com relés de intensidade máxima nos pólos extremos e proteção contra inversão decorrentes.Nota: Nos condutores neutros, para qualquer tipo de gerador (para operação em paralelo ou não), deveráhaver um relé que acione um sistema de alarme, quando houver uma sobrecarga nestes condutores.

9.30.4 - Proteção para Alternador - CA (para cada alternador)

9.30.4.1 - Para Sistemas Trifásicos - um disjuntor tripolar, com réles de intensidade máxima em duasfases, pelo menos.

9.30.4.2 - Para Sistemas a Três Fiosa) Com o Neutro Isolado de Terra - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima nas duas

fases.b) Com o Neutro Ligado à Terra - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima em cada fase.c) Para Sistemas Trifásicos a Quatro Fios - um disjuntor tripolar, com relés de intensidade máxima

nas três fases. (Neste caso, deverá ser instalada uma chave que isole o neutro do alternador). Se osalternadores puderem operar em paralelo, seus disjuntores deverão ser equipados com proteção con-tra inversão de corrente, quando a potência dos alternadores for maior que 135 KVA.

9.30.5 - Proteção de Circuitos - Deste modo, os aparelhos de proteção poderão ter funções específicasde proteção contra sobrecargas ou contra correntes excessivas, nunca devendo ser usados fusíveis de320A ou mais, como proteção para sobrecargas. Preferencialmente, devem ser usados disjuntores sem-pre que a intensidade nominal for maior que 200A. Contudo, fusíveis dessa capacidade poderão serempregados como proteção contra correntes de curto circuito. Por outro lado, os disjuntores e as chavesautomáticas, instaladas como proteção contra sobrecargas, terão de ter características de desarmeapropriadas para os sistemas onde estão instalados.As correntes excessivas são ditas de sobrecargas, quando suas ocorrências não afetam os isolamentos.As correntes excessivas são ditas de curto-circuito quando suas ocorrências afetam os isolamentos.Todos os quadros elétricos disporão dos aparelhos de interrupçào de circuitos e de proteção, dados aseguir:

9.30.5.1 - Geradores de Corrente Contínua

a) Para um gerador instalado:1- Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para intensi-

dade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.2- Para sistemas de dois fios - um disjuntor bipolar de intensidade máxima, ou um fusível em cada pólo

e uma chave bipolar manual.

b) Para mais de um gerador instalado, mas que não possam ser ligados em paralelo.1- Para sistemas unifilares ou a dois fios, sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar para intensi-

dade máxima ou uma chave monopolar manual e um fusível no pólo isolado de terra.

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c) Sistemas Trifásicos1- Circuitos de 3 fios - Para cada circuito, de um disjuntor tripolar de intensidade máxima ou um fusível

em cada fase e uma chave tripolar.2- Circuitos de 2 condutores (uma fase e neutro), sendo um ligado à terra - um disjuntor monopolar ou

um fusível e uma chave monopolar no condutor isolado.3- Circuitos a 2 fios (uma fase e neutro), sendo os dois isolados de terra - um disjuntor bipolar ou um

fusível em cada pólo e uma chave bipolar.4- Circuitos a 4 fios - um disjuntor tripolar, de intensidade máxima para as três fases ou um fusível em

cada fase e uma chave tripolar.

Os equipamentos de proteção mencionados acima são, também, os exigidos, tanto para os quadrosprincipais quanto para os de emergência, e constituem, tanto para os quadros principais quanto para osde emergência, os mínimos aceitáveis.Os condutores mencionados abaixo não devem ser dotados de fusíveis, nem disjuntores ou chavesindependentes, que não abram os circuitos simultaneamente:1- Condutores neutros de circuitos a três fios, corrente contínua ou alternada monofásica.2- Condutores neutros de circuitos trifásicos, a 4 fios.3- Condutor de retorno de sistemas unifilares.

9.31 - PROTEÇÃO DOS QUADROS

9.31.1 - Generalidades

Os desarmes para sobrecargas dos disjuntores deverão ser ajustáveis. Nos casos não especificadosnessas regras, as proteções contra correntes de curto-circuito serão feitas por disjuntores ou fusíveis.Com autorização do BC, uma combinação de fusíveis e chaves automáticas poderá ser usada no lugardos disjuntores.A capacidade nominal dos aparelhos de proteção contra corrente de curto-circuito não pode ser menorque a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer na instalação no ponto considerado, noinstante da separação dos contatos.Se o disjuntor fechar contatos pondo em curto equipamentos ou circuitos, sua capacidade nominal nãopode ser menor que a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer no ponto considerado dainstalação.Quando a instalação for de corrente alternada, o ponto máximo da assimetria corresponderá ao máximovalor de corrente de curto-circuito.Quando os aparelhos de proteção contra correntes de curto-circuito não são projetados para interromperos circuitos, devem ser projetados para a máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer, levando-se em conta o tempo necessário para a remoção do curto-circuito.Quando os navios forem projetados para possuir auxiliares acionados por motores elétricos, deverão serdotados de meios eficazes para garantir um suprimento contínuo de corrente elétrica para os motoresque acionam auxiliares vitais.Se, em regime de viagem, for necessário acoplar-se dois ou mais geradores para assegurar a alimenta-ção dos circuitos vitais, todos os equipamentos de proteção deverão ser adequados para, numa sobre-carga, interromper primeiramente as alimentações dos circuitos não vitais, permanecendo alimentadosos circuitos vitais.Poderá, se necessário, ser feito um processo de desconexão de segundos, no mínimo, entre cadadesconexão.Devem ser dotados de disjuntores ou fusíveis, como proteção para correntes de curto-circuito, os primá-rios dos transformadores de força.Se dois ou mais transformadores forem instalados de modo a poderem operar em paralelo, deverão serinstalados meios para corte dos secundários, tais como disjuntores ou fusíveis, ambos de capacidadenominal não menor que o máximo valor da corrente de curto-circuito que possa ocorrer.Os circuitos alimentadores das máquinas de leme devem ser dotados de disjuntores, chaves automáti-cas, fusíveis ou qualquer outro aparelho de interrupção, como proteção para sobrecarga. Serão dotados,apenas, de um alarme da sobrecarga.Esses circuitos serão dotados, também, de proteção contra correntes de curto-circuito.Os circuitos que alimentam equipamentos com proteção para sobrecarga serão dotados, apenas, deproteção contra correntes de curto-circuito.As características dos equipamentos de proteção dos motores terão que ser compatíveis com suas

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características de operação, bem como com os serviços prestados pelos motores.Quando os motores forem de corrente alternada trifásica, deverão ser dotados de equipamentos deproteção que impeçam seus funcionamentos como motores monofásicos.Os aparelhos de proteção dos motores elétricos deverão ser construídos e ajustados de modo a permitiro excesso de corrente normal ocorrido durante o período de aceleração.Os motores vitais e os motores de potência nominal acima de 1/2 kW, deverão ser dotados de disposi-tivos de proteção para isolá-los, sempre que ocorra uma falta de tensão. Esse dispositivo será comple-mento do aparelho de proteção contra sobrecarga que, juntamente com o equipamento de proteçãocontra correntes de curto-circuito, faz parte de sua individual e obrigatória dotação de proteção.Nota: O equipamento de proteção contra correntes de curto-circuito do motor pode ser o mesmo dosseus condutores de alimentação.As correntes máximas permitidas a circular indefinidamente pelos aparelhos de proteção dos motorespara serviço contínuo, não poderão ser maiores que 125% da corrente nominal.Os retardamentos dos aparelhos de proteção deverão ser introduzidos, quando for o caso, de modo quea interrupção produzida por eles no circuito seja feita antes de ser atingido o limite seguro da tempera-tura para o enrolamento do motor.Para os motores de serviço intermitente, as prescrições acima serão atendidas, considerando-se osfatores de carga dos motores.Quando não houver indicações, nem elementos ou dados precisos, podem ser tomados como valores decorrentes de curto-circuito, 10, 6, 3 vezes a corrente de plena carga nominal, como correntes de curto-circuito para geradores, motores de CC, e motores de CA, respectivamente.Não poderão ser utilizados os disjuntores dos geradores como proteções secundárias dos equipamen-tos de proteção instalados nos circuitos de saída dos quadros elétricos.O BC permitirá o emprego de disjuntores ou fusíveis como proteções secundárias de disjuntores que nãotenham capacidade nominal igual à máxima corrente de curto-circuito que possa ocorrer no ponto consi-derado, mas, para isso, esses disjuntores ou fusíveis deverão fazer a interrupção dos circuitos quando acorrente atingir 90% do valor de corrente para a qual foi ajustado o equipamento de corte principal.Todos os disjuntores, chaves manuais ou automáticas, serão construídos de modo que, havendo trepida-ção do navio, esbarros ou quaisquer outros acidentes, permaneçam abertos ou fechados (conforme aposição imposta pelo condutor).Os disjuntores, chaves manuais ou automáticas, deverão ser fabricados de modo que seus mecanismosde manuseio estejam protegidos das partes energizadas e sejam de materiais de alta resistência mecâ-nica. Deverão ser, por outro lado, dotados de abafadores de arco, sempre que as tensões forem de 125Vou maiores, e as correntes nominais forem de 10 ampéres ou maiores (o material constituinte dessesabafadores terá de ser resistente ao arco). Se forem envolvidos, em todo ou em parte, por capas oucarcaças metálicas, terão seus envolventes afastados suficientemente das partes energizadas, e seesses envolventes ficarem expostos aos arcos, terão de ser revestidos de isolamento constituído dematerial resistente ao arco.Os relés de inversão de potência ou de inversão de corrente deverão atuar com correntes na faixa de 5 a15% da corrente nominal do gerador, com tensões normais nos enrolamentos de tensão, sob quaisquertemperaturas admissíveis nas condições de trabalho.Uma queda de tensão igual à metade da tensão aplicada, não deve deixar inoperante o mecanismo deinversão de corrente, porém poderá alterar a intensidade de corrente invertida necessária para desarmaro disjuntor (abrir o disjuntor).Deverão estar marcadas nos disjuntores as ajustagens feitas (a ajustagem para sobrecargas será sem-pre dada em ampéres).Os fusíveis empregados como proteção não poderão estar descobertos nas partes que se fundem;essas partes serão embutidas, a fim de evitar-se que o material fundido possa prejudicar algum materialadjacente ao fusível.Os fusíveis deverão ser instalados de modo que acidentalmente, por contato ou vibrações, não se soltemde seus suportes. Cada fusível será dotado, na parte de manuseio, de um isolamento não inflamável, afim de proteger a pessoa que o instalará ou substituirá (a mesma regra se aplica aos suportes dosfusíveis).Os fusíveis terão gravados na sua estrutura, de modo indelével, sua capacidade e as características queo identifiquem:a) Corrente nominal do circuito protegido; eb) Dimensões do fusível apropriado ou do elemento substituível.Os fusíveis devem ser adequados para temperatura ambiente de 45oC, e a elevação de temperatura nosterminais não pode ser maior que a temperatura máxima permitida para os cabos a eles conectados.

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9.32 - APARELHOS DE MEDIDA NOS QUADROS ELÉTRICOS

Os quadros elétricos serão dotados dos aparelhos de medida dados a seguir. Esses aparelhos deverãoter suas escalas de acordo com o quadro abaixo:

Instrumento Escala até Observação

Voltímetros 120 % da tensão nominal do circuito Limite superior

Amperímetros 150 % da corrente do circuito Limite superior. Se os amperímetros

forem usados para geradores de

corrente contínua, para operação em

paralelo, devem ter uma escala que

indique, pelo menos, 15% de

inversão de corrente.

Wattímetros compatível com a instalação Se forem usados para alternadores

que possam operar em paralelo,

devem ter uma escala que indique,

pelo menos, 15% de inversão

de potência.

Os aparelhos de medida exigidos para os geradores são os que seguem, como indicados:

9.32.1 - Corrente Contínuaa) Geradores que não operem em paralelo - 1 voltímetro e 1 amperímetro, para cada um.b) Geradores que operem em paralelo - 1 amperímetro para cada 2 voltímetros, sendo um voltímetro

conectado às barras e o outro conectado a qualquer dos geradores, mediante uma chave seletiva.c) Nos geradores compound, o amperímetro será ligado ao pólo positivo, isto é, ao pólo oposto ao da

conexão do fio de equilíbrio.d) Se o sistema for a três fios, o amperímetro deverá ser ligado como nos casos anteriores e deverá,

também, ser ligado um voltímetro entre cada condutor e o neutro.

9.32.2 - Corrente Alternadaa) Aternadores que não operem em paralelo - 1 voltímetro para cada um, 1 amperímetro capaz de indicar

a corrente em cada fase (mediante uma chave seletiva), um frequencímetro e um wattímetro.NOTA: O amperímetro acima poderá ser substituído por um amperímetro em cada fase.

b) Alternadores que operem em paralelo - cada alternador terá um wattímetro, 2 frequencímetros e umdispositivo de sincronia composto de um sincronoscópio e lâmpadas de sincronia (ou dispositivoequivalente). Um dos wattímetros será conectado às barras e outro conectado a qualquer dosalternadores por meio de uma chave seletiva. As ligações dos frequencímetros serão como as doswattímetros.

9.33 - DISTRIBUIÇÃO

A distribuição a bordo dos navios será feita por um dos sistemas dados no início desta seção, excetuando-se os casos de embarcações de pequeno porte.Qualquer que seja o sistema de distribuição adotado, terá sempre origem num quadro principal.A distribuição far-se-á de modo que todos os utilizadores tenham suas alimentações garantidas emsituações normais e, se for um utilizador vital, sua alimentação estará também assegurada através deum quadro de emergência, numa situação anormal.Os utilizadores serão alimentados diretamente, por circuitos partindo dos quadros ou serão alimentadosatravés de painéis de distribuição, de caixas de distribuição, de caixas de derivação ou de caixas defusíveis.

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Os circuitos que alimentem os utilizadores terão suas proteções nos quadros ou nos painéis de distribui-ção, caixas de derivação, caixas de seções ou de fusíveis.Os cabos dos vários circuitos, para os efeitos desta Regra, serão designados de acordo com o quadroque se segue:

Cabos Circuitos ObservaçõesAlimentadores Partem dos geradores principais ou de emergência, Podem alimentar diretamente

alimentando as barras utilizador ou transformador.Alimentadores Partem dos quadros principais alimentando Podem alimentar diretamente

painéis de distribuição. utilizador ou transformador.

Principais Partem de painéis de distribuição, alimentando Podem alimentar diretamentecaixas de distribuição. utilizador ou transformador.

Sub-principais Partem de caixas de distribuição alimentando Podem alimentar diretamente

caixas de derivação. utilizador ou transformador.Ramais Podem alimentar diretamente

utilizador ou transformador.

Sub-ramais Partem de caixas de fusíveis ou de seções Cada sub-ramal poderá alimentaralimentado utilizadores. mais do que um utilizador se sua

capacidade nominal não exceder

a 15A.Alimentador Partem dos quadros principais alimentando

de retorno quadros de emergência ou vice-versa.

Quando se fizer distribuição de CC, a 3 fios, os utilizadores deverão ser alimentados por um condutor depolaridade negativa ou positiva e pelo condutor neutro, de modo que a carga fique dividida igualmentepelos condutores ativos. A divisão das cargas parciais será feita, obedecendo sempre ao que está ditoneste ítem, desde os circuitos alimentadores até os sub-ramais, admitindo-se uma variação de 15%.Se nessa distribuição, a tensão nominal for maior do que 250V, deverá ser feita conexão do neutro àterra, em um ou mais pontos. Para que, em situações anormais, a conexão à terra possa suportar asvariações não eqüitativas de carga, será sempre escolhido um condutor de seção transversal compatívelcom os geradores.Se a distribuição for a 3 ou 4 fios, para sistemas de corrente alternada, os utilizadores serão alimentadosou pelas três fases - utilizadores trifásicos - ou serão alimentados de maneira que haja uma divisãoeqüitativa de carga pelas diferentes fases, permitindo-se uma variação de 15%. O condutor neutro, nessadistribuição, poderá ser ligado à terra, e essa ligação será feita por meio de uma impedância ou diretamente.Para que, em situações anormais, a conexão à terra possa suportar as variações não eqüitativas decarga, será sempre escolhido, para esse fim, um condutor de seção transversal compatível com osgeradores e transformadores do sistema.Quando se fizer distribuição com retorno pelo casco, os condutores que fazem a ligação ao casco terãoas mesmas seções transversais dos condutores isolados. No caso de CC, os pólos negativos dosgeradores ou dos acumuladores serão conectados ao casco (essas conexões serão feitas em locais defácil acesso).Os circuitos a bordo serão designados de acordo com o serviço que prestam, porém serão tambémclassificados como principais ou de emergência. Serão chamados de circuitos principais aqueles quefazem as alimentações normais dos vários utilizadores. Serão chamados de circuitos de emergênciaaqueles que partem dos quadros de emergência para os diversos utilizadores vitais.Os utilizadores vitais podem ser alimentados por um quadro principal ou pelo quadro de emergência.A alimentação pelo quadro de emergência pode ser feita pelas barras deste quadro alimentadas porgerador de emergência ou alimentadas pelo quadro principal. Para isso, do quadro principal sairá umcabo alimentador de retorno conectado às barras do quadro de emergência e este cabo disporá de umdisjuntor, chave ou qualquer dispositivo de desconexão, no painel de emergência do quadro principal.

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Todas as embarcações disporão de tomadas de energia de terra, com a finalidade de permitir que,quando necessário, a instalação de bordo possa ser alimentada por uma fonte de energia externa (docais, de dique ou de outro navio).Essas tomadas de terra permitirão também o fornecimento de energia para outro navio.As tomadas de terra estarão ligadas permanentemente ao quadro principal através de um disjuntor ou deuma chave com fusíveis, para o caso de fornecimento de energia a outro navio. Antes do disjuntor seráconectada uma lâmpada piloto que indicará, quando acessa, que o navio está fornecendo energia elétricaou recebendo energia de uma fonte externa.As dimensões e características do navio determinarão o número de tomadas de terra que devaexistir a bordo.As tomadas de terra deverão ter dispositivos para proteção dos cabos de ligação, de modo que osesforços mecânicos sofridos pelos cabos portáteis sejam transmitidos somente às estruturas metálicasdas tomadas de terra.Cada tomada de terra disporá de uma chave automática com fusíveis, e deve ter, não obrigatoriamente,uma lâmpada piloto, antes da chave automática, a fim de indicar que a tomada está energizada, isto é,o navio, através da tomada de terra, cuja lâmpada está acesa recebendo ou fornecendo energia elétrica.A tomada de terra disporá de um fasímetro conectado antes da chave automática, se a instalação for decorrente alternada trifásica. Esse fasímetro indicará troca de fases, quando se fizer ligações incorretasdos cabos portáteis e poderá ser dispensado se houver no quadro principal um fasímetro instalado antesdo disjuntor. Nesse caso, os pólos das tomadas de terra deverão ter marcações em cores (preto, verme-lho, e branco), idênticas à marcações que devem dispor os cabos portáteis utilizados.Esta Regra exige que haja nas praças de máquinas uma distribuição de lâmpadas alimentadas porcircuitos dispostos de maneira que as praças não fiquem às escuras, por uma interrupção qualquer (porfusíveis ou disjuntores), em ponto intermediário, permanecendo fechado o disjuntor correspondente doquadro principal.O que é exigido no ítem anterior para as praças de máquinas, será também exigido para os corredores ouquaisquer outras vias de acesso às baleeiras de salvamento, quando se tratar de navios de passageiros.Nos circuitos de iluminação de CA, trifásica, a iluminação em vários pontos de um mesmo compartimen-to, corredor ou via de acesso, estará alimentada por fases diferentes.Os transformadores dos sistemas trifásicos de iluminação serão monofásicos, ligados em estrela outriângulo, de modo a garantir-se a iluminação, conforme exigido nos dois itens anteriores.Nos circuitos de iluminação, cada sub-ramal, de capacidade nominal menor ou igual a 15A, não devealimentar mais do que 10, 14 e 18 pontos de iluminação, nos sistemas de 24 a 55V, 110 a 127V e 220 a250V, respectivamente. Nos casos em que se tratar de cornijas ou quaisquer outros grupos muito próxi-mos de lâmpadas, e a máxima corrente de regime não ultrapasse 10A, não se aplica a exigência acima.Os sub-ramais dos circuitos de iluminação não devem alimentar também circuitos de força ou de siste-mas de aquecimento. Todos os compartimentos de carga deverão ter iluminação controlada por chaveslocalizadas em compartimento, passagem ou corredor a eles adjacentes. Essas chaves deverão possuirdispositivos para tratamento quando desligadas.Todos os motores vitais deverão ser alimentados por sub-ramais próprios e independentes.Nos passadiços, ou em outro local, bem próximo e de fácil acesso, deverá existir um painel de distribui-ção para as luzes de navegação, de onde partirão os circuitos de alimentação das diversas luzes,circuitos esses protegidos no painel, por chaves e fusíveis ou disjuntores. No painel ou em local aoalcance do pessoal de quarto, deverão existir alarmes, visuais ou audíveis (ou combinação de ambos),automáticos, para cada lâmpada, a fim de avisar uma falha ocorrida na lâmpada.Os painéis de distribuição poderão ter alimentação direta dos quadros principais ou através de transfor-madores, e a alimentação do painel deverá ser feita por dois circuitos alternados, de transferência fácil.As máquinas de leme deverão ser alimentadas por 2 grupos de cabos diferentes, ambos partindo doquadro principal ou um partindo do quadro de emergência que tenha alimentação de retorno. Essesgrupos de cabos deverão correr o mais afastado possível um do outro (sempre que possível um por BE eoutro por BB).a) Os motores deverão ter alimentação pelo quadro de emergência;b) Todos os cabos deverão ser do tipo adequado para serviço permanente de imersão, capazes de,

juntamente com suas ligações ou conexões, suportar alturas de carga iguais às quotas negativas dosmotores, tendo como plano de referência o convés principal;

c) Os cabos de alimentação deverão ser contínuos, do convés principal aos terminais do motor;d) Os motores acionadores devem possuir meios para, sob quaisquer condições, serem controlados de

locais acima do convés principal.

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Os motores acionadores de bomba de incêndio devem ter alimentação direta dos quadros, com interrupçãosomente pelos quadros, e a alimentação deve ser por dois circuitos alternados, de fácil transferência.Os sistemas de ventilação das praças de máquinas deverão ser controlados, também, de compartimen-tos adjacentes, corredores ou conveses.

9.34 - TRANSFORMADORES

Serão considerados aqui os transformadores de capacidades nominais iguais ou superiores a 1 KVA.As características dos transformadores devem ser tais que, aplicando-se no primário a tensão nominal,com a freqüência nominal, a elevação de temperatura dos enrolamentos dos transformadores do tiposeco, durante serviço contínuo, na máxima capacidade para os isolamentos da classe A e B, não deveultrapassar de 50 a 70oC, respectivamente.Devem ser especialmente considerados os transformadores resfriados por meio de óleo ou outro líquidoqualquer. A regulação dos transformadores, mesmo monofásicos, não deve exceder de 5%, para umfator de potência igual a 0,8.O BC admite uma tolerância de 0,5%. Os transformadores, além disso, devem ser capazes de, durante3 segundos, suportar nos terminais de qualquer enrolamento, os efeitos mecânicos e térmicos de cor-rentes de curto circuito.Os transformadores devem ser localizados em locais afastados de materiais combustíveis ou inflamáveisde qualquer espécie, e se a tensão aplicada nos terminais dos primeiros for igual ou maior que 250V,deverão ser instalados de modo que não possam estar sujeitos a contatos acidentais, levando carcaçasmetálicas, as quais devem protegê-los de quaisquer outros agentes externos. Essas carcaças devemser ligadas à terra.De acordo com a localização a bordo, um transformador será à prova de jato d�água, de respingos etc.Sempre que utilizadores vitais tiverem alimentação através de transformadores, estes deverão ser insta-lados com capacidade e em número suficiente para garantir a alimentação desses utilizadores, mesmocom um dos transformadores retirado por qualquer motivo.Se forem usados transformadores monofásicos, tanto para iluminação como para suprimento de utilizadoresvitais, a instalação deverá possuir, pelo menos, um transformador de reserva. A transferência de alimen-tação para o transformador de reserva deve ser fácil e de rápida manobra. Todos os transformadoresdeverão ser construídos para terem seus enrolamentos concêntricos, devendo os núcleos ser ligados àterra, exceto os transformadores que se destinam à partida de motores.Os transformadores resfriados a líquidos terão de ter suas carcaças com juntas de expansão, ou comoutros meios quaisquer para acomodar a dilatação do líquido resfriador e dela própria. Além disso,deverão existir respiradores nas carcaças.Esses transformadores deverão, sob quaisquer condições de tempo e de navegabilidade do navio, operarsem derramar o líquido resfriador, mesmo quando houver uma banda permanente de 15o ou um trim de 5o.Deverão operar, igualmente, com balanços de 22o 30'. Se o transformador estiver num circuito de emer-gência, deverá obedecer às regras acima para uma banda permanente de 22o 30'.As placas identificadoras dos transformadores deverão ser colocadas em locais bem visíveis e conter,escrito de modo indelével, suas características nominais.As características de queda de tensão de transformadores que devem operar em paralelo devem ser taisque a corrente induzida no secundário de cada um deles não tenha uma variação maior que 10% do seuvalor nominal.

9.35 - BATERIAS

As prescrições desta regra, no que se refere a baterias, aplicam-se às baterias fixas das instalaçõeselétricas, e não às baterias portáteis ou pilhas secas.Todas as baterias de um navio devem ser localizadas num compartimento próprio, destinado unicamentepara isso e para a guarda de baterias de reserva e, desde que observadas certas medidas de segurança,quando autorizado pelo BC para a carga de baterias. Contudo, se o navio possuir, na instalação, bateriasalcalinas e ácidas, deverá dispor de dois compartimentos, um para cada tipo de bateria.O compartimento de baterias deve ser localizado no navio, de modo que não fique exposto ao calorirradiado ou transmitido por condução através de anteparas, pisos e conveses de praças de máquinas,de praça de caldeiras, de cozinhas ou de lavanderias etc. Não deverão, por outro lado, ser localizadas demodo a ficarem expostas a frios intensos, nem a condensações.Se, pelo projeto de um navio, o compartimento de baterias for obrigado a localizar-se de maneira quefique exposto a colisões, a incêndio ou a outro qualquer acidente, ou a seus efeitos, não deverão ser

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instaladas nesse compartimento as baterias que alimentem motores de arranque de motores Diesel deemergência.Nesse caso, tais baterias deverão ser localizadas em locais adequados e, se no convés ou outro lugarexposto ao tempo, deverão ser instaladas de modo a ficarem protegidas por uma ou mais caixas espe-cialmente fabricadas para esse fim.Um compartimento de baterias deverá, além do que foi dito acima, satisfazer aos requisitos enumeradosabaixo:a) Todo o interior do compartimento deverá ser pintado com tinta resistente à corrosão.b) O compartimento deverá ter dimensões tais que permitam o acesso a pessoas habilitadas, para

conservação das baterias.c) O sistema de ventilação do compartimento deverá ser exclusivo para a sua ventilação, com capacida-

de para renovação constante de ar ambiente, numa média de 40 vezes em cada hora.d) Se o teto do compartimento puder ficar em franca comunicação com o ar livre de atmosfera, através de

dutos diretos e exclusivos, poderá ser usada ventilação natural. Nesse caso, os dutos não poderão terinclinação maior ou igual 45o da vertical, e seus interiores deverão ser pintados com a mesma tintaresistente à corrosão, empregada na pintura do interior do compartimento.

e) Não deverão ser localizados num compartimento de baterias, equipamentos de quaisquer tipos e paraquaisquer fins, desde que tais equipamentos sejam capazes de provocar arco ou centelhamento.

f) Se for necessário fazer qualquer abertura em convés ou antepara de um compartimento de bateriaspara um fim qualquer diferente de ventilação, deverá ser feita uma selagem com o fim de evitar a fugade gases emanados das baterias, para compartimentos adjacentes ou conveses.

g) As baterias deverão ser instaladas em prateleiras gradeadas, devendo essas grades ser forradas comchumbo, se suportarem baterias ácidas. Além disso, por baixo dessas grades, sob as baterias,deverão ser colocadas bandejas de chumbo ou de madeira forrada com chumbo, a fim de apararqualquer gota ou derramamento de ácido. Se as prateleiras gradeadas suportarem baterias alcalinas,as proteções ditas acima deverão ser feitas com chapas de aço, em vez de chumbo.

h) Se for realizável, as proteções mencionadas em g poderão ser substituídas (com exceção do que foidito para as prateleiras) por uma forração de chumbo ou aço, sobre todo o piso do compartimento,fazendo-se também um rodapé de 20cm de altura em todas as anteparas. O forro deverá ser estan-que, bem como sua junção com o rodapé.

i) A iluminação dos compartimentos não poderá ser feita por meio de lâmpadas descobertas e o controleda iluminação deverá ser feito de compartimento adjacente.

j) Em local bem visível, deverá existir, com dizeres gravados ou escritos com tinta indelével, uma placa deaviso, proibindo o fumo no interior do compartimento. Nesse aviso poderá constar, também, proibiçãopara uso de lâmpadas descobertas.

Todas as vezes que baterias tiverem de ser localizadas, por não haver outra solução, em caixas noconvés ou em compartimentos, tais caixas deverão satisfazer aos requisitos para os compartimentos,no que lhes diz respeito, devendo ser, tal como os compartimentos, estanques à água.As baterias empregadas a bordo deverão ser de fabricação segura, com suas placas bem resistentes,prevendo-se um desprendimento mínimo de materiais ativos.Os elementos das baterias deverão ser fabricados de modo a não haver possibilidade de transbordo deeletrólito sob quaisquer condições de navegabilidade do navio. Esses elementos, ou suas cubas, devemser dispostos de modo a garantir-se acessibilidade a eles, pelos topos e por um dos lados, no mínimo.Todas as baterias e elementos serão fixados nas suas prateleiras, de modo a não poderem sofrer des-locamentos com o jogo do navio. Se preciso for, deverão ser usados calços, isolados adequadamente,para garantir a imobilidade das baterias. Sempre que forem empregadas baterias para partidas de moto-res Diesel principais, deverão ser empregados grupos de 2 baterias com suficiente capacidade combina-da para satisfazer ao número de partidas exigidas pelo BC. Para esse caso, a instalação deve dispor demeios para recarregamento das baterias.Todas as baterias deverão ser protegidas contra correntes de curto-circuito, por meio de disjuntores oufusíveis em cada condutor isolado, e essas proteções deverão se localizadas em compartimento adja-cente ao de baterias. Excetuam-se do que foi aqui prescrito, as baterias dos grupos de partida demotores Diesel.Se forem instalados resistores em série para o carregamento de baterias, usando-se a tensão de linhado sistema, deverão ser instaladas proteções contra inversão de corrente, desde que a tensão emprega-da seja maior que 15% da tensão de linha.

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9.36 - FOGÕES, FORNOS E APARELHOS DE AQUECIMENTO

9.36.1 - Os fogões elétricos e outros aparelhos de cozinha instalados nos navios deverão satisfazer,além das exigências do serviço a que são destinados, às exigências que se seguem:a) Devem ser localizados longe de materiais inflamáveis de qualquer espécie.b) Devem ser instalados de modo que, quando operando em suas mais altas temperaturas permissíveis,

não causem aquecimento demasiado ao convés onde estão apoiados, ou que lhes cobrem, nem deantepara a eles próxima.

c) Todas as partes destinadas ao manuseio dos cozinheiros e ajudantes deverão ser de material nãocondutor de eletricidade e de calor, não inflamável e não higroscópico.

d) Devem ser construídos de modo que os pontos a serem manipulados pelos cozinheiros e ajudantesnão ultrapassem a 50oC, em operação sob qualquer regime de trabalho.

e) As partes metálicas que não fiquem energizadas deverão ser ligadas à terra.

9.36.2 - Os aparelhos de aquecimento deverão satisfazer às exigências que se seguem:a) Devem ser localizados longe de materiais inflamáveis de qualquer espécie, a uma distância mínima de

1,0 metro de beliches e cortinas.b) Devem ser instalados, como os aparelhos de cozinha, de modo que, quando operando nas suas mais

altas temperaturas permissíveis, não causem aquecimento demasiado dos conveses ou das antepa-ras.

c) Devem ser construídos de modo que apresentem uma constituição mecânica forte.d) Todas as partes destinadas à manipulação devem ser de material não condutor de eletricidade e de

calor, não inflamável, não higroscópico e não podendo ultrapassar 50o C, quando ativados sob qual-quer regime de trabalho.

e) As partes metálicas que não fiquem energizadas devem ser ligadas à terra.f) Somente com autorização do BC, nos compartimentos de grande cubagem poderão ser instalados

aquecedores elétricos que não sejam do tipo de convecção.g) Se os aquecedores tiverem de ser localizados em locais onde possam ficar sujeitos a choques

mecânicos deverão ser do tipo blindado.

9.37 - COMUNICAÇÕES INTERIORES

Os circuitos de comunicações interiores poderão ser alimentados pelo sistema de força e luz do navio,por conversores rotativos ou estáticos, por baterias ou por pilhas, usando tensões até 220V de correntecontínua e 250V de corrente alternada.Quando o circuito de comunicações interiores tiver alimentação com tensões superiores a 50V de cor-rente alternada ou 60V de corrente contínua, ou tenha alimentação de sistemas de força e luz, terá de terseus acessórios e proteções (desde o quadro de distribuição) de acordo com o que prescreve esta seçãopara os circuitos de força e luz.Da mesma maneira que para os circuitos de força e luz, os cabos dos circuitos de comunicaçõesinteriores devem ser selecionados, atendendo-se à tensão nominal, à intensidade nominal e à queda detensão. Por outro lado, deverão ser instalados da mesma maneira que os cabos de força e luz, masdevem ser independentes destes, a não ser que tanto uns como outros tenham forros metálicos.Desde que os circuitos de comunicações interiores não tenham alimentação por pilhas, deverão terproteção contra sobrecarga e correntes de curto-circuito, em cada pólo isolado.Todos os aparelhos de comunicações interiores, tais como telégrafos de máquinas, alarmes de incêndioe alarmes das praças de máquinas, deverão ter, para suas indicações visuais e sonoras, característicasde tal ordem que os identifiquem, clara e individualmente, uns dos outros e de ruídos gerais.Os navios de passageiros deverão ser dotados de alarmes gerais para chamada dos passageiros paraatendimento dos postos de salvamento. Deverão ser instalados avisos nos camarotes e em passagens,de modo que cada passageiro tenha pleno conhecimento das características desses alarmes.Os controles de tais alarmes devem ser localizados no passadiço.Todos os circuitos e aparelhos de comunicações interiores deverão ser projetados e construídos demodo que satisfaçam às exigências desta seção, no que lhes são aplicáveis, devendo, por outro lado,dispor de marcações que tornem fácil qualquer localização de efeitos, bem como a realização de quais-quer reparos, sem causar transtornos nos demais circuitos, ou, pelo menos, reduzindo-os a um mínimo.As proteções que devem possuir, tanto os aparelhos como os circuitos, contra choques mecânicos,umidade, etc.., devem ser selecionadas de acordo com a localização.

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9.38 - RETIFICADORES

Os retificadores semi-condutores ou simplesmente retificadores empregados nos navios poderão serdos tipos de cobre, de germânio ou de selênio, montados em bancadas e selecionados de acordo comas condições de utilização.Na associação de células retificadoras, estas serão ligadas em série, formando um elemento retificador,montado numa bancada que, por sua vez, será instalada no equipamento, de tal modo que, sendonecessária sua remoção, não seja necessária a desmontagem de todo o equipamento.As características dos retificadores deverão ser tais, que, normalmente, estejam submetidos às tempe-raturas máximas de 45, 65 e 70oC para as células retificadoras de cobre, germânio e selênio, respectiva-mente, sob a temperatura ambiente de 45oC. Além disso, conforme o caso, os retificadores devempossuir meios para proteção contra uma elevação de tensão de corrente contínua devida a uma alimen-tação restabelecida. Se os retificadores forem de germânio ou de selênio, ainda se exigirá que elessejam capazes de suportar elevações de tensão muito altas, esporádicas e transitórias, com origem nosistema do navio.Todas as células retificadoras deverão ter resfriamento, tanto por circulação natural de ar como forçada.Contudo, no caso de resfriamento por circulação forçada, a bancada deve ser construída de tal modo queo retificador não permaneça alimentado, se cessar o resfriamento efetivo.O resfriamento também poderá ser por imersão em óleo, sendo este resfriado, por sua vez, por meio decirculação de água ou ar.Os retificadores não deverão ser instalados perto de aquecedores, tubulações de vapor, ou qualquer fontede calor irradiante. Todavia, se for necessário fazer uma instalação nessas condições, deverão ser isola-dos suficientemente, para que sejam respeitados os limites de elevação de temperatura. Não se deveusar produtos básicos de mercúrio nas proximidades de retificadores de selênio.

9.39 - APARELHOS DE CONTROLE

Todos os motores elétricos deverão ser dotados de controladores, que lhes dêem meios eficazes departida e parada, bem como de aceleração, quando for o caso.Os controladores deverão estar instalados em lugar acessível e de fácil manuseio pelo condutor.Os controladores dos motores deverão ser construídos de modo que atendam aos seguintes requisitos:

a) Elevação máxima de temperatura.1- Contatos - 60oC; se forem de prata, 75oC;2- Condutores nus - 45oC;3- Conexões - 45oC;4- Resistores - 400oC;5- Bobinas - com isolamento da classe A- 60oC;Bobinas - com isolamento da classe E- 75oC;Bobinas - com isolamento da classe B- 90oC;6- Os núcleos de ferro terão, como limites máximos de temperatura, os mesmos das bobinas. Toda-

via, se os núcleos não tiverem contato com as bobinas, poderão ter elevações de temperatura demodo a não serem afetadas as partes a eles adjacentes. A mesma observação se aplica àsdemais partes dos controladores.

b) Os controladores deverão ser construídos de modo que os motores de que são acessórios não partamindevidamente, se tiverem sido parados por queda de tensão.

c) Os controladores disporão de meios para travamento na posição de desligado;d) Os fusíveis existentes deverão estar instalados de modo que possam ser substituídos, fácil e segura-

mente;e) Com exceção dos motores de máquinas de leme, os motores deverão ter meios para ficarem

desalimentados quando ocorrerem correntes excessivas devido a sobrecargas mecânicas;f) Se os controladores pertencerem a motores de corrente alternada trifásica, disporão de meios eficazes

para evitar o funcionamento monofásico; eg) Os controladores deverão ser construídos de modo que os circuitos de campo shunt não sejam

desconectados sem uma descarga adequada. Os controladores fabricados com �starters� para maisde um motor, devem ter proteções para baixas tensões e correntes excessivas, de tal modo que nãosejam deficientes em relação aos controladores individuais. Se os controladores pertencerem autilizadores vitais, disporão de meios que permitam, fácil e rapidamente, a para a alimentação dereserva ou de emergência.

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9.40 - ACESSÓRIOS

Todos os acessórios das instalações elétricas dos navios serão fabricados obedecendo ao que, no quelhes concerne, prescreve esta Regra, para os equipamentos, de uma maneira geral.Obedecerão, também, às regras aqui mencionadas:Todos os envoltórios dos aparelhos e acessórios serão de metal (latão, ferro fundido, aço) ou de materialnão propagador de chama e isolante. Se forem de metal, terão que possuir um revestimento de materialisolante, não propagador de chama e que os proteja da corrosão.Os envoltórios, caixas ou carcaças deverão ser fabricados de modo que dêem aos equipamentos aproteção no grau exigido. Porém, se nenhuma proteção for exigida, os envoltórios deverão dar umaproteção mínima contra a umidade. Por outro lado, permitirão, de maneira fácil e rápida, meios parainspeção e limpeza, e serão fabricados de modo que não permitam acúmulo de poeira.A fabricação dos acessórios deverá prever uma montagem e instalação no sistema, de tal modo que nãopossa haver esforço mecânico nos terminais, desde que não sejam os previstos e considerados comonormais.Nos conveses expostos ao tempo ou em compartimentos onde a umidade seja de valor absoluto muitogrande, tais como praças de máquinas, cozinhas e lavanderias, os punhos e tomadas deverão serinstalados, de tal modo que não permitam a penetração de água, isto é, devem ter proteção contrarespingos, borrifamentos e jatos d�água.Essa proteção deve persistir sempre que, por qualquer motivo, um punho for retirado de uma tomada.As tomadas de corrente nominal de 15A e acima, deverão ser dotadas de uma chave interruptora comtravamento, isto é, com um dispositivo que impeça a retirada do punho, quando a chave estiver naposição de ligada.Os punhos e tomadas terão, como limites máximo de temperatura, 30oC acima da temperatura ambiente.Os interruptores ou comutadores de lâmpadas de iluminação deverão ser fabricados de material nãopropagador de chamas e não poderão ser instalados em lugares sujeitos à possibilidade, mesmo remo-ta, de acúmulo de gases inflamáveis.

9.41 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA BALSAS-TANQUE

São, para os efeitos desta Regra, considerados como navios-tanque, os navios destinados ao transportede gasolina, álcool, óleos ou quaisquer líquidos de ponto de inflamação igual ou inferior a 65°C. Para asbalsas-tanque, somente serão adotados os sistemas de distribuição a dois fios, isolados de terra, paracorrente contínua ou alternada monofásica e, a três fios, isolados de terra, para corrente alternadatrifásica.Nenhuma parte energizada do sistema poderá ter ligação à terra, salvo as ligações feitas através decapacitadores ou indicadores de terra, empregados na eliminação de interferência.Não poderão ser instalados geradores de corrente contínua, alternadores e quadros principais, fora daspraças de máquinas, a não ser em compartimentos separados dos tanques por espaços vazios oucoferdantes. Nesse caso, os compartimentos deverão ter ventilação eficaz.Nos navios-tanque, não serão instalados equipamentos elétricos de qualquer natureza nos tanques enos compartimentos vazios ou coferdames que separem tanques de carga, ou separem tanques decarga de outros compartimentos, nas praças de bombas de carga, ou quaisquer outros compartimentosfechados, adjacentes aos tanques de carga ou nos compartimentos onde possa haver acúmulo degases.Só poderão ser instalados, nos conveses ou cobertas, equipamentos elétricos de qualquer natu-reza, a 3 metros ou mais, de respingos ou dportas de visita ou de inspeção, ou de qualquer outra aberturade um tanque de carga.Para o que é prescrito no item acima, o BC poderá autorizar instalações de equipamentos elétricos amenos de 3 metros, se forem satisfeitas as condições abaixo:a) For imprescindível, tecnicamente;b) O equipamento for construído de material anti-detonante (antideflagrante); ec) O equipamento for à prova de chama ou de explosão.Nos compartimentos adjacentes e acima dos tanques de carga, não poderão ser instalados outrosdispositivos que não os de iluminação construídos de materiais à prova de chamas, devendo seus con-troles ser instalados em locais seguros, dispondo de chaves com manobra local ou à distância. Essescompartimentos deverão ser ventilados, com renovação de todo ar na base de 40 vezes, por hora.Os acessórios do sistema de iluminação dos compartimentos mencionados no item anterior podem serinstalados entre conveses adjacentes e acima dos tanques de carga, se houver entre o tanque e oconvés uma separação por espaço vazio ou coferdam, havendo estanqueidade a gás. Os planos da

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instalação aqui mencionados terão de ser aprovados pelo BC.Quando os cabos elétricos estiverem contidos em dutos, estes não poderão provocar roçaduras noscabos. O mesmo se aplica a qualquer suporte de cabo elétrico, a entradas de caixas de junção ou aquaisquer ligações dos cabos.Por outro lado, as ligações dos cabos, onde quer que seja, devem ser projetadas de modo que numadesmontagem ou substituição não possa haver avaria de qualquer espécie nos cabos.Equipamentos de sondagem de odômetros de fundo (pirômetros), devem ser instalados em comparti-mentos separados dos tanques de carga por espaços vazios ou coferdames, possuindo tais comparti-mentos estanqueidade ao ar e gases. Esses compartimentos deverão ser localizados por ante-a-vantedos tanques de carga.Os compartimentos de bombas obedecerão às exigências que se seguem:a) Devem ser subdivididos por anteparas estanques aos gases, no caso de possuírem bombas acionadas

por motores elétricos, ficando as bombas em subdivisão distinta da dos motores. Esta subdivisão doscompartimentos também poderá ser feita por um convés estanque. Em ambos os casos deverãoexistir acoplamentos adequados das bombas e de suas máquinas motrizes, submetidos à aprovaçãodo BC, devendo ser mantida a estanqueidade entre as duas subdivisões dos compartimentos;

b) Os acessórios ou equipamentos adicionais dos motores elétricos acionadores de bombas serãoinstalados na mesma subdivisão estanque onde estiverem localizados os motores;

c) As iluminações dos compartimentos de bombas se fará por meio de lâmpadas nas anteparas outetos, separadas do compartimento por vidros estanques ao gás, de grande resistência;

d) Todos os acessórios de iluminação deverão ser à prova de chama;e) A iluminação deverá ser projetada de modo que cada ponto de iluminação seja alimentado por dois

circuitosdistintos, com cabos blindados, com forração mineral, ou com cabos armados, com forraçãode chumbo ou ainda através de dutos estanques aos gases. De qualquer maneira, os cabos estarãotão afastados quanto possível das anteparas mais próximas ao tanque de carga mais próximo. Poroutro lado, a iluminação terá controle remoto, de outros compartimentos ou de outros conveses, e ocontrole disporá de chaves com fusíveis nos dois pólos. O reparo de um sub-ramal alimentador de umponto de iluminação terá de ser feito de modo que o outro sub-ramal continue energizado, provendoalimentação para a iluminação do compartimento;

f) Só poderão ser usadas lâmpadas portáteis de tipo aprovado e testado pelo BC;g) Não serão instaladas caixas de junção, de seção, etc., nos compartimentos de bombas;h) Todo acessório elétrico autorizado pelo BC, para instalação em compartimentos de bombas, terá um

certificado gravado no envoltório ou em plaqueta a ele presa, ou presa em local adjacente, com oseguinte dizer: �Autorizado para uso em compartimento de bombas�. Todos os espaços fechados,adjacentes aos tanques de carga, terão iluminação igual à dos compartimentos de bombas. Todas ascarcaças e envoltórios de todos os equipamentos elétricos, instalados em navios-tanque, serão demetal e, sempre que possível, revestidos de material isolante, não inflamável e não higroscópico. Noscasos de iluminação e seus acessórios, admite-se a substituição do metal por material não inflamá-vel, mediante aprovação do BC. Por outro lado, a fabricação dos equipamentos elétricos será feita demodo que lhes dê uma estrutura de metal e mecanicamente robusta. Todos os casos não previstosnesta Regra terão de ter aprovação do BC, para o que deverão ser remetidos planos com detalhes,incluindo especificações de segurança.

9.42 - EXIGÊNCIAS ESPECIAIS PARA EMBARCAÇÕES DE PASSAGEIROS

As embarcações de passageiros deverão ter suas instalações elétricas projetadas de modo que fiquegarantida a segurança, o funcionamento e o rendimento da instalação.A instalação elétrica de uma embarcação de passageiros será feita com distribuição por dois quadrosprincipais, de modo que a embarcação mantenha sua operação eficaz, com todas as manobras possí-veis com alimentação por um dos quadros, independentemente do outro. Se, todavia, o tipo de embarca-ção considerando-se suas dimensões, não suportar a instalação de dois quadros, a distribuição poderáser feita apenas por um, devendo esse único quadro ser dividido em duas partes, de modo que osequipamentos sejam alimentados alternadamente por uma ou por outra parte, mantendo a manobracompleta e eficaz da embarcação.Os geradores de emergência devem ter partida automática. Para isso, suas máquinas motrizes terãomotores de arranque de partida automática, com queda ou falha de tensão no sistema principal, dispon-do, também, de partida manual. As máquinas motrizes serão constituídas de motores Diesel quedisporão de baterias próprias para partida de seus motores de arranque.Se forem usados grupos de baterias de socorro, serão instalados dispositivos automáticos que permiti-

TOMO III - EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕESELÉTRICAS ............................................................... SEÇÃO 9

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rão às baterias alimentarem os circuitos de socorro no caso de falta de alimentação principal.Os motores Diesel dos geradores de emergência e dos geradores de socorro terão um tanque próprio decombustível.O BC faculta-se ao direito de exigir outros detalhes de segurança não previstos nessas Regras.

9.43 - PROVAS DAS MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS

Os motores e geradores elétricos deverão ser submetidos aos testes abaixo mencionados, de preferên-cia ainda nos respectivos fabricantes.

9.43.1 - Prova de Aquecimento - Nesta prova, as máquinas elétricas devem funcionar com suas respec-tivas cargas nominais, durante um período de tempo suficientemente longo para que seja alcançado oequilíbrio térmico da máquina, no qual a temperatura da máquina se estabilizará ou subirá no máximo de1 grau por hora. Esta temperatura de equilíbrio deve ser menor que a temperatura máxima permissívelpara funcionamento do equipamento em causa.

9.43.2- Prova de Funcionamento - Durante a prova de funcionamento serão aplicadas as sobrecargasabaixo indicadas e serão observados os comportamentos das máquinas elétricas testadas, não devendoelas apresentar avarias ou deformações nas bobinas, nem grandes variações nas tensões e freqüênciasnominais. Os geradores e motores que se destinam a serviço contínuo deverão suportar as seguintessobrecargas de corrente:a) Geradores - Deverão suportar uma sobrecarga de 50%, durante um minuto, e uma sobrecarga contí-

nua de 25%, durante um intervalo de tempo de: Uma hora, para geradores de 7,5 KW ou mais. Meiahora, para geradores de 3 a 7,5 KW. Quinze minutos, para geradores com menos de 3 KW.

b) Motores - Deverão suportar uma sobrecarga de 50%, durante um minuto, e uma sobrecarga contínuade 25%, durante um intervalo de tempo de: Uma hora, para motores de 10 HP ou mais. Meia hora,para motores de 3 a 10 HP. Quinze minutos, para motores de menos de 3 HP. Não se aplicamsobrecargas contínuas nas máquinas elétricas totalmente fechadas e nas que se destinam a serviçosde curta duração. Os comutadores com um ângulo fixo de calagem nas escovas devem funcionarsatisfatoriamente com uma sobrecarga de 20%, durante uma hora.

9.43.3 - Prova de Dielétrico - Nesta prova se aplicará às máquinas elétricas rotativas novas, depois daprova de aquecimento, uma alta tensão alternada de freqüência compreendida entre 25 e 100 ciclos; estatensão será aplicada de forma progressiva até atingir o valor indicado a seguir, o qual deverá ser aplicado,durante um minuto, entre cada enrolamento e a massa a que estão ligados os demais enrolamentos quenão estão em prova.a) Máquina de potência menor que 3HP, KW ou KVA: se aplicará uma tensão nominal, num mínimo de

2 000V.b) Máquina de potência superior a 3HP, KW ou KVA: se aplicará uma tensão de 1 000V + o dobro da

tensão nominal, num mínimo de 2 000V.c) Enrolamentos de excitação e enrolamentos de excitatrizes dos geradores síncronos: se aplicará uma

tensão nominal, num mínimo de 1 500V e num máximo de 3 500V.d) Enrolamentos de excitação dos motores síncronos e comutatrizes que arrancam como motores

assíncronos: se aplicará uma tensão de 10 vezes a tensão de excitação, num mínimo de 1 500V enum máximo de 3 500V, quando o circuito indutor for aberto, com Y dividido; no caso do Y não serdividido, se aplicará uma tensão de 500 volts, quando a voltagem de excitação for de até 275 volts, euma tensão 8 000 volts, quando a voltagem de excitação for maior que 275V.

9.43.4 - Prova de Isolamento - Será feita com a máquina em sua temperatura normal de funcionamento,de preferência depois da prova dielétrica. Durante a prova, se aplicará à máquina uma corrente contínuade 500 volts. A resistência do isolamento não será menor que: Tensão Nominal / 1000 megohms

9.43.5 - Provas Abreviadas - Quando há máquinas em duplicatas, se estas forem de menos de 50KW ouHP podem ser feitas provas abreviadas, fazendo-se apenas uma prova de funcionamento sem carga,para observar-se o comportamento, tanto mecânico como elétrico, da máquina, e, em seguida, será feitaa prova de dielétrico e a de resistência de isolamento.

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9.44 - PROVA DE MÁQUINAS ELÉTRICAS ESTÁTICAS

As máquinas elétricas estáticas, tais como as máquinas elétricas rotativas, serão submetidas, ainda nofabricante, na presença de um inspetor do BC, aos seguintes testes:

9.44.1 - Prova de Aquecimento - Nesta prova, as máquinas elétricas estáticas devem funcionar com assuas respectivas cargas nominais, durante um período de tempo suficientemente longo para que sejaatingido o equilíbrio térmico, no qual a temperatura da máquina se estabilizará ou não variará mais de 10o

C, em um intervalo de tempo de 1 (uma) hora.Esta temperatura de equilíbrio não deverá ser superior aos valores limites na tabela que se segue:

Aumento médio de temperatura em °C, medido pela variação de resistênciados enrolamentos, conectados entre os bornes

Tipo Circulação de óleo Resfriado Classe do Isolante

A B

Seco - Ar 50oC 70oC

Natural Ar 55oC -

Submerso em Óleo Forçada Ar 60oC -

Forçada Ar 65oC -

Para os tipos submersos em óleo, temos um aumento de temperatura de 45o C, por termômetro.O aquecimento medido com termômetro, na superfície externa não deve ser maior que o aquecimentopermitido para os adjacentes.Os limites de aumento de temperatura, dados na tabela anterior, são aumentos de temperatura sobre astemperaturas do ar, para os resfriados a ar, e sobre a temperatura da água, para os resfriados a água;considera-se como sendo as temperaturas nominais de ar e da água, 45oC e 30oC, respectivamente.

9.44.2 - Prova de Dielétrico - Nesta prova se aplicarão às máquinas elétricas estáticas, de preferêncialogo depois da prova de aquecimento, uma alta tensão alternada, de freqüência compreendida entre 25 e100 ciclos. Deve-se, porém, quando possível tomar a freqüência de serviço do transformador.O valor da tensão de prova será de 1000 + 2 x Tensão de regime, entre condutores. A tensão de provaserá aplicada, durante um minuto, entre o enrolamento em prova e os outros enrolamentos ligados entresi e à cuba ou enrolamento do transportador que será ligado à terra.

9.44.3 - Prova de Tensão Induzida - Nesta prova, será utilizada uma fonte exterior de tensão, com umvalor igual ao dobro da tensão nominal com o mesmo número de fases que o transformador em prova ecom uma freqüência, também o dobro da freqüência nominal, a fim de não sobrepassar a indução usual.Esta prova proporciona testar o isolamento entre um enrolamento separado e os pares adjacentes, bemcomo o isolamento entre espirais e bobinas.Aplica-se alta tensão, durante um minuto. Se, porém, o valor da freqüência da fonte exterior for maior queo dobro da freqüência nominal, a duração da prova, em segundos, será:

60 x (2 x freqüência nominal / freqüência de prova),com uma duração mínima de 15 segundos.

9.45 - PROVAS DOS QUADROS ELÉTRICOS

Os quadros elétricos, ainda no fabricante, serão submetidos às provas dielétricas de todos os seuscircuitos e de resistência de isolamento.

9.45.1 - Prova Dielérica - Todos os circuitos de um quadro elétrico devem ser submetidos, nesta prova, auma alta tensão de freqüência compreendida entre 25 a 100 ciclos, cujo valor é de 100 volts + 2 xvoltagem nominal.

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A alta tensão, com o valor acima especificado será aplicada, durante um intervalo de tempo de 1 minuto,entre cada um dos pólos de um circuito e o conjunto dos demais pólos deste circuito; entre todos osoutros pólos dos demais pólos deste circuito, e entre todos os outros pólos dos demais circuitos, unidosentre si e a massa.Durante a prova, estarão ligados todos os aparelhos de corte e proteção e desligados os aparelhos demedida.Quando a tensão nominal for de 50 volts ou menos, se aplicará uma alta tensão de 450 volts.

9.45.2 - Prova de Resistência de Isolamento - Esta prova será feita logo em seguida à prova dielétrica.Ela será feita com as proteções automáticas e interruptores abertos; aparelhos de medida e lâmpadas-piloto, desmontados.Nessa prova, será aplicada uma corrente contínua de 500 volts e se medirá a resistência de isolamentoentre cada barra isolada e a terra, bem como entre cada barra isolada e a barra conectada ao outro póloou pólos.As resistências de isolamento encontradas não devem ser inferiores a um megohm.

9.46 - PROVA DOS CABOS ELÉTRICOS

Os cabos elétricos devem ser submetidos, ainda nas oficinas do fabricante, às provas que se seguem napresença de um inspetor do BC, toda vez que for julgado conveniente.

9.46.1 - Prova de Dielétrico - Nesta prova, que será feita em todo o comprimento do cabo, será aplicada,na temperatura ambiente, uma tensão alternada de freqüência compreendida entre 25 e 100 ciclos,durante quinze minutos, entre o fio e a água na qual o condutor deve estar mergulhado, pelo menos, umahora antes da prova.Uma exceção é feita aos cabos com forro metálico, que necessitam ser submersos. Neste caso atensão é aplicada entre os condutores. O valor da tensão de prova tira-se da tabela que se segue:

Tensão Nominal Tensão da Prova250 V 1 500 V660 V 3 000 V

1 100 V 3 500 V

3 300 V 10 000 V6 600 V 16 000 V

Se for necessário usar na prova uma tensão contínua em vez de alternada, os valores de tensão de provadados acima devem ser duplicados.

9.46.2 - Medida de Resistência de Isolamento - Em seguida à prova de rigidez elétrica, deve ser feita emtodos os cabos elétricos uma prova de medida de resistência de isolamento.Nesta prova, será aplicada ao cabo uma tensão contínua de 500 volts, da mesma forma como foi aplica-da na prova anterior, durante um intervalo de tempo não menor que um minuto e, em seguida, será feitaa medida de resistência de isolamento entre os fios dos vários condutores e a água na qual estãosubmersos ou a armação metálica, no caso de cabos com forro metálico.No caso de cabos com isolamento termoplástico, a tensão deve ser aplicada, no mínimo, durante 5minutos para obter-se melhores resultados. Os valores da resistência de isolamento encontrados devemestar de acordo com a tabela que se segue:

Temperatura Fator Temperatura Fator10 0.77 16 1.0211 0.81 17 1.06

12 0.85 18 1.11

13 0.89 19 1.1714 0.94 20 1.23

15 0.97 21 1.29

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De acordo com a temperatura da água em que foi submerso o cabo durante a prova, a qual deve estarcompreendida entre 10 e 20oC, aplica-se à resistência de isolamento encontrada uma correção paracorrigi-la para a temperatura padrão de 15,6oC.As provas dos elementos constituintes dos cabos elétricos obedecerão às normas da ABNT.

9.47 - TESTES FINAIS

Independentemente dos testes já citados, e que devem ser feitos nas oficinas dos fabricantes, todainstalação elétrica nova ou reformada deve ser testada, cuidadosamente, pelo inspetor do BC, antes deser posta em operação.O inspetor medirá a resistência de isolamento dos diferentes circuitos e equipamentos, aplicando umatensão de corrente contínua de 500 volts, e devem ser encontrados valores compatíveis com os dadosque se seguem.

9.47.1 - Circuito de Luz e Força - Cada circuito deve ter uma resistência de isolamento entre cadacondutor e a terra de, não menos que:Cargas até : 5 amperes, aterramento de : 2 megohmsCargas até : 10 amperes, aterramento de : 1 megohmsCargas até : 25 amperes, aterramento de : 0.4 megohmsCargas até : 50 amperes, aterramento de : 0.25 megohmsCargas até : 100 amperes, aterramento de : 0.1 megohmsCargas até : 200 amperes, aterramento de : 0.05 megohmsCargas de mais de : 200 amperes, aterramento de : 0.025 megohms

Se necessário para obter resistência desejada, cada um dos dispositivos ligados pode ser desligado,subdividindo-se a instalação para a prova.

9.47.2 - Circuitos de Comunicações Interioresa) Resistência de Isolamento - Nos circuitos com 115 volts ou mais, a resistência de isolamento encon-

trada entre condutores ou entre cada condutor e a terra, não deve ser menor que 1 (um) megohm. Noscircuitos com menos de 115 volts, a resistência de isolamento encontrada entre condutores ou entrecada condutor e a terra, deve ser, no mínimo, de 1/3 de megohm. Se necessário, pode-se, igualmente,sub-dividir a instalação para obter-se a resistência de isolamento desejada.

b) Grupos geradores - Deve ser testada a operação do dispositivo para evitar velocidade excessiva, doregulador de velocidade do motor, dos dispositivos sincronizadores, desconectador de inversão decorrente ou de inversão de potência e de sobrecarga e todos os outros dispositivos de segurança.Cada grupo gerador deve ser posto em funcionamento e mantido em sua carga nominal até que sejaalcançada uma temperatura de equilíbrio, na qual a temperatura do gerador se mantém constante ouvaria, no máximo, de 1oC em uma hora. Esta temperatura de equilíbrio deve ser menor que a tempera-tura máxima permissível para o gerador em uso. O gerador deve funcionar continuamente, pelo me-nos, durante 4 horas. Em seguida, mede-se a resistência de isolamento do gerador, não sendoaceitável um valor menor que: Tensão nominal / 1000 megohms. Deve ser observado, igualmente, ofuncionamento em paralelo dos geradores e a repartição da carga.

c) Motores - Todos os motores, com seus equipamentos de controle associados, devem ser postos emfuncionamento em condições normais de operação, durante um espaço de tempo suficiente, quepermita que se verifique o alinhamento correto, instalação, capacidade, velocidade, sentido de rotaçãoe temperatura de funcionamento, a qual não deve ser maior que a máxima permissível para o motor emcausa. Em seguida, será medida a resistência de isolamento do motor, a qual não deve ser menorque: Tensão nominal / 1000 megohms. Motores que acionam bombas, ventiladores e cargas seme-lhantes, devem ser postos em funcionamento em condições as mais próximas possíveis das condi-ções de funcionamento individuais. Motores para guinchos de carga devem ser testados levantando eabaixando suas cargas especificadas. Circuito de iluminação - Devem ser testados todos os circuitosde iluminação, para que se verifique que todas as tomadas e outros dispositivos para a iluminaçãoestão em perfeitas condições. Deve igualmente ser testado o sistema de iluminação de emergência.

d) Sistema de comunicações - Todos os sistemas de comunicações devem ser testados cuidadosamen-te para que verificadas suas perfeitas condições de funcionamento. Especial cuidado deve ser dadoaos sistemas vitais, elétricos ou mecânicos.

e) Prova de terra em cabos armados - Quando usamos cabos armados ou forrados de chumbo, o forrometálico deve estar convenientemente ligado à terra, devendo esta ligação ser verificada por vistoriadordo BC.

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f) Utilizadores essenciais - Deverão ser testados, durante um tempo suficiente para comprovação desuas características, sob todas as condições de serviço, incluindo seus acessórios de controle esegurança.

g) Gerais - Deverão ser verificadas as temperaturas, sob os diversos regimes de carga ou de serviço, dasjunções, conexões, disjuntores fusíveis, bem como a continuidade dos condutores de ligação com aterra, quando for o caso.

h) Queda da tensão - A fim de comprovar as quedas de tensão exigidas por estas Regras, devem sermedidas as quedas de tensões impostas pelos cabos, resistores, aparelhos etc.

9.48 - SOBRESSALENTES

A relação de sobressalentes deve estar de acordo com o prescrito pelo fabricante.

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Tabela 9.1

Área e diâmetros para fios de cobre

AWG ÁREA DIÂMETRO NOMINALmm2 Circular Mils mm polegada

0000 107.2 211.600.000 11.68 0.46000 85.03 167.800.000 10.40 0.40900 67.43 133.100.000 9.266 0.36480 53.48 105.500.000 8.252 0.32491 42.41 83.694.000 7.348 0.28962 33.63 66.370.000 6.544 0.25703 26.67 52.630.000 5.827 0.22914 21.15 41.740.000 5.189 0.20435 16.77 33.100.000 4.621 0.18196 13.30 26.250.000 4.115 0.1627 10.55 20.820.000 3.665 0.14438 8.366 16.510.000 3.264 0.12869 6.634 13.090.000 2.906 0.114410 5.261 10.380.000 2.588 0.101911 4.172 8.230.000 2.305 0.0907412 3.309 6.530.000 2.053 0.0808113 2.624 5.170.000 1.828 0.0719014 2.081 4.107.000 1.628 0.0648815 1.650 3.257.000 1.450 0.057016 1.309 2.583.000 1.291 0.05017 1.038 2.048.000 1.150 0.0452618 0.8231 1.624.000 1.024 0.0403019 0.6527 1.288.000 0.9116 0.0358920 0.5176 1.022.000 0.8118 0.0319621 0.4105 810.000 0.7230 0.0284622 0.3255 642.400 0.6438 0.0253523 0.2582 509.500 0.5733 0.0225724 0.2047 404.000 0.5106 0.0201025 0.1624 320.400 0.4547 0.0179026 0.1288 254.100 0.4049 0.0159427 0.1021 201.500 0.3606 0.0142028 0.08098 159.800 0.3211 0.0126429 0.06422 126.700 0.2859 0.0112630 0.05093 100.500 0.2546 0.0100331 0.04039 79.700 0.2268 0.0089232 0.03203 63.210 0.2019 0.0079533 0.02540 50.130 0.1798 0.0070834 0.02014 39.750 0.1601 0.0063035 0.01597 31.520 0.1426 0.0056136 0.01267 25.000 0.1270 0.00537 0.01005 19.830 0.1131 0.0044538 0.007967 15.720 0.1007 0.0039639 0.006318 12.470 0.08969 0.0035340 0.005010 9.888 0.07987 0.00314

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Tabela 9.2

Correntes nominais para condutores, no ar livre(em Amperes, para a temperatura de 30 oC)

AWG CABOS COM ISOLAMENTO DE :R, RW, RU, RH TA, V, AVB AVA, AVL AI, AIA A, AA SB, WP,

T, TW SPW14 20 20 30 40 40 45 3012 25 25 40 50 50 55 4010 40 40 55 65 70 75 558 55 65 70 85 90 100 706 80 95 100 120 125 135 1004 105 125 135 160 170 180 1303 120 145 155 180 195 210 1502 140 170 180 210 225 240 1751 165 195 210 245 265 280 2050 195 230 245 285 305 325 23500 225 265 285 330 355 370 275000 260 310 330 385 410 430 3200000 300 360 385 445 475 510 370250 340 405 425 495 530 ..... 410300 375 445 480 555 590 ..... 460350 420 505 530 610 655 ..... 510400 455 545 575 665 710 ..... 555500 515 620 660 765 815 ..... 630600 575 690 740 855 910 ..... 710700 630 755 815 940 1005 ..... 780750 655 785 845 980 1045 ..... 810800 680 815 880 1020 1085 ..... 845900 730 870 940 ..... ..... .... 9051000 780 935 1000 1165 1240 ..... 9651250 890 1065 1130 ..... ..... ..... ....1500 980 1175 1260 1450 ..... ..... 12151750 1070 1280 1370 ..... ..... ..... .....2000 1155 1385 1470 1715 ..... ..... 140540 0.82 0.88 0.90 0.94 0.95 ..... .....45 0.71 0.82 0.85 0.90 0.92 ..... .....50 0.58 0.75 0.80 0.87 0.89 ..... .....55 0.41 0.67 0.74 0.83 0.86 ..... .....60 ..... 0.58 0.67 0.79 0.83 0.91 .....70 ..... 0.35 0.52 0.71 0.76 0.87 .....75 ..... ..... 0.43 0.66 0.72 0.86 .....80 ..... ..... 0.30 0.61 0.69 0.84 .....90 ..... ..... ..... 0.50 0.61 0.80 .....100 ..... ..... ..... ..... 0.51 0.77 .....120 ..... ..... ..... ..... ..... 0.69 .....140 ..... ..... ..... ..... ..... 0.59 .....

TOMO III - EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕESELÉTRICAS ............................................................... SEÇÃO 9

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Tabela 9.3

Correntes nominais para cabos com 3 (três) condutores, no máximo(em Amperes, para a temperatura ambiente de 30oC)

AWG CABOS COM ISOLAMENTO DER, RW, RU, RH Papel, TA, AVA, AVL AI, AIA A, AA

T, TW V, AVB14 15 15 25 30 30 3012 20 20 30 35 40 4010 30 30 40 45 50 558 40 45 50 60 65 706 55 65 70 80 85 954 70 85 90 105 115 1203 80 100 105 120 130 1452 95 115 120 135 145 1651 110 130 140 160 170 1900 125 150 155 190 200 22500 145 175 185 215 230 250000 165 200 210 245 265 2850000 195 230 235 275 310 340250 215 255 270 315 335 .....300 240 285 300 345 380 .....350 260 310 325 390 420 .....400 280 335 360 420 450 .....500 320 380 405 470 500 .....600 355 420 455 525 545 .....700 285 460 490 560 606 .....750 400 475 500 580 620 .....800 410 490 515 600 640 .....900 435 520 555 ..... ..... .....1000 455 545 585 680 730 .....1250 495 590 645 ..... ..... .....1500 520 625 700 785 ..... .....1750 545 650 735 ..... ..... .....2000 560 665 775 840 ..... .....40 0.82 0.88 0.90 0.94 ..... .....45 0.71 0.82 0.85 0.90 ..... .....50 0.58 0.75 0.80 0.87 ..... .....55 0.41 0.67 0.74 0.83 ..... .....60 ..... 0.58 0.67 0.79 0.91 .....70 ..... 0.35 0.52 0.71 0.87 .....75 ..... ..... 0.43 0.66 0.86 .....80 ..... ..... 0.30 0.61 0.84 .....90 ..... ..... ..... 0.50 0.80 ....100 ..... ..... ..... ..... 0.77 .....120 ..... ..... ..... ..... 0.69 .....140 ..... ..... ..... ..... 0.59 .....

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Tabela 9.4

Tipos de isolamentos usados nas Tabelas 9.2 e 9.3

Nome Comercial Sigla Isolamento Encapamento AplicaçõesCode ( Código ) R Borracha Resistente à umidade Uso geral

não propagador de chama,encapamento fibroso

Resistente à umidade RW Borracha resistente Como R Uso geral em locaisà umidade úmidos

Resistente ao Calor RH Borracha resistente Como Rao calor Uso Geral

Isolamento de látex RU Borracha 90% pulverizada Como R Uso geral (de preferênciasem granulagem em construções civis)

Isolamento T Composto Termoplastico não Sem encapamento Uso geral dos nos.termoplástico propagador de chama 14 a 0000 AWGTermoplástico TW Termoplastico resistente à Sem encapamento Uso Geral e em locaisResistente à umidade umidade e a propagação úmidos dos nos.

de chama 14 a 0000 AWGTermoplástico e amianto TA Termoplástico e amianto Cadarço de algodão não Nos quadros elétricos

propagador de chama somenteCambraia envernizada V Cambraia envernizada Encapamento fibroso em Locais secos a não ser

forro de chumbo os de forro de chumbo.Menores que no.6 AWG só compermissão especial

Cambraia envernizada AVA Amianto impregnado e AVA cadarço de amianto. - Locais secos somentee amianto AVL cambraia envernizada AVL cadarço de amianto - Locais úmidos.

com forro de chumboAmianto e cambraia AVB Amianto impregnado e Cadarço de algodão Locais secos somenteenvernizada cambraia envernizada resistente à propagação

de chama (quadros elétricos)Amianto A Amianto Sem cadarço de amianto Locais secos somente p/

aparelhos de tensãonominal de 300V

Amianto AA Amianto Com cadarço de amianto Para fios exteriores,da igual a A

Amianto AI Amianto impregnado Sem cadarço de amianto Como em AAmianto AIA Amianto impregnado Com cadarço de amianto Como em AAQueima lenta SB três cadarços impregnados Capa externa com acabamento P/uso somente em local

de fio de algodão, retarda liso e duro onde a temperaturaambiente exceda os valorespermitidos p/ condutoresde encapamento deborracha ou cambraia envernizada

Queima lenta SBW Duas camadas impregnadas Cobertura externa P/ uso somente em locaisde fio de algodão retardadora de fogo secos e fiação exterior

Resistente a variações WP No mínimo 3 camadas Pode ser usado para fraçãode temperatura de cadarços de algodão interior somente com

impregnado ou equivalente permissão especial

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Tabela 9.5

Corrente Alternada(para valores dados em Amperes, para tensões de até 600 Volts)

NOTA: Para cabos até 700.000 circular mil, os valores nominais para corrente alternada são os mesmosque para corrente contínua.

Área em Isolado com Isolado com Condutores anularescircular mils borracha cambraia isolados com cambraia

envernizada envernizada2.000.000 933 1020 12801.750.000 857 950 11601.500.000 770 890 10501.250.000 682 790 9001.000.000 588 705 770950.000 568 681 .....900.000 548 657 703850.000 527 633 .....800.000 506 607 635750.000 485 582 600700.000 463 555 .....

OBS.: Para tensões maiores que 600 volts, os valores nominais devem decrescer de 2%, para cada1.000 volts do aumento sobre 600 volts..

Tabela 9.6

Fator de Serviço de motores normais

Potência ( CV ) Fator de Serviço1/20 1.401/12 1.401/8 1.401/6 1.351/4 1.351/3 1.351/2 1.25 x3/4 1.25 x1 1.25 x

1 1/2 1.20 x2 1.20 x

3 e maiores 1.15 x

OBSERVAÇÕES:1- Os fatores de serviço assinalados com um (x) não se aplicam - quando se tratar de motores de gaiola

de esquilo polifásicos de média potência - aos motores de escorregamento alto (deslizamento alto);2- Deve esperar uma pequena diferença entre o funcionamento com carga nominal e o funcionamento

com a carga permissível indicada pelo fator de serviço.

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Tabela 9.7

Código de cores para identificação de condutores, adotada pela AIEE.

COR BASE COR DO TRAÇO COR DO TRAÇO1 Preto2 Branco3 Vermelho4 Verde5 Laranja6 Azul7 Branco Preto8 Vermelho Preto9 Verde Preto10 Laranja Preto11 Azul Preto12 Preto Branco13 Vermelho Branco14 Verde Branco15 Azul Branco16 Preto Vermelho17 Branco Vermelho18 Laranja Vermelho19 Azul Vermelho20 Vermelho Verde21 Laranja Verde22 Preto Branco Vermelho23 Branco Preto Vermelho24 Vermelho Preto Branco25 Verde Preto Branco26 Laranja Preto Branco27 Azul Preto Branco28 Preto Vermelho Verde29 Branco Vermelho Verde30 Vermelho Preto Verde31 Verde Preto Laranja32 Laranja Preto Verde33 Azul Branco Laranja34 Preto Branco Laranja35 Branco Vermelho Laranja36 Laranja Branco Azul37 Branco Vermelho Azul38 Marrom39 Marrom Preto40 Marrom Branco41 Marrom Vermelho42 Marrom Verde43 Marrom Laranja44 Marrom Azul

NOTA: O terceiro condutor (usado para ligação à terra) deverá ser verde, em lugar de vermelho, quandofor usado o cordão flexível num círculo de corrente alternada ou de corrente contínua.

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Tabela 9.8

Fatores de correção para agrupamentos de cabos

Quantidade de Cabos Ao Ar Livre Em Espaço Confinado3 1.0 0.856 0.9 0.759 0.82 0.6712 0.78 0.60

OBS.: Os valores dos fatores dados por esta tabela são aproximados. O espaçamento entre os cabos con-siderados deve ser, no mínimo, igual ao diâmetro dos referidos cabos.

Tabela 9.9

Tempo de funcionamento para Geradores de Emergência

Tempo Mínimo ( Horas )Navios de Passageiros Navios Cargueiros

Navios de Longo curso ou Cabotagemde 100 até 1600 TPB. 12 (x)Acima de 1600 TPB 36 12Lacustres ou Navios que naveguem maisde 3 milhas da costa 8 8Navios que navegam a menos de 3 milhas da costa 3 3Barcas de travessia acima de 1 hora 2 -Barcas de travessia até 1 hora 1 -Embarcações fluviais ou para navegação emestreitos e baias:

- Barcas de travessia acima de 1 hora 2 - - Barcas de travessia até 1 hora 1 - - Outras embarcações 3 3

OBS.: (x) - Lanternas de segurança aprovadas pelo BC poderão ser usadas para iluminação deemergência.

Tabela 9.10

Limites de elevação de temperatura para geradores de Corrente Contínua

Isolamento Classe A Isolamento Classe BTemperatura ambiente à 50oC Temperatura ambiente à 50oCContínua No fim de 2 horas Contínua no fim de 2 hs

de sobrecarga de sobrecarga1)Todos os enrolamentos isolados,exceto os do item seguinte. 40 55 60 752)Enrolamentos de campo desimples camada com superfíciesisoladas expostas eenrolamentos de cobre nu. 50 65 70 853)Núcleos e partes mecânicasem contato ou adjacentesa isolamento. 40 55 60 754)Comutadores e anéis coletores. 55 65 75 855)Prata germânio ou �gradeshunt� nos enrolamentos decampo série. 175 1756)Mancais 35 40

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Tabela 9.11

Limites de elevação de temperatura para alternadores(temperatura ambiente de 50oC)

Determi- Geradores de Pólos Geradores Tiponado Salientes Turbinapor Isolamento Isolamento IsolamentoIsolamento

Classe A Classe B Classe A Classe B1) Enrolamentos de armadura degeradores de 1500 KVA e menos Termômetro 40 602) Idem para geradores de 750 KVAe menos Termômetro 40 603) Enrolamentos de armadura com2 lados de bobina por ranhura no Detectorestator dos geradores de 1500 KVA Embutido 50 204) Idem, dos geradores acima de Detector750 KVA Embutido 50 705) Enrolamentos de campos isolados Resistência 50 70 806) Anéis Coletores Termômetro 557) Núcleo e partes mecânicas emcontato ou adjacentes a isolamento Termômetro 40 60 40 608) Mancais Termômetro 35 40 35 40

Obs.: Para geradores podendo operar durante 2 horas

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Tabela 9.12

Limites de elevação de temperatura para motoresde Corrente Contínua (Método do termômetro)

Parte do Motor Tipo de Invólucro Limite de ObservaçãoIsolamento Classe A Isolamento Classe B

40oC de 50oC de 40°C de 50°C deTemp. Temp. Temp. Temp.

ambiente ambiente ambiente ambienteTodos os enrolamentosisolados, menos item Aberto eseguinte Semi-fechado 50 40 70 60

Totalmente fechado 55 45 80 65Enrolamento de campode simples camada,com superfície isolada e Aberto e Semi-fechado 60 50 80 70enrolamentos de cobre nú Totalmente fechado 65 55 85 75Núcleos e partesmecânicas em contatocom ou sem Aberto e Semi-fechado 50 40 70 60adjacentes à isolamento Totalmente fechado 55 45 75 65Comutadores e anéiscoletores. A classe deisolamento se refere aisolamento afetado pelocalor do comutador, qualisolamento é empregadona construção docomutador ou a ele adjacente Todos os Tipos 65 55 85 75Mancais Aberto e semi-fechado 40 35 45 40

Totalmente fechado 45 40 50 45

NOTA: Quando for empregado isolamento da classe H os limites de elevação de temperatura são de40oC a mais do que os valores dados para a classe B. As temperaturas dadas para isolamento da ClasseH são baseadas unicamente considerando-se este tipo de isolamento. Sucessivas operações das má-quinas nessas temperaturas requerem considerações especiais para mancais, buchas, lubrificação,etc., com 25% de sobrecarga, a temperatura no fim deste período de sobrecarga, não pode exceder demais de 15oC dos valores, exceto para anéis coletores.Quando for empregado isolamento da Classe H os limites de elevação de temperatura são de 40oC amais que os dados para a Classe B. As temperaturas dadas para isolamento da Classe H são baseadasunicamente considerando-se este tipo de isolamento.Sucessivas operações das máquinas nessas temperaturas requerem considerações especiais paramancais, buchas, lubrificação, etc...

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Tabela 9.13

Limites de elevação de temperatura para motores deCorrente alternada (Método do termômetro)

Parte do Motor Tipo de invólucro Limite de Observação oCIsolamento Isolamento

Classe A Classe B40oC de 50°C 40°C 50°Ctemp. temp. temp. temp.

ambiente ambiente ambiente ambienteEnrolamentos esferas,núcleos e partes mecânicas Todos, excetoem contato com ou sem totalmente fechado 50 40 70 60adjacente e isolamento Totalmente fechado 55 45 75 65Anéis coletores, comutadores.A classe de isolamento serefere a isolamento afetadopelo calor do comutadorqual isolamento é empregadona construção docomutador ou a eleadjacente Todos 65 55 85 75Mancais Aberto e Semi-aberto 40 35 45 40

Totalmente Fechado 45 40 50 45

NOTA:- Enrolamentos de gaiola de esquilo e partes mecânicas não em contato com ou adjacente a isolamento

pode atingir tais temperaturas que não sejam lesados de maneira alguma. - Quando for empregado isolamento da classe H os limites de elevação de temperatura são de 40oC a

mais do que os valores dados para a classe B. As temperaturas dadas para isolamento da classe Hsão baseadas unicamente considerando-se este tipo de isolamento. Sucessivas operações as máqui-nas nessas temperaturas requerem considerações especiais para mancais, buchas, lubrificação, etc.

Tabela 9.14

Dimensões de barras horizontais para várias correntes

Dimensões (pol) Amperes Amperes / pol2 Dimensões (pol) Amperes Amperes / pol2

1 x 1/4 433 1732 2 ½ x 1/2 1500 12001 ¼ x 1/4 530 1696 2 ½ x 5/8 1715 10971 ½ x 1/4 626 1669 2 x 1/2 1222 12221 ¾ x 1/4 725 1657 0000 AWG 267 16061 ¼ x 3/8 676 1442 ½ de circunferência 305 15521 ½ x 3/8 798 1418 5/8 de circunferência 426 13881 ¾ x 3/8 916 1395 ¾ de circunferência1 560 12672 x 3/8 1035 1380 1 de circunferência 861 1097

2 ¼ x 3/8 1154 1367

Obs.:a) Quando os valores de correntes forem maiores que os da Tabela, devem ser montadas barras laminadas

constituídas de barras delgadas, separadas uma das outras para dar uma maior superfície radiante.b) As correntes nominais foram calculadas na base de 50% do fator de carga para densidades nas quais,

sob condições médias de radiação, dariam 10o C de elevação de temperatura. Com fator de carga de100%, as densidades de corrente devem ser divididas por 2.

c) Para barras verticais os valores de corrente devem ser reduzidos de 15 a 20%.

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SEÇÃO 10

SOLDAGEM

Será usada nestas Regras a terminologia de soldagem elétrica da norma ABNT NBR 5874 � �Soldagemelétrica � Terminologia�.

10.1 - SOLDAS DE TOPO

As dimensões e formas das bordas a serem unidas deverão ser de forma a assegurar fusão completa epenetração total na base da emenda. Nas soldas de topo com soldagem dupla, o metal é depositado emambos os lados, quer a emenda seja do tipo simples ou de duplo chanfro. Na soldagem manual, o ladooposto deverá ser preparado, por esmerilhamento ou outra forma de limpeza, para assegurar soldagemcorreta na base do primeiro cordão colocado. A soldagem em cada lado da chapa deverá ser mais altaque a chapa, em 1,5 mm, pelo menos, nas chapas até 15 mm, e de 3 mm, para chapas acima de 15 mmde espessura.Nas soldas de topo com soldagem singela, é feito o chanframento de um só lado, com o metal deposi-tado deste lado. As bordas a serem unidas devem estar cuidadosamente alinhadas e o aumento daespessura da chapa não deve ser menor do que 1,5 mm. Esse tipo de união é considerada equivalentea uma união de topo com soldagem dupla, quando for conseguida penetração completa e reforço emambos os lados da união.No acabamento da união soldada, é de importância excepcional que não ocorram depressões ou sulcosao longo da borda, ou no centro do cordão, e o metal depositado deve ser liso e uniformemente fundidojunto à superfície da chapa. O aumento da espessura exigido para as soldas de topo, com soldagemdupla e soldagem simples destina-se a refinar a estrutura de soldagem e pode ser removido após asoldagem para dar um acabamento liso, plano com a chapa.

10.2 - SOLDAS SOBREPOSTAS

Onde são autorizadas, as uniões sobrepostas devem ser feitas com sobreposição de, não menos,quatro vezes a espessura da chapa mais fina, exceto para os casos de fundos soldados em cilindros.

10.3 - TAMPAS ABAULADAS

Tampas abauladas, côncavas para a pressão, a serem soldadas de topo, e tampas flangeadas de forna-lha, a serem soldadas em ângulo, deverão ter um comprimento de flange não menor que 25mm, paratampas não acima de 600 mm de diâmetro externo, e não menor de 35mm, para tampas acima de 600mm de diâmetro.As tampas abauladas, quando encaixadas externa ou internamente ao cilindro, deverão ter um ajusteapertado, antes da soldagem. Para formas permitidas de ligações soldadas de tampas a cilindros, verfiguras 11.1 e 11.2, da Seção de Caldeiras.O projeto de um reservatório soldado, tipo 1 ou 2, deve ser tal que a solda não seja submetida a esforçosdiretos de flexão. Juntas de quina deverão ser evitadas, a menos que as chapas que compõem os cantossejam suportadas independentemente. Todas as soldas nas entradas de recipiente deverão ser equiva-lentes às necessárias uniões do recipiente a que estão ligadas.Nas figuras 11.1 e 11.2 estão especificados os tipos permitidos de conexões.

10.4 - TÉCNICAS DIFERENTES

A construção soldada por técnicas diferentes só é permitida de acordo com o uso a que se destine, bemcomo seguindo as instruções da seção referente a caldeiras. A fabricação deverá obedecer aos dese-

TOMO III - SOLDAGEM ............................................. SEÇÃO 10

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nhos aprovados e de acordo com o estabelecido nestas Regras. Os fabricantes deverão ser responsá-veis pela qualidade do serviço, e quando for necessária uma inspeção mais acurada, de acordo com aspresentes prescrições, o perito deverá verificar se o método e a execução, bem como o material, cum-prem as especificações e os projetos.

10.5 - SOLDA POR FUSÃO

Perfis, chapas ou tubos a serem soldados por fusão devem ser cortados na medida correta, e quando fornecessário curvá-los, não se deverá fazer por pancadas, e, sim, por pressão gradual. As bordas dasemendas não deverão estar desniveladas por mais de uma quarta parte da espessura, e, no máximo,deverão ser de 3mm, para costuras longitudinais e, de 6mm, para costuras circunferenciais.

10.6 - CHAPAS DE ESPESSURA DESIGUAL

Onde chapas de espessura desigual tiverem de ser unidas de topo, a borda da chapa mais grossa deveráser biselada, a partir de quatro vezes a diferença de espessura, de forma que as chapas fiquem com amesma espessura na emenda. O comprimento do biselado pode incluir a largura do cordão de solda.

10.7 - PREPARO DAS SUPERFÍCIES

As superfícies das peças a soldar devem estar livres de ferrugem e graxa até, pelo menos, 15mm daborda de soldagem. Quando for necessário depositar metal sobre uma superfície já soldada anteriormen-te, toda a oxidação ou escória deverá ser retirada para evitar inclusão de impurezas. Se por alguma razãoa soldagem for interrompida, deverá ser feita uma completa fusão no recomeço da solda.

10.8 - COMPOSIÇÃO E FALHAS

O projeto deverá ser seguido na construção, devendo os materiais obedecerem às especificações. Nasoldagem usual o aço carbono não deverá ter acima de 0,35% de carbono, a não ser em caso deaprovação especial.Furos, rachaduras e outras falhas, deverão ser reparados somente por corte, usinagem ou corte, pormaçarico, e ressoldando.Os cilindros de caldeiras e de recipientes que necessitem eliminação de tensão deverão ser retratadosdepois que os consertos forem feitos. Após os consertos, o cilindro, recipiente ou tubo, será novamenteaprovado hidrostaticamente, como da primeira vez.Eliminação de tensões em estruturas construídas em aço carbono comum deverá ser feita pelo aqueci-mento uniforme e lento, a 620oC ± 25oC, mantendo essa temperatura pelo período de, pelo menos, umahora para cada 10mm de espessura do material, e fazendo um esfriamento lento numa atmosfera para-da, até uma temperatura não superior a 300oC. O tratamento pode ser feito pelo aquecimento da estrutu-ra completa como um conjunto ou pelo aquecimento de uma seção completa contendo as partes aserem tratadas. A temperatura do processo deverá ser controlada, ao menos, por 2 pirômetros paraevitar possibilidade de erro.A eliminação de tensões em recipientes ou em suas partes fabricadas com materiais resistentes àcorrosão, aplicadas sobre a superfície ou já incorporadas ao material por laminação, deverá ter indica-ções especiais.O método de eliminação de tensões e de tratamento térmico em aços deverá ser comprovadamenteadequado para o material usado.As conexões soldadas a aberturas podem ser usadas num recipiente, depois do tratamento para elimi-nação de tensões, nos casos em que as soldas de fixação externas e internas não excedem a 10mm demedida diagonal, ou quando o diâmetro da abertura no corpo do recipiente não exceder a permitida parauma abertura não reforçada, ou não exceder a 50mm, valendo o valor menor.Niples ou outras ligações soldadas para as quais a eliminação de tensões é necessária, podem sertratados localmente pelo aquecimento de uma faixa circular em volta do recipiente, tendo a conexão nomeio da faixa, que deverá ter, pelo menos, 12 vezes a espessura da chapa do recipiente, e de tal maneiraque a faixa inteira seja levada à temperatura especificada e mantida conforme necessário.Solda de vedação por meio de um cordão fino, sem posterior eliminação de tensão, pode ser aplicadapara assegurar vedação de conexões onde a construção é tal que a solda não receba esforço, mesmoque a estrutura em si deva sofrer eliminação de tensões de acordo com estas Regras. Soldagemintermitente, como descrita a seguir, pode ser permitida sem eliminação de tensões subseqüentes,mesmo que a estrutura deva ser tratada.

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10.9 - DIVISÕES INTERNAS

Solda intermitente para fixação de divisões internas e correlatos, bem como orelhas para suportes derevestimento, pode ser permitida, desde que a espessura da solda na diagonal não exceda a 6mm, e queos cortes de solda não tenham mais de 80mm de comprimento, com a distância de centro a centro nãomenor do que 150mm.Nota: Ver também ABNT - NBR 8420/84.

10.10 - PROVAS RADIOGRÁFICAS

A prova radiográfica de recipientes ou suas partes construídas de liga metálica, revestidos de materialresistente à corrosão, por chapa metálica ou por aplicação posterior, será objeto de indicações especiais.Soldas de topo de niples embutidos deverão ser radiografadas quando usadas em recipiente, ou suaparte, para o qual seja necessária a radiografia, ou cujas uniões soldadas devam seguir os dados daseção de caldeiras e ampolas.Soldas de fixação de niples e aberturas de acesso, que não sejam soldadas de topo em ambos os lados,dispensam a radiografia. Uniões feitas na fabricação de niples, coletores, etc., deverão ser radiografadasquando destinadas à instalação em um recipiente, ou suas partes que necessitem de ser radiografadas,ou cujas uniões soldadas obedeçam as indicações da seção de caldeiras e ampolas, exceção feita auniões de topo circunferenciais de niples e coletores, não maiores que 250mm de tamanho nominal, ou28mm de espessura na parede, as quais não necessitam ser radiografadas.As provas radiográficas serão feitas seguindo a técnica adequada e deverão obedecer a padrões pré-fixados, conforme as normas da ABNT.Serão considerados de feitos eliminatórios: a) rachadura, falta de fusão ou falta de penetração; b) bolhasfinas de ar ou de escória, cujo tamanho seja maior que 5mm, para espessura da chapa até 20mm, oumaior que 0,30 vezes a espessura, para chapas de 20mm até 60mm, ou maior do que 20mm, paraespessuras acima de 60mm. Dever-se-à tomar a espessura da chapa mais fina a ser soldada; c) gruposde escória incluída, cujo comprimento somado seja maior do que a espessura da chapa, considerandoum trecho de doze vezes a espessura da chapa, a menos que a sexta parte da menor distância entre asfalhas seja maior que o comprimento da maior falha; d) porosidade superior à permitida pelas normascorrespondentes do �Boiler and Pressure Vessel Code�, Seção VIII (da American Society of MechanicalEngineers - ASME). Resultados das provas deverão conter os seguintes dados:

Espessura de material;Método da Radiação: raios-x ou raios gama;Distância da fonte radiadora à superfície da união;Distância da película à mesma superfície ;Tipos de calibres ou medidores de penetração, usados;Tubos - Em casos de ligação de tubo, outra prova adequada poderá ser usada no lugar da radiografia.

10.11 - SOLDA POR FUSÃO PARA CALDEIRAS, etc.

Cilindros ou carcaças, outras partes de caldeiras, recipientes pressurizados, não aquecidos, tubos e cone-xões, etc., podem ser construídos por meio de um processo aprovado de solda por fusão, de acordo comas especificações que se seguem, desde que se obedeçam em todos os aspectos as recomendações deoutros capítulos destas regras referentes a Bombas, Tubos, Caldeiras e recipientes sob pressão.

10.12 - CLASSIFICAÇÃO DE ELETRODOS E SOLDADORES

A soldagem de qualquer serviço deve ser precedida da comprovação por parte do fabricante de que oseletrodos e métodos são aprovados pelo BC e que seus soldadores estão devidamente qualificados. Paratanto, ver as especificações para provas de eletrodos, para métodos de soldagem e para soldadores.A finalidade do conjunto permite separar os tipos de trabalho de soldagem que deverão seguir prescri-ções especiais, além das regras gerais desta seção.

10.13 - SOLDAGEM DE CALDEIRAS

Todas as uniões deverão ser de topo com soldagem dupla, com chanfro duplo ou singelo, exceto ondeuma união de topo com soldagem simples for equivalente à de soldagem dupla. Niples e conexões

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diversas são permitidos. Chapas de fechamento de tampas de caldeiras e superaquecedores, e tampasplanas para outros recipientes pressurizados, podem ser fixados por soldagem. As uniões longitudinaisde fornalhas corrugadas podem ser soldadas por fusão. O exame radiográfico das soldas não é exigido,mas será aceito no lugar da prova normalmente necessária. Todos os cordões circunferenciais, longitu-dinais e da tampa, deverão ser examinados radiograficamente em todo o seu comprimento.Todas as uniões soldadas a serem radiografadas deverão ser preparadas para que as irregularidades eondas da superfície em ambas as faces sejam removidas por qualquer processo mecânico, até que ocontraste resultante na radiografia não encubra ou possa ser confundido com uma falha não permitida.Também a superfície da solda deverá concordar, sem ondulação, com a superfície da chapa. A superfícieconvexa, acabada, do cordão da solda poderá ter uma flexa uniforme e será, no máximo, de 1,5mm parachapas até 15mm, e de 2mm, para chapas de 15 a 25mm. Para chapas acima de 50mm, a flexa máximaserá de 4mm.Todas as caldeiras serão aprovadas hidrostaticamente com, pelo menos, uma sobrecarga de 50% sobrea pressão máxima de trabalho.

10.14 - RECIPIENTE SOB PRESSÃO

Serão soldados, sob as indicações que se seguem, os recipientes com pressão máxima de 40 kg/cm2,aquecidos, no máximo, até 370oC.Uniões de topo soldadas de um lado, com ou sem cobrejuntas de arremate, devem obedecer às instruçõesreferentes a caldeiras e ampolas. Os cobrejuntas de apoio durante a soldagem, quando usados, podemser deixados no lugar ou retirados.A soldagem sobreposta com cordão completo, dupla ou singela, com ou sem solda de tampão, deveráobedecer às regras para as carcaças pressurizadas constantes da seção de caldeiras e ampolas.Recipientes ou suas partes deverão ser submetidos a tratamento de eliminação de tensões, quando aespessura da chapa, incluindo a compensação para corrosão, em qualquer união principal no corpo ouna tampa, exceda a certos valores.Quando a união soldada liga placas que sejam de diferentes espessuras, deverá ser considerada achapa mais fina, tanto para soldas da carcaça à tampa, como no caso de soldagem de luvas ao corpo ouà tampa. Os valores mínimos são:a) 14mm, para chapas de aço carbono nos tipos E, F e G das chapas para caldeiras. Ver seção de

regras de material, para especificação para aço para caldeiras.b) para chapa de aço carbono, nos tipos C e D de chapas para caldeiras, 25mm. Ver a especificação

para aços.c) 30mm, para todas as demais chapas que podem ser usadas em construções soldadas.d) uma espessura maior que (D + 1250) / 120, em milímetros, onde D é igual ao diâmetro interno, em

milímetros, usado para determinar a espessura necessária do recipiente, ou 500mm, adotado o maiordos dois valores.

Aços não cobertos especificamente pela seção de materiais, estarão sujeitos a indicações especiais.Na aplicação das prescrições de eliminação das tensões, a composição química dos forjados ou fundi-dos de aço carbono deverá ser similar às especificadas para as chapas de aço no parágrafo correspon-dente.Em recipientes que não necessitem de eliminações de tensões, as conexões e outros acessórios,depois de soldados por fusão, não necessitam ser submetidos à eliminação de tensões. Ver também asindicações essenciais para eliminação de tensões para niples ou outros acessórios, para os quais amesma é necessária.Recipientes pressurizados para transporte de líquidos ou gases para pressões acima de 7 kg/cm2,deverão ser submetidos à eliminação de tensões. Ver na seção de caldeiras e ampolas, item sobreprovas de materiais.Uniões de topo, com soldagem dupla ou equivalente, deverão ser examinadas radiograficamente em todaa sua extensão, nas seguintes condições:a) onde o projeto do recipiente, ou sua parte, é baseado no uso da eficiência da união, conforme os

dados das regras referentes a caldeiras e ampolas;b) quando se tratar de cordões em ângulo e outros tipos de solda usados em niples e aberturas de

acesso semelhante, que não necessitem radiografia completa;c) quando o recipiente possuir somente uniões circunferenciais entre seções (cilindros ou tampas) sem

costura, e onde as seções estão projetadas para o uso de 80% do valor da tensão admissível para omaterial, conforme a tabela correspondente do capítulo de caldeiras e ampolas.

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10.15 - SOLDAGEM DE TUBOS SOB PRESSÃO ACIMA DE 10 kg/cm2

Soldagem para ligação de dois tubos, ou um tubo a um acessório, válvula ou flange: deverá ser do tipochanfrado, para tubos acima de duas polegadas, exceção feita no caso do parágrafo seguinte. Na uniãode topo com soldagem singela, a penetração completa na base do cordão é necessária, o que serádemonstrado pela qualificação do método adotado. Se não puder ser plenamente assegurada a penetra-ção, a soldagem deverá incluir reforço por trás. A profundidade da solda não deverá ser inferior à espes-sura mínima permitida pelas especificações aplicáveis ao material, de acordo com o diâmetro e espes-sura do tubo usado. Reforço por trás é sempre indicado para tubos de diâmetro de 1�e superior, quandosoldados de topo, união singela.Soldagem para ligar duas seções de tubos até 50mm, inclusive, pode ser feita com luvas colocadas emvolta da junta e solda, e soldadas com cordões em ângulo, ou pelo uso de macho e fêmea, com soldagemde ângulo.O cobrejuntas por trás, para uniões chanfradas, pode ser dispensado em tubos abaixo de 25mm.A soldagem em tubos deverá ser feita, sempre que possível, na oficina, e as uniões executadas a bordodeverão estar em posição que permita uma soldagem correta.Pré-aquecimento - Toda tubulação de 15mm ou mais, em aço carbono, deverá ser pré-aquecida e mantidaa, pelo menos, 60oC, quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10oC. Tubos em outros aços-ligaestão sujeitos a outras indicações. Seguirão estas indicações os tubos para óleo combustível, acima de65oC, e, para óleo lubrificante, acima de 90oC. Os tubos para água, acima de 140oC, e, para gases,acima de 250oC, também estão incluídos.Toda a tubulação de aço carbono cuja espessura seja superior a 10 mm, deverá ser submetida a elimina-ção de tensões, e o serão também os demais tubos de aço-liga. No caso de ligações soldadas de tubosque devam sofrer eliminações de tensões, os tubos ou acessórios adjacentes deverão ser aquecidosnuma faixa circular com menos 3 vezes a largura da parte mais larga do chanfro da solda, e não menorque o dobro do reforço da solda.Em tubos de 80mm ou mais, soldas feitas seguindo as indicações deste tipo, deverão ser submetidas aexame radiográfico ou a outro método de prova permitido, caso não seja possível radiografia.As uniões soldadas na tubulação deverão ser provadas a uma pressão hidrostática, preferivelmenteantes da instalação, uma vez e meia a pressão máxima de serviço. Uniões de tubulações soldadas abordo e ligadas a caldeiras, e possível isolá-las para prova, serão provadas à mesma pressão hidrostáticada prova das caldeiras, feita após a instalação. Obedeça-se também as instruções para tubulações deóleo combustível da seção de bombas e tubulação.

10.16 - SOLDAGEM DE TUBO SOB PRESSÃO ABAIXO DE 10 kg/cm2

Na soldagem de topo, com chanfros de um só lado, não é necessário cobrejuntas por trás, em todos ostamanhos, se a solda é cortada ou esmerilhada à face no lado da base.Em suspiros de tanque, tubos de drenagem e semelhantes, também se dispensa o reforço por trás.Soldagem sem execução de chanfro poderá ser usada em vez de solda com V simples, para suspiros detanques e tubos de drenagem onde a espessura do tubo não seja maior que 5mm.Luvas colocadas sobre a união e fixadas por cordões de ângulo, ou uniões por macho e fêmea com umcordão de ângulo, poderão ser aceitos em todos os tamanhos.A soldagem destes tubos não necessita sofrer eliminação de tensões. As uniões soldadas destes tubosnão necessitam de exames radiográficos.As provas de tubos, fabricados depois de curvados, e fixação de flanges, etc., deverão ser feitas deacordo com as indicações da parte de bombas e tubulações referentes a provas de material.

10.17 - CONSTRUÇÃO SOLDADA EM GERAL SOB PRESSÕES ACIMA DE 40 kg/cm2

Todas as construções deste tipo deverão sofrer eliminação de tensões, e deverão obedecer às indica-ções para caldeiras. Estão incluídos neste capítulo as carcaças de compressores, turbinas, resfriadores,tubos de descarga, etc. Quando não houver solda longitudinal, não se farão os corpos de prova.

10.18 - CONSTRUÇÃO SOLDADA SOB PRESSÃO ABAIXO DE 40 kg/cm2

A necessidade de eliminação de tensões neste tipo de construções dependerá de sua finalidade e forma,e o caso deverá ser submetido à consideração especial na apreciação do projeto.

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As construções soldadas não necessitam ser radiografadas, quer completamente, quer em pontos aoacaso, nas uniões soldadas.

10.19 - CLASSIFICAÇÃO DE SOLDADORES

Os ensaios se destinam a diferentes tipos de uniões. Serão dadas instruções adequadas de acordo como material e posição de soldagem. Nos casos em que o serviço de soldagem não influi com sua rupturaou risco para a embarcação ou para o estaleiro, não será necessário submeter os soldadores à prova, deacordo com aceitação por parte do vistoriador.A equipe responsável pela execução dos serviços deverá ter boas condições de trabalho, bem comodeverá conhecer o método de soldagem. A verificação será feita por meio de ensaios para qualificação,conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.Para soldas feitas em posição horizontal, serão feitos os ensaios de dobramento de raiz e de face,conforme o método ABNT no. P-MB-262, figuras 14 e 15. No caso de tubos, operar o ensaio segundo amesma norma figuras 17 e 18, mas fechando as extremidades do tubo para que seja feito um ensaio depressão hidrostática.Para soldagem em posição vertical e horizontal, serão feitas provas de dobramento com os corpos deprova soldados, de posição vertical. A prova de dobramento será feita também sobre-cabeça, e as provaspara tubos serão executadas também na horizontal.As provas em tubos de espessura menor que 5mm constarão de verificação de estanqueidade sobpressão hidrostática, calculada pela fórmula:

(4400 x espessura do tubo, em cm ) / diâmetro interno do tubo, em cm.A prova de tubos de 3 a 19mm poderá ser completada por exame macro-gráfico.A união deverá mostrar integridade, com ausência de escória inclusa, porosidade, rachadura, falhas,etc., com penetração em todo o contorno.Não será permitida a eliminação de tensões nos corpos de prova, a não ser como indicado nestasRegras.No ensaio para chapas de espessura maior do que 19mm, deverá ser feito alívio de tensões a 620oC (erromáximo de 20oC), durante 2 horas e com resfriamento lento, pelo menos, até 260oC, antes da usinagem.Para os ensaios de tubos entre 9,5 e 19mm de espessura de parede, poderá ser feito o mesmo trata-mento do item anterior, desde que ele pertença à rotina de fabricação.

10.20 - QUALIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM

As provas aqui indicadas serão feitas para qualquer tipo de soldagem, a menos que haja alguma indica-ção em contrário. As provas mínimas são especificadas a seguir.· Prova de Redução de Seção - Dois corpos de prova deverão ser soldados em cada posição de soldagem

a usar.· Prova de flexão - Dois corpos deverão ser feitos para cada posição de soldagem.· Prova de Flexão Guiada - Para materiais de até 20mm de espessura, serão necessárias duas flexões

da parte superior da solda e duas da parte inferior; para materiais mais grossos, deverão ser feitasquatro provas para cada parte.

· Prova de Cordão a 90 graus (de ângulo) - Quando métodos novos ou não usuais ou ainda novosmateriais são propostos, os corpos de prova deverão ser feitos sob as condições de trabalho e comos materiais a serem usados.

As instruções para a realização dos ensaios, preparação dos corpos de prova e dos resultados necessá-rios para a aceitação em cada caso, são dadas nestas regras. A determinação do tipo de eletrodopermitido será tal que resulte em material soldado em boas condições de ductibilidade e resistência, deacordo com a obra a executar, o material usado e sua finalidade.A pedido dos fabricantes poderá ser feita a aceitação mediante uma série de provas iniciais e de provasde controle de marcas comerciais de eletrodos. Na ocasião será expedida uma aprovação indicandoonde eles poderão ser usados. A relação das marcas aprovadas será estabelecida para uso de vendedo-res e compradores, e para informação dos Vistoriadores.Na relação do item anterior serão incluídas as marcas para as quais os fabricantes fornecem documen-tação idônea para justificar a aceitação de provas feitas por outras entidades dignas de crédito. Em taiscasos, os vistoriadores do BC terão acesso às provas de controle posteriores, conforme a rotina dasreferidas entidades.Os vistoriadores podem, por sua própria iniciativa, aprovar num Estaleiro ou Oficina os eletrodos que játenham sido usados para serviço semelhante, em condições idênticas.

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O BC emitirá aprovação específica a pedido de Fabricantes de eletrodos que satisfaçam aos padrões enomenclatura da ABNT, a fim de facilitar aqueles que devam por instruções de regulamento, usar somen-te eletrodos dessas normas.Os vistoriadores poderão exigir o ensaio e de solda em ângulo, nas posições usadas para soldagem docasco.

10.21 - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO ACIMA DE 40 kg/cm2

Para caldeiras, deverão ser feitos os ensaios: de tração, de flexão livre, de flexão guiada e o ensaioradiográfico (seguir as instruções desta seção).Para chapas de até 20mm. o ensaio de flexão guiada poderá ser substituído por um ensaio adicional dedobramento de face.A soldagem, sem interrupção, de uniões longitudinais e de corpos de provas é obtida pelo ponteamentodo corpo de prova ao lado da peça a soldar, de forma que o cordão de solda, em ambas as peças, fiquena mesma linha reta.A placa para prova terá comprimento suficiente para obter dois corpos de prova para cada uma dasprovas de tração e de flexão livre e guiada, sendo que o corpo de prova excedente servirá para contraprova,se necessário.Não é necessário fazer corpos de prova para uniões circunferenciais de caldeiras ou recipientespressurizados, a não ser no caso de não existir união soldada longitudinal. Nesse caso, o corpo de provaserá soldado em separado.No caso em que vários cilindros ou recipientes iguais em modelo e material sejam fabricados sucessiva-mente, poderá ser feita uma série de corpos de prova para cada 15 metros de união soldada longitudinalou cada 15 metros de união transversal, quando não haja união longitudinal, desde que seja usadosempre o mesmo método de solda e os mesmos operadores. Recipientes sem união longitudinal pode-rão ser considerados como de mesmo modelo se as chapas tiverem diferença, na espessura, menor que5mm, e os diâmetros, diferença menor que 150mm.Em fornalhas corrugadas podem se usar as indicações deste tipo de soldagem, desde que o corpo deprova seja obtido do próprio material da fornalha em um de seus lados e a prova seja de flexão guiada.

10.22 - TRATAMENTO TÉRMICO DE CORPO DE PROVA E DE CONTRAPROVAS

Em todos os casos os corpos de prova terão tensões internas eliminadas e outros tratamentos damesma maneira que a peça que eles representam. Se uma das provas falhar, uma contraprova será feitapara cada falha. Se a contraprova falhar, a solda correspondente deverá ser retirada e ressoldada empreparação de novos corpos de prova.

10.23 - RECIPIENTES PARA PRESSÃO ACIMA DE 40 kg/cm2

Provas de trabalho de soldagem em serviços deste tipo serão feitas, podendo a prova de flexão guiadaser dispensada .No caso em que vários cilindros ou recipientes iguais em modelo e material sejam fabricados sucessiva-mente, poderá ser feita uma série de corpos de prova para cada 80 m de união soldada, consideradas aslongitudinais e as transversais, desde que seja usado sempre o mesmo método de solda e os mesmosoperadores. Todos os recipientes deste tipo poderão ser considerados como de mesmo modelo se aschapas tiverem diferença, na espessura, menor que 5mm, e os diâmetros, diferença menor que 150mm.

10.24 - RECIPIENTES PARA PRESSÕES ABAIXO DE 40 kg/cm2

Não serão necessárias provas de controle de soldagem para este tipo. A prova radiográfica será efetuadaquando indicado para os recipientes tipos 1 e 2, para recipientes revestidos de chapa, e para niples e noscasos apontados nas indicações para Provas Radiográficas.

10.24.1- SOLDAGEM DE TUBOS PARA PRESSÕES ACIMA DE 10 kg/cm2

Em tubos de 70mm e acima, serão feitos os ensaios radiográficos ou prova equivalente, se a radiografianão puder ser usada.

10.24.2 - SOLDAGEM DE TUBOS PARA PRESSÕES ABAIXO DE 10 kg/cm2

Não serão necessárias provas para controle de soldagem.

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SEÇÃO 11

MÁQUINAS DE LEME E MOLINETE

11.1 - MÁQUINAS DE LEME

11.1.1 - Generalidades

A posição real do leme sempre deve ter indicação na casa do leme. Se o momento aplicado ao eixo doleme for maior que 250 kg.m, deverá ser usado o sistema de força adequado ao seu funcionamento econtrole de operação. Neste caso, deverá ser providenciado um sistema auxiliar para o controle do leme,quando o sistema principal sofrer avaria ou deixar de operar.

11.1.2 - Potência da Máquina do Leme

A máquina do leme deve ser projetada para operar o leme na condição de plena carga com raio de açãode 35o BB e 35 o BE e vice-versa. Caso o acionamento do leme seja normal, para operar o leme de 35 o BBe 35 o BE e vice-versa, devem ser dadas até 25 voltas na roda do leme. A força desenvolvida no leme nãodeve ser maior que 15 kg.

11.2 - MOLINETES

11.2.1 - Generalidades

No caso de âncoras cujo peso seja maior 400 kg, deverá ser usado sistema de acionamento de forçaadequada ao molinete. Recomenda-se o uso das Normas ABNT - NBR 8551 e NBR 10800.

11.2.2 - Potência do Molinete

O dimensionamento do prime-mover do molinete deverá ser tal que a velocidade de recolhimento dasamarras seja de 0,20 m/s. A capacidade de tração do molinete deve ser:

Tmol = K 2 . D amarra

K = 40, para amarras de grau 1K = 45, para amarras de grau 2

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SEÇÃO 12

CALDEIRAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO

12.1 - CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO

Caldeiras e recipientes pressurizados deverão ser montados de forma que todas suas partes externaspossam ser examinadas e reparadas.Os recipientes e caldeiras deverão ser colocados e fixados na embarcação sobre jazentes devidamenteprojetados e aprovados.A separação entre a caldeira e o piso ou o teto do fundo duplo não deverá ser menor do que 200 mm naparte inferior de caldeiras cilíndricas, nem menor que 450 mm em relação a suportes de caldeirasaquatubulares. A distância entre as caldeiras e tanques de óleo deverá ser tal que permita o serviço demanutenção do local e impeça que a temperatura do óleo se eleve até à proximidade do ponto de fulgor.Os suportes de caldeiras aquatubulares a óleo deverão impedir que haja vazamento nos porões, e deve-rão ter revestimento refratário de tijolo ou outro material aprovado.No caso de queima de óleo combustível pulverizado, não é aconselhável o uso de registro em chaminé oucondutor, e, se usados, não deverão, quando fechados, reduzir a menos de um terço a seção de escoa-mento, e deverão ter dispositivo de fixação na posição aberta. Todo registro deverá indicar o quanto estáaberto e a sua posição.

12.2 - ESPECIFICAÇÕES DE CONSTRUÇÃO

12.2.1 - O material usado na fabricação de recipientes não aquecidos, para líquidos e gases nãovenenosos, com uma pressão maior que 7 kg/cm2 e menor que 40 kg/cm2, cuja temperatura não ultra-passe 200oC, não necessitará ser ensaiado, devendo, contudo, seguir as regras da Seção de Materiais.Serão aceitos, mediante garantia do fabricante, quanto às suas propriedades físicas e adequação parao uso previsto.O mesmo critério será aplicado aos recipientes não aquecidos, sob pressão de até 7 kg/cm2 e volumeinterno superior a 140 litros.

12.2.2 - Todas as caldeiras com pressão acima de 2 kg/cm2, todos os recipientes para transporte delíquidos ou gases a mais de 7 kg/cm2, não aquecidos, e os recipientes para fluidos venenosos a mais de40 kg/cm2, não aquecidos, ou com temperatura acima de 200 oC, e todos os recipientes necessários àpropulsão da embarcação, serão projetados, fabricados e instalados sob a supervisão dos vistoriadoresdo BC com a aprovação prévia de seus desenhos. Os materiais a utilizar na fabricação obedecerão àsrecomendações da Seção de Materiais destas Regras.

12.2.3 - A fabricação de caldeiras e recipientes sob pressão deverá ser precedida da apresentação doprojeto completo com especificação de método de execução, materiais e formas. As indicações destasnormas são as mínimas, e serão consideradas aquelas exigidas por outras entidades normativas quesatisfaçam ao mínimo necessário.

12.3 - INDICADORES DE NÍVEL DE ÁGUA

Cada caldeira terá, pelo menos, 2 indicadores de nível d�água, sendo um deles de vidro. Em caldeirasflamatubulares de duas frentes haverá, pelo menos, um indicador de nível de vidro em cada frente.Os indicadores deverão possuir válvulas de passagem em cima e em baixo, e válvulas de purgação. Asválvulas de passagem deverão ser do tipo de passagem direta e as usadas para coluna d�água serãoligadas diretamente às caldeiras, e os tubos ligados às colunas não deverão passar por chaminés oucaixas de fumaça, a não ser que completamente protegidos por tubulações de extremidades abertas e

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de diâmetro suficientes para dar boa ventilação em volta dos tubos.Os indicadores de vidro serão colocados de forma que a parte visível mais baixa não esteja a menos de50 mm acima do nível mínimo de água permitido.Quando usadas torneiras de prova, elas terão que ser ligadas diretamente à caldeira, com exceção paracaldeiras aquatubulares, onde poderão ser ligadas à coluna d�água. A torneira inferior deverá estar 50mm acima da parte visível mais baixa do indicador de vidro. As torneiras não são consideradas comosendo um dos dois meios obrigatórios de verificação de nível d�água. O nível d�água mais baixo permitidoserá definido como:a) Em caldeiras aquatubulares: o nível d�água mais baixo permitido por ocasião da aprovação dos dese-

nhos;b) Em caldeiras horizontais de chama invertida: 50 mm acima da fila superior de tubos;c) Em caldeiras flamatubulares aquecidas internamente, com câmara de combustão inteiriça à caldeira:

50 mm acima da parte mais alta da câmara de combustão;d) Em caldeiras verticais de tubos submersos: 25 mm acima da chapa superior;e) Em caldeiras verticais flamatubulares: metade do comprimento dos tubos, medido acima da chapa

inferior.

12.4 - INDICADORES DE PRESSÃO

Cada caldeira terá um indicador de pressão de vapor que deverá medir pressões até 50% acima dapressão de descarga das válvulas de segurança. Caldeiras de duas frentes terão um indicador de pres-são em cada frente. A pressão permitida deverá ser marcada e o indicador deverá estar colocado deforma a ser lido com facilidade.

12.5 - VÁLVULAS DE SEGURANÇA

As válvulas de segurança serão ajustadas com vapor, na presença do vistoriador, e, no caso de nãohaver superaquecedor, deverão descarregar a não mais do que 3% acima da pressão máxima dacaldeira; a pressão de descarga não poderá ser maior do que aquela para a que foi prevista a tubulaçãoe a maquinaria.No caso de haver superaquecedor, a válvula de segurança deste deverá ser ajustada para uma pressãoque não ultrapasse a pressão permitida para a tubulação e máquinas colocadas depois dele. As válvulasde segurança da caldeira serão ajustadas não abaixo da pressão da válvula do superaquecedor, mais 0,4kg/cm2, mais a queda de pressão no superaquecedor sob carga normal.Essa pressão deverá ser, sempre, menor do que as permitidas para a caldeira ou superaquecedor.No caso em que a pressão a ajustar seja menor do que a prevista para a válvula de segurança, acapacidade de descarga das válvulas sob a pressão menor deverá ser superior à capacidade de vaporiza-ção da caldeira. Para esse fim, será aceita uma declaração do fabricante de que a capacidade dasválvulas é suficiente para as novas condições, ou será feita uma prova de que a pressão não se elevaráa mais de 6% da pressão de serviço, com aquecimento forçado de 15 minutos para caldeiras flamatubularese de 7 minutos para caldeiras aquatubulares. Durante a prova, todas as saídas de vapor deverão serfechadas, a não ser as necessárias para o funcionamento da caldeira.Cada caldeira deverá ter uma válvula de segurança. Se a superfície de aquecimento da água for maior doque 460.000 cm2, duas ou mais válvulas de segurança deverão ser instaladas. As válvulas deverão ser deigual tamanho, se possível, e sua capacidade de descarga, em conjunto, não será menor do que acapacidade de vaporização da caldeira sob condições máximas de operação. Os diâmetros de entradadas válvulas de segurança não poderão ser menores do que 38 mm nem maiores do que 100 mm. Nasaída do superaquecedor também haverá uma válvula de segurança de capacidade adequada.Na ausência de informação do fabricante da caldeira quanto à capacidade máxima de vaporização, acapacidade mínima de descarga das válvulas de segurança será determinada pelo peso de vapor geradopor hora e por metro quadrado de superfície da caldeira e de aquecimento d�água. Para caldeiras a óleoserá considerado o peso de 50 kg/h.m2 de vapor de superfície da caldeira, e de 80 kg/h.m2 de superfíciede aquecimento.As válvulas de segurança serão ligadas diretamente à caldeira ou poderão ser ligadas numa conexãocomum ligada à caldeira, mas não deverão ligar conexões comuns à saída de vapor principal ou auxiliar.Isso não se aplica à válvula de segurança do superaquecedor, que poderá ser ligada à conexão de saídado vapor superaquecido.A seção do tubo de descarga será, pelo menos, igual à soma das áreas de todas das válvulas a eleconcorrentes. Deverá ser colocado de forma a evitar acúmulo de condensado. Deverá haver drenagem deum ponto superior à sede das válvulas para o tanque adequado. Os tubos de descarga deverão ser

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colocados de forma que o corpo da válvula de segurança não sofra esforços apreciáveis.Cada válvula de segurança será dotada de meios mecânicos pelos quais o disco de vedação seja levan-tado da sede com firmeza. Esse mecanismo deverá permitir que as válvulas sejam operadas da casa demáquinas ou da casa de caldeiras, manualmente ou por dispositivo adequado e aprovado.No caso em que o superaquecedor faz parte da caldeira, sem válvula entre o superaquecedor e a caldei-ra, a capacidade de descarga da válvula de segurança do superaquecedor, baseada na pressão reduzida,deverá ser incluída na determinação da capacidade total de descarga das válvulas de segurança dacaldeira, em conjunto, mas a capacidade de descarga da válvula de descarga do superaquecedor nãodeverá corresponder a mais do que 1/4 da capacidade total necessária.As válvulas de segurança deverão ser dimensionadas de forma que, ao descarregarem, vapor suficienteseja enviado ao superaquecedor para evitar dano ao aquecedor.Válvulas do superaquecedor de descarga completa, operadas à distância, com comando pela caldeira,poderão ser usadas seguindo normas especiais.

12.6 - VÁLVULA DE EXTRAÇÃO DE FUNDO

Cada caldeira deverá ter, pelo menos, uma válvula de extração, quer na parte mais baixa da caldeira, querligada a um tubo interno até lá. Quando o esgotamento é feito na superfície, a válvula deverá estar dentroda faixa do nível d�água ou deverá ter uma bandeja coletora ou tubo nesse nível.No caso em que duas ou mais caldeiras são ligadas a uma descarga comum, para cada tubo de caldeiradeverá haver uma válvula de retenção.Os tubos de esgotamento, sujeitos a receberem calor direto, deverão ser protegidos.

12.7 - VÁLVULAS DE COMUNICAÇÃO DE VAPOR

Em cada caldeira deverão ser instaladas válvulas principais e auxiliares de comunicação de vapor. Se acaldeira possui superaquecedor, as válvulas principais e auxiliar de comunicação de vapor deverão sercolocadas na saída do superaquecedor, de forma a assegurar, sempre, a passagem de vapor pelosuperaquecedor, a menos que a temperatura do superaquecedor seja baixa e essa disposição sujeita aestudo especial.Se não houver cuidados especiais para a construção do equipamento auxiliar para o uso de vapor supe-raquecido, deverá haver um arranjo que não permita o superaquecimento. Se as válvulas de comunica-ção forem maiores do que 150 mm, em diâmetro, deverão ser dotadas de válvulas de �by pass�.

12.8 - VÁLVULAS DE ALIMENTAÇÃO

Cada caldeira, exceto caldeiras pequenas, auxiliares, deve ser equipada com duas ligações para alimen-tação de água. Essas ligações, sempre que possível, devem ser feitas em aberturas independentes.Serão colocadas em cada rede, válvulas de passagem de água de alimentação, que deverão ser ligadasdiretamente à caldeira ou ao economizador, se este fizer parte da caldeira. Poderão, contudo, estarlocalizadas próximo à plataforma de operação, desde que sejam ligadas ao economizador por tubo deaço sem costura, com juntas soldadas e não flangeadas.Cada linha de alimentação deverá ter uma válvula de retenção de fechamento por rosca junto à válvula depassagem ou tão perto quanto possível. Um regulador de alimentação de água de tipo aprovado poderáficar entre essas válvulas.Para caldeira com pressão de 28 g/cm2 ou mais, as ligações da linha de água de alimentação deverãoser feitas com luvas ou dispositivos semelhantes, para reduzir os efeitos da diferença de temperatura dostubos de alimentação e da carcaça ou tampa da caldeira.A água de alimentação não deverá ser lançada dentro da caldeira, de forma que caia diretamente emsuperfícies expostas a gases quentes e ao calor radiante do fogo ou junto a uma união rebitada.No caso em que o economizador tem um �by pass�, deverá receber uma válvula de descarga, a menosque o �by pass� seja feito de forma a evitar a subida da pressão.Em caldeiras dotadas de economizadores, uma válvula de retenção deverá ser colocada entre a tubula-ção de vapor e o economizador.

12.9 - SUPERAQUECEDORES E ECONOMIZADORES

As normas para fabricação de superaquecedores, economizadores, etc, serão as mesmas para caldeiras.No caso em que a pressão da bomba de alimentação incide sobre o economizador, ele deverá serprevisto para esse acréscimo de pressão. No caso de superaquecedores previstos para a pressão total

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da caldeira, mas onde a pressão na saída é menor devido à queda no aquecedor, a tubulação poderáobedecer a normas de pressão menores, e o flange de saída do superaquecedor poderá acompanharessa pressão menor. Deverão ser aprovados todos os desenhos com os detalhes de funcionamento.No caso de superaquecedores ou economizadores instalados, vinculados a caldeiras aquatubulares,eles poderão ser considerados como pertencendo à caldeira, desde que a ligação com a caldeira sejafeita por tubos de aço sem costura e conexões de aço, de acordo com as regras para tubos de vapor.Nesse caso especial, a válvula de comunicação de vapor poderá ser colocada na saída do superaquecedore a válvula de alimentação poderá estar no economizador, e não diretamente na caldeira.Os superaquecedores deverão ter válvulas ou torneiras para fazer a purgação dos coletores.O superaquecedor deverá ter suspiro. Deverá também ser prevista a circulação de vapor no superaquecedorno início de funcionamento da caldeira.

12.10 - VÁLVULAS DE PASSAGEM

Todas as ligações de água e vapor da caldeira deverão ter válvulas de passagem ligadas diretamente àscaldeiras, em lugares visíveis e de fácil acesso, e de forma que fechem contra a ação da pressão dacaldeira, a não ser, nos casos em que nas ligações de alimentação haja válvulas de passagem quefechem por ação da pressão de alimentação. Se for necessário colocar um distanciador entre a caldeirae qualquer válvula, ele deverá ser de aço fundido ou forjado, e deverá ser o mais curto possível.

12.11 - LIGAÇÃO DE ACESSÓRIOS À CALDEIRA

Todas as válvulas ligadas a uma caldeira, seja diretamente ou por distanciador, deverão ser de açoforjado ou fundido.Quando a temperatura não exceder a 200oC, poderão ser feitas de bronze, ou quando a temperatura nãoultrapassar 280oC, poderá ser usado bronze para alta temperatura. Em caldeira para aquecimento compressões somente até 2 kg/cm2, as válvulas poderão ser de ferro fundido. As válvulas operadas por hasteroscada deverão fechar com o movimento do volante na direção dos ponteiros do relógio, quando olhandoa parte superior da haste.Todos os acessórios para caldeira de mais de 32 mm de diâmetro deverão ser ligados à caldeira porsolda de fusão ou por flange.No caso em que a chapa da caldeira é maior do que 10 mm ou quando a chapa é reforçada por flangesou calços rebitados ou soldados, os acessórios de até 32 mm de diâmetro poderão ser fixados por niplesextrafortes, roscados.No caso de furos roscados para estojos que não atravessem a chapa da caldeira, a profundidade darosca deverá ser de, pelo menos, 1,7 vezes o diâmetro do estojo.

12.12 - SOBRESSALENTES

Para cada caso, a relação de sobressalente deverá ser apresentada para aprovação, sendo obrigatórioconstar da relação os seguintes elementos:01 jogo de molas, para cada válvula de segurança de tamanho diferente;12 tubos para indicador de nível de vidro, com gaxeta, para cada caldeira;02 indicadores de nível de vidro, para cada caldeira, e um suporte, para cada duas caldeiras, se o

indicador é do tipo de lâminas planas;01 filtro de cada tamanho do sistema de óleo combustível;¼ do conjunto de pulverizadores de queimador para caldeira a óleo;01 manômetro para caldeira;5% dos tubos de cada tamanho e tipo, para caldeira flamatubular;5% dos tubos para caldeira aquatubular;24 bujões para tubo, para cada tamanho e tipo de tubo, para caldeira, superaquecedor ou economizador;Ferramentas apropriadas.

12.13 - PROVA HIDROSTÁTICA

As provas hidrostáticas das peças que trabalham sob pressão deverão ser presenciadas pelo vistoriadordo BC. A prova de pressão aplicada não deverá ter sobrecarga menor do que 50% da pressão de serviço,para recipientes construídos com chapa ou tubos. Para carcaças fundidas, a sobrecarga será de 100%.Em qualquer caso, a pressão de prova nunca será menor do que 1kg/cm2.

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Caldeiras e recipientes pressurizados, fabricados com solda elétrica, deverão atender às provas daSeção de soldagem.Pelo menos uma válvula deverá ser colocada em cada caldeira para prova d�água. Deverão ser ligadasdiretamente à caldeira, em local próprio, mas não à coluna ou indicador de nível de água.

12.14 - TAMPAS

Tampas sem estais, de caldeiras ou outros recipientes, poderão ser planas ou recurvadas e poderão serinteiriças ou soldadas. As tampas para caldeiras deverão ser de aço forjado.

12.14.1 - Tampas Planas - A espessura mínima para tampas planas sem estais será determinada pelafórmula:

e = D . √ √ √ √ √ P / (C . t)

e = espessura mínima da chapa, em [cm]D = diâmetro ou vão menor, em [cm]P = pressão máxima permitida de serviço, em [kg/cm2]t = tensão máxima admissível de trabalho, em [kg/cm2]C = coeficiente dado a seguir :

C = 6, para chapas aparafusadas a carcaças, flanges ou chapas lateraisC = 6, para tampas planas, inteiriças, onde D não excede 60 cm e a relação entre a espessura

da tampa e a medida D é igual ou maior do que 0,05C = 4, para tampas inteiriças ou soldadas de topo à carcaça, tubos ou condutores em que o

raio interno não seja menor que 3 vezes a espessura do flange adjacente, com eliminaçãode tensões e radiografia.

C = 2, para chapas soldadas à parte interna de um cilindro, tubo ou condutor, e satisfazendo oestipulado para a soldagem por fusão de caldeiras e recipientes, com eliminação de ten-sões, quando necessário, e sem prova radiográfica. O tamanho do cordão soldado nãoserá menor do que duas vezes a espessura necessária de uma carcaça sem solda, oumenor do que 1,25 vezes a espessura da chapa da carcaça, e não será maior do que aespessura da tampa. A solda será depositada num chanfro cujo fundo deverá estar naface interna da tampa.

C = 2, para tampas com diâmetro interno não acima de 450 mm, embutidas na carcaça, tuboou condutor, e soldadas e satisfazendo as normas para caldeiras soldadas, com elimina-ção de tensões, quando necessário, e sem provas radiográficas. A ponta da carcaçadeverá ser virada para dentro, entre 30 e 45 graus. A solda terá diagonal, pelo menos, igualà maior espessura, da tampa ou da carcaça.

C = 13, para tampas aparafusadas em carcaças, tubos ou condutores, com D não acima de300mm, ou para tampas com flange inteiriço aparafusado a uma carcaça, com diâmetrointerno não acima de 300 mm, e onde a rosca estiver prevista para resistir à ruptura devidaà pressão, com um fator de segurança de, pelo menos, 5, para caldeiras, e de 4, pararecipientes pressurizados, sendo a rosca, pelo menos, tão resistente como a rosca pa-dronizada para tubos do mesmo diâmetro. Solda de vedação poderá ser usada.

C = 3,2, para chapas embutidas nas extremidades de carcaças, tubos ou condutores, e pre-sas por fechamento mecânico, para que a ruptura por cisalhamento, tração ou compres-são, devido à pressão, seja prevista com um coeficiente de segurança de, pelo menos, 5,para caldeiras, e de 4, para recipientes. Solda de vedação poderá ser usada.

C = 3,2, para tampas presas por parafusos de regulagem com gaxeta, no caso em que odispositivo tenha um fator de segurança, de, pelo menos, 5, para caldeiras, e 4, pararecipientes sob pressão, para resistir à tração, compressão ou cisalhamento, e as roscasserão, pelo menos, tão fortes como as padronizadas de tubo de mesmo diâmetro.

C = 2, para chapas chanfradas com diâmetro interno de até 45 mm, embutidas em carcaças,tubos ou condutores, cujas extremidades sejam rebatidas sobre o chanfro. O rebatidodeverá ser feito em toda a volta do cilindro uniformemente aquecido a, pelo menos, 700oC.A relação entre a espessura da carcaça e seu diâmetro não deverá ser menor do que arelação (P/t) nem menor do que 0,05.

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12.14.2- Tampas Recurvadas - A espessura mínima de tampas sem porta de acesso ou de manobra,tendo a pressão no lado côncavo, será determinada pela fórmula:

0,75 . R . P + R . P . (R/16 . r)e = _____________________________ + 2 [mm] 2 . (t . E - 0,1 . P)

e = espessura mínima de tampa, em [mm]P = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]t = tensão admissível máxima, em [kg/cm2] , segundo a tabela de tensões admissíveis para aços a

temperaturas de - 29oC até 500oC.E = eficiência mais baixa de qualquer união na tampa (neste caso também as uniões tampa-carca-

ça), para tampas sem solda; E = 1, menos para tampas hemisféricas sem saia, onde se consi-derará a solda à carcaça

R = raio interno da tampa, em [mm]r = raio da tampa na junção, em [mm]

O raio sob o qual a tampa é estampada não deverá ser maior do que o diâmetro externo de sua parteflangeada.O raio interno do flange de qualquer tampa, a fim de fixá-lo à carcaça, não deverá ser menor do que trêsvezes a espessura da tampa, e no caso de tampas recurvadas, não menos do que 6 % do diâmetroexterno da parte flangeada da tampa.A tensão admissível máxima deverá ser a indicada na tabela de tensões para aços, entre, 29oC e 500oC,exceto no caso de recipientes pressurizados onde não é feita a prova radiográfica em pontos ao acaso,quando a tensão de serviço não passará de 0,8 do valor tabelado.

12.14.3 - Tampas Elipsoidais - Uma tampa inteiriça de forma semi-elíptica em que a metade do eixomenor, ou a profundidade da tampa, não incluindo o flange, seja 25% do diâmetro interno do flange datampa, deverá ter a espessura segundo a fórmula anterior, fazendo,

√√√√√R / (16 . r) = 0,2 , sendo R o raio interno do flange da tampa

12.14.4 - Aberturas - Quando a tampa recurvada tem abertura de acesso com mais de 150 mm, emqualquer dimensão, e que não seja reforçada de acordo com 12.17, a espessura deverá ser determinadapela fórmula dada em 12.14.2, fazendo-se :

√√√√√R / (16 . r) = 1 , e multiplicando o resultado obtido por 1,15

Se uma abertura de visita flangeada é feita numa tampa elipsoidal, a espessura deverá ser a mesma deuma tampa esférica com um raio de curvatura de 0,8 vezes o diâmetro interno da carcaça, e comespessura aumentada para compensar a abertura de visita, como indicado no item anterior.Uma abertura de visita flangeada numa tampa abaulada deverá receber um flange de, pelo menos, trêsvezes a espessura necessária à chapa da tampa, até 35 mm. Para chapas acima dessa espessura, aprofundidade será a da espessura necessária da chapa, mais 75 mm. O flange deverá ter sua profundida-de medida da parte externa da abertura na direção de seu eixo maior.Quando a abertura de acesso é reforçada de acordo com as indicações desta norma, a espessura datampa poderá ser igual à espessura da tampa sem a abertura.

12.15 - TUBOS PARA CALDEIRA

Deverão ser do tipo de aço sem costura ou soldados por resistência, os tubos para caldeiras aquatubulares,superaquecedores, etc. A espessura mínima será determinada por:

e = d / 200 + p / (p + 2 t ) . d

e = espessura mínima da parede do tubo, em [mm]d = diâmetro externo do tubo, em [mm]

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p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]. Se a pressão calculada excede uma unidade inteira dedez, por mais de 1, use-se a unidade de dez seguinte, mais alta;

t = tensão máxima admissível, em [kg/cm2], para a temperatura média da parede do tubo. Estatemperatura nunca é considerada abaixo de 370oC para tubos de absorção de calor. Para tubosque não absorvam calor, a temperatura poderá ser a do fluido contido no tubo, mas não abaixo datemperatura de saturação.

A espessura das extremidades de tubos soldados aos condutos ou cilindros não necessita ser maior doque a espessura do restante do tubo, como obtida anteriormente, mas nenhum tubo, depois de alargadodentro dos apoios, poderá ter, aí, espessura menor do que a da tabela de pressões máximas admissíveispara tubos em cada diâmetro a que corresponde uma pressão. A espessura mínima de tubos ou niplespara expansão, dentro de apoios de tubos, poderá ser calculada pela fórmula anterior, desde que aespessura na ponta dos tubos a serem alargados seja, no mínimo, de:

2,42 mm, para tubos de diâmetro externo de 30 mm;2,67 mm, para tubos acima de 30 mm e até 50 mm de diâmetro externo, inclusive3,00 mm, para tubos de mais de 50 mm e até 75 mm de diâmetro externo, inclusive;3,40 mm, para tubos acima de 75 mm e até 100 mm de diâmetro externo, inclusive;3,80 mm, para tubos acima de 100 mm e até 120 mm de diâmetro externo, inclusive.

As extremidades de todos os tubos e niples usados em caldeiras aquatubulares deverão deixar umaprojeção, além da placa, entre 5 e 10 mm. Deverão ser alargados na placa ou então abertos em boca desino ou revirados. A fixação dos tubos na placa, por soldagem, poderá ser aceita, mas deverá serestudada em cada caso.

12.16 - CARCAÇAS

Os cabeçotes cilíndricos deverão seguir as normas para carcaças de caldeiras. Se não for possível ocálculo da resistência de um cabeçote com suficiente precisão, a pressão máxima admissível deverá serdeterminada por prova de deformação hidrostática em uma peça em tamanho natural ou por fórmulasempíricas baseadas em dados de provas correspondentes.Carcaças sem costura ou soldadas por fusão, obedecerão às seguintes condições para a pressão P epara a espessura e:

P = (1/D). [2. (e-0,25). t. E]

P = pressão máxima de trabalho, em [kg/cm2]t = tensão máxima admissível de trabalho devida à pressão interna, em [kg/cm2]E = eficiência mínima da união longitudinal ou das ligações entre furos dos tubos ou outras abertu-

ras, considerada a de menor valor;e = espessura mínima do cilindro, em [cm]D = diâmetro interno, em [cm]

Quando se usar o valor máximo de t em qualquer caldeira ou recipiente, deverá ser considerada apressão hidrostática para o cálculo da espessura mínima, e cargas impostas à estrutura deverão serlevadas em conta, com o peso próprio, o peso do conteúdo e a maneira de apoio.A espessura mínima para caldeiras de até 900 mm de diâmetro externo é de 6 mm. Para diâmetrosuperiores, é de 8 mm.A espessura mínima para outros recipientes é de 2,5 mm, após o dobramento, sem previsão de acrésci-mo para corrosão.

12.17 - ABERTURAS E REFORÇOS

As indicações abaixo se aplicam a todas as aberturas em carcaças, condutos ou tampas. A necessida-de de reforço se aplica a aberturas que não excedam as seguintes dimensões:Para diâmetros de carcaças de até 1500mm: metade do diâmetro da carcaça, mas não mais que 500mm;Para diâmetro acima de 1 500mm: 1/3 do diâmetro, mas não mais que 1 000mm.Cálculo deve ser feito, demonstrando que os reforços para todas as aberturas estão em conformidadecom as regras do BC. Qualquer abertura autorizada pelas regras do BC poderá ser sobre uma uniãosoldada, desde que tenha tido suas tensões aliviadas e tenha sido radiografada. Tubos podem ser

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rebatidos e alargados em furos não reforçados, desde que as soldas da região tenham sido examinadaspelo método de pó magnético, em ambos os lados, com resultado favorável. Mas furos não reforçadosnão podem ser colocados a menos de 5mm até à borda do metal soldado.Os reforços deverão ser distribuídos e feitos em uma quantidade tal que as necessidades de área parareforços sejam satisfeitas em todos os planos em relação ao centro da abertura e perpendicularmente àsuperfície do recipiente.A área total da seção do reforço em qualquer plano não deverá ser menor que;

S = e.d / C

S = reforço necessário, em [cm2]d = diâmetro acabado da abertura em um plano dado, em [cm]C = 1, para tampas e para carcaças, se o plano em consideração está no eixo longitudinal da carca-

ça. Para outros planos numa carcaça ou conduto, o valor de C deverá ser determinado pelaTabela 12.1 abaixo, utilizando, quando necessário, interpolação linear.

Ângulo em Graus Coeficiente C

90 2.00

70 1.56

50 1.28

30 1.10

10 1.01

0 1.00

Tabela 12.1

e = espessura, em [cm], se necessária à carcaça, tampa cega ou conduto menos:a) em tampas abauladas se a abertura e seu reforço estão completamente dentro da parte esférica.

Neste caso, a espessura necessária será a dada pela fórmula para tampas recurvadas (item 12.14.2)usando-se :

√√√√√R / (16 . r) = 0,25

b) em tampas elípticas, quando a abertura e o reforço ficam inteiramente dentro de um círculo cujocentro coincida com o centro da tampa e cujo diâmetro seja 0.8 do diâmetro interno da carcaça. Nestecaso, a espessura necessária será dada pela formula definida em 12.14.3 para tampas elipsoidais,com R igual a 0,9 do diâmetro interno da carcaça.

Nas tampas planas que tenham uma abertura com um diâmetro não excedendo meio diâmetro da tampaou metade do vão menor, deverá existir uma seção total de reforço não menor que:

S = e . d / 2,

S = reforço necessário, em [cm2]d = diâmetro acabado da abertura no plano dado, em [cm2]e = espessura mínima necessária da placa, em [cm], de acordo com o determinado em 12.14.

Como alternativa, a espessura das tampas planas poderá ser aumentada dando o reforço necessário.Para tal, substitui-se na fórmula definida em 12.14.1, C por 0,5.C.Tampas planas que têm abertura com diâmetro maior que meio diâmetro da tampa ou metade do vãomenor, deverão ser consideradas como flanges, seguindo a norma para flanges aparafusados.Na direção da parede do recipiente, os limites do reforço deverão estar a uma distância, de cada lado doeixo da abertura, de um valor maior que uma vez o diâmetro da abertura acabado, ou de uma vez o raio

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da abertura acabada mais a espessura da chapa do recipiente, mais a espessura da parede do niple.Na direção perpendicular à parede do recipiente, os limites do reforço deverão seguir o contorno dasuperfície, estendendo-se a uma distância da superfície interna ou externa da parede do recipiente,conforme o caso, de uma distância menor que duas vezes e meia a espessura da carcaça ou duas vezese meia a espessura do niple mais a espessura de qualquer reforço colocado.O excesso na espessura da carcaça, além da necessidade em relação à pressão, poderá ser conside-rado como reforço dentro dos limites anteriormente definidos. A área da parede da carcaça disponívelcomo reforço é o maior valor S, dado por:

S = d . [ E . e - (et / C) ]S = [E . e - (et / C) ] . [ (e + et ) / 0,5 ]

S = área resultante do excesso de espessura na carcaça ou na tampa, disponível como reforço, em[cm2]

E = eficiência. E = 1, para uma abertura na chapa inteiriça ou quando a abertura passa por uma uniãocircunferencial na carcaça (exceto tampa da carcaça) ou E é igual à eficiência da união, sequalquer parte da abertura passa por outra união soldada qualquer;

e = espessura da carcaça ou da tampa, em [cm]et = espessura da carcaça ou da tampa necessária para resistir à pressão, em [cm]en = espessura da parede do niple, em [cm]d = diâmetro no plano em consideração, da abertura acabada, em [cm]C = coeficiente obtido na Tabela 12.1

A espessura de um pescoço de niple não deverá ser menor do que:a) a espessura da carcaça ou da tampa;b) a espessura do tubo padronizado para niples ou;c) a espessura mínima necessária de um niple para tubos sob 40 [kg/cm2] de pressão interna.

A espessura em excesso sobre a necessária para resistir à pressão poderá ser considerada comoreforço dentro dos limites da necessidade de reforço. Nesse caso, a espessura necessária poderá serdeterminada pela mesma fórmula usada para carcaças, dispensando, no caso de caldeiras, a espessuraadicional de 2,5 mm.O metal colocado como reforço e metal em soldas de fixação poderão ser considerados como reforçosdentro dos limites correspondentes.A tensão admissível do material usado no reforço deverá ser igual ou maior e que a do material dacarcaça, mas, se for menor, a área de reforço deverá ser aumentada para haver compensação.Para reforço com tensões maiores que as da carcaça, não haverá redução.Em cada lado de um plano normal ao recipiente, e passando pelo centro da abertura, a resistência daligação da chapa ao reforço ou da ligação entre quaisquer partes do reforço, deverá ser, pelo menos, igualà resistência da área da abertura não acabada, incluindo qualquer furo para rebite ou estojo na carcaçaou tampa, considerando (et), menos a resistência da ligação deverá ser considerado para seu compri-mento total em cada lado do plano.Deverá ser executada solda suficiente em cada lado plano, através do centro da abertura, paralelamenteao eixo longitudinal da carcaça, para dar resistência às partes reforçadas ao cisalhamento ou à tração,conforme o caso. A resistência das soldas feitas em chanfro deverá ser calculada em relação à áreasubmetida a cisalhamento ou à tração. A resistência de soldas em ângulo será baseada na área sobcisalhamento (calculando pela menor dimensão de apoio). O diâmetro interno de uma solda em ângulodeverá ser usado para representar seu comprimento. Os valores admissíveis para as tensões para sol-das feitas em chanfros e em ângulo, e para cisalhamento em golas de niples, deverão ser os seguintes,em relação ao material base: niples - cisalhamento da parede - 70%; chanfro - tração na solda - 74%;chanfro - cisalhamento na solda - 60% ;ângulo - cisalhamento na solda - 49%.Duas aberturas adjacentes deverão ter uma distância entre centros não menor do que um e um terço deseu diâmetro médio.Quando aberturas adjacentes têm seus limites de reforço sobrepondo-se, a abertura deverá ser reforçadade forma tal que a área de reforço seja a área combinada das aberturas em separado.Nenhuma parte da seção será considerada como válida, para mais de uma abertura. No cálculo da áreacombinada, nenhuma parte da seção pode ser usada mais de uma vez.Quando a carcaça tem uma série de furos em disposição definida, a área líquida da seção entre duasaberturas acabadas, entre os limites da chapa, excluindo a parte do reforço não unida à parede, deveráser de, pelo menos, (0,7/C) da seção obtida pelo produto da distância de centro a centro das aberturas,

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pela espessura necessária para uma carcaça sem solda. O coeficiente C é obtido na Tabela 12.1 para oplano considerado.Todas as caldeiras serão dotadas de portas de acesso ou portas de manobras para inspeção de limpeza.Recomenda-se que portas de acesso não sejam menores do que 300 x 400mm e que as portas paramanobra não sejam menores que 60 x 90mm, sendo preferíveis as aberturas maiores. No caso de serimpossível a colocação de uma porta de acesso, duas ou mais portas de manobras serão colocadas, demodo que o interior possa ser vistoriado.Para recipientes de até 900mm de diâmetro, e não submetidos à chama, serão aceitas aberturas deinspeção vedadas por bujões roscados de 50mm e, para diâmetros até 450 mm, serão aceitas aberturasfechadas por bujões roscados de 40mm. Aberturas de inspeção de tamanhos maiores são recomendadas.

12.18 - EFICIÊNCIA

O coeficiente de eficiência E, a ser usado nas expressões anteriores, deverá seguir as normas abaixo:

12.18.1 - Carcaças Sem Solda - O coeficiente máximo será E = 1,0, para carcaças sem solda;

12.18.2 - Carcaças Com Solda - O valor máximo para E será 0,95, se o excesso de solda for retirado atéficar rente com a superfície, em carcaças soldadas. Em outros casos usar E = 0,90

12.18.3 - Recipientes de Pressão Não Submetidos à Chama - Para uniões de topo soldadas em ambosos lados, em recipientes sob pressão, sem calor, o valor de E será 0,70.Se a união sofrer prova radiográfica em pontos tomados ao acaso, ou quando o recipiente só tiver soldascircunferenciais entre seções sem costura, e o valor de t (tensão) seja, no máximo, 0,80 do tabelado, Epoderá ser tomado como 0,85. No caso de exame radiográfico total, E = 1,00.Nos recipientes para uniões de topo soldadas em um só lado, E = 0,65. Se for efetuada prova radiográficaem pontos tomados ao acaso, E = 0,80; com prova radiográfica completa, E = 0,90. Todas as soldasdeverão ter cobrejuntas de encosto na parte não soldada.E = 0,60, quando a união soldada no item anterior não tiver cobrejunta na parte posterior, até a espessurade 15 mm, o diâmetro externo até 600 mm.Nas uniões longitudinais de espessura até 10 mm, e circunferenciais de espessura até 15 mm, e paratodos os demais casos, E = 0,55, exceto para tampas semi-esféricas.Em uniões sobrepostas com soldagem em apenas um lado, E = 0,45. No caso de ser usada solda debujão, E = 0,50.

12.18.4 - Eficiência da Ligação do Tubo - A eficiência de ligação longitudinal na chapa da caldeira cortadapor uma única fileira de tubos ou várias fileiras de tubos muito separadas, deverá ser determinada pelaseguinte fórmula: E = ( P - d ) / P , sendo :P = distância de centro a centro dos tubos, em mm.d = diâmetro dos furos para os tubos, em mm.

Se as fileiras de tubos são agrupadas e a furação é feita em diagonal, a eficiência será obtida pela Tabela12.2, onde p� é a distância, em mm, tomada na diagonal, de centro a centro do tubo.

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( p / d) Valor de p� / p ( % )0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0

1.3 - - - - - 221.5 - - - - 25 34

1.7 - - - 24 36 41

1.9 - - 21 34 46 472.1 - - 29 42 52 52

2.3 - 24 36 49 56 56

2.5 20 31 42 56 60 602.7 26 36 48 61 63 63

2.9 31 41 53 66 66 66

3.1 36 45 57 68 68 683.3 39 49 61 69 69 69

3.5 43 52 65 71 71 71

3.7 46 55 68 73 73 733.9 49 58 71 74 74 74

4.1 51 61 74 76 76 76

4.3 53 64 77 77 77 774.5 55 66 78 78 78 78

4.7 57 68 79 79 79 79

4.9 59 70 79 79 79 795.1 60 72 80 80 80 80

Tabela 12.2

Para cálculo da espessura da carcaça será usado o menor valor (Ver 12.17).Quando o espaçamento de tubos ou furos é assimétrico, a eficiência média não deverá ser menor que asdadas pelas indicações abaixo, relativas a ligamentos entre furos de tubos e, não, a aberturas simples.Esse método poderá dar valor menor, em alguns casos, do que aquele para grupos simétricos que seestendam a uma distância maior do que o diâmetro interno da carcaça. Nesse caso, a eficiência queserá adotada é a dada pela fórmula anterior.a) Para um comprimento igual ao diâmetro interno da carcaça, na posição que dá a eficiência mínima,

ela não será menor do que aquela adotada para referência da pressão máxima permitida. Quando odiâmetro for maior do que 1.500mm, esse será o comprimento a aplicar.

b) Para um comprimento igual ao raio interno da carcaça, na posição para dar a eficiência mínima, elanão poderá ser menor do que 80% daquela que serve de base para a pressão máxima permitida. Nocaso de raios acima de 750mm, será sempre usado o valor de 7.50mm para o comprimento.

c) Para furação localizada longitudinalmente ao longo da carcaça, mas não em linha reta, as indicaçõesanteriores (a e b) são válidas, sendo que a largura longitudinal equivalente de um ligamento diagonalé que será usada. Para obter a largura equivalente, o passo longitudinal de dois furos com ligamentodiagonal, será multiplicado pela eficiência do ligamento diagonal, conforme a Tabela 12.3.

A eficiência para ligamentos circunstanciais será determinada da mesma maneira como para ligamentoslongitudinais do parágrafo anterior e deverá ser igual, pelo menos, à metade da sua eficiência.

12.19 - CALDEIRAS FLAMATUBULARES

O projeto e a fabricação de caldeiras flamatubulares deverão seguir as Regras desta Seção e, onde nãoforem tratados, deverão seguir as Regras para caldeiras aquatubulares.O raio interno do flange formado por qualquer tampa para sua fixação à carcaça não deverá ser menor

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que três vezes a espessura da tampa e, no caso de tampas sem estais, não deverá ser menor do que6% do diâmetro interno da carcaça.

Ângulo da diagonal Relação entre o passo diagonal e diâmetro do furo do tubocom longitudinal (graus) 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 3.0 5.0

0 17 29 38 44 50 67 8010 15 27 36 43 49 67 81

20 13 25 35 42 49 67 82

30 12 23 34 43 49 69 8640 12 24 35 44 51 73 93

50 13 27 37 47 55 81 104

60 14 30 42 53 62 91 11870 18 36 51 63 73 105 130

80 24 45 62 76 86 120 145

90 33 58 75 88 100 132 158

- Fator de conversão do passo diagonal para o passo longitudinal equivalente.

Tabela 12.3

O raio interno do flange fixando a fornalha à chapa posterior dos tubos, não deverá ter menos de que trêsvezes a espessura da chapa flangeada e, no flange de fixação da fornalha à tampa dianteira, não deveráter menos que duas vezes a espessura da chapa flangeada.O raio interno dos flanges que formam a ligação entre as chapas da câmara de combustão e o duto degases não deverá ser menor que 1,5 vezes a espessura da chapa flangeada.A espessura mínima ou a pressão máxima de serviço para carcaças cilíndricas serão calculadas comopara caldeiras aquatubulares rebitadas (ver 12.25).A resistência mínima de uniões circunferenciais entre tampa e carcaça de caldeiras será de 50% danecessária para uniões longitudinais da carcaça, se nenhum apoio à carga é dado por tubos ou estais.A resistência de uniões circunferenciais ligando partes da carcaça não deverá ser menor que 75% danecessária para uniões longitudinais da carcaça. Se a espessura da chapa da carcaça for maior que 35mm, para caldeira de uma frente, e de 30 mm, para caldeiras de duas frentes, as uniões circunferenciaisligando partes da carcaça deverão ter, no mínimo, rebitagem tripla.

12.20 - ESTAIS EM CALDEIRAS FLAMATUBULARES

Os furos para estais roscadas deverão ser feitos a broca, macheados, limpos e certos, e deverão terfiletes completos.Os furos para tubos ou estais passantes em chapas de 15 mm de espessura ou menos, podem serfeitos por puncionamento até 75% do diâmetro do furo acabado, desde que o puncionamento seja perfei-tamente centrado.Estais passantes diretos ou longitudinais e estais roscados, deverão ter a seguinte relação entre apressão máxima de serviço e a área de seção mínima.

P = K.v

P = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]s = área suportada pelos estais, em [cm2]S = área mínima de seção transversal dos estais, em [cm2]v = s / SK = Coeficiente baseado na resistência mínima do material à tração, de acordo com o Seção demateriais:

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- para estais de aço maciço, passantes : K = 700- para estais de aço articulados K = 620- para estais-parafusos, em aço maciço ou oco, e rosqueados, menores que 25mm de diâmetro K =

560- para estais ou estais parafusos de ferro forjado para diâmetros de 25mm ou mais K = 560- para estais de aço fabricados de chapas sem soldagem K = 560- para estais de ferro forjado ou de aço K = 520- para estais-parafusos roscados flexíveis K = 520- para estais-parafusos roscados, ou ferro-forjado refinado com diâmetros abaixo de 25mm K = 520- para estais soldados de ferro forjado K = 400

Estais diagonais deverão ter uma seção transversal não menor do que a dada pela fórmula

sd = B.s

sd = seção transversal mínima do estai diagonal, em [cm2]s = área necessária para o estai direto, determinada pela fórmula anterior B = L / cL = comprimento do estai diagonal;c = comprimento equivalente do estai direto perpendicular à chapa suportada;

Estais de ligação, feitos de chapas triangulares presas a perfis laminados (simples ou duplos), pelosdois lados, deverão ter uma seção transversal 10% maior do que a determinada pela fórmula anterior paraestais diagonais.O aumento de seção nas extremidades de tubos ou barras dos estais não deverá ser obtido por soldageme, sim, por encalcamento seguido de recozimento.A soldagem de partes de um mesmo estais não será permitida por nenhum processo. Estais devem serconstruídos de peças inteiras.Orelhas, suportes ou flanges, a serem rebitados, deverão ter no furo do rebite uma largura maior do queo diâmetro da cabeça do rebite, e sua seção transversal, excluindo a furação para o rebite, não serámenor do que 1,25 vezes a seção transversal do corpo do estais. No caso em que há dois ou maisrebites no eixo longitudinal do estai, a resistência do suporte ou orelha no segundo furo, e subsequentes,poderá ser reduzida a não menos que 1,25 vezes a resistência combinada dos rebites, incluindo o daseção.Cada ramificação de um estai ramificado deverá suportar, pelo menos, dois terços da carga total.A seção mínima de um pino submetido a cisalhamento duplo deverá ser de, pelo menos, 80% da seçãotransversal do estai.Olhais para conexão de pinos deverão ser formados integralmente com o corpo do estai. O diâmetroexterno mínimo do olhal será de 1,75 vezes o do pino. A espessura mínima de um olhal simples seráigual ao diâmetro do pino. A seção transversal total, em qualquer seção de um olhal simples, deveráser igual a, pelo menos, 1,25 vezes a seção do corpo do estai e, no caso de olhal em forquilha, de1,50 vezes.A resistência dos rebites unindo qualquer reforço será de 1,50 vezes a resistência do estai de ligação.Todos os parafusos-estais, exceto os de tipo flexível, terão no centro de cada extremidade um furoindicador, com diâmetro mínimo de 5 mm e comprimento tal que se prolongue a, pelo menos, 15 mmalém da parte interna da placa. Eles não são necessários em estais ou em parafusos- suporte fixadospor soldagem.No cálculo da área transversal líquida de parafusos-suportes ocos ou broqueados, a seção transversal dofuro deverá ser subtraída se o diâmetro for maior que 5 mm.Seu comprimento não deverá exceder a vinte diâmetros. No caso em que a caldeira tem mais do que 5metros de comprimento, os estais deverão ser suportados no meio.Extremidades rebitadas de parafusos-estais não deverão ter menos do que 5 mm além da superfície daplaca, para dar material suficiente para a rebitagem.Não será permitido construir as cabeças de parafusos estais rebitados, por enchimento com solda.Colares soldados, usados em substituição a porcas deverão ter diâmetros de, pelo menos, duas vezeso diâmetro dos parafusos-estais e alturas de, pelo menos, meio diâmetro.A espessura mínima de porcas usadas em estais rosqueados deverá ser metade do diâmetro do estai,mas nunca menos que 20 mm.Deverão ser as seguintes as relações entre a pressão máxima de serviço, a espessura mínima e a alturadas vigas, para tetos de câmaras de combustão:

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P = 10.000 . e . h2 / K . (C-1) . C . D

P = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]C = comprimento da viga entre os suportes, da parte interna da chapa para tubos até a interna

câmara de combustão, em [mm]D = distância entre as vigas, de centro a centro, em [mm]L = distância entre parafusos de suportes, em mm, não mais do que o passo máximo admissível

para a espessura de chapa com estais;h = altura da viga, em [mm]e = espessura da viga, em mm (espessura somada quando a viga tiver duas chapas).K = coeficiente com os seguintes valores:

K = 1,47, para vigas fixadas com um só parafusoK = 0,97, para vigas fixadas com dois ou três parafusosK = 0,87, para vigas fixadas com quatro ou cinco parafusosK = 0,82, para vigas fixadas com seis ou mais parafusos

12.21 - SUPERFÍCIES ESTAIADAS DE CALDEIRAS FLAMATUBULARES

Superfícies que deverão receber estais são aquelas que não se suportam, tais como tampas ou parte detampa, chapas de revestimento de fornalhas, de tubo, etc..As chapas terão 8 mm ou mais de espessura.A pressão máxima de serviço e a espessura mínima de chapas apoiadas por estais, serão determinadaspelas fórmulas que seguem.

Superfície com reforço: p = K . e2 / Q ; {no caso de haver reforço, somar a espessura da chapa com oreforço, para achar e . Nunca p deverá ser menor do que (P/2)}

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]e = espessura da chapa, em [cm], incluindo a espessura do reforço, se usado;Q = p2 + p2, sendo :

p = passo dos estais em uma direção, em [cm];p = passo dos estais em outra direção, em [cm]K = coeficiente correspondente à resistência mínima à tração da chapa (não menos do que 3.900

kg/cm2), ao tipo de serviço e ao método de fabricação;

a) Para chapas expostas aos produtos da combustão:K = 4.250, para chapas menores que 10 mm com estais aparafusados com porcas ou colares solda-

dos;K = 4.500, para chapas de 10 mm e mais, da mesma forma;K = 3.050, para chapas de 10 mm e mais, fixadas por estais aparafusados com cabeças rebitadas;K = 3.410, para todas as chapas com estais fixados por rebite;K = 4.960, para chapas fixadas com tubos aparafusados e alargados em armações;K = 5.760, para chapas fixadas com tubos aparafusados, alargados por suas bordas reviradas em

armações;K = 3.350, para chapas fixadas com tubos aparafusados e alargados em fileiras de limitação;K = 4.070, para chapas fixadas por tubos aparafusados, alargados e suas bordas reviradas em filei-

ras de limitação.

b) Para chapas não expostas aos produtos de combustão:K = para chapas menores que 10mm, fixadas com estais rosqueados com roscas ou colares solda-

dos (ver nota);K = 5.230, para chapas de 10mm ou mais, com estais roscados com porcas ou colares soldados;K = 3.430, para chapas de 10mm ou mais, com estais roscados e cabeças cravadas;K = 3.820, para todas as chapas com estais fixados por rebite;K = 6.120, para chapas de estais passantes com porcas por fora e por dentro;K = 900, para placa tendo uma resistência à tração de, pelo menos, 3.850 kg/cm2 ou tensão admissível

à compressão;K = 3.170, para chapas com estais passantes com porcas por fora e por dentro, e tendo chapas de

reforço cobrindo a área suportada completa;

TOMO III - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 12

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K = 2.160, para chapas com estais passantes, com porcas por dentro e por fora, reforçadas porarruelas externamente rebitadas com eficiência à chapa, com diâmetros não menores que 2/3 dopasso dos estais;

K = 2.790, para chapas com estais passantes, porcas por dentro e por fora, e reforçadas por tirasonde os estais se fixam, devendo a tira ter largura mínima de 2/3 do passo dos estais;

K = 2.430, no caso de chapas com estais rosqueados e tiras de reforço entre fileiras de estais,devendo as tiras ter 2/3 do passo dos estais.

NOTA - Estais aparafusados em chapa de espessura de menos que 10 mm não deverão ter cabeçasrebitadas, mas, sim, fixados com parafusos ou por colares soldados. No caso da superfície ser suporta-da por vários tipos de estais, com coeficiente diferente, deverá ser usada a média entre os valores de K.

Para chapas de tubo, com ligamento sob esforços de compressão, assim como chapas de tubo decâmaras de combustão com a parte superior suportada por vigas, a pressão máxima de serviço e aespessura mínima deverão ter valores conforme a seguinte fórmula:

p = e . k / L . (1- d/P)

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]P = passo horizontal dos tubos, em [mm]L = comprimento total da câmara de combustão, além da chapa de tubos e do chapeamento poste-

rior, em [mm]e = espessura da chapa de tubos, em [mm]d = diâmetro interno dos tubos, em [mm]. No caso em que os tubos são defasados, a distância

vertical entre as linhas de centro dos tubos em fileiras adjacentes não deverá ser menor que :

42

2 pdd ⋅+

K = 1.870, para chapas com resistência à tração de, pelo menos, 38,7 kg/mm2

Chapas curvas de proteção de fornalha e chapas de fundo de câmaras de combustão, deverão serconsideradas com superfícies planas e receberão estais de acordo com os itens anteriores.Para chapas curvas de fundo de câmaras de combustão, não apropriadas para uso de estais, a pressãomáxima de serviço e a espessura mínima das chapas sem reforço deverão ser determinadas pela fórmula:

p = (549 . e - 1.885 . L) / L

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]e = espessura da chapa, em [mm]R = Raio externo em que a chapa é virada, em [mm]L = comprimento da chapa entre suportes, medido numa linha paralela ao eixo da caldeira, em [mm]

No caso em que as chapas recebem reforço, usar a fórmula:

p = (90 . e) 2 / R . L

Reforços estruturais nos fundos de câmaras de combustão, tais como cantoneira ou barras T, deverãoter uma espessura mínima igual a 80 % da espessura da chapa a ser reforçada, e a altura da alma nãodeverá ser menor do que a metade do passo dos reforços.O espaçamento e tamanho dos rebites ligando reforços a chapas serão calculados da mesma formacomo para estais de chapas planas.

12.22 - FORNALHAS E CONDUTORES PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES

Fornalhas e condutores deverão ter pressão máxima de serviço e espessura mínima de chapa, conformea fórmula abaixo, mas não deverão ser menores que 8 mm ou maiores que 20 mm. Para fornalhas

TOMO III - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 12

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nervuradas ou corrugadas:

p = K . (e / d)

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]e = espessura mínima da chapa, em [mm]d = diâmetro externo da fornalha do fundo do corrugado, em [mm]K = 1.033, para corrugado de 200mm ou menos, entre centros, e não menos que 40mm de profundi-

dade;K = 1.104, para corrugado de 200mm ou menos, entre centros, e não menos que 40mm de profundi-

dade.

Para fornalhas cilíndricas lisas com ou sem anéis de reforço, e condutos circulares rebitados:

p = 7,28 . (75 . U - 0,26 . Q)

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]R = raio externo da carcaça da caldeira, em [mm]L = comprimento de uma seção ou conduto, em [mm]T = espessura da chapa, em [mm]U = e/R)Q = (L/R)

Condutos sem costura ou caldeados:

p = 0,87 . [ ( e/de ) � 1]

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]e = espessura do conduto, em [mm]de = diâmetro externo do conduto, em [mm]

No caso em que fornalhas são fabricadas com uniões rebitadas, a eficiência dessas uniões não deveráser menor que 50% da chapa original.Fornalhas e outras partes cilíndricas expostas à pressão externa, e que necessitem de apoio, deverãoser suportadas por estais seguindo as normas dadas. A pressão de serviço não deverá exceder ao valorobtido pela fórmula para fornalhas cilíndricas lisas, mais 50% do obtido para superfície apoiada por estaisem fornalhas rebitadas, e também não deverá exceder à pressão dada pela fómula de fornalhas cilíndri-cas lisas.

12.23 - TUBOS PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES

Tubos para caldeiras flamatubulares poderão ser de ferro ou aço maleável, soldados por sobre-posição,sem costura, ou soldados por resistência.A pressão máxima de serviço e a espessura mínima deverão obedecer à fórmula:

p = 980 / d . (e � 1,7)

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]e = espessura máxima do tubo, em [mm]d = diâmetro externo do tubo, em [mm].

A espessura de tubos de estais deverá ser calculada como para estais longitudinais passantes. Aespessura de tubos de estais marginais deverá ser, não menos que 6 mm, e a dos outros tubos deestais, não abaixo de 5 mm.As extremidades de tubos comuns deverão ser alargadas até ficarem justas na placa e, no caso denecessidade para o apoio da chapa do tubo, deverão ser calafetadas sobre ambas as extremidades.Tubos de estais deverão ser aparafusados em chapas de tubo e rebatidos justos, podendo ser dobradosem volta; o recalcamento de tubos de estais não é permitido.

TOMO III - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 12

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12.24 - CABEÇOTES PARA CALDEIRAS FLAMATUBULARES

Os cabeçotes deverão ser de aço maleável, ferro forjado, aço fundido ou outro material aprovado, e suapressão máxima de serviço e sua espessura mínima estão relacionadas pelas Regras que se seguem:- Cabeçotes cilíndricos deverão obedecer às normas para carcaças cilíndricas.- Faces planas de ferro forjado, aço forjado ou aço fundido, em cabeçotes, deverão obedecer à seguinte

fórmula para pressão e para espessura:

p = K . t . [ (e-2,39) / D] 2

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]e = espessura, em [mm]t = resistência mínima do material, em [kg/cm2]D = distância entre apoios das faces planas, em [mm]K = 1,4 para aço forjado ou ferro forjadoK = 1,1 para aço fundido

12.25 - CALDEIRAS AQUATUBULARES REBITADAS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO REBITADOS

Uniões longitudinais rebitadas deverão ser do tipo tapa-junta duplo, de ambos os lados. As uniõescircunferenciais de extremidade de chapas de carcaça, acima de 15 mm de espessura, e uniõescircunferenciais ligando seções da carcaça, em chapas acima de 12mm, serão, pelo menos, duplamen-te rebitadas.Todos os furos para rebite serão feitos com broca e, sempre que possível, furados no lugar. Quando osfuros não puderem ser feitos no lugar, eles deverão ser examinados depois da montagem e ajustados pormeio de alargadores, se necessário. Não serão permitidos furos deslocados. Depois do broqueamento,as peças a rebitar deverão ser separadas e os cavacos e cantos vivos dos furos deverão ser retirados;isto não será necessário no caso de tampas com superfície de rebitagem usinada e montadas sobpressão.As bordas de recalque de todas as chapas e tapa-juntas de uniões rebitadas deverão ser usinadas echanfradas a aproximadamente 70 graus em relação à chapa. Todas as rebarbas deverão ser retiradas.Na usinagem deverão ser retirados, pelo menos, 3 mm ou 25% da espessura da chapa, o que for maior.Chapas e tapa-juntas deverão ser bem ajustados entre si para evitar excesso de recalcamento. Aencalcagem interrompida não será aprovada. O passo dos rebites, em qualquer união, será tal quepermita obter estanqueidade sem excesso de encalcamento.A distância mínima do centro do furo de rebite até à borda da chapa, antes do encalcamento, é de 1,5 a1,8 vezes o diâmetro do furo do rebite, a não ser no caso de furos nas extremidades dos tapa-juntas.A distância entre centros de duas fileiras de rebites, medida perpendicularmente à união, não deverá sermenor do que duas vezes o diâmetro do furo do rebite, quer medindo na chapa antes de virar, quermedindo na linha média da chapa, após a viragem.Tampas sem estais, planas ou abauladas, deverão obedecer ao indicado para caldeiras soldadas.Para as tampas planas sem estais, deverão ser usadas as expressões dadas em 12.14 com os seguin-tes valores para C:C = 6,2, para chapas rebitadas ou aparafusadas rigidamente à carcaça, flange ou chapas laterais,

onde o diâmetro interno não seja mais do que 600mm, e a relação entre a espessura da tampa e Dseja, pelo menos, igual ou superior a 0,05;

C = 3,3, para chapas com flanges fixados às carcaças, tubos ou cabeçotes por uniões sobrepostasrebitadas, quando o raio da aresta interna não é menor que três vezes a espessura do flange imedia-tamente adjacente, e onde a rebitagem obedece ao exigido para uniões circunferenciais.

Os tubos para caldeiras aquatubulares, superaquecedores e outras partes de uma caldeira, onde este-jam expostas à pressão interna, deverão ser de aço sem costura ou soldados por solda elétrica.A pressão máxima de serviço e a espessura mínima, serão calculados pela fórmula adequada paracaldeiras soldadas, de acordo com 12.15.Tapa-juntas de uniões de topo deverão ser curvadas ao raio da carcaça, por calandragem ou porprensamento, e terão espessura suficiente para permitir recalcamento de suas bordas e satisfarão àsnormas abaixo: A espessura do tapa-juntas externo não será menor do que 5 mm, conforme abaixo:

( )( )dfP

dpeee ⋅−⋅

−⋅= 6,1

TOMO III - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 12

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ee = espessura do tapa-juntas externo, em [cm]e = espessura necessária da carcaça, em [cm]p = passo dos rebites na segunda fileira, em [cm]P = passo dos rebites nas fileiras externas, em [cm]d = diâmetro dos furos de rebite, em [cm]f = relação entre o passo dos rebites na fileira externa e o passo mínimo das fileiras internas.

A espessura do tapa-juntas interno será igual à do tapa-juntas externo, mais 3 mm, mas não necessi-tará ser maior do que a espessura da carcaça.A espessura de tapa-juntas que são interceptados por tubos será aumentada, se necessário, paramanter a eficiência em que se baseou o cálculo da pressão de serviço.Quando não forem feitas indicações nestas normas, para caldeiras rebitadas, serão usadas as corres-pondentes para caldeiras aquatubulares.O fator de eficiência deverá ter o menor valor determinado como segue:

Chapas: E = (P - d) / P Rebites: E = (ns . tc) / Pt . e

Para eficiência combinada da chapa na segunda fileira e cisalhamento dos rebites na fileira externa:

etptcSm

pdPE

⋅⋅⋅⋅

+−

=

Para eficiência combinada da chapa na segunda fileira e de compressão do tapa-juntas em frente arebites na fileira externa:

etpjdcm

pdPE

⋅⋅⋅⋅⋅

+−

=

P = passo dos rebites na fileira externa, em [cm]p = passo dos rebites na segunda fileira, em [cm]d = diâmetro dos furos dos rebites, em [cm]n = número de rebites por passo P;m = número de rebites na fileira externa por passo P;S = área da seção do rebite cravado, em [cm2]e = espessura da chapa, em [cm]j = espessura do cobre-juntas, em [cm]c = 6.500 kg/cm2 ou a resistência à compressão da chapa, em [kg/cm2]t = resistência à tração mínima da chapa, em [kg/cm2]t = resistência ao cisalhamento, mínima, para os rebites, em [kg/cm2] com os seguintes valores:

rebites de aço doce sob simples cisalhamento ......... 2671idem de duplo cisalhamento ..................................... 5300rebites de aço sob simples cisalhamento.................. 30000idem de duplo cisalhamento ..................................... 60000

Os valores acima se baseiam numa resistência à tração mínima de 3.200 kg/cm2, para rebites de aço, ede 30.000 kg/cm2, para rebites de ferro.A resistência mínima de uniões circunferenciais entre as tampas e carcaças de caldeiras ou outrosrecipientes, será de 50% da necessária para as uniões longitudinais da carcaça, se nenhuma parte dacarga sobre a tampa for suportada, quer por tubos, quer por estais. As uniões circunferenciais detrechos da carcaça deverão ter uma resistência não inferior a 75% da necessária para as uniões longi-tudinais.Na determinação de eficiência da chapa pelos ligamentos em carcaças cilíndricas, cortadas por umafileira simples, ou por mais de uma fileira de tubos bem separados, usar as fórmulas:

a) Para chapa singela: E = (P - d) / Pb) Para chapa reforçada ou no caso dos tubos estarem numa união de topo, com duplo cobre-juntas:

TOMO III - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 12

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ePdPeE s

⋅−⋅

=)(

P = passo dos tubos, em [cm]d = diâmetro dos furos de tubo, em [cm]es = espessura da carcaça , em [cm]e = a espessura somada da carcaça e da chapa de reforço ou dos dois cobre-juntas, em [cm]

O espaçamento dos rebites dentro da linha de recalque das placas de reforço será determinado damesma maneira que para estais em superfícies planas.A resistência de cisalhamento dos rebites será, pelo menos, igual à necessária para os ligamentos.

NOTA - Quando o passo dos furos para tubos em qualquer fileira não é uniforme, o cálculo deverá serfeito com o passo médio em qualquer comprimento de fileira, não excedendo o diâmetro da carcaça.

A eficiência de ligamentos circunferenciais será calculada de maneira semelhante à dos ligamentoslongitudinais, e deverá ser igual, pelo menos, à metade da eficiência daqueles. No caso em que os furosde tubos não são perpendiculares à chapa, a espessura da chapa deverá ser suficiente para dar umapoio paralelo de, pelo menos, 10 mm de profundidade entre os planos perpendiculares ao eixo do tubo,para tubos até 60 mm, e um apoio de, pelo menos, 15 mm para tubos de diâmetro acima de 60 mm.Carcaças cilíndricas deverão obedecer as relações dadas abaixo, a menos que as chapas não sejammenores que 5 mm de espessura:

p = (H. t. E) / D - Do

p = pressão máxima de serviço, em [kg/cm2]t = resistência à tração da chapa, em [kg/cm2]e = espessura mínima da chapa, em [cm]E = espessura mínima da união longitudinal ou da ligação em furos de tubos ou outras aberturas,

usando-se o valor mínimo;D = diâmetro interno da parte maior da carcaça, em [cm]Do = diâmetro externo da parte maior da carcaça, em [cm]H = coeficiente que deverá ser:

- 0,50, para carcaças não expostas ao fogo ou a produtos da combustão, e que tenham uniõeslongitudinais rebitadas de topo, com cobre-juntas duplo;- 0,47, para depósitos d�água em caldeiras aquatubulares não expostos ao fogo ou seus produ-tos (ver a seguir);- 0,45, para o tipo acima, que não depósitos d�água em caldeiras aquatubulares expostos aofogo e seus produtos, desprotegidos ou recobertos com material refratário, e também paracilindros soldados eletricamente para qualquer uso;- 0,20, para carcaças de aço fundido;- 0,16, para carcaças de ferro fundido;

Não usar aço fundido para peças sob pressão, onde a espessura necessária seja maior do que 50mm.Não usar ferro fundido em recipientes para mais de 230oC de temperatura de serviço nem em caldeirascom pressão acima de 2 kg/cm2.No caso em que a espessura ultrapassar a 0,20 vezes o diâmetro interno, calcular por:

p = (H. t. E. A) / 2.B

A = (Do2 / 4) - (D2 / 4)

B = (Do2 / 4) + (D2 / 4 )

12.26 - CALDEIRAS PARA MÁQUINAS AUXILIARES

As caldeiras para máquinas auxiliares deverão ter, pelo menos, dois circuitos de alimentação e suasbombas de óleo combustível serão em número de duas.

TOMO III - CALDEIRAS E RECIPIENTES SOBPRESSÃO ................................................................ SEÇÃO 12

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TOMO IV

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SEÇÃO 1

FABRICAÇÃO E ENSAIO DE MATERIAIS

1.1 - APLICAÇÃO

1.1.1 - As Regras para Materiais se aplicam aos materiais e produtos que se destinam à construção,reparo e equipamentos de navios classificados.

1.1.2 - A aplicação destas Regras inclui todos os produtos e materiais a cuja utilização se referem asRegras para Construção.

1.1.3 - Esta seção contém os princípios que regem os materiais metálicos e as formas nas quais estessão produzidos, como, por exemplo, chapas, barras chatas e redondas, tubos, forjados e fundidos, bemcomo componentes para fundeio e amarração, os quais devem ser aplicados no decorrer da fabricação edos ensaios. Estes princípios gerais devem ser aplicados em conjunto com as Regras específicasprescritas nas Seções seguintes para cada produto em particular.

1.1.4 - Caso existam diferenças entre estas Regras e as Normas ou as especificações apropriadas comrelação ás suas exigências, os testes devem ser realizados tomando em consideração as exigênciasmais severas.

1.2 - EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS AOS FABRICANTES

1.2.1 - Os fabricantes devem estar equipados com instalações que permitam que os materiais sejamfabricados adequadamente, conforme as mais modernas práticas e técnicas.

1.2.2 - Os fabricantes devem, por seus próprios mecanismos de controle de qualidade, assegurar que osprodutos sejam fabricados e processados habilmente e que eles atendam às exigências especificadas.Os ensaios presenciados pelo BC não desobrigam o fabricante dessa responsabilidade.

1.2.3 - Como parte de seu próprio sistema interno de controle de qualidade, os fabricantes devem manterum registro constante da fabricação e do ensaio dos materiais e produtos.

1.2.4 - Os requerimentos para a homologação devem ser submetidos ao BC por escrito e conter obriga-toriamente as seguintes informações:a) Os materiais e produtos para os quais a homologação é pretendida, incluindo o método de fabricação,

valores de referência para a composição química, condições nas quais os materiais e os produtosdevem ser fornecidos, propriedades e dimensões; e

b) Uma lista das instalações de fabricação e dos equipamentos de ensaio disponíveis, juntamente comdescrições do sistema de controle de qualidade, bem como dados das pessoas responsáveis pelainspeção. Quando os testes forem realizados por entidades estranhas, o respectivo pessoal e osequipamentos de ensaio disponíveis devem ser também relatados.

1.2.5 - Uma vez emitida, a homologação de um fabricante é normalmente válida por 2 (dois) anos. Suavalidade pode subseqüentemente ser estendida de ano para ano, desde que o fabricante seja capaz deprovar por testes contínuos que as condições para a sua homologação continuam a ser cumpridas.

1.3 - EXIGÊNCIAS GERAIS RELATIVAS AOS MATERIAIS

1.3.1 - Fabricação

1.3.1.1 - Todos os materiais devem ser fabricados por técnicas suficientemente comprovadas que asse-

TOMO IV - FABRICAÇÃO E ENSAIO DEMATERIAIS ................................................................. SEÇÃO 1

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gurem que as propriedades exigidas sejam alcançadas. Quando novos processos forem empregados,devem ser submetidas ao BC provas preliminares de sua adequabilidade. De acordo com decisão do BC,isto deve tomar a forma de testes de procedimento especial e/ou apresentação de documentação defábrica dos testes realizados ou de pareceres de especialistas de entidades independentes de ensaio.

1.3.1.2 - Nas aciarias, como técnicas comprovadas mencionadas em 1.3.1.1, entendem-se a fabricaçãode aço em fornos LD, fornos Siemens-Martin

1.3.2 - Composição Química e Propriedades Mecânicas

Os materiais e os produtos devem satisfazer às exigências com relação à composição química e àspropriedades mecânicas especificadas nesta Regra para Materiais ou, quando for o caso, nasespecificações aplicáveis e documentos. Como norma, a composição química é considerada aquela dacorrida.

1.3.3 - Condição de Fornecimento e Tratamento Térmico

1.3.3.1 - Os produtos devem ser fornecidos conforme o tratamento térmico prescrito. Quando o tratamen-to térmico for realizado pelo cliente, deve ser claramente estabelecida nos certificados a condição naqual o material é fornecido.

1.3.3.2 - Todos os tratamentos térmicos devem ser realizados em fornos apropriados, os quais devemser eficientemente mantidos. Os fornos devem ser providos de dispositivos para o controle e a indicaçãoda temperatura.

1.3.4 - Ausência de Defeitos

1.3.4.1 - Todos os materiais e produtos devem estar isentos de defeitos cujos efeitos possam influirsignificativamente na sua utilização ou em trabalho posterior apropriado. Defeitos superficiais insignifi-cantes podem ser removidos mecanicamente, desde que nesses casos não sejam ultrapassadas astolerâncias dimensionais permitidas.

1.3.4.2 - Defeitos no material podem ser reparados por soldagem, somente quando isto for pelasespecificações relativas ao produto em questão e caso o inspetor tenha dado seu consentimento e atécnica de soldagem tenha sido aprovada pelo BC.

1.3.5 - Soldabilidade

Materiais destinados à fabricação de estruturas soldadas devem ser capazes de serem soldados portécnicas comuns de caldeiraria. Quando a soldagem for possível somente em condições especiais, estasdevem ser determinadas em acordo com o BC e devem ser validadas por um teste de procedimento.

1.3.6 - Homologação

1.3.6.1 - O fabricante deve primeiramente provar que as propriedades dos materiais e dos produtosfabricados por ele preenchem as exigências estipuladas. Como regra, isto requer um teste deadequabilidade realizado em produtos selecionados, cuja abrangência deve ser decidida pelo BC emcada caso. Com o consentimento do BC, podem ser levados em consideração, para esta finalidade,pareceres de especialistas de outras entidades independentes de ensaio.

1.4 - CONDIÇÕES GERAIS DE TESTE

1.4.1 - Os testes de recepção devem ser normalmente realizados nas fábricas na presença do Inspetor.Para esta finalidade, o fabricante deve dar ao Inspetor acesso aos departamentos de fabricação e laborató-rios correspondentes e tornar disponível a ele todos os registros relacionados ao controle de qualidade,durante todo o tempo necessário para o cumprimento de suas funções. O Inspetor terá também direito atestemunhar o processo da fabricação, embora isto não deva interferir no andamento do trabalho.

1.4.2 - Quando forem especificados testes não destrutivos para os diversos tipos de produtos, estes

TOMO IV - FABRICAÇÃO E ENSAIO DEMATERIAIS ................................................................. SEÇÃO 1

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devem ser realizados pelo fabricante, e os resultados, juntamente com os detalhes do método de teste,devem ser declarados em um certificado. O inspetor terá direito de presenciá-los. Para os testes realiza-do pelo BC, devem ser obtidos acordos especiais concernentes aos mesmos.Ver Norma ABNT NB-189, Certificado de Ensaio.

1.4.3 - A composição química dos materiais deve ser normalmente demonstrada pelo fabricante poranálise da corrida, cobrindo todos os elementos para os quais são prescritos limites de valores nestasRegras para Materiais ou em outras especificações aplicáveis e documentos ou que sejam adicionadosa fim de garantir as propriedades mecânicas exigidas. O certificado do fabricante é geralmente reconhe-cido como prova da composição química. Quando existir dúvida com relação a composição, o BC podeexigir adicionalmente a realização de analise por peça. Possíveis desvios entre as análises por peça e dacorrida devem estar de acordo com Normas ou Especificações apropriadas.

1.4.4 - Todos os produtos devem ser verificados pelo fabricante quanto à concordância com as dimen-sões especificadas. Os produtos devem também ser por eles inspecionados quanto a possíveis defeitose devem, quando isto for requerido, ser apresentados ao Inspetor.Para esta finalidade, os produtos devem estar normalmente na condição de tratamento térmico e deembarque prescritas e devem ter uma superfície limpa, preparada para ensaio sem tinta ou outros meiosde proteção que prejudiquem a detecção de defeitos. Salvo especificado em contrário nas Seções se-guintes ou especialmente acordado, o Inspetor deve realizar um teste aleatório das dimensões e acaba-mento da superfície, como julgar conveniente.Os produtos que não atenderam às exigências devem ser de imediato colocado à parte pelo fabricante.

1.4.5 - Quando, em casos excepcionais, por razões técnicas, não puderem ser realizados ensaios deacordo com estas Regras podem, com o consentimento do BC, ser aplicados outros métodos de testesou técnicas equivalentes.

1.4.6 - Quando os produtos forem fabricados em grandes linhas por técnicas de fabricação em série e/oupor utilização de processos contínuos com condições monitoradas constantes, o BC pode, ao invés depresenciar os testes, reconhecer aqueles realizados pelo controle de qualidade da fábrica, utilizando umsistema de qualidade assegurada (Q.A.) aprovado pelo BC.

1.5 - IDENTIFICAÇÃO E MARCAÇÃO DOS PRODUTOS

1.5.1 - Identificação do Material

O fabricante deve utilizar um sistema de identificação e marcação que permita que cada produto sejaremontado ao lingotamento original. Mediante pedido, deve ser dadas ao Inspetor todas as facilidadespara rever o processo de fabricação.

1.5.2 - Marcação

1.5.2.1 - Antes do ensaio de recepção, os produtos devem ser apresentados pelo fabricante no mínimoem uma posição com a marcação necessária conforme descrito nas seções seguintes. A marcaçãodeve concordar com os detalhes dados nos certificados de fabricação ou programas de entrega.

1.5.2.2 - A marcação deve ser normalmente impressa com uma punção, a menos que tal marcação sejaimpedida por se tratar de materiais com uma superfície sensível ou muito fina. Em tais casos, a marca-ção pode ser feita com tinta, carimbo de borracha, etiqueta adesiva ou eletrogravação.

1.5.2.3 - Todas as marcações devem ser aplicadas de tal forma que sua legibilidade não possa serprejudicada pelo transporte ou estocagem do produto. Quando usinagem posterior dos produtos ocasio-nar a remoção das marcações existentes, o fabricante envolvido deve aplicá-las em um ponto diferente.

1.5.2.4 - Como regra geral, todo produto deve ser marcado. No caso de peças pequenas do mesmo tipoe tamanho, que embaladas firmemente em caixas, tambores ou similares, e também no caso de barrasde aço e perfis pesando até 20 Kg/mm e embaladas em feixes, com o consentimento do Inspetor, ésuficiente marcar somente a unidade mais alta ou uma etiqueta forte afixada de maneira segura.

TOMO IV - FABRICAÇÃO E ENSAIO DEMATERIAIS ................................................................. SEÇÃO 1

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1.5.2.5 - Sempre que possível, as marcas devem ser destacadas por meio de marcação, com tinta. Nocaso de forjados e fundidos, a área a ser marcada deve ser esmerilhada.

1.5.3 - Utilização dos Sinetes BC

1.5.3.1 - Os corpos de provas e os produtos dos quais os corpos de prova tenha sido retirados devemser marcados com o sinete de corpo de prova.

1.5.3.2 - Caso fique demonstrado durante testes subseqüentes ou durante a usinagem posterior dosprodutos testados, que estes possuam defeitos ou de alguma forma não mais atendam à exigências, ossinetes BC devem ser cancelados de uma forma conveniente.

1.6 - DOCUMENTOS REFERENTES AOS TESTES E CERTIFICADOS

1.6.1 - Por ocasião dos ensaios o fabricante deve apresentar ao Inspetor documentos referentes aosmateriais ou produtos a serem testados. Estes documentos devem conter, no mínimo, o seguinte:a) Quantidade, tipo do produto, dimensões, tipo de material, condição em que é fornecido e peso;b) Nome do comprador, juntamente com números de Ordem de Compra e de fabricação;c) Número do projeto de construção, número do casco ou nome do navio, quando conhecido; ed) Aplicação, onde necessário.

1.6.2 - Quando, de acordo com as Regras para Construção ou arranjos especiais, a tarefa de ensaio dosmateriais for delegada ao fabricante, este deve emitir um certificado apropriado, o qual, além, das infor-mações listadas em 1.6.1, contenha também os seguintes detalhes:a) Método de fabricação, número da corrida e composição química;b) Condição em que é fornecido, com detalhes do tratamento térmico;c) Marcas de identificação; ed) Resultados dos testes de materiais realizados.

O tipo de certificado exigido está especificado nas Regras para Construção.

1.6.3 - Quando as Regras para Construção exigirem somente um certificado geral de qualidade cobrindoos produtos em questão, o fabricante do material deve emitir um certificado contendo as seguintesinformações:a) Quantidade, tipo do produto, dimensões, tipo de material, condição em que é fornecido e peso dos

produtos;b) Método de fabricação;c) Valores de referência para a composição química, quando os materiais não forem fabricados conforme

Normas; ed) Marcas de identificação.

Os produtos devem ser marcados de tal forma que possam ser identificados.

1.6.4 - Se, mediante teste, as exigências especificadas forem satisfeitas, o resultado é atestado peloInspetor. A prova disto normalmente, é em forma de um certificado de teste BC. Por acordo, os resulta-dos podem ser também atestados das seguintes maneiras alternativas:

1.6.4.1 - Pela confirmação dos resultados de teste nos relatórios de recepção (certificação conjunta pelofabricante e pelo Inspetor), na forma de carimbo e assinatura do Inspetor.

1.6.4.2 - No caso de produtos produzidos em grande quantidade e sujeitos a ensaio por corrida ou lote,por confirmação do Inspetor, o qual apõe seu carimbo e sua assinatura no certificado do fabricante,confirmando que os testes realizados conforme as Regras atenderam às exigências. Em adição, ofabricante deve também declarar e confirmar nos certificados que os produtos listados nos mesmosforam fabricados de acordo com as Regras do BC.

TOMO IV - FABRICAÇÃO E ENSAIO DEMATERIAIS ................................................................. SEÇÃO 1

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SEÇÃO 2

ENSAIOS MECÂNICOS

2.1 - APLICAÇÃO

2.1.1 - Esta Seção contém as Regras para os métodos de Ensaios Mecânicos e para as formas doscorpos de prova a serem utilizados no ensaio do material dos produtos em geral. Para certos produtos,os testes especiais descritos nas Seções seguintes também devem ser realizados.

2.1.2 - É exigência fundamental que todos os testes sejam realizados de acordo com as normasnacionais estabelecidas e de conformidade com estas Regras. Exemplos de normas também aplicáveissão dados abaixo.

2.2 - MÁQUINAS DE TESTE E PESSOAL TÉCNICO

2.2.1 - Todos os testes devem ser realizados por pessoal treinado utilizando máquinas de teste calibra-das. As máquinas de testes devem ser mantidas pelos proprietários em boas condições de trabalho edevem ser calibradas a intervalos regulares por uma autoridade de ensaio oficial ou por um instituto deteste independente. Os registros de calibração devem ser mantidos disponíveis no laboratório de teste.

2.3 - RETIRADA E CONFECÇÃO DE CORPOS DE PROVA

2.3.1 - Definições

2.3.1.1 - Amostra

Amostra é o termo aplicado ao produto como, por exemplo, a chapa ou o tubo selecionado do lote deteste para a retirada de corpos de prova.

2.3.1.2 - Lote de Teste

Lote de teste é o termo utilizado para aquela quantidade de peças de um fornecimento à qual se refere oresultado de um teste.O termo pode ser utilizado, por exemplo, para um número determinado de peças iguais de uma mesmacorrida ou para um comprimento de material laminado (chapa ou barra) ou para uma só peça (uma peçagrande forjada ou fundida).

2.3.1.3 - Seção de Teste

Seção de teste descreve a parte do material (por exemplo, tira da chapa) retirada da amostra para aconfecção de um ou mais corpos de prova.

2.3.1.4 - Corpo de Prova (CP)

Corpo de prova é a Seção de teste que serve, usinada ou não, para a realização dos respectivos ensaios(por exemplo, CP para teste de tração, teste de impacto, teste de dobramento, etc.).

2.3.2 - Marcação de Seções de Teste e Corpos de Prova

2.3.2.1 - Seções de teste e corpos de prova devem ser representativos da amostra.

TOMO IV - ENSAIOS MECÂNICOS ............................ SEÇÃO 2

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2.3.2.2 - As seções de teste e os corpos de prova devem ser marcados de tal maneira que, após a suaretirada e usinagem, seja possível verificar de qual amostra foram retirados e como eram as suas posi-ções na mesma. Quando na usinagem de seções de teste ou corpos de prova sumir a marcação inicial,a mesma deve se transferida previamente para outras regiões.

2.3.2.3 - Geralmente as seções de teste e corpos de prova devem ser marcados com o sinete de corpode prova pelo Inspetor, antes de serem retirados da amostra.

2.3.3 - Retirada e Dimensões das Seções de Teste

2.3.3.1 - As seções de teste devem ser retiradas da amostra na posição especificada. As dimensõesdevem ser tais que permitam a retirada dos corpos de prova prescritos para os ensaios, inclusive aretirada adicional para eventuais re-testes.

2.3.3.2 - Em geral, as seções de teste podem ser retiradas da amostra somente após complementaçãode todos os tratamentos mecânicos e/ou térmicos previstos para o produto. Neste contexto, podem serdesconsiderados tratamentos térmicos que não provoquem alterações das propriedades mecânicas.

2.3.4 - Retirada e Dimensões de Corpos de Prova

Os eixos geométricos longitudinais dos corpos de prova devem ser orientados em relação à direçãoprincipal de deformação da maneira prescrita nas Seções seguintes. Não obstante, o fabricante pode, nosentido de poupar material de teste e após acordo com o Inspetor, retirar corpos de prova transversais aoinvés de longitudinais, desde que exigências correspondentes sejam especificadas para corpos de provatransversais.

2.3.5 - Confecção dos Corpos de Prova

2.3.5.1 - Todos os corpos de prova devem ser usinados mecanicamente nas dimensões prescritas. Sãoexceções, para estas exigências, aqueles corpos de prova como, por exemplo, tubos e barras de peque-nos diâmetros, os quais podem ser submetidos ao ensaio de tração com a seção integral.

2.3.5.2 - Quando da retirada de placas de teste ou de corpos de prova, devem ser evitadas deformaçõesdo material, tanto quanto possível. Quando as seções de teste ou os corpos de prova forem retirados porcorte oxiacetilênico ou guilhotina, deve haver uma folga suficiente para serem usinadas as linhas decorte.

2.3.5.3 - Devem ser eliminados defeitos que ocorram durante a usinagem dos corpos de prova e quepossam afetar os resultados dos testes como, por exemplo, entalhes, fendas e rebarbas. Neste caso,devem ser respeitadas as tolerâncias dimensionais e geométricas do respectivo corpo de prova.

2.4 - TESTE DE TRAÇÃO

2.4.1 - Tipos de Corpos de Prova

2.4.1.1 - Designações

A seguinte designação é utilizada para especificar as dimensões dos corpos de prova:do = diâmetro do corpo de prova de seção reta cilíndricaa = espessura de corpo de prova planob = largura no corpo de prova planoL o = comprimento de referência inicialLc = comprimento de referência paraleloSo = seção transversal inicialr = raio do ressaltoD = diâmetro externo do tubot = espessura do produto

TOMO IV - ENSAIOS MECÂNICOS ............................. SEÇÃO 2

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2.4.1.2 - Dimensões

2.4.1.2.1 - Preferivelmente, devem ser utilizados corpos de prova proporcionais curtos, com comprimentode referência inicial de Lo = 5,65.(So)1/2 , uma vez que as exigências relacionadas ao alongamento nasSeções seguintes se referem a este comprimento de referência.

2.4.1.2.2 - Para forjados e fundidos com exceção do ferro fundido cinzento, devem ser utilizados oscorpos de prova de tração cilíndricos, conforme Tabela 2.1 e Figura 2.1 .

Dimensões Corpo de prova tipo A: CP para tração, cilíndrico Corpo de prova tipo B : CP14 mm de diâmetro de tração alternativo

do 14 mm -Lo 70 mm 5 do

Lc 85 mm Lo + do

r 14 mm 10 mmPara ferro fundido nodular e todos os materiais com alongamento mínimo A5 ≤ 10%, o raio deve ser r = 20mm (CP tipo A) ou r = 1,5.d (CP tipo B), respectivamente.De preferência, deve ser utilizado CP tipo A. Quando isso não for possível, as dimensões devem serdeterminadas conforme as indicações para CP tipo B

Corpos de prova de tração cilíndricosTabela 2.1

Figura 2.1

2.4.1.2.3 - Para vergalhões laminados a quente e produtos similares devem ser utilizados corpos deprova como em 2.4.1.2.2.

2.4.1.2.4 - Para chapas, barras chatas e perfis, devem ser utilizados corpos de prova de tração planos,conforme mostrado na Tabela 2.2 e na Figura 2.2. Nos CP�s devem ser preservadas as camadas delaminação. Quando, em ensaio de chapas espessas, a capacidade da máquina de tração for insuficien-te, os corpos de prova devem ser usinados em apenas um lado, para redução de espessura.

Dimensões Corpo de prova tipo C: Corpo de prova tipo D:

CP proporcional CP de 200 mm

a t t

b 25 mm

Lo 5,65 . S1/2 10 mm

Lc Lo + b 225 mm

r 25 mm 25mm

Corpos de prova de tração planosTabela 2.2

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Figura 2.2

Chapas de espessura acima de 30 mm podem ser testadas também com corpos de prova de tração,cilíndricos, conforme 1.3.2. Neste caso, os corpos de prova devem ser retirados da seção de teste, de talmaneira que o eixo esteja a 1/4 da espessura, medido a partir de uma face ou o mais perto possível destaposição.

2.4.1.2.5 - Em tubos, os testes de tração podem ser realizados com um comprimento suficientementelongo do próprio tubo. Para isso, devem ser colocados tampões metálicos nas extremidades dos tubos,a fim de conseguir boa fixação do corpo de prova na máquina de tração, conforme a Tabela 2.3 e a Figura2.3, corpo de prova tipo E. Quando o diâmetro do tubo não permitir, devem ser retirados e usinadoscorpos de prova tipo F da parede do tubo (ver Tabela 12.3).

Dimensões Corpo de prova tipo E Corpo de prova tipo F(tração do próprio tubo) (plano retirado da parede do tubo)

a - tb - 12 mmLo 5,65. S1/2 5,65. So

1/2

Lc Lo + D Lo + 2 .b mmr - 10 mm

1) Este valor determina também a distância mínima entre as garras da máquina de teste.

Corpos de Prova de Tração para TubosTabela 2.3

Quando a espessura da parede do tubo o permitir, podem ser utilizados, também, corpos de prova detração cilíndricos, conforme 2.4.1.3.2. Neste caso, os eixos dos corpos de prova retirados devem estarna metade da parede.Tubos com diâmetros grandes podem ser testados, também, com corpos de prova de tração, planos oucilíndricos, retirados transversalmente ao eixo do tubo.

Figura 2.3

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2.4.1.2.6 - Para ferro fundido cinzento, devem se utilizados corpos de prova conforme Figura 2.4, retira-dos de uma barra de teste cilíndrica, fundida separadamente, com um diâmetro bruto de 30mm.

Corpos de prova de tração para ferro fundido cinzentoFigura 2.4

2.4.2 - Realização dos Testes

Os teste devem ser realizados de acordo com Normas estabelecidas.

2.4.3 - Averiguação dos Resultados dos Testes

Com os símbolos e unidades de medição estabelecidos a seguir, os resultados dos testes devem seraveriguados da seguinte maneira:

2.4.3.1 - Limite de Escoamento Re (N/mm2)

Em geral, deve ser determinado o limite superior de escoamento (ReH) que é a tensão máxima queprecede a queda inicial da carga de tração com o aumento do alongamento. Para se determinar o limitede escoamento à temperatura ambiente, a velocidade de aplicação da tensão não deve ultrapassar 30 N/mm2.σ, para aço, e 10 N/mm2.σ, para metais não ferrosos. O resultado do teste deve ser indicado comprecisão de 1 N/mm2.

2.4.3.2 - Limite de Proporcionalidade Rp (N/mm2)

Em materiais sem limite de escoamento definido, deve ser determinado o limite de proporcionalidadepelo qual se entende normalmente o limite proporcional a 0,2% da deformação correspondente à tensãode ruptura ou resistência à tração (R p0,2). Para materiais austeníticos, pode ser determinado o limite deproporcionalidade a 1,0% (Rp1,0) ao invés de, ou em complementação ao, limite R p0,2Para a velocidade de aplicação da tensão e indicação dos resultados, prevalece o item 2.4.3.1.

2.4.3.3 - Resistência à Tração Rm (N/mm2)

Para se determinar a resistência à tração, a velocidade de alongamento, uma vez ultrapassado o limitede escoamento ou o limite de proporcionalidade, não deve ser maior que 40% por minuto no teste demateriais dúteis. Em materiais frágeis como, por exemplo, ferro fundido cinzento, a velocidade de aplica-ção de tensão pode ser, no máximo, 2,5 N/mm2.σ . O resultado do teste deve ser indicado com precisãode 1 N/mm2.

2.4.3.4 - Alongamento A5 (%)

O alongamento A5 refere-se a corpos de prova proporcionais curtos. Em corpos de prova com outrarelação entre comprimento de referência e seção transversal, o alongamento exigido Ao deve ser confor-me os valores mínimos especificados para os produtos em questão, isto é, para comprimentos dereferência Lo = 200 mm ou com valor mínimo calculado segundo a fórmula:

522 5 ⋅⋅⋅=

o

o

LS

AA

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Fórmula esta que só pode ser utilizada em aços ferríticos com resistência R ≤ 700 N/mm2 e que nãotenham sido deformados a frio. Vide, também, Norma ISO/DIS 2566O valor obtido para o alongamento será válido somente se a ruptura ocorrer a uma distância das marcasde referência de comprimento de, no mínimo, 1,25 x o diâmetro para corpos de prova cilíndricos ou maiorque a soma das larguras e espessuras, no caso de corpo de tração plano. O resultado do teste deve serindicado com uma precisão de 0,5%. Se o alongamento não for determinado utilizando-se corpos deprova proporcionais curtos, o cumprimento de referência (em mm) deve então ser indicado no certificado,como, por exemplo, alongamento Ao com Lo = 200 mm.

2.4.3.5 - Estricção Z (%)

Em geral, a estricção na seção de ruptura dos corpos de prova cilíndricas deve ser determinada somentese for requerida nas Seções subseqüentes destas Regras para Materiais. O resultado deve ser indicadocom uma precisão de 1%.

2.5 - TESTES DE IMPACTO

2.5.1 - Generalidades

2.5.1.1 - Conforme especificado nas Seções seguintes destas Regras para Materiais, testes de impactopodem ser realizados tanto em corpos de prova tipo ISO-V (por exemplo, conform DIN 50115 ou ISO/R148) como em corpos de prova tipo ISO-U (por exemplo, conforme DIN 50115 ou ISO/R 83). Não obstante,todos os produtos cuja utilização for prevista a uma temperatura abaixo da temperatura ambiente normal(+20 oC) deverão ser testados utilizando-se corpos de prova tipo ISO-V.

2.5.1.2 - Para produtos com espessuras inferiores a 10 mm e quando nenhum valor for especificado paraa espessura do corpo de prova, estes deverão ser confeccionados com a máxima espessura possível.No caso de espessura de material ou de corpos de prova inferior a 5 mm, o teste de impacto é geralmen-te dispensado. O eixo longitudinal do entalhe deve situar-se perpendicular à superfície do produto.

2.5.2 - Dimensões dos Corpos de Prova

2.5.2.1 - Os corpos de prova devem ser confeccionados de acordo com as dimensões mostradas naTabela 2.5 ou 2.6, devendo ser verificados para assegurar que as tolerâncias especificadas foram atingidas.

2.5.2.2 - As dimensões mostradas na Tabela 2.5 e Figura 2.5 se aplicam aos corpos de prova tipo ISO-V.

Dimensões Valores Nominais Tolerância

Comprimento 55 mm ± 0,60 mm

Largura 10 mm ± 0,11 mm

Espessura 10 mm ± 0,06 mm

Ângulo de Entalhe 45° ± 2o

Espessura na Base do Entalhe 8 mm ± 0,06 mm

Raio da raiz do entalhe 0,25 mm ± 0,025 mm

Distância do centro do entalhe

à extremidade do CP 27,5 mm ± 0,42 mm

Ângulo entre os eixos do entalhe e

o longitudinal do CP 90° ± 2o

Corpo de Prova Tipo ISO-VTabela 2.5

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Figura 2.5

2.5.2.3 - As medidas mostradas na Tabela 2.6 e Figura 2.6 se aplicam aos corpos de prova tipo ISO-U.

Dimensões Valores Nominais TolerânciaComprimento 55 mm ± 0,60 mmLargura 10mm ± 0,11 mmEspessura 10 mm ± 0,11 mmEspessura na Base do entalhe 5 mm ± 0,09 mmRaio da raiz do entalhe 1 mm ± 0,07 mmDistância do centro do entalheà extremidade do CP 27,5 mm ± 0,42 mmÂngulo entre os eixos do entalhe eo longitudinal do CP 90° ± 2°

Corpo de Prova Tipo ISO-UTabela 2.6

Figura 2.6

2.5.3 - Máquinas de Teste

Sempre que possível, devem-se utilizar máquinas de teste pendular, com energia de impacto de 300 J(nunca menos de 150 J) e velocidade de impacto de 5 a 5,5 m/s. A distância entre os suportes (batentes)deve ser 40 mm, e o ângulo do perfil do bordo de ataques do martelo, 30 graus ± 1 grau. A Aresta deataque do martelo deve ser arredondada, com um raio de 2 a 2,5 mm, conforme mostrado na Figura 2.7.

Máquina de teste de impacto Figura 2.7

TOMO IV - ENSAIOS MECÂNICOS ............................. SEÇÃO 2

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2.5.4 - Averiguação dos Resultados dos Testes

2.5.4.1 - A energia absorvida pelo impacto deve ser normalmente estabelecida em Joules (J), arredon-dando-se o resultado ao inteiro mais próximo. Os símbolos abaixo devem ser utilizados em conjuntocom os resultados:KV, para corpos de prova tipo ISO-V, conforme Tabela 2.5KCU, para corpos de prova tipo ISO-U, conforme Tabela 2.6

2.6 - ENSAIOS MECÂNICOS EM TUBOS

2.6.1 - Teste de Amassamento

2.6.1.1 - Para este teste, um trecho de tubo de comprimento igual a 1,5 vezes seu diâmetro, não inferiora 10 mm e não superior a 100 mm, é achatado entre duas placas até uma distância H pré-estabelecidaou, até que ocorra a fratura (vide Figura 2.8). No caso de tubos soldados (com costura), salvo acordo emcontrário, o corpo de prova deve ser colocado entre as placas, de maneira tal que a costura fiqueposicionada a 90 graus em relação à direção de prensagem. Exemplo de Norma a ser aplicada: NBR 6/54/80 Ensaio de Achatamento

2.6.1.2 - Após o achatamento, os corpos de prova devem ser inteiramente examinados quanto à existên-cia de defeitos com acuidade visual normal. O teste será considerado satisfatório se o corpo de prova,achatado até a distância estabelecida, estiver isento de fissuras.

Teste de amassamento de tuboFigura 2.8

2.6.2 - Teste de Bordelamento

2.6.2.1 - Neste teste, uma punção cônica é forçada para dentro do corpo de prova até que seu diâmetroexterno atinja o valor estabelecido ou até a ocorrência de fissuras (vide Figura 2.9). O comprimento docorpo de prova e o ângulo de conicidade da punção devem estar de acordo com a Tabela 2.9.

Material Comprimento do corpo de prova Ângulo de ConicidadeAço ≤ 2 D 30 graus

≤ 1,5 D; 45 e 60 grausCobre e suas ligas 50 mm/min ou 120 graus

2D 45 graus

Teste de BordelamentoTabela 2.9

Exemplo de Norma a ser aplicada:NBR 6206/80 Ensaio de Alargamento para Tubos de Aços

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Figura 2.9

2.6.2.2 - Após o bordelamento, os corpos de prova devem ser inteiramente examinados quanto à existên-cia de defeitos, com acuidade visual normal. O teste será considerado satisfatório se o bordelamentoespecificado tiver sido realizado sem ocorrência de fissuras.

2.6.3 - Teste de Expansão Anelar

2.6.3.1 - Neste teste, anéis de tubo medindo de 10 a 16mm de comprimento são expandidos até que odiâmetro especificado seja atingido ou até a ocorrência de fraturas, com a utilização de uma punção(mandril) com conicidade aproximada de 1 : 5. Se necessário, deverá ser realizado mais de um testecom punções de diâmetro crescente. É permitida a superposição de vários corpos de prova de mesmodiâmetro e material (vide Figura 2.10).

Teste de expansão anularFigura 2.10

Exemplos de Normas a serem aplicadas:DIN 50137 Teste de Expansão Anelar em TubosISO/R 374 Teste de Expansão Anelar em Tubos de Aço

2.6.3.2 - A ductilidade dos tubos deverá ser avaliada com base na expansão atingida e, se for o caso,pela aparência da fratura e sua superfície.

2.6.4 - Teste de Tração Anelar

2.6.4.1 - Neste teste, anéis de tubo medindo cerca de 15 mm de comprimento são tracionados em uma

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máquina de ensaio de tração até a ocorrência de ruptura, utilizando dois pinos com diâmetro igual a, pelomenos, três vezes a espessura da parede do tubo. No caso de tubos soldados (com costura), o corpo deprova deverá ser colocada na máquina de tração de maneira tal que a costura fique posicionada a 90graus em relação à direção de aplicação da carga de tração. Exemplo de Norma a ser aplicada: DIN50138 - Teste de Tração Anelar em Tubos

2.6.4.2 - O teste será considerado satisfatório se o corpo de prova não apresentar quaisquer defeitosinaceitáveis tais como, crostas, dobras, trincas, ranhuras ou defeitos de laminação e, se tiver ocorridodeformação visível na região da fratura.

2.7 - INSTRUÇÕES PARA O TESTE DE DOBRAMENTO, TESTE DE DUREZA E TESTE DE QUEDA DE PESO

2.7.1 - Teste de Dobramento

2.7.1.1 - O teste de dobramento é utilizado para verificar a ductibilidade de metais e, de acordo com asRegras para Materiais, deve ser realizado somente em aços fundidos não ligados e, se for o caso, embronze fundido para hélices. Para esta finalidade, devem ser preparados corpos de prova de espessuraa de 20mm (± 5 mm) e largura b de 25 a 500mm (±5mm). A face a ser tracionada poderá ter suas bordasarredondadas com um raio de 2mm. Se a espessura do produto for inferior a 20 mm, a espessura docorpo de prova deve ser a mesma.

2.7.1.2 - Para realizar este teste, o corpo de prova deve ser dobrado continuamente até um ângulo dedobramento de 180 graus (90 graus, no caso de bronze fundido) ou, até a ocorrência de fratura superficialincipiente. O procedimento está ilustrado na Figura 2.11. O teste será considerado satisfatório se forconseguido o ângulo de dobramento prescrito, sem fratura superficial. Se, após a retirada da punção, ocorpo de prova apresentar recuperação elástica, a operação de dobramento não necessita ser repetida,desde que tenha sido atingido um ângulo permanente de dobramento de, no mínimo, 170 graus. Exem-plo de Norma a ser aplicada: NBR 6338/82 - Ensaio de dobramento para Tubos de Aço de Seção circular.

Teste de dobramentoFigura 2.11

2.7.2 - Teste de Dureza

2.7.2.1 - Os testes devem ser realizados de acordo com a especificação para determinar as durezasBrinell, Vickers ou Rockwell, utilizando métodos padronizados; vide, por exemplo, Normas ABNT MB-60- Dureza Brinell, MB-358 - Dureza Rockwell e MB-359 - Dureza Vickers

2.8 - REPETIÇÃO DE TESTES

2.8.1 - Generalidades

2.8.1.1 - Se as seções de teste ou corpos de prova especificados para um determinado teste nãoforem adequadamente retirados e confeccionados, os resultados dos testes obtidos com os mesmosserão invalidados. Os testes deverão ser repetidos utilizando-se corpos de prova adequadamente con-feccionados.

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2.8.1.2 - Se o resultado insatisfatório de um teste for devido a defeitos óbvios na execução do teste ou auma falha evidente no corpo de prova, o resultado deve ser desconsiderado e o teste em questão repetidoem um corpo de prova similar, o qual deve ser retirado da mesma placa de teste.

2.8.2 - Corpos de Prova de Tração ou Dobramento que Tenham Apresentado ResultadosInsatisfatórios (Exceto Tubos)

2.8.2.1 - Teste Individuais

Para cada corpo de prova de tração ou dobramento para o qual o resultado do ensaio tenha sidoinsatisfatório, devem ser testados dois corpos de prova substitutos, os quais devem ser retirados damesma seção de teste que o corpo de prova original ou da mesma amostra. Em qualquer caso, ambosos corpos de prova devem satisfazer às exigências.

2.8.2.2 - Ensaios por Corridas ou Lotes

Fica a critério do fabricante a opção de separar a amostra que apresentou resultados insatisfatórios oude continuar a considerá-la como parte do lote de teste.

2.8.3 - Corpo de prova de impacto que tenham apresentado resultados insatisfatórios (excetotubos)

2.8.3.1 - Teste Individuais

Se a média dos resultados de ensaio de três corpos de prova de impacto não satisfizer aos requisitos ou,se um dos valores individuais for inferior a 70% do valor médio, deverão ser retirados e testados trêscorpos de prova da mesma placa de teste. O valor médio dos 6 testes individuais assim obtido deverásatisfazer aos requisitos.Entretanto, daqueles 6 valores individuais apenas dois poderão ser inferiores ao mínimo valor médioexigido e, dos quais apenas um, poderá se menor que 70% daquele valor médio; caso contrário, aamostra em questão deverá ser rejeitada.

2.8.3.2 - Ensaio por Corridas ou Lotes

Se o valor médio de 3 corpos de prova de impacto não satisfizerem às exigências ou, se um único valorfor menor que 70% do valor médio, então deve ser inicialmente aplicado o procedimento descrito em2.8.3.1.Se o reteste também produzir um resultado insatisfatório, a amostra testada deve ser rejeitada e duasoutras amostras do lote de mesma espessura ou da menor mais próxima devem ser testadas.Se novamente as amostras não satisfizerem às exigências, então o lote inteiro deve ser rejeitado. Como consentimento do Inspetor, a quantidade de amostras restantes no lote de teste pode, no entanto, sersubmetida a ensaios individuais.

2.8.4 - Corpos de prova de queda de peso que tenham apresentado resultados de ensaiosinsatisfatórios.

2.8.4.1 - Testes Individuais

Se um ou ambos corpos de prova falhar, dois corpos de prova similares poderão ser retirados da mesmaamostra e testados, em substituição. Ambos os corpos de prova substitutos deverão satisfazer aosrequisitos, caso contrário, a amostra em questão deverá se rejeitada.

2.8.4.2 - Testes por Corridas

Se um ou ambos corpos de prova retirados da amostra de maior espessura da corrida falhar, deverãoentão ser retirados e testados dois corpos de prova da mesma amostra e dois de outra amostra demesma espessura ou, caso não haja disponível, de amostra de espessura inferior mais próxima. Osquatro corpos de prova deverão satisfazer aos requisitos, caso contrário, a corrida correspondente deveráser rejeitada. Com o consentimento do Inspetor, a quantidade de amostras restante do lote poderá sersubmetida a ensaios individuais.

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2.8.5 - Resultados Insatisfatórios no Ensaio de Tubos

2.8.5.1 - Ensaio por Lotes

Se, quando submetidos ao teste de tração, ao teste de alargamento ou ao teste de impacto, os tubosnão satisfizerem às exigências, devem ser repetidos os testes que produziram os resultados insatisfatóriosna mesma extremidade do tubo selecionado para o teste. Se o novo teste não satisfizer às exigências,o tubo em questão deve ser rejeitado. Em seu lugar, devem ser tomados dois outros tubos do loteenvolvido e estes submetidos à toda a seqüência dos testes. Se, durante o ensaio, uma das exigênciasnão for satisfeita, então o lote inteiro deverá ser considerado inaceitável.

TOMO IV - ENSAIOS MECÂNICOS ............................. SEÇÃO 2

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SEÇÃO 3

CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO

3.1 - REGRAS GERAIS

3.1.1 - Aplicação

3.1.1.1 - Esta parte contém as Regras Gerais a serem aplicadas na fabricação e no ensaio dosprodutos mencionados nas partes subseqüentes destas Regras, tais como, chapas lamimadas a quen-te, placas, tiras, perfis e barras de aço.

3.1.1.2 - Os aços cujas características satisfazem a normas nacionais ou especificações de material defabricante podem ser aprovados, se suas propriedades forem consideradas equivalentes àquelas dostipos de aços mencionados nestas Regras ou se tiver sido obtida aprovação especial para sua utilização.As indicações dos materiais padronizados, cuja utilização é permitida, estão contidas nas partes se-guintes.

3.1.2 - Dimensões, Tolerâncias Dimensionais e Geométricas

3.1.2.1 - Salvo especificação em contrário, as tolerâncias inferiores mostradas na Tabela 3.1 são permi-tidas na espessura nominal de chapas. As exigências especificadas nas normas devem ser preenchidasem relação a todas as outras tolerâncias dimensionais e geométricas.

Espessura nominal t (1) Tolerância máxima na espessura (2)[mm] [mm]

5 = t < 8 - 0,48 = t < 15 - 0,515 = t < 25 - 0,625 = t < 40 - 0,8

40 = t - 1,0(1) As espessuras < 5 mm estão sujeitas às normas(2) Estes dados se aplicam a pontos de medição localizados a 25 mm das bordas do produto

Tolerância na espessuraTabela 3.1

3.1.2.2 - Os perfis e barras de aço devem satisfazer às dimensões e às tolerâncias dimensionais egeométricas especificadas nas Normas.

3.1.3 - Instruções Gerais para Ensaio

3.1.3.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida (ou de cada panela) e submeter aoInspetor um certificado correspondente. A composição química especificada para o tipo de aço emquestão deve constar no certificado. Na eventualidade de qualquer dúvida com relação à composição dosprodutos, deverá ser realizada uma análise do produto, a pedido do Inspetor.

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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3.1.3.2 - Ensaio de Propriedades Mecânicas

3.1.3.2.1 - De cada lote de ensaio deverá ser retirado e ensaiado, pelo menos, um corpo de prova detração. Por lote de teste se entenderá: o comprimento de laminação ou o número de itens de mesmacorrida, conforme especificado nas partes seguintes.

3.1.3.2.2 - No caso e chapas e tiras largas com largura ≥ 600mm, os corpos de prova de tração devemser retirados transversalmente; em todos os outros produtos, paralelamente à direção de laminação.a) Chapas, tiras largas ≥ 600mm de largura: a meia distância entre a linha de centro e sua borda

longitudinal;b) Tiras largas e planos < 600mm de largura: a uma distância situada a 1/3 da largura do produto, a partir

da borda longitudinal;c) Perfis: sempre que possível, de uma aba a uma distância correspondente a 1/3 da largura da aba, a

partir da borda longitudinal da mesma. No caso de perfis U e I, as seções de teste podem ser tambémretiradas da alma a uma distância correspondente a 1/4 da altura da alma, a partir da linha de centroda mesma;

d) Perfis-bulbo: da alma, a uma distância de 1/4 da altura do perfil, a partir da borda da mesma; ee) Barras: de uma posição situada à distância de 1/6 do diâmetro ou da diagonal, a partir da superfície ou

do canto, respectivamente.

3.1.3.2.3 - Normalmente, as seções de teste poderão ser retiradas dos produtos apenas após o trata-mento térmico final. Quando produtos tiverem que ser subseqüentemente submetidos a trabalho a quen-te e for exigido o teste das propriedades na condição pós-tratamento térmico final, as seções de testepoderão ser submetidas a tratamento térmico separadamente.

Exemplos Mostrando a Localização das Seções de EnsaioFigura 3.1

3.1.3.3 - Determinação do Limite de Proporcionalidade de 0,2% a Temperaturas Elevadas

Para produtos destinados à operação em temperaturas elevadas, projetos com base em suas caracterís-ticas mecânicas a altas temperaturas, o limite de proporcionalidade de 0,2% ou de 1% deverá serdeterminado e comprovado, através de um teste de tração a alta temperatura, realizado em, pelo menos,um corpo de prova por corrida. A temperatura de teste deverá ser de 300oC, caso não seja especificadaqualquer outra.O ensaio poderá ser dispensado no caso de aços fornecidos de acordo com normas reconhecidas, cujascaracterísticas mecânicas a altas temperaturas sejam consideradas comprovadas.

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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3.1.3.4 - Ensaio de Impacto

3.1.3.4.1 - Nos casos em que houver exigência, os corpos de prova deverão ser retirados paralela outransversalmente à direção de laminação, conforme requisitos específicos destas Regras, e de acordocom as outras condições estabelecidas no item 8.2. O ensaio deverá ser realizado normalmente emcorpos de prova tipo ISO-V com entalhe perpendicular à superfície do produto. Se a espessura doproduto for ≤ 40 mm, os corpos de prova deverão ser retirados próximos à superfície laminada. Se aespessura for > 40 mm, os corpos de prova devem ser localizados de tal forma que seus eixos longitudi-nais estejam situados a 1/4 da espessura do produto, a partir da superfície. Os corpos de prova devemser também retirados a uma distância suficiente da borda de corte, nos casos de corte oxiacetilênico oupor guilhotina.

3.1.3.4.2 - Quando, nos casos de espessuras inferiores a 10 mm, forem necessários corpos de prova dedimensões reduzidas (corpo de prova tipo ISO-V), os mesmos ficam sujeitos, no que se refere à energiade impacto, aos seguintes requisitos:

Seção Transversal do CP Valor médio da energia de impacto(CP tipo ISO-V)

10 x 10 mm E10 x 7,5 mm (5/6) . E10 x 5 mm (2/3).E

Para produtos de espessura inferior a 5 mm, o ensaio é dimensionado.

3.1.3.5 - Inspeção Superficial e Verificação de Dimensões

3.1.3.5.1 - A inspeção superficial e a verificação de dimensões de todos os produtos devem ser realiza-das pelo fabricante. Quaisquer defeitos superficiais podem ser removidos por esmerilhamento dentro dastolerâncias permitidas (conforme parágrafo 5). Quaisquer produtos que não atendam às exigências comrelação ao acabamento superficial e tolerâncias dimensionais devem ser rejeitados pelo fabricante.

3.1.3.5.2 - Salvo especificação em contrário, todas as chapas sujeitas a ensaio individual devem sersubmetidas ao Inspetor para o ensaio final. O Vistoriador do BC pode, ainda, exigir que produtos sujeitosa ensaio por lotes lhe sejam apresentados individualmente para inspeção.

3.1.3.6 - Ensaios Não-Destrutivos

Ver Normas ABNT (CB-151); (MB-1722); (TB-181); (TB-198); (TB-191); (TB-71); (TB-187); (MB-2174) e(TB-1786).

3.1.3.6.1 - Quando for estipulado nas partes seguintes desta seção ou especificado na Ordem de Com-pra, o fabricante deverá submeter os produtos a ensaios não destrutivos, preferivelmente por ultra-som.Este ensaio deverá ser realizado de acordo com uma norma reconhecida. A natureza do ensaio (ensaiode superfície, ensaio bordas ou total), os detalhes do método, o tamanho e o número das indicações(falhas) permitidas, dependem da particular aplicação do produto e devem ser estabelecidos com o BC.Deverá ser apresentada prova de qualificação do operador. Mediante solicitação, deve ser permitido aoInspetor tomar parte no ensaio.

3.1.3.6.2 - Independentemente das estipulações contidas no item 8.6.1, o Vistoriador do BC pode exigira repetição dos ensaios por ultra-som nos produtos, caso existam motivos razoáveis para se colocar emdúvida a sanidade interna dos mesmos.

3.1.3.6.3 - O fabricante deverá preparar um relatório do ensaio por ultra-som, o qual deve conter detalhesdo método de ensaio, os resultados e um lançamento das indicações, devendo o mesmo ser entregue aoInspetor.

3.1.4 - Marcação dos Produtos

3.1.4.1 - Com exceção dos produtos com dimensões pequenas especificações no item 9.2, todos os

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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ítens deverão ser claramente identificados pelo fabricante em, no mínimo, um lugar, com as seguintesmarcas:a) Tipo de Aço (Grau)b) Marca do fabricantec) Número de corrida, número de série (fabricação)d) Número do corpo de prova

As chapas e os perfis devem ser marcados por punção. Os produtos com superfícies sensíveis ou comespessura de parede ≤ 10 mm podem ser marcados por um método diferente, ou seja, com um sinete deborracha ou impressão colorida. Mediante acordo com o Vistoriador do BC, os produtos podem sertambém marcados com números de código, cujos significados devem ser explicados no certificado.

3.1.5 - Certificados

3.1.5.1 - Para cada fornecimento, o fabricante deve entregar ao Inspetor um certificado ou lista de forne-cimento, contendo o seguinte:a) Cliente e número da Ordem de Compra (pedido)b) Se conhecido, o número do navio em construção (obra)c) Quantidade, dimensões, formato e peso dos produtosd) Tipo do aço ou especificação do materiale) Números das corridasf) Composição químicag) Condição de fornecimento, se esta diferir da condição �laminado�h) Números dos corpos de prova

O certificado deverá também apresentar os resultado dos ensaios especiais realizados pelo fabricante,por ex., ensaios por ultra-som e ensaios de resistência à corrosão intercristalina, juntamente com deta-lhes do método de ensaio utilizado.

3.1.5.2 - Quando os aços não forem fundidos e laminados pelo mesmo fabricante, deverá ser fornecidoao Vistoriador um certificado da Siderúrgica, contendo, pelo menos, os números de corrida e as respec-tivas composições químicas.

3.1.5.3 - Quando, excepcionalmente, produtos forem inspecionados nas instalações de distribuidores,estes deverão manter registros claros quanto à origem dos produtos, os quais deverão estar marcados(identificados) conforme estipulado em 9.1. Além disso, deve ser submetido ao Inspetor um certificadodo fabricante do aço, contendo o seguinte:a) Quantidade, dimensões, formato e peso dos produtosb) Tipo do aço ou especificação do materialc) Números das corridasd) Composição químicae) Condição de fornecimentof) Marcação dos produtosg) Confirmação, pelo fabricante de quaisquer ensaios especiais, quando estes forem exigidos para o

produto em questão.

3.2 - AÇOS NAVAIS COMUNS E DE ALTA RESISTÊNCIA

3.2.1 - Aplicação

3.2.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos aços navais comuns e de alta resistência, cujos graus cons-tam na Tabela 3.3 e com espessura do produto até 50 mm, inclusive. Para espessuras maiores, asexigências devem ser especialmente acordadas com o BC, com base nas circunferências técnicascorrespondentes.

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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Grau Tratamento Espessura do produto Condiçãode grão fino do produto [mm] de fornecimento ou

tratamento térmico (1)BC-A - todos -BC-B - todos -BC-D - ≤ 25 -

- ≤ 25 N, TGcom > 35 N, TG

BC-E com todos NBC-A32/A36 com Nb/V ≤ 12,5 -BC-D32/D36 > 12,5 N, TGBC-A32/A36 sem Nb/V ≤ 19 N, TGBC-D32/D36 > 19 -BC-E32/E36 com todos N

(1) N = normalizado; TG = laminado com temperaturas controladas ; (2) Com aprovação especial do BC,os graus BC-A32/A36 e BC-D/32/D36, com espessuras, respectivamente, até 35 mm e 25 mm, podemser fornecidos na condição laminado, desde que o aço não tenha sido tratado com Nb/V.

Condições em que são fornecidos os aços navaisTabela 3.2

3.2.2 - Isenção de Defeitos e Reparo de Defeitos Superficiais

3.2.2.1 - Características Gerais

Os defeitos superficiais podem ser removidos não apenas por esmerilhamento, mas, também, porsoldagem, desde que os mesmos sejam isolados, de dimensões limitadas, e que a soma das áreasdefeituosas não cubra mais que 2% da superfície característica do produto.

3.2.2.2 - Reparos por Esmerilhamento

O fabricante pode, a seu critério, recondicionar a superfície dos produtos pela eliminação de defeitos poresmerilhamento, desde que a espessura final do produto não resulte, por isso, menor que 93% daespessura nominal, e que a profundidade do esmerilhamento não exceda a 3 mm em relação à mesmaespessura nominal. A transição entre a parte esmerilhada e a superfície contígua do produto deverá sersuave.

3.2.2.3 - Reparos por Soldagem

Com o consentimento do Inspetor, os defeitos que não puderem ser simplesmente reparados poresmerilhamento podem ser reparados por goivagem mecânica e/ou por esmerilhamento, com soldagemsubsequente, desde que sejam atendidas as seguintes exigências:

3.2.2.3.1- Após a remoção mecânica dos defeitos, a espessura remanescente deve se igual ou superiora 80% da espessura nominal. A espessura restante poderá ser menor que este valor limite somente emcasos excepcionais, nos quais a aplicação específica do produto não fique, por isso, prejudicada.

3.2.3 - Exigências Aplicáveis ao Material

3.2.3.1 - Composição Química e Método de Desoxidação

A composição química e o método de desoxidação utilizado em aços navais devem satisfazer à Tabela3.3. Quando houver exigência quanto ao carbono equivalente, este deverá ser calculado com valores da

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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análise da corrida, pela aplicação da seguinte fórmula:

Mn Cr = Mo + V Ni + CuCeq

= C + _____ + _______________ + ___________ % 6 5 15

3.2.3.2 - Propriedades Mecânicas

Os valores exigidos para limite de resistência à tração, limite de escoamento e alongamento, constantesna Tabela 3.4, devem ser atendidos através de ensaio de tração.

Grau Método de desoxidação Composição QuímicaC Si Mn P S Al Elem.

(max) (max) (max) ResiduaisBC-A R (qualquer, p/

espessura 12,5 mm) 0,23 ≤ 0,35 ≥ 2,5 x C 0,040 0,040 - -BC-B R 0,21 ≤ 0,35 ≥ 0,80 0,040 0,040 - -BC-D R (RR para espessura

25 mm) 0,21 ≤ 0,35 ≥ 0,60 0,040 0,040 ≥ 0,015 -BC-E RR 0,18 0,10-0,35 ≥ 0,70 0,040 0,040 ≥ 0,015 -

BC-A32 R 0,18 0,15-0,50 0,90-1,60 0,040 0,040 - -BC-D32 R (Semi acalmado

espessura 25 mm) 0,18 0,15-0,50 0,90-1,60 0,040 0,040 - Cu ≤ 0,35BC-E32 RR 0,18 0,15-0,50 0,90-1,60 0,040 0,040 ≥ 0,015BC-A36 R 0,18 0,15-0,50 0,90-1,60 0,040 0,040 - (9)BC-D36 R (semi acalmado

p/ espessura ≤ 25 mm) 0,18 0,15-0,50 0,90-1,60 0,040 0,040 - (9)BC-E36 RR 0,18 0,15-0,50 0,90-1,60 0,040 0,040 ≥ 0,015 (9)

1) R = acalmado (incluindo semi-acalmado); RR = especialmente acalmado (tratamento de grão fino).2) C + 1/6 Mn ≤ 0,40%3) O teor de manganês pode ser ≥ 0,60%, se o aço for acalmado com, no mínimo, 0,15% de Si, ou

quando a energia de impacto for também verificada, para espessura < 25 mm.4) Teor de alumínio solúvel em ácido. Quando determinado o teor total, este deve ser, no mínimo, 0,020%.5) O alumínio pode ser total ou parcialmente substituído por nióbio ou vanádio, desde que não sejam

ultrapassados os seguintes teores: nióbio-0,05%; vanádio-0,10%; soma de (nióbio + vanádio) - 0,12%.6) No caso dos graus BC-A32/D32 e BC-A36/D36, semi-acalmados, o limite inferior para o teor de silício

não se aplica.7) Para os graus BC-A32 e BC-A36, nas espessuras ≤ 12,5 mm, o teor mínimo de manganês8) Somente aplicável para espessura > 25 mm.9) Cr ≤ 0,20 ; Ni ≤ 0,40 ; Mo ≤ 0,08

Composição Química e Método de Desoxidação para Aços NavaisTabela 3.3

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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3.2.3.3 - Energia de Impacto

Devem ser atendidos os valores de energia de impacto exigidos, conforme Tabela 3.4.

Rm ReH AS Ensaio de Impacto KVGrau N/mm2 N/mm2 5 Temperatura Long. Trans.

(min) (min) (oC) J (min) J (min)BC-A 400-490 235 22 - (2) - -

BC-B 400-490 235 22 0 27 20

BC-D 400-490 235 22 - 10 27 20BC-E 400-490 235 22 - 40 27 20

BC-A32 470-490 (3) 315 22 0 31 22

BC-D32 470-490 (3) 315 22 -20 31 22BC-E32 470-490 (3) 315 22 -40 31 22

BC-A36 400-490 355 21 0 34 24

BC-D36 400-490 355 21 -20 34 24BC-E36 400-490 355 21 - 10 34 24

(1) Quando forem utilizados corpos de prova de tração planos, com comprimento de referência de 200mm, o alongamento ficará sujeito às seguintes exigências mínimas.

Grau Espessura do produto em mm≤ 5 > 5 > 10 > 15 > 20 > 25 > 35

- 10 15 ≤ 20 ≤ 25 ≤ 35 ≤ 50

BC-A, BC-B, BC-D, BC-E 14% 16% 17% 18% 19% 20% 21%

BC-A32, BC-D32, BC-E32 15% 16% 17% 18% 19% 20% 21%

BC-A36, BC-D36, BC-E36 14 % 15% 16% 17% 18% 19% 20%

(1) O ensaio de impacto pode ser dispensado no caso do grau BC-B, até uma espessura de 25 mm(conf. item 6.3.2)(2) Pode ser tolerado um resultado de até 30 N/mm abaixo do valor limite inferior da resistência à tração.

Propriedades Mecânicas dos Aços NavaisTabela 3.4

3.2.4 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

3.2.4.1 - Ensaio de Tração

As propriedades mecânicas devem ser comprovadas através de ensaio de tração. Para a finalidade deretirada de corpos de prova, os produtos devem ser agrupados em lotes de ensaio, de acordo com aTabela 3.5. Deve ser retirado, pelo menos, um corpo de prova de cada lote de ensaio. Quando o ensaiofor realizado por corridas, deve ser retirado um corpo de prova adicional para cada variação de 10 mm emdiâmetro ou espessura.

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3.2.4.2 - Ensaio de Impacto

3.2.4.2.1 - Com exceção do grau BC-A e também do grau BC-B com espessuras de produto 25 mm,todos os aços devem ser submetidos ao ensaio de impacto. Para esta finalidade, deve ser retirado umconjunto de corpos de prova tipo ISO-V de cada lote de ensaio especificado na Tabela 3.5. Salvo prescri-ção em contrário, o eixo longitudinal dos corpos de prova deve ficar paralelo à direção de laminação.Quando o ensaio for realizado por corridas, os corpos de prova devem ser retirados do item mais espessodo lote de ensaio.

Tipo do produto Grau Lote de EnsaiosChapas, Perfis e Barras BC-A, BC-B, BC-D 50 t; em materiais laminados com

BC-A32, BC-D32 temperaturas controladas, 25 t da mesma corridaBC-A36, BC-D36

Chapas BC-E, BC-E32, BC-E36 Comprimento laminado

Perfis e Barras BC-E, BC-E32, BC-E36 25 t da mesma corrida

Lotes de ensaio para aços navaisTabela 3.5

3.2.4.2.2 - No caso de grau BC-B, com espessuras 25 mm, poderá ser dispensado o ensaio de impactosomente se o aço for suficientemente acalmado (vide nota de rodapé na Tabela 3.3).

3.2.4.3 - Inspeção Superficial e Verificação de Dimensões

A pedido do Vistoriador, os produtos devem, então, ser a ele submetidos para inspeção final.

3.2.5 - Marcação dos Produtos

O fabricante deve marcar os produtos de acordo com o item 3.1.4.1.

3.2.6 - Certificados Emitidos pelo Fabricante

O fabricante deve preparar os certificados necessários e neles fazer constar os resultados dos ensaiosmecânicos. Deve, ainda, confirmar que os produtos foram fabricados por um processo aprovado e queatenderam às exigências dos ensaios. Os certificados devem ser assinados pelo Inspetor.

3.3 - AÇOS ESTRUTURAIS EM GERAL

3.3.1 - Aplicação

3.3.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos tipos de aço-carbono-manganês mencionados na Tabela 3.6,com espessuras de produto de 3 mm até 100 mm, inclusive utilizados para estruturas soldadas deengenharia. Para espessuras maiores, as exigências devem ser especialmente estabelecidas. A utiliza-ção destes aços para outras finalidades pode ser também combinada.

3.3.1.2 - Estas Regras não são aplicáveis a aços estruturais com tratamento de grão fino, com limites deescoamento nominal > 355 N/mm2 ou a aços estruturais especiais, por ex., aços temperados e revenidos,conforme especificações de fabricante. Estes aços são regulados pelas exigências estabelecidas nasespecificações ou determinadas por ocasião os ensaios de recepção.

3.3.1.3 - Além dos tipos de aço mencionados na Tabela 3.7, estão também incluídos os seguintes aços:a) Aços navais comuns e de alta resistência;b) Chapas para caldeiras e vasos de pressão, com exceção dos aços ligados ao Mo e CrMo; ec) Aços conforme normas, pelas quais os mesmos são equivalentes aos descritos nestas Regras.

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3.3.2 - Condições de Fornecimento e Tratamento Térmico

As chapas e barras chatas largas (tiras) devem ser fornecidas nas condições e estados de tratamentotérmico especificados na tabela 3.6. Todos os outros produtos podem ser fornecidos, tanto nas condi-ções �tratados termicamente� como �apenas laminado�.

Tipo de Aço Espessura Condição de fornecimento /do produto (mm) tratamento térmico

St 340.1 ≤ 25 -St 340.2St 410.2 > 25 N, TGSt 340.3St 410.3St490.3 todas N, TG

N = Normalizado; TG = Laminado com temperaturas controladas

Condições nas quais chapas e barras chatas largas devem ser fornecidasTabela 3.6

3.3.3 - Exigências Aplicáveis ao Material

3.3.3.1 - Composição Química e o Método de Desoxidação

A composição química e o método de desoxidação devem satisfazer à Tabela 3.7.

Grau de Método de Composição Química %

Aço desoxidação Cmax Si Mn Pmax Smax Almin

St 340.1 R 0,20 0,35 0,40-1,00 0,040 0,040 -

St 340.2 R 0,20 0,35 0,40-1,00 0,040 0,040 -

St 340.3 R 0,17 0,10-0,35 0,40-1,00 0,040 0,040 0,015

St 410.2 R 0,22 0,40 0,50-1,30 0,040 0,040 -

St 410.3 RR 0,22 0,10-0,40 0,50-1,30 0,040 0,040 0,015

St 490.3 RR 0,22 0,10 - 0,50 0,90 - 1,60 0,040 0,040 0,015

1) R = acalmado (incluindo semi-acalmado); RR = especialmente acalmado (tratamento de grão fino)2) Qualquer método ate 12,5mm de espessura.3) Teor de alumínio solúvel em ácido. Quando for determinado o teor total, este deve ser pelo menos iguala 0,020%. O alumínio pode ser total ou parcialmente substituído por nióbio ou vanádio, desde que osseguintes teores não sejam ultrapassados: nióbio-0,05%; vanádio-0,10%; a soma de (nióbio + vanádio)- 0,12 %.

Composição química e método de desoxidação para aços estruturaisTabela 3.7

3.3.3.2 - Propriedades Mecânicas

Os valores de limite de resistência, limite de escoamento e alongamento exigidos na Tabela 3.8 devemser satisfeitos e verificados mediante ensaio de tração.

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Tipo ReH ReH A5 Ensaiode Aço N/mm² N/mm² % (mínimo) de impacto

KV longitudinalpara espessura em [mm] para espessura Temp J (min)

em [mm] do p/ ensaioespessura

(°C) em [mm]≤ 16 > 16 >40 >63 >80 ≤ 40 >40 >63 ≤ >63

≤ 40 ≤ 63 ≤ 80 ≤ 100 ≤ 63 ≤ 100 63 ≤100

St 340.1 235 225 215 205 195 - - -St 340.2 340-370 235 225 215 215 215 26(24) 25(25) 24(22) 20 27 -

St 340.3 235 225 215 215 215 -20(2) 27 23

St 410.2 410-540 275 265 255 245 235 22(20) 21(19) 20(18) 20 27 -St 410.3 20 (2) 27 23

St 410.3 490-630 355 345 335 325 315 22(20) 21(19) 20(18) 20 27 23

(1) Os valores entre parênteses ( ) se referem a corpos de prova transversais.(2) Para produtos que possam ser fornecidos na condição laminado (U), a temperatura de ensaio é 0 oC

Propriedades Mecânicas de Aços EstruturaisTabela 3.8

3.3.3.3 - Energia de Impacto

Devem ser satisfeitos os valores mínimos de energia de impacto indicados na Tabela 3.8

3.3.4 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

3.3.4.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida e deve emitir um certificado corres-pondente.

3.3.4.2 - Ensaio de Tração

3.3.4.2.1 - As propriedades mecânicas devem ser comprovadas por ensaios de tração. Com o propósitode retirada de corpos de prova, produtos de mesmo formato, de acordo com suas corridas, e dentro dasfaixas de espessura relativas ao limite de escoamento (Tabela 3.8), devem ser agrupados em lote deensaio de, no máximo, 40 t cada. Do item de maior espessura do lote deverá ser retirado um corpo deprova de tração. No caso de chapas e planos largos, com larguras ≥ 600 mm, o mesmo deverá serposicionado transversalmente ao sentido de laminação. Em outros produtos, o corpo de prova poderá serretirado de uma posição transversal ou paralela ao sentido de laminação.

3.3.4.3 - Ensaio de Impacto

Todos os produtos feitos de aço com tratamento de grão fino (por ex., St-340.3, St-410.3 e St-490.3)deverão ser submetidos ao ensaio de impacto realizado em corpos de prova longitudinais tipo ISO-V, àstemperaturas especificadas na Tabela 3.8. Quando, no caso de chapas, não tiver sido combinado ensaioindividual, um conjunto de corpos de prova deverá ser retirado do item de maior espessura do lote de

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ensaio, de acordo com o parágrafo 6.2.1.O ensaio deverá ser normalmente realizado apenas em produtos com espessura ≥ 10 mm. Ensaios deimpacto de produtos que não sejam de aço com tratamento de grão fino ou com espessuras menoresque 10 mm, devem, quando necessário, ser especialmente combinados.

3.4 - CHAPAS PARA CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

3.4.1 - Aplicação

3.4.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos tipos de aço-carbono e carbono-manganês e aos aços 0,3 Mo,1 Cr 0,5 Mo e 2,25 Cr 1 Mo especificados na Tabela 3.10, na forma de chapas e tiras com espessurasdesde 3 mm até 100 mm, inclusive, e utilizados na fabricação de caldeiras e vasos de pressão.Estas Regras se aplicam, também, às chapas e tiras para a construção de vasos de pressão nos quaiselas entram em contato com meios capazes de iniciar corrosão por fissuração sob tensão, como por ex.,gás natural contendo ácido sulfídrico, desde que estes aços tenham sido modificados com relação à suacomposição química, desoxidação, tratamento térmico, dureza, etc. e que o BC tenha dado aprovaçãoespecial para sua utilização.Os aços que satisfizerem a estas Regras podem ser utilizados a temperaturas ambientes e a tempera-turas de operação elevadas, devendo ser selecionados de acordo com as Regras para Construção. Paraespessuras de chapas > 100 mm, as exigências devem ser combinadas ou ser conforme especificadoem normas reconhecidas.

3.4.2 - Condição de Fornecimento e Tratamento Térmico

3.4.2.1 - Os produtos devem ser fornecidos nas condições e estados de tratamento térmico indicados naTabela 3.9, a menos que eles venham a ser submetidos subseqüentemente a trabalho a quente (conf.Parte I.).

Tipo do Composição Química %Aço C Si Mn P S Al Cr Mo Elem.

max maxSt 360 W 1 0,17 0,35 0,40-1,00 (1) - - (2)

St 410 W 1 0,20 0,35 0,50-1,30 - - Cr 0,25

St 460 W 1 0,20 0,40 0,60-1,40 - -

St 490 W 1 0,22 0,15-0,50 0,90-1,60 - -

St 360 W 2 0,16 0,35 0,40-1,20 0,015 - - Cr 0,30

St 410 W 2 0,20 0,35 0,50-1,30 a - - Ni0,30

St 460 W 2 0,20 0,40 0,90-1,40 0,065 - - Mo0,10

St 510 W 2 0,22 0,40-0,60 1,00-1,60 - -

St 0,3 Mo 0,12-0,20 0,15-0,35 0,40-0,90 0,015 0,25 0,25-0,35

St 1 Cr 0,5 Mo 0,08-0,18 0,15-0,35 0,40-1,00 0,065 0,70-1,10 0,40-0,60

St 2,25 Cr 1 Mo 0,06-0,18 0,15-0,50 0,40-0,70 0,065 2,00-0,25 0,90-1,10

(1)Os aços podem ser acalmados com alumínios(2) A soma dos teores de Cr, Cu, Ni e Mo, não pode ser maior que 0,70 %

Composição Química de Aços para Caldeiras e Vasos de PressãoTabela 3.10

3.4.3 - Exigências Aplicáveis ao Material

3.4.3.1 - Composição Química e Método de Desoxidação

A composição química dos aços deve satisfazer à Tabela 3.10.Todos os aços devem ser acalmados.

} 0,035} 0,030

} 0,035} 0,030

} 0,035} 0,035

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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3.4.3.2 - Propriedades Mecânicas

Os valores de limite de resistência, limite de escoamento e alongamento exigidos, constantes na Tabela3.11, devem ser satisfeitos e verificados mediante ensaio de tração.

3.4.3.3 - Energia de Impacto

Quando submetidos ao ensaio de impacto, todos os aços devem atingir os valores exigidos de energiade impacto da Tabela 3.11.

Tipo ReH ReH A5 Ensaiode Aço N/mm² N/mm² % de impacto KV

min. min. min.para espessura para espessura para espessura Temp J (min)

em [mm] em [mm] em [mm] do p/ ensaio espessura

(°C) em [mm]≤ 60 > 60 ≤16 ≤ 16 >40 > 60 ≤ 60 >60 ≤60 >60

≤ 100 ≤ 40 ≤ 60 ≤ 100 ≤ 100 ≤100St 360 W 1 360-480 360-480 205 195 185 175 25 24

St 410 W 1 410-530 410-530 235 225 215 205 24 23

St 460 W 1 460-580 460-580 285 255 245 235 23 22

St 490 W 1 490-610 490-610 305 275 265 255 20 19

St 360 W 2 360-480 360-480 235 225 215 200 24 23

St 410 W 2 410-530 410-530 265 255 245 215 22 21

St 460 W 2 460-580 460-580 290 285 280 255 21 20

St 510 W 2 610-650 490-630 355 345 335 315 20 20

St 0,3 Mo 450-580 430-580 275 270 260 240 20 19

St 1 Cr 8,5 Mo 440-590 430-580 300 295 295 275 20 19

St 2,25 Cr 1 Mo 480-630 460-630 310 300 290 270 18 17

(1) As exigências se aplicam aos corpos de prova retirados transversalmente a direção de laminação

Propriedades Mecânicas de Aços para Caldeiras e Vasos de Pressão (1)

Tabela 3.11

3.4.3.4 - Propriedades a Altas Temperaturas

O limite de proporcionalidade de 0,2% a temperaturas elevadas deve atender, no mínimo, às exigênciasespecificadas na Tabela 3.12.

} 20

} 20

} 0

} 31

} 31

} 31

} 27

} 27

} 31

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Aço Espessura Limite de proporcionalidade de 0,2 % [N/mm2] a temperatura de:do produto

[mm] 200oC 250oC 300oC 350oC 400oC 450oC 500oCSt 36 W 1 ≤ 60 168 150 128 117 115 113

≤16 ≤ 40 162 144 124 117 115 113> 40 ≤ 60 152 141 124 117 115 113≤ 60 ≤ 100 144 136 124 117 115 113

St 410 W 1 ≤ 60 201 180 150 142 138 136≤16 ≤ 40 191 171 150 142 138 136> 40 ≤ 60 181 168 150 142 138 136≤ 60 ≤ 100 170 162 150 142 138 136

St 460 W 1 ≤ 60 235 210 176 168 162 158≤16 ≤ 40 200 198 176 168 162 158> 40 ≤ 60 210 194 176 168 162 158≤ 60 ≤ 100 197 188 176 168 162 158

St 490 W 1 ≤ 60 255 228 192 183 177 172≤16 ≤ 40 237 214 192 183 177 172> 40 ≤ 60 227 210 192 183 177 172≤ 60 ≤ 100 212 203 192 183 177 172

St 360 W 1 ≤ 60 185 165 140 120 110 105≤16 ≤ 40 180 165 135 120 110 105> 40 ≤ 60 175 165 135 120 110 105≤ 60 ≤ 100 165 155 125 115 105 100

St 410 W 2 ≤ 60 205 185 155 140 130 130≤60 ≤ 100 195 175 145 135 125 125

≤ 60 205 185 155 140 130 125≤ 60 ≤ 100 195 175 145 135 125 120

St 460 W 2 ≤ 60 245 225 205 175 155 135≤60 ≤ 100 230 210 190 165 135 115

St 510 W 2 ≤ 60 265 245 225 205 175 155≤60 ≤ 100 250 230 210 190 165 145

St 0,3 Mo ≤ 10 240 220 195 185 175 170 165≤10 ≤ 40 225 205 180 170 160 155 150> 40 ≤ 60 210 195 170 160 150 145 140≤ 60 ≤ 100 200 185 160 155 145 140 135

St 1 Cr 0,5 Mo ≤ 10 255 245 230 215 205 195 190≤10 ≤ 40 240 230 215 200 190 180 175> 40 ≤ 60 230 220 205 190 180 170 165≤ 60 ≤ 100 220 210 195 185 175 165 160

St 2,25 Cr 1 Mo ≤ 40 245 240 230 215 205 195 185> 40 ≤ 60 235 230 220 205 195 185 175≤ 60 ≤ 100 225 220 210 195 185 175 165

Valores Mínimos de Proporcionalidade de 0,2 % a Temperatura ElevadasTabela 3.12

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3.4.4 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

3.4.4.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida, e emitir um certificado correspon-dente.

3.4.4.2 - Ensaio de Tração

3.4.4.2.1 - As propriedades mecânicas devem ser comprovadas através de ensaios de tração. Os corposde prova devem ser retirados dos produtos, transversalmente à direção da laminação, e nas seguintesquantidades:a) No caso de chapas, um corpo de prova de uma extremidade de cada comprimento laminado. No caso

de fundição em lingotes, o corpo de prova deverá ser retirado da extremidade correspondente original-mente ao topo do lingote. Se o comprimento laminado for superior a 7m, deverão ser retirados corposde prova de ambas as extremidades.

b) No caso de chapas feitas a partir de tiras laminadas a quente, pelo menos um corpo de prova deve serretirado de cada uma das extremidades interna e externa da bobina.

3.4.4.2.2 - Entre os valores de limite de resistência dos corpos de prova retirados das extremidadessuperior e inferior de uma chapa laminada, não pode haver uma diferença maior que:Comprimento laminados ≤ 10 metros: 60 N/mm2

Comprimento laminados > 10 metros: 70 N/mm2

3.4.4.3 - Ensaio de Impacto

Todos os produtos com espessura ≥ 5mm devem ser submetidos a ensaio de impacto com corpos deprova tipo ISO-V, nas temperaturas indicadas na Tabela 3.11. Os corpos de prova devem ser retiradostransversalmente à direção de laminação. O número de jogos (3 corpos de prova, cada) exigido paraesse fim deve ser determinado da mesma maneira prescrita para o número de corpos de prova de traçãovisto no parágrafo 6.2.1.

3.4.4.4 - Ensaio de Tração a Temperaturas Elevadas

3.4.4.4.1 - Para produtos destinados a uma temperatura de trabalho ≥ 200oC, o limite de proporcionalidadede 0,2% deverá ser determinado por ensaio de tração a alta temperatura, se:a) O limite de proporcionalidade determinado por ensaio à temperatura ambiente não for, pelo menos, 30

N/mm2 superior às exigências mínimas,b) Forem exigidos, para o limite de proporcionalidade de 0,2%, valores superiores àqueles indicados na

Tabela 3.12.

3.4.4.4.2 - O ensaio deve ser retirado em, pelo menos, um corpo de prova por corrida, à temperatura deensaio de 300oC, caso não seja especificada qualquer outra. Quando itens de espessuras diferentes, demesma corrida, forem submetidos a ensaio, este deverá ser realizado em corpos de prova retirados doitem mais espesso.

3.4.4.5 - Inspeção Superficial e Verificação de Dimensões

O acabamento superficial e as dimensões de todos os produtos devem ser verificados pelo fabricante.

3.4.4.6 - Ensaios Não-Destrutivos

Quando especificado na ordem de compra ou exigido em casos especiais. Ver Normas ABNT (CB-74),(MB-731) - Ensaios não-destrutivos em chapas.

3.4.5 - Marcação dos Produtos

O fabricante deve marcar os produtos. No caso de chapas não fornecidas em fardos, as marcações

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devem ser aplicadas de 200 a 400mm da extremidade do fundo, de tal forma que, olhando-se da mesmaextremidade, os caracteres estejam verticais e, em conseqüência, indiquem a direção de laminação.

3.4.6 - Certificados Emitidos pelo Fabricante

O fabricante deve emitir os certificados necessários ou listas de fornecimento.

3.4.7 - Tensão de Ruptura por Fluência a Quente

Para o projeto de elementos estruturais destinados a altas temperaturas de operação, pode-se utilizar osvalores de referência para tensão de ruptura por fluência, após 100.000 horas, indicados na Tabela 3.13.

3.5 - AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS

3.5.1 - Aplicação

3.5.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos tipos de aços inoxidáveis austeníticos constantes da Tabela3.18, até uma espessura de 50 mm, para utilização em equipamentos de carga e processamento denavios-tanque químicos e em outros equipamentos onde for exigida a estabilidade química.

3.5.1.2 - A Tabela 3.18 mostra apenas os tipos mais comuns de aços inoxidáveis. Outros tipos, deacordo com normas nacionais ou com especificações de fabricantes, também podem ser utilizados,desde que tenha sido comprovado que suas características são apropriadas para utilização proposta ehaja consentimento do BC. Esses aços devem satisfazer às exigências estabelecidas para aços seme-lhantes especificados nestas Regras, devendo ser submetidos aos ensaios cuja aplicação está aquiespecificada.

3.5.2 - Condição de Fornecimento e Tratamento Térmico

Todos os produtos deverão ser recozidos em banho e temperados.

3.5.3 - Dimensões e Tolerâncias

Estas estão sujeitas às exigências ou normas dimensionais constantes na especificação da Ordem deCompra (pedido).

3.5.4 - Exigências Aplicáveis ao Material

3.5.4.1 - Composição Química

A composição química dos aços deve estar de acordo com a Tabela 3.18 ou, mediante acordo, com anorma ou especificação apropriada.

3.5.4.2 - Resistência à Corrosão Intercristalina

Todos os produtos devem ser resistentes à corrosão intercristalina, na condição em que são fornecidos. Seforem soldados sem tratamento térmico subseqüente, somente aços estáveis nesta condição podem serusados, tais como aços estabilizados com Ti ou Nb, ou aços com teor de C ≤ 0,03% (também conformea Tabela 3.18). Além disso, contido nas normas (por ex., DIN 17440) também deve ser satisfeito.

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Temperatura Tensão de ruptura apos 100000 horas, em [N/mm2],°C para os tipos de aço

St 360 W 1 St 460W 1 St 0,3 Mo St 1 Cr 0,5 Mo St 2,25 Cr 1 MoSt 410 W 1 St 490 W 1St 360 W 2 St 460 W 2St 410 W 2 St 510 W 2

380 165 227390 148 203400 132 179410 118 157420 103 136430 91 117440 79 100450 69 85 245 285 221460 59 73 209 251 205470 50 63 174 220 188460 42 55 143 190 170490 47 117 163 152500 41 93 137 135510 74 116 118520 59 94 103530 47 78 90540 61 78550 49 68560 40 58570 33 51580 44590 38600 34

Valores de Referência para Tensão de Ruptura por Fluência após 100.000h, a quenteTabela 3.13

3.5.4.3 - Propriedades Mecânicas

Os valores exigidos de limite de resistência, limite de proporcionalidade de 0,2% ou 1%, e alongamento,indicados na Tabela 3.19 ou nas normas ou especificações pertinentes, devem ser satisfeitos e verifica-dos mediante ensaio.

3.5.5 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

3.5.5.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida, e emitir o certificado correspondente.

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3.5.5.2 - Ensaios de Resistência à Corrosão Intercristalina

Todos os produtos devem ser ensaiados quanto à resistência à corrosão intercristalina. Com este propó-sito, pelo menos 2 corpos de prova devem ser retirados de cada corrida. O ensaio deve ser realizado deacordo com uma norma reconhecida, utilizando-se corpos de prova nas seguintes condições:a) Aços estabilizados e aços com teor de carbono ≤ 0,03%: na condição sensibilizada (recozidos a

700oC por 30 min. e temperados na água);b) Todos os outros aços: na condição na qual são fornecidos.

Tipo do Grau equivalente

aço cf. No do Designação C Si Mn P S Cr Ni Mo Outros

AISI Mat Conf. DIN max max max max max

304 L 1.4306 x 2 Cr No 189 0.03 18.0-20.0 8.0-12.0 -

316 L 1.4404 x 2 Cr Ni Mo 18 10 0.03 16.0-18.0 10.0-14.0 2.0-3.0

(316 L) 1.4435 x 2 Cr Ni Mo 18 12 0.03 16.5-18.0 12.5-14.0 2.5-3.0

316 Ti 1.4547 x 10 Cr Ni Mo 18 9 0.08 16.5-18.0 10.5-13.5 2.0-2.5 Ti ≥ 5 x %C

316 L + N 1.4429 x 2 Cr Ni Mo N 18 13 0.03 1.0 2.0 0.245 0.030 16.5-18.5 12.0-14.0 2.5-3.0 N 0.14-0.22

317 L 1.4428 x 2 Cr Ni Mo 18 16 0.03 18.0-20.0 11.0-15.0 3.0-4.0

321 1.4541 x 10 Cr Ni Ti 18 9 0.08 17.0-19.0 9.0-12.0 - Ti ≥ 5 x %C

- 1.4439 x 3 Cr Ni Mo N 17 13 5 0.08 16.5-18.0 10.5-13.5 2.0-2.5 N 0.10-0.20

Composição Química de Tipos Padrão de Aços inoxidáveis austeníticosTabela 3.18

Tipo de Aço Rm Rp0,2 Rp1,0 A5 (% min.)AISI e N/mm2 N/mm2 N/mm² Long. Transv.(N° do 234-344

material) para espessura [mm]≤ ≤ ≤ ≤ ≤ 10 > 10 ≤≤≤≤≤ 10 > 10

≤≤≤≤≤ 50 ≤≤≤≤≤ 50304 L 450-700 175 215 50 45 37 34

316 L 450-700 195 235 45 40 34 30(316 L) 450-700 195 235 45 40 34 30

316 Ti 500-750 225 265 40 35 30 26

316 L + N 600-800 300 340 40 35 30 26317 L 500-700 195 235 45 40 34 30

321 L 500-750 205 245 40 35 30 26

(1.4439) 600-800 285 315 40 35 30 26

Propriedades Mecânicas de tipos de Aços Inoxidáveis AusteníticosTabela 3.19

3.5.5.3 - Ensaio de Tração

3.5.5.3.1 - De cada lote de ensaio, pelo menos um corpo de prova de tração deve ser retirado e ensaiado.Um lote de ensaio consiste de:a) Chapas ≥ 10 mm de espessura: o comprimento laminado;b) Chapas provenientes de tiras largas laminadas a quente: os corpos de prova devem ser retirados de

ambas as extremidades da bobina;

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c) Todas as outras formas de produto: produto de mesmas dimensões e originários de mesma corrida,em quantidades de até 10t.

3.5.5.3.2 - No caso de chapas e placas (planos), largos, com largura ≥ 600m, os corpos de prova devemser retirados da direção transversal. Para todos os outros formatos, os corpos de prova podem serretirados tanto da direção transversal quanto na longitudinal. Se não for expressamente solicitado ouespecificado na Ordem de Compra, não é necessária, no ensaio, a determinação do limite deproporcionalidade de 1%.

3.5.5.4 - Ensaio de Impacto

O ensaio de impacto deve ser realizado somente quanto exigido na Ordem de Compra.

3.5.5.5 - Inspeção Superficial e Verificação de Dimensões

O acabamento superficial e as dimensões de todos os produtos devem ser verificados pelo fabricante deacordo com a Parte A., parágrafo 8.5. Eles deverão também ser submetidos ao Inspetor para inspeçãofinal e, no caso de produtos planos, deve ser, sempre que possível, examinada também a face inferior.

3.6 - CHAPAS REVESTIDAS (CLAD)

3.6.1 - Aplicação

3.6.1.1 - Estas Regras são aplicáveis a chapas de aço revestidas em um ou ambos os lados com açosinoxidáveis austeníticos e destinadas à fabricação de contentores e tanques, como, por ex., para navios-tanque para produtos químicos. Pode-se estender, mediante acordo, a aplicação destas Regras a cha-pas revestidas com outros materiais, tais como aços-cromo-ferríticos e ligas de alumínio ou de níquel-cobre.

3.6.2 - Método de Fabricação e Condições de Fornecimento

3.6.2.1 - O método de revestimento pode ser por laminação, por explosão ou uma combinação dos 2métodos. Deverá ser fornecida ao BC uma preliminar da adequabilidade do método de fabricação, bemcomo as propriedades mecânicas das chapas revestidas.

3.6.2.2 - Chapas revestidas com materiais austeníticos devem ser normalmente fornecidas na condiçãolaminado. Quando, em casos especiais, for exigido o tratamento térmico, este será regulado pelomaterial base. Isto deve ser estabelecido na Ordem de Compra ou quando da aprovação do método defabricação.

3.6.3 - Dimensões e Tolerâncias

3.6.3.1 - A espessura nominal do material de, revestimento deve ser de, pelo menos, 2mm. Caso tolerân-cias mais apertadas não sejam especificadas na Ordem de Compra, poderão ser aplicadas as tolerânci-as inferiores indicadas na Tabela 3.20 à espessura nominal do material de revestimento. Isto, no entanto,está sujeito ao cumprimento das exigências contidas no parágrafo 3.2.

Espessura nominal Tolerância[mm] [mm]

≥ 2 < 2,5 - 0.20≥ 2,5 < 3 - 0.25≥ 3 < 3,5 - 0.35≥ 3,5 < 4 - 0.45

≥ 4 - 0.50

Tolerâncias na Espessura do Material de RevestimentoTabela 3.20

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3.6.4 - Ligação

Os materiais-base e de revestimento devem ser adequadamente ligados um ao outro, para assegurarque o material de revestimento não se separe do metal-base quando são aplicados os processos defabricação apropriados ou as cargas de serviço.A menos que sejam aplicáveis outras exigências mais rigorosas, a proporção de superfície ligada deveser, no mínimo, 95%, e a área dos pontos isolados, onde a ligação não ocorreu, não pode ultrapassar50cm2. Quando, em caso especiais, as áreas das chapas não puderem ter falhas de ligação, tais comoem conexões soldadas, deve-se chegar a um acordo especial, se necessário, quanto ao tratamentopermissível das áreas não ligadas

3.6.5 - Exigências Aplicáveis às Propriedades Mecânicas e Tecnológicas

3.6.5.1 - Resistência da Ligação ao Cisalhamento

A resistência da ligação ao cisalhamento, em qualquer direção, não pode ser inferior aos seguintesvalores:a) Materiais de revestimento com uma resistência à tração < 280 N/mm2: 50 % da resistência à tração;b) Materiais de revestimento com uma resistência à tração ≥ 280 N/mm2: 140 N/mm2.

3.6.5.2 - Propriedades Mecânicas

Quando submetida ao ensaio de tração, a chapa revestida deve satisfazer, no mínimo, às seguintesexigências:

pl

AAGGpl S

SsSsd ⋅+⋅=

d pl = valor mínimo especificado da resistência à tração ou limite de proporcionalidade de 0,2% do açorevestido, em N/mm2

s = valor mínimo especificado da resistência à tração ou limite de proporcionalidade de 0,2%, em N/mm2

S = espessura nominal, em [mm]

E os índices significam:G = material-baseA = material de revestimentopl = aço revestido

Se o ensaio de tração fornecer um valor mais baixo que aquele calculado pela fórmula, as exigênciasaplicáveis ao material-base podem ser verificadas em corpos de prova, dos quais o material de revesti-mento tenha sido removido por usinagem. O alongamento especificado para o material-base em questãodeve ser verificado por ensaios realizados em corpos de prova revestidos.

3.6.5.3 - Propriedades Tecnológicas

Quando submetida ao ensaio de dobramento lateral, a chapa revestida deve ser capaz de dobramentoaté 180 graus sobre um mandril com um diâmetro igual, a quatro vezes a espessura do corpo de prova,sem separação de material de revestimento ou formação de pequenas fissuras (trincas).

3.6.6 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

3.6.6.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida de material-base e de revestimentoe emitir um certificado correspondente.

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3.6.6.2 - Teste de Resistência à Corrosão Intercristalina

No caso de materiais de revestimento austeníticos, a resistência à corrosão intercristalina deve serverificada para cada lote de ensaio. Para esta finalidade, as chapas podem ser agrupados dentro de umlote de ensaio, desde que tenham sido revestidas no mesmo ciclo de fabricação, com materiais derevestimento que se tenham originado de uma mesma corrida. Durante o ensaio, o lado revestido deveser tracionado.

3.6.6.3 - Ensaio de Tração

O ensaio de tração deve ser realizado sobre um corpo de prova transversal, de cada comprimento laminado.Salvo acordo em contrário, o material de revestimento deve permanecer no corpo de prova. As marcas dereferência para medida do alongamento devem ser aplicadas no lado do material-base.

3.6.6.4 - Ensaio de Cisalhamento

De cada comprimento laminado, deve ser retirado um corpo de prova com seu eixo na direção transversalde laminação, devendo este ser submetido ao ensaio de cisalhamento. As dimensões do corpo de provae o arranjo do ensaio estão mostrados na figura 3.2.

3.6.6.5 - Ensaio de Dobramento Lateral

De cada comprimento laminado deve ser retirado um corpo de prova com seu eixo perpendicular àdireção de laminação, devendo este ser submetido ao ensaio de dobramento lateral. As dimensões docorpo de prova e o arranjo do ensaio estão mostrados na figura 3.3. Quando a espessura do produtoultrapassar 80mm, os corpos de prova podem ser reduzidos até 80mm, por usinagem do lado do mate-rial-base.

Ensaio de Cizalhamento Ensaio de Dobramento Lateral Figura 3.2 Figura 3.3

3.6.6.6 - Ensaios Não-Destrutivos

O fabricante deve realizar um ensaio por ultra-som nas faces e bordas de todas as chapas. Salvo acordoem contrário, o ensaio por ultra-som das faces deve ser realizado com uma calibração para 200mm.

3.6.7 - Marcação

Todas as chapas devem ser marcadas da maneira abaixo, do lado do material base.a) Marca do fabricanteb) Designação abreviada dos tipos dos aços ou números dos materiais-base e de revestimentoc) Números de corrida dos materiais-base e de revestimento

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3.7 - AÇOS PARA SOLICITAÇÃO NA DIREÇÃO DA ESPESSURA

3.7.1 - Aplicação

Estas Regras complementam o conteúdo da Parte B. com relação a chapas, tiras e palcas (planos)largos com espessuras ≥ 12 mm, as quais, devido às solicitações a que são submetidas em serviço,devem atender a requisitos na direção de suas espessuras. Para espessuras de produto inferiores a 12mm, os requisitos deverão ser especialmente combinados com o BC.

3.7.2 - Processo de Fabricação do Aço e Condição de Fornecimento

Para satisfazer a estas Regras, os aços devem ser especialmente acalmados (desoxidação tipo RR).Todos os produtos devem estar na condição de tratamento térmico adequada.

3.7.3 - Exigências

3.7.3.1 - Estricção

O valor médio da estricção medida em 3 corpos de prova de tração (corpos de prova Z), retirados nadireção da espessura do produto, deve ser, no mínimo, 25 %, incluindo um resultado que pode ser inferiora 25 %, mas não menos que 15%.Um valor médio mais alto pode ser especificado para produtos que estejam sujeitos a solicitações detrabalho severas na direção da espessura.

3.7.3.2 - Isenção de Defeitos

Todos os produtos devem estar isentos de defeitos que possam prejudicar as características exigidas nadireção da espessura, tais como, dupla laminação, inclusões não-metálicas significativas, lascas eseparações.

3.7.4 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Em adição aos ensaios prescritos para os produtos em questão, deverão ser ainda realizados osseguintes:

3.7.4.1 - Ensaio de Tração de Corpos de Prova �Z�

3.7.4.1.1 - O ensaio deverá ser realizado em pelo menos 3 corpos de prova retirados de cada lote deensaio, com seus eixos longitudinais perpendiculares à superfície do produto (corpos de prova Z). Paraesta finalidade, um lote de ensaio é definido como:a) Chapas e placas (planos) largas, com largura < 600mm: o comprimento laminado;b) Chapas feitas a partir de tiras largas laminadas a quente: a bobina;c) Placas largas,com largura < 600mm: uma quantidade não superior a 10 t de mesmas dimensões,

tratamento térmico e corrida.No caso de chapas pesando mais que 7,5 toneladas ou que tenham um comprimento laminado de maisde 15 metros, e de bobinas pesando mais que 7,5t, deve ser retirado de cada extremidade do compri-mento laminado um jogo de corpos de prova.

3.7.4.1.2 - Os corpos de prova devem ser retirados dos produtos de um ponto correspondente à metadeda largura (conforme a Figura 3.4). Quando os produtos tiverem sido fabricados por lingotamento estáti-co, os pontos dos quais os corpos de prova devem ser retirados devem corresponder ao topo original dolingote.

3.7.4.1.3 - Com espessuras de produto, D < 25mm, o diâmetro dos corpos de prova Z deve ser nomínimo, 6 mm e, sempre que possível, 10mm. Quando a espessura do produto, D for ≥ 25mm, odiâmetro do corpo de prova deve ser 10mm. Com espessuras de produto, D ≤ 40mm, o comprimento daparte cilíndrica dos corpos de prova deve corresponder à espessura do produto (conforme a Figura 3.5).Quando a espessura D for > 40mm, podem ser utilizados corpos de prova cujas extremidades estejamcontidas dentro da espessura do produto. As peças de extensão exigidas no caso de espessura D ≤40mm devem ser ligadas aos corpos de prova Z por técnicas apropriadas, por exemplo, estojo soldado.

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Localização dos Corpos de Prova �Z�Figura 3.4

Dimensões dos Corpos de ProvaFigura 3.5

3.7.4.1.4 - Se o valor médio exigido não for alcançado no ensaio ou se um valor individual for menor queo permitido, 3 corpos de prova Z adicionais deverão ser retirados de local imediatamente adjacente aolocal de onde foram retirados os 3 primeiros, devendo ser submetidos a novo ensaio de tração.Com base nos resultados obtidos, deverá ser calculado um novo valor médio para todos os 6 corpos deprova. O teste será considerado bem sucedido se o novo valor médio atender às exigências e nenhumvalor individual produzido pelos 3 corpos de prova adicionais estiver abaixo do valor médio exigido.

3.7.4.2 - Ensaio por Ultra-Som

O fabricante deve realizar um ensaio por ultra-som nas faces e bordas de cada produto, utilizando umacalibração para 50mm no ensaio das faces. Se forem observadas indicações que ultrapassem os limitesde defeitos permissíveis, deverá ser obtida a aprovação do BC com relação à aplicação do produto.

3.7.5 - Marcação

Os produtos que atenderem a essas exigências devem ser identificados pela inclusão do símbolo Z 25 àdesignação do material, por ex., o aço naval grau BC-E, obtém a designação BC-E Z 25.

3.8 - PEÇAS ACABADAS FEITAS DE CHAPAS

3.8.1 - Aplicação

3.8.1.1 - Estas Regras são aplicáveis ao ensaio de peças acabadas de vasos de pressão, por ex., fundosabaulados e partes de paredes feitas de chapa de aço ferrítico ou austenítico e fabricadas por conforma-ção a frio ou a quente, seguida de tratamento térmico. As Regras se aplicam, também, aos processosde tratamento térmico que podem ser exigidos em seguida à operação de conformação.Se necessário, pode ser especificada pelo BC a aplicação destas Regras a outras peças acabadas,além daquelas mencionadas acima.

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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3.8.2 - Condição de Fornecimento e Inspeção das Chapas Iniciais

As chapas podem ser fornecidas com o tratamento térmico final especificado ou em outra condição apropriadapara a subseqüente conformação. Neste caso, o ensaio das chapas iniciais, se exigido, deve ser realizadoem corpos de prova que tenham sofrido o tratamento térmico a ser aplicado à peça acabada.A condição na qual as chapas são fornecidas e o tratamento térmico dos corpos de prova devem constardo certificado de ensaio.

3.8.3 - Exigências Aplicáveis ao MaterialAs exigências especificadas para os vários tipos de aço, com relação às suas propriedades mecânicase energia de impacto, devem ser satisfeitas durante o ensaio das peças acabadas.

3.8.4 - Princípios que Regem a Conformação a Quente e o Tratamento Térmico

3.8.4.1 - O fabricante da peça acabada deve dispor dos equipamentos apropriados à execução adequadados tratamentos térmicos necessários. Uma prova preliminar disto deverá ser fornecida ao Inspetor.

3.8.4.2 - O equipamento de tratamento térmico deve ter um número suficiente de dispositivos de mediçãode temperatura, devidamente calibrados; os itens fixos da instalação devem estar adicionalmente equipa-dos com instrumentos de registro automáticos, os quais devem ser recalibrados a intervalos regulares.

3.8.4.3 - Sempre que possível, todas as peças devem ser aquecidas ou recozidas por inteiro. Com oconsentimento do Inspetor, esta Regra pode ser desconsiderada quando somente deformação local forrealizada. Nestes casos, entretanto, o tratamento térmico deve abranger toda a região deformada

3.8.4.4 - As temperaturas, intervalos de patamar (encharque) e regimes de aquecimento e resfriamento,devem ser determinados em função dos dados contidos nas normas ou nas especificações do fabrican-te, de acordo com o material e com o componente envolvido. Ao fabricante é exigido garantir o cumpri-mento destas condições.

3.8.4.5 - Quando for permitida a realização do ensaio de peças acabadas em seções de teste separadasdas mesmas, deve-se assegurar que estas recebam o mesmo tratamento térmico da peça acabada.Para isto, as seções de teste devem ser colocadas no topo das peças acabadas correspondentes, parao processo de tratamento térmico.

3.8.5 - Ensaios

3.8.5.1 - Ensaio das Propriedades Mecânicas e Tecnológicas

3.8.5.1.1 - O ensaio de peças acabadas deve consistir de ensaios de impacto e tração realizados emcorpos de prova retirados de peças acabadas após o tratamento térmico final e transversalmente àdireção de laminação original da chapa. Uma tolerância de até 20º na orientação exigida do corpo deprova pode ser admitida. As seções de teste necessárias, cuja quantidade está especificada na Tabela3.21, deverão ser retiradas do material excedente nas bordas das peças acabadas ou de recortes.

3.8.5.1.2 - Quando for suficiente o tratamento de alívio de tensões após a conformação, a seção de testepode ser removida da peça a ser ensaiada, antecipadamente, e submetida ao mesmo tratamento derecozimento.

3.8.5.1.3 - Quando a Tabela 3.21 especificar ensaios por lotes de produção, um lote de produção poderácompreender somente itens feitos de chapas iniciais de mesma corrida, e que tiverem sido conformadase tratadas da mesma maneira. As espessuras de parede dos itens de um mesmo lote podem variar em20% da espessura de parede média. O número de jogos de corpos de prova deve ser determinado daseguinte maneira:Até 10 itens: 1 jogo de corpos de provaAté 25 itens: 2 jogos de corpos de provaAlém de 25 itens: 3 jogos de corpos de prova

3.8.5.1.4 - Quando forem prescritos ensaios individuais das peças acabadas, o ensaio do material inicialpresenciado pelo BC pode ser dispensado.

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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3.8.5.1.5 - Ao invés de ensaio individual das peças acabadas, o BC pode concordar com o ensaio porchapa laminada (1 jogo de corpos de prova por chapa inicial), desde que o fabricante das peças acaba-das demonstre ao BC, por um ensaio preliminar do método de fabricação utilizado, que as exigênciaspodem ser atendidas, e que produtos com características constantes podem se fabricados. Neste caso,as chapas iniciais devem ser ensaiadas.

Tipo de Aço Material base de Ensaio realizado Extensão dosacordo com a Parte em ensaios em peças

acabadasTodos os aços não ligados com umlimite de resistência ≤ 410 N/mm2 C,D Chapa inicial não exigidoAços-manganês de baixa liga e nãoligados com um limite de resistênciamínima > 410 ≤ 510 N/mm2 e também Peça acabada e Ensaio por lotes deaços com 0,3 % Mo C,D chapa inicial produçãoAços com granulação fina especiais Especificação Peça acabada 1 jogo de C. P porReH ≤ 355 N/mm2 em recozimento de material e chapa inicial comprimentodas chapas iniciais. laminadoAços com granulação fina especiais Ensaio por lote deReH ≤ 355 N/mm2 de chapas iniciais produçãorecozidasAços com granulação fina especiais Especificações Peça acabada 1 ligação de C. P deReH ≤ 355 N/mm2 de material cada peça acabadaAços ligados ao Cr Mo para altas 1 jogo de C. P detemperaturas D Peça acabada cada peça acabadaAços dúcteis a baixas temperaturaslimite de resistência ≤ 410 N/mm2 E Peça acabada 1 jogo de C. P de cadaAços Espessura ≤ 20 Chapa inicial Não exigidoinoxidáveis (mm) >20 F Peça acabada Não exigidoausteníticos de chapa inicial Ensaio por lote de

produçãoChapas revestidas G A extensão do ensaio

depende do material-base

1) Ensaio por chapa laminada pode ser admitido se forem satisfeitas as condições especificadas noparágrafo 8.1.5

Aplicação dos Ensaios em Peças Acabadas Feitas de ChapasTabela 3.21

3.8.6 - Certificados

3.8.6.1 - No caso de peças acabadas tratadas termicamente após a conformação, o fabricante devecertificar a execução adequada do tratamento térmico, indicando as temperaturas, intervalo de patamare o tipo de resfriamento aplicado.

3.8.6.2 - No caso de peças acabadas que possam ser fornecidas na condição prensada a quente, ofabricante deve certificar que a operação de conformação foi iniciada e terminada dentro dos limites detemperatura especificados e deve indicar a norma ou a especificação de material aplicável. Além disso,deve ser também estabelecido o método de resfriamento e a condição na qual o material inicial foifornecido.

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3.9 - AÇOS PARA AMARRAS

3.9.1 - Aplicação

3.9.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos graus de aço para amarras mencionados na Tabela 3.23, osquais se destinam à fabricação de amarras soldadas.Os aços que satisfizerem a estas Regras poderão ser também utilizados para a fabricação de amarraspara equipamentos de movimentação e outros aparelhos de levantamento de carga.

3.9.2 - Condições de Fornecimento e Tratamento Térmico

As características dos aços para amarras se referem às condições de tratamento térmico especificadasna Tabela 3.22. Não obstante isto, os aços podem ser fornecidos na condição laminados, salvo quandohouver especificação em contrário na Ordem de Compra.

3.9.3 - Exigências aplicáveis ao Material

3.9.3.1 - Composição Química e Método de Desoxidação

A composição química e o método de desoxidação devem estar de acordo com a Tabela 3.23.

Grau Tratamento térmico (1)

BC-K 1 a U, NBC-K 1 b U, NBC-K 2 NBC-K 3 V, N + A, N (2)

(1) U = não recozido (condição laminada,); N = normalizado, V = temperado e revenido ;A = revenido.(2) A natureza do tratamento térmico aplicado ao grau BC-K 3 deve ser determinada naocasião do ensaio de recepção em conjunto com o fabricante da amarra.

Tratamento Térmico de Aços para AmarrasTabela 3.22

3.9.3.2 - Propriedades Mecânicas e Tecnológicas

Devem ser satisfeitas as exigências constantes da Tabela 3.24 para limite de resistência, limite deescoamento, alongamento e, quando exigido, para estricção e energia de impacto.

3.9.4 - Ensaios e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

3.9.4.1 - Ensaio de Tração

3.9.4.1.1 - Para a retirada dos corpos de prova, as barras laminadas ou as bobinas deverão ser agrupa-das por corrida dentro de lotes de ensaio de não mais que 40 t. De cada lote de ensaio deve ser retiradoum corpo de prova de tração com seu eixo longitudinal paralelo à direção de laminação. Este deve sersubmetido ao tratamento térmico aplicado à amarra acabada e, então, ensaiado.

3.9.4.1.2 - Para diâmetros de barra superiores a 40mm, os corpos prova devem ser retirados de tal formaque seus eixos longitudinais estejam localizados a uma distância de 1/6 do diâmetro, a partir da super-fície ou próximo a este ponto (conf. Fig. 3.6). Quando um lote de ensaio consistir de barras de diâmetrosdiferentes, o corpo de prova deve ser retirado do item de maior diâmetro.

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Grau de Composição Química % Tipo deAço C Si Mn P S Al Desoxidação

max max max minBC - K 1 a 0.12 0.03-0.25 0.40-0.60 0.040 0.040 - RBC - K 1 b 0.17 0.03-0.25 0.40-0.60 0.040 0.040 - RBC - K 2 0.24 0.30-0.55 1.10-1.60 0.040 0.040 ≥ 0.015 RRBC - K 3 0.30 0.30-0.60 1.10-1.85 0.040 0.040 ≥ 0.015 RR

1) R = acalmado inclusive semi-acalmado; RR = especialmente acalmado (tratamento) de grão fino)Os números se referem aos teores de alumínio, solúvel em ácido. Quando o teor total for determinado,este deverá atingir no mínimo 0,020 %.

Composição Química e Método de Desoxidação de Aços para AmarrasTabela 3.23

3.9.5 - Certificados Emitidos pelo FabricanteO fabricante deve emitir os certificados necessários. Os certificados devem também conter o tratamentoaplicado ao material do corpo de prova.

Grau Rm A5 (% min) Z (% min) Ensaio de ImpactoN/mm2 Temp. de ensaio

BC-K 1 a 330-450 30 - - -BC-K 1 b 400-520 25 - - -BC-K 2 490-640 22 - 0 27BC-K 3 690-540 17 40 0 59

Propriedades Mecânicas e Tecnológicas de Aços para AmarrasTabela 3.24

Localização dos Corpos de Prova em Aços para Amarras com Diâmetro > 40 mmTabela 3.6

TOMO IV - CHAPAS, PERFIS E BARRAS DE AÇO ..... SEÇÃO 3

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SEÇÃO 4

TUBOS DE AÇO

4.1 - REGRAS GERAIS

4.1.1 - Aplicação

4.1.1.1 - Esta parte contém Regras Gerais a serem aplicadas na fabricação de tubos de aço semcostura, tubos de aço com costura (soldados) e acessórios para tubos.

4.1.1.2 - Tubos de acordo com Normas nacionais ou especificações do fabricante podem ser aprovadosdesde que suas propriedades possam ser reconhecidas como equivalentes às propriedades estipuladasnestas Regras ou quando aprovação especial tenha sido dada para seu uso. Referências a materiaispadronizados, cujo uso é permitido, estão contidas nas partes seguintes.

4.1.1.3 - Tubos de acordo com estas Regras podem ser projetados também de acordo com Normasimportantes e com os símbolos mostrados nas tabelas. Em último caso, tubos feitos de aço-carbono eaço- carbono-manganês serão identificados pela sua tensão mínima de resistência e, quando aplicável,pela adição da letra W, significando aço de alta temperatura, ou T, significando aço resistente a baixatemperatura, enquanto aços ligados, com exceção de graus austeníticos, serão identificados por símbo-los indicando seu conteúdo de liga.

4.1.2 - Características Gerais dos Tubos

4.1.2.1 - Os tubos não devem mostrar quaisquer trincas, rebarbas, crosta dupla laminação ou qualqueroutro defeito que possa causar mais que um insignificante efeito na sua aplicação ou posterior tratamen-to. Defeitos superficiais pouco profundos podem ser removidos por esmerilhamento, dentro da espessuramínima de parede permissível. Reparos com solda não são permitidos. Esta Regra pode ser omitida nocaso de tubos com costura soldadas por fusão.

4.1.2.2 - Os tubos devem ter superfície externa e interna suaves, de acordo com o método de fabricação.Pequenas depressões ou crateras longitudinais de pouca profundidade, devido ao processo de fabrica-ção, podem ser toleradas, desde que não prejudiquem a utilidade dos tubos e a espessura de paredepermaneça dentro das tolerâncias permitidas.

4.1.2.3 - O metal excedente no lado de fora de tubos soldados sob pressão deve ser movido. Em tubostendo um diâmetro interno de 20mm ou mais, a altura do metal excedente no interior não deve excederde 0,3 mm.

4.1.2.4 - Em tubos soldados por fusão, o reforço de solda no interior e exterior do tubo não deve excederum valor de 1 + 0,1 x largura do cordão de solda [mm].

4.1.3 - Dimensões, Tolerâncias Dimensionais e Geométricas

As dimensões ou tolerâncias dimensionais e geométricas dos tubos devem estar de acordo com oespecificado pelas normas. As normas aplicadas devem ser especificadas e levadas ao conhecimentodo Vistoriador do BC. As extremidades dos tubos devem ser cortadas perpendicularmente ao eixo dotubo e devem estar livre de irregularidades superficiais. Exceto os tubos que são fornecidos na forma deserpentinas, todos os tubos devem ser retilíneos.

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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4.1.4 - Requisitos Gerais, Aplicáveis ao Material

4.1.4.1 - Propriedades Mecânicas

A resistência à tração, limite de escoamento ou limite de elasticidade, elongação e, quando requerido, olimite de elasticidade a 0,2% ou 1%, a elevadas temperaturas, e a energia de impacto à temperaturaambiente, devem estar de acordo com as tabelas contidas nesta seção ou, quando aplicável, em normasreconhecidas. Além do prescrito nas normas, os tubos feitos de aço resistente a baixas temperaturasdevem, pelo menos, alcançar os valores especificados em 4.4 para energia de impacto na temperaturade teste especificada.

4.1.5 - Instruções Gerais para Testes

4.1.5.1 - Teste de Composição Química

4.1.5.2 - Teste de Propriedades Mecânicas

4.1.5.2.1 - Para teste, os tubos agrupados pelo grau do aço e dimensões - tubos de aço ligado tambémpela corrida quando possível - em lotes de 100 tubos. Quantidades residuais de até 50 tubos podem sereventualmente alocadas em vários lotes de testes. Para tubos soldados (com costura), um tubo é aqueleque deve ser cortado num comprimento máximo de 30 mm.

4.1.5.2.2 - Para realização de testes de tensão, cada dois tubos serão tirados dos dois primeiros lotese um tubo de cada lote subseqüente. Quando um lote compreende somente 10 tubos ou menos, serásuficiente tirar somente um tubo. Normalmente, corpos de prova longitudinais serão tirados de umaamostra de tubos. Quando o diâmetro for 200mm ou mais, corpos de prova transversais ao eixo do tubotambém deverão ser tirados. Corpos de prova serão tirados também de tubos com costura, de modo queeles estejam alternadamente sem costura e com costura de solda no meio do corpo de prova. O exce-dente de solda deverá ser retirado da área de tração do corpo de prova.

4.1.5.3 - Determinação do Limite de Elasticidade a 0,2% a Elevadas Temperaturas

Quando os tubos são projetados para uso a elevadas temperaturas com base nas suas característicasde resistência a alta temperaturas, o limite e elasticidade a 0,2% e 1% será provado por um teste detensão a quente realizado num corpo de prova por corrida e por tamanho de tubo. O teste deve serrealizado a um nível de temperatura, em estágios de 50oC que mais se aproxime da temperatura deoperação.Com a permissão do Inspetor, o teste pode ser dispensado no caso de tubos de normas reconhecidas,nas quais as propriedades mecânicas a altas temperaturas são consideradas como provadas.

4.1.5.4 - Teste de Impacto

Quando este teste está especificado, o número de jogos de corpos de prova (cada um compreendendo3 corpos) será determinado do mesmo modo que para os testes de tensão especificado no parágrafo 8.2.O teste será normalmente realizado em corpos de prova ISO-V, à temperatura ambiente, ou, quando ostubos são feitos de aço para baixas temperaturas prescritas em 4.4.

4.1.5.5 - Testes Tecnológicos

4.1.5.5.1 - Os tubos selecionados para teste serão submetidos a um dos testes anelar especificados naTabela 4.1, desde que a espessura da parede do tubo não exceda a 40mm. O número de corpos de provadepende da aplicação dos tubos e é estipulado nas partes seguintes destas Regras.

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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Diâmetro externo Espessura nominal da parede t em mmdo tubo (mm) t < 2 2 ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ t ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ 16 16 < t ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ 40

≤ 21,3 Teste de amassamento Teste de amassamento -anelar(1) anelar(1)

> 21,3 ≤ 146 Teste de amassamento Teste de amassamento Teste de amassamentoanelar(1) anelar(1) anelar

> 146 - Teste de amassamento Teste de amasamentoanelar(1) anelar

(1) O teste de bordelamento pode ser aplicado para tubos com costura(2) No lugar do teste de tração anelar, o teste de amassamento é aplicado para tubos com diâmetrointerno 100 mm

Tipos de testes anelaresTabela 4.1

4.1.5.5.2 - No teste de amassamento anelar, os corpos de prova são comprimidos entre as placas damáquina de teste até as placas ficarem separadas por uma distância calculada H, a que é fornecida pelaaplicação da seguinte fórmula:

)/()1(

DaCaCH

+⋅+

=

H = distância entre as placas em [mm]a = espessura nominal da parede em [mm]D = diâmetro externo do tubo em [mm]C = constante determinada pelo grau do aço (veja o prescrito nos testes tecnológicos contidos nas

partes subseqüentes).

Quando os corpos de prova anelares de tubos com costura são testados, a solda deve ser colocada auma direção 90 graus da direção de compressão.

4.1.5.5.3 - No teste de expansão anelar, a variação no diâmetro do corpo de prova expandido no ponto defratura deve ser medida. Dependendo do material, esta variação no diâmetro deve ser, pelo menos, igualàs percentagens mostradas na Tabela 4.2.

4.1.5.5.4 - Quando o teste de tração anelar é aplicado em corpos de prova de tubos com costura, a soldadeve ficar a 90 graus da direção da carga de tensão.

4.1.5.5.5 - Quando se aplica o teste de bordelamento em tubos de aço austeníticos, uma expansão de20% deve ser alcançada. Quando os tubos são feitos de outros aços, os requisitos serão submetidos aaprovação.

Material do tubo Expansão mínima (%) para raio ID/OD≥ 0,9 ≥ 0,8 ≥ 0,7 ≥ 0,6 ≥ 0,5

< 0,9 < 0,8 < 0,7 < 0,6 < 0,5Aços C e CMn 8 10 12 20 25 30

Aços Mo, CrMo e Ni 6 8 10 15 20 30Aços Austeníticos 30

Variação de Diâmetro nos Testes de Expansão AnelarTabela 4.2

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4.1.5.6 - Teste de Estanqueidade

4.1.5.6.1 - Todos os tubos deverão ser testados quanto a vazamento pelo fabricante, através da aplica-ção de um teste de pressão interna ou, quando o BC der o consentimento, por um método adequado deteste não destrutivo, isto é, por corrente induzida ou técnicas de dispersão de fluxo (conforme Steel-IronTest Specification 1925), ABNT TB-71.

4.1.5.6.2 - O teste de pressão interna será normalmente realizado com um teste de pressão hidráulicapadrão de 80 bar. Quando os tubos são destinados para uma pressão de operação inferior a 25 bar, apressão de teste pode ser reduzida para um valor padrão de 50 bar. No caso de tubos de parede fina comdiâmetros externos muito grandes, a pressão de teste deve ser limitada de forma que assegure que olimite de escoamento ou o limite de elasticidade a 0,2% do material do tubo a temperatura ambiente nãoseja excedido. Quando, em casos excepcionais, o teste com água não é possível, outro meio de testepode ser usado após aprovação do Inspetor.

4.1.5.6.3 - Quando um método não destrutivo de teste é usado no lugar de um teste de pressão hidráu-lica interno, ele deve ser capaz de cobrir toda a superfície do tubo. Em adição, o método de teste deveestar de acordo com norma reconhecida ou alguma especificação de teste, aprovada. A eficiência dométodo deve ser demonstrada ao BC como medida preliminar.

4.1.5.7 - Testes Não Destrutivos

4.1.5.7.1 - Os tubos serão submetidos a testes não destrutivos. Quando testes de maior abrangênciasão prescritos na ordem de compra ou em normas importantes ou especificações, esses requisitosdeverão ser cumpridos.

4.1.5.7.2 - Quando possível, os testes não destrutivos serão realizados continuamente usando métodosde ultra-som ou corrente induzidas.Ver Normas ABNT (TB-191) - Ensaio por Radiações Penetrantes ; e (TB-187) - Ensaio por Ultra-Som

4.1.5.7.3 - O equipamento de teste usado para inspeção contínua dos tubos deverá ser calibrado regularmen-te usando tubos com defeitos artificiais. A eficiência do equipamento deverá ser demonstrada para o BC.

4.1.6 - Marcação dos Tubos

4.1.6.1 - O fabricante marcará cada tubo como se segue em pelo menos uma posição a cerca de 300mmda extremidade do tubo.a) Pequena designação do grau do aço ou número do materialb) Marca do fabricantec) O número de corrida em código, para tubos de aço ligado, se o diâmetro do tubo for ≥ 159 mm.

4.1.6.2 - As marcações devem normalmente ser aplicadas com punções. Produtos com superfíciessensíveis ou com paredes de pequena espessura, que possam ser danificados pelas punções, poderãoser marcados por outro método, como, por exemplo, impressão colorida, gravação elétrica ou sinetes deborracha.

4.1.7 - Certificados

4.1.7.1 - Para cada encomenda o fabricante deve fornecer ao Inspetor um certificado contendo osseguintes detalhes:a) Número de ordem e comprab) Número de projeto do navio, se for conhecidoc) Número, dimensões e peso dos tubosd) Grau do aço ou especificação do materiale) Método de fabricação do tubof) Número da corrida e análiseg) Condição na qual o tubo vai ser entregue ou tratamento térmico aplicado.

4.1.7.2 - O fabricante deve, também certificar que todos os tubos foram sucessivamente testados quanto

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a estanqueidade e, quando aplicável, têm sido submetidos a testes não-destrutivos e a teste de resistên-cia à corrosão intercristalina.

4.1.7.3 - Se o aço para o qual o tubo foi fabricado não foi produzido na fábrica de tubos, um certificado dofabricante do aço deve ser entregue ao Inspetor, indicando o número e análises das corridas. O fabricantedo aço deve ser aprovado para os diversos tipos de graus de aço relativos a fabricação dos tubos. Nocaso de dúvida, o Inspetor deve ter facilidades para realização de uma verificação.

4.1.7.4 - Quando, em casos excepcionais, os tubos são testados nas instalações do estoquista, omesmo deve manter um controle claro através de relatórios da origem dos tubos, os quais deverão sermarcados com o grau do aço do tubo e, em caso de tubos para caldeira, também com o selo do Inspetordo fabricante.Além disso, ao Inspetor deverá ser fornecido um certificado emitido pelo fabricante do tubo, contendo osseguintes detalhes:a) Número, dimensão e peso dos tubos fornecidosb) Grau do aço do tubo ou especificação do materialc) Método de fabricação do tubo e condição na qual está sendo fornecido.d) Número da corrida e análisee) Confirmação que o teste de estanqueidade e, quando especificado, o teste não destrutivo e o teste de

resistência a corrosão intercristalina.f) Marcação

4.2 - TUBOS DE AÇO FERRÍTICO SEM COSTURA

4.2.1 - Aplicação

4.2.1.1 - Estas Regras se aplicam para tipos de tubos de aço carbono sem costura, aço carbono-manganês, Mo e CrMo mencionados na Tabela 4.4, para uso em caldeiras a vapor, vasos de pressão,equipamentos e linhas de tubulações, como também para acumuladores e cilindros de pressão. Tubosem acordo com essas Regras são destinados para uso a temperatura ambiente e para temperatura deoperação elevadas.

4.2.1.2 - Dependendo das condições de operação tubos em conformidade com estas Regras serãocategorizados em classes de inspeção mostradas na Tabela 4.3.

4.2.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

4.2.2.1 - Composição Química

A composição química dos aços para tubos devem estar de acordo com o especificado na Tabela 4.4 ou,quando apropriado, em normas ou especificação importantes.

4.2.2.2 - Propriedades Mecânicas

Os valores requisitos de resistência à tração, limite de escoamento e elongação especificado na Tabela4.5 ou, quando apropriado, em normas importantes ou especificações.

Classe de Diâmetro externo do tuboInspeção ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ 63,5 > 63,5

Temperatura °C Pressão de trabalho Temperatura °C Pressão de trabalhoadmissível bar admissível bar

1 ≤450 ≤80 ≤450 ≤322 >450 >80 >450 >32

1) Quando os valores de temperatura e pressão não caem na mesma classe de Inspeção, o valor deInspeção de Classe mais alto é aplicado.2) O valor médio de temperatura que flui através do tubo.

Classes de Inspeção para Tubos sem CosturaTabela 4.3

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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Grau de Composição Química %Aço do tubo C Si Mn P (max) S (max) Cr Mo

R-320 ≤ 0.16 £ 0.35 0.30-0.70R-360 W ≤ 0.17 0.10-0.35 0.40-0.80R-410 W ≤ 0.21 0.10-0.35 0.40-1.20R-460 W ≤ 0.22 0.20-0.40 0.80-1.40R-510 W ≤ 0.23 0.30-0.60 0.80-1.50R-0,3 Mo 0.12-0.20 0.40-0.35 0.40-0.80 - 0.25-0.35

R-1 Cr 0,5 Mo 0.10-0.18 0.10-0.35 0.40-0.70 0.70-1.10 0.45-0.65R-2,25 Cr 1 Mo 0.08-0.15 0.40-0.70 0.30-0.70 2.00-1.10 0.90-1.20

1) Não aplicável para linhas quente2) Tubo de aço de grau R - 320 pode se fornecida na condição de semi-acalmado.3) O silício contido pode se menor que o mínimo especificado se os aços foram acalmados com alumínioou desoxidação sob vácuo.

Composição Química de Tubos sem CosturaTabela 4.4

4.2.2.3 - Energia de Impacto

Os tubos devem, pelo menos, satisfazer à energia de impacto especificada na Tabela 4.5.

4.2.2.4 - Características a Altas Temperaturas

O limite de elasticidade a 0,2% a elevadas temperaturas deve, pelo menos, satisfazer os requisitosespecificados na Tabela 4.6.

Grau do Rm ReH

mínimo[N/mm2] A5 mínimo KV mínimo

Aço do Tubo para espessura em mm de transvers.

N/mm2 ≤ 16 > 16 ≤ 40 > 40 ≤ 60 longitud. transvers.

R-320 320-440 215 205 195 25 23

R-360 360-400 235 225 215 23 23

R-410 W 410-530 255 245 235 21 19 27(3)

R-460 W 460-580 270 270 260 23 21

R-510 W 510-610 310 310 300 19 17

R-0,3 Mo 450-600 270 270 260 22 20

R-1 Cr 0,5 Mo 440-590 290 290 280 22 20 27 (3)

R-2,25 Cr 1 Mo 450-600 280 280 270 20 18

1) Para tubos com diâmetro externo de ≤ 30 mm e uma espessura de parede ≤ 3 mm os valores mínimossão 10 N/mm2 mais baixo.2) Quando a espessura de parede é > 60 mm, os valores estao sujeitos a concordância.3) Para corpos de prova longitudinais, pelo menos 41 J.

Propriedades Mecânicas dos Tubos Com CosturaTabela 4.5

} 0,040 } 0,040 } ≤0.30 } -

} 0,035} 0,035

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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Grau do aço Espessura Limite elástico a 0,2 %do tubo da parede [mm] [N/mm2]

200oC 250oC 300oC 350oC 400oC 450oC 500oCR-360 W ≤ 16 185 165 140 120 110 105 -

16 < s ≤ 40 180 160 135 120 110 105 -40 < s ≤ 60 (1) 175 155 130 115 110 105 -

R-410 W ≤ 16 205 185 160 140 130 125 -16 < s ≤ 40 195 175 155 135 130 125 -

40 < s ≤ 60 (1) 190 170 150 135 130 125 -R-460 W ≤ 40 235 215 175 155 145 135 -

40 < s ≤ 60 225 205 165 150 140 130 -R-510 W ≤ 40 255 235 205 180 160 150 -

40 < s ≤ 60 (1) 245 225 195 170 155 145 -R-0,3 Mo ≤ 40 (1) 225 205 180 170 160 155 150

40 < s ≤ 60 210 195 170 160 150 145 140R-1 r 0,5 Mo ≤ 16(2) 240 230 215 200 190 180 175

40 < s ≤ 60 230 220 205 190 180 170 16560 < s ≤ 80 (1) 220 210 195 180 170 160 155

R-2,25 Cr 1 Mo ≤ 40 245 240 230 215 205 195 18540< s ≤ 60 235 230 220 205 195 185 17560 < s ≤ 80 225 220 210 195 185 175 165

1) Quando a espessura da parede é > 60 mm, os valores estão sujeitos a concordância.2) Para espessura de paredes ≤ 10 mm, o valor mínimo do coef. de elasticidade a 0,2 % são 15 N/mm2

maiores a todas temperaturas.

Valor Mínimo do Limite de Elasticidade de Tubos a 0,2%Tabela 4.6

4.2.3 - Testes e Abrangência dos Testes

4.2.3.1 - Teste de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida de acordo com a Parte A., parágrafo 8.1.

4.2.3.2 - Teste de Tração

Corpos de prova de amostras de tubos selecionados de acordo com a Parte A., parágrafo 8.2, serãosubmetidos a testes de tração.

4.2.3.3 - Testes Tecnológicos

4.2.3.3.1 - Os tubos devem ser submetidos a um dos testes anelares especificados na Parte A., Tabela4.1 como se segue:a) Tubos com Classe de Inspeção 1Em uma das extremidades de cada tubo amostra de acordo com a Parte A., parágrafo 8.2

b) Tubos com Classe de Inspeção 2i) Tubos com diâmetro externo de ≤ 51mm: em uma das extremidades de 20% do comprimento laminado.ii) Tubos com um diâmetro externo de > 51 mm: em ambas as extremidades de cada comprimento

laminado.

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Nota: Quando os tubos são submetidos em comprimentos parciais, sem referência ao comprimentolaminado, pelo menos um corpo de prova será tirado de uma das extremidades de cada comprimentoparcial.

4.2.3.3.2 - Para calcular a distância entre as chapas no teste de amassamento, os seguintes valoresserão assumidos para a constante C na fórmula dada na Parte A., parágrafo 8.5.2:a) Tubos de aço grau R-320 e R-360 W : C = 0,09b) Tubos de aço com os outros graus mostrado na Tabela 4.4: C = 0,07

4.2.3.4 - Teste de Impacto

Em tubos para coletores e serpentinas de vasos de pressão, o teste de impacto será realizado a tempe-ratura ambiente se a espessura de parede é > 30mm. Com diâmetro externo ≥ 200mm, o teste serárealizado em corpos de prova transversais ISO V. Com diâmetros externos < 20mm, o teste será realiza-do em corpos de prova longitudinais.

4.2.3.5 - Teste de Tração a Alta Temperatura

Quando determinado na Parte A., parágrafo 8.3 ou na ordem de compra, o limite de elasticidade a 0,2%será determinado pelo teste de tração a alta temperatura.

4.2.4 - Limite de Ruptura a Alta - Temperatura (Resistência a Fadiga)

Os valores padrões para o limite de ruptura a 100.000 h dado na Tabela 4.7 pode ser usado no projeto detubulações para operação a alta temperaturas.

Temperatura Limite de ruptura (fadiga) a 100 000 horas, em [N/mm2] para tubos de aço grauoC R-360 W R-460 W R-0,3 Mo R-1 Cr 0,5 Mo R-2,25 Cr Mo

R-410 W R-510 W380 165 227390 148 203400 132 179410 118 157420 103 136430 91 117440 79 100450 69 85 245 205 221460 59 73 209 251 205470 50 63 174 220 188480 42 55 143 190 170490 47 117 163 152500 41 93 137 135510 74 116 118520 59 94 103530 47 78 90540 (38) 61 78550 (31) 49 68560 40 58570 33 51580 44590 38600 34

Valores Padrões para Limite de Ruptura (Fadiga) a Elevadas TemperaturasTabela 4.7

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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4.3 - TUBOS DE AÇO FERRÍTICO COM COSTURA (SOLDADOS)

4.3.1 - Aplicação

4.3.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos graus de aço carbono para tubos soldados eletricamente sobpressão aço carbono-manganês e aço Molibidênio especificado na Tabela 4.9 e usados para caldeiras avapor, vasos de pressão, equipamentos e tubulações. Os tubos de acordo com estas Regras são desti-nados para aplicação à temperatura ambiente e a elevadas temperaturas.

4.3.1.2 - Dependendo das condições de temperatura, tubos de acordo com estas Regras deverão serclassificados em classes de inspeção como mostrado na Tabela 4.8.

4.3.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

4.3.2.1 - Composição Química

A composição química do tubo de aço deve estar de acordo com o prescrito na Tabela 4.9 ou, quandoapropriado, apropriado, em normas importantes ou especificações.

4.3.2.2 - Propriedades Mecânicas

Os valores requeridos de resistência à tração, limite de escoamento e elongação, indicados na Tabela4.10 ou, quando apropriado, em normas importantes ou especificações, devem ser alcançadas nostestes de tração.

4.3.2.3 - Propriedades Tecnológicas

Os tubos devem possuir capacidade requerida para deformação quando sujeitos a testes anelares cor-respondentes como especificado na Parte B. Tabela 4.6.

4.3.2.4 - Características a Altas Temperaturas

O limite de elasticidade a 0,2% a temperaturas elevadas, deve, pelo menos, alcançar o estipulado naParte B., Tabela 4.6.

Classes de Diâmetro externo do tubo

Inspeção ≤ ≤ ≤ ≤ ≤ 63,5 > 63,5

Temperatura Pressão de trabalho Temperatura °C Pressão de trabalho

permissível (bar) admissível (bar)

1 ≤ 450 ≤ 80 ≤ 450 ≤ 32

2 ≤ 450 ≤ 80 ≤ 450 ≤ 32

(1) Quando a pressão não caem na mesma inspeção de classe a inspeção de classe mais alta é aplicada. (2)Temperatura média que flui através do tubo.

Classes de inspeção para tubos com costuraTabela 4.8

4.3.3 - Testes e Abrangência dos Testes

4.3.3.1 - Teste de Composição Química

O fabricante do tubo ou o fornecedor do material deve determinar a composição química de cada corrida,de acordo com a Parte A., parágrafo 8.1, e emitir um certificado correspondente.

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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4.3.3.2 - Testes de Tração

Os testes de tração serão realizados em corpos de prova de amostras de tubos selecionados, de acordocom a Parte A., parágrafo 8.2.

4.3.3.3 - Testes Tecnológicos

4.3.3.3.1 - Os tubos serão submetidos a um dos testes anelares especificados na Parte A. Tabela 4.1,como segue:a) Tubos de Inspeção Classe 1Em uma extremidade de cada tubo-amostra selecionado de acordo com a Parte A., parágrafo 8.2

b) Tubos de Inspeção Classe 2i) Para tubos com diâmetro externo ≤ 51 mm, um na extremidade de 20 % do comprimento de corte. Paratubos-amostra com diâmetro externo > 51 mm, em ambas extremidades de cada comprimento de corte.

Nota: Quando os tubos são apresentados em comprimentos parciais, pelo menos um corpo de prova decada extremidade dos tubos com cortes parciais deverá ser tirado.

4.3.3.3.2 - Para calcular a distância entre as placas que serão usadas no teste de amassamento detubo, os seguintes valores para a constante C serão assumidos na fórmula dada na Parte A., parágrafo8.5.2:a) Tubos de grau R-320 e R-360 W : C = 0,09b) Outros graus : C = 0,07

Grau do aço do Rm R eH mínimo A5 mínimo (%)tubo N/mm2 N/mm2 long. Trans.R-320 320-440 215 25 23

R-360 W 360-480 235 25 23R-410 W 410-530 255 21 19R-460 W 460-580 270 23 21R-0,3 Mo 450-600 270 (3) 22 20

1) Aplicável para espessura de parede até 16 mm. Para espessuras de paredes maiores, os valoresestão sujeitos a concordância.2) Para tubos com diâmetro externo ≤ 30 mm e uma espessura de parede ≤ 3 mm, os valores são 10 N/mm2 menores.3) Para espessuras de parede ≤ 10 mm num valor de 15 N/mm2 maior que o valor minimo e aplicável.

Propriedades Mecânicas de Tubos com CosturaTabela 4.10

4.3.3.4 - Teste de tração a alta temperatura

Se requerido na Parte A., parágrafo 8.3 ou estipulado na ordem de compra, o limite de elasticidade a0,2% será determinado por um teste de tração a alta temperatura.

4.3.3.5 - Testes Não-Destrutivos

Todos os tubos serão submetidos pelo fabricante a um teste não destrutivo em todo o seu comprimento.No caso de tubos de classes de inspeção 2, este teste deve abranger toda a seção do tubo. Com tubosde classe de inspeção classe 1, é suficiente o teste abranger somente a costura soldada.

4.3.3.6 - Teste de Estanqueidade

Todos os tubos devem ser testados quanto à estanqueidade pelo fabricante, de acordo com a Parte A.,parágrafo 8.8.

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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4.4 - TUBOS DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO

4.4.1 - Aplicação

4.4.1.1 - Estas Regras são aplicáveis a tubos de aço inoxidável austenítico sem ou com costura, paraserem usados em equipamentos de carregamento e processamento em navios-tanque químicos e paraoutras tubulações, vasos e equipamentos onde a estabilidade química é requerida.

4.4.1.2 - Graus de tubos serão selecionados levando em conta as subseqüentes operações de fabrica-ção, como, por exemplo, soldagem, se eles possuem estabilidade química exigida pela aplicação a quese destinam.

4.4.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

4.4.2.1 - Composição Química

A composição química dos tubos de aço deve estar de acordo com normas ou especificações reconhe-cidas.

4.4.2.2 - Resistência a Corrosão Intercristalina

Na condição na qual eles são fornecidos, todos os tubos devem ser resistentes à corrosão intercristalina.Quando os tubos são soldados sem o subseqüente tratamento térmico, somente os graus de tubosresistentes à corrosão nesta condição podem ser usados como, por exemplo, tubos feitos de açosestabilizados com Ti ou Nb ou aços com teor de carbono de C ≤ 0,03 %.

4.4.2.3 - Propriedades Mecânicas e Tecnológicas

Os valores requeridos de resistência à tração limite de elasticidade a 1 elongação, como também acapacidade para deformação estabelecida pelos testes anelares, devem ser satisfeitos de acordo comas normas ou especificação reconhecida.

4.4.2.4 - Características a Altas-Temperaturas

Quando os tubos são usados em elevadas temperaturas, os valores requeridos para o limite de elastici-dade a 0,2% e 1% prescritos em normas importantes ou especificações reconhecidas devem ser alcan-çados ao nível correspondente de temperatura.

4.4.3 - Testes

4.4.3.1 - Teste de Composição Química.

4.4.3.2 - Teste de Resistência a Corrosão Intercristalina

Dependendo da aplicação e/ou do grau dos tubos, um teste de resistência à corrosão intercristalina serárealizado nos seguintes tubos.a) Tubos para uso em navios-tanque químicos para qualquer grau de material;b) Tubos que não alcancem os requisitos relativos a estabilização ou a teor limite de carbono especifi-

cado no parágrafo 3.2; ec) Tubos feitos de aços estabilizados ou aços com teor de carbono limitado, destinados para aplicação

não coberta por a), são testados especialmente em vista de um ataque corrosivo antecipado.

4.4.3.3 - Teste de Tração

Os tubos de tração serão realizados em corpos de prova de amostras de tubos selecionados de acordocom a Parte A., parágrafo 8.2.

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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4.4.3.4 - Teste de Tração a Alta-Temperatura

Quando especificado na Parte A., parágrafo 8.3 ou estipulado na ordem de compra, o limite de elastici-dade a 0,2% ou 1% será determinado por um teste de tração a alta-temperatura.

4.4.3.5 - Testes Não-Destrutivos

A solda de todos os tubos com costura serão submetidas pelo fabricante a um teste não destrutivo comosegue:a) com um fator de solda v = 1.0 : 100 % testadob) com um fator de solda v = 0,85 : 10 % testado

4.4.3.6 - Teste de Estanqueidade

Todos os tubos serão testados quanto à estanqueidade pelo fabricante, de acordo com a Parte A.,parágrafo 8.8.

4.5 - ACESSÓRIOS DOS TUBOS

4.5.1 - Aplicação

Estas Regras se aplicam à soldabilidade de acessórios dos tubos de aço teníticos ou ferríticos feitos deseções de tubos ou chapas, como, por exemplo, redutores, peças em T, curvas e etc.

4.5.2 - Materiais

4.5.2.1 - Os materiais iniciais, tubos ou chapas, serão selecionados, de acordo com a aplicação, tendoque alcançar os requisitos especificados nas Partes A. - E. nestas Regras, e, em caso de chapas, osrequisitos afins contidos na Seção 3.

4.5.2.2 - O material inicial deve ter sido submetido pela Sociedade à inspeção, de acordo com a abrangênciaespecificada. Com o consentimento da Sociedade, certificados de aceitação do trabalho pode ser reco-nhecido como prova das características do material inicial.

4.5.3 - Teste e Aplicação dos Testes

4.5.3.1 - Quantidade das Unidades de Teste

Para realização de teste mecânicos e tecnológicos prescritos nos parágrafos 6.2 - 6.4, os acessórios detubos serão escolhidos de acordo com sua forma, grau do material e condição de tratamento térmico, eno caso de aços ligados, de acordo com a corrida, quando possível, e serão grupados em grupos deteste de 100 unidades, 200 unidades, se o diâmetro nominal for < 100mm.

4.5.3.2 - Teste de Tração

Quando o diâmetro nominal do acessório for ≥ 100mm, dois corpos de prova de tração para cada quan-tidade de unidade de teste. Com diâmetros nominais ≥ 200mm, serão retirados corpos de prova transver-sais e, no caso de acessórios soldados, a solda deve estar localizada no centro do corpo de prova.Quando o número de unidades for 10 ou menos,um corpo de prova de tração é suficiente.

4.5.3.3 - Teste para Evitar Confusão de Material

Acessórios de aço-liga serão testados pelo fabricante, a fim de evitar confusão de materiais. A naturezado teste será acordada com o Inspetor.

TOMO IV - TUBOS DE AÇO ..................................... SEÇÃO 4

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SEÇÃO 5

FORJADOS

5.1 - REGRAS GERAIS

5.1.1 - Aplicação

5.1.1.1 - Esta parte contém as Regras Gerais a serem aplicadas na fabricação e no ensaio de forjados.Esta parte, em conjunto com as que se seguem, é também aplicável às barras laminadas e lingotes,desde que eles sejam utilizados no lugar de forjados e barras de aço laminadas para usinagem de eixos,pinos, parafusos e peças similares.

5.1.2 - Propriedades Gerais dos Forjados

5.1.2.1 - Todos os forjados devem estar isentos de defeitos, tais como, descascamento, fissuras, cavida-des de contração, separação, poros de superfície e inclusões não-metálicas maiores, capazes de preju-dicar significativamente o tratamento e a utilização. Os forjados fornecidos na condição em bruto devemter uma superfície lisa, compatível com o método de fabricação.

5.1.2.2 - Os defeitos menores de superfície podem ser removidos por goivagem ou esmerilhamento. Acompleta remoção dos defeitos deve ser comprovada por um ensaio de partículas magnéticas ou delíquido penetrante. Com o consentimento do Inspetor, depressões ou irregularidades rasas podem serpermitidas, desde que elas sejam esmerilhadas para adaptá-las à área circunvizinha e que suas profun-didades, no caso de superfícies que venham a ser posteriormente usinadas, se situem dentro da tolerân-cia de sobremetal.

5.1.2.3 - O reparo por soldagem é permitido somente em casos excepcionais, com aprovação do BC, equando os defeitos forem de extensão limitada, e ocorrerem em pontos pouco solicitados, quando emoperação. Nestes casos, os detalhes completos do reparo proposto e do método de ensaio subseqüentedevem ser submetidos ao BC para aprovação, antes do início do reparo. Além disso, o relatório de ensaiodeve ser submetido com uma descrição ou desenho mostrando a posição e a extensão de todos osreparos, juntamente com os detalhes do tratamento térmico subseqüente, a dos ensaios não-destrutivosrealizados.

5.1.3 - Dimensões, Tolerâncias Dimensionais e Geométricas

As dimensões e as tolerâncias dimensionais e geométricas são regidas pelos valores contidos nosdesenhos relativos à Ordem de Compra ou, quando for o caso, nas Normas aplicáveis. Instruções nessesentido devem constar nos documentos anexos à Ordem de Compra, e transmitidas ao Inspetor.

5.1.4 - Estanqueidade

Forjados ocos sujeitos a pressão interna pelo fluido operante devem ser estanques à pressão de ensaioespecificada.

5.1.5 - Requisitos Gerais Aplicáveis ao Material

5.1.5.1 - Composição Química

5.1.5.1.1 - A composição química dos aços forjados deve satisfazer aos valores-limite indicados nastabelas desta seção e/ou nas Normas ou especificações aplicáveis. Se forem utilizados aços padroniza-

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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dos cujos teores de carbono satisfazem aos valores-limite indicados nas tabelas, os limites especifica-dos nas normas correspondentes podem ser adotados. Os aços devem, ainda, conter os teores dedesoxidantes necessários para acalmá-los.Para aços que foram desoxidados pelo método vácuo-carbono, os limites inferiores para o Si e o Al nãoaplicáveis, em todas as regras que especificam a composição química.

5.1.5.1.2 - O fabricante deve tomar as medidas necessárias para assegurar que elementos capazes deprejudicar as características dos produtos não entrem na corrida através da sucata ou de outros materi-ais utilizados no processo de produção do aço.

5.1.6 - Instruções Gerais para Ensaio

5.1.6.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve determinar a composição química de cada corrida e apresentar ao Inspetor o certifica-do correspondente. Este deverá indicar a composição química da característica de corrida do tipo do açoem questão. Caso haja alguma dúvida quanto à composição ou quando não puder ser comprovada aconexão entre o certificado e os forjados, deverá ser realizada uma análise de produto.

5.1.6.2 - Ensaio de Propriedades Mecânicas e Seleção de Corpos de Prova

5.1.6.2.1 - As propriedades mecânicas deverão ser verificadas por ensaio de tração, a fim de se determi-nar a resistência à tração. O limite de escoamento ou o limite de proporcionalidade de 0,2%, o alonga-mento e a estricção. Se não houverem entendimentos diferentes com relação ao nível de ensaio, e senão for estabelecido o ensaio individual, forjados de mesmo formato, que se tenham originado de umamesma corrida e que tenham sido submetidos ao mesmo tratamento térmico, podem ser agrupados emlotes de ensaio da maneira indicada a seguir. Os corpos de prova necessários para o ensaio mecânicodeverão ser retirados de uma unidade (peça) de cada lote de ensaio.

Peso unitário Número de unidades em cada lote de ensaio Max.≤ 25 200

> 25 ≤ 50 100> 50 ≤ 100 50> 100 ≤ 200 25> 200 ≤ 500 10

> 500 ≤ 1.000 5

Salvo especificação em contrário, a energia de impacto deverá ser determinada por ensaio de corpos deprova entalhados em cada forjado ou em cada lote de ensaio, conforme seja o caso.

5.1.6.2.2 - Os corpos de prova deverão ser normalmente retirados de material excedente, forjado junta-mente com a peça com este propósito. Esta seção de ensaio pode, normalmente, ser separada doforjado somente após este ter sido submetido a tratamento térmico final. A separação prévia é permitidasomente quando o processo de fabricação a torna inevitável. Nestas circunstâncias, tanto o forjadocomo a seção de ensaio deverão ser submetidos, juntos, a quaisquer tratamentos térmicos.

5.1.6.2.3 - Não obstante o requisito contido em 5.1.6.2.2 caso de produtos fabricados em série, oscorpos de prova podem ser retirados de unidades excedentes ou de seções de ensaio, forjados separa-damente, desde que estas se tenham originado da mesma corrida e tenham sido submetidas a trata-mento térmico juntamente com o lote de ensaio correspondente.

5.1.6.2.4 - Todas as seções de ensaio devem ser forjadas com o mesmo grau de deformação em relaçãoà uma seção transversal correspondente à seção transversal característica do forjado. As seções deensaio devem ser suficientemente grandes para fornecer material não apenas para a confecção doscorpos de prova requeridos para o ensaio inicial, mas, também, para os corpos de prova necessários emcaso de repetição dos ensaios. Todas as seções de ensaio e amostras devem ser identificadas (marcadas)

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de forma tal que possam ser inequivocamente relacionadas com os forjados ou com os lotes de ensaioque as mesmas representam.

5.1.6.2.5 - Os corpos de prova deverão, normalmente, ser retirados de uma posição na seção de teste ouamostra, posição essa localizada a uma distância de 1/10 do diâmetro ou da espessura abaixo dasuperfície. Quando os corpos de prova tiverem que ser retirados de posições situadas a maiores distân-cias da superfície, poderão, quando necessário, ser feitos entendimentos especiais com o BC comrespeito às características exigidas.

5.1.6.2.6 - As referências nas Tabelas para orientação longitudinal, tangencial e transversal, se referemà posição dos corpos de prova de tração e impacto, em relação à direção do fibramento. Os termos sãoutilizados da seguinte maneira:a) Longitudinal - O eixo longitudinal do corpo de prova é paralelo à direção principal de estiramento de

um padrão de fibramento não curvo.b) Tangencial - O eixo longitudinal do corpo de prova corta um padrão curvo de fibramento, na forma de

uma corda.c) Transversal - O eixo longitudinal do corpo de prova corta perpendicularmente um padrão de fibramento,

curvo ou não.Quando, em caso especiais, a posição do corpo de prova for determinada pela geometria do forjado, aspropriedades mecânicas exigidas devem, se necessário, ser especialmente definidas.

5.1.6.3 - Determinação do Limite de Proporcionalidade de 0,2% a Temperaturas Elevadas.

Quando os forjados forem destinados a solicitações a temperaturas elevadas, o limite de proporcionalidadede 0,2% ou de 1% deve ser determinado através de um ensaio de tração a quente sobre, no mínimo, umcorpo de prova por corrida.Salvo acordo feito em contrário, o ensaio deve ser realizado a um nível de temperatura, estabelecido emfaixas de 50°C que mais se aproxime da temperatura de operação.O ensaio pode ser dispensado no caso de aços atendendo às normas ou especificações reconhecidas,cujas características a altas temperaturas possam ser consideradas como comprovadas.

5.1.6.4 - Inspeção Superficial e Verificação de Dimensões

5.1.6.4.1 - A superfície dos forjados deve ser limpa e devidamente preparada para a inspeção. Os defei-tos de superfície devem ser removidos. Quando necessário, esta condição deve ser obtida por decapagem,esmerilhamento local, jateamento de granalha ou areia, limpeza com escovas de aço ou por meiosquímicos, a menos que as peças sejam apresentadas desbastadas (usinagem bruta).

5.1.6.4.2 - Se, visualmente, houverem indícios de terem sido realizadas soldas no forjado, o inspetorpode exigir um ataque para revelar possíveis soldas.

5.1.6.5 - Ensaios Não-Destrutivos

5.1.6.5.1 - Quando forem requeridos nas Regras para Construção ou nas partes seguintes desta seção,ou quando exigido na aprovação de procedimento quanto às soldas de fabricação, o fabricante devesubmeter os forjados em questão aos ensaios não-destrutivos necessários. Para esta finalidade, o fabri-cante deve providenciar equipamentos apropriados e pessoal competente, suficientemente treinado, de-vendo tomar as providências necessárias para assegurar que as superfícies dos forjados estejam em umestado adequado ao ensaio.

5.1.6.5.2 - Quando tiverem que ser realizados ensaios para detectar fissuras superfíciais, sempre quepossível deve ser utilizado o método de partículas magnéticas, exceto no caso de aços austeníticos. Osensaios devem ser normalmente realizados nos forjados que já tenham sido submetidos ao tratamentotérmico final e, sempre que possível, após usinagem.Se for aplicada uma corrente elétrica, deve ser tomado o cuidado para assegurar que o contato doseletrodos com a peça não provoque marcas de queima. A intensidade tangencial de campo na superfíciedas peças deve ser de, no mínimo, 2 kA/m (25 Oe). A magnetização deve ser efetuada em duas direçõesdiferentes e que sejam tanto quanto possível perpendiculares entre si. Salvo combinação feita em contrá-rio, os ensaios devem ser realizados na presença do Inspetor. O fabricante deve emitir um certificado de

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ensaio contendo os detalhes do mesmo, tais como, método utilizado, tipo de equipamento, magnetizaçãoe intensidade de campo. Não são permitidas fissuras. Caso existam dúvidas quanto à natureza dealguma indicação, devem ser realizados ensaios complementares como, por exemplo, utilizando o mé-todo de líquido penetrante.

5.1.6.5.3 - Os ensaios de fissuras superfíciais pelo método de líquido penetrante devem ser realizadosnos aços austeníticos, não-magnetizáveis e, com o consentimento do Vistoriador, em outros aços, emsubstituição ao ensaio de partículas magnéticas. O ensaio deve ser realizado na presença do Inspetor,utilizando uma combinação de agentes consistindo de líquido penetrante, removedor e revelador, damaneira prescrita pelo fabricante do material de ensaio. Áreas onde tenham ocorrido indicações defissuras deverão ser reparadas. O fabricante deve emitir um certificado contendo os resultados dosensaios e a combinação dos agentes (material de ensaio) utilizados.

5.1.6.5.4 - Ensaios por ultra-som devem ser, normalmente, realizados após o tratamento térmico final.Quando a forma e o tamanho do forjado o permitirem, as ondas devem se transmitidas nas direçõesradial e axial. Os detalhes do ensaio, isto é, método utilizado, tipo de equipamento, cabeçote, ajustagemdo instrumento, ecos de resposta e margens de erros, devem ser especificados pelo fabricante e infor-mados ao BC, quando aplicável, com referência a uma norma ou especificação de ensaio reconhecida.A qualificação do pessoal empregado no ensaio deve ser comprovada ao BC. Mediante solicitação, deveser permitido ao Inspetor tomar parte no ensaio. O fabricante deve preparar e entregar ao Inspetor umrelatório do ensaio por ultra-som, contendo os detalhes anteriormente citados sobre o procedimento doensaio e uma avaliação das indicações.

5.1.7 - Identificação e Marcação

5.1.7.1 - O fabricante deve implantar e manter um sistema de controle que permita que todos os forjadospossam ser rastreados de volta à corrida original, devendo isto ser demonstrado ao Vistoriador, sesolicitado.

5.1.7.2 - Antes da inspeção final, todos os forjados devem ser sinetados pelo fabricante em, no mínimo,um local, com as seguintes marcações:a) Tipo de açob) Marca do fabricantec) Número da peça ou da corrida ou outra marcação que o processo de fabricação seja rastreado até o

iníciod) Número do corpo de provae) Data do ensaioA área a ser sinetada deve ser esmerilhada

5.1.7.3 - No caso de pequenos forjados produzidos em série, poderá ser combinada com o Inspetor aaplicação de outras marcas que não as especificadas em 5.1.7.2.

5.1.8 - Certificados

Para cada fornecimento, o fabricante deve fornecer ao Inspetor um certificado contendo, no mínimo, osseguintes detalhes:a) Comprador e número da Ordem de Comprab) Natureza do forjado e tipo do açoc) Método de forjamentod) Números dos itens e número de unidades (quantidades)e) Números das corridas e análises químicasf) Resultados dos ensaios mecânicosg) Detalhes de tratamento térmicoh) Resultados de quaisquer ensaios especiais realizados, como por exemplo, ensaio de resistência à

corrosão intercristalina, determinação do limite de escoamento a temperaturas elevadas ou ensaiosnão destrutivos.

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5.2 - FORJADOS PARA CONSTRUÇÃO NAVAL

5.2.1 - Aplicação

5.2.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos forjados feitos de aço-carbono e carbono-manganês, tendo ascaracterísticas mecânicas indicadas na Tabela 5.3 e destinados à utilização como membros e compo-nentes estruturais em construção naval, como, por exemplo, rodas de proa e cadastes, madres epinos do leme, âncoras e acessório. Os mesmos podem ser soldados ao casco ou a membrosestruturais, conforme o caso. O tipo necessário do aço deve ser escolhido de acordo com as Regraspara Construção.

5.2.1.2 - As resistências à tração, graduadas em faixas de 40 N/mm2, indicadas na Tabela 5.3, nãorepresentam limites inferiores de resistência à tração de determinados tipos de aço forjado, mas têm porfinalidade fornecer meios de se determinar, por interpolação, as demais características mecânicas (limi-te de escoamento, alongamento, estricção e energia de impacto) em correspondência com cada limitede resistência à tração especificado.

5.2.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.2.2.1 - Composição Química

5.2.2.1.1 - A composição química dos aços-carbono e carbono-manganês para construção naval devesatisfazer aos dados da Tabela 5.2.

5.2.2.1.2 - Quando a soldabilidade for sujeita a requisitos especiais, pode-se considerar o carbono equi-valente definido pela seguinte fórmula:

%1556

CuNiVMoCrMnCCeq++++++=

5.2.2.2 - Propriedades Mecânicas

Devem ser satisfeitos os valores exigidos para limite de escoamento, estricção e alongamento especifi-cado na Tabela 5.3, correspondentes ao limite de resistência à tração estabelecido.Se forem retirados dois corpos de prova de forjados grandes, os valores de resistência à tração obtidosnão podem diferir de mais de 70 N/mm2.

Composição (1) % Elementos residuais permitidos % max.Cmax 0,30 (2) Cu 0.30

Si 0,15-0,45 Cr 0.30Mn 0,40-1,50 Ni 0.40

Pmax 0,035 Mo 0.15Smax 0,035

(1) Quando necessário, podem ser adicionados elementos de refino de grão, por ex., alumínio.(2) Em aços para estruturas soldadas, o teor de carbono da corrida não pode exceder a 0,22%

Composição Química de Aços Forjados para Construção NavalTabela 5.2

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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Limite de Diâmetro ReH

A5 mínimo Z mínimo Energia de Impactoresist. significativo de % % mínima

tração (1) (2) tratamentotérmico

Rm mm (3) N/mm2 KV (J) KCU (J)N/mm2 min. Long. Trans Long. Trans Long. Trans Long. Trans

360 ≤ 250 180 28 20 50 35 45 25 40 25> 250 ≤ 500 32 18 30 20

400 ≤ 250 200 29 19 50 35 45 25 40 25> 250 ≤ 500 32 18 30 20

440 ≤ 250 220 24 18 50 35 45 25 40 25> 250 ≤ 500 32 18 30 20

480 ≤ 250 240 22 16 45 30 45 25 40 25> 250 ≤ 500 32 18 30 20

520 ≤ 250 260 21 15 45 30 45 25 40 25> 250 ≤ 500 32 18 30 20

(1) Quando o limite de resistência a tração de um tipo de aço estiver entre dois dos valores indicados natabela, os demais requisitos devem ser determinados por interpolação(2) A resistência a tração determinada por ensaio não poderá ultrapassar o limite mínimo estabelecido emmais que 120 N/mm2

(3) Quando o diâmetro característico de tratamento térmico for superior a 500 mm, os requisitos deverãoser estabelecidos dos especialmente com o BC.

Propriedades Mecânicas de Forjados para Construção Naval na Condição Normalizadosou Temperados ao Ar e Revenidos

Tabela 5.3

5.2.2.3 - Energia de Impacto

5.2.2.3.1 - Devem ser satisfeitos os valores exigidos para energia de impacto especificados na Tabela5.3, correspondentes ao limite de resistência.

5.2.3 - Ensaios e Campo de Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.2.3.1 - Ensaio de Composição Química

O fabricante deve fornecer prova da composição química de cada corrida, conforme 5.1.6.1. Na eventua-lidade de dúvida, deve-se realizar uma análise do produto.

5.2.3.2 - Ensaio de Tração

As propriedades mecânicas devem ser verificadas por meio de ensaio de tração. Para tanto, deve serretirado, no mínimo, o seguinte número de corpos de prova:a) Quando o ensaio for realizado por lotes de ensaio, um corpo de prova para cada 5000kg de peso total.

O número e o peso dos itens que podem constituir um lote de ensaio devem ser determinados deacordo com 5.1.6.2.1.

b) No caso de forjados com peso unitário maior que 1000kg, e todas as madres de leme, deve serretirado um corpo de prova de cada unidade. Se um forjado tiver mais que 3000mm de comprimento epesar mais que 4000kg, deve ser retirado um corpo de prova de cada extremidade. Estes números seaplicam às unidades na condição forjado bruto, excluindo-se as seções de ensaio.

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.2.3.3 - Ensaio de Impacto

Todos os forjados devem ser submetidos ao ensaio de impacto. O número de jogos de corpo de prova(cada jogo consistindo de 3 corpos de prova) deve ser determinado da mesma forma utilizada para adeterminação do número de corpos de prova de tração, de acordo com 5.2.3.2.

5.3 - FORJADOS PARA CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS EM GERAL

5.3.1 - Aplicação

5.3.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos forjados em aços-carbono, carbono-manganês e de baixa liga,com as características mecânicas especificadas nas Tabelas 5.5 e 5.6, destinados para utilização naconstrução de máquinas em geral, cuja classificação e aplicação são basicamente determinadas porsuas propriedades mecânicas à temperatura ambiente. Estão incluídas, por exemplo, peças da instala-ção propulsora principal e das auxiliares. Os tipos de aço devem ser selecionados de acordo com asRegras para Construção.

5.3.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.3.2.1 - Composição Química

5.3.2.1.1 - A composição química dos aços forjados está sujeita aos valores-limite indicados na Tabela 5.4.

5.3.2.1.2 - Quando os forjados forem destinados a construções soldadas, a composição deve ser espe-cialmente determinada de acordo com o método de soldagem utilizado e deve ser submetida ao BC paraaprovação.

Aços C e CMn Aços ligados (1) (2)

Composição Química % Elementos residuais permitidos Composição Química %% max.

Cmax 0,50 (3) Cu .030 Cmax 0,45 (3)

Si 0,15-0,45 Cr 0.30 Si 0,15-0,45Mn 0,30-1,50 Ni 0.40 Pmax 0,035

P 0,035 Ni 0.40 Pmax 0,035Smax 0,035 Smax 0,035

(1) Quando necessário, podem ser adicionados elementos de refino de grão, por.: alumínio. (2) Para os elementos de liga, são aplicáveis os dados contidos nas normas ou nas especificaçõesaprovadas. (3) A utilização de aços com teores de carbono C > 0,50 % e > 0,45 %, respectivamente, devem serespecialmente autorizados pelo BC.

Composição Química de Aços Forjados para Construção de MáquinasTabela 5.4

5.3.2.2 - Propriedades Mecânicas

Devem ser satisfeitos os valores exigidos de limite de escoamento, estricção e alongamento, indicadosnas Tabelas 5.5 e 5.6, correspondentes ao limite de resistência à tração especificado.Quando forem retirados dois corpos de prova de forjados grandes, a diferença entre os valores de resis-tência à tração deles obtidos não pode ultrapassar as seguintes grandezas:

Limite de resistência à tração Máxima diferença permitida entre valores de resistência a[N/mm2] tração obtidos, em [N/mm2]

< 600 70≤ 600 < 900 100

< 900 120

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5.3.2.3 - Dureza

5.3.2.3.1 - Os valores de dureza estabelecidas nos desenhos de aprovação ou nas especificações dosforjados são obrigatórios. Os mostrados nas Tabelas 5.5 e 5.6 são apenas valores de referência.

5.3.2.3.2 - Quando for estipulado um ensaio de dureza, a diferença entre os valores medidos em pontosdistintos de um forjado ou em unidades diferentes, dentro de um lote de ensaio, não poderá excederàs seguintes grandezas:

Limite de resistência a tração Máxima diferença permitida entre valores de resistência[N/mm2] a tração obtidos em [N/mm2]

< 600 70≤ 600 < 900 100

< 900 120

Se a dureza for medida em outras unidades, os valores devem ser convertidos em Unidades Brinellcorrespondentes.

Limite Diâmetro ReH

A5 mínimo (4) Z mínimo (4) E nergia de Impacto mínima (4) Durezade caract. de mínimo % % KV KCU Brinell

resist. tratamento [J] [J] HBtração térmico valores

Rm (3) da[N/mm2] [m] [N/mm2] long tran long long. tan. Trans. long tan Tran long tan. Trans ref.360 ≤ 250 180 28 24 20 50 42 35 45 38 25 40 35 25 95-125

> 250 ≤ 500 32 25 18 30 25 20400 ≤ 250 200 26 23 19 50 42 35 45 38 25 40 35 25 110-150

> 250 ≤ 500 32 25 18 30 25 20440 ≤ 250 220 24 21 18 50 42 35 45 38 25 40 35 25 125-160

> 250 ≤ 500 32 25 18 30 25 20480 ≤ 250 240 22 19 16 45 38 30 45 38 25 40 35 25 135-175

> 250 ≤ 500 32 25 18 30 25 20520 ≤ 250 260 21 18 15 45 38 30 32 25 18 30 25 20 150-185

> 250 ≤ 500 25 20 15 25 21 17560 ≤ 250 280 20 17 14 40 34 27 32 25 18 30 25 20 160-200

> 250 ≤ 500 25 20 18 30 25 20600 ≤ 250 300 18 16 13 40 34 27 25 18 12 25 20 15 175-215

> 250 ≤ 500 18 15 12 20 18 15640 ≤ 250 320 17 15 12 40 34 27 25 18 12 25 20 15 185-230

> 250 ≤ 500 18 15 12 20 18 15680 ≤ 250 340 16 14 12 40 32 27 25 18 12 25 20 15 200-240

> 250 ≤ 500 18 15 12 20 18 15720 ≤ 250 360 15 13 11 40 32 27 25 18 12 25 20 15 210-250

> 250 ≤ 500 18 15 12 20 18 15

(1) Quando o limite de resistência à tração de um tipo de aço estiver entre dois dos valores tabelados, osrequisitos deverão ser determinados por interpolação.(2) A resistência à tração determinada pelo ensaio não poderá exceder mais que 120 N/mm2 o limite deresistência à tração especificado, se este for menor que 600 N/mm2. Esta tolerância passará a ser de150 N/mm2, se o limite de resistência à tração especificado for maior que 600 N/mm2.(3) Quando o diâmetro característico de tratamento térmico for > 500 mm, os requisitos deverão sercombinados com o BC.(4) Conforme 5.1.6.2.6

Propriedades Mecânicas de Forjados em Aço Carbono-Manganês e Aço-Carbononas Condições: Normalizados ou Temperados e Revenidos

Tabela 5.5

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.3.3 - Ensaio e Campo de Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.3.3.1 - Ensaio de Tração

As propriedades mecânicas devem ser verificadas através de ensaio de tração. Para tanto, deve serretirado, no mínimo, o seguinte número de corpos de prova:a) Quando o ensaio for feito por lotes, um corpo de prova para cada 5000Kg. O número e o peso dos

elementos que podem constituir um lote de ensaio devem ser determinados de acordo com a5.1.6.2.1.

b) No caso de forjados pesando mais que 1000Kg, um corpo de prova de cada forjado. Se um forjado tivermais que 3000 mm de comprimento e pesar mais que 4000kg, deverá ser retirado um corpo deprova de cada extremidade. Estes números se aplicam a unidades na condição de forjado bruto,excluindo-se as seções de ensaio.

c) No caso de barras forjadas ou laminadas com diâmetros de até 250 mm que são divididas em com-primentos parciais para a fabricação de eixos sem flange, tirantes e componentes similares, é sufici-ente um corpo de prova po r comprimento laminado ou forjado.

Com relação à direção do fibramento, os corpos de prova podem ser retirados das amostras nas direçõeslongitudinal, tangencial ou transversal (conforme Figuras 5.1 a 5.3).

Localização de Corpos de Prova em Hastes e Eixos sem FlangesFigura 5.1

Localização de Corpos de Prova em Eixos FlangeadosFigura 5.2

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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Localização dos Corpos de Prova em Eixos Flangeados com Flange de EscoraFigura 5.3

Limite Diâmetro ReH

A5 mínimo (4) Z mínimo (4) E nergia de Impacto mínima (4) Durezade caract. de mínimo % % KV KCU Brinell

resist. tratamento [J] [J] HBtração térmico valores

Rm (3) da[N/mm2] [m] [N/mm2] long tran long long. tan. Trans. long tan Tran long tan. Trans ref.360 ≤ 250 180 28 24 20 50 42 35 45 38 25 40 35 25 95-125

> 250 ≤ 500 32 25 18 30 25 20400 ≤ 250 200 26 23 19 50 42 35 45 38 25 40 35 25 110-150

> 250 ≤ 500 32 25 18 30 25 20440 ≤ 250 220 24 21 18 50 42 35 45 3825 25 40 35 25 125-160

> 250 ≤ 500 32 18 30 25 2038

480 ≤ 250 240 22 19 16 45 38 30 45 25 25 40 35 25 135-175> 250 ≤ 500 32 18 30 25 20

25520 ≤ 250 260 21 18 15 45 38 30 32 20 18 30 25 20 150-185

> 250 ≤ 500 25 15 25 21 1725

560 ≤ 250 280 20 17 14 40 34 27 32 20 18 30 25 20 160-200> 250 ≤ 500 25 18 30 25 20

18600 ≤ 250 300 18 16 13 40 34 27 25 15 12 25 20 15 175-215

> 250 ≤ 500 18 12 20 18 1518

640 ≤ 250 320 17 15 12 40 34 27 25 15 12 25 20 15 185-230> 250 ≤ 500 18 12 20 18 15

18680 ≤ 250 340 16 14 12 40 32 27 25 15 12 25 20 15 200-240

> 250 ≤ 500 18 12 20 18 1518

720 ≤ 250 360 15 13 11 40 32 27 25 15 12 25 20 15 210-250> 250 ≤ 500 18 12 20 18 15

(1) Quando o limite de resistência à tração de um tipo de aço estiver entre dois dos valores tabelados, osrequisitos deverão ser determinados por interpolação.(2) A resistência à tração determinada pelo ensaio não poderá exceder de mais que 150 N/mm2 ao limite deresistência à tração especificado, se este for menor que 900 N/mm2. Esta tolerância passará a ser de 200 N/mm2 se o limite de resistência à tração especificado for ≥ 900 N/mm2.(3) Quando o diâmetro característico de tratamento térmico for > 500 mm, os requisitos deverão ser combina-dos com o BC.(4) O valor exigido para o limite de escoamento ou para o limite de proporcionalidade a 0,2%, conforme o caso,deverá ser de, no mínimo 60%, do limite de resistência à tração especificado, se este for ≤ 800 N/mm2, ou de,no mínimo, 70% do limite de resistência à tração especificado, se este for > 800 N/mm2. Independentementedisto, será suficiente um valor de 60% do limite de resistência à tração especificado para o caso de açoscementados, para qualquer valor de resistência à tração.

Propriedades Mecânicas de Forjados em Aços Ligados, Temperados e RevenidosTabela 5.6

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.3.3.2 - Ensaio de Impacto

Todos os forjados devem ser submetidos ao ensaio de impacto. O número de jogos de corpos de prova(cada jogo consistindo de 3 corpos de prova) deve ser determinado da mesma forma utilizada para adeterminação do número de corpos de prova de tração, de acordo com 5.3.3.1.Devem ser utilizados corpos de prova ISO-V para o ensaio dos eixos de propulsor de navios com símbo-los de classe E3 e E4 para navegação no gelo. Em todos os outros casos, o tipo de corpo de prova a serutilizado deve ser de opção do fabricante.

5.3.3.3 - Ensaio de Dureza

Quando os forjados forem fabricados em aços temperados e revenidos e puderem ser agrupados emlotes de ensaio, o fabricante deve realizar um ensaio de dureza em, no mínimo, 10% dos forjados. Paraoutros forjados somente é exigido um ensaio de dureza quando este for especificado no desenho deaprovação ou nos documentos da Ordem de Compra.

5.3.3.4 - Ensaios Não-Destrutivos

5.3.3.4.1 - Os seguintes componentes devem ser submetidos a um ensaio de fissuras superficiais, deacordo com 5.1.6.5.2.

Eixos de propulsor (região cônica e do rasgo de chaveta)Eixos de escora (ambos os lados do flange de escora)Eixos de motores elétricos para propulsão principalHastes de pistão (êmbolo) e bielas de motores diesel

e também os seguintes componentes de motores diesel com diâmetro de cilindro acima de 400 mm :Parte superior de pistões (êmbolos)Pinos de pistão (êmbolo)Parafusos de ancoragem (tirantes, parte roscada)Cabeçote de cilindroEngrenagem para acionamento de eixos de camesParafusos para mancais principais, hastes de pistão, cruzetas e cabeçote de cilindro.

Os ensaios em componentes de motores diesel devem ser realizados em pontos aceitos pelo Inspetor eo fabricante, nos quais a experiência demonstra ser mais freqüente a ocorrência de defeitos.

5.3.3.4.2 - Os seguintes componentes devem ser submetidos a um ensaio por ultra-som, conforme5.1.6.5.4:

Eixos de motores principais com diâmetros maiores que 250mmParte superior (coroas) de pistões (êmbolos)Cabeçotes de cilindrosHastes de pistão e bielas de motores diesel com diâmetro de cilindro acima de 400 mm.

5.4 - FORJADOS PARA EIXOS DE MANIVELAS

5.4.1 - Aplicação

5.4.1.1 - Estas Regras são aplicáveis a eixos de manivelas forjados numa só peça e às manivelas(cambotas), braços e pinos forjados para eixos de manivelas montados, em aços-carbono e de baixaliga. Para estas peças, especificações e/ou desenhos contendo suas composições químicas, tratamen-tos térmicos e características mecânicas deverão ser submetidos à Sociedade para aprovação. Osrequisitos mínimos estabelecidos nestas Regras deverão ser satisfeitos.

5.4.1.2 - Eixos de manivelas fabricados de acordo com estas Regras podem ser fornecidos com qualquerlimite de resistência à tração compreendido entre os limites especificados nas Tabelas 5.5 e 5.6, ParteC. os valores tabelados em faixas de 40 a 50 N/mm2 não representam limites de resistência à tração dedeterminados tipos de aço, mas têm por finalidade fornecer meios de se determinar, por inteRpolação, ascaracterísticas mecânicas exigidas (limite de escoamento, alongamento, estricção e energia de impac-to) em correspondência ao limite de resistência à tração estabelecido.

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.4.2 - Fabricação e Condições de Fornecimento

5.4.2.1 - Quando as peças forem forjadas por estampagem (drop forging) ou por uma técnica de fluxo defibra, será exigido um ensaio especial de aprovação de procedimento, cuja abrangência será determina-da pelo BC em cada caso. Os detalhes do procedimento devem ser relatados ao BC para aprovação.

5.4.2.2 - Sempre que possível, as manivelas (cambotas) para eixos de manivelas montados devem sepré-forjadas como um produto semi-acabado plano e, então, dobrados em uma prensa para produzir umforjado bruto, tendo um padrão de fibramento com características favoráveis de carregamento. No entan-to, podem ser utilizados outros procedimentos, caso estes conduzam às propriedades exigidas. O BCdeve ser comunicado sobre o método de fabricação.

5.4.2.3 - Quando os braços dos eixos de manivelas forem produzidos por corte térmico de forjados oulaminados planos, a área termicamente afetada nas faces de corte devem ser completamente removidaspor usinagem. Esta Regra não se aplica aos braços que são cortados do material inicial antes daaplicação do tratamento térmico especificado.

5.4.2.4 - Os eixos de manivelas devem ser normalmente fornecidos temperados e revenidos. Noentanto, os eixos de manivelas e seus componentes que forem feitos de aços-carbono e carbono-manganêspodem também ser normalizados ou normalizados e revenidos. Onde os eixos de manivelas devem tersuperfícies endurecidas por cementação ou nitretação, a natureza do tratamento térmico deve serestabelecida na especificação do fabricante.

5.4.3 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.4.3.1 - A composição química dos aços para eixos de manivelas deve se situar dentro dos limitesespecificados na Tabela 5.7.

Aços C e CMn Aços ligadosComposição (%)

(1) Elementos residuais permitidos (% máxima) Composição (%)(1) (2)

C.0,50 (3) Cu 0,30 C 0,45 (3)

Si 0,15-0,35 Cr 0,30 Si 0,15-0,35Mn.0,40-1,50 Ni 0,40 P 0,035

P.0,035 Mo 0,15 P 0,035S.0,035 Cu 0,30 S 0,035

1) Quando necessário, podem ser adicionados elementos de refino de grão, por ex., alumínio.2) Para os elementos de liga, são aplicáveis dados mencionados nas normas ou em especificaçõesaprovadas.3) A utilização de aços com teores de carbono de C > 0,50% e > 0,45%, respectivamente, deve serespecialmente autorizada pelo BC.

Composição Química de Aços Forjados para Eixos de ManivelasTabela 5.2

5.4.3.2 - Propriedades Mecânicas

Os eixos de manivelas devem ter um limite de resistência à tração mínimo de 400 N/mm2. Devem seratendidos os valores exigidos para limite de escoamento, alongamento e estricção correspondentes aolimite de resistência à tração prescrito. Quando as exigências estabelecidas na especificação foremmais altas, estas últimas devem então ser aplicadas. Se forem retirados dois corpos de prova de eixosde manivelas grandes, a diferença entre os valores de resistência à tração obtidos nos ensaios não podeultrapassar aos seguintes valores:

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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Limite de resistência à tração Diferença máxima permitida entre os valores de resistência[N/mm2] à tração obtidos [N/mm2]

< 600 70≤ 600 < 900 100

≥ 900 120

5.4.3.3 - Dureza

5.4.3.3.1 - São obrigatórios os valores de dureza prescritos para os forjados nas especificações. Osvalores indicados nas Tabelas 5.5 e 5.6, são valores de referência. Caso devam ser considerados comorequisitos no ensaio de recepção, isto deve ser especificado na Ordem de Compra.

5.4.3.3.2 - Quando estiver estipulado um ensaio de dureza, a diferença entre os valores medidos emdiferentes pontos de um forjado ou em unidades diferentes dentro de um lote de ensaio não poderáultrapassar os seguintes valores:

Limite de resistência à tração [N/mm 2] Diferença nos valores de dureza (Unidade Brinell)

< 600 até 25≥ 600 < 900 até 35

≥ 900 até 42

5.4.4 - Ensaio e Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.4.4.1 - Ensaio de Tração

As propriedades mecânicas devem ser verificadas através de ensaio de tração. Os corpos de provadevem ser retirados, para esta finalidade, de acordo com o 5.4.4.1.1 a 5.4.4.1.4.

5.4.4.1.1 - Independentemente da seleção dos corpos de prova, de acordo com os lotes de ensaioprescritos em 5.4.4.1.3, pelo menos um corpo de prova longitudinal deve ser retirado do lado do acoplamentode cada eixo de manivelas. Se um eixo de manivelas forjado por inteiro pesar mais de 3000 kg, deverãoser retirados corpos de prova de ambas as extremidades. O peso a ser considerado é o peso do eixo demanivelas na condição tratado termicamente, menos o peso das seções de ensaios.

5.4.4.1.2 - Nos casos em que as manivelas (cambotas) forem usinadas ou cortadas com maçarico deum eixo de manivelas pré-forjado, deverá ser retirado um segundo jogo de corpos de prova na direçãotransversal, do material removido da manivela (cambota) mais afastada do acoplamento (conformeFigura 5.4).No caso de eixos de manivelas temperados em líquido, deve ser feita uma distinção entre aqueles quetiverem sido preparados para o tratamento térmico com um pequeno sobremetal para usinagem e aque-les cujo pré-forjado por inteiro é temperado e revenido. No primeiro caso, os corpos de prova devem serretirados da parte inclinada externa do braço da manivela e, no segundo caso, do material entre osbraços da manivela, próximo ao pino móvel do eixo de manivelas. As seções de ensaio não podem serremovidas antes da têmpera e do revenido (conforme Figura 5.4).

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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Localização dos Corpos de Prova nos Eixos de ManivelasFigura 5.4

5.4.4.1.3 - Eixos de manivelas de mesmas dimensões, até um peso unitário de 500kg, que tenham seoriginado da mesma corrida e formado uma mesma carga de tratamento térmico, podem ser agrupadosdentro de lotes de ensaio, conforme abaixo especificado. Deve ser retirado um jogo de corpos de umapeça de cada lote de ensaio.

Peso unitário [kg] Número máximo de peças em um lote de ensaio≤ 50 50

> 50 ≤ 100 30> 100 ≤ 200 15> 200 ≤ 300 10> 300 ≤ 500 5

5.4.4.1.4 - Das manivelas (cambotas) forjadas devem ser retirados corpos de prova transversais. Salvoacordo em contrário feito com o BC, um corpo de prova deve ser retirado de cada unidade.

5.4.4.2 - Ensaios Não-Destrutivos

Os eixos de manivelas forjados em uma só peça e as manivelas (cambotas), braços e pinos forjadosdevem ser submetidos a um ensaio por partículas magnéticas e por ultra-som, de acordo com 5.1.6.5.2e 5.1.6.5.4, o que for aplicável.Deve ser preparada pelo fabricante uma especificação abrangendo o método de ensaio e o tamanho dasindicações permitidas, devendo a mesma ser submetida ao BC para aprovação.

5.4.5 - Marcação dos Forjados

O fabricante deve marcar cada forjado de acordo com 5.1.7.

5.5 - FORJADOS PARA ENGRENAGENS

5.5.1 - Aplicação

5.5.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos forjados feitos em aços de baixa liga, aços-carbono-manganêse aços-carbono, destinados à fabricação de aros e coroas para engrenagens de motores principais egeradores elétricos. Devem ser submetidas ao BC para aprovação as especificações com desenhosdessas peças, abrangendo suas composições químicas, tratamento térmico e características mecâni-cas, devendo também ser cumpridas as exigências mínimas estabelecidas nestas Regras.A aplicação destas Regras a outras peças, além das engrenagens citadas acima, está sujeita a enten-dimento especial.

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.5.2 - Tratamento Térmico

5.5.2.1 - Os forjados para os quais não for especificado um endurecimento superficial após o corte dosdentes, deverão ser temperados e revenidos. Os aços-carbono e carbono-manganês podem ser, tam-bém, normalizados e revenidos.

5.5.2.2 - No caso de forjados que são submetidos a endurecimento superficial após o corte dos desenhos,o tratamento térmico depende da natureza do processo de endurecimento superficial, como segue:

5.5.2.2.1 - Após cementação, os aços para cementação devem ser endurecidos e, então, revenidos abaixa temperatura. As profundidades da cementação, o ciclo térmico versus tempo e a dureza mínima,devem ser estabelecidos em especificação.

5.5.2.2.2 - Os aços para têmpera (endurecimento por indução) devem ser normalmente temperados erevenidos antes do endurecimento. Os aços-carbono e carbono-manganês podem também sernormalizados, ao invés de temperados e revenidos. A natureza do tratamento térmico, a profundidade dacamada endurecida, as temperaturas de endurecimento, os meios (ambientes) de têmpera e a durezamínima devem ser estabelecidos na especificação.

5.5.2.2.3 - Os aços para nitretação devem ser temperados e revenidos antes da nitretação. Sempre quepossível, a nitretação deve ser efetuada pela ação de gases. A natureza do tratamento térmico, a profun-didade de nitretação e a dureza mínima devem ser estabelecidas na especificação.

5.5.2.3 - Os processos de tratamento térmico e endurecimento superficial mencionados em 5.5.2.2devem ser realizados de tal forma que produzam um endurecimento uniforme, de profundidade e durezaestipuladas na especificação. O BC se reserva o direito de exigir a preparação de amostras para com-provação da profundidade e da dureza da camada superficial.

5.5.3 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.5.3.1 - Composição Química

5.5.3.1.1 - A composição química de aços forjados para engrenagens deve se situar dentro dos limitesespecificados na Tabela 5.8

5.5.3.1.2 - A composição dos aços forjados a serem utilizados em montagens de coroas soldadas deveser especialmente determinada para condizer com o método de soldagem, e ser submetida ao BC paraaprovação.

5.5.4 - Ensaio e Campo de Aplicação dos Ensaios - Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.5.4.1 - Ensaio de Tração em Forjados com Tratamento Térmico, Temperados por Indução eNitretados

As propriedades mecânicas devem ser verificadas através de ensaio de tração. Os corpos de provadevem ser retirados da seguinte maneira:

Aços C e CMn Aços ligadosComposição (%) (1) Elementos residuais permitidos (% máximos) Composição (%)(1) (2)

C 0,60 Cu 0,30 C 0,45Si 0,15 a 0,35 Cr 0,30 Si 0,15 a 0,45Mn 0,30 a 1,65 Ni 0,40 P 0,035

P 0,035 Mo 0,15 P 0,035S 0,035

(1) Quando necessário, podem ser incluídos elementos de refino de grão, por ex., alumínio(2) Para os elementos de liga, são aplicáveis os dados citados nas normas ou em especificações aprovadas.

Composição Química de Aços Forjados para EngrenagensTabela 5.8

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.5.4.1.1 - Pinhões Acima de 200mm de Diâmetro

Se o diâmetro na área dos dentes for maior que 200 mm, deve ser retirado um corpo de prova tangencialde uma posição adjacente à área dentada (vide Figura 5.5). Se as dimensões da peça em bruto nãopermitirem que seja retirado um corpo de prova desta posição, então pode ser retirado um corpo de provatransversal de um prolongamento do munhão do mancal. Se o diâmetro do munhão do mancal for 200mmou menos, então pode ser retirado um corpo de prova longitudinal. Se o comprimento da parte dentadaacabada for maior que 1.250mm, devem ser retirados corpos de prova de ambas as extremidades dapeça em bruto.

5.5.4.1.2 - Pinhões de Até 200 mm de Diâmetro:

No corpo de pinhões pequenos com diâmetros de até 200 mm na área dos dentes, deve ser retirado umcorpo de prova longitudinal do munhão do mancal (vide Figura 5.5).

5.5.4.1.3 - Rodas Dentadas (Coroas):

Deve ser retirado um corpo de prova tangencial das peças em bruto de coroas (vide Figura 5.6).

PinhãoFigura 5.5

CoroaTabela 5.6

5.5.4.1.4 - Aros Dentados

No caso de aros dentados normalmente fabricados por perfuração de uma barra e ampliação do furo porforjamento ou laminação, deve ser retirado um corpo de prova tangencial (vide Figura 5.7).

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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L = Comprimento do sistema dentadoD = Diâmetro do sistema dentadod = Diâmetro do munhão do mancal

Aro DentadoFigura 5.7

Pinhão Oco em brutoFigura 5.8

Se o diâmetro da parte dentada ultrapassar 2.500mm ou se a peça em bruto, excluindo o material paraensaio, pesar mais que 3000kg, deverão ser retirados do aro dois corpos de prova situados em posiçãodiametralmente opostas.

5.5.4.1.5 - Peças em Bruto para Pinhão

Das peças em bruto para pinhão oco, cujo comprimento da parte dentada acabada for 1.250mm oumenos, deve ser retirado um corpo de prova de uma extremidade, em ângulo reto com o eixo longitudinalda peça em bruto. Quando o comprimento da parte dentada for maior que 1250mm, deverão ser retiradoscorpos de prova de ambas as extremidades. Aqui deve ser feita uma distinção, conforme a peça em brutotenha sido forjada como um tarugo sólido e então furado (broqueado), ou tenha sido produzido porperfuração de um forjado em bruto e então aberto o furo sobre um mandril. Caso a peça tenha sido furada,os corpos de prova são considerados como transversais; no entanto, quando a peça em bruto tiver sidoalargada sobre um mandril, os corpos de prova são considerados como tangenciais.

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.5.4.2 - Ensaio de Tração em Aço para Cementação

5.5.4.2.1 - Nos casos de forjados que serão submetidos a cementação após usinagem, devem serrealizados ensaio de tração, tanto no forjado em bruto como após a cementação. Para esta finalidade,deve ser retirado o dobro do número de seções de ensaio dos forjados, nas posições estabelecidas em5.5.4.1.1 a 5.5.4.1.5. No entanto, caso os limites dimensionados e de peso especificados sejam ultra-passados, não há necessidade de se retirarem corpos de prova da segunda posição. No caso de pinhõescom munhões de mancais forjados integralmente, são suficientes corpos de prova longitudinais. Asseções de ensaio devem ser usinadas até um diâmetro correspondente ao menor dos dois valoresseguintes: 0,25 x diâmetro da parte dentada, ou 63 mm de diâmetro. Se isto resultar em um diâametrodo corpo de prova menor que 63 mm, deve ser combinado com o Inspetor para se utilizar um corpo deprova com dimensões padronizadas.

5.5.4.2.2 - Para o ensaio preliminar na forjaria, as seções de ensaio devem ser submetidas ao tratamen-to de endurecimento em separado, utilizando ciclos térmicos (tempo-temperatura) correspondentes àque-les empregados no componente de engrenagem em questão ou à norma pertinente. De uma seção deensaio deve ser retirado e ensaiado um corpo de prova de tração.

5.5.4.2.3 - Para o ensaio de recepção, a segunda seção de ensaio deve ser tratada termicamente comoum corpo de prova de cementação de peça em bruto, junto com o componente de engranagem corres-pondente ou lote de ensaio. Da seção de ensaio deve então ser retirado e ensaiado um corpo de prova detração.

5.5.4.2.4 - O fabricante dos forjados ou o fabricante da engrenagem tem a opção de produzir as seçõesde ensaio com uma seção transversal maior que aquela especificada 5.5.4.2.1 e de endurecê-las com ousem cementação. No entanto, para o endurecimento e revenido finais devem ser dadas às peças asdimensões especificadas.

5.5.4.2.5 - Quando um método equivalente, diferente daquele descrito em 5.5.4.2.1 a 5.5.4.2.4 for utiliza-do para o ensaio de aços para cementação, este deve se submetido a exame e aprovação pelo BC.

5.5.4.3 - Ensaios Não-Destrutivos

5.5.4.3.1 - O fabricante deve realizar um ensaio por ultra-som sobre a área dentada de todos os forjadosnos quais o diâmetro da mesma ultrapassar 200mm. Devem ser aplicadas as prescrições de 5.1.6.5.4.

5.5.4.3.2 - Todo o sistema dentado de engrenagens com dentes de superfície endurecida deve ser verifi-cado quanto a fissuras, utilizando-se o método de partículas magnéticas ou o líquido penetrante. Devemser aplicadas as prescrições de 5.1.6.5.2 e 5.1.6.5.3, conforme o caso. As soldas de engrenagensfabricadas a partir de peças separadas devem ser submetidas a ensaio não-destrutivo do campo deaplicação especificado por ocasião da aprovação do processo.

5.5.5 - Marcação de Forjados

O fabricante deve marcar cada forjado de acordo com 5.1.7.

Podem ser feitos entendimentos especiais relativos à marcação de peças pequenas para engrenagensfabricadas em série.

5.6 - FORJADOS PARA TURBINAS

5.6.1 - Aplicação

5.6.1.1 - Estas Regras são aplicáveis a forjados feitos em aços de baixa liga, tratáveis termicamente eutilizados para a fabricação de rotores, eixos e discos de turbinas a vapor para a instalação propulsoraprincipal e de turbinas auxiliares. O fabricante da turbina deve submeter as especificações dessas peçasao BC, para aprovação, informando a composição e suas propriedades mecânicas, tratamento térmicoe métodos de ensaio.

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.6.1.2 - Com relação às suas composições, tratamento térmico e características mecânicas, os rotores,eixos e discos de turbinas a gás e sobre alimentadores turbo acionados por gases de descarga sãoregulados pelas especificações emitidas pelos fabricantes de turbina a gás, os quais devem submetê-lasao BC para exame e aprovação. Salvo entendimentos em contrário, as peças devem ser ensaiadas deacordo com estas Regras.

5.6.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.6.2.1 - Composição Química

A composição química é regida pelos dados contidos na especificação aprovada. Os materiais paraturbinas a vapor devem atender aos seguintes valores-limite : (%)

C ≤ 0,35Mn = 0,30 = 0,80Si ≤ 0,30P ≤ 0,020S ≤ 0,020

Para as peças que venham a ser soldadas, pode se especificada um limite mais baixo para o teor decarbono.

5.6.2.2 - Propriedades Mecânicas

5.6.2.2.1 - Para o tipo de aço em questão, a resistência à tração, o limite de proporcionalidade a 0,2%,o alongamento, a estricção e a energia de impacto, devem estar de acordo com os valores indicados naespecificação ou em normas reconhecidas. No entanto, materiais para turbinas a vapor devem atenderaos requisitos mínimos indicados na Tabela 5.9.

5.6.2.2.2 - Quando não forem especificados nas normas, o fabricante deve indicar o limite deproporcionalidade a 0,2% e as características de fluência a temperaturas elevadas (limite de fluência de1% e tensão de ruptura de fluência) e devem, quando necessário, submeter os resultados de ensaiospertinentes.

Resistência a tração (Rm) De acordo com especificação ou normas reconhecidosLimite de proporcionalidade de 2% (R0,2) Orientação dos corpos de prova

N/mm2

Long. Tang. Trans.Alongamento A5 (%) 17 15 12

Estricção Z (%) 50 45 35Energia de Impacto (1) 31 24 16

(1) Ensaios em corpos de prova tipo ISO-V a temperatura ambiente

Requisitos Mínimos para as Propriedades Mecânicas de Forjados paraConstrução de Turbinas a Vapor

Tabela 5.9

5.6.3 - Ensaio e Campo de Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.6.3.1 - Ensaio e Composição Química

O fabricante deve fornecer prova de composição química de cada forjada ou corrida, conforme o caso(conforme 5.1.6.1) Em caso de dúvida, deve ser realizada uma análise do produto.

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.6.3.2 - Ensaio de Tração à Temperatura Ambiente

As propriedades mecânicas devem ser verificadas por ensaio de tração. Os corpos de prova devem serretirados da seguinte maneira:

5.6.3.2.1 - No caso de rotores de tambor e rotores feitos em uma única peça, deve ser retirado um corpode prova longitudinal do prolongamento do munhão do mancal e um segundo corpo de prova tangencial(transversal), de uma face da extremidade do tambor ou de um disco de extremidade (vide Figura 5.9).Quando o diâmetro D for > 500 mm, o corpo de prova é considerado como transversal; é consideradocomo tangencial, quando D > 500 mm. Os corpos de prova devem estar localizados no lado do forjadocorrespondente ao topo do lingote original. Quando o peso unitário ultrapassar 3.000 kg e quando ocomprimento do tambor ou a distância entre os discos de extremidade for maior que 1.000 mm, devemser retirados corpos de prova longitudinal e tangencial adicionais, do lado oposto. Adicionalmente, quan-do as dimensões do rotor o permitirem, deve ser retirado um corpo de prova radial de uma face deextremidade (topo do lingote) ou de ambas as faces de extremidade, no caso do peso unitário ultrapas-sar 3000 kg ou se o comprimento do tambor ou a distância entre os discos de extremidade for maior que1.000 mm.

5.6.3.2.2 - No caso de discos de turbina, deve se retirado um corpo de prova tangencial ou transversal daárea do cubo (vide Figura 5.10).

5.6.3.2.3 - No caso de eixos de turbina, deve ser retirado um corpo de prova longitudinal da extremidadecorrespondente ao topo do lingote. Se o peso ultrapassar 3000 kg, deve ser retirado um segundo corpode prova da extremidade oposta.

5.6.3.2.4 - Forjados das mesmas dimensões e com pesos unitários ≤ 200 kg e que sejam fabricados emsérie podem ser agrupados dentro de lotes de ensaio, devendo, no mínimo, um forjado em cada lote sersubmetido ao ensaio. O número de forjados em cada lote de ensaio deve ser estabelecido em entendi-mento com o BC.

Rotor de turbinaFigura 5.9

Discos de turbinaFigura 5.10

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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5.6.3.3 - Ensaio de Tração a Temperaturas Elevadas

Quando o material de peças de turbina estiver sujeito a temperatura acima de 400oC, deve ser realizadoum ensaio de tração a temperaturas elevadas, por corrida, para determinar o limite de proporcionalidadede 0,2%. Salvo entendimento feito em contrário, o ensaio deve ser realizado a um nível da temperatura,em faixas de 50oC, o mais próximo possível da temperatura de operação.Com o consentimento do Vistoriador do BC, o ensaio pode ser dispensado no caso de um aço forjadopadronizado (conforme alguma norma), com características mecânicas a altas temperaturas, conheci-das, as quais tenham sido confirmadas pela experiência prática.

5.6.3.4 - Ensaio de Impacto

Cada forjado deve ser submetido ao ensaio de impacto. O número de jogos de corpos de prova (cada umconsistindo de 3 corpos de prova) e a posição dos forjados dos quais eles são retirados estão sujeitos àsprescrições de 5.6.3.2. O ensaio deve ser normalmente realizado em corpos de prova de entalhe tipoISO-V à temperatura ambiente. Para motores de tambor de turbinas de baixa pressão com uma seçãode ré, para discos de turbinas de ré, pode ser especificada uma temperatura de ensaio de 0oC ou -20oCPara estas temperaturas de ensaio, os valores mínimos de energia de impacto requeridos devem serestabelecidos na especificação.L = comprimento do tambor ou distância entre os discos de extremidadeD = diâmetro do tambor

5.6.3.5 - Ensaio Não-Destrutivos

5.6.3.5.1 - Cada forjado usinado (final) deve ser verificado quanto a fissuras, utilizando-se o método departículas magnéticas conforme as cláusulas de 5.1.6.5.2. Este ensaio deve cobrir todas as áreas ondea experiência mostra que defeitos são mais frequentes, por ex., nas arestas das faces de extremidadedos rotores de tambor e nos cubos e nos furos dos discos.

5.6.3.6 - Ensaio de Corrida a Quente; Medida de Tensão Residual

5.6.3.6.1 - Os rotores de turbinas pertencentes à instalação propulsora principal, que forem forjados emuma só peça ou montados por soldagem, devem ser submetidos a um ensaio de corrida a quente paraverificar se suas estabilidades térmicas são satisfatórias.Este ensaio deve também ser realizado em rotores de turbinas auxiliares, quando as temperaturas deoperação e as dimensões do rotor indicarem sua necessidade em certos casos.

5.6.3.6.2 - O ensaio deve ser conduzido de acordo com a especificação do fabricante da turbina, a qualdeve fornecer detalhes completos sobre o transcorrer do mesmo e o total de excentricidade permitida. Aespecificação deve ser aprovada pelo BC.

5.6.3.6.3 - A pedido do fabricante da turbina o BC pode, em casos especiais, como, por exemplo, nocaso de aços suscetíveis à fragilização por têmpera, dispensar o ensaio de corrida a quente. Tal dispen-sa exige que o material do qual é feito o rotor seja possível de têmpera e revenido sobre toda a seçãotransversal e que as medições de tensão residual sejam realizadas de uma forma apropriada. Os resul-tados das medições das tensões residuais devem ser submetidos ao BC, para avaliação.

5.7 - FORJADOS PARA CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES

5.7.1 - Aplicação

5.7.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos tipos de aço indicados na Tabela 5.10 e destinados à fabrica-ção de forjados e de peças conformadas à prensa para a fabricação de caldeiras a vapor, vasos depressão e tubulação Classe I e Classe II, como, por exemplo, coletores, anéis tubulares, cilindros,fundos e tampas, flange e carcaças de válvulas.Estas Regras são igualmente aplicáveis a forjados e prensados para vasos de pressão e tubulações queentram em contato com meios que provocam fissuração por corrosão sob tensão, como, por exemplo,gás natural contendo sulfeto de hidrogênio, desde que os aços tenham sido modificados com relação àsua composição química, desoxidação, tratamento térmico, dureza, etc., e que o BC tenha concedido

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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aprovação especial para sua utilização.Os aços-carbono e carbono-manganês e os aços ligados ao Mo e CrMo, indicados na Tabela 5.10,podem ser utilizados tanto à temperatura ambiente como a temperaturas elevadas. O tipo do aço deveser selecionado em conformidade com as Regras para Construção.Os coletores feitos de tubos sem costura estão sujeitos às cláusulas da Seção 4, Parte B.

Composição Química %Tipo de aço C Si Mn P S Cr Mo outros

max. max. elementosS-410 W ≤ 0,23 0.15-0.35 0.30-0.60 - - Cr ≤ 0.30S-460 W ≤ 0,23 0.20-0.40 0.60-1.40 - - Cu ≤ 0.30

S-490 W ≤ 0,25 0.40-0.60 0.90-1.60 - - } Ni ≤ 0.40

Mo ≤ 0.15S-0,3 Mo 0.12-0.20 0.15-0.35 0.40-0.90 - 0.25-0.35 Al ≤ 0.012

metS-1,25 Cr 0,5 Mo 0.10-0.18 0.15-0.35 0.40-1.00 0.70-1.10 0.40-0.65 Al ≤ 0.020

metS- 2,5 Cr 1 Mo 0.06-0.15 0.06-0.15 0.40-0.70 2.00-2.50 0.90-1.10 Al ≤ 0.020

met

1) Os números se referem a elementos residuais permitidos.2) Os tipos refinados, como aço de granulação fina, devem ter um teor de alumínio (met) de, no mínimo,0,015%. O alumínio pode ser substituído totalmente ou em parte por outros elementos de refino de grãos3) Quando forjados se destinarem à soldagem, o teor de carbono da corrida não pode ultrapassar 0,22%

Composição de Aços Forjados para Caldeiras, Vasos de Pressão e TubulaçõesTabela 5.10

5.7.2 - Propriedades Mecânicas

5.7.2.1 - Os requisitos para resistência à tração, limite de proporcionalidade a 0,2%, alongamento eestricção especificados na Tabela 5.11, devem ser satisfeitos mediante ensaio à temperatura ambiente.

5.7.2.2 - Outros aços não incluídos na Tabela 5.11 são sujeitos aos valores fornecidos na norma pertinen-te ou na especificação do material. Independentemente disto, os seguintes valores mínimos para oalongamento (A5) devem ser satisfeitos:

Corpos de prova longitudinais : 16%Corpos de prova transversais : 14%

5.7.3 - Energia de Impacto

5.7.3.1 - Deve ser satisfeito o valor de energia de impacto requerido, indicado na Tabela 5.11, medianteensaio à temperatura ambiente. Por opção do fabricante, tanto podem ser utilizados corpos de provacom entalhe tipo ISO-V como ISO-U.

5.7.3.2 - Outros aços não incluídos na Tabela 5.11 estão sujeitos aos requisitos estabelecidos na normapertinente ou na especificação do material. Independentemente disto, os seguintes valores mínimos deenergia de impacto devem ser satisfeitos:

} 0.040 } 0.040

} 0.035 } 0.035

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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Tipo de corpo de prova Energia de Impacto mínima (J)Long. Transv.

Entalhe ISO-V 39 27Entalhe ISO-U 34 26

Tipo Rm ReH ou A5 % Energia de Impactode aço N/mm2 R0,2 min. KV min. (J) KCU min. (J)

N/mm²min. long. trans. long. trans. long. trans.

S-410 W 410-520 230 25 19S-460 W 460-580 245 22 20 39 27 34 26

S-490 W (N)2 490-610 260 22 20S-490 W (V) 2 490-610 295 23 21

S-0,3 Mo 470-590 275 18 15S-1,25 Cr 0,5 Mo 440-590 255 18 16 39 27 34 26

S-2,5 Cr 1 Mo 450-600 265 18 16

1) Aplicável até 250 mm de diâmetro ou até 200 mm de espessura de parede, para forjados ocos. Paradimensões maiores, os valores ficam sujeitos a entendimento especial.2) N = normalizado, V = temperado e revenido (beneficiado)3) Os valores a serem medidos nos corpos de prova transversais são também aplicáveis aos corpos deprova tangenciais (tang.)

Propriedades Mecânicas de Aços Forjados para Caldeiras eVasos de Pressão e Tubulações

Tabela 5.11

5.7.4 - Ensaio e Campo de Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.7.4.1 - Ensaio de Tração à Temperatura Ambiente

As propriedades mecânicas devem ser verificadas através de ensaio de tração. Os corpos de provadevem ser retirados da seguinte maneira:

5.7.4.1.1 - De cada forjado oco deve ser retirado um corpo de prova tangencial de uma das extremidades.Quando o comprimento de um anel tubular forjado for maior que 4m, deverá ser retirado um corpo deprova de cada extremidade. Quando os forjados ocos são fechados por repuxamento (abaulamento),deve ser retirada uma seção de ensaio antes da operação de repuxamento. Esta seção deve, então, sersubmetida ao tratamento térmico exigido juntamente com o forjado. Em carcaças forjadas abertas asseções de ensaio somente podem ser removidas após o tratamento térmico final.

5.7.4.1.2 - No caso de outros forjados, o fabricante pode especificar a posição dos corpos de provamediante entendimento com o Inspetor, a menos que isto esteja estipulado na Ordem de Compra. Comexceção do ensaio prescrito em 4.1.3, deve ser retirado, no mínimo, um corpo de prova de cada peça.

5.7.4.1.3 - Os forjados pequenos do mesmo tipo, cujos pesos unitários não ultrapassem 1.000kg,podem ser agrupados dentro de lotes de ensaio de 5.000kg. O número e o peso dos forjados que podemser agrupados para formar um lote de ensaio devem ser determinados de acordo com 5.1.6.2.1. Oscorpos de prova podem ser retirados de forjados excedentes, de seções de ensaio forjados separada-mente ou de refugos de fabricação. (por ex.; pedaços de sucata).

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5.7.4.2 - Ensaio de Tração a Temperaturas Elevadas

No caso de forjados projetados para utilização a temperaturas superiores a 200oC, com base em suascaracterísticas a altas temperaturas, o limite de proporcionalidade a 0,2% deve ser verificado medianteensaio de tração a temperaturas elevadas. Salvo entendimento em contrário, o ensaio deve ser realizado,para cada corrida, ao nível de temperatura, em faixas de 50oC que mais se aproximem da temperatura deoperação.Com o consentimento do Vistoriador do BC, o ensaio pode ser dispensado no caso de um aço quesatisfaça a normas reconhecidas, cujas características mecânicas a altas temperaturas possam serconsideradas como comprovadas.

5.7.4.3 - Ensaio de Dureza

No caso de forjados que possam ser agrupados dentro de lotes de ensaio, de acordo com o parágrafo4.1.3, deve ser realizado um ensaio de dureza em cada forjado. A diferença entre os valores de durezamais alto e mais baixo, dentro de um lote de ensaio, não pode exceder a 30 unidades Brinell.Para peças fabricadas em série, com mesmas dimensões, como, por exemplo, flanges, carcaças deválvulas e conexões, com um peso unitário de 50 kg ou menos, será suficiente realizar um ensaio dedureza em 10% dos forjados, respeitando um mínimo de 5 peças.

5.7.4.4 - Ensaios Não-Destrutivos

5.7.4.4.1 - Os anéis e tubulações forjados devem ser submetidos pelo fabricante a um ensaio por ultra-som, de acordo com 5.1.6.5.4. Nos tubulões e coletores com extremidades abauladas, a área dasextremidades (abauladas) deve ser adicionalmente submetida a um ensaio por partículas magnéticas oupor líquido penetrante, de acordo com 5.1.6.5.2 e 5.1.6.5.3, respectivamente.

5.7.4.4.2 - As soldas de união de componentes fabricados separadamente devem ser submetidas, pelofabricante, ao ensaio não-destrutivo de mesmo campo de aplicação especificado para o ensaio do proce-dimento de soldagem.

5.7.5 - Controle de Qualidade pelo Fabricante

No caso de forjados pequenos, fabricados em série, o controle de qualidade pode ser exercido pelofabricante, desde que este tenha sido aprovado pelo BC, que sejam realizados os ensaios no campo deaplicação especificado em parágrafo 4 e que o resultado seja registrado em um certificado de qualidadedo fabricante. Esta cláusula se refere às seguintes peças:a) Flanges, peças de conexão, capas e tampas feitas de aços não ligados, com diâmetros nominais até

150 mm, inclusive, e caldeiras, parafusos de ancoragem e de estai com diâmetros até 100 mm,inclusive.

b) Carcaças de válvulas com diâmetros nominais até 250 mm, inclusive, se o produto entre a pressão deoperação (bar) e dimensão nominal (mm) não for maior que 2500 e a temperatura de operação não formaior que 300oC.

c) Carcaças de válvulas com dimensões nominais até 32 mm, se a temperatura de operação não formaior que 300oC.

5.7.6 - Características a Altas Temperaturas para Serem Utilizadas em Cálculos de Projeto

Quando componentes forem destinados à utilização a temperaturas elevadas, os cálculos aplicáveispodem ser baseados nos valores de projeto de limite de proporcionalidade a 0,25% a temperaturaselevadas apresentados na Tabela 5.12. O BC pode autorizar valores de projeto mais altos quando forcomprovada a validade dos mesmos.

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Tipo Rp0,2 em N/mm2 nas temperaturas em 0Cde Aço 200 250 300 350 400 450 500S-410 W 190 170 140 110 90S-410 W 180 165 155 135 120

S-490 N (N) 210 190 170 150 130S-490 N (V) 235 215 195 175 155

S-0,3 Mo 190 175 150 145 140 135 130S-410 N 210 200 185 175 155 155 150S-410 W 215 210 200 185 165 165 155

Valores de Projeto para Limite de Proporcionalidadede 0,2 % a Temperatura Elevadas

Tabela 5.12

5.8 - FORJADOS EM AÇOS RESISTENTES A BAIXAS TEMPERATURAS

5.8.1 - Aplicação

5.8.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos tipos de forjados listados na Tabela 5.13, feitos em aços-carbono-manganês, aços ligados ao níquel e aços austeníticos, e destinados a equipamento de carga e processamentoem navios transportadores de gases liquefeitos, com temperaturas de projeto abaixo de 0oC.

5.8.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.8.2.1 - Composição Química

A composição química do aço forjado resistente a baixas temperaturas deve atender aos dados daTabela 5.13. São permitidos pequenos desvios, somente no caso de materiais que estejam de acordocom normas reconhecidas, desde que sejam cumpridos os demais requisitos estabelecidos nestasRegras.

5.8.2.2 - Resistência à Corrosão Intercristalina

Os tipos austeníticos de aço, na condição em que são fornecidos, devem ser resistentes à corrosãointercristalina. Quando forjados forem utilizados em montagens soldadas (por ex., flanges e acessóriossoldados) sem tratamento térmico subseqüente, devem ser escolhidos os tipos de aços que permane-çam resistentes à corrosão intercristalina nessa condição, como, por exemplo, aços estabilizados comTi ou Nb, ou aços com teores de carbono não superiores a 0,03%.

5.8.2.3 - Soldabilidade

Quando necessário, os tipos de aço devem ser soldáveis pelos métodos usuais de caldeiraria. A soldageme qualquer tratamento térmico subseqüente aplicado não devem prejudicar as características do materi-al, incluindo, em particular, sua tenacidade a baixas temperaturas.Se solicitado, o fabricante deve fornecer prova da soldabilidade.

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Composição Química %Tipo C Si Mn P S Cr Mo Ni outros

de aço elementosS-410 T (1) (2)S-460 T 0.18 0.10-0.40 0.50-1.70 0.030 0.030 - - - Al met ≥0.015S-490 TS-0,5 Ni 0.18 0.15-0.50 0.70-1.65 0.030 0.025 - - 0.30-0.85 (1) (2)

Al met ≥ 0.015S-3,5 Ni 0.16 0.15-0.40 ≤0.80 0.030 0.020 - - 3.25-3.75 Al met ≥ 0.015S-9 Ni 0.13 0.15-0.40 ≤ 0.80 0.030 0.030 - - 8.5-10.0 Al met ≥ 0.015

AISI 304 0.07 17.0-19.0 - 8.0-12.0 -AISI 304 L 0.03 17.0-19.0 - 8.0-12.0 -AISI 316 0.07 ≤ 1.0 ≤ 2.0 0.045 0.030 16.0-18.0 2.0-3.0 10.0-14.0 -

AISI 316 L 0.03 16.0-18.0 2.0-3.0 11.0-15.0 -AISI 321 0.08 17.0-19.0 - 9.0-13.0 Ti ≥ 5 x % C

max. 0.80%AISI 347 0.08 17.0-19.0 - 9.0-13.0 Nb ≥ 10 x % C

max. 1.0%

(1) O Al pode ser substituído, total ou parcialmente, por outros elementos de refino de grãos.(2) Elementos residuais: Cr ≤ 0,15; Ni ≤ 0,30; Cu ≤ 0,15, Mo ≤ 0,10 total ≤ 0,50 (%)(3) Elementos residuais: Cr ≤ 0,15; Cu ≤ 0,15; Mo ≤ 0,10; total ≤ 0,30 (%)

Composição Química de Forjados Feitos de Aços Dúcteis a Baixas TemperaturasTabela 5.13

5.8.3 - Ensaio e Campo de Aplicação dos Ensaios

Devem ser realizados os seguintes ensaios:

5.8.3.1 - Ensaio de Resistência à Corrosão Intercristalina

O fabricante deve verificar, através de ensaio, a resistência à corrosão intercristalina de forjados em açosausteníticos destinados a execuções soldadas e, quando especificado na Ordem de Compra, tambémde outros aços austeníticos. Os aços deverão ser ensaiados da seguinte maneira:a) Aços contendo C ≤ 0,03% e aços estabilizados: após o tratamento térmico de sensibilização 700oC,

30 min., temperado em água).b) Todos os outros aços : na condição em que eles são fornecidos. Devem ser ensaiados, no mínimo,

dois corpos de prova por corrida, e de acordo com uma norma reconhecida.

5.8.3.2 - Ensaio de Tração

Devem ser verificadas as propriedades mecânicas, através de ensaio de tração, para cuja finalidade deveser retirado o seguinte número de corpos de prova:a) Ensaio por lotes de ensaio: um corpo de prova para cada 5.000 kg de forjados acabados. O número

e o peso dos forjados que podem ser agrupados para formar um lote de ensaio deve ser determinadode acordo com 5.1.6.2.1.

b) Forjados com pesos unitários acima de 1.000 kg: um corpo de prova de cada forjado.

5.8.3.3 - Ensaios de Dureza

No caso de forjados que possam ser agrupados em lotes de ensaio de acordo com 5.8.3.2, deve serrealizado um ensaio de dureza em, no mínimo, 10% das peças. A diferença entre os valores de dureza

TOMO IV - FORJADOS .............................................. SEÇÃO 5

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BUREAU COLOMBO BRASILREGRAS PARA CONSTRUÇÃO E CLASSIFICAÇÃODE EMBARCAÇÕES DE AÇO PARANAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO

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mais alto e mais baixo, dentro de um mesmo lote de ensaio, não pode ser maior que 30 unidades Brinell.Em aços austeníticos não há necessidade de se realizar nenhum ensaio de dureza.

5.8.3.4 - Ensaios Não-Destrutivos

Os anéis de suporte, flanges, anéis de reforço e peças similares com espessuras de 100 mm ou maio-res, devem ser submetidos pelo fabricante a um ensaio por ultra-som, de acordo com 5.1.6.5.4. O BC sereserva o direito de especificar este ensaio para espessuras de parede menores, no caso de componen-tes de vasos de pressão sujeitos a altas cargas.

5.8.4 - Controle de Qualidade pelo Fabricante

No caso de pequenos forjados fabricados em série, o controle de qualidade pode ser exercido pelofabricante, desde que este tenha sido aprovado pelo BC, que sejam realizados os ensaios no campo deaplicação especificado em 5.8.3 e que o resultado seja registrado em um certificado de qualidade dofabricante. Esta cláusula se refere às seguintes peças:a) Flanges, peças de conexão e capas e tampas com diâmetros nominais até 150 mm, inclusive.b) Carcaças de válvulas com dimensões nominais até inclusive 250 mm, inclusive, desde que o produto

entre a dimensão nominal (mm) e a pressão de operação (bar) não ultrapasse um valor de 2500.

5.9 - FORJADOS EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS

5.9.1 - Aplicação

5.9.1.1 - Estas Regras são aplicáveis aos forjados em aços inoxidáveis austeníticos para utilização emequipamento de carga e processamento de navios transportadores de produtos químicos e para outrosequipamentos para os quais se exige estabilidade química. Para esta finalidade, podem ser utilizadosaços apropriados que atendam a normas pertinentes.

5.9.2 - Requisitos Aplicáveis ao Material

5.9.2.1 - Resistência à Corrosão Intercristalina

Na condição em que são fornecidos, todos os forjados devem ser resistentes à corrosão intercristalina.Quando forjados forem soldados sem tratamento térmico subseqüente, somente devem ser escolhidosos tipos de aço que permaneçam resistentes à corrosão intercristalina nesta condição, por ex., açosestabilizados com Ti ou Nb ou aços com teores de carbono C ≤ 0,03%.

5.9.3 - Ensaio

5.9.3.1 - Ensaio da composição química de cada corrida, pelo fabricante.

5.9.3.2 - Ensaio de resistência à corrosão intercristalina de cada corrida, pelo fabricante.

5.9.3.3 - Verificação das propriedades mecânicas através de ensaio de tração em, no mínimo, um corpode prova por corrida e lote de tratamento térmico de até 5.000 kg.

5.9.3.4 - Ensaio de energia de impacto, somente nos casos em que este ensaio for especialmenterequerido.

5.9.3.5 - Quando necessário, o ensaio hidráulico de estanqueidade.

5.9.4 - Controle de Qualidade pelo Fabricante

No caso de pequenos forjados fabricados em série, o controle de qualidade pode ser exercido pelofabricante, desde que este tenha sido aprovado pelo BC, que sejam realizados os ensaios no campo deaplicação especificado em 5.9.3 e que o resultado seja registrado em um certificado de qualidade dofabricante. Esta cláusula se refere às seguintes peças:a) Flanges, peças de conexão, capas e tampas com diâmetros nominais até 150 mm, inclusive.b) Carcaças de válvulas com dimensões nominais até 250 mm, inclusive, desde que o produto entre a

dimensão nominal (mm) e a pressão de operação (bar) não ultrapasse um valor de 2500.

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