ragga drops #84

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quinta-feira, 1º de outubro de 2009 MSN [email protected] Surfing FM Ben Harper, Shwayze, Slightly Stoopid e Jack Johnson Página 6 Boa onda Por dentro do mercado bilionário das pranchas Página 8 Campeonato mineiro de surfe? CARLOS HAUCK/ESP. EM Sim. E já rolaram três edições Páginas 4 e 5 Os três primeiros colocados da categoria Amador 1: Cesar Castanheira (2º lugar), Bruno Silva (1º) e Guilherme Bisarria (3º)

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Campeonato mineiro de surfe? Sim. E já rolaram três edições.

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Page 1: Ragga Drops #84

quinta-feira, 1º de outubro de 2009 MSN [email protected]

Surfing FMBen Harper, Shwayze,

Slightly Stoopid e Jack JohnsonPágina 6

Boa ondaPor dentro do mercado bilionário das pranchas

Página 8

Campeonato mineiro de surfe?

CARL

OS

HAU

CK/E

SP. E

M

Sim. E já rolaram três edições Páginas 4 e 5

Os três primeiros colocados da categoria Amador 1:

Cesar Castanheira (2º lugar), Bruno Silva (1º) e

Guilherme Bisarria (3º)

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países vizinhos, que tocam calypso e outras músicas tradicionais como o aleke, é marca re-gistrada. “Por lá tem muito ragga e dance hall e a vontade era mostrar uma outra linha de trabalho, com outros ritmos”, analisa King.

O aleke, por exemplo, é um ritmo vindo do Suriname, que conta com diversos músicos tocando tambores ancestrais, em uma espé-cie de culto, acompanhado pelas vozes dos integrantes. O rei desse ritmo no país é Morris Siwo, pai de Prince Koloni, que deu as caras nos dois dias do festival em BH. No primei-ro, Koloni mostrou toda a qualidade do seu reggae roots e, no segundo, pôde mostrar o trabalho da Fountering, banda que fez suces-so pela Europa entre 2003 e 2005, mantendo o caminho trilhado pelo pai. “Nunca vi meu pai se apresentar e nem mesmo chegamos a conversar sobre a possibilidade de eu manter essa tradição. Fiz porque gosto de verdade e achei que era o correto a se fazer”, admite Ko-loni. Ele garante que o aleke conta com grande influência de ritmos africanos e do samba.

A dança também não podia ficar de fora e foi mostrada no segundo dia do festival, ao lado de Chris Combette, da Martinica/Guiana Fran-cesa, que apresentou todo o estilo da world music. Quem viu, viu e quem perdeu, agora vai ter que torcer para as atrações retornarem ao país em alguma grande jogada de sorte.

Países da América Central e do Norte da América do Sul dispõem de uma variedade de ritmos, estilos e influências que pouquís-simas pessoas conhecem. Apesar da proxi-midade, os brasileiros pouco acompanham o trabalho de artistas que fazem sucesso na região repleta de ilhas e que também conta com a tão grandiosa floresta amazônica.

Aproveitando as comemorações do ano da França no Brasil, os brasileiros receberam, pela primeira vez (e, provavelmente, úni-ca vez), o Festival TransAmazoniennes, que trouxe a Belo Horizonte e São Paulo artistas de países como Martinica, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Jamaica. O evento, que rola de dois em dois anos na Guiana France-sa, procura divulgar o trabalho de artistas das ilhas caribenhas. Além disso, é considerado um dos maiores festivais culturais da Ama-zônia e do Caribe. “A intenção é aproveitar o ano da França no Brasil para divulgar esses artistas que muitas pessoas desconhecem”, afirma Daniel King, produtor da Amazonian Records, uma das empresas responsáveis pela vinda do festival ao Brasil. A outra é a Trans-portation, também do Suriname. A mediação entre as empresas estrangeiras com o Brasil foi feita pelo Centro Cultural Casa África.

Durante as edições do festival, que rola desde 1998, a presença de músicos do Caribe e de

DIRETOR GERAL Lucas FondaDIRETOR DE MARKETING E PROJETOS ESPECIAIS Bruno Dib

DIRETOR FINANCEIRO J. Antônio Toledo Pinto JORNALISMO Bernardo Biagioni, Sabrina Abreu,

Bruno Mateus, Daniel Ottoni e Izabella Figueiredo DESIGNERS Marina Teixeira, Anne Pattrice e Maytê Lepesqueur

FOTÓGRAFOS Bruno Senna e Carlos Hauck ARTICULISTA Lucas Machado

COLABORADOR Pílula Pop

expedienteragga agência de comunicação integrada(31) 3225-4400

MANDA O SEU:[email protected]

www.raggadrops.com.br

INTERIORGosto bastante do Ragga Drops do jeito que está, mas acho que tinha que ter mais matérias sobre o interior, não só da Grande BH.

Thamara Macedo (18),de Pirapora, pelo MSN

A gente concorda, Thamara. Você tem alguma sugestão de matéria sobre a sua cidade? Manda para o nosso e-mail!

DIARIAMENTELeio o Ragga Drops sempre e gostaria que ele fosse diário. Tem como?

Carine de Carvalho (16), de Bambuí, pelo MSN

Diário é muito difícil, Carine. Se o caderno saísse todos os dias, a gente ia precisar de mais 20 pessoas na redação para produzir tanto conteúdo.

RAGEGosto muito do Ragga Drops e meu sonho é ler uma matéria sobre Rage Against the Machine no caderno. É a minha banda preferida!

Daniel Vilella (19), de Belo Horizonte, pelo MSN

Sensacional, Daniel. Ainda vamos preparar um Drops inteiro sobre rock ‘n’ roll e é claro que o Rage não vai ficar de fora. Enquanto isso, por que você não manda um texto sobre a banda pra cá? A gente publica!

www.raggadrops.com.br

RITMOS DA AMAZÔNIA

Festival TransAmazoniennes chegou ao Brasil pela primeira vez e trouxe a BH e São Paulo apresentações de artistas de qualidade, mas ainda desconhecidos pelo público

TRAN

SAM

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ÃO

quinta-feira, 1º de outubro de 2009ESTADO DE MINAS

Prince Koloni foi um dos destaques do festival, que rolou na última sexta, na Casa do Estudante

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FOTO

S: C

ARLO

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AUCK

/ESP

. EM

NO CAMPEONATO DE FUTEBOL DA ESCOLA AMERICANA

quinta-feira, 1º de outubro de 2009ESTADO DE MINAS

Isabela Moreira (14) e Julia Senra (14) Família PSN

Galera Barreiritos Esporte Clube

Luiza Marques (14),Marina Dutra (15) e Luisa Ribeiro (15)

Marcella Gama (15) e Paula Albuquerque (16)Galácticos Futebol Clube

Disposição Futebol ClubeEssa coluna é assinada pelas meninas do blog

ameixajaponesa.blogspot.com. Passa lá!

A estudante de odontologia Cláudia

Minchillo, de 19 anos, escolheu um

look bem moderno para a festa de

aniversário do amigo. Para a produção,

ela optou pelo short Doc Dog e casaco

da Jeanseria, comprado em sua cidade

natal, Passos (MG). Por baixo, camiseta

de cetim, cinto fino e sandália preta.

Cláudia conta que não tem preferência

por marcas. “Gosto de usar o que me

deixa confortável”, diz.

LUIZ

A FE

RRAZ

/ESP

. EM

Lucas Rodrigues (20),Adriano Andrade (20) e Alexandre Mercadante (20)

manda o seu!

Page 4: Ragga Drops #84

Surfe no pé

O ano era 2001 quando o representante comercial da marca de roupas Rusty Duca Cavalcanti resolveu criar o 1º Campeona-to Mineiro de Surfe. Muita gente deve ter morrido de rir da ideia do cara, já que Mi-nas não tem praia e muito menos tradição no esporte. Oito anos depois, a turma que zombou da proposta inusitada deve estar de cara com o avanço da competição e com o nível dos atletas, que mesmo sem mar, mostram potencial e muito talento.

“Meu irmão surfou profissionalmente durante uns 10 ou 12 anos e, depois que ele parou, teve essa ideia de fazer um cam-peonato de surfe somente com mineiros”, lembra Kaú Cavalcanti, organizador da se-gunda e da terceira edição do evento, em 2008 e 2009. “O lugar escolhido foi o Rio de Janeiro, sobretudo pela facilidade e pro-ximidade”, relata o também representante da marca de surfwear. Na primeira edição do campeonato, cerca de 20 malucos se mandaram para a capital fluminense, sem muitas pretensões. “Nos campeonatos mi-neiros de surfe, não existem atletas profis-sionais. São pessoas que têm o surfe como hobbie e que se arriscam no litoral poucas vezes por mês para pegar onda”, confessa Kaú. Haja disposição.

Quem comprova isso é Bruno Silva, ven-cedor da 3ª edição do campeonato. “Para uma pessoa aprender a surfar, o ideal é ela morar na praia para pegar ondas com mais

quinta-feira, 1º de outubro de 2009ESTADO DE MINASwww.raggadrops.com.br

frequência. Não dá para ficar indo para o litoral todo fim de semana. Acaba ficando fora de mão”, revela. A sorte de Bruno foi ter morado na Austrália e ter aprendido o surfe por lá, onde teve a oportunidade de se dedicar ao esporte. “Quando voltei, já tinha uma boa condição de surfe e apenas mantive o nível indo uma ou duas vezes por mês ao litoral. Aproveitei as férias de julho também para passar o mês no Sul surfando”, solta.

Da primeira para a segunda edição, fo-ram sete anos. “Em 2008, tinha uma verba disponível para fazer um filme, mas decidi investir em outro campeonato. Achei que tinha mais a cara da Rusty. Acabou dan-do certo”, comenta Kaú. Foram 12 atletas participantes, mas o boca a boca da gale-ra fez a terceira edição bombar de vez. “O nosso período de organização e divulgação também foi maior para a edição deste ano e isso fez uma baita diferença”, revela. Pro-va disso foi o número recorde de inscritos, 32. Para participar, a galera tinha que ser nascida em Minas Gerais ou comprovar re-sidência no estado há, no mínimo, cinco anos. “Para a segunda e terceira edições, decidimos fazer na Praia de Geribá, em Bú-zios. A cidade é menor, mais charmosa e o risco de a galera se perder é bem menor”, justifica Kaú.

Para o campeonato deste ano, uma novi-dade: a divisão por categorias. A galera po-

Com apoio da Ragga, Búzios recebeu a 3ª edição do

Campeonato Mineiro de Surfe e mostrou que

a mineirada também manda bem em cima

da prancha sem rodas

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Abaixo, Kaú Cavalcanti, organizador do campeonato, entrega os troféus aos primeiros colocados da categoria Amador 2

manda o seu!

dia se inscrever em qualquer uma das duas disponíveis, mas o ideal era que os novatos se inscrevessem na categoria Amador 2, indicada aos principiantes. Essa categoria contou com 12 participantes e a Amador 1, com 20. Apesar de a galera da Amador 2 contar com novos surfistas, a qualidade das manobras impressionou Kaú. “Achei que o nível da galera seria mais fraco. Mas eles mandaram muito bem e superaram as expectativas”, comemora.

O prêmio mais cobiçado da categoria Amador 1 era uma prancha novinha em folha, que ficou nas mãos de Bruno. “A ha-bilidade dos atletas realmente estava alta e isso só valorizou a conquista”, pontua o jovem, de 22 anos.

Para o ano que vem, a promessa é de um campeonato melhor ainda. “Em 2010 está garantida a 4ª edição do evento. Teremos um maior número de atletas interessados e mais tempo ainda para divulgar e organi-zar. A intenção é fazer uma competição em dois dias, diferentemente das até então re-alizadas, que rolavam em apenas um dia”, admite Kaú.

Durante a premiação, que rolou no Res-taurante Nigiri, em BH, a galera era só elo-gios. “Recebemos um retorno muito bom do público e isso só nos motiva a continuar fazendo esse tipo de evento”, manda Kaú. Para quem acha que mineiro não tem surfe no pé, chegou a hora de quebrar a cara.

ResultadosAmador 11. Bruno Chaves e Silva 2. Cesar Castanheira 3. Guilherme Bisarria 4. Felipe Mario de Almeida Rocha

Para ficar por dentro das próximas edições, acessa aí:www.dkmg.com.br

Amador 21. Gustavo Mendes 2. Jorge Barbi 3. José Célio Ramos Júnior 4. Fábio Mendes Vianna Costa

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AÇÃO

Bruno Chaves e Silva garantiu o primeiro lugar

da categoria Amador 1

Presença feminina colorindo as areias da Praia de Geribá

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PIPOCA

Dá só uma sacada nesse vídeo da banda Orquestra Imperial, que fecha a noite e os três dias de shows do BH Music Station, evento que rolou nas estações de metrô da capital mineira em 19 e 26 de setembro e que termina na madrugada deste domingo. Na versão da música Fita amarela, do eterno sambista Noel Rosa, o grupo mostra toda a sua versatilidade. Difícil não gostar.

“Nada como dar espaço para um cara talentoso! Polvilho está roubando a cena no Pânico! Mandando muito bem!”“Se tocar o disco dos Beatles ao contrário você vai ouvir o Zé Mayer matando o Paul McCartney. #zemayerfacts”“Por que tem loja de malas no aeroporto?! Por acaso alguém que vai viajar chega lá com as roupas na mão e se dá conta que esqueceu a mala?!!”

Manifeste seu mundo. Publique um blog, notícia, vídeo, foto ou podcast no Dzaí. A gente está de olho, e quem sabe seu conteúdo não vem parar no jornal?

Vai lá: http://migre.me/7IMg

twitter.com/mionzera

>> Marcos Mion

Orquestra Imperial

3 VÍDEOS QUE VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE ASSISTIR

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E você? Também tem uma indicação? Um livro, um filme, um site, uma banda no Myspace, uma comunidade no Orkut, enfim... o que você achar que o resto do mundo precisa conhecer. Indique!

Pra isso, basta mandar uma foto, seu nome, cidade e idade pra [email protected], obviamente, com a sua indicação. Tá esperando o quê? Manda o seu!

Se beber, não case

O filme conta a história de quatro amigos que se reúnem para a despedida de solteiro de um deles. Um dos caras é o cunhado do noivo, que não bate muito bem da cabeça e acaba colocando uma droga muito pesada na bebida de cada um deles. Na manhã estão todos de ressaca e ninguém lembra o que aconteceu na noite anterior. O problema é que o noivo sumiu! Esse filme me fez rir do começo ao fim.

POR Débora Nasciutti, 21 anos, de Belo Horizonte

Neste sábado e domingo, o fes-tival Outro Rock repete a fórmula do sucesso do ano passado, quan-do reuniu 12 bandas independen-tes mineiras na Praça Floriano Pei-xoto, no Bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. Apaixonados por todos os gêneros, do folk ao rap, poderão conferir um pouco do que há de melhor na produção musical de Minas Gerais atualmente.

A novidade está na localização e na quantidade de bandas. Para esta segunda edição, o palco será mon-tado na Praça da Savassi e contará com 16 atrações. E isso sem falar na tradicional Feira do vinil, que

neste ano será incorporada ao fes-tival. Se liga que o evento começa às 13h, nos dois dias. E o melhor: é de graça.

SÁBADODead Lovers Twisted Hearts // Monno // Radiotape // Enne // Cinza // Pelos de Cachorro // Junkie Dogs // Cães do Cerrado

DOMINGOTransmissor // Graveola e o Lixo Polifônico // Cinco Rios // Carolina Diz // The Folsons // César Maurício // Julgamento // Aldan

Por um outro rock

LUIS

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ÃO

BH MUSIC FESTAmanhã é dia de BH Music Fest na capital mineira. Buscando repetir o sucesso de 2008, o evento trás na programação as bandas Biquíni Cavadão, Moinho e a cantora Myllena, responsável pela música Quando, faixa tema da novela global Caras & bocas. Tudo a partir das 21h e mais uma vez na Serraria Souza Pinto. No site musicfest.com.br, além de achar outras infor-mações, você pode se cadastrar, concorrer a ingressos e ainda levar um notebook. Corre lá!

NOTINHA

Esse não só é um dos vídeos mais assistidos do YouTube, como também está entre os links indispensáveis para quem gosta de surf music, pop e rap. Shwayze é um rapper norte-americano que soube conciliar, de forma incrível, gêneros musicais completamente diferentes.

Como não poderia faltar, aqui está a dupla imbatível dessa onda de surf music que explodiu em todo o mundo nos últimos anos. Para completar a turma, só faltou o Donavon Frankenreiter.

Pouca gente sabe, mas pouco tempo antes de morrer o vocalista do Sublime, Bradley Nowell, criou um selo de música e assinou esta banda aí, Slightly Stoopid. Escute Closer to the sun e se surpreenda.

migre.me/7vG7

migre.me/7vFW

Shwayze – Buzzin’

Slightly Stoopid – Closer to the sun

Ben Harper e Jack Johnson – Please me like you want to

migre.me/7vG2

quinta-feira, 1º de outubro de 2009ESTADO DE MINASwww.raggadrops.com.br

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Só R$ 32,90 cada um

CREPÚSCULOStephenie Meyer

Um best seller de tirar o fôlego que vai envolver você numa atmosfera de suspense eletrizante em que a jovem protagonista se apaixona por um vampiro.

LUA NOVAStephenie Meyer

A história de Bella e Edward ganha sequência numa surpreendente combinação de romance e suspense que rendeu o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times.

ECLIPSEStephenie Meyer

Assassinatos misteriosos, vingança, lobisomens e um terrível dilema cercam a jovem protagonista dasérie que vendeu mais de 15 milhões de exemplares em todo o mundo.

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quinta-feira, 1º de outubro de 2009ESTADO DE MINASwww.raggadrops.com.br

O mendigo bate na porta e pede uma esmola.— Puxa, mas o senhor me parece tão forte e sadio, por que será que não consegue achar trabalho?— Sei não, madame! Acho que é pura sorte!

A tia vira-se para a Mariazinha e pergunta:— O que você vai fazer quando for grandona como a titia?— Um regime!

Locals only?

Mineiro não tem mar, mas tira onda de surfista.

Por quê?

Dê uma olhada à sua volta. O surfe está na sua bermuda, na camiseta amarrotada do amigo ali ao lado, neste jornal mineiro e mesmo no fundo de tela do computador de quem nunca encarou uma onda na vida.

Pelo que se tem datado, o surfe brasileiro deu os primeiros passos pelos idos de 1938. A popu-larização veio mais tarde, quando na rádio não se ouvia mais só choro e samba. Eram os anos 1950, o Brasil conhecia o rock ‘n’ roll. Nascia um tempo de gritar por liberdade, encarar a vida sob uma nova perspectiva, mais jovem e ativa. Para que os maiôs? Usem biquíni. Para que ficar à toa? Surfem!

Longe das marolas litorâneas, o surfe acabou in-vadindo a praia dos mineiros. A recíproca é verdadeira e os mineiros também invadiram as praias do surfe: “Isso ocorre pela relativa proximidade entre o esta-do e o mar. São só 450 quilômetros para pegar uma onda. Não é à toa que uma rapaziada daqui tem casa no litoral”, lembra Kaú Cavalcanti, representante de marcas como Rusty, Reef, Arnette, Crail e Volcom.

MERCADOSegundo dados divulgados pela Associação Eu-

ropeia da Indústria do Surfe, o mercado do esporte movimenta cerca de R$30 bilhões todos os anos, mundialmente. O Brasil representa nada menos que R$3 bilhões desse total.

Longe do que se podia esperar há alguns anos,

mesmo Minas Gerais goza de um grande prestígio no segmento. “São quase 200 pontos de venda de surfwear no estado. Só em Belo Horizonte são cerca de 50 lojas”, contabiliza Fiore Delmazo, represen-tante comercial da Quicksilver, Hang Loose, Roxy e DC. Maia, representante comercial da Oakley, con-corda: “Minas é um estado que não tem praia, mas tem onda. O pessoal daqui gosta de mar. A moda surfe é uma forma de estar mais próximo disso”.

E não falta gente buscando tal proximidade. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), os produtos do surfe são comercializados em cerca de 12 mil pon-tos, em todo o país. Minas Gerais ocupa posto de destaque entre o consumo nacional: “Para algumas marcas, o mercado mineiro costuma ser o segundo do país. Com as marcas top, as indústrias chegam a faturar em torno de R$ 60 milhões por ano”, decla-ra o representante da MCD Waldir Menezes.

O motivo do sucesso da indústria no Brasil é claro: “O produto combina com o clima do país e com a gente”, opina o agente de negócios da Billabong Marcelo Abalem. O representante da HB Armando Lima analisa: “É preciso enxergar o surfe como uma realidade. Não se trata só de mercado. É um dos esportes mais praticados do Brasil”. Diante do crescimento comercial e da visibilidade nacional, uma coisa é certa: no que depender dos mineiros, o surfe vai continuar numa boa onda.