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O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro começa a tornar público, na internet, seutrabalho de consolidação do perspectivismo ameríndio, que subverte e questiona a filosofiaocidental

O espelho do ocidente 

!"!E# C!$E##OEDITOR INTERINO DO MAIS!

Foi o antropólogo Claude Lévi-Strau é "laro #ue$ $el%or deu "onta da revolu&'o #ue ve$o"orrendo no terreno do pena$ento #ue ele a(udou a de$ar"ar) *+uer no rego,i(e$o #uerno in#uiete$o a ilooia et. nova$ente no "entro do pal"o antropológi"o/ N'o $ai a noailooia a#uela de #ue $in%a gera&'o #ueria e livrar "o$ a a(uda do povo e0óti"o1 $a e$u$a not.vel reviravolta a dele*/O prin"ipal repon.vel pela a&an%a #ue Lévi-Strau de"reve Eduardo 2iveiro de Catro proeor do Mueu Na"ional da 3niveridade Federal do Rio de 4aneiro %. pelo $eno tr5ano pro$etia u$ te0to -e$ or$a de livro- #ue ite$ati,ae e deenvolvee a idéia #ue ele

ve$ apreentando e$ artigo dede $eado da dé"ada de 67/Mudou de idéia/ Apó e"rever $ai de 877 p.gina de"idiu #ue a $el%or $aneira de dar"ontinuidade ao eu pena$ento eria "olo".-lo 9 dipoi&'o de outra "ontri:ui&;e #ue$odii"ae$ eu te0to e "ontru

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"ultura 'o parti"ulare B%. u$ ó $undo e $uita or$a de viv5-lo para v.rio povo do"ontinente a$eri"ano %averia apena u$a "ultura ou u$a *rela&'o* pri$ordial e nature,a parti"ulare dependendo do ponto de vita do o:ervador/o$en e ani$ai eria$ e$pre gente u(eito dea "ulturarela&'o geral/ Ou e(a todo oani$ai para o

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 partir do #ue outro alara$ e(a$ o

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n'o e0ite$ a priori $a ó gan%a$ e0it5n"ia na rela&'o -il%o pai o:rin%o 'o poi&;e e$rela&;e #ue pree0ite$ ao u(eito/ Do$eti"ada no O"idente a rela&'o e0trapola o li$ite do parente"o no pena$ento ind

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ne"eidade #ue poui todo organi$o e dra$ati"a$ente o ani$al de ingerir in"orporar de"o$er para viver/ Ea rela&'o de in"orpora&'o é u$a e0peri5n"ia pri$ordial no pena$entoind

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 No $undo ind

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Folha - Falar numa filosofia dos /ndios 0 di*er que eles s(o conscientes do conte1do dosmitos? Eduardo Viveiros de Castro - Na verdade etou intereado no olo pré-iloói"o na intui&;einaugurai do pena$ento ind

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Folha - E sobre o mundo inclusive nesses re$istros6 teoria do conhecimento% ontolo$ia?Viveiros de Castro - ntologias, por a"or, no plural deliberadamente pro"ocati"o. oc pode alar de epistemologias no plural, como se ala de culturas no plural, mas (ontologia( é como(natureza(, só tem uma& é a /ealidade, com (r( mai0sculo, e essa não tem plural. 1ão h%ontologias, só h% uma realidade, e o discurso ontológico é o discurso do 2m. ra, eu quero

 saber como uncionaria o conceito de ontologia dos (multi"ersos( sem 2m das cosmologiasind'genas.Folha - a/ o sr. di*er que a prpria palavra ,ontolo$ia,% sendo uma provocaç(o% tem um problema% porque o 7er n(o 0 o modelo% mas o 'aver?Viveiros de Castro - E"oquei a' uma passagem particularmente curiosa de um pensador[rancs] hoje obscuro, mas que est% sendo redescoberto, que é 3abriel 4arde [5678-59:7]. ;%um ensaio em que ele diz que o problema da ilosoia ocidental é o problema do "erbo (ser(, queé um "erbo solipsista, intransiti"o.

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(poliate'smos( ind'genas projetam multi-"ersos, eles são rerat%rios A idéia de um uni-"erso, precisamente, que correspondesse a um Driador. #e ato, #eus desapareceu da ideologiadominante, da ideologia cient'ica, mas é porque no undo ele não precisa mais estar a'.

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ee o:"uro di"iplinadore de "on"i5n"ia -evangeli,adore p.ro"o in#uiidore- #uedede a oi"iali,a&'o do "ritiani$o tin%a$ e dedi"ado a u$a la:uta gradual e peritente dedeu:(etiva&'o do $undo) ani$ai .rvore :o#ue onte pedra podia$ até ent'o eragente por virtude própria ou "o$o $oradia de u$ ep

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do undadore do $undo $oderno/ De u$ lado é u$ "orrelato liter.rio da pintura perpe"tivaonde a narra&'o a:oluta dei0a pao a u$ relato $ediado pelo u(eito #ue o protagoni,a$"ada u$ "o$ eu ponto de vita e ua inten&'o/ De outro evo"a ea "o$ologia e0óti"a e$#ue a realidade vi