processos de usinagem mandrilhamento e brochamento

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    Processos deusinagem 

    Mandrilhamento ebrochamento

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    ConteúdoINTRODUÇAO A PROCESSO DE FABRICAÇÃO ................................................................... 3 

    INTRODUÇÃO A MANDRILHAMENTO ............................................................................... 4 

    O QUE É MANDRILHAMENTO? ......................................................................................... 6 

    TIPOS DE MANDRILHAMENTO ......................................................................................... 6 

    MANDRILHAMENTO CILÍNDRICO ..................................................................................... 6 

    MANDRILHAMENTO CÔNICO ........................................................................................... 7 

    MANDRILHAMENTO RADIAL ............................................................................................ 8 

    MANDRILHAMENTO ESFÉRICO ....................................................................................... 10 

    MANDRILHADORAS ........................................................................................................ 11 

    COMPONENTES .............................................................................................................. 17 

    FERRAMENTAS DA MANDRILHADORA. .......................................................................... 20 SISTEMA MODULAR ........................................................................................................ 23 

    TIPO DE MANDRILHADORA. ........................................................................................... 24 

    MANDRILADORAS PORTÁTEIS: ....................................................................................... 25 

    CONCLUSÃO A MANDRILHAMENTO............................................................................... 26 

    INTRODUÇÃO A BROCHAMENTO ................................................................................... 27 

    BROCHADEIRAS............................................................................................................... 28 

    BROCHADEIRA VERTICAL ................................................................................................ 30 

    BROCHADEIRA HORIZONTAL .......................................................................................... 31 

    BROCHAS ........................................................................................................................ 32 

    MÉTODOS DE BROCHAMENTO ....................................................................................... 38 

    AFIAÇÃO .......................................................................................................................... 39 

    GEOMETRIA DOS DENTES ............................................................................................... 40 

    CAVACO .......................................................................................................................... 41 

    QUEBRA-CAVACOS ......................................................................................................... 42 

    PROBLEMAS OCORRIDOS ............................................................................................... 43 

    CONCLUSÃO SOBRE BROCHAMENTO ............................................................................. 44 

    BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 45 

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    INTRODUÇAO A PROCESSO DE FABRICAÇÃO

     Antes de explicarmos o que é mandrilhamento e brochamentoprecisamos entender de onde surgiu o conceito de processo de fabricação.

    Quando surgiu o idéia de usinar ou criar algo?Surgiu a milhares de anos atrás quando o homem pré-histórico percebeu

    que se ele usa-se uma pedra seu golpe ficaria mais forte, e se a pedra tivesseum cabo esse golpe ficaria mais forte ainda. Logo ele percebeu que se a pedrafosse afiada poderia caçar e cortar a pele dos animais. Foi a partir danecessidade de criado um machado que o homem começou a desbastar, cortare furar a matéria.

    Durante centenas de anos a pedra foi matéria prima para o homem ateque no ano de 4.000 A.C o homem começou a trabalhar com metais, primeiro ocobre depois o bronze e finalmente o ferro.

    Qualquer peça produzida segue o diagrama abaixo.

    Os processos de transformação de metais e ligas metálicas em peçaspara a utilização conjuntos mecânicos são inúmeros e variados: você podefundir, soldar, utilizar a metalurgia e ou usinar o metal a fim de obter a peçadesejada. Evidentemente, vários fatores devem ser considerados quando seescolhe um processo de fabricação. Como por exemplo:• forma e dimensão da peça;

    • material a ser empregado e suas propriedades;• quantidade de peças a serem produzidas;

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    • tolerâncias e acabamento superficial requerido;• custo total do processamento.

    Podemos dividir os processos de fabricação de metais e ligas metálicasem: os com remoção de cavaco, e os sem remoção de cavaco. O diagramaabaixo mostra a classificação dos processos de fabricação, destacando as

    principais operações de usinagem.

    INTRODUÇÃO A MANDRILHAMENTO

    O mandrilamento pode ser definido como sendo uma operação deusinagem de pré-furos fundidos, forjados ou extrudados com ferramenta degeometria definida, onde tanto a ferramenta quanto a peça podem executar omovimento de rotação. Segundo a Sandvik, o processo é chamado também detorneamento interno, o qual é usado para aumentar o diâmetro de furospreviamente realizados por um outro processo de furação ou fundição.

    Segundo Mühle, a operação de mandrilamento (Figura 1) é utilizadapara aumentar o diâmetro de pré-furos garantindo boa qualidade de forma, boa

    qualidade da superfície e estreitas tolerâncias dimensionais dos cilindros. Estas

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    exigências estão relacionadas principalmente às variações construtivasexistentes nas ferramentas de mandrilar.

    Figura 1. Operação de mandrilamento

    Nos cilindros de blocos de motores, a qualidade geométrica e dimensional doscilindros usinados, e conseqüentemente a estabilidade e produtividade dos

    processos envolvidos, resultam de um conjunto de fatores como: geometria ematerial das ferramentas de corte, material da peça de trabalho, força deusinagem, fixação da peça, rigidez da máquina-ferramenta e condições decorte,entre outros.Existem vários desvios de geométricos nos cilindros do bloco do motor. Estessão provenientes do processo de fundição, os quais devem, ao longo doprocesso de usinagem, ser reduzidos aos valores limites especificados emprojeto (Figura 2).

    Cada etapa da operação de mandrilamento deve fornecer como resultadopeças com qualidade geométrica e dimensional conforme os limites detolerância especificados. Caso uma das etapas não esteja desempenhandobem a sua função, isso pode acarretar na redução da vida das ferramentas dasetapas e de operações posteriores ao mandrilamento e ao brunimento,provocando problemas de instabilidade da linha e elevação do custo deprodução.

    Objetivo principal do mandrilhamento?O mandrilamento é um processo mecânico de usinagem destinado à

    obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou váriasferramentas de barra. Para tanto a ferramenta gira e se desloca segundo uma

    trajetória determinada. 

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    O QUE É MANDRILHAMENTO?

    Mandrilhamento é um processo mecânico de usinagem de superfícies de

    revolução, com o auxilio de uma ou mais ferramentas de corte. Nessaoperação, a ferramenta de corte é fixada a uma barra de mandrilar em um certoângulo, determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra umexemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril.

    TIPOS DE MANDRILHAMENTO

    Dependendo do trabalho, o mandrilhamento, também conhecido comomandrilagem ou broqueamento, pode ser cilíndrico, cônico, radial ou esférico.Pelo mandrilhamento pode-se conseguir superfícies cilíndricas ou cônicas,internas em espaços normalmente difíceis de serem atingidos, com eixosperfeitamente paralelos entre si. As figuras a seguir mostram exemplos dessestipos de mandrilhamento. 

    MANDRILHAMENTO CILÍNDRICO

    O mandrilhamento cilíndrico é o processo em que a superfície usinada écilíndrica e o seu eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual aferramenta gira.

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    M ANDR

    ILHAMENTO CÔNICO

    http://i245.photobucket.com/albums/gg53/gssolutions/cilindrico

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    Mandrilhamento cônico é o processo em que a superfície usinada écônica e seu eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual aferramenta gira.

    MANDRILHAMENTO RADIAL

    http://i245.photobucket.com/albums/gg53/gssolutions/conica

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    Mandrilhamento radial é o processo em que a superfície usinada é planae perpendicular ao eixo em torno do qual gira a ferramenta.

    http://i245.photobucket.com/albums/gg53/gssolutions/radial1

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    MANDRILHAMENTO ESFÉRICO

    O mandrilhamento esférico é o processo em que a superfície usinadaé esférica e o eixo de rotação coincide com o eixo em torno do qual aferramenta gira.

    http://i245.photobucket.com/albums/gg53/gssolutions/esferica

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    MANDRILHADORAS

     As Mandrilhadoras são maquinas especiais que permitem a adaptação dediferentes tipos de ferramentas. Com o acoplamento de acessóriosapropriados, a Mandrilhadoras, alem do mandrilhamento, pode ser utilizadapara fura, fresar, rosquear etc., tornado-se, nesses caso, uma maquinauniversal. Dependendo da posição do eixo - arvore, as mandrilhadoras podemser horizontal ou verticais.

    Em maquinas como essas usinam-se grandes carcaças de caixas deengrenagens e estruturas de maquinas. Uma peça com forma prismática podeser usinada em todos as suas quatro fazes verticais porque a mandrilhadoratem uma mesa giratória que possibilita a usinagem em todos os lados.

    Obs: A parte que esta circula em vermelho chama-se mesa giratória no tópicoCOMPONENTES explicamos melhor o que ela é.

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     A mandrilhadora pode realizar um grande numero de movimentos. Épossível posicionar a ferramenta para usinar um furo ajustando-se o cabeçoteem determinada altura, e a mesa em posição transversal. Todos osdeslocamentos são indicados em escalas graduadas.

    Nas mandrilhadoras mais modernas, as escalas possuem equipamentos deleitura óptica ou contadores numéricos digitais, que permitem maior exatidãono trabalho.

     A vantagem do uso dessa maquina é a economia de tempo. Amandrilhadora universal tem a capacidade de processar todas as operaçõesnecessárias de usinagem, do começa ao fim, do desbaste ao acabamento, semque haja necessidade de remover a peça da maquina.

    Se por exemplo, temo a necessidade de usinar a carcaça de uma caixa deengrenagens ela é colocada na mandrilhadora apoiada na mesa giratória. Amesa gira e assim permite o giro da carcaça em torno do seu eixo vertical.Desse modo, são executadas todas as operações necessárias, como corte,

    rosqueamento, cada uma a seu tempo.

     A seguir temos uma demonstração de seqüencial realizadas por umamandrilhadora universal numa caixa de engrenagem. Analise a figura passo apasso, acompanhando as indicações abaixo.

    Na posição I, marcada na faze superior da peça, são realizadas as operaçõesnumeradas 1, 2 e 3, nessa ordem. A operação 1 consiste num madrilhamentoradial. As operações 2 e 3 correspodem a mandrilhamentos cilíndricossimultâneos. Observe que a exetremidade da barra de mandrilhar esta apoiada

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    sobre um mancal, para evitar deslocamento da ferramenta durante a operação.

     

    Na posição II, marcada na face lateral direita, são feitas as operações 4 e 5,que compreendem um furo mandrilhado com flange e os furos roscados doflange respectivamente.

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    Na posição III, marcada na face frontal, é feito primeiro o furo identificadocomo operação 6. Repare no dispositivo especial acoplado a ferramenta, parafazer a bolacha desse furo. O furo mais acima nessa mesma face requer trêsoperações: 7, 8 e 9. O furo indetificado com o numero 3 já havia sido feito naprimeira posição.

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    Na ultima posição IV, são feitas as operações 10 e 11, ou seja, omandrilhamento e o fresamento da face.

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    COMPONENTES

     Acima temos uma mandrilhadora comum que apresenta as seguintespartes principais:

     A base e barramento para o movimento do carro

    B

     coluna do cabeçoteC  cabeçote porta mandril e anexos cinemáticos para a realização dos váriosmovimentos

    D coluna da luneta

    E luneta

    F carro com a mesa giratória

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    Coluna do cabeçote: é fixado na base da mandrilhadora e leva as guias para ocorrimento do cabeçote.

    Cabeçote porta mandril: é uma das partes essenciais da mandrilhadora e se

    compõe de: a caixa, o berço, a placa giratória com o mandril e os comandos.  A placa tem a finalidade de poder executar faceamentos perfeitamente

    normais ao eixo de rotação.

      O mandril central apresenta em sua extremidade um furo cônico, no qualpodem ser acoplados várias ferramentas como brocas, alargadores efresas.

    Coluna da luneta: alinha-se sobre as mesmas guias da base que serve para ocarro; possui duas guias verticais para a movimentação da luneta.

    Luneta: é presa às guias verticais de sua base, onde pode deslocar-se quandoacionada pelo fuso; o ajuste da altura pode ser feito à mão ouautomaticamente, junto com o cabeçote.

    Carro com mesa giratória: desloca-se sobre o barramento da base; além domovimento longitudinal, o carro também anda transversalmente sobre um trenósecundário.

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      Mesa giratória: Em máquinas como essas usinam-se grandes carcaças decaixas de engrenagens e estruturas de máquinas. Uma peça com formaprismática pode ser usinada em todas as suas quatro faces verticais porquea mandrilhadora tem uma mesa giratória que possibilita a usinagem emtodos os lados.

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    FERRAMENTAS DA MANDRILHADORA.

     As ferramentas de mandrilhar são selecionadas em funçãodas dimensões (comprimento e diâmetro) e características das operações aserem realizadas. Ela tem pequena dimensões porque, geralmente,trabalham no interior de furos previamente executados por brocas. São feitasde aço rápido ou carboneto metálico e montadas em uma barra de mandrilhar.

     A barra de mandrilhar deve ser rígida, cilíndrica, sem direito deretilindeidade. Deve ser bem posicionada no eixo - arvore, para possibilitar amontagem de buchas que forma mancais, como mostra a próxima figura,evitando com isso possíveis desvios e vibrações durante o uso.

     As ferramentas de uso mais comum nas mandrilhadoras são:

    Hastes com pastilhas soldadas de corte simples, usadas para desbastar;

    Laminas de corte duplo, usadas para fazer rebaixos internos de furos;

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    Brocas helicoidais de correção, usadas para corrigir deformações, como

    ovalização, conicidade e retitude, e na operação de pré-alargamentos de furosde até 100 mm;

    Escareadores e rebaixadores, usados no trabalho de alojamento e rebaixo defuros previamente executados por brocas comuns;

    Alargadores fixos, usados para calibrar furos com qualquer diâmetro;

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    Alargadores cônicos, usados para alargar superfícies cônicas internas. Essesalargadores podem ser de desbaste e de acabamento.

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    SISTEMA MODULAR

     As paradas de maquina para troca de ferramentas representam tempo

    ocioso que reflete nos custos de produção. Atualmente, um novo conceito emferramentas de mandrilhamento é utilizado na industria, em que um sistemamodular de ferramenta permite reduzir o tempo gasto nas trocas deferramentas, mantendo a exatidão no trabalho.

    O sistema modular possibilita dispor de um conjunto de ferramentas compartes modulares intercambiáveis.A figura abaixo mostra uma serie destasferramentas.

    O único componente especifico de maquina em todo esse arranjo é oadaptador de fuso. Para operar com esse sistema, reúnem-se blocoselementares de dispositivos, como extensões, redução, diferentes cabeçotesde mandrilhar e acessórios. Quando um sistema modular é bem desenvolvido,ele possibilita solução mais rápida para praticamente todos os problemas demandrilhamento.

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    TIPO DE MANDRILHADORA.Mandrilhadora vertical para camisas 

    Aqui mostramos um tipo de mandrilhadora que encontra-se no mercado.

    -Marca: GROB

    - Curso de brunimento: 400mm

    - Distância Cabeçotes/Mesa: 700mm

    - Nº de Cabeçotes: 8

    - Distância entre cabeçotes: 150mm

    - Potência dos mot. do Cabeçotes: 2x15HP

    - Potência dos mot. do Hidráulico: 2x5HP

    - Dimensões Larg.xCompr.xAltura: 2100x1900x2800*

    - Peso: 12Ton

    *Dimensões aproximadas.

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    MANDRILADORAS PORTÁTEIS:

    Quando a peça a ser usinada é de grandes dimensões e de difícilmanuseio para coloca-la sobre a mesa de uma mandriladora, pode-se fazeruso das mandriladoras portáteis. Na figura um exemplo desse tipo demandriladora em operação.

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    CONCLUSÃO A MANDRILHAMENTO

     A mandrilhadora é uma máquina operatriz muito versátil que podeser empregada em todas as etapas do processo de usinagem. Sua principalvantagem é a economia de tempo, pois oferece a possibilidade de usinar todosos lados da peça sem ter que retira-la da máquina, apenas mudando a posiçãoda mesa e da ferramenta, dependendo das operações desejadas, tais como afuração, faceamento, rosqueamento, fresagem e o mandrilhamentopropriamente dito. Seu uso se dá mais nas etapas finais da usinagem, onde aprodução de refugos é altamente indesejada.

    Durante a realização deste trabalho, encontramos dificuldades paracompilar dados sobre Mandrilhadoras, poucos livros continham informaçõesrelevantes sobre esta máquina nos levando a concluir que apesar de suaversatilidade, a mandrilhadora não é uma máquina comumente utilizada naindústria.

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    INTRODUÇÃO A BROCHAMENTO

     A operação de brochamento, ou brochagem consiste do arranque dematerial da peça por uma sucessão progressiva e linear de gumes de corte. Aferramenta é denominada brocha. A máquina que executa esta operação édenominada brochadeira ou brocheadeira . É uma operação voltada para aprodução de grandes lotes pois cada operação exige o projeto e a execução deuma ferramenta própria, complexa e de alto custo.

    O processo de brochamento permite criar rapidamente encaixes dediversas geometrias para diversos tipos de fixação. Equipamento utilizadopara realizar a operação de construir raias em câmaras internas de peçasusinadas. Normalmente costuma-se produzir raias internas em canos dearmas, que proporcionam o giro do projétil, quando o mesmo é disparado.Confere a superfície do metal elevada característica mecânica, pois suautilização é feita por compactação e esmagamento da superfície.

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    BROCHADEIRAS

     As brochadeiras consistem basicamente de um mecanismo capaz deproduzir o movimento relativo entre a ferramenta, chamada brocha e a peça,que normalmente é linear, denominadas máquinas de brochar . A grandemaioria das máquinas são acionadas hidraulicamente devido a grande forçanecessária.

    Existem brochadeiras que comprimem o objeto a ser trabalhado, outrasque tracionam e outras ainda que tracionam e comprimem. As brochadeirasque comprimem são quase sempre verticais, e as que usam tração sãohorizontais.

    Basicamente se dividem em dois tipos brochadeira vertical e horizontal.

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    VANTAGENS DO BROCHAMENTO

    1- Tolerâncias estreitas de usinagem e bom acabamento

    2- Capacidade de produzir formas variadas externa e internas

    3- Vida longa da ferramenta. A produção pode atingir 2000 a 10000 peçasentre afiações.

    4- Produção econômica . O custo da ferramenta é alto porem o custo porpeça é baixo.

    5- Alta produtividade. A remoção do cavaco é bem rápida pois vários

    dentes atuam ao mesmo tempo em seqüência continua.A operação érealizada em uma só passada fazendo desbaste e acabamento.

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    BROCHADEIRA VERTICAL

    Brochadeira vertical  –  São as brochadeiras com disposição vertical e seutilizam principalmente da força de compressão. Entretanto, podem tambémtracionar e, em alguns casos, utilizar ambas as forças, tanto para brochamentointerno quanto externo. Quando não se dispõe de grande espaço físico, abrochadeira vertical é a mais indicadadevido a sua característica estrutural.

    Existem máquinas de cabeçotes múltiplos que podem executaroperações em várias peças simultaneamente.

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    BROCHADEIRA HORIZONTAL

    Brochadeira horizontal  – Apresenta a vantagem de possibilitar o trabalho com

    ferramentas de grande comprimento. É bastante utilizada na indústriamecânica. No trabalho por força de tração, que utiliza ferramentas de longocomprimento, a montagem do material na brochadeira deve ser feita comcuidado para evitar a flexão da brocha devido ao seu próprio peso.

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    BROCHAS

     As brochas são as ferramentas utilizadas nas brochadeiras, a fim derealizar os mais diversos tipos de cortes lineares, nas mais diversas formas,com algumas exceções. É normalmente feita de um determinado açotemperado e revenido, baseado no tipo de material à usinar, relativamentecomprida e que possui diversos tipos de dentes dispostos em seqüência e comdimensões progressivas em alturas crescentes até a forma final desejada, paratrabalhar diversos tipos de materiais. Pode ser usada para gerar superfíciesinternas ou externas, de perfis regular ou irregular.

     As brochas podem ser forçadas por tração ou compressão, no caso deum brochamento interno ou arrastado sob superfície, no caso de brochamentoexterno. As formas obtidas pelo processo interno, externo e helicoidalrespectivamente:

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    Todas as operações de desbaste e acabamento são realizadas pelamesma ferramenta, a qual possui as seguintes características básicas: hasteque é a ponteira da ferramenta, anterior aos dentes, sendo constituída de guiadianteira e cabeça de tração; dentes de desbaste que ficam na parte inicial dapeça, retirando a maior parte do material a ser usinado; os dentes de

    acabamento que por sua vez localizam-se na parte posterior da ferramentatendo como função o alisamento da peça e definir a precisão e medida final dapeça; e os dentes de reserva que ficam logo após os dentes de acabamentotendo a função de substituírem os dentes de acabamento ao longo do tempode desgaste da ferramenta, aumentando a vida útil; e guia traseira localizadana outra extremidade guiando a ferramenta no seu curso completo (pode teruma cauda para encaixe mais preciso).

    Fig.: Brocha interna de compressão.

    Fig.: Brocha interna de tração.Os tipos de brochas seguem as classificações quanto ao tipo de

    superfície (interno ou externo), quanto a aplicação de força (brochas decompressão, brochas de tração ou rochas giratórias), quanto à forma deconstrução (sólida, seções, dentes postiços ou tipo pote), quanto a disposiçãodos gumes (ortogonais ao eixo da brocha ou oblíquos ao eixo da brocha),quanto a seqüência de corte (escalonamento em alturas crescentes, lateral oucombinado) e quanto a função (rasgo de chaveta, furos redondos, alisamento,etc.)

    Os dentes das brochas são componentes de suma importância para o

    funcionamento correto e produtivo do processo de brochamento. São eles querealizam o corte do material; são dispostos em série e apresentam alturas

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    crescentes, que determinam a penetração de avanço a sf (profundidade decorte). No brochamento a máquina atua com a força e velocidade e aferramenta por si só é que determina o avanço, que será determinado pelo seudesenho e projeto.

    Os primeiros dentes, de desbaste, são de dimensões aproximadas das

    medidas finais da peça para arrancar o material e assegurar o corte, eenquanto os dentes de acabamento se aproximam progressivamente da formafinal desejada.

     Abaixo apresenta-se uma vista em perspectiva dos dentes de umabrocha onde é temos as principais superfícies além das ranhuras quebra-cavaco.

     A distância entre um dente e outro é definido passo dos dentes(P). Passo dos dentes é  um dos mais importantes elementos no projeto deuma brocha, pois determina o número de dentes em corte simultâneo, a forçade tração, a capacidade da bolsa de cavacos e o comprimento da brocha.

     A altura medida entre o fundo do dente e a ponta de corte é a altura (h). Temos ângulos de saída (γ) e folga (α). A diferença entre as alturas dos gumescortante (a) é o avanço.

    Os raios de concordância R e r devem ser definidos de forma ajudar aformação do cavaco, buscando não parti-lo. O cavaco bem formado enrola-se enão possui arestas pontiagudas em contato com a ferramenta. Um cavaco que

    se parte gera diversas arestas que podem danificar o acabamento da peça queestá sendo usinada e também a própria ferramenta.

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     A figura abaixo apresenta apenas os ângulos que definem o dente etambém o avanço a e reforça que o avanço  é igual para todos os dentes deuma mesma parte.

     Abaixo, 02 peças sendo brochadas em uma brochareira automática. Umrobot é responsável pela alimentação de peças a serem usinadas (ver detalheao fundo da foto, 02 peças a espera para serem usinadas) e tambémresponsável por tirar as peças já usinadas 

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     Abaixo, um exemplo de um dos tipos de brochadeira vertical utilizada(Brochadeira CNC Sanyo)  A brochadeira vertical é a mais indicada devido asua característica estrutural.

     As brochadeiras são bastante importantes no processo tanto quanto pela

    diversidade de formas que pode gerar quanto pela estabilidade dimensionaldas peças (lei-se: pouca variação dimensional de uma peça para outra).

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    MÉTODOS DE BROCHAMENTO

    Pode-se classificar a operação de brochamento de várias maneiras. Tem-se:

    a) Tipo de superfície- Interna (mais comum);- Externa.

    b) Direção do movimento- Vertical;- Horizontal (mais comum).

    c) Movimento

    - Da ferramenta (mais comum);- Da peça.

    d) Aplicação do esforço- Por tração (mais comum);- Por compressão.

    e) Brochamento helicoidal- Normal.- Comandado.

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     AFIAÇÃO

     A longa vida útil das ferramentas de brochamento depende muito de umconsciente programa de reafiação.A brocha requer afiação quando: - A operação de brochamento começa a requerer mais força da máquina.- Acabamento insatisfatório começa a ser evidente no produto.- A seção de corte da brocha apresenta sinais de desgaste.- Vibrações ou chiados surgem durante a operação de brochamento.Uma brocha afiada adequadamente:-Assegura um usinagem precisa e de qualidade.

    - Tem menos tendência a desvios.

    - Assegura uma forma ou perfil preciso.

    - Aumenta a vida útil da brocha (em vários anos).

    - Corta custos.

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    GEOMETRIA DOS DENTES

    Os detalhes geométricos podem ser melhor observados na figura. A

    distância entre um dente e outro é definido como P, ou seja, o passo dosdentes. A altura medida entre o fundo do dente e a ponta de corte é h. Têm-seos ângulos de saída (g) e folga (a). A diferença entre as alturas dos gumescortante (a) é o avanço.

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    QUEBRA-CAVACOS

    São retificados nos gumes dos dentes de desbaste, sob forma deentalhes de cantos vivos ou arredondados e dispostos de forma

    desencontrada, de um dente para o outro (FIGURA). O material deixado porum entalhe é removido pelo dente seguinte. Os cavacos assim interrompidossão de mais fácil remoção e não entopem as bolsas das brochas. Os últimos 5a 8 dentes de desbaste bem como os dentes de acabamento não devem terentalhes quebra-cavacos para evitar a ocorrência de marcas na superfícieusinada.

    Entalhes quebra-cavacos nos dentes de desbaste de brochas internas e desuperfície.

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    PROBLEMAS OCORRIDOS

    Processo, correto, isento de rebarba na pista.

    Processo incorreto rebarba na pista.

    Torto

    Defeito

    Forma do fundo dente.

    INCORRETO CORRETO

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    CONCLUSÃO SOBRE BROCHAMENTO

    Conclui-se que o brochamento é um dos processos de usinagem quepossui boas tolerâncias de usinagem e bom acabamento com capacidade deproduzir formas variadas externas e internas, além da ferramenta ter vidalonga, podendo atingir produção pode atingir 2000 a 10000 peças entreafiações.

    O maquinário é caro, porém a produção é econômica e o custo daferramenta é alto porem o custo por peça é baixo, recomendando, assim, aaquisição de uma brochadeira para produção em série e grandes quantidades.

     A remoção do cavaco é bem rápida, pois vários dentes atuam ao mesmotempo em sequência continua. A operação é realizada em uma só passadafazendo desbaste e acabamento, fazendo desse um processo de grandevelocidade de produção.

    Para tudo, temos a certeza de que o brochamento é de grande

    importância para a realização e produção de peças e materiais projetados pelohomem, contribuindo assim para o desenvolvimento de produtos acabados esemi-acabados.

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    BIBLIOGRAFIA

    Livros/ Apostilas

    Livro: STEMMER, Caspar Erich. Ferramentas de Corte II. 2ª ed. Florianópolis.Ed. Da UFSC, 1995.

    Livro: CUNHA, Lauro Sales. Manual Prático do Mecânico. 8ª ed. São Paulo.

    Hemus, 1990.

    Livro: Tecnolocia da usinagem dos materiais Ed. ArtliberLivro:Fundamentos da usinagem dos metais Ed. Edgard Blucher LTDA. Apostila Senai tecnologia mecanica 3° tremo

    SITES

    www.betamaq.com.br/produto_interno.php?view_produto=155 

    www.iem.efei.br/gorgulho/download/Parte_3_Brochamento.pdf

    www.em.pucrs.br/~valega/Brochadeira.ppt

    www.fei.edu.br/mecanica/me733/Me733a/Apbrochamento01.pdf

    www.bibvirt.futuro.usp.br/content/download/6391/52409/file

    www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo.php?codigo=922

    www.hurth-infer.com.br/interna.asp?su=p_maquinas

    pasta.ebah.com.br/download/67proc-pdf-1219

    www.lmp.ufsc.br/linhas_pesquisa/usicav/usicav_mandrilamento.html. 

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