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Perfil do Cuidador da Criança com Paralisia Cerebral 1
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Artigo Original
O PERFIL DO CUIDADOR DA CRIANÇA PORTADORA DE
PARALISIA CEREBRAL
THE PROFILE OF THE CUIDADOR OF THE CARRYING CHILD OF
CEREBRAL PARALYSIS
Resumo A paralisia cerebral (PC), também denominada encefalopatia crônica não progressiva da infância, é conseqüência de uma lesão estática, ocorrida no período pré, peri ou pós-natal, que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação estrutural e funcional. É uma disfunção sensoriomotora, envolvendo distúrbios no tônus muscular, postura e movimentação voluntária. O objetivo foi identificar o perfil do cuidador da criança portadora de PC, analisar como se sente com suas perdas e agravos na saúde diante a dependência de uma criança com PC comparado a uma criança normal. Foram selecionados cinqüenta cuidadores, 25 de crianças com paralisia cerebral da idade de 4 a 12 anos (grupo I - caso PC), e 25 cuidadores de crianças normais da idade de 4 a 12 anos (grupo II - controle). Os grupos foram divididos por faixa etária: 19-30, 30-41 e 41-51 anos. O perfil dos sujeitos foi traçado de acordo com duas escalas de avaliações: o Self Report Questionnaire /SRQ para identificação de sintomas psiquiátricos, o SRQ-20 para detecção de morbidade psiquiátrica na população geral e o The Zarit Burden Interview/ZBI, uma escala com 22 ítens, que avalia o impacto percebido do cuidar sobre a saúde física e emocional, atividades sociais e condição financeira. Os cuidadores de crianças com PC, tendem a ter mais tremores nas mãos, sentir-se mais nervosos, tensos ou preocupados, e a ter mais dificuldades de pensar com clareza para realizar com satisfação suas atividades diárias, comparado aos cuidadores de crianças normais. Os cuidadores de criança PC sentem que estas crianças pedem mais ajuda, dependem mais deles e tendem a sentir mais receio pelo futuro de seu filho. Conseguimos definir o perfil do cuidador da criança com PC, identificamos quais são os agentes estressores, e como estes cuidadores se apresentam. Comprovamos que estes cuidadores tendem a ter problemas na saúde física, emocional, nas atividades sociais e financeiras. Palavras chaves: Paralisia cerebral, Criança e Cuidador.
Abstract
Aline Michelle da Silva Nunes Faculdade do Futuro E-mail: [email protected]
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The cerebral paralysis (PC), also called not gradual chronic encefalopatia of infancy, is consequence of a static, occured injury in the period daily pay, peri or after-Christmas, that affects the central nervous system in phase of structural and functional maturation. It is a predominantly sensoriomotora disfunção, involving riots in tônus muscular, position and voluntary movement. The objective of this work is to identify the profile of the cuidador of the carrying child of cerebral paralysis, analyzing and comparing as if it feels the cuidador, with its losses and agravos in the health, ahead the dependence of a child with Cerebral Paralysis and a normal child. They had been selected a total of fifty cuidadores. Twenty and five cuidadores of children with cerebral paralysis of the age of 4 the 12 years that had participated of group i in case that PC, and twenty and five cuidadores of normal children of the age of 4 the 12 that they had participated of group II have years controlled. The groups had been divided by etária band 19-30 years, 30-41 years, 41-51 years. The profile of the citizens two scales of evaluations had been tracings in accordance with. The Self Report Questionnaire /SRQ for identification of psychiatric symptoms. . The SRQ-20 is instrument that was drawn by the World-wide Organization of Health for the detention of psychiatric morbidade in the general population. E the The Zarit Burden Interview/ZBI a scale, with 22 item, that the impact perceived of taking care of on the physical and emotional health evaluates, social activities and financial condition. The cuidadores of children with PC (Group I-case), tend to have more tremors in the hands, to feel itself more nervous, tense or worried, tend to have more difficulties to think with clarity and more difficulties to carry through with satisfaction its daily activities, compared it the cuidadores of normal children (Group II-CONTROL). The cuidadores of child PC feel that these children ask for more aid that they need, the cuidadores tend to feel more distrust for the future of its son, and tell that these children depend more on them. In this work we obtain to define the profile of the cuidador of the child with cerebral paralysis, we identify which are the agent estressores, and as these cuidadores if they present. We prove that these cuidadores tend to have problems in the physical health, emotional, in the social and financial activities. Key words: Cerebral paralysis, Children and Parents
Introdução
A paralisia cerebral (PC), também denominada encefalopatia crônica não
progressiva da infância, é conseqüência de uma lesão estática, ocorrida no período
pré, peri ou pós-natal, que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação
estrutural e funcional. É uma disfunção predominantemente sensoriomotora,
envolvendo distúrbios no tônus muscular, postura e movimentação voluntária11.
Estes distúrbios se caracterizam pela falta de controle sobre os movimentos, por
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modificações adaptativas do comprimento muscular e em alguns casos, chegando a
resultar em deformidades ósseas. Esta doença ocorre no período em que a criança
apresenta ritmo acelerado de desenvolvimento, podendo comprometer o processo
de aquisição de habilidades16. Tal comprometimento pode interferir na função,
dificultando o desempenho de atividades frequentemente realizadas por crianças
com desenvolvimento normal7.
Há muitas causas de paralisia cerebral; e qualquer condição que leve a uma
anormalidade do cérebro pode ser responsável. As causas mais comuns são:
desenvolvimento congênito anormal do cérebro, particularmente do cerebelo; anóxia
cerebral perinatal, especialmente quando associada a prematuridade; lesão
traumática do cérebro, no nascimento, geralmente decorrente de trabalho de parto
prolongado; eritroblastose por incompatibilidade Rh; infecções cerebrais (encefalite)
na fase inicial do período pós-natal15.
Não existe um fator determinante específico para a paralisia cerebral, porém
os fatores de risco mais citados para o diagnóstico de paralisia cerebral foram a
hipóxia perinatal, prematuridade e infecçäo materna intra-uterina. Outros fatores
apontados são gestação múltipla, corioamnionite e trombofilia13.
Dentre as causas peri ou pós natais, destacam-se a encefalopatia
bilirrubínica, os traumatismos cranianos no parto e os acidentes vasculares
cerebrais, bem menos freqüentes que em adultos, podendo ser hemorrágicos ou
isquêmicos, e estão associados a distúrbios de coagulação, processos trombóticos,
malformações arteriovenosas ou lesão vascular traumática10.
O tratamento de crianças com PC envolve necessariamente equipes
multiprofissionais que buscam minimizar o impacto desta patologia no seu
desenvolvimento global. As abordagens terapêuticas podem incluir o pediatra, o
neurologista, o ortopedista, o fisioterapeuta, o fonoaudiólogo, o terapeuta
ocupacional, o psicólogo e o assistente social que oferecem contribuições
importantes para a assistência destas crianças12. Em alguns casos esta criança irá
precisar também de um oftamologista, otorrinolaringologista, nutricionista ou
gastroentologista, tudo irá depender do quadro que esta criança apresenta, visando
o desenvolvimento dos componentes necessários ao desempenho ocupacional nos
contextos domiciliar, escolar, cultural e de lazer12.
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Segundo Kurtz e Suell6, os programas de terapia se concentram na
manutenção da flexibilidade, promoção de força, facilitação das habilidades
funcionais, tais como sentar ou andar, e promoção de padrões normais de
movimento. Além destes, os objetivos de tratamento normalmente proporcionado a
estas crianças são: focar e induzir o desenvolvimento motor e promover a
independência na mobilidade, auto cuidados e atividades de lazer. Estes objetivos
podem ser alcançados por meio de aquisição de habilidades do paciente e/ ou por
intermédio de tecnologia assistida que se refere a equipamentos para auxiliar
pessoas com dificuldades no desempenho de suas atividades, seriam as órteses.
O suporte social recebido pelos cuidadores da criança, tanto da família
extensiva quanto de amigos e dos profissionais de saúde, é de fundamental
importância para o bem-estar da criança, pois ameniza o estresse de mães e pais,
possibilitando uma maior tomada de consciência do problema da criança e
conseqüentemente uma vinculação mais adequada com seu filho1.
Algumas pessoas chegam a apresentar o que tem sido chamado de "erosão
do self” (destruição da auto estima), pela forma como submergem no papel de
cuidadores. Outras são capazes de enfrentar mais adequadamente as situações
estressantes decorrentes do cuidado prestado a estas crianças portadoras de PC5.
Com isso, é necessário identificar a variabilidade das respostas aos
estressores, estabelecendo o perfil deste cuidador para se promover programas que
possam ajudá- lo a limitar o impacto que o cuidar pode trazer ou ajudar a identificar
e aumentar fatores que possam mediar e reduzir o impacto.
O objetivo deste trabalho é identificar o perfil do cuidador da criança
portadora de paralisia cerebral, analisando e comparando como se sente o cuidador
com suas perdas e agravos na saúde, diante a dependência de uma criança com
Paralisia Cerebral e uma criança normal, e verificar as chances dos cuidadores de
mesma faixa etária de diferentes crianças com PC e normais de desenvolverem
deficiências na saúde física, emocional, nas atividades sociais e financeiras.
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Materiais e Métodos
Foram selecionados um total de cinqüenta cuidadores. Vinte e cinco
cuidadores de crianças com paralisia cerebral da idade de 4 a 12 anos que
participaram do grupo I - caso PC, e vinte e cinco cuidadores de crianças normais da
idade de 4 a 12 anos que participaram do grupo II- controle. Os grupos foram
divididos por faixa etária 19-30 anos, 30-41 anos, 41-51 anos.
Como critério foi considerado como cuidador, toda pessoa que está presente
diariamente nas atividades diárias da criança sendo esta dependente do mesmo.
Foram excluídos do estudo os sujeitos que estavam em tratamento psiquiátrico no
momento, e que eram portadores de qualquer doença crônica. Os cuidadores foram
previamente esclarecidos sobre o estudo e assinaram um termo de consentimento
após a aprovação do estudo pelo comitê de ética e pesquisa. A seleção dos sujeitos
do estudo se deu em Manhuaçu – MG, na escola especial da APAE e em escola
particular de ensino infantil e fundamental de Manhuaçu.
Instrumentos
O perfil dos sujeitos foram traçado de acordo com duas escalas de
avaliações. O Self Report Questionnaire /SRQ-20 desenvolvido por Harding, Arango,
e Baltazar4 e validada no Brasil por Mari e Willians11, para identificação de sintomas
psiquiátricos. O SRQ-20 é instrumento que foi desenhado pela Organização Mundial
de Saúde para a detecção de morbidade psiquiátrica na população geral. As 20
questões que compõem a escala têm duas possibilidades de resposta (sim/ não) e
foram desenhadas para abordar sintomas emocionais e físicos associados a
quadros psiquiátricos (ex: cefaléias frequentes, queixas de insônia e de alterações
de apetite, piora da concentração, nervosismo, cansaço, queixas estomacais,
diminuição do interesse pelas atividades rotineiras, pensamentos suicidas,
sentimentos de tristeza e de desesperança). E o The Zarit Burden Interview/ZBI),
uma escala, com 22 ítens, que avalia o impacto percebido do cuidar sobre a saúde
física e emocional, atividades sociais e condição financeira. As respostas aos 22
itens devem ser dadas segundo uma escala de cinco pontos, que descrevem como
cada afirmação afeta a pessoa. Quanto maior a pontuação obtida, maior é o peso
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percebido pelo cuidar. Os sujeitos do grupo I e II foram avaliados pelas duas
escalas. O perfil estabelecido nos grupos foram estatisticamente analisados e
comparados, a fim de evidenciar o impacto que é cuidar de uma criança com
paralisia cerebral na saúde do cuidador.
As avaliações foram aplicadas no período de setembro a outubro de 2005.
Neste estudo caso-controle transversal, os cuidadores foram entrevistados
individualmente, eles preencheram o questionário e em caso de dúvidas
perguntaram para o entrevistador. Os entrevistadores foram devidamente treinados
para aplicar os questionários.
Após ter coletado os dados, o primeiro passo da análise estatística foi a
organização das informações para que se pudesse extrair dos mesmos algumas
estatísticas descritivas (médias, medianas e variância, entre outras) que evidenciem
características relevantes dos mesmos.
As variáveis da amostra seguiram uma distribuição normal. O tratamento
estatístico utilizado foi o teste t de Student, que é uma metodologia adequada para
comparar duas médias populacionais sendo que, para cada unidade amostral, são
realizadas duas medições da característica de interesse. Na maioria das situações,
como é o caso dos dados aqui analisados, compara-se a média de um grupo x a
média do outro grupo (medida de tendência central).
A hipótese a ser testada é a de que as médias obtidas dos dois grupos são
iguais. O nível de significância utilizado foi o de � = 0,05. Resultados em que as
diferenças foram estatisticamente significativas entre a média do grupo I-caso e a
média do grupo II - controle foram os casos em que p foi igual ou menor a 0,05.
Resultados
Os resultados referentes a aplicação da escala de avaliação SQR – 20
encontram-se descritos na Tabela 1.
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Tabela 1: Resultados da comparação da escala SQR - 20 entre os grupos I (caso
PC) e II (controle) por meio de média ± desvio padrão e teste t – Student.
Variável Média ± DP n Valor p
Idade do filho
Grupo I
Grupo II
8,04 ± 2,72
7,12 ± 2,88
25
25
0,251
Idade da mãe
Grupo I
Grupo II
32,48± 8,50
32,88 ± 7,00
25
25
0,857
Dor de cabeça
Grupo I
Grupo II
0,400 ± 0,500
0,200 ± 0,408
25
25
0,128
Falta de apetite
Grupo I
Grupo II
0,120 ± 0,332
0,040 ± 0,200
25
25
0,308
Dorme mal
Grupo I
Grupo II
0,240 ± 0,436
0,200 ±0,408
25
25
0,739
Assusta-se
facilidade
Grupo I
Grupo II
0,400 ± 0,500
0,280 ± 0,458
25
25
0,381
Tremores nas
mãos*
Grupo I
Grupo II
0,280 ± 0,458
0,040 ±0,200
25
25
0,022*
Nervosa*
Grupo I
Grupo II
0,680 ± 0,476
0,400 ±0,500
25
25
0,048*
Digestão
Grupo I
Grupo II
0,240 ± 0,436
0,160 ± 0,374
25
25
0,490
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Variável Média ± DP n Valor p
Pensar*
Grupo I
Grupo II
0,680±0,476
0,120± 0,332
25
25
0,000*
Triste
Grupo I
Grupo II
0,360 ± 0,490
0,320 ± 0,476
25
25
0,771
Chorado
Grupo I
Grupo II
0,200 ± 0,408
0,080 ± 0,277
25
25
0,231
Satisfeita*
Grupo I
Grupo II
0, 520± 0,510
0,240± 0,436
25
25
0,042*
Decisão
Grupo I
Grupo II
0,440 ± 0,507
0,280 ± 0,458
25
25
0,247
Serviço
Grupo I
Grupo II
0,200 ± 0,408
0,040 ± 0,200
25
25
0,087
Papel útil
Grupo I
Grupo II
0,200 ± 0,408
0,080 ± 0,277
25
25
0,231
Interesse
Grupo I
Grupo II
0,280 ± 0,458
0,080 ± 0,277
25
25
0,069
Inútil
Grupo I
Grupo II
0,120 ± 0,332
0,080 ± 0,277
25
25
0,646
Acabar com a vida
Grupo I
Grupo II
0,120 ± 0,332
0,080 ± 0,277
25
25
0,646
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Variável Média ± DP n Valor p
Estômago
Grupo I
Grupo II
0,320 ± 0,476
0,120 ± 0,332
25
25
0,092
Cansa com
facilida
Grupo I
Grupo II
0,280 ± 0,458
0,240 ± 0,436
25
25
0,753
Escore*
Grupo I
Grupo II
6,40 ± 4,17
3,08 ± 2,63
25
25
0,002*
* Valores estatisticamente significativos
Os cuidadores de crianças com PC (Grupo I-caso), tendem a ter mais
tremores nas mãos, sentir- se mais nervosos(as), tensos(as) ou preocupados(as),
tendem a ter mais dificuldades de pensar com clareza e mais dificuldades para
realizar com satisfação suas atividades diárias, comparado- se aos cuidadores de
crianças normais (Grupo II- controle).
Na comparação, os valores respectivos aos cuidadores de crianças PC
(Grupo I-caso), e aos cuidadores de crianças normais (Grupo II- controle), foram
idênticos, eles relataram sentir- se cansados(as) o tempo todo. Os resultados
referentes a aplicação da escala de avaliação Burden encontram-se descritos na
Tabela 2.
Tabela 2: Resultados da comparação da escala Burden entre os grupos I (caso PC)
e II (controle) por meio de média ± desvio padrão e teste t – Student.
Variável Média ± DP n Valor p
Idade do filho
Grupo I
Grupo II
8,04 ± 2,72
7,12 ± 2,88
25
25
0, 251
Idade da mãe
Grupo I
Grupo II
32,48 ± 8,50
32,88 ± 7,00
25
25
0,857
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Variável Média ± DP n Valor p
Mais ajuda*
Grupo I
Grupo II
2,04 ± 1,24
1,400 ± 0,957
25
25
0,047*
Tempo Suficiente
Grupo I
Grupo II
1,44 ± 1,33
0,800 ± 0,957
25
25
0,057
Estressa
Grupo I
Grupo II
1,52 ± 1,45
1,16 ± 1,18
25
25
0,340
Envergonhada
Grupo I
Grupo II
0,440 ± 0,712
0,520 ± 0,714
25
25
0,693
Irritado
Grupo I
Grupo II
0,560 ± 0,870
0,80 ± 1,35
25
25
0,460
Afeta
Grupo I
Grupo II
0,640 ± 0,995
0,200 ± 0,500
25
25
0,056
Receio*
Grupo I
Grupo II
1,68 ± 1,11
0,60 ± 1,04
25
25
*
0,001
Depende*
Grupo I
Grupo II
3,20 ± 1,08
1,76 ± 1,42
25
25
0,000*
Tenso
Grupo I
Grupo II
0,400 ± 0,816
0,240 ± 0,523
25
25
0,414
Saúde afetada
Grupo I
Grupo II
0,88 ± 1,20
0,320 ± 0,690
25
25
0,050
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Variável Média ± DP n Valor p
Privacidade
Grupo I
Grupo II
0,92 ± 1,19
0,88 ± 1,05
25
25
0,900
Vida Social*
Grupo I
Grupo II
0,76 ± 1,36
0,160 ±0,473
25
25
0,046*
Visitas
Grupo I
Grupo II
0,52 ± 1,05
0,240 ± 0,831
25
25
0,300
Única pessoa
Grupo I
Grupo II
1,56 ± 1,08
1,16 ± 1,43
25
25
0,272
Dinheiro*
Grupo I
Grupo II
2,24 ± 1,45
0,84 ± 1,07
25
25
0,000*
Incapaz
Grupo I
Grupo II
0,72 ± 1,17
0,44 ± 1,16
25
25
0,400
Perdeu o
controle*
Grupo I
Grupo II
0,92 ± 1,41
0,160 ± 0,554
25
25
0,018*
Outra pessoa
Grupo I
Grupo II
0,48 ± 1,00
0,360 ± 0,907
25
25
0,660
Dúvida*
Grupo I
Grupo II
1,40 ± 1,19
0,680 ± 0,945
25
25
0,022*
Fazendo*
Grupo I
Grupo II
2,64 ± 1,11
1,36 ± 1,15
25
25
0,000*
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Variável Média ± DP n Valor p
Cuidar*
Grupo I
Grupo II
2,08 ± 1,55
1,04 ± 1,06
25
25
0,008*
Sobrecarregado*
Grupo I
Grupo II
1,32 ± 1,14
0,200 ± 0,408
25
25
0,000*
Escore*
Grupo I
Grupo II
28,4 ± 13,2
15,3 ± 11,7
25
25
0,001*
* Valores estatisticamente significativos
Os cuidadores de criança PC sentem que estas crianças pedem mais ajuda
do que elas necessitam, os cuidadores tendem a sentir mais receio pelo futuro de
seu filho, e relatam que estas crianças dependem mais deles.
Os cuidadores de criança PC sentem que a sua vida social tem sido
prejudicada porque eles estão cuidando de seu filho, sentem que não tem dinheiro
suficiente para cuidar dele somando-se as suas outras despesas, sentem dúvidas
sobre o quê fazer pelo seu filho, relatam que deveriam estar fazendo mais por ele e
que poderiam cuidar melhor dele, e de uma maneira geral sentem- se mais
sobrecarregados comparando aos cuidadores de crianças normais.
Desde a doença (PC) de seu filho, um número considerável de cuidadores (p
= 0,018) relataram ter perdido o controle de sua vida.
Os resultados referentes a aplicação da escala de avaliação SQR - 20
levando-se em consideração a idade dos cuidadores se encontram descritos na
Tabela 3.
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Tabela 3: Resultados da comparação da escala SQR – 20 entre os grupos I (caso
PC) e II (controle), levando-se em consideração a idade dos cuidadores, por meio de
média ± desvio padrão e teste t – Student.
Variável Média ± DP n Valor p
Idade 19- 29 anos Grupo I Grupo II
6,73 ± 3,50 4,30 ± 3,13
11 10
0,110
Idade 30- 40 anos* Grupo I Grupo II
6,40 ± 4,74 2,25 ± 2,14
10 12
0,025*
Idade 41- 51 anos Grupo I Grupo II
5,50 ± 5,45 2,33 ± 1,15
4 3
0,341
*Valores estatisticamente significativos
Encontramos diferença estatisticamente significativa para cuidadores de
crianças com PC x Normais na faixa etária entre 30 e 40 anos em relação a
deficiências na saúde emocional, ou seja cuidadores de crianças com PC tendem a
ter mais deficiência na saúde emocional.
Os resultados referentes a aplicação da escala de avaliação Burden
levando-se em consideração a idade dos cuidadores se encontram descritos na
Tabela 3.
Tabela 4: Resultados da comparação da escala Burden entre os grupos I (caso PC)
e II (controle), levando-se em consideração a idade dos cuidadores, por meio de
média ± desvio padrão e teste t – Student.
Variável Média ± DP n Valor p
Idade 19- 29 anos Grupo I Grupo II
27,55 ± 6,89 20,7 ± 12,7
11 10
0,154
Idade 30- 40 anos* Grupo I Grupo II
32,7 ± 18,2 12,7 ± 10,7
10 12
0,009*
Idade 41- 51 anos Grupo I Grupo II
19,75 ± 8,66 8,00 ± 5,29
4 3
0,091
*Valores estatisticamente significativos
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Encontramos diferença estatisticamente significativa para cuidadores de
crianças com PC x Normais na faixa etária entre 30 e 40 anos em relação a
deficiências na saúde física e emocional, ou seja, cuidadores de crianças com PC
tendem a ter mais deficiência na saúde física emocional. Estas diferenças ocorreram
tanto na aplicação da escala de avaliação BURDEN (Figura 1) como na escala de
avaliação SQR-20 (Figura 2).
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Normal PC
Categorias dos cuidadores
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Figura 1 – Média e erro padrão dos valores médios calculados para a escala de
BURDEN para cuidadores de crianças normais e com paralisia cerebral (PC), na
faixa etária entre 30 e 40 anos. Para os cuidadores de crianças normais foi
encontrada uma média de 12,67 ± 3,10 (n = 12) e para cuidadores de crianças com
PC uma média de 32,70 ± 5,76 (n = 10).
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Normal PC
Categoria dos cuidadores
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R-2
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Figura 2 – Média e erro padrão dos valores médios calculados para a escala SQR-
20 para cuidadores de crianças normais e com paralisia cerebral (PC), na faixa
etária entre 30 e 40 anos. Para os cuidadores de crianças normais foi encontrada
uma média de 2,25 ± 0,62 (n = 12) e para cuidadores de crianças com PC uma
média de 6,40 ± 1,50 (n = 10).
Discussão
A tarefa de cuidar de uma criança dependente, que no caso é uma criança
com PC, é desgastante e implica em riscos de se tornar “doentes” seus cuidadores,
com uma rotina, na maioria das vezes estressante para eles.
Identificamos alguns dos fatores que contribuem para as dificuldades dos
cuidadores no convívio com a criança portadora de Paralisia Cerebral. Partindo da
análise da organização dos conhecimentos científicos em torno da PC e seus
desmembramentos, identificamos os aspectos que tornam os cuidadores
vulneráveis, impedindo - os de uma relação mais humana, saudável e harmoniosa
com a criança. As atitudes e percepções em torno da Paralisia Cerebral e da
deficiência, interferem na abordagem terapêutica da criança portadora e dificultam
ou impossibilitam a concretização da orientação familiar. Sabemos que os
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significados da Paralisia Cerebral e da deficiência são contextualizados social,
cultural e temporalmente e carregam consigo forte carga emocional pertinente à
todos os atores envolvidos no processo: crianças, familiares, cuidadores e
profissionais de saúde.
Desde a doença (PC), de seu filho, os cuidadores relataram ter perdido o
controle de sua vida, esse fato é bem relatado na literatura, conforme está descrito
abaixo.
A agonia dos pais pode ser, e geralmente é grave. No princípio a sensação
de culpa, vergonha, desespero, e auto-piedade pode ser opressiva, de modo que só
é sentida a agonia, a angústia3.
A família/ cuidador, se torna impactada por uma realidade que num primeiro
momento não lhe dá saídas ou alternativas. A sensação é de pânico e total
desespero, podendo trazer um profundo sentimento de desesperança pela
impotência frente a uma nova realidade, o que pode ser observado pela passividade
com que o problema é tratado ou através de uma dificuldade enorme em falar sobre
a deficiência3.
Se a aflição de encontrar a criança naquela situação, de paralisia cerebral, é
intolerável pode haver uma total rejeição da criança, ou negação de que haja alguma
coisa errada com ela3.
Perguntas torturantes inundam a mente: “O que eu fiz de errado?” “Por que
isto aconteceu comigo?” “O que está errado comigo?” As respostas não são menos
angustiantes: “Talvez eu não possa produzir uma criança normal”. “Eu lesei sua
cabeça porque minha bacia é pequena – eles disseram que era. Desejava nunca ter
casado. Como odeio outras mães que têm filhos normais”. E daí surgem mais
perguntas como: “Oh, por que estou tendo estes pensamentos horríveis – que tipo
de gente eu sou? Ele necessita de uma mãe para amá-lo, e eu ainda estou
pensando em abandoná-lo”3.
A confusão inicial cede lugar à tristeza, uma sensação de desolação e
isolamento e uma saudade pelo que perdeu, o bebê normal. E o bebê real – o
lesado- está deitado no seu berço, necessitando de cuidados3.
Os cuidadores de crianças com Paralisia cerebral, tendem a ter tremores
nas mãos, sentirem-se nervosos, tensos e preocupados, dificuldades de pensar com
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clareza e dificuldades para realizar com satisfação suas atividades diárias. Enquanto
que os cuidadores de crianças normais não apresentaram alterações significativas.
Segundo Rolland14, quando a doença tem um curso em que as limitações
da criança tendem a aumentar com a severidade, a tensão vivida pelos cuidadores
e/ou família é crescente, podendo levar a exaustão.
Obtivemos também diferenças significativas na saúde dos cuidadores de
criança PC, que relataram que estas crianças pedem mais ajuda do que elas
necessitam. Que eles sentem receio pelo futuro dessas crianças.
Segundo Finnie3, é natural que os pais se preocupem com o futuro de seus
filhos. A sua preocupação é constante sobre isto, e fazem sempre perguntas como:
“Ele falará? ele andara? Ele será capaz de trabalhar?; o que acontecerá a ele
quando nós morrermos? Estas perguntas devem ser respondidas com toda a
sinceridade pelo médico da família, tão logo seja possível faze - lo. De qualquer
maneira, é mais importante que os pais se concentrem em ajudar à criança agora,
do que se preocuparem com o seu futuro.
Castro2, também relata que a relação da mãe com sua criança tende a ser
permeada de medos com relação ao futuro da criança, bem como por culpa e
sofrimento pela presença da doença crônica. Para que possam superar esses
sentimentos e se vincular à criança da melhor forma possível, parece importante que
as mães tenham um relacionamento satisfatório com o parceiro, bem como suporte
emocional e social, dentre outros fatores.
Os cuidadores sentem que as crianças dependem deles. Sentem dúvidas
sobre o quê fazer por elas e que deveriam estar fazendo mais, e cuidando melhor
delas. Eles relatam que a sua vida social tem sido prejudicada, porque eles estão
cuidando delas e dizem que não tem dinheiro suficiente para cuidar das mesmas,
somando-se a suas outras despesas.
O fato do cuidador ser da família abrange vínculos, angústias e mágoas,
também foi constatado que muitas cuidadoras (mães) acabam abrindo mão não só
do trabalho, mas de outras atividades de sociabilidade e lazer18.
Um aconselhamento financeiro pode ser necessário para alguns pais, e
momentos de crise de vários tipos devem ser contemplados pelas assistentes
sociais e pela equipe9.
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De uma maneira geral, os cuidadores se sentem sobrecarregados ao cuidar
das crianças. E os cuidadores de crianças normais não tiveram nenhuma queixa
significativa.
O estudo de Silver et al.17 comparou o nível de estresse de mães e pais de
crianças saudáveis e com doença crônica envolvendo ou não limitação funcional. Os
resultados não revelaram diferenças no nível de estresse entre o grupo saudável e
doentes sem limitação funcional. Contudo, mães e pais de crianças doentes com
limitação funcional, envolvendo restrições na audição, visão, comunicação, no
brincar ou atividades da vida diária reportaram mais estresse que os dois primeiros
grupos.
A criança deficiente que tem pais sobrecarregados e super-protetores sofre
desnecessariamente, o mesmo acontecendo com o resto da família3.
Encontramos diferença significativa para cuidadores de crianças com PC, na
faixa etária entre 30 a 40 anos, que tendem a ter deficiências na saúde física,
emocional, nas atividades sociais e financeiras, enquanto que os cuidadores de
criança normal não tiveram nenhuma diferença significativa.
Sabemos que nesta idade, 30 a 40 anos, as pessoas de uma forma geral
tendem a ser mais responsáveis, e já têm uma opinião mais consistente e
consciente sobre sua realidade e os fatos que a cercam, como por exemplo ter ou
cuidar de uma criança PC. Este cuidador/ pai, já sabe interagir melhor com esta
criança e tem um conhecimento melhor do prognóstico.
No que se refere aos aspectos individuais, quando comparados aos pais
adultos, os pais jovens e adolescentes não apresentam uma prontidão psicológica,
em virtude de serem menos racionais em suas decisões, menos capazes de fazer
julgamentos morais e cognitivos e terem menos informações sobre o
desenvolvimento infantil. Isto poderia levar a uma interação menos responsiva com o
bebê9, portanto o fato da criança ter PC não os implicariam, de forma geral, em ter
deficiência na saúde física, emocional, nas atividades sociais e financeiras.
Foi observado que os cuidadores de crianças normais (Grupo II- controle),
não tiveram nenhuma alteração significativa ou dado relevante. E com estes
resultados obtidos podemos afirmar que estes cuidadores não têm nenhuma
alteração quanto a sua saúde física, emocional, nas atividades sociais e financeiras.
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Conclusão
Na revisão da literatura os autores afirmam que os cuidadores de crianças
PC tem sua saúde física e emocional prejudicadas, e com este trabalho,
comprovamos que os resultados se sustentam, vão de encontro a literatura.
Neste trabalho conseguimos definir o perfil do cuidador da criança com
paralisia cerebral, identificamos quais são os agentes estressores, e como estes
cuidadores se apresentam. Comprovamos que estes cuidadores tendem a ter
problemas na saúde física, emocional, nas atividades sociais e financeiras.
Os cuidadores devem ser bem orientados por toda a equipe que está em
contato com esta criança, eles devem ter o conhecimento de como agir e interagir
com elas, e principalmente por nós, fisioterapeutas, que estamos de certa forma no
dia a dia desta criança.
Através dos dados apresentados, podemos promover programas que
possam ajudar o cuidador a limitar o impacto que o cuidar pode trazer a eles.
Este trabalho não pretende limitar as questões a respeito do assunto, servindo assim
como contribuição para as pesquisas da área e profissionais interessados.
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___________________________ Endereço para correspondência Rua Duarte Peixoto, 259 Manhuaçu MG Cep: 36900-000 Recebido em 01/05/2007 Revisão em 25/05/2007 Aprovado em 25/06/2007