percorrendo a travessia de golfos -...

INF1403 – Introdução a IHC

© SERG 2014SEMIOTIC ENGINEERING RESEARCH GROUP



Percorrendo a Travessia de GolfosBase para o Método de Percurso Cognitivo

27/08/2014

www.inf.puc-rio.br/~inf1403

1



Roteiro da Aula

2

• Discussão da atividade de autoaprendizado

• Aspectos do percurso de travessia dos golfos de execução e avaliação da Engenharia Cognitiva



A travessia dos golfos de execução e avaliação

Dúvidas do autoaprendizado e fixação de conceitos



Tipos de dúvidas manifestadas

• O que era para fazer?

• A que nível de detalhe tenho de chegar?

• Como saber o que o usuário vai planejar ou fazer?

• É muito subjetivo...



5

AVALIAÇÃO [de qualquer coisa] é um processo complexo. Em IHC não é diferente.Frequentemente começa e termina por decisões subjetivas (e não há nada de errado com isto!);

mas passa por inúmeras decisões objetivas (na maioria das vezes apoiadas pelo conselho de um PROFISSIONAL).

O profissional põe seu conhecimento a serviço do CLIENTE, cujos interesses vai defender.



Exemplo ‘ao vivo’ do trabalho com iMacros

Meta Geral: Correção de uma ‘macro’ gravada no passado e que deixou de funcionar.



Nossa tarefa : Especificar como UM usuário atravessa os golfos de Execução e Avaliação até realizar sua meta geral.

• Nossas perguntas:– Qual usuário? Por enquanto, um usuário IMAGINÁRIO (em geral, nós

mesmos ou alguém que se pareça muito conosco ou com alguém que conhecemos bem – para este exercício, pouco importa).

– Por onde começar? Começamos estipulando um grande plano de ação, baseado em EXPECTATIVAS. O interessante de trabalhar com este modelo é ver como (e por que) as expectativas iniciais vão sendo REFORMULADAS à medida em que o usuário atravessa o Golfo de Avaliação.

Lembrete: TODA interação avaliada precisa de um CENÁRIO DE CONTEXTO.Nunca se esqueça disto.

7



1. Cenário de Contexto

Nosso usuário Valentim tem um amigo que vai passar três dias em Florença na Itália e pediu indicações a Valentim (que já esteve lá) sobre o que visitar.

Valentim se lembrou de que no ano passado gravou, com um software chamado iMacros, o script de uma visita virtual à Galeria Uffizi, em Florença, através de um projeto cultural da Google.

Valentim quer então recomendar a seu amigo uma ida à Galeria Uffizi, onde há inúmeras obras de arte imperdíveis. Ele quer mostrar, através do script gravado com o iMacros, como é a Galeria e algumas das coisas que lá estão.

Ao abrir o script gravado no ano passado, Valentim percebe que está dando erro de execução. Ele decide então CORRIGIR O ERRO para poder enviar o script correto a seu amigo.

8



2. Estabelecendo a meta geral da interação

• Aplicativo examinado: iMacros (extensão do Firefox)• Usuário imaginado: Valentim

– Traços relevantes do perfil de Valentim no cenário de análise:• Valentim já usou com sucesso o aplicativo• Valentim tem uma motivação clara para usá-lo no momento• Valentim tem um objetivo claro• Valentim não tem OBRIGAÇÃO (embora tenha interesse) de realizar o

objetivo, o que significa que decidirá por critérios próprios quanto tempo e esforço empenhar para atingir este objetivo.

• META GERAL DE INTERAÇÃO: CORRIGIR O ERRO DO SCRIPT QUE NO PASSADO RODAVA COM SUCESSO NO iMACROS.

9



3. Especificação inicial da travessia dos golfos

Meta Geral: Corrigir o Script• Intenção Imediata: Entender o erro

– Planejamento de ação1. Executar o script passo a passo

1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

2. Localizar o ponto onde o erro ocorre1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

3. Descobrir a razão do erro1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

4. Formular (mentalmente) uma solução1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

• Próxima Intenção (ou Intenção Mediata): Corrigir o(s) trecho(s) de código errado(s)– Planejamento de ação

1. Apagar a parte errada do script2. Escrever novo passo-a-passo3. Testar se está correto

10

Continua no próximo slide



3. Especificação inicial da travessia dos golfos (cont.)



1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>...

• Próxima Intenção (ou Intenção Mediata): Corrigir o(s) trecho(s) de código errado(s)– Planejamento de ação

1. Apagar a parte errada do script1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

2. Escrever novo passo-a-passo1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

3. Testar se está correto1. Execução do planejadoAVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO <Expectativa de que vai dar certo>

11

Continuação do slide anterior



O que você viu até aqui?

1. Existe um aninhamento de sub-metas dentro de metas.As “intenções imediatas” (da vez) constituem-se em “sub-metas”.O mesmo pode acontecer a cada etapa das ações planejadas, especialmente se o plano corresponde a uma atividade complexa (que não é, até aqui, o caso do exemplo).

Chamamos a estas estruturas que, em si, são similares àquelas em que estão encaixadas, e também àquelas que se encaixam nelas, de ESTRUTURAS RECURSIVAS.

2. O Golfo de Avaliação está DENTRO do Golfo de Execução.Depois de cada “execução” de ações planejadas para realizar uma intenção imediata PRESUMIMOS uma travessia bem-sucedida do Golfo de Avaliação para passarmos à próxima etapa do plano.

3. A especificação exata das etapas do Golfo de Avaliação depende do que vai de fato acontecer na interação. Antecipadamente, pouco se pode falar senão sobre o que o usuário “espera” que vá acontecer.

12



O processo de travessia continuada dos golfos

Etapas mentais (plano cognitivo) e físicas (plano sensório-motor) da travessia

13




Primeira passada do Golfo de Execução

14




Primeira passada do Golfo de Avaliação

15



O processo de travessia continuada dos golfosIterações (com ou sem reformulações de intenções, dependendo de as expectativas serem verificadas ou não) até a realização completa da meta.

16

OK!



Retomando o Exercício



1. Selecionar o Script2. Repetir

1. Disparar “Usar”2. Pausar

até o script parar

AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO1. Percepção do estado do sistema

Nada acontece na tela2. Interpretação do estado do sistema

Execução do script parou3. Avaliação da etapa

O script foi executado passo a passo

17



Retomando o Exercício


– Planejamento de ação1. Executar o script passo a passo2. Localizar o ponto onde o erro ocorre

1. Examinar a ‘sidebar’ do iMacros2. Verificar a existência de mensagem de erro

AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO1. Percepção do estado do sistema

Reconhecimento da área de mensagem de execução do script (caixa amarela inferior)com texto que inicia com “RuntimeError”

2. Interpretação do estado do sistemaA mensagem mostra o trecho do códigoonde o iMacros encontrou o erro e parou

3. Avaliação da etapaO erro do script está na linha indicada nacaixa de mensagem

18



Daqui para frente, preencha os passos da travessia

• Examine o video Uffizi-gallery-script (link na página do plano de aulas) e observe como o usuário imaginário (Valentim, nosso personagem) vai executando sua meta, reformulando algumas intenções no caminho (isto é, criando objetivos em que não tinha pensado claramente antes) e como, depois de algumas iterações, consegue gerar um script que executa corretamente a ponto de colocar seu amigo virtualmente “dentro” da Galeria Uffizi, diante de um quadro escolhido por Valentim.

Dica cultural: o quadro é a “Anunciação” de Mathias Stomer. A Galeria Uffizi tem outros quadros sobre este tema, inclusive um deles pintado por Leonardo da Vinci. Se quiser, aproveite a dica do exercício e faça um passeio virtual pela Galeria.

19

percorrendo a travessia de golfos -...

Documents