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RAMVI, Getúlio Vargas, v. 03, n. 05, jan./ jul. 2016. ISSN 2358-2243 DIVERSOS MÉTODOS DE EXPERIMENTAÇÃO NA CULTURA DA CANOLA E DO AZEVÉM Elessandro Antonio Kaczanoski Discente do curso de Agronomia, Faculdades IDEAU Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS [email protected] Felipe Jose Gewinski Discente do curso de Agronomia, Faculdades IDEAU Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS Gabriel Pauletti Discente do curso de Agronomia, Faculdades IDEAU Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS Kátia Trevizan Engenheira Agrônoma - Mestre em Agronomia Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai IDEAU Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS [email protected] Mauro Antônio de Almeida Médico Veterinário Mestre em Agronegócio Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai IDEAU, Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS [email protected] Greice Mattei Bióloga Doutora em Agronomia Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai IDEAU, Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS [email protected] PIOREZAN, Morgana Karin Bióloga - Doutora em Ciência Bioquímica Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai IDEAU, Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS [email protected] MEIRELES, Ronaldo Bernardon Engenheiro Agrônomo- Mestre em Sementes Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai IDEAU, Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS [email protected] Lidinara Castelli Scolari Matemática Mestra em Educação Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai IDEAU, Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

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RAMVI, Getúlio Vargas, v. 03, n. 05, jan./ jul. 2016. ISSN 2358-2243

DIVERSOS MÉTODOS DE EXPERIMENTAÇÃO NA CULTURA DA CANOLA E

DO AZEVÉM

Elessandro Antonio Kaczanoski

Discente do curso de Agronomia, Faculdades IDEAU

Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

[email protected]

Felipe Jose Gewinski

Discente do curso de Agronomia, Faculdades IDEAU

Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

Gabriel Pauletti

Discente do curso de Agronomia, Faculdades IDEAU

Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

Kátia Trevizan

Engenheira Agrônoma - Mestre em Agronomia

Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU

Rua Jacob Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

[email protected]

Mauro Antônio de Almeida

Médico Veterinário – Mestre em Agronegócio

Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU, Rua Jacob

Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

[email protected]

Greice Mattei

Bióloga – Doutora em Agronomia

Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU, Rua Jacob

Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

[email protected]

PIOREZAN, Morgana Karin

Bióloga - Doutora em Ciência Bioquímica

Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU, Rua Jacob

Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

[email protected]

MEIRELES, Ronaldo Bernardon

Engenheiro Agrônomo- Mestre em Sementes

Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU, Rua Jacob

Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

[email protected]

Lidinara Castelli Scolari

Matemática – Mestra em Educação

Prof. do Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU, Rua Jacob

Gremmelmaier, 215 CEP: 99900-00, Getúlio Vargas/RS

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[email protected]

RESUMO: O objetivo desse trabalho é avaliar diferentes formas de experimentação agrícola. Para as avaliação

foram estabelecidos 4 tratamentos e 2 repetições. A primeira foi a coleta e caracterização da fauna edáfica em

diferentes tipos de solos, sendo: Lavoura, Mata Nativa, Floresta Degradas através das armadilhas Provit. A

segunda foi a avaliação em laboratório da germinação e vigor em papel germitest e substrato das culturas da

Canola e Azevem. Depois disso, foi utilizado novas sementes das mesmas culturas e realizado os testes de vigor

e germinação nos diferentes tipos de solo citados acima. A terceira foi a coleta de solo em bandeias de 10 x 10

cm dos mesmos locias citados para identificar espécies de flora por meio do banco de sementes no diferentes

locais. As armadilhas demontraram uma boa catação de microorganismos onde a quantidade dos mesmos foram

bem distintas devido as condições de cada tipo de solo. A germinação das sementes também alteraram conforme

os locais das amostragens de solo. Na identificação de espécies da flora não se obteve emergência de nenhum

tipo de planta. Todos os experimentos foram utilizados delineamento inteiramente casualizados, com duas

repetições, sendo que todos foram avaliados pelo teste Tukey através do programa Assistat.

Palavras-chave: Experimentação, Canola, Azevém, Fauna Edáfica

ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate different forms of agricultural experimentation. For

evaluation were established four treatments and two replications. The first was the collection and

characterization of soil fauna in different soil types, namely: Crop, natural forest, degraded forest through Provit

traps. The second was the laboratory evaluation of germination and vigor germitest paper and substrate crop of

Canola and ryegrass. After that, it used new seeds and crops of the same tests performed vigor and germination

in diverentes soil types mentioned above. The third was a solo collection in bandeias 10 x 10 cm of the same

locias quoted to identify flora species through seed bank in different locations. Traps demonstrated decreased a

good grooming of microorganisms where the number of them was very different because the conditions of each

type of soil. Seed germination also changed as the locations of soil samples. In plant species identification was

obtained no emergency of any plant. All experiments were used design completely randomized with two

replications, all of which were assessed by the Tukey test through Assistat program.

Keywords: Trial, canola, rye grass, soil fauna

1 INTRODUÇÃO

O solo é considerado como um recurso natural básico, é constituído por um dos

principais componentes dos ecossistemas e dos ciclos naturais, um reservatório de água, um

suporte essencial do sistema agrícola e um espaço para as atividades humanas para resíduos

produzidas. A maioria dos componentes da mesofauna e muitos da macrofauna melhoram o

solo, especialmente no que diz respeito a mobilidade de nutrientes, através de enzimas, e o

melhoramento da estrutura, através da ativação da microvida.

A importância dos microorganismos do solo se justifica em razão das diversas funções

exercidas pelos mesmos, as quais englobam a ciclagem e reciclagem de nutrientes, a

decomposição de materiais orgânicos e sua incorporação as frações orgânicas presentes no

solo, a formação e estabilização de agregados de solo, o controle biológico e a fração de N,

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entre outras. Tais funções são fundamentais para a qualidade de solo e, assim para a

sustentabilidade dos agroecossistemas (BERNARDI, 1961).

A população dos organismos da mesofauna e macrofauna podem ser influenciados

pelo sistema de cultivo, adubação e calagem. O uso de diferentes coberturas vegetais e de

práticas culturais parece atuar diretamente sobre a população da fauna do solo. Este efeito é

muitas vezes relacionado à permanência de resíduos orgânicos sobre a superfície do solo. Por

exemplo, BARROS et al. (2001) observaram em seu trabalho que a diversidade de

macroinvertebrados diminuiu depois do desmatamento.

Os organismos do solo podem ser classificados conforme seu tamanho onde a

macrofauna, corresponde a organismos maiores de 4 mm, com as características de construir

ninhos, cavidades, galerias e transportar materiais de solo, como por exemplo, os anelídeos,

térmitas e formigas, incluindo os moluscos, crustáceos e aracnídeos (LAVELLE et al., 1994).

Na mesofauna, estão os organismos entre 0,2 e 4 mm, que se movimentam em fissuras, poros

e na interface do solo, como por exemplo os ácaros e colêmbolos, incluindo os proturos,

dipluros, tisanuros, e pequenos insetos.

Quando ocorre a transformação da floresta para pastagem ou a derrubada floresta

comparada a um ambiente de pastagem apresentam redução da diversidade de espécies

(VASCONCELOS, 2001). Segundo Primack & Rodrigues (2001) afirmam que retirada da

vegetação provoca o aumento dos ventos e a redução da umidade do local e aumentam a

incidência de incêndios. Com isso, a exploração dos ecossistemas acarretam na diminuição da

densidade e diversidade de uma grande quantidade de organismos que habitam o solo

determinantes na decomposição da matéria orgânica e reciclaram de nutrientes. (Lima et

al.,2003). Devido a alteração do habitat natural, muitas espécies abandonam o local,

entretanto inúmeras espécies morrem ou até se tornam extintas, até que um novo equilíbrio se

estabeleça (SCHIERHOLZ, 1991; THOMAZINI et al, 2000).

Desse modo, o conhecimento da fauna e do seu comportamento ecológico e de

extrema importância, tanto para a avaliação da qualidade do solo, quanto para o conhecimento

da dinâmica dos sistemas de produção (PAOLETTI & BRESSAN, 1996).

A qualidade fisiológica das sementes de canola tem sido caracterizada pela

germinação e pelo vigor, no qual podem ser definidos como a somatória de atributos que

determinam à semente o potencial para germinar, emergir e resultar rapidamente em plântulas

normais sob ampla diversidade de condições ambientais. Em tese, o objetivo básico dos testes

de vigor é analisar diferenças no potencial fisiológico de lotes de sementes cultivadas,

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especialmente daqueles com maior poder germinativo e semelhante (MARCOS FILHO,

1999).

Fatores genéticos, físicos e fisiológicos e sanitários demonstram a qualidade das

sementes que são avaliados com o proprósito de aferir o lote de sementes destinados para

semeadura. Tais fatores estão interligados a mudanças degenerativas de origem bioquímica,

física e fisiológica, que estão associados a queda de vigor das sementes (ABDULBAKI &

ANDERSON, 1972).

A eficiência da tecnologia atribui vários fatores na produção de sementes podendo ser

acompanhada por meio dos métodos de análise que são essenciais na avaliação de germinação

e vigor (ANDRADE & FORMOSO,1991). Com o conhecimento da temperatura de

germinação, bem como estudos visando a seleção de material com maior poder germinativo

em condições de altas temperaturas devem ser associandos a melhoria da lavoura.

Em tese, o artigo tem como objetivo avaliar os aspectos microbiologios e biológicos

do solo, avaliar testes de germinação e vigor da cultura da Canola e do Azevém em diferentes

usos de solo e por fim comparar o banco de sementes ligados a esses diferentes solos atrás da

experimentação agrícola.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizados seis experimentos todos nas dependências da Faculdade IDEAU,

Getúlio Vargas, RS. Altitude 27º53º55º e longitude 52º13º39º a uma latitude de 637 metros,

localizada ao norte do Estado do Rio Grande do Sul. O clima da região é classificado como

clima subtropical, sem estação seca e temperatura do mês mais quente maior que 22ºC (Cfa),

segundo Koppen (1936), precipitação média anual, e temperaturas médias mínimas e

máximas. O solo é classificado como Latossolo Vermelho distrófico típico (Streck e Dalmlim,

2002).

2.1 Análise biológica do solo – Armadilha Provid

O experimento realizado na Faculdade Ideau foi implantado delineamento

inteiramente casualiado com duas repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro

usos de solo, sendo áreas de lavoura, floresta nativa, floresta nativa degradada e áreas de

pastejo (potreiro), que são os sistemas de cultivo mais comum da região.

Implantou-se em agosto de 2015, armadilhas do tipo Provid (CONCEIÇÃO et al.,

2001). A armadilha Provid é constituída por uma garrafa PET com capacidade de dois litros,

contendo quatro aberturas na forma de janelas com dimensões de 6 x 4 cm na altura de 20 cm

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de sua base. Cada uma das armadilhas foram instaladas à campo, contendo em seu interior

200 ml de álcool 70% mais 3 a 5 gotas de formol a 2%, sendo acondicionadas no solo de

modo que as bordas dos frascos ficassem ao nível da superfície do solo. Foram utilizados

cavadeira e pá de corte para abrir as trincheiras, numa profundidade ideal para enterrar toda a

garrafa pet de 2 litros ao solo. Após 4 dias do interrio, foram retiradas as armadilhas e

levadas ao laboratório da Faculdade Ideau e procedeu-se a identificação e contagem dos

organismos com auxilio de peneira para a separação dos resíduos e de lupa e microscópio para

identificação da meso e macro fauna. Para auxilio na identificação foram utilizadas apositlas e

livros.

Figura 1 – 1a Armadilha Provid. 1b Coleta das armadilhas. 1c Contagem de microorganismos.

Fotos: GEWINSKI, F. G. Faculdades IDEAU, Getúlio Vargas, 2015.

2.2.2 Teste de germinação

O experimento foi implantado com delineamento inteiramente casualizados, com duas

repetições. Os tratamentos foram compostos em uso de substrato.

Em setembro de 2015, implantou-se o experimento com o objetivo de avaliar vigor e

germinação em culturas de Canola (Brassica napus L) e Azevém (Lolium multiflorum Lam).

As sementes foram deixadas em local arejado em temperatura ambiente. Posteriormente,

preparou-se as amostras de cada espécie, onde foram contadas 50 sementes cada e colocadas

em Placas de Petri.

As amostras de sementes foram divididas em quatro repetições iguais de cada cultura

e conservadas no Laboratório de Fisilogia da Faculdade de Agronomia da Ideau, com

umidade relativa de temperatura média de 25°C e em condições normais de ambiente do

referido laboratório. Periodicamente, com intervalos semanais, avaliou-se os efeitos dos

tratamentos através de testes de germinação e de teste de vigor.

A germinação se processou em papel Gemitest e no Substrato na sala 20 sob

temperaturas alternadas entre 20 a 30 °C. Utilizou-se bandejas plásticas, onde as sementes

foram semeadas sobre papel especial para germinação.

1aaa

1c

ccc

1b

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6

Foram instaladas duas repetições de sementes de azevem e outra de canola por tratamento e as

interpretações foram efetuadas no dia 15 de setembro de 2015, a partir do início de cada teste,

segundo os critérios estabelecidos nas Regras para Análise de Sementes (MINISTÉRIO DA

AGRICULTURA, 2009).

Figura 2 – Teste de germinação. 2a distribuição da canola em papel Germitest. 2bFechamento

e molhamento das sementes. Fotos: GEWINSKI, F. G. Faculdades IDEAU, Getúlio Vargas,

2015.

2.2.3 Teste de vigor

Os dados da primeira contagem do teste de germinação foram analisados 22 de

setembro de 2015, foram computados, segundo o método utilizado por germinação e vigor.

Foi realizado de maneira idêntica ao teste do papel Germitest, com uma repetição de

100 sementes para cada um dos tratamentos e adicionado 500 gramas de substrato (Figura 3),

em seguida foram distribuídas as sementes e adicionado novamente uma camada de substrato

para cobrir as sementes, na sequencia foi regado as mesmas e deixados por 15 dias em

temperatura ambiente sendo regadas a cada dois dias. Após a germinação foi realizado a

contagem das plântulas germinadas a cada dois dias. Conforme o inicio da germinação foi

calculado o índice de vigor.

2a 2b

3a 3b 3c

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Figura 3 – Teste de vigor em substrato. 3a sementes de azevem sob substrato. 3b inicio da

germinação. 3c Plantulas de azevem emergidas. Fotos: GEWINSKI, F. G. Faculdades

IDEAU, Getúlio Vargas, 2015.

Para testes de germinação foram realizadas duas repetições, uma em laboratório e

outra realizada a coleta das amostras de solo em quatro tipos de solo (área de lavoura, floresta

nativa, floresta degradada (pinus) e áreas de pastejo (potreiro). Realizada as coletas das

amostras, colocou-se em potes contendo 700 gramas de solo em cada. Realizou-se a contagem

de 100 sementes nas culturas de Canola (Brassica napus L) e de Azevém (Lolium

multiflorum). Realizado a semeadura e mantidas em ambiente iluminado, com costante

irrigação possibilitando assim maiores chances para germinação. Para as plântulas germinadas

foram realizadas duas contagens.

2.2.4 Avaliação do banco de sementes

Identificação de espécies da flora provenientes de banco de sementes de diferentes

usos do solo. O delineamento experimental utilizado foi completamente casualizado, com

quatro repetições. ‘Os tratamentos foram compostos por quatro usos de solos coletados nos

mesmos pontos dos outros experimentos, (área de lavoura, floresta nativa, floresta degradada

(pinus) e áreas de pastejo (potreiro) com profundidande de 0 a 10 cm, sendo os blocos de terra

de 10 cm por 10 cm.

Coletou-se as amostras de solo, sendo estas condicionandas em embalagens (16), as

quais foram mantidas em ambiente iluminado, com constante irrigação.

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Figura 4 – Avaliação do banco de sementes em diferentes tipos de solo. Foto: GEWINSKI, F.

G. Faculdades IDEAU, Getúlio Vargas, 2015.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No decorrer da pesquisa, obte-se resultados significativos de meso e macrofauna nos

diferentes locais de coletas, sendo lavoura, mata nativa, mata degradada e potreiro (Figura 5).

Na lavoura foi encontrado um total de vinte e dois microorganismos entre meso e macrofauna

em duas repetições, sendo um “Tatuzinho de Jardim” de nome científico Armadilliduim

vulgare, classificado na classe dos Crustáceos que media 0,3 mm, e o restante de mosquitos

(Lutzomyia longipalpis) entre 1 a 2 mm. Na floresta nativa encontrou-se novamente dezesseis

“Tatuzinhos de Jardim” de tamanho entre 0,3 a 0,4 mm e sete formigas (Atta cephalotes)

medindo 3 mm. Já na mata degradada encontrou-se um total de quatorze microorganismos

sendo eles todos da classe insecta que são as formigas. Por fim no potreiro foi encontrado um

total de dezessete microorganismos, sendo duas larvas (Conoderus escalaris) com

comprimento de 3 a 11 mm e quinze mosquitos medindo 3mm.

b

d

c a

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Figura 5 – Microorganismos da Fauna Edáfica encontrados nas armadilhas Provid. Foto:

GEWINSKI, F. G. Faculdades IDEAU, Getúlio Vargas, 2015.

Tabela 1 – Avaliação de microorganismos da Fauna Edafica

Locais de coleta Mesofauna Macrofauna

Lavoura 10,00

ns 1,00

ns

Floresta Nativa 8,00 3,00

Floresta

degradada 6,00 1,00

Pastejo (potreiro) 5,50 a 2,50 a

Coeficiente de

Variação (%) 36,19 56,57

1As médias seguidas de letras distintas, comparadas nas colunas, diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤ 0,05).

Atravez da interpretação do teste de Tukey, pode-se avaliar que todos os tratamentos

foram estatisticamente semelhantes, onde não ocorreu grande variação, sendo que encontrou-

se uma popolução em destaque na lavoura e na floresta nativa (Figura 5), contendo menos

número de microorganismos na floresta degradada e no potreiro.

Em geral, as práticas de manejo adotadas em sistemas de produção podem afetar de

forma direta e indireta a fauna do solo. Os impactos diretos correspondem à ação mecânica da

aração e gradagem e aos efeitos tóxicos atrazes do uso exessivo de agrotóxicos. Os efeitos

indiretos estão associados à modificação da estrutura do habitat e dos recursos alimentares.

Referente a isso, a retirada da serapilheira e ervas daninhas, bem como a compactação do solo

devido o uso árduo de máquinas agrícolas e monoculturas ocasionam uma simplificação do

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habitat, tendo como consequência uma diminuição em diferentes da comunidade de

microorganismos encontreados no solo (MOREIRA, L.; ASSAD, E. D , 1997).

Outro aspecto que é levado em conta é que a fauna edáfica contribui na decomposição

de resíduos orgânicos e estruturação do solo. Portanto, a determinação da sua população e

diversidade é de fundamental importância para avaliar as características do solo (CANTO,

2000).

Com a importância da implantação de culturas em todo o mundo, destacasse a

germinação e vigor de sementes, com isso foi realizado testes no laboratório usando papel

germitest, onde observou-se um elevado potencial germinativo da canola em relação ao

azevem (Tabela 2).

Tabela 2 – Avaliação de plântulas germinadas em papela germitest na cultura da Canola e

Azevém

Germitest Canola (Brassica

napus L)

Azevem(Lolium

multiflorum)

Teste 1 87,50

ns 77,75

ns

Teste 2 90,70 78,750

Coeficiente de

Variação (%) 4,89 1,92

1As médias seguidas de letras distintas, comparadas nas colunas, diferem entre si pelo teste de Tukey

(p≤ 0,05).

Nos testes de germinação feitos através do papel germitest (Tabela 2) e vigor (Tabela

3) através do substrato da cultura da canola e azevem foi constatado estatisticamente através

do teste de Tukey que não houve diferença significativass em relação a cada cultura isolda.

Em comparação as culturas, a canola se sobressaiu tanto na germinação como no vigor

em relação ao azevem, onde obteve resultado superiores devido ser semente certificada e

tratada com fungicida e inseticida não deixando que fungos e insetos possam ataca-la. O

azevem demonstrou-se inferior devido que a semente era caseira e não foi armazenada

adequadamente, mas germinou mais rapidamente devido que o tamanho da semente é menor

em relação a canola. Observou-se também que a semente de canola se desenvolveu mais sadia

e uniforme comparada ao azevém.

Tabela 3 – Avaliação de vigor em substrato na cultura da Canola e Azevém

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Substrato Canola (Brassica

napus L)

Azevém

(Lolium multiflorum)

Teste 1 75,00 ns

1 70,00 ns

Teste 2 77,75 72,25

Coeficiente de

Variação (%) 2,31

2,05

1As médias seguidas de letras distintas, comparadas nas colunas, diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤ 0,05).

Segundo (LEISHMAN & WESTOBY, 1994), as sementes que apresentam tamanho

maior estão relacionadas com altas taxas de crescimento inicial de plântulas, o que elevaria a

possibilidade de sucesso durante o estabelecimento das mesmas, com o rápido crescimento de

raiz e parte aérea possibilitaria à planta aproveitar maiores taxas de reservas nutricionais e

hídricas do solo e assim realizar a fotossíntese.

Em boa parte dos casos, sementes tratadas antes da semeadura com fungicidas podem

proporciar um efeito na qualidade fisiológica das sementes, além disso, os fungicidas exercem

controle nos micro-organismos, sendo geralmente fungos, com isso nota-se um aumento

considerável na germinação e no vigor das sementes (MARCOS FILHO & PERRI JÚNIOR,

1977).

O vigor de sementes é um fator limitante para um bom desenvolvimento inicial das

plântulas. Conforme Edje & Burris (1971) sementes com baixo vigor emergem mais

lentamente e produzem plantas com menor desenvolvimento inicial, devido a redução de área

foliar ou produção de massa seca.

Em geral, a classificação de sementes devido a massa e tamanho pode ser uma boa

tática para acréscimo da produtividade, sendo que o tamanho da semente altera a germinação,

o vigor das plantas e a produção de grãos (KRZYZANOWSKI et al,.1991).

Em relação a germinação das sementes de canola e azevem a campo, com quatro tipos

de solo diferentes sendo eles: Lavoura, Mata Nativa, Floresta Nativa Degradada e Potreiro

obteve-se diferença significativa de germinação em relação a cada tipo de solo através do

teste de Tukey (Tabela 3). Conclui-se estatisticamente que na lavoura, na mata nativa e na

floresta degrada, a canola teve um resultado supeiror ao substrato, e no potreiro houve um

resultado inferior ao substrato. No azevem, na floresta nativa possui um rendimento superior a

lavoura, floresta degrada e o substrato, sendo no potreiro inferior aos demais.

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Sementes como a da canola que são isentas de dormência devem estar em condições

ambientais adequadas e abundantes de água, luz, temperatura, oxigênio e ausência de agentes

patogênicos associados ao tipo de substrato para sua germinação (FILGUEIRA, 1981).

Tabela 3 – Avaliação de plântulas germinadas em cultura de Canola e Azevém

Locais de coleta Canola (Brassica napus L) Azevém (Lolium

multiflorum)

Lavoura 85,50 a

1 74,00 b

Floresta Nativa 88,00 a 92,00 a

Floresta degradada 85,00 a 72,00 b

Pastejo (potreiro) 31,00 c 47,00 c

Substrato 76,00 b 73,00 b

Coeficiente de Variação (%) 5,51 8,53

1As médias seguidas de letras distintas, comparadas nas colunas, diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤ 0,05).

Há inúmeros problemas que podem ter afetado a germinação da cultura da do azevem,

um deles é o uso de dessecantes químicos, pois o modo em que são aplicados, o efeito que

causa o produto quando a planta está no estádio fenológico, podem acarretar em problemas

sérios para a germinação das sementes (LACERDA et al, 2003). Devido que os herbicidas

aceleram o procedimento de perda de água pelas plantas, e o resultado disso é a diminuição do

período de exibição prolongada a fatores bióticos e abióticos posteriormente a maturidade

fisiológica (HAMER & HAMER, 2003).

Varios fatores favorecem o desenvolvimento de fungos no período de armazenamento

de grãos, tais comos: nível inicial de contaminação, temperatura, condições físicas e sanitárias

dos grãos, umidade, tempo de armazenamento, impurezas, quantidade de insetos e

concentração de CO2 intergranularm (LAZZARI, 1997). Com condições de ambiente,

temperatura e umidade favorável, os esporos dos fungos germinam, desenvolvendo hifas, que

contaminam os grãos (PRADO et al, 1991).

Na identificação de espécies da flora provenientes de banco de sementes de diferentes

usos do solo não foi obtido nenhum resultado esperado para ser avaliado no referente

trabalho.

4 CONCLUSÃO

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Em tese, conclui-se que a armadilha Provid teve uma boa utilização, sendo preciso nos

resultado obtidos onde a mata nativa teve um destaque em número de microorganismos em

relação as demais áreas coletadas.

Nos testes de germinação e vigor, tanto em laboratório como a campo nos diferentes

tipos de solo coletados em bandeijas obteve-se resultado superior da canola em ambos os

locais. O teste de Tukey atingiu o objetivo proposto estatisticamente, contendo as diferenças

entre as culturas e detalhando os resultados necessários do trabalho.

5 REFERÊNCIAS

BERNARDI. Qualidade do solo e sustentabilidade do agroecossistemas. Ciência do solo,

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