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Pharma gazine INSTITUIÇÃO UNIVERSIDADE, QUE FUNÇOES? FARMÁCIAS DO FUTURO A REALIDADE DO ASSOCIATIVISMO 7 a SEMANA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DEZEMBRO 2012 D AS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS SEMANA DA PELE FIM-DE-SEMANA FARMÁCIA DE LUTO CONCURSO DE ACONSELHAMENTO STUDENT’S EXCHANGE PROGRAMME 58TH IPSF WORLD CONGRESS RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA TODAS AS ATIVIDADES AECFUL VI EDIÇÃO ~

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Revista AECFUL

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Page 1: Pharmagazine VI

Pharmagazine

INSTITUIÇÃO UNIVERSIDADE, QUE FUNÇOES?

FARMÁCIASDO FUTURO

A REALIDADE DOASSOCIATIVISMO

7a SEMANA

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DEZEMBRO 2012

DAS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

SEMANA DA PELEFIM-DE-SEMANA

FARMÁCIA DE LUTOCONCURSO DE ACONSELHAMENTO

STUDENT’S EXCHANGE PROGRAMME

58TH IPSF WORLD CONGRESS RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA

TODAS AS

ATIVIDADES

AECFUL

VI EDIÇÃO

~

Page 2: Pharmagazine VI

INSTITUIÇÃO UNIVERSIDADE, QUE FUNÇÕES?9

A FARMÁCIA E A COMUNICAÇÃO: GERIR RELAÇÕESPrepara-te para o futuro13

58TH IPSF WORLD CONGRESSRelatos de uma experiência única no Egipto22

ÍNDICEEditorial ......................................................................................... 3Por Patrícia Ferreira e Teresa Alves

Mensagem da Presidente ....................................................... 4Por Mariana Noronha

DESCOBRE...

História da AECFUL .................................................................... 5

Órgãos Sociais 2012 .................................................................. 6

A realidade do Associativismo ............................................. 7

ENVOLVE-TE...

Instituição Universidade,Que funções? ............................................................................... 9Por Professor Amílcar Roberto

A Farmácia e a comunicação: Gerir relações ............................................................................... 13Por Dr. António Hipólito de Aguiar

As Farmácias do Futuro ............................................................ 15Por Dra. Ema Paulino

INFORMA-TE...

Cuidados Dermatológicos dapele seca ........................................................................................ 17Por Dra. Catarina Rosado

DIREÇÃO Mariana Noronha

DIREÇÃO EDITORIALPatrícia Ferreira

COORDENAÇÃOPatrícia Ferreira

Teresa Alves

DESIGN E PAGINAÇÃOPatrícia Ferreira

Teresa Alves

PERIODICIDADEAnual

TIRAGEM350 Exemplares

Distribuição Gratuita

IMPRESSÃOTwinDocs - Centro de Cópias

Campo Grande, 384 loja A,1749-024 Lisboa

email: [email protected]

AGRADECIMENTOS| Apoios | Colaboradores| Autores

dos artigos | AECFUL | ULHT |

COMENTÁRIOS OU SUGESTÕ[email protected]

[email protected]

PharmagazineAssociação de Estudantes de Ciências

Farmacêuticas da Universidade Lusófona

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Campo Grande, 3761749-024 Lisboa

email: [email protected]

http://www.facebook.com/aecful.ulht

APOIOS

AVENTURA-TE...

Student’s Exchange Programme ......................................... 21Por Sofia Rebocho

58th IPSF World Congress ...................................................... 22Por Ana Rita Santos

RELEMBRA...

ENEF ................................................................................................ 25

CAD ................................................................................................. 26

Semana da Pele .......................................................................... 27

Fim-de-semana de Farmácia ................................................ 29

Farmácia de Luto ....................................................................... 30

7ª Semana das Ciências Farmacêuticas ............................ 31

A Praxe Académica ................................................................... 33

CUIDADOS DERMATOLÓGICOSDA PELE SECAUm tema sempre actual17

A REALIDADE DO ASSOCIATIVISMOUm mundo a descobrir

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Page 3: Pharmagazine VI

MENSAGEM DA PRESIDENTE

MARIANA NORONHAPRESIDENTE DA DIRECÇÃODA AECFUL

pharmagazine VI edição | Dezembro 20123 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine 4

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destaque ao programa de intercâmbio de es-tudantes (SEP) e ao 58º Congresso Mundial do IPSF, com testemunhos de experiências úni-cas referenciadas por colegas que partilham a mesma paixão pelo mundo Farmacêutico.

A Pharmagazine é a imagem da AECFUL e tudo o que esta representa. Assim, e como seria de esperar, esta edição contempla as atividades de maior prestígio da AECFUL desenvolvidas ao longo de 2012, focando momentos de alegria, diversão, de conhe-cimento e de ajuda para com a comunidade.

Para culminar, resta-nos agradecer a toda a equipa AECFUL, a todos os amigos e famili-ares que estiveram presentes nos momentos mais e menos felizes, e que nos apoiaram in-discutivelmente neste ano de mandato e na elaboração da 6ª edição da revista Pharma-gazine. Convidamos agora todos os leitores a desfolharem as páginas desta publicação e a apreciar o trabalho desenvolvido, esperando que este corresponda às vossas expectativas.

DEPARTAMENTO DE PUBLICAÇÃO E IMAGEMPATRÍCIA FERREIRA TERESA ALVES

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e

EDITORIAL

Caros colegas,

É com muito orgulho que a AECFUL apre-senta a 6ª edição da Revista Pharmagazine!Esta revista tem como objetivo dar a conhecer o trabalho e envolvimento da AECFUL com os Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona, mas também demon-strar o interesse e pró-atividade da AECFUL em atividades Nacionais e Internacionais.

No âmbito do 11º aniversário da AECFUL, o Departamento de Publicação e Ima-gem apostou numa revista completa e atualizada à situação do nosso país e, particularmente, do setor farmacêutico.

Assim, os leitores poderão ler alguns ar-tigos direcionados para a conjuntura atual e algumas perpetivas de futuro.Com esta revista, e tendo em conta o trabalho que se tem vindo a desenvolver ano após ano na AECFUL, os leitores terão a oportunidade de vivenciar algumas experiências nas quais os Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona se envolveram, assim como conhecer alguns novos Projetos desen-volvidos pelos Departamentos da AECFUL.

A AECFUL surge como uma oportunidade para todos os Estudantes de Ciências Farmacêuti-cas da Universidade Lusófona. Os inúmeros projectos que criamos e em que participamos permitem que os Estudantes se destaquem na competitividade do Mercado atual e, por isso, o pensamento empreendedor, o dina-mismo e a vontade de vencer, devem fazer parte do espírito dos futuros farmacêuticos!

A notoriedade da AECFUL tem crescido ao longo dos anos e a Direção do mandato de 2012 fica marcada pela sua exigência, profissionalismo, empenho e dedicação.

A todos os Estudantes de Ciências Farmacêu-ticas da Universidade Lusófona, fica a mensa-gem: A AECFUL é feita por vocês e para vocês!

Pelo 6º ano consecutivo, a AECFUL decidiu aceitar de novo o desafio e faz chegar até ti a 6º Edição da Pharmagazine, a revista da Asso-ciação de Estudantes de Ciências Farmacêuti-cas da Universidade Lusófona. Com esta pub-licação pretendemos que adquiras uma nova visão de alguns temas da atualidade farmacêu-tica, não só na vertente de estudante, mas também na vertente de futuro farmacêutico.

O lançamento desta edição contou com a co-laboração de todos os membros desta institu-ição que comemorou o seu 11º aniversário no presente mandato. Para tal, achámos conveni-ente reservar um espaço à sua história, dado que é fundamental conservar o seu passado e as suas tradições. Ainda na matéria do As-sociativismo, damos destaque ao artigo do Dr. Pedro Borrego, anterior Presidente da AECFUL e APEF, que relata a realidade desta prática.

A colaboração de alguns representantes da área Farmacêutica, como o Dr. António Hipólito de Aguiar, a Dra. Ema Paulino e a Dra. Catarina Rosado é também um dos pontos fortes desta revista, já que nos dão a opor-tunidade de enriquecer o nosso conheci-mento através da sua experiência profissional.

Conscientes de que cada vez mais os estu-dantes de Ciências Farmacêuticas necessi-tam de alargar os seus horizontes e sair da sua zona de conforto, damos ainda especial

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

HISTÓRIA DA AECUL

2001/2002

Fundada a 14 de Novembro de 2001I Desafios das Ciências Farmacêuticas

Jornal ParacetamolLogotipo AECFUL

Rui VazExpofarma

Fim de Semana de Farmácia

2002/2003

Rui Vaz

2003/2004

Rui VazDário Bastos Martins

I TertúliaCurso de Primeiros Socorros

CAD UL 2004

2004/2005

Tiago Lourenco´

1ª Edição PharmaNewsRestyling Estacionário

I Simpósio Promoção de um Futuro sem Tabaco

2005/2006

André Coelho2006/2007

Entrada na APEF como membros observadores1ª Semana das Ciências Farmacêuticas

Fim de Semana de Farmácia Lagos

André CoelhoSite AECFUL e Fórum

Seminário Introdução à Profissão Farmacêutica1ª Edição Revista Pharmagazine

Participação S. Académica de LisboaArraial Lusófona

2007/2008

Pedro Borrego2008/2009

Membros efetivos da APEFFinal CAD Lusófona

Equipa Futebol 7 AECFUL Cartão sócio AECFUL ntas

João Vitor NetoPedro Borrego - Presidente APEF

1º JOBSHOP1º ano de no congresso IPSF

1º ano Quatrino

2009/2010

Helga Espadanal2010/2011

Tânia SoaresComemoração do 10º Aniversário

da AECFUL

Sede AECFUL1º lugar CAD

1º lugar cenário CAD1º Simpósio de Nanotecnologia

1º Curso de Defesa Pessoal1ª Newsletter

2011/2012

1ª edição da Semana da PeleParticipação no XI Hospital da Bonecada

Torneio de VóleiRally Tascas AECFUL

Exploração da área de Dermocosmética com visita à Pierre Fabre e à Bioderma

XI Desafios das Ciências FarmacêuticasXIV CAD - 2º lugar cenário CAD

Participação na Semana Académica de LisboaWorkshop: “Acabei o curso, e agora?”

7ª Semana das Ciências FarmacêuticasTorneio Futebol 7

Curso de SocorrismoNewsletters Culturais e Semetrais

Mariana Noronha

ÓRGÃOS SOCIAIS 2012

Vice-Presidente para Relações ExternasDenise Janeiro

Vice-Presidente para Relações InternasSofia Pires

SecretáriaRita Luís

TesoureiroJoão Poiares

Departamento de Formação e EnsinoSara Melfe Afonso

Departamento de Educação e Promoção para a SaúdeCatarina Marques

André Madeira

Departamento ComercialCatarina Figueiredo

Departamento de Relações InternacionaisCarolina Bioucas

Alexandre Campos

Departamento Académico e CulturalGonçalo MouraMafalda Olivera

Departamento de Publicação e ImagemPatrícia FerreiraTeresa Alves

Departamento DesportivoFrancisco CarvalhoJosé Airoso

Departamento de Imagem e MultimédiaRita Pereira

1º Vogal SuplenteJoão Lopes

2º Vogal SuplenteMargarida Pereira

Mesa da Assembleia Geral

PresidenteCarlos Martins

Vice-PresidenteMaria Teresa Cardoso

SecretáriaAna Rita Jerónimo

Conselho Fiscal

PresidenteLi Wenli

Vice-PresidenteAna Mota

RelatorJoão Gonçalves

Presidente da AECFUL

Direção

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

A nova realidade do Associativismo

O associativismo é a designação dada à prática social de criação e gestão de associações.

Uma Associação é uma organização resultante da reunião legal de uma ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, para a concretização de um objetivo comum, obje-

tivo esse, que é representar e defender os direitos dos seus associados. As associações para além conceder-em direitos aos seus associados, enquanto entidades democráticas que são, também os responsabilizam, estando sujeitos a obrigações em prol da estrutura.

No Associativismo, tal como na vida, teremos que estar preparados para os ciclos de mudança. Eles são inevi-táveis e mais cedo ou mais tarde irão bater-nos à porta, quer seja pelos piores quer seja pelos melhores mo-tivos. Estarmos preparados e con-scientes da sua inevitabilidade é es-tarmos um passo à frente no tempo. A preparação para as alterações que podem surgir, só nos preparam para a busca de alternativas e soluções.

Este ponto de viragem servirá para uma das duas seguintes situações:

O QUE É UMAASSOCIAÇÃO?

O associativismo é claramente um impor-tante meio para exercer a cidadania, sendo a expressão máxima organizada da sociedade, conferindo responsabi-

lidade social e democrática nas ações a empreender. Quanto mais objetiva for a sua intervenção, mais facilmente se atingirão os objetivos da associação.

QUAL A IMPORTÂNCIADO ASSOCIATIVISMO?

É nos momentos de maior crise social e económica que as pessoas nas suas mais variadas áreas se unem, refletem e debatem as diferentes dificuldades do presente e perspetivam as oportunidades de

futuro. Estes grupos de discussão que surgem por mera necessidade, tornam-se, com o passar do tempo, em gru-pos organizados, hierarquizados e regulamentados, dan-do assim, uma maior força e expressão às suas vontades.

O crescimento e desenvolvimento deste tipo de en-tidades, requer, como em qualquer outro tipo de or-ganização, uma estrutura hierarquizada, em que uma pessoa ou mesmo um grupo de pessoas lidera os restantes. É fundamental para o sucesso de uma as-sociação, estar bem definido quem decide e quem executa. No associativismo, o grupo de associados é so-berano na tomada de decisões, a última palavra é deles.

Uma liderança forte e sabedora do caminho a se-guir é essencial para nos momentos de maior dificul-dade, redefinir trajetos e estratégias por forma a con-tornar as adversidades. As adversidades serão mais facilmente ultrapassáveis quanto mais organizada es-tiver a estrutura, conhecendo cada membro, na per-feição o papel que desempenha, nunca esquecendo qual o enfoque da organização no seu todo. As partes são peças fundamentais no atingir do objetivo do todo.

Em todo o caso, nem sempre é fácil manter a união nos mo-mentos de maiores adversidades. Os medos e os anseios de cada membro, em grande parte dos casos, sobrepõem-se à estratégia definida pela organização. Este tipo de situação poderá levar à perda de força da associação e em última instância até pode levar à perda do controle.

É nestes momentos de dificuldade que a estrutura asso-ciativa demonstra a solidez dos seus pilares, é nestes ca-sos que se dão os pontos de viragem da vida associativa.

Estando a estrutura bem pensada, bem organizada e bem liderada, será o momento de o líder apre-sentar alternativas e soluções e voltar a elevar o espirito associativo que esteve na génese da associa-ção.

Sendo a estrutura frágil, em que há falta de liderança e a falta de soluções uma realidade, então neste caso, terão que ser chamados os associados a exercer o seu direito de escolha na definição de um novo rumo para o associativismo.

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PODEMO-LOFAZER SOZINHOS?!

Claro que não. Nada muda isoladamente, nenhuma solução para os actuais prob-lemas surge do isolamento. Em comu-nidade, em grupo, em associação com

outras pessoas, tudo se torna mais claro, tudo se constrói com maior facilidade. A partilha de pon-tos de vista é crucial na construção de alternativas.

“ A partilha do sucesso com quem está ao nosso lado é o expoente máximo

do associativismo. ”

Em metade dos casos as soluções estão nos olhos dos que abraçam connosco a mesma causa e outra metade nos olhos dos que contra nós as disputam. As dificuldades que se atravessam nos nossos camin-hos são apenas barreiras que uma vez ultrapassadas só glorificam o esforço e o trabalho desenvolvido.

DR. PEDRO BORREGO(Farmacêutico; Gestor deprojectos de promoção eeducação para a saúde da secção regional de Lisboa da OF)

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

Antes de mais quero agradecer o desafio e opor-tunidade que os meus queridos alunos, através da sua associação de estudantes, me deram

para poder pôr em “letra de forma” algumas ideias sobre a Instituição Universidade, resultantes das ex-periências vividas em instituições de culturas tão dife-rentes como a latina, portuguesa, africana com influên-cia portuguesa e nórdica, nomeadamente a sueca.

Para a generalidade dos cidadãos a univer-sidade é “onde se tira um curso superior”. E isto, também para as três culturas acabadas de referir. Para quem estuda numa universidade quando já não é, deverá ser algo de diferente.

A definição de universidade pode apresentar-se de formas diversas consoante a população a que se dirige. Pode ser uma frase simples de

dicionário como é o caso da seguinte: Universidade - Instituição de ensino superior constituída por um con-junto de faculdades e escolas que se pode encontrar no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Finalmente, as definições que estabelecem quais as fi-nalidades que um país, os seus cidadãos, estabelecem para as universidades com o rigor e a exigência da lei.O conceito expresso na Lei nº 49/2005 de 30 de Agosto da República Portuguesa, em vigor estabelece que:

Outra definição mais completa mas ainda de caracter geral pode ser encontrada em enciclopédias e nelas encontra-mos descritas as funções, na perspetiva da cultura de ori-

gem, podendo mesmo incluir a origem e o significado da palavra universidade, como é o caso da que podemos encontrar no Vol-ume 27 da Encyclopaedia Britannica: A Dictionary of Arts, Sciences, Literature and General Information. “University is an institution of higher education and research which grants academic degrees in a variety of subjects and provides both undergraduate education and postgraduate education. The word “university” is derived from the Latin universitas magistrorum et scholarium, which roughly means “community of teachers and scholars.”

“O ensino universitário, orientado por uma constante perspectiva de promoção de investigação e de criação do saber, visa assegurar uma sólida preparação cientí-fica e cultural e proporcionar uma formação técnica que habilite para o exercício de atividades profission-ais e culturais e fomente o desenvolvimento das capa-cidades de conceção, de inovação e de análise crítica”.

Esta definição é pois, a que mais objetivamente nos diz respeito enquanto intervenientes directos na concretização das funções duma universidade. É, como se vê, uma forma simplificada onde não encontramos descritas, nem sequer referidas as atividades que ocorrem dentro da instituição, de-ixando ao leitor a liberdade de fantasiar a seu belo prazer, o que acontece nos nossos dias de trabalho.

Na nossa área de conhecimento (o medicamento é, sem que alguém se atreva a contestar, a área central do conhecimento farmacêutico) sabemos que há fábricas

que desenvolvem e produzem os princípios activos dos medi-camentos, os colocam dentro da embalagem (galénica) para serem por nós utilizados, mas outras há que se limitam à parte final desta cadeia de produção. Dito de forma, mais direta, os novos conhecimentos, produzidos nas universidades, resul-tantes da sua atividade de investigação, podem depois tam-bém ser distribuídos por outras instituições de ensino a todos os níveis, incluindo o superior.

Instituição Universidade,Que Funções?

“ A Universidade, é, uma “fábrica” de conhecimento, conhecimento novo, sublinhe-se.”

A investigação, é a atividade central da Universidade e os seus resultados a base concreta da sua interação, in-dispensável, com a sociedade em que se insere. Des-

de o nível empresarial, passando pelo escolar de formação e estendendo-se até ao cultural na sua aceção mais geral.De modo objectivo, é a investigação que fornece os conhe-cimentos para a inovação e desenvolvimento, ainda que al-guém (de fora da Universidade) argumente que não, rotulando-a, na versão mais corrente, de “é tudo teoria”. E, obviamente, sublinhe-se para que não haja dúvidas nem mal entendi-dos, a investigação não é uma exclusividade da universidade!

“ Fazer investigação é...dispendioso, custa dinheiro, que muitas vezes temos para investir e por isso se faz menos, ou não se faz de todo. Esperamos sempre que não seja por outras

razões que não se faz. ”

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

A produção científica marca a classe da universidade. Há indicadores objetivos, estabelecidos, acreditados e aceites pelas

instituições universitárias que são usados para fazer classificações ou, se preferirem, estabel-ecer lista ordenadas (rankings) dessas mesmas instituições. São o seu certificado de qualidade.

Estas listas desencadeiam, naturalmente, a concorrência tão falada e desejada nos dias de hoje, entre as universidades, pois, é natu-ral que o cidadão deseje sempre estudar na melhor universidade a que puder ter acesso.

Na Suécia o ensino, a todos os níveis, incluindo o superior, é gratuito (para o cidadão enquanto aluno, mas obviamente pago pelos impostos) logo estatal, por isso os fatores que condicionam o acesso, estão maioritariamente desligados do poder económico de cada um, o que faz com que essa concorrência da qualidade seja mais acesa.

Constata-se ainda que a idade média das 100 mel-hores universidades do mundo é superior a 200 anos (mais exactamente 212), que a 5ª, Cam-

bridge, lhe faltam apenas seis anos para ter 700 anos e finalmente a 10ª, Oxford, foi fundada no início do sé-culo 12. A idade das universidades não é portanto uma sustentação de que a juventude esteja directamente relacionada com a modernidade e a inovação mas an-tes a confirmação do êxito da Instituição Universidade na construção e desenvolvimento do conhecimento.

A Universidade Lusófona é uma in-stituição muito jovem, por isso com muito tempo à sua frente para

crescer, para se desenvolver e afirmar-se. No que respeita às Ciências Farmacêuticas, concretamente, desde a criação do Depar-tamento de Ciências da Saúde em 1998, hoje Faculdade de Ciências e Tecnologias da Saúde, que existem objetivos definidos no que respeita à importância e ao desen-volvimento das atividades de investigação.

A ALIES, Associação Lusófona para o De-senvolvimento do Ensino e Investigação em Ciências da Saúde, constituída em 2001 con-juntamente com o CBIOS, Centro de Inves-tigação em Ciências e Tecnologias da Saúde formalmente criado em Fevereiro de 2011 são, através das suas iniciativas e atividades, partes essenciais da estratégia de afirmação e desenvolvimento científico e pedagógico da Universidade Lusófona e da sua Facul-dade de Ciências e Tecnologias da Saúde.

AMÍLCAR ROBERTO(Docente Universitário)

Mas não é só a procura e a escolha dos alunos (o número de alunos formados, e com emprego são também fatores para estabelecimento dos rankings) que alimenta a concorrência entre as univer-sidades, é, fundamentalmente o acesso ao financiamento dos projetos de investigação, quer pelas entidades oficiais quer pelas particulares, nomeadamente as empresas (o outro lado indispensável da interacção entre a sociedade e a universidade). De tal forma que as universidades investem capi-tal próprio em projetos de investigação para suprirem as faltas do financiamento externo, mantendo ou aumentando assim a sua produção científica, melhorando deste modo as suas possibilidades de

êxito nos concursos externos.

Se fizermos a simples análise da idade das melhores universidades do mundo, podemos constatar que a melhor, na maioria das classificações universalmente aceites, é a Harvard dos Estados Unidos

da América, que tem 376 anos.

Instituição Universidade,Que Funções?

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

Porque é que a comunicaçÃo pode ser fundamental para a sobrevivência de uma farmácia?

APTÊNCIA PELA COMUNICAÇÃO

A Farmácia e a comunicação

GerirRelações|

A comunicação assume hoje, numa socie-dade curiosamente apelidada de Socie-dade da Informação”, uma função impre-

scindível, como meio para sustentar as relações sociais, culturais e também, seguramente, as económicas.

Etimiologicamente a palavra vem do latim “comunis”, que significa “comum”, e pressupõe a existência de significados comuns para dois atores do processo: emissor e recetor.Emissor e recetor constituem afinal uma “face” da mesma “moeda” já que a sua atuação conjunta é imprescind-ível para que o processo comunicativo se concretize.

Comunicar é pois uma forma privilegiada de gerir emoções, o que implica controlar, influenciar, domi-nar um conjunto de estratégias não só individuais como coletivas de relacionamento interpessoal.

Numa Farmácia Comunitária, cujo principal missão é a assistência sanitária, e concreta-mente medicamentosa, às populações que

dela diariamente se socorrem em número particu-larmente elevado, mais de 350 mil pessoas por dia em Portugal, a comunicação é, seguramente, uma ferramenta essencial para melhorar essa prestação.

A formação dos Farmacêuticos comunitários, deve pois, e em opinião pessoal, assentar em três ve-tores principais; conhecimentos científicos, com-petências técnicas e habilidade em comunicar

A comunicação (habilidade em comunicar), embora reconhecida como parte integrante das tarefas pro-fissionais, não se tem cultivado, antes está ao “sabor” da intuição individual, pelo que não sendo objeto de

aprendizagem, aparece associada a um fenómeno secundário no ex-ercício profissional, que se parece confundir, em alguns momen-tos, com amabilidade e simpatia.

Atrever-me-ia dizer que a co-municação é o aspeto fulcral do desempenho de cuidados dife-renciados aos utentes, o que com-porta o entendimento da informa-ção numa perspetiva terapêutica.

Cabe assim ao Farmacêutico uma função de inegável importância, dada a sua

posição privilegiada no contexto do circuito do doente no siste-ma de saúde, ao constituir o úl-timo contacto do doente antes de este iniciar uma terapêutica, que em larga maioria, é efetuada com recurso a medicamentos.

A proximidade de relação com o doente, já que em muitas circunstâncias este

frequenta assiduamente a mesma farmácia, pode propiciar uma im-portante ajuda ao médico e out-ros profissionais envolvidos na recuperação do doente, no sen-tido de serem dados contribu-tos significativos quanto à inser-ção social e cultural do paciente.

Estes aspetos, que condicio-nam largamente a própria evolução da doença, e que em

muitas circunstâncias não são as-similadas de imediato pelo médico, pelos condicionalismos existentes ao nível essencialmente do tempo disponível e proximidade física rel-ativamente ao doente, podem ser uma preciosa ajuda na “edificação” de um perfil clínico, fundamental ao êxito da intervenção médica.

Portanto, pense sempre que, se optar pela carreira numa

farmácia comunitária importa percecionar se considera que

tem apetência pela comunicação; é que se assim não for arris-

ca-se a dois insucessos; o Seu e o da Farmácia em que trabalha!

ANTÓNIO HIPÓLITO DE AGUIAR(Farmacêutico; Docente Universitário)

INSERÇÃO SOCIAL E CULTURAL DO DOENTE

PROXIMIDADE COM O DOENTE

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

Refletindo sobre o papel que a farmácia tem des-empenhado, há que fazer referência a dois aspe-tos centrais da sua atividade: a garantia da acessi-

bilidade ao medicamento, e enquanto porta de entrada para o sistema de saúde. De facto, as farmácias são as estruturas de saúde mais bem distribuídas pelo território nacional, assumindo um papel de proximidade cara-terístico dos centros de cuidados de saúde primários.

Porém, a acessibilidade ao medicamento hoje já não tem o mesmo valor que tinha há uns anos atrás, quan-do a rápida industrialização da terapêutica medi-camentosa exigiu uma igualmente célere dissemi-nação de estruturas capazes de disponibilizar esta inovação a quem dela necessitava. De forma a acres-centar valor, a farmácia do futuro terá de promov-er a acessibilidade a soluções de saúde integradas.

FARMÁCIAS DO

FUTUROA qualidade e sustentabilidade dos sistemas de saúde são hoje temas dominantes na esfera política e social, tanto a nível nacional como internacional. Nesta perspetiva, podemos afirmar que só existirão farmácias no futuro, se contribuírem para aumentar a qualidade dos serviços que são prestados ao indi-víduo, sendo custo-efetivas nas suas intervenções.

Na realidade, é reconhecido que os medicamentos não têm a mesma efetividade na população em geral que a eficácia que foi calculada nos ensaios

clínicos, devido a múltiplos fatores relacionados com a própria terapêutica, como a adesão, ou a outras questões essenciais, como a alteração de hábitos alimentares. É de-stas soluções holísticas que surgem os resultados clínicos, pelo que é neste domínio que as farmácias e os farmacêu-ticos devem desenvolver as suas competências e capacid-ades, em colaboração com outros profissionais de saúde.

As farmácias têm evoluído no sentido de disponibilizar um leque de serviços que deem resposta a estas novas necessidades. No entanto, o modelo de remuneração não acompanhou esta evolução, e continua maioritari-amente relacionado com o preço dos medicamentos que são dispensados. É crucial que as autoridades da saúde alterem o seu paradigma de orçamentação em saúde, passando a considerar os custos de saúde na sua perspectiva global e não com as habituais divisões entre custos em medicamentos, e outros gastos. O im-pacto positivo a nível clínico, económico e humanístico de um investimento na terapêutica medicamentosa traduz-se em ganhos reais para o sistema de saúde e para o País, e não deve ser analisado isoladamente.

De facto, estudos efectuados nos Estados Unidos vieram alertar para o facto de que erros de medicação e a falta de efetividade terapêutica custam mais aos sistemas de saúde do que os medicamentos em si. É portanto necessário garantir que os medicamentos atingem o seu potencial terapêutico, através da intervenção do farmacêutico.

Se as intervenções em farmácia comunitária já hoje previnem hospitalizações e intervenções dispendiosas, é no entanto evidente e já ampla-

mente reconhecido que o potencial da intervenção da farmácia está ainda subaproveitado. Para atingir este potencial, há que promover a continuidade dos cuidados, através do estabelecimento de canais de comunicação entre as diferentes estruturas de saúde, com critérios de referenciação perfeitamente estabe-lecidos, e que evitem a duplicação das intervenções.

Mas especialmente, há que assumir clara-mente a responsabilidade pelos re-sultados clínicos da terapêutica que

disponibilizamos aos cidadãos. É só através desta re-sponsabilização, que seremos verdadeiramente consid-erados parte integrante do serviço nacional de saúde.

A farmácia do futuro será aquela que hoje formos capazes de construir. Parece óbvio, mas no dia-a-dia, poucas são as vezes em que refletimos verdadeiramente no impacto que têm as nossas decisões:

A decisão de não deixar um doente sair da farmácia com dúvidas acerca dos medicamentos que toma.

A decisão de nos envolvermos no processo de cuidados ao doente, mesmo quando este implica um contato proativo com o médico para a clarificação do regime terapêutico ou para sugerir uma intervenção.

A decisão de participarmos ativamente na monitorização dos efeitos adversos aos medicamentos e notificar quando relevante, para nos tornarmos nós próprios relevantes.

Pequenas decisões diárias, que determinam o rumo da profissão.

Para que os medicamentos atinjam o seu verdadeiro potencial terapêutico.

Tal como foram idealizados.

Tal como nos ensinaram na faculdade.

DR. EMA PAULINO(Farmacêutica)

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pharmagazine VI edição | Dezembro 2012 Dezembro 2012 | VI edição pharmagazine

A “pele seca”, ou xerose, é uma das patologias cutâneas mais prevalentes. É por vezes, erradamente, referida como o oposto de pele oleosa, uma vez que os primeiros estudos na área atribuíam a pele seca a uma redução da secreção sebácea.

A pele seca pode localizar-se em diferentes regiões anatómicas, mas é mais frequente na face, mãos e pernas. As baixas temperaturas e humidade ambiental podem precipitar a sua ocorrência, bem como a exposição à luz solar ou o contato com sabões ou surfactantes. Pode caraterizar-se pelo seu aspecto rugoso, escamoso e esbranquiçado, que é por vezes acompanhado de manifestações sensoriais, como sensação de pele repuxada, prurido ou até dor. Nas manifestações mais intensas podem ocorrer inclusivamente fendas hemorrágicas.

A pesar das manifestações serem mais evidentes na superfície, toda a epiderme está envolvida nesta condição cutânea. Os processos complexos de diferenciação e descamação epidérmica deixam de estar coordenados, ocorrendo alterações na espessura, bem como na dimensão dos corneócitos. Afinal, a pele seca é muito mais do que pele com pouca água.

Uma das alterações que se pode observar na pele seca é a diminuição da taxa de degradação dos corneodesmossomas nas regiões periféricas descamativas do estrato córneo. Esta retenção de corneodesmossomas faz com que a descamação seja mais evidente: eventualmente soltam-se escamas constituídas por agregados de corneócitos, em vez da impercetível perda individual de células.

Grau 1: Pele normal

Grau 2: Xerose fraca, caraterizada por escamas pequenas de pele seca e branqueamento dos triângulos dermatoglíficos.

Grau 3: Xerose moderada, escamas secas que deixam resíduo pulverulento na mão. Os cantos dos triângulos dermatoglíficos encontram-se levantados.

Grau 4: Xerose bem definida, muitos dos triângulos dermatoglíficos encontram-se completamente destacados e geram escamas de grande dimensão. Aspecto rugoso muito evidente.

Existem diversos critérios clínicos para classificar a severidade da pele seca, como o de Kligman:

A dicionalmente, a matriz lipídica do estrato córneo encontra-se desorganizada, encontrando-se níveis mais baixos de ceramidas e mais elevados de ácidos gordos livres nas camadas periféricas.

Por sua vez, o impato no processamento proteolítico da filagrina, faz com que diminuam os níveis das moléculas higroscópicas componentes do Fator Humectante Natural (FHN), o que por sua vez reduz a capacidade de retenção de moléculas de água no estrato córneo. Por último, a diminuição dos níveis de hidratação afeta a elasticidade do tecido, tornando-o mais suscetível a fissuras.

Apesar da enorme importância dos consituintes do FHN para a manutenção dos níveis hídricos do estrato córneo, também os lípidos existentes no espaço intercorneocitário são críticos para a fixação de água nesta camada. As ceramidas são a espécie lipídica mais representativa, organizando-se numa estrutura multilamelar. Apesar da natureza hidrófoba destes domínios, conseguem incorporar-se molécffulas de água de uma forma ligada (bound water), o que lhes permite ter resistência à evaporação, mesmo sob condições ambientais severas.

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Cuidados dermatológicos da Pele Seca

C omo foi referido anteriormente, níveis de hidratação adequados no estrato córneo são críticos para a manutenção da homeostasia epidérmica. No entanto, as restrições não se cingem a níveis mínimos, uma vez que há muito que já são conhecidos os efeitos nefastos de uma excessiva quantidade de água nesta camada. O contacto prolongado com a água causa dermatite irritante, pois ocorrem, entre outros, disrupção da organização corneocitária, inibição da degradação da filagrina, aumento da taxa mitótica no estrato basal, alterações nas células de Langerhans e aumento na espessura epidérmica

Como se pode perceber, cada um dos mecanismos envolvidos na maturação do estrato córneo é crítico para o processo como um todo e a perturbação de um elemento vai ter efeito nos outros aspectos da maturação. Assim, a disrupção das camadas lipídicas causa perda de elementos do FHN, reduzindo o conteúdo hídrico do estrato córneo. Por sua vez, isto causará a diminuição de enzimas envolvidas no processos de degradação dos corneodesmossomas, afectando a descamação.

Finalmente, um baixo conteúdo hídrico leva à inatividade enzimática e desencadeia o processo que leva ao aparecimento de pele seca.

É este requisito crucial de água no estrato córneo que faz com que os produtos cosméticos hidratantes sejam a abordagem mais eficaz no tratamento da xerose.A aplicação de água pura sobre a superfície da pele apenas tem efeito sobre a hidratação cutânea durante um período muito curto, pois rapidamente será perdida por evaporação para o meio ambiente. Apesar de tudo, não deixa de ser um dos principais ingredientes na maior parte das formulações hidratantes.

Apesar de não haver uma completa unformidade de critério na classificação de preparações tópicas, podem distinguir-se dois grupos principais de ingredientes na abordagem da pele seca:

Em resumo, a pele seca é uma disfunção cutânea muito prevalente na população, sobretudo nas faixas etárias mais avançadas, mas que atualmente já se encontra bem caraterizada e para a qual se desenvolveram formulações cosméticas de grande eficácia

na sua abordagem.

Emolientes - Formam um filme impermeável à superfície da pele, retendo as moléculas de água que normalmente seriam perdidas através da perda transepidérmica de água (PTEA). Incluem-se neste grupo substâncias de natureza lipófila como a vaselina ou a parafina.

Humectantes - São constituídos por substâncias higroscópicas com a capacidade de fixar moléculas de água no estrato córneo, não só provenientes do interior do corpo, mas também do próprio meio ambiente, a humidade relativa é elevada. Incluem-se neste grupo a glicerina, o sorbitol ou a ureia.

A s formulações com uma natureza mais oleosa e untuosa (as pomadas e os cremes água em óleo (A/O), proporcionam melhores resultados de emoliência nos casos de xerose mais grave, no entanto possuem baixa aceitação por deixarem um resíduo de tacto desagradável e que pode manchar a roupa. Os hidratantes mais populares são formulados como cremes óleo em água (O/A), que contêm ingredientes emolientes na sua fase oleosa, bem como humectantes na fase aquosa. No entanto têm muito menor eficácia e capacidade oclusiva, requerendo maior frequência de aplicação. Existem actualmente numerosas formulações do tipo A/O, utilizando ingredientes lipofílicos com melhores propriedades organolépticas, como os óleos de silicone.

Destacam-se ainda os alfa-hidroxiácidos (AHA), que são há muitas décadas conhecidos como ingredientes de grande eficácia na hidratação, apesar de terem mais recentemente adquirido maior destaque na cosmética anti-envelhecimento. O ácido láctico e o ácido glicólico são os mais comummente usados.

Os AHA distinguem-se por terem diferentes ações cutâneas, consoante o pH da formulação em que se encontram. Na forma de sal actuam predominantemente como humectantes, enquanto que na forma de ácido têm a capacidade de corrigir as disfunções que estão por trás da pele seca, normalizando a epiderme.

DRA. CATARINA FIALHO ROSADO(Docente Universitário)

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Uma experiência única num país que não se explica com palavras!

A vontade de fazer a chamada “internacionaliza-ção” sempre existiu, sempre senti o desejo de experimen-tar sair da minha zona de conforto e combinar o melhor de dois mundos, um estágio no qual pudesse desenvolver capacidades que profissionalmente me podem ser ex-tremamente úteis, inserida numa cultura completamente diferente. Escolhi então fazê-lo durante um mês num país do médio oriente, Israel - a Terra Santa. Aventurei-me e não existiu, em nenhuma altura desta jornada, a mínima razão para arrependimentos.

Profissionalmente fiquei colocada em farmácia hospitalar, primariamente foi a oportunidade perfeita para perceber se esta área seria um ambiente em que me visse a trabal-har futuramente, noutro plano serviu para pôr em prática alguns dos conhecimentos que, sem me aperceber, gan-hei ao longo dos últimos 4 anos.

Nas primeiras duas semanas de estágio fiquei a trabalhar na farmácia de um hospital pequeno, com a particulari-dade de estar equipada com um robot (apenas existem dois no mundo) que prepara os esquemas posológicos, em regime de unidose, para cada paciente internado. Nesta farmácia fiz a distribuição dos pacotes de cada pa-ciente pelos carrinhos que seguem para as diversas alas do hospital, preparei também algumas formulações galé-nicas!

O segundo hospital em que estagiei era bastante maior, servindo toda a região Sul. Aqui tive a oportunidade de experimentar uma farmácia hospitalar com uma diversi-dade de departamen- tos que, surpreendentemente, me fez perceber que farmácia hospitalar poderá ser mais do que eu à partida pensava.

Além das muitas formulações galénicas a que deitei as mãos, fui convidada ao laboratório de preparação de citotóxicos, uma enorme responsabilidade! Também pude participar na preparação da nutrição parentérica adequada às necessidades específicas do paciente em questão. Por fim, as rondas com os farmacêuticos clínic-os de cada departamento. Aqui sim, pus à prova a minha farmacologia, fisiologia, anatomia e farmacocinética, pelo menos. Achei extremamente interessante este con-ceito de fazer as rondas com os médicos e discutir-se, ali mesmo em frente do paciente, se a medicação será a mais correta para o caso visando a melhor terapêutica de cada paciente. Nesta fase do meu estágio senti que realmente valeu a pena, que estava mesmo a aprender.

Nem tudo nesta aventura foi trabalho, toda a vida fora do horário no hospital foi extasiante. Pessoas extrema-mente simpáticas num país recheado de atrações alta-mente diversificadas como a vida noturna e cosmopol-ita de Tel Aviv, ir boiar no Mar Morto, visitar Jerusalém e perceber a importância daquela cidade extraordinária para as três religiões monoteístas – Cristianismo, Is-lamismo e Judaísmo, apreciar o coral do Mar Vermelho, visitar a Palestina e ficar a perceber um pouco melhor o conflito israelo-palestiniano, são apenas algumas das experiências que só são possíveis ter naquele lugar da Terra, tão pequeno mas tão rico e multicultural.Aprendi imenso dentro do hospital com toda a certeza, mas foi fora dele que, para ser muito sincera, esteve a grande mais valia de ter ido a Israel. Expandiu-me os horizontes de uma forma que nem eu própria, provavel-mente, tenho capacidade de me aperceber. Adorei!

SEPEM ISRAEL

SOFIA REBOCHO(Aluna MICF, ULHT)

58th IPSF WORLD CONGRESS

A International Pharmaceutical Students Federa-tion (IPSF) existe há mais de meio século, representan-do mais de 84 países por todo o mundo. Sendo uma Organização não-governamental Internacional, a IPSF tem para oferecer aos seus membros um meio para a partilha de experiências e conhecimento entre estu-dantes de diversos países diferentes.

A IPSF tem muito para dar aos seus estudantes, des-de inúmeras experiências educativas, científicas a vivências sociais e profissionais. Como participante e delegada oficial do IPSF já tive a oportunidade de partilhar inúmeras conversas e vivencias que nun-ca irei esquecer. São estas diferentes atividades que me fizeram crescer tanto como pessoa bem como profissional, como tal, não deves ficar passivo no que diz respeito á tua formação e crescimento pes-soal, aproveita o que o IPSF e a vivência internacio-nal tem para te oferecer, informa-te e envolve-te.

A maior atividade da IPSF ocorre todos os anualmente em Agosto, sendo esta o Congresso Mundial. Neste tens acesso a vários workshops, trainings e seminários. É nele que também ocorre a Assembleia Geral que é o órgão que detém o maior poder de decisão da Federação. Este ano o IPSF World Congress realizou-se em Hurgha-da, no Egipto. Foram 10 dias onde tive contato com cul-turas e costumes diferentes, com experiências e vivên-cias educativas completamente fora do nosso habitual.

A diversidade de culturas e costumes que se sente e vê no IPSF World Congress, não se experimenta em mais nenhum lado. Desde compreender o conceito religioso escondido por detrás do lenço que as mulheres usam para tapar os seus cabelos e a fome que passam duran-te o Ramadão até ao à vontade com que os franceses se apresentam e se dão às pessoas, ensina-nos que não interessa de onde um individuo vem, quais os seus valores, costumes, religião, cultura ou status social, no IPSF somos todos iguais: Students Today, Pharmacists Tomorrow.

É este ponto que nos une e permite uma troca inter-cultural de experiências únicas e que leva á criação de novas amizades que duram uma vida, tornando a hora da despedida difícil. No entanto, como no IPSF nunca se diz adeu.

See you in 59th IPSF World Congress in Utrecht, The Netherlands.

Quando nos envolvemos num congresso como o IPSF World Congress apercebemo-nos que não ficamos a con-hecer apenas o país onde o congresso se realiza, temos contato com inúmeras culturas diferentes. Estar numa festa, falar com diferentes pessoas e sentir, no final da noite, que percorri o mundo sem sair do Egipto é uma ex-periência fantástica e que aconselho a todas as pessoas.

ANA RITA SANTOS(Aluna MICF, FFUL)

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ATIVIDADESAECFUL

A AECFUL convida-vos agora a relembrarem as principais atividades desenvolvidas ao longo do ano. Momentos de diversão, harmonia , mas também de trabalho que cer-

tamente ficarão para sempre guardados na nossa memória.

Porque a AECFUL é feita por vocês e para vocês!

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ENEFENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA

O ENEF, Encontro Nacional de Estu-dantes de Farmácia, é o “Evento do Ano” para os estudantes de Farmácia

de todo o país. Apesar de também existir um lado educativo e informativo neste evento, que serve para inteirar os estu-dantes deste mui nobre curso, do estado em que o mercado de trabalho se encon-tra e também para mostrar que o curso de Farmácia tem muito mais para além do tra-balho numa Farmácia, o grande foco deste evento é sem dúvida, a socialização e a tro-ca de experiências entre os alunos das dife-rentes faculdades de todo o país, sejam es-tas públicas ou privadas. Para a realização deste objetivo, existem sempre atividades lúdicas durante o dia e noite. Com estas atividades, os estudantes têm a oportuni-dade de se conhecerem e criarem novas amizades com pessoas que, de outra forma, seria muito complicado virem a conhecer.

Todos os anos, são criados concursos de forma a promoverem a interação entre os alunos das diferentes faculdades, fa-lando por experiência própria, todos os anos se conhecem pessoas novas e se criam amizades que duram muito tempo.

No ENEF deste ano, 2012, uma das ativi-dades que mais me marcou foi a noite em que as pessoas de cada faculdade tin-ham de ir vestidas de acordo com a cor da mesma. Foi uma atividade com grande ad-esão da parte dos alunos e que criou uma nova forma de interação entre os mesmos.

Aconselho vivamente todos os alunos do nosso curso, pelo menos uma vez, a par-

ticiparem no ENEF.

É uma atividade criada por nós e para nós!

GONÇALO MOURADepartamento Académico e Cultural,

AECFUL

CADCONCUSO DE ACONSELHAMENTO AO DOENTE

O CAD, concurso de aconselhamento ao doente, é uma atividade de parce-ria entre a AECFUL (Associação de Estu-

dantes de Ciências Farmacêuticas) e a APEF (As-sociação Portuguesa de Estudantes de Farmácia).

Como responsável pelo DEPS (Departamento de Educação e Promoção para a Saúde), tive a respon-sabilidade de dar seguimento a este concurso que tem como objetivo a simulação de um atendimen-to farmacêutico comunitário a um utente, sendo o farmacêutico, um aluno do Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas (MICF), sujeito a uma aval-iação por parte de um júri, tendo este a responsabi-lidade de selecionar um aluno de cada universidade.

A aluna que representou a Universidade Lusófona na final, em Coimbra, foi a Inês Dias, do 3º ano de MICF.

A vencedora deste concurso foi uma aluna da Facul-dade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), tendo conseguido como primeiro prémio, a via-gem paga ao IPSF (International Pharmaceutical Student’s Federation) Annual Congress, ao Egipto.

O Cenário do CAD é totalmente construí-do pela AECFUL e por alguns alunos volun-tários, tendo a nossa Associação conseguido o 2º lugar, entre as 8 faculdades participantes.Este concurso é uma oportunidade excelente para os alunos contactarem com uma realidade próxima, sub-metendo-se a um teste pessoal para avaliarem a sua própria capacidade de aconselhamento, bem como a sua postura perante dificuldades que possam surgir.

Aconselho, desde já a todos, a participarem neste concurso onde se alcança sabedoria e experiência enquanto alunos e, posteriormente, futuros profis-

sionais.

CATARINA MARQUESDepartamento de Educação e Promoção da

Saúde, AECFUL

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SEMANA DA PELE

A sessão de abertura da 1ª Semana da Pele contou com a presença do Director do MICF, o

Professor Doutor Luís Monteiro Rodrigues e o Vice-Presidente da Académica Lusófona, Miguel Pinto.

SESSÃO DE ABERTURA 1

COMISSÃO ORGANIZADORA2

JANTAR DA COMISSÃO ORGANIZADORA

TENDA DE RASTREIOS

RASTREIO À PELE

A Comissão Organizadora da Semana da Pele, integrou alunos do 1º ao 5º ano do MICF da

Universidade Lusófona, sendo esta responsável pela organização e gestão logística do evento.

D urante a 1ª edição da Semana da Pele, os alunos do 5º ano tiveram a oportunidade de

integrar a equipa de rastreios, garantindo-lhes uma experiência única.

EQUIPA DE RASTREIOS 3 TENDA DE RASTREIOS4

Os principais rastreios realizados basearam-se na medição do nível de sebo e hidratação

da pele, parâmetros que permitem avaliar a sua função fisiológica.

A Semana da Pele contemplou várias palestras e workshops relaccionados como os cuidados

a ter com a pele e a prevenção das patologias associadas, com destaque para o papel do farmacêutico e a interação com a comunidade.

PALESTRAS E WORKSHOPS5EXPOSIÇÇCÃO DE

DERMOCOSMÉTICA6

N o presente evento estiveram ainda presentes algumas das mais conceituadas marcas de

dermocosméticos como: a Bioderma, a Mustela, a Uriage, a Avène, a Eucerin e a Filorga.

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Durante a semana de 17 a 21 de Setembro, decorreu a “Semana da Pele” na Universidade Lusófona de Hu-manidades e Tecnologias de Lisboa, organizada pela

AECFUL (Associação de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona). Esta atividade englobou palestras e workshops, e permitiu abranger temas como o envelheci-mento cutâneo, cancro cutâneo, a pele do bebé e da grávida, focaram-se ainda outras patologias relacionadas com a pele.

A “Semana da Pele” foi realizada pela primeira vez na Univer-sidade Lusófona e contou com a participação de inúmeras empresas prestigiadas e conhecidas pelo público em geral da dermocosmética; profissionais qualificados da área; e cole-gas, que sem descanso, colaboraram para que esta atividade fosse um sucesso. E assim, foi possível dar a conhecer aos par-ticipantes uma outra área de destaque no sector farmacêu-tico, fomentando conhecimentos e competências nesta ver-tente. Durante esta semana, ocorreu em paralelo: rastreios à pele, realizados por alunos do 5ºano; e foi também realizada uma Exposição de Dermocosmética com intuito de criar uma maior proximidade entre as empresas e os participantes.

Graças a esta “Semana da Pele”, uma porta foi aberta, para que de futuro se possa abranger e dar a conhecer aos participantes en-volvidos na atividade, outros temas relacionados com esta área.

Pessoalmente foi enriquecedor, enquanto participante, pod-er adquirir novos conhecimentos sobre uma área tão vasta. E como organizador, foi um trabalho árduo que no fim com-pensou a todos os níveis. Foi, no fundo, um privilégio poder participar nesta atividade e aconselho-a a todos os leitores.

ANDRÉ MADEIRADepartamento de Educação e Promoção da

Saúde, AECFUL

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FARMACIA DE LUTO

O sector farmacêutico tem vindo a perder a sua rentabilidade levando à instauração de uma crise. Com as novas medidas impostas pelo

Governo, nomeadamente a redução dos preços dos medicamentos e das margens de lucro e instaura-ção de margens regressivas (regressão até atingido um valor fixo por medicamento), a sustentabilidade das farmácias ficou comprometida levando a uma iniciativa da Associação Nacional das Farmácias (ANF) denominada “Farmácia de Luto”, que divulgou números alarmantes de farmácias em risco de encer-ramento e de outras com fornecimentos suspensos.

Durante três semanas foi feita divulgação e no dia 13 de Outubro, alunos, Farmacêuticos e outros rep-resentantes do sector estiveram reunidos no Campo Pequeno numa Reunião Magna. No final da reunião foram entregues cerca de 223 000 petições no Minis-tério da Saúde revelando a preocupação geral sobre o problema que as farmácias atravessam.

Dado que sou estudante do MICF, representante de uma Associação de Estuddantes e preocupa-me a dificuldade no acesso ao medicamento bem como o futuro da Farmácia Comunitária caso não se tome uma posição face a este problema, decidi participar na iniciativa. Também eu estive presente na reunião e na marcha silenciosa e penso que todos devemos ter uma atitude ativa no que respeita a lutar pelos nossos ideais. Fui porque me preocupo e porque penso que há uma altura em que devemos dizer “Basta!”.

DENISE JANEIROVice-Presidente Externas, AECFUL

O Fim de Semana de Farmácia, é já tradição há alguns anos da Associação de Estudantes

de Ciências Farmacêuticas da Uni-versidade Lusófona (AECFUL). Este fim de semana tão especial, é feito em honra dos estudantes deste mui nobre curso de Ciências Farmacêuti-cas. Tem como ponto fulcral a integ-ração de novos alunos do curso, com os menos novos. O Fim de Semana de Farmácia, feito em anos anteri-ores, tinha como atividades a social-ização entre colegas, da parte do dia, e à noite divertimento noturno. Algo que agrada à maioria dos jo-vens deste curso, mas não a todos, como tal a AECFUL este ano decidiu inovar e tentar proporcionar uma nova experiência a todos os alunos.

Assim, o Departamento Académico e Cultural (DAC) da AECFUL, organizou um fim de semana em Montargil num parque de campismo, onde os alunos ficaram alojados em bungalows com todas as comodidades. Tendo a parte noturna do fim de semana sido pare-cida a anos anteriores, a parte diurna foi remodelada! Durante os três dias, que os alunos puderam aproveitar, existiram várias atividades ao ar livre, nomeadamente: canoagem, tiro com arco, BTT, zarabatana, orientação no-turna, entre outras. Tudo isto por um preço bastante mais acessível que em anos anteriores, o que foi um grande incentivo nesta altura de crise.

Na última noite, os alunos poderam aproveitar a orientação noturna, com uma fogueira feita pelos próprios, na praia fluvial ao pé do parque de campismo. Uma atividade da qual todos os intervenientes gostaram e participaram com entusiasmo. Todos os participantes deste Fim de Semana de Farmácia gostaram da ex-periência e esperam que no próximo ano, seja feito um fim de semana tão agradável ou melhor que este ano.

FIM DE SEMANA DE FARMÁCIA

MAFALDA OLIVEIRADepartamento Académico e Cultural,

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1TENDA DA SEMANA DAS CIÊNCIAS FARMACÊUTICASA organização e gestão da Tenda contou com a co-laboração de alunos do 1º, 2º e 3º ano de Ciências Farmacêuticas. 2

7A SEMANA DAS CIÊNCIASFARMACÊUTICAS

De 19 a 23 de Novembro, decorreu pelo 7º ano consecutivo a Semana das Ciências Farmacêuti-

cas, que teve lugar no Campus da Universidade Lusófona. Foram rastreadas 771 pessoas, o maior

número conseguido na história do evento. A AECFUL orgulha-se mais uma vez de promover a

saúde junto da população, pretendendo dar continuidade a este projecto.

RECEPÇÃO Os membros da recepção tinham um papel bas-tante activo nesta actividade, que passou pela in-scrição e acolhimento dos utentes.

3POSTOS DE RASTREIOSNa 7ª Semana das Ciências Farmacêuticas foram real-izados rastreios à Glicémia, Colesterol, Pressão Arterial, IMC, Tabagismo e Visão. 4

RASTREIO À GLICÉMIA E COLESTEROLOs rastreios à Glicémia e Colesterol foram os mais requisitados, sendo que este ano contámos com o auxílio de um novo aparelho (CR3000) que permi-tiu também a medição do Colesterol HDL.

5DISPENSA DE INFORMAÇÃOA dispensa de informação durante a realização do rastreio é um acto de extrema importância para pro-mover a educação para a saúde junto da população. 6

VALORMEDMais uma vez contámos com a presença da Valor-med para a recolha de medicamentos inutilizáveis ou fora de prazo.

7PALESTRAS E WORKSHOPSDurante a 7ª Edição da Semana das Ciências Farmacêuticas realizaram-se ainda várias palestras e workshops sobre alguns temas pertinentes da actividade farmacêutica: “ A importância do farmacêutico na Vacinação”, “O aconselhamento Farmacêutico ao utente, “O Farmacêutico no tratamento da Obesidade”, entre outros.

8TENDA DE CONSULTASFoi dada a possibilidade aos utentes de marcarem con-sultas gratuitas de Nutrição, Cessação Tabágica e Tera-pia da Fala , com profissionais especializados. 9

JANTAR TERTÚLIANo dia 22 de Novembro, realizou-se o habitual Jan-tar Tertúlia onde foi discutido o futuro dos jovens Farmacêuticos. Houve ainda espaço para a comem-oração do 11º aniversário da AECFUL.

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PRAXE ACADÉMICAA Praxe, esse assunto que tanta

controvérsia traz à sociedade, odiada por uns, adorada por

outros. Mas afinal o que é a Praxe? Será que as pessoas que não apre-ciam a Praxe sabem em que é que a mesma consiste? Ou qual é o seu ver-dadeiro objetivo? Talvez não saibam.

A Praxe não consiste em humilhar nem denegrir a imagem de nin-guém, como muitos querem fazer transparecer e afirmar de forma con-victa, esta serve sim para os novos alunos se conhecerem, iniciarem laços de amizade, incorporarem o espírito académico e incutir a intera-juda que muito valiosa será nos próxi-mos anos árduos de universidade.

Não é em vão que se diz, que a Se-mana de Praxe é uma das melhores semanas da nossa vida, e após vários anos e do feedback que me é transmitido, muitos de nós gos-taríamos de voltar àquela semana, à semana em que éramos caloiros, em que tínhamos de estar cedo na uni-versidade, que tínhamos de cantar, de fazer flexões, de realizar todas as atividades que nos eram propostas. Que saudades ficam desse tempo… Mas agora está tudo diferente, so-mos nós que estamos na frente da Praxe, somos nós os responsáveis de incutir o espírito académico, de transmitir tudo o que nos foi ensi-nado, o respeito aos mais velhos, o amor pelo curso, a dedicação de tudoo que envolve a vida universitária, en-tre muitos outros fatores importantes.

Enquanto Presidente da Comissão de Praxe de Ciências Farmacêu-ticas quero, desde já, dar as boas vindas aos novos alunos e dizer aos mesmos, que eu como todos os Veteranos estaremos sem-pre disponíveis para os auxiliar em tudo o que precisarem e em todas as dúvidas que surgirem. À minha Comissão de Praxe e a todos os Veteranos quero agra-decer por todo o trabalho que já realizámos e pela união que demonstrámos entre todos.

E NUNCA SE ESQUEÇAM A PRAXE É DURA, MAS É A

PRAXE.

ANDRÉ MENDESPresidente da Comissão de Praxe de

Ciências Farmacêuticas

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Associação de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade LusófonaCampo Grande, 376, 1749-024 Lisboa

[email protected]

AECFUL

Uma associÇacão feita por ti e para ti!´