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Portfolio de Pablo Tavares, jornalista e designer. [email protected]

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pablotavares

EDITORIAL

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pablotavares

Jornalista e designer, brasileiro, 25 anos. Data de Nascimento: 25/08/[email protected]

pablotavares

Experiência ProfissionalCoordenador de Diagramação Junho de 2010 – Dezembro de 2012Jornal O Nacional – Passo Fundo, Rio Grande do Sul • Coordenar os diagramadores na produção de páginas do jornal.• Diagramação da capa da edição, matérias especiais, além de outras editorias (Esportes, Polícia).• Criação e execução de projetos gráficos pertinentes a novos produtos.

Designer Setembro de 2008 – Junho de 2010Jornal O Nacional – Passo Fundo, Rio Grande do Sul • Criação de anúncios de diferentes vertentes (publicações legais, varejo, homenagens).• Trabalhar em conjunto com a OPEC na programação de anúncios.

Diagramador Dezembro de 2007 – Setembro de 2008Jornal O Nacional – Passo Fundo, Rio Grande do Sul • Diagramação de páginas do jornal.

Diagramador (estágio) Dezembro de 2005 – Dezembro de 2007Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil • Diagramação de materiais/publicações experimentais do curso de Jornalismo e publicações internas da instituição.

FormaçãoBacharel em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo 2005-2008 Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil

IdiomasPortuguês – FluenteInglês – IntermediárioEspanhol - Intermediário

ProgramasExperiente:Adobe InDesign (versões cs3 até atual)Adobe Photoshop (versões cs3 até atual)Adobe Illustrator (versões cs3 até atual)Corel DrawNoções:Adobe PremiereFinal Cut

PlataformasMac OS e Windows

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2012

Passo Fundo, sábado a segunda-feira, 29 de dezembro de 2011 a 2 de janeiro de 2012 | Ano 87 | Nº 24.917 | R$ 1,90

perspectivas para 2012O que esperar do ano novo nas mais diferentes áreas.

2011

tivaspecretrO

Os fatos que marcaram o ano que passou em Passo Fundo, no Brasil e no mundo.

RepaRo ameniza Riscos no póRtico da RoselândiaConsiderado um dos pontos mais visitados por turistas em Passo Fundo, o pórtico precisou de reparos depois que um veículo não identificado colidiu contra um dos postes de sustentação.

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COMUNICADOInformações aos nossos leitores que não circularemos com a edição de segunda-feira, em função das comemorações de final de ano.

ON no ipad e no iphone.baixe O app.

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1961: o ensaio para o Golpe

Há 50 anos o país vivia um dos momentos mais importantes de sua história, que resultou num grande levante democrático no rio Grande do sul

O NACIONAL || sÁBaDo e DoMinGo, 20 e 21 De aGosTo De 2011 || 12

Redação/ON

á se foram 50 anos desde que um episódio aconteci-do no rio Grande do sul ficou marcado para sempre na história do país. Foi no dia 25 de agosto de 1961 que a notícia que desenca-deou a Campanha da le-galidade aconteceu. nesta data, o então presidente

Jânio Quadros renunciou e a primei-ra suspeita era que tivesse sido de-posto pelos ministros militares. Mas, igualmente, Jânio, que vinha até en-tão aplicando uma política interna conservadora e uma política externa avançada para os padrões da época, havia mesmo renunciado.

porém, se não depuseram Jânio, os militares tentaram sim impedir que o vice-presidente eleito, João Goulart, que estava em visita ofi-cial à China, assumisse. Diferen-te do que acontece hoje, à época votava-se em um candidato para

presidente e outro para vice, sem a necessidade que pertencessem ao mesmo partido ou coligação. por isso, nas eleições de 1960, o povo brasileiro havia elegido um presi-dente da UDn (União Democrática nacional) e um vice do pTB (par-tido Trabalhista Brasileiro). ide-ologicamente, um representava o oposto do outro.

estava assim formado o cenário que levaria a um dos acontecimentos mais importantes no que se refere ao respeito às normas da Constituição. isso, porque aproveitando a ausência do vice-presidente, os militares pre-tendiam assumir o poder, tal como fizeram mais tarde, em 1964.

enquanto essa era a situação em Brasília, no rio Grande do sul co-meçava uma movimentação que resultaria no maior movimento de-mocrático do estado. Democrático porque reuniu numa mesma preten-são praticamente todos os segmentos da sociedade e que acabou por aliar até mesmo o 3º exército.

“O Rio Grande do Sul resistirá”

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Jânio Quadros, que foi eleito presidente com 48% dos votos, renunciou ao cargo em 25 de agosto de 1961

esta frase foi escrita em faixa e levantada pela população sul-rio-grandense nas ruas de porto alegre em apoio a atitude tomada pelo então governador le-onel Brizola. ela representa o que realmente se pretendia pelas terras gaúchas: resistir à pressão dos militares e fazer assumir a presidência quem a tinha de direito, o vice-presidente eleito, João Goulart.

por laços de parentesco e ideológicos, o movimento para garantir que Jango assumisse foi liderado por Brizola, seu cunhado. sabendo da viagem à China e da intenção dos militares, o governador do estado pediu apoio a sindicatos e demais segmentos para que impedissem o que pretendiam os militares. a Brigada Militar ficou a postos para defender o palácio piratini de onde transmitia discursos, através da rádio Guaíba, apelando para a participa-ção de toda a população. a esta altura, as notícias que chegavam do centro do país eram de planos de bombardeio ao palácio, mas nem assim o movi-mento esmoreceu.

De outro lado, o movimento tomava corpo de resistência e sugeria até mesmo uma corrida às armas. “Brizola, de metralhadora a tira-colo, passou a representar a reação popular às forças conservadoras que tentavam impedir a posse de João Goulart. Colocou a rádio Guaíba sob a intervenção do governo, a qual passou a transmitir os inflamados discursos e apelos de Brizola para a participação de todo o povo em torno da questão da posse de Jango”, define o professor de história, José ernani de almeida.

o clima de guerra tomou conta do estado e em várias cidades gaúchas a população se “alistou” para lutar pelos preceitos da Constituição, o que não foi diferente em passo Fundo.

Movimento pela Legalidade conseguiu mobilizar população do Rio Grande do Sul

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Da Legalidade ao ParlamentarismoA mobilização que começou ainda no dia 25 de agosto seguiu até 7 de setembro, quando então

Jango assumiu como presidente. Mas para que isso acontecesse, ele antes precisou aceitar um acordo e dividir seu “poder” com um primei-

ro ministro indicado pelos militares.“Diante da possibilidade de uma guer-

ra civil, políticos e militares do centro do país negociaram uma solução que evitas-se derramamento de sangue: a adoção de

uma Emenda Parlamentarista. João Goulart poderia assumir desde que aceitasse dividir

o poder com um primeiro ministro, indicado pelo Congresso. Jango, que estava retornan-do ao Brasil, via Uruguai, concordou com a proposta em nome da paz política e assumiu a presidência numa cerimônia no Congresso Nacional em Brasília, em 7 de setembro de

1961”, explica Almeida.Porém, nem nacionalistas e nem esquer-

distas, que haviam se mobilizado no apoio a Jango, estavam conformados com as limita-

ções impostas pela Emenda Parlamentarista e passaram a pressioná-lo no sentido de realizar

um plebiscito que restabelecesse o presiden-cialismo, o que aconteceu em 1963.

Paulo Monteiro: “a mobilização em Passo Fundo foi muito grande”

O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 20 E 21 DE AGOSTO DE 2011 || 13

Cobertura jornalística

Como não podia ser diferente, o jornal O Nacional fez ampla co-bertura do momento, com notícias do que acontecia em Passo Fundo e reproduzindo acontecimentos da Capital e do Centro do País.

União pró-legalidade em Passo FundoSem se desvincular do que

acontecia na Capital, lideranças passo-fundenses faziam por aqui movimentações pró-legalidade, numa união de forças que con-tou com prefeito, vereadores, li-deranças religiosas e estudantis. De acordo com o pesquisador Paulo Monteiro, já nos primei-ros momentos após a renúncia de Jânio, a Câmara de Vereado-res de Passo Fundo declarou-se em sessão permanente. “A se-nhora Irma Helena Salton, que era responsável pela LBA, mon-tou um Comitê Pró-legalidade que conseguiu mobilizar duas mil mulheres, número espantoso para a época”, destaca Monteiro.

Dois dias após a renúncia, em 27 de agosto, no Altar da Pá-tria, foi organizado um comício pela Federação de Estudantes Universitários, atual DCE, com apoio de estudantes secundaris-

tas. “Os Centros de Tradições Gaúchas e as três principais igrejas: Católica, Evangélica Assembleia de Deus e Metodis-ta, abriram suas portas pela lega-lidade. A maçonaria também se manifestou. Todos os vereado-res, independente de partido, se manifestaram”, completa.

Além disso, conta Monteiro, centenas e centenas de pessoas faziam fila no Quartel do Exérci-to para se inscreverem como vo-luntários para lutar em favor da defesa da Constituição. “Enfim, a mobilização em Passo Fundo foi muito grande”. Na sequência dos acontecimentos, no dia 4 de setembro, durante a madrugada, por aqui passaram 2.500 homens do Exército que saíram de Cruz Alta em direção a Vacaria que “ao passarem pela cidade eram aplaudidos pela população”, res-salta.

(Foto: Arquivo/oN)

Jango aceitou o acordo e assumiu tendo um primeiro ministro para dividir o poder

(Foto: reprodução)

(segue)

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 20 E 21 DE AGOSTO DE 2011 || 14

Para o professor do Mestrado em História da Universidade de Passo Fundo, UPF, Adelar Heinsfeld, a Legalidade não pode ser entida-de por si só. “A campanha da legalidade só foi possível em função das conjunturas nacional e internacional. O estopim que originou a campa-nha da legalidade foi aceso com a renúncia do presidente Jânio Quadros. No seu breve período presidencial, Jânio adotou uma política interna conservadora, mas em compensação, sua políti-ca externa foi avançada, levando-se em consi-deração o contexto da época”, salienta.

De acordo com ele, quatro episódios ocorri-dos no contexto da Guerra Fria ajudam a enten-der o ‘pano de fundo’ que propiciou condições para a deflagração da campanha da legalidade: a construção do Muro de Berlim, a Conferência de Punta del Este, a condecoração de Che Gue-vara e a viagem de João Goulart à China.

“Embora a construção do Muro de Berlim não tenha uma ligação direta com os aconteci-mentos no Brasil, sua construção representou o auge do conflito entre os mundos capitalista e socialista”, destaca Heinsfeld. Já a Conferência foi o momento e consolidação da Aliança para o Progresso, “através da qual os Estados Unidos investiriam capitais na América Latina para er-radicar a pobreza e a miséria e impedir que os germes do comunismo se aproveitassem desta situação e ingressassem nas áreas miseráveis do Continente. O confronto de posições entre Dou-glas Dillon e Ernesto Che Guevara, respectiva-mente chefes das delegações dos Estados Uni-dos e de Cuba movimentou a Conferência. Che Guevara foi a sensação da Conferência, pela denúncia da ação imperialista norte-americana e por representar o ‘novo’ na América, tendo em vista que no mês anterior Fidel Castro havia declarado sua adesão ao marxismo-leninismo

e, por conseguinte, iria construir em Cuba uma experiência socialista. Como Che Guevara de-nunciou os propósitos colonialistas da Aliança para o Progresso, Cuba foi excluída”, explica.

Na viagem de retorno, Che parou em Brasília, onde o presidente Jânio Quadros o condecorou com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, “a maior comenda brasileira para estrangeiros que prestam serviços ao Brasil. A grande imprensa ata-cou de uma forma virulenta o gesto do presidente brasileiro. O almirante Pena Boto, presidente da cruzada brasileira anti-comunista, chegou a pro-por o impeachment de Jânio Quadros, alegando que ele havia colocado em risco a segurança na-cional, ao condecorar um guerrilheiro e represen-tante de um governo comunista.A condecoração a Che Guevara fez recrudescer as críticas a Jânio. Na opinião dos seus críticos, ele estava abrindo as portas ao ‘comunismo internacional’”.

Seguindo na linha de pensamento do abrir portas ao comunismo, as críticas da oposição também caíram sobre a viagem de João Goulart à China. “Objetivando uma aproximação com a China para incrementar o comércio brasileiro, Jânio Quadros determinou que o vice-presiden-te João Goulart fizesse uma visita oficial àquele país do Oriente. Ao aproximar-se da China o Brasil estaria ainda mais vulnerável às forças do ‘comunismo internacional’. A viagem reveste-se de uma maior significância ao consideramos o momento internacional, com o mundo viven-do o auge da Guerra Fria. O fato de a viagem ser empreendida por João Goulart assume um caráter ainda mais catastrófico. A relação de João Goulart com as forças sociais e políticas conservadoras era a pior possível, pois já havia um histórico de embates, desde quando Goulart foi Ministro do Trabalho no último governo de Getúlio Vargas”, define o professor.

Opinião“A Campanha da Legalidade repre-

sentou uma reação popular às forças conservadoras que tentaram na épo-ca, após a renúncia de Jânio Quadros, impedir a posse do vice-presidente João Goulart. Foi, sem dúvida, uma ampla mobilização popular de conte-údo democrático, que teve o apoio os-tensivo dos militares, numa das raras ocasiões em que o Exército, no caso o 3ª Exército, esteve literalmente do lado das massas populares. Na época do Rio Grande do Sul era governado por Leonel de Moura Brizola, que foi o grande protagonista da Legalidade. Ele era visto como incendiário, radi-cal e até comunista, por ter encampa-do, em 1959, a Companhia de Energia Elétrica, pertencente à americano-canadense Bond and Share, pelo valor simbólico de um cruzeiro, o que faria depois com a companhia telefônica, filial da Internacional Telephone and Te-legraph Corporation (ITT), determinado a vencer o estrangula-mento do Estado em função de tarifas altas e serviços baixos. E foi este Brizola que colocou-se frontalmente contra o golpe que os ministros militares e a UDN armavam em Brasília. Entrin-cheirou-se no Palácio Piratini e mobilizou a população de Por-to Alegre e de todo estado através do rádio, que teve um papel fundamental no sucesso da Legalidade. Foi formada a Cadeia da Legalidade,comandada pela Rádio Guaíba. As transmissões eram feitas em várias línguas: em português, inglês, francês, e até árabe e turco para denunciar o que estava acontecendo no Brasil. Jornalistas, na maioria muito jovens, se uniram à Bri-zola. Entre eles, um guri de 17 anos, que se tornaria um grande jornalista e fiel amigo de Brizola, Tarso de Castro. Os golpistas chegaram a autorizar um ataque aéreo ao Piratini para calar Brizola. O ataque foi evitado graças à reação dos sargentos que impediram a decolagem dos aviões da Base Aérea de Canoas. Aqui em Passo Fundo,as tropas do I/20ºRC entraram em pron-tidão, o mesmo acontecendo com o 2º Batalhão Policial (Bri-gada Militar). As aulas foram suspensas nas escolas da cidade. A manchete de O Nacional, no dia 26 de agosto, era Ordem e Tranquilidade em Passo Fundo. No sábado, 28 de agosto, a Federação Universitária Passo-fundense, realizou um comício no Altar da Pátria, no qual vários oradores, entre eles Odilon Soares de Lima, Juarez Azevedo, Juarez Teixeira Diehl, Cesar Santos e o prefeito municipal Benoni Rosado, defenderam a posse de João Goulart. Um voluntariado foi aberto pelo Centro Acadêmico João Carlos Machado para lutar, caso necessário, em defesa da ordem e da legalidade. Era Passo Fundo se inte-grando ao movimento popular democrático da Legalidade, o último levante gaúcho.”

José Ernani de Almeida, professor de História

José Ernani de Almeida: “Era Passo Fundo se integrando ao movimento popular democrático da Legalidade, o último levante gaúcho”

(Foto: Arquivo/oN)O pano de fundo

Adelar Heinsfeld: “A campanha da legalidade só foi possível em função das conjunturas nacional e internacional”

Condecoração concedida por Jânio a Che foi uma das motivações para o que culminou na Campanha da Legalidade

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Passo Fundo, TERÇA-FEIRA, 22 de maio de 2012 | Ano 87 | No 25.034

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Avenida Brasil foi interrompida por quase duas horas em protesto contra a violência que atinge cobradores e motoristas do transporte urbano.

Avenida Brasil foi interrompida por quase duas horas em protesto contra a violência que atinge cobradores e motoristas do transporte urbano.

Págs. 4 e 5

Grande Santa Marta e Bairro Integração são áreas para expansão urbana.

Para onde cresce a cidade?

Págs. 8 e 9 Pág. 10

Maio poderá ser o mais seco dos últimos 32 anos.

Passo Fundo está há 23 dias sem chuva

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SÁBADO E DOMINGO, 17 E 18 DE SETEMBRO DE 2011 || O NACIONAL12 ||

Gerson Lopes/ON

Há cinco anos (completos na próxima terça-feira), a notícia sobre a localização do corpo da comerciante Rita de Cássia Felipi, nas águas do arroio Chifranzinho, às margens da RS 153, saída para Soledade, chocava os passo-fundenses. Era o fim trágico de um sequestro pra-ticado por quatro jovens de classe média, entre eles, um adolescente. Meia década depois, o sentimento de impu-nidade ainda convive com a dor da perda entre os fami-liares. Identificados e condenados pelo Tribunal de Justi-ça do Estado pelo crime de extorsão mediante sequestro, qualificado pelo resultado morte, com penas acima de 20 anos, os três adultos permanecem em liberdade aguar-dando julgamento do Supremo Tribunal Justiça.

Um dos raros casos de seqüestro registrados na história policial de Passo Fundo, aconteceu dia 15 de setembro de 2006. Era uma sexta-feira, por volta das 20h, quando Rita deixou o mercado de propriedade da família, na vila Luiza, pela última vez. Na mesma noite, foi es-faqueada, estrangulada e jogada, ainda com vida, no rio. Logo após o crime, os autores deram início a uma série de ligações telefônicas aos familiares exigindo resgate no valor de R$ 40 mil. Algumas chamadas re-alizadas de telefones públicos e outras com o celular da empresária.

Entre o desaparecimento de Rita e a confirmação da morte, foram cinco dias de angústia. Enquanto a

casa dos pais da vítima era transformada em base para a Brigada Militar e Polícia Ci-vil, a família tentava seguir as orientações e manter a rotina para não prejudicar as investigações. Eles seguiram todas as re-comendações à risca. Até mesmo a quantia exigida pelos seqüestradores foi obtida na noite de sexta-feira. Como a família passou a exigir um sinal de vida de Rita, algo que já não era mais pos-sível, o pagamen-to não c h e -g o u a ser feito.

Esta semana, o pai Gildo Felipi, e o marido de Rita, Anildo Roratto conversaram com o jornal O Nacional. Os dois revelaram detalhes, que até então não haviam sido divulgados, sobre as tentativas de negociações e do drama vivido durante os cinco dias daquele setem-bro. Também demonstraram insatisfação com a lenti-

dão da Justiça. “Praticaram um crime brutal e cinco anos depois, os autores ainda estão em liber-

dade. Não é possível, essa situação só faz aumentar nossa

dor” lamenta Felipi.

de um sequestroRevelaçõesMorte da empresária Rita de Cássia Felipi completa cinco anos e família ainda aguarda a prisão dos culpados

O marido ainda guarda as orientações que eram passadas por escrito pela polícia

12 || ESPECIAL

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 17 E 18 DE SETEMBRO DE 2011 || 13

Condenação- Os quatro sequestradores responderam pelo crime de extorsão mediante sequestro, qualificado pelo

resultado morte e por formação de quadrilha.- As prisões ocorreram em 22 de janeiro de 2007, após o encerramento do inquérito da Defrec. - Os autores permaneceram cerca de 30 dias recolhidos, depois liberados através de um habeas

corpus para que respondessem em liberdade. - O menor cumpriu medida socioeducativa no Case por dois anos - Em 2008, a 1ª Vara de Execuções Criminais condenou os três maiores, Darlan da Silva Borges, Cas-

sius Henrique Rodrigues e Diego Antônio Chagas, a pena média de 25 anos, em regime fechado.Porém, a sentença excluiu o crime de formação de quadrilha, reduzindo a pena de cada um em pouco mais de um ano, e autorizou a liberdade dos réus até que o processo fosse julgado nas outras instâncias.

- Em julho de 2009, o Tribunal de Justiça do RS manteve a condenação e o direito de liberdade. O Ministério Público ingressou então com recurso especial no Supremo Tribunal de Justiça.

15 de setembro de 2006 - Sexta-feira O último contato da família com a comerciante foi feito pelo

marido cerca de 30 minutos antes do sequestro. Roratto ligou da casa do pai dele. Rita respondeu que sairia do mercado por volta das 20h, e levaria uma pizza para o jantar. O filho, portador de disfunção global do desenvolvimento (autismo), com cinco anos na época, pela primeira e única vez falou com a mãe. “Coloquei o telefone perto dele e pedi que falasse algo. Então disse: mãe eu amo você” lembra emocionado. Com a demora da esposa em retornar, fez várias ligações, mas o te-lefone já estava desligado.

A polícia foi imediatamente acionada e o carro da víti-ma encontrado abandonado na Vila Jardim. Por volta das 21h30, veio a confirmação de que se tratava de um sequestro. O grupo fez o primeiro contato exigindo o pa-gamento de resgate no valor de R$ 40 mil. O então coman-dante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), coronel Fernando Carlos Bica assumiu as negociações. A família decidiu que o irmão de Rita atenderia as ligações. Espe-cialista em situações de seqüestro, Bicca orientava o ra-paz escrevendo em folhas de ofício o que ele deveria dizer aos seqüestradores. Mais tarde, o próprio policial passou a atender as chamadas. Desesperado, Gildo Felipi saiu em busca do dinheiro e conseguiu levantar rapidamente parte do valor exigido. No segundo contato, por volta das 23h, a família revelou que já tinha a quantia para o pagamento. Os autores informaram que entregariam a comerciante no dia seguinte em frente à catedral.

16 de setembro – SábadoPor volta das 8h, aconteceu o terceiro contato e uma exi-

gência confusa. Os seqüestradores pediram para alguém da família aguardar em frente à catedral, onde Rita passaria no interior de um ônibus. Eles informaram que ela desembarca-ria do veículo e seria libertada, assim que o dinheiro fosse en-tregue no mesmo local. “Estranhamos porque não passa ôni-bus lá. Mesmo assim, coloquei R$ 40 mil dentro de um saco e fui para o local indicado acompanhado do meu filho. Era um dia chuvoso. Larguei o saco com as notas no banco e sentei sobre ele. Ficamos das 9h às 15h, lá. A polícia acompanhava

de longe, mas nada aconteceu” lembra o pai da empresária. Durante à tarde, uma equipe da Polícia Civil de Porto Alegre, especializada em seqüestro chegou a Passo Fundo e assu-miu o comando do trabalho.

17 de setembro – domingoA angústia da família aumenta ainda mais. Depois das pri-

meiras tentativas de negociação, os seqüestrados não fize-ram nenhum contato naquele dia. Tanto a Polícia Civil como a Brigada Militar concentram todas as atenções no caso. Várias informações são checadas, mas não surge nenhuma pista.

18 de setembro – Segunda-feiraPela manhã, o grupo volta a fazer contato. Todas as liga-

ções são feitas para o celular do pai de Rita. Dessa vez, pe-dem que o dinheiro seja depositado em uma conta, em troca, revelariam o paradeiro dela. A família manteve o mesmo po-sicionamento do início, exigindo ouvir a voz de Rita, em troca do pagamento. Os seqüestradores silenciaram e cessaram as ligações.

19 de setembro – Terça-feiraCom o fim das negociações, a tensão aumenta entre os

familiares. A possibilidade de Rita ter sido assassinada é cada vez maior. Desesperado, o Roratto faz uma verdadeira pe-regrinação por hospitais da cidade e região na tentativa de encontrar a esposa. Seguindo as orientações da polícia, os familiares tentam manter as aparências para não chamar a atenção e manter o caso em sigilo.

20 de setembro – quarta-feiraO mistério em torno do sumiço de Rita termina de manei-

ra trágica. Através do rádio, o marido recebe a informação de que um corpo havia sido encontrado às margens do Arroio Chifranzinho, saída para Soledade. “Saí desesperado, em direção a Coxilha, mas vi que estava errado. Quando me aproximei do local, a polícia já estava lá. Não deixou a gente se aproximar muito, mas pude ver que realmente era minha esposa”l amenta.

Cronograma do Sequestro

“Na primeira ligação conclui que

a vítima já estava morta”

Respondendo atualmente pelo Esta-do maior do CRPO, região da produ-

ção, o coronel Fernando Carlos Bicca, na

época comandante do BOE, foi respon-

sável pelas primeiras negociações com os

sequestradores no caso Rita de Cássia.

Com formação em cursos de situações

de alto risco, realizados em Porto Alegre, e com a Guarda Civil da

Espanha, o policial, que já havia en-frentado diversas negociações, se viu

diante de um quadro diferente. “Em todas as anteriores, eu sempre sabia

do paradeiro da vítima. No sequestro da Rita foi diferente” lembra.

Bicca orientou que uma pessoa fos-se designada para atender as ligações e negociar com os sequestradores. O

irmão da comerciante foi o escolhido. O policial então passou a escrever

em folhas de ofício o que ele deveria responder. Nas ligações seguintes, ele mesmo se identificou como represen-tante da família e assumiu a função.

Logo na primeira conversa com os autores, teve a convicção de que a co-merciante já estava morta. “ Nos cur-

sos aprendemos inúmeras técnicas, algumas são consideradas clássicas. Pelo conteúdo da conversa, não tive dúvida. Comentei com os policiais, mas não disse nada aos familiares”

revela. O policial ainda passou toda a noite junto com a família e parte do sábado, quando uma equipe da

Polícia Civil, vinda de Porto Alegre, assumiu todo o trabalho. Ao lembrar do caso, o policial resume. “Foi uma

experiência a mais, pela qual não gostaria de ter passado. “É uma situa-ção muito traumática para a família”.

PrisãoAs investigações do caso foram co-

mandadas pelo titular da Defrec, delegado Adroaldo Schenkel, com apoio das demais DPs. Quatro meses depois, o caso estava desvendado. Foram presos: Darlan da Silva Borges, então com 31 anos, Cassius Henrique Rodrigues, de 21, Diego Antônio Chagas (18) e um menor de 16 anos, que confessou ter indicado o nome de Rita para ser o alvo do sequestro. Ele trabalhava em um frigorífico e entregava carne no merca-do da família da vítima,.

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Passo Fundo, SEGU

ND

A-FEIR

A, 8 de outubro de 2012 | A

no 88 | No 25.150

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ELEITO!

Eleito com 39.872 votos, Luciano Azevedo, PPS, chega a Prefeitura de Passo Fundo ao lado de Juliano Roso, PCdoB.

(Foto: amanda scharr/on)

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Passo Fundo, SEGU

ND

A-FEIR

A, 23 de julho de 2012 | A

no 88 | No 25.086

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Passo Fundo na Divisão Especial

Tricolor vence o Esportivo por 1 x 0, e nos critérios de desempate conquista a segunda vaga para a elite do futebol gaúcho.

(Foto: marcelo alexandre becker/on)

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Passo Fundo, SÁBADO E DOMINGO, 2 e 3 de junho de 2012 | Ano 87 | No 25.044

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RAcIONAMENtO cOMEçA NA tERçA

Corsan divide a cidade em dois setores, adotando o sistema 14X14. Pág. 13

preservando a históriaMausoléu construído pela família do Capitão Jovino e doado ao Exército abriga os restos mortais dos combatentes da revolução constitucionalista.

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SÁBADO E DOMINGO, 2 E 3 DE JUNHO DE 2012 || O NACIONAL10 || 10 || ESPECIAL

História preservadaRestauração do mausoléu onde estão sepultados combatentes mortos na revolução de 1932 será concluída na próxima semanaTexto e fotos: Gerson Lopes/ON

Mesmo do lado de fora do cemi-tério da vila Vera Cruz, já é pos-sível perceber a imponência do mausoléu de aproximadamente 14 metros de altura, onde estão sepul-tados combatentes mortos duran-te a revolução constitucionalista de 1932. Construída na década de 1920 do século passado para rece-ber os restos mortais do capitão Jovino da Silva Freitas, a obra, que se destaca das demais e cha-ma a atenção dos visitantes, aca-bou sendo doada pela família ao Exército Brasileiro justamente em razão de sua grandiosidade.

Deteriorada pelos vários anos de abandono, o mausoléu passa por um processo de restauração. O trabalho é financiado e realiza-

do pelo Exército de Cruz Alta, em parceria com a Prefeitura Munici-pal. Desde abril, quatro militares trabalham na recuperação, que incluiu a remoção da pintura anti-ga, restauro das imagens, vedação das rachaduras, troca das esqua-drias, parte elétrica, e por último, a pintura. A cor branca será man-tida nas imagens, e o restante terá um tom grafite claro. O prazo de conclusão era de 30 dias, mas pre-cisou ser estendido em virtude de problemas na cobertura. “A cú-pula estava completamente solta. A vegetação infiltrou e despren-deu o cimento” explica o cabo, Al-ceu Marcos Machado.

Responsável pela coordenação da reforma, o tenente Gilmar Vitório Copetti revela que o exército inves-tiu R$ 47 mil, entre mão de obra e

materiais. A prefeitura se encarre-gou da hospedagem e da alimen-tação dos quatro funcionários. O restauro deve ser concluído na pró-xima semana, e será entregue ofi-cialmente dia 15 de junho, durante ato solene. “Estive em Passo Fundo no mês de abril e fiquei horrorizado quando vi a situação do mausoléu. Sabia que não seria uma missão fá-cil, mas o resultado está superando as expectativas” comenta o militar. Ele observa ainda que o prédio será permanentemente iluminado por um holofote instalado nas proximi-dades.

Como o processo de tombamen-to já está em fase final, a expecta-tiva é de que durante a solenidade de conclusão do restauro, o mau-soléu seja anunciado como patri-mônio histórico do município.

Ícone da arquiteturaProfessora do curso de arquitetura e urbanismo da UPF, Ana Paula Wickert define o mausoléu no cemitério da Vera Cruz, como um ‘ícone da arquitetura tumular’ por ser, segundo ela, o principal monumento com aque-las características em toda a região. A arquiteta chama a atenção para o fato de que no final do século XX, a construção de mausoléus era uma prática comum por famílias abastadas, e para pessoas de destaques na vida econômica e política do município.

“O Monumento, construído em alvenaria e rebocado com cal, possui linhas de origem historicista com deco-rações em massa, anjos e elementos simbólicos, além de gradis Arte Nouveau, únicos remanescentes deste estilo na cidade, pois as demais edificações que possuíam essa característica arquitetônica já foram demolidas.A cúpula imponente, pode ser visualizada de diversos pontos, o que insere o monumento na paisagem urba-na, mesmo daqueles que não frequentam o cemitério” explica.Ana Paula ressalta ainda a existência de dezenas de túmulos, no entorno do mausoléu, da mesma época e também de relevância histórica e cultural, já em proces-so de inventariação pelo Curso de Arquitetura e Urba-nismo da UPF. “Essa pesquisa, iniciada em 2011, busca identificar e preservar os remanescentes da arquitetura cemiterial em Passo Fundo, valorizando a história e a cultura do lugar” justifica.

Obras de recuperação devem ser concluídas na próxima semana

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 2 E 3 DE JUNHO DE 2012 || 11

A notícia sobre a recupe-ração do mausoléu emo-cionou a família Freitas, responsável pela constru-ção do prédio. Inconfor-mada com a situação de abandono e deterioração

do local, por várias vezes havia procurado o poder público em busca de uma solução. Construído no início dos anos 20 para re-ceber os restos mortais do capitão Jovino, morto em 1918, aos 41 anos, vítima da gripe espanhola, a imponência da obra, uma ho-menagem ao homem que deixou um grande legado ao município, e que virou nome de praça e de rua, não agradou a viúva Juliana de Mello Freitas.

“Ela era uma pessoa simples. Quando viu aquela grandiosidade, achou suntuoso demais” lembra o filho do casal, que leva o mesmo nome do pai, Jovino da Silva Freitas. Aos 102 anos, e com uma memória afiada, o médico aposentado conta que tinha apenas oito quando perdeu o pai. Ele lembra que a construção do mausoléu foi incentiva-da e comandada pelo cunhado Luiz Meira,

e que a areia da obra precisou ser trazida da atual cidade de La-goão, na região noroeste do Es-tado.

Passado um período de apro-x imadamen te quatro anos, Ju-liana solicitou a remoção dos restos mortais do marido para um lugar mais simples. Ela teve o pedido atendido e uma nova sepultura foi construída quase em frente ao mausoléu. “Depois disso, ela decidiu doar para o Exército Brasileiro sepultar os pra-cinhas mortos na revolução. É uma obra de arte que estava abandonada. Estou feliz em

saber que finalmente está sendo restau-rada” comenta Freitas. A doação ao III/8º Regimento de Infantaria, da época, foi ofi-cializada mais tarde através de um decreto de 1974.

Quem foi Capitão Jovino

O homem que empresta o nome à praça em frente à igreja Santa Terezinha, no bairro Rodrigues, deixou um legado político e econômica para Passo Fundo. Com a esposa Juliana de Mello Freitas, teve 16 filhos, sendo que apenas quatro deles atingiram a vida adulta. Integrante do Partido da República, atuou ao lado de nomes como Gervásio Lucas Annes, Nicolau Araújo Vergueiro, Antonino Xavier de Oliveira, Gabriel Bastos, entre outros. Na vida empresarial e social, fez história como proprietário de uma rede telefô-nica e integrou a comissão que construiu o Clube Pinheiro Machado. Dirigiu o jornal O Gaúcho, e foi proprietário do jornal A Voz da Serra, no ano de 1915. Construiu várias casas na região central da cidade, inclusive, uma pista de patinação na Praça Marechal Floriano. Foi proprietário ainda de fábricas de cerveja, massas, ferrarias, livrarias, além de exercer outras atividades.

“A construção é umA obrA de Arte, precisA ser preservAdA”

Jovino da Silva Freitas, 102 anos, com a foto do pai, do qual herdou o mesmo nome: “Sempre tive a vontade de ver o mausoléu restaurado. Fiquei feliz com a notícia da obra ”

ESPECIAL || 11 SÁBADO E DOMINGO, 2 E 3 DE JUNHO DE 2012 || O NACIONAL10 || 10 || ESPECIAL

História preservadaRestauração do mausoléu onde estão sepultados combatentes mortos na revolução de 1932 será concluída na próxima semanaTexto e fotos: Gerson Lopes/ON

Mesmo do lado de fora do cemi-tério da vila Vera Cruz, já é pos-sível perceber a imponência do mausoléu de aproximadamente 14 metros de altura, onde estão sepul-tados combatentes mortos duran-te a revolução constitucionalista de 1932. Construída na década de 1920 do século passado para rece-ber os restos mortais do capitão Jovino da Silva Freitas, a obra, que se destaca das demais e cha-ma a atenção dos visitantes, aca-bou sendo doada pela família ao Exército Brasileiro justamente em razão de sua grandiosidade.

Deteriorada pelos vários anos de abandono, o mausoléu passa por um processo de restauração. O trabalho é financiado e realiza-

do pelo Exército de Cruz Alta, em parceria com a Prefeitura Munici-pal. Desde abril, quatro militares trabalham na recuperação, que incluiu a remoção da pintura anti-ga, restauro das imagens, vedação das rachaduras, troca das esqua-drias, parte elétrica, e por último, a pintura. A cor branca será man-tida nas imagens, e o restante terá um tom grafite claro. O prazo de conclusão era de 30 dias, mas pre-cisou ser estendido em virtude de problemas na cobertura. “A cú-pula estava completamente solta. A vegetação infiltrou e despren-deu o cimento” explica o cabo, Al-ceu Marcos Machado.

Responsável pela coordenação da reforma, o tenente Gilmar Vitório Copetti revela que o exército inves-tiu R$ 47 mil, entre mão de obra e

materiais. A prefeitura se encarre-gou da hospedagem e da alimen-tação dos quatro funcionários. O restauro deve ser concluído na pró-xima semana, e será entregue ofi-cialmente dia 15 de junho, durante ato solene. “Estive em Passo Fundo no mês de abril e fiquei horrorizado quando vi a situação do mausoléu. Sabia que não seria uma missão fá-cil, mas o resultado está superando as expectativas” comenta o militar. Ele observa ainda que o prédio será permanentemente iluminado por um holofote instalado nas proximi-dades.

Como o processo de tombamen-to já está em fase final, a expecta-tiva é de que durante a solenidade de conclusão do restauro, o mau-soléu seja anunciado como patri-mônio histórico do município.

Ícone da arquiteturaProfessora do curso de arquitetura e urbanismo da UPF, Ana Paula Wickert define o mausoléu no cemitério da Vera Cruz, como um ‘ícone da arquitetura tumular’ por ser, segundo ela, o principal monumento com aque-las características em toda a região. A arquiteta chama a atenção para o fato de que no final do século XX, a construção de mausoléus era uma prática comum por famílias abastadas, e para pessoas de destaques na vida econômica e política do município.

“O Monumento, construído em alvenaria e rebocado com cal, possui linhas de origem historicista com deco-rações em massa, anjos e elementos simbólicos, além de gradis Arte Nouveau, únicos remanescentes deste estilo na cidade, pois as demais edificações que possuíam essa característica arquitetônica já foram demolidas.A cúpula imponente, pode ser visualizada de diversos pontos, o que insere o monumento na paisagem urba-na, mesmo daqueles que não frequentam o cemitério” explica.Ana Paula ressalta ainda a existência de dezenas de túmulos, no entorno do mausoléu, da mesma época e também de relevância histórica e cultural, já em proces-so de inventariação pelo Curso de Arquitetura e Urba-nismo da UPF. “Essa pesquisa, iniciada em 2011, busca identificar e preservar os remanescentes da arquitetura cemiterial em Passo Fundo, valorizando a história e a cultura do lugar” justifica.

Obras de recuperação devem ser concluídas na próxima semana

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PASSO FUNDO, 3 de fevereiro de 2012 | Ano 87 | No 24.946

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www.onacional.com.br facebook.com/JornalONacional @redacao_on

ON NO iPad e NO iPhone.baixe O aPP.

O feijão nosso de cada dia

Agricultor familiar do interior de Passo Fundo cria novas variedades de feijão,

que são vendidas na Feira do Produtor.Pág. 9

segundoJoyce livre

Pág. 10

TCE e PGE isentam Kopp de acusações

Pág. 8

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Passo Fundo,

Sábado e domingo, 28 e 29 de janeiro de 2012

Ano 87 | Nº 24.941R$ 1,90

ON no ipad e no iphone.baixe O app.

O movimento comunitário e suas lutas em defesa da população

Autoridades preocupadas com série de assaltos a

turistas argentinos

Começa a vigorar lei que restringe horário das lojas de coveniências

Passo Fundo joga amistoso contra o

Ypiranga de Erechim, no domingo

Págs. 16 e 17

Págs. 8 e 9

Pág. 25

Pág. 26

Nasa divulga imagem da Terra em alta resolução. Foto foi captada pelo novo satélite de monitoramento Suomi NPP

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SÁBADO E DOMINGO, 5 E 6 DE MAIO DE 2012 || O NACIONAL14 ||

em Passo Fundo

14 || ESPECIAL

As homenagens aos 90 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil (PC do B), devem se estender ao longo do ano em todo o Brasil. No Rio

Grande do Sul, o evento mais marcante da data aconteceu em março, com a entrega da medalha 53º Legislatura da Assembleia a 15 personalidades do partido. Criado em 25 de março de 1922, com a sigla PCB, o partido

que enfrentou mais de três décadas de clandestinidade, vive um momento especial no cenário político do país. Nas eleições de outubro, os comu-

nistas estarão na briga pelo comando de nove capitais. Em Porto Alegre, a deputada federal e pré-candidata Manuela d´Ávila, lide-

ra as pesquisas. Em Passo Fundo, após 67 anos de história, e de três mandatos no legislativo, o PC do B, pela primeira

vez, deverá compor a chapa na majoritária. Nesta edição, O Nacional resgata, a partir de depoimentos

sobre alguns personagens, três momentos conside-rados, pelas próprias lideranças, como fundamen-tais para a consolidação do partido no município.

Três momentos do

s mãos que esculpiram os santos da igreja Catedral de Passo Fundo, e construíram outros prédios históricos da cidade e da região, são as mesmas que ajudaram a fundar o PCB, na cidade, no ano de 1945. Construtor

e escultor, Ernesto Delvaux, juntamente com a professo-ra Albertina Rosado, e outros personagens, representam o primeiro momento do comunismo em Passo Fundo.

A afinidade entre as duas famílias não ficou ape-nas no campo da política. Filho adotivo de Delvaux, Saul Soares Ortega, 75 anos, e a filha de Albertina, Ione Rosado Ortega, 76 anos, casaram-se e atualmen-te residem em Santa Catarina. Ainda crianças, os dois testemunharam em suas casas as primeiras reuniões do grupo formado por aproximadamente 12 pesso-as, entre eles figuras como João Roma, Noé Dornel-les, Eduardo Barreiro, entre outros. Ao lembrar-se da mãe, Ione a define como uma mulher à frente de seu tempo, que enfrentou preconceito por

defender posições ideológicas. “Ela era professora de português e latim, demorou a con-seguir uma vaga para lecionar em razão da atuação política. Também chamou a aten-ção da sociedade quando decidiu se casar aos 17 anos, com um homem de 32. Algo impensável para os padrões da época” conta

sorrindo. Foi na casa de Albertina que Luiz Carlos Prestes, se hospedou em sua primeira passagem pela cidade, em 1946. Na segunda, em 62, foi a vez de Delvaux receber o líder comunista.

Deste episódio, Ortega lembra do comício que termi-nou em confusão no centro da cidade, quando um grupo de estudantes de um colégio interno, passou a atirar pe-dras e ovos, contra o palanque, no altar da pátria, instala-do na avenida Brasil. Por questões de segurança, Prestes precisou sair às pressas pela escadaria, ao lado do Clube Comercial. Houve confronto. “Eles se concentraram em frente a nossa casa, ameaçaram invadir, mas nada aconte-ceu” lembra.

O casal recorda das atividades clandestinas realizadas pelo grupo depois que a sigla foi cassada em 47. Entre elas, a distribuição de jornais vindos da capital, como a Tribuna da Imprensa e a Voz Operária. Das reuniões mensais com a presença de um representante do partido de Porto Alegre para trazer instruções e tarefas; e das pichações durante à noite. “Pichar era a mais fácil. Por volta das 22h, a cida-de já era um deserto” brinca Ortega, cujo pseudônimo era Pinto.

Outra lembrança de Ortega foi o convite feito pela igreja para que seu pai esculpisse os santos e ajudasse a levantar as paredes da Catedral. Delvaux aceitou o desafio. “Ele era o único capaz de fazer um trabalho como aquele. Quando estava terminando o último santo, disse ao padre, para pro-vocar, que iria colocar algumas feições do Brizola nele” lembra Saul Ortega. Filho de franceses, Delvaux nasceu no navio a caminho do Brasil, e morreu em 7 de agosto, dia do município, de 1982. As movimentações dos comunistas na cidade permaneceram até o golpe de 64. Com a prisão de alguns líderes, inclusive de Ernesto Delvaux, levado para Porto Alegre, onde permaneceu por cerca de 30 dias, e a fuga de outros, o grupo se dissolveu e o PCB praticamente deixou de existir em Passo Fundo.

Gerson Lopes/ON

O comunista que esculpia santos

comunismo

(FOTO: GERSON LOPES/ON)

Saul Soares Ortega e Ione Rosado Ortega são testemunhas de

como o partido surgiu em Passo Fundo

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 5 E 6 DE MAIO DE 2012 || 15

O partido no BrasilO PCdoB foi fundado em 25 de março

de 1922, no Rio de Janeiro, por um grupo de jovens trabalhadores. Seu surgimento foi con-sequência direta das grandes lutas operárias de 1917 e 1919 e da Revolução Russa e refle-tiu um momento de rupturas no Brasil, do que são expressão a Semana de Arte Moderna, o levante do Forte de Copacabana, a Coluna Prestes e a Revolução de 30.

O partido projetou três núcleos dirigen-tes principais. O primeiro, dos fundadores, do qual fez parte Abílio de Nequete, teve Astrogildo Pereira como principal figura. O segundo, formado a partir da reorganização do Partido em 1943, teve em Luiz Carlos Prestes sua principal referência. O terceiro, constituído a partir da reorganização de

1962, teve como principal ideólogo e organi-zador João Amazonas.

No ano de 1935, os comunistas e aliancistas sofreram violenta repressão. Neste período Luiz Carlos Prestes foi preso e sua esposa, Olga Benário, foi entregue à Ges-tapo e assassinada nas câmaras de gás da Alemanha.

Após o Brasil passar por um período de redemocratização, em 1945, o PCdoB elegeu o senador mais votado do país, Prestes, e 14 deputados constituintes. Em 1947, com 200 mil filiados, o partido editava oito jornais diários, dezenas de revistas e semanários. Também ajudou a juventude brasileira a cons-truir a força da UNE e UBES.

Em 1947, os mandatos de todos seus parlamentarem são cassados. Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, três depu-tados e todos os seus suplentes tiveram seus mandatos cassados. As sedes do partido e seus jornais foram fechados e forte repressão se abateu sobre os comunistas.

Após profundas divergências no partido, que levou até a mudança do nome, em uma conferência nacional extraordinária, em 1962, foi realizada uma reorganização, em que a sigla foi denominada PCdoB.

Após o golpe de 64, o PCdoB organizou a resistência ao regime militar. Em 1975, apontou as três bandeiras que a partir daí unificariam

todas as oposições na luta pelo fim da ditadura: anistia ampla e irrestrita, fim de todos os atos e leis de exceção e constituinte livremente eleita.

O partido participa, em 1984, da campanha das “Diretas Já”, que levou multidões às ruas. O PCdoB reconquista a legalidade em 1985.

Teve participação na sigla no governo Lula, desde seu primeiro mandato, e nos governos de Dilma e de Tarso. Nas eleições de 2010, a sigla teve a quarta maior votação para o Senado, ficando atrás apenas do PT, PMDB e PSDB.

A retomada nos anos 1980

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N

dvogado e mestre em história, o autor do livro Partido Comu-nista do Brasil, lançado em novembro do ano passado, Emerson Lopes Brotto, tinha 22 anos, quando passou a ser figura central da chamada segunda fase do comunismo em Passo Fundo, jun-

tamente com outros universitários. Depois de amargurar mais de 30 anos na clandestinidade e abandonar totalmente as atividades políti-cas, o partido volta a se organizar no município, já com a sigla PC do B. Acontecimentos no cenário da política nacional, no início dos anos 80, como a campanha pelas Diretas Já, impulsionam a retomada do debate, e sinalizam para o fim da ditadura. Atento aos acontecimen-tos, o jovem estudante organiza uma comissão provisória, prelúdio do que viria a ser mais tarde, o Diretório Municipal. Legalizado em 85, no ano seguinte, finalmente o PC do B concorre a uma eleição. Brot-to torna-se candidato a Deputado Federal. “A intenção era começar a dar visibilidade ao partido e iniciar a reestruturação. Formar uma militância” comenta.

Mesmo entrando em seus últimos momentos no poder, os milita-res ainda vigiavam de perto as movimentações políticas na cidade. “Lembro de um casal que passou a freqüentar nossas reuniões. Diziam ser simpatizantes, depois os flagrei dentro do carro de um militar. Após esse fato, nunca mais foram visto na cidade” lembra. Brotto ainda concorreria em mais duas eleições, 88 e 92, antes de trocar temporariamente a foice e o martelo pela estrela do PT.

A segunda fase do partido, através do movimento estudantil, liderados

por Emerson Brotto, à esquerda

(FOTO: REPRODUÇÃO)

a primeira metade dos anos 90, os universitários do partido conclu-íram seus cursos. Muitos mudaram de cidades, outros casaram-se e abandonaram a militância. A exemplo do início da década de 1980, outro acontecimento político de repercussão nacional agita o país.

O movimento Fora Collor, contagia os estudantes. Alunos secundaristas passam a militar e tornam-se a identidade do partido em Passo Fundo. É nesse período que o líder estudantil do Fagundes dos Reis, Juliano Roso, troca o PT e passa a fazer parte do Partido Comunista do Brasil. “Fui le-vado por amigos como o Otávio, Romeu Pavan, Alex, Platão, Sacho. O PC do B nessa época, era basicamente formado por secundaristas. Com a saída dos quadros mais antigos, esses jovens se viram diante da obri-gação de assumir a direção para não deixar o partido morrer” lembra. O resultado da militância junto aos estudantes surge nas eleições de 2000. Juliano Roso é eleito vereador com 1.399 votos. “Foi sem dúvida o fato mais marcante do partido em Passo Fundo porque consolida no partido” observa Brotto, atual presidente municipal do PC do B. Fato que vai se repetir nas duas eleições seguintes, de 2004 e 2008.

(FOTO: ARQUIVO/ON)

Jussara Cony, Juliano Roso e Manuela D´Ávila: representação no Parlamento

O partido nas mãos dos secundaristas

ESPECIAL || 15

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Gerson Lopes/ON

ma preciosidade cultural conservada com todo zelo, durante 56 anos, começa a ser disponibilizada para o público. A biblioteca com centenas de livros e revis-tas que contribuíram para a

formação intelectual do farmacêutico, médico e do político mais infl uente do município na primeira metade do século XX, foi doada por familiares na semana passada ao Instituto Histórico de Passo Fundo.

O acervo de Nicolau Araújo Vergueiro em breve deixará a sala no andar térreo do edifício Vivenda do Colégio, na rua Capitão Araújo, mesmo local onde du-rante anos foi o endereço dos verguei-ros. Lá estão nove armários, com portas de vidros e detalhes em escultura na ma-deira, abarrotados com três a quatro mil obras de literatura, história, coleções de revistas e documentos.

O mesmo espaço reúne outras relí-quias. As duas máquinas de escrever, por onde passaram discursos, documentos e decisões que interferiram nos rumos da história de Passo Fundo e da região, a mesa e cadeira de trabalho, coleções de discos, cofre, rádio, retratos e luminária.

Juntos, os objetos conservam a atmos-fera do ambiente onde o homem, cujo nome virou cidade, escola, e um bairro, costumava se refugiar por longas horas sempre que a agenda médica ou política permitiam.

As portas da biblioteca estão se abrin-do quase seis décadas após a morte de Nicolau, ocorrida em 16 de março de 1956. A demora se deve ao cumprimento de um pedido feito por ele aos familiares para que aguardassem um período de 50 anos, após seu falecimento, para somen-te depois tornar público todo o material. A família acredita que um dos motivos desse pedido está na preocupação dele em preservar nomes de pessoas citadas nos oito volumes de memórias reunidas em 1935, em um dos quartos do hotel Avenida, no Rio de Janeiro, enquanto cumpria o mandato de deputado Federal.

Do ponto de vista histórico, o ma-terial é considerado até o momento, por historiadores e pesquisadores com base em uma análise superfi cial, o mais importante do acervo. Sem reve-lações de grande impacto, o conjunto traz reminiscências da época da juven-tude, fatos pitorescos e importantes vi-venciados na atividade médica, relatos políticos, estatísticas sobre educação e investimentos realizados pela prefeitu-

ra de Passo Fundo.Ao receber a chave da sala, o diretor

do Instituto Histórico de Passo Fundo, médico e pesquisador, Pedro Ari Verís-simo da Fonseca, logo tratou de buscar uma parceria com a UPF para que o material, juntamente com os móveis e demais objetos, sejam encaminhados e devidamente preservados no Arquivo Histórico Regional. “A história não é para estar dentro das gavetas, tem que ser de domínio público” diz Veríssimo.

Seguindo o mesmo raciocínio, Nicolau Vergueiro Malheiros, neto de Vergueiro e responsável pela doação, estabeleceu uma parceira com o Projeto Passo Fun-do para divulgação das memórias, no site www.projetopassofundo.com.br. O primeiro volume já se encontra dispo-nível no endereço virtual, assim como outros textos do autor e dados biográ-fi cos. “Nossa intenção é tornar público todo esse material do meu avô, através de consultas no arquivo ou pela internet” afi rma Malheiros.

Nesse intervalo de 56 anos, a bibliote-ca mudou de endereço apenas uma vez, quando no fi nal da década de 70, a casa da família foi demolida para a constru-ção do prédio atual. O acervo precisou ser deslocado para a casa Barão, retor-nando logo após a conclusão da obra.

s ideias, atitudes e decisões que fi zeram de Vergueiro o primeiro médico passo-fundense formado a atuar na cidade e o político dono de uma biografi a com cinco manda-tos de deputado estadual consecuti-vos, três de deputado federal e dois no posto de intendente de Passo Fundo, passam pelos nove armá-rios de sua biblioteca. São fi leiras de clássicos da literatura universal, livros de histórias, enciclopédias, coleções de revistas sobre os mais variados assuntos, entre elas, a Eu sei tudo, de 1923, Ilustrada e Cru-zeiro.O médico de ideais republica-nos, que lutou ao lado de Borges de Medeiros e enfrentou um exílio na Argentina por ser favorável à Revo-lução Constitucionalista de 1932, e contrário a Getúlio Vargas, ouvia o cantor chileno Lucio Gatica, coro-ado o rei do bolero, Francisco Al-ves, o rei da voz, e Ivan Curi. Esses e outros discos, estão guardados em álbuns com capas estofadas no acervo. A conservação e o cuidado com o material chamam a atenção dos historiadores e pesquisadores que visitaram a biblioteca. “A di-versidade de assuntos e o estado das obras refl etem o ambiente de um homem extremamente culto e preocupado com o futuro” diz Ve-ríssimo.

Funcionária do Arquivo Históri-co Regional e mestre em história, Sandra Mara Benvegnu, afi rma que

somente será possível fazer uma avaliação sobre o valor histórico do acervo a partir da catalogação criteriosa.“Nós do Arquivo ape-nas demos uma olhada, sem mexer em nada. Podemos observar que a maior parte dele é de obras literá-rias, mas deve conter documentos importantes” afi rma.Inicialmente foram encontradas algumas cartas de Vergueiro ende-reçada à família durante o período de viagens, além de cartas recebidas do companheiro político Arman-do Barros Cassal, e uma enviada à Borges de Medeiros datada de 7 de outubro de 1921, onde menciona a intenção de deixar o cargo de inten-dente de Passo Fundo, em razão de um fato envolvendo a prisão do de-putado federalista Arthur Caetano da Silva. A resposta de Medeiros, também está preservada. Outra re-líquia importante é o livro-caixa do Partido Republicano. Nele, consta a lista com nomes e valores doados.A doação da biblioteca foi come-morada pela professora Ana Maria Rosa Prates. Vice-diretora da esco-la estadual de ensino fundamental Ana Willig, ela lamentou não ter tido acesso aos documentos durante a elaboração da dissertação de mes-trado em história, A trajetória de Ni-colau Araújo Vergueiro na história da política de Passo Fundo 1930 e 1932, defendida em janeiro de 2002 na Universidade de Passo Fundo. Durante os dois anos de pesquisa, ela teve como principal referência os arquivos do jornal O Nacional. “Por várias vezes tentei o acesso, mas infelizmente não consegui. A doação vai contribuir muito para as futuras pesquisas” projeta.

O neto, Malheiros, diz que há al-guns anos, a família chegou a con-ceder algumas exceções abrindo a sala para a visitação de estudantes, mas como a experiência não foi bem sucedida, precisou ser abolida para não colocar a integridade das obras em risco.

Família doa acervo de Nicolau Araújo Vergueiro

após cinco décadas de espera

Us ideias, atitudes e decisões

Obras literárias e coleções de revistas predominam na biblioteca  de

Vergueiro

Sandra Mara Benvegnu, afi rma que

sala para a visitação de estudantes, mas como a experiência não foi bem sucedida, precisou ser abolida para não colocar a integridade das

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SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 2011 || O NACIONAL O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 201116 || || 17O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 2011

(segue)Diretor do Instituto Histórico de Passo Fundo,

Pedro Ari Veríssimo da Fonseca, com o livro-caixa do Partido Republicano

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Gerson Lopes/ON

ma preciosidade cultural conservada com todo zelo, durante 56 anos, começa a ser disponibilizada para o público. A biblioteca com centenas de livros e revis-tas que contribuíram para a

formação intelectual do farmacêutico, médico e do político mais infl uente do município na primeira metade do século XX, foi doada por familiares na semana passada ao Instituto Histórico de Passo Fundo.

O acervo de Nicolau Araújo Vergueiro em breve deixará a sala no andar térreo do edifício Vivenda do Colégio, na rua Capitão Araújo, mesmo local onde du-rante anos foi o endereço dos verguei-ros. Lá estão nove armários, com portas de vidros e detalhes em escultura na ma-deira, abarrotados com três a quatro mil obras de literatura, história, coleções de revistas e documentos.

O mesmo espaço reúne outras relí-quias. As duas máquinas de escrever, por onde passaram discursos, documentos e decisões que interferiram nos rumos da história de Passo Fundo e da região, a mesa e cadeira de trabalho, coleções de discos, cofre, rádio, retratos e luminária.

Juntos, os objetos conservam a atmos-fera do ambiente onde o homem, cujo nome virou cidade, escola, e um bairro, costumava se refugiar por longas horas sempre que a agenda médica ou política permitiam.

As portas da biblioteca estão se abrin-do quase seis décadas após a morte de Nicolau, ocorrida em 16 de março de 1956. A demora se deve ao cumprimento de um pedido feito por ele aos familiares para que aguardassem um período de 50 anos, após seu falecimento, para somen-te depois tornar público todo o material. A família acredita que um dos motivos desse pedido está na preocupação dele em preservar nomes de pessoas citadas nos oito volumes de memórias reunidas em 1935, em um dos quartos do hotel Avenida, no Rio de Janeiro, enquanto cumpria o mandato de deputado Federal.

Do ponto de vista histórico, o ma-terial é considerado até o momento, por historiadores e pesquisadores com base em uma análise superfi cial, o mais importante do acervo. Sem reve-lações de grande impacto, o conjunto traz reminiscências da época da juven-tude, fatos pitorescos e importantes vi-venciados na atividade médica, relatos políticos, estatísticas sobre educação e investimentos realizados pela prefeitu-

ra de Passo Fundo.Ao receber a chave da sala, o diretor

do Instituto Histórico de Passo Fundo, médico e pesquisador, Pedro Ari Verís-simo da Fonseca, logo tratou de buscar uma parceria com a UPF para que o material, juntamente com os móveis e demais objetos, sejam encaminhados e devidamente preservados no Arquivo Histórico Regional. “A história não é para estar dentro das gavetas, tem que ser de domínio público” diz Veríssimo.

Seguindo o mesmo raciocínio, Nicolau Vergueiro Malheiros, neto de Vergueiro e responsável pela doação, estabeleceu uma parceira com o Projeto Passo Fun-do para divulgação das memórias, no site www.projetopassofundo.com.br. O primeiro volume já se encontra dispo-nível no endereço virtual, assim como outros textos do autor e dados biográ-fi cos. “Nossa intenção é tornar público todo esse material do meu avô, através de consultas no arquivo ou pela internet” afi rma Malheiros.

Nesse intervalo de 56 anos, a bibliote-ca mudou de endereço apenas uma vez, quando no fi nal da década de 70, a casa da família foi demolida para a constru-ção do prédio atual. O acervo precisou ser deslocado para a casa Barão, retor-nando logo após a conclusão da obra.

s ideias, atitudes e decisões que fi zeram de Vergueiro o primeiro médico passo-fundense formado a atuar na cidade e o político dono de uma biografi a com cinco manda-tos de deputado estadual consecuti-vos, três de deputado federal e dois no posto de intendente de Passo Fundo, passam pelos nove armá-rios de sua biblioteca. São fi leiras de clássicos da literatura universal, livros de histórias, enciclopédias, coleções de revistas sobre os mais variados assuntos, entre elas, a Eu sei tudo, de 1923, Ilustrada e Cru-zeiro.O médico de ideais republica-nos, que lutou ao lado de Borges de Medeiros e enfrentou um exílio na Argentina por ser favorável à Revo-lução Constitucionalista de 1932, e contrário a Getúlio Vargas, ouvia o cantor chileno Lucio Gatica, coro-ado o rei do bolero, Francisco Al-ves, o rei da voz, e Ivan Curi. Esses e outros discos, estão guardados em álbuns com capas estofadas no acervo. A conservação e o cuidado com o material chamam a atenção dos historiadores e pesquisadores que visitaram a biblioteca. “A di-versidade de assuntos e o estado das obras refl etem o ambiente de um homem extremamente culto e preocupado com o futuro” diz Ve-ríssimo.

Funcionária do Arquivo Históri-co Regional e mestre em história, Sandra Mara Benvegnu, afi rma que

somente será possível fazer uma avaliação sobre o valor histórico do acervo a partir da catalogação criteriosa.“Nós do Arquivo ape-nas demos uma olhada, sem mexer em nada. Podemos observar que a maior parte dele é de obras literá-rias, mas deve conter documentos importantes” afi rma.Inicialmente foram encontradas algumas cartas de Vergueiro ende-reçada à família durante o período de viagens, além de cartas recebidas do companheiro político Arman-do Barros Cassal, e uma enviada à Borges de Medeiros datada de 7 de outubro de 1921, onde menciona a intenção de deixar o cargo de inten-dente de Passo Fundo, em razão de um fato envolvendo a prisão do de-putado federalista Arthur Caetano da Silva. A resposta de Medeiros, também está preservada. Outra re-líquia importante é o livro-caixa do Partido Republicano. Nele, consta a lista com nomes e valores doados.A doação da biblioteca foi come-morada pela professora Ana Maria Rosa Prates. Vice-diretora da esco-la estadual de ensino fundamental Ana Willig, ela lamentou não ter tido acesso aos documentos durante a elaboração da dissertação de mes-trado em história, A trajetória de Ni-colau Araújo Vergueiro na história da política de Passo Fundo 1930 e 1932, defendida em janeiro de 2002 na Universidade de Passo Fundo. Durante os dois anos de pesquisa, ela teve como principal referência os arquivos do jornal O Nacional. “Por várias vezes tentei o acesso, mas infelizmente não consegui. A doação vai contribuir muito para as futuras pesquisas” projeta.

O neto, Malheiros, diz que há al-guns anos, a família chegou a con-ceder algumas exceções abrindo a sala para a visitação de estudantes, mas como a experiência não foi bem sucedida, precisou ser abolida para não colocar a integridade das obras em risco.

Família doa acervo de Nicolau Araújo Vergueiro

após cinco décadas de espera

Us ideias, atitudes e decisões

Obras literárias e coleções de revistas predominam na biblioteca  de

Vergueiro

Sandra Mara Benvegnu, afi rma que

sala para a visitação de estudantes, mas como a experiência não foi bem sucedida, precisou ser abolida para não colocar a integridade das

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SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 2011 || O NACIONAL O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 201116 || || 17O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 2011

(segue)Diretor do Instituto Histórico de Passo Fundo,

Pedro Ari Veríssimo da Fonseca, com o livro-caixa do Partido Republicano

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SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 2011 || O NACIONAL18 || 18 || SÁBADO E DOMINGO, 30 E 31 DE JULHO DE 2011 || O NACIONAL

icolau Vergueiro Ma-lheiros tinha 16 anos, quando o avô, de quem herdou o nome, faleceu. Ele guarda na memória

imagens do patriarca andando

pela biblioteca, vasculhando os

armários, folheando os livros,

fazendo anotações, conversan-do com os amigos. Lembra do

cuidado com acervo, rigorosa-mente controlado através de um

caderno com o índice e disposi-ção nos armários. Tudo era ano-tado. Sob seus olhares, o neto

tinha liberdade para manipular

as obras e escolher os autores

de seu interesse. “Quando estava por perto

permitia, mas quando viaja-va passava a chave na porta.

Eu era um jovem, portanto,

interessado nos assuntos dos

jovens, mas li toda a obra de

Érico Veríssimo, muitas revis-tas e histórias sobre a 2ª Guer-ra Mundial. Meu avô era um

homem muito à frente de seu

tempo. Tinha um gosto refi -nado. Na biblioteca de medi-cina, doada para a Faculdade

da UPF, havia livros em fran-cês, em alemão, que ninguém

tinha. Acho que ele aplicou a

primeira injeção em um pa-ciente em Passo Fundo” conta.

Um dos achados mais come-morados no acervo, o conjunto

de oito livros de memórias reu-nidas por Vergueiro durante o

período em que estava no Rio

de Janeiro já está sendo dispo-nibilizado na internet e, em bre-ve, deverá ganhar uma edição

impressa. Enquanto isso não

acontece, o leitor pode conferir

algumas refl exões e histórias

eternizadas por Vergueiro.

Começo de baile – História retirado do livro 1 – Disponível no site www.passofundo.com.brPor ocasião do ataque ao quartel do 8º Regimento de Infantaria de Passo Fundo, em 3 de outubro de 1930, foi ferido gravemente um pobre moço de 19 anos de idade, por uma rajada de metralha-dora no ventre. Era residente em Campo do Meio, e fazia parte das forças do Coronel Marcos de Oliveira Fortes, mais conhecido por Marcos Bandeira.Recolhido ao Hospital de Caridade, fui vê-lo no dia seguinte, após a rendição do quartel. Estava nos seus últimos instantes de vida, mas ainda me reconheceu. Procurei conforta-lo. Ele bem com-preendia o seu estado. Perguntei-lhe se tinha alguma recomenda-ção a fazer, e se queria alguma coisa, ao que me respondeu: “muito obrigado meu querido doutor. Estou muito mal. Vou morrer e só levo para o túmulo um pezar.A única coisa que eu sinto doutor é morrer no começo do baile”. E expirou...

Era desgraçada revolução, tão desvirtuada pelos despistamentos getulistas, trouxe ao Paíz um grande número de heróis, quase todos como as jóias da Casa Sloper: falsos e ordinários. Autentico herói foi aquele humilde e desconhecido soldado.

jovens, mas li toda a obra de eternizadas por Vergueiro.

Trechos do livro nº 6 com data de 9 de

dezembro de 1935

A educação“...O analfabetismo é a nossa pior doença. Nesse particular

surgem medidas severas. Precisamos combatê-lo por todos os

lados. Aqui em Passo Fundo, neste pequeno scenário, já se tem

feito muito e conseguido muito, mas não se tem feito o bastante

e conseguido o bastante...”

“...Em 1922, tínhamos 98 aulas com uma matrícula de 5.083

crianças; em 1924, 119 com 5.359 alunos; em 1929, 159 esco-

las com 8.022; em 1930, 160 com 8.042 e 1931, 97 com 5.096.

Esse decréscimo foi natural conseqüência da desanexação de

6 distritos para ser criado o nosso município de Carazinho...”

Trecho retirado do livro  nº 5, -  7 de novembro de 1935Família“O homem que não ama, também não vive...vegeta ras-

teiramente, extingue-se sem saber o quanto é agradável e balsâmico um beijo de mãe, um carinho de esposa, um sorriso de fi lho (4-7-1904) “ A família, esse pedaço de céu que Deus deixou na terra é o santuário do coração do homem (4-4-1904)

Érico Veríssimo, muitas revis-Érico Veríssimo, muitas revis-

“Um homem à frente de seu tempo”

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pablotavares

Passo Fundo, TERÇA-FEIRA, 3 de julho de 2012 | Ano 88 | No 25.069

www.onacional.com.br facebook.com/JornalONacional @redacao_on

R$ 1,00

ON NO iPad e NO iPhone.baixe O aPP.

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ON acompanha o trabalho de um grupo de voluntários que se arrisca

para levar alimento e esperança para quem vive nas ruas da cidade.

Solidariedade noturna

Págs. 8 e 9

Pág. 4

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Mais três óbitos registrados no Estado

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SÁBADO E DOMINGO, 3 E 4 DE SETEMBRO DE 2011 || O NACIONAL12 ||

Gerson Lopes/ON

O Ibama de Passo Fundo apertou o cerco na fiscalização e no combate aos crimes ambientais ocorridos na região norte do Estado.Durante operação, que iniciou na quarta-feira, com utilização de um helicóptero, modelo Bell Long Ranger, vindo de Brasília, e terminou ontem à tarde, os agentes vistoriaram duas madeireiras, no interior do município de São José do Ouro. Ambos os proprietá-

rios foram multados por crimes ambientais. Batizada de Ouro Verde, a operação começou a ser pla-

nejada há pelo menos 45 dias, a partir de denúncias de que os dois estabelecimentos estariam extraindo madeira sil-vestre sem autorização. Outro dado que chamou a atenção dos servidores, foi o volume de araucária movimentado por eles. O sistema nacional do Ibama, responsável pelo controle de todo o ciclo da madeira, identificou um aporte muito superior da espécie em relação às demais madeirei-ras existentes na região. “A partir desses dados, o serviço de inteligência passou a identificar os alvos” revelou o agente Flabeano Lara de Castro.

Na quarta-feira pela manhã, uma equipe com dois fun-cionários do Ibama e dois do Departamento de Floresta e Áreas Protegidas, (Defap),órgão ligado à Secretaria Es-tadual do Meio Ambiente, partiu de helicóptero do aero-porto de Passo Fundo, enquanto outro agente seguiu com uma viatura por terra.

A primeira investida ocorreu em uma madeireira situ-ada na localidade de Capela Aparecida, distante oito qui-lômetros de São José do Ouro. De acordo com o chefe da base avançada do Ibama em Passo Fundo, Ana Paula Inglez, os fiscais comprovaram a existência de madeira processada no pátio sem o devido registro no sistema de controle do Ibama, conforme prevê o artigo 82 do decreto 6514 de 2008. Também ficou comprovado o vazamento de resíduos altamente tóxicos, usados no tratamento da madeira, para um córrego existente nas proximidades, e ainda, o descarte inadequado de resíduos sólidos, no caso a serragem. Pelas três irregularidades, o proprietário foi notificado e deverá pagar uma multa de aproximadamente

Operação Ouro Verde identificacrimes ambientais

Jornal O Nacional acompanha com exclusividade a operação que iniciou na segunda e encerrou na sexta-feira

Madeira processada não havia sido informada ao sistema de controle do Ibama

Técnicos constataram vazamento de resíduos altamente tóxicos usados no tratamento da madeira

(FOTOS: GERSON LOPES/ON)

12 || ESPECIAL

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 3 E 4 DE SETEMBRO DE 2011 || 13 ESPECIAL || 13

Defap e Batalhão ambiental identificam áreas degradadas

Durante os quatro dias em que permaneceu em Passo Fundo, a aeronave, com capacidade para sete pessoas, também foi utilizada pelo Batalhão Ambiental da Bri-gada Militar e pelo Defap. Juntos, eles mapearam no GPS, mais de 50 pontos de desmatamentos, alguns de-les dentro das APPs. Também identificaram drenagem de banhados, depósitos de lixo e extração mineral. A área vistoriada atingiu mais de 20 municípios.

A primeira parte da operação aconteceu segunda-fei-ra à tarde, mas programação precisou ser alterada em razão das chuvas na região. Dois policiais do Batalhão Ambiental e dois do Defap sobrevoaram os municípios de Coxilha, Sertão, Água Santa, Mato Castelhano, pas-sando por Gentil, Marau e Casca. Mesmo com a forte neblina em algumas áreas, mais de 20 coordenadas fo-ram anotadas, a maioria de desmatamento. De acordo com o sargento do 1° Grupo do Batalhão Ambiental, Leonel Paulo Dumer, algumas delas já haviam sido previamente mapeadas.

Outra equipe do Defap, que acompanhou parte do trajeto por terra, notificou o dono de uma propriedade rural, na localidade de Linha XV de Novembro Evan-gelista, interior de Casca. Ele havia desmatado uma área de 1.100 m2 e transformado a madeira em lenha, além de ter cortado quatro araucárias. A multa prevista é de R$ 500 por árvore ou por metro cúbico retirado.

Agente regional do Defap, Maria Helena Bassan Benedetti explica que o passo seguinte consiste em vistoriar, individualmente, todas as coordenadas geográficas e supostas irregularidades vistas do alto. “ Teremos trabalho por um longo período” afirma. A última parte da coleta de pontos de degradação, feita por policiais do Batalhão ocorreu na quinta-feira, na região de Carazinho.

AeronaveHelicóptero modelo Bell Long Ranger, usado na

operação, tem capacidade para sete pessoas. A ae-ronave vinda do Ibama, de Brasília, com três tripu-lantes, piloto, co-piloto e mecânico, permaneceu de segunda até sexta-feira em Passo Fundo. O equipa-mento possibilitou o rastreamento aéreo em um raio de abrangência que incluiu mais de 20 municípios. Inúmeras clareiras abertas nas matas, estratégia usa-da para a retirada gradual da madeira, sem chamar a atenção da fiscalização, não seriam identificadas sem a ajuda do veículo.

R$ 5 mil. O caso será comunicado ao Ministério Público e também à Prefeitura Municipal de São José do Ouro, responsável pela emissão da licença.

Para comprovar a origem da araucária estocada no pátio, os técnicos passaram toda a quinta e sex-ta-feira, realizando a medição da madeira. O dado será confrontado com a área de corte indicada na licença. “Esse é um procedimento necessário para termos certeza de que a retirada realmente ocor-reu no local indicado pelo proprietário” explica Ana Paula. O trabalho deverá ser concluído nos próximos dias. A denúncia sobre a falta de autori-zação para extração da madeira não se confirmou. O proprietário apresentou o documento expedido pela prefeitura, porém, não havia informado no ca-dastro técnico federal.

Na seqüência, as equipes visitaram uma segun-da madeireira. Depois de checar a documentação, sobrevoaram a área de corte indicada no licencia-mento e identificaram irregularidades. Pelo docu-mento, o proprietário estava autorizado a derrubar 4.800 araucárias dentro de uma área de plantio,

porém, houve retirada de outras espécies nativas, no chamado corte raso, em 12 hectares. Também ficou constatado o desmatamento de quase um hectare dentro da Área de Proteção Permanente. Pelo descumprimento da licença e invasão da APP, ele recebeu uma multa de R$ 13 mil.

FlonaOs fiscais do Ibama também vasculharam do

alto, os 1.300 hectares, distribuídos em áreas de plantio e mata nativa, da Floresta Nacional de Passo Fundo, a Flona, localizada no muni-cípio de Mato Castelho, mas não encontraram irregularidades. Em abril deste ano, servidores haviam coletado amostras (resíduos e semen-tes), em 40 lavouras de soja e milho localizadas na zona de exclusão de 500 metros no entorno da Flona. O objetivo foi identificar a presença de soja transgênica no local, considerado crime ambiental pela proximidade com a unidade de conservação.

Informações sobre procedência da madeira ainda estão sendo checadas pelos fiscais

Operação teve acompanhamento aéreo e terrestre

Defap e Batalhão ambiental identificaram mais de 50 pontos de áreas degradadas

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pablotavares

SÁBADO E DOMINGO, 21 E 22 DE JULHO DE 2012 || O NACIONAL10 || 10 || ESPECIAL

A falta de conhecimento sobre o patrimônio histórico de uma cidade facilita a sua degradação. Ao longo de muitas décadas, parte desse patrimônio arquitetônico de Passo Fundo foi destruída para dar lugar a edificações mais modernas. Mesmo assim, as ruas do centro ainda guardam um pouco da história da cidade. As facha-das decoradas e as linhas que marcaram uma época foram redescobertas por um trabalho de seis anos realizado pelo Núcleo de Arquitetura e Desenvolvimento Ur-bano e Comunitário (Naduc) da UPF. O estudo possibilitou a criação do Inventário do Patrimônio Histórico do município.

O trabalho de campo não foi a única forma de pesquisa. Os jornais locais que cir-cularam entre 1925 e 1970 foram pesquisados pelo grupo coordenado pela professora Ana Paula Wickert. “Descobrimos que as práticas de demolição das edificações pré--existentes (antigas) em Passo Fundo ocorre desde os anos de 1920. Este não é um fenômeno atual como se pensava”, explica. Isso possibilitou identificar uma cultura de que é preciso demolir e substituir para moder-nizar. “Sabendo disso fica mais fácil com-preender a situação atual e propor solu-ções que aliem a ideia de desenvolvimento e modernização à ideia de preservação, como acontece em diversas cidades pelo mundo”, acrescenta.

Bens históricosPelas ruas de Passo

Fundo foram inventa-riados mais de 60 pré-dios, além de quatro eixos paisagísticos. Um dos bens mais impor-

Linhas e formastemporesistem aoPesquisa da UPF redescobre a história arquitetônica e paisagística de Passo Fundo e aponta quais são os bens a serem preservados na cidade

Material produzido pela Revista Universo UPF

Para saber mais Em parceria com a UPFTV foi criado o projeto NossArquitetura.

Os vídeos produzidos estão disponíveis no endereçohttp://www.you-tube.com/user/mimagem. Além disso, diversas publicações foram apresentadas em eventos no Brasil e Europa, e capítulos de livros foram desenvolvidos a partir da pesquisa do inventário.

tantes na configuração da cidade identificado pelo trabalho é bem conhecido da população: os canteiros da Avenida Brasil. “Esses canteiros, resultantes da produção urbana do ciclo das tropas, caracterizam a paisagem da cidade de forma expressiva e devem ser preservados em sua escala e dimensionamento”, reforça a pesquisadora. Outra descoberta importante foram os eixos de valor histórico e cultural da cidade: as avenidas Brasil, Sete de Setembro e General Neto e a Rua Bento Gonçalves. “Nestes eixos indica-se a preservação do gabarito (alturas e recuos), visuais e edifica-ções de estilo historicista, protorracionalista e moderno, criando um contexto histórico”, justifica.

O que é um inventário?O Inventário de Patrimônio Histórico e Arquitetônico é uma ferramenta de conheci-

mento, como uma lista de bens de interesse para a preservação e história de um lugar. Conforme Ana Paula, ele serve de base para o desenvolvimento de políticas públicas e análises históricas, arquitetônicas e da evolução urbana. Esse documento deve ser utilizado como base para as ações de educação patrimonial, incentivo fiscal e inclusive no desenvolvimento da cidade a partir da preservação do patrimônio.

O trabalhoO projeto de pesquisa do curso de Arquitetura e Urbanismo da UPF foi desenvolvido

com o apoio da Prefeitura de Passo Fundo, por meio da Secretaria de Planejamento. A metodologia utilizada en-volveu duas etapas: pesquisa histórica e levantamento de campo. Após este trabalho foram selecionados os bens de maior interesse que se apresentam elencados na ver-são final do inventário. O trabalho foi coordenado pela professora Ana Paula Wicket, que é arquiteta e urbanista e mestre em Conservação e Restauro de Patrimônio His-tórico e Arquitetônico, com a colaboração do professor Marcos Antonio Leite Frandoloso e da arquiteta do Na-duc Greice Barufaldi Rampanelli. Mais de 30 acadêmi-cos do curso de Arquitetura e Urbanismo atuaram como voluntários ou bolsistas da pesquisa.

Vista do prédio do Itaú em foto de 1928 e atual

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Canteiros da Avenida Brasil, em fotos de 1940 e atual, estão entre os bens mais importantes na configuração da cidade identificados pela pesquisa

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 29 E 30 DE SETEMBRO DE 2012 || 15

segundo

O caubói do amor

São 50 anos de uma carreira de muitos

sucessos, aliados a uma simplicidade

ímpar. Erasmo Carlos vem a Passo Fundo

brindar esse meio século de carreira,

e conversou com ON sobre rock,

cinema, parcerias e mulheres. E espera

um público “dando e recebendo amor”

Pablo Tavares/ON*Fotos: Divulgação

(segue)

Page 26: Portfolio Pablo Tavares - Design Editorial

SÁBADO E DOMINGO, 29 E 30 DE SETEMBRO DE 2012 || O NACIONAL16 ||

O Nacional - Você lançou álbuns de inéditas em 2009 e 2011, e agora vem com o disco ao vivo “50 Anos de Estrada”, isso sem contar as turnês por todo país. A essa altura da carrei-ra, como manter esse ritmo?

Erasmo Carlos - É muito bom isso, a gen-te se sente vivo trabalhando, e agradecendo a Deus às coisas que acontecem... O artista que não trabalha é um artista frustrado. Meus discos têm agradado à crítica, eu tenho formado novos públicos, o publico da internet, que gosta de um trabalho meu e vai procurar as coisas antigas que eu fiz, e aí acaba tomando meu trabalho an-tigo como se fosse novo. Estou muito feliz.

ON - Como foi feita a escolha do repertório de “50 Anos de Estrada”?

Erasmo – O repertório já existia, porque é o repertório do show “Rock’N’Roll”. Aí eu gravei o DVD “50 Anos de Estrada”, por estar comple-tando 50 anos de carreira, e logo após gravei o disco “Sexo”. Hoje em dia o meu show é “Sexo & Rock’N’Roll”. O DVD foi apenas uma come-moração do show que já existia, com coisas da Jovem Guarda, dos anos 1970, e coisas atuais também.

ON - Você sempre foi o mais roqueiro da Jovem Guarda, e um dos poucos daquele tempo que se mantém na ativa até hoje. Isso é porque o rock – e o Tremendão – não enve-lhecem?

Erasmo – A gente envelhece fisicamente, mas por dentro não. E rock’n’roll é um antído-to para você não envelhecer, pois é uma música de rebeldia, de contestação, de amor, de sexo... Rock’n’roll é um convite a não se acomodar!

ON - O que é notável em 50 anos de car-reira são as parcerias. Desde Roberto, muita gente já cantou e compôs com você. Nelson Motta já declarou em entrevistas que compor com Erasmo Carlos “é a glória”. Como fun-ciona esse processo?

Erasmo – Geralmente eu procuro o artista quando eu vou gravar. Mas a gente sempre tem uma afinidade, nunca é nada com nada. Eu não faço música com um cara que eu não conheço, que eu não tenha uma afinidade. Geralmente é um amigo meu, ou um cara que eu tenha feito um show junto... Com o Arnaldo Antunes foi as-sim: eu participei do DVD dele, o “Ao Vivo Lá Em Casa”, e dessa parceria nasceu o papo: “pô, vamos fazer uma música juntos”, então fizemos. Com a Marisa Monte também. O Nelson Motta eu conheço de vários anos, é uma pessoa muito

querida. Sempre tem de ter uma afinidade, nun-ca é “do nada”.

ON - Uma das maiores curiosidades dos fãs talvez seja o fato de como fun-ciona sua parceria com Roberto Car-los. Quando vocês eventualmente tra-balham juntos, um vai à casa do outro para trabalhar, ou vocês trocam arqui-vos, ideias, de algum outro modo?

Erasmo – Geral-mente eu vou à casa dele, porque lá ele tem um piano que ele gosta muito... Mas a gente só trabalha jun-to quando ele precisa, ele não grava nunca, tá há cinco anos sem gravar, sabe? A gente têm músicas inéditas feitas há cinco anos. Mas ele nunca mais gravou músicas iné-ditas, e eu tenho uma ânsia em trabalhar, em compor, pois eu sou compositor, e o que um compositor faz? Ele compõe. Se eu não faço com o Roberto, eu faço com outros, mas eu tenho que compor. Porque minha vida é essa, fico ansioso querendo fazer coisas, que-rendo novidades, querendo aprender... Gosto bastante de me misturar com jovens. Eu gosto de juventude porque eu aprendo muito. Eu já os ensinei, e agora eles me ensinam. Eu gosto mui-to dessa troca.

ON - “Minha Fama de Mau”, sua autobio-grafia, é uma espécie de “álbum de memó-rias” não só suas, mas de vários acontecimen-tos da música do país. Quando você sentiu essa necessidade de mostrar às pessoas como foi sua história?

Erasmo – Não foi necessidade, foi desejo. Eu sempre quis escrever livros. A motivação foi contar causos engraçados da minha vida, e aos poucos a coisa foi virando. A editora até queria que fosse autobiografia, mas eu não acho que

seja isso, pois eu só conto coisas engraçadas, não conto as derrotas. Uma biografia é uma coi-sa muito séria, não gosto de biografias escritas quando o cara está vivo, porque o cara vai falar

bem dele mesmo. Se Hitler escrevesse uma autobiografia, ele ia dizer que era bonzinho, que ele tinha boas inten-ções... Então ficou um livro de memó-rias e causos engra-çados que aconte-ceram na minha vida, de meus ami-gos, minha família, dos artistas que convivem comigo.

ON - Já se pas-saram 30 anos do álbum “Mulher”, e desde então você é reconhecido por compreender e respeitar a figu-ra feminina como poucos. Pioneiro no assunto, como você encara a si-tuação da mulher atualmente? O pensamento da so-ciedade evoluiu ou ainda falta muito?

Erasmo – Olha... O ponto de vista sexual, por exemplo: todo o avanço que houve dos anos 1960/70, regrediu tudo. O politicamente corre-to, essas coisas todas, causaram uma regressão em todos os avanços dos anos 1960. E a mulher tenta se impor como ela sempre desejou e de repente, talvez, tenha perdido um pouco o ca-minho. Ela criou um monstro, e agora não sabe como lidar com ele.

ON - Em agosto aconteceu a estreia do fil-me À Beira do Caminho, que tem como tí-tulo um dos seus maiores sucessos, e adapta para o cinema grandes momentos da parce-ria Roberto/Erasmo. Caso já tenha visto, o que achou dessa transposição? Nesse mesmo sentido, você fez vários filmes nos anos 1970 onde as canções tinham papel importante. Como vê essa relação entre música e cinema?

Erasmo – Ainda não vi o filme, pois dificil-

alvez para quem seja fã de Erasmo Carlos o termo ‘caubói do amor’ seja um tanto incomum. ‘Caubói do amor’ era como era conhecido Bad Blake, o persona-gem de Jeff Bridges no filme “Coração Louco”, mas garanto que, de certa forma, ele se encaixa para defi-nirmos o Tremendão (esse sim apelido mais comum).

Erasmo Esteves (substituiu o Esteves por Carlos depois), tal qual um caubói, desbravou terras e terras com sua verve rock’n’roll e, aliado a gente do calibre de Tim Maia, Jorge Ben Jor e Roberto Carlos, conquistou terra brasilis com suas le-tras simples e melodias diretas. Fez parte do furacão chamado Jovem Guarda, e depois se lançou em uma carreira sólida de

cantor e compositor. E desde então, passaram-se 50 anos de muitos sucessos e parcerias que gravaram seu nome no incons-ciente das pessoas e da música brasileira.

Erasmo vem a Passo Fundo com seu show comemorativo ao meio século de carreira, que lhe rendeu um CD e um DVD gravados ao vivo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ano passado. Antes, porém, ele conversou conosco sobre sua carrei-ra, suas parcerias, sobre o cenário musical brasileiro atual, e a maior tônica em sua vida: as mulheres. Um dos cantores que melhor conseguiu mostrar, de maneira simples e doce, o mara-vilhoso universo feminino, não poderia ter outra força motriz. Um verdadeiro caubói do amor. Confira:

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Erasmo e Marisa Monte

A parceria Roberto/Erasmo já rendeu mais de 500 canções

segundo O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 29 E 30 DE SETEMBRO DE 2012 || 17

mente vou ao cinema, fico esperando sair em DVD. Mas a relação entre música e cinema é uma coisa bonita. Quando eu era menino, eu via os filmes de “carnaval”, pois as músicas de carnaval eram lançadas nos filmes da Atlânti-da. Fica uma coisa documentada na tela. Hoje em dia dificilmente se faz isso, não se vê o ator cantando nas telas. Eu vi muitos filmes de rock’n’roll, onde eu assisti pessoas que eu nun-ca mais vi, tipo Gene Vincent & The Blue Caps, que eu assisti em um filme e nunca mais vi. No filme ele canta “Be-Bop-A-Lula”, uma música que eu adoro, que eu só vi no cinema uma vez, porque ele registrou aquilo.

ON - Pai do rock, ícone da Jovem Guar-da, sucesso nas rádios por meio século. O que Erasmo Carlos escuta (e indica) hoje? Como vê o atual momento musical do país?

Erasmo – Tem muita coisa boa, mas que não aparece... Só aparece o que o YouTube quer, coisas toscas, aberrações. Mas tem muita gen-te boa fazendo música, só que não consegue aparecer... (pausa) Esse jeito de gravar, onde se pode gravar na sua casa, tudo afinadíssimo, tudo correto, tudo perfeito... Então, saem as coisas perfeitas, as músicas saem perfeitas, mas sem emoção. Pois a emoção está no erro da pessoa, na tentativa de acertar é que vem a emoção.

ON - Sobre “Rock’N’Roll”, Rita Lee escre-veu que “as músicas são a simplicidade com trombetas; as letras o pretinho básico com diamantes”. É essa simplicidade que guia sua carreira?

Erasmo – Sempre, bicho... A simplicidade foi uma tônica na minha vida, assim como o amor e a mulher. Toda história que eu conto em mú-sicas tem o fio da meada que é o amor, ou uma mulher. Gosto de usar palavras simples porque não me considero um poeta, e sim um contista, um cara que conta uma história rimada. E eu uso o dia-a-dia das pessoas, da vida, o que eu vejo na TV, uso tudo misturado. Minha inspiração é a própria vida.

ON – E o que os fãs podem esperar de seu show aqui em Passo Fundo?

Erasmo – Muito amor, e rock’n’roll. E se ti-ver frio, melhor ainda, pois as pessoas vão se esquentar! Um show pra ir de peito aberto, es-quecer os problemas todos da vida e se diver-tir, passar bons momentos, dando e recebendo amor!

*Colaborou Marina de Campos

ServiçoErasmo Carlos4/10/2012 (quinta-feira), 21hGran Palazzo, Passo FundoPortões abertos a partir das 20h; estacionamento no localIngressos antecipados (2º lote) por R$ 60 no Velvet Bar, loja Indiada e jornal O NacionalInformações e reservas de mesa: (54) 3045-1714; (54) 9966-8639

Tremendão aplaudido de pé no Theatro Municipal do Rio

segundo

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 29 E 30 DE SETEMBRO DE 2012 || 17

mente vou ao cinema, fico esperando sair em DVD. Mas a relação entre música e cinema é uma coisa bonita. Quando eu era menino, eu via os filmes de “carnaval”, pois as músicas de carnaval eram lançadas nos filmes da Atlânti-da. Fica uma coisa documentada na tela. Hoje em dia dificilmente se faz isso, não se vê o ator cantando nas telas. Eu vi muitos filmes de rock’n’roll, onde eu assisti pessoas que eu nun-ca mais vi, tipo Gene Vincent & The Blue Caps, que eu assisti em um filme e nunca mais vi. No filme ele canta “Be-Bop-A-Lula”, uma música que eu adoro, que eu só vi no cinema uma vez, porque ele registrou aquilo.

ON - Pai do rock, ícone da Jovem Guar-da, sucesso nas rádios por meio século. O que Erasmo Carlos escuta (e indica) hoje? Como vê o atual momento musical do país?

Erasmo – Tem muita coisa boa, mas que não aparece... Só aparece o que o YouTube quer, coisas toscas, aberrações. Mas tem muita gen-te boa fazendo música, só que não consegue aparecer... (pausa) Esse jeito de gravar, onde se pode gravar na sua casa, tudo afinadíssimo, tudo correto, tudo perfeito... Então, saem as coisas perfeitas, as músicas saem perfeitas, mas sem emoção. Pois a emoção está no erro da pessoa, na tentativa de acertar é que vem a emoção.

ON - Sobre “Rock’N’Roll”, Rita Lee escre-veu que “as músicas são a simplicidade com trombetas; as letras o pretinho básico com diamantes”. É essa simplicidade que guia sua carreira?

Erasmo – Sempre, bicho... A simplicidade foi uma tônica na minha vida, assim como o amor e a mulher. Toda história que eu conto em mú-sicas tem o fio da meada que é o amor, ou uma mulher. Gosto de usar palavras simples porque não me considero um poeta, e sim um contista, um cara que conta uma história rimada. E eu uso o dia-a-dia das pessoas, da vida, o que eu vejo na TV, uso tudo misturado. Minha inspiração é a própria vida.

ON – E o que os fãs podem esperar de seu show aqui em Passo Fundo?

Erasmo – Muito amor, e rock’n’roll. E se ti-ver frio, melhor ainda, pois as pessoas vão se esquentar! Um show pra ir de peito aberto, es-quecer os problemas todos da vida e se diver-tir, passar bons momentos, dando e recebendo amor!

*Colaborou Marina de Campos

ServiçoErasmo Carlos4/10/2012 (quinta-feira), 21hGran Palazzo, Passo FundoPortões abertos a partir das 20h; estacionamento no localIngressos antecipados (2º lote) por R$ 60 no Velvet Bar, loja Indiada e jornal O NacionalInformações e reservas de mesa: (54) 3045-1714; (54) 9966-8639

Tremendão aplaudido de pé no Theatro Municipal do Rio

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16 Sábado a segunda-feira, 13 a 15 de novembro de 2010 - O Nacional 16 Sábado a segunda-feira, 13 a 15 de novembro de 2010 - O Nacional

DANIELA WIETHÖLTER/ONFOTOS: DIVULGAÇÃO

paixão pelo espaço surgiu mui-to cedo, antes mesmo que a as-tronomia fizesse parte da vidado passo-fundense Rodrigo

Nemmen, astrofísico do Goddard SpaceFlight Center, um dos mais importantescentros de estudos da Agência EspacialNorte Americana (Nasa). Aluno do Co-légio Conceição desde o ensino funda-mental, Nemmen conta que sempre teveum fascínio pelo estudo do universo eum grande sonho: fazer descobertas ci-entíficas importantes. “Os meus pais di-zem que quando eu tinha uns oito anoseu mostrei uma imagem de uma galáxiade um livro e perguntei para eles o queera um buraco negro, onde terminava ouniverso, mas eles não souberam me res-ponder”, relatou.

Anos mais tarde, justamente uma des-tas dúvidas acabou sendo respondida porele mesmo depois de ter concluído oscursos de graduação, mestrado e dou-torado em física e pós-doutorado em as-tronomia pela UFRGS. Nemmen des-cobriu que os buracos negros que habi-tam o centro das galáxias giram a velo-cidades descomunais, próximas à velo-cidade da luz. A descoberta lhe rendeudiversas publicações internacionais, cur-sos e a participação em congressos emdiferentes países do mundo. Mas a suamaior conquista foi alcançada em agos-to deste ano, quando foi contratadocomo bolsista da Nasa, Goddard SpaceFlight Center e, desde então, tem o pri-vilégio de observar suas paixões de per-to, além de se dedicar a pesquisa e con-tinuar a desvendar alguns dos vários mis-térios do espaço.

Um cientista passo-fundense

Astrofísico que trabalha na agência espacialamericana fala sobre a descoberta que fez e quelhe abriram as portas para trabalhar na Nasa

na Nasana Nasana Nasana Nasana NasaPelo mundo

Durante o doutorado na UFRGS, Nemmen participoude vários cursos fora do Brasil. Passou por universidadesnos Estados Unidos (Penn State University e Universida-de de Wyoming) e na Inglaterra (Durham University) paraaprender sobre novas técnicas na área. Também partici-pou de congressos em diversos países, como Chile, Polô-nia, China, Estados Unidos, Canadá. Para o pesquisador,estas viagens contribuíram para trocar informações comoutros cientistas de vários países. “Os cientistas - particu-larmente os astrônomos - têm que viajar bastante, seja paraparticipar de congressos e compartilhar suas descobertas,mas também para aprender sobre novas técnicas e/ou ob-servações”, relatou.

Rodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emMontreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008

... e privilegiado Alem de prestigiado,

Nemmen trabalha ao ladode astrônomos renomados,como John Mather, cientis-ta que ganhou o prêmioNobel da física em 2006.“Trabalhar na NASA é umaoportunidade única de de-senvolver meus projetos ci-entíficos num dos maiorescentros de pesquisa domundo e ter a possibilida-de de colaborar com cien-tistas muito competentesde todas as partes do pla-neta. É um privilégio po-der trabalhar com tantasmentes brilhantes, uma re-alização profissional. Mesinto um privilegiado!”,disse.

Prestigiado...Nemmen, que tem apenas 28 anos, conseguiu uma bolsa bastante prestigi-

ada pelos pesquisadores, a “NASA Postdoctoral Program”, conhecida comoNPP. O diferencial desta bolsa é que ela oferece aos recém-doutores a liber-dade de conduzir a sua própria pesquisa, ao invés de trabalhar em um projetode pesquisa elaborado por outro pesquisador. “Para minha felicidade, acabeiconseguindo uma NPP. Até onde eu sei, eu fui o primeiro brasileiro a conse-guir uma bolsa NPP”, disse.

Mas antes disso, passou por uma longa investigação na vida pessoal. “ANasa checa os antecedentes de todas as pessoas que vão trabalhar aqui parasaber se uma ela constitui algum tipo de perigo para a instituição”, explicouo astrônomo. Alem disso, há diversas normas de segurança para conseguir teracesso ao centro de pesquisa, por se tratar de uma instituição governamentalque desenvolve também pesquisa espacial e aeronáutica. “Há algumas partesdo Goddard onde o acesso é bem restrito, onde são construídos foguetes,instrumentos espaciais e os satélites”, detalhou.

Um dosUm dosUm dosUm dosUm dosobjetivos daobjetivos daobjetivos daobjetivos daobjetivos dapesquisa épesquisa épesquisa épesquisa épesquisa édescobrir pordescobrir pordescobrir pordescobrir pordescobrir porque algunsque algunsque algunsque algunsque algunsburacos negrosburacos negrosburacos negrosburacos negrosburacos negrosproduzem jatosproduzem jatosproduzem jatosproduzem jatosproduzem jatosenquanto outrosenquanto outrosenquanto outrosenquanto outrosenquanto outrosnão osnão osnão osnão osnão osproduzemproduzemproduzemproduzemproduzem

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DANIELA WIETHÖLTER/ONFOTOS: DIVULGAÇÃO

paixão pelo espaço surgiu mui-to cedo, antes mesmo que a as-tronomia fizesse parte da vidado passo-fundense Rodrigo

Nemmen, astrofísico do Goddard SpaceFlight Center, um dos mais importantescentros de estudos da Agência EspacialNorte Americana (Nasa). Aluno do Co-légio Conceição desde o ensino funda-mental, Nemmen conta que sempre teveum fascínio pelo estudo do universo eum grande sonho: fazer descobertas ci-entíficas importantes. “Os meus pais di-zem que quando eu tinha uns oito anoseu mostrei uma imagem de uma galáxiade um livro e perguntei para eles o queera um buraco negro, onde terminava ouniverso, mas eles não souberam me res-ponder”, relatou.

Anos mais tarde, justamente uma des-tas dúvidas acabou sendo respondida porele mesmo depois de ter concluído oscursos de graduação, mestrado e dou-torado em física e pós-doutorado em as-tronomia pela UFRGS. Nemmen des-cobriu que os buracos negros que habi-tam o centro das galáxias giram a velo-cidades descomunais, próximas à velo-cidade da luz. A descoberta lhe rendeudiversas publicações internacionais, cur-sos e a participação em congressos emdiferentes países do mundo. Mas a suamaior conquista foi alcançada em agos-to deste ano, quando foi contratadocomo bolsista da Nasa, Goddard SpaceFlight Center e, desde então, tem o pri-vilégio de observar suas paixões de per-to, além de se dedicar a pesquisa e con-tinuar a desvendar alguns dos vários mis-térios do espaço.

Um cientista passo-fundense

Astrofísico que trabalha na agência espacialamericana fala sobre a descoberta que fez e quelhe abriram as portas para trabalhar na Nasa

na Nasana Nasana Nasana Nasana NasaPelo mundo

Durante o doutorado na UFRGS, Nemmen participoude vários cursos fora do Brasil. Passou por universidadesnos Estados Unidos (Penn State University e Universida-de de Wyoming) e na Inglaterra (Durham University) paraaprender sobre novas técnicas na área. Também partici-pou de congressos em diversos países, como Chile, Polô-nia, China, Estados Unidos, Canadá. Para o pesquisador,estas viagens contribuíram para trocar informações comoutros cientistas de vários países. “Os cientistas - particu-larmente os astrônomos - têm que viajar bastante, seja paraparticipar de congressos e compartilhar suas descobertas,mas também para aprender sobre novas técnicas e/ou ob-servações”, relatou.

Rodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emRodrigo em um dos congressos emMontreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008Montreal, no Canadá, em 2008

... e privilegiado Alem de prestigiado,

Nemmen trabalha ao ladode astrônomos renomados,como John Mather, cientis-ta que ganhou o prêmioNobel da física em 2006.“Trabalhar na NASA é umaoportunidade única de de-senvolver meus projetos ci-entíficos num dos maiorescentros de pesquisa domundo e ter a possibilida-de de colaborar com cien-tistas muito competentesde todas as partes do pla-neta. É um privilégio po-der trabalhar com tantasmentes brilhantes, uma re-alização profissional. Mesinto um privilegiado!”,disse.

Prestigiado...Nemmen, que tem apenas 28 anos, conseguiu uma bolsa bastante prestigi-

ada pelos pesquisadores, a “NASA Postdoctoral Program”, conhecida comoNPP. O diferencial desta bolsa é que ela oferece aos recém-doutores a liber-dade de conduzir a sua própria pesquisa, ao invés de trabalhar em um projetode pesquisa elaborado por outro pesquisador. “Para minha felicidade, acabeiconseguindo uma NPP. Até onde eu sei, eu fui o primeiro brasileiro a conse-guir uma bolsa NPP”, disse.

Mas antes disso, passou por uma longa investigação na vida pessoal. “ANasa checa os antecedentes de todas as pessoas que vão trabalhar aqui parasaber se uma ela constitui algum tipo de perigo para a instituição”, explicouo astrônomo. Alem disso, há diversas normas de segurança para conseguir teracesso ao centro de pesquisa, por se tratar de uma instituição governamentalque desenvolve também pesquisa espacial e aeronáutica. “Há algumas partesdo Goddard onde o acesso é bem restrito, onde são construídos foguetes,instrumentos espaciais e os satélites”, detalhou.

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O Nacional - Sábado a segunda-feira, 13 a 15 de novembro de 2010 17O Nacional - Sábado a segunda-feira, 13 a 15 de novembro de 2010 17

A grande descoberta: os buracos negrosA pesquisa que Nemmen desenvolveu durante o doutorado na

UFRGS e apresentada durante na anual da Sociedade AstronômicaAmericana em 2008, surpreendeu a comunidade astronômica mun-dial. Sob orientação da professora Thaisa Storchi Bergmann - queem 2004 foi a cientista brasileira mais citada em publicações espe-cializadas de todo o mundo - ele descobriu que os buracos negros –estágio final das estrelas - que habitam o centro das galáxias estãogirando a velocidades muito grandes, capazes de completar umavolta ao redor de seu eixo a cada 24 horas. “É uma velocidadedescomunal, próxima à velocidade da luz! Lembrando que a luz éa coisa mais rápida do universo, tão rápida que um raio de luzcompleta sete voltas ao redor da Terra em apenas um segundo”,explicou.

De acordo com o cientista, a pesquisa permitiu caracterizar me-lhor os buracos negros e entender o processo de formação deles edas galáxias que os hospedam. “Isso tudo nos ajuda a compreender melhor como os buracos negros gigantes podemafetar a evolução das próprias galáxias que os hospedam e vice-versa”, explicou.

A gravidade dos buracos negros é tão altaA gravidade dos buracos negros é tão altaA gravidade dos buracos negros é tão altaA gravidade dos buracos negros é tão altaA gravidade dos buracos negros é tão altaque suga o que está ao seu redor e nãoque suga o que está ao seu redor e nãoque suga o que está ao seu redor e nãoque suga o que está ao seu redor e nãoque suga o que está ao seu redor e nãodeixa a luz de outros corpos escaparemdeixa a luz de outros corpos escaparemdeixa a luz de outros corpos escaparemdeixa a luz de outros corpos escaparemdeixa a luz de outros corpos escaparem

Goddard Space Flight CenterO Centro de Aviação Espacial Goddard, da NASA,

está situado em Greenbelt, Maryland, a cerca de 10km do nordeste de Washington. Goddard é o princi-pal laboratório dos Estados Unidos para o desenvol-vimento e operação de espaçonaves científicas nãotripuladas. O centro também controla muitas obser-vações terrestres da NASA, astronomia e missões defísica espacial.

O campus de Goddard compreende uma área de600 hectares, sendo parte arrendada do Departamen-to de Agricultura. As instalações compreendem maisde 30 prédios principais, proporcionando mais de 270mil metros quadrados de área para pesquisa, desen-volvimento e escritório. Goddard é único pelo fatode essas instalações permitirem a construção e o de-senvolvimento de software aeroespacial, instrumen-tos científicos, bem como as aeronaves em si.

Um futuro cheio denovos planos

A descoberta sobre a velocida-de dos buracos negros foi apenasum ponta-pé para as pesquisas queNemmen pretende realizar naNasa. Com pelo menos três anosgarantidos para pesquisas, ele ain-da pretende responder outras dú-vidas sobre o tema. “Uma coisaintrigante que acontece com al-guns buracos negros é que umaparte do gás que inicialmente estácaindo na direção deles é expeli-

da de maneira extremamente violenta, na forma de ”jatos” de partículas a altíssimas velo-cidades, próximas à velocidade da luz! É como se alguns buracos negros fossem “rebel-des”, e rejeitassem parte da sua ”dieta” de gás na forma de “vômitos” cósmicos. É umaanalogia um tanto mórbida, mas serve para entender o que se passa. O interessante é que osastrônomos não sabem por que alguns buracos negros produzem jatos enquanto outros nãoos produzem. E eu gostaria de desvendar o porquê disto no meu trabalho”, relatou.

Outro plano do pesquisador é estudar a emissão de raios gama que vem do centro dasgaláxias mais próximas e que tem sido detectada pelo Telescópio Espacial Fermi, queentrou em órbita há cerca de dois anos. “Eu gostaria de entender qual a origem destes raiosgama: eles são emitidos pelo gás que está caindo nos buracos negros, ou pelo gás que estáescapando dos buracos negros na forma de jatos?”, questiona.

Aos 28Aos 28Aos 28Aos 28Aos 28anos, oanos, oanos, oanos, oanos, oRodr igoRodr igoRodr igoRodr igoRodr igoNemmen, éNemmen, éNemmen, éNemmen, éNemmen, épesquisadorpesquisadorpesquisadorpesquisadorpesquisadorda Nasada Nasada Nasada Nasada Nasa

No campus da Nasa trabalham mais deNo campus da Nasa trabalham mais deNo campus da Nasa trabalham mais deNo campus da Nasa trabalham mais deNo campus da Nasa trabalham mais de10 mil pessoas de diversas nacionalidades10 mil pessoas de diversas nacionalidades10 mil pessoas de diversas nacionalidades10 mil pessoas de diversas nacionalidades10 mil pessoas de diversas nacionalidades

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O NACIONAL || SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2012 || 22 Mande-nos suas sugestões de [email protected]

O projeto é LibertadOresLuxemburgo é apresentado no Grêmio e falando que colocar o time na principal competição do continente é “obrigação profissional”

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O novo técnico do Grêmio, Vanderlei Luxemburgo, foi apresentado oficialmente no final da manhã dessa quinta-feira, na sala de conferência do estádio Olímpi-co Monumental.

Pontualmente às 11h, com a presença do presidente Paulo Odone, do diretor executivo de futebol, Paulo Pe-

laipe, e de vários membros do conselho de administra-ção do Clube, Luxemburgo saiu do vestiário para ser recebido por dezenas de fotógrafos e repórteres que aguardavam as primeiras palavras do treinador como comandante da equipe gremista. Mas quem falou pri-meiro foi o presidente Paulo Odone, que não poupou elogios ao técnico. “Pelo seu currículo e pelo o que fez no futebol brasileiro, o Vanderlei já está apresen-tado a todos nós. Nós decidimos juntos que não era

hora de uma aposta, e o Vanderlei não é uma aposta, ele é uma convicção de nossa di-

retoria”, afirmou Odone, que revelou que já havia tentado a contratação de Luxemburgo no final do ano passa-do, quando ele estava no Flamengo.

A obrigação do professor Depois de receber uma camisa ofi-

cial personalizada do mandatário gre-mista, Luxemburgo falou sobre seu dese-

jo em treinar a equipe do Grêmio e o projeto de levar o Tricolor de volta a Libertadores no primeiro ano da Arena. “A minha obri-gação profissional é colocar o Grêmio na Libertadores. O Grêmio tem que participar das maiores competições da América do Sul. Vou realizar a parte que me cabe e concluir o projeto com o Grêmio na Li-bertadores”, afirrmou Luxemburgo, que tem contrato com o Tricolor até o final do ano. O time gaúcho terá três chan-ces de alcançar o objetivo: ganhando a Copa do Brasil, a Sul-Americana ou terminando o Brasileirão entre os quatro primeiros colocados. A ideia é disputar o principal torneio sul-ameri-cano no ano de inauguração da Arena.

Gauchão Mesmo focado na busca por uma

vaga na Libertadores, Luxemburgo faz questão de valorizar o Gau-

chão: “ganhar um Campeonato Gaúcho pelo Grêmio tem uma importância muito grande. Te-mos a mania de depreciar, não de enaltecer, mas eu não vejo desta forma”. Caso conquiste o Gauchão, Luxa terá em seu

currículo títulos nos estaduais de Rio, São Paulo, Minas e Rio

Grande do Sul.

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2O NACIONAL | Terça-feira, 6 de julho de 2010 COPA DO MUNDO

Uruguai e Holanda fazem hoje, às 15h30 (de Brasília), a primeira semifinal da Copa da África do Sul, no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo. Será o duelo entre a surpresa da competição e a equipe que eliminou a toda poderosa seleção brasileira. No confronto direto de títulos, os sul-americanos levam a melhor, com dois mundiais no currículo, em 1930 e 1950. Já os europeus ‘bateram na trave’ duas vezes. Em 1974 e 1978, chegaram à final, mas acabaram derrotados por Alemanha e Argentina, respectivamente.

As duas seleções já se enfrentaram quatro vezes na história, com três vitórias do Uruguai e uma da Holanda, justamente na Copa de 1974. Os uruguaios se saíram melhor duas vezes em Jogos Olímpicos, em 1924 e 1928, e, em 1980, na Copa Ouro. Portanto, há muito tempo as duas torcidas aguardavam campanha melhor.

Para o jogo de hoje, quem tem mais a lamentar é o Uruguai. A Celeste ainda não sabe se contará com o zagueiro e capitão Lugano, lesionado, e tem a certeza de três desfalques. Jorge Fucile e Luis Suárez estão suspensos e Nicolás Lodeiro, com uma fissura no pé, está fora da Copa. A notícia positiva é a recuperação do zagueiro Diego Godín. O técnico Oscar Tabárez deverá optar por uma formação mais defensiva que a usada contra Gana. Com isso, deixará no banco o atacante do Botafogo Loco Abreu.

A fama de azarão da Copa foi rebatida pelo treinador. “Nos sentimos subestimados. As projeções são feitas pensando nos antecedentes, e os nossos não nos colocavam como favoritos. Mas, se não tivéssemos sonhos, não estaríamos aqui”, lembrou o técnico.

Pelo lado da Holanda, o discurso é de respeito ao adversário. O time do técnico Bert Van Marwijk terá dois desfalques, ambos por suspensão. Gregory Van der Wiel dará lugar a Khalid Boulahrouz na lateral direita e Demy de Zeeuw atuará como volante em substituição a Nigel de Jong. Mas Robben e o carrasco brasileiro Sneijder estarão em campo, assim como o atacante Van Persie, que domingo foi poupado do treino, mas ontem confirmou presença na partida semifinal.

Duelo pela decisão

Holanda de Robben enfrenta Uruguai de Loco Abreu no primeiro jogo das semifinais da Copa da África do Sul. Quem vencer hoje vai quebrar um jejum de décadas

Fama de azarão dá força para chegar muito longe

Adversário como exemploO técnico da Holanda, Bert Van Marwijk, declarou ontem que a

paixão com que o Uruguai vive o futebol já serviu de inspiração para incentivar seus jogadores. “Em uma de nossas partidas da fase de grupos, usei o Uruguai como exemplo. Eles jogam com muita paixão”, disse Van Marwijk, em entrevista coletiva no Estádio Green Point, da Cidade do Cabo, palco da semifinal.

Para o técnico holandês, entretanto, a paixão uruguaia é característica própria de uma cultura futebolística e não pode ser simplesmente apropriada por outra.

Van Marwijk também citou o estilo de jogo do Barcelona e da seleção espanhola como inspiração para seu trabalho. “O futebol do Barça e o da seleção espanhola é muito bonito”, afirmou o treinador, confiante em uma vitória no jogo de hoje à tarde.

Várias casas de apostas europeias cotavam o Uruguai como um dos ‘azarões’ na disputa pelo título da Copa do Mundo. E, segundo algumas cotações, quem bancasse o título da Celeste poderia receber cerca de 80 euros para cada um apostado.

Com a chegada da equipe à semifinal, o cenário mudou, mas a descrença inicial foi lembrada ontem pelo técnico Oscar Tabárez, que considera a desconfiança um incentivo. “Estamos em uma festa para a qual não estávamos convidados”,

ironizou o treinador, ao comentar a campanha. Tabárez lembrou que, quando foi realizado o sorteio das chaves, muitas pessoas lhe deram pêsames. “Não me esqueço disso”, afirmou, ao se referir ao emparelhamento que deixou a equipe no mesmo grupo que França, México e os anfitriões sul-africanos.

No Uruguai, a surpresa pela boa campanha causou prejuízos no comércio de camisas da seleção. Segundo a imprensa local, os fabricantes não acreditaram e deixaram de faturar porque a procura pelos uniformes é enorme.

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O melhor está por vir

2O NACIONAL | Sábado e domingo, 10 e 11 de julho de 2010 COPA DO MUNDO

Xabi Alonso se diz feliz com final inédita, mas avisa: “Vamos dar tudo de nós para conquistar este título”

O volante espanhol Xabi Alonso se mostrou feliz com a classificação de sua seleção à final da Copa do Mundo pela primeira vez. O atleta, entretanto, ainda acredita que o melhor não chegou. Ele espera que a Espanha conquiste o inédito título mundial no próximo domingo, quando enfrenta a Holanda.

“Eu estou muito contente, mas tenho a sensação de que ainda falta o mais bonito para conseguirmos. Vamos dar tudo de nós para conquistar este título”, garantiu o atleta do Real Madrid. Para vencer o Mundial da África do Sul, Alonso aposta na mesma

tática que foi utilizada contra a Alemanha, na semifinal. “O esquema de jogo deles é parecido com o da Alemanha, mas há alguns fatores que precisam ser considerados, como a maneira em que eles vão sair para o jogo e como será o posicionamento dos jogadores de frente”, comentou. Outro segredo da Espanha, para Xabi, é o volante Sergio Busquets, que tem sido muito elogiado pela boa Copa que tem feito. “Ele é um jogador de equipe, daqueles que qualquer treinador gostaria de ter. Ele faz tudo muito bem, com tranqüilidade e sempre pensa no bem da equipe”, elogiou Alonso.

Ainda melhor na finalna semifinal, quando a Fúria dominou completamente as ações.

“Sim, eu acredito. Nós jogamos a melhor partida do Mundial até agora contra os alemães. Espero que a Espanha faça ainda melhor contra a Holanda, porque a exigência será maior. A Alemanha é uma grande seleção, campeã do mundo, mas a Espanha jogou tão bem que não se apequenou”, analisou o treinador em entrevista ao jornal ‘AS’.

A tendência é que a equipe seja a mesma que começou o jogo contra os alemães, com Fernando Torres no banco de reservas. Del Bosque espera uma partida de alto nível e

intensa.“A Holanda é uma grande

equipe, por isso chegou à final da Copa do Mundo. Espero uma decisão intensa e com muita qualidade. Os dois times têm jogadores de classe com a bola no pé”, avaliou.

Sempre comedido, o técnico Vicente del Bosque vê a Espanha em plena evolução durante a disputa da Copa do Mundo. É o exemplo clássico de equipe que cresceu no decorrer

da competição, o que, para o treinador, é um grande passo

para conquistar o título. Para o jogo de amanhã,

ele espera atuação ainda melhor do

que contra a Alemanha

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O NACIONAL || QUINTA-FEIRA, 19 DE MAIO DE 2011 || 17

Fim sem despedida

Com aposentadoria anunciada des-de abril, o passo-fundense Marcos Daniel havia decidido que sua des-pedida como jogador profi ssional de tênis seria no torneio de Roland Gar-ros, disputado em Paris. Mas para que isso fosse possível ele teria que contar com quatro desistências para entrar na chave principal da competição, mas só três foram confi rmadas.

Como estava sem treinar a algum tempo, Marcos Daniel não teve condi-ções de avançar até a chave principal do torneio passando pela fase qualifi -catória, assim, só quatro desistências colocariam o passo-fundense para jogar. David Nalbandián, Paul-Henri Mathieu e Fernando González desis-tiram do Grand Slam. Segundo disse o próprio Marcos Daniel em entrevista ao portal UOL, ele mesmo entrou em contato com outros tenistas que esta-vam lesionados, para saber se haveria mais alguma desistência. “Tentamos

contato com o (argentino Juan Martin) Del Potro e ele disse que iria aban-donar na quinta, o (alemão Tommy) Haas falou que deve cancelar. Eu não posso obrigar a cancelar, mas por questão de camaradagem podiam tirar o nome antes. Por questão de algumas horas eu fi quei fora. Fiquei triste, não precisava fi car um fora. Mesmo que fosse lá para perder na primeira rodada, já perdi tantas... Queria muito ter ido para lá. Agora estou aposen-tado e vou jogar domi-nó na praia”, disse. Marcos Daniel encerra a carreira como único brasileiro a enfrentar Roger Federer e Rafael Nadal no circuito até o mo-mento, sendo três confrontos com o espanhol. Ele acumulou 14 conquistas de challenger para fi car como o segun-do maior vencedor de torneios da série na história, atrás apenas de Takao Su-zuki, que ganhou 16.

Falta de uma desistência impede

que Marcos Daniel deixe o

tênis profissional jogando em

Roland Garros

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QUINTA-FEIRA, 28 DE JULHO DE 2011 || O NACIONAL18 || 18 || ESPORTES

Brasil são elesO Inter repetiu nesta quarta o

roteiro do jogo da véspera, con-tra o Barcelona. A diferença fi -cou para os pênaltis após o 2 x 2 no tempo normal. Se na terça Damião e Zé Mário lembraram a Seleção na Copa América, man-dando pelo alto, nesta quarta foi o Milan que repetiu o que pare-cia impossível, perdendo quatro cobranças como o Brasil contra o Paraguai.

Damião não estava mais em campo. Zé Mário também não. E brilhou a estrela de Renan, em baixa desde que perdeu a posição para Muriel. O goleiro pegou logo os dois primeiros pênaltis, batidos por Valoti e Cassano. Oddo man-dou na trave em seguida. Renan pegou o do ex-colorado Pato e fechou a partida - D’Alessandro e Nei tinham marcado para o In-ter, com Glaydson mandando nas mãos do goleiro Roma.

Além do terceiro lugar, o Inter deixa a Alemanha com perspec-tiva de lucro. Depois da derro-ta para o Barcelona, Leandro Damião afi rmou que não estava cansado e pretendia jogar os 90 minutos contra o Milan. A busca pela valorização no mercado eu-ropeu estava implícita, com aval do Inter. Quase todos os titulares foram poupados nesta terça - só Bolívar e o camisa 9 começaram jogando. O atacante não fi cou o tempo todo em campo, mas sua

missão foi cumprida. Foi dele um dos gols, seu segundo gol em dois jogos na Alemanha. A torci-da colorada já pode se acostumar com a ideia de ter Jô como prin-cipal referência no ataque.

No fi nal do torneio entre Bar-celona e Bayern de Munique, os espanhóis levaram a melhor. O brasileiro naturalizado espanhol Thiago Alcântara brilhou marcan-do os dois gols da vitória catalã.

Com o fi m da participação no torneio em Munique, o Inter volta ao Brasil para enfrentar ao Atléti-co-GO no próximo domingo, às 16h, no Beira-Rio. Damião não joga. Cumprirá suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

O jogoNo tempo normal, Ibrahimovic

e Alexandre Pato, revelado pelo Inter, fi zeram os gols do time italiano, que escalou uma equipe forte para a competição. Leandro Damião e D’Alessandro marca-ram para a equipe brasileira.

O roteiro da partida foi pare-cido com o do empate de ontem contra o Barça. O Milan também começou na frente, com belo gol de letra de Ibrahimovic logo de cara, aos três minutos de primeiro tempo. Aos 23, Leandro Damião, destaque do Inter na competi-ção, deixou tudo igual mostrando oportunismo para completar bola cruzada na área.

Segundo tempoO segundo gol do Milan foi

feito pelo ex-colorado Alexan-dre Pato. Ibrahimovic enfi ou bela bola para Robinho aos 7 minu-tos, e o ex-santista rolou de lado para Pato, com o gol livre, rolar para a rede. Assim como no due-lo com o Barça, o Inter mais uma vez empatou o jogo no fi nalzinho. D’Alessandro aproveitou sobre na área e marcou.

Milan de Alexandre Pato repete Seleção na Copa América, e Inter vence nos pênaltis. Barcelona é o campeão

Local: Estádio Allianz Arena, em Munique (Ale-manha)Data: 27 de julho de 2011, quarta-feiraHorário: 13h15 (de Brasília)Árbitro: Günter Perl (Alemanha)Auxiliares: George Schalk e Michael Emmer (ambos da Alemanha)Cartão amarelo: Gattuso (Milan)

RenanGlaydson

BolívarDalton

Fabrício (Kleber)

Elton (Nei)

Wilson MatiasZé Mário

(Andrezinho) João

(Ricardo Goulart)Gilberto

(Lucas Roggia) Leandro Damião (D’Alessandro)

Técnico: Osmar Loss (interino)

Abbiati (Roma)

Zambrotta (De Sciglio)

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Ambosini (Emanuelson)

GattusoSeedorf Robinho

Alexandre Pato Ibrahimovic

Técnico: Massimiliano Allegri

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O segundo gol do Milan foi feito pelo ex-colorado Alexan-dre Pato. Ibrahimovic enfi ou bela bola para Robinho aos 7 minu-tos, e o ex-santista rolou de lado para Pato, com o gol livre, rolar para a rede. Assim como no due-lo com o Barça, o Inter mais uma vez empatou o jogo no fi nalzinho. D’Alessandro aproveitou sobre na

Milan de Alexandre Pato repete Seleção na Copa América, e Inter vence nos pênaltis. Barcelona é o campeão

Estádio Allianz Arena, em Munique (Ale-

George Schalk e Michael Emmer

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Mande-nos suas sugestões de [email protected], 27 de abril de 2012

Passo Fundo goleia o

Juventus em jogo marcado

por forte neblina no Vermelhão

da Serra Pág. 2

4 x 1Passo Fundo x Juventus

Segundona

+ renato marSigliaInter não merecia vencer o Fluminense Contracapa

Poucos viram

inter...já no lado colorado, agora o foco é na decisão de domingo

grÊmioIndefinições e treino forte marcam o lado Tricolor...

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2O NACIONAL | Sexta-feira, 27 de abril de 2012 PASSO FUNDO

Marcelo Alexandre Becker/ON

O Esporte Clube Passo Fundo segue imbatível no Vermelhão da Serra. Na noite de ontem o Tricolor fez 4 x 1 no Juventus de Santa Rosa, em partida válida pelo Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso. Os gols do confronto foram marcados por Jean Paulo, Guto (2) e Sandro Sotilli para a equipe da casa, e Adriano para os visitantes. Com a vitória o time comandado pelo técnico Ricardo Attolini atingiu a quarta colocação do Grupo 2 com 26 pontos, somente a três do líder Esportivo. Agora na próxima rodada o Passo Fundo recebe o Glória, domingo às 18h30, quando em caso de vitória o Tricolor poderá até ser vice líder.

O jogo – Logo de cara, gol do Passo Fundo

Com menos de dois minutos o Passo Fundo abriu o placar quando Barão deu bom passe para Guto, que ganhou de Japa na velocidade e cruzou para área, onde estava o meia Jean Paulo que com grande categoria, de primeira completou para a rede: Passo Fundo 1 x 0. O único perigo que o Juventus ofereceu nos primeiros 17 minutos foi

quando Tainá deu um chutão para frente e a bola ia sobrar para Lucas, mas Souza estava atento no lance, e saiu de carrinho fora da área para afastar o perigo.

Passo Fundo faz o segundo com Guto e cai de rendimento

Aos 18 minutos mais uma vez o atacante Guto mostrou seu vigor físico, que aliada a técnica resultou no segundo gol do Passo Fundo quando ele invadiu a área com velocidade e bateu cruzado, sem chances para o goleiro Luciano, Passo Fundo 2 x 0. Após o gol o time da casa diminuiu o ritmo, sendo que teve apenas mais uma boa chance quando Sandro Sotilli tocou de calcanhar para trás de dentro da área, e o meia Diego Mirando finalizou com

força e mandou a bola muito perto do ângulo.

Jean Paulo acerta o travessão em linda cobrança de falta, e o Juventus diminui

Aos 27 minutos o meia Jean Paulo cobrou falta com perfeição. O goleiro Luciano nem se mexeu, e apenas escutou o barulho da bola explodindo no travessão. Quando o jogo era dominado pelo Passo Fundo, William foi derrubado na área pelo zagueiro Mário, e o árbitro marcou penalidade máxima. Na cobrança Souza acertou o canto, mas não conseguiu evitar o gol marcado por Adriano do Juventus: 2 x 1.

Segundo tempo – neblina e mais gols do Passo Fundo

A etapa final foi marcada pela forte neblina e pelos gols que deram tranquilidade ao

Fácil, fácilPasso Fundo faz 4 x 1 no Juventus em partida com presença fraca da torcida, mas forte da neblina

Souza faz grande defesa, Sotilli perde uma vez, mas não duas

Aos 17 minutos, em um raro ataque do Juventus, William cruzou rasteiro do lado direito, a bola chegou em Tatto que bateu com força, mas Souza fez grande defesa. Aos 20 Fabiano Diniz deixou Sandro Sotilli na cara do gol, o camisa 9 bateu forte, buscando o ângulo esquerdo, mas a bola foi para fora. Nove minutos depois Sotilli ficou mais uma vez na frente a frente com o goleiro, e o “Alemão matador” não perde duas chances claras seguidas. Com a calma que só os grandes artilheiros tem, Sotilli driblou o camisa 1 Luciano, e mesmo desequilibrado bateu forte, em cima, já quase sem ângulo e fez mais um golaço para sua extensa lista. Placar Final, Passo Fundo 4 x 1 Juventus.

Torcedor que foi ao Vermelhão vibrou com a goleada do Passo Fundo

Tricolor na partida. O primeiro deles saiu aos dez minutos quando Jean Paulo recebeu cruzamento na área, tentou finalizar duas vezes – uma delas já caído – e a bola sobrou para Guto, que marcou o terceiro do Passo Fundo, 3 x 1.

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O NACIONAL || TERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2011 || 17

O ponteiro Murilo foi eleito o me-lhor jogador do mundo, é bicampeão Mundial e tem uma medalha de prata olímpica no currículo. No entanto, o passo-fundense ainda não tinha con-quistado o título da Superliga Mascu-lina. Ainda, pois no domingo, a con-quista do Sesi-SP coroou ainda mais a carreira do melhor jogador do mundo, que além do título, foi eleito o melhor atleta da partida e também a melhor re-cepção da competição.

“É bom ganhar até par ou ímpar, né?! Era o título que faltava à minha carreira. Depois de um tempo na Itália, voltei ao Brasil no ano passado, mas não conse-guimos passar para as semifinais. Este ano, o Sesi-SP reforçou a equipe com o objetivo de ser campeão. Promessa cum-prida”, disse o ponteiro, que recebeu os prêmios da esposa, Jaqueline.

A esposaNa torcida, a ponteira Jaqueline era

uma das torcedoras mais ansiosas do ginásio. Na próxima semana, ela esta-rá no mesmo Mineirinho lutando pelo bicampeonato do Sollys/Osasco. No próximo sábado, o time paulista en-

frentará a Unilever (RJ), na decisão da Superliga Feminina, a partir das 10h. E Jaqueline já fez seu pedido ao marido. “Ele vai ter que pas-sar para mim a mesma força que passei para ele. Ficar de fora é tão difícil quanto estar dentro de quadra. Fora, tem o nervosismo pela torci-da. Dentro, a pressão pela conquista do título”, disse a esposa, entre beijos e abraços.

O campeãoPara Murilo, o título

do Sesi-SP é fruto de um grupo completo. “Trouxe-mos para dentro de quadra hoje toda a confiança que tivemos a temporada intei-ra. Só perdemos quatro jo-gos durante toda a Superliga. Não fizemos um bom segun-do set. Mas tivemos a cabeça no lugar para retomar o nosso jogo no terceiro set e fazer uma excelente partida na quarta par-cial”, avaliou Murilo.

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Título da Superliga coloca troféu que faltava na prateleira do melhor do mundo

Murilo, não falta mais nada

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 19 E 20 DE MARÇO DE 2011 || 23

Ao contrário das previsões meteoro-lógicas, que garantiam chuva para esta sexta-feira, o primeiro dia de treinos da Copa Caixa Stock Car em 2011 aconteceu com sol, muito calor e céu parcialmente nublado no circuito de Curitiba, palco da etapa de abertura da temporada.

Com condições ideais de trabalho, a revitalizada equipe Crystal Racing Team, de Ricardo Zonta e Cláudio Ric-ci, iniciou a temporada com motivação extra, acreditando que, com chuva ou sol, o trabalho para colocar os dois car-ros competitivos na pista é o mais im-portante. “Ano passado foi complicado, com modificações na equipe, mas 2011 promete. Seguimos com os mesmos integrantes na equipe, temos dados im-portantes de análise de cada pista, o que torna o trabalho bem mais produtivo. Nossa meta é colocar os carros no play-off e iremos lutar por isso”, comenta o ex-piloto das equipes McLaren, BAR, Jordan, Toyota e Renault na F-1.

Cláudio Ricci trabalhando forteRicci, campeão do GT Brasil em

2009, concorda com a opinião do campeão do Mundial de FIA GT: “Estou muito confiante no trabalho que iniciamos nessa sexta. Essa será minha segunda temporada e minha estreia na equipe do Ricardo (Zonta) e, logo, nas primeiras im-pressões me senti em casa. Agora é trabalharmos forte para um bom classificatório neste sábado”. A maior categoria do automobilismo brasileiro divide neste final de se-mana as atenções com o Mundial de Turismo da FIA, o famoso WTCC, que corre em conjunto com o cam-peonato nacional neste domingo. As atividades deste sábado come-çam com o terceiro treino livre pela manhã, às 8h35, já a classifi-cação acontece às 12h50. A primei-ra etapa da temporada está marcada para as 11 horas (de Brasília), com transmissão ao vivo pelo SporTV.

Acelerando

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Sábado (19 de março)7h55 às 8h25 – 1º treino livre – FIA WTCC8h35 às 9h25 – 3º treino livre – Copa Caixa Stock Car (max. 16 voltas) – 1º grupo9h35 às 10h25 – 3º treino livre – Copa Caixa Stock Car (max. 16 voltas) – 2º grupo10h50 – largada da bateria 1 (25min) – Mini Challenge11h30 às 12h – 2º treino livre – FIA WTCC12h10 às 12h50 – treino de classificação – Copa Caixa Stock Car14h às 14h20 – treino de classificação (Q1) – FIA WTCC14h25 às 14h35 – treino de classificação (Q2) – FIA WTCC

Domingo (20 de março)8h15 às 8h30 – warm up – FIA WTCC9h50 – largada da bateria 2 (25 min) – Mini Challenge11h – largada da primeira etapa da Copa Caixa Stock Car13h – largada da primeira bateria – FIA WTCC14h15 – largada da segunda bateria – FIA WTCC

Autódromo Internacional de Curitiba

Previsão de aguaceiro para sexta-feira em Curitiba não se confirma, e times dão início às preparações para a temporada 2011 da Stock Car que acontece neste domingo, às 11h

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O NACIONAL || QUARTA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2012 || 19 ESPORTES || 19

Um Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, “não acaba quando o jogo termina”. Uma prova disso é a polêmi-ca que toma conta dos Estados Unidos após uma declaração infeliz da modelo gaúcha Gisele Bündchen, esposa do Tom Brady, principal jogador do New England Patriots, equipe que perdeu o título para o New York Giants, na noite do último domingo.

Após acompanhar a derrota da equipe de seu marido no estádio, Gisele não poupou palavras e disse: “Você tem que agarrar a bola quando é esperado que você faça isso. Meu marido não pode arremessar a p**** da bola e agarrá-la ao mesmo tempo. Não consigo acreditar que eles deixaram a bola escapar tantas vezes.” Claro que os com-panheiros de Brady não gostaram nada do que a modelo disse, e segundo várias fontes ouvidas pelo site “TMZ” afirmam que a de-

Perca como um time

Vença como um time

Declaração de Gisele Bündchen após o Super Bowl causa polêmica nos Estados Unidos

claração pegou mal nos Patriots, cujo espí-rito é “vença como um time e perca como um time”. Tom Brady, por sua vez, elogiou o time rival: “Gostaria de dar muito crédito ao Giants. Eles certamente fizeram as joga-das quando eles precisavam. Eles são um grande time de futebol e colocaram muita pressão sobre nós”. Na semana passada, um e-mail de Gisele a parentes e amigos próximos vazou na imprensa americana. No e-mail, ela pede que todos rezem pela vitória de Brady.

Audiência - A disputa do Super Bowl XLVI conquistou mais um marco na televi-são. De acordo com o instituto de pesquisa “Nielsen Company”, o Super Bowl atingiu um público total de 166,8 milhões de es-pectadores, tornando o show mais assistido nos EUA na história da TV.

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O NACIONAL || QUINTA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2011 || 19 ESPORTES || 19

Barcelona x Real Madrid3/05 (ter), em Barcelona

xManchester United x Schalke 04

4/05 (qua), em Manchester

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As partidas de volta das semifinais da Uefa Champions League:

Messi decide

* Na primeira partida, deu vitória do Manchester United por 2 x 0

* Na primeira partida, deu vitória do Barcelona por 2 x 0

Muita disputa, expulsões - Pin-to, goleiro Reserva do Barcelona, e Pepe volante e José Mourinho técnico, ambos do Real Madrid -, e dois gols de Messi definem o que foi o clássico válido pela semifinal da Uefa Champions League diputtado na capital es-panhola ontem, que teve a vitória do time da Catalunha por 2 x 0. Agora, na próxima terça-feira o Real Madrid terá que vencer por três gols de diferença para ir para a final. Barça pode empatar ou até perder por 1 x 0 que segue à final

da competição. Uma vitória por 2 x 0 do Real Madrid leva o jogo para a prorrogação. A outra semi-final conta com Manchester Uni-ted e Shalke 04. A equipe inglesa largou com vitória por 2 x 0.

O jogo - O primeiro tempo da partida foi bastante confuso, com várias confusões ao longo da eta-pa. Até o único lance de perigo do Real Madrid, que ficou mais na defesa, foi confuso. Cristiano Ro-naldo bateu forte de fora da área, Valdés bateu roupa e deixou para Di María, que, impedido, exigiu

outra defesa do goleiro, mas o ár-bitro já parava o lance.

Segundo tempo – No lance que mudou a partida, Pepe chegou com muita força, solando Daniel Alves, no campo de ataque do Ma-drid, e foi expulso. Na confusão, Mourinho também foi mandado para fora. Aos 31 minutos, no en-tanto, o Barcelona abriu o placar. Depois de uma jogada de Messi, Afellay ficou com a bola, passou por Marcelo e tocou para a área, onde chegou o argentino e tocou para as redes, marcando o primei-

ro da partida. Aos 41, Messi fez a grande jogada do jogo. Ele recebeu no meio de campo, arrancou pelo meio, driblou vários defensores do

Real, invadiu a área e bateu na saída de Casillas, fazendo um verdadeiro golaço no Santiago Bernabéu, e de-finindo a vitória.

Melhor do mundo faz os dois no Barcelona 2 x 0 Real Madrid pela semi da Uefa Champions League

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ter

3janeiro 2012

Fones:Geral: (54) 3045.8300Redação: (54) 3045.8328Assinaturas: (54) 3045.8335Classificados: (54) 3045.8334Circulação: (54) 3045.8333

Contatos:Geral: [email protected]: [email protected]ão: [email protected]: [email protected] 87 | www.onacional.com.br

Os fãs de basquete ganharam um presentão de Natal, quando a tem-porada 2011/2012 da NBA finalmen-te começou no dia 25 de dezembro, após quase cinco meses do chamado “locaute” (greve dos jogadores). E a temporada já iniciou com o clássico entre New York Knicks x Boston Cel-tics, onde os Knicks de Carmelo An-thony venceram o Boston pelo placar apertado de 106 x 104.

De lá pra cá, o ritmo da tempora-

da é eletrizante. Com jogos todos os dias (nem na virada do ano a NBA parou) e partidas extremamente disputadas, a liga norte-americana enche os olhos dos telespectadores.

E a maratona está longe de acabar: até o dia 23 de fevereiro, a NBA segue tendo partidas diariamente, onde ha-verá uma parada de quatro dias. Após esse breve recesso, os jogos seguem sendo realizados todos os dias até 26 de abril, onde definem-se os playoffs.

EletrizanteCom jogos todos os dias, NBA começa em ritmo forte

Os líderes de cada conferência (até o momento)Leste OesteMiami HeatEmbora o time de LeBron James mos-tre uma evolução com relação à tempora-da passada, a equipe de Miami começa suas partidas arrasando os adversários, mas acaba “amolecendo” no final.

Oklahoma City ThunderA equipe de Kevin Durant evo-luiu muito com relação à tempo-rada passada. Mais entrosada e extremamente motivada, a equipe de Oklahoma mostra-se como a maior ameaça da conferência.

ter

24janeiro 2012

Fones:Geral: (54) 3045.8300Redação: (54) 3045.8328Assinaturas: (54) 3045.8335Classificados: (54) 3045.8334Circulação: (54) 3045.8333

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No final da década de 1990, os clubes

brasileiros viram seus principais joga-

dores e técnicos virarem alvos de equi-

pes de países do oriente médio, o que

ficou conhecido no idioma da bola como

“mundo árabe”.Mas o cenário atual é diferente, um

“novo mundo” entrou em ação: sem ne-

nhuma tradição no esporte mais popu-

lar do mundo, mas com muito dinheiro,

a China virou novo paradeiro para os

craques, mas desta vez os afetados não

são só os brasileiros, os europeus tam-

bém sofrem assédio dos novos ricos.

Um exemplo disso é o Shanghai She-

nhua, que na temporada passada tirou

o badalado francês Nicholas Anelka

do inglês Chelsea. O mesmo clube já

teria acertado salários com o atacante

Didier Drogba, também do Chelsea, e

D’Alessandro, do Internacional. Mas a

ambição chinesa prepara um novo capí-

tulo que promete abalar a Europa: diri-

gentes do Shanghai Shenhua prometem

não poupar esforços (e dinheiro) para

ter em seu elenco o brasileiro Kaká, que

atualmente joga no poderoso Real Ma-

drid. Segundo o jornal espanhol Marca,

o brasileiro teria uma proposta para

receber 9 milhões de euros (R$ 20 mi-

lhões) por temporada. Alguém duvida

do poder de sedução que um novo mun-

do pode oferecer? É esperar para ver.

Após ter contratado Anelka, ter

feito propostas para Drogba e D’Alessandro,

clube chinês busca Kaká

Um novo mundo

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 26 E 27 DE MARÇO DE 2011 || 23

A Seleção Brasileira treinou na sexta-feira no centro de treina-mento do Arsenal, um complexo esportivo impressionante com seus 11 campos de futebol com gramados perfeitos e toda estrutu-ra necessária para a preparação de uma equipe. A grande atração da atividade acabou sendo o atacante Leandro Damião, que com os cor-tes de Alexandre Pato e Nilmar, ambos por lesão, deve ganhar uma chance entre os titulares do Brasil.

O técnico Mano Menezes co-mandou um treinamento tático, paralisado diversas vezes para instruções, em que repetiu a es-calação da atividade da véspera. O time titular tinha Julio Cesar, Daniel Alves, Lucio, Thiago Sil-va e Marcelo, Lucas, Ramires, Elano e Renato Augusto, Neymar e Leandro Damião. Enquanto os reservas eram formados por Vic-tor (Jeferson), Maicon, Luisão, David Luiz e André Santos, San-dro, Henrique, Elias e Jadson, Lucas e Jonas. Sobre Damião o comandante da Seleção Brasi-leira afirmou que a convocação do camisa 9 do Internacional se dá não apenas por sua ótima fase técnica, mas também por o joga-dor ter idade olímpica. “O Da-mião é um atacante com carac-terística que ainda não temos na Seleção, um jogador de área, um típico 9. Chamei ele para testar com a camisa do Brasil, pois de-vido a sua idade ele poderá fazer parte da seleção que disputará a

Mano do ManoÚltimo dos convocados treina entre os titulares e deve enfrentar a Escócia domingo

Olimpíada”, disse Mano Mene-zes ressaltando que é importante ter calma com o novato. “É ne-cessário contar com alguém de força física e com presença de área. Acho que Leandro Damião se encaixa nestas características. Essa é a primeira oportunidade dele, então vamos avaliá-lo com calma para pegar confiança”, ex-plicou Mano. Durante a ativida-de Mano trocou Renato Augusto por Jadson. A baixa do dia foi o lateral esquerdo Marcelo. O jo-gador do Real Madrid levou uma pancada na região do tórax, dei-xou o treino. Após o treino tá-tico, os jogadores se exercitaram em finalizações, com os goleiros

Julio Cesar, Victor e Jeferson se revezando no gol. O trabalho do sábado será no campo do jogo contra a Escócia: no estádio do Arsenal, o Emirates Stadium, às 14 horas (10 horas de Brasília).

Nilmar – Também na sexta-feira, foi confirmada a ausência de Nilmar no amistoso da seleção brasileira contra a Escócia. Lesio-nado, o atacante do Villarreal não se recuperará a tempo de parti-cipar do jogo deste domingo, no estádio Emirates, em Londres. O jogador sofreu um estiramento muscular no último fim de sema-na, na partida entre Villarreal e Athletic Bilbao pelo Campeonato Espanhol.

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Vitória suadaVitória suada

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30junho 2011

Fones:Geral: (54) 3045.8300Redação: (54) 3045.8328Assinaturas: (54) 3045.8335Classi� cados: (54) 3045.8333Circulação: (54) 3045.8336

Contatos:Geral: [email protected]: [email protected]ão: [email protected]� cadoss: classi� [email protected] 87 | www.onacional.com.br

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Fórmula 1No domingo passado tivemos o Grande Prêmio da Europa de Fór-

mula 1. A prova, em seu terceiro ano, foi disputada no circuito urbano de Valência. Infelizmente a corrida não manteve o nível de emoção das outras da temporada, mas mostrou, mais uma vez, a força da dupla Sebastian Vettel e o RB7, carro da RBR, em mais uma vitória, a sexta do ano. Fernando Alonso, da Ferrari, foi o segundo seguido por Mark Webber, também da RBR. O brasileiro Felipe Massa fez uma grande largada, mas acabou chegando apenas em quinto, depois de ser atrapa-lhado em mais uma troca nos boxes. Rubens Barrichello, da Williams, também não conseguiu fazer muita coisa e chegou em 12º. Agora, a ca-tegoria voltará entre os dias oito e onze de julho para o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.

Itaipava GT Brasil

Aqui no Brasil Santa Cruz do Sul/RS recebeu a quarta etapa do Itaipava GT Brasil. Na madruga-da de sexta-feira recebi a minha nova Ferrari, no

modelo F458, e já mostramos todo o potencial do novo carro. Mesmo sem tempo de treinar e trabalhar efetivamente no carro neste fim de semana e, tendo enfrentado um pequeno problema eletrônico na sexta e no sábado, consegui fazer duas boas corri-das e conquistei um sexto lugar na corrida do sábado e cheguei em segundo na corrida de domingo. Só tenho que agradecer à equipe pelo trabalho realizado durante o fim de semana, por pe-gar um carro novo e já conseguir deixá-lo pronto para competir. Ainda temos muito trabalho pela frente em um campeonato que está a cada dia mais difícil, mas estou três pontos atrás dos líderes e acredito que somos fortes concorrentes pelo título. Voltar ao pódio já foi especial, será ainda mais quando voltar ao lugar mais alto dele com uma vitória e espero conseguir isto nos dias 22 e 23 de julho em Curitiba/PR.

KartNo próximo fi m de semana teremos mais uma etapa de kart aqui

em Passo Fundo. Acredito que teremos mais de 30 competidores, além de forte presença do público, para demonstrar a paixão do passo-fundense por automobilismo. Não deixem de prestigiar a corri-da, será uma ótima oportunidade para acompanhar alguns dos pilotos que poderão levar as cores do nosso estado pelos quatro cantos do país nos próximos anos.

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SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO E DOMINGOMarcelo Alexandre Becker

Renato Marsiglia Claudio Ricci Renato Marsiglia Meirelles DuarteQUARTA-FEIRAMarcelo Alexandre Becker

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A Seleção Brasileira estreou com vitória na Copa do Mundo de Futebol Feminino vencendo a equipe da Austrália por 1x0. A partida aconteceu nesta quarta-feira,no Borussia Park, em Mön-chengladbach.

O gol do jogo foi marcado por Rosana, no início do segundo tempo, e garantiu ao time cana-rinho a liderança do Grupo D, ao lado da Noruega, que bateu Guiné

Brasil erra muitos passes, não cria grandes chances de gol, mas supera a Austrália por 1x0

Equatorial no primeiro jogo do dia. Ambas as seleções têm três pontos e se enfrentam já no pró-ximo domingo, às 13h15 (de Bra-sília), em Wolfsburg. No mesmo dia, as australianas tentam a rea-bilitação contra Guiné Equatorial. O jogo ocorre em Bochum, às 14h (de Brasília).

O jogo - Faltou ataque para o Brasil em seus primeiros 45 minu-tos de jogo na Copa do Mundo de Futebol Feminino. Diante da Aus-trália, a equipe de Kleiton Lima mostrou difi culdades para chegar à frente e foi muito bem marcada. Rosana perdeu as duas jogadas que mais ofereceram perigo ao gol australiano.

Segundo tempo - Aos 8 mi-nutos da etapa complementar a seleção brasileira abriu o placar. Em lance individual, Cristiane fez bonito, des um chapéu, disputou pelo alto e conseguiu passe para Rosana, que brigou com a marca-dora, conseguiu recolher a bola e chutar na saída de Melissa Barbie-ri. O gol ofereceu tranquilidade e mais campo para as brasileiras jogarem da maneira que se sen-tem mais confortáveis. Assim, a Austrália até teve a iniciativa do segundo tempo, mas praticamente não ameaçou.

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 2 E 3 DE JUNHO DE 2012 || 25 Mande-nos suas sugestões de [email protected]

Por um lugar ao sol

Marcelo Alexandre Becker/ON

A derrota por 3 x 0 para o Riograndense na última rodada em Santa Maria foi considerada um desastre no Passo Fundo. Porém, ao con-trário do que muitos pensam aquela não será uma partida para ser esquecida, mas sim para ser lembrada a fim de que os erros apresentados sejam corrigidos. A vitória contra o Brasil de Farrou-pilha é considerada não só fundamental, mas também como uma arrancada rumo à classificação para o quadran-gular final do Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso.

O time para enfrentar o BrasilPara o jogo de domingo

o técnico Ricardo Attolini não poderá contar com três jogadores suspensos por terem recebido o terceiro

cartão amarelo em Santa Maria: o lateral direito Barão, o zagueiro Vagner e o volante Gil. O único destes que tem substituto confirmado é Barão, que ter em seu lugar Fininho. Pela vaga na zaga Mário e Ber-gamin brigam pela posição, e no meio de campo Dudu e Danilo são os mais cotados, sendo que, devido às últimas declarações dos diretores, e até mesmo do técnico Ricar-do Attolini, o favorito para ser titular é mesmo Dudu. “Realmente conversamos e chegamos à conclusão de que precisamos de mais pegada, mais marcação no meio de campo, e o Dudu é o único jogador do nosso elenco que é de fato primeiro volante, um típico camisa 5”, disse o técnico do Passo Fundo. Ou-tro que pode ficar de fora é o meia Diego Miranda, que não participou dos treinos da

quinta e sexta-feira por estar com uma forte gripe. Da Sil-va pode assumir a posição. Assim o Passo Fundo deverá ir à campo com: Souza; Fini-nho, Glauber, Mário (Berga-min) e Diego; Dudu (Danilo), Marcus, Jean Paulo e Diego Miranda (Da Silva); Guto e Sandro Sotilli.

Brasil de Farroupilha de técnico novoO melhor técnico do Gau-

chão 2012 é o novo treinador do Brasil de Farroupilha. O acerto ocorreu na sexta pela manhã. O presidente Flávio Cortiana e o gerente de fute-bol Doraci dos Reis estiveram reunidos com Paulo Porto nas Castanheiras. A estreia será no domingo em Passo Fundo. O Brasil de Farrou-pilha demitiu Leandro Ma-chado após perder por 5 x 2 para o São Paulo e 3 x 1 para o União.

Passo Fundo enfrenta o Brasil de Farroupilha neste domingo, às 15h30 no Vermelhão da Serra, precisando voltar a vencer

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Marcelo Alexandre Becker/ON

A tarefa não é fácil. Vencer o melhor time do campeona-to, o Esportivo, e o jogo é fora de casa, onde o time só ga-nhou uma vez. Para aumentar a dose de drama, só isso não basta, pois para garantir a vaga para a Divisão Especial do futebol do Rio Grande do Sul, a outra partida do qua-drangular decisivo tem que terminar com empate ou vitória (desde que não com uma diferença grande de gol) do Guarany, que enfrenta o União em Frederico Westphalen. Esta é a situação do Esporte Clube Passo Fundo no Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso, a popular Segundona. Mas a pergunta do momento é a seguinte: Quem dúvida que isso possa acontecer?

Esquecer o União x GuaranyA ordem no time do Vermelhão da Serra é con-

centração total na partida diante do Esportivo, como disse o atacante Sandro Sotilli. “Temos que entrar concentrados na nossa partida, e buscar a vitória com todas as forças. O que acontecer em Frederico Westphalen vem depois, a nossa obrigação é vencer o Esportivo”, falou o camisa 9.

O Passo Fundo merece subir?Depois de muitos anos, está é a primeira vez que

o Passo Fundo chega na fase final da Segundona.

Na avaliação do técnico Ricardo Attolini, isso não basta. “Lá no início do nosso trabalho foi definido que estar entre os quatro melhores da competição era uma obrigação nossa. Tivemos méritos de chegarmos vivos na última rodada da fase que coloca os clubes na primeira divisão, mas só teremos a sensação de dever cumprido se subirmos. Estar entre os melhor é bom, mas para mim

sempre foi uma obrigação”. Ainda quando foi questionado se o Passo Fundo merece subir, Attolini respondeu que sim, e citou o motivo. “Tivemos uma regularidade muito grande na competição, não só na somatória de pontos, mas principalmente nas atuações. Mesmo fora de casa, onde conseguimos vencer apenas um jogo até agora, nunca deixamos de jogar bola, de tentar impor o nosso pa-

drão”, falou o técnico que viu seu time em 18 jogos como mandante vencer 15 e empatar três, sendo o único da competição invicto em casa.

O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 21 E 22 DE JULHO DE 2012 || 25 Mande-nos suas sugestões de [email protected]

O time para enfrentar o Esportivo

A escalação oficial para o jogo decisivo do Passo Fundo no campeonato só deve ser divulga-da minutos antes da bola rolar no estádio Mon-tanha dos Vinhedos. Barão, Gil e Fabiano Diniz, contundidos, seguem como dúvidas. Assim o Passo Fundo irá levar para Bento Gonçalves o elenco completo. Com isso, se todos estiverem em condições de jogo, o Tricolor deve entrar em campo com: Souza; Barão, Glauber, Mário e Die-go; Marcus, Gil (Dudu), Fabiano Diniz (Danilo) e Diego Miranda; Guto e Sandro Sotilli.

Passo Fundo joga contra o Esportivo precisando vencer em bento Gonçalves, e ainda torce por empate ou vitória do Guarany contra o União para voltar a Divisão Especial

Quem duvida?

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O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 8 E 9 DE OUTUBRO DE 2011 || 25

Por um ponto

Schumacher fez muito mais

Além da chance de se tornar o mais jovem bicampeão mundial, o piloto da Red Bull ainda pode superar um recorde de Michael Schumacher: o de maior número de vitórias em uma mes-ma temporada. O atual piloto da Mercedes ganhou 13 provas em 2004; Vettel já venceu nove vezes, mas prefere deixar a marca de lado. “Não importa o que tentarmos fazer; Schu-macher fez muito mais. Tento encarar corrida a corrida. No momento no qual se começa a pensar em muitas outras coisas e falar que está tudo sob controle, normalmente se deixa escapar aquilo que já está praticamente em suas mãos”, completou Vettel.

Aos 24 anos o alemão Sebastian Vettel está muito próximo de fazer história na Fórmula 1. O piloto da Red Bull preci-sa de apenas um ponto no GP do Japão para se tornar o bicampeão mais jovem de história. Apesar disso, ele garantiu que prefere não pensar na conquista.

Muito cauteloso, Vettel diz saber o que todos falam, mas garantiu que só pensa em correr e somar pontos. “A maioria das pessoas fala sobre isso [tí-tulo em Suzuka] e que já acabou, mas digo a mesma coisa: mesmo precisan-do de um ponto, precisamos assegu-rá-lo. Se alguém quiser me favorecer, pode empurrar Button na escada mais

tarde. Isso me ajudaria”, brincou, rin-do. Com 124 pontos de vantagem so-bre Jensen Button, piloto da McLaren, o alemão disse que precisa se manter muito concentrado para que possa ser campeão já no domingo, pensamento que foi reforçado após treino livre de sexta-feira, quando o piloto da Red Bull bateu no final das atividades. “Tive um bom lembrete esta manhã no treino livre para não começar a pensar em outras coisas”, disse Vettel. “Acho que não foi um erro muito grande. Tal-vez foi em um momento em que não es-tava 100% acordado e falhas aqui po-dem custar bem caro”, complementou.

Sebastian Vettel corre no Japão muito perto de ser bi campeão da Fórmula 1

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Finalestrelada

O NACIONAL || SÁBADO E DOMINGO, 17 E 18 DE DEZEMBRO DE 2011 || 32

Chegou a hora do duelo mais aguardado da Mundial de Clubes da Fifa 2011: cam-peão espanhol e europeu, o Barcelona en-frenta na final o Santos, campeão da Liber-tadores. Com Neymar, Messi, Xavi, Ganso e muitos outros astros dividindo o mesmo palco, a decisão promete ser um espetáculo inesquecível.

Em cenaAmbos os times chegam à final cheios de

confiança apesar de terem enfrentado semi-finais bastante diferentes.

O Santos precisou suar para derrotar o Kashiwa Reysol por 3 a 1 na cidade de Toyota e só conseguiu a vitó-ria graças a momentos de brilhantismo de Neymar, Borges e Danilo. Ape-sar dos gols de fora da área do trio santista, o técnico Muricy Ramalho admite estar preocupado com a defesa e com os passes errados da equipe. Ele sabe que será necessá-rio jogar muito mais contra o time que é

considerado por muitos o melhor da atu-alidade.

O Barcelona, por sua vez, também sabe que terá pela frente um adversário bem mais complicado que o da semifinal em Yoko-hama em busca do bicampeonato mundial (venceu o torneio 2009). O Al Sadd, cam-peão asiático, não foi páreo para os coman-dados de Pep Guardiola. O resultado de 4 a 0 igualou o recorde de maior goleada da história do torneio, estabelecido em 2006 pelo próprio Barça, e deu uma ideia da su-perioridade catalã. Porém, mesmo com uma vitória confortável, o Barcelona também saiu perdendo: David Villa deixou o campo com uma fratura na tíbia, e Alexis Sánchez e Javier Mascherano sofreram entradas que podem tirá-los da final contra o Santos.

O número80 — Os gols marcados por Lionel Messi

pelo Barcelona desde o início da temporada 2010/11, com uma média de exatamente um por jogo. Contra o Santos, o argentino entra-rá em campo com a camisa azul-grená pela 295ª vez. Na vitória de 3 a 1 sobre o Real Madrid, ele passou a ser o estrangeiro com o maior número de apresentações pelo Barça, batendo o recorde que pertencia ao holandês Phillip Cucu.

Barcelona x Santos fazem o duelo de craques na final do Mundial de Clubes da Fifa

O que eles disseram“Eu sei que não vou ser o cara que vai fazer diminuir a posse de bola do Barcelona. Isso ninguém con-

segue. Temos de apertar a marcação, tentar sair da pressão e apostar em algumas coisas: uma enfiada do Ganso ou do Elano, que são nossos melhores passadores, e uma jogada genial do Neymar. E com certeza o Neymar vai fazer alguma coisa. Disso eu não duvido.” Muricy Ramalho, técnico do Santos

“Esperamos e queremos conquistar o título de novo. Sabemos que vai ser difícil porque o Santos tem uma boa equipe, com vários jogadores habilidosos. Também é um clube com grande história e tradição, o time

pelo qual Pelé jogou. Não vemos a hora de enfrentá-lo.” Pep Guardiola, técnico do Barcelona

O jogoBarcelona x Santos

Estádio Internacional de Yokohama, domingo, 18 de dezembro de 2011,

8h30 (horário de Brasília)

X

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O NACIONAL || TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2011 || 31

O Brasil, graças à habilidade de seus atletas, e o grande núme-ro de praticantes, ficou conhecido popularmente como o país do futebol. Mas se formos analisar as ligas profissionais, esse título pode ser repassado para a Inglaterra.

É justamente onde foi inventado o esporte bretão, o único lu-

gar entre aqueles que possuem os mais tradicionais campeonatos do mundo que não para no período entre as festas de fim de ano. Itália, Alemanha e Espanha, assim como o Brasil, nada de fute-bol profissional. Já na terra da rainha a segunda-feira teve nada menos sete jogos, no chamado *Boxing Day.

país do futebol

o verdadeiro

Nem festas de fim de ano são motivos para recesso no Campeonato Inglês

O líder Os torcedores do Man-

chester City esperavam ga-nhar de presente uma vitória que deixasse o time isolado na liderança do Campeonato Inglês. Em vez disso, viram apenas um empate em 0 x 0 com o West Bromwi-ch, resultado que combinado à goleada por 5 a 0 do rival Manchester United sobre o Wigan deixou as duas equipes empatadas em 45 pontos no topo da tabela - os Citizens levam vantagem no saldo de gols.

O rivalO Manchester United fez

sua parte. Jogando em seus domínios e diante do fraco Wigan, os comandados de Alex Ferguson passearam e fizeram 5 x 0, encostando no rival City na lide-rança da competição. O destaque da partida foi Berbatov, que balançou as redes três vezes.

Na TV ESPN Brasil - 12h55 – Arsenal x WolverhamptonESPN – 17h – Norwich x Tottenham

*Boxing Day é o termo utilizado para descrever o dia seguinte ao Natal, quando o excesso de mercadorias de numerosos estabelecimentos comerciais entra em liquidação, sendo vendida por preços significantemente menores do que os preços originais. Também é tradição na Inglaterra os torcedores irem aos jogos do Boxing Day fantasiados de Papai Noel.

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EsportEsportEsportEsportEsporteseseseses 21Terça-feira, 5 de outubro de 2010 - O Nacional

Campeonato Brasileño?MARCELO ALEXANDRE BECKER/ON

O que cinco grande clubes do fu-tebol brasileiro que estão fortes nabriga pelo título do Brasilierão temem comum? Fácil, todos eles con-tam pelo menos com um estrangei-ro de destaque em seus elencos.

Assim, Fluminense, Corinthi-ans, Cruzeiro, Internacional eBotafogo fazem de seus gringoso diferencial para estarem fortena luta pela conquista daqueleque é considerado o campeonatomais equilibrado do mundo: oBrasileirão de pontos corridos.

Postulantes ao título da principal competição do país têm jogadoresestrangeiros como armas para a conquista do Brasileirão

Conca comandao Líder

O Fluminense é um time reple-to de estrelas: Fred, Deco, Wa-shington formam o time de Mu-ricy Ramalho, mas é um argenti-no franzino que encanta o trei-nador. Dario Conca é o meia deligação, “enganche” para os her-manos, que todo time gostaria deter. Incansável, valente, produti-vo. Conca arma jogadas, faz gols,sofre muitas faltas, marca, e prin-cipalmente, não desiste nunca. Oargentino é o grande responsávelpelo primeiro lugar do Tricolorcarioca. Fluminense: 52.

Com muitosdesfalques

Matias Defedericosalva o segundo

colocadoNa última rodada o time coman-

dado por Adílson Batista não con-tou com seis titulares. O resultadoera desastroso: 2 x 0 para o Cearáno Pacaembu. O habilidoso Defe-derico entrou em campo e salvouo Corinthians da derrota. Com umgol de falta, Matias é mais um dosmeias de perna esquerda produzi-dos na Argentina. Embora aindanão tenha se firmado como titular,os desfalques de seu time devemdar a sequência que o camisa 20precisa para mostra o bom futebolque lhe rendeu o apelido de “novoMessi”. Corinthians: 49 pontos.

Montillo chegou e otime embalou

O Cruzeiro fazia uma campa-nha regular. Fazia, pois depois dachegada do meia argentino Mon-tillo, na metade do ano, o timedirigido por Cuca decolou e en-costou nos líderes. O cruzeirensefaz duas funções no time: alémde meia armador, chega muito naárea para finalizar. A importân-cia dele no time azul é tanta que,se Montillo joga bem, o Cruzei-ro geralmente vence. Mas se elejoga mal, a raposa fatalmenteperde. Em pouco tempo de clu-be, Montillo já é “o cara” emBelo Horizonte. Cruzeiro: 48pontos.

Jogando pelo título,D’Alessandro é o

destaqueMuitos falaram que depois

do bi da Libertadores o Interpensaria apenas no Mundial.Mas com um meia comoD’Alessandro no elenco, o Co-lorado segue forte para conquis-tar um título que não vem desde1979. O jogo contra o Corinthi-ans mostra a importância deD’Ale para o time de CelsoRoth: o jogo estava truncado,sem espaços. Sem espaços paraos outros, pois o argentino co-locou Tinga na cara do golpara abrir o placar naqueleque era um dos chamados“jogos de seis pontos”. In-ternacional: 44 pontos.

Loco Abreu, aestrela solitária

O Botafogo entrou no Brasilei-rão para não ser rebaixado. Mascom o comando de Joel Santana,e a raça, carisma e faro de golsde Loco Abreu, o alivinegro ca-rioca está na briga pelo título. Ouruguaio teve destaque na Copado Mundo quando mostrou frie-za para bater um pênalti com ca-vadinha. A mesma frieza ele vemmostrando para decidir os jogospara o Fogão, como foi contra

o Santos, quando Abreu fezum golaço com direito a cha-péu no goleiro. Botafogo: 42

pontos.

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O NACIONAL || QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2011 || 22

O plantel tricolor encarou o frio desta gelada manhã de terça-feira visando à preparação para a par-tida contra o Avaí, amanhã, no Olímpico. Os atletas participaram de um rachão e Renato Portaluppi encaminhou a equipe que deve en-frentar os catarinenses. Apesar das modifi cações promovidas pelo treinador, à única certeza para a partida de amanhã é o retorno do capitão Fábio Rochemback, que esteve suspenso no último jogo.

O zagueiro Rafael Marques,

que sofreu uma pancada contra o Botafogo, e o meia Lúcio, que está com dores no pé, serão rea-valiados pelo Departamento Mé-dico. Os atacantes André Lima e Leandro treinaram normalmente e podem ser relacionados para a partida. Já o atacante argentino Miralles aguarda a regulariza-ção de sua documentação junto à CBF. O Grêmio fará sua quar-ta partida no estádio Olímpico neste Campeonato Brasileiro e o técnico Renato acredita que o

apoio do torcedor é fundamen-tal para o tricolor conseguir a vitória. “Não existem jogos fá-ceis. O importante é o torcedor vir a campo, incentivar, ver os jogadores novos e os que estão voltando. Sem dúvida alguma a gente precisa da força da nossa torcida”, garantiu. Após o treino, o plantel tricolor rumou para o hotel onde já iniciou a concen-tração para a partida de hoje contra o Avaí, às 19h30min, no estádio Olímpico.

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O NACIONALO NACIONAL || QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2011 || || QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2011 || 2222

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Certa só a volta do capitão

Apesar das modificações promovidas por Renato, à única certeza para a partida hoje é o retorno de Fábio Rochemback

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O NACIONAL || QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2011 || 22

De Pato a Ganso

O NACIONALO NACIONAL || QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2011 || || QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2011 || 2222

De a GansoGansoa Ganso

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Na Argentina O primeiro treino acontecerá hoje, às 9 horas,

no campo do hotel. Às 12h45, entrevista coleti-va, também no hotel.

Os médicos da Seleção Brasileira José Luís Runco e Serafi m Borges e o prepa-rador físico Carlinhos Neves participaram nessa terça-fei-ra de entrevista coletiva no Hotel Sheraton Rio.

O médico Serafi m Borges, concluídos os exames car-diológicos, clínicos e orto-pédicos, atestou o estado de saúde perfeito do grupo de jogadores que embarcaram ontem para Buenos Aires, para iniciarem a preparação para a disputa da Copa Amé-rica. “ Temos um grupo que está em perfeita condição de saúde para a disputa da Copa América.”

O frio à época do ano em Buenos Aires é um fato que não chega a preocupar os integrantes do departa-mento médico da Seleção Brasileira. As providências para que os jogadores não sejam afetados já foram to-madas, como, por exemplo, a prescrição de vitaminas C em alta dosagem, como foi feito com sucesso na Copa do Mundo no ano passado. “Já passamos por isso, com um frio intenso na Copa do Mundo, e não tivemos um caso sequer de jogador gri-pado na África do Sul”, dis-se Serafi m.

Pato e GansoJosé Luís Runco, o chefe

do Departamento Médico da Seleção Brasileira, res-

pondeu a perguntas sobre as condições de Alexandre Pato e Paulo Henrique Gan-so. Os dois jogadores estão aptos a participar da Copa América, conforme garantiu Runco.

“O Alexandre Pato, que sofrera uma luxação no om-bro, fez um trabalho muito bom de recuperação no Rio de Janeiro, com a assistência do médico Michel Simoni e do fi sioterapeuta Marce-lo Costa”. Já sobre Paulo Henrique Ganso o médico disse que é fez contato com o departamento médico do Santos, e que o atleta está liberado para atuar. “Ele já terá condições para jogar a fi nal da Libertadores, assim a disputa da Copa América é perfeitamente possível”, falou Runco afi rmando que tanto Pato como Ganso es-tão aptos a disputar a Copa América e por isso foram convocados.

Parâmetro para os trabalhosO preparador o Carlinhos

Neves, nos dois dias de exa-mes médicos, conversou com cada um dos os jogado-res para obter informações sobre as condições físicas, o que servirá de suporte e pa-râmetro para a execução das atividades que serão realiza-das a partir de amanhã nos treinamentos em Ciudad La Plata.

Médicos garantem todo mundo bem na Seleção Brasileira para a Copa América

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O NACIONAL || SEXTA-FEIRA, 30 DE DEZEMBRO DE 2011 || 23

Os favoritos ao título da 87ª São Silvestre têm um objetivo em comum para a próxima tempo-rada: confirmar vaga olímpica em Londres/2012 em distâncias como 10.000 m e Maratona. Por isso, a tradicional prova deste sábado (31) é im-portante para a preparação deles. A corrida terá 25 mil inscritos e o pelotão principal, com a elite masculina e amadores, larga às 17h30. A elite feminina larga 20 minutos antes.

Índice olímpicoAtletas da elite do Brasil, Quênia, Etiópia, Mar-

rocos e Itália se mostraram prontos para vencer os 15 quilômetros e iniciar 2012 confiantes na obten-ção do índice. “Estou focado na preparação para os Jogos de Londres e a corrida faz parte desse processo. Sei da importância e da dificuldade da prova, que terá uma elite de alto nível. Estou pron-to para vencer a São Silvestre, mas os africanos e os brasileiros, como Marílson Gomes, também são favoritos”, explica o queniano Martin Lel, tri-campeão da Maratona de Londres. O atual vence-dor da São Silvestre, Marílson Gomes dos Santos, retribuiu o elogio de Martin Lel e confirmou que será bastante complicado superar o adversário no percurso. “Todos os quenianos chegam fortes e são favoritos. Um deles é o Martin Lel, que tem marcas impressionantes e está no período mais

Em SP, mas mirando

LondresMarílson Gomes corre a São Silvestre focado nas Olimpíadas de 2012

intenso de sua preparação olímpica. Mas não po-demos nos esquecer dos outros, que também são muito rápidos. É difícil ter uma prova que reúne esses grandes nomes”, lembra Marílson Gomes dos Santos, que já venceu a São Silvestre três ve-zes (2003/2005/2010) e está pré-convocado para os Jogos de 2012.

Tradição africana Outros africanos com chance de represen-

tar seus países em Londres estarão no pelotão de elite neste sábado. O queniano Mathew Ki-sorio, por exemplo, já correu a meia maratona em 58min46s. “Sou um atleta rápido e priori-zo provas mais curtas. Nos primeiros 10 quilô-metros vou aumentar o ritmo e buscar a vitó-ria no trecho final”, relata. Quem também tem credencial para derrotar o brasileiro Marílson Gomes dos Santos é Duncan Kibet. O quenia-no cravou 2h04min32s na Maratona de Roterdã, na Holanda, em 2009. Nos 15 quilômetros de Lisboa em 2010, o atleta fez 42min04s, o que seria o recorde da São Silvestre. Atenções es-tarão voltadas também para Barnabas Kiplagat Kosgei, queniano que dominou a Volta da Pam-pulha de 2011 correndo os 17,8 quilômetros em 53min09s, além de ter sido vice-campeão da São Silvestre em 2010..

(Foto: Sérgio Shibuya / ZDL)

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Administrar

JANeiro de 2012 ENcArtE EspEciAl - Não podE sEr vENdido sEpArAdAmENtE

Não é joguiNho,

é estratégia empresarial

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Administrar2 JANeiro de 2012

NotasSimulador

Os empresários gaúchos contam com uma importante ferramenta de auxílio na escolha do melhor regime de tributação. O Simulador Tributário, disponível no site www.sebrae-rs.com.br verifica entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido qual o melhor regime para adesão das empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano. O calculo é feito a partir dos dados da própria empresa. A iniciativa é resultado da parceria entre o Sebrae/RS e o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon/RS) e não oferece custos aos interessados.

Em altaCerca de 217 mil brasileiros estudaram fora do país em 2011.

O setor faturou no ano passado em torno de US$ 1,5 bilhão e a previsão é de que este número passe para US$ 1,9 bilhão, em 2012.

Liderando o rankingTecnologia da Informação foi o setor que

mais realizou fusões e aquisições no ano de 2011 no Brasil, liderando o ranking pelo 4° ano consecutivo. Somente o ano passado, foram concretizados 90 negócios envolvendo empresas do segmento, um aumento de 5,5% em relação ao ano anterior. Os dados constam em um levantamento realizado trimestralmente pela KPMG e que identifica as 42 áreas que mais realizaram transações no país.

Agenda O IEL-RS promove de 26 a 28 de

abril, em Bento Gonçalves, o Programa Alianças Estratégicas para Inovação e Internacionalização, ministrado por professores do Insead - França. Pré-inscrições e informações no site: www.ielrs.org.br/ cursoINSEAD ou pelo fone: 51 3347 8684. O Centro Nacional de Tecnologias

Limpas (CNTL) Senai promove o curso de Aspectos Práticos na Operação e Manutenção de Lodos Ativados, nos dias 14 e 15 de fevereiro, das 9h às 18h. O curso será ministrado por Mario Peirano, na Macro Office (Rua Piauí, 183, Porto Alegre). Informações e inscrições: (51) 3347-8446 ou (51) 3347-8410.

Dica de livro Por que eu não tive essa ideia antes? Este livro pretende guiar o leitor através de

insights que abrem caminhos, sugerem rotas e descobrem atalhos para alcançar o sucesso pessoal, profissional e empresarial. Trata-se de conhecer o segredo do sucesso, que inclui sempre uma boa dose de trabalho, intuição e um pensamento criativo.

Autor: Joaquín LorenteEditora: Digerati / Universo dos LivrosPáginas: 192

CrescimentoA sondagem conjuntural realizada pelo Sebrae/

RS em entre os dias 13 e 22 de dezembro de 2011, mostra que as micro e pequenas empresas gaúchas estão muito otimistas em relação ao crescimento de seus negócios neste ano de 2012. Dos 600 empresários ouvidos no levantamento, 81% deles estão apostando no aumento. Foi o maior índice registrado nas quatro pesquisas feitas no ano passado, mostrando o ambiente em que essas empresas estão inseridas e o impacto que ele gera para elas.

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Valentina de Los Angeles BaigorriaMúcio de Castro Neto

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Não nos responsabilizamos pelos conceitos e opiniões emitidos em colunas e notas assinadas ou matérias pagas. Não devolvemos originais, publicados ou não.

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InscriçõesAs organizações com

adesão ao Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) podem se inscrever para a 17ª edição do Prêmio Qualidade RS até o dia 6 de fevereiro. Considerado o “Oscar da Qualidade”, o Prêmio viabiliza, às vencedoras, um reconhecimento estadual e visibilidade nacional quanto ao desempenho da gestão. A cerimônia de entrega será realizada no dia 17 de julho de 2012, na Fiergs, durante o maior evento do mundo na área na qualidade, e deve reunir seis mil pessoas. Mais informações no hotsite: http://www.portalqualidade.com/pgqp/premio2012/ ou pelo telefone (51) 3221.2663.

Administrar 3JANeiro de 2012

EmprEENdimENtos & GestãoMarcos cittoliN

Integração da América Latina

Em novembro de 2011 doze ministros representantes dos países integrantes da União de Nações Sul-Americanas – Unasul discutiram a necessidade de promover uma maior integração regional na América Latina. É consenso neste fórum a necessidade de definir políticas que possam potencializar o desenvolvimento dos povos da América Latina tanto na questão econômica, quanto em temas sociais. As chamadas políticas anticíclicas pretendem potencializar a integração regional e criar instrumentos que suavizam os efeitos das crises de centros econômicos como Estados Unidos e União Europeia.

União de Nações Sul-americanas-Unasul

Um Tratado Constitutivo assinado em 2008 deu origem à Unasul durante a Terceira Cúpula de Chefes de Estado, que aconteceu em Brasília. Inspirado na União Europeia o tratado só foi ter existência jurídica em 2011 com a entrada do Uruguai. Está prevista a constituição de um parlamento dos Estados membros a ser instalado na Bolívia, uma sede administrativa no Equador e a criação de uma instituição de fomento chamada Banco do Sul a sediado na Venezuela.

InfraestruturaA reunião dos Ministros ocorrida em 2011

definiu 31 programas para promover e acelerar a integração regional dos países da Unasul. As mais importantes são a construção de um Corredor Ferroviário Bioceânico concebido para ser uma via de exportação com acesso ao Pacífico, esta com traçado ainda em discussão, e a construção de um Anel Óptico de Banda Larga modernizando e barateando a comunicação entre os países membros. A Unasul já autorizou a destinação de U$ 14 bilhões e o BID anunciou sua disposição de participar do financiamento destes projetos.

Hora de o Rio Grande reagir O nosso Estado está atrasado em relação a alguns outros da

Federação em relação ao desenvolvimento econômico. Ficamos por muito tempo nos consumindo em disputas internas e nos vangloriando pelo nosso protagonismo em muitos setores da economia e esquecemos que é necessário continuar caminhando sempre para não perder o trem da história. Se nossos servidores na grande maioria são mal remunerados é por culpa exclusiva de a receita do Estado que não comportar um salário digno. Se a falta de infraestrutura rodoviária, ferroviária, portuária e energética inibe o crescimento é resultado de políticas erradas, mas também da falta de recursos para investir. Só podemos reagir diante de um desenvolvimento efetivo na área da indústria de maior valor agregado. Nosso setor primário é modelo, o setor de serviços e comércio está muito bem estruturado. O que falta é o crescimento articulado e planejado do setor indústrial. Tomara que possamos dar a volta rapidamente, mas o nosso cochilo está custando muito caro aos gaúchos.

O Paraná vai bem obrigado A produção industrial do Paraná cresceu de janeiro a

novembro de 2011 numa taxa de 5,6%, atrás apenas do Espírito Santo (6,7%) e Goiás (6,2%), que são estados menos industrializados, portanto mais fácil de promover conquistas em termos percentuais. Neste período a indústria nacional cresceu 0,4% e o Rio Grande do Sul 1,8%. Estes dados, repercutidos pelo Valor Econômico, demonstram o resultado de uma série de fatores, mas especialmente de uma política definida de desenvolvimento industrial. É claro que não foi resultado apenas da ação do novo governo, mas de um planejamento, que perpassa por muitos governos. Belo exemplo o Paraná nos traz. Será que nós gaúchos teremos a humildade de nos espelharmos nos vizinhos? Aliás, o Paraná tem uma população formada por muitas famílias que saíram do RS para fazer a vida lá.

Simples trabalhistaMuito boa notícia vem de Brasília. O Sebrae nacional está

preparando uma proposta para que o Governo Federal assuma como sua, para criar o simples trabalhista. Trata-se de uma normatização onde empresas até determinado porte poderão optar pelo sistema desburocratizando que diminui o peso dos encargos incidentes sobre a folha de pagamento na atividade da empresa. É necessário ressaltar que o empregado não perderá nada com tal adesão. Bela iniciativa Sebrae!

Fundo comum de proteção

Outra medida que deverá impactar positivamente nos mercados locais é a criação de um fundo comum de resguardo comercial da região, que tem como principal objetivo criar mecanismos legais de proteção à invasão de produtos baratos vindos especialmente da Ásia. Além destas medidas, está na pauta a criação de moedas locais em substituição ao dólar e a articulação de cadeias produtivas regionais, financiando através especialmente do Banco do Sul políticas de desenvolvimento integradoras.

Programa de irrigação urgente

A opinião de um produtor rural sobre as políticas para o setor no mínimo deve ser refletida pelo Governo do Estado. Criticou a falta de recursos e de uma política definida para incentivar sistemas de irrigação no RS. Existem linhas muito atrativas para armazenamento de produtos na propriedade, o que é bom, mas devia vir acompanhada de uma linha especial para a construção de barragens para armazenamento da água da chuva e o financiamento do projeto e aquisição de equipamentos de irrigação. Nesta área a evolução tecnológica foi muito grande, o que derruba o mito de que irrigação é somente para os grandes. É de pensar, mas também de agir, pois não dá mais para assistirmos passivamente a perda de milhares de hectares de plantação pela seca, que já é até previsível ela nos atinge no mínimo de três em três anos. Está na hora de agir. Aliás neste tema existem oportunidades, como, por exemplo, para nossas indústrias de implementos para a agricultura em desenvolver equipamentos que se adaptem às necessidades e possibilidades dos pequenos e às características do nosso solo.

Administrar4 JANeiro de 2012

Leonardo Andreoli/ON*

Os jogos digitais evoluíram muito. Das imagens formadas por pequenos quadradinhos coloridos a realidade extrema, a aplicação deles extrapola apenas ao entretenimento. Na década de 1980 os militares norte-americanos já usavam jogos digitais para treinar as táticas de combate. Hoje são as empresas que utilizam essa ferramenta nas suas estraté-gias. De divulgação de produ-tos ao treinamento de pessoas, o mercado da comunicação se abre para esta nova ferramen-ta que ainda pode ser explora-da de tantas formas quanto a criatividade permitir. É tanto crescimento que desde 2004 o mercado de jogos superou o cinematográfico em arrecada-ção.

Uma das formas mais co-muns de se utilizar essa ferra-menta é por meio dos adver-games. Eles são jogos digitais criados para fazer propagan-da de um produto ou marca específica, mas não é a única. Christopher Kastensmidt é es-pecialista em narrativas digi-tais, e uma referência na área. Ele explica que além das ma-neiras óbvias como incluir ou-tdoors em determinados cená-rios, também é possível inserir produtos no contexto do jogo de uma forma mais sutil, como acontece em novelas ou filmes.

Kastensmidt destaca que os jogos digitais podem não apenas atrair um público diferente, mas mudar percepções sobre empre-sas ou produtos. “Uns anos atrás trabalhei numa campanha para um cereal que estava percebido pelo mercado como prejudicial para a saúde das crianças pelo

Não é joguiNho, é estratégia empresarialEmpresas apostam nos games para vender mais, apresentar produtos e até treinar funcionários e fornecedores

alto teor de açúcar. A empresa reverteu esta percepção de não se preocupar com saúde quando distribuiu de graça um jogo de esporte, onde parte do jogo ne-cessitava participação da crian-ça em treinamentos físicos”, exemplifica. Ele observa que a natureza interativa inerente aos jogos digitais tornou essa mu-dança na percepção do produto possível, o que seria mais difícil de se conseguir com propagan-das tradicionais.

Treinamento de pessoalAs grandes empresas já usam

os jogos digitais como ferra-mentas de treinamento há algum tempo. Kastensmidt explica que eles são utilizados desde uma maneira divertida de apresen-tar um processo burocrático, até para simulações complexas.

Aprender a controlar veículos especializados é uma possibili-dade. “Isso dá ao funcionário a oportunidade de tentar e errar antes de arriscar um equipamen-to caríssimo”, justifica.

O treinamento externo – de clientes e fornecedores – tam-bém é facilitado com os games. Ele cita o exemplo de uma em-presa de equipamentos eletrôni-cos que utiliza jogos para treinar os fornecedores a fazerem a ins-talação dos equipamentos. Eles recebem o jogo antes mesmo de o próprio equipamento estar disponível e se preparam para poderem fazer o manuseio e ins-talação corretos. “Este tipo de treinamento economiza muito dinheiro, porque a empresa não precisa contratar e mandar es-pecialistas para treinar todos os fornecedores, e pode lançar seus

produtos muito mais rapidamen-te no mercado”, avalia.

GestãoO professor da UPF e coor-

denador da especialização em Jogos Digitais Rafael Rieder acrescenta a essa lista de fun-cionalidades o treinamento para apresentar procedimen-tos de mercado, desenvolver técnicas e habilidades de gestão, além de estimular a integração de equipes e mes-mo de clientes. “A utilização deste tipo de recurso tende a aumentar principalmente pelo crescente avanço das redes sociais e da comunica-ção móvel”, observa. Além de facilitar a compreensão de muitos conceitos, os jo-gos têm boa aceitação pelo público.

Custo benefícioConforme Rieder a relação

custo benefício compensa, mas é necessário um estudo prévio de demanda de mercado, e que o jogo agregue diversão e conhe-cimento aos clientes. “Quando um cliente acessa um site pro-curando um produto, por exem-

Professor da UPF Rafael Rieder

Empresas usam jogos digitais para fazer propaganda

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Administrar 5JANeiro de 2012

Jogos de-senvolv idos para empre-sas e produtos são conheci-dos como ad-vergames. No país existem mais de 20 empresas es-pecializadas em adver-games, con-forme dados da Abraga-mes (Asso-ciação das Desenvo l -vedoras de Jogos Ele-t rôn icos ) . Segundo o professor da Imed, Tiago Keller Ferreira, os principais tipos de advergames se dividem em duas categorias. A primeira é o jogo criado espe-cificamente para uma marca, como um game de um refrigerante para Facebook, por exemplo. O segunda tipo é quando uma propaganda de um marca é inseri-da dentro de franquias famosas de jogos. Este último já possui um nicho muito forte no mercado, é bastante comum ver marcas como Coca-Cola e McDonalds em inúmeros games famosos.

Na última campanha de vestibular, a Imed criou um jogo para promover a prova. Baseado na dinâmica do Angry Birds – produzido pela Rovio e com 700 milhões de downloads até agora –, o “Game Imed” foi consi-derado um sucesso e Keller explica como foi o desen-volvimento do projeto.

Administrar: Como surgiu a ideia de criar um jogo para promover a empresa? Em que ele se ba-seou?

Tiago Keller Ferreira: Sou ex-sócio de uma em-presa desenvolvedora de jogos. Assim que cheguei na Imed para ser professor, procurei usar o meu back-ground de mercado para já envolver alguns alunos da Escola de Sistema de Informação no desenvolvimento de jogos de forma prática. Visualizamos o vestibular como uma boa oportunidade para fazer um projeto rá-pido, simples e que iria incrementar a campanha de vestibular com algo atual e inovador.

Administrar: A relação custo benefício desta fer-

ramenta compensa? Como a empresa avalia os re-sultados da campanha?

Tiago Keller Ferreira: O projeto foi um sucesso, pois envolvemos alunos e desenvolvemos um jogo simples de baixo custo e que atendeu aos nossos ob-jetivos, de trazer para o vestibular Imed algo que está ligado a cultura dos jovens de hoje. Porém, isso é algo que tem que ser avaliado com calma. O desenvolvi-mento de jogos custa caro e envolve muitas pessoas de diversas áreas, logo o orçamento de um jogo pode variar bastante dependendo do tamanho do projeto.

Administrar: Existem planos para a utilização da

ferramenta nas próximas campanhas?Tiago Keller Ferreira: Sim, estamos formando um

grupo de pesquisa e extensão para desenvolvimento de jogos para a Escola de Sistemas de Informação. Porém, ainda estamos em fase de planejamento e estruturação.

*Com colaboração texto e arte Marcus Freitas

O case Imed

Especialização na UPFA UPF está com inscrições abertas para a

pós-graduação em Desenvolvimento de Jogos Digitais até o dia 05 de março de 2012, pelo site www.upf.br/pos. O curso tem por objetivo formar profissionais capazes de conceber, projetar, desenvolver e oferecer produtos de entretenimento digital interativo em diferentes plataformas, como computadores e celulares, tanto para o mercado brasileiro, como para o mercado internacional. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (54)3316-8363.

Formação profissionalA Unisinos e a Feevale são instituições

que oferecem graduação específica na área há vários anos. Kastensmidt observa que os cursos estão bem estabelecidos e a tendência é de crescimento. As vagas são oferecidas semestralmente em número crescente. A PU-CRS também abriu recentemente a terceira edição de uma especialização na área. Outras instituições de ensino superior estão planejan-do inserir cursos voltados à criação de jogos digitas em seus portfólios.

Um estudo de uma empresa mostrou que o preço por hora por pessoa vendo uma propaganda na televisão foi US$ 6, comparado com dez centavos por hora por pessoapessoa participando no jogo digital

Os jogos digitais podem ficar disponíveis ao consumidor 24h ao contrário de outras formas de publicidade

O jogo divertido capta o usuário na experiência, tomando toda a sua atenção

Há meios diversos de distribuição, desde os celulares até as redes sociais

É possível formar uma comunidade ao redor do jogo digital que discute e espalha o produto para ainda mais consumidores potenciais

Há mais de 20 empresas especializadas em advergames, conforme a Abragames

A exposição média de uma marca em um jogo varia de 5 a 30 minutos. Em uma campanha de TV ou rádio esse tempo oscila entre 30 e 60 segundos

Porque investir em jogos digitais

plo, uma das coisas que ele procura é saber mais sobre seu objeto-alvo. Se um jogo explora bem isso, utilizando termos e animações de fácil compre-ensão, com certeza o cliente se inte-ressará ainda mais pela empresa e suas outras opções de negócio”, prossegue.

Kastensmidt salienta que para essa relação ser benéfica às empresas é necessário que os advergames sejam criados por especialistas da área, que entendam os usuários de jogos digi-tais e como apelar para cada público. Ele alerta que um jogo mal feito pode facilmente virar piada e gerar publici-dade negativa.

MercadoRieder observa que o mercado de

games no Brasil está crescendo rapi-damente, principalmente o de jogos on-line e jogos para dispositivos mó-veis. “Pesquisas recentes encomen-dadas pelo IBOPE (2010-2011) vêm ilustrando este panorama, principal-mente nas entrevistas com pessoas na faixa etária entre 18 e 35 anos. Do mesmo modo, agências de publici-dade vêm apostando em jogos como ferramentas de marketing”, ressalta. A exposição média de uma marca em um jogo varia de cinco a 30 minutos. Em uma campanha de TV ou rádio ela fica entre 30 e 60 segundos.

O professor da UPF esclarece ainda que os jogos casuais podem ser explo-rados nesse sentido. Eles geralmente são simples e rápidos de aprender e atingem diferentes públicos. “Estes ga-mes tratam de temas exclusivos e per-sonalizados, que geralmente aumentam a interatividade a um produto já ofere-cido por outro meio de comunicação”, acrescenta. A chegada da TV digital e as campanhas de redução da poluição vi-sual também são fatores que estimulam o uso de jogos digitais como ferramen-ta de divulgação. Com isso o mercado começa a se abrir cada vez mais para profissionais capacitados a desenvolver esse tipo de sistema.

Professor da Imed Tiago Keller Ferreira

Administrar6 JANeiro de 2012

Fernando Beux dos santose-mail: [email protected]

IMED realiza a informatização na abertura de protocolos

A Faculdade IMED inova e está realizando a informatização da abertura dos protocolos a fim de facilitar a gestão e o retorno ao aluno. Para cada tipo de protocolo o aluno terá acesso a uma descrição completa dos documentos e informações necessárias, bem como um link para as resoluções que ditam as regras do protocolo em questão.

A informatização possibilita a abertura, acompanhamento e retorno do pro-tocolo através do Portal Educacional, o que faz com que haja um melhor gerenciamento interno facilitando o controle de prazos e retorno ao aluno, bem como um histórico das solicitações do aluno.

Programador WebA empresa TN3 Soluções está selecionado para Estágio Remunerado no cargo de Programa-

dor Web. A empresa exige conhecimento em Linguagem PHP, HTML, CSS e conhecimentos em SQL. Os interessados devem enviar currículo para [email protected].

ti Contrata

“O homem é tão bom quanto seu desenvolvimento tecnológico o permite ser”.

George Orwell

INOVAçãO Bits em FoCo EDUCAçãO

Faculdade de Tecnologia Senac Passo Fundo realiza vestibular complementar

A Faculdade de Tecnolo-gia Senac Passo Fundo rea-liza, no dia 8 de fevereiro, o processo de seleção com-plementar para o Vestibular de Verão 2012, no curso de Análise e Desenvolvimen-to de Sistemas. As inscri-ções estão abertas até o dia 6 de fevereiro através do site www.senacrs.com.br/vestibular ou no dia 7 de fevereiro diretamente na Faculdade. A prova única de redação tem início às 19h30min.

A lista dos candidatos aprovados vai ser divulga-da no dia 10, a partir das 14h no site da instituição. Informações podem ser encontradas no site www.senacrs.com.br/vestibular ou pelo telefone (54) 3313-4599.

Seen – Estratégias Digitais é certificada pelo Google Adwords

Em dezembro de 2011, um dos colaboradores da empresa Seen Estratégias Digitais, especializado na área de Relató-rios e Análises, foi aprovado nos testes para obter a Certifi-cação do Google Adwords.

A Seen é uma das poucas agências que possui este cer-tificado no estado. No Brasil, existem cerca de 90 empre-sas cadastradas e certificadas no Google Adwords em pelo menos uma das três certificações existentes, sendo elas: Publicidade de Pesquisa, Publicidade Gráfica e Relatório e Análise. O Certificado tem reconhecimento mundial.

Campus Party - edição 2012Acontece de 6 a 12 de fevereiro, no Anhembi, a quin-

ta edição do maior acontecimento de inovação, entreteni-mento digital, ciência e cultura digital do mundo. O evento, com mais de 500 horas de conteúdo vai reunir cerca de 7 mil campuseiros. Durante a Campus Party os participantes mudam-se com seus computadores, malas e barracas para dentro de uma arena, onde convivem em torno de oficinas, palestras, conferências, competições e atividades de lazer.

Na edição deste ano os estudos estão envolvidos nas zonas de Ciência (que engloba as áreas de Robótica, Astronomia e Espaço, Modding e Hardware), Cultura Digital (Mídias So-ciais, Artes Digitais e Música), Inovação (Desenvolvimento, Segurança e Redes e Software Livre), Entretenimento Digital (Games) além das ações especiais: o Campus Fórum, o Cam-pus Empreendedorismo, a Semana da TV Digital, a Semana do IPV6 e a área transversal de Campus Verde.

Atua Sistemas de InformaçãoNome do proprietário: Álvaro Melo e Décio Mazzutti (Diretores).Segmento que atua: Desenvolvimento de sistemas para gestão de

transportadoras, implantação e configuração de redes e conectividade com servidores Linux.

Faturamento ano: A previsão de faturamento para 2012 é de mais de R$ 1 milhão.

Tecnologias que utiliza: Para o desenvolvimento, a linguagem é PHP e o banco de dados PostgreSQL. Utilizamos SCRUM para organizar o processo produtivo, bem como controle de versões. Em redes e conecti-vidade, Linux, diversas de suas ferramentas nativas e algumas desenvol-vidas pela nossa equipe para facilitar na gerência de redes.

Clientes: Transportadoras que terceirizam frete no Sul do país, como TransVidal, DiCanalli e Sana. O setor de Linux atende empresas como a Oniz Distribuidora, Câmara Municipal de Passo Fundo e Cooperativa Majestade.

Equipe: A equipe está dividida em suporte ao usuário, programação, redes e conectividade e direção, e hoje contamos com 17 colaboradores.

por dentro da empresa

Administrar 7JANeiro de 2012

Principal objetivo dos programas é implantar ferramentas de gestão nas empresas participantesO Sebrae/RS apresenta este

ano dois novos projetos para o setor de agronegócios na Re-gião Planalto do Rio Grande do Sul, que devem se estender de março de 2012 até o final de 2014. As empresas inscritas vão receber profissionais para elaborar Diagnósticos de Ges-tão em fevereiro, que servem para indicar o que precisa ser aperfeiçoado na administração do empreendimento. Os dois projetos já estão com as inscri-ções encerradas.

O primeiro é destinado ao setor lácteo, cuja maioria das indústrias no Estado está ins-talada na região. O objetivo é implementar controles geren-ciais e práticas de gestão que contribuam com o aumento da

comercialização de leite. O gestor dos Projetos Coleti-

vos na região Planalto, Gabriel Colle, salienta que, ao longo de 2012, uma legislação mais rigo-rosa em relação ao controle da qualidade do leite vai exigir mu-danças nas empresas produtoras. “Os produtores precisam se ade-quar a uma nova legislação”, ex-plica Colle. “Eles já estão sendo cobrados e um dos papéis do Se-brae é ajudá-los na busca dessa adequação”, afirma.

Para prover ações mais efe-tivas às empresas participantes do projeto Desenvolver o Setor Lácteo, apenas 120 empre-sas foram selecionadas. Um projeto semelhante do Sebrae destinado ao setor lácteo, fina-lizado no ano passado, contava

com mais de 300 participantes. “Queremos aumentar o nível de qualidade, seremos mais rigorosos este ano”, ressalta o gestor. As ações devem ocor-rer nos seguintes municípios: Chapada, Nova Boa Vista, Ca-seiros, Santa Cecília do Sul, Tapejara, Água Santa, Santo Antônio de Palma, Ciríaco e Camargo.

Já o Projeto Sistemas Agro-familiares é destinado exclusi-vamente a Passo Fundo, com o objetivo de implantar fer-ramentas de gestão e integrar todas as atividades nas pro-priedades rurais. Das 600 pro-priedades existentes no muni-cípio, 120 serão atendidas pelo programa. O gestor Gabriel Colle argumenta que o pro-

jeto é importante porque não há diversificação de produtos na região, ou seja, a produção é focada nos mesmos setores: “A ideia é mostrar outros cami-nhos aos empreendedores”.

As micro e pequenas em-presas selecionadas recebem capacitações e consultorias em gestão, promoção de acesso a mercados, participam de fei-ras e visitas técnicas e roda-das de negócios. Orientações de acesso ao crédito, cursos e palestras de incentivo à ino-vação também fazem parte do programa dos Projetos Cole-tivos do Sebrae/RS. As MPEs participantes terão, ainda, um gestor do Sebrae/RS à disposi-ção para auxílio na solução de problemas.

Projetos Na regiãoCONtEmplAm sEtOr láCtEO

Administrar JANeiro de 2012

O diretor da empresa Innovativa, consultor Gustavo J. M. Ferreira, disse que as empresas precisam buscar infor-mações sobre medicina e segurança do trabalho, um setor crucial para a saúde da própria empresa. Ferreira deu entre-vista sobre o tema ao Caderno Adminis-trar.

Administrar: Que tipo de preocu-pação as empresas devem ter com a medicina e segurança de trabalho, sob o ponto de vista interno?

Gustavo J. M. Ferreira: Acredito que a preocupação está em se man-ter bem informado e orientado nes-te tema que exerce influência direta nos resultados das empresas, sejam eles estratégicos, financeiros e so-ciais. O assunto é de tal importância para a permanência das empresas no mercado que Consultorias Admi-nistrativas, Jurídicas e Contadores estão tentando de todas as formas propagar informações que possibi-litem clarear as idéias dos empre-sários sobre o assunto, pois este en-volve desde o layout das estruturas físicas das empresas, os procedimen-tos internos de contratação e manu-tenção dos colaboradores, tanto sob o aspecto das atividades que estes irão exercer, como dos documentos obrigatórios que garantem o atendi-

mento legal da relação empregado/empregador .

Administrar: E sob o ponto de vista da legislação

Gustavo Ferreira: Aqui é o ponto crucial para garantir a sustentabilidade dos negócios, pois o Governo, legal-mente amparado, já está andando na frente através de mecanismos que vão de fiscalizações, autuações, ações judiciais regressivas, Nexo Técnico Epidemioló-gico Previdenciário (NTEP), alíquotas tributárias direcionadas aos investimen-tos ou não das empresas em Saúde e Se-gurança do Trabalho, como por exemplo o Fator Acidente Previdenciário (FAP), está impondo a obrigatoriedade, trans-formando um tema que poderia ser visto como uma ótima ferramenta de negócios, em um assunto tenso e prejudicial ao bolso dos empresários. Vale lembrar que o imediatismo inibe os bons negócios! Estar bem informado pode garantir estratégias de crescimento mais reais, eliminando riscos no cami-nho do sucesso das empresas.

Administrar: Quais as maiores di-ficuldades das empresas em relação a este tema, especialmente no que diz respeito ao cumprimento da legisla-ção?

Gustavo Ferreira: A falta de informa-

ção sobre o tema Saúde e Segurança do Trabalho ainda é característica nas empre-sas da região. Observamos que diversas empresas estão tendo de aceitar afasta-mentos, faltas, “acidentes” e os famosos atestados de depressão, simplesmente por acreditar que é o certo, ou achando que não irão se incomodar futuramente. Pagando o adicional de Insalubridade e ou Periculosidade simplesmente por ser uma prática cultural, contratando cola-boradores de forma aleatória, sem seguir princípios básicos legais de contratação, como possuir um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e fazer os Atestados Ocupacionais (ASOs) de acordo com o que nele está estabele-cido. Empresas investindo em estruturas físicas sem um prévio estudo e fora dos padrões legais estabelecidos pelo MTE, no caso o Programa de Prevenção de Ris-cos Ambientais (PPRA), que garantam o atendimento de normas direcionadas aos seus negócios, e conseqüentemente de-pois tendo que investir novamente para se adequarem. Muitas empresas adotam esse procedimento de forma amadora, ou simplesmente sem embasamento técni-co de amparo. Outras que simplesmente agem por orientação de profissionais não oriundos da Segurança do Trabalho, geral-mente seguindo um modelo comparativo de que tal função ou procedimento é pa-drão em outras empresas, então a cultura

Sobre a InnovativaA Innovativa – Medicina e Segurança do Trabalho oferece uma nova visão do merca-

do, de que investir em melhores condições no Ambiente Laboral evita prejuízos e contribui para o aumento da lucratividade da Empresa. Atua na elaboração de Laudos e Documentos Ocupacionais, como possui toda a estrutura e qualificação para a gestão das Informações Ocupacionais das Empresas. A empresa conta com o software de gestão mais moderno do mercado, possibilitando uma integração total e em tempo real com empresas em todo o ter-ritório nacional. Innovativa é ligada ao CREA-RS, ao CREMERS e ao CRA, o que possibilita um forte amparo para nossos clientes, oferecendo profissionalismo e seriedade nos serviços disponibilizados.

emPresas Precisam se iNformarsoBre mediCina e segurança do traBalho

do “achismo empreendedor” termina sen-do adotada, ou seja, não se dão conta de que existe um contexto legal, financeiro e estratégico que envolve a relação empre-gador/empregado.

Administrar: Todas as empresas devem se preocupar com a medicina e a segurança de trabalho?

Gustavo Ferreira: Toda a empresa que oferece um emprego precisa gerar demonstrativos de sua responsabilidade com quem será empregado. Isso se faz através de laudos previamente estabele-cidos, exames ocupacionais e comple-mentares, treinamentos e cursos dire-cionados e ações que possibilitem inibir os riscos físicos, biológicos, químicos e ergonômicos que estes profissionais possam vir a estar expostos em seus am-bientes de trabalho.

Caderno Administrar- Revitalização do projeto grá-fico antigo;- Diagramação

Voltado para um público seleto (admins-tradores, estu-dantes, empre-endedores), o caderno tinha um projeto gráfico bem ar-caico, que não condizia com a realidade em que vivemos.Com essa re-vitalização, a proposta foi de modernizar, dar uma cara mais atual a um tema tão em voga. A prin-cipal mudança foi dar ênfase nas letras ADM do nome do caderno, para uma melhor fixação.

Page 58: Portfolio Pablo Tavares - Design Editorial

design editorialPortfolio

[email protected]

pablotavares

cadernocaderno

avessoavessoO Nacional 8 de novembro de 2012

O Nacional 8 de novembro de 2012

Sempre polêmico, o assunto é o tema do debate que rola

no sábado na Feira do Livro. O Caderno Avesso trocou

uma ideia com o jornalista Denis Bugierman que irá

conduzir esse papo bem bolado. Abra e leia. Páginas 4 e 5

MACONHA

vAMOS FALAr De

e MAiS...Bem na Fita, na Mira, Shuffle, Dicas de Games, Música e Filmes para usted.

Page 59: Portfolio Pablo Tavares - Design Editorial

design editorialPortfolio

[email protected]

pablotavares

Caderno Avesso- Revitalização do projeto grá-fico antigo;- Diagramação

Voltado para o público jovem (adolescente), o caderno pro-cura moderni-zar-se a cada ano, em vista das mudanças constantes que o universo ado-lescente passa.

NA AULA

cadernocaderno

avessoavesso8 de novembro de 2012 - O Nacional8 de novembro de 2012 - O Nacional22

1º eNCONtrO De ex-ALuNOS DA iMeD ACONteCe eM DezeMBrO

A Faculdade IMED estará promovendo no próximo dia 06 de dezembro o 1º Encontro de Ex-alunos da instituição. A iniciativa visa proporcionar aos egressos um momento de reencontro, além de apresentar o programa Alumni desenvolvido especialmente aos ex-alunos da faculdade.

As atividades do encontro iniciam às 17h30min, nas dependências da IMED, com tour institucional nas novas instalações da faculdade; apresentação do programa para ex-alunos; homenagem para egressos da faculdade; entrega de material so-bre o programa. Após, os participantes serão recepcionados com jantar de confra-ternização, que será realizado no Clube Comercial.

O Coordenador do setor IMED Carreiras, Gabriel Colle, destaca a importância de reunir os egressos no encontro. “Com essa iniciativa poderemos manter a relação com quem se formou na IMED, para que todos possam continuar participando das atividades da instituição”, destaca.

PrOjetO MuSiCAL LeNDAS DO BrASiL NA FeirA DO LivrO

Parte do Projeto Musi-cal Lendas do Brasil, as crianças do Colégio Bom Conselho se apresentaram na 26ª Feira do Livro, com objetivo de recuperar contos populares que se perderam na história, com música e dança. A progra-mação que começou na terça-feira faz parte de um projeto em parceria do Bom Conselho e a Sonata Produções Culturais.

Pela manhã, o 6º ano apresentou a Lenda do João de Barro e à tar-de, o 5º ano apresentou mais duas: as lendas da Vitória-Régia e do Boi das Aspas de Ouro.

FOTOS: RaFael BuFFOn

Olhando para o Álvaro, dá para ver de cara que ele é do meio da moda. O moço de 19 anos que cursa o primeiro semestre de Design de Moda na UPF, trem um visual super descolado e ousado ao mesmo tempo. A calça “destroyed” (a peça é propositalmente des-truída) é uma tendência forte, que aparece em calças e shorts, e vai pegar forte no verão. A t-shirt listrada, com as mangas dobradas e a frente cuidadosamente colocada para aparecer o cinto dá uma equili-brada no look. O tênis e o relógio estão em harmonia com o res-tante das peças. E, os óculos redondos, outra aposta do mundo da moda, arremata o look digno de nota 10!

Tá Rolando! VCinemabem na fita

por Ju Scchneider

DiCA DA juDA CALiFA DiretO PArA PASSO FuNDO!Você já ouviu falar da Nixon? Para quem conhece, dispensa comentários.

Mas, para as pessoas que não, fica a dica. A Nixon é uma marca de relógios

e acessórios (mochilas, headphones, capinhas de IPhones e IPads) california-

na. Preferida de surfistas, skatistas e estilosos do mundo todo, ela acaba de

desembarcar na Indiada Passo Fundo. Lá na loja, você vai encontrar as peças

que vão dar um UP no seu visual.

O Nacional - 8 de novembro de 2012cadernocaderno

avessoavesso O Nacional - 8 de novembro de 2012 33

PrePArAçãO PArA O FiM (DO CrePúSCuLO)

Lembre-se do dia 15 de novembro: se você é fã da saga mais comentada dos últimos tempos, sabe que essa é a data da estreia de Saga Crepúsculo: Ama-nhecer – Parte 2, que vai ter disputadas sessões na próxima quinta-feira nas salas de cinema de Passo Fundo. Mas enquanto o dia não chega, você pode conferir na TV a Parte 1, que tem sua estreia oficial neste sábado, às 22h, no Telecine Premium. Não perca pois, se adora essa história de amor entre vampiros e acompanhou desde o início, essa é a preparação perfeita para o fim. (Marina de Campos)

Capa

cadernocaderno

avessoavesso8 de novembro de 2012 - O Nacional8 de novembro de 2012 - O Nacional44

Caderno Avesso: No começo do livro você cita eins-tein “insanidade é fazer a mesma coisa e esperar re-sultados diferentes”. em suas viagens, que ações al-ternativas de políticas com drogas se mostraram de vanguarda? Nesse sentido, como você vê o Brasil?

Denis russo Bugierman: O que vi pelo mundo é que vivemos uma época de intensa experimentação com no-vas maneiras de tratar as drogas. Estão surgindo várias inovações, tanto por parte do estado, criando políticas públicas mais humanas, racio-nais e eficazes, quanto da so-ciedade civil, se mobilizando e mudando na prática o cenário. Por exemplo, pude conhecer por dentro o impressionante sistema de cannabis medicinal na Califórnia (fui a um médico e tirei minha carteirinha de pa-ciente para ter acesso ao siste-ma). Também me filiei a uma das cooperativas espanholas para o cultivo de cannabis sem

fins lucrativos, o que me deu um retrato bastante interessante desse siste-ma que está sendo copiado em vários pa-íses. Em Portugal, pude perceber a imensa diferença que faz quando um governo está realmente empenhado em resolver os

problemas ligados a drogas, e não apenas criar iniciativas para agradar a mídia e os eleitores.

Percebo que muitos países do mundo estão testando novas ideias. A Europa, vários estados americanos e

províncias canadenses e vários países latino-america-nos (em especial a Colômbia) estão na vanguarda dessa inovação, com resultados excelentes para sua população.

O Brasil, infelizmente, não está nesse grupo. O que se vê hoje por aqui são políticos completamente de-sinformados sobre o tema criando leis duras, caras e

ineficazes que repetem e aprofundam os erros do passado. Não

é à tôa que o Brasil está sofrendo tanto com o crack: trata-se de uma droga que existe apenas em estados radicalmente proibicio-nistas. Infelizmente, nossos políticos estão mais interessados em fazer pose de durão para o eleitorado do que em efetivamente trabalhar pelo interesse público.

C.A. Quais políticas para a droga você acredita que sejam as mais adequadas para o país?

Denis: A primeira coisa que precisa ser feita para um siste-ma que lida com drogas funcionar é colocar o comando das operações na mão da saúde, e não da justiça. Os investimentos públicos devem focar em criar uma ampla rede de cuidado e proteção aos dependentes e às po-pulações mais frágeis. Hoje, no Bra-sil, torramos o dinheiro público ba-sicamente em prisões: somos talvez o país que está aumentando sua po-pulação carcerária de maneira mais rápida e todo o dinheiro que temos é gasto erguendo presídios. Tentar lidar com drogas investindo apenas em repressão já se revelou ineficaz: na verdade, o aumento da popula-

ção carcerária tende a aumentar o uso de drogas, porque prisões são áreas de recrutamento de criminosos e estão sempre cheias de drogas. Além disso, está claro que é importante apostar em medidas que reduzam a lucratividade do tráfico, diminuindo o poder do crime organizado. Nesse sentido, é urgente avançar na regulamentação do uso medicinal da cannabis, para que pa-cientes que estão sofrendo com câncer, aids, glaucoma, doen-ças neurodegenerativas, distúrbios psiquiátricos e vários outros males não tenham que recorrer ao tráfico. Também me parece injustificável não regulamentar imediatamente o cultivo de can-nabis sem fins lucrativos.

C.A. você acredita que o Brasil tem estrutura para uma pos-

uMA ervA NAturAL (não) PODe te PrejuDiCAr?

maconhama.co.nhasf (quimbundo makaña) 1 Bot Varie-

dade de cânhamo (Cannabis sativa), o

cânhamo-verdadeiro; também chamada

diamba, dirígio ou dirijo, fumo-brabo,

fumo-de-angola, liamba, panga e so-

ruma. 2 As folhas e topos florescentes,

secos, dessa planta, que são a fonte da

droga canabina. Há quem os fume em

cigarros com consequente ação sobre

os centros nervosos superiores, que

causa distúrbios psíquicos peculiares.

M. sintética: planta resultante da ma-

nipulação genética da maconha natural,

através de uma série de combinações e

seleções.(Dicionário Michaelis)

A definição da palavra no dicionário simplifica, mas maconha significa muito mais do que encontramos no

dicionário, além do que vemos ou podemos imaginar. essa planta de três sílabas é motivo para marchas,

protestos, guerra, disputas e interesses. O tema é quente e gera polêmica por onde é colocado em

discussão, a todo o momento aparecem estudos, pesquisas e argumentos a favor ou contra o uso da erva.

Com o assunto mais em evidência do que nunca, o jornalista Denis russo Burgierman - que já foi editor

das revistas Super interessante e vida Simples - chega a Passo Fundo no dia 10 para um debate na Feira

do Livro. Apresentando seu livro “O Fim da guerra: a maconha e a criação de um novo sistema para lidar

com as drogas”, o jornalista debate sobre os meios de lidar com o consumo da maconha, que ao redor do

mundo possui cerca de 210 milhões de usuários.

Pra te inserir melhor no tema, o Caderno Avesso antecipou alguns assuntos com o jornalista nesse papo

cabeça em torno da erva, se liga aí!

Notas fiscais da venda legal na Califórinia

Capa

O Nacional - 8 de novembro de 2012cadernocaderno

avessoavesso O Nacional - 8 de novembro de 2012 55

uMA ervA NAturAL (não) PODe te PrejuDiCAr?

PrA Ler OuviNDO Bob Marley - Kaya

A definição da palavra no dicionário simplifica, mas maconha significa muito mais do que encontramos no

dicionário, além do que vemos ou podemos imaginar. essa planta de três sílabas é motivo para marchas,

protestos, guerra, disputas e interesses. O tema é quente e gera polêmica por onde é colocado em

discussão, a todo o momento aparecem estudos, pesquisas e argumentos a favor ou contra o uso da erva.

Com o assunto mais em evidência do que nunca, o jornalista Denis russo Burgierman - que já foi editor

das revistas Super interessante e vida Simples - chega a Passo Fundo no dia 10 para um debate na Feira

do Livro. Apresentando seu livro “O Fim da guerra: a maconha e a criação de um novo sistema para lidar

com as drogas”, o jornalista debate sobre os meios de lidar com o consumo da maconha, que ao redor do

mundo possui cerca de 210 milhões de usuários.

Pra te inserir melhor no tema, o Caderno Avesso antecipou alguns assuntos com o jornalista nesse papo

cabeça em torno da erva, se liga aí!

sível liberação do uso da maconha?

Denis: “Liberação” é a palavra errada. “Liberado” é o jeito como as coisas são hoje: sem nenhuma regulamentação do estado, que entrega o monopólio do comércio de drogas a criminosos. Hoje, para um traficante, vale tudo: ele pode vender para menores de idade, pode misturar o que quiser às drogas, pode matar seu concorrente. O que precisamos fazer é acabar com essa “liberação” e criar regras para esse mercado que sempre existiu e que com absoluta certeza vai continuar existindo. Só assim, o Brasil vai pode parar de torrar dinhei-ro com iniciativas repressivas que apenas agravam o problema e investir numa estrutura de cuidado que efetivamente ajude a resolver os problemas.

C.A. Muitos mitos em torno da erva foram derru-bados por pesquisas científicas, porém a sociedade parece preferir negar a existência desses estudos. Como você analisa esse descompasso entre a ciên-cia, políticas para as drogas e a sociedade?

Denis: Drogas são um tema tabu. É da natureza hu-mana ter muito medo dessas substâncias que alteram o funcionamento da mente – e é natural que seja assim, uma vez que elas podem mesmo ser muito perigosas. Por causa disso, muitas pessoas têm convicções mui-to profundas sobre essas substâncias e sobre as pesso-as que as usam. Muita gente acha que esse assunto é moral. Essas pessoas não estão interessadas em dados ou em fatos: elas não querem mudar de opinião, elas já sabem o que é certo e o que é errado para elas.

Isso não vai mudar. O que é inaceitável é que o estado, que deveria ser laico, governe tendo em vista esses precei-tos morais, sem parar para pensar no bem estar da população. É culpa do estado brasileiro e de sua incompe-tência em lidar de maneira racional com o tema que haja crianças usando

crack nas ruas.

C.A. você acredita que debates, do-cumentários e livros como o seu, tratan-

do do assunto de forma séria mas aberta, po-dem ser o primeiro passo pra esclarecer o assunto e encontrar soluções para o problema?

Denis: Acho que o primeiro passo é uma discussão ampla e honesta na sociedade toda, com a divulgação de pesquisas científicas, a troca internacional de ex-periências e o acesso de usuários ao debate. Acredito que isso começou a acontecer na última década e que meu livro é parte desse fenômeno. O debate está ama-durecendo muito no Brasil, mas infelizmente o poder público não está acompanhando.

C.A. Maconha faz mal?Denis: Maconha faz mal, se usada de determinadas

maneiras por determinados grupos de risco. Menores de idade não deveriam fumar maconha, porque ela pode interferir na sua educação e até na formação das re-des neurais. Pessoas com histórico de esquizofrenia ou outras psicoses na família também são um importante grupo de risco, principalmente quando a maconha tem índices altos de THC (o que é a regra no mercado ile-gal). O uso excessivo quase sempre tende a ser danoso e a atrapalhar vários aspectos da vida.

C.A. Faz bem?Denis: Sem dúvida maconha faz muito bem para

um grande grupo de pessoas. Ela é vital para cer-tos pacientes de câncer que não seriam capazes de suportar a quimioterapia sem ela e acabariam morrendo. Ela é a diferença entre ficar cego ou não para alguns pacientes de glaucoma. Ela é o único remédio que funciona para pacientes de vá-rias doenças degenerativas terríveis, como a es-clerose múltipla. E ela tem um efeito importante para certos distúrbios psiquiátricos: por exemplo, é um ótimo remédio para fobias sociais. Milhões de pessoas obtêm pequenos benefícios da maconha, como redução de ansiedade, aumento da criati-vidade, aumento da sociabilidade, relaxamento, anestesia etc. Um dos componentes da maconha, o CBD, parece ser responsável pela maioria desses benefícios, mas, infelizmente, em países radical-mente proibicionistas, como o Brasil, é impossível encontrar maconha com altos teores de CBD.

C.A. O que Denis espera da Feira do Livro de Pas-so Fundo?

Denis: Espero um debate franco e instigante, que é o que tenho encontrado Brasil afora quando discuto o assunto. Espero que haja diversidade de opiniões e de perspectivas.

CONtrAPONtO:Na edição do dia 31 de outubro

da Revista Veja, você encontra uma matéria queimando o filme da maconha. Nela estão argumentos de estu-diosos e pesquisas que re-velam os danos da droga no organis-mo, vale a pena conferir.

NãO eSQueCe:Denis Bugierman debate políticas para a maconhaOnde: Palco principal da Feira do LivroQuando: Sábado, 10 de novembroHorário: 20h 30min

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Tá Rolando! VMúsica

@_julianovieira: Não sei contar uma história sem falar “aí”, e não sei ex-plicar alguma coisa sem dizer “tipo”.

@manufarezin: começando o dia com uma vontade monstra de não começar o dia.

@lukeeduarte: piá olha pra sua bunda. homem de verdade olha nos seus olhos.... Quando você se distrai aí sim ele olha pra sua bunda...

@7loups: Uma menina carregan-do um monte de folhetos me parou na rua e falou “Oi, você pode tirar o cabelo da minha boca?”. Gente?

@dudumene: To com vontade de bater na Xuxa que fez a pro-paganda do Mertiola-te #aindaarde!

envie seu recadinho via twitter pro @CadernoAvesso, que semana que vem ele pode rolar #aqui no #impresso o/ valeu?

top tweets

PArA O iNFiNitO e ALéMDia 1º de novembro foi mais um marco na história da

Fresno. Os caras lançaram “Infinito”, o 6º álbum de estúdio da banda. De volta à independência, o vocalista Lucas Silveira não cansou de agradecer aos fãs que colo-caram o disco no topo da lista de mais vendidos do iTu-nes, e de salientar que este é um trabalho 100% Fresno, onde a banda fez um disco à sua revelia. Além do iTunes, os caras liberaram todas as faixas pra audição no YouTube, no esquema lyric video (vídeos com a letra da música). Confere lá ou no blog do CA. O disco físico tem previsão de estar em todas as lojas até o final do mês. (Pablo Tavares)

cadernocaderno

avessoavesso8 de novembro de 2012 - O Nacional8 de novembro de 2012 - O Nacional66

Música

Tá Rolando! VGames

HABeMuS HALO 4!Foi lançado nessa terça-feira (6) um dos títulos mais aguardados do

ano. Halo 4 chega para acabar com a ansiedade dos fãs, que há cinco anos não tinham um capítulo que seguisse a cronologia. A franquia já vendeu mais de 45 milhões de cópias ao redor do mundo, segundo dados do VGChartz.

Halo é um dos principais motivos para aqueles que escolheram o Xbox. A franquia revolucionou o gênero de tiro em primeira pessoa nos consoles e mostrou que FPSs online também são divertidos se você não estiver usando um teclado e mouse. Confira o especial da série no Gamefagia.com.br e em-barque junto com Master Chief, Cortana, Sgt. Johnson e Arbiter em um novo universo. (Marcus Freitas e Matheus Henrique da Silva)

AG

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AGENDA

PrOjetO SiNtA-Se à vONtADeO Raja Bistrô apresenta o projeto Sinta-se à Vontade. No palco, Julio Bueno (Residente do Pico da Tribo/ Praia do Rosa-SC) e Especial Bob Marley com Rafa Braz.Ingressos Antecipados: R$6 Fem|R$ 10 MascInformações: (54)9916 0435

BruNiNHO e DAvi A Pax State apresenta o show nacional da dupla Bruninho e Davi. Mezanino com open bar de cerveja.Ingressos: R$25 Fem|R$30 MascInformações: (54)3317 2091

Qui

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GeNerAL BONiMOreSA banda General Bonimores faz o lançamen-to do seu primeiro disco no Velvet Bar.Ingressos: R$15 (1º lote) Informações: (54)3045 1714

SÁB

10

Dj FiSCHer O projeto universitário da Hija apresenta o Dj Fischer. Open bar de vodka para elas das 23h às 00h30min.Pulseiras com as turmas de Odonto II Imed, Fisioterapia VI e Odonto V UPF.Informações: (54)9929 2666 / 9146 1634 / 9988 1167

Qui

08

rOuDiNi e OS iMPOStOreSO Velvet Bar apresenta a banda Roudini e Os Impostores. A discotecagem é por conta do Dj Markinhos Muller.Ingressos: R$15 Fem|R$20 MascReservas de Mesas: (54)3045 1714

Sex

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O Nacional - 8 de novembro de 2012cadernocaderno

avessoavesso O Nacional - 8 de novembro de 2012 77

KAOLL iNterPretA PiNK FLOyDO grupo de música instrumental Kaoll faz show com releituras de

músicas da banda Pink Floyd, no Teatro do Sesc Passo Fundo nesta quinta-feira (8) às 21h. Através de arranjos inovadores, o Kaoll apresen-ta uma visão única da discografia do grupo britânico que tem influência em seu trabalho composicional, buscando ressaltar os aspectos con-ceituais do legado progressivo e psicodélico na arte para a eternidade. Os ingressos custam entre R$5,00 e R$12,00, mais informações no Sesc Passo Fundo.

nóScadernocaderno

avessoavessoPONTOS DE DISTRIBUIÇÃO

SHUFFLEDe tudo um pouco.

Sucursal em Porto Alegre: gRuPO de diÁRiOS - Rua garibaldi, 659, conj. 102 – Porto alegre-RS.

Representante para Brasília: CenTRal COmuniCaÇÃO.

Representante para São Paulo e Rio de Janeiro: TRÁFegO PuBliCidade e maRKeTing lTdaavenida treze de maio, sala 428 - Rio de Janeiro – RJ.

MC- Rede Passo Fundo de Jornalismo LtdaRua Silva Jardim, 325 a - Bairro annes

CeP 99010-240 – Caixa postal 651Fone: (54) 3045-8300 - Passo Fundo RS

www.onacional.com.br

múcio de Castro Filho

múcio de Castro neto

Zulmara Colussi

Filiado à

Diretor Presidente:

Diretor Executivo:

Editora Chefe:

múcio de Castro 1915 1981

O.R. Games (Bella Città), Trópico, Chilli Beans, Ramires Revisteira, Posto Moron, Mad Ness (General Netto), CI,

Anglo Americano, Imed, Anhanguera, Doctor Pré-Vestibular, Garra, Yázigi.escolas:

Conceição, EENAV, Fagundes dos Reis, IE, Notre Dame, Protásio Alves, Bom Conselho, Gama, Menino Deus, Tiradentes, Cecy Leite Costa, Wolmar Salton, Alberto Pasqualini, Cardeal Arcoverde, Daniel Dipp, Guarcy Barroso, Cohab Secchi, Padre José Anchieta, Bela Vista.

uPF: UPFTV, FAC, FEAR, Odontologia, Centro de Convivência, Direito, Biologia, Integrado UPF.

PABLO SHUBBYCoordenador JU SCCHNEIDER

Conteúdo

MARINA DE CAMPOSConteúdo PABLO TAVARES

Arte e conteúdo

BARACK OBAMAMais quatro anos

CHEVETTESó fumaceira

Eu quero que legalizem...

Bermuda aqui no trampo!

Cantar no chuveiro (no meu prédio diz que não pode!)

...o YouTube!O documentário “Muito além do Cidadão Kane”, sobre a Globo.

MARCUS FREITASColaborador

Videogame no tram-po pra todo mundo! Meu escapamento

novo!

foi fechado ao som de...

Off The Wall, do Michael Jackson

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avessoavesso

Yes, we can!

StéfAny KoECHEEstagiária bonitinha

A segunda-feira como feriado!

ASSALtANteS eNtrAM De MOtO eM SHOPPiNG

Seis membros de uma quadrilha entraram de moto em um shopping no norte de Londres (In-glaterra) em plena luz do dia e assaltaram uma joalheria.

Ninguém ficou ferido no assalto. De acordo com a polícia, os assaltantes não exibiram armas de fogo. As motos usadas no assalto foram en-contradas minutos depois abandonadas em um campo de golfe.

LeO CLuBe PASSO FuNDO reCeBe PrêMiO iNterNACiONAL De exCeLêNCiA

No dia 28 de outubro, durante a XXIII Leopíada, em Sananduva, o LEO Clube Passo Fundo recebeu o Prêmio de Excelência de LEO Clube pelos trabalhos realizados durante o Ano Leoístico 2011/2012.

O prêmio é uma das mais altas distinções que podem ser conferidas a um LEO Clube, sen-do somente cerca de cinquenta clubes são escolhidos anualmente. Neste ano, apenas nove clubes brasileiros foram agraciados – apenas um deles no Rio Grande do Sul.

O título presta reconhecimento a feitos extraordinários nas áreas de serviços humanitá-rios, angariações de fundos, liderança, relações públicas e administração de clube - todas áreas compreendidas pelo LEO Clube Passo Fundo nos últimos anos.

Page 60: Portfolio Pablo Tavares - Design Editorial

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pablotavares

nº 23Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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nº 23Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente 23OCAOCA

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Encarte especial - Não pode ser vendido separadamenteMaio de 2011Maio de 2011

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Page 61: Portfolio Pablo Tavares - Design Editorial

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Caderno OCA- Criação do projeto gráfico; - Diagramação

Criado para arquitetos, enge-nheiros, estudantes e entusias-tas dessas áreas, o OCA teve a proposta de trazer algo mais clean e fino para os leitores.

índiceeditorial

Sucursal em Porto Alegre: GRUPO DE DIÁRIOS - Rua Garibaldi, 659, conj. 102 – Porto Alegre-RS.

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Múcio de Castro Filho

Múcio de Castro Neto

Roberta Leal

Pablo Tavares Múcio de Castro • 1915 + 1981

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Diretor Presidente: Diretor Executivo:

Coordenação e edição: Projeto gráfico e diagramação:

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Se você tem interesse em contribuir com o OCA, envie suas críticas, sugestões, comentários e elogios sobre o nosso trabalho para o [email protected]. Sua opinião é indispensável para conseguirmos melhorar ainda mais nosso trabalho .

5 a 7Em Milão, as maiores tendências para o ano em design e decoração

A maior feira mundial de Design

819º Salão Internacional da Construção lança produtos inusitados na feira de 2011

10Inovação em revestimentos

Arte, novidades, inovação. São as palavras chave do OCA deste mês. Milão que já é conhecida mundialmente como a capital da moda,sedia também a maior feira de design do mundo.Estamos trazendo para você o que teve maior destaque no 50 º Salão Internacional do Móvel de Milão. Além disso, a Exporevestir e a Feicon tiveram grande destaque aqui pelas terras tupiniquins. Com o tema sustentabilidade em foco, traz lançamentos maravilhosos em decoração e revestimentos para deixar a sua casa mais linda, confortável e prática.

4Especialização em Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis

11Renove sua Oca

pós Maio de 2011OCA4

Sintonizada com as novas tendências do mercado, a IMED traz a Especialização em Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis, sendo a primeira da região na área de Arquitetura e Urbanismo. A coordenação do curso está ao cargo das professoras Arq. Me. Andrea mussi e Em. Dra. Daiane Folle.

O curso está estruturado para suprir a demanda exigida pelo mercado, onde as edificações sejam projetadas de acordo com as novas tecnologias ambientais, sistemas construtivos limpos e racionais, inclusive com o uso de fabricação digital, e emprego adequado de materiais considerando seu ciclo de vida com qualificação do ambiente interno das construções além de dimensionar sistemas de utilização de energia limpa e demais recursos naturais, de como fazer a gestão de canteiro de obras para a racionalização

Especialização em Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis

e adequada aprovação dos resíduos, e também buscar a creditação para se tornar consultor nesta área.

A preocupação com a sustentabilidade ambiental faz parte dos conhecimentos e aptidões fundamentais necessários a um projetista na atualidade, inserindo-se dentro das preocupações do desenvolvimento sustentável para a sociedade, nas suas diversas dimensões, ecológica, geográfica, econômica, social e cultural.

“As disciplinas terão enfoque prático, onde em sala de aula o profissional terá contato com professores com atuação na área, com foco aplicável a rotina dos escritórios, construtores e consultores nas áreas de arquitetura, engenharia e gerenciamento de obras”, destaca a coordenadora da especialização Prof. Arq. Me. Andréa Mussi.

“Planejamos esta pós-graduação com o objetivo de capacitar tecnicamente nossos alunos para atender as novas demandas de sustentabilidade exigidas na área da construção civil, tendo como tripé: a eficiência, a inovação e a racionalização dos recursos disponíveis”, ressalta a coordenadora da especialização Prof. Eng. Dra. Daiane Folle.

As principais disciplinas que ilustram os objetivos dessa especialização são: Arquitetura Bioclimática: Estratégias Passivas e Conforto Ambiental; Utilização Eficiente de Recursos Hídricos e o Reuso de Água em Edificações Sustentáveis,; Eficiência Energética nas Edificações, Bairros e comunidades sustentáveis: organização e sistemas construtivos alternativos; Os sistemas de certificação e as ferramentas práticas; A Gestão da construção civil: canteiro de obras e resíduos de construção e demolição e Projeto Integrado de Edificação Sustentável (ateliê).

O corpo docente é formado por professores com experiência nacional e internacional, atuantes

no mercado onde prestam consultoria para empresas reconhecidas. Têm em seus currículos diversas premiações de instituições da área de arquitetura, sustentabilidade e inovação. Destaque para os escritórios FGMF (ganhador de prêmios da ASBEA 2010 na categoria Residências com a Casa Grelha e na categoria Arquitetura Corporativa com escritório de advocacia) e Sidonio Porto Arquitetos (escritório autor de projetos para a Petrobrás, como o Centro Administrativo).

A Especialização Projeto e Gestão de Edificações Sustentáveis terá início no dia 03/06/2011, com a aula inaugural, ministrada pela professora Vanessa Gomes da Silva . . Esta aula será aberta a participação de convidados dos profissionais matriculados, e demais interessados, em número limitado, mediante inscrição prévia.

A carga horária do curso será de 420 horas/aula. As aulas acontecerão com periodicidade quinzenal, nas sextas-feiras, das 19h às 22h30min e aos sábados, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min.

capaMaio de 2011OCA 5

O Salão Internacional do Móvel de Milão é um evento criado com o objetivo de apresentar lançamentos de fabricantes de móveis que aconteceu entre 12 e 17 de abril e atraiu Estudantes, Moveleiros, Arquitetos,Designers de interiores, Designers de produtos, Gestores de produção do setor moveleiro, Profi ssionais da marcenaria, Profi ssionais de varejo e decoração.

Esse ano, ainda houve a coincidência de duas celebrações: os 150 anos da Unifi cação da Itália e os 50 anos do Salão do Móvel.

Durante esse período o “Salone del Mobile de Milão” cresceu mais de 15 vezes e lançou peças que se tornaram clássicas no mobiliário mundial. Desde 1961 a feira traz os projetos e os processos que determinam a transformação de uma idéia em produto e tem um papel fundamental para defi nir os estilos de móveis que estarão dentro dos restaurantes, escritórios, bares, apartamentos e casas de todo o planeta.

E a semana contou com muito mais que os costumeiros encontros dentro e fora do quartel da feira. Criatividade e novas tendências se marcaram presença no Fuori Salone, nos bairros urbanos de Tortona, Brera, Lambrate e Porta Romana.

Um sistema de percursos organizados nas áreas bem defi nidas e sempre mais ligadas à moda, cada uma com caraterísticas morfológicas, arquitetônicas e vocações expositivas.Os itinerários, distintos em categorias tipológicas muito simples, como a casa, o escritório, a luz, os tecidos, as escolas e as exposições coletivas de design, evidenciaram ideias, temas e tendências do design do próximo futuro.

A reciclagem e o reaproveitamento de materiais deram o tom da feira em vários produtos, assim como a irreverência e o humor. Cores neutras, móveis versáteis e adaptáveis a diversas necessidades são as novidades lançadas este ano.

A marca italiana De Padova, mostra engajamento na causa sustentável. A cadeira Florinda, de Monica Foster, utiliza madeira e plástico no seu desenho curinga. O design é simples e com estrutura leve, trazendo versões empilháveis com ou sem braços. A mesa Shadow, de Vincent Van Duysen, segue a mesma idéia ao apostar em detalhes elegantes e linhas essenciais.

A B&B criou peças notáveis como as poltronas de Antonio Citt erio e

Em Milão, as maiores tendências para o ano em design e decoração

A maior feira mundial

de Design

Patricia Urquiola. O novo espaço do Design Museum também chamou a atenção dos visitantes ao apresentar uma retrospectiva do tema de maneira surpreendente.

Entre os nomes que ganharam destaque estão os franceses Jean Nouvel e os Irmãos Bouroullec, que assinam peças apresentadas pela Ligne Rosse. A Natuzzi, maior

fabricante de estofados da Itália levou para o Salão peças com revestimentos de toque delicado, reforçando a preocupação com o efeito sensorial, já visto na edição passada.

Os Irmãos Campana encantaram os visitantes com seu design puro e delicado. Utilizaram o bambu vergado na estrutura da cadeira

Yii e deixando seu traço também na parceria com o fabricante Klein Karoo, utilizando sobras de couro de avestruz. Além dos Campana, outro brasileiro – o artesão carioca Getúlio – deixou sua marca no evento, exibindo bonecos feitos de sucata para a Skitsch.

(segue)

Madeira e plástico são os materiais da cadeira Florinda, de Monica Foster. Versátil, ela pode ser usada em vários ambientes da casa ou em áreas públicas, como restaurantes e cafés. O design combina simplicidade e estrutura leve, por isso há versões empilháveis com ou sem braços

Entrada para a mostra Design Museum

Poltrona dobrável Beverly, de Antonio Citterio para B&B

Husk é a nova poltrona de Patricia Urquiola para a B&B

capa Maio de 2011OCA6capa

A mesa Shadow, de Vincent Van Duysen, tem linhas essenciais e detalhes elegantes. Há modelos retangulares e quadrados com estrutura de aço, revestidos de madeira

Os badalados irmãos Bouroullec assinam para a Flos, líder em iluminação. A dupla desenvolveu duas luminárias, a Piani Lamp, com base e cúpula de madeira, e a Aim, com cabos orientáveis que oferecem infinitas possibilidades de ajuste de foco

A estrutura do Ruchi é em faia maciça, manchado ou natural. Inga Sempé foi determinada a oferecer uma versão em faia natural “ , a madeira natural é bonita, de qualidade, autêntica e moderna ao mesmo tempo,comfortável, porque é um dos elementos naturais raros que você pode ter em casa.” A cadeira é assinada por Jean Nouvel

A Ligne Rosse trouxe grandes nomes do design francês, como e Irmãos Bourroullec, para assinar suas novas peças

Os sofás Ploumar (por Jean Nouvel) são o resultado de uma pesquisa sobre conforto baseada em uma combinação particular de dois materiais: o uso conjunto de um revestimento de espuma e um ultrasoffice estiramento. A combinação destes dois materiais, juntamente com os tamanhos reais dos sofás Ploumar de generosidade, oferecendo maior conforto e permite-lhe assumir posturas diferentes

Os brasileiros Fernando e Humberto Campana mostram móveis e acessórios produzidos com couro de avestruz. Em uma parceria da Edra com a Klein Karoo, empresa sul-africana especializada no beneficiamento de pele de avestruz, a produção inclui bancos, mesas, panelas e colares, o que confirma a versatilidade deste material

capaMaio de 2011OCA 7

Poltrona Alice de Jacopo Foggini para a Edra. Formas orgânicas, estrutura de cabo de plástico translúcido e cores vibrantes com iluminação interna. O efeito é bem bonito, exótico e lembra uma mistura de orgânico com psicodélico

Os Irmãos Campana estão empolgados com o resultado deste novo projeto para a Yii, em que utilizam apenas bambu vergado como estrutura a poltrona Bamboo testando ao máximo a flexibilidade do material

Poltrona Grinza, por Fernando e Humberto Campana para Edra. Estrutura em metal, estofamento em poliuretano e cobertura de couro

Chaise Big Knit, feita com fios plásticos pela Moroso

Cores fortes e design intrigante são as características do sofá Giullare by Gaetano Pesce. As “pontas” do chapéu podem ser usadas para acomodar melhor as costas como uma espécie de almofada ou simplesmente algo para abraçar e dormir

O sofá Siesta, vem em design divertido com encosto convencional, mas assento feito de rede. Uma criação de Emanuele Magini, foi a aposta da Campeggi

DRIADE A poltrona Lou Read, de Philippe Starck para a Driade, possui linhas orgânicas e um revestimento de couro diretamente fixado em um esqueleto de fibra de vidro

Bold Chair, da Moustache, feita com duas partes tubulares de metal inseridas uma na outra e coberta com espuma de poliuretano

A elegância e delicadeza estão presentes na cadeira Strip, criada por Fabio Novembre para a Casamania

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construção Maio de 2011OCA8

19º Salão Internacional da Construção lança produtos inusitados na feira de 2011

Aconteceu entre 15 e 19 de março o principal evento do setor da construção na América Latina: A FEICON BATIMAT - Salão Internacional da Construção, que veio demonstrar produtos, tendências, soluções e lançamentos, reunindo em um único local o maior número de expositores e visitantes.

A FEICON é destinada a um público altamente qualificado formado por engenheiros, arquitetos, profissionais do setor, além do público que está construindo ou renovando,

vindo de todo o Brasil e do exterior. A feira apresenta as tendências do mercado e estratégia para impulsionar vendas além de fortalecer a imagem das marcas e estreita o relacionamento com o público comprador, no âmbito nacional e internacional.

Entre as apostas deste ano, destacaram-se novos modelos de torneiras e misturadores; lâmpadas de led, tomadas e luminárias; uma opção de aspiração central que suga todo o pó da casa de forma automática; novidades

em novos modelos de maçanetas e fechaduras eletrônicas e sustentáveis. A feira também traz telhas e coberturas em PVC, policarbonato, fibra de vidro e aço pré-pintado.

Não há como negar, que acessibilidade e facilidade são palavras-chave na Feicon. Idosos, cadeirantes e crianças têm suas necessidades postas em destaque para que consigam viver bem em casa, sem qualquer dificuldade de locomoção. Banheiros com barras articuladas, cadeira articulada, barra de apoio; pisos

anti derrapante, que além de evitar quedas contribuem para a redução de impacto provocado caso elas aconteçam...

Além de suprir necessidades, a feira também surge como realizadora de desejos. Torneira que liga sozinha; um comedouro de cachorro que não deixa a comida esfriar; uma banheira que pode ser acionada pelo celular e uma espelheira que é o desejo de toda mulher: ela possui luz embutida e lente de aumento, ara facilitar a aplicação e remoção de maquiagem.

Público altamente qualificado e novidades do setor marcam a Feicon

O chuveiro Corona Flex é eletrônico, o que permite maior controle da temperatura do banho. É compatível com aquecimento solar, a gás e elétrico. Tem corpo traçado com fios de nylon, que garantem resistência ao calor e pintura metalizada

O Megabanho XL, da Corona, tem sete turbinas que estrangulam a água e fazem o jato expandir. Feito de policarbonato, com versões coloridas, é geralmente usado em piscinas, com duchas frias, mas também funciona com aquecedores

Diferente das torneiras foto sensíveis, a Ecotok da Japi é acionada ao se tocar na torneira.Além de ter um design moderno é 1/3 do preço das foto seinsíveis da DECA

Além do estilo clássico bisotê, a espelheira Le Glamour vem com uma lente de aumento com iluminação. A lente serve para aproximar o rosto do usuário, facilitando na hora de fazer a barba, no caso dos homens, e se maquiar, no caso das mulheres

Pensando no conforto e bem-estar dos portadores de necessidades especiais e idosos, a Astra coloca no mercado seu modelo de hidromassagem voltada para esse público. A Speciale possui dez jatos de hidromassagem, barras de segurança, porta para a entrada e a saída da pessoa. Em aço inox e com vidro temperado

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construção&design Maio de 2011OCA10

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(FOTOS: DIvULGAÇÃO)

9ª Edição da Exporevestir e do Fórum Internacional de Arquitetura e Construção

Fashion Week da Arquitetura e da Construção, assim é denominada a Expo Revestir pelo setor e reúne anualmente diversos segmentos de soluções para revestimento e apresenta os principais lançamentos e tendências aos arquitetos, designers de interiores, revendedores, construtores e compradores internacionais.

Considerado o maior evento do setor de revestimentos da América Latina, a Revestir reuniu entre 22 e 25 de março, cerca de 200 expositores nacionais e internacionais, de 60 países, para mostrar as novidades do setor em todos os segmentos para cerca de 40 mil profi ssionais entre arquitetos, designers de interiores, construtores, e profi ssionais de revenda.

Seguindo a mesma temática das outras feiras, o tema da Expo Revestir foi a sustentabilidade. Mas o destaque é o desenvolvimento da indústria cerâmica em termos de qualidade e variedade de acabamentos, incluindo nas peças a impressão em 3D e HD. O segmento de luxo mostra emprego de matérias-primas nobres e infl uência de artesanato, em especial para mostrar a exclusividade dos produtos.

Algumas das tendências são os acabamentos mais sofi sticados, como os esmaltes de alta qualidade, que dão efeitos de luz, sombra e profundidade. Os materiais ecológicos, produzidos de maneira sustentável, continuam em alta.

Inovação em revestimentos

Da Glass Mosaic, as pastilhas de vidro Junsui possuem relevo na frente e no verso de cada peça, o que lhes confere um efeito tom sobre tom conforme a incidência de luz. A caixa com cinco placas de 30 x 30 cm custa R$ 300

As pastilhas Relevo da coleção Natus (ref. SC10), criam efeitos de luz e sombra em paredes de áreas internas graças aos desníveis entre as peças de mármore. Da Colortil, cada placa de 30 x 30 cm custa entre R$ 35 e R$ 39

Cenas camponesas estampam o azulejo da coleção Toile Du Jour, da Eliane. Nas cores vermelho, azul ou preto. A caixa com duas peças (44 x 88 cm) tem o preço sugerido de R$ 152,90

O modelo de PVC da Afort vem em placas de 2,08 x 1,03 m e é equivalente a 30 telhas coloniais. Esse plástico, segundo o fabricante, proporciona bom isolamento termoacústico e pesa pouco (10 kg), o que reduz o gasto com a estrutura do telhado. R$ 89,90

Se colocada na cobertura a cada 5 m², a telha de ventilação portuguesa (41 x 24 x 6 cm), da Cláudio Vogel, permite boa circulação de ar no telhado. É de cerâmica e tem acabamento natural ou envelhecido (R$ 4 a unidade) ou pintura de esmalte ou poliéster (R$ 8 cada uma)

Um toque contemporâneo será dado à casa com Mosaicos de aço inox , da linha Metalic (Colormix). Évendido em placas de 30 x 30 cm por R$ 140 cada uma. Apesar de resistente, o metal não aceita o uso de abrasivos nem de palha de aço na limpeza, sob risco de causar danos à superfície

Com três formatos (0,30 x 0,50 m, 0,30 x 1 m, 0,30 x 1,20 m), a linha Eco Fachada Ventilada, da Lepri, cria uma câmara de ar em movimento que permite a ventilação natural contínua da parede da construção. O ar frio entra por baixo e sai pela parte superior. R$ 450 o m²

Um detalhe da torre do edifício Chrysler Building, em Nova York é a estampa que ilustra a linha de porcelanato New York HD (45 x 90 cm), da Portinari.Produzido pelo sistema digital de impressão de alta definição, o desenho apresenta forma e textura em 3D. R$ 49,90 a peça

Seixos remetem à natureza e estimulam boas sensações graças à forma e à textura agradável ao toque. Colados em placas de 30,5 x 30,5 cm, eles revestem paredes e pisos de toda a casa, incluindo a piscina. Da Mosarte, custa cerca de R$ 280 o m² nos tons preto, verde, branco e marrom

O visual do porcelanato Concretyssima (90 x 90 cm), fabricado pela Portobello nos tons off-white, acinzentado e fendi leva a assinatura do arquiteto Ruy Ohtake . As peças reproduzem o visual do concreto, inclusive suas irregularidades. A partir de R$ 69,90 o m²

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pablotavares

nº 37Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Setembro de 2012

Uma história...

... muitos finais felizes

Estrelando

16ª Construmóveis

nº 6Dezembro de 2009Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Um designer bem

O paulista Marcelo Rosenbaum assina linhas de produtos e projetos em mais de dez marcas diferentes - além de comandar seu escritório - que vão de toalhas de mesa de plástico a hotéis. Inovador e com paixão pela cultura popular, ele alia originalidade e contemporaneidade que agradam a todas as classes e bolsos

brasileiropáginas 6 e 7

O paulista Marcelo Rosenbaum assina linhas de produtos e projetos em mais de dez marcas diferentes - além de comandar seu escritório - que vão de toalhas de mesa de plástico a hotéis. Inovador e com paixão pela cultura popular, ele alia originalidade e contemporaneidade que agradam a todas as classes e bolsos

Um designer bem

brasileiro

nº 5Novembro de 2009Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Novos conceitos em

A arquitetura tem seguido a redução no número de pessoas por família

e criado espaços menores de convívio. Entretanto, morar em um espaço

pequeno não significa deixar o conforto de lado. As plantas livres tornam os

ambientes multifuncionais e integram tudo que uma residência precisa ter

moradiapáginas 6 a 8

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nº 22Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Abril de 2011

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COZINHAna moda

Cores, texturas e design para deixar

sua cozinha nas mais novas tendências

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nº 34Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Abril de 2012páginas 4 e 5

Sustentabilidadee inovação

Medidas básicas que fazem o diferencial

em um projeto

nº 14Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Agosto de 2010

chaminés e fuligem

As novas opções de

lareiras oferecidas no

mercado deixam para

trás o trabalho de

instalação e manutenção

e aparecem com formas

arrojadas e conceitos de

sustentabilidade

Adeus

páginas 8 a 10

nº 26Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Agosto de 2011

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CASA BRASIL

O melhor do design em Bento Gonçalves

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nº 8Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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páginas 6 e 7

Guggenheim

Passados 50 anos de sua inauguração, o famoso museu

nova-iorquino Guggenheim ainda carrega em suas paredes um

polêmico dilema: qual o papel da arquitetura e o que acontece

quando ela se transforma em arte?

o dia em que a arte encontrou a arquitetura

Fevereiro de 2010

nº 16Encarte especial - Não pode ser vendido separadamente

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Outubro de 2010

reformasTudo sobre

páginas 4 a 9

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Publicações EspeciaisCadernos/pôsteres

MENINOS DO VILACAMPEÃO DA COPA COCA-COLA ETAPA PASSO FUNDO

1 - Pedro Damo, 12 - Paulo Henrique, 4 - Liniker, 3 - Gabriel, 7 - Lucas, 10 - Luiz Henrique e 18 - Eduardo;16 - Leonardo, 8 - Lucas Marques, 9 - Felipe, 14 - Rodrigo, 17 Lucas Baroni e 13 - Bruno.

Foto: Arquivo/ON

ENCARTE ESPECIAL - NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE INTER - CAMPEAO

GAUCHO 2011INTER - CAMPEAOINTER - CAMPEAOINTER - CAMPEAOINTER - CAMPEAOINTER - CAMPEAOINTER - CAMPEAOINTER - CAMPEAO

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Em pé: Rodrigo Moledo, Banha (massagista), Wilson Matias, Bolívar, Lauro, Índio, Andrezinho, Bolatti, Kleber, Guiñazu, Renan e Juarez (massagista).Agachados: Zé Roberto, Oscar, Glaydson, Ricardo Goulart, D’Alessandro, Nei, Leandro Damião e Juan.

Técnico: Paulo Roberto Falcão

Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

passo fundo, 31 de março de 2012passo fundo, march, 31st 2012

espeCIaL

Manitowoc em Passo FundoManitowoc in Passo Fundo

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UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL

MARCIA TIBURI | ALLAN SIEBER | NOEL GALLAGHER

Carros, motores e caixas de ferramentas. Leia o manual e conheça mais Bruna Mesquita

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A ferro e óleoA ferro e óleo

CURTA OS CURTAS Quem são os cineastas de Passo Fundo

THIAGO PETHIT

A música que encanta Gregos

e Caetanos

UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL

O hOmem dO FurO

dOwnhill | quadrinhOs italianOs | lOOkalike

alt coloca o ator e apresentador da MTV Bento Ribeiro contra a parede em entrevista nada politicamente correta

um dia de grOupieVerônica Stocchi se despe da timidez em seu primeiro ensaio sensual

aO sabOr dO ventOVimos Porto Alegre como ela deve ser vista: do alto de um ônibus conversível

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IRMÃOS CARUSO | eStIlO S/A | Alt + ARte | kAfkA

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003Assim como é a lua,

é Angela fontaneli: repleta de fases que jamais se repetem. Inclusive aqui dentro

Assim como é a lua, é Angela fontaneli: repleta de fases que jamais se repetem. Inclusive aqui dentro

RIO COMICOn

Um dia com Chris Claremont, autor dos X-Men

O MUnDO DO RUGBY

Um esporte, sobretudo,

democrático

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FILIPE CATTO | LOLÔ BORTHOLACCI | GUI CARRÃO

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Polêmico e cheio de opiniões sobre tudo, um dos maiores comunicadores do Brasil fala com a Alt sobre fama, sorte, dinheiro, TV, Tiago Leifert e Renata Fan

CRIAçÃO dIvInA

Ketherin Kaffka encarna Brigitte

Bardot para fechar 2011

SAnTUáRIO FUTEBOLíSTICOFique por dentro do Museu do Futebol e suas curiosidades

MILTON NEVES

O MUndO dE

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KARIN FELLER | RAFINHA BASTOS | LANA DEL REY

Como as mais raras espécimes encontradas na natureza, Tamara de Césaro carrega em sua essência algo a mais: um doce veneno capaz de hipnotizar

JOvEm quARENTãOEntre no mundo do Boka Lanches, o bar mais famoso de Passo Fundo

Doce Veneno

CARLOS SImON

“O Brasil tem condições de realizar

uma boa Copa do mundo”

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Como as mais raras espécimes encontradas na natureza, Tamara de Césaro carrega em sua essência algo a mais: um doce veneno capaz de hipnotizar

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pAULO GRADASCHI | mIRIê teDeSCO | jOHn mAyeR

jULIAnA ROSentHALA cantora que começa a brilhar no cenário musical gaúcho

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A cantora/compositora/escritora conversa com a Alt sobre Pato Fu, carreira solo, disco novo, sobre ter “desvestido” Nara Leão da Bossa Nova e muito mais

tHUAne bRIStOt

A gata que deseja apenas a simplicidade, encarna uma bailarina

A cantora/compositora/escritora conversa com a Alt sobre Pato Fu, carreira solo, disco novo, sobre ter “desvestido” Nara Leão da Bossa Nova e muito mais

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UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL

KARIN FELLER | RAFINHA BASTOS | LANA DEL REY

Como as mais raras espécimes encontradas na natureza, Tamara de Césaro carrega em sua essência algo a mais: um doce veneno capaz de hipnotizar

JOvEm quARENTãOEntre no mundo do Boka Lanches, o bar mais famoso de Passo Fundo

Doce Veneno

CARLOS SImON

“O Brasil tem condições de realizar

uma boa Copa do mundo”

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Como as mais raras espécimes encontradas na natureza, Tamara de Césaro carrega em sua essência algo a mais: um doce veneno capaz de hipnotizar

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AllAn diAs cAstro | gAbriel bá | joey rAmone

rei ZUlUA lenda viva do mmA

passou por aqui. E deixou sangue,

hematomas e lembranças

O salda terra

Adão itUrrUsgArAi

Uma conversa franca com o cartunista e pai

(bastardo) da Aline

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Em meio à frieza e ao rebuscado das rochas, as curvas de Ana Quintana formam uma espécie de escultura que nem Michelangelo sonhou

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pAULO GRADASCHI | mIRIê teDeSCO | jOHn mAyeR

jULIAnA ROSentHALA cantora que começa a brilhar no cenário musical gaúcho

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A cantora/compositora/escritora conversa com a Alt sobre Pato Fu, carreira solo, disco novo, sobre ter “desvestido” Nara Leão da Bossa Nova e muito mais

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A gata que deseja apenas a simplicidade, encarna uma bailarina

A cantora/compositora/escritora conversa com a Alt sobre Pato Fu, carreira solo, disco novo, sobre ter “desvestido” Nara Leão da Bossa Nova e muito mais

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Já ouviu falar nos all blacks? e em Los Pumas? talvez nos Les bleus? springbok? Walla-bies? não? bom, são apelidos de al-gumas das seleções de rugby mundo afora. Já ouviu falar em rugby? também não? Pois saiba que o rugby é o segun-do esporte coletivo mais praticado no mundo. e Passo Fundo já conta com seus representan-tes. É o Planalto rugby Clube, que entra tackleando (não sabe o que é tacklear? Leia o significado no grá-fico na página 19) o mundo do...

Pablo tavaresPor:Fotos: Divulgação

UM ESPORTEDEMOCRÁTICO

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irmão

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m uma das passagens do lindo filme invictus (2009), de clint eastwood, um dos persona-gens, ao definir grosseiramente o rugby, diz que “é um jogo de hooligans praticado por cavalheiros”, enquanto o futebol é “um jogo de cavalheiros praticado por hooligans”. em-bora pareça antagônico comparar os dois es-portes, não é tão difícil acharmos semelhan-ças entre o rugby e o futebol, já que o esporte da bola oval “surgiu” da prática do esporte bretão.Rugby é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo, perdendo apenas para seu irmão mais velho (o da “gorduchinha”). popularíssimo em países como inglaterra (ter-ra natal), austrália, Nova Zelândia, argentina e África do Sul (vários estádios da copa do mundo de Futebol de 2010, sediada por eles, eram estádios de rugby adaptados), no brasil a prática ainda não é tão popular, mas vem crescendo a cada dia. e em passo Fundo não é diferente. a cidade é sede do planalto Ru-gby clube, time surgido da vontade de alguns amigos em difundir o esporte na região, mas que hoje já conta com várias outras pessoas que procuraram conhecer o rugby e se inte-ressaram em praticar.

um time regionalo planalto Rugby clube, embora seja sediado em passo Fundo, é uma espécie de time da região do planalto gaúcho (vem daí o nome). “o clube foi fundado em 30 de abril de 2011, e foi formado da vontade de alguns compa-nheiros do time que já praticavam e que que-riam trazer a pratica do rugby para a região. a princípio, alguns dos que iniciaram jogando se conheciam, mas a grande maioria foi se conhecendo a partir dos treinos, até porque reunimos no time jogadores de outras cida-des da região”, conta lucas cabral Ribeiro, jogador do planalto Rugby clube. lucas, que começou a se interessar pelo ru-gby a partir de vídeos na internet e de um fa-miliar que praticava o esporte (regras básicas do rugby na página 19), conta que, quando conheceu o pessoal que estava empenha-do em montar o time, topou a ideia na hora. “logo comecei a praticar e a convidar meus amigos para conhecer o esporte”, diz.

Foco em estruturaembora o planalto Rugby clube conte com praticantes assíduos, a profissionalização do time ainda é um sonho distante. “primeiro pensamos em estruturar bem a equipe, parti-cipar de alguns campeonatos aqui no estado e a partir dessa divulgação buscar cada vez mais parceiros e apoiadores para que possa-mos profissionalizar a nossa equipe”, pontua lucas.

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rugby. isso ainda vai ser grande no brasilassim como o slogan da famosa marca de material esporti-vo, lucas compartilha da mesma ideia. “acredito que o ru-gby tem tudo para ser um esporte com uma popularidade maior (no brasil), até porque o número de clubes vem ten-do um bom crescimento no brasil, as federações estaduais vêm se fortalecendo com isso. até mesmo a mídia nacional esta mostrando mais o esporte, noticiando e transmitindo alguns jogos. outro fator que vai contribuir para o aumen-to da popularidade do esporte em nosso país é que nas olimpíadas de 2016 o rugby vai ser uma das modalidades de competição. isso além de motivar os que já jogam vai ajudar na divulgação do esporte e trazer novos jogadores. além disso, o crescimento do esporte não está tão distante do Rio Grande do Sul, por exemplo, temos a construção da primeira arena de rugby em bento Gonçalves, que foi construída para os jogos sul-americanos e que na final do campeonato gaúcho contou com a presença de mais de 2 mil pessoas. Tudo isso mostra o fortalecimento do esporte no país”, conta.

UM POUCODE HISTÓRIA

a história do rugby é controversa. a versão mais difundida é a de que no ano de 1823, na Rugby School, na cidade de Rugby, inglaterra, um aluno chamado William Webb ellis, tomou a bola em suas mãos e, desrespeitando as regras do futebol vigentes na região (Rugby School Football Rules), que permitia que a bola fosse segurada com as mãos (mas somente se o jogador recuasse do ponto onde pe-gou a bola), avançou rumo ao campo adversário, enquanto os oponentes

tentavam segurá-lo para impedir a sua progressão. mas muitos historiadores defendem a tese de que a essência do rugby data de outra época e de lugares distintos da europa, e que, portanto, não foi William Webb ellis quem “criou” o esporte. o que há de consenso é que o rugby surgiu de uma variação do futebol, tanto é que por muito tempo foram tratados como a mesma coisa (!), vindo a separar-se apenas em 1871.Fonte: http://blogdorugby.com.br

William Webb ellis, o dono da dis-

córdia, mas que dá nome à taça da

copa do mundo de Rugby (ao lado)

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UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL

rugby

all blacks (nova Zelândia)a Seleção Neozelandesa de Rugby é talvez a melhor equipe de rugby do mundo. co-nhecidos como all blacks (todos pretos), a seleção recebeu o apelido dado devido a um artigo britânico que se referia ao movimento de avanço sistemático da equipe como all backs (todos na retaguarda). esta expressão foi mal entendida e se tornou all blacks, que faz alusão ao uniforme de hoje em dia. conquistaram a primeira copa do mundo em 1987 e ocupam a primeira posição do ranking da Federação internacional de Rugby.

seleção inglesaos “pais” do esporte. carregam como símbolo uma rosa vermelha. a história da equipe começa em 1873, quando o rugby inglês teve sua primeira partida oficial, onde perdeu para a escócia. Ganharam a copa do mundo em 2003.

Los Pumas (argentina)a Seleção argentina de Rugby, ape-lidada de los pumas, é atualmente o melhor time de rugby da américa, e ocupam o terceiro lugar do ranking da Federação internacional de Rugby. o apelido da seleção (pu-mas) acredita-se que foi resultado de um erro feito por um jornalista que acompanhava a equipe em sua primeira viagem internacional, para a África meridional em 1965. os jornalistas estavam tentando dar um nome à seleção (tal qual all blacks, Springbok e afins), quando um deles viu a foto de um animal no emblema da camisa. entretanto, se confundiu pensando que era um puma, sendo que o animal em questão era um jaguar. o apelido foi posteriormente adotado pelos argentinos, mas no emblema ainda consta um jaguar, e não um puma.

springbok (áfrica do sul)a inspiração para o filme invictus. a grandio-sa vitória da copa em 1995, logo após ter saído do apartheid, foi retratada no filme de clint eastwood, onde morgan Freeman vive Nelson mandela. o apelido da Seleção Sul-africana de Rugby é Springbok, uma espécie de antílope da fauna local. Trata-se de uma das cinco maio-res seleções do rugby mundial, tendo sido campeã da copa do mundo de 1995 e copa do mundo de 2007. a seleção de rugby da África do Sul

é, neste momento, a com mais vitórias no mundial.

Wallabies (austrália)a Seleção australiana de Rugby recebeu o apelido de Wallabies em homenagem ao marsupial Wallaby que é encontrado naquele país. os australianos são bicam-peões mundiais de rugby, mas mesmo assim estão atrás dos all blacks da Nova Zelândia, seus maiores rivais por conta da proximidade entre os dois países.

PRINCIPAISSELEÇÕES

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Democrático, acima de tudomas a característica mais bela do rugby é a democracia, como conta lucas. “Não importa se você é gor-do, magro, baixo ou alto, todos têm espaço e uma função no time. mais interessante ainda é o espírito de coletividade que o jogo traz para seus praticantes, por exemplo, de todos os esporte que pratiquei até hoje esse é o que tu mais depende de seus companheiros para fazer algo, como brincamos às vezes, é muito difícil existir um pelé no rugby. interessante lembrar que o rugby também tem espaço para as mulheres, onde o brasil hoje conta com uma das melhores sele-ções femininas da américa do Sul, tendo conquistado sete títulos sul americanos, sendo assim, temos a ideia de organizar um time femini-no no planalto também”, finaliza. pensando melhor, a definição de rugby dada pelo personagem de invictus não está tão errada assim. o rugby aceita todos, o rugby não discrimina ninguém. Nelson man-dela só conseguiu a união plena dos habitantes da África do Sul com a ajuda da seleção de rugby de seu país. porra, o rugby já uniu um povo mazelado por um regime segregacionista! acho que pode, sim, fazer algo por nós.

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GRANDESJOGADORES

embora o forte do rugby seja o coletivo,

podemos destacar pelo menos dois

grandes jogadores. Jonah Lomu, dos all

blacks, tido como o maior jogador de rugby de todos os

tempos, e François Pienaar, o capitão da seleção sul-africana

em 1995.

JOnAh lOMU

Filho de pais tongane-ses, o neo-zelandês jogava como back.

entrou no international Rugby Hall of Fame em

9 de outubro de 2007. lomu jogou em vários

clubes da Nova Zelândia e no cardiff blues, do

país de Gales. pelos all blacks, jogou 63 vezes, marcando 215 pontos.

Jogou duas vezes na fase final do mundial

de Rugby, em 1995 e 1999, marcando 15 tries,

o recorde absoluto da competição.

fRAnçOIS PIenAAR

Jacobus François pienaar foi o capitão da seleção

sul-africana que se sagrou campeã da copa do mundo

de Rugby de 1995, na pró-pria África do Sul. este título foi extremamente importante para o país, pois aconteceu

pouco depois do fim do apartheid e serviu para unir o

país. No filme invictus, é in-terpretado por matt damon.

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+Planalto rugby ClubeHorários e local de treino:campo 7 da UpF (ao lado do Shan-doon), das 14h30 as 17h30- em dias de chuva, no campo dos fundos do quartel (perto do Hospital São Vicente)

site:www.planaltorugby.com/

Facebook:facebook.com/pages/planalto-Rugby-clube

Mais sobre rugby:Federação brasileira de Rugbyhttp://www.brasilrugby.com.br/

Federação Gaúcha de Rugbyhttp://www.fgrugby.com.br/

blog do Rugbyhttp://blogdorugby.com.br

Para comprar produtos (bolas, camisas e afins)Sul back: http://www.sulback.com/

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allan sieberMapa-

múndiu sou um cara eclético. No momento em que escrevo esse texto, olho para meus discos e vejo Tim maia brigando por atenção com o oasis, o charly Gar-cía, o Rod Stewart, o morphine e o bardo Neil Young. isso tudo com o jovem pa-olo Nutini embalando essa imensa concentração de músicos diferentes, porém autênticos. Fora os outros que estão em outro lugar da casa, canto este onde os Stones dividem kitinete com o Suede, com o placebo, bob marley, dylan, alanis, pixies, brendan benson... (até o moby deve estar ali!). Sempre achei que essa coisa de se fechar em um estilo específico ou em uma “tribo” só serve pra te deixar mais burro, ou te transformar em “um adulto que não cresceu”.Thiago pethit compartilha dessa ideia. “eu sou realmente muito eclético. e acho que hoje em dia, todos são. existe música para cada hora do dia, para cada situação. e já não existem mais aquelas coisas geracionais de ‘tribos’ que curtem isso ou aquilo. ou se existe, são bem menores que antigamente. Tem música para sair pra dançar e música para escutar sozinho em casa. e eu gosto de todas essas.”além de eclético, pethit é, acima de tudo, um cara autêntico. Um artista que levou esse ecletismo para sua música e moldou sua carreira entre o clima de teatros de Vaudeville, passando pelo cabaré e pela simplicidade do pop sem pudor algum. Um cara inrotulável, ou melhor ainda, “um eT em qualquer pra-teleira rotulada.”

thiago Pethit não é um cara comum. transita entre o português, o inglês e o francês em suas músicas com uma naturalidade ímpar - “eu ainda prefi-ro fazer as músicas que eu gosto e que tem valor pra mim, seja no idioma que for” - , recria em seus palcos uma mescla de cabaré com Vaudeville, e funde tudo isso com uma naturalidade pop de encher os olhos. Com essa mesma naturalidade, o paulistano contou a alt como foi largar o teatro para se dedicar à música, qual é a sensação de estar em listas de promissores artistas do ano de publicações do gabarito do jornal the guardian, e até o

sentimento ao receber elogios de Caetano Veloso e Vincent Moon. e, ainda, como foi a ideia de criar “um clipe para alice braga”...

Pablo tavaresPor:Foto: gianfranco briceño

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o inimitávelator por formação (o pethit de seu nome vem de um personagem de cabaré que interpretou), Thiago lar-gou a longa carreira nas artes cênicas para se dedicar à música, com um quê de acaso. “primeiro, eu havia começado no teatro ainda muito novo. com nove anos já tinha estreado uma peça profissional e com 15 es-tava estudando seriamente e trabalhando na área. Fo-ram quase 10 anos de trabalho e o suficiente para sen-tir que eu não queria mais trabalhar com aquilo. Quando comecei na música, foi justamente por meio do te-atro, convidado para dirigir um show de dois amigos músicos. o acidente foi o convite deles para cantar e compormos jun-tos algo do repertório do show. e a partir daí, fui mais ou menos planejando essa nova carreira.”Talvez por essa formação tea-tral, pethit tenha uma grande preocupação com a autentici-dade no que faz, mesmo tendo influência claras de gente do naipe de Tom Waits . “me sinto muito influenciado pelos músi-cos que de alguma forma tam-bém tiveram alguma influência teatral, como o Tom Waits. essa história de me compararem com o beirut (eu disse a ele que algumas pessoas o comparavam à banda de Zach condon, e que eu discordava) não me incomoda em nada, mas eu sempre sinto que é falta de referên-cia e conhecimento cultural: antes do beirut existia o Yann Tiersen (multi-instrumentista francês, compôs a trilha sonora de o fabuloso destino de amélie poulain), antes do Tiersen, toda a música francesa de séculos e todos os cabarés alemães e da europa oriental. Nes-sas coisas todas, eu sempre me inspirei”, completou.pethit sempre mostrou a real preocupação em sua car-reira de fazer música com “conceito”, não apenas por ter algo para dizer. o que o fez aproximar-se de gente como arthur de Faria, músico gaúcho que tem uma obra musical que, assim como a sua, foge de rótulos. “o arthur é um músico sensacional. inteligente, concei-tual, além de ser bom músico. o que eu mais sinto falta hoje em dia é isso, no brasil. bons músicos e gente ta-lentosa, têm muitos. mas artistas que têm um conceito, e isso não é aquele papinho de ‘ter o que falar’ (risos).

oras, todo mundo tem o que falar. mas pensar a música conceitualmente, com uma linguagem artística que não seja ‘lu-gar comum’ é bem difícil de encontrar. o arthur é desse tipo. a cida moreira, também.” mas Thiago sabe que essa forma de trabalho não é fácil de manter no mercado brasileiro. “É muito difícil. de forma artística e conceitual, meu tra-balho não consiste em nada mais do que retrabalhar com os gêneros clás-

s i c o s criados no século passado, com uma visão de quem cria música popular. mas isso aqui no brasil, em termos de mercado, é um rom-pante.”

“uma cidade inventada”Não é pretensão dizer que Thiago pethit in-cluiu berlim, texas no mapa. Não sei se há termo melhor para sintetizar o universo do primeiro disco completo dele (antes, pethit havia lançado um ep e um single). berlim, Texas, ao contrário da paris, Texas (a cidade realmente existe) de Wim Wenders, foi cria-da por pethit. “pois eram os dois cenários antagônicos que compunham o disco, na

minha cabeça. mas como se fossem um lugar só. Uma cidade inventada neste estado inventado. o disco todo foi feito em quatro meses de gravação produção pelo Yuri Kalil (cidadão instigado) e mais ou menos um ano da minha composição das 11 faixas. durante as gravações, tive muitas vezes que dar imagens e cenários que descrevessem a ideia de cada música, tanto para o Kalil quanto para os mú-sicos. e disso, veio o nome ‘berlim, Texas’.” o processo de criação de berlim... diferencia-se bas-tante dos outros trabalhos de Thiago, como o ep “em ou-tro lugar”. “Foram processos completamente distintos. o ep foi minha primeira experi-ência com música e era muito mais um estudo pessoal para mim mesmo, para que eu descobrisse o que eu poderia e sabia fazer com música, com canto, com letra e estilo, com a única finalidade de mostrar para meus colegas de trabalho e ver o que poderia acon-tecer. e já que aconteceu de inesperadamente, aquilo se tornar o meu trabalho autoral, usei o que eu tinha aprendido para fazer o ‘berlim, Texas’ e assumir minha individualidade musical. com mais acertos e mais ex-periência em todas as técnicas.”Uma das pessoas que mais influenciou pethit a seguir nesse caminho foi a cantora paulistana tiê. ”antes de

Fotos: Gianfranco briceño (1 e 2); divulgação (3, 4 e 5); caroline bittencourt (6).

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tudo, (a Tiê) é uma grande amiga. alguém com quem tive uma afinida-de pessoal que se transformou em trabalho e que eu sinto que tem um resultado que me agrada muito, en-quanto artista. ela foi a primeira incen-tivadora para que eu cantasse e me ensinou muito sobre música.”

a estética do clipeparafraseando Vitor Ramil e sua estéti-ca do frio, pethit tem um grande apre-ço com a estética de seus clipes. “cer-tamente é algo que eu aprendi quando

fiz teatro. É aquele papo do conceito. eu gosto disso, de ter uma linguagem que seja muito própria e minha, como criar um ‘mundo a parte’ onde eu dia-logo com os outros mundos. os clipes, a capa do meu disco, as escolhas são todas estéticas. e isso tudo é formação de linguagem e comunicação. Tudo que eu faço, tenho a preocupação de dar mais pistas sobre quem eu sou, sobre como eu penso, como é a minha cabeça e o no que eu acredito.” o seu vídeo de maior sucesso é, sem dúvida, o da canção “Nightwalker”, um videoclipe em plano-sequência estrela-do por alice braga, sua ex-colega de faculdade. “a alice é uma grande amiga, desde os tempos de ator. estudamos juntos na faculdade e nos separamos quando ela foi viver em Nova York, após o sucesso de ‘cidade de deus’. Nos re-encontramos por acidente no fim do ano passado e ela tinha acabado de desco-brir que eu era o ‘pethit’. pois quando nos conhecemos, eu ainda era ator e tinha outro nome artístico. planejamos ali fazer um trabalho juntos e por isso contatei a Vera egito e a Renata chebel, para criarem comigo o que seria um ‘cli-pe para alice braga’”, completou .

the guardian, Caê e Mathieue essa individualidade musical que pe-thit busca já lhe rende frutos. o jornal britânico The Guardian o elegeu como

um dos mais promissores artistas de 2011, e caetano Veloso o apontou como um dos destaques da atual mú-sica brasileira. mesmo com esse aval, Thiago não encara isso com deslum-bre, longe disso. “Não muda nada na vida pessoal e muito, mas muito pouco na vida artística. ao contrario do que se pode imaginar. para realização pesso-al, conhecer um ídolo como o caeta-no, e ser elogiado, já faz com que tudo valha bastante a pena. mas quando a gente sabe o tanto que plantou e olha as plantas que cresceram e as que não cresceram, tudo têm um valor muito particular. É bastante valor, não nego, mas é diferente do valor de quem vê de fora.”pethit segue trabalhando seu disco brasil afora. mas a sua arte já ul-trapassou fronteiras. o site francês la blogothèque, é popular por sua forma de registrar o talento de diver-sos artistas. desde 2006, o cineasta Vincent moon, idealizador do projeto, convida novos músicos para apre-sentações inéditas às suas lentes. a única regra? o cenário deve ser único, inusitado ou simplesmente inspirador (por exemplo, telhados de igrejas, prédios abandonados, ruas simpáticas ou caiaques). Thiago gra-vou três “take away shows” (como são chamadas as apresentações) no minhocão, conhecido por ser uma estrutura arquitetônica tradicional, mas deselegante de São paulo. aos domingos, a via expressa é fechada para o trânsito e vira uma praça públi-ca. “isso foi muito legal. o mathieu (é o nome verdadeiro de moon), esteve em São paulo, por uns três meses, no ano passado. e o meu show foi o primeiro que ele assistiu por aqui, in-dicado por umas tantas pessoas que eu não sei quem foram. Segundo ele, meu show o deixou impressionado pela mistura francesa e cabarezística, mas com os aspectos e o sotaque brasileiro e atual. Nos conhecemos logo após o show e ele me fez o con-vite para participar do site.”e, antes de tudo, o la blogothèque é eclético. assim como eu, o Thiago, e você (espero). diante disso, encerrei a entrevista perguntando se poderíamos definir o seu som e seu estilo como uma espécie de um enorme mapa-múndi. “Um enorme e imenso mapa-múndi, porém inventado (risos).” É, acho que todos nós inventamos o nos-so também...

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tudo que é sagrado precisa de um templo para poder ser cultuado em sua plenitude. Monalisa tem seu Louvre, em Paris. guernica tem

seu Centro nacional de arte rainha sofia, em Madri. e o esporte bretão encontrou seu templo, no Museu do Futebol, localizado no

estádio do Pacaembu, em são Paulo. afinal, onde mais poderia cultuar-se o futebol se não dentro de um estádio?

UM TEMpLO para O

ESpOrTE SagradO

Pablo tavares*Por:Fotos: Pablo tavares e Divulgação

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m uma cidade grande, quando te falam “é perti-nho”, pode contar que é longe. pude comprovar isso quando descemos na estação clínicas do me-trô, rumo ao estádio municipal paulo machado de carvalho, o pacaembu. contorna-se o cemitério do araçá (tranquilamente do tamanho de um bair-ro pequeno de passo Fundo), desce-se umas três quadras em uma ladeira íngreme, e anda-se um bom costado dos muros alaranjados do pacaembu, além de descer uma escadaria para chegar à pra-ça charles miller, onde se dá o acesso principal do estádio. Ufa!mas, o que não se pode negar, é que o pacaembu é um dos estádios mais bonitos que existem. en-crustado em um bairro residencial de São paulo, o estádio é de uma arquitetura maravilhosa, projetado para que não haja “pontos cegos”, onde os torce-dores possam acompanhar as partidas plenamente.Quando a imagem de um museu vem à memória, logo pensa-se em peças velhas, em imagens está-ticas. No museu do Futebol, esses conceitos são “coisa de museu”. o museu tem sua visitação ba-seada em três pilares: emoção, história e diversão, utilizando-se das ferramentas mais diversas e inte-rativas, como fotos, vídeos e áudios para encantar os visitantes e mostrar que o futebol, além de ajudar a contar a história do brasil, é mais que um esporte, é um sentimento que nos habita.

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emoção, história e diversãocriado há três anos, o museu do Futebol já atraiu para suas salas mais de 1 milhão de pes-soas e a imprensa do mundo todo, do jornal norte-americano The New York Times ao francês le monde, além do inglês The Guardian. logo na entrada encontra-se painéis com textos de armando Nogueira, além de uma projeção do Rei pelé dando as boas-vindas aos visitantes. o conceito do museu baseia-se em três pilares: emoção, história e diversão. Na primeira parte do museu, o futebol é tratado a partir da emo-ção que ele desperta nas pessoas. Já na parte da história, em mais de mil imagens fotográficas e 21 vídeos, é contada a trajetória histórica do nosso futebol, passando por charles miller, leô-nidas da Silva, Tarsila do amaral, Getúlio Vargas entre outros heróis brasileiros. Na parte final da visita, o futebol é visto como diversão, como jogo, como brincadeira, como rivalidade entre torcidas e como atividade lúdica.

anjos barrocosos craques do futebol são muito mais que ído-los: são deuses. e este encontro “divinal” é proporcionado na Sala dos anjos barrocos. ao som de tambores, que estimulam a sensibilida-de do visitante, o ambiente apresenta nove telas de vidro com projeções em sucessivas fusões, em câmera lenta, que dão a impressão de que os jogadores estão flutuando, movendo-se em pleno ar. as imagens dos atletas pairam sobre as cabeças dos visitantes e executam famosas

jogadas, como dribles, cabeceios, gols de bi-cicleta.os grandes ídolos do futebol homenageados neste espaço são: pelé, Garrincha, Zico, Sócra-tes, Romário, Ronaldo, Gérson, Rivelino, didi, djalma Santos, Zagallo, Falcão, Jairzinho, Zizi-nho, Nilton Santos, bebeto, carlos alberto Tor-res, Tostão, Vavá, Gilmar, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Julinho, Roberto carlos e Taffarel.

o grande momentoÉ inegável que o grande momento do futebol é o gol. Na Sala dos Gols, 22 personalidades da história brasileira contam passagens pessoais que foram marcadas por gols importantes do futebol. São vídeos gravados por alberto He-lena Junior, armando Nogueira, arnaldo cezar coelho, daniel piza, Fernando calazans, Gal-vão bueno, João máximo, José Roberto Torero, José Trajano, Juarez Soares, Juca Kfouri, lima duarte, luis Fernando Verissimo, marcelo Tas, marco mora, Nelson motta, Sérgio Xavier entre outros. em cabines, o visitante pode assistir a cada um dos gols.

Marcado no dialaté hoje, o rádio transmite um plus a mais para quem gosta de futebol. Na Sala dos Rádios, o destaque é o futebol narrado. o visitante pode ouvir, a partir de uma listagem selecionada, num grande dial cenográfico, as transmissões originais de gols marcantes da história do fu-tebol brasileiro. os locutores são ary barroso,

A SALA MAIS EMOCIOnAnTEmuita gente não faz a mínima ideia de como foi a catástrofe da copa do mun-do de 1950, onde o brasil perdeu para o Uruguai, em pleno maracanã lotado. No museu do Futebol, é possível sentir um pouco do que foi aquele dia, na sala o Rito de passagem. a sala tem como objetivo rememorar toda a dor sentida com a derrota do brasil. aquela não foi só uma derrota da seleção brasileira de futebol, mas de todo um país. porém, esta é uma tragédia que serve de lição, fazendo com que não só o esporte, mas a sociedade, de uma forma geral, se reinventem. Neste túnel escuro e fechado, ouve-se um texto narrado por arnaldo antu-nes, que descreve os momentos que precederam a partida. em seguida, após o fim do jogo, as imagens continuam passando, porém o silêncio den-tro da sala é total, experimentando-se o mesmo silêncio que “calou” o país naquele momento. a imagem vista é a de de milhares de torcedores, como numa procissão, descendo a enorme rampa do maracanã. as imagens têm duração de um minuto, mostrando a síntese dessa história, ao som marcado por batidas rítmicas do coração. de certa forma, um marco histórico que, mesmo tendo causado sequelas em alguns (o goleiro barbosa morreu com a ideia na cabeça de que nunca fora perdoado pelo povo brasileiro por ter levado o gol de Ghiggia), o fato foi uma espécie de divisor de águas, pois a partir dali, a Seleção canarinho passaria de coadju-vante a protagonista no mundo.

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Com pedras e brasaa carreira de Filipe começou oficialmente em 2009, quando ele lançou o ep Saga para download gratuito. mas extra-oficialmente, a música vem de muito antes. “minha família é de músicos, então eu cresci com isso muito naturalmente, eu sempre soube que meu ne-gócio era cantar. Quando vi eu tava tocando por aí, montando banda, compondo...”Filipe calcou sua carreira em porto alegre, mas deu uma guinada quando se mudou para São paulo. “pessoalmente foi necessá-rio (ir morar em Sp), porque aqui eu tenho um campo maior de trabalho, vivo de shows autorais. Na verdade eu sempre pensei em mim morando em São paulo, é uma cidade que me acolheu muito bem desde as primei-ras visitas, e quando eu resolvi ficar, fui muito bem recebido pelo público”, completou.

sem pudorFilipe transita entre vários estilos musicais, sem pudor. ele não se preocupa com rótulos. “eu não gosto de pensar em arte de forma catalogável, isso é bobagem. eu sou intér-

prete, em primeiro lugar, e compositor. eu posso cantar e fazer o que eu quiser, porque não sou uma coisa só. Sendo intérprete, eu tenho cartão verde pra fazer o que quiser, e quero que continue assim. eu prefiro que mi-nha assinatura seja a diversidade, e não um estilo específico. e na loja, eu estou na parte de música popular, que graças a deus tem toda essa diversidade inserida, porque mpb também é rock, samba, baião, blues e tudo mais.”

uma redoma de cetimproduzido por dadi e paul Ralphes, Fôlego foi gravado sem muita elaboração. “Foi lindo. Gravamos o disco em uma semana, ao vivo, tocando junto, criando... foi um processo bem intenso, bem físico, espontâneo”. o conceito do disco partiu das apresentações que ele já vinha fazendo há algum tempo. “Usei esse tempo pra testar músicas, arranjos, escolher coisas minhas e de outros compositores... quando fomos gravar, eu já sabia muito bem o que queria, porque tinha muita familiarida-de com o repertório. então foi um processo

enho dormido pouco e mal ultimamente. enquanto a maioria das pessoas está de braços da-dos com morfeu, eu estou trabalhando, vendo algum filme ou algo no computador. e foi numa dessas longas madrugadas que, ao deixar a TV ligada no programa do Jô, algo chamou a minha atenção de susto. Uma voz de timbre feminino cantava uma espécie de tango marcado, que parecia evocado do chão, com uma visceralidade que há muito tempo eu não via. Virei em direção à TV e, qual a minha surpresa, quem cantava era um cara. ou melhor, um menino, de estilo rock’n’roll, arrepiando uma plateia inteira, assim como o apresentador, que geralmente é frio com seus convidados. esse cara era Filipe catto, que cantava Saga, carro-chefe de seu primeiro disco, “Fôlego”. Trilha de novela (cordel encantado), Saga é uma das coisas mais belas que eu ouvi ultimamente. Uma canção que cresce a todo o momento, e termina de uma forma épica.Filipe tem o timbre de voz chamado contratenor (em uma tradução leviana, um homem que canta com voz de mulher), timbre esse que faz com que muitas pessoas remetam de cara o es-tilo de Filipe ao de Ney matogrosso. “É normal que comparem no primeiro momento, porque o público precisa de um parâmetro pra se posicionar. Sinceramente, não me incomoda, porque o Ney é um grande artista, e é tão autêntico que seria ridículo eu tentar me apropriar de qualquer coisa ali. o tempo é que define o espaço de cada um”.

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emoção, história e diversãocriado há três anos, o museu do Futebol já atraiu para suas salas mais de 1 milhão de pes-soas e a imprensa do mundo todo, do jornal norte-americano The New York Times ao francês le monde, além do inglês The Guardian. logo na entrada encontra-se painéis com textos de armando Nogueira, além de uma projeção do Rei pelé dando as boas-vindas aos visitantes. o conceito do museu baseia-se em três pilares: emoção, história e diversão. Na primeira parte do museu, o futebol é tratado a partir da emo-ção que ele desperta nas pessoas. Já na parte da história, em mais de mil imagens fotográficas e 21 vídeos, é contada a trajetória histórica do nosso futebol, passando por charles miller, leô-nidas da Silva, Tarsila do amaral, Getúlio Vargas entre outros heróis brasileiros. Na parte final da visita, o futebol é visto como diversão, como jogo, como brincadeira, como rivalidade entre torcidas e como atividade lúdica.

anjos barrocosos craques do futebol são muito mais que ído-los: são deuses. e este encontro “divinal” é proporcionado na Sala dos anjos barrocos. ao som de tambores, que estimulam a sensibilida-de do visitante, o ambiente apresenta nove telas de vidro com projeções em sucessivas fusões, em câmera lenta, que dão a impressão de que os jogadores estão flutuando, movendo-se em pleno ar. as imagens dos atletas pairam sobre as cabeças dos visitantes e executam famosas

jogadas, como dribles, cabeceios, gols de bi-cicleta.os grandes ídolos do futebol homenageados neste espaço são: pelé, Garrincha, Zico, Sócra-tes, Romário, Ronaldo, Gérson, Rivelino, didi, djalma Santos, Zagallo, Falcão, Jairzinho, Zizi-nho, Nilton Santos, bebeto, carlos alberto Tor-res, Tostão, Vavá, Gilmar, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Julinho, Roberto carlos e Taffarel.

o grande momentoÉ inegável que o grande momento do futebol é o gol. Na Sala dos Gols, 22 personalidades da história brasileira contam passagens pessoais que foram marcadas por gols importantes do futebol. São vídeos gravados por alberto He-lena Junior, armando Nogueira, arnaldo cezar coelho, daniel piza, Fernando calazans, Gal-vão bueno, João máximo, José Roberto Torero, José Trajano, Juarez Soares, Juca Kfouri, lima duarte, luis Fernando Verissimo, marcelo Tas, marco mora, Nelson motta, Sérgio Xavier entre outros. em cabines, o visitante pode assistir a cada um dos gols.

Marcado no dialaté hoje, o rádio transmite um plus a mais para quem gosta de futebol. Na Sala dos Rádios, o destaque é o futebol narrado. o visitante pode ouvir, a partir de uma listagem selecionada, num grande dial cenográfico, as transmissões originais de gols marcantes da história do fu-tebol brasileiro. os locutores são ary barroso,

A SALA MAIS EMOCIOnAnTEmuita gente não faz a mínima ideia de como foi a catástrofe da copa do mun-do de 1950, onde o brasil perdeu para o Uruguai, em pleno maracanã lotado. No museu do Futebol, é possível sentir um pouco do que foi aquele dia, na sala o Rito de passagem. a sala tem como objetivo rememorar toda a dor sentida com a derrota do brasil. aquela não foi só uma derrota da seleção brasileira de futebol, mas de todo um país. porém, esta é uma tragédia que serve de lição, fazendo com que não só o esporte, mas a sociedade, de uma forma geral, se reinventem. Neste túnel escuro e fechado, ouve-se um texto narrado por arnaldo antu-nes, que descreve os momentos que precederam a partida. em seguida, após o fim do jogo, as imagens continuam passando, porém o silêncio den-tro da sala é total, experimentando-se o mesmo silêncio que “calou” o país naquele momento. a imagem vista é a de de milhares de torcedores, como numa procissão, descendo a enorme rampa do maracanã. as imagens têm duração de um minuto, mostrando a síntese dessa história, ao som marcado por batidas rítmicas do coração. de certa forma, um marco histórico que, mesmo tendo causado sequelas em alguns (o goleiro barbosa morreu com a ideia na cabeça de que nunca fora perdoado pelo povo brasileiro por ter levado o gol de Ghiggia), o fato foi uma espécie de divisor de águas, pois a partir dali, a Seleção canarinho passaria de coadju-vante a protagonista no mundo.

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antonio cordeiro, armando pamplona, doalcey camargo, Édson leite, Fiori Gigliotti, Gagliano Neto, Geraldo José de almeida, José carlos araújo, José Silvério, Jorge cury, Nicolau Tuma, oduvaldo cozzi, pedro luiz, osmar San-tos, Rebello Júnior e Waldir amaral.

a taça do Mundo é nossaVídeos com imagens das copas, com oitenta minutos de duração total, compõem a Sala das copas. eles se alter-nam - em grandes estruturas compostas por diversas telas que, juntas, têm o formato de uma taça - com painéis de fotos, ilustrações, recortes de jornais e documentos dos respectivos períodos. essas imagens mostram a moda, a música, os acontecimentos políticos e as transformações sociais de cada tempo, uma aula cultural aos visitantes do museu. os espaços iniciam-se com uma sequência de cartazes lembrando a criação da Fifa e da cbF e terminam com uma pré-celebração da copa de 2014. as oito “taças” pre-sentes neste ambiente representam, respectivamente, os seguintes períodos/copas: 1930 a 1954; 1958; 1962-1966; 1970; 1974 a 1982; 1986-1990; 1994-1998; e 2002-2006.

além de tudo isso, o museu conta com várias outras salas e propostas que eu encheria páginas e páginas para con-tar. mas eu não quero isso. eu quero que você vá conhe-cer. afinal, você precisa ir, ao menos uma vez na vida, ao templo do esporte sagrado.

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* Colaborou Marcelo Alexandre Becker

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+Museu do FutebolLocal: estádio do pacaembu (praça charles miller, s/n)Preço: R$ 6,00 (R$ 3,00 a meia entrada para estudantes e idosos)entrada gratuita às quintas-feirashorário: das 9h às 18hbilheteria: das 9h às 17hsite: www.museudofutebol.org.brtelefone: (11) 3664-3848*Consulte o horário em dias de jogos

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Um novoFilipe Catto é um artista ímpar. é difícil não se arrepiar ouvindo alguma música cantada pelo gaúcho radicado

em são Paulo. Filipe, que lançou recentemente “Fôlego”, seu primeiro disco, conta a alt como

começou sua carreira, o processo de gravação do disco e como é ser um artista de propriedade no brasil. e

ainda, de onde vem o seu fôlego...

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Fotos: Carolinie bittencourt

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Com pedras e brasaa carreira de Filipe começou oficialmente em 2009, quando ele lançou o ep Saga para download gratuito. mas extra-oficialmente, a música vem de muito antes. “minha família é de músicos, então eu cresci com isso muito naturalmente, eu sempre soube que meu ne-gócio era cantar. Quando vi eu tava tocando por aí, montando banda, compondo...”Filipe calcou sua carreira em porto alegre, mas deu uma guinada quando se mudou para São paulo. “pessoalmente foi necessá-rio (ir morar em Sp), porque aqui eu tenho um campo maior de trabalho, vivo de shows autorais. Na verdade eu sempre pensei em mim morando em São paulo, é uma cidade que me acolheu muito bem desde as primei-ras visitas, e quando eu resolvi ficar, fui muito bem recebido pelo público”, completou.

sem pudorFilipe transita entre vários estilos musicais, sem pudor. ele não se preocupa com rótulos. “eu não gosto de pensar em arte de forma catalogável, isso é bobagem. eu sou intér-

prete, em primeiro lugar, e compositor. eu posso cantar e fazer o que eu quiser, porque não sou uma coisa só. Sendo intérprete, eu tenho cartão verde pra fazer o que quiser, e quero que continue assim. eu prefiro que mi-nha assinatura seja a diversidade, e não um estilo específico. e na loja, eu estou na parte de música popular, que graças a deus tem toda essa diversidade inserida, porque mpb também é rock, samba, baião, blues e tudo mais.”

uma redoma de cetimproduzido por dadi e paul Ralphes, Fôlego foi gravado sem muita elaboração. “Foi lindo. Gravamos o disco em uma semana, ao vivo, tocando junto, criando... foi um processo bem intenso, bem físico, espontâneo”. o conceito do disco partiu das apresentações que ele já vinha fazendo há algum tempo. “Usei esse tempo pra testar músicas, arranjos, escolher coisas minhas e de outros compositores... quando fomos gravar, eu já sabia muito bem o que queria, porque tinha muita familiarida-de com o repertório. então foi um processo

enho dormido pouco e mal ultimamente. enquanto a maioria das pessoas está de braços da-dos com morfeu, eu estou trabalhando, vendo algum filme ou algo no computador. e foi numa dessas longas madrugadas que, ao deixar a TV ligada no programa do Jô, algo chamou a minha atenção de susto. Uma voz de timbre feminino cantava uma espécie de tango marcado, que parecia evocado do chão, com uma visceralidade que há muito tempo eu não via. Virei em direção à TV e, qual a minha surpresa, quem cantava era um cara. ou melhor, um menino, de estilo rock’n’roll, arrepiando uma plateia inteira, assim como o apresentador, que geralmente é frio com seus convidados. esse cara era Filipe catto, que cantava Saga, carro-chefe de seu primeiro disco, “Fôlego”. Trilha de novela (cordel encantado), Saga é uma das coisas mais belas que eu ouvi ultimamente. Uma canção que cresce a todo o momento, e termina de uma forma épica.Filipe tem o timbre de voz chamado contratenor (em uma tradução leviana, um homem que canta com voz de mulher), timbre esse que faz com que muitas pessoas remetam de cara o es-tilo de Filipe ao de Ney matogrosso. “É normal que comparem no primeiro momento, porque o público precisa de um parâmetro pra se posicionar. Sinceramente, não me incomoda, porque o Ney é um grande artista, e é tão autêntico que seria ridículo eu tentar me apropriar de qualquer coisa ali. o tempo é que define o espaço de cada um”.

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muito orgânico, que foi acontecendo aos poucos, as músicas foram acontecendo, se impondo”.o disco todo foi gravado ‘ao vivo’, isto é, sem gravar nada em separado. “a gente gravou ao vivo exata-mente pra captar essa faísca da melhor forma pos-sível. pra isso eu, inclusive, aboli o fone de ouvido e o microfone de estúdio e gravei tudo com microfone de show na mão, pra poder me movimentar e deixar a interpretação fluir melhor”. além disso, uma parte importantíssima da concepção total são os músicos. “os músicos trouxeram muito pro som, se posiciona-ram, mostrar timbres e texturas bacanas. eu gosto muito de criar arranjos em grupo, então fico sempre com a antena ligada pro imprevisível, porque isso me instiga, me desafia, e isso fica presente no som”, fi-naliza.

tem samba no meu quarto a noite inteira......e no de Filipe tem muito mais que isso. maria bethâ-nia, billie Holiday, Jeff buckley, pJ Harvey, elza Soa-res, elis Regina, milton Nascimento, cássia eller e Ja-nis Joplin (ufa!) são algumas das influências de Filipe catto. muitos dos artistas que influenciam Filipe não compõem, são apenas intérpretes. Filipe é composi-tor. das 15 faixas de Fôlego, nove são de sua autoria. Um processo intuitivo, segundo ele. “eu componho

quando eu pesco alguma coisa no ar, quando surge uma frase, uma melodia assim, do nada. aí eu vou desenrolando a história, mas não tenho um processo nem sou disciplinado com isso”.diante disso, perguntei se para um artista se afirmar no brasil hoje em dia é necessário que ele tenha uma obra autoral, que ele seja cantor, compositor, arranja-dor como regra. Filipe me respondeu que, primeira-mente, o artista precisa ser autêntico, autoral no senti-do de propriedade artística. “Ser autoral não significa ser compositor. Significa ter personalidade de esco-lhas, conhecer e se entregar ao seu repertório, ao seu som. Nesse ponto, eu acho que o artista de escolhas fáceis, óbvias e previsíveis, calcadas numa formuli-nha, numa esteticazinha, tende a comer poeira”.mas, acima de tudo, Filipe é um intérprete. Não o in-térprete que sobe ao palco e canta a música de outro, mas sim o artista que tem um compromisso muito maior com seu público. ele não se considera um sho-wman, a serviço do entretenimento puro e simples. “acima de tudo, eu acredito que existe uma função sa-grada no palco, e eu estou a serviço disso”. e, diante de tudo isso, de onde vem o seu fôlego? “eu não sei da onde é que ele vem. eu é que venho dele! (risos)”. e quem conhece Filipe catto, sem dúvida, passa a precisar de seu fôlego para seguir...

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Toda a BELEZA do mundoCom show em homenagem às divas do rádio e preparando seu primeiro disco, Juliana rosenthal começa a brilhar no cenário musical gaúcho, e faz do choro e do samba sua força motriz

Pablo tavaresPor:Fotos: João Freitas

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úsica não é uma simples coincidência para Juliana Rosenthal. A Terceira Arte apareceu desde cedo na vida dela. Aos oito anos, ela iniciou seus estudos de violão, por influência da fa-mília. Aos 15, estudou na

escola de música Beethoven, com o professor Carlo Pianta. Cursou Musicoterapia na Faculdade ISM, vinculado a EST em São Leopol-do, onde estudou violão clássico e popular com professores do ca-cife de Paulo Inda, Carlos Walter Soares e Luciana Prass. Sua vida artística começou quando criou com sua irmã Mel Rosenthal, que é cantora e violonista, o duo cha-mado Ju e Mel. Após, conheceram o bandolinista Elias Barboza e for-maram o grupo Flor de Jacarandá, que além de Elias conta também com o violonista sete cordas Gui-lherme Falcão e com o pandeirista e baterista Lucas Dellazana.

DivasJu começou a dar seus primeiros passos em carreira solo. Para isso, acompanhada do grupo Regional Ponto a Ponto, ela apresentou o projeto Estrelas do Rádio, uma ho-menagem a quatro mulheres que marcaram diversas gerações da música brasileira – Dalva de Olivei-ra, Carmen Miranda, Isaura Garcia e Eliseth Cardoso, no Teatro Car-los Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. No fim de setembro, ela apresenta o show no Grêmio Náutico União, também na capital.

Primeiro discoMas Ju não para. Além do show em homenagem às divas do rádio e de sua carreira de professora de canto e cavaquinho, ela participa das oficinas de Samba e Choro do Santander Cultural, ministradas por Luiz Machado, ela está na es-colha de repertório de seu primei-ro disco, com influência da música brasileira, de Chiquinha Gonzaga à Luciana Rabello no choro e de Noel Rosa à Paulinho da Viola no samba. Além de tudo isso, ela ain-

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da mantém projetos com o Flor de Jacarandá e com a Mel.

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E, enquanto o disco não vem, ela segue se apresentando, dando aula e com projetos mil. Mas tal-vez Juliana queira mais. Ela quei-ra mais ou menos o que Dolores Duran cantou em “A Noite do Meu Bem”, canção acre que Ju deu um novo frescor com sua voz e um novo arranjo: “eu quero toda bele-za do mundo, para enfeitar a noite do meu bem”. Que assim seja!

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+ Para saber mais sobre a Ju, acesse http://julianarosenthal.blogspot.com.br, e para con-ferir o vídeo dela cantando “A Noite do Meu Bem”, acesse

www.revistaalt.com.brfacebook.com/revistaalt

Ju e as estrelas: Fotos do show Estrelas do Rádio, no Teatro Carlos Carvalho

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UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURALO Q U E V A L E A P E N A N A C U LT U R A P O P.///GUIA

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Já saiu, e é quentuxo

Ainda vai ser lançado Incógnita

Fuja. É fria!

Alie a fama à uma vida de celebridade, e junte com um problema sério de saúde em um cara de 35 anos. É a fórmula perfeita para desistir de tudo. Tudo isso aconteceu com John Mayer durante o ano passado. O cantor descobriu um tumor em sua garganta, e viu-se obrigado a se afastar de tudo para tratar da doença. No período de recuperação da cirurgia, conseguiu fi-nalizar e lançar born and raised, seu quinto álbum de estúdio, o melhor disco de sua carreira.Par os fãs pode ter sido uma espécie de choque se comparar Born And Raised ao Battle Studies, o disco anterior, de temática mais alegre. O fato é que Born And Raised é triste, sim. John transformou a doença (e, rezam as lendas, a bunda ainda dolorida pelo pé que levou da Jennifer Aniston) em música e criou tal-vez sua obra prima. Afastando-se um pouco do blues e se aproximando mais do folk, John coloca dor nas letras, aliadas quase sempre a um violão e a uma harmonica. Em Shadow Days, John canta “bem, eu não sou nenhum ‘criador de problemas’, e eu nunca desejei o mal dela; Mas isso não significa que eu não fiz isso, é difícil de carregar (...)”, com uma levada de slide guitar de dar dó. Se para os fãs soou estranho John ter colocado tan-ta dor em um disco - ele se afastou mais duas vezes após o lançamento do álbum, pois o tumor voltou. A última foi no início do mês -, para quem não conhece ou quem torce o nariz, o recado é para vocês: deem uma chance ao cara. Garanto que mal não vai fazer.

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(Re)nASCIDO e (Re)CRIADOVida pessoal atribulada, aliada à um problema sério de saúde. Com a receita para tudo dar errado, John Mayer conseguiu exorcizar esses fantasmas em música e lançou born and raised, o melhor disco de sua carreira

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Pablo tavaresPor:

Page 68: Portfolio Pablo Tavares - Design Editorial

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