pré descobrimento do brasil

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Pré-Descobrimento do Brasil Pinturas Rupestres no Cidade de Ivolândia – GO A Pré-História do Brasil se refere ao período anterior à chegada dos europeus no continente americano. A Pré- história geralmente se divide em: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico. No Brasil, podem-se encontrar fósseis de animais (como em São Pedro do Sul, Rio Grande do Sul), fósseis de humanos (Luzia), artefatos, cavernas e pinturas rupestres. Dinossauros no Brasil Os primeiros fósseis de dinossauros encontrados no Brasil datam de 1897. Trata-se de pegadas fossilizadas descobertas na localidade de Passagem das Pedras, próximo ao município de Sousa (PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que acreditava tratarem-se de rastros de boi e ema.

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Pré-Descobrimento do Brasil

Pinturas Rupestres no Cidade de Ivolândia – GO

A Pré-História do Brasil se refere ao período anterior à chegada dos europeus no continente americano. A Pré-história geralmente se divide em: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

No Brasil, podem-se encontrar fósseis de animais (como em São Pedro do Sul, Rio Grande do Sul), fósseis de humanos (Luzia), artefatos, cavernas e pinturas rupestres.

Dinossauros no Brasil

Os primeiros fósseis de dinossauros encontrados no Brasil datam de 1897. Trata-se de pegadas fossilizadas descobertas na localidade de Passagem das Pedras, próximo ao município de Sousa (PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que acreditava tratarem-se de rastros de boi e ema.

Entretanto, apenas em 1920 geólogos tomaram conhecimento dos tais "rastros", que após estudados foram identificados como provenientes de dois dinossauros diferentes.

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Apesar da importância da descoberta, o material ficou esquecido por décadas, ora submerso por inundações, ora coberto por camadas de areia e cascalho.

Em 1902 iniciavam-se formalmente as pesquisas paleontológicas na paleorrota em Santa Maria (Rio Grande do Sul), com a coleta de vestígios orgânicos petrificados pelo Dr. Jango Fischer, estudo que resultou na determinação do primeiro réptil terrestre fóssil da América do Sul, o Rincossauro, batizado por Woodward com o nome de Scaphonyx fischeri. Nas décadas seguintes a paleorrota seria visitada por importantes paleontólogos do mundo, tornado-se uma das mais importantes áreas para a paleontologia mundial.

A partir da década de 40, o paleontólogo Llewellyn Ivor Price, natural de Santa Maria (Rio Grande do Sul), realizou estudos na localidade de Peirópolis, Município de Uberaba, Minas Gerais e em pontos isolados do oeste do Estado de São Paulo.

Depois de Price, houve um longo período de quase total inatividade na paleontologia brasileira, só interrompido na década de 70. Foi quando o padre italiano Giuseppe Leonardi estudou o sítio de Souza e publicou um estudo afirmado que parte dos rastros alí encontrados provavelmente pertenciam a um iguanodonte medindo 3 metros de altura e pesado 4 toneladas, que viveu há 110 milhões de anos.

Graças a esse estudo, a região passou a ser conhecida como Vale dos Dinossauros e é hoje um dos sítios paleontológicos mais importantes do mundo.

Para o mundo da paleontologia, evento de enorme importância foi a apresentação pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no dia 28 de agosto de 2006, da réplica do maior dinossauro brasileiro denominado cientificamente de Maxakalisaurus topai.

O Maxakalisaurus topai é um dinossauro herbívoro de 80 milhões de anos, com aproximadamente 13 metros de comprimento e que pesava cerca de nove toneladas. A descoberta dos fósseis, no ano de 1998, se mostra extremamente importante porque tal espécie está relacionada a um grupo muito evoluído de dinossauros, chamado saltasaurinae. Os primeiros fósseis encontrados deste animal foram localizados na Serra da Boa Vista, a cerca de 45 Quilômetros da cidade de Prata, na região do Brasil conhecida como Triângulo Mineiro. Ele recebeu esse nome em homenagem à tribo indígena Maxakalis, que vive atualmente na região, e, após votação popular, passou a ser também chamado de DINOPRATA, em homenagem àquele município situado no Estado de Minas Gerais, local onde foi encontrado.

Para se ter uma idéia da importância científica do maior dinossauro encontrado no Brasil, veja importante e detalhado boletim oficial do

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Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a descoberta e as pesquisas lideradas pelo Professor e Paleontólogo Alexander Kellner:

Ossos, dentes, ovos, pegadas e fezes (coprólitos) de dinossauros são encontrados em bacias sedimentares espalhadas por toda a área que hoje é o Brasil. Os principais sítios paleontológicos estão nas seguintes regiões: Chapada do Araripe (CE); Sousa (PB); Recife (PE); Alcântara e São Luís (MA); Tesouro e Morro do Cambambe (MT); Prata e Peirópolis (MG); Araraquara, Monte Alto, Presidente Prudente e Álvares Machado (SP); Candelária e Santa Maria (RS).

Teorias Imigratórias

São três hipóteses mais aceitas para a colonização das Américas: Corrente asiática (Teoria Clóvis): proveniente da Mongólia, na

Ásia, em levas sucessivas, através da Ponte Terrestre de Bering.

Corrente Malásio-Polinésia pelo Sudeste Asiático até a América Central.

Corrente Australiana pelo pacífico sul. O Homem pode ter se espalhado pelas Américas a uma velocidade de cerca de 1 km/ano. Para chegar do Alasca a Santarém (Pará), no Brasil, uma viagem de cerca de 20.000 km, os homens teriam levado pelo menos 20.000 anos no trajeto.Os achados mais recentes no Brasil, permitem afirmar que a entrada do Homo sapiens no continente americano pode ter-se iniciado entre 150.000 e 100.000 anos atráscarece de fontes. Um continente tão vasto deve ter sido ocupado a partir de diversos pontos de penetração, que incluem também a via marítima, uma vez que o nível do mar variou durante as diferentes épocas e, em certos momentos, chegou até a 150 metros abaixo do nível atual, o que significa que um maior número de ilhas existia, a plataforma continental era mais ampla, tornando essas viagens mais fáceis para os meios tecnológicos dessa altura do que se poderia supor.

Teoria Clóvis

A hipótese mais aceita para a colonização das Américas ainda é a chamada Teoria Clóvis. A hipótese estabelece que a migração principal foi a de elementos provenientes da Mongólia, na Ásia, em levas sucessivas, através da Ponte Terrestre de Bering. Admite-se também que uma imigração menor, equivalente a 1 - 2%, teria vindo da Melanésia ou Sudeste Asiático.Descobertas recentes em outros sítios arqueológicos colocam hoje em dúvida essa teoria. A aparente contradição entre a data de migração pela Beríngia e a idade do humano mais velho na América do Sul (Lucia), nos remete às hipóteses de uma extensão do povoamento a partir das ilhas do Pacífico ou talvez vindos da África.

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Há ainda a possibilidade de erros técnicos de datação do material encontrado no Brasil, especialmente no Piauí.Alguns desses sítios estão no Brasil:

Lagoa Santa, em Minas Gerais Pedra Furada (Urubici), em Santa Catarina Pedra Furada, em São Raimundo Nonato, no Piauí Peruçu, em Minas Gerais

Outro sítio importante na América do Sul é o de Monte Verde, no Chile.

Sítios Arqueológicos

Pedra Pintada

A professora de antropologia da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, Anna Roosevelt (bisneta do presidente norte-americano Theodore Roosevelt) coordenou, em 1996, uma equipe que pesquisou a caverna de Pedra Pintada, em Monte Alegre, Pará, na margem esquerda do Rio Amazonas, a poucos quilômetros do que é hoje Santarém.

Os brasileiros pré-históricos daquela região sustentaram-se com uma economia estável e produziram uma cultura e tecnologias bastante superiores às de seus primos da América do Norte. Os paleoíndios moraram em cavernas confortáveis e protegidas, tinham uma dieta mais saudável e produziram cerâmicas, pinturas rupestres e pontas de flechas. Eles eram caçadores de pequenos animais e coletores de frutas. No auge de sua civilização, chegaram a abrigar cerca de 300 000 indivíduos.

Foram encontradas pontas de lança e cacos de cerâmica datados de 6.000 a 10.000 anos. Os resultados concluíram que os paleoíndios (os primeiros habitantes das Américas) viveram na região amazônica de 11,2 a 10.000 anos atrás. São provas convincentes de que a ocupação humana na América se deu há mais de 20.000 anos.

Ainda assim, as descobertas de Roosevelt ainda não refutaram totalmente a hipótese da chegada dos primeiros habitantes da América pelo Estreito de Bering. O movimento migratório teria ocorrido em levas sucessivas. As populações amazônicas, cujos sinais encontrou na caverna da Pedra Pintada, provavelmente migraram para o sul sem ter tido contato com os caçadores de mamutes americanos.

Pedra Furada

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Pedra Furada

O sítio de Pedra Furada, localizado em São Raimundo Nonato, no Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí, foi encontrado na década de 60. Ele vem sendo estudado, desde os anos 70, por Niède Guidon, uma arqueóloga franco-brasileira. Os achados (pedras lascadas e vestígios de fogueiras) datam de aproximadamente 11.000 anos. Segundo a equipe, não é impossível que os achados possam ter até 48.000 anos. A tese de Guidon vai bem mais longe - cerca de 100 mil anos - e pressupõe que o homem não teria chegado à América vindo da Ásia por terra (via estreito de Bering como se acredita até hoje) e sim, pelo mar, já se utilizando de embarcações. Contudo, as descobertas de São Raimundo Nonato permanecem controversas e ainda não refutam totalmente a Teoria Clóvis.

O sítio também abriga o Museu do Homem Americano. Painéis iluminados e auto explicativos contam a história da presença do homem na América com desenhos, mapas e textos. O espaço também guarda urnas funerárias em argila e réplicas de dois esqueletos humanos encontrados em cavernas da região. Um deles, uma índia de cerca de 30 anos de idade foi encontrado praticamente completo e data de 9,7 mil anos.

Também na região foram encontrados desenhos na Toca do Boqueirão, também em Pedra Furada, que parecem representar uma cena de ataque dos terríveis felinos que já habitaram o continente. As

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concepções dos atuais índios que habitam a região nordeste do país, a exemplo dos cariris, apesar de bastante modificadas, ainda podem se constituir num elemento útil para decifrar tais representações com uma estratégia conjetural. Uma interpretação sobre os desenhos da figura humana desses povos revela uma surpreendente complexidade que pode muito bem corresponder a um mapa das sensações corporais e/ou uma concepção de corpo e espírito. Os encantados são descritos pelos cariris, em geral, como homens descomunais, ferozes e implacáveis, de feição rude e olhos esbugalhados, verdadeiramente assustadores, segundo o antropólogo Nascimento, que estudou em sua tese para Mestrado na Universidade Federal da Bahia os rituais e identificação étnica dos índios do nordeste a partir das concepções de um grupo remanescente - os cariris de Mirandela, (Bahia) em 1994.ela foi fundida em raimundo nonato.

Lagoa Santa

No Brasil, além dos restos do Piauí, existe também um antiguíssimo conjunto achado na região de Lagoa Santa (Minas Gerais), possivelmente os representantes do antigo grupo lingüístico do país - Macro Jê -, cujos descendentes mais próximos hoje seriam os índios cariris e botocudos.

A descoberta, em 1975, no mesmo local, de um fóssil humano de 11,5 mil anos, o mais antigo da América, apelidado de Luzia, colocou ainda mais dúvidas sobre a Teoria Clóvis, já que a pertence a uma mulher com nítidas características polinésias e negróides, indicando que deve ter havido alguma forma de povoamento vindo do Pacífico Sul ou da África. Luzia foi investigada pelo arqueólogo brasileiro Walter Alves Neves.

Pré-Descobrimento

Quando descoberto pelos portugueses em 1500, estima-se que o atual território do Brasil (a costa oriental da América do Sul), era habitado por 2 milhões de indígenas, do norte ao sul.

A população ameríndia era repartida em grandes nações indígenas (atentar pois falando de indígenas o termo "nação" não tem o peso que conhecemos) compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos tupi-guarani, jê e aruaque. Os primeiros eram subdivididos em guaranis, tupiniquins e tupinambás, entre inúmeros outros. Os tupis se espalhavam do atual Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje. Segundo Luís da Câmara Cascudo[1], os tupis foram «a primeira raça indígena que teve contacto com o colonizador e (…) decorrentemente a de maior presença, com influência no mameluco, no mestiço, no luso-brasileiro que nascia e no europeu que se fixava». A influência tupi se deu na

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alimentação, no idioma, nos processos agrícolas, de caça e pesca, nas superstições, costumes, folclore, como explica Cascudo:

«O tupi era a raça histórica, estudada pelos missionários, dando a tropa auxiliar, recebendo o batismo e ajudando o conquistador a expulsar inimigos de sua terra. (…) Eram os artífices da rede de pesca, criadores da farinha de mandioca, farinha de pau, do complexo da goma de mandioca, das bebidas de frutas e raízes, da carne e peixe moqueados, elementos que possibilitaram o avanço branco pelo sertão».

Do lado europeu, a descoberta do Brasil foi precedida por vários tratados entre Portugal e Espanha, estabelecendo limites e dividindo o mundo já descoberto do mundo ainda por descobrir.

Destes acordos assinados à distância da terra atribuída, o Tratado de Tordesilhas (1494) é o mais importante, por definir as porções do globo que caberiam a Portugal no período em que o Brasil foi colônia portuguesa[2]. Estabeleciam suas cláusulas que as terras a leste de um meridiano imaginário que passaria a 370 léguas marítimas a oeste das ilhas de Cabo Verde pertenceriam ao rei de Portugal, enquanto as terras a oeste seriam posse dos reis de Castela (atualmente Espanha). No atual território do Brasil, a linha atravessava de norte a sul, da atual cidade de Belém do Pará à atual Laguna, em Santa Catarina.

Quando soube do tratado, o rei de França Francisco I teria indagado qual era "a cláusula do testamento de Eva" que dividia o planeta entre os reis de Portugal e Espanha e o excluía da partilha.

Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-Hist%C3%B3ria_do_Brasil

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinossauros_no_Brasil

http:indoafundo.com