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Universidade de Cabo Verde Departamento de Ciência e Tecnologia Engenharia Informática e de Computadores Redes de Computadores Ano lectivo 2013/14 WLAN Elaborado por: Carlos Manuel Gonçalves Frederico Gilson Rodrigues Martins Edson Ronny Cabral Delgado Paulo Emanuel de Jesus Varela Fernandes

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Page 1: Redes wlan

Universidade de Cabo Verde

Departamento de Ciência e Tecnologia

Engenharia Informática e de Computadores

Redes de Computadores

Ano lectivo 2013/14

WLAN

Elaborado por:

Carlos Manuel Gonçalves Frederico

Gilson Rodrigues Martins

Edson Ronny Cabral Delgado

Paulo Emanuel de Jesus Varela Fernandes

Page 2: Redes wlan

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Índice

1. Introdução ............................................................................................................ 3

2. Breve Historial ..................................................................................................... 4

3. Wireless ................................................................................................................. 4

3.1 Funcionamento de Redes Sem Fio (Wireless) .............................................. 5

3.2 Principais Características .............................................................................. 6

4. WLAN – Rede Sem Fio de Area Local................................................................. 6

5. O Padrão IEEE 802.11 .......................................................................................... 7

5.1 Controlo de acesso ao meio (MAC) .............................................................. 7

5.1.1 Distribuído básico, obrigatório. ................................................................ 8

5.1.2 Pontual, opcional ....................................................................................... 9

5.2 Camada Física ............................................................................................... 9

5.3 Modos de Operação ..................................................................................... 10

5.3.1 Redes Infra-Estruturada ........................................................................... 10

5.3.2 Redes Ad Hoc ........................................................................................... 11

5.4 Padrões IEEE 802.11 .................................................................................... 11

5.4.1 802.11b ....................................................................................................... 11

5.4.2 802.11a ....................................................................................................... 11

5.4.3 802.11g ....................................................................................................... 12

5.4.4 802.11ac...................................................................................................... 12

6. Segurança: WEP, WPA, WPA2 e WPS ............................................................... 13

7. Vantagens e Desvantagens da WLAN ................................................................ 14

7.1 Vantagens ..................................................................................................... 14

7.2 Desvantagens ............................................................................................... 15

8. Spread Spectrum ................................................................................................. 15

8.1 Salto em Frequência (Frequency Hopping) ................................................ 16

8.2 Sequência Directa (Direct Sequence) .......................................................... 17

9. Conclusão ............................................................................................................ 18

10. Bibliografia ...................................................................................................... 19

Page 3: Redes wlan

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1. Introdução

A tecnologia hoje, atingiu um grau de disseminação na sociedade que faz com que esteja

presente em todas áreas de trabalho e também até nas áreas de entretenimento. Esse

crescimento fez com que as pessoas precisem conectar em redes em qualquer lugar a

qualquer hora.

O uso deste tipo de rede está se tornando cada vez mais comum, não só nos ambientes

domésticos e corporativos, mas também em locais públicos (bares, lanchonetes, shoppings,

livrarias, aeroportos, etc).

Até alguns anos atrás, somente era possível interconectar computadores por meio de cabos.

Este tipo de conexão é bastante popular, mas conta com algumas limitações, por exemplo:

só se pode movimentar o computador até o limite de alcance do cabo; ambientes com

muitos computadores podem exigir adaptações na estrutura do prédio para a passagem dos

fios; em uma casa, pode ser necessário fazer furos na parede para que os cabos alcancem

outros cómodos; a manipulação constante ou incorrecta pode fazer com que o conector do

cabo se danifique. Felizmente, as WLAN’ssurgiram para eliminar estas limitações.

Page 4: Redes wlan

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2. Breve Historial

O primeiro sistema a implantar a radiodifusão foi o ALOHA na década de 70 quando as

linhas telefónicas disponíveis eram de baixa confiabilidade e de custo elevado. Foi realizada

a interligação de sub-redes de universidades a um centro de computação principal,

instalando em cada estação um pequeno transmissor-receptor de rádio FM com

transmissão a 9600 bps. Devido a limitações tais como largura de banda e tecnologia de

transmissão, na época de instalação da rede ALOHA, o uso redes sem fio não se difundiu.

Contudo, o avanço da tecnologia de componentes electrónicos e as comunicações pessoais

sem fio, propiciaram o aumento na pesquisa e desenvolvimento em redes sem fio, além

disso, outro factor que muito influenciou foi o surgimento das primeiras redes comerciais

no início da década de 90.

Com a fabricação de redes de forma diversificada, de acordo com cada fabricante, em 1991

a IEEE (TheInstituteofElectricalandElectronicsEngineers, Inc) é solicitada a elaboração de

um padrão para redes sem fio locais e metropolitanas, configurando-se o grupo 802.11.

Devido a atrasos, apenas em 1997 foi publicada a especificação que padronizava a

conectividade sem fio entre equipamentos em uma área local e que permitia utilização de

equipamentos de diferentes fabricantes.

3. Wireless

Com a tecnologia Wireless, é possível implementar redes que conectam

computadores e outros dispositivos compatíveis (smartphones, tablets, consoles de

videogame, impressoras, etc.) que estejam próximos geograficamente. Estas redes

não exigem o uso de cabos, já que efectuam a transmissão de dados por meio de

radiofrequência. Este esquema oferece várias vantagens, entre elas: permite ao

usuário utilizar a rede em qualquer ponto dentro dos limites de alcance da

transmissão; possibilita a inserção rápida de outros computadores e dispositivos na

rede; evita que paredes ou estruturas prediais sejam furadas ou adaptadas para a

passagem de fios.

Wireless é a transferência de informação entre dois ou mais pontos que não estão

fisicamente conectados, e essa distância pode ser curta, como a poucos metros

Page 5: Redes wlan

5

como no controle remoto da televisão, ou pode variar de milhares a milhões de

quilómetros para comunicações de rádio do espaço.

O uso da tecnologia wireless é usada desde walkie-talkies até satélites artificias no

espaço, mas seu uso mais

3.1 Funcionamento de Redes Sem Fio (Wireless)

O seu princípio de funcionamento se baseia na transmissão de dados através de uma

camada atmosférica utilizando a propagação de ondas electromagnéticas e também engloba

os usos de raio de luz infravermelho apesar de ondas de rádio serem o meio mais

difundido.

Os dados são modelados na portadora de redes e transmitidos através de ondas

electromagnéticas.

Múltiplas portadoras de rádio podem coexistir num mesmo meio sem se interferir com a

outra. Para extrair os dados, o receptor sintoniza numa frequência específica e rejeita as

outras portadoras com frequência diferentes.

As redes sem fio podem ser classificadas em 4 categorias:

Redes sem fio de área pessoal (Wireless personal área network-WPAN)

Redes sem fio de área local (Wireless local área network-WLAN)

Redes sem fio de longa distância (Wireless wide área network-WWAN)

Redes de Satélite.

Page 6: Redes wlan

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3.2 Principais Características

As categorias mais utilizadas são as de rede local e pessoal (WPAN e WLAN).

4. WLAN – Rede Sem Fio de Area Local

As redes sem fio de área local têm sido um dos segmentos de telecomunicações que mais

cresce no mercado actualmente.

As redes sem fio do tipo WLAN ( Wireless Local Area Network) refere-se a comunicação

de equipamentos em áreas restritas, objectivando o compartilhamento de recursos

computacionais. Podem ser usadas como ampliação de redes cabeadas para dispositivos

portáteis (palmtops, laptops, notebooks).

A solução de rede sem fio é apropriada para uso em pequenos escritórios na empresa ou

residenciais, áreas abertas de empresas e mesmo em áreas públicas tais como aeroportos,

centros de convenção, hotéis e mesmo cafeteiras.

Tipo de

rede

Cobertura Função Custo Largura de

banda

Padrões

WPAN

Espaço operacional

pessoal;

Normalmente 10 metros

Tecnologia de

substituição de

cabeamento; redes

pessoais

Baixo 0.1-4 Mbps IrDA, Bluetooth,

802.15

WLAN

Prédios ou campus;

Normalmente 100

metros

Extensão ou

alternativa para

redes cabeadas

Médio -

baixo

1-54 Mbps 802.11a, b, g,

HIPERLAN/2

WWAN Nacional através de vários

fornecedores

Extensão de rede

local

Médio -

alto

8 Kbps-2

Mbps

GSM,TDMA,

CDMA,GPRS,

EDGE,WCDM

A

Redes de

Satélite

Global Extensão de rede

local Alto

2Kbps-19.2

Kbps

TDMA, CDMA,

FDMA

Page 7: Redes wlan

7

As redes sem fio transmitem e recebem dados sobre o ar em canais de frequência de rádio

ou infravermelho, minimizando a necessidade de ligações físicas por cabo.

As WLAN normalmente são utilizadas nos seguintes casos:

• Redução de custos com cabeamento

• Impossibilidade de cabeamento

• Acesso público à Internet

Vários produtos têm sido lançados que implementam um ou mais dos vários padrões

utilizados em WLAN.

Em todos os casos os seguintes aspectos devem ser considerados:

• Alcance/Cobertura – o alcance dos produtos WLAN fica entre 50 a 150 metros.

• Taxas de Comunicação – as taxas de transmissão de dados situam-se entre 1 a 54 Mbps.

• Interferência – alguns padrões sofrem interferência de produtos electrónicos domésticos

e de outras tecnologias de rede sem fio.

• Custo – Custo bastante variável conforme o padrão adoptado.

5. O Padrão IEEE 802.11

O padrão IEEE 802.11 define a padronização relativa às camadas físicas (PHY) e a de

controlo de acesso ao meio (MAC) para redes sem fio.

5.1 Controlo de acesso ao meio (MAC)

O IEEE definiu um protocolo de acesso ao meio (subcamada MAC do nível de enlace de

dados), denominado de DFWMAC (Distributed Foundation Wireless Medium Access

Control), que suporta dois métodos de acesso:

Distribuído básico, obrigatório.

Pontual, opcional.

Os dois métodos são usados para dar suporte à transmissão de tráfego assíncrono ou com

retardo limitado.

Page 8: Redes wlan

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5.1.1 Distribuído básico, obrigatório.

O método de acesso básico é denominado CSMA/CA (CarrierSenseMultiple

Access/CollisionAvoidance). Todas as estações e pontos de acesso, devem usar,

obrigatoriamente, esse método nas configurações Ad-Hoc e com infra-estrutura.

Esse método pode ser implementado de duas formas:

Na primeira, as estações que objectivam transmitir escutam o meio, em tempos

aleatórios, verificando se o mesmo está livre para realizar a transmissão.

Na segunda forma, denominada Virtual CarrierSense, a estação que deseja

transmitir reserva o canal por um tempo através de um pacote RTS (Request to

Send) que é confirmado através de um pacote CTS (Clear to Send), reservando o

meio para a estação solicitante.

Em ambas as formas, a transmissão é considerada com sucesso após a

confirmação ACK (Acknowledgement) da estação receptora.

Uma rede baseada nesse padrão é composta pelos seguintes componentes:

• BSS (Basic Service Set) - corresponde a uma célula de comunicação

wireless.

• STA (Stations) - estações de trabalho que comunicam-se entre si dentro da

BSS.

• AP (Access Point) – responsável por coordenar a comunicação entre as

STA dentro da BSS.

• ESS (EstendedService Set) – são células BSS próximas que se interceptam e

que os AP estão ligados a uma mesma rede tradicional. Com isso, um STA

pode se deslocar de um BSS para outro, mantendo a conexão com a rede -

Roaming.

Page 9: Redes wlan

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5.1.2 Pontual, opcional

Trata-se de uma função opcional que pode ser inserida no protocolo DFWMAC, sendo

construída sobre uma função de coordenação distribuída (DCF) para transmissões de

quadros assíncronos, e é implementada através de um mecanismo de acesso ordenado ao

meio, que suporta a transmissão de tráfego com retardo limitado ou tráfego assíncrono.

Para a integração dessas duas funções – pontual e distribuída – é utilizado o conceito de

superquadro, fazendo com que o protocolo possa trabalhar de uma forma em que a função

pontual assuma o controlo da transmissão, para evitar a ocorrência de colisões. Para isso, o

protocolo DFWMAC divide o tempo em períodos denominados superquadros, que

consiste em dois intervalos de tempo consecutivos, que são usados da seguinte maneira:

no primeiro tempo, controlado pela PCF, o acesso é ordenado, o que evita a

ocorrência de colisões; após esperar PIFS, o ponto de coordenação dá acesso a

primeira estação, que pode responder após SIFS. Depois de aguardar mais SIFS,

o coordenador dá a vez para a segunda estação e assim por diante. Quando

uma estação não responde após SIFS, o coordenador, aguarda PIFS e passa a

vez para a próxima.

no segundo tempo, controlado pela DCF, o acesso baseia-se na disputa pela

posse do meio, podendo ocorrer colisões.

5.2 Camada Física

Existe três padrões para camada física:

• FHSS (FrequencyHopping Spread Spectrum) – Espelhamento Espectral

por Saltos em Frequência;

• DSSS (DirectSequence Spread Spectrum) - Espelhamento Espectral por

Frequência Directa;

• IR (Infrared).

As especificações FHSS e DSSS são por rádio frequência e operam na frequência de 2,4

GHz, faixa de aplicações de espelhamento de espectro, denominada banda ISM (Industrial

Scientificand medical) cujo uso é liberado sem necessidade de licenciamento. Para o DSSS,

Page 10: Redes wlan

10

é necessário seguir as normas prevista pelo FCC (Federal CommunicationsCommission)

dos Estados Unidos.

5.3 Modos de Operação • Infrastructuremode (Redes de Infra-Estrutura)

• Ad-Hocmode.

5.3.1 Redes Infra-Estruturada

Tem como característica possuir dois tipos de elementos: As Estações Móveis (EM) e os

Pontos de Acesso (PA). Os pontos de acesso são responsáveis pela conexão das estações

móveis com a rede fixa, cada ponto de acesso tem o controlo de uma determinada área de

cobertura (BSA- Basic Set Área).

O PA realiza tarefas importantes de coordenação das estações móveis em sua área, tais

como:

Aceita ou não uma nova estação na rede;

Colhe estatísticas, para realizar gerenciamento do canal e desta forma decidir

quando uma estação pode ou não ser controlada por outro ponto de acesso.

Quando se configurar o ponto de acesso, será necessário especificar sua densidade.

Dentro de três valores:

1. Baixa densidade

É utilizado para realizar o máximo de cobertura com o mínimo de PA´s.

2. Média densidade

É utilizado para realizar uma boa cobertura e throughput, overlaping entre PA´s de uns

20%.

3. Alta densidade

É utilizado para realizar o máximo de througput, com um overlaping entre os PA`s de uns

50% e uso de múltiplos canais.

Page 11: Redes wlan

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5.3.2 Redes Ad Hoc

As redes Ad Hoc têm como característica não possuir nenhuma infra – estrutura para

apoiar a comunicação. Os diversos equipamentos móveis ficam localizados numa pequena

área onde estabelecem comunicação ponto - a - ponto por um certo período de tempo.

5.4 Padrões IEEE 802.11

5.4.1 802.11b

Alcança uma taxa de transmissão de 2022 Mbps padronizada pelo IEEE e uma velocidade

de 11 Mbps, oferecida por alguns fabricantes não padronizados. Opera na frequência de

2.4 GHz. Inicialmente suporta 32 utilizadores por ponto de acesso. Um ponto negativo

neste padrão é a alta interferência tanto na transmissão como na recepção de sinais, porque

funcionam a 2,4 GHz equivalentes aos telefones móveis, fornos micro ondas e

dispositivos Bluetooth. O aspecto positivo é o baixo preço dos seus dispositivos, a largura

de banda gratuita bem como a disponibilidade gratuita em todo mundo. O 802.11b é

amplamente utilizado por provedores de internet sem fio.

5.4.2 802.11a

Foi definido após os padrões 802.11 e 802.11b. Chega a alcançar velocidades de

5409 Mbps dentro dos padrões da IEEE e de 72 a 108 Mbps por fabricantes não

padronizados. Esta rede opera na frequência de 5,8 GHz e inicialmente suporta 64

Page 12: Redes wlan

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utilizadores por Ponto de Acesso (PA). As suas principais vantagens são a velocidade, a

gratuidade da frequência que é usada e a ausência de interferências. A maior desvantagem é

a incompatibilidade com os padrões no que diz respeito a Access Points 802.11 b e g,

quanto a clientes, o padrão 802.11a é compatível tanto com 802.11b e 802.11g na maioria

dos casos, já se tornando padrão na fabricação.

5.4.3 802.11g

Baseia-se na compatibilidade com os dispositivos 802.11b e oferece uma velocidade de 54

Mbps. Funciona dentro da frequência de 2,4 GHz. Tem os mesmos inconvenientes do

padrão 802.11b (incompatibilidades com dispositivos de diferentes fabricantes). As

vantagens também são as velocidades. Usa autenticação WEP estática já aceitando outros

tipos de autenticação como WPA (Wireless Protect Access) com criptografia dinâmica

(método de criptografia TKIP e AES).

Criado para aperfeiçoar as funções de segurança do protocolo 802.11 seus estudos visam

avaliar, principalmente, os seguintes protocolos de segurança:

WiredEquivalentProtocol (WEP)

Temporal Key Integrity Protocol (TKIP)

AdvancedEncryptionStandard (AES)

IEEE 802.1x para autenticação e segurança

O grupo de trabalho 802.11i vem trabalhando na integração do AES com a sub

camada MAC, uma vez que o padrão até então utilizado pelo WEP e WPA, o RC4, não é

robusto o suficiente para garantir a segurança das informações que circulam pelas redes de

comunicação sem fio.

O principal benefício do projecto do padrão 802.11i é sua extensibilidade permitida,

porque se uma falha é descoberta numa técnica de criptografia usada, o padrão permite

facilmente a adição de uma nova técnica sem a substituição do hardware.

5.4.4 802.11ac

O "sucessor" do 802.11n é o padrão 802.11ac, cujas especificações foram desenvolvidas

quase que totalmente entre os anos de 2011 e 2013, com a aprovação final de suas

características pelo IEEE devendo acontecer somente em 2014 ou mesmo 2015.

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A principal vantagem do 802.11ac está em sua velocidade, estimada em até 433 Mb/s no

modo mais simples. Mas, teoricamente, é possível fazer a rede superar a casa dos 6 Gb/s

(gigabits por segundo) em um modo mais avançado que utiliza múltiplas vias de

transmissão (antenas) - no máximo, oito. A tendência é que a indústria priorize

equipamentos com uso de até três antenas, fazendo a velocidade máxima ser de

aproximadamente 1,3 Gb/s.

Também chamada de 5G,o 802.11ac trabalha na frequência de 5 GHz, sendo que, dentro

desta faixa, cada canal pode ter, por padrão, largura de 80 MHz (160 MHz como opcional).

O 802.11ac possui também técnicas mais avançadas de modulação - mais precisamente,

trabalha com o esquema MU-MUMO (Multi-User MIMO), que permite transmissão e

recepção de sinal de vários terminais, como se estes trabalhassem de maneira colaborativa,

na mesma frequência.

Se destaca também o uso de um método de transmissão chamado Beamforming (também

conhecido como TxBF), que no padrão 802.11n é opcional: trata-se de uma tecnologia que

permite ao aparelho transmissor (como um roteador) "avaliar" a comunicação com um

dispositivo cliente para otimizar a transmissão em sua direção.

6. Segurança: WEP, WPA, WPA2 e WPS

O WEP existe desde o padrão 802.11 original e consiste em um mecanismo de

autenticação que funciona, basicamente, de forma aberta ou restrita por uso de chaves. O

WEP pode trabalhar com chaves de 64 bits e de 128 bits. Naturalmente, esta última é mais

segura. Há alguns equipamentos que permitem chaves de 256 bits, mas isso se deve a

alterações implementadas por algum fabricantes, portanto, o seu uso pode gerar

incompatibilidade com dispositivos de outras marcas.

A utilização do WEP, no entanto, não é recomendada por causa de suas potenciais falhas

de segurança (embora seja melhor utilizá-lo do que deixar a rede sem proteção alguma).

Diante deste problema, a Wi-Fi Alliance aprovou e disponibilizou em 2003 outra solução:

o WiredProtectedAccess(WPA). Tal como o WEP, o WPA também se baseia na autenticação e

cifragem dos dados da rede, mas o faz de maneira muito mais segura e confiável.

Page 14: Redes wlan

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Sua base está em um protocolo chamado Temporal KeyIntegrityProtocol (TKIP), que ficou

conhecido também como WEP2. Nele, uma chave de 128 bits é utilizada pelos dispositivos

da rede e combinada com o MAC Address (um código hexadecimal existente em cada

dispositivo de rede) de cada estação. Como cada MAC Address é diferente do outro, acaba-

se tendo uma sequência específica para cada dispositivo. A chave é trocada periodicamente

(ao contrário do WEP, que é fixo), e a sequência definida na configuração da rede

(o passphrase, que pode ser entendido como uma espécie de senha) é usada, basicamente,

para o estabelecimento da conexão. Assim sendo, é expressamente recomendável usar

WPA no lugar de WEP.

Apesar de o WPA ser bem mais seguro que o WEP, a Wi-Fi Alliance buscou um esquema

de segurança ainda mais confiável. Foi aí que surgiu o 802.11i, que em vez de ser um

padrão de redes sem fio, é um conjunto de especificações de segurança, sendo também

conhecido como WPA2. Este utiliza um padrão de criptografia

denominado AdvancedEncryptionStandard (AES) que é muito seguro e eficiente, mas tem a

desvantagem de exigir bastante processamento. Seu uso é recomendável para quem deseja

alto grau de segurança, mas pode prejudicar o desempenho de equipamentos de redes não

tão sofisticados (geralmente utilizados no ambiente doméstico). É necessário considerar

também que equipamentos mais antigos podem não ser compatíveis com o WPA2,

portanto, sua utilização deve ser testada antes da implementação definitiva.

A partir de 2007, começou a aparecer no mercado dispositivos wireless que utilizam Wi-Fi

ProtectedSetup (WPS), um recurso desenvolvido pela Wi-Fi Alliance que torna muito mais

fácil a criação de redes Wi-Fi protegidas por WPA2.

Com o WPS é possível fazer, por exemplo, com que uma sequência numérica chamada

PIN (PersonalIdentificationNumber) seja atribuída a um roteador ou equipamento semelhante.

Basta ao usuário conhecer e informar este número em uma conexão para fazer com que

seu dispositivo ingresse na rede.

No final de 2011, tornou-se pública a informação de que o WPS não é seguro e, desde

então, sua desactivação em dispositivos compatíveis passou a ser recomendada.

7. Vantagens e Desvantagens da WLAN

7.1 Vantagens

Elimina a necessidade de passar cabos por tectos e paredes;

Page 15: Redes wlan

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Menor necessidade de manutenção, fácil expansão e robustez. Esses factores

diminuem o tempo para recuperação dos investimentos realizados na

implantação;

Proporciona à rede atingir locais onde não seria possível alcançar através de

cabeamento;

Diversas tecnologias de configurações facilmente alteradas.

Vários equipamentos podem trabalhar ao mesmo tempo e na mesma faixa de

frequência transmitindo simultaneamente;

Permite o uso em ambientes internos e externos;

Mobilidade, permitindo que os usuários estejam conectados à rede em qualquer

lugar dentro da organização;

Instalação rápida e fácil, pois não há necessidade de passar cabos por paredes e

tectos.

7.2 Desvantagens

Velocidade mais baixa;

Custo bem mais elevado;

Alta taxa de erros conjugada a uma vazão limitada;

As características do meio podem variar muito no tempo influenciando na

propagação do sinal;

Largura de banda limita devido limitações técnicas e a imposição de órgãos

regulamentadores;

O meio é de domínio público, com isso, está propício a interferências e

problemas de segurança;

Alto consumo de energia dos equipamentos portáteis;

Risco para a saúde causada pela radiação electromagnética em alta frequência.

8. SpreadSpectrum

• É a tecnologia de transmissão mais utilizada em aplicações de comunicação wireless

LAN;

• Menos sensível a interferências do meio que as outras tecnologias;

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• É capaz de superar os problemas de interferências;

• Atravessa obstáculos com mais facilidade do que sistemas de microondas;

• A função fundamental dos sistemas Spread Spectrum é aumentar largura de banda

passante.

8.1 Salto em Frequência (FrequencyHopping)

Na técnica de spreadspectrum empregando a tecnologia por saltos de frequência, a

informação transmitida “salta” de um canal para outro numa sequência chamada de

pseudo-aleatória. Esta sequência é determinada por um circuito gerador de códigos

“pseudo-randómicos” que na verdade trabalha num padrão pré-estabelecido.

O receptor por sua vez deve estar sincronizado com o transmissor, ou seja, deve saber

previamente a sequência de canais onde o transmissor vai saltar para poder sintonizar estes

canais e receber os pacotes transmitidos.

As vantagens desta técnica são:

Os canais que o sistema utiliza para operação não precisam ser sequenciais.

A probabilidade de diferentes usuários utilizarem a mesma sequência de canais é

muito pequena.

A realização de sincronismo entre diferentes estações é facilitada em razão das

diferentes sequências de saltos.

Maior imunidade às interferências.

Equipamentos de menor custo.

As desvantagens desta técnica são:

Ocupação maior do espectro em razão da utilização de diversos canais ao longo

da banda.

Page 17: Redes wlan

17

O circuito gerador de frequências (sintetizador) possui grande complexidade.

O sincronismo entre a transmissão e a recepção é mais crítico.

Baixa capacidade de transmissão, da ordem de 2 Mbit/s.

8.2 Sequência Directa (DirectSequence)

Na técnica de spreadspectrum empregando a tecnologia de Sequência Directa, o sinal de

informação é multiplicado por um sinal codificador com característica pseudo-randómica,

conhecido como “chip sequence” ou pseudo-ruído (“pseudo-noise” ou PN-code).

O sinal codificador é um sinal binário gerado numa frequência muito maior do que a taxa

do sinal de informação. Ele é usado para modular a portadora de modo a expandir a largura

da banda do sinal de rádio frequência transmitido.

No receptor o sinal de informação é recuperado através de um processo complementar

usando um gerador de código local similar e sincronizado com o código gerado na

transmissão.

Em razão da utilização de uma grande largura de banda para transmissão, os sistemas em

sequência directa dispõem de poucos canais dentro da banda. Estes canais são totalmente

separados de forma a não gerar interferência entre eles.

A técnica de sequência directa é também o princípio utilizado pelo CDMA

(CodeDivisionMultiple Access) na telefonia celular.

As vantagens desta técnica são:

O circuito gerador de frequência (sintetizador) é mais simples, pois não tem

necessidade de trocar de frequência constantemente.

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O processo de espalhamento é simples, pois é realizado através da multiplicação do

sinal de informação por um código.

Maior capacidade de transmissão, da ordem de 11 Mbit/s.

As desvantagens desta técnica são:

Maior dificuldade para manter o sincronismo entre o sinal PN-code gerado e o

sinal recebido.

Maior dificuldade para solução dos problemas de interferências.

Equipamentos de maior custo.

9. Conclusão

O crescimento das redes de computadores tem sido uma realidade e vem acontecendo de

forma muito rápida. As formas de acesso a dados também têm mudado radicalmente, em

que transacções que antes eram feitas de formas fixas e centralizadas, hoje podem ser feitas

de formas móveis e distribuídas. A cultura de utilização da informação também vem

recebendo novas filosofias da era digital. Mas, como vimos, as redes sem fio podem ser

usadas como complemento para as redes cabeadas que já existem. Esta é a aplicação ideal,

considerando que a velocidade é mais baixa e o custo é mais alto. O melhor custo benefício

seria então usar uma rede cabeada para interligar todos os desktops, ligar um ponto de

acesso ao hub e usar placas wireless apenas nos notebooks e outros aparelhos portáteis. Se

a preocupação for a segurança, é possível incluir ainda um firewall entre a rede cabeada e a

rede sem fio.

Page 19: Redes wlan

19

10. Bibliografia

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_sem_fio#WLAN

Http://pt.wikipedia.org/wiki/IEEE_802.1X

Http://pt.wikipedia.org/wiki/PHY

Http://www.gta.ufrj.br/grad/01_2/802-mac/

http://www.infowester.com/wifi.php

Data and Computer Communications - Fifth Edition( William Stallings)

Redes de Computadores - 5ª Ed. - 2011